Aula10 ProgramasAtencaoSaude AdministracaoVacinas

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 27

Administração de vacinas e

montagem da caixa de vacinas


Disciplina: Programas de Atenção à
Saúde
Conteúdos:
● Administração de vacinas;
● Montagem da caixa de vacinas.

Objetivo(s):
Conhecer vias de administração de vacinas, particularidades
de cada insumo, como armazenamento, dose, contra
indicações e acondicionamento na caixa de vacina.
Calendários de vacinação
De acordo com o Ministério da Saúde e com o
Programa Nacional de Imunização (PNI), os
quatro principais calendários vacinais são:

● da criança e adolescente;
● da gestante;
● do adulto e do idoso;
● do indígena.
Calendários de vacinação
Algumas da vacinas são comuns aos quatro
calendários, mudando apenas as doses e o local
e intervalo de administração.
Vias de administração vacinal
As aplicações da vacina podem ser:

● oral;
● intramuscular (IM):
o ventroglúteo;
o dorsoglúteo;
o vasto lateral da coxa;
o deltóide.
● intradérmica (ID);
● subcutânea (SC).
Calendário das principais vacinas em
crianças e adolescentes
BCG:
● bacilo de Calmette e Guérin;
● 0,1 intradérmica - deltóide (13 x 3,8);
● contra formas graves de tuberculose
(meníngea e miliar);
● apenas em neonatos com menos de 2 kg;
● preferencialmente até 12 horas pós-parto;
● rotina: até 4 anos 11 meses e 29 dias;
● dose única.
Calendário das principais vacinas
em crianças e adolescentes
Hepatite B (recombinante):

● preferencialmente nas primeiras 12 horas


pós-parto ou em até 30 dias;
● pode ser administrada simultaneamente com
outras vacinas;
● 0,5 intramuscular - vasto lateral da coxa (agulhas:
20 x 5,5; 25 x 6; 25 x 7);
● em frascos multidose, furar a tampa em locais
diferentes para evitar o centro.
Calendário das principais vacinas
em crianças e adolescentes
Pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, hepatite
b, Haemophilus influenzae b):
● junção da DTP com a HIB e a HEP B;
● três doses, aos 2, 4, 6 meses de vida;
● dois reforços com DTP: 15 meses e 4 anos;
● 0,5 ml intramuscular (agulhas: 20 x 5,5; 25 x 6; 25 x
7):
● menor que 2 anos de idade: vasto lateral da
coxa;
● maior que 2 anos de idade: deltóide;
● evitar região glútea.
Calendário das principais vacinas em
crianças e adolescentes
Pneumo 10:

● frasco unidose;
● dez sorotipos de Streptococcus pneumoniae;
● duas doses: 2 e 4 meses;
● um reforço: entre 12 e 15 meses;
● 0.5 ml intramuscular e vasto lateral da coxa
(agulhas: 20 x 5,5 25 x 6 25 x 7).
Calendário das principais vacinas em
crianças e adolescentes
Rotavírus (VRH/VORH e G1P1):
● oral e com aplicador semelhante a uma
seringa;
● 1,5 ml aos 2 e 4 meses;
● gastroenterites causadas por rotavírus G1;
● proteção cruzada;
● contraindicação para:
○ imunodepressão;
○ invaginação intestinal ou malformação
congênita intestinal.
Calendário das principais vacinas
em crianças e adolescentes
Tetra viral (antiga SCR + varicela):

● sarampo, caxumba, rubéola e varicela;


● primeira dose aos 15 meses, desde que a criança
tenha recebido a primeira dose da tríplice viral;
● 0,5 ml subcutânea;
● deltóide (agulha: 13 x 4,5);
● não administrar junto à vacina da febre amarela;
● manter intervalo mínimo de 30 dias.
Calendário das principais vacinas em
crianças e adolescentes
Papiloma vírus humano (HPV):
● 6, 11, 16 e 18 sorotipos;
● duas doses: 6 meses de intervalo;
● meninas: dos 9 aos 14 anos;
● meninos: dos 11 aos 14 anos;
● 0,5 ml intramuscular;
● deltóide (agulhas: 20 x 5,5; 25 x 6; 25 x 7);
● não substitui a rotina de prevenção do colo de útero.
Calendário das principais vacinas
em crianças e adolescentes
Meningo (ACWY):
● meningite meningocócica ACWY;
● dose única;
● 11 aos 12 anos;
● 0,5 ml intramuscular;
● deltóide;
● agulha: 20 x 5,5; 25 x 6; 25 x 7; 30 x 7.
Calendário das principais vacinas em
crianças e adolescentes
DTP acelular (DTPa):
● uma dose a partir de 20 semanas;
● até 45 dias pós-parto;
● uma dose a cada gestação;
● 0,5 ml intramuscular;
● deltóide, vastolateral da coxa, ventroglúteo,
dorsoglúteo;
● completar esquema de gestante já vacinada com DTP.
Calendário vacinal do adulto e
do idoso
Febre amarela:
● dose única;
● subcutânea;
● 0.5 ml deltóide;
● agulha 13 x 4,5;
● menores de cinco anos de idade: refazer se morar em
ou viajar para áreas endêmicas.
Calendário vacinal do adulto
e do idoso
Pneumo 23:
● meningite bacteriana, pneumonia;
● dose única;
● se necessário, cinco anos após primeira dose;
● dez dias antes do dia da viagem;
● a partir dos 60 anos.

Influenza:
● anualmente;
● uma dose;
● intramuscular deltóide.
Organização da caixa de vacina
● É importante que a equipe conheça a vida fria de
qualquer caixa térmica antes de usá-la para
acondicionamento das vacinas.
● É fundamental que a equipe realize testes das
mesmas situações em que as caixas serão utilizadas
(considerar a temperatura de exposição) para avaliar
o comportamento do equipamento.
● Caixas de um mesmo fabricante e modelo podem
apresentar variações deste comportamento.
Organização da caixa de vacina
Nos testes, deve ser verificada a quantidade de gelo
reciclável adequada a ser utilizada para cada caixa
térmica e o tempo em horas pelo qual a caixa consegue
manter a temperatura adequada.

Estes parâmetros podem variar muito conforme a


temperatura do ambiente, a espessura da parede da
caixa, o tipo de gelo reciclável etc.
Cuidados com a caixa de vacina
● sob nenhuma hipótese utilizar caixas danificadas ou com
paredes de espessura fina, já que estas não terão
resistência suficiente às atividades e não manterão a
temperatura adequada;
● verificar com frequência as condições da caixa, observando
se existem rachaduras e/ou furos;
● lavar com água e sabão neutro e secar cuidadosamente as
caixas após o uso, mantendo-as abertas até que estejam
completamente secas;
● guardá-las abertas e em local ventilado;
● durante as sessões de vacinação, deve-se manter uma caixa
para uso diário (abre e fecha) e outra caixa para estoque,
evitando exposições desnecessárias de todas as vacinas.
Montagem da caixa de vacina: bobinas
Para a escolha das bobinas:
● temperatura ambiente;
● tamanho e material de caixa térmica;
● vida fria da caixa;
● quantidade de vacinas;
● qualidade do material.

Não esquecer de deixar a bobina de 15 a 30 minutos em


temperatura ambiente.
Montagem da caixa de vacina: bobinas

Retire as bobinas de
1 gelo do congelador
(elas podem estar
entre -15º C a -20º C).
Montagem da caixa de vacina: bobinas

2 Coloque as bobinas de gelo congeladas sobre uma superfície


em temperatura ambiente, não sobrepostas, deixando um
espaço de cinco centímetros em torno de uma.

Coloque o bulbo de um termômetro digital embaixo de uma


das bobinas para monitorar a temperatura e certificar-se do
momento quando ela atingir 0º C.

Espere até que as bobinas de gelo comecem a “suas”, isto é,


acumular gotículas de condensação em sua parede e atingir
uma temperatura positiva. Isto pode demorar até uma hora
a 20º C. A bobina estará ambientalizada; assim, começará a
derreter o gelo e a água conseguirá ser observada na
bobina. Ao agitá-la, é possível perceber a movimentação da
lâmina d’água ou atingir uma temperatura positiva.
Montagem da caixa de vacina: bobinas

3 Dispor as bobinas de gelo já


ambientalizadas no fundo e nas
laterais da caixa térmica.
Vamos praticar?
Materiais Complementares

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Calendário de vacinação de adultos e idosos


2020. Disponível em:
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/calend
ario-nacional-de-vacinacao/calendario-vacinal-2020/calendario-de-
vacinacao-2020_adulto-e-idoso.pdf/view. Acesso em: 18 fev. 2022.
Referências Bibliográficas

SANTOS, Evelin P. Guia de boas práticas de imunização em áreas


remotas de difícil acesso. Sociedade Brasileira de Imunizações, [s.l.],
2017. Disponível em:
https://sbim.org.br/images/books/guia-imunizacao-areas-remotas.
pdf. Acesso em: 18 fev. 2022.

Você também pode gostar