Filosofia Rectificado 1
Filosofia Rectificado 1
Filosofia Rectificado 1
Trabalho em Grupo
Disciplina de Filosofia
12°classe/Turma B01-3/Área B2
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Índice
Introdução ................................................................................................................................... 3
Objetivos..................................................................................................................................... 3
Os Sofistas .............................................................................................................................. 5
Platão ...................................................................................................................................... 5
Comunismo/Idealismo ............................................................................................................ 6
Aristóteles ............................................................................................................................... 7
Conclusão ................................................................................................................................. 10
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Introdução
O conceito político tem origem na palavra grega “polis”, que significa cidade. Por isso,
etimologicamente política significa arte de administrar (governar) a cidade. Durante séculos,
o termo política foi usado para designar principalmente as obras dedicadas ao estudo das coisas
que se referem ao estado (res publicam - república).
A filosofia política pode ser definida como campo de reflexão filosófica sobre os problemas
relacionados com a origem do estado, a sua organização, a sua forma ideal, a sua função e o
seu fim específico, a relação entre o estado e o indivíduo, entre o estado e os partidos políticos.
A filosofia e a política estabelecem uma relação análoga a da ética e da moral. Tal como a ética
é a reflexão sobre a moral e a moral é a prática, a filosofia é a reflexão e fundamentação dos
atos políticos.
Cabe à filosofia fundamentar e esclarecer os conceitos usados em política tais como justiça,
bem comum, estado, tolerância, sociedade e até o próprio conceito de política. A política,
enquanto necessidade humana, tem uma finalidade: discernir os fins sociais considerados
prioritários para a sociedade. O conceito de política está estritamente ligado ao poder, entendido
como conjunto de meios que permitem obter vantagens sobre alguém. Segundo Norberto
Bobbio, existem três formas de poder: poder económico, poder ideológico e poder político.
Objetivo
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A Filosofia Política na Antiguidade
A filosofia política pode ser definida como campo de reflexão filosófica sobre os problemas
relacionados com a origem do estado, a sua organização, a sua forma ideal, a sua função e o
seu fim específico, a relação entre o estado e o indivíduo, entre o estado e os partidos políticos.
A filosofia e a política estabelecem uma relação análoga a da ética e da moral. Tal como a ética
é a reflexão sobre a moral e a moral é a prática, a filosofia é a reflexão e fundamentação dos
actos políticos. Cabe à filosofia fundamentar e esclarecer os conceitos usados em política tais
como justiça, bem comum, estado, tolerância, sociedade e até o próprio conceito de política.
A Política, enquanto necessidade humana, tem uma finalidade: discernir os fins sociais
considerados prioritários para a sociedade. O conceito de política está estritamente ligado
ao poder, entendido como conjunto de meios que permitem obter vantagens sobre alguém.
Segundo Norberto Bobbio, existem três formas de poder: poder económico, poder ideológico e
poder político.
O Estado, como organismo político administrativo que compreende três elementos essenciais,
nomeadamente terra, povo e poder político ou soberano tem os seguintes fins e funções:
Estado
Fins Funções
Segurança Legislativa
Justiça Executiva
Bem-estar económico e social Judicial
De um modo geral, as funções do estado podern ser analisadas a partir de duas perspectivas
fundamentais: funções jurídicas e funções não jurídicas. Por sua vez, esta classificação
subdivide-se em duas áreas, respectivamente, criação do direito e função executiva; função
política e função técnica.
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O Papel dos Sofistas na Política
Os Sofistas
Vale ressaltar de início o significado da palavra sofista. De acordo com Guthrie (2007), sofista
vem da palavra grega sophistes que por sua vez e derivada das palavras Sophia, e sophos, que
significam “sabedoria ou sábio”. Desde os tempos mais antigos essa palavra vem sendo
utilizadas pelos gregos para designar uma grande qualidade intelectual, espiritual ou técnica de
alguém. Os primeiros filósofos da Grécia antiga preocuparam-se com as questões da natureza.
As explicações cosmológicas giravam em torno da procura da arché (principio) de todas as
coisas. Os sofistas foram os primeiros a desviar a rota tradicional de pensamento dos pré-
socráticos, que se centrava na natureza, concentrando a sua atenção no homem e nas questões
da moral e da política.
Outra obra importante dos sofistas foi a sistematização do ensino: gramatica, retorica e
dialética. É de salientar igualmente que, com o brilhantismo da participação no debate público,
deslumbraram os jovens do seu tempo. Os sofistas mais famosos foram: Protágoras, Górgias,
Trasímaco, Pródico e Hipódamo.
Platão
O pensamento político de Platão (28-347 a.C.) está contido sobretudo nas obras A República e
O Político e as Leis. Era ateniense, provinha de uma família aristocrática e tinha um grande
fascínio pela política. A Republica, importante obra da cultura ocidental, é uma utopia. "Utopia"
significa, etimologicamente, em nenhum lugar. Platão imagina uma cidade (que não existe),
mas que deve ser o modelo de todas as cidades terrenas: e a cidade ideal. Na obra, examina a
questão do bom governo e do regime justo (justiça). O bom governo depende da virtude dos
bons governantes.
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Em Platão, há a considerar quatro abordagens: a origem do estado, comunismo/idealismo, a
questão das classes sociais e as formas de governo.
Origem do Estado
A origem do estado deve-se ao facto de o Homem não ser autossuficiente. De facto, ninguém
pode ser, ao mesmo tempo, professor, advogado, mecânico, técnico de frio, etc. Para satisfazer
todas as suas necessidades, o homem deve associar-se a outros homens e dividir com eles as
várias ocupações. Dividindo os encargos e o trabalho, poderia satisfazer todas as suas
necessidades do melhor modo possível, porque cada um se torna especialista numa área. No
estado ideal de Platão a sociedade divide-se em três classes, cada uma com respectiva função e
virtude, segundo a teoria dos metais das almas dos seus membros.
Comunismo/Idealismo
Em A Republica, Platão imagina que todas as crianças devem ser criadas pelo estado e que até
aos vinte anos todos devem receber a mesma educação. Nessa altura, ocorre o primeiro corte e
definem-se as pessoas que, por possuírem “alma de bronze”, tem uma sensibilidade grosseira
e por isso devem dedicar-se de agricultura, ao artesanato e ao comercio. Os outros prossegue
os estudos durante mais dez anos, momento em que acontecera um segundo corte. Os que tem
“a alma de prata’’, dedicar-se-ão a defesa da cidade. Os mais notáveis, por terem “alma de
ouro”, serão instruídos na arte de pensar a dois (dialogar). Conhecerão, então, a filosofia, que
eleva a alma até ao conhecimento mais puro e que é a fonte da verdade.
Aos cinquenta anos, aqueles que passaram com sucesso por essa série de provas estarão aptos
a ser admitidos no corpo supremo dos magistrados. Caberá a estes o exercício do poder, pois
apenas eles têm a ciência da política. Como são os mais sábios, também serão os mais justos,
uma vez que justo é aquele que conhece a justiça. A justiça constitui a principal virtude, a
condição das outras virtudes.
Classes Sociais
A partir do comunismo de Platão podemos antever a sua organização social. Ele parte do
princípio de que os homens são diferentes e que, portanto, deverão ocupar lugares e funções
diferentes na sociedade. Dependendo do metal da alma de cada um, a sociedade organiza-se em
três classes: trabalhadores (camponeses, artesãos e comerciantes), soldados e magistrados
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(governantes). Os trabalhadores deverão garantir a subsistência da cidade; os soldados, a sua
defesa e os magistrados, dirigir a cidade, mantendo-a coesa.
Formas de Governos
A sua segunda opção seria a aristocracia composta por filósofos e guerreiros. Porém, cedo
constatou que este tipo de governo facilmente degeneraria e se converteria numa timocracia (a
virtude seria substituída pela norma da guerra), ficando a direção da cidade nas mãos de
ambiciosos de poder e honra.
A fase mais corrompida da aristocracia é a oligarquia, em que a ganancia pelo poder e pela
honra é superada pela avidez de riqueza. Quando as maquinas política cai nas mãos dos
abastados, o povo torna-se desesperadamente pobre e este expulsa os ricos do poder e implanta
a democracia. Aos olhos de Platão, a democracia é o pior dos governos, pois, estando o poder
nas mãos do povo, e sendo este incapaz de conhecera ciência política, facilita, através da
demagogia o aparecimento da tirania o governo exercido por um só homem, através da forca.
Aristóteles
Nascido em Estagira, na Trácia, em 384 a. C, Aristóteles foi discípulo de Platão e cedo se tornou
crítico do seu mestre. Na base da divergência estão as influencias que cada um deles sofreu.
Platão apreciava mais as ciências abstratas e a matemática, enquanto Aristóteles, por ser filho
de um médico, foi fortemente influenciado pelo estudo da biologia. Assim se justifica o seu
gosto pela observação, o que o levou a analisar 158 constituições existentes na época. Este
estudo fez com que a sua política fosse mais descritiva, além de normativa.
Aristóteles critica o autoritarismo de Platão e não concorda com o idealismo platônico, pois a
cidade é constituída por indivíduos naturalmente diferentes, sendo impossível uma unidade
absoluta. De igual modo, critica a sofocracia, que atribui um poder ilimitado apenas a uma parte
do corpo social - os mais sábios (filósofos).
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Origem do Estado
O estado, segundo Aristóteles, é produto da natureza: “é evidente que o estado é uma criação
da natureza e que o homem, por natureza, um animal político”. O facto de o homem ser capaz
de discursar prova a sua natureza política. Historicamente, explica Aristóteles, o estado
desenvolveu-se a partir da família: ao unirem-se, as famílias deram origem a aldeias. Estas
desenvolveram-se e formaram as cidades (estado). Este, apesar de ter sido o último a criar-se,
é superior as anteriores uniões da sociedade, pois o estado é autossuficiente. O objetivo do
estado é proporcionar felicidade aos cidadãos. O escopo da vida humana é a felicidade e o
escopo do estado é facilitar a consecução da felicidade. Dito de outra forma, o escopo do estado
é facilitar a consecução do bem comum.
Formas de Governos
Partindo do princípio de que o fim do estado é o bem comum, Aristóteles pensava que cada
estado deveria aprovar uma constituição que respondesse as suas necessidades. Ele concebeu
três formas de organização política (constituições) do estado, as quais se podem também
apresentar na forma de governo corrupto:
A Grécia antiga, o nascimento das cidades estava ligado as divindades. Cada cidade seria
fundada por um deus ou deusa que as protegia. Portanto, a observância das leis era considerada
uma obrigação religiosa. Esta concepção é notaria no pensamento de Platão e Sócrates.
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Aristóteles foi o primeiro a fundamentar a origem do estado numa base racional. A concepção
aristotélica do homem como animal político evidencia a concepção naturalista do estado.
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Conclusão
Na base das pesquisas do presente trabalho feito em grupo composto por oito (8) elementos,
concluímos que a filosofia política pode ser definida como campo de reflexão filosófica sobre
os problemas relacionados com a origem do estado, a sua organização, a sua forma ideal, a sua
função e o seu fim específico, a relação entre o estado e o indivíduo, entre o estado e os partidos
políticos. Os primeiros filósofos da Grécia antiga preocupavam-se com as questões da natureza.
Buscavam explicações cosmológicas que giravam em torno da arché (principio) de todas as
coisas. Os sofistas foram os primeiros a desviar a rota tradicional de pensamento dos pré-
socráticos, que se centrava na natureza, concentrando a sua atenção no homem e nas questões
da moral e da política.
Para Platão a obra com relevância política é “A República”, Platão defende que o estado tem
uma origem convencional, pois este resulta de o facto do homem não ser autossuficiente, pois,
nenhum homem pode ser, ao mesmo tempo, professor, médico, mecânico, advogado, etc.). Daí
a necessidade de associar-se a outros homens para com eles dividir as várias tarefas e beneficiar-
se do trabalho dos outros. No estado ideal de Platão a sociedade divide-se em três classes, cada
uma com respectiva função e virtude, segundo a teoria dos metais das almas dos seus membros.
Para Platão a melhor forma de governo é a monarquia sob o comando do Filósofo-rei, que
governaria a polis com justiça e preservaria a sua unidade.
Obra com relevância na política para Aristóteles é a “Constituição de Atenas” Aristóteles critica
o autoritarismo de Platão e não concorda com o idealismo platônico, pois a cidade é constituída
por indivíduos naturalmente diferentes, sendo impossível uma unidade absoluta. De igual
modo, critica a sofocracia, que atribui um poder ilimitado apenas a uma parte do corpo social -
os mais sábios (filósofos). Aristóteles considera o homem como “animal político”, animal que
tende a viver em sociedade por sua própria natureza. Aquele que não necessita a vida em
sociedade ou é um Deus, que não depende de ninguém, ou é um animal bestial, isto é, animal
irracional. Para Aristóteles o Estado tem uma origem natural e este forma-se de modo gradual,
começando pelas uniões civis mais simples (a homem e mulher que formam uma família) até a
das grandes comunidades (aldeias, povoados). Aristóteles distingue as formas de governos retos
dos corruptos ou degenerados.
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Referência Bibliográfica
ABRUNHOSA, Maria António e LEITÃO, Miguel, um outro olhar sobre o mundo: introdução
à filosofia, 11º ano. - 2ª Ed. - Porto: Asa, 2003.
LOCKE, John, Segundo Tratado Sobre o Governo, São Paulo, Ed. Ibrasa, 1863.
MONTESQUIEU, C., O Espírito das Leis, São Paulo, Ed. Martins Fontes, 1993.
VICENTE, Neves e LOURENÇO, Vieira, Do Vivido ao Pensado - Filosofia 11º ano, Porto
Editora, Porto, 2006.
VICENTE, Neves, Razão e Sentido: filosofia, 11º ano, Porto Editora, 1ª ed., Porto, 2006.
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