Resumos Português - 12º Ano
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Resumos Português - 12º Ano
dualidade consciência/inconsciência,
(felicidade/infelicidade), e sentir/pensar.
-Nos poemas, a consciência do poeta surge
como um fardo e desencadeia raiva, uma vez
que não se consegue libertar do peso da
reflexão.
-Nesta temática, Pessoa sofre uma forte -Contudo, não consegue ser inconsciente, pois
tensão que conduz ao anti sentimentalismo e à
não consegue abdicar do pensamento, criando
intelectualização da emoção. assim um paradoxo
-Nos poemas, as emoções nunca são puras ou
simples, estas são submetidas ao exame da
inteligência e da razão poética. Pensar Sentir
-Os poemas, nunca são escritos no momento
da emoção, mas sim num momento de
reflexão e recordação da mesma. E estas Consciência Inconsciência
emoções, podem trazer 3 níveis de dor para
Fernando Pessoa.
Infelicidade Felicidade
Dor Significado
Dor vivida no imediato,
-A temática da infância surge na poesia pessoana
Sentida
(Real) dor não racionalizada como um desejo de regressar aos tempos em que
foi feliz e inconsciente.
Pensada Dor refletida, após o -A infância surge sempre como uma época em que
(Fingida) acontecimento que a originou não havia ainda dor de pensar, mas sim onde havia
segurança, pureza e felicidade.
Dor sentida por parte -Em oposição, o presente funciona como marco de
Lida
do leitor sublimação do passado (“Quando era criança”;
“Pobre velha música”).
-Esta temática, retrata a multiplicidade do “eu” -Uso de quadras ou quintilhas, com verso curto e
que se despersonaliza. em redondilha;
-O poeta sente-se separado de si próprio, sem -Existência de regularidade estrófica, métrica e
passado ou futuro, só o presente. rimática;
-Nos poemas, fragmenta-se entre o real e o ideal -Vocabulário simples e pontuação emotiva
acabando por se perder. (reticências, pontos de exclamação);
-Pessoa, encara a realidade como um tédio -Uso de recursos expressivos (comparações,
existencial e o sonho como um refúgio. metáforas, repetições, paralelismos e aliterações).
-Passeios pelo campo, onde é utlizada a poesia
deambulatória;
-A variedade e “eterna novidade do mundo”,
relacionada com as sensações e tudo de novo que
elas lhe trazem;
-Panteísmo, ou seja, crença que as coisas naturais
-Pessoa, quando descreve Alberto Caeiro, são divinas (misticismo naturalista).
descreve-o na frase “o poeta bucólico de espécie
complicada”. Nisto, Pessoa pretende mostrar que
Caeiro é alguém simples e campestre, mas
também um pensador, criando assim o paradoxo. -Linguagem simples e objetiva, tendo um
-Caeiro, apresenta uma comunhão com a vocabulário ligado ao campo lexical da Natureza;
Natureza. Uma vez que a integra nos seus -Utilização de versos longos, contribuindo para o
poemas, identifica-se com os elementos naturais, prosaísmo da linguagem e para a irregularidade
chegando até a ser um deles. Aceita o estrófica e métrica com ausência de rima;
paganismo e nos poemas utiliza a poesia -A poesia é de tom coloquial com naturalidade
deambulatória. sintática, ou seja, predomínio da coordenação e
-Pessoa e os outros heterónimos, afirmam que utilização habitual do presente do indicativo;
Caeiro é o seu mestre, uma fez que é feliz, pois -Em termos estilísticos, existe a simplicidade
abola o pensamento e a dor de pensar. (comparações, metáforas, anáforas e paralelismos)
como também o uso de pontuação expressiva.