As Quatro Práticas de Ensino de LP
As Quatro Práticas de Ensino de LP
As Quatro Práticas de Ensino de LP
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KLEIN, L. R. Considerações Sobre a Unidade Teoria-Prática. Prática Educativa da Língua
Portuguesa. Curitiba: UFPR, 2008.
PRÁTICA DE ENSINO I
Curso de Letras/Campus de Aquidauana/UFMS/2023.1
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Profa. Cristiane Schmidt
apoiar-se na teoria e, desse modo, evitar problemas que já foram resolvidos por outro
sujeito.
Alertemo-nos, entretanto, que as condições práticas nem sempre são as
mesmas, sofrem variações e, às vezes, transformações profundas. Daí porque as
formulações teóricas precisem, no primeiro caso, sofrer adaptações em relação a
determinadas situações concretas. Essas formulações oferecem orientações gerais
que nos auxiliam no enfrentamento prático das situações cotidianas, mas não é um
manual, com regras rígidas, fechadas e que se aplicam igualmente a qualquer
contexto. No segundo caso, em face de transformações profundas, as formulações
teóricas devem ser reelaboradas à luz dos novos elementos e condições postos pela
nova configuração da realidade concreta.
Recomenda-se, pois, que a leitura dessas formulações sobre
encaminhamentos práticos não seja desconectada das teorizações sobre o objeto do
ensino da língua portuguesa e, também, que o professor esteja atento à necessidade
de adaptações em cada situação concreta. Uma importante preocupação do professor
é conhecer bem (teórica e praticamente) cada objeto do processo de ensino-
aprendizagem e dele extrair o objetivo e a orientação prática necessários à realização
exitosa desse.
O objetivo do ensino da língua é propiciar ao aluno, o domínio mais amplo e
rico da linguagem verbal, como um recurso fundamental de interação humana. Uma
vez que o uso da linguagem verbal se realiza na forma de discursos, cuja unidade
material denominamos de “texto”, tal objetivo implica promover a capacidade do
aluno em elaborar textos de qualidade – seja na modalidade oral, seja na escrita –
explorando ao máximo os recursos linguísticos para atingir seu intento
comunicacional em diferentes contextos.
Considerando que para a elaboração de um bom texto não basta identificar os
recursos linguísticos, é necessário entender como eles se articulam no interior do
texto, no processo de constituição de sentido. Somente no contexto do texto (em
duplo sentido, ou seja, no contexto interno ao texto e no contexto em que o texto é
produzido) é possível observar e compreender a função e as possibilidades de
emprego desses recursos.
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