Tecnica e Metodologia em Geografia Humana Isaque 2023
Tecnica e Metodologia em Geografia Humana Isaque 2023
Tecnica e Metodologia em Geografia Humana Isaque 2023
Trabalho-I
1
Recomendações de melhoria:
2
Índice
1. Introdução......................................................................................................................4
1.1.Objectivos....................................................................................................................5
1.2.Metodologias do trabalho............................................................................................5
3. Conclusão....................................................................................................................12
4.Referências Bibliográficas............................................................................................13
3
1. Introdução
Na tentativa de caracterizar alguns métodos e técnicas em Geografia Humana, primeiramente,
far-se-á um esclarecimento sucinto entre metodologia e técnicas. Isso por que, existe uma
grande confusão na elaboração de projectos de pesquisas e desenvolvimento de trabalhos,
com incoerências nas terminologias e uso equivocado entre esses conceitos. Em seguida, se
fará uma relação das bases técnicas e metodológicas com a evolução do pensamento
geográfico, ou seja, a verificação dos métodos e técnicas predominantes nos diferentes
momentos da ciência geográfica, no que tange a geografia humana, bem como suas vertentes
filosóficas e bases teóricas.
Pierre George (1972) assinala que cada método usado nas pesquisas geográficas estão dotados
de ideologias e posições epistemológicas, onde cada objecto estudado merece um método
adequado pelo geógrafo. A negação ou aversão de correntes teórico-metodológicas envolve
diversos factores, que estão ligados pelas ideologias que cercam os pesquisadores. A
possibilidade de valorizar a construção do pensamento geográfico é parte desse trabalho, na
medida em que se propõe analisar as contribuições de alguns métodos e técnicas nos estudos
de Geografia Humana. O objectivo fazer um panorama das técnicas aplicadas na geografia
humana.
4
1.1.Objectivos
Com a abordagem do presente exercício pretendemos embaçar os seguintes objectivos:
1.2.Metodologias do trabalho
Qualquer trabalho de carácter científico para ter o êxito nas suas abordagens é necessário
apoiar-se em algumas propostas teóricas e metodológicas. Não obstante, de acordo com os
objectivos preconizados, este trabalho procura a resolução do exercício na disciplina de
Técnica e Metodologia em Geografia Humana, a pesquisa usou-se o método bibliográfico que
se baseou na análise das obras literárias e artigos da internet.
5
2.Os princípios geográficos em geografias humana
Os Princípios de Geografia Humana La Blache faz a relação dos diferentes géneros de vida,
nas quais habitam de forma harmónica e coerente, com a natureza, em uma organização
sistémica onde cada género ou modo de vida têm uma “função” (Bray, 1980).
i. Princípios Geográficos
Para Friedrich Ratzel (1844-1904), aponta princípio diz que é preciso delimitar o fato a ser
estudado, localizando-se-o na superfície terrestre. Quando apresentamos a área de um país.
Considerada como Geografia Geral, exposto por Karl Ritter (1779-1859) e Paul Vidal de La
Blache (1845-1918). Estes autores mostraram que é preciso comparar o fato ou área estudada
com outros fatos ou áreas da superfície terrestre, em busca de semelhanças e diferenças.
Comparação do rio São Francisco com Nilo africano por exemplo.
Formulado por Alexander von Humboldt (1769-1859), que diz respeito à necessidade de
explicar o porquê dos fatos. A causa do terremoto no Haita ( placas tectónicas).
Apresentado por Jean Brunhes (1869-1930). Segundo ele, os fatos não são isolados, e sim
inseridos num sistema de relações, tanto locais quanto interlocais. A crise na Ásia afecta
outras áreas do mundo. um fenómeno geográfico nunca acontece isoladamente. Ele sempre
vai estar ligado (conectado) com outras disciplinas do conhecimento humano. É a análise
geográfica que parte da relação entre determinadas áreas e momentos históricos específicos.
6
Formulado também por Brunhes, que afirma ter os fatos um carácter dinâmico, mutável, o que
demanda o conhecimento do passado para a compreensão do presente e previsão do futuro. O
clima sofre acção do elementos naturais.
vii. Observação:
Segundo Jean Brunhes, os fatos não são isolados, e sim inseridos num sistema de relações,
tanto locais quanto inter-locais. Estudo das constantes modificações do Meio, ou seja; entende
que a geografia deve analisar a realidade levando em consideração a continuidade dos fatos,
que a relação sociedade x natureza é contínua e ininterrupta. A afirma ter os fatos um carácter
dinâmico, mutável, o que demanda o conhecimento do passado para a compreensão do
presente e previsão do futuro.
Fundada por Ratzel, em 1822, que, como o nome indica, sugere que o espaço natural
determina as formas de sua ocupação por parte do homem. O homem é determinado pelo
meio , não pode mudá-lo. Em clima seco o homem depende da chuva
Defendida primeiramente por La Blache e depois pela escola francesa que ele criara, não
negava a influência que a natureza exercia sobre o homem, mas este pode escolher e
modificar o espaço físico, conforme suas capacidades. A irrigação produz colheita em
qualquer período.
Para Guivant (2002), “o termo participação tem sido usado para justificar a extensão do
controle do estado e para construir capacidades locais de autodesenvolvimento; tem
mobilizado para justificar decisões externas e para devolver poder e capacidade decisória às
comunidades”. Ainda, “participação popular, nos últimos anos, faz parte dos discursos dos
diferentes agentes promotores do desenvolvimento que procuram envolver os produtores
rurais nos processo de planejamento e implementação de programas, práticas agrícolas e
tecnologias”.
O DRP tem sido utilizado, cada dia mais, por diversas entidades e organizações em processos
de diagnóstico e planejamento rural.
De acordo com Pretty et al (1995), o DRP precisa respeitar, ainda, as seguintes características:
8
Para Chambers e Guijt (1995), deve-se aprender a ver o processo como um dos produtos do
DRP. Ele deve ser considerado mais que o simples exercício de diagnóstico e colecta de
dados. O DRP não pode ser considerado apenas um pacote de técnicas a serem utilizadas
indiscriminadamente.
Como como ressalta Gomes (2001), no sentido de entender algumas das técnicas e sua real
possibilidade de diagnosticar e planejar de forma participativa e emancipativa, são destacadas
abaixo as seguintes técnicas testadas nos assentamentos citados:
Estas técnicas não devem ser interpretadas como um pacote fechado, pois a simples aplicação
das mesmas não torna participativo o processo de levantamento da realidade.
a) Mapeamento participativo
b) Entrevista semiestruturada
9
Segundo Marconi e Lakatos (2003), a entrevista é o encontro entre duas pessoas, a fim de que
uma delas obtenha informações a respeito de determinado assunto, mediante uma conversação
de natureza informal. No entanto, entende-se que este tipo de entrevista também deve
considerar certa informalidade, intercalando questões mais fechadas e direccionadas com
argumentações mais abertas.
Na maioria dos casos, já existem informações sobre a região ou localidade onde será realizado
o diagnóstico, como documentos, projectos, estudos científicos, mapas, estatísticas, fotos etc.
Estas fontes permitem uma visão global da região do diagnóstico. Isto evita repetir o trabalho
que já foi realizado por outra pessoa ou equipe. Contudo, é sempre importante analisar com
precisão tais fontes, desde que muitos dados são colectados de forma equivocada.
É baseada em um plano claro que é mantido em sua mente. É mais utilizada quando você tem
muito tempo e vai fazer um trabalho a longo prazo, em que poderá encontrar o informante
várias vezes. Esta técnica permite que as informações obtidas estejam bem mais próximas da
realidade.
e) Calendário sazonal
No calendário sazonal, várias informações produtivas podem ser colectadas como distribuição
de chuvas, actividades durante o ano, épocas de maior trabalho, épocas de falta de dinheiro,
participação de homens e mulheres nas actividades.
A aplicação da técnica deve ser realizada, se possível, com um grupo familiar, valorizando a
participação de toda a família, em que um membro da família complementa as informações do
outro.
f) Entra e Sai
O Entra e Sai é uma ferramenta que permite a colecta de informações de dados económicos da
família ou comunidade. Pode ser elaborada a partir de representações gráficas, fornecendo,
10
assim, uma melhor visualização dos gastos, receitas e possibilidades existentes na área (Terra,
1997).
O mais importante, a técnica deve permitir uma reflexão por parte dos entrevistados. Podem-
se utilizar valores para uma análise de custo de produção e lucro, ou somente utilizar a noção
por produtos.
g) Caminhada Transversal
A técnica de Caminhada Transversal foi utilizada nos dois assentamentos pesquisados com
grande riqueza de informações colectadas. Além do levantamento florístico e faunístico,
foram identificadas e discutidas as principais limitantes ambientais.
h) Rotina Diária
Deve ser aplicada entre diversas pessoas da família (homem, mulher, jovens) e para diferentes
épocas do ano. É muito válida para compreender o dia-a-dia da família. Deve ser realizada
com famílias de diferentes sistemas produtivos. As informações a cessadas por esta técnica
são importantes para os futuros trabalhos das equipes de assistência técnica.
i) Diagrama de Venn
j) Realidade e desejo
11
3. Conclusão
Pelo exposto permite concluir que é importante que o povo participe activamente no
planejamento de sua própria existência. Nesse sentido, entende-se que as metodologias
participativas e, especialmente, as técnicas de DRP têm muito a contribuir. Tais técnicas e
metodologias não devem, contudo, repetir os erros do passado. Devem mostrar-se realmente
participativas, promovendo o protagonismo dos atores sociais.
12
4.Referências Bibliográficas
1. Andrade, Manuel C. (1987).de. Geografia, ciência da sociedade: uma introdução à aná
lise do pensamento geográfico. São Paulo;
2. Bordenave, J. E. D. (1983). O que é participação. 1. São Paulo;
3. Carvalho, J. Eduardo, Metodologia do trabalho Científico, 2ª ed, Escolar Editora 2009,
Lisboa Portugal;
4. Guivant, J. S. (2002).Sustentabilidade e métodos participativos: os riscos dos
pressupostos realistas. Anais do Congresso Mundial da Internacional Sociológica
Associativo. Brisbane, Austrália;
5. Marconi, M. A.; Lakatos, E. M. (2003).Fundamentos de metodologia científica. 5. ed.
São Paulo;
6. Pretty, J.; Guijt, I.; Thompson, J.; Scoones, I. (1995).Participatory learning and action:
a trainer’s guide. London;
7. Richardson, Roberto Jarryetall, (2008).Pesquisa Social, Métodos e Técnicas, 3ª edição
São Paulo;
8. Terra. (1997).Relatório de diagnóstico e planejamento participativo do meio rural do
município de Cabo Verde.
13