Mercantilism o
Mercantilism o
Mercantilism o
Disciplina: História
Numero: 54
Turma: 4
Trabalho Individual
Tema:
Mercantilismo e Fisiocratismo
Discente:
Miraldo Noémia Nhanala
Docente:
Yolanda
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2. Mercantilismo
É conhecido como um conjunto de ideias e práticas econômicas executadas pelos Estados
absolutistas europeus durante a Idade Moderna, posterior ao período do Feudalismo.
Essas práticas e ideias estavam baseadas: na intervenção do Estado na economia; no metalismo
(busca por metais preciosos); na balança comercial favorável; no incentivo à manufatura e no
protecionismo econômico.
O Mercantilismo é caracterizado por representar a intervenção do Estado sobre a economia,
criando uma série de processos protecionistas que garantiam o enriquecimento com base na
quantidade de capitais armazenados nos seus cofres. Quem saía ganhando com este sistema
econômico era exclusivamente a burguesia e a nobreza.
Na Europa (séculos XVI a XVIII), os reis foram levados a adotar uma série de medidas para
promover a prosperidade nacional e aumentar o poder do Estado. Esse conjunto de medidas
adotadas pelos diferentes governos para aumentar a riqueza e o poderio nacionais recebeu o
nome de Mercantilismo. Foi uma intervenção do Estado na economia e esteve presente em
diversos países europeus durante os séculos XVI a XVIII. O termo “Mercantilismo” foi criado
pelo economista e filósofo escocês Adam Smith, em 1776.
A política mercantilista está baseada na ideia de que a riqueza e desenvolvimento do país era
proporcional a quantidade de metais preciosos (ouro e prata, principalmente) que tinham em seu
poder. Quanto maior o acúmulo dessas riquezas, maior seria o prestígio e respeito que o país
teria entre as outras nações.
O Mercantilismo se intensificou a partir do século XV, com o início das grandes explorações
marítimas, principalmente por Espanha, França e Portugal, e entrou em declínio em meados do
século XVIII, com o surgimento de ideias liberais, onde as pessoas começavam a questionar a
interferência direta do Estado na economia.
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Princípios mercantilistas
Os princípios mercantilistas eram os seguintes:
Incentivos às manufaturas
O governo estimulava o desenvolvimento de manufaturas em seus territórios. Como o produto
manufaturado era mais caro do que as matérias-primas ou gêneros agrícolas, sua exportação era
certeza de bons lucros.
Protecionismo alfandegário
O governo de uma nação deve aplicar uma política protecionista sobre a sua economia,
favorecendo a exportação e desfavorecendo a importação, sobretudo mediante a imposição de
tarifas alfandegárias. Incentiva-se, portanto, a balança comercial positiva com outras nações.
Eram criados impostos e taxas para evitar ao máximo a entrada de produtos vindos do exterior.
Era uma forma de estimular a indústria e manufaturas nacionais e também evitar a saída de
moedas para outros países.
Balança comercial favorável
O esforço era para exportar mais do que importar, desta forma os ingressos de moeda seriam
superiores às saídas, deixando em boa situação financeira.
Soma zero
Acredita que o volume global do comércio mundial é inalterável. Os mercantilistas viam o
sistema econômico como um jogo de soma zero, no qual o lucro de uma das partes implica a
perda da outra.
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o Estado investia mais no aumento da produção e buscava mercados externos para a venda dos
seus produtos.
Monopólio:
Os governos interessados na acumulação de capital rápida determinaram monopólio sobre as
atividades mercantis e manufatureiras, na metrópole e nas colônias. A burguesia favorecida
comprava produtos por preços mais baixos do que os colonos produziam e vendiam pelo preço
mais alto tudo o que os colonos necessitavam. Sendo assim, a economia colonial funcionava
como um complemento da economia da metrópole.
Protecionismo:
Ocorria por meio de barreiras alfandegárias, que aumentavam as tarifas que, consequentemente,
aumentavam os preços dos produtos importados. E também por meio da proibição da exportação
de matérias-primas que favorecessem o crescimento industrial de países concorrentes.
Metalismo:
Os mercantilistas defendiam a ideia de que a riqueza de uma nação era medida pela quantidade
de ouro, prata e metais preciosos que possuíam.
Preciosismo:
A maioria das nações mercantilistas “entesourava” o seu ouro. Isso significa que eles não
investiram o ouro como moeda, para gerar mais riqueza. Na realidade, a maior parte desse metal
era fundido e modelado para enfeitar palácios. Por isso, vemos arquiteturas dessa época tão
cheias de folhas de ouro.
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2.3. Tipos de Mercantilismo
Espanha: metalismo ou bulionismo
O bulionismo ou metalismo é caracterizado pela quantidade de riqueza obtida através de metais
ou materiais preciosos. Tornou-se a forma mais tradicional e antiga do mercantilismo. Os
praticantes dessa teoria foram os espanhóis que possuíam colônias produtoras de metais na
América, e isso lhes condicionava a importação de produtos manufaturados, e até mesmo os
alimentícios, em oposição à exportação de metais.
Essa prática quase abalou com as atividades agrícolas e manufatureiras espanholas, e, além disso,
a Europa também sofreu com a subida dos preços – fato que ficou conhecido como a Revolução
dos Preços (1540-1640) – devido a ampliação do meio circulante na Europa.
Como os espanhóis tinham um grande acúmulo de moedas e metais preciosos em seu país e o
consumo europeu era muito grande, os demais países da Europa se adaptaram para tirar proveito
dessa situação.
Em 1651 foi promulgado o Ato de Navegação na Inglaterra, o qual estabelecia que o comércio
de mercadorias européias fosse realizado por navios ingleses ou por seus próprios países. Isso
garantia a posição inglesa no comércio mundial, estimulando o capitalismo inglês, e
privilegiando a indústria naval e a burguesia mercantil.
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3. Fisiocratismo
A Fisiocracia, também conhecido como o Fisiocratismo, é um sistema econômico típico do
século XVIII, que foi realçado pelo atributo exclusivamente à natureza a origem da riqueza,
Considerando que a agricultura a principal atividade econômica e produzindo o mesmo.
A palavra Fisiocracia vem em etimologia do grego. Consiste em "physis", que significa natureza
e "kracia" governo.
A fisiocracia, considerada a primeira escola da economia científica, antes até mesmo da teoria
clássica de Adam Smith, é uma teoria econômica que surgiu para se opor ao mercantilismo, se
apresentando como fruto de uma reação iluminista. Em síntese, a fisiocracia se baseia na
afirmação de que toda a riqueza era proveniente da terra, da agricultura.
Para os fisiocratas, a agricultura era o verdadeiro e único modo de gerar riquezas pelo fato de que
a mesma proporciona grandes lucros e exige poucos investimentos, por isso deveria ser
valorizada, contrariando assim, o pensamento mercantilista da acumulação de metais. Segundo a
teoria, como a agricultura era a única fonte de riquezas, deveria haver um único imposto, pago
pelos proprietários de terra, livrando o restante da sociedade de grandes quantidades de tributos.
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3.2. Principais defensores do Fisiocratismo:
Adam Smith (filósofo e economista escocês);
François Quesnay (economista francês);
Jacques Turgot (político e economista francês);
Pierre Samuel du Pont de Nemours (empresário e economista francês);
Vicente de Gournay (economista e filósofo francês).
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4. Conclusão
O mercantilismo se baseou em princípios protecionistas ao privilegiar a balança comercial
favorável, ou seja, maior número de exportações em detrimento das importações. Assim, os
produtos internos eram mais valorizados em relação aos produtos estrangeiros.
Nesse sentido, é incorreto afirmar que o mercantilismo foi um sistema econômico, uma vez que
não consistiu em um modo de produção, como o feudalismo e o capitalismo. As ideias
mercantilistas também alimentaram os períodos de conflito armado nos séculos XVII e XVIII.
O mercantilismo contribuiu também para o desenvolvimento do imperialismo, pois todas as
nações tratavam de apoderar-se de territórios para ficar com matérias-primas. O mercantilismo se
baseou fortemente na exploração colonial e no comércio marítimo.
Também visava garantir o enriquecimento do reino e contribuir para o fortalecimento do
monarca e tinha características como a busca por uma balança comercial favorável, o metalismo,
o protecionismo, a intervenção do Estado na economia e o incentivo às manufaturas.
A fisiocracia é uma teoria econômica que defende que a riqueza dos países é derivada
unicamente do desenvolvimento e valor de terras agrícolas. Por isso, a agricultura é o único
modo verdadeiro de gerar riqueza
Os fisiocratas também defendiam a teoria do excedente, produzindo riquezas acima da demanda.
Esse ponto está entre as principais críticas à Escola Fisiocrata que, segundo Marx, explora o
trabalhador assalariado para obter renda, a chamada mais-valia
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5. Referências Bibliográficas
SILVA, Daniel Neves. "O que é mercantilismo?"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/historia/o-que-e-mercantilismo.htm. Acesso em 05
de abril de 2023.
HIGA, Carlos César. "Mercantilismo"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/mercantilismo.htm. Acesso em 05 de abril de
2023.
COSTA, Keilla Renata. "Fisiocracia"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/economia/fisiocracia.htm. Acesso em 05 de abril de 2023.
SANDRONI, Paulo. Novíssimo Dicionário de Economia. São Paulo: Editora Best Seller,
1999.
SOWELL, Thomas. Um Guia de Economia Voltado ao Senso Comum. Rio de Janeiro:
Alta Books, 2018.