Estudos Disciplinares Xi
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Teste AVALIAÇÃO I
Pergunta 1
O trecho da música “Nos Bailes da Vida”, de Milton Nascimento, “todo artista tem de ir aonde
o povo está”, é antigo, e a música, de tão tocada, acabou por se tornar um estereótipo de
tocadores de violões e de rodas de amigos em Visconde de Mauá, nos anos 1970.
Em tempos digitais, porém, ela ficou mais atual do que nunca. É fácil entender o porquê:
antigamente, quando a informação se concentrava em centros de exposição, veículos de
comunicação, editoras, museus e gravadoras, era preciso passar por uma série de curadores,
para garantir a publicação de um artigo ou livro, a gravação de um disco ou a produção de uma
exposição.
O mesmo funil, que poderia ser injusto e deixar grandes talentos de fora, simplesmente
porque não
Tocar violão ou encenar uma peça de teatro em um grande auditório costumava ter um peso
muito maior que fazê-lo em um bar, um centro cultural ou uma calçada. Nas raras ocasiões em
que esse valor se invertia, era justamente porque, para uso do espaço “alternativo”, havia
mecanismos de seleção tão ou mais rígidos que os do espaço oficial.
PORQUE
II. As novas tecnologias podem fazer com que artistas sejam independentes, montem seus
próprios ambientes de produção e disponibilizem seus trabalhos para grande número de
pessoas.
Resposta Selecionada:
“Era uma sessão de terapia. ‘Não tenho tempo para educar a minha filha’, ela disse.
Ela fez uma pausa perplexa. Deve ter pensado: ‘Mas que psicanalista é esse que não educa
seus filhos?’. ‘Nunca educou seus filhos?’, perguntou.
Respondi: ‘Não, nunca. Eu só vivi com eles’. Essa memória antiga saiu da sua sombra quando
uma jornalista, que preparava um artigo dirigido aos pais, me perguntou: ‘Que conselho o
senhor daria aos pais?’.
Respondi: ‘Nenhum. Não dou conselhos. Apenas diria: a infância é muito curta. Muito mais
cedo do que se imagina, os filhos crescerão e baterão as asas. Já não nos darão ouvidos. Já não
serão nossos. No curto espaço da infância há apenas uma coisa a ser feita: viver com eles, viver
gostoso com eles. Sem currículo. A vida é o currículo. Vivendo juntos, pais e filhos aprendem. A
coisa mais importante a ser aprendida nada tem a ver com informações. Conheço pessoas bem
informadas que são idiotas perfeitos. O que se ensina é o espaço manso e curioso que é criado
pela relação lúdica entre pais e filhos’.
Ensina-se um mundo! Vi, numa manhã de sábado, num parquinho, uma cena triste: um pai
levava o filho pra brincar. Com a mão esquerda empurrava o balanço. Com a mão direita
segurava o jornal que estava lendo...
Em poucos anos, sua mão esquerda estará vazia. Em compensação, ele terá duas mãos para
segurar o jornal.
http://emc.jornalacidade.com.br/EMC_Fotos/2013/05/13109/8b6192d7-0f17-41cb-84c6-
9c680b2b5540.jpg
IV. De acordo com Rubem Alves, a falta de informações faz com que os pais não saibam educar
seus filhos.
Resposta Selecionada:
c. I e III.
Pergunta 3
“Um dos autorretratos mais famosos do mundo está em Turim, na Itália, e raramente é
exibido ao público. É o autorretrato de Leonardo da Vinci, feito há 500 anos. Sua fama vem
não apenas do fato de ter sido produzido por Da Vinci, mas também por seus supostos
poderes mágicos. Segundo a lenda, o olhar de Da Vinci em seu autorretrato é tão intenso que
aquele que o observa recebe uma força extraordinária. Diz-se, inclusive, que foi devido a esse
poder místico, e não ao valor cultural ou monetário do desenho, que ele foi levado de Turim
para Roma durante a Segunda Guerra Mundial. Isso porque ninguém queria que o quadro
caísse nas mãos de Adolph Hitler. Ninguém queria correr o risco de dar a Hitler ainda mais
poderes. Essa foi, na época, a única obra retirada de toda a vasta coleção de desenhos e
manuscritos da Biblioteca Real de Turim.
O atual diretor da biblioteca, Giovanni Saccani, disse que ninguém sabe ao certo onde o
quadro estava escondido. ‘Para evitar que os nazistas o levassem, colocou-se em prática uma
grande operação para transportá-lo em total sigilo para Roma.’
I. De acordo com o texto, o quadro foi levado de Turim para Roma porque seu alto valor
interessava aos nazistas.
II. Considerando a crença popular, quem estuda olhando para as obras de Leonardo da Vinci é
contagiado por sua sabedoria.
III. A comprovação do poder místico do autorretrato de Da Vinci está no fato de os alunos que
estudam perto da obra terem bons resultados nas provas.
Resposta Selecionada:
Pergunta 4
II. Na charge, sugere-se que o contato com as redes sociais pode, muitas vezes, fazer com que
as pessoas percam o contato com o mundo real.
III. O personagem da charge reconhece, no mundo real, aquilo que aprendeu na realidade
virtual, o que indica o papel educativo da internet atualmente.
Resposta Selecionada:
b. II.
Pergunta 5
O trabalho é ideia milenar nem sempre muito apreciada. A Grécia antiga não o tinha em
grande conta e o considerava um inimigo da virtude, a cercear os homens de suas mais nobres
aptidões, as quais deveriam ser desenvolvidas na filosofia e na política. As sociedades
industrializadas modernas, contrariamente aos gregos, celebram o trabalho como valor
central, algo capaz de gerar riqueza e bem-estar, beneficiando o indivíduo e a sociedade.
Algumas tendências em curso sinalizam o declínio dos empregos estáveis, de tempo integral. A
crise econômica do fim dos anos 2000 e a presente recessão brasileira nos levam a relembrar o
drama do desemprego. Quando cortam quadros ou encerram atividades, as empresas
projetam uma sombra sobre as comunidades. A arrecadação diminui, o consumo cai, os
serviços básicos são afetados, a coesão cultural é enfraquecida e multiplicam-se patologias
sociais e dramas pessoais.
Podemos identificar três grandes tendências. A primeira delas é a superação do trabalho pelo
capital. Desde os anos 1980, as empresas investiram em reestruturações e em automação
industrial, na busca de formas eficientes para organizar o trabalho e automatizar seus
processos. O resultado foi o enxugamento dos quadros e uma perda progressiva do poder de
barganha do trabalho diante do capital. A segunda tendência é o desaparecimento progressivo
do trabalhador. Estatísticas norte-americanas indicam um aumento inexorável do porcentual
de homens que não estão trabalhando ou procurando por trabalho. A terceira tendência
relaciona-se ao avanço das tecnologias de informação e comunicação. Os impactos de
mudanças tecnológicas podem demorar anos para se manifestar, mas, quando ocorrem, são
contundentes. Vendedores, caixas, atendentes e funcionários de escritórios são os primeiros
na linha de fogo.
O trabalho preenche três funções sociais: é uma forma pela qual a economia produz bens, um
meio de as pessoas garantirem seu sustento e uma atividade que provê sentido e propósito à
vida das pessoas. O que ocorrerá se as tendências acima mencionadas se aprofundarem? A
primeira função social parece cada vez menos dependente de trabalhadores. A economia
poderá continuar produzindo bens, com menor número de empregos. Mas sem salários, quem
irá consumi-los? A terceira função social poderá ser substituída, uma vez que há outras
atividades passíveis de prover sentido e propósito para os indivíduos. Mas o que ocorrerá com
a segunda função social? Como continuar a garantir o sustento sem uma oferta condizente de
empregos?
Muitas pessoas detestam sua profissão, seu emprego ou ambos. Porém perder o ganha-pão
pode ser trágico. Nos países desenvolvidos, a infraestrutura madura e as redes de proteção
social, aliadas a certa criatividade individual e doses crescentes de empreendedorismo,
poderão tornar a vida na informalidade laboral passável, até recompensadora. Nos países em
desenvolvimento, a transição poderá ser mais dura e trágica. Entretanto, o pessimismo
necessário deve ser temperado com doses homeopáticas de otimismo. Trabalhos estáveis e de
tempo integral talvez sejam vistos no futuro como peculiaridade de uma época. Os nostálgicos
lamentarão seu desaparecimento. Outros celebrarão seu declínio como uma porta aberta ao
cultivo das virtudes, como desejavam os antigos gregos.
I. Para os gregos, o trabalho era visto como algo ordinário e reservado às classes inferiores, e
tal visão justifica a crise econômica que a Grécia enfrenta, pois, segundo o texto, “as
sociedades industrializadas modernas, contrariamente aos gregos, celebram o trabalho como
valor central, algo capaz de gerar riqueza e bem-estar, beneficiando o indivíduo e a
sociedade”.
II. Segundo o texto, a redução de trabalhadores põe em risco a produção mundial, uma vez
que “estatísticas norte-americanas indicam aumento inexorável do percentual de homens que
não estão trabalhando”.
III. Depreende-se do texto que a virtude humana sempre esteve associada ao trabalho e à
produtividade, uma vez que o trabalho enobrece e dignifica o homem.
IV. De acordo com o texto, a automação industrial e os avanços tecnológicos são responsáveis
pela transformação das relações de trabalho.
Resposta Selecionada:
e. IV.
Pergunta 6
Charge_Progresso1
III. A charge indica que o caminho para o progresso exige perseverança e só é possível no
ambiente urbano.
Resposta Selecionada:
Pergunta 7
“O mundo está às vésperas de uma conquista inédita. Em breve, as doenças infecciosas, que
vêm há milênios dizimando bebês e crianças, podem deixar de ser a principal causa de
mortalidade infantil.
Um estudo recente que modelou dados de 194 países mostra que, dos 6,3 milhões de crianças
com até cinco anos de idade que morreram em 2013, 52% faleceram devido a moléstias
infecciosas. Três anos antes, eram 64%. A virada está próxima, se é que já não ocorreu.
A partir desse ponto, contudo, melhorias tendem a ficar mais difíceis. Aos poucos, os países
esgotam o arsenal de ações fáceis, capazes de atingir grandes fatias da população - oferecer
água tratada e esgoto, fazer campanhas de vacinação e pelo aleitamento materno.
À medida que se registram reduções nas mortes por infecções, os óbitos neonatais (até o 28º
dia de vida) tendem a ganhar preponderância - e as iniciativas para enfrentá-los se tornam
cada vez mais individualizadas e caras.
Se o quadro global, de todo modo, é bastante positivo, há uma nota negativa para a qual é
preciso chamar a atenção: permanecem abissais as diferenças entre as diversas regiões do
planeta.
Enquanto Estados desenvolvidos já baixaram há vários anos a mortalidade infantil para faixas
inferiores a 10 óbitos por mil nascimentos com vida e nações emergentes estão chegando lá,
países da África subsaariana continuam mal.
Respondendo por 25% dos nascimentos no mundo e quase 50% dos óbitos de crianças até
cinco anos, esse grupo eleva a taxa média do planeta para 46 óbitos por mil nascimentos com
vida.
Um índice bem melhor que os 200 por mil estimados para a Idade Média, mas muito pior do
que aquele que seria possível atingir com o nível de conhecimento médico e avanço
tecnológico do mundo.”
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2014/12/1555682-editorial-vitoria-sobre-
infeccoes.shtml. Acesso em 03 mar. 2015.
I. Em 2013, a pneumonia foi a principal causa de morte de crianças de até cinco anos,
superando, pela primeira vez, o número de óbitos por doenças infecciosas.
IV. A queda na taxa de mortalidade de crianças de até cinco anos provocada por doenças
infecciosas não é homogênea no planeta, sendo menor nas regiões menos desenvolvidas.
Resposta Selecionada:
Pergunta 8
“Pela quinta vez consecutiva, o Brasil é o país que proporciona o pior retorno de valores
arrecadados com tributos em qualidade de vida para a sua população. A conclusão consta de
estudo do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação) que compara 30 países com
maior carga tributária em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) e verifica se o que é
arrecadado por essas nações volta aos contribuintes em serviços de qualidade.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2014/04/1434959-brasil-e-o-pior-em-retorno-
de-imposto-a-populacao-aponta-estudo.shtml. Acesso em 15 dez. 2014.
I. A crítica tanto da charge quanto do texto é direcionada ao fato de que os cargos públicos e
os privilégios no Brasil ainda são hereditários, resquício de nosso passado colonial.
II. A charge e o texto entram em contradição, uma vez que a charge mostra um cenário
otimista de continuidade e a notícia critica o sistema tributário brasileiro.
III. De acordo com os dados da notícia, no Uruguai, o volume de imposto arrecadado é maior
do que no Brasil.
Resposta Selecionada:
Pergunta 9
Fonte: POLONI, G. O lado perigoso das redes sociais. Revista INFO, p. 70-75, julho 2011 (com
adaptações).
Resposta Selecionada:
Pergunta 10
No entanto, esse modelo segue tendo como pilar principal o professor. “Por exemplo, o
programa dirá a ele que: nessa semana foram explicados 32 conceitos. O aluno assimilou 27.
Esses são os cinco que merecem reforço. Ou, esse aluno é muito esperto e está aprendendo
sem problemas, porém está se esforçando ao limite”, explica Manuela Clara, sobre o quão
acessível e o quão didática é a ferramenta para os professores.
A nova proposta de ensino já começa a apresentar boa aceitação entre os docentes. Segundo
uma pesquisa realizada pela Santillana entre professores que fizeram alguns testes com a
plataforma, 82% dos consultados acreditam que a porcentagem de alunos aprovados na
matéria aumentaria em 10%.
A tecnologia como ferramenta educativa já não é mais questionável. Videojogos e outros
passatempos têm auxiliado, há um bom tempo, o desenvolvimento de nossas habilidades e
seduzido nossa fome por conhecimento. A novidade aqui, no entanto, abre espaço para um
avanço e uma discussão mais ampla envolvendo percepção e a análise psíquica de cada
indivíduo [...].
disponível.
III. De acordo com o texto, a plataforma já é aceita e utilizada por 82% dos professores.
Resposta Selecionada:
e. I, apenas.