Projecto Telma 2023
Projecto Telma 2023
Projecto Telma 2023
Tete, Maio2023
Classificação
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Recomendações de melhoria:
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Índic
e
CAPITULO I: INTRODUÇÃO........................................................................................5
1.1. Problematização.........................................................................................................6
1.1.4. Objectivos........................................................................................................7
1.2. Hipóteses.............................................................................................................8
1.2.1.Justificativa...............................................................................................................8
2.5. Inovação...................................................................................................................11
3.1. METODOLOGIA.................................................................................................13
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3.4. Técnicas de Recolha de Dados.............................................................................14
3.6. Amostra....................................................................................................................15
3.7.Cronograma...........................................................................................................15
3.8.Orçamento..........................................................................................................15
4.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................16
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CAPITULO I: INTRODUÇÃO
Um estudo sobre conteúdos locais no ensino secundário, obviamente não é tão efectivado
embora envolvendo os saberes locais, é de extrema importância dado que o apelo
internacional para a educação advoga a construção do conhecimento que intermédia o ser
humano com o seu meio.
Na década de 80 do século XX, as mudanças estruturais que decorreram nalguns países teriam
contribuído para alargar o âmbito, a dimensão e o grau das alterações nos sistemas educativos.
Neste âmbito, o papel desta educação é de visualizar o aspecto cultural dos alunos para
reforçar a solidariedade e construir identidades de grupo. Ademais, as recomendações sobre a
melhoria da qualidade, nas suas diversas vertentes, chamam atenção num cogitar sobre a
necessidade de um permanente diálogo intercultural.
Tete em particular no distrito de Macanga abraçou recomendações nacionais sobre o currículo
local como forma de credibilizar o ensino, numa altura que existe abertura global. Daí que o
indivíduo formado não só deve ter uma visão global, como também local. Mas, também ter
valores universais inclui o conhecimento dos saberes da sua comunidade, porque é assim que
se chama cidadão íntegro. Neste contexto, este estudo como forma de supervisionar a
operacionalização da introdução do novo currículo, na inovação currículo local, propõe-se
especificamente a (1) averiguar como é que os documentos reguladores perspectivam que as
mudanças aconteçam na escola no contexto do currículo local; (2) descrever as percepções
dos professores, técnicos e directores de escola sobre o Currículo local; (3) avaliar se as
práticas pedagógicas desenvolvidas pelos professores no âmbito do Currículo Local
contribuem para mudanças pedagógicas na escola e (4) propor práticas de inovação que
ajudem para as mudanças desejadas.
A inovação é uma prática institucionalmente situada, que engloba a decisão, os processos e a
intervenção. A inovação centra-se nas escolas, nas salas de aula e nas práticas dos professores
e agrega três componentes: a utilização de novos materiais ou tecnologias, o uso de novas
estratégias ou atividades e a alteração de crenças por parte dos intervenientes (Fullan, 2007).
A mudança no campo educacional assume três dimensões: social, institucional e pessoal
(Formosinho, Ferreira & Machado, 2000).
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1.1. Problematização
No contexto das reformas curriculares do Sistema Nacional de Educação (SNE) vigente dos
anos 1983 a 2000, o governo de Moçambique (ao longo da história da educação) introduziu
três reformas, sendo a terceira operada em 2003 com o Novo Currículo do Ensino secundário,
que traz em si muitas inovações, a saber: ensino básico integrado, promoção semi-automática,
Ensino profissionalizado, currículo local, ciclos de aprendizagem, distribuição de professores.
As inovações são justificadas como forma de trazer o desenvolvimento da criatividade, a
expressão em línguas nacionais, a humanização do meio de ensino como aspectos
fundamentais para o fortalecimento da qualidade de ensino.
De entre várias inovações, foi introduzido o Currículo Local. Com esta inovação espera (va) -
se que ao nível da escola aconteça mudanças quanto a (1) introdução de saberes locais das
comunidades onde a escola se situa com a relação aos conteúdos de cada disciplina
leccionada; (2) previsão de uma margem de tempo que permita acomodação do currículo
local; (3) negociação entre as instituições educativas e as respectivas comunidades para a
leccionação dos conteúdos locais; (4) planificação adequada com vista a integração das
matérias propostas para o currículo local; (5) reserva de 20% do tempo total, em cada
disciplina, para acomodar o currículo local. Todavia, a escola, ao nível das práticas
pedagógicas, ainda está muito longe de ajudar a concretizar os objectivos e metas
politicamente desenhadas. Por isso, a invisibilidade das mudanças no âmbito do Currículo
Local (CL) constitui o principal problema deste estudo. Assim para orientar o eixo de
reflexão formula-se as seguinte questões de Pesquisa:
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1.1.2. Delimitação da Pesquisa
Tematicamente, o Currículo Local é a inovação objecto do estudo desta pesquisa e,
perspectiva-se analisar as mudanças que acontecem ao nível da escola, no âmbito das práticas
pedagógicas, no período de 2021 à 2023. Ao nível de implementação geográfica, o currículo
deve ser implementado em todas as escolas moçambicanas.
1.1.4. Objectivos
1.2. Hipóteses
H1:Uma série de intervenções, decisões e processos, como alguns graus de
intencionalidade e sistematização são que os modificam atitudes, ideias, culturas,
conteúdos, modelos e práticas pedagógicas;
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Uma linha inovadora de novos padrões de projectos e programas, materiais
curriculares, estratégias de PEA são modelos didácticos que representa um potencial
de organizar e gerir o currículo das escolas e a dinâmicas das aulas.
H0:O não utilizar linha inovadora de novos padrões, novos projectos e programas,
materiais curriculares, estratégias de PEA pode não ser modelos didácticos que aguça
o potencial de organizar e gerir o currículo das escolas e dinâmicas das aulas.
1.2.1.Justificativa
As inovações introduzidas no Currículo do Ensino Secundário (CES), contrariamente ao que
se esperava em relação às mudanças positivas que trariam, trouxeram consigo vários e
inúmero problema, a saber: fraca percepção, capacidade e exiguidade de recursos para
interpretar e implementar a reforma curricular. Alguns desses problemas foram de soluções
visíveis e fáceis e muitos deles bastante complexos e contínuos. A importância desta pesquisa
consistiraconsistirá no facto de que as constatações e resultados deste estudo poderão ajudar
para o desenho de um plano de acção e a tomada de atitudes que conduzam ao alcance das
mudanças desejadas face às inovações introduzidas e melhorar, com isso, os discursos e as
práticas em contextos pedagógicos, não só, ao nível micro (da escola), mas também, aos
níveis meso e macro da educação em Moçambique. O Estudo pretende despertar aos
supervisores de todos os níveis, da necessidade de potenciar cada vez mais a supervisão
curricular como forma de, por um lado, avaliar o percurso da reforma curricular se, na
verdade, o projecto educativo de construção de comunidades mais justas, mais respeitadoras
das paisagens naturais e culturais, das paisagens locais com vista ao resgate do papel da
escola na libertação de práticas educativas e sociais banalizadas, está sendo implementado de
acordo com a pretensão do Currículo Local (CL) e, por outro, reflectir com os professores
estratégias supervisivas que ajudem o percurso desta inovação.
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CAPITULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Pacheco (op. cit) define o currículo local como um espaço de aglutinação de identidades mais
concretas, de contextos curriculares próprios. É também o “legitimar curricularmente a cultura
do quotidiano dos alunos, dos seus saberes, dos seus contextos e dos seus problemas”. O autor
vai ainda mais longe ao considerar que, o local na construção do currículo ganha um sentido
de luta curricular e é justificado, no contexto das teorias pós-modernas e pós-culturais
educativas com base na valorização quer das análises pessoais e subjectivas, quer das análises
sociais que revelam preocupações e conflitos.
Uma afirmação de novos objectivos curriculares que valorizam não só conhecimentos, mas
também capacidades, atitudes e valores e, mais recentemente, competências.
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modo a serem perpetuados; a função do currículo era de reflectir uma realidade fixa e pensar
sobre a realidade social.
Antes, o currículo era uma questão meramente técnica; a educação devia funcionar de acordo
com princípios das administrações propostas por Taylor. Enfatizava-se o ensino,
aprendizagem, avaliação, metodologia, didáctica, organização, planeamento, eficiência,
objectivos. Isto culminava em abstracção e a suposta inutilidade das habilidades e
conhecimentos cultivados, desconhecimento e inconsciência. Hoje, através de conteúdos que
advêm dos problemas candentes da própria sociedade. Enfatizase a Identidade, alteridade,
diferença, subjectividade, significação e discurso, saber e poder, representação, cultura,
género, raça, ética, sexualidade, multiculturalismo.
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melhor maneira é considerá-la como uma parte do processo de regulação social. Por outro
lado, a reforma pode também traduzir-se numa inovação quando existe uma mudança ao nível
concreto da acção dos professores e dos diversos agentes educativos”. A contribuição dos
actores educacionais deve ter em conta com as exigências do momento que vivem as
sociedades.
2.5. Inovação
Para Castanho (2002),advoga que:
A inovação é acção de mudar. Alterar as coisas, pela introdução de algo novo. Não se deve
confundi-la com invenção (criação de algo que não existia) ou com descoberta (acto de
encontrar o que existia e não era conhecido). A inovação consiste na aplicação de
conhecimentos já existentes. (…) Inovar consiste em introduzir novos modos de actuar em face
de práticas pedagógicas que aparecem como inadequadas ou ineficazes (p. 76).
Lemmer (op.cit) defende três razões para a reforma curricular, a que as comunidades e/ou os
governos se lançam:
Reconstrução social: é o tipo que se acredita que a escola deveria transmitir aos
alunos conhecimentos e valores que lhes permitissem construir uma nova ordem social
que fosse mais humana, justa e igualitária. Os defensores desta reforma curricular
vaticinam que sejam ensinadas aos alunos aptidões de pensamento crítico, sobre as
praticas sociais existentes.
Politica: é o tipo ligado aos interesses do poder, uma vez que detém a influência
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financeira para dar vida nova aos currículos nacionais. Da maneira que foi concebido
o currículo local, é neste tipo que se assenta esta inovação.
Preocupações académicas: é liderado por especialistas da educação sob motivação
das alegadas lacunas curriculares. Estes preocupam-se com a reforma pós-moderna,
onde se acomodam os aspectos ligados à interpretação colaboradora, ao
multiculturalismo, à sustentabilidade ecológica, ao género e a globalização.
O fenómeno de inovar acontece de forma uniforme, num determinado espaço temporal. Pode
ocorrer de forma individual ou colectiva; contudo deve acontecer de formas que se possa
controlar se os objectivos estão sendo cumpridos. Segundo Saviani (1989, p.26) inovar é “
utilizar outras formas e é entendida como colocar a experiência educacional a serviços de
novas finalidades”. Neste contexto, deve-se inovar a partir do questionamento das finalidades
da experiência educacional.
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CAPÍTULO III: METODOLOGIA
3.1. METODOLOGIA
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3.3. Instrumentos de Colecta de Dados
No âmbito deste estudo, e para a prossecução dos objectivos formulados, será recorrido a três
instrumentos de recolha de informação: ficha de observação, formulário de entrevista e de
questionário.
Segundo Gil (2000, p. 340) o formulário, como instrumento de pesquisa, encontra-se entre o
questionário e a entrevista, sendo indicado para pesquisadores de opinião pública. Gil
prossegue sustentando que os instrumentos de colecta de dados de pesquisa são as ferramentas
que farão parte do processo de colecta, levantamento e, por fim, tratamento das informações.
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3.6. Amostra
Nesta pesquisa vai-se usar amostragem por conveniência, pois, Segundo Sousa& Batista
(2006), “ não sendo representativa da população, ocorre quando a participação é voluntária ou
os elementos da amostragem são escolhidos por questão de conveniência”.
3.7.Cronograma
Actividade –Cronograma Meses de execução
Procedimentos Objectivos Mai Junho Julho Ago
o
Revisão bibliográfica Recolher informação
Recolha de dados Recolher dados relacionado com
tema
Montagem do projecto Identificar situação problema
Observação ao local de Viver a realidade próximo do
estudo problema
Elaboração do relatório Apresentar os resultados obtidos
final na área de estudo
3.8.Orçamento
N Material Quantidade V.Unitário V.Total
°
1 Resma A4 1 250,00Mt 250,00Mt
2 Bloco de notas 1 25,00Mt 25,00Mt
3 Esferográficas 5 7.5,00Mt 37.5,00Mt
4 Régua 1 10,00 10,00Mt
5 Impressões Projecto 4 Versões 55,00Mt 220,00Mt
Monografia 8 Versões (4 Correcções e 4 110,00Mt 880,00Mt
versões finais)
Total: 1.422.50,Mt
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4.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Castanho, M. E. L. M. (2002). Docência e inovação na área de Ciências Exactas e
Engenharia. Revista de Educação. PUC-Campinhas.
2. Formosinho, J., Ferreira, F., & Machado, J. (2000). Políticas educativas e autonomia
das escolas. Porto: Edições Asa.
3. Fullan, M. (2007). The NEW Meaning of Educational Change. London: Routledge.
4. Sacristán, G. (2000). O Currículo, uma reflexão sobre a prática. Porto Alegre: Editora
Artmed.
5. Sampieri, R. H., Collado, C.H., Lucio, P. B. (2006). Metodologia de Pesquisa. 3ª ed.
São Paulo;
6. Santos, R. & Machado, C. (2005). O Currículo: conceitualização e reconceitualização.
São Paulo;
7. Saviani, D. A. (1989). A Filosofia da Educação e o problema da Inovação em
Educação. São Paulo;
8. Silva, T. T. (2000). Teorias do currículo: Uma introdução crítica. Porto: Porto Editora.
9. Silva, T. T. (2000). Teorias do currículo: Uma introdução crítica. Porto: Porto Editora.
10. Soares, M. (2010). A Supervisão pedagógica: uma leitura dos tempos. Matosinhos:
Ozarfaxinars.
11. Trivinos, A. N. S. (1987). Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa
qualitativa em educação. São Paulo;
12. UNESCO (2000). Educação para Todos: O Compromisso de Dakar. Brasília:
CONSED.
13. Vieira, F. (1993). Observação e supervisão de professores. Braga: Universidade de
Minho.
14. Vilelas, J. (2009). Investigação: o processo de construção de conhecimento. Lisboa:
Sílabo.
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