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Universidade Teológica Federal do Paraná – UTFPR

Disciplina: AL32C Química Orgânica Experimental

Professora: Isabel Craveiro Moreira

Alunos: Johann Costa Castelli


Nathan Vilharquide Hipolito Almeida

Curso: 2º período de Tecnologia em Alimentos

Turma: (23)

EXTRAÇÃO COM SOLVENTES REATIVOS

Prática realizada no dia: 23/03/2023

Londrina - PR

1° Semestre
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1 – INTRODUÇÃO

O processo de extração com solventes é um método simples, empregado na separação e


isolamento de substâncias componentes de uma mistura, ou ainda na remoção de
impurezas solúveis indesejáveis. Este último processo é geralmente denominado
lavagem.
A técnica da extração envolve a separação de um composto, presente na forma de uma
solução ou suspensão em um determinado solvente, através da agitação com um
segundo solvente, no qual o composto orgânico seja mais solúvel e que seja pouco
miscível com o solvente que inicialmente contém a substância.
Quando as duas fases são líquidos imiscíveis, o método é conhecido como "extração
líquido-líquido". Neste tipo de extração o composto estará distribuído entre os dois
solventes. O sucesso da separação depende da diferença de solubilidade do composto
nos dois solventes. Geralmente, o composto a ser extraído é insolúvel ou parcialmente
solúvel num solvente, mas é muito solúvel no outro solvente.
A água é usada como um dos solventes na extração líquido-líquido, uma vez que a
maioria dos compostos orgânicos são imiscíveis em água e porque ela dissolve
compostos iônicos ou altamente polares. Os solventes mais comuns que são compatíveis
com a água na extração de compostos orgânicos são: éter etílico, éter diisopropílico,
benzeno, clorofórmio, tetracloreto de carbono, diclorometano e éter de petróleo. Estes
solventes são relativamente insolúveis em água e formam, portanto, duas fases distintas.
A seleção do solvente dependerá da solubilidade da substância a ser extraída e da
facilidade com que o solvente possa ser separado do soluto. Nas extrações com água e
um solvente orgânico, a fase da água é chamada "fase aquosa" e a fase do solvente
orgânico é chamada "fase orgânica".
Para uma extração líquido-líquido, o composto encontra-se dissolvido em um solvente A e
para extraí-lo, emprega-se outro solvente B, e estes devem ser imiscíveis. A e B são
agitados e o composto então se distribui entre os dois solventes de acordo com as
respectivas solubilidades. A razão entre as concentrações do soluto em cada solvente é
denominada "coeficiente de distribuição ou de partição", (K). Uma consequência da lei de
distribuição é a sua importância prática ao se fazer uma extração. Se um dado volume
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total VB do solvente for utilizado, pode-se mostrar que é mais eficiente efetuar várias
extrações sucessivas (isto é, partilhar o volume VB em n frações), e a isto se denomina
"extração múltipla", sendo mais eficiente do que "extração simples".
Para o desenvolvimento da técnica de extração pode-se usar um solvente extrator que
reaja quimicamente com o composto a ser extraído. A técnica de extração por solventes
quimicamente ativos depende do uso de um reagente (solvente) que reaja quimicamente
com o composto a ser extraído. Está técnica geralmente é empregada para remover
pequenas quantidades de impurezas de um composto orgânico ou para separar os
componentes de uma mistura. Incluem-se, entre tais solventes: soluções aquosas de
hidróxido de sódio, bicarbonato de sódio, ácido clorídrico, etc.
Pode-se empregar uma solução aquosa básica para remover um ácido orgânico de sua
solução em um solvente orgânico, ou para remover impurezas ácidas presentes num
sólido ou líquido insolúvel em água. Esta extração é baseada no fato de que o sal sódico
do ácido é solúvel em solução aquosa básica. Da mesma maneira, um composto orgânico
básico pode ser removido de sua solução em um solvente orgânico, pelo tratamento com
solução aquosa ácida.
Uma extração pode ser:
a) Descontínua: Consiste em agitar uma solução aquosa com um solvente orgânico num
funil de separação, a fim de extrair determinada substância. Agita-se o funil
cuidadosamente, inverte-se sua posição e abre-se a torneira, aliviando o excesso de
pressão. Fecha-se novamente a torneira e relaxa-se a pressão interna, conforme Figura
1. Repete-se este procedimento algumas vezes. Recoloca-se o funil de separação no
suporte, para que a mistura fique em repouso. Quando estiverem formadas duas
camadas delineadas, deixa-se escorrer a camada inferior (a de maior densidade) em um
Erlenmeyer. Repete-se a extração usando uma nova porção do solvente
a concentração em B será:
VB (Equação 3)

extrator. Normalmente não são necessários mais do que três extrações, mas o número
exato dependerá do coeficiente de partição da substância que está sendo extraída entre
os dois líquidos.
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2- MÉTODOS

Neste experimento será separada uma mistura de quatro compostos orgânicos: naftaleno,
ß-naftol, ácido benzóico e p-nitroanilina, usando solventes reativos. A p-nitroanilina pode
ser removida da fase etérea por extração, com uma solução aquosa de ácido clorídrico, a
qual converte a base no seu respectivo sal. O ácido benzóico poderá ser extraído da fase
etérea com adição de solução aquosa de bicarbonato de sódio. O ß-naftol, por ser menos
ácido que o ácido benzóico, poderá ser extraído com solução aquosa de hidróxido de
sódio.
O que é uma extração liquido-liquido?
É uma forma de purificação de misturas onde usamos dois
líquidos imiscíveis e ocorre a transferência de um soluto de um
solvente para outro.
❖ Qual a Finalidade deste tipo de extração ?
Fazer o isolamento de determinados compostos orgânicos
presentes em soluções/suspensões aquosas ou em soluções em solventes orgânicos
onde esses compostos se encontram.

Pese 1 g da mistura dos seguintes compostos: naftaleno, ß-naftol, ácido benzóico e p-


nitroanilina.
Dissolva essa mistura em 50 mL de éter etílico. Transfira a solução etérea para um funil
de separação e extraia com soluções aquosas na ordem descrita abaixo, mantendo a
solução etérea no funil (nota: durante o processo de extração abra a torneira do funil de
separação periodicamente, permitindo a equiparação de pressão).
3.1.1- Extrair com HCl 10% (3x) usando porções de 10 mL. Combinar as frações aquosas
e neutralizar com NaOH (conc.). Recuperar o precipitado por filtração a vácuo. Qual o
composto isolado?
3.1.2- Extrair com NaHCO3 10% (3x) usando porções de 10 mL. Combinar as frações
aquosas e neutralizar, vagarosamente, com HCl concentrado e com agitação branda.
Recuperar o precipitado por filtração a vácuo.
3.1.3- Extrair com NaOH 10% (3x), com porções de 10 mL. Combinar as frações aquosas,
neutralizar com HCl concentrado. Recuperar o precipitado por filtração a vácuo. Que
composto foi extraído agora?
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3.1.4- Remover a solução etérea do funil de separação, lavar com H2O, secar com
Na2SO4, filtrar para um balão ou erlenmeyer e evaporar o éter em um evaporador
rotatório ou em banho-maria.

3.2 - RESULTADOS E DISCUSSÃO

Conforme a prática da extração com solventes reativos, observamos que ao adicionar


uma base forte ao composto contendo os quatro produtos desejados, a reação de
extração será incompleta, pois a base irá reagir com os compostos ácido benzóico e
beta-naftol e não obteremos os produtos desejados. Então iniciamos a separação com a
reação do HCL 10% que reage e separa a para-nitroanilina, obtida com a etapa final de
neutralização do HCL.
Com isso, no passo 2, devemos reagir a uma base fraca NaHCO3, para uma reação de
separação do ácido benzóico, qual será produto na reação de neutralização com HCL.
Passo 3, beta-naftol reagirá NaOH na solução, onde o produto final será o beta-naftol por
meio da reação de neutralização.
Último passo da prática foi remover o éter da solução por meio de evaporação, restando
como produto final o naftaleno, cujo ponto de ebulição é muito alto.
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5- QUESTIONÁRIO DE EXTRAÇÃO COM SOLVENTES (líquido-líquido)

1- Qual o princípio básico do processo de extração com solventes?


É uma forma de separar misturas através de dois líquido imiscíveis.

2- Por que a água é geralmente usada como um dos solventes na extração


líquido-líquido?
Porque ela é imiscível na maioria dos compostos orgânicos.

3- Quais as características de um bom solvente para que possa ser usado na extração de
um composto orgânico em uma solução aquosa?
Imiscibilidade, inerte com o outro solvente e boa solubilidade.

4- Qual dos solventes abaixo são imiscíveis em água? Nesses solventes qual a fase
(superior ou inferior) será a orgânica se forem misturados em uma solução aquosa (utilize
a densidade)?
a) éter etílico: imiscível - superior;
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b) clorofórmio: imiscível - inferior;


c) butanona: miscível;
d) hexano: imiscível - superior;
e)1-pentanol: imiscível - inferior;
f) benzeno: imiscível - inferior;
g) etanol: miscível;
h) acetato de etila: imiscível - inferior;
i) propanal: miscível;

5- Pode-se usar etanol para extrair uma substância que se encontra dissolvida em água?
Justifique sua resposta.
Não, porque o etanol vai ser miscível em água, não apresentando fase para poder fazer a
extração.

6- Defina coeficiente de distribuição. Como calcular o coeficiente de distribuição de um


determinado composto orgânico?
É a razão da concentração de uma substância em dois solventes orgânicos, sendo os
solventes necessariamente imiscíveis.

7- Porque é necessário remover a tampa do funil de separação quando for escoar o


líquido através da torneira existente em sua parte inferior?
Para aliviar a pressão formada quando agitado.

8- Forneça as equações químicas das reações ocorridas nas etapas da extração.


a) p-nitroanilina + HCl

b) ácido benzóico + NaHCO3


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c) substância + NaOH

9- Por que chamamos de solventes reativos?


Porque reagem com o composto a ser extraído da solução facilitando a separação.

10- Defina Ka e pKa.


Ka é a constante de acidez, que define a força do ácido conforme o valor for maior,
porém como os valores eram muito grandes, aplicou-se o “-log” (p) no Ka para
diminuir esse valor e, consequentemente, a força do ácido passou a subir conforme
menor o resultado.

5 – BIBLIOGRAFIA

RODRIGUES, João. MISCÍVEL OU IMISCÍVEL? | LABORATÓRIO ONLINE, 3 de


dezembro de 2015. Disponível em:
https://www.fciencias.com/2015/12/03/miscivel-ou-imiscivel-laboratorio-online/
Acesso em: 15 de março de 2023.

INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE


(Brasil). Solubilidade. Santa Catarina: Equipe INBRAEP, 10 de outubro de 2022.
Disponível em: https://inbraep.com.br/publicacoes/solubilidade/.
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Acesso em: 15 de março de 2023.

MARTINS, Cláudia Rocha & LOPES, Wilson Araújo. Solubilidade das substâncias
orgânicas, 2013. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/qn/a/9q5g6jWWTM987mDqVFjnSDp/?lang=pt#:~:text=A%20
solubilidade%20de%20%C3%A1 Locois%20 em,vez%20mais%2C%20 como%20um%20
hidrocarboneto.
Acesso em: 15 de março de 2023.

SILVEIRA, Ana Júlia, 2014 “Acidez e Basicidade dos Compostos Orgânicos”, Cap.
4, pp.101.
https://anajuliaueap.files.wordpress.com/2014/07/cap-4-acidez-e-basicidade-dos-comp-or
g.pdf

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