Direito Administrativo: Responsabilidade Civil Do Estado
Direito Administrativo: Responsabilidade Civil Do Estado
Direito Administrativo: Responsabilidade Civil Do Estado
ADMINISTRATIVO
Responsabilidade Civil do Estado
Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes
Todo o material desta apostila (incluídos textos e imagens) está protegido por direitos autorais
do Gran Cursos Online. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer
outra forma de uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o
transgressor às penalidades previstas civil e criminalmente.
CÓDIGO:
230303515263
DIOGO SURDI
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Responsabilidade Civil Do Estado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1. Conceito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2. Evolução das Teorias de Responsabilização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.1. Teoria da Irresponsabilidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.2. Teoria da Culpa Civil (ou Culpa Comum). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.3. Teoria da Culpa Administrativa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.4. Teoria do Risco Administrativo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.5. Teoria do Risco Integral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.6. Teoria do Risco Social. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
3. Responsabilidade Decorrente de Ação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
3.1. Ação de Indenização e Ação Regressiva. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
3.2. Denunciação à Lide e Litisconsórcio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 3 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
APRESENTAÇÃO
Olá, pessoal, tudo bem? Espero que sim!
Na aula de hoje, estudaremos a Responsabilidade Civil do Estado, assunto repleto de
entendimentos jurisprudenciais do STF e do STJ.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 4 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
1. CONCEITO
CONCEITO
O Estado, como pessoa jurídica de direito público, possui como principal atividade
assegurar a integridade e o bem estar da coletividade. Para que isso ocorra, o Poder
Público, por meio dos diversos órgãos e entidades que compõem a administração pública,
faz uso do exercício dos agentes públicos.
Assim, é por meio dos agentes públicos que o Estado consegue realizar ações concretas para
alcançar os seus objetivos. Caso tais ações resultem em danos aos particulares, nada mais justo do
que a responsabilização do Estado e a obrigação deste em indenizar aqueles que forem lesados.
A atuação dos agentes públicos, por sua vez, pode dar ensejo a três diferentes esferas de
responsabilização, sendo elas a penal (para os crimes e contravenções), a administrativa (para as
infrações disciplinares) e a civil (para as situações que acarretem danos patrimoniais ou morais).
Importante salientar que tais esferas são independentes entre si e podem ser aplicadas,
via de regra, de forma cumulativa.
EXEMPLO
Caso um servidor público utilize, mediante chantagem e extorsão, o veículo da repartição
em que trabalha para atividades particulares e, durante o trajeto, avance o sinal vermelho e
colida com um veículo particular, teremos a responsabilização nas três esferas.
Neste caso, além de ser responsabilizado administrativamente pelo ato de improbidade
administrativa e penalmente por ter praticado crime de extorsão, responderá o servidor
civilmente pelos prejuízos que tenha causado a terceiros.
Na hipótese, a responsabilidade civil será do Estado, que terá a obrigação de indenizar os
particulares pelos prejuízos causados pela ação do servidor.
Cumpre salientar que o conceito de agente público, para efeito de responsabilização, é
bastante amplo, abrangendo inclusive aqueles que exercem suas atribuições em caráter
temporário ou sem o recebimento de remuneração.
DICA
A principal finalidade do Poder Público é garantir o bem
estar da coletividade.
Para alcançar este bem estar, o Estado promove uma série
de ações. Como o Estado é uma pessoa jurídica, suas ações
são executadas pelos agentes públicos.
Em caso de dano decorrente das ações de tais agentes, é
o Estado quem deve ser responsabilizado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 5 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
EXEMPLO
Carlos, agente público de saúde, está levando uma paciente para consultar no hospital regional.
Por imprudência, adentra com o veículo da repartição na contramão, situação que acaba por
ocasionar um acidente com outro veículo que trafegava normalmente.
Houve dano?
Houve alteridade?
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 6 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
Considerando que o prejuízo foi praticado por outra pessoa que não o particular e que não
houve culpa exclusiva desta (que transitava legalmente com seu veículo), podemos afirmar
que tal requisito também está preenchido.
Logo, uma vez que os quatro requisitos estão preenchidos, estamos diante da responsabilidade
civil do Estado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 7 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
se preocupava apenas com as necessidades básicas da população, nos dias atuais é dever
da administração pública assegurar o bem estar de toda a coletividade, dando ensejo ao
surgimento do “Estado do bem estar social”.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 8 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
EXEMPLO
João e sua família estão viajando de férias à bordo de seu veículo. Um pedestre que ali se
encontra, por imprudência, joga um objeto na pista, de forma que João não consegue desviar
e acaba tendo que passar, com seu veículo, por cima do mesmo.
Como resultado, temos que o automóvel de João é danificado, resultando, além dos danos
materiais, em danos morais decorrentes da impossibilidade de concluir a viagem.
Houve dano?
Sim, pois o automóvel de João foi danificado e a viagem de férias teve que ser cancelada.
Houve culpa?
Sim, uma vez que o pedestre agiu com imprudência ao jogar o objeto na pista.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 9 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
Certamente, pois o dano apenas ocorreu em virtude do ato praticado pelo pedestre.
Logo, deverá o particular ser indenizado com base na teoria da culpa comum.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 10 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
EXEMPLO
No bairro onde Alcides mora, as ruas constantemente são inundadas em virtude de problemas
no encanamento das vias públicas. Alcides, preocupado com a situação, reúne os moradores
do bairro e protocola, junto à prefeitura de sua cidade, um pedido para que o Poder Público
resolva a situação.
Seis meses depois, a cidade onde Alcides reside é atingida por fortes chuvas, de forma que
sua casa é inundada e o mesmo perde uma série de móveis que guarneciam sua residência.
Houve dano?
Sim, pois Alcides perdeu bens móveis que até então eram de sua propriedade. Além disso, alguns
destes bens podem ter um valor sentimental inestimável, o que daria ensejo à configuração,
também, de dano moral.
Certamente. Ainda que a prefeitura alegue que as chuvas são eventos da natureza alheios
ao Poder Público, o fato de Alcides e os demais moradores terem protocolado pedido de
solução para o problema (que residia no encanamento público), configura omissão/falha na
obrigação do Estado de garantir a integridade da coletividade.
Sim, pois os danos sofridos por Alcides apenas ocorreram em virtude da omissão/falha do
Poder Público.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 11 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
Assim, podemos afirmar que todas as condutas dos agentes públicos causadoras de
danos, sejam elas lícitas ou ilícitas, dão ensejo à responsabilização estatal.
Atualmente, esta teoria é aplicada para a responsabilização do Estado nos casos
decorrentes de ação dos agentes públicos e para as situações em que o Poder Público
estiver na situação de “garante”, ou seja, com a obrigação de manter a integridade das
pessoas sob sua custódia.
Para que a teoria do risco administrativo esteja configurada, os seguintes elementos
são necessários:
EXEMPLO
Carlos, servidor público, está desempenhando regularmente suas atividades na repartição. A
função de Carlos é a de arquivar e desarquivar processos. Certo dia, atendendo ao pedido de
um advogado (que solicitara a carga dos autos de um processo), Carlos dirigiu-se ao arquivo da
repartição. Ao retornar com o processo em mãos, no entanto, tropeçou e acabou derrubando
todos os volumes em cima do advogado, que, com a queda, teve ferimentos leves.
Houve dano?
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 12 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
EXEMPLO
Em um presídio regional, diversos presos, em protesto às péssimas condições de manutenção,
organizam uma rebelião que tem como resultado a morte de cinquenta detentos.
Nesta situação, notem que houve uma omissão do Poder Público. No entanto, ao contrário do
que ocorre na teoria da culpa administrativa, aqui o Estado está na situação de garante, ou
seja, obrigado a garantir a integridade de todas as pessoas que estejam sob a sua custódia.
E isso vale não só para os presídios públicos, como também para as escolas públicas, hospitais
públicos e todas as demais repartições em que for obrigação do Estado primar pela segurança
das pessoas sob a sua guarda.
Nestas situações, ainda que ocorra a omissão do Estado, a responsabilização deverá ocorrer
com base na teoria do risco administrativo, ou seja, sem a necessidade de comprovação de
omissão ou falha na atuação da administração pública.
Importante salientar que, quando estivermos diante de uma conduta lícita do Poder
Público, a responsabilização ocorrerá sempre que o dano ao particular for anormal, específico
ou extraordinário.
No entanto, seria altamente perigoso se esta teoria não admitisse excludentes de
responsabilização. Se assim o fosse, o Estado seria obrigado a indenizar todos os danos
envolvendo ações do Poder Público, mesmo que o agente estatal não tivesse sido o culpado
pelo respectivo dano.
Para evitar que isso ocorra, a doutrina admite que sejam analisados os excludentes de
responsabilidade, que podem ser de caráter total ou parcial.
No primeiro caso, estamos diante de uma situação em que o particular foi o único culpado
pelos danos causados, gerando, como consequência, a exclusão da responsabilização do
Poder Público.
Na segunda situação, ambas as partes foram culpadas pelo dano, motivo que faz com
que a responsabilização do Estado seja atenuada.
EXEMPLO
Um servidor público está dirigindo o veículo oficial. Um particular, embriagado, atravessa na
contramão e colide com o veículo estatal, causando danos aos dois veículos.
Aplicando o excludente total, temos que a administração não está obrigada a indenizar os
danos causados, que devem ser, em sua totalidade, responsabilizados pelo particular.
Agora imaginemos que este servidor estivesse dirigindo o veículo público quando, por
imprudência, guiou o mesmo para a contramão. No entanto, não percebe o servidor que um
veículo particular, que estava vindo em sentido contrário, também estava na contramão.
Quando ambos os carros tentam retornar para a pista correta, há uma colisão entre eles,
exatamente em cima da faixa que divide as duas pistas.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 13 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
Neste caso, percebam que os dois veículos estavam errados quando houve a colisão, de forma
que não seria justo a administração ser responsabilizada por todo o dano causado. Da mesma
forma, não seria correto responsabilizar apenas o particular.
Assim, aplicando o excludente parcial de responsabilidade, temos que a administração apenas
arcará com a indenização proporcionalmente aos danos causados.
JURISPRUDÊNCIA
Resp. 1266517. A Administração Pública pode responder civilmente pelos danos
causados por seus agentes, ainda que estes estejam amparados por causa excludente
de ilicitude penal.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 14 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 15 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
acima, quando expostas, podem ter como resposta que a teoria que as fundamenta é a
do risco integral.
Assim, ainda que pareça estarmos diante de uma contradição, temos que analisar as
questões caso a caso, resolvendo-as da seguinte forma:
Em tempos atuais, tem-se desenvolvido a teoria do risco social, segundo a qual o foco da
responsabilidade civil é a vítima, e não o autor do dano, de modo que a reparação estaria a cargo
de toda a coletividade, dando ensejo ao que se denomina de socialização dos riscos - sempre
com o intuito de que o lesado não deixe de merecer a justa reparação pelo dano sofrido.
A teoria do risco social veio à tona com a realização da Copa do Mundo de 2014. Com a
publicação da Lei Geral da Copa (Lei 12.663/2012), o artigo 23 da norma foi objeto de ADI
junto ao STF. Vejamos o teor do artigo em questão:
Art. 23, A União assumirá os efeitos da responsabilidade civil perante a FIFA, seus representantes
legais, empregados ou consultores por todo e qualquer dano resultante ou que tenha surgido
em função de qualquer incidente ou acidente de segurança relacionado aos eventos, exceto se
e na medida em que a FIFA ou a vítima houver concorrido para a ocorrência do dano.
O motivo da ADI foi que a norma regulamentadora da Copa do Mundo apresentava uma
situação que confrontava com a teoria da responsabilidade objetiva vigente em nosso
ordenamento (risco administrativo), de forma que estava-se estabelecendo uma clara
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 16 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
hipótese de responsabilidade por risco integral (uma vez que a união estaria obrigada a
assumir a responsabilidade por todos os danos relacionados à realização da Copa do Mundo).
Em decisão histórica, o STF decidiu que a presente situação não caracterizava risco
administrativo ou risco integral. Na hipótese, estávamos diante da Teoria do Risco Social.
JURISPRUDÊNCIA
Reputou que a espécie configuraria a teoria do risco social, uma vez tratar de risco
extraordinário assumido pelo Estado, mediante lei, em face de eventos imprevisíveis,
em favor da sociedade como um todo. Acrescentou que o artigo impugnado não se
amoldaria à teoria do risco integral, porque haveria expressa exclusão dos efeitos da
responsabilidade civil na medida em que a FIFA ou a vítima houvesse concorrido para
a ocorrência do dano. Anotou que se estaria diante de garantia adicional, de natureza
securitária, em favor de vítimas de danos incertos que poderiam emergir em razão
dos eventos patrocinados pela FIFA, excluídos os prejuízos para os quais a entidade
organizadora ou mesmo as vítimas tivessem concorrido.
O fundamento desta teoria é que diante de um evento que traz benefícios para toda
a coletividade (tal como a realização da Copa do Mundo), a responsabilização estatal deve
ser partilhada por toda a população.
Assim, o risco social pode ser entendido como a coletivização da responsabilidade
objetiva. Nestas situações, ainda que o particular tenha sofrido um dano, é a coletividade
(normalmente por meio das contribuições tributárias) que financia a responsabilização.
EXEMPLO
Caso um empregado sofra um dano decorrente de acidente de trabalho, não poderá ele
acionar o empregador diretamente. Mas receberá do Poder Público um auxílio previdenciário
como forma de indenização pelos danos sofridos.
E como quem contribui para o financiamento da seguridade social é, dentre outros, a população
em geral, estamos diante da responsabilidade baseada no risco social.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 17 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
DICA
As teorias subjetivas são assim chamadas pelo fato de
haver a necessidade de comprovação da culpa do agente
público ou da falha ou omissão dos serviços prestados.
O sujeito da prestação do serviço público deve ter atuado
com culpa ou dolo.
Nas teorias objetivas, ao contrário, não há a necessidade
de tal comprovação. Uma vez ocorrido o dano, ainda que
este não seja resultante de culpa ou dolo do Poder Público,
caberá ao Estado indenizar o particular.
Art. 37, §6º, As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
De início, temos que as pessoas que estão obrigadas a responder pelos danos causados
a particulares podem ser divididas em dois grupos:
a) pessoas jurídicas de direito público: toda a administração direta, as autarquias e
fundações públicas e as empresas públicas e sociedades de economia mista prestadoras
de serviços públicos.
b) pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos: são as
delegatárias de serviço público (concessionárias, permissionárias e autorizatárias).
Enquanto as empresas públicas e as sociedades de economia mista exploradoras
de atividade econômica, ainda que integrantes da administração pública indireta, não
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 18 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
Uma empresa estatal dotada de personalidade jurídica de direito privado que exerça
atividade econômica não responderá objetivamente pelos danos que seus agentes causarem
a terceiros. Em sentido diverso, a responsabilidade civil das estatais exploradoras de atividade
econômica ocorrerá de forma semelhante ao que ocorre com as demais empresas privadas
(subjetivamente).
Apenas para as empresas públicas ou sociedades de economia mista prestadoras de serviços
públicos é que a responsabilidade será objetiva, conforme previsão constitucional.
Errado.
A teoria do risco administrativo é considerada uma teoria objetiva, pois não leva
em conta quem foi o agente que praticou o dano, mas sim se o mesmo foi cometido pela
administração pública no âmbito do direito público. Neste sentido, a doutrina aponta que
o termo agente públicos deve ser entendido em seu sentido lato, amplo, abrangendo não
apenas aqueles formalmente investidos de cargos públicos, mas sim todos que, mesmo
transitoriamente ou sem remuneração, desempenhem funções públicas.
No entanto, é fator imprescindível para restar configurada a responsabilidade estatal
que o agente público, ao praticar o dano, assim o faça devido a sua condição de agente,
ainda que extrapole suas atribuições.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 19 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
EXEMPLO
Vamos imaginar um policial que, ao sair da repartição e ainda estando com o uniforme de
trabalho, verifica um assalto sendo praticado e não pensa duas vezes antes de atirar com o
objetivo de acertar o assaltante.
Nesta situação, suponhamos que a bala tenha acertado um pedestre que ali passeava, e que,
devido ao tiro, teve sérios ferimentos.
Não há dúvidas, no caso narrado, de que a atuação do policial se deu em razão da sua
condição de agente público, não é mesmo?
Assim, ainda que não mais estivesse no horário de trabalho, deverá o Estado indenizar o
particular lesado dos danos a ele causados.
Situação diferente ocorreria, por exemplo, se o policial, estando em seu dia de folga, utilizasse
a arma da repartição para acertar algum inimigo pessoal seu.
Vejam que, ainda que a arma utilizada seja a da repartição e que a pessoa que tenha atirado
seja um policial, o mesmo não se encontra na condição de agente público, mas sim movido
por motivos de ordem pessoal, alheios as suas atribuições funcionais.
JURISPRUDÊNCIA
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. LESÃO CORPORAL. DISPARO DE ARMA DE FOGO
PERTENCENTE À CORPORAÇÃO. POLICIAL MILITAR EM PERÍODO DE FOLGA.
Caso em que o policial autor do disparo não se encontrava na qualidade de agente
público. Nessa contextura, não há falar de responsabilidade civil do Estado. Recurso
extraordinário conhecido e provido.
De tudo o que expomos, percebe-se que a teoria do risco administrativo (teoria objetiva)
é a regra em nosso ordenamento jurídico.
Art. 37, §6º, As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 20 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
Agora o que nos interessa é a parte final do dispositivo, ou seja, o momento posterior
ao ato que causou lesão ao particular.
De acordo com o artigo acima, a administração possui assegurado para si o direito de
impetrar uma ação regressiva contra o servidor público que causar dano a algum particular,
mas isso somente será possível no caso de dolo (intenção do agente) ou culpa.
EXEMPLO
Inicialmente, o agente público, agindo em nome do Estado, pratica uma ação (independente
de ser ou não com dolo ou culpa) que resulta em dano ao particular.
Comprovado o dano, o Estado deve indenizar o particular pelos prejuízos causados, conforme
ação de indenização proposta por este.
Tendo indenizado o particular, o Poder Público pode, nos casos em que tiver ocorrido dolo ou
culpa do agente público, ajuizar a competente ação regressiva.
Logo, temos que enquanto a ação de indenização proposta pelo particular lesado possui
natureza objetiva (uma vez que independe de dolo ou culpa do agente público para a
sua configuração), a ação regressiva possui natureza subjetiva (de forma que apenas
poderá ser proposta caso o Estado comprove que o seu agente praticou a ação com dolo
(intenção) ou culpa).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 21 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
No caso apresentado, a ação indenizatória ajuizada por Maria contra o Estado está lastreada
na responsabilidade civil objetiva do Poder Público. Por estarmos diante de uma teoria
objetiva, não há necessidade de comprovação do dolo ou da culpa do agente.
Posteriormente, após indenizar o particular lesado, verifica o Estado se o agente estatal
agiu com dolo ou culpa. Em caso positivo, pode ajuizar uma ação de ressarcimento. Logo, se
considerarmos que a ação regressiva apenas é possível quando o agente comprovadamente
agiu com dolo ou culpa, é correto afirmar que esta ação é de natureza subjetiva.
Letra e.
Como o Estado está obrigado a promover ações que viabilizem o ressarcimento ao erário,
e considerando que um possível acordo com o agente causador do dano pode, a depender
do valor global do prejuízo causado, levar um grande lapso de tempo, a Constituição Federal
assegura (e aqui trata-se de uma grande prerrogativa do Estado), a imprescritibilidade
da ação de ressarcimento.
Assim, caso um acordo tenha sido firmado entre o Estado e o agente causador do dano,
e este, posteriormente, venha a ser demitido (quebrando o vínculo com o Poder Público e
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 22 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
Art. 1º, As dívidas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer
direito ou ação contra a Fazenda federal, estadual ou municipal, seja qual for a sua natureza,
prescrevem em cinco anos contados da data do ato ou fato do qual se originarem.
Com a entrada em vigor do novo Código Civil, de 2002, muitos autores, baseados no
artigo 206, § 3º, V, do citado diploma, passaram a considerar que o prazo para ajuizamento
da Ação de Indenização passou a ser de 3 anos.
Ao julgar o Resp. 1251993/PR, o STJ colocou fim ao impasse, afirmando claramente que
o prazo prescricional para o ajuizamento das Ações de Indenização contra o Poder Público
é de 5 anos.
JURISPRUDÊNCIA
ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO.AÇÃO DE
INDENIZAÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA. PRAZO PRESCRICIONAL.DECRETO N. 20.910/32.
QUINQUENAL. TEMA OBJETO DE RECURSO REPETITIVO.SÚMULA 168/STJ. INCIDÊNCIA.
1. A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que a prescrição contra a
Fazenda Pública é quinquenal, mesmo em ações indenizatórias, uma vez que é regida
pelo Decreto n. 20.910/32.Orientação reafirmada em recurso submetido ao regime
do art. 543-Cdo CPC (REsp 1251993/PR, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, Primeira
Seção, DJe 19.12.2012).
EXEMPLO
Caio, agente público, praticou conduta que resultou em dano ao particular. Este, por sua
vez, ajuizou ação indenizatória contra o Poder Público (para tal, ele possui o prazo de 5 anos
contados da prática do ato).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 23 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
E caso Caio venha a falecer antes do término do ressarcimento, será que a dívida se
esgota?
Depende! Caso Caio tenha bens e estes tenham sido transferidos aos sucessores, estes serão
responsabilizados até o limite do valor do patrimônio transferido.
JURISPRUDÊNCIA
RE 669069/MG, rel. Min. Teori Zavascki, 3.2.2016. (RE-669069)
É prescritível a ação de reparação de danos à Fazenda Pública decorrente de ilícito
civil. Esse o entendimento do Plenário, que em conclusão de julgamento e por
maioria, negou provimento a recurso extraordinário em que discutido o alcance da
imprescritibilidade da pretensão de ressarcimento ao erário prevista no § 5º do art. 37
da CF (“§ 5º - A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por
qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as
respectivas ações de ressarcimento”).
A Corte pontuou que a situação em exame não trataria de imprescritibilidade no
tocante a improbidade e tampouco envolveria matéria criminal.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 24 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 25 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
Para que o Estado seja condenado a indenizar o particular, não há necessidade de comprovação
do dolo ou da culpa do servidor, uma vez que vigora, em nosso ordenamento, a responsabilidade
objetiva do Estado.
Art. 37, § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Errado.
JURISPRUDÊNCIA
A ação de indenização há de ser promovida contra a pessoa jurídica causadora do dano
e não contra o agente público, em si, que só responderá perante a pessoa jurídica que
fez a reparação, mas mediante ação regressiva.
Notem que com a presente decisão, o STF reforçou a garantia tanto do particular prejudicado
quanto do agente público causador do dano. No que se refere ao particular prejudicado, temos
que este possui uma maior garantia de que irá receber a competente indenização.
Como a ação de indenização apenas pode ser promovida contra o Estado, e não dire-
tamente contra o agente que causou o dano, a possibilidade do Poder Público pagar a
dívida é muito maior do que a do agente, concordam?
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 26 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
Admitindo-se que a ação de indenização apenas pode ser proposta diretamente contra
a pessoa jurídica, evita-se a embaraçosa situação em que o particular ajuíza ação contra o
agente público, ganha a causa e posteriormente vem a não receber o valor indenizatório.
EXEMPLO
Luiz, em seu primeiro dia de trabalho, e estando no exercício regular de suas atividades,
pratica uma ação que resulta em dano patrimonial a Tavares.
Fazendo uso de seu direito, Tavares promove a ação de indenização perante o Poder Público.
Comprovado o dano, deve o poder estatal indenizar Tavares e ajuizar, caso tenha ocorrido
dolo ou culpa, ação regressiva contra Luiz.
Caso houvesse a possibilidade de Tavares ajuizar a ação de indenização contra Luiz, mesmo que
a decisão fosse pela condenação do servidor haveria a possibilidade de Tavares não receber
o valor em questão, uma vez que Luiz fora recém admitido no serviço público e, a depender
do valor total da condenação, não teria recursos para quitar o valor do dano.
EXEMPLO
Tício, servidor público, recebe a ordem de serviço de dirigir-se até a empresa alfa com a
finalidade de verificar se os produtos lá existentes estão sendo vendidos dentro do prazo
de validade.
Lá chegando, constata que apenas um produto encontrava-se fora desta situação. Mesmo
assim, não pensa duas vezes antes de aplicar a sanção de interdição do estabelecimento por
5 dias.
A empresa alfa, sentindo-se prejudicada, ajuíza a competente ação judicial com a finalidade
de ser indenizada pelo “dano moral” decorrente do excesso de exação de Tício.
Caso fosse admitido que a empresa litigasse contra o agente público causador do dano,
teríamos que Tício, ainda que eventualmente não tivesse agido com dolo ou culpa, poderia
ser condenado a indenizar a empresa pelos danos decorrentes de sua ação.
Entretanto, como a ação somente pode ser proposta perante o Poder Público, temos que
a empresa alfa apenas poderá litigar contra o Estado, que, em caso de condenação, deverá
ressarcir a empresa pelos danos morais causados.
Já sabemos que o particular que se sentir lesado apenas poderá ajuizar a ação de indenização
perante o Estado (e não diretamente perante o agente público).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 27 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
JURISPRUDÊNCIA
Extrai-se da Constituição Federal de 1988 a distinção entre a possibilidade de imputação
da responsabilidade civil, de forma direta e imediata, à pessoa física do agente estatal,
pelo suposto prejuízo a terceiro, e o direito concedido ao ente público de ressarcir-se,
mediante ação de regresso, perante o servidor autor de ato lesivo a outrem, nos casos de
dolo ou de culpa. Consectariamente, se a ação indenizatória é intentada contra a pessoa
jurídica de direito público, resta, necessariamente, afastada a legitimidade passiva do
agente, não se podendo cogitar de legitimação passiva concorrente. (precedentes do
STF, RE n. 327904/SP e RE n. 344.133- 7/PE).
O STJ, porém, possui diversas decisões em sentido oposto, conforme o julgado abaixo,
ocorrido em 2013:
JURISPRUDÊNCIA
Na hipótese de dano causado a particular por agente público no exercício de sua
função, há de se conceder ao lesado a possibilidade de ajuizar ação diretamente contra
o agente, contra o Estado ou contra ambos. (STJ. 4ª Turma. REsp 1.325.862-PR, Rel.
Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 5/9/2013).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 28 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
E o pior, pessoal: Ainda que haja esta divergência entre as principais Cortes do nosso
país, a ESAF, no concurso para Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil de 2012, promoveu
a seguinte questão:
a) V, V, V, V
b) F, V, V, V
c) V, F, V, V
d) V, V, F, V
e) V, V, V, F.]
O item I está correto, uma vez que, após ser responsabilizada, a administração pública pode
impetrar ação regressiva contra o servidor, no caso de dolo ou culpa.
O item II foi a grande controvérsia da questão, uma vez que ambos os tribunais superiores
(STJ e STF), conforme verificado, possuem entendimentos opostos no que se refere à
possibilidade do particular mover, diretamente, ação contra o Poder Público, contra o
servidor ou ainda em litisconsórcio.
E você, na hora da prova, o que marcaria?
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 29 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
DICA
Para fins de prova, devemos levar as seguintes informações:
a) No que se refere à ação de indenização, não é possível a
denunciação à lide, ou seja, chamar um terceiro (no caso,
o agente público) para o processo. (STF);
b) Na ação de indenização, não é admitido o litisconsórcio, ou
seja, ajuizar ação contra o Poder Público concomitantemente
com o servidor. (STF);
c) Como tratam-se de entendimentos do STF, entende-se
que estes são os que devem ser seguidos pelas bancas
organizadoras.
d) Questões como a da ESAF devem ser analisadas em seu
contexto, de forma que a única maneira de acertarmos é
conhecendo a literalidade dos principais julgados sobre
o assunto. No caso, a banca optou por seguir a ementa do
STJ no julgamento do Resp. 1.325.862.
4. RESPONSABILIDADE
RESPONSABILIDADE DECORRENTE DE OMISSÃO
Diferentemente do que ocorre com os danos decorrentes de ações do Poder Público,
não há uma disposição constitucional que regulamente qual a teoria a ser utilizada quando
estamos diante de omissão de serviço público por parte do Estado.
Coube à jurisprudência, neste sentido, estabelecer que a teoria a ser utilizada seria a
da culpa administrativa.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 30 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
Por meio de tal teoria, temos que o Estado está obrigado a indenizar os particulares
que tiverem sofrido danos decorrentes de omissão do serviço público ou de falha na
sua prestação.
Importante salientar que a omissão a que esta teoria faz referência abrange não apenas
a falta de serviço público como também o serviço público insuficiente.
Na responsabilidade civil por omissão, ao contrário do que ocorre na responsabilidade
por ação, cabe ao particular a prova de que houve omissão ou falha na prestação do serviço
público estatal. Por isso mesmo, estamos diante de uma teoria subjetiva.
EXEMPLO
A omissão de serviço público ensejando dano aos particulares a falta de iluminação pública
noturna em uma via bastante movimentada.
Caso ocorra um acidente, poderá o particular, alegando que o motivo do mesmo foi a falta
de iluminação, acionar o poder judiciário ensejando a respectiva indenização.
Uma pequena ressalva deve ser feita, conforme mencionado anteriormente, para as
situações em que o Poder Público atua na qualidade de garante, ou seja, nas situações em
que o Estado deve garantir a integridade das pessoas que estejam sob a sua custódia.
Em todas estas situações, responde o Poder Público, em caso de dano, de maneira
objetiva, ou seja, sem a necessidade de comprovação de dolo ou culpa do agente e sem
a obrigação do particular comprovar a omissão ou falha no serviço público prestado.
Como exemplo, vejamos uma decisão proferida pelo STJ:
JURISPRUDÊNCIA
A Administração Pública está obrigada ao pagamento de pensão e indenização por danos
morais no caso de morte por suicídio de detento ocorrido dentro de estabelecimento
prisional mantido pelo Estado. Nessas hipóteses, não é necessário perquirir eventual
culpa da Administração Pública. Na verdade, a responsabilidade civil estatal pela
integridade dos presidiários é objetiva em face dos riscos inerentes ao meio no qual
foram inseridos pelo próprio Estado. (STJ REsp 1.305.259 –SC)
Um ponto que merece ser destacado é a questão da responsabilidade civil em razão dos
presos foragidos. Ainda que o Estado, no âmbito do sistema prisional, esteja na condição
de garante, não são todos os atos praticados pelos presos foragidos que dão ensejo a uma
eventual responsabilização do Poder Público. Nesta situação, para que a responsabilidade
civil seja configurada, deve ser demonstrado o nexo causal direto entre o momento da
fuga e a conduta praticada.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 31 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
Caso o preso foragido pratique algum ato que cause dano ao particular após um período
considerável de tempo, ou então quando haja a formação de quadrilha com o objetivo de
praticar o ato danoso, não há nexo causal direto entre a fuga e o ato praticado, motivo
pelo qual não há a responsabilização do Poder Público.
Neste mesmo sentido é o entendimento do STF, que, no julgamento do Recurso
Extraordinário (RE) 608880, fixou a seguinte tese:
JURISPRUDÊNCIA
Nos termos do artigo 37 §6º da Constituição Federal, não se caracteriza a responsabilidade
civil objetiva do Estado por danos decorrentes de crime praticado por pessoa foragida
do sistema prisional, quando não demonstrado o nexo causal direto entre o momento
da fuga e a conduta praticada.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 32 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
EXEMPLO
Se diversos acidentes ocorrerem, no horário noturno, tendo em vista a falta de iluminação
pública (ou iluminação insuficiente) nas ruas de uma determinada cidade, a responsabilização
da administração pública será genérica, uma vez que toda a coletividade tinha a possibilidade
direta de ser afetada pela situação (qualquer motorista poderia sofrer as consequências da
falta de iluminação).
A omissão específica, por outro lado, são situações em que a omissão ou falha estatal
não afeta diretamente a coletividade como um todo, mas sim apenas os particulares que
estiverem na situação em questão.
Nas hipóteses de omissão específica, basta a comprovação de houve dano e que este foi
decorrente de uma atuação estatal. Não há a necessidade, desta forma, de comprovação
de dolo, fraude ou omissão pública. Por isso mesmo, estamos diante de situações de
caráter objetivo.
EXEMPLO
Todas as situações em que o Estado está na condição de garante são situações de omissão
específica: detentos de um presídio público, estudantes de escola pública e pacientes de um
hospital público são exemplos deste tipo de omissão.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 33 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
Danos decorrentes de ações do Poder Público, Danos decorrentes de omissões do Poder Público,
com a ressalta dos casos de omissão em que a com a ressalva dos casos de omissão em que a
administração atua na condição de garante administração atua na condição de garante
Para ensejar dano, o causador do mesmo deve estar Para ensejar dano, o serviço pode ter sido não prestado
investido na condição de agente público ou prestado de maneira falha
Art. 37, §6º, As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Durante muito tempo, o entendimento da doutrina (com diversos julgados dos tribunais
superiores) era no sentido de apenas haver responsabilização por parte das prestadoras de
serviço público se os danos fossem causados perante terceiros que fossem usuários dos
serviços prestados pelas delegatárias.
No julgamento do RE 591.874/MS, o STF pacificou o entendimento de que a responsabilidade
das prestadoras de serviço público abrange tanto a atuação de terceiros usuários quanto
não usuários:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 34 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
JURISPRUDÊNCIA
O plenário do supremo tribunal federal firmou entendimento no sentido de que o dano
causado por empresa prestadora de serviço público a terceiro não usuário do serviço
deve ser analisado sob a ótica da teoria da responsabilidade objetiva. Havendo o caso
de ser julgado à luz da teoria do risco administrativo, em face do que dispõe o art. 37,
§ 6º da constituição federal.
EXEMPLO
O Poder Público delegou a prestação de serviço de transporte intermunicipal de passageiros
a uma concessionária. Certo dia, um ônibus da empresa em questão, por culpa do motorista,
acabou por ocasionar o atropelamento de um pedestre.
Nesta situação, independente da vítima ser ou não usuária dos serviços prestados pela
concessionária, temos que a empresa prestadora de serviços públicos responderá pelo dano
causado com base na teoria do risco administrativo, de caráter objetivo e, por isso mesmo,
sem a necessidade de comprovação de dolo ou culpa para a sua configuração.
Obs.: Para garantir o bem estar da coletividade, o Poder Público deve oferecer uma série
de serviços públicos à população.
Diversos destes serviços, no entanto, não são executados diretamente pela
administração, que delega a sua execução para as empresas privadas prestadoras
de serviços públicos (concessionárias, permissionárias e autorizatárias).
Quando tais empresas não conseguem indenizar os particulares pelos danos por
elas causados, deverá o Poder Público (que é o detentor da titularidade dos serviços
públicos) efetuar, em caráter subsidiário, o respectivo pagamento.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 35 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
Art. 22, Os notários e oficiais de registro são civilmente responsáveis por todos os prejuízos que
causarem a terceiros, por culpa ou dolo, pessoalmente, pelos substitutos que designarem ou
escreventes que autorizarem, assegurado o direito de regresso.
Parágrafo único. Prescreve em três anos a pretensão de reparação civil, contado o prazo da data
de lavratura do ato registral ou notarial.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 36 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
JURISPRUDÊNCIA
O Estado responde, objetivamente, pelos danos causados por notários e registradores.
O Estado responde, objetivamente, pelos atos dos tabeliães e registradores oficiais
que, no exercício de suas funções, causem dano a terceiros, assentado o dever de
regresso contra o responsável, nos casos de dolo ou culpa, sob pena de improbidade
administrativa. O Estado possui responsabilidade civil direta, primária e objetiva pelos
danos que notários e oficiais de registro, no exercício de serviço público por delegação,
causem a terceiros.
Destaca-se que, ainda que o julgamento do STF tenha sido a favor da responsabilidade
objetiva do Estado com relação aos danos dos notários, as disposições da Lei 13.286/2016
não foram revogadas.
Sendo assim, para fins de prova, devemos seguir, como regra geral, o entendimento
do STF (responsabilidade objetiva). Para questões bastante específicas e que exijam as
disposições da Lei 13.286/2016, aconselha-se que seja adotado o entendimento acerca
da responsabilidade subjetiva dos notários e tabeliães.
006. (CEBRASPE/CESPE/DP RS/DPE RS/2022) Cada um dos próximo item apresenta uma
situação hipotética seguida de uma assertiva, a ser julgada de acordo com o entendimento
dos tribunais superiores acerca da responsabilidade civil do Estado.
O Estado foi condenado ao pagamento de indenização a particular, por ato culposo praticado
por tabelião. Nessa situação hipotética, o agente estatal competente tem a obrigação de
ingressar com ação regressiva em desfavor do tabelião causador do dano ao particular,
sob pena de caracterização de improbidade administrativa, já que o direito de regresso é
indisponível e obrigatório.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 37 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
JURISPRUDÊNCIA
O Estado responde, objetivamente, pelos atos dos tabeliães e registradores oficiais
que, no exercício de suas funções, causem dano a terceiros, assentado o dever de
regresso contra o responsável, nos casos de dolo ou culpa, sob pena de improbidade
administrativa.
Certo.
EXEMPLO
Determinado Município contrata uma empreiteira para a realização da obra pública de troca
dos tubos de esgoto de diversos pontos da cidade. Para isso, a empreiteira terá que perfurar
diversos pontos de ruas e avenidas, inclusive no horário diurno.
A clínica BETA, no período de realização da obra, tinha fechado um pacote para o tratamento
de um grande número de pacientes.
Com a realização da obra, o barulho durante o dia impossibilitará, por um certo período, que
os tratamentos sejam realizados, incorrendo a clínica em dano patrimonial.
b) A segunda situação cuida dos casos em que o empreiteiro age com dolo ou culpa
e é condenado a ressarcir os particulares pelos danos causados. No entanto, como a
empreiteira não possui capacidade financeira para tal, deve o Poder Público (patrocinador
da obra e garantidor do bem estar coletivo) indenizar o particular.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 38 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
EXEMPLO
Durante a construção de uma ponte, a empreiteira gama, por culpa de seus funcionários,
derruba uma imensa chapa de concreto em cima de um estacionamento particular, causando
a destruição de uma grande quantidade de veículos.
Ajuizada a ação indenizatória e tendo sido a empresa condenada a ressarcir os prejuízos
causados, alega esta não possuir condições para tal.
Neste caso, deve o Poder Público proceder às devidas indenizações e, posteriormente,
considerando que houve culpa da empreiteira, ajuizar a ação de ressarcimento.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 39 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
EXEMPLO
Lúcia é dona de uma pousada que se caracteriza pela tranquilidade proporcionada aos seus
hóspedes.
Lei do poder legislativo, no entanto, determina que a área que faz divisa com a pousada seja
transformada em um parque industrial, de forma que as indústrias que ali se instalarem
terão benefícios fiscais por certo período de tempo.
Neste caso, estamos diante de uma lei de efeitos concretos (uma vez que foi a lei quem
determinou a criação do parque industrial) que trará danos ao estabelecimento de Lúcia.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 40 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
JURISPRUDÊNCIA
A orientação que veio a predominar nesta corte, em face das constituições anteriores
a de 1988, foi a de que a responsabilidade objetiva do Estado não se aplica aos atos
do poder judiciário a não ser nos casos expressamente declarados em lei.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 41 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
a) casos em que o Juiz responde por dolo ou fraude (com a intenção de prejudicar
terceiro): Se o magistrado atuar com a intenção de prejudicar alguma das partes (ou
até mesmo terceiro não relacionado com um processo específico), poderá ocorrer a
responsabilização estatal.
Importante frisar que com a entrada em vigor do Novo Código de Processo Civil (NCPC),
a responsabilidade do magistrado passou a ser de forma regressiva. A consequência lógica
deste dispositivo é que as eventuais ações judiciais de indenização deverão ser propostas,
inicialmente, contra o Estado, e não diretamente contra o magistrado. Posteriormente,
em caso de condenação, a responsabilização do agente público ocorrerá regressivamente.
O fundamento para tal responsabilização é o artigo 143 do Novo Código Processual
Civil, que assim expressa:
Art. 143. O juiz responderá, civil e regressivamente, por perdas e danos quando:
I – no exercício de suas funções, proceder com dolo ou fraude;
II – recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que deva ordenar de ofício ou a
requerimento da parte.
b) casos de erro judiciário: Estabelece a Constituição Federal, em seu artigo 5º, LXXV, que
O Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do
tempo fixado na sentença.
Havendo erro por parte do Poder Judiciário, estará o Estado obrigado a indenizar o
particular pelos danos decorrentes da decisão. Como consequência, verificando o Poder
Público que o magistrado agiu com dolo ou culpa, poderá ajuizar a competente ação de
ressarcimento.
EXEMPLO
Em decisão ocorrida em 1999, um magistrado condenou Isaías à pena de prisão por 15 anos.
Em 2005, restou comprovado que Isaías não era o autor do fato ensejador da prisão, motivo
pelo qual o mesmo foi libertado.
No entanto, considerando que Isaías ficou preso por aproximadamente 6 anos, deverá o
Estado indenizá-lo pelo erro judiciário.
Caso se comprove que a decisão do magistrado foi tomada com base em motivos particulares
ou com o interesse de prejudicar Isaías (dolo ou culpa), poderá o Estado ajuizar Ação Regressiva
contra o juiz.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 42 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
A regra geral é a de que os atos jurisdicionais, assim como ocorre com os atos legislativos,
não sejam objeto de responsabilização civil do Estado. Apenas nas hipóteses legalmente
admitidas é que a responsabilidade poderá ocorrer em relação a tais espécies de atos.
Certo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 43 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
RESUMO
A responsabilidade civil do Estado, também conhecida como responsabilidade
extracontratual, pode ser entendida como o meio através do qual as ações e omissões do
Poder Público são passíveis de indenização aos particulares.
O motivo da responsabilidade civil do Estado também ser conhecida como extracontratual
deve-se ao fato de não estar fundamentada em um pacto expresso com os particulares.
Se assim o fosse, ou seja, se estivéssemos diante de uma responsabilidade contratual, a
responsabilização do Poder Público estaria condicionada à celebração de um contrato (ou
outra espécie de pacto) com cada um dos administrados.
Quatro são os elementos necessários para que reste configurada a responsabilidade
civil do Estado:
a) ato causado por um agente público ou decorrente de uma omissão do Poder Público.
b) ocorrência de dano, que poderá ser patrimonial ou moral.
c) nexo de causalidade entre o dano sofrido pelo particular e o ato praticado pelo
agente público.
d) alteridade, que implica na obrigação de que o prejuízo sofrido tenha sido provocado
por outra pessoa que não o particular lesado e que não estejamos diante de uma situação
em que o dano foi provocado por culpa exclusiva da vítima.
Diversas foram as teorias que tentaram explicar a forma como deveria ocorrer a
responsabilização do Estado diante de danos causados aos particulares.
A teoria civilista tinha como principal objetivo tentar equiparar os agentes públicos
aos particulares, de forma que apenas haveria responsabilidade do Estado nas estritas
hipóteses em que o particular lesado conseguisse provar que o agente tivesse agido com
dolo ou culpa.
As teorias publicistas, por sua vez, representaram um grande avanço para os
administrados. Por meio delas, não haveria mais a necessidade de comprovação de dolo
ou culpa do Estado, mas sim apenas a configuração de dano aos particulares decorrente
da atividade pública ou então a omissão ou falha na prestação de um serviço público.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 44 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
A teoria da irresponsabilidade afirmava que o rei era uma entidade enviada por
Deus e que, por isso mesmo, não cometia erros. Assim, ainda que houvesse situações
em que a administração pública causasse danos à população, a responsabilização jamais
ocorreria. Importante salientar que a teoria da irresponsabilidade não chegou a vigorar
majoritariamente em nosso país. No entanto, a mesma é utilizada, nos dias atuais, para
a responsabilização dos atos legislativos e judiciários.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 45 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 46 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 47 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
Obs.: As situações em que a teoria do risco integral são admitidas são as seguintes:
a) o dano decorrente de operações nucleares;
b) os atentados terroristas em aeronaves;
c) o dano ambiental;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 48 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 49 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 50 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
praticar o ato danoso, não há nexo causal direto entre a fuga e o ato praticado, motivo
pelo qual o STF entende não haver o dever do Poder Público de ser responsabilizado.
Responsabilidade pelos atos praticados por Presos Foragidos
Deve ser demonstrado o nexo causal direto entre
Para a configuração da responsabilidade
o momento da fuga e a conduta praticada.
a) crime praticado após um período considerável
Situações que não ensejam a de tempo
responsabilidade do Estado b) formação de quadrilha com a finalidade de
cometer algum crime
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 51 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
O Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do
tempo fixado na sentença.
Havendo erro por parte do Poder Judiciário, estará o Estado obrigado a indenizar o particular
pelos danos decorrentes da decisão. Como consequência, verificando o Poder Público que
o magistrado agiu com dolo ou culpa, poderá ajuizar a competente ação de ressarcimento.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 52 de 107
MAPAS MENTAIS
www.grancursosonline.com.br 53 de 107
www.grancursosonline.com.br 54 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
QUESTÕES DE CONCURSO
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 55 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
entre o fato e o dano suportado para que possa ser indenizado. Essa responsabilidade é de
natureza objetiva e não exige a comprovação de culpa por parte do lesado em razão do ato
que foi praticado pelo agente que se encontrava a serviço do Estado.
(...)
Mas, apesar da natureza da responsabilidade que foi estabelecida pelo vigente texto
constitucional, ao ser acionado judicialmente o Estado poderá provar que não foi o
responsável pelo evento suportado pelo administrado. No exercício de sua defesa em juízo,
o Estado poderá suscitar a ocorrência de uma das causas denominadas de excludentes
da responsabilidade, como por exemplo, a culpa exclusiva ou concorrente da vítima, atos
de terceiros, atos de multidões, ou mesmo o caso fortuito ou a força maior, que poderão
excluir ou até mesmo reduzir a quantia a ser paga ao particular a título de indenização
por danos materiais e ou morais.
Se eventualmente, o Estado for acionado judicialmente em razão de atos praticados pelos
integrantes das forças policiais, civis ou militares, poderá alegar em sua defesa, contestação,
que o ato foi praticado sob o manto da coação administrativa, que autoriza o uso da força
para a manutenção ou restabelecimento da ordem pública, tranquilidade e salubridade
pública, e também é uma causa de exclusão da responsabilidade na lição de Otto Mayer.
(ROSA, Paulo Tadeu Rodrigues. Excludentes de responsabilidade em face da autuação das
forças policiais. Disponível em:
https://www.jurisite.com.br/textos_juridicos/excludentes-de-responsabilidade-do-estado-em-face-da-
-atuacao-das-forcas-policiais/. Acesso em: 05 jan. 2022.)
Considerando o tema tratado no texto, qual a teoria adotada no direito pátrio para
fundamentar a responsabilidade civil do Estado em razão de ato praticado por um servidor
ou mesmo por um integrante das forças policiais, civis ou militares, segundo a jurisprudência
e a doutrina dominantes?
a) Teoria do risco administrativo
b) Teoria do risco integral
c) Teoria da culpa administrativa
d) Teoria da culpa anônima
e ) Teoria da culpa do serviço
www.grancursosonline.com.br 56 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 57 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
012. (VUNESP/INV POL (PC SP)/PC SP/2022) A respeito da responsabilidade civil do Estado,
é correto afirmar que
a) a soberania estatal, assegurada na Carta Constitucional de 1988, impede que o ente
estatal seja responsabilizado por danos causados aos cidadãos do próprio país, permitindo
apenas a responsabilização por danos causados a nações estrangeiras.
b) a responsabilização civil do Estado prescinde da comprovação do nexo causal entre ação
ou omissão de agente ou órgão estatal e o dano causado a terceiro, sendo materialização
da chamada teoria da “responsabilidade objetiva”.
c) a chamada “teoria do risco integral” pressupõe a responsabilização do Estado por danos
causados a terceiros exclusivamente no caso de dolo ou culpa grave dos agentes estatais e
desde que o dano seja causado em decorrência da prestação de serviço público.
d) as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
e) o desenvolvimento legislativo, doutrinário e jurisprudencial da noção de responsabilidade
do Estado por danos causados aos cidadãos não contribui para a construção da noção
jurídico-política de Estado Democrático de Direito.
013. (VUNESP/DEL POL (PC SP)/PC SP/2022) A respeito da responsabilidade civil extracontratual
da Administração, assinale a alternativa correta.
a) A responsabilidade civil objetiva se aplica a danos causados a pessoas que possuam
vínculo especial (estatutário ou contratual) com o estado.
b) O Direito Brasileiro adota a teoria da culpa anônima.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 58 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
c) Por força da disposição constitucional, a Administração não pode ser eximida, em relações
contratuais, da responsabilização por caso fortuito ou força maior.
d) Ainda que a conduta estatal seja lícita, ficará caracterizada a responsabilidade do Estado
quando comprovada a ilicitude do dano.
e) As pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos somente respondem
de forma objetiva a danos causados aos usuários do serviço público.
014. (FGV/INV POL (PC RJ)/PC RJ/2022) João, investigador policial da Polícia Civil do Estado
Alfa, cumpria diligência determinada por delegado de polícia no bojo de inquérito policial
que apura crime de associação para o tráfico de drogas. Para tanto, João realizava o
mapeamento de determinada rua, quando, por descuido, deixou sua arma cair no chão,
causando um disparo que atingiu a perna de Maria, moradora da comunidade.
Após receber alta no hospital onde foi atendida, Maria procurou a Defensoria Pública e
ajuizou ação indenizatória em face:
a) de João, diretamente, com base em sua responsabilidade civil objetiva, sendo desnecessária
a comprovação de ter o policial agido com culpa ou dolo;
b) de João, diretamente, com base em sua responsabilidade civil subjetiva e solidária, sendo
necessária a comprovação de ter o policial agido com culpa ou dolo;
c) da Polícia Civil do Estado Alfa, com base em sua responsabilidade civil objetiva, sendo
desnecessária a comprovação de ter agido João com culpa ou dolo;
d) do Estado Alfa, com base em sua responsabilidade civil objetiva, sendo desnecessária a
comprovação de ter agido João com culpa ou dolo;
e) do Estado Alfa, com base em sua responsabilidade civil subjetiva, sendo necessária a
comprovação de ter agido João com culpa ou dolo.
015. (FGV/OAB UNI NAC/OAB/2022) Márcio é policial militar do Estado Ômega e, ao longo
de suas férias, em movimentada praia no litoral do Estado Alfa, durante festa em que se
encontrava à paisana, envolveu-se em uma briga, durante a qual sacou a arma da corporação,
que sempre portava, e desferiu tiros contra Bernardo, que veio a óbito imediato. Mirtes,
mãe de Bernardo, pretende ajuizar ação indenizatória em decorrência de tal evento.
Sobre a situação narrada, assinale a afirmativa correta.
a) A ação indenizatória não poderá ser ajuizada em face do Estado Ômega, na medida em
que o fato ocorreu no território do Estado Alfa.
b) A ação deverá ser ajuizada em face da União, que é competente para promover a segurança
pública.
c) Há legitimidade passiva do Estado Ômega, considerando que Márcio tinha a posse de
uma arma da corporação, em decorrência da qualidade de agente público.
d) O Estado Ômega deve responder civilmente pela conduta de Márcio, já que o ordenamento
jurídico pátrio adotou a teoria do risco integral.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 59 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
017. (FGV/TNS (SSP AM)/SSP AM/2022) José é servidor público ocupante do cargo efetivo de
Técnico de Nível Superior da Secretaria de Segurança Pública do Estado Alfa e, no exercício
da função, praticou ato ilícito que, com nexo causal, causou danos materiais a Davi, usuário
do serviço público, inexistindo qualquer causa de exclusão da responsabilidade.
No caso em tela, eventual ação indenizatória deverá ser ajuizada por Davi em face
a) da Secretaria de Segurança Pública do Estado Alfa, com base em sua responsabilidade
civil subjetiva, sendo necessário se comprovar o elemento subjetivo na conduta do agente,
que deverá responder em ação regressiva, caso haja condenação da referida Secretaria e
João tenha agido com culpa ou dolo.
b) da Secretaria de Segurança Pública do Estado Alfa, com base em sua responsabilidade
civil objetiva, sendo desnecessário se comprovar o elemento subjetivo na conduta de João,
que não está sujeito à ação regressiva, pela teoria do risco administrativo.
c) de João, diretamente, com base em sua responsabilidade civil subjetiva, sendo necessário
se comprovar o elemento subjetivo em sua conduta, e o Estado Alfa está sujeito à ação
regressiva, pela teoria do risco administrativo, caso João seja condenado.
d) do Estado Alfa, com base em sua responsabilidade civil subjetiva, sendo necessário se
comprovar o elemento subjetivo na conduta de João, que não está sujeito à ação regressiva,
pela teoria do risco administrativo.
e) do Estado Alfa, com base em sua responsabilidade civil objetiva, sendo desnecessário
se comprovar o elemento subjetivo na conduta de João, que deverá responder em ação
regressiva, caso haja condenação do referido Estado e o agente tenha agido com culpa
ou dolo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 60 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
018. (FGV/ALUN OF (PM AM)/PM AM/2022) O PM José, da Polícia Militar do Estado Alfa, e sua
equipe realizavam operação policial em determinada comunidade para reprimir o tráfico
de drogas e, durante troca de tiros com criminosos, atingiu a perna da criança Maria, de 4
anos, moradora da localidade. O laudo de confronto balístico tornou incontestável o fato
de que o projétil de arma de fogo que lesionou a criança partiu do fuzil do Policial José.
A criança Maria, representada pelos seus pais, procurou a Defensoria Pública e ajuizou ação
indenizatória em face
a) de José, por sua responsabilidade civil direta e objetiva, sendo desnecessária a comprovação
de ter agido com dolo ou culpa, com base na teoria do risco administrativo.
b) do Estado Alfa, por sua responsabilidade civil subjetiva, sendo necessária a comprovação
de ter agido o PM José com dolo ou culpa.
c) da Polícia Militar do Estado Alfa, por sua responsabilidade civil subjetiva, sendo necessária
a comprovação de ter agido o PM José com dolo ou culpa.
d) do Estado Alfa, por sua responsabilidade civil objetiva, sendo desnecessária a comprovação
de ter agido o PM José com dolo ou culpa, com base na teoria do risco administrativo.
e) da Polícia Militar do Estado Alfa, por sua responsabilidade civil objetiva, sendo desnecessária
a comprovação de ter agido o PM José com dolo ou culpa, com base na teoria do risco
administrativo.
019. (FGV/ESC POL (PC AM)/PC AM/4ª CLASSE/2022) Maria, Escrivã de Polícia Civil do
Estado Gama, no exercício da função, no bojo de um inquérito policial, ao digitar um ato de
indiciamento cujo conteúdo estava sendo ditado pelo Delegado Titular, de forma dolosa,
com objetivo de prejudicar André, seu antigo desafeto, inseriu a qualificação completa de
André como sendo indiciado. Mesmo sabendo que André não tinha qualquer relação com
os fatos investigados, Maria induziu a Autoridade Policial a erro. Meses depois, André foi
citado em ação penal e, após se inteirar dos fatos, conseguiu reunir provas não apenas de
sua inocência, mas também de que se tratou de uma armação dolosamente feita por Maria.
Eventual ação indenizatória manejada por André deverá ser ajuizada em face da(o)
a) Polícia Civil do Estado Gama, por sua responsabilidade civil objetiva, assegurado o direito
de regresso em face de Maria.
b) Polícia Civil do Estado Gama, por sua responsabilidade civil subjetiva, vedado o direito
de regresso em face de Maria.
c) Estado Gama, por sua responsabilidade civil objetiva, assegurado o direito de regresso
em face de Maria.
d) Estado Gama, por sua responsabilidade civil subjetiva, assegurado o direito de regresso
em face de Maria.
e) Maria, por sua responsabilidade civil objetiva, vedado o direito de regresso em face do
Estado Gama.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 61 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 62 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
a) do próprio João, que deve indenizar imediatamente Joaquim, sob pena de perder o cargo.
b) da Secretaria Municipal de Transporte de Manaus, órgão onde João está lotado.
c) da Secretaria Municipal de Saúde de Manaus, órgão ao qual João está vinculado.
d) do Estado do Amazonas, pois se aplica a responsabilidade civil objetiva do Estado.
e) do Município de Manaus, que possui direito de regresso contra João, comprovado seu
dolo ou culpa.
023. (FGV/AUX (MPE SC)/MPE SC/2022) Joana, ocupante do cargo de auxiliar administrativo do
Ministério Público do Estado Alfa, durante atendimento no balcão da Secretaria da Promotoria
onde está lotada, recebeu do cidadão José uma representação escrita, narrando graves
fatos ilícitos que ensejariam a atuação do Ministério Público, que o noticiante imputava a
determinada sociedade empresária. Tendo em vista que o sócio administrador da referida
sociedade é irmão de Joana, a servidora resolveu não dar andamento à notícia e rasgou o
documento escrito trazido por José. Diante da não atuação do Ministério Público no caso,
exclusivamente em razão da conduta de Joana, José sofreu comprovados danos materiais.
Inconformado com a conduta da servidora e a omissão do parquet, José ajuizou ação
indenizatória em face:
a) de Joana, por sua responsabilidade civil objetiva, de maneira que não será necessária a
comprovação de ter agido a servidora com dolo ou culpa;
b) do Ministério Público do Estado Alfa, por sua responsabilidade civil objetiva, de maneira
que não será necessária a comprovação de ter agido Joana com dolo ou culpa;
c) do Estado Alfa, por sua responsabilidade civil objetiva, de maneira que não será necessária
a comprovação de ter agido Joana com dolo ou culpa;
d) do Ministério Público do Estado Alfa, por sua responsabilidade civil subjetiva, de maneira
que será necessária a comprovação de ter agido Joana com dolo ou culpa;
e) do Estado Alfa, por sua responsabilidade civil subjetiva, de maneira que será necessária
a comprovação de ter agido Joana com dolo ou culpa.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 63 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
a) subjetiva, pois o agente público tem o dever de ressarcir os cofres públicos independentemente
da comprovação de ter agido com culpa ou dolo, incidindo no caso narrado a teoria do
risco administrativo que dispensa a comprovação do elemento subjetivo para fins de
ressarcimento ao erário.
b) subsidiária, pois o agente público tem o dever de ressarcir o erário municipal,
independentemente de ter agido com culpa ou dolo, incidindo no caso narrado a teoria da
dupla garantia: a primeira para o particular Moacir que teve assegurada a responsabilidade
em face do Município; e a segunda para o servidor Fernando, que somente responderá
perante o ente público.
c) objetiva, pois o agente público tem o dever de ressarcir o erário municipal, independentemente
de ter agido com dolo ou culpa, incidindo no caso narrado a teoria do risco administrativo
que dispensa a comprovação do elemento subjetivo para fins de ressarcimento ao erário.
d) subjetiva, pois o agente público tem o dever de ressarcir o erário municipal, porque agiu
com culpa, incidindo no caso narrado a teoria da dupla garantia: a primeira para o particular
Moacir que teve assegurada a responsabilidade objetiva, não necessitando comprovar dolo
ou culpa de Fernando; e a segunda para o servidor Fernando, que somente responderá
perante o ente municipal.
e) objetiva, pois o agente público tem o dever de ressarcir o erário municipal, porque agiu
com culpa, incidindo no caso narrado a teoria da dupla garantia: a primeira para o particular
Moacir que teve assegurada a responsabilidade subjetiva, não necessitando comprovar
dolo ou culpa de Fernando; e a segunda para o servidor Fernando, que somente responderá
perante o ente municipal.
025. (FGV/CONT DIST (TJ TO)/TJ TO/CIÊNCIAS CONTÁBEIS/2022) João, servidor público
ocupante do cargo efetivo de contador/distribuidor do Tribunal de Justiça do Estado Ômega,
no exercício de suas funções, destruiu os autos físicos de um processo judicial em que seu
desafeto Antônio figurava como parte autora, com o objetivo de prejudicá-lo.
Em razão do ato ilícito praticado por João, o jurisdicionado Antônio sofreu danos materiais
e morais.
Inconformado, Antônio contratou advogado e ajuizou ação indenizatória em face:
a) de João, na qualidade de responsável direto pelo ato ilícito, e é desnecessária a comprovação
de ter agido o agente público João com dolo ou culpa;
b) do Tribunal de Justiça do Estado Ômega, e é necessária a comprovação de ter agido o
agente público João com dolo ou culpa;
c) do Tribunal de Justiça do Estado Ômega, e é desnecessária a comprovação de ter agido
o agente público João com dolo ou culpa;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 64 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
d) do Estado Ômega, e é necessária a comprovação de ter agido o agente público João com
dolo ou culpa;
e) do Estado Ômega, e é desnecessária a comprovação de ter agido o agente público João
com dolo ou culpa.
026. (FGV/TJ (TJ TO)/TJ TO/APOIO JUDICIÁRIO E ADMINISTRATIVO/2022) Pedro, chefe do setor
de transportes da Prefeitura do Município Alfa, foi informado de que um dos motoristas
vinculados ao órgão, conduzindo o veículo oficial durante o expediente, colidira com outro
veículo, daí decorrendo lesões corporais no motorista deste último. Preocupado, levou o
fato ao conhecimento do seu superior e indagou se o ocorrido acarretaria a responsabilidade
civil do Município pelos danos causados ao outro motorista.
Foi-lhe respondido, corretamente, que o Município:
a) somente será responsabilizado se for demonstrada a culpa de Pedro;
b) será responsabilizado independentemente da culpa de Pedro, salvo se tiver ocorrido
culpa exclusiva da vítima;
c) não será responsabilizado, pois a atuação de Pedro, à margem da juridicidade, não lhe
pode ser imputada;
d) será responsabilizado independentemente da culpa de Pedro, mesmo que tenha ocorrido
culpa exclusiva da vítima;
e) somente será responsabilizado pela indenização de metade dos danos causados, cabendo
a outra metade a Pedro.
027. (FGV/AG SG PEN (DEPEN MG)/DEPEN MG/2022) Mário, servidor público estadual, ao
conduzir em serviço automóvel pertencente à autarquia estadual em que estava lotado,
calculou mal o espaço para fazer uma curva e, ainda que não estivesse em excesso de
velocidade, acabou colidindo contra o automóvel de Lucas, que estava corretamente
estacionado na via pública.
Acerca desse cenário, a responsabilidade civil do Estado no caso descrito é
a) aquiliana e objetiva, nos termos da teoria do risco administrativo.
b) extracontratual e subjetiva, nos termos da teoria do risco administrativo.
c) contratual e objetiva, nos termos da teoria do risco integral.
d) contratual e subjetiva, nos termos da teoria do risco integral.
e) aquiliana e objetiva, nos termos da teoria do risco integral.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 65 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
030. (CEBRASPE (CESPE)/DP RS/DPE RS/2022) Cada um dos próximo item apresenta uma
situação hipotética seguida de uma assertiva, a ser julgada de acordo com o entendimento
dos tribunais superiores acerca da responsabilidade civil do Estado.
Uma professora da rede estadual de ensino recebia, havia meses, ofensas e ameaças de
agressão e morte feitas por um dos alunos da escola. Em todas as oportunidades, ela
reportou o ocorrido à direção da escola, que, acreditando que nada ocorreria, preferiu não
admoestar o aluno. Em determinada data, dentro da sala de aula, esse aluno desferiu um
soco no rosto da professora, causando-lhe lesões aparentes, o que a motivou a ingressar
com demanda judicial indenizatória contra o Estado. Nessa situação hipotética, não há
responsabilidade do Estado, já que o dano foi provocado por terceiro.
031. (CEBRASPE (CESPE)/DP RS/DPE RS/2022) Cada um dos próximo item apresenta uma
situação hipotética seguida de uma assertiva, a ser julgada de acordo com o entendimento
dos tribunais superiores acerca da responsabilidade civil do Estado.
Um detento em cumprimento de pena em regime fechado empreendeu fuga do estabelecimento
penal. Decorridos aproximadamente três meses da fuga, ele cometeu o crime de latrocínio,
em conjunto com outros agentes. Sabendo da fuga, a família da vítima ingressou com ação
para processar o Estado. Nessa situação hipotética, há responsabilidade estatal, haja vista
a omissão na vigilância e na custódia de pessoa que deveria estar presa, além da negligência
da administração pública no emprego de medidas de segurança carcerária.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 66 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
034. (CEBRASPE (CESPE)/TCE TCE RJ/TCE RJ/TÉCNICO/2022) João, servidor público, praticou
ato administrativo que causou prejuízo a um particular. Percebendo a ilegalidade decorrente
da prática desse ato, João revogou-o. Mesmo assim, o particular resolveu pedir indenização
e ajuizou ação de responsabilidade civil do Estado em face do ato de João, alegando que o
dano já havia sido concretizado.
A partir dessa situação hipotética, julgue o item a seguir.
Para fins de responsabilidade civil do Estado, é necessário que João tenha agido na condição
de servidor público.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 67 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
037. (CEBRASPE (CESPE)/JE TJMA/TJ MA/2022) Após um plano de fuga bem sucedido, um
presidiário praticou o crime de estupro de vulnerável, mediante violência, causando a morte
da vítima.
Indignados com o ocorrido, os pais da vítima ingressaram com ação judicial na qual requereram
a condenação do Estado à concessão de pensão vitalícia e pagamento de indenização por
danos morais, alegando a responsabilidade objetiva estatal e a falha na prestação do serviço
de segurança pública como fundamentos do pedido.
Nessa situação hipotética, considerada a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal sobre
o tema, a demanda deverá ser julgada
a) procedente, pois a responsabilidade objetiva no caso torna presumida a ocorrência do
dano moral.
b) improcedente no que se refere ao pedido de concessão de pensão vitalícia, dada a
condição de vulnerabilidade da vítima.
c) procedente, em virtude da ocorrência da falha no serviço de segurança do presídio.
d) improcedente, pois não é possível estabelecer o nexo causal entre a fuga do preso e o
dano causado em decorrência do crime.
e) improcedente, pois a responsabilidade civil por dano resultante de omissão do Estado
é subjetiva.
038. (FGV/AG POL (RN)/PC RN/2021) Maria, escrivã de Polícia Civil no Estado Alfa, ao digitar
o auto de qualificação do investigado João da Silva de Tal, no bojo de inquérito policial,
cometeu erro de grafia, de maneira que acabou escrevendo o nome de outra pessoa, quase
homônima, que nenhuma relação tinha com o caso, João da Salva de Tal. Diante de tal erro
no procedimento de identificação, por falta de cuidado de Maria na fase investigatória,
João da Salva de Tal foi denunciado pelo Ministério Público, respondeu à ação penal, mas
ao final foi absolvido.
Após procurar a Defensoria Pública, João da Salva de Tal manejou ação indenizatória em face:
a) do Estado Alfa, por sua responsabilidade civil objetiva, sendo desnecessária a comprovação
do elemento subjetivo do dolo ou culpa de Maria;
b) da Polícia Civil do Estado Alfa, por sua responsabilidade civil subjetiva, sendo necessária
a comprovação do elemento subjetivo do dolo ou culpa de Maria;
c) de Maria, por sua responsabilidade civil subjetiva, sendo desnecessária a comprovação
do elemento subjetivo do dolo ou culpa em sua conduta;
d) do delegado titular da delegacia, por sua responsabilidade civil solidária, pela culpa in
vigilando, sendo desnecessária a comprovação do dolo ou culpa de Maria;
e) da Polícia Civil do Estado Alfa, por sua responsabilidade civil objetiva, sendo desnecessária
a comprovação do elemento subjetivo do dolo ou culpa de Maria.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 68 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 69 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
não ter sido juntado o ofício ao correlato processo administrativo, o Prefeito jurisdicionado
acabou sendo multado pela Corte de Contas e alega que sofreu danos materiais e morais.
No caso narrado, em tese, aplicar-se-ia a responsabilidade civil:
a) subjetiva do Tribunal de Contas, sendo necessária a comprovação de ter agido Antônio
com dolo ou culpa;
b) objetiva do Tribunal de Contas, sendo necessária a comprovação de ter agido Antônio
com dolo ou culpa;
c) objetiva de Antônio, sendo desnecessária a comprovação de ter agido com dolo ou culpa;
d) subjetiva do Estado, sendo necessária a comprovação de ter agido Antônio com dolo ou
culpa;
e) objetiva do Estado, sendo desnecessária a comprovação de ter agido Antônio com dolo
ou culpa.
042. (INSTITUTO AOCP/AG (ITEP RN)/ITEP RN/TÉCNICO FORENSE/2021) No Brasil, como regra
geral, a responsabilidade civil objetiva do Estado, insculpida no art. 37, §6º da Constituição
Federal, adota a teoria
a) do risco integral.
b) do risco administrativo.
c) do risco suscitado.
d) da responsabilidade subjetiva.
e) da culpa do serviço.
043. (CEBRASPE (CESPE)/OF (CBM AL)/CBM AL/2021) Com relação à organização administrativa
e à responsabilidade civil do Estado, julgue o item seguinte.
A Caixa Econômica Federal é empresa pública prestadora de serviços de natureza privada
e possui responsabilidade objetiva pelos atos praticados pelos seus agentes.
044. (CEBRASPE (CESPE)/OF (CBM AL)/CBM AL/2021) Com relação à organização administrativa
e à responsabilidade civil do Estado, julgue o item seguinte.
Caso uma viatura do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Alagoas se envolva em um
acidente de trânsito com um veículo particular e disso resultem danos materiais e morais
ao condutor do veículo particular, este não será indenizado pelo Estado se não for provado
culpa ou dolo do condutor da viatura, subsistindo a responsabilidade subjetiva do Estado.
045. (QUADRIX/AG ADM (CRBM 4 PA)/CRBM 4 (PA RO)/2021) Acerca de atos administrativos
e de controle e responsabilização da Administração, julgue o item a seguir.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 70 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
046. (QUADRIX/AG ADM (CRBM 4 PA)/CRBM 4 (PA RO)/2021) Acerca de atos administrativos
e de controle e responsabilização da Administração, julgue o item a seguir.
A responsabilidade civil dos servidores públicos é subjetiva, ou seja, deve-se demonstrar
se a sua conduta decorreu de dolo ou culpa.
047. (QUADRIX/AG ADM (CRBM 4 PA)/CRBM 4 (PA RO)/2021) Acerca de atos administrativos
e de controle e responsabilização da Administração, julgue o item a seguir.
A responsabilidade civil do Estado, na modalidade de risco integral, não admite a alegação
das excludentes de responsabilidade, razão pela qual os prejuízos causados a terceiros
devem ser indenizados independentemente de sua origem.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 71 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 72 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
GABARITO
1. a 35. d
2. e 36. e
3. C 37. d
4. a 38. a
5. d 39. E
6. d 40. b
7. c 41. e
8. a 42. b
9. E 43. E
10. E 44. E
11. a 45. E
12. d 46. C
13. d 47. C
14. d 48. e
15. c 49. a
16. a 50. d
17. e
18. d
19. c
20. d
21. c
22. e
23. c
24. d
25. e
26. b
27. a
28. e
29. E
30. E
31. E
32. C
33. E
34. C
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 73 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
GABARITO COMENTADO
Letra A: Certa. A alternativa está de acordo com o §6º do artigo 37, que determina que
Letra B: Errada. Com base no artigo mencionado, é possível observar que apenas as
pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos (e não todas
as pessoas jurídicas de direito privado) é que responderão com base nas regras da
responsabilidade objetiva.
Letra C: Errada. O direito de regresso contra o responsável poderá ser exercido nos casos
de dolo ou de culpa.
Letra D: Errada. Quem responde pelo dano, inicialmente, é o Poder Público. Posteriormente,
em caso de dolo ou culpa do agente estatal, o Estado ajuizará uma ação regressiva contra
o servidor.
Letra E: Errada. Diferente do que afirmado, as pessoas jurídicas de direito privado prestadoras
de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem
a terceiros.
Letra a.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 74 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
doutrinário do art. 37, § 6º, da Constituição Federal de 1988 – segundo o qual a ação
somente pode ser proposta em face do Estado, não sendo lícito acionar diretamente o
agente público – exprime a perspectiva da teoria do(a)
a) duplo grau administrativo.
b) duplo controle administrativo.
c) dupla liberação.
d) monismo administrativo.
e) dupla garantia.
Em breve síntese, a teoria da dupla garantia estabelece que o particular lesado por algum
dano decorrente da atividade do Poder Público somente poderá demandar o ente público ou
a pessoa jurídica de direito privado, e não o agente estatal responsável pelo cometimento
do dano. A faculdade de ajuizar uma ação contra o agente que causou o dano é medida
que apenas é possível para o Poder Público, e, ainda assim, somente nos casos de dolo ou
de culpa.
Logo, é correto afirmar que estamos diante de uma dupla garantia, a saber:
a) para o particular, a garantia de que não precisará comprovar dolo ou culpa do autor
do dano.
b) para o servidor, a garantia de que apenas responderá, em ação regressiva, perante o
Poder Público.
JURISPRUDÊNCIA
RESPONSABILIDADE CIVIL – INDENIZAÇÃO – RÉU AGENTE PÚBLICO – ARTIGO 37, § 6º, DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL – ALCANCE – ADMISSÃO NA ORIGEM – RECURSO EXTRAORDINÁRIO
– PROVIMENTO. (RE 1027633) A vítima somente poderá ajuizar a ação de indenização
contra o Estado; se este for condenado, poderá acionar o servidor que causou o dano
em caso de dolo ou culpa; o ofendido não poderá propor a demanda diretamente
contra o agente público.
Letra e.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 75 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 76 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
Considerando o tema tratado no texto, qual a teoria adotada no direito pátrio para
fundamentar a responsabilidade civil do Estado em razão de ato praticado por um servidor
ou mesmo por um integrante das forças policiais, civis ou militares, segundo a jurisprudência
e a doutrina dominantes?
a) Teoria do risco administrativo
b) Teoria do risco integral
c) Teoria da culpa administrativa
d) Teoria da culpa anônima
e ) Teoria da culpa do serviço
O prazo prescricional das ações de reparação civil contra o Estado é de 5 anos, conforme
previsão do artigo 1º do Decreto 20.910/1932, de seguinte teor:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 77 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
Art. 1º As dívidas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer
direito ou ação contra a Fazenda federal, estadual ou municipal, seja qual for a sua natureza,
prescrevem em cinco anos contados da data do ato ou fato do qual se originarem.
Letra d.
A responsabilidade civil do Estado pelos danos causados por seus agentes é objetiva em
relação a terceiros, e permite o direito de regresso do Estado contra o servidor público
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 78 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
responsável nos casos de dolo ou culpa. Neste sentido, inclusive, é o texto do artigo 37,
§6º, da Constituição Federal, de seguinte redação:
Art. 37, § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 79 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
Art. 37, § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Errado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 80 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
012. (VUNESP/INV POL (PC SP)/PC SP/2022) A respeito da responsabilidade civil do Estado,
é correto afirmar que
a) a soberania estatal, assegurada na Carta Constitucional de 1988, impede que o ente
estatal seja responsabilizado por danos causados aos cidadãos do próprio país, permitindo
apenas a responsabilização por danos causados a nações estrangeiras.
b) a responsabilização civil do Estado prescinde da comprovação do nexo causal entre ação
ou omissão de agente ou órgão estatal e o dano causado a terceiro, sendo materialização
da chamada teoria da “responsabilidade objetiva”.
c) a chamada “teoria do risco integral” pressupõe a responsabilização do Estado por danos
causados a terceiros exclusivamente no caso de dolo ou culpa grave dos agentes estatais e
desde que o dano seja causado em decorrência da prestação de serviço público.
d) as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
e) o desenvolvimento legislativo, doutrinário e jurisprudencial da noção de responsabilidade
do Estado por danos causados aos cidadãos não contribui para a construção da noção
jurídico-política de Estado Democrático de Direito.
Art. 37, § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 81 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
013. (VUNESP/DEL POL (PC SP)/PC SP/2022) A respeito da responsabilidade civil extracontratual
da Administração, assinale a alternativa correta.
a) A responsabilidade civil objetiva se aplica a danos causados a pessoas que possuam
vínculo especial (estatutário ou contratual) com o estado.
b) O Direito Brasileiro adota a teoria da culpa anônima.
c) Por força da disposição constitucional, a Administração não pode ser eximida, em relações
contratuais, da responsabilização por caso fortuito ou força maior.
d) Ainda que a conduta estatal seja lícita, ficará caracterizada a responsabilidade do Estado
quando comprovada a ilicitude do dano.
e) As pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos somente respondem
de forma objetiva a danos causados aos usuários do serviço público.
Letra A: Errada. A responsabilidade civil objetiva se aplica aos danos causados de forma geral,
independentemente da existência de um vínculo jurídico específico com o Poder Público.
Letra B: Errada. A teoria predominantemente adotada em nosso ordenamento jurídico é
a do risco administrativo.
Letra C: Errada. Na responsabilidade contratual (decorrente da celebração de um contrato
administrativo), o Estado deverá responder inclusive em relação aos excludentes de
responsabilidade. Na responsabilidade extracontratual (civil), é que as situações de caso
fortuito ou de força maior podem ser utilizadas como excludentes ou atenuantes de
responsabilização.
Letra D: Certa. Quando comprovada a ilicitude do dano, a responsabilidade do Estado ficará
caracterizada, ainda que a conduta estatal seja lícita. Dito de outra forma, mesmo a conduta
lícita do agente público poderá ensejar, em caso de dano ao particular, a responsabilização
do Poder Público.
Letra E: Errada. O STF possui entendimento sedimentado de que as pessoas jurídicas de
direito privado, quando prestadoras de serviços públicos, respondem de forma objetiva
pelos danos causados tanto aos usuários quanto aos não usuários do serviço público que
está sendo prestado.
Letra d.
014. (FGV/INV POL (PC RJ)/PC RJ/2022) João, investigador policial da Polícia Civil do Estado
Alfa, cumpria diligência determinada por delegado de polícia no bojo de inquérito policial
que apura crime de associação para o tráfico de drogas. Para tanto, João realizava o
mapeamento de determinada rua, quando, por descuido, deixou sua arma cair no chão,
causando um disparo que atingiu a perna de Maria, moradora da comunidade.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 82 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
Após receber alta no hospital onde foi atendida, Maria procurou a Defensoria Pública e
ajuizou ação indenizatória em face:
a) de João, diretamente, com base em sua responsabilidade civil objetiva, sendo desnecessária
a comprovação de ter o policial agido com culpa ou dolo;
b) de João, diretamente, com base em sua responsabilidade civil subjetiva e solidária, sendo
necessária a comprovação de ter o policial agido com culpa ou dolo;
c) da Polícia Civil do Estado Alfa, com base em sua responsabilidade civil objetiva, sendo
desnecessária a comprovação de ter agido João com culpa ou dolo;
d) do Estado Alfa, com base em sua responsabilidade civil objetiva, sendo desnecessária a
comprovação de ter agido João com culpa ou dolo;
e) do Estado Alfa, com base em sua responsabilidade civil subjetiva, sendo necessária a
comprovação de ter agido João com culpa ou dolo.
Na situação narrada, e tendo em vista a teoria da responsabilidade civil objetiva, Maria deve
ajuizar uma ação de indenização contra o Estado Alfa. Neste momento inicial, não serão
levados em conta o dolo ou a culpa do agente público. Após o pagamento da indenização, o
Estado irá verificar se João agiu com dolo ou culpa, propondo, em caso positivo, a competente
ação de ressarcimento.
Letra d.
015. (FGV/OAB UNI NAC/OAB/2022) Márcio é policial militar do Estado Ômega e, ao longo
de suas férias, em movimentada praia no litoral do Estado Alfa, durante festa em que se
encontrava à paisana, envolveu-se em uma briga, durante a qual sacou a arma da corporação,
que sempre portava, e desferiu tiros contra Bernardo, que veio a óbito imediato. Mirtes,
mãe de Bernardo, pretende ajuizar ação indenizatória em decorrência de tal evento.
Sobre a situação narrada, assinale a afirmativa correta.
a) A ação indenizatória não poderá ser ajuizada em face do Estado Ômega, na medida em
que o fato ocorreu no território do Estado Alfa.
b) A ação deverá ser ajuizada em face da União, que é competente para promover a
segurança pública.
c) Há legitimidade passiva do Estado Ômega, considerando que Márcio tinha a posse de
uma arma da corporação, em decorrência da qualidade de agente público.
d) O Estado Ômega deve responder civilmente pela conduta de Márcio, já que o ordenamento
jurídico pátrio adotou a teoria do risco integral.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 83 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
Letra A: Errada. A ação indenizatória deve ser proposta contra o Estado Ômega, que é onde
o agente público encontra-se vinculado funcionalmente.
Letra B: Errada. A ação de indenização deve ser julgada contra o Estado Ômega, e não contra
a União.
Letra C: Certa. Considerando que Márcio tinha, em decorrência da qualidade de agente
público, a posse de uma arma da corporação, a ação de indenização deve ser proposta
contra o Estado Ômega, que possui, no caso, legitimidade passiva.
Letra D: Errada. O Estado Ômega realmente deve responder civilmente pela conduta de Márcio.
No entanto, a responsabilização deve ocorrer com base na teoria do risco administrativo,
e não do risco integral.
Letra c.
Item I: Certa. O ato da administração pública, o dano e o nexo de causalidade são elementos
que devem ser demonstrados para que ocorra a responsabilidade civil do Estado com base
na teoria objetiva. Em sentido oposto, não há necessidade de comprovação do dolo ou da
culpa do servidor público.
Item II: Errada. Na responsabilidade objetiva, se houver a culpa da vítima, teremos a
exclusão (em caso de culpa exclusiva) ou a atenuação (em caso de culpa concorrente) da
responsabilidade civil do Estado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 84 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
Item III: Errada. Ocorrendo omissão estatal que provoque danos ao particular, estaremos
diante da teoria de responsabilização subjetiva. Logo, há a necessidade de comprovação
da culpa do Estado.
Letra a.
017. (FGV/TNS (SSP AM)/SSP AM/2022) José é servidor público ocupante do cargo efetivo de
Técnico de Nível Superior da Secretaria de Segurança Pública do Estado Alfa e, no exercício
da função, praticou ato ilícito que, com nexo causal, causou danos materiais a Davi, usuário
do serviço público, inexistindo qualquer causa de exclusão da responsabilidade.
No caso em tela, eventual ação indenizatória deverá ser ajuizada por Davi em face
a) da Secretaria de Segurança Pública do Estado Alfa, com base em sua responsabilidade
civil subjetiva, sendo necessário se comprovar o elemento subjetivo na conduta do agente,
que deverá responder em ação regressiva, caso haja condenação da referida Secretaria e
João tenha agido com culpa ou dolo.
b) da Secretaria de Segurança Pública do Estado Alfa, com base em sua responsabilidade
civil objetiva, sendo desnecessário se comprovar o elemento subjetivo na conduta de João,
que não está sujeito à ação regressiva, pela teoria do risco administrativo.
c) de João, diretamente, com base em sua responsabilidade civil subjetiva, sendo necessário
se comprovar o elemento subjetivo em sua conduta, e o Estado Alfa está sujeito à ação
regressiva, pela teoria do risco administrativo, caso João seja condenado.
d) do Estado Alfa, com base em sua responsabilidade civil subjetiva, sendo necessário se
comprovar o elemento subjetivo na conduta de João, que não está sujeito à ação regressiva,
pela teoria do risco administrativo.
e) do Estado Alfa, com base em sua responsabilidade civil objetiva, sendo desnecessário
se comprovar o elemento subjetivo na conduta de João, que deverá responder em ação
regressiva, caso haja condenação do referido Estado e o agente tenha agido com culpa
ou dolo.
A situação nos mostra que José praticou ato ilícito que, com nexo causal, causou danos
materiais a Davi, usuário do serviço público. Logo, com base na reponsabilidade civil objetiva,
a ação de indenização deve ser proposta contra o Estado Alfa, que é onde João está vinculado
funcionalmente.
No momento do ajuizamento da ação, não há necessidade de comprovação de dolo ou culpa
da conduta do servidor. Contudo, caso o Estado verifique, após o pagamento da indenização,
que José agiu com dolo ou culpa, ajuizará a competente ação regressiva de ressarcimento
contra o agente público.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 85 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
Art. 37, § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Letra e.
018. (FGV/ALUN OF (PM AM)/PM AM/2022) O PM José, da Polícia Militar do Estado Alfa, e sua
equipe realizavam operação policial em determinada comunidade para reprimir o tráfico
de drogas e, durante troca de tiros com criminosos, atingiu a perna da criança Maria, de 4
anos, moradora da localidade. O laudo de confronto balístico tornou incontestável o fato
de que o projétil de arma de fogo que lesionou a criança partiu do fuzil do Policial José.
A criança Maria, representada pelos seus pais, procurou a Defensoria Pública e ajuizou ação
indenizatória em face
a) de José, por sua responsabilidade civil direta e objetiva, sendo desnecessária a comprovação
de ter agido com dolo ou culpa, com base na teoria do risco administrativo.
b) do Estado Alfa, por sua responsabilidade civil subjetiva, sendo necessária a comprovação
de ter agido o PM José com dolo ou culpa.
c) da Polícia Militar do Estado Alfa, por sua responsabilidade civil subjetiva, sendo necessária
a comprovação de ter agido o PM José com dolo ou culpa.
d) do Estado Alfa, por sua responsabilidade civil objetiva, sendo desnecessária a comprovação
de ter agido o PM José com dolo ou culpa, com base na teoria do risco administrativo.
e) da Polícia Militar do Estado Alfa, por sua responsabilidade civil objetiva, sendo desnecessária
a comprovação de ter agido o PM José com dolo ou culpa, com base na teoria do risco
administrativo.
Aqui, estamos diante de uma situação em que a ação indenizatória deve ser proposta
diretamente contra o Estado Alfa, em razão da responsabilidade civil objetiva. Para o
ajuizamento da ação, não é necessária a comprovação do dolo ou da culpa do agente público
responsável pelo disparo.
Após, com base na teoria do risco administrativo, o Estado verifica se o PM José agiu com dolo
ou culpa. Em caso positivo, o Estado ajuíza a competente ação regressiva de ressarcimento.
Letra d.
019. (FGV/ESC POL (PC AM)/PC AM/4ª CLASSE/2022) Maria, Escrivã de Polícia Civil do
Estado Gama, no exercício da função, no bojo de um inquérito policial, ao digitar um ato de
indiciamento cujo conteúdo estava sendo ditado pelo Delegado Titular, de forma dolosa,
com objetivo de prejudicar André, seu antigo desafeto, inseriu a qualificação completa de
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 86 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
André como sendo indiciado. Mesmo sabendo que André não tinha qualquer relação com
os fatos investigados, Maria induziu a Autoridade Policial a erro. Meses depois, André foi
citado em ação penal e, após se inteirar dos fatos, conseguiu reunir provas não apenas de
sua inocência, mas também de que se tratou de uma armação dolosamente feita por Maria.
Eventual ação indenizatória manejada por André deverá ser ajuizada em face da(o)
a) Polícia Civil do Estado Gama, por sua responsabilidade civil objetiva, assegurado o direito
de regresso em face de Maria.
b) Polícia Civil do Estado Gama, por sua responsabilidade civil subjetiva, vedado o direito
de regresso em face de Maria.
c) Estado Gama, por sua responsabilidade civil objetiva, assegurado o direito de regresso
em face de Maria.
d) Estado Gama, por sua responsabilidade civil subjetiva, assegurado o direito de regresso
em face de Maria.
e) Maria, por sua responsabilidade civil objetiva, vedado o direito de regresso em face do
Estado Gama.
Inicialmente, devemos saber que eventual ação indenizatória manejada por André deverá ser
ajuizada contra o Estado Gama, tendo como fundamento a responsabilidade civil objetiva.
Posteriormente, ao verificar que Maria agiu de forma dolosa, deve o Estado ajuizar a ação
regressiva de ressarcimento.
Art. 37, § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Letra c.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 87 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
A responsabilização objetiva da Administração Pública por atos praticados por seus servidores
ocorre com base na teoria do risco administrativo. Nesta teoria, há a necessidade de
comprovação do nexo de causalidade entre a ação estatal e o dano causado.
Além disso, é importante salientar que a teoria do risco administrativo admite a presença
de excludentes ou atenuantes de responsabilização, que ocorrem, respectivamente, em
caso de culpa exclusiva ou concorrente da vítima.
Letra d.
No caso prático demonstrado, a responsabilidade civil pelos danos causados ao bem de Tiago
é do Município Beta, contra quem deverá ser ajuizada a competente ação indenizatória,
independente de dolo ou culpa de Joana. Posteriormente, em caso de comprovação de dolo
ou culpa de Joana, deverá o Estado ajuizar a ação regressiva contra a servidora.
Outro ponto a ser destacado é que a teoria do risco integral, que é aplicada ao caso, admite
os excludentes ou atenuantes de responsabilização. Logo, eventual culpa exclusiva de Tiago
afasta a responsabilização estatal.
Letra c.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 88 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
023. (FGV/AUX (MPE SC)/MPE SC/2022) Joana, ocupante do cargo de auxiliar administrativo do
Ministério Público do Estado Alfa, durante atendimento no balcão da Secretaria da Promotoria
onde está lotada, recebeu do cidadão José uma representação escrita, narrando graves
fatos ilícitos que ensejariam a atuação do Ministério Público, que o noticiante imputava a
determinada sociedade empresária. Tendo em vista que o sócio administrador da referida
sociedade é irmão de Joana, a servidora resolveu não dar andamento à notícia e rasgou o
documento escrito trazido por José. Diante da não atuação do Ministério Público no caso,
exclusivamente em razão da conduta de Joana, José sofreu comprovados danos materiais.
Inconformado com a conduta da servidora e a omissão do parquet, José ajuizou ação
indenizatória em face:
a) de Joana, por sua responsabilidade civil objetiva, de maneira que não será necessária a
comprovação de ter agido a servidora com dolo ou culpa;
b) do Ministério Público do Estado Alfa, por sua responsabilidade civil objetiva, de maneira
que não será necessária a comprovação de ter agido Joana com dolo ou culpa;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 89 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
c) do Estado Alfa, por sua responsabilidade civil objetiva, de maneira que não será necessária
a comprovação de ter agido Joana com dolo ou culpa;
d) do Ministério Público do Estado Alfa, por sua responsabilidade civil subjetiva, de maneira
que será necessária a comprovação de ter agido Joana com dolo ou culpa;
e) do Estado Alfa, por sua responsabilidade civil subjetiva, de maneira que será necessária
a comprovação de ter agido Joana com dolo ou culpa.
José deve, na situação narrada, ajuizar ação indenizatória em face do Estado Alfa, tendo em
vista a responsabilidade civil objetiva do ente federativo. E justamente por estarmos diante
de uma teoria objetiva, não há necessidade de comprovação de dolo ou culpa por parte da
conduta de Joana. Tais elementos (dolo ou culpa) apenas serão analisados em momento
posterior, ensejando, se for o caso, o ajuizamento de ação regressiva de ressarcimento.
Letra c.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 90 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
d) subjetiva, pois o agente público tem o dever de ressarcir o erário municipal, porque agiu
com culpa, incidindo no caso narrado a teoria da dupla garantia: a primeira para o particular
Moacir que teve assegurada a responsabilidade objetiva, não necessitando comprovar dolo
ou culpa de Fernando; e a segunda para o servidor Fernando, que somente responderá
perante o ente municipal.
e) objetiva, pois o agente público tem o dever de ressarcir o erário municipal, porque agiu
com culpa, incidindo no caso narrado a teoria da dupla garantia: a primeira para o particular
Moacir que teve assegurada a responsabilidade subjetiva, não necessitando comprovar
dolo ou culpa de Fernando; e a segunda para o servidor Fernando, que somente responderá
perante o ente municipal.
Em razão da conduta culposa por imprudência, Fernando abalroou o carro de Moacir, que
sofreu danos materiais. Logo, após efetuar o pagamento da indenização ao particular, deve
o Estado ajuizar ação regressiva em face de Fernando.
Aqui, um ponto importante: a ação regressiva de ressarcimento, que é ajuizada contra o
servidor, possui natureza subjetiva. E isso ocorre na medida em que, para o ajuizamento
da ação, é necessário que seja comprovada a presença de dolo ou culpa do agente público.
Também é importante destacar que a situação narrada configura a teoria da dupla garantia.
Em breve síntese, o STF entende que, com base na teoria da dupla garantia, o particular
lesado somente poderá demandar o ente público ou a pessoa jurídica de direito privado
objetivando a reparação do dano causado, não sendo possível ajuizar ação contra o agente
causador do dano.
Logo, a medida implica em uma dupla garantia: para o particular (que não terá a necessidade
de comprovar dolo ou culpa do autor do dano) e para o servidor (que apenas responderá,
em ação regressiva, perante o ente estatal).
Letra d.
025. (FGV/CONT DIST (TJ TO)/TJ TO/CIÊNCIAS CONTÁBEIS/2022) João, servidor público
ocupante do cargo efetivo de contador/distribuidor do Tribunal de Justiça do Estado Ômega,
no exercício de suas funções, destruiu os autos físicos de um processo judicial em que seu
desafeto Antônio figurava como parte autora, com o objetivo de prejudicá-lo.
Em razão do ato ilícito praticado por João, o jurisdicionado Antônio sofreu danos materiais
e morais.
Inconformado, Antônio contratou advogado e ajuizou ação indenizatória em face:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 91 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
Em razão do ato ilícito praticado por João, o jurisdicionado Antônio sofreu danos materiais
e morais. Consequentemente, deverá Antônio ajuizar uma ação indenizatória em face do
Estado Ômega, sendo desnecessária, em razão da responsabilidade objetiva, a comprovação
de dolo ou culpa por parte do agente público João.
Letra e.
026. (FGV/TJ (TJ TO)/TJ TO/APOIO JUDICIÁRIO E ADMINISTRATIVO/2022) Pedro, chefe do setor
de transportes da Prefeitura do Município Alfa, foi informado de que um dos motoristas
vinculados ao órgão, conduzindo o veículo oficial durante o expediente, colidira com outro
veículo, daí decorrendo lesões corporais no motorista deste último. Preocupado, levou o
fato ao conhecimento do seu superior e indagou se o ocorrido acarretaria a responsabilidade
civil do Município pelos danos causados ao outro motorista.
Foi-lhe respondido, corretamente, que o Município:
a) somente será responsabilizado se for demonstrada a culpa de Pedro;
b) será responsabilizado independentemente da culpa de Pedro, salvo se tiver ocorrido
culpa exclusiva da vítima;
c) não será responsabilizado, pois a atuação de Pedro, à margem da juridicidade, não lhe
pode ser imputada;
d) será responsabilizado independentemente da culpa de Pedro, mesmo que tenha ocorrido
culpa exclusiva da vítima;
e) somente será responsabilizado pela indenização de metade dos danos causados, cabendo
a outra metade a Pedro.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 92 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
027. (FGV/AG SG PEN (DEPEN MG)/DEPEN MG/2022) Mário, servidor público estadual, ao
conduzir em serviço automóvel pertencente à autarquia estadual em que estava lotado,
calculou mal o espaço para fazer uma curva e, ainda que não estivesse em excesso de
velocidade, acabou colidindo contra o automóvel de Lucas, que estava corretamente
estacionado na via pública.
Acerca desse cenário, a responsabilidade civil do Estado no caso descrito é
a) aquiliana e objetiva, nos termos da teoria do risco administrativo.
b) extracontratual e subjetiva, nos termos da teoria do risco administrativo.
c) contratual e objetiva, nos termos da teoria do risco integral.
d) contratual e subjetiva, nos termos da teoria do risco integral.
e) aquiliana e objetiva, nos termos da teoria do risco integral.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 93 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
Além das pessoas jurídicas de direito público, os danos causados pelos agentes das pessoas
jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos estão sujeitos às regras da
responsabilidade civil do Estado.
Art. 37, § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Errado.
030. (CEBRASPE (CESPE)/DP RS/DPE RS/2022) Cada um dos próximo item apresenta uma
situação hipotética seguida de uma assertiva, a ser julgada de acordo com o entendimento
dos tribunais superiores acerca da responsabilidade civil do Estado.
Uma professora da rede estadual de ensino recebia, havia meses, ofensas e ameaças de
agressão e morte feitas por um dos alunos da escola. Em todas as oportunidades, ela
reportou o ocorrido à direção da escola, que, acreditando que nada ocorreria, preferiu não
admoestar o aluno. Em determinada data, dentro da sala de aula, esse aluno desferiu um
soco no rosto da professora, causando-lhe lesões aparentes, o que a motivou a ingressar
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 94 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
com demanda judicial indenizatória contra o Estado. Nessa situação hipotética, não há
responsabilidade do Estado, já que o dano foi provocado por terceiro.
JURISPRUDÊNCIA
Trata-se, no caso, de agressão física perpetrada por aluno contra uma professora dentro
de escola pública. Apesar de a direção da escola estar ciente das ameaças sofridas
pela professora antes das agressões, não tomou qualquer providência para resguardar
a segurança da docente ameaçada e afastar, imediatamente, o estudante da escola.
O tribunal a quo, soberano na análise dos fatos, concluiu pela responsabilidade civil
por omissão do Estado. Não obstante o dano ter sido causado por terceiro, existiam
meios razoáveis e suficientes para impedi-lo e não foram utilizados pelo Estado. Assim,
demonstrado o nexo causal entre a inação do Poder Público e o dano configurado, tem
o Estado a obrigação de repará-lo. Logo, a Turma conheceu parcialmente do recurso
e, nessa parte, negou-lhe provimento.
Errado.
031. (CEBRASPE (CESPE)/DP RS/DPE RS/2022) Cada um dos próximo item apresenta uma
situação hipotética seguida de uma assertiva, a ser julgada de acordo com o entendimento
dos tribunais superiores acerca da responsabilidade civil do Estado.
Um detento em cumprimento de pena em regime fechado empreendeu fuga do estabelecimento
penal. Decorridos aproximadamente três meses da fuga, ele cometeu o crime de latrocínio,
em conjunto com outros agentes. Sabendo da fuga, a família da vítima ingressou com ação
para processar o Estado. Nessa situação hipotética, há responsabilidade estatal, haja vista
a omissão na vigilância e na custódia de pessoa que deveria estar presa, além da negligência
da administração pública no emprego de medidas de segurança carcerária.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 95 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
JURISPRUDÊNCIA
Nos termos do artigo 37, § 6º, da Constituição Federal, não se caracteriza a
responsabilidade civil objetiva do Estado por danos decorrentes de crime praticado
por pessoa foragida do sistema prisional, quando não demonstrado o nexo causal
direto entre o momento da fuga e a conduta praticada.
Logo, para que a responsabilidade civil seja configurada, deve ser demonstrado o nexo
causal direto entre o momento da fuga e a conduta praticada.
Na situação narrada pela questão, o preso foragido praticou os crimes após o lapso temporal
de 3 meses. Logo, não há que se falar na responsabilidade civil do Estado.
Errado.
JURISPRUDÊNCIA
O Estado responde subsidiariamente por danos materiais causados a candidatos em
concurso público organizado por pessoa jurídica de direito privado (art. 37, § 6º, da
CRFB/88), quando os exames são cancelados por indícios de fraude.
Certo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 96 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
A responsabilidade civil do Estado não pressupõe qualquer tipo de implicação nas esferas
administrativa e penal. Isso ocorre na medida em que as três esferas de responsabilização
são, como regra geral, independentes entre si, podendo inclusive serem acumuladas.
Errado.
034. (CEBRASPE (CESPE)/TCE TCE RJ/TCE RJ/TÉCNICO/2022) João, servidor público, praticou
ato administrativo que causou prejuízo a um particular. Percebendo a ilegalidade decorrente
da prática desse ato, João revogou-o. Mesmo assim, o particular resolveu pedir indenização
e ajuizou ação de responsabilidade civil do Estado em face do ato de João, alegando que o
dano já havia sido concretizado.
A partir dessa situação hipotética, julgue o item a seguir.
Para fins de responsabilidade civil do Estado, é necessário que João tenha agido na condição
de servidor público.
Para que o Estado seja responsabilizado pelos danos causados por João, há a necessidade
de que este tenha agido na condição de servidor público. Isso implica em afirmar que os
atos praticados na vida particular de João não serão objeto de responsabilização por parte
do Poder Público, uma vez que não estão relacionados com a condição de agente estatal.
Certo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 97 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
JURISPRUDÊNCIA
Nos termos do artigo 37 §6º da Constituição Federal, não se caracteriza a
responsabilidade civil objetiva do Estado por danos decorrentes de crime praticado
por pessoa foragida do sistema prisional, quando não demonstrado o nexo causal
direto entre o momento da fuga e a conduta praticada”.
Errado.
037. (CEBRASPE (CESPE)/JE TJMA/TJ MA/2022) Após um plano de fuga bem sucedido, um
presidiário praticou o crime de estupro de vulnerável, mediante violência, causando a morte
da vítima.
Indignados com o ocorrido, os pais da vítima ingressaram com ação judicial na qual requereram
a condenação do Estado à concessão de pensão vitalícia e pagamento de indenização por
danos morais, alegando a responsabilidade objetiva estatal e a falha na prestação do serviço
de segurança pública como fundamentos do pedido.
Nessa situação hipotética, considerada a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal sobre
o tema, a demanda deverá ser julgada
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 98 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
JURISPRUDÊNCIA
STF - RE 608880: Nos termos do artigo 37 §6º da Constituição Federal, não se caracteriza
a responsabilidade civil objetiva do Estado por danos decorrentes de crime praticado
por pessoa foragida do sistema prisional, quando não demonstrado o nexo causal
direto entre o momento da fuga e a conduta praticada.
038. (FGV/AG POL (RN)/PC RN/2021) Maria, escrivã de Polícia Civil no Estado Alfa, ao digitar
o auto de qualificação do investigado João da Silva de Tal, no bojo de inquérito policial,
cometeu erro de grafia, de maneira que acabou escrevendo o nome de outra pessoa, quase
homônima, que nenhuma relação tinha com o caso, João da Salva de Tal. Diante de tal erro
no procedimento de identificação, por falta de cuidado de Maria na fase investigatória,
João da Salva de Tal foi denunciado pelo Ministério Público, respondeu à ação penal, mas
ao final foi absolvido.
Após procurar a Defensoria Pública, João da Salva de Tal manejou ação indenizatória em face:
a) do Estado Alfa, por sua responsabilidade civil objetiva, sendo desnecessária a comprovação
do elemento subjetivo do dolo ou culpa de Maria;
b) da Polícia Civil do Estado Alfa, por sua responsabilidade civil subjetiva, sendo necessária
a comprovação do elemento subjetivo do dolo ou culpa de Maria;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 99 de 107
Direito Administrativo
Responsabilidade Civil do Estado
Diogo Surdi
No caso apresentado, a ação do particular deve ser protocolada contra o Estado Alfa, que
é o ente federativo do qual a Polícia Civil faz parte. A responsabilidade será objetiva, sem
a necessidade de comprovação de dolo ou culpa.
Após o pagamento da indenização, o Estado Alfa irá verificar se houve solo ou culpa por
parte da servidora Maria. Em caso positivo, poderá ajuizar a ação de ressarcimento contra
a agente estatal.
Letra a.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Art. 37, § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Errado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
042. (INSTITUTO AOCP/AG (ITEP RN)/ITEP RN/TÉCNICO FORENSE/2021) No Brasil, como regra
geral, a responsabilidade civil objetiva do Estado, insculpida no art. 37, §6º da Constituição
Federal, adota a teoria
a) do risco integral.
b) do risco administrativo.
c) do risco suscitado.
d) da responsabilidade subjetiva.
e) da culpa do serviço.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Art. 37, § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Letra b.
043. (CEBRASPE (CESPE)/OF (CBM AL)/CBM AL/2021) Com relação à organização administrativa
e à responsabilidade civil do Estado, julgue o item seguinte.
A Caixa Econômica Federal é empresa pública prestadora de serviços de natureza privada
e possui responsabilidade objetiva pelos atos praticados pelos seus agentes.
Errado.
044. (CEBRASPE (CESPE)/OF (CBM AL)/CBM AL/2021) Com relação à organização administrativa
e à responsabilidade civil do Estado, julgue o item seguinte.
Caso uma viatura do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Alagoas se envolva em um
acidente de trânsito com um veículo particular e disso resultem danos materiais e morais
ao condutor do veículo particular, este não será indenizado pelo Estado se não for provado
culpa ou dolo do condutor da viatura, subsistindo a responsabilidade subjetiva do Estado.
045. (QUADRIX/AG ADM (CRBM 4 PA)/CRBM 4 (PA RO)/2021) Acerca de atos administrativos
e de controle e responsabilização da Administração, julgue o item a seguir.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
046. (QUADRIX/AG ADM (CRBM 4 PA)/CRBM 4 (PA RO)/2021) Acerca de atos administrativos
e de controle e responsabilização da Administração, julgue o item a seguir.
A responsabilidade civil dos servidores públicos é subjetiva, ou seja, deve-se demonstrar
se a sua conduta decorreu de dolo ou culpa.
047. (QUADRIX/AG ADM (CRBM 4 PA)/CRBM 4 (PA RO)/2021) Acerca de atos administrativos
e de controle e responsabilização da Administração, julgue o item a seguir.
A responsabilidade civil do Estado, na modalidade de risco integral, não admite a alegação
das excludentes de responsabilidade, razão pela qual os prejuízos causados a terceiros
devem ser indenizados independentemente de sua origem.
A grande diferença entre o risco integral e o risco administrativo é que, no primeiro caso, não
são admitidas excludentes de responsabilização. Consequentemente, os prejuízos causados
a terceiros devem ser indenizados pelo Poder Público, independentemente de sua origem.
Certo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
No Tema 777, que versa sobre a responsabilidade civil do Estado em decorrência de danos
causados a terceiros por tabeliães e oficiais de registro no exercício de suas funções, o STF
fixou a seguinte tese:
JURISPRUDÊNCIA
O Estado responde, objetivamente, pelos atos dos tabeliães e registradores oficiais que,
no exercício de suas funções, causem dano a terceiros, assentado o dever de regresso
contra o responsável, nos casos de dolo ou culpa, sob pena de improbidade administrativa”.
Letra a.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Art. 37, § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
caminhos
crie
futuros
gran.com.br
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.