Feniosse LPIII

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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Departamento de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de Português

Coerência Textual

Nome do aluno: Fenias Julião Feniose

Usuário: [email protected]

Maxixe, Março de 2023


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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Departamento de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de Português

Coerência Textual

Trabalho de Campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de Licenciatura em
Ensino de Português do ISCED.

Nome do aluno: Fenias Julião Feniose

Usuário: [email protected]

Maxixe, Março de 2023


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Índice
1. Introdução .................................................................................................................................... 3
1.1. Objectivos do Trabalho ............................................................................................................ 3
1.1.1. Objectivo Geral...................................................................................................................... 3
1.1.2. Objectivos Específicos .......................................................................................................... 3
1.2. Metodologias ............................................................................................................................ 3
1.3. Estrutura do Trabalho ............................................................................................................... 3
2. Fundamentação Teoria ................................................................................................................ 4
2.1. Coerência textual: Breves conceitos ......................................................................................... 4
2.2. Coerência: do que depende, como se estabelece? .................................................................... 5
3. Conclusão .................................................................................................................................... 8
4. Referencias Bibliográficas ........................................................................................................... 9
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1. Introdução

Neste presente trabalho abordar-se-á a temática da “Coerência Textual”, onde de forma breve e
sucinta serão discutidos muitos pressupostos teóricos relacionados com o tema. A coerência
textual passa pela capacidade de o leitor captar a intencionalidade comunicativa que subjaz ao
texto, ou seja, a mensagem informativa que o jornalista quis transmitir quando escreveu a notícia.
A coerência é sempre uma actividade interpretativa do leitor ou ouvinte. A coerência se faz
presente no texto desde o sentido que o enunciador busca atingir (já que o enunciador quer que
seu texto seja entendido), até a recepção e interpretação que um enunciatário fará dele. Ou seja,
ela estará presente em todos os momentos em que esse texto for utilizado.

1.1. Objectivos do Trabalho

1.1.1. Objectivo Geral

 Reflectir sobre a Prosódia: Perspectivas e desafios.

1.1.2. Objectivos Específicos

 Identificar as perspectivas e desafios da Prosódia;

 Descrever a Prosódia;

1.2. Metodologias

Para a elaboração do presente trabalho, recorreu-se à revisão bibliográfica das obras que tratam
do tema em destaque, que finalmente, culminou com a elaboração do presente texto.

1.3. Estrutura do Trabalho

Quanto a estrutura, o trabalho apresenta elementos pré-textuais que são: a capa, a folha de rosto,
índice; elementos textuais que são: introdução, desenvolvimento e conclusão e elementos pós-
textuais que são as referências bibliográficas.
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2. Fundamentação Teoria

2.1. Coerência textual: Breves conceitos

Coerência, segundo Koch e Travaglia (1995, p.11), “se estabelece na interacção, na interlocução
comunicativa entre dois usuários”. É ela, a responsável pelo sentido que os usuários captam do
texto. E se dá ”[...]pela atuação conjunta de uma série de factores de ordem cognitiva,
situacional,sociocultural e interacional (KOCH; TRAVAGLIA, 1995, p. 52)

A coerência se faz presente no texto desde o sentido que o enunciador busca atingir (já que o
enunciador quer que seu texto seja entendido), até a recepção e interpretação que um enunciatário
fará dele. Ou seja, ela estará presente em todos os momentos em que esse texto for utilizado.
Portanto, “[...] a coerência não está apenas nos textos nem só nos usuários, mas no processo que
coloca texto e usuário em relação numa situação”. (KOCH; TRAVAGLIA, 1995, p.40).

Textualidade ou textura é o que faz de uma sequência linguística um texto e não um amontoado
aleatório de frases ou palavras. A sequência é percebida como texto quando aquele que a recebe é
capaz de percebê-la como unidade significativa global. Portanto, tendo em vista o conceito que se
tem de coerência, podemos dizer que é ela que dá origem à textualidade [...]. (KOCH;
TRAVAGLIA, 1995, p. 20/27)

O fato mais marcante da coerência está em sua formação: Os momentos, as situações e os


usuários de um discurso construirão diferentes sentidos ao mesmo texto, portanto, um texto pode
ser coerente ou incoerente variando de acordo com a situação (com o contexto), em que está
utilizado.

Há autores que negam que haja um texto que seja incoerente. Charolles, por exemplo. Segundo
esse autor não há texto incoerente. Um leitor age sempre como se o texto fosse coerente e,
portanto, faz de tudo para encontrar sentido. Continua ainda:

[...] nesta tarefa, é sempre possível encontrar um contexto,


uma situação em que a sequência de frases dada como
incoerente se torne coerente, vindo a constituir um texto.
(KOCH; TRAVAGLIA, 1995,p. 32)
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E isso é óbvio, cada pessoa tem um contexto histórico diferente, o que causa algumas diferenças
às atribuições de sentidos que damos a cada palavra e conceito, por isso, um texto não é legível
no mesmo grau por todos os leitores.

Porém, apesar de terem contextos diferentes, os enunciatários buscarão em seu conhecimento de


mundo e em seu conhecimento partilhado com o enunciador encontrar alguma coerência no texto,
buscarão colocar o enunciado em situações e contextos em que se faça pertinente.

Percebemos, portanto, que a coerência se dá nos níveis sintáctico, semântico, temático,


ilocucional, e pragmático.

2.2. Coerência: do que depende, como se estabelece?

No livro “Texto e Coerência” (1995), Koch e Travaglia citam alguns factores que interferem na
coerência textual, tais quais conhecimento linguístico, conhecimento de mundo, conhecimento
partilhado, inferências, factores pragmáticos, situacionalidade, intencionalidade, aceitabilidade,
informatividade, focalização, intertextualidade e relevância. Sobre alguns desses conceitos
discorreremos a partir de agora para entendermos onde se localizam os maiores problemas de
coerência no texto.

Como já dito, o conhecimento de mundo é muito importante na construção da coerência textual,


mas, além disso, é importante que enunciador e enunciatário tenham certo grau de conhecimento
partilhado. Analisando a coerência, esses parecem ser os itens de maior relevância em sua
construção.

Os conceitos linguísticos no texto podem ser causadores de incoerências em partes dele, mas isso
não tira seu sentido total. Quando o enunciatário tem conhecimento do tema tratado pelo
enunciador, ele tem mais facilidade para cooperar na construção do sentido do texto, por isso,
noções básicas do assunto tratado são muito relevantes na construção da coerência de um texto.

Ao passo que o enunciatário depende de conhecimento compartilhado com o enunciador para


interpretar um texto, o bom enunciador deve buscar esses pontos de conhecimento
compartilhados para que possa produzir seu texto sendo o mais eficiente possível em transmitir
ao enunciatário o que deseja.
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É aí que entra a focalização, quando um texto é produzido, todo o conhecimento de mundo dos
envolvidos nesse assunto vira-se para uma parte desse saber. Isso quer dizer que os sujeitos
envolvidos em uma fala focalizam sua atenção em alguns pontos.

O enunciador busca, a partir de seu texto, voltar as atenções para um devido ponto. Já o
enunciatário tentará interpretar o texto de acordo com relações que consegue fazer entre o texto e
seu conhecimento de mundo. É aí que o contexto de cada pessoa se faz importante na construção
da coerência e sentido de um texto Outro ponto importante a ser discutido, e ainda dependente do
conhecimento de mundo, e muitas vezes, até do conhecimento partilhado, são as inferências. Elas
ocorrem quando algo não está escrito, mas é possível pressupor a partir do texto. Ou seja, algo
que não esteja representado pelo linguístico, mas que seja possível captar através do
conhecimento de mundo.

Nesse momento, é necessário perceber que nem tudo o que se depreende a partir do texto é
necessário para sua interpretação. O texto mais qualificado é aquele que facilita as inferências
necessárias para seu entendimento e não possibilita ambiguidades e confusões causadas por
inferências indesejadas ou pouco importantes ao texto.

Basicamente se entende por inferência aquilo que se usa para estabelecer uma relação, não
explícita no texto, entre dois elementos desse texto. (KOCH; TRAVAGLIA, 1995, p. 70)

Outro factor que implica fortemente na questão da coerência textual é o pragmático. Como já
dito, a linguística textual passou a se preocupar com o externo ao texto, com sua produção, com
seu enunciador, seu enunciatário e muito mais.

A coerência, portanto, passou a ser vista também de outra forma. Um texto nunca fez sentido
sozinho. Aliás, em cada situação, como já vimos o mesmo texto pode ter um sentido diferente.
Sendo assim, provamos a notoriedade do pragmático nessa discussão.

Os factores pragmáticos que interferem na coerência textual são:

[...] tipos de actos de fala, contextos de situação, interacção


e interlocução, força ilocucionária, intenção comunicativa,
características e crenças do produtor e recebedor do textos,
etc. tem a ver com a influência do pragmático na coerência.
(KOCH; TRAVAGLIA, 1995, p. 74)
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Ainda muito ligada aos factores pragmáticos, temos a situacionalidade, isto é, um conjunto de
factores que dão relevância aos assuntos tratados em um texto em determinada situação. Se essa
relevância é pequena, o texto parecerá incoerente, o que poderia impossibilitar ou dificultar o
entendimento do conteúdo do texto.

“De acordo com Giora (1985), uma das principais condições para o estabelecimento da coerência
é a relevância discursiva” (KOCH; TRAVAGLIA, 1995, p. 95). O texto será coerente quando os
enunciados de um mesmo texto tratarem de um mesmo tópico discursivo; caso não haja uma
ligação entre os enunciados, o texto só será coerente se entre esses enunciados houver um
conectivo explícito.

Concluímos, portanto, que em todo o procedimento da produção e recepção de um texto haverá


ligações directas com a coerência. Percebemos ainda que a coerência de um texto depende de
muito mais que unicamente seu enunciador e, portanto, pode ser problemático atribuir ao
enunciador, unicamente, esse tipo de problema.
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3. Conclusão

Concluímos neste trabalho que Segundo a definição de coerência, ela seria um elemento, apenas,
interno do texto e seria dependente apenas da capacidade do locutor de produzir sentido. Isto é, o
contexto em que o texto é produzido e a capacidade de interpretação do interlocutor estariam fora
do processo de coerência textual. A coerência é o substrato lógico do texto, mas essa lógica
depende do locutor e interlocutor com a mesma capacidade e percepção lógica, além disso, o
texto coerente deve também se fazer coerente com factores externos ao texto. Portanto, coerência
é sintáctica, é semântica, mas também pragmática, tendo uma ligação necessária com o
“contexto”. Ou seja, o enunciado deve fazer sentido no grupo social em que é divulgado, na
enunciação em que é produzido e na enunciação em que é interpretado.
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4. Referencias Bibliográficas

KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça, Travaglia, L.C. Texto e coerência. 4.ed. – São Paulo: Cortez,
1995.

MENDONÇA, M. C. Coesão e coerência textuais escolarizadas: políticas de fechamento. In:


BARBOSA/FONTANA: Cadernos de Qualificações, 1.ED.- Campinas: IEL, 2005.

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