Primeiro Trabalho de MIC Abdul PDF
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Universidade Católica de Moçambique
Instituto de Educação à Distância
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Introdução 1.0
objectivos
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do trabalho
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Análise e
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relevantes na área de
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dados
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Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
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Índice
1. Introdução...................................................................................................................... 1
4.3. Acções Estratégicas a Médio e Longo Prazos para gestão das secas ................................ 7
5.1. Acções Estratégicas a Curto Prazo para gestão da água e do ambiente ............................ 8
5.2. Acções Estratégicas a Médio e Longo Prazos para gestão da água e ambiente ................ 8
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7.3. Abastecimento de Água nas Zonas Rurais .................................................................... 10
10. Conclusão................................................................................................................. 13
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1. Introdução
Os desafios de Moçambique na gestão e desenvolvimento dos recursos hídricos para o
cumprimento das metas do Plano de Acção para a Redução da Pobreza Absoluta e das Metas
de Desenvolvimento do Milénio, incluem água potável e saneamento, água para segurança
alimentar e desenvolvimento rural, prevenção da poluição da água, e conservação dos
ecossistemas, mitigação dos desastres e gestão do risco, gestão dos recursos hídricos
transfronteiriços e partilha de benefício. Para uma melhor gestão integrada dos recursos
hídricos, é importante que haja uma percepção da evolução temporal de usos de água bruta,
bem como dos caudais e qualidade de efluentes, incluindo os efluentes domésticos, urbanos e
industriais, bem como dos perímetros de irrigação. Por isso, deve estar disponível e acessível
um inventário abrangente do potencial dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos a
nível das bacias, no qual tomar-se-á em conta as utilizações actuais e potenciais à nível do
país.
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1.1. Problematização (pergunta de partida)
De acordo com Gil, (1999) “problema é qualquer questão não solvida e que é objecto de
discussão, em qualquer domínio de conhecimento” (p. 49).
Falar de recusro hídrico em Moçambique é lastimável pós nota-se a auxência deste precioso
líquido em quase todas as zonas.
Quais são os factores que fazem com que haja desigualdade de distribuição de precioso
líquido?
1.3. Objectivos
1.4. Metodologia
Para a elaboração deste trabalho aplicou-se como metodologia a pesquisa bibliográfica.
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I. RECURSOS HÍDRICOS EM MOÇAMBIQUE
Moçambique possui treze bacias hidrográficas principais, sendo de Sul a Norte, as bacias dos
rios Maputo, Umbeluzi, Incomati, Limpopo, Save, Buzi, Pungoé, Zambeze, Licungo,
Ligonha, Lúrio, Messalo e Rovuma.
Moçambique é um país de jusante, partilhando nove (9) das quinze (15) bacias hidrográficas
internacionais da região da SADC. Os rios são os maiores transportadores dos principais
recursos hídricos do país, dos quais mais de 50% são originados nos países de montante. São
de notar as diferenças que se verificam entre regiões no que se refere à variação da
precipitação, período húmido e seco e de ano para ano com cheias e secas. De acordo com
dados disponíveis, o escoamento superficial total é cerca de 216 km³/ano, dos quais cerca de
100 km³ (46%) são gerados no país. Os restantes 116 km³ são gerados nos países vizinhos.
Em termos de valores percapita, Moçambique dispõe de um total de cerca de 11
500m³/pessoa/ano.
Moçambique é vulnerável aos desastres causados pelas irregularidades climáticas.
Os desafios de Moçambique na gestão e desenvolvimento dos recursos hídricos para o
cumprimento das metas do Plano de Acção para a Redução da Pobreza Absoluta e das Metas
de Desenvolvimento do Milénio, incluem água potável e saneamento, água para segurança
alimentar e desenvolvimento rural, prevenção da poluição da água, e conservação dos
ecossistemas, mitigação dos desastres e gestão do risco, gestão dos recursos hídricos
transfronteiriços e partilha de benefício.
Torna-se necessário e urgente desenvolver planos detalhados relativos ao desenvolvimento
dos recursos hídricos para promoção dos serviços de abastecimento de água e saneamento,
desenvolvimento da agricultura, gestão de desastres e protecção dos ecossistemas, incluindo a
prevenção da intrusão salina nos estuários dos rios, da produção industrial, e da produção de
energia hidroeléctrica.
A esse respeito Silva (2007, p. 120) expõe a importância da água afirmando que:
A água é um bem indispensável à vida: humana, animal e vegetal. Compartilha dos
processos ecológicos essenciais, como o da fotossíntese, o da quimiossíntese e o da
respiração. Funciona como habitat e nicho ecológico de inúmeros organismos e
espécies animais e vegetais. Sua mobilidade, seu poder de solubilidades, sua variação
de densidade, sua característica de regulador térmico e especialmente sua tensão
superficial são atributos que respondem por sua extraordinária função ecológica.
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com a consagração constitucional estipula que a água de domínio público compreende todas
as águas do interior (lagoas e albufeiras), as águas superficiais, os leitos dos rios e a água
subterrânea.
Este quadro legal reconhecendo que a gestão de recursos hídricos é um assunto que envolve
transversalmente vários sectores, a coordenação intersectorial é essencial na gestão integrada
dos recursos naturais. Deste modo, harmoniza-se com outras leis relacionadas,
nomeadamente: a legislação agrária, ambiental, mineira, do mar, das pescas, da energia,
relacionada com administração estatal e outras relevantes.
Para uma melhor gestão integrada dos recursos hídricos, é importante que haja uma
percepção da evolução temporal de usos de água bruta, bem como dos caudais e
qualidade de efluentes, incluindo os efluentes domésticos, urbanos e industriais, bem
como dos perímetros de irrigação. Por isso, deve estar disponível e acessível um
inventário abrangente do potencial dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos a
nível das bacias, no qual tomar-se-á em conta as utilizações actuais e potenciais à
nível do país. (conselho de ministros, 2017 p.39)
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partes interessadas e, devendo-se destacar, dentre outros, os aspectos ambientais, incluindo
biodiversidade e ecossistemas associados.
III. Acções Estratégicas de gestão de recursos hídricos de Médio e Longo Prazos
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mesmo tempo as reservas mínimas para a protecção dos ecossistemas associados. (Machado,
2002 p.34).
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iv. Construir pequenos reservatórios de armazenamento de água e construir furos para o
abastecimento de água;
v. Rever as normas de exploração de todas as barragens de grande e média dimensão para
lidar com os períodos de seca;
vi. Promover e divulgar o uso de métodos e técnicas de captação da água da chuva em locais
onde as condições sejam favoráveis para o seu aproveitamento.
4.3. Acções Estratégicas a Médio e Longo Prazos para gestão das secas
i. Construir barragens para aumentar a disponibilidade de água em todas as bacias propensas
a seca, e naquelas onde a escassez de água é mais acentuada;
ii. Promover o uso de novas tecnologias de informação para o monitoramento e gestão de
cheias e secas na região;
iii. Promover uma cooperação estreita entre as autoridades competentes das bacias
hidrográficas para declaração conjunta da situação de seca e adopção das medidas de
restrição;
iv. Aplicar sanções pelo incumprimento das restrições da seca baseando-se em regulamentos
aprovados.
V. ÁGUA E AMBIENTE
É reconhecido que são muitos os factores que, numa bacia hidrográfica, afectam a qualidade
e a quantidade dos recursos hídricos, nomeadamente a degradação do solo a poluição
decorrente das actividades agrícolas, industriais e de fontes urbanas e a destruição dos
habitats, tais como a vegetação ribeirinha e das zonas húmidas.
A presença de várias barragens ao longo dos cursos de água leva a alteração da hidrologia
com os consequentes impactos negativos, tanto ambientais como económicos, relativamente a
estas zonas húmidas.
O Governo reconhece a necessidade de imprimir maior dinâmica na realização de políticas e
da legislação para a protecção da água e do ambiente.
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manutenção dos ecossistemas. As práticas de recursos hídricos deverão destacar a prevenção
dos impactos ambientais negativos da actividade humana.
5.2. Acções Estratégicas a Médio e Longo Prazos para gestão da água e ambiente
i. Estabelecer zonas de protecção dos principais aquíferos, com elevado potencial, e os que
abastecem áreas urbanas. Estas medidas deverão ser igualmente extensivas às captações de
água superficial, lagos e albufeiras, com prioridade para aqueles que são usados para o
abastecimento de água para o consumo humano;
ii. Lidar com a eutrofização e a presença excessiva de plantas aquáticas nos lagos, albufeiras
e rios, incluindo os estuários através do tratamento das águas residuais e adopção de boas
práticas na agricultura (irrigação e actividades pecuárias);
iii. Adoptar boas práticas no fomento da pesca e aquacultura;
iv. Assegurar caudais ecológicos de acordo com as necessidades de água à jusante, e evitar a
eliminação total de pequenas cheias ou compensar com pequenas descargas artificiais de
cheias revendo regularmente as regras de operação de barragens;
v. Assegurar a realização adequada de actividades de capacitação institucional, tanto em
termos de recursos humanos, como em provisão de equipamento;
vi. Monitorar o cumprimento das condições da qualidade das águas transfronteiriças que
entram no país;
vii. Assegurar uma cooperação internacional e regional eficiente e efectiva sobre a protecção
ambiental;
viii. Definir o regime jurídico, as responsabilidades e os mandatos relativos aos estuários de
modo a garantir o desenvolvimento de instrumentos jurídicos adequados e claramente
articulados que especifiquem os mandatos e as competências institucionais.
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VI. QUALIDADE DA ÁGUA E CONTROLE DA POLUIÇÃO
Necessidade para adequação dos arranjos institucionais para garantir o monitoramento da
água em termos de recursos humanos, capacidade técnica e institucional, conforme os
procedimentos e práticas para a regulação efectiva e controle das fontes de poluição.
A presente estratégia visa garantir a gestão efectiva e sustentável dos recursos hídricos para a
satisfação das necessidades presentes e futuras de abastecimento de água e saneamento; em
condições seguras e fiáveis.
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componentes infraestruturais com vida útil curta, sendo relevante a observância à equidade na
alocação de recursos financeiros e de serviços universais.
7.3. Abastecimento de Água nas Zonas Rurais
A directriz política contempla a expansão do abastecimento de água às áreas rurais e redução
das assimetrias regionais; promoção do princípio de procura no sector de águas, com os
sectores de educação, saúde e agricultura, como base para assegurar o envolvimento da
comunidade e criação do sentido de posse para garantir a sustentabilidade dos sistemas rurais.
Deve-se promover a participação das mulheres, das partes interessadas e do sector privado.
7.4. Saneamento
A política compreende a expansão dos serviços de saneamento através do fortalecimento dos
arranjos institucionais para operação e manutenção; aplicando uma política integrada de
abastecimento de água e saneamento; reforçando o papel das autoridades locais;
implementação de política financeira em que o Governo promove investimentos necessários
para a reabilitação e expansão das infraestruturas; criando mecanismos e incentivos para
promover a provisão de serviços nas áreas peri-urbanas, promoção do papel da mulher, partes
interessadas e o sector privado; e promoção da higiene.
7.5. Água para o desenvolvimento sócioeconómico
A presente estratégia visa contribuir para a utilização sustentável e racional da água nos
vários sectores para o desenvolvimento sócio-económico do país através da promoção de
investimentos e envolvimento dos utentes nas acções de operação e manutenção, tendo
presente o valor social e económico da água.
7.6. Irrigação
Deve ser assegurado o fornecimento de água em quantidades adequadas para permitir a
continuação do desenvolvimento de projectos de irrigação de grande e de pequena escala à
nível do país para o benefício dos pequenos agricultores, melhoria da segurança alimentar,
aumento dos rendimentos familiares e oportunidades de emprego e, por consequência, um
desenvolvimento mais equilibrado. As tarifas de água para a irrigação devem obedecer aos
princípios gerais da Política Tarifária de Água.
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7.8. Indústria
O abastecimento de água para o desenvolvimento das actividades industriais deve ser
garantido numa base de total recuperação de custos. Simultaneamente, as descargas
de efluentes devem ser examinadas à nível de dimensionamento no que se refere à
qualidade de água e impactos ambientais e devem ser tratadas para garantir a
adequada qualidade de água nos corpos receptores. (Milaré, 2007 p.86).
7.9. Turismo
As infra-estruturas de abastecimento de água e saneamento como também a qualidade de
água dos lagos e reservatórios naturais e artificiais, serão garantidos para apoiar a indústria de
turismo.
Os recursos hídricos deverão ser geridos de forma sustentável que permitam assegurar nos
lagos, albufeiras e em outras massas de água naturais ou artificiais o desenvolvimento da
pesca e da aquacultura sustentáveis.
Será dada prioridade à disponibilização de recursos hídricos destinados à piscicultura de água
doce.
8. Navegação e desporto aquático
Promoção da utilização sustentável das águas interiores para propósitos de navegação e
prática do desporto aquático.
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“A promoção da sustentabilidade económica e financeira dos sistemas de abastecimento de
água e das instituições de gestão, manutenção e gestão a curto prazo”. (Caubet, 2006 p.76).
“Em relação aos aspectos económicos e financeiros a água tem valor económico, ambiental,
social e cultural, e deverá por conseguinte, constituir uma contribuição importante no
desenvolvimento sócio-económico sustentável do país”. (Caubet, 2006 p.76).
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10. Conclusão
A água por ser um elemento necessário a sobrevivência dos seres vivos, bem como, a
crescente escassez de água doce potável para consumo e sua grande importância para a
produção de energia elétrica fez com que hodiernamente se busque a regulação do seu uso e
sua preservação para as gerações futuras, tendo por fito o desenvolvimento sustentável. Na
busca de preservar e usar de forma sustentável tal bem econômico e em decorrência do novo
modelo de administração pública criou-se os sistemas de gestão da água. Moçambique possui
treze bacias hidrográficas principais, sendo de Sul a Norte, as bacias dos rios Maputo,
Umbeluzi, Incomati, Limpopo, Save, Buzi, Pungoé, Zambeze, Licungo, Ligonha, Lúrio,
Messalo e Rovuma. Moçambique é um país de jusante, partilhando nove (9) das quinze (15)
bacias hidrográficas internacionais da região da SADC. Os rios são os maiores
transportadores dos principais recursos hídricos do país, dos quais mais de 50% são
originados nos países de montante. São de notar as diferenças que se verificam entre regiões
no que se refere à variação da precipitação, período húmido e seco e de ano para ano com
cheias e secas. De acordo com dados disponíveis, o escoamento superficial total é cerca de
216 km³/ano, dos quais cerca de 100 km³ (46%) são gerados no país. Os restantes 116 km³
são gerados nos países vizinhos.
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11. Referências bibliográficas
Caubet, Christian Guy. (2006). A água, a lei, a política... e o meio ambiente? Curitiba: Juruá.
Conselho de Ministros. (2017). Políticas e estratégias de gestão de recursos hídricos.
Moçambique
Gil, António C. (1999). Métodos e técnicas em pesquisa social. São Paulo: Atlas.
Machado, Paulo Affonso Leme. (2002). Recursos Hídricos. São Paulo: Malheiros.
Milaré, Édis. (2007). Direito do ambiente. 5° ed. São Paulo: RT.
Silva, José Afonso da. (2007). Direito ambiental constitucional. 6º ed. São Paulo: Malheiros.
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