Álvaro de Campos e Ricardo Reis
Álvaro de Campos e Ricardo Reis
Álvaro de Campos e Ricardo Reis
O fingimento artístico
-Neoclassicismo: revivalismo da cultura da Antiguidade Clássica, sobretudo a grega;
-Neopaganismo: hierarquização ascendente- animais, homens, deuses e Fado, que a todos preside;
-Epicurismo:
-Estoicismo:
Reflexão existencial
-Consciência da efemeridade da vida, da inexorabilidade do Tempo e da inevitabilidade da Morte;
-Tragicidade da vida humana;
-A vida com "encenação" da hora fatal (previsão e preparação da morte):
-Preocupação obsessiva com a passagem do Tempo e com a inelutável Morte (apesar do esforço empreendido na
construção da máscara poética).
Predomínio de construções sintáticas subordinadas e com influência da sintaxe latina (alteração da ordem padrão dos
constituintes sintáticos);
anástrofe;
metáfora;
aliteração;
apóstrofe.
-Apologia da vertigem sensorial – “sentir tudo de todas as maneiras” -,congregando em si toda a complexidade
sensitiva.
Elogio do cosmopolitismo;
Exaltação eufórica da máquina, da força, da velocidade, da agressividade, do excesso;
Integração de todos os tempos e de todo o progresso num poema;
Emoção violenta e “pujança da sensação”, com pendor épico;
A nova poesia como expressão da civilização moderna.
-O arrebatamento do canto:
Reflexão existencial
-Consciência dramática da identidade fragmentada.
-Ceticismo perante a realidade e a passagem do tempo.
-Angústia existencial, solidão, abulia, cansaço e morbidez.
-Introspeção e pessimismo – Dor de pensar.
-A náusea, a abjeção e o “sono” da vida quotidiana.
-Evasão para o mundo da infância feliz, irremediavelmente perdido.
Linguagem, estilo e estrutura
-Verso livre e, normalmente, longo.
-Irregularidade estrófica, rítmica e métrica.
-Ausência de rima (versos soltos).
-Linguagem simples, objetiva, prosaica, onomatopeias, neologismos, empréstimos, topónimos e antropónimos.
-Inclusão de vários registos de língua (do literário ao calão).
-Vocabulário concreto (sobretudo do campo lexical da Mecânica e da Indústria).
-Construções sintáticas nominais, gerundivas, infinitivas e, por vezes, presença de frases atípicas, experimentais.
-Privilégio do presente do indicativo.
-Recursos expressivos predominantes: aliteração, anáfora, apóstrofe, enumeração, gradação e metáfora.
-Nas composições intimistas, o fôlego modernista e épico decai num estilo abúlico e deprimido.