DISSERTAÇÃO Rafaela Ferreira Dos Santos
DISSERTAÇÃO Rafaela Ferreira Dos Santos
DISSERTAÇÃO Rafaela Ferreira Dos Santos
RECIFE, 2015
RAFAELA FERREIRA DOS SANTOS
RECIFE, 2015
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
PRÓ-REITORIA PARA ASSUNTOS DE PESQUISA E PÓS-
GRADUAÇÃO
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
Assinatura: __________________________________
Assinatura: ____________________________________
Assinatura: ___________________________________
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
REITOR
Prof. Dr. Anísio Brasileiro de Freitas Dourado
VICE-REITOR
Prof. Dr. Sílvio Romero de Barros Marques
CAPÍTULO I
CAPÍTULO II
CAPÍTULO III
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
CAPÍTULO II
CAPÍTULO III
1 INTRODUÇÃO
Para que o material vegetal torne-se um fitoterápico, deve-se passar por várias etapas
até a sua comercialização. Uma das etapas iniciais é a padronização farmacognóstica da
espécie que é indispensável para o controle de qualidade da matéria-prima vegetal. Nesse
contexto, com o objetivo de estabelecer parâmetros para o controle de qualidade de Ageratum
conyzoides L., o presente trabalho realizou caracterização farmacobotânica, perfil fitoquímico
e físico-química da espécie. Além disso, foi realizada histolocalização, quantificação e
caracterização do óleo essencial, bem como avaliação da sua atividade antifúngica.
19
OBJETIVOS
20
2 OBJETIVOS
REVISÃO DE LITERATURA
22
3 REVISÃO DE LITERATURA
1961;. AGRA et al., 2008; SANTOS; LIMA; FERREIRA, 2008; CEOLIN, 2009; GARCIA;
DOMINGUES; RODRIGUES, 2010; LOPES, 2010;).
Popularmente Ageratum conyzoides L. é bastante utilizada como inseticida, purgante,
antitérmico, anti-inflamatório, analgésico, anestésico, tratamento de úlceras, diarreia
hemorragia e distúrbios mentais (GONZALEZ, 1991; BOUDA et al., 2000; OKUNADE,
2002; SHIRWAIKAR et al., 2003;. MOURA, 2005; NWEZE; OBIWULU, 2009;
NOGUEIRA et al., 2010).
A espécie é usada nas formas de chás (decocção), sucos, loções, óleos e tinturas
(NDIP et al. 2007). Os usos etnofarmacológicos de acordo com o local de cultivo da espécie
conyzoides com seus respectivos nomes populares são listados na Tabela 1. Com isso
observa-se que há uma variedade imensa de indicações que vão desde as atividades inseticidas
a doenças mentais.
Ageratum conyzoides tem uma série de atributos mágicos e supersticiosos, por
exemplo, na Costa do Marfim há relatos de que protege os seguidores da Ceita Snake-Sect
contra picada de cobra. Na parte ocidental da Nigéria, ela é usada em encantamentos para
combater as bruxas através da inalação. No Congo a seiva das folhas nas mãos de jogadores
de cartas melhora a sorte (OKUNADE, 2002).
24
Camarões Erva daninha de bode Conjuntivite, oftalmia, dor de cabeça; otite, antiemético e BOUDA, et al., 2001; OKUNADE,
problemas vaginais. 2002
AMÉRICA
Inflamações do ovário, amenorréia, dismenorréia, RODRIGUES; CARVALHO, 2001;
Brasil Cabiju, catinga-de-bode, reumatismo, diarreias estomacal, contra dores intestinais, AMOROZO, 2002; DI STASI et al.,
confrei, erva-de-são-joão, anorexia, artrite, depressão, doença dos nervos, colesterol 2002; MONTELES; PINHEIRO,
mentraste, mentrasto, alto, inchação, mulher de resguardo, dor, tirar friagem no 2007; AGRA et al., 2008; SANTOS;
mentrasto-branco, picão-roxo. corpo (em mulher grávida), resfriado de menstruação, LIMA; FERREIRA, 2008; CEOLIN,
antisséptico, infecções de pele, regulação menstrual, queixas 2009; CUNHA; BORTOLOTTO,
hepáticas, bronquite, anti-inflamatório, cicatrizante, dor de 2011; HOEFFEL et al., 2011;
cabeça, parto, antigripal, antiespasmódico menstrual, SOBRINHO; GUEDES-BRUNI;
emenagogo, rins, infecções dos rins, asma. CHRISTO, 2011; BRITO; SENNA-
VALLE, 2011; LIPORACCI;
SIMÃO, 2013;
Colômbia Inseticida; repelente; e propriedades antialimentar na
proteção de culturas contra o ataque de insetos. GONZALEZ et al., 1991.
ÁSIA
Os flavonoides são metabólitos que tem como principal atividade biológica a ação
antioxidante (MOMESSO et al., 2008). As partes aéreas de Ageratum conyzoides apresentam
metoxiflavonas como 5,6,7,5’-tetrametoxi-3’,4’-metilenodioxiflavona, linderoflavona B, 5’-
metoxinobiletin, nobiletin, sinensetin 5,6,8,3’,4’,5’-hexametoxiflavona e 8-hidroxi-
5,6,7,3’,4’,5’-hexametoxiflavona (GONZALEZ et al., 1991). Yadava e Kumar (1999)
isolaram uma isoflavona a partir do extrato das partes aéreas de A. conyzoides que foi
identificada como 5,7,2’,4’-tetrahidroxi-6,3’-di-(3,3-dimetilalil)-isoflavona. Em extração
metanólica também das partes aéreas de A. conyzoides, Nour e colaboradores (2010)
encontraram cinco tipos de flavonoides são eles: euplastin, 5,6,7,5’-tetrametoxi 3’,4’-
metilenadioxiflavona, 5’-metoxinobilatina, 5,6,7,3’,4’,5’-hexametoxiflavona e ageconiflanona
C. Bosi et al. (2013) utilizando as partes aéreas da planta em floração e não floração,
realizaram a extração aquosa e identificaram a hidroxi-5,6,7,8,4’,5’-hexametoxiflavona,
linderoflavona, hexametoxiflavona. Ambos na mesma proporção para os dois tipos de
extratos.
3.3.3 Alcaloides
Bouda e colaboradores (2001) testaram o óleo essencial extraído das folhas frente ao
gorgulho do milho, Sitophilus zeamais observando a mortalidade em todas as concentrações
testadas no intervalo de tempo de 24 horas. Lima et al. (2010) verificaram que o óleo
essencial de A. conyzoides foi tóxico para a lagarta Spodoptera frugiperda em todas as
concentrações avaliadas ocorrendo mortalidade dose dependente.
O óleo tem capacidade de induzir anormalidades morfogenéticas em larvas do
mosquito Aedes aegypti ocorrendo mortalidade das larvas em 48 horas após exposição. Além
disso, as larvas de A. aegypti que não morreram mostraram problemas em completar o seu
desenvolvimento. Esses autores atribuíram esta atividade a presença das substâncias
precocenos I e II, encontradas em sua composição (MENDONÇA et al., 2005). Assim como
Liu e Liu, (2014) que avaliaram o óleo essencial de Ageratum conyzoides e seus constituintes
majoritários contra Aedes albopictus, onde precoceno I e II obtiveram melhor atividade
larvicida que o óleo essencial. Sendo assim, os autores sugerem que a atividade está
relacionada aos seus compostos majoritários.
Arya e Sahai (2014) também demonstraram uma atividade larvicida do extrato bruto
frente ao desenvolvimento da larva e ovulação do mosquito Culex quinquefasciatus. Outro
28
aves (frangos) infectadas de forma constante até que obteve crescimento zero após 18 dias de
tratamento. Esta atividade foi semelhante à causada pelo amprolium, um fármaco anti-
coccidiano padrão. O extrato nas concentrações de 3000 mg/kg não se mostrou tóxico, sendo
assim de uso seguro.
Alguns autores relataram a atividade antiparasitária dos compostos metoxiflavonoides.
Por exemplo, um extrato das partes áreas, no período de floração realizado por Nour e
colaboradores (2010) foram isolados flavonoides metoxilados e testadas suas atividades
antiparasitárias. De todos, apenas o composto ageconiflavone C demonstrou atividade
significativa contra Tripanossoma brucei rhodesiense e Leishmania donovani. Já o extrato
bruto teve atividade significativa contra todos os protozoários testados T. brucei rhodesiense,
Tripanossoma cruzi, Leishmania donovani e Plasmodium falciparum. Owuor et al. (2012) em
estudo com extratos da planta coletada em Nariobi, Quênia também observaram atividade
antiparasitária contra Leishmania donovani.
Chinwe et al. (2010) apresentaram em seus resultados os efeitos do sinergismo entre o
extrato aquoso da planta e duas drogas usadas no tratamento da malária, cloroquina e
atesunate. A associação de A. conyzoides e cloroquina (100:10) e A. conyzoides e atesunate
(100:4) produziu uma inibição absoluta da parasitemia de Plasmodium berghei, no 14º e 7º
dias de tratamento respectivamente. Este efeito aditivo foi observado em todas as doses de
combinação utilizadas. O que sugerem uma potente atividade anti-malária decorrente do
sinergismo entre o extrato e estas drogas. Além disso, até o 14º dia, nenhuma forma de
recrudescência foi vista nas duas combinações de medicamentos, pois a depuração da
parasitemia foi consistente até o esse dia.
Melo e colaboradores (2011) avaliaram o óleo essencial de A. conyzoides sobre
vermes adultos de Schistosoma mansoni comparado com o praziquantel, droga utilizada no
tratamento de parasitoses. O óleo demonstrou, na concentração de 100 µg/ml, uma boa
atividade antiparasitária matando 75% dos vermes machos e 100% das fêmeas. Com isso os
autores mostram que o óleo essencial não só exibiu atividade esquistossomicida in vitro, mas
também indicou que S. mansoni fêmeas são mais suscetíveis.
Shailajan et al. (2013) realizaram uma extração hidroalcóolica das folhas de A.
conyzoides e testaram sua atividade antiparasitária frente Pediculus humanus capitis, um
ectoparasita conhecido popularmente por piolho. Onde o extrato na concentração de 20% teve
a mesma atividade que o controle, permethrin, fármaco bastante usado para combate da
infestação pelo ectoparasita.
32
melhora nas taxas de epitelização e contração da ferida. Além disso, foi observado um
aumento de 40% na resistência à tração do tecido tratado. O teor de colágeno foi aumentado
em 54% em comparação com o controle no 4º dia, 100% no 8º e reduzido para 30% no 12º
(ARULPRAKASH et al., 2012).
Na Nigéria o extrato das folhas de Ageratum conyzoides monstrou atividade
cicatrizante, onde em dez dias houve total cicatrização das feridas em ratos. Os autores
atribuíram essa atividade ao poder antibacteriano do extrato (OLADEJO et al., 2003).
Adetutu et al. (2012) avaliaram a atividade citotóxica do extrato e frações das folhas
de A. conyzoides utilizando carcinoma de pulmão em crescimento (SK-MES 1 e SK-LU 1) e
fibroblastos de pele (FS5) pelo método de 3-(4,5-dimetil-2-tiazolil)-2,5-difeniltetrazolium
bromido (MTT). Observaram uma atividade citotóxica para os tumores de pulmão, em todas
as frações. Já em relação aos fibroblastos de pele foi observada discreta atividade citotóxica.
Cromenos citotóxicos e kaempferol isolado a partir do extrato de A. conyzoides pode ser o
metabólito ativo responsável pelos efeitos citotóxicos observado neste estudo.
Nyunai et al. (2006) avaliaram a atividade antidiabética do extrato aquoso das folhas
de Ageratum conyzoides que causou uma redução de glicose no sangue de ratos diabéticos em
21,31% após 4 horas da administração oral de 300 mg/kg. Além de não observar toxicidade
aguda na concentração administrada. Além disso, Adebayo et al. (2010) em estudo de
toxicidade do precoceno II extraído de A. conyzoides observaram uma diminuição
significativa no nível de glicose no soro dos ratos tratados, sugerindo, assim, que o composto
possui atividade hipoglicemiante.
Agunbiade e colaboradores (2012) descreveram em seus experimentos um efeito
hipoglicemiante relativamente baixo do extrato aquoso de A. conyzoides. Sendo assim os
autores indicam o uso desse extrato em combinações com outros hipoglicemiantes de
preferência também de origem vegetal.
34
3.5 Toxicidade
3.6 Referências
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45
CAPÍTULO I
46
4.1 Introdução
Asteraceae é uma grande família de plantas que compreende cerca de 1000 gêneros e
25000 espécies em diferentes hábitats. No Brasil, há cerca de 300 gêneros com
aproximadamente 2000 espécies (DEL-VECHIO-VIEIRA et al., 2008). Essa família tem
hábitos bem distintos que vão desde ervas perenes, subarbustos, arbustos a ervas anuais,
lianas e árvores. São encontradas nos mais diversos habitats já que tem uma boa adaptação
ambiental (CANCELLI; EVALDT; BAUERMANN, 2007).
Ageratum consiste em um dos gêneros com aproximadamente 30 espécies
(OKUNADE, 2002). Dentre as suas espécies A. conyzoides, conhecido popularmente no
Brasil por mentrasto, catinga de bode, picão roxo entre outros (MOURA et al., 2005; LIMA et
al. 2010; NOGUEIRA et al., 2010;), é uma erva daninha de destaque devido grande
quantidade de metabólitos produzidos e suas importantes atividades biológicas (OKUNADE,
2002; SINGH et al., 2002; BOUDA et al., 2001).
Ageratum conyzoides é uma planta tropical muito comum na África Ocidental e em
algumas partes da Ásia e América do Sul (OKUNADE, 2002). É uma erva daninha aromática
anual de campos cultivados, mas também invade outros habitats, como pastagens, terrenos
baldios e até mesmo áreas florestais (BATISH et al., 2006). A invasão bem sucedida de A.
conyzoides é atribuída a sua ampla adaptabilidade ambiental e sua alelopatia (KONG et al.,
2004). Os caules e folhas são cobertas de ―pelos brancos‖, os tricomas, as folhas são ovais e
chegam até 7,5 cm de comprimento. As flores são roxas ou brancas. Tem um odor peculiar
comparado, na Austrália, ao de um bode e daí o seu nome popular "catinga de bode"
(JHANSI; RAMANUJAM, 1987; KAUL; NEELANGINI, 1989).
Os derivados de produtos naturais, mais especificamente de plantas, geralmente são
produzidos a partir de pós do material vegetal seco, fragmentado e sem a presença de seus
órgãos reprodutores. Com isso há certa dificuldade de identificação morfoanatômica, sendo
assim o estudo anatômico torna-se uma importante aliada para identificação de tal material
(MILLANI, et al., 2010).
Apesar da grande gama de estudos pertinentes a atividades e principalmente
constituição química de A. conyzoides existe poucos trabalhos sobre a descrição anatômica da
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planta. Assim sendo, esse trabalho torna-se de grande relevância, já que teve como objetivo
descrever os principais caracteres anatômicos da raiz, caule, pecíolo e folha, a fim de garantir
a qualidade e certificação do material vegetal.
4.3 Resultados
Figura 1 – Ageratum conyzoides L. em seu habitat e seus diferentes orgãos: folha, flor, caule e
raiz.
Figura 1: A: detalhe do caule de coloração verde e filotaxia oposta; B: folhas simples, face abaxial e
adaxial; C: detalhe das flores de coloração roxa; D: raiz do tipo fasciculada; E: A. conyzoides em
habitat (Barras: A: 5 cm; B, C e D: 2 cm).
50
4.3.2.1 Raiz
Rm
Rx
Figura 2: A: Região medular (Rm) com células bem desenvolvidas e Raios xilemáticos (Rx); B:
Detalhe da epiderme e região cortical com células irregulares (Barras: A e B: 100 µm).
4.3.2.2 Caule
Ep
Cl
Tt
Fi
Fv
Fv
Figura 3: A: Epiderme (Ep) e logo abaixo colênquima (Cl); B: Tricoma tector multicelular (Tt); C:
Detalhe dos feixes vasculares (Fv) em forma de anel e região medular; D: Região cortical
apresentando calotas de fibras (Fi) e feixes vasculares colaterais (Fv) (Barras: A: 25 µm; B e C: 200
µm; D: 100 µm).
4.3.2.3 Pecíolo
Ds
4.3.2.3 Folha
mais proeminente e epiderme unisseriada coberta por cutícula, com presença de tricomas em
ambas as faces (Figura 5-E). Ocorre uma camada de colênquima em ambas as faces e
parênquima com células de tamanhos variados (Figura 5-E). O sistema vascular é colateral
aberto. Há presença de ductos secretores próximo ao sistema vascular da nervura central
(Figura 5-F). As nervuras secundárias seguem o mesmo padrão da nervura mediana, porém
são menores.
Em microscopia eletrônica de varredura observam-se as células epidérmicas com
contorno sinuoso e em face abaxial os estômatos são dispostos um pouco acima das células
epidérmicas, já na face adaxial os mesmos encontram-se dispostos no mesmo nível que suas
células epidérmicas (Figura 6-A-D). O epitélio da face adaxial demonstra células maiores que
na face abaxial.
54
Ep
Figura 5: A: face abaxial detalhe do estômato anisocítico (Ani); B face adaxial apresentando
estômatos; C: parênquima paliçadico (pp) e parênquima lacunoso (pl), detalhe da epiderme (ep); D:
presença de amido (ad); E: visão geral da nervura central com a presença dos tricomas (Tt); F: detalhe
do Ducto secretor (Ds); (Barras: A; B: 25 µm; C: 100 µm; D: 25 µm; E: 100 µm F: 25 µm).
55
Figura 6: A e B: superfície adaxial, detalhe dos tricomas tectores e contorno das células epidérmicas,
os estômatos encontram-se disposto na mesma altura das células; C e D: superfície abaxial; C: tricoma
glandular; D: detalhe do estômato disposto acima da célula da epiderme.
O reagente de Nadi revelou os óleos essenciais corados de azul, presentes nos tricomas
tectores, nas células da epiderme tanto do mesofilo quanto da nervura central. A cutícula
também foi corada de azul, já que a mesma é constituída de substâncias lipofílicas (Fig. 7 – B;
C e D).
56
Figura 7: A: corte controle, antes do reagente Nadi; B óleo essencial em tricoma tector; C: óleo
essencial nas células da epiderme, e células do parênquima da região da nervura central; D: células
epidérmicas do mesofilo coradas de azul, indicando a presença de óleo essencial (Barras: A; B: 100
µm; C; D: 25 µm).
4.4 Discussão
mesofilo varia bastante sendo geralmente dorsiventral, porém podem ser encontrados os tipos
homogêneo, em paliçada ou isobilateral (METCALFE; CHALK, 1950).
Na raiz e no caule é comum a presença de feixes vasculares nas espécies de Asteraceae
(FAHN; CUTLER, 1992; BREITWIESER,1993) o que foi observado também para Ageratum
conyzoides. Além disso, Melo-de-Pinna (2004) e Teixeira (2014) observaram fibras
associadas aos feixes vasculares nos caules de Richterago Kuntze e Lomatozona
artemisiifolia respectivamente, que ocorre em espaços externamente ao floema no caule de A.
conyzoides.
Folhas com estômatos em ambas as faces da epiderme foram encontradas para várias
espécies da família (BUDEL et al, 2007; DUARTE et al., 2007; MOLARES et al., 2009,
MILLANI et al., 2010;). Trindade (2013) documentou a presença de estômatos em ambas as
faces com predominância na face abaxial para Lomatozona artemisiifolia, semelhante ao
observado para este estudo.
As células da epiderme nas folhas de A. conyzoides apresentam-se revestidas por
cutícula pouco espessa, isso deve-se ao habitat da planta, já que A. conyzoides foi coletada em
ambiente com bom suprimento hídrico. Esau (2002) e Taiz; Zeiger (2004) afirmam que a
espessura da cutícula é influenciada pelo habitat da planta. Onde, espécies vegetais nativas de
ambientes com pouco fornecimento de água possuem células com cutícula mais espessas que
as espécies de ambientes úmidos. Kerstiens, 1996; Heredia et al., 1998 acreditam que a
espessura da cutícula esteja intimamente ligada com a proteção de patógenos.
A presença de tricomas tectores multisseriados na espécie A. conyzoides também foi
encontrado por Ferreira e colaboradores (2002), no entanto os mesmos observaram tricomas
glandulares em ambas às faces o que não foi descrito nesse trabalho. Esses autores
encontraram estômatos apenas anomocíticos divergindo dos resultados do presente estudo,
onde foi observada a presença de estômatos anomocíticos e anisocíticos. Isso pode ser
explicado por uma provável restrição dos autores a uma pequena área de observação.
Os estômatos em A. conyzoides na face adaxial estão localizados no mesmo nível das
células da epiderme e na face abaxial um pouco acima das mesmas, semelhante ao que foi
descrito por Ferreira e colaboradores (2002) para a mesma espécie e por Empinotti e Duarte
em (2006) para outra espécie da mesma família Chaptalia nutans L.
O mesofilo de A. conyzoides foi classificado como dorsiventral, o que também foi
descrito para a mesma espécie por Millani et al., (2010). Para outras espécies da mesma
família como Trindade (2013) para Lomatozona artemisiifolia e Melo-de-Pinna (2004) para
58
Richterago amplexifolia. Segundo alguns autores, a fotossíntese nas folhas é melhorada pelos
espassamentos entre as células no mesofilo lacunoso (FAHN, 1978; MENEZES et al.; 2003).
Smiljanic em 2005 descreveu características anatômicas de doze espécies de plantas
da família Asteraceae , todas demonstraram folha com epiderme unisseriada e algumas delas
em vista frontal apresentam contorno sinuoso em ambas as faces assim como observado para
A. conyzoides. Próximo a nervura central, no parênquima, foi observado ductos secretores em
A. conyzoides o que foi descrito também para Lomatozona artemisiifolia por Teixeira (2014).
O pecíolo de A. conyzoides tem os feixes vasculares formando um arco assim como ocorre em
Richterago amplexifolia (Asteraceae) (MELO-DE-PINNA, 2004).
No Brasil as principais espécies de Ageratum são conyzoides e fastigiatum que tem
diferenças morfológicas e anatômicas importantes para determinar uma classificação correta.
Elas têm o caule e raiz muito parecidos anatomicamente e morfologicamente. A principal
característica que as distinguem são os estômatos onde A. conyzoides tem a presença de
estômatos anomiciticos e anisocíticos e A. fastigiatum apenas anomocíticos (DEL-VECHIO-
VIEIRA et al., 2008). Além disso, A. fastigiatum tem nervura de contorno convexo (DEL-
VECHIO-VIEIRA et al., 2008) e A. conyzoides de contorno biconvexo.
Os óleos essenciais armazenados e secretados pelas estruturas secretoras, ductos e
tricomas principalmente, podem conferir barreira química contra animais e adaptação ao
ambiente (TEIXEIRA, 2014). O perfil histoquímico para óleo essencial revelou a sua
presença nos tricomas, células da epiderme no mesofilo e nervura central e nas células do
parênquima da nervura central. Confirmando a presença de óleo essencial nas folhas da
espécie, corroborando com (KASTURI; MANITHOMAS, 1967; PARI et al., 1997; KONG;
HU; XU, 2002; RANA; BLAZQUEZ, 2003; CASTRO, et al., 2004; NEBIÉ, et al., 2004;
NOGUEIRA et al., 2009; LIMA, et al., 2010; NOGUEIRA, et al., 2010; BOSI et al., 2013).
Assim como observado em A. conyzoides, em muitos casos, óleos voláteis foram encontrados
em tricomas. Por exemplo, os tricomas de espécies da família Lamiaceae em Marrubium
vulgare L (Piccoli e Bottini, 2008), Ocimum basilicum (Gang et al. al, 2001), Origanum
vulgaris (Bosabalidis al., 1998) e Mentha spicata (Voirin et al., 1993).
Por meio desse estudo observou-se que a raiz, caule, pecíolo e folha de A. conyzoides
L. apresentam características anatômicas que são parâmetros essenciais no controle de
qualidade da matéria prima vegetal. Assim, a presença de estômatos anomocíticos e
anisocíticos, mesofilo dorciventral, pecíolo do tipo côncavo-convexo, nervura central com
59
4.5 Referências
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64
CAPÍTULO II
65
5.1 Introdução
tornado cada vez mais intensa. O estímulo ao uso de fitoterápicos ou produtos fitoterápicos
tem como objetivo prevenir, curar ou minimizar os sintomas das doenças, com um custo mais
acessível à população e aos serviços públicos de saúde. No Brasil, constituem as classes de
produtos que possuem maior potencialidade de crescimento, com as vendas crescendo de 10 a
15% ao ano, porém ainda com participação de 2%, em média, no mercado de medicamentos
(OLIVEIRA; OLIVEIRA; ANDRADE, 2010).
Dentre os metabólitos secundários produzidos pelas plantas, os óleos essenciais têm se
destacado por suas atividades antibacterianas e antifúngicas. Os constituintes químicos desses
óleos aromáticos variam desde hidrocarbonetos terpênicos, álcoois simples, fenóis, aldeídos,
éteres, ácidos orgânicos, ésteres, cetonas, lactonas, cumarinas, até compostos contendo
nitrogênio e enxofre (SIMÕES et al., 2004).
Ageratum conyzoides é uma erva daninha aromática anual de campos cultivados, que
também invade outros habitats como pastagens, terrenos baldios e até mesmo áreas florestais
(BATISH et al., 2006). Na medicina popular é bastante utilizada como purgante, febrífugo,
anti-inflamatório, analgésico, anestésico e para o tratamento de úlceras (BOUDA et al., 2000;
NWEZE; OBIWULU, 2009). É conhecido popularmente por erva daninha de bode, Cabiju,
catinga-de-bode, confrei, erva-de-são-joão, mentraste, mentrasto, mentrasto-branco, picão-
roxo (RODRIGUES; CARVALHO, 2001; AMOROZO, 2002; DI STASI et al., 2002;
MONTELES; PINHEIRO, 2007; AGRA et al., 2008; SANTOS; LIMA; FERREIRA, 2008;
CEOLIN, 2009; CUNHA; BORTOLOTTO, 2011; HOEFFEL et al., 2011; SOBRINHO;
GUEDES-BRUNI; CHRISTO, 2011; BRITO; SENNA-VALLE, 2011; LIPORACCI;
SIMÃO, 2013).
O perfil fitoquímico o óleo essencial de A. conyzoides tem como constituintes
majoritários precoceno I, precoceno II e α-cariofileno que tem certa variação em concentração
de acordo com o local, horário e sazonalidade de coleta e o tipo de extração utilizado
(KASTURI; MANITHOMAS, 1967; PARI et al., 1997; RANA; BLAZQUEZ, 2003;
NOGUEIRA et al., 2010; LIMA et al., 2010; BOSI et al., 2013). Ainda sobre os óleos
essenciais, Castro et al. (2004) e Nébié et al. (2004) demonstram um rendimento de 0,2 a
0,7% que varia de acordo com o local de aquisição do material vegetal e seu tipo de extração.
A atividade antimicrobiana do óleo essencial de Ageratum conyzoides (mentrasto) é
mencionada na literatura por Pattnaik, Subramanyam e Kole, (1996), Fiori et al., (2000),
Chah, (2006), Ndip et al. (2007), Patil et al., (2009), Chinwe et al., (2010), Nogueira et al.,
(2010), Nour et al., (2010), Melo et al., (2011), Adetutu et al., (2012), Garcia et al., (2012),
67
Shailajan et al., (2013), Morais et al., (2014) e Odeleye et al., (2014). No entanto, existe uma
escassez de estudos que demonstrem tal atividade sobre Candida albicans e suas demais
espécies.
Visto que o óleo essencial de A. conyzoides tem mostrado atividade antifúngica e que
há uma escasses nos relatos da literatura quanto à atividade frente Candida albicans e demais
espécies de Candida, verifica-se a necessidade de aprofundar as investigações sobre essa
atividade antifúngica, com o objetivo de justificar e validar o uso clínico dos óleos essenciais.
O óleo essencial foi extraído das folhas frescas do A. conyzoides pelo método de
hidrodestilação utilisando-se aparelho de clevenger modificado. Foram utilizados 200 g do
material vegetal em 500 ml de água destilada durante um período de 2 horas. Foi coletado 400
ml de hidrolato (água+óleo) nesse intervalo de tempo. O óleo foi extraído da fase aquosa
através de partição em funil de separação utilizando hexano como solvete orgânico. Foram
realizadas quatro extrações com 40 ml de hexano. Após a separação foi adicionado à fase
orgânica, sulfato de magnésio anidro, em excesso, com o objetivo de remover a água restante.
A fase orgânica foi filtrada e o hexano removido por rotaevaporação.
O rendimento do óleo essencial foi de 0,16% (v/p), onde Patil e colaboradores (2010)
e Liu; Liu, (2014) obtiveram teores aproximados, 0,18% (v/p) e 0,11% (v/p), respectivamente.
E outros autores como Rana e Blazquez (2002), Nebié et al., (2004) e Vieira et al. (2012)
encontraram rendimentos maiores 0,24%, 0,75% e 0,46% respectivamente. Embora sejam
relativamente bons esses rendimentos existem divergências com relação à metodologia
utilizada na extração, o que pode estar associada à discrepância nos teores dos óleos já que
durante o processo de extração podem ocorrer erros que contribuem para uma variação nos
valores dos rendimentos obtidos. Por exemplo, na separação do óleo da fase aquosa, partição,
há uma perda de óleo essencial que ficam aderidos às paredes dos recipientes utilizados
(CASTELO; DEL MENEZZI; RESCK, 2010). Além disso, o local de coleta também
influencia nos rendimentos, o que mostram Castro et al. (2004) ao avaliarem 5 tipos de
acessos diferentes de mentrasto e obterem teores entre 0,48% e 0,70%. Esper et al. (2014) em
extratos coletados em Ibiúna, São Paulo, Brasil obtiveram um rendimento muito baixo,
0,042%.
Gerais (Brasil) porem de locais diferentes e em apenas um deles apresentou precoceno I como
constituinte majoritário, os demais acessos apresentaram precoceno II.
Outros autores descrevem o precoceno II com maior concentração, seguido do
precoceno I e trans-cariofileno nas folhas de A. conyzoides coletado em Ibiuna, SP-Brasil
(Nogueira et al., 2010) e Fuzhou na China (Liu; Liu, 2014).
Existe uma variedade de constituintes do óleo essencial que depende do local, período
e horário de coleta, mostrada por Siebertz et al. (1990) que avaliaram a composição do óleo
das folhas jovens e maduras de A. houstoniunum e encontraram diferenças na concentração de
precoceno I e II. Onde nas folhas jovens existe maior quantidade de precoceno I e nas folhas
adultas, precoceno II foi o composto majoritário. As condições de estresse as quais a planta é
submetida também podem influenciar na composição do metabólito secundário. Esse episódio
foi observado por Kong, Hu e Xu (2002) que mostram as diferenças de concentrações dos
principais constituintes de óleos essenciais extraídos de Ageratum conyzoides sobre variados
fatores de estresse. Expondo que, quando a planta foi submetida a danos físicos e tratamento
com o herbicida ácido diclorofenoxiacético (2,4-D) mostrou precoceno I 57 mg/g e precoceno
II 37 mg/g e β-cariofileno com 26 mg/g de material fresco. Já em condições de deficiência de
nutrição e competição por Bidens pilosa os níveis de Precoce I e II e β-cariofileno
aumentaram bastante. Estas diferenças resultaram também numa divergência da atividade
alelopática.
5.4 Referências
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84
CAPÍTULO III
85
6.1 Introdução
MOURA, 2005; NWEZE; OBIWULU, 2009; NOGUEIRA et al., 2010). Diversas atividades
farmacológicas de A. conyzoides já foram mencionadas como: inseticida, antibacteriana,
antifúngica, antiparasitárias, anti-inflamatória, gastroprotetora, cicatrizante () e
hipoglicemiante (MATTOS, 1988; MARQUES-NETO; LAPA; KUBOTA, 1988;
PATTNAIK, SUBRAMANYAM; KOLE, 1996; FIORI et al. 2000; BOUDA et al., 2001;
KONG; HU; XU 2002; SHIRWAIKAR et al., 2003; XUAN et al, 2004; KONG et al., 2004;
MENDONÇA et al., 2005; MOURA et al., 2005; BATISH et al., 2006; CHAH, 2006; NDIP
et al. 2007; MOREIRA et al., 2007; NWEZE e OBIWULU, 2009; Patil et al., 2009; LIMA et
al. 2010; NOGUEIRA et al., 2010; NOUR et al., 2010; MELO et al., 2011; AGUNBIADE et
al., 2012; ARULPRAKASH et al., 2012; SHAILAJAN et al., 2013; JAYA et al., 2014;
MORAIS et al., 2014).
A. conyzoides é composto por uma grande diversidade de metabólitos incluindo mono
e sesquiterpenos, flavonoides, alcaloides, cumarinas, triterpenos e esteróis (KASTURI;
MANITHOMAS, 1967; GONZALEZ et al., 1991; PARI et al., 1997; OKUNADE, 2002;
RANA; BLAZQUEZ, 2003; NOGUEIRA et al., 2010; LIMA et al., 2010; BOSI et al, 2013).
A maior parte dos estudos de fitoquímica dessa planta relata a caracterização química do seu
óleo volátil. Dessa forma, por existir escassez de estudos na literatura sobre caracterização
fitoquímica e físico-química do extrato das folhas, conforme preconizado pela Resolução nº
14/2010, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) (BRASIL, 2010), o objetivo
deste trabalho foi estabelecer parâmetros para o seu controle de qualidade.
Logo após a coleta, as folhas frescas foram selecionadas para preparação do extrato
por infusão metanólica a 10% (v/v), sob agitação durante 30 min e submetidos à
cromatografia em camada delgada (CCD), em consonância com os procedimentos descritos
por Harborne (1998) e Wagner e Bladt (1996). As análises foram efetuadas aplicando-se
alíquotas (15 μL) dos extratos em placas cromatográficas de gel de sílica (F254),
empregando-se diversos sistemas eluentes, padrões e reveladores adequados (Tabela 1). Para
pesquisa de saponinas, realizou-se o teste de afrogenicidade, no qual a presença de espuma
abundante e persistente por mais de 15 minutos, após forte agitação da solução durante 30
segundos seguida de repouso, foi o critério para determinar a presença de saponósidos
(COSTA, 2001).
40,00%
35,00%
30,00%
25,00%
Retido (%)
20,00%
15,00%
10,00%
5,00%
0,00%
850 600 500 250 150 90 Base
Malha (µm)
120%
100%
80%
Percentual (%)
60%
Retenção
Passagem
40%
20%
0%
250
0 200 400 600 800 1000
Malha (µm)
6.4 Referências
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