Funções Da Linguagem

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ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA GOVERNADOR IVO SILVEIRA

ALUNO:
DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA DATA:
PROFESSOR: JOÃO PAULO VICENTE PRILLA TURMA:

TRABALHO AVALIATIVO: ELEMENTOS DO ATO COMUNICATIVO E FUNÇÕES DA LINGUAGEM

Questão 1. Analise o fragmento abaixo extraído da obra A hora da estrela, de Clarice Lispector:
Ele: – Pois é. O diálogo estabelecido entre os dois personagens revela
qual função da linguagem?
Ela: – Pois é o quê?

Ele: – Eu só disse pois é! a) Expressiva

Ela: – Mas “pois é” o quê? b) Fática

Ele: – Melhor mudar de conversa porque você não me entende. c) Metalinguística

Ela: – Entender o quê? d) Conativa


Ele: – Santa Virgem, Macabéa, vamos mudar de assunto e já! e) Referencial

Questão 2.

O exercício da crônica
Escrever crônica é uma arte ingrata. Eu digo prosa fiada, como faz um cronista; não a prosa de um ficcionista, na
qual este é levado meio a tapas pelas personagens e situações que, azar dele, criou porque quis. Com um
prosador do cotidiano, a coisa fia mais fino. Senta-se ele diante de uma máquina, olha através da janela e busca
fundo em sua imaginação um assunto qualquer, de preferência colhido no noticiário matutino, ou da véspera, em
que, com suas artimanhas peculiares, possa injetar um sangue novo. Se nada houver, restar-lhe o recurso de olhar
em torno e esperar que, através de um processo associativo, surja-lhe de repente a crônica, provinda dos fatos e
feitos de sua vida emocionalmente despertados pela concentração. Ou então, em última instância, recorrer ao assunto
da falta de assunto, já bastante gasto, mas do qual, no ato de escrever, pode surgir o inesperado.
MORAES, V. Para viver um grande amor: crônicas e poemas. São Paulo: Cia das Letras, 1991.

Predomina nesse texto a função da linguagem que se constitui:


a) nas diferenças entre o cronista e o ficcionista.

b) nos elementos que servem de inspiração ao cronista.

c) nos assuntos que podem ser tratados em uma crônica.


d) no papel da vida do cronista no processo de escrita da crônica.

e) nas dificuldades de se escrever uma crônica por meio de uma crônica.

Questão 3.

O bumerangue é geralmente considerado o primeiro aparato voador feito pelo homem. A Austrália é conhecida por ser
o “país do bumerangue”, mas este objeto de arremesso foi encontrado antes em outras partes do mundo, como na
Europa e no Antigo Egito. O exemplar mais antigo que conhecemos foi descoberto na Polônia, esculpido a partir da
presa de um mamute. Há dois tipos de bumerangues, e a física explica por que alguns deles voam de volta para você.
Disponível em: http://gizmodo.uol.com.br/como-funcionam-os-bumerangues/

O texto acima está centrado em qual elemento do ato comunicativo?

a) Contexto b) Mensagem c) Canal d) Receptor e) Código


Questão 4.
Desabafo
Desculpem-me, mas não dá pra fazer uma cronicazinha divertida hoje. Simplesmente não dá. Não tem como disfarçar: esta é uma
típica manhã de segunda-feira. A começar pela luz acesa da sala que esqueci ontem à noite. Seis recados para serem respondidos
na secretária eletrônica. Recados chatos. Contas para pagar que venceram ontem. Estou nervoso. Estou zangado.
CARNEIRO, J. E. Veja, 11 set. 2002 (fragmento).
Nos textos em geral, é comum a manifestação simultânea de várias funções da linguagem, com o predomínio, entretanto,
de uma sobre as outras. No fragmento da crônica Desabafo, a função da linguagem predominante é a emotiva ou
expressiva, pois:
a) o discurso do enunciador tem como foco o próprio código.
b) a atitude do enunciador se sobrepõe àquilo que está sendo dito.
c) o interlocutor é o foco do enunciador na construção da mensagem.
d) o referente é o elemento que se sobressai em detrimento dos demais.
e) o enunciador tem como objetivo principal a manutenção da comunicação.

Questão 5.
Embalagens usadas e resíduos devem ser descartados adequadamente
Todos os meses são recolhidas das rodovias brasileiras centenas de milhares de toneladas de lixo. Só nos 22,9 mil quilômetros das
rodovias paulistas são 41,5 mil toneladas. O hábito de descartar embalagens, garrafas, papéis e bitucas de cigarro pelas rodovias
persiste e tem aumentado nos últimos anos. O problema é que o lixo acumulado na rodovia, além de prejudicar o meio ambiente,
pode impedir o escoamento da água, contribuir para as enchentes, provocar incêndios, atrapalhar o trânsito e até causar acidentes.
Além dos perigos que o lixo representa para os motoristas, o material descartado poderia ser devolvido para a cadeia produtiva. Ou
seja, o papel que está sobrando nas rodovias poderia ter melhor destino. Isso também vale para os plásticos inservíveis, que
poderiam se transformar em sacos de lixo, baldes, cabides e até acessórios para os carros.
Disponível em: www.girodasestradas.com.br.
Os gêneros textuais correspondem a certos padrões de composição de texto, determinados pelo contexto em que são
produzidos, pelo público a que eles se destinam. Pela leitura do texto apresentado, reconhece-se que sua função é:
a) apresentar dados estatísticos sobre a reciclagem no país.
b) alertar sobre os riscos da falta de sustentabilidade do mercado de recicláveis.
c) divulgar a quantidade de produtos reciclados retirados das rodovias brasileiras.
d) revelar os altos índices de acidentes nas rodovias brasileiras poluídas nos últimos anos.
e) conscientizar sobre a necessidade de preservação ambiental e de segurança nas rodovias.

Questão 6.
Nova Poética

Vou lançar a teoria do poeta sórdido.


Poeta sórdido:
Aquele em cuja poesia há a marca suja da vida.
Vai um sujeito,
Saí um sujeito de casa com a roupa de brim branco
[muito bem engomada, e na primeira esquina passa um
[caminhão, salpica-lhe o paletó ou a calça de uma nódoa de lama:
É a vida
O poema deve ser como a nódoa no brim:
Fazer o leitor satisfeito de si dar o desespero [...]
Manuel Bandeira
As funções de linguagem predominante no texto acima são:
a) Poética e metalinguística. c) Referencial e emotiva.
b) Conativa e referencial. d) Metalinguística e conativa. e) Emotiva e referencial.

Questão 7. As funções de linguagem predominantes no texto contido na questão anterior se justificam pelos seguintes
fatores:
a) sentimentalismo e informatividade. d) interpelação ao leitor e informatividade.
b) metadiscursividade e interpelação ao leitor. e) criatividade linguística e metadiscursividade.
c) informatividade e sentimentalismo.
Questão 8.
Canção do vento e da minha vida

[...]
O vento varria as folhas, O vento varria os sonhos O vento varria os meses
O vento varria os frutos, E varria as amizades... E varria os teus sorrisos...
O vento varria as flores... O vento varria as mulheres... O vento varria tudo!
E a minha vida ficava E a minha vida ficava E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia Cada vez mais cheia Cada vez mais cheia
De frutos, de flores, de folhas. De afetos e de mulheres. De tudo.

BANDEIRA, M. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1967.

Predomina no texto a função da linguagem:


a) fática, porque o autor procura testar o canal de comunicação.
b) metalinguística, porque há explicação do significado das expressões.
c) conativa, uma vez que o leitor é provocado a participar de uma ação.
d) referencial, já que são apresentadas informações sobre acontecimentos e fatos reais.
e) poética, pois chama-se a atenção para a elaboração especial e artística da estrutura do texto.

Questão 9.
Os objetivos que motivam os seres humanos a
estabelecer comunicação determinam, em uma situação
de interlocução, o predomínio de uma ou de outra função
de linguagem. Nesse texto, predomina a função que se
caracteriza por:
a) enfatizar a percepção subjetiva do autor, que projeta
para sua obra seus sonhos e histórias.
b) tentar persuadir o leitor acerca da necessidade de se
tomarem certas medidas para a elaboração de um
livro.
c) fazer um exercício de reflexão a respeito dos
princípios que estruturam a forma e o conteúdo de um
livro.
d) apontar para o estabelecimento de interlocução de
modo superficial e automático, entre o leitor e o livro.
e) retratar as etapas do processo de produção de um
livro, as quais antecedem o contato entre leitor e obra.

XAVIER, C. Disponível em: www.releituras.com

Questão 10. Assinale a alternativa que contenha a sequência correta sobre as funções da linguagem, importantes
elementos da comunicação:
1. Ênfase no emissor (lª pessoa) e na expressão direta de suas emoções e atitudes.
2. Evidencia o assunto, o objeto, os fatos, os juízos. É a linguagem da comunicação.
3. Busca mobilizar a atenção do receptor, produzindo um apelo ou uma ordem.
4. Ênfase no canal para checar sua recepção ou para manter a conexão entre os falantes.
5. Visa à tradução do código ou à elaboração do discurso, seja ele linguístico ou extralinguístico.
6. Voltada para o processo de estruturação da mensagem e para seus próprios constituintes, tendo em vista produzir
um efeito estético.
( ) função metalinguística.
( ) função poética. a) 1, 2, 4, 3, 6, 5.
( ) função referencial. b) 5, 2, 6, 4, 3, 1.
( ) função fática. c) 5, 6, 2, 4, 3, 1.
( ) função conativa. d) 6, 5, 2, 4, 3, 1.
( ) função emotiva. e) 3, 5, 2, 4, 6, 1.
Questão 11.
14 coisas que você não deve jogar na privada

Nem no ralo. Elas poluem rios, lagos e mares, o que contamina o ambiente e os animais. Também deixa mais difícil obter a
água que nós mesmos usaremos. Alguns produtos podem causar entupimentos:
• cotonete e fio dental; • ponta de cigarro; • tinta que não seja à base de água;
• medicamento e preservativo; • poeira de varrição de casa; • querosene, gasolina, solvente, tíner.
• óleo de cozinha; • fio de cabelo e pelo de animais;

Jogue esses produtos no lixo comum. Alguns deles, como óleo de cozinha, medicamento e tinta, podem ser levados a pontos
de coleta especiais, que darão destinação final adequada.
MORGADO, M.; EMASA. Manual de etiqueta. Planeta Sustentável, jul.-ago. 2013.

O texto tem objetivo educativo. Nesse sentido, além do foco no interlocutor, que caracteriza a função conativa da linguagem,
predomina também nele a função referencial, que busca:
a) despertar no leitor sentimentos de amor pela natureza, induzindo-o a ter atitudes responsáveis que beneficiarão a
sustentabilidade do planeta.
b) informar o leitor sobre as consequências da destinação inadequada do lixo, orientando-o sobre como fazer o correto
descarte de alguns dejetos.
c) transmitir uma mensagem de caráter subjetivo, mostrando exemplos de atitudes sustentáveis do autor do texto em relação
ao planeta.
d) estabelecer uma comunicação com o leitor, procurando certificar-se de que a mensagem sobre ações de
sustentabilidade está sendo compreendida.
e) explorar o uso da linguagem, conceituando detalhadamente os termos usados de forma a
proporcionar melhor compreensão do texto.

Questão 12. Leia o texto e assinale a alternativa correta:

A um passarinho Se foi por um verso Nem venho de Assis


Não sou mais poeta Deixe-te de histórias
Para que vieste Ando tão feliz! Some-te daqui.
Na minha janela Se é para uma prosa
Meter o nariz? Não sou Anchieta (Vinícius de Moraes)

Quanto à análise do texto A um passarinho, pode-se afirmar que:


a) A facilidade com que se pode reconstruir o fato narrado e as informações precisas veiculadas pelo texto provam a não
existência de elementos ficcionais; a função de linguagem predominante é a referencial.
b) No quinto verso, o próprio autor esclarece que seu texto não tem caráter poético, o que lhe confere a função metalinguística
da linguagem.
c) Apesar de escrito em versos, o texto acima não é literário, porque, nos dois últimos versos, o autor diz claramente não
querer contar histórias, neles, ocorre a função apelativa ou conativa, própria da linguagem de propaganda.
d) Embora haja referência a dados concretos da realidade circundante, o texto é literário, uma vez que, a par de exemplos
de função emotiva e conativa, a criatividade linguística dá o tom do texto e confere a função poética como predominante.
e) No sétimo verso, o próprio autor esclarece que seu texto não está escrito em prosa; é, portanto, um texto não literário.

QUESTÃO 13. Leia o texto abaixo:

Projeto de Prefácio

Sábias agudezas… refinamentos… Um poema não é também quando paras no fim,


- não! porque um verdadeiro poema continua sempre…
Nada disso encontrarás aqui. Um poema que não te ajude a viver e não saiba preparar-te
Um poema não é para te distraíres para a morte
como com essas imagens mutantes de caleidoscópios. não tem sentido: é um pobre chocalho de palavras.
Um poema não é quando te deténs para apreciar um detalhe (Mario Quintana)

Constatamos, no texto acima, a ocorrência de três funções da linguagem. São elas:


a) Expressiva / Metalinguística / Poética d) Apelativa / Poética / Metalinguística
b) Referencial / Poética / Emotiva e) Emotiva / Expressiva / Fática
c) Fática / Conativa / Poética

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