Relatório Final HCM
Relatório Final HCM
Relatório Final HCM
1. Introdução............................................................................................................................................2
1.1. Local de realização do estágio e carga horária.................................................................................2
1.2. Descrição do local do estágio.......................................................................................................2
2. Objectivo Geral...................................................................................................................................4
2.1. Objectivos Específicos.................................................................................................................4
3. Revisão da literatura............................................................................................................................5
4. Metodologia.........................................................................................................................................8
5. Actividades a realizar no campo do estágio.........................................................................................9
6. Pesos e medidas dos alimentos, de técnicas de pré-preparação de alimentos e de técnicas de
higienização de alimentos utilizados na cozinha do Hospital Central de Maputo.....................................10
7. Cálculo da parte comestível, índice de conversão e índice de reidratação de alimentos....................12
8. Identificação da parte comestível das hortaliças e o efeito dos métodos e tempo de cocção sobre a
cor, sabor e textura de hortaliças...............................................................................................................14
9. Comparação do peso bruto e do peso líquido de alimentos................................................................15
10. Comparação dos diferentes tipos de cereais e factores que interferem na sua cocção....................16
11. Identificação do rendimento e tempo de cocção das leguminosas em diferentes procedimentos...17
12. Determinação do tempo de preparação e cocção de alimentos.......................................................17
13. Comparação de diferentes tipos de cereais e factores que interferem na cocção............................19
14. Fichas de preparação......................................................................................................................20
16. Recomendações.............................................................................................................................25
17. Sucessos e obstáculos/limitações...................................................................................................26
18. Referências bibliográficas..............................................................................................................27
19. Anexos...........................................................................................................................................28
Esta adequação deve ocorrer tanto no sentido da manutenção e/ou recuperação da saúde, como
visando a auxiliar no desenvolvimento de hábitos alimentares saudáveis, a educação alimentar e
nutricional.
Os SAND hospitalares podem ser definidos como estabelecimentos localizados em hospitais que
desempenham atividades técnico administrativas necessárias à manipulação, à preparação, ao
armazenamento e à distribuição de alimentos e de refeições.
A refeição preparada deve seguir a dieta determinada para cada um geralmente contendo
algumas restrições alimentares, dependendo da enfermidade apresentada mas sem deixar de lado
o sabor e a textura.
A área responsável por cuidar da alimentação dos pacientes é a nutrição clínica, que trabalha de
modo a atender as necessidades nutricionais de cada um de acordo com as recomendações dos
médicos, ou seja, trabalha em conjunto com a equipe médica e demais profissionais assistenciais,
garantindo assim, todo o planeamento do cuidado ao paciente.
O trabalho de distribuição é apoiado pelas copeiras mas não fazem parte da equipe do SAND. A
supervisão de todo processo é feita por uma nutricionista responsável pela área de produção,
gerenciamento e coordenação da equipe.
Técnica dietética é a disciplina que, baseada em ciências exactas estuda as operações as quais
são submetidas os alimentos depois de cuidadosa seleção e modificações que estes sofrem
durante os processos culinários e de preparação para o consumo. Os principais objectivos da
preparação técnica dos alimentos são: nutricional, higiénico, digestivo, sensorial e económico.
Para que os alimentos possam ser consumidos e utilizados pelo organismo, estes devem sofrer na
cozinha, várias modificações.
Calor húmido utiliza a água como meio de cocção, concentrando as substâncias extrativas do
alimento e, geralmente, hidratando-o. Os métodos mais usados são: água em ebulição, fervura a
fogo lento, cocção a vapor propriamente dito e cocção a vapor sob pressão.
Calor seco: os métodos de cocção concentram as substâncias extrativas favorecendo o seu sabor,
neste processo os alimentos desidratam-se. Os métodos mais usados são: Meio indirecto
(aquecimento do ar livre – grelha e especto, ar confinado – forno, gordura – imersão em fritura).
Meio directo (prancha, chapa, raios infravermelhos, microondas).
Todos os manipuladores devem higienizar as mãos antes de tocar em qualquer alimento, durante
os diferentes estágios do processamento e a cada mudança de tarefa da manipulação. Devem-se
utilizar utensílios adequados na manipulação de alimentos e, somente em último caso, tocar os
alimentos com as mãos.
Proteger os alimentos em preparação ou prontos, garantindo que estejam sempre cobertos com
tampas, filmes plásticos ou papéis impermeáveis, os quais não devem ser reutilizados. Os
alimentos em preparação ou preparados devem ser mantidos em condições de tempo e
temperatura que não favoreçam a multiplicação microbiana, isto é, sob temperatura de segurança
inferior a 4ºC ou superior a 60ºC.
Cereais e leguminosas
Escolher, a seco, os grãos como: arroz, lentilhas e outros, lavar criteriosamente em água corrente
e enxaguar três vezes, no mínimo e levar à cocção, respeitando os critérios de temperatura e
tempo.
Carnes
Hortículas e frutas
É importante observar tamanho, cor, odor, grau de maturação, ausência de danos físicos ou
mecânicos. A triagem deve ser feita, retirando-se folhas velhas e frutos verdes e deteriorados,
antes da pré-higienização e do acondicionamento em embalagens adequadas.
Massas
Dieta Líquida
É uma dieta com uma consistência líquida ou alimentos que se liquefazem na boca (SILVA,
2012). Esta pode ser hipocalórica, normocalórica ou hipercalórica e pode variar quanto a
quantidade de macronutrientes.
A dieta líquida tem como objectivos fornecer ao paciente uma dieta que permite minimizar o
trabalho do trato gastrointestinal e hidratar e nutrir os tecidos do organismo.
Dieta Mole
O objectivo da dieta mole é de fornecer calorias e nutrientes para manter e recuperar o estado
nutricional, além de melhorar a mastigação, digestão e deglutição.
Maior tempo de cocção faz com que haja alguma perda de nutrientes.
O instrumento utilizado para o peso e medida dos alimentos no Hospital Central de Maputo é a
balança.
b) Técnicas de pré-preparo
Para a pré-preparação dos alimentos são empregados diferentes tipos de corte de acordo com
cada tipo de preparação.
Os alimentos como o tomate, a cebola, o pimento, o repolho, a couve e a cenoura são feitos os
seguintes corte:
Os cortes não são especificos para cada alimento que faz parte da dieta líquida preparada no
SAND, pois no fim os alimentos serão submetidos a trituração. Por esta razão, os várioa
alimentos que constituem a dieta líquida vão a panela inteiros ou cortados pela metade.
Batata
PB Pimento
FC =
PL
PB
FC =
575 g PL
FC =
500 g
80 g
FC =
FC =1.15 70 g
Tomate FC =1.14
PB Couve
FC =
PL
PB
FC =
395 g PL
FC =
320 g
230 g
FC =
FC =1.23 150 g
FC =1.53
Cenoura
PB Cebola
FC =
PL
PB
FC =
475 g PL
FC =
385 g
635 g
FC =
FC =1.23 505 g
FC =1.25
PB
FC =
PL
2320 g
FC =
2010 g
FC =1.15
A água dos vegetais interfere na cocção destes pois quando submetidos a cocção os vegetais
desidratam-se e a água que fica na panela é utlizada para o cozimento dos mesmos, não sendo
necessário a adicção de mais água.
Quanto maior o tempo de cocção mais pálidas as hortaliças aparentam, quanto menor o tempo de
cocção mais crocante estas ficam e quanto maior o tempo de cocção maior será o sabor insípido
das hortaliças.
A cocção das hortaliças com água deixa estas com uma textura mais mole e sabor mais insípido,
a cocção a vapor deixa as hortaliças, mais crocantes e com um sabor mais concentrado.
Arroz
Frango no forno
Xima
Os factores que puderam ser observados, que interferem na cocção dos cereais são a
temperatura, quantidade de água usada durante a cocção, e o tamanho das partículas do
alimento.
Temperatura: esta determina o tempo necessário para que o alimento atinja o ponto certo de
cozedura.
Quantidade de água usada durante a cocção: quanto maior a quantidade de água maior é a
absorção desta pelo alimento e consequentemente maior será o seu volume; quanto menor a
quantidade de água maior será a concentração do sabor.
Tamanho das partículas do alimento: quanto menor o tamanho das partículas do alimento
menor será o tempo de cocção.
Cenoura 385g 3 cenouras médias 475 g 385 g 1,23 180 000 Mt 23,1 Mt
1. Numa panela adicione todos ingredientes juntamente com água excepto o leite e deixe ferver por 25 minutos em fogo máximo
2. Adicione o leite e deixe ferver por 18 minutos
3. Ao fim dos 18 minutos retire a panela do fogo, retire o frango e deixe arrefecer por 10 minutos
4. Retire a pele e ossos do frango, desfie-o e volte a adicioná-lo na panela
5. Leve ao triturador/liquidificador, por 20 a 25 minutos toda a preparação e sirva
Nota: O porcionamente é difícil de ser determinado e as porções de serem pesadas, pois é feito em cada sector. É enviada a mesma
quantidade todos os dias para cada sector independentemente do número de porções requesitadas no mapa de requisição das dietas.
Existe também a dificuldade de pesar a preparação depois de pronta pois as panelas são enormes e a balança usada não foi feita para
pesar panelas tão grandes.
O número de porções foi determinado de acordo com a média das requisições desta dieta ao longo de vários dias no mapa de
requisição das dietas.
Fez-se um levantamento de 3 dias no mapa de requisições das dietas e calculou-se a média. Neste caso, a média é de 113 requisições
por dia.
Modo de preparo
Nota: O porcionamente é difícil de ser determinado e as porções de serem pesadas, pois é feito em cada sector. É enviada a mesma
quantidade todos os dias para cada sector independentemente do número de porções requesitadas no mapa de requisição das dietas.
Existe também a dificuldade de pesar a preparação depois de pronta pois as panelas são enormes e a balança usada não foi feita para
pesar panelas tão grandes.
O número de porções foi determinado de acordo com a média das requisições desta dieta ao longo de vários dias no mapa de
requisição das dietas.
Fez-se um levantamento de 3 dias no mapa de requisições das dietas e calculou-se a média. Neste caso, a média é de 90 requisições
por dia.
O SAND confecciona diferentes tipos de preparações com o objectivo de melhora e manter o estado nutricional do paciente, fazendo
modificações quando necessárias de acordo com as necessidades do indivíduo. Diferentes tipos de corte são empregados de acordo
com os tipos de preparações.
Para a dieta mole o alimento é subdividido várias vezes com o objectivo de ter uma preparação com consistência branda que facilita a
mastigação, deglutição e digestão. A dieta líquida não envolve cortes específicos, o único objectivo é que os alimentos sejam cozidos
de depois triturados. As técncicas de higienização de alimentos vão de acordo com a norma. O factor de correção de cada alimento
varia de acordo com o manipulador.
A escassez de pessoal dificulta o cumprimento dos horários e por consequência acaba sobrecarregando os trabalhadores. O espaço
deste laboratório dietético é favorável a realização do trabalho, dividido em áreas específicas para cada tipo de dieta. A falta de
manutenção e número insuficiente dos materiais (fogões; caldeirão; trituradora; etc) foi um dos factores observados que dificulta ainda
mais o trabalho e efeciência do mesmo.
Como obstáculos ou limitações destacou-se a falta de material e utensílios padronizados que dificultou na realização de certas
actividades do estágio.
A falta de uma balança de plataforma que funcione para a pesagem das panelas e das preparações. A falta de clareza sobre as
actividades a realizar no campo de estágio dificultou compreesão e realizalção das mesmas.
Pão c/margarina Guisado de frango Refogado de couve c/ frango escondido Pão c/ margarina
b) Fotos ilustrativas
FIG 3. Corte da cenoura (cubos) FIG 4. Máquina trituradora FIG 5. Pré-preparo da cebola
32 Relatório do Estágio de Técnicas Dietética – de
HCM| ISCISA
alimentos