Formulário 10
Formulário 10
Formulário 10
Edital:
Acadêmico(a): Hálex Severino Dias
Orientador(a): Luciana Claudia Toscano
Título do projeto: Ocorrência de lagartas nas espigas de diferentes híbridos de
milho
Curso de graduação: Agronomia
Unidade: Cassilândia
Área de conhecimento: Entomologia Agrícola
PALAVRAS-CHAVE:
4. INTRODUÇÃO
Segundo Pavão e Filho (2011), a cultura do milho teve nos últimos anos
um aumento na demanda por países asiáticos que vem buscando a utilização
deste cereal para a produção de etanol e também o consumo interno que
houve aumento considerável em decorrência do setor de carnes,
especificamente aves e suínos, além de ser importante também para a
alimentação humana.
A produção de milho no Brasil na safra 18/19 atingiu 94,5 milhões de
toneladas, uma alta de 15,2% em relação à safra 17/18 (82 milhões de
toneladas), perdendo posição apenas para os EUA e a China que alcançaram
366,3 e 257,3 milhões de toneladas respectivamente. Quanto ao consumo no
Brasil foi estimado em 66,5 milhões de toneladas em 18/19 tendo incremento
de 2 milhões (3,1%) de toneladas em relação ao ano de 17/18 (FIESP, 2019).
Segundo Cruz (1995) uma das mais importantes pragas é a lagarta-do-
cartucho, Spodoptera frugiperda (Smith) (Lepidoptera: Noctuidae) que ataca a
planta desde a sua emergência até a formação das espigas, ocasionando uma
perca de até 55,6% na produção dependendo do hibrido (CRUZ, 2008).
Embora essa lagarta seja importante na fase vegetativa, pois sua preferencia
alimentar são cartuchos de plantas jovens, podendo destruir completamente
plantas pequenas ocasionando até a morte (CRUZ, 1995; CRUZ, 2008), seus
danos também ocorrem na espiga, onde se alimenta do estilo-estigma (cabelo)
ocasionando má formação dos grãos, destruindo parte da palha, grãos leitosos,
sabugo, também se alimenta do gérmen do grão em fase de secagem natural e
tem a característica de perfurar do meio para a base as espigas mais novas
(PINTO; PARRA; OLIVEIRA, 2004)
Outra praga que destaca-se como praga da espiga é Helicoverpa zea
(Boddie, 1850), (Lepidoptera: Noctuidae) conhecida como lagarta da espiga,
pois é encontrada exclusivamente no ápice da espiga é a lagarta da espiga
(GASSEN, 1996). Segundo Carvalho (1980), constatou que os ataques da H.
zea causam danos de até 8,4%, com 2,0% de grãos podres, 2,1% de grãos
que foram comidos e 4,3% de falhas nos grãos. As lagartas dos dois primeiros
instares se alimentam principalmente dos ‘cabelos’ (estilo-estigmas), gerando
falhas nas espigas e impedindo a fertilização, já as lagartas dos últimos
instares vão em direção aos grãos leitosos, destruindo-os totalmente. Além dos
danos causados diretamente pela lagarta, a sua entrada acaba deixando uma
abertura na espiga que facilita a infestação de outras pragas (PINTO; PARRA;
OLIVEIRA, 2004)
Uma forma de manejar a cultura do milho com fins de diminuir as perca
na produção ocasionada pelas pragas é a utilização de plantas transgênicas Bt
quem tem características resistentes às lagartas (LARA, 1991).
A bactéria Bacilus thunringensis é altamente utilizada, devido a sua
habilidade de produzir proteínas toxicas denominados cristais proteicos, sendo
especificas principalmente para insetos da ordem dos Lepidoptera, Coleoptera
e Diptera, além de não afetar o homem, plantas e animais. Quando esses
cristais encontram se com o intestino médio do inseto sofrem ação do pH do
intestino e das proteases, solubilizando o cristal e ativando a toxina, ligando ao
receptor intestinal da larva criando canais de íons ou poros, ocasionando uma
quebra do equilíbrio osmótico da célula, em consequência a larva entra em
paralisia geral morrendo por inanição ou septicemia, porem não encontra
atividades dessa bactéria nas fases da pupa e adulta do inseto.(MONNERAT;
BRAVO, 2000)
5. OBJETIVOS
Objetivo geral
O objetivo consistiu em avaliar a ocorrência de lagartas nas espigas em
híbridos de milho com diferentes tecnologias (Bt e convencional).
Objetivos Específicos
Realizar a contagem das lagartas Spodoptera frugiperda e Helicoverpa
zea em diferentes híbridos e relacionando com as tecnologias;
Avaliar os danos ocasionados nas espigas pelas lagartas;
6. METODOLOGIA
Delineamento experimental
O delineamento experimental foi em blocos casualizados com 7 híbridos
de milho (tratamentos), sendo 6 transgênicos e 1 convencional e 4 repetições.
Os híbridos estudados foram: Uma cultivar convencional (P3898) e seis
transgênicos (30F53 VYH; DKB290 PRO3; B2401 PWU; ADV 9343 PRO3; FS
450 PW e P35665 PWU),
Análise destrutiva
A partir do estágio inicial de desenvolvimento das espigas quando as
plantas estavam nos estágios reprodutivos R2, R3, R4, foi coletada 1 espiga
por planta em 5 plantas por parcelas, totalizando 5 espigas por parcelas que
foram levadas para o laboratório. Posteriormente, essas espigas foram
despalhadas para a contagem do número de lagartas. Também foi realizada a
medição das lagartas, separando-as por grupos em 0,5 cm para lagartas
pequenas, 0,5 a 2,5 cm para lagartas medias e acima de 2,5 cm para lagartas
grandes, além da separação das espécies ocorrentes.
Por ocasião da colheita foi atribuída a escala de danos nas espigas
através de notas. Foi realizado uma adaptação de Windstrom (27), na qual a
nota zero corresponde à espiga sem nenhum dano; nota 1, a dano apenas nos
estilo-estigmas; nota 2, a dano até 1 cm abaixo da ponta e nota n+2 a dano
entre n e n +1 cm abaixo da ponta. Serão avaliadas apenas as linhas centrais
de cada parcela, colhendo-se no máximo dez espigas de cada parcela.
Produtividade de grãos
Foi feito a colheita manualmente de 5 plantas de duas linhas principais,
obtendo-se 3,6 m² de área útil de colheita. Após a debulha os grãos foram
pesados e calculados a produtividade em kg/ha corrigida a 13% de umidade.
Análise estatística
Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias
comparadas pelo teste de Scott-Knott, a 5% de probabilidade.
7. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Médias seguidas de letras iguais, na coluna, para cada variável, não diferem entre si
significativamente pelo teste pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade.
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CRUZ, I. Manejo de pragas da cultura do milho. In: CRUZ, J.C.; KARAM, D.;
MONTEIRO, M.A.R.; MAGALHAES, P.C. (Eds.). A cultura do milho. Sete
Lagoas: Embrapa Milho e Sorgo, 2008. p.315-316.
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Assinatura Bolsista Assinatura Orientador(a)