Gene
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Gene
Índice
Introdução...................................................................................................................................3
Agrobacterium tumefaciens........................................................................................................4
Agrobacterium............................................................................................................................4
PLASMÍDIO Ti..........................................................................................................................4
O Hospedeiro: Monocotiledôneas...............................................................................................6
O vetor Agrobacterium...............................................................................................................7
Transformação via Agrobacterium tumefaciens.........................................................................9
Situação atual da transformação via Agrobacterium tumafeciensem cereais...........................10
Passos para obtenção de linhagens de cereais transformadas via Agrobacterium tumefaciens10
Transferência da região-t para a célula vegetal.........................................................................11
Indução do sistema de virulência..............................................................................................11
Formação do complexo-T.........................................................................................................13
Transporte intercelular do complexo-T....................................................................................13
Transporte intracelular do complexo-T....................................................................................13
Integração da fita-T no genoma da planta.................................................................................14
Semelhanças com a conjugação bacteriana..............................................................................14
Expressão dos genes do T-DNA na célula vegetal...................................................................15
Os oncogenes............................................................................................................................15
Conclusão..................................................................................................................................16
Referencia bibliográfica............................................................................................................17
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Introdução
Agrobacterium tumefaciens
Conceito
Agrobacterium
PLASMÍDIO Ti
Na década de 70, a descoberta de que a indução das galhas por Agrobacterium spp. era
resultante de um processo natural de transferência de genes do plasmídio Ti para o genoma da
planta infetada, deu um novo incentivo às pesquisas nesta área (Stafford, 2000). Assim, duas
regiões no plasmídio Ti envolvidas diretamente no processo de indução tumoral foram
identificadas (Figura 1): a região-T, que corresponde ao segmento de DNA transferido para a
célula vegetal, e a região de virulência (região vir), que contém genes envolvidos na síntese de
proteínas responsáveis pelo processo de transferência da região-T (Stachel & Nester, 1986).
O T-DNA também possui genes que codificam enzimas responsáveis pela síntese de opinas,
que são compostos formados pela condensação de aminoácidos ou carboidratos modificados e
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que serão catabolisadas somente pela linhagem indutora, como fonte de nutrientes. Desta
forma, as células transformadas pelo T-DNA continuam dividindo-se incontroladamente
devido à produção de citocininas e auxinas e, quanto mais elas dividem-se, mais elas
produzem opinas que vão sendo utilizadas pela bactéria indutora, formando um nicho
extremamente favorável a ela (Binns et al., 1992; Hooykaas & Beijersbergen, 1994).
O Hospedeiro: Monocotiledôneas
Dentre as diversas famílias que compõe este grupo destaca-se a família Poaceae, ou mais
conhecida como família das gramíneas, que abrange os cereais mais utilizados pelo homem.
Os cereais mais conhecidos são o arroz, o trigo e o milho, que juntos são responsáveis por
cerca da metade da produção mundial de alimentos. Quando considera-se outras espécies
como aveia, centeio, cevada, sorgo e cana-de-açúcar, a importância econômica das gramíneas
cresce ainda mais, e pela relativa facilidade de manipulação genética destas plantas elas têm
sido alvo de grande esforços da pesquisa básica e aplicada (BENNETZEN & FREELING,
1993). Considerandoa importância de várias plantas monocotiledôneas, fica evidente o quanto
o melhoramento vegetal destas espécies é importante, sendo a transformação genética uma
ferramenta que pode auxiliar este trabalho.
Até pouco tempo acreditava-se que espécies monocotiledôneas não formavam galhas quando
submetidas a Agrobacterium tumefaciens, sendo portanto consideradas como hospedeiros
não naturais. Entretanto isto não descartava a possibilidade da A. tumefaciens transferir T-
DNA para estas espécies (SMITH & HOOD, 1995).
Dentre os cereais, os primeiros resultados foram obtidos com milho (GRIMSLEY et al., 1987;
GOULD et al., 1991), o que indicou que o sistema de vetor Agrobacterium pode ser utilizado
para engenharia genética destas plantas (POTRYKUS, 1991). Além destes trabalhos já foram
obtidos resultados positivos com outras espécies Embora os cereais não sejam hospedeiros
naturais de Agrobacterium tumefaciens, são considerados hospedeiros potenciais, como
verificado em diversos trabalhos, tornando viável a adoção da técnica de transformação de
plantas via Agrobacterium. Os problemas a serem solucionados estão na identificação de
estirpes mais virulentas e adequação da técnica em si.
O vetor Agrobacterium
Vários métodos já foram descritos para transformação via Agrobacterium, sendo que a
maioria deles é uma modificação do método de co-cultura de discos foliares de fumo, descrito
em 1985 por Horsch e colaboradores (BRASILEIRO, 1995) e por Pasqualli (1996 - informe
verbal).
Formação do complexo-T
Após a ativação da expressão dos operons vir, inicia-se o processo de transferência da região-
T para a célula vegetal. Os operons virD e virC estão envolvidos nas primeiras etapas desse
processo.
As proteínas VirD1 e VirD2, codificadas pelo operon virD, são essenciais para o
reconhecimento e clivagem da região-T (Yanosfsky et al., 1986). A proteína VirD1 apresenta
alta afinidade pelas seqüências de 25 pb das extremidades da região-T e também possui
atividade topoisomerase (Ghai & Das, 1989). Assim, VirD1 poderia reconhecer as
extremidades da região-T e, ao mesmo tempo, converter o DNA para a forma relaxada,
expondo as seqüências específicas de clivagem para a proteína VirD2, que tem uma atividade
endonucleásica e também reconhece especificamente os 25 pb de cada extremidade da região-
T (Yanosfsky et al., 1986).
O aparato VirB libera o complexo-T dentro do citoplasma da célula vegetal. Entretanto, outras
etapas são necessárias para o transporte do complexo-T até o nucleoplasma e sua integração
no genoma nuclear. Provavelmente, existam receptores na membrana celular vegetal que
possam estar auxiliando a entrada do complexo-T no citoplasma da célula vegetal. Entretanto,
o mecanismo que possibilita a entrada do complexo-T no núcleo da célula da planta é pouco
caracterizado. A possibilidade do complexo-T entrar por difusão passiva no núcleo da planta
foi excluída, pois o tamanho limite estimado para o mesmo, aproximadamente 50 kDa, excede
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Uma vez inseridos no genoma da planta, os genes presentes na região-T, agora denominada
T-DNA, passam a ser transcritos e traduzidos, dando início ao desenvolvimento do tumor.
Todos os genes do T-DNA, apesar de sua origem procariota, possuem sinais de regulação que
são reconhecidos pela maquinaria de transcrição eucariota vegetal, incluindo TATA e CAAt
"boxes", "enhancers" transcricionais e cauda poli(A). Assim, os genes do T-DNA são
expressos ao mesmo tempo e da mesma maneira que os genes da planta. O estudo da
expressão dos genes do T-DNA identificou diversos transcritos presentes no tumor,
codificando proteínas cujas funções foram sendo aos poucos elucidadas. Entre os genes
estudados, distinguem-se, de um lado, os genes responsáveis pelas propriedades tumorais (ou
oncogenes) e os genes responsáveis pela síntese de opinas.
Os oncogenes
Conclusão
Referencia bibliográfica