Historia Literatura e Emocoes Imaginacao Literaria
Historia Literatura e Emocoes Imaginacao Literaria
Historia Literatura e Emocoes Imaginacao Literaria
* Doutor em História pelo Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO).
E-mail: [email protected]
REVISTA ÁGORA, v. 34, n. 1, e-2023340105, ISSN: 1980-0096
INTRODUÇÃO
A filósofa Martha Nussbaum, em seu trabalho Poetic Justice2, no qual nos centramos
nas potencialidades empáticas que a literatura provoca nos leitores, nos permitiu perceber que
esse lugar imaginativo comporta modelos de realidade, os quais nos convidam a conhecer a
nós mesmos pela experiência dos Outros. Seria, portanto, nessa relação de pergunta e resposta
que a literatura permitiria que nós experimentássemos de outra forma a vitalidade, os impulsos,
os entusiasmos, a época e, por conseguinte, a experiência histórica. É importante acentuar que
a condição imaginativa que a literatura, tomando aqui seu espaço criativo como fundamental,
referindo, portanto, a ficção e a ficcionalidade da vida, permite com que transportemos nosso
espaço de experiência para outra superfície, como se pudéssemos transpassar o suporte impresso
e vivenciar a história ali narrada. Sabemos, entretanto, que nossa capacidade imaginativa nos
permite atravessar obstáculos “concretos” e chegar àquele outro lugar como mundo possível.
Assim, seja como condição possível de observação ou como possibilidade de
experimentação emocional, a ficção carrega consigo essas experiências particulares partilhadas
de maneira especulativa, criativa e imaginativa. Em outras palavras, a ficção “não pretende
ser uma investigação do que foi, sem que, por isso, o mundo de fora deixe de tocá-la”3. Nesse
sentido, a metodologia que ampara este trabalho é a hermenêutica fenomenológica como
defendida por Paul Ricoeur4, na capacidade deste de arregimentar a história e os elementos da
teoria narrativa como base de seu pensamento e ponto de partida analítico. Nosso objetivo é
discutir a condição representativa de acesso a um modelo de passado possível que congratule
ficção, história e emoções.
***
Nesse sentido, Martha Nussbaum ajuda-nos a pensar a pulsação do mundo quando
em Poetic Justice enfrenta a questão da Rational Emotions. Ela responde, nesse capítulo, aos
racionalistas, pois estes afirmam que as emoções perturbam o equilíbrio do mundo racionalizado,
da razão exclusiva. Eles dizem: “As emoções são instáveis por causa de sua estrutura interna
irrefletida; porque são pensamentos que atribuem importância a coisas externas instáveis”5.
Sobre a acusação das emoções não apontarem para uma reflexão racional e social devido à sua
dimensão individual, Nussbaum retruca: “o intelecto sem emoções é, podemos dizer, cego aos
2 NUSSBAUM, M. Poetic Justice. The literary Imagination and Public Life. Boston: Beacon Press, 1995.
3 LIMA, L. C. História. Ficção. Literatura. São Paulo: Companhia das Letras, 2006. p. 225.
4 RICOEUR, P. Do texto à acção. Tradução de Alcino Cartaxo e Maria José Sarabando. Porto: Rés, 1989.
5 NUSSBAUM, 1995, p. 57.
valores: falta-lhe o sentido do significado e o valor da morte de uma pessoa que julgamentos
internos ao emocional teriam fornecido”6. Ela aponta com muita clareza que todo pensamento
tem um aspecto ético (necessidade) que a razão, em seu reino, não pode negar. Isso corresponde
a afirmar que não há um caráter de classe apenas pelo coletivo, mas que exige do indivíduo uma
relação com o ritmo do mundo para se instrumentalizar para o efeito coletivo:
Uma história da qualidade de vida humana, sem histórias de atores humanos
individuais, seria, eu argumento, muito indeterminada para mostrar como os
recursos realmente funcionam na promoção de vários tipos de funcionamento
humano. Da mesma forma, uma história de ação coletiva, sem as histórias de
indivíduos, não nos mostraria o sentido e o sentido das ações coletivas, que e
sempre melhoria as vidas individuais7.
Nesse tocante, Martha Nussbaum parece bastante assertiva quando afirma que a literatura
mobiliza as emoções no reino do conforto, numa condição efetiva em que é possível cometer
erros, diferente da história que teria como pressuposição a verdade ancorada nos fatos. Afirma
Martha Nussbaum que “os seres humanos experimentam emoções de maneira modeladora,
tanto por causa de sua história individual quanto por normas sociais”9. Ela dá importância ao
processo de repensar a consideração costumeira de atribuição às “paixões humanas demasiadas
errantes e volúveis”10. Elas, as emoções, são responsáveis por serem passíveis à relativização
da culpabilidade, da responsabilidade e da própria confiança na racionalidade absoluta. A
moralidade pessoal, nesse sentido, se torna a tônica do mundo contemporâneo. No entanto,
ainda não foi possível reconhecer que a dinâmica entre a razão e as emoções é fundamental para
que, no exercício da empatia, alcancemos a compaixão como princípio democrático.
Martha Nussbaum nos mostrou que o exercício deliberativo humano é diferente do
animal, por não estar vinculado à condição instintiva, mas à autorreflexão explicitamente, ou,
em um caso particular, contingencial. Para ela, há uma lógica que daria os contornos próprios
de uma emoção humana. É bem verdade que são os fatores incongruentes das emoções que
possibilitam o surgimento da deliberação, da autocritica e, possivelmente, da ansiedade como
propriedade do humano.
Portanto, Nussbaum apresenta “tipos” possíveis dados à observação, na esteira da leitura que
Catherine Gallagher11 apresentou como modelos possíveis de existência, tipos verossímeis. Neles,
imprimimos nossas demandas emocionais e humanas; encorajando, torcendo, traçando planos e
nos emocionando. Experimentamos outras vidas, deparamo-nos com indagações complexas e nos
identificamos em diversos níveis, de modo que, “Se desistirmos da ‘fantasia’, desistimos de nós
mesmos”12. Todavia, esse acerto está focado no romance realista do século XIX, especialmente na
obra Tempos difíceis (1854), de Charles Dickens (1812-1870), em que Nussbaum percebeu que
se mostrou bastante promissor não apenas em sua condição representativa de acesso a um modelo
de passado possível, mas também por sua carga reflexiva quanto aos tipos presentes na trama.
Ela elucida isso, dizendo: “na narrativa de Dickens[,] nos submergimos no cotidiano que se torna
objeto de [nosso] mais profundo interesse e compreensão”13.
9 NUSSBAUM, M. C. Paisajes del pensamiento: las inteligencias de las emociones. Barcelona: Paidós, 2008. p. 168.
10 NUSSBAUM, M. Sem fins lucrativos: por que a democracia precisa das humanidades. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2017. p. 30.
11 GALLAGHER, C. Ficção. In: MORETTI, F. (org.). A cultura do romance. Tradução de Denise Bottmann. São
Paulo: Cosac Naify, 2009.
12 NUSSBAUM, 1995, p. 18.
13 NUSSBAUM, 1995, p. 34.
Nós, como leitores, advogamos pela condição empática no interior da literatura, que
Martha Nussbaum definiu como imaginação participativa. A filósofa, no entanto, ressalta que a
empatia não é só uma emoção, mas uma preparação para a emoção da compaixão. Em Paisajes
del pensamiento: la inteligencia de las emociones, ela atentou para condição de entremeio que
faz da empatia uma ponte para compaixão. Um exemplo interessante que ela apresenta está
na presença do herói. Na obra em questão, Nussbaum mostra que o herói da tragédia grega
comete erros, logo, não pode ser o modelo para compreender a compaixão, muito embora essa
sentença permita questionar sobre aqueles heróis em que o destino estava traçado por uma
profecia. O caminho e a própria experiência estariam condicionados à ação do destino e do
tempo das consequências na vida do herói. Sendo assim, o racionalista presente em Tempos
difíceis (1854), de Charles Dickens, que em sua condição de constante negação das emoções
imprime um herói que tem a posse de seu destino, impede que a contingência seja uma variante
necessária. Para Nussbaum:
[...] devemos admitir que o compromisso do romance enquanto gênero, bem como em
seus elementos emocionais, é direcionado ao indivíduo, visto como qualitativamente
distinto e separado. [...] Embora o gênero enfatize a interdependência mútua das
pessoas, mostrando um mundo onde todos estão envolvidos no bem e no mal uns dos
outros, ele também insiste em separar a individualidade de cada pessoa e em vê-la
como um centro separado de experiência15.
14 NUSSBAUM, Martha C. Cultivating humanity. S. l.: Harvard University Press, 1997. p. 32.
15 NUSSBAUM, 1997, p. 105.
16 NUSSBAUM, 1997, p. 88.
sono de vários séculos, lhe faria escutar, como que registrada para a eternidade, a própria voz
do passado, colhida ao vivo. Ela interpreta. Organiza. Reconstitui e completa as respostas”23.
Um dos historiadores mais importante dos Annales, e um de seus fundadores, percebeu
que essa procura desenfreada por uma cientificidade fragilizava mais que fortalecia o campo
e o fazer da história. Em todas etapas do exercício historiográfico, estamos presentes como
sujeitos que perseguem a imparcialidade, muito embora ela esteja em um horizonte dificilmente
alcançado. No tocante a essa questão, o filósofo britânico Robin George Collingwood afirmou
que: “[a] imparcialidade pode significar ausência de prenoções. Por prenoções, entendo a
tendência de prejudicar as questões ou resolvê-las antes das evidências”24. Nesse sentido, Luiz
Costa Lima é bem certeiro quando afirma que: “discutir o estatuto narrativo da história implica
afastá-la do sonho iluminista de uma cientificização cada vez mais abrangente”25.
Os narrativistas, considerados radicais por alguns historiadores, devido à declaração de
que tudo que está no mundo só é possível pela linguagem – estou parafraseando, evidentemente
–, combatiam “um ambiente acadêmico saturado de modelos de cientificidade, como eram os
departamentos norte-americanos de ciências sociais, nas décadas de 60 e 70, o desafio lançado
aos pensadores da história foi o da adequação de suas disciplinas as exigências científicas”26.
Retomemos, assim, Martha Nussbaum, para quem: “a capacidade de imaginar as
formas concretas como as pessoas diferentes de si lidam com a desvantagem parecia-nos
ter um grande valor prático e público”27. Em princípio, não é advogar por um retorno da
história magistra vitae, mas dar atenção ao que as histórias têm a nos oferecer, isto é, ao nos
debruçarmos em histórias produzidas por historiadores ou romancistas, em sua diversidade de
temas e formas, deveríamos nos permitir ser aqueles que passeiam pelo bosque da ficção, em
outras palavras, aqueles que se perdem ao se encontrar no Outro, ou ainda, “tomar em conta a
experiência do outro”28. Dessa maneira, se a experiência estética é um “jogo de linguagens”,
como afirmou Wittgeinstein apud Lima29, “ela não acolhe, revela e desfaz algo encoberto.
O que se passa nela ocorre na superfície das palavras sintaticamente coordenadas, portanto
entre elas e não em seu interior”.
23 LIMA, L. C. Clio em questão: A narrativa na escrita da história. In: PRADO JUNIOR, B. et al. Narrativa: ficção e história. Rio de Janeiro:
Imago Ed., 1988. p. 65.
24 COLLINGWOOD, R. G. The principles of history: and other writings in philosophy of history (s.l).: Oxford University Press, 1999. p. 209.
25 LIMA, 1988, p. 71-72.
26 LIMA, 1988, p. 71.
27 NUSSBAUM, 1995, p. 16.
28 CERTEAU, M. A escrita da história. Rio de Janeiro: Forense, 2006. p. 10.
29 LIMA, L. C. A ousadia do poema: ensaios sobre a poesia moderna e contemporânea brasileira. São Paulo: Editora Unesp, 2022. p. 11-12.
A significação da experiência estética, em vista disso, não está encoberta para que
hermeneuticamente tenhamos o trabalho de desvendar o que ali pode estar escondido. O tesouro
perseguido está visto a olhos nus, bastando que a mobilização do seu repertório cultural seja
movimentada e ativada como condição última de apropriação e compreensão. Isso denota uma
oportunidade singular de se chegar às emotividades impressas e subscritas. Esse paradoxo
envolve que saibamos, também, reconhecer a forma literária que estamos enfrentando no ato
de leitura.
A gestalt, nesse sentido, recorta o que pode entrelaçar a vontade de saber e a vontade de
sentir. Assim, jamais o todo de si mesmo pode se dissolver ao obscuro e a seu vínculo com a
realidade corporal, de forma que a redução fenomenológica não poderia chegar a ser completa.
Operamos, portanto, em uma redução ingênua; o limite do cogito cartesiano é, em síntese, o
fundo obscuro presente em cada ser cogitante. Wolfgang Iser nos ajuda a compreender esse
desenvolvimento gestáltico da seguinte maneira:
[...] esses atos formadores transcendem ou põem fora de circulação referências
estabilizadas; em consequência, a relação entre envolvimento e distância, tal como
criada a partir da discrepância surgida no processo de formação de Gestalten, revela-
se indispensável para o caráter comunicativo da experiência estética30.
O processo de identificação e apropriação que exige do leitor uma abertura para que
seja possível esse encontro com o texto, com sua história, com suas estruturas discursivas,
precisa levar em conta que a literatura, como Martha Nussbaum gosta de dizer, é subversiva31, é
inimiga de uma certa economia política estritamente racionalista e cientificista. Ela, literatura,
complexifica as condições de existência pela possibilidade de desmantelar a ordem, claramente,
normativa, e a sua “tabula form”.
Ao que parece, suas manifestações são subestimadas pelo tempo e pelo interesse exigidos
do leitor. O esforço exigido é mais que prático, é também imaginativo. A imaginação literária
pode ser um instrumento individual e coletivo para, inclusive, colaborar com a transformação
da sociedade contemporânea. Em outras palavras:
[...] a literatura expressa, em sua estrutura e seus modos de falar, um sentido de vida
incompatível com a visão de mundo incorporada nos textos de economia política; e o
engajamento com ela formam a imaginação e os desejos de uma maneira que subverte
a norma de racionalidade dessa ciência32.
30 ISER, W. O ato de leitura: uma teoria do efeito estético. São Paulo: Ed. 34, 1999. v. 2. p. 54.
31 NUSSBAUM, 1995, p. 1.
32 NUSSBAUM, 1995, p. 1.
Temos esta premissa muito clara: que seria impossível ao historiador a invenção. No
entanto, pode ser um fator limitador condicionado a uma preocupação com o acontecimento como
fato histórico. O fato, como ele mesmo, sendo a impossibilidade de acessar a indeterminação,
não seria o lugar por excelência do conhecimento histórico? E assim sendo, a proximidade com
a imaginação literária não seria mais estreita do que pretendíamos? Conforme Nussbaum: “o
romance é uma forma viva e, de fato, ainda é a forma ficcional central, moralmente séria, e
popularmente envolvente em nossa cultura”37.
Retomando a questão da forma, ela assinala o estado de movimento do texto ficcional,
o que nos faz pensar, com Hayden White, que a história também possui formas vivas que se
movimentam, ao mesmo tempo que não perde seu espírito analítico e a imaginação construtiva,
como conceitua Collingwood. Como alegou Hayden White: “vivenciamos ficcionalização da
história como uma explicação pelo mesmo motivo que vivenciamos a grande ficção como
iluminação de um mundo que habitamos juntamente com o autor”38.
Estar aberto a perceber que o discurso ficcional não é simplesmente fruto de uma
imaginação inumana é entender que sua missão possível é tornar familiar aquilo que seria não
familiar, procurar dar vida à possibilidade expandida da experiência humana, isto é, reelaborar
a própria condição imaginativa como processo de decodificação e recodificação da vida39.
Isto promoveria, dessa forma, a possibilidade de questionar, inclusive, a moral vigente
em que as normas e normatividades enclausuram as potencialidades criativas e inventivas da
experiência histórica, ou seja, imaginar não seria construir mundos intangíveis, mas, a partir da
própria condição do vivido e da vivência, perfurar a crosta realista para ampliar as possibilidades
geradas no interior do espírito e nas modalidades da linguagem figurativa. Nas palavras de
Martha Nussbaum:
Romances (pelo menos romances realistas do tipo que considerarei) apresentam
formas persistentes de necessidade e desejo humanos realizados em situações sociais
específicas. Essas situações frequentemente, na verdade geralmente, diferem bastante
das do próprio leitor. Os romances, reconhecendo isso, em geral constroem e falam a
um leitor implícito que compartilha com os personagens certas esperanças, medos e
preocupações humanas gerais, e que por isso é capaz de formar laços de identificação
e simpatia com eles, mas que também é situado em outro lugar e precisa ser informado
sobre a situação concreta dos personagens. Dessa forma, a própria estrutura da interação
entre o texto e seu leitor imaginado convida o leitor a ver como as características
mutáveis da sociedade e da circunstância influenciam a realização de esperanças e
desejos compartilhados – e também, de fato, em sua própria estrutura40.
CONCLUSÃO
Esse argumento nos leva a retomar uma das questões fundamentais deste ensaio: a
relação entre cognição e emotividade, entre razão e emoção em sua potencialidade imaginativa.
Procuramos discutir, junto a Martha Nussbaum, que a vida pública como espaço deliberativo
coletivo e também individual, ao se abrir para imaginação literária, adquire uma força humana,
isto é, desintegra a lógica desumana e fria, seja de lei, seja do número, potencializando a
capacidade deliberativa como phronesis, ou seja, como capacidade de promover um julgamento
equilibrado em que a vida e o vivido não são meros dados subordinados à crueza da racionalidade
histórica, mas potenciais constitutivas do fazer e do agir que não oneram os sujeitos em sua
existência, mas que resgatam a potencialidade do debate, do democrático, do sensível e da
imaginação histórica.
REFERÊNCIAS
ISER, W. O ato de leitura: uma teoria do efeito estético. São Paulo: Ed. 34, 1999. v. 2.
LIMA, L. C. Clio em questão: a narrativa na escrita da história. In: PRADO JR., B. et al.
Narrativa: ficção e história. Rio de Janeiro: Imago Ed., 1988.
LIMA, L. C. História. Ficção. Literatura. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.
NUSSBAUM, M. C. Poetic Justice. The literary Imagination and Public Life. Boston: Beacon
Press, 1995.
NUSSBAUM, M. C. Sem fins lucrativos: por que a democracia precisa das humanidades. São
Paulo: WMF Martins Fontes, 2017.
PROST, A. Doze lições sobre a história. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2008.
RICOEUR, P. Do texto à acção. Tradução de Alcino Cartaxo e Maria José Sarabando. Porto:
Rés, 1989.
WHITE, H. O texto histórico como artefato literário. In: WHITE, H. Trópicos do discurso:
ensaios sobre a crítica da cultura. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2014.