Organizacao Administrativa E1679934402
Organizacao Administrativa E1679934402
Organizacao Administrativa E1679934402
ADMINISTRATIVO
Organização Administrativa
Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes
Todo o material desta apostila (incluídos textos e imagens) está protegido por direitos autorais
do Gran Cursos Online. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer
outra forma de uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o
transgressor às penalidades previstas civil e criminalmente.
CÓDIGO:
230303509767
DIOGO SURDI
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Organização Administrativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
3.1. Centralização. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
3.2. Descentralização. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
4.1. Concentração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
4.2. Desconcentração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
6. Órgãos Públicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
6.1. Características . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
6.2. Classificação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
7. Administração Direta. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
8. Administração Indireta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
8.3. Autarquias. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
8.4. Fundações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 3 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
Mapa Mental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
Questões de Concurso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 4 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
APRESENTAÇÃO
Olá, aluno(a), tudo bem? Espero que sim!
Na aula de hoje, veremos todos os detalhes acerca da Organização Administrativa,
assunto bastante exigido nas provas de Direito Administrativo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 5 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
Entretanto, seria bastante complicado, para cada um desses entes, conseguir alcançar
todos os objetivos necessários dispondo apenas de um órgão central.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 6 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 7 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
Teremos a elaboração de uma política pública quando o Poder Legislativo edita uma lei
determinando a adoção de certas medidas com a finalidade de manutenção do bem estar
coletivo (tal como ocorre, por exemplo, com a edição de uma norma que estabelece que certos
estabelecimentos comerciais apenas podem permanecer abertos até determinado horário).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 8 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
Teremos a execução de uma política pública quando o Poder Executivo, por meio de seus
agentes públicos, fiscaliza se a norma em questão está sendo observada pelos proprietários
de estabelecimentos comerciais.
Adotando o conceito de administração pública em sentido amplo, as duas situações são
consideradas “administração pública”.
Se tomarmos como referência o exemplo anterior, apenas a execução das atividades necessárias
à verificação do cumprimento do horário de funcionamento dos estabelecimentos comerciais
é considerada administração pública. Em sentido oposto, a elaboração da mencionada lei não
entra no conceito estrito de administração.
O sentido estrito é o adotado em nosso ordenamento jurídico, de forma que apenas será
considerada administração pública as atividades destinadas à execução das políticas públicas.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 9 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
- Fomento: Incentivo à iniciativa privada para determinadas funções públicas (tal como ocorre
com um incentivo fiscal concedido para que uma organização social atue em uma atividade
pública, auxiliando a administração);
- Serviços Públicos: Prestação de determinadas atividades para toda a população, regidas
pelo direito público (como o serviço postal e o serviço de telecomunicações);
- Polícia Administrativa: Restrição de algum direito particular em prol do benefício de toda
a coletividade (como a apreensão de mercadorias vencidas em um supermercado, evitando
uma possível intoxicação generalizada);
- Intervenção: Quando o Estado intervém em determinadas atividades privadas (tal como
ocorre quando é realizada uma desapropriação para fins de reforma agrária).
Pelo critério material, não temos uma lista taxativa de atividades que são consideradas
administração pública, mas podemos afirmar que todas as atividades listadas acima
possuem algo em comum: são áreas importantes para o bem-estar da população e para a
preservação do interesse coletivo geral.
Dessa forma, tal sentido não leva em conta quem é o responsável pela prestação da
atividade, mas sim quais atividades são consideradas administração pública.
De acordo com o critério material, desta forma, uma concessionária de serviço público,
ainda que não faça parte das entidades que compõem formalmente a administração, será
considerada administração pública, uma vez que desempenha serviços públicos muitas
vezes essenciais à população. Em sentido oposto, o desempenho de certas atividades, ainda
que por intermédio de uma das entidades que compõem a administração indireta, não será
considerado administração pública. O motivo para tal, conforme já mencionado, é que o
critério material apenas leva em conta as atividades que são desempenhadas (a matéria)
e não os responsáveis pela sua execução.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 10 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 11 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
3. CENTRALIZAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO
ADMINISTRATIVA
Tanto a centralização quanto a descentralização referem-se à forma como a atividade
administrativa é desempenhada para a população. Por meio dos institutos, verifica-se que a
atividade administrativa pode ser desempenhada tanto por meio de órgão da administração
direta quanto através de entidades da administração indireta.
3.1. CENTRALIZAÇÃO
A centralização ocorre quando a atividade administrativa é totalmente desempenhada
por órgãos e agentes de um único ente federativo. Em tal situação, o Estado executa as
tarefas que a ele são atribuídas pela Constituição Federal de forma direta, ou seja, por
intermédio dos agentes e dos órgãos públicos componentes da administração direta.
Ressalta-se que a administração direta, conforme anteriormente exposto, é composta
pelos entes federativos, motivo pelo qual é correto afirmarmos que, com a centralização,
ocorre a prestação da atividade administrativa diretamente pela União, pelos Estados, pelo
Distrito Federal e pelos Municípios.
Na centralização, a administração direta pode fazer uso da repartição interna de
competências, dando ensejo à criação dos órgãos públicos. Caso isso ocorra, os órgãos
criados encontram-se subordinados à autoridade superior, uma vez que a hierarquia é
inerente a toda e qualquer organização dentro de uma mesma pessoa jurídica.
3.2. DESCENTRALIZAÇÃO
A descentralização, por sua vez, ocorre quando qualquer um dos entes federativos
exerce suas atribuições por intermédio de outras pessoas jurídicas. Em tais situações, ao
contrário do que ocorre quando da criação dos órgãos públicos, não teremos hierarquia ou
subordinação, mas sim mera vinculação entre a pessoa jurídica criada e o ente federativo
que a criou.
Dada a importância dos dois conceitos, vamos sedimentar o entendimento:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 12 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
A descentralização pode ser feita de duas formas, sendo elas e descentralização por
outorga (também conhecida como descentralização por serviços ou legal) e a descentralização
por delegação (negocial ou por colaboração).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 13 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
A descentralização por outorga ocorre quando o ente federativo transfere tanto a titularidade
quanto o exercício de determinada competência. Tal descentralização é feita por meio
de lei, sendo por intermédio de tal instituto que as entidades da administração indireta
são criadas.
Letra c.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 14 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
4. CONCENTRAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO
ADMINISTRATIVA
A atividade administrativa também poderá ser desempenhada de forma concentrada ou
desconcentrada, situações em que teremos a prestação da atividade com ou sem a divisão
interna de competências, que é materializada por meio da criação dos órgãos públicos.
4.1. CONCENTRAÇÃO
A concentração trata-se de uma situação que apenas é possível na parte teórica, uma
vez que implicaria no desempenho de uma atividade administrativa sem a criação de órgãos
públicos. Assim, em tal situação, tanto a administração direta quanto a indireta teriam que
desempenhar suas atividades sem a possibilidade de reparti-las internamente.
Claramente se percebe que tal forma de prestação das atividades administrativas não
encontra amparo nos dias atuais, uma vez que, cada vez mais, estamos diante de uma
administração gerencial e pautada na celeridade da prestação dos serviços à coletividade.
4.2. DESCONCENTRAÇÃO
A desconcentração, por sua vez, é a técnica administrativa através da qual são criados os
órgãos públicos. Com isso, as atividades podem ser desempenhadas de forma especializada,
através de órgãos integrantes de uma mesma entidade superior. A desconcentração – e isso
é extremamente importante – por operar-se no âmbito de uma mesma pessoa jurídica,
pressupõe hierarquia e subordinação.
Nesse ponto, é importante salientar que existe desconcentração tanto na administração
direta quanto na administração indireta, uma vez que em ambas as entidades podem existir
órgãos públicos.
A desconcentração ocorre no âmbito de uma mesma pessoa jurídica. Assim, é correto afirmar
que há, no processo, uma relação de hierarquia e subordinação entre os órgãos envolvidos.
Certo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 15 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 16 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
6. ÓRGÃOS PÚBLICOS
Diversas foram as teorias, ao longo dos tempos, que tentaram explicar o fundamento lógico
para que um agente público pudesse atuar em nome de uma determinada entidade estatal.
A primeira delas foi a teoria da identidade, segundo a qual o agente e o órgão público
seriam uma unidade inseparável, de forma que o órgão público era o próprio agente. Não
tardou para que tal teoria fosse contestada e descartada. Se admitíssemos a sua existência,
como explicar a manutenção do órgão com a possível morte do agente púbico?
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 17 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
Mas se tal teoria fosse levada a sério, como explicar o fato de o Estado, sendo incapaz,
poder nomear seus próprios agentes?
006. (QUADRIX/FISC/CRT SP/CRT SP/2021) Julgue o item, relativos às diversas teorias sobre
os órgãos administrativos.
Segundo a teoria do mandato, Estado e agente se uniriam por um vínculo jurídico representado
somente pelas eleições.
Diferente do que afirmado, pela teoria do mandato Estado e agente atuavam numa espécie
de contrato de representação, com o agente recebendo delegação para atuar em nome
do Estado.
Errado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 18 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
6.1. CARACTERÍSTICAS
Para compreendermos as características de um órgão público, podemos associá-lo ao
corpo humano. Os órgãos, assim, seriam as partes do corpo, de forma que apenas uma
parte, por si só, seria incapaz de movimentar o todo. Apenas com a vontade conjunta de
todos os órgãos é que o “corpo” consegue adquirir movimentos.
Desta característica principal (a de sozinhos serem incapazes de manifestar a vontade
do todo) é que decorrem as demais.
6.2. CLASSIFICAÇÃO
CLASSIFICAÇÃO
Os órgãos públicos podem ser classificados de acordo com diferentes critérios. Neste
ponto, temos que fazer uso das disposições de Hely Lopes Meirelles. Para este autor, os
órgãos podem assumir três tipos de classificação: quanto à posição hierárquica, quanto
à estrutura e quanto à atuação funcional.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 19 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
c) Superiores: São aqueles que, subordinados aos órgãos autônomos, assumem a função
de direção e controle. No entanto, não detém autonomia para suas atividades, motivo
pelo qual devem obediência hierárquica aos órgãos autônomos. Diferenciam-se destes,
no entanto, por não possuírem autonomia administrativa, financeira e técnica. Exemplos
clássicos são as Procuradorias administrativas e judiciais, os Gabinetes, as Coordenadorias
e as Superintendências.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 20 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
d) Subalternos: São órgãos com pouco poder decisório, possuindo dentre as suas
atribuições as tarefas de mera execução. Como exemplos, pode-se citar as repartições
públicas em geral, tal como o setor de protocolo e a seção de documentação.
Exemplo de órgão simples com apenas um agente público é o órgão público formado por
um Magistrado do Trabalho.
Exemplo de órgão simples com vários servidores é o setor de cadastro e protocolo de uma
repartição pública. Nesta situação, ainda que o órgão seja exercido por várias pessoas, não
há uma subdivisão entre as suas atividades.
Como exemplo, cita-se uma superintendência, que se divide em delegacias. Estas, por sua
vez, se dividem em secretarias, e assim por diante.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 21 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
Nota-se assim que os órgãos compostos são constituídos de ramificações, sendo cada uma
delas um centro de competência distinto e com atribuições diversas. Quando, no entanto,
reúnem-se todas as ramificações, temos a constituição de um órgão maior.
b) Colegiados: São compostos por mais de um agente com poder de decisão. Assim, as
decisões que são levadas à análise dos órgãos colegiados apenas são decididas pela maioria
das vontades dos agentes ocupantes. O típico exemplo de órgão colegiado são os Tribunais
do Poder Judiciário.
Critério Classificação
Independentes (cúpula dos Poderes)
Autônomos (cúpula da administração)
Posição hierárquica
Superiores (sem autonomia)
Subalternos (atividades de execução)
Simples (Não possuem divisões internas)
Estrutura
Compostos (Possuem divisões internas)
Singulares (Uma pessoa toma a decisão)
Atuação funcional
Colegiados (Decisão tomada pela maioria dos integrantes)
7. ADMINISTRAÇÃO DIRETA
A administração direta é composta pelas denominadas entidades políticas, também
conhecidos como entes federativos. Em nosso ordenamento, eles são quatro: União,
Estados, Distrito Federal e Municípios.
Tais entidades estão expressas na Constituição Federal, mais precisamente em seu
artigo 18, que assim dispõe:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 22 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
Interessante frisar que esta relação das entidades que compõem a administração pública
direta não é novidade trazida pela Constituição Federal de 1988. Muito antes disso, o Decreto
n. 200, de 1967, já estabelecia as entidades que faziam parte da administração pública.
Todos os entes que compõem a administração direta são considerados pessoas jurídicas
de direito público, estando sujeitos ao regime jurídico administrativo e sendo dotadas de
autonomia. Temos administração direta, dessa forma, em todas as esferas políticas.
No âmbito federal, podemos citar como exemplos de órgãos que compõem a administração
direta: a Presidência da República e seus respectivos Ministros de Estado, o Senado Federal,
a Câmara de Deputados, o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal e respectivos
Tribunais Federais, os Juízes Federais e cada uma das coordenadorias, secretarias e repartições
dos respectivos órgãos.
Na esfera estadual, a situação é semelhante, com as devidas adaptações. Assim, fazem
parte da administração direta dos Estados: o Governador e respectivos Secretários Estaduais,
os Deputados Estaduais, a Assembleia Legislativa, o Tribunal de Justiça, o Ministério Público
Estadual, os Juízes Estaduais e cada uma das repartições internas dos mencionados órgãos.
No âmbito municipal, por sua vez, a relação não oferece maiores dificuldades, com
a ressalva de que não temos, em nosso ordenamento, a presença de Poder Judiciário
exclusivamente municipal (as causas são processadas pelos órgãos estaduais). Ainda assim,
são exemplos de órgãos da administração direta municipal: Prefeito e respectivos Secretários
Municipais, Vereadores, Câmara de Vereadores e Procurador do Município.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 23 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
8. ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
A primeira informação que temos que ter bem definida é que as entidades que compõem
a administração indireta são as autarquias, as fundações públicas, as empresa públicas
e as sociedades de economia mista. Ainda que posteriormente tenham aparecido as
figuras das agências executivas, das agências reguladoras e dos consórcios públicos, a
lista das entidades da administração indireta não foi alterada, permanecendo como uma
lista taxativa.
Dessa forma, as agências e os consórcios públicos acabam se enquadrando em uma das
quatro possíveis entidades da administração indireta, conforme veremos adiante.
Art. 37, XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar,
neste último caso, definir as áreas de sua atuação;
XX – depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades
mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada;
Estes dois incisos são preciosos para o nosso estudo. Dada sua importância, lista-se
abaixo as informações necessárias para a correta compreensão do enunciado.
a) Para a criação de uma autarquia, é necessário apenas a edição de uma lei específica.
Para as demais entidades, ao contrário, a lei específica apenas autoriza a sua criação, sendo
necessário, ainda, que o ente político promova a inscrição dos atos respectivos no registro
público competente. Importante mencionar que a lei específica em questão deve ser de
iniciativa do Chefe do Poder Executivo do respectivo ente federativo.
b) As autarquias adquirem personalidade jurídica com a edição da lei específica. As
demais entidades, com o registro público de seus atos constitutivos;
c) Um cuidado maior deve ser dado às fundações: ainda que o texto constitucional
as relacione ao lado das demais entidades com personalidade jurídica de direito privado
(sociedades de economia mista e empresas públicas), o STF já se posicionou no sentido
de admitir que as fundações também possam ser criadas com personalidade jurídica de
direito público, oportunidade em que seriam classificadas como uma espécie do gênero
autarquia, mais precisamente como autarquias fundacionais ou fundações autárquicas.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 24 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
Caso o município de Cuiabá resolva criar uma autarquia e queira, futuramente, criar subsidiárias
dessa entidade, basta que a lei específica que tenha criado a autarquia disponha, em algum
de seus artigos, que fica autorizada, desde já, a criação das respectivas subsidiárias.
Evita-se, com isso, a necessidade de nova edição de lei específica com o único propósito de
autorizar a criação das subsidiárias das entidades da administração indireta.
e) Um cuidado maior deve ser dado no que se refere à participação das entidades da
administração indireta no capital de empresas privadas. Neste caso, obrigatoriamente
devemos ter a edição de uma autorização legislativa para cada uma das situações.
f) A parte final do artigo 37, XIX, prevê que lei complementar estabelecerá as áreas
de atuação das Fundações. Como veremos em momento oportuno, as fundações públicas
podem ser tanto de direito público quanto de direito privado. Para ambos os tipos de
fundação, a regra da necessidade de edição de uma lei complementar é aplicada.
No entanto, não podemos confundir as fundações públicas de direito privado com as
fundações privadas. Estas, que não fazem parte da administração pública (sendo reguladas,
por isso mesmo, pelo Direito Civil), não necessitam da edição da mencionada norma.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 25 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 26 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
8.3. AUTARQUIAS
As autarquias são pessoas jurídicas de direito público interno, criadas por lei específica
para o exercício de atividades típicas da administração pública. Com as autarquias, é
como se o Estado (através de suas entidades políticas), descentralizasse certas atividades
para entidades dotadas de maior especialização.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 27 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
E justamente por serem “especialistas” na área em que atuam, a ideia é que os serviços
por elas prestados sejam mais eficazes e atinjam de maior forma a sua finalidade, que é o
bem comum da coletividade. Por isso mesmo, costuma-se afirmar que as autarquias são
um serviço público descentralizado.
E justamente por prestarem este serviço público especializado é que as autarquias
devem se assemelhar, em tudo o que for possível, ao próprio Estado. Dessa forma, elas
estão rigorosamente sujeitas ao mesmo regime jurídico que o Estado está sujeito. Hely
Lopes Meirelles chega a afirmar que as autarquias representam uma “longa manus” do
Estado, ou seja, são executoras de ordens dadas pelo respectivo ente federativo.
Uma vez criadas as autarquias, teremos a escolha dos respectivos dirigentes. Como regra,
a própria lei que cria as entidades estabelece, em seu texto, a forma como acontecerá a
eleição e o mandato de seus dirigentes. Entretanto, é plenamente cabível que seja exigida a
aprovação prévia, por parte do Poder Legislativo, para a nomeação do dirigente escolhido.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 28 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
Se tomarmos como exemplo a esfera municipal, o processo de criação ocorre nas seguintes
fases:
- Inicialmente, o Prefeito edita uma lei criando a entidade. No mesmo texto, estabelecerá
a forma como os dirigentes da entidade serão eleitos e o prazo de duração dos respectivos
mandatos.
- Caso esteja expresso que a nomeação dos dirigentes estará condicionada à prévia aprovação
do Poder Legislativo, caberá à Câmara de Vereadores aprovar o nome escolhido.
- Após a aprovação, o Prefeito realiza a nomeação dos dirigentes.
No que se refere à extinção das autarquias, deve ser utilizado o princípio do paralelismo
das formas. Assim, como as autarquias são criadas por intermédio de lei específica, apenas
por meio de tal forma legislativa é que as entidades em questão poderão ser extintas. Tal
como ocorre com a criação, a proposta de lei destinada à extinção das autarquias deve ser
de iniciativa dos Chefes do Poder Executivo ou, quando estivermos diante de autarquias
instituídas no âmbito dos Poderes Legislativo ou Judiciário, por meio de iniciativa dos
respectivos Poderes.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 29 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
Errado.
8.3.2. CLASSIFICAÇÃO
Diversas são as classificações existentes, em nosso ordenamento jurídico, para as
autarquias, sendo que os principais critérios utilizados são os relativos ao nível federativo,
ao objeto e à natureza.
Obs.: Ressalta-se, entretanto, que a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) ainda que se
trate de um conselho profissional, não é classificada como autarquia corporativa,
uma vez que, de acordo com o entendimento do STF, trata-se a OAB de uma entidade
sui generis, não tendo nenhuma relação com a administração pública.
c) Autarquias associativas: São os consórcios públicos regidos pelo direito público, ou
seja, a reunião de entes federativos com finalidades específicas.
d) Autarquias territoriais: classificação baseada na doutrina de Maria Sylvia Zanella
Di Pietro. Segundo a autora, os territórios federais (que, ainda que não existentes em
nosso ordenamento jurídico, podem perfeitamente vir a serem criados) são uma espécie
de autarquia.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 30 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
Critério Classificação
Federais (criadas pela União)
Estaduais (criadas pelos Estados)
Quanto ao nível federativo
Distritais (criadas pelo Distrito Federal)
Municipais (criadas pelos Municípios)
Fundacionais (são as fundações públicas de direito público)
Corporativas (são os conselhos profissionais)
Quanto ao objeto Associativas (são os consórcios públicos)
Territoriais (são os territórios federais)
Administrativas (são autarquias residuais)
Comuns (não apresentam peculiaridades)
Quanto à natureza Especiais (possuem prerrogativas que as diferenciam das
demais)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 31 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
Assim, a perda do prazo por uma das partes acarreta a preclusão administrativa, ou seja,
a impossibilidade de nova atuação.
Com as autarquias, antes da entrada em vigor do Novo Código de Processo Civil, o
prazo para apresentação de contestação era contado em quádruplo, sendo o prazo para
apresentação de recursos contato de dobro.
Após a entrada em vigor, estabeleceu o NCPC que todas as manifestações da Fazenda
Pública (conceito aplicado, também, às autarquias) possuem prazo em dobro.
b) Suas causas estão sujeitas ao duplo grau de jurisdição: A garantia do duplo grau
de jurisdição determina que todas as causas que sejam julgadas desfavoráveis para as
autarquias devem, antes da produção de efeitos jurídicos, ser confirmadas pelos órgãos
superiores. Desta forma, sempre que, no âmbito de um processo judicial, as autarquias
tenham “perdido” a causa, os autos do processo sobem, imediatamente, para a instância
judicial superior.
Tal regra, no entanto, comporta exceções, que são as causas cujo valor da condenação
não exceda a 60 salários mínimos ou em que haja Súmula do STF ou jurisprudência firmada
por parte dos tribunais superiores. Nestas situações, caso a autarquia queira fazer uso da
garantia do duplo grau de jurisdição, deverá, obrigatoriamente, interpor recurso dentro
do prazo a ela concedido.
c) Desnecessidade de depósito prévio das custas processuais: Em decorrência de
tal prerrogativa, as custas processuais não precisam ser depositadas, pelas autarquias, no
início do processo, mas sim apenas após do seu término, e ainda assim quando as entidades
perderem a respectiva ação judicial.
De acordo com o entendimento do STJ, tal prerrogativa não deve ser confundida com
a obrigatoriedade do depósito prévio, pelas entidades, dos honorários pericias, conforme
se observa da leitura da Súmula 232 do mencionado tribunal:
Súmula 232 – STJ: A Fazenda Pública, quando parte no processo, fica sujeita à exigência do
depósito prévio dos honorários do perito.
Art. 1º As dívidas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer
direito ou ação contra a Fazenda federal, estadual ou municipal, seja qual for a sua natureza,
prescrevem em cinco anos contados da data do ato ou fato do qual se originarem.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 32 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 33 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
Caso uma autarquia seja proprietária de um bem imóvel (tal como uma sala comercial) e a
utilize para o desempenho de suas atividades, estará imune do pagamento do IPTU.
Caso, no entanto, a autarquia utilize o imóvel em questão para finalidades diversas das por
ela desempenhadas (tal como a utilização do imóvel para estacionamento remunerado de
veículos), teremos o pagamento de IPTU.
Assim, os consórcios podem ser conceituados como uma forma de colaboração entre
os diversos entes políticos para a gestão associada dos serviços públicos de interesse
comum. De acordo com a doutrina, os consórcios públicos podem ser tanto regidos tanto
pelo direito público quanto pelo direito privado.
Quando regidos pelo direito público, estaremos diante da denominada associação
pública, que, conforme anteriormente analisado, são uma das espécies do gênero autarquia.
Quando regidos pelo direito privado, por sua vez, o consórcio deverá atender a todas as
normas previstas na legislação civil.
Importante salientar que os consórcios públicos não são uma nova forma de entidade
integrante da administração indireta, pois, como já mencionamos, tal lista é taxativa. No
entanto, os consórcios, quando regidos pelo direito público, integram a administração
indireta de cada um dos entes consorciados.
Diversas são as vantagens, para os entes federativos, decorrentes da celebração dos
consórcios públicos. Dentre elas, destacam-se às disposições concernentes às licitações e
aos contratos administrativos.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 34 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
Assim, a título de exemplo, se tivermos um consórcio Público entre a União, o Estado de Santa
Catarina e os Municípios de Joaçaba e Chapecó, este consórcio poderá contratar uma obra
de engenharia, por exemplo, por até 3 vezes o limite máximo estipulado para as contratações
individuais na modalidade convite, sujeitando-se a um procedimento bem mais simplificado
do que o das modalidades tomada de preços e concorrência.
Salienta-se que os consórcios não podem ser formados pela União e por Município sem
que o Estado onde esteja situado o Município também esteja consorciado. Da mesma forma,
os Municípios integrantes de dois Estados diferentes não podem consorciar-se entre si sem
que os Estados também estejam participando.
O consórcio público, seja ele com personalidade jurídica de direito público ou de
direito privado, observará as normas de direito público no que concerne à realização
de licitação, à celebração de contratos, à prestação de contas e à admissão de pessoal,
que será regido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Desta forma, é possível afirmar que, ainda que estejamos diante de um consórcio
público regido pelas regras de direito público, o quadro de pessoal será regido pelas regras
constantes na CLT. No que se refere à realização de licitação, celebração de contratos
administrativos, prestação de contas e admissão de pessoal, as regras a serem observadas
serão as de direito público.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 35 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
limite de dispensa para as licitações. Enquanto o normal é a dispensa até o limite de 10%
do estipulado para a modalidade convite, para as agências executivas este limite é de 20%.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 36 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
8.4. FUNDAÇÕES
A existência das fundações está pautada nas disposições do Código Civil, que é o diploma
que estabelece a forma como as fundações privadas devem ser constituídas e as demais
características de tais pessoas jurídicas.
Basicamente, conseguimos identificar, no processo de criação das fundações privadas,
duas características que sempre estão presentes, sendo elas a doação patrimonial por
parte de um instituidor e a impossibilidade de terem finalidade lucrativa.
Tais características foram reproduzidas, em parte, quando a Constituição Federal
estabeleceu a forma como as fundações públicas seriam criadas. Assim, no âmbito público,
as fundações possuem como instituidor um ente federativo, devendo, tal como ocorre com
as fundações privadas, exercer atividades sem a finalidade de lucro.
Tal característica, no entanto, não impede que as fundações públicas cobrem pela
prestação dos serviços públicos prestados, uma vez que é por meio das receitas advindas
com tal prestação que tais entidades conseguem subsistir.
Da mesma forma, caso tais entidades tenham, ao término do ano civil, excedentes
financeiros, deverão aplicá-los nas atividades da fundação, oportunidade em que manterão
a vinculação à atividade essencial que deu ensejo à criação da fundação. Em nenhuma
hipótese poderá ocorrer a distribuição de recursos financeiros eventualmente excedentes
a filiados ou associados, uma vez que tal medida configura grave desvio de finalidade.
No âmbito federal, temos como exemplo de fundação pública o IBGE. Logo, quando da sua
criação, tivemos a doação de bens por parte do ente instituidor (União), de forma que a
fundação passou a ter recursos para prestar suas atividades.
Como forma de subsidiar-se financeiramente, pode o IBGE exigir da população o pagamento
de recursos para a prestação de certas atividades (ainda que a imensa maioria de suas
atividades seja mantida por recursos públicos).
Ao término do exercício financeiro, caso haja sobra de recursos, o IBGE deve proceder à
aplicação destes nas finalidades da entidade, não podendo distribuí-los entre os associados
ou colaboradores (diretores e empregados).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 37 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
Com base no que foi exposto, consegue-se identificar uma série de similaridades e
diferenças entre as fundações públicas e as fundações privadas, conforme se observa por
meio da tabela a seguir:
www.grancursosonline.com.br 38 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
No que se refere às fundações públicas de direito público, pode-se afirmar que estas
possuem as mesmas características e privilégios das autarquias, conforme exposto quando
do estudo destas entidades.
Quanto às fundações públicas de direito privado, a doutrina entende que elas estão
submetidas a um regime jurídico híbrido, sendo regidas ora por um regime de direito público,
ora pelo regime de direito privado.
Como forma de diferenciarmos as duas entidades (fundações públicas de direito
público e de direito privado), podemos relacionar as seguintes características privativas
das entidades de direito privado:
a) Adquirem personalidade jurídica com a inscrição de seus atos no respectivo
registro público. Assim, não basta a edição de uma lei para a criação da entidade, devendo
ocorrer, posteriormente à edição da lei autorizadora, o registro de seus atos constitutivos
no cartório de registro de pessoas jurídicas.
b) Não podem praticar atos em que estejam na condição de poder de império. Como
são consideradas pessoas jurídicas de direito privado, os atos de império (dentre os quais
se destacam os relativos ao poder de polícia) não podem ser exercidos por tais espécies de
fundações, sendo exclusividade das pessoas jurídicas de direito público.
c) Seus bens não são bens públicos. Ainda que seus bens não sejam considerados
bens públicos, quando tais bens estiverem afetados à prestação de um serviço público
essencial à coletividade, terão as mesmas características dos bens públicos, não podendo
ser alienados, usucapidos, onerados ou penhorados.
d) Não estão sujeitas ao regime constitucional dos precatórios. Por intermédio do
regime dos precatórios, os débitos das entidades da administração indireta dotadas de
personalidade jurídica de direito público que forem apresentados até 1º de julho de um ano
apenas serão pagos até o término do exercício posterior. Com isso, objetiva-se dar segurança
na gestão dos recursos públicos, evitando-se que a realização de políticas públicas seja
comprometida devido ao pagamento das dívidas apresentadas.
Com as fundações públicas de direito privado isso não ocorre, sendo que as citações
para pagamento devem seguir o mesmo prazo utilizado para as pessoas jurídicas em geral.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 39 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
e) Não podem ser sujeito ativo da relação tributária. Ser sujeito ativo da relação
tributária implica na possibilidade de exigir o pagamento das exigências tributárias. De
acordo com o artigo 119 do Código Tributário Nacional, tal peculiaridade é exclusiva das
pessoas jurídicas de direito público:
Art. 119. Sujeito Ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público titular da competência
para exigir seu cumprimento.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 40 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 41 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão
ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
Se ela for exploradora de atividade econômica, e como forma de evitar assim que o
princípio da livre concorrência seja prejudicado, tais atividades serão reguladas pelo direito
privado, conforme disposição do artigo 173 da Constituição Federal:
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade
econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança
nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista
e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de
bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre:
I – sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade;
II – a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e
obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários;
III – licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios
da administração pública;
IV – a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a participação
de acionistas minoritários;
V – os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 42 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
I – É firme o entendimento desta Corte de que o art. 37, XI, da Constituição Federal,
com a redação anterior à EC 19/98, já fixava limite remuneratório também para os
empregados das empresas públicas e sociedades de economia mista. II. – O art. 37, §
9º, da CF submeteu os empregados das empresas públicas e sociedades de economia
mista ao teto remuneratório da Administração Pública, limitando expressamente esta
aplicação aos casos em que tais empresas recebam recursos da Fazenda Pública para
custeio em geral ou gasto com pessoal.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 43 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
c) Estão sujeitas ao controle efetuado pelos Tribunais de Contas, bem como ao controle
do Poder Legislativo. Trata-se de regra inerente a todas as entidades da administração
indireta, uma vez que todas elas executam a gestão do patrimônio público, que pertence à
coletividade. Assim, os administradores públicos devem prestar contas das suas gestões,
permitindo que os órgãos de controle e a própria população tenha conhecimento acerca
da forma como os recursos estão sendo utilizados.
d) Não estão sujeitas a falência. No âmbito das relações privadas, uma empresa
pode, em determinadas situações, solicitar a recuperação judicial (ou a falência, no caso
de empresário). Tais regras estão expressas na Lei 11.101, de 2005, que excluiu da lista das
pessoas que podem solicitar a utilização dos institutos as empresas públicas e as sociedades
de economia mista.
Logo, é correto afirmar que a falência, a recuperação judicial ou ainda a recuperação
extrajudicial não podem ser solicitadas pelas empresas públicas e pelas sociedades de
economia mista.
e) Devem obedecer as normas de licitação e contrato administrativo no que se
refere às suas atividades meio. As atividades meio são aquelas de caráter administrativo,
executadas internamente e com a finalidade de propiciar condições para que seus agentes
executem as suas atribuições. Em contrapartida, as atividades fins são aquelas que se
relacionam com a própria essência da entidade, ou seja, com o motivo que foi levado em
conta quando da criação da empresa estatal.
No que se refere às atividades meio, todas as empresas públicas e as sociedades de
economia mista devem realizar licitação e celebrar, como consequência, um contrato
administrativo. No que se refere às atividades fins, tais empresas não necessitam realizar tal
procedimento, uma vez que tal conduta seria uma afronta ao princípio da livre concorrência.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 44 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
XVI – é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade
de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;
g) Não podem exigir aprovação prévia, por parte do Poder Legislativo, para nomeação
ou exoneração de seus diretores. Trata-se de característica que encontra fundamento na
jurisprudência do STF, com a ressalva de que o entendimento não é o mesmo do adotado
para as autarquias. No âmbito destas, não pode ser exigida a aprovação prévia do Poder
Legislativo para a exoneração dos diretores, mas pode perfeitamente ser exigida para a
nomeação dos respectivos agentes. Em sentido oposto, quando estivermos diante das
empresas públicas ou das sociedades de economia mista, não poderá ser exigida a autorização
prévia do Poder Legislativo tanto para nomeação quanto para exoneração.
Em todas as situações, o fundamento utilizado é a impossibilidade de violação do
princípio da independência entre os Poderes.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 45 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 46 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
Da análise dos dois conceitos apresentados, consegue-se perceber que três são as
características que diferenciam as duas entidades da administração indireta, sendo elas
a forma de constituição, o modo como ocorre a formação de seu capital social e a
competência para o julgamento das ações
Temos um exemplo de empresa pública de caráter unipessoal quando esta é constituída por
meio de recursos de apenas um ente federativo (a União, por exemplo).
Temos um exemplo de empresa pública de caráter pluripessoal quando esta é constituída por
meio de recursos de mais de um ente federativo ou das respectivas entidades da administração
indireta dotadas de personalidade jurídica de direito público (autarquias e fundações públicas).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 47 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
Súmula 517 – STF: As sociedades de economia mista só tem foro na justiça federal, quando a
união intervém como assistente ou opoente.
Tais regras, salienta-se, estão previstas apenas para as situações em que as entidades
envolvidas sejam da esfera federal. Entretanto, como a criação de entidades da administração
indireta pode ser feita por todos os entes federativos, as ações judicias envolvendo empresas
públicas ou sociedades de economia mista estaduais ou municipais serão processadas e
julgadas pela Justiça Estadual.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 48 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
Art. 173, §2º, As empresa públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de
privilégios fiscais não extensivos às do setor privado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 49 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
RESUMO
As entidades políticas nada mais são do que os entes federativos previstos na Constituição
Federal. São eles a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. Tais entes são
predominantemente regidos pelo Direito Constitucional e detém uma parcela do poder
político. Por isso mesmo, costuma-se dizer que tais entes são autônomos, organizando-se,
cada um deles, para alcançar as finalidades previstas na Constituição.
Já as entidades administrativas são a própria Administração Indireta, composta
(taxativamente) pelas autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades
de economia mista. Tais entidades, ao contrário das pessoas políticas, são reguladas
predominantemente pelo Direito Administrativo, não detém poder político e estão vinculadas
à entidade política que as criou.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 50 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
agentes necessários à execução das políticas públicas, sem qualquer referência àqueles
que atuam na sua elaboração.
O sentido estrito é o adotado em nosso ordenamento jurídico, de forma que apenas será
considerada administração pública as atividades destinadas à execução das políticas públicas.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 51 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
A descentralização pode ser feita de duas formas, sendo elas a descentralização por
outorga (também conhecida como descentralização por serviços ou legal) e a descentralização
por delegação (negocial ou por colaboração).
A descentralização por outorga ocorre quando o ente federativo transfere tanto a
titularidade quanto o exercício de determinada competência. Tal descentralização é feita
por meio de lei, sendo por intermédio de tal instituto que as entidades da administração
indireta são criadas.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 52 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 53 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
Todos os entes que compõem a administração direta são considerados pessoas jurídicas
de direito público, estando sujeitos ao regime jurídico administrativo e sendo dotadas de
autonomia. Temos administração direta, dessa forma, em todas as esferas políticas.
Já as entidades que compõem a administração indireta são as autarquias, as fundações
públicas, as empresa públicas e as sociedades de economia mista. A lista das entidades
da administração indireta é taxativa, sendo formada pelas autarquias, empresas públicas,
sociedades de economia mista e fundações públicas.
Para a criação de uma autarquia, é necessário apenas a edição de uma lei específica.
Para as demais entidades, ao contrário, a lei específica apenas autoriza a sua criação, sendo
necessário, ainda, que o ente político promova a inscrição dos atos respectivos no registro
público competente. Importante mencionar que a lei específica em questão deve ser de
iniciativa do Chefe do Poder Executivo do respectivo ente federativo.
As autarquias adquirem personalidade jurídica com a edição da lei específica. As demais
entidades, com o registro público de seus atos constitutivos;
As fundações públicas podem ser tanto de direito público quanto de direito privado. Para
ambos os tipos de fundação, a regra da necessidade de edição de uma lei complementar é
aplicada. No entanto, não podemos confundir as fundações públicas de direito privado
com as fundações privadas. Estas, que não fazem parte da administração pública (sendo
reguladas, por isso mesmo, pelo Direito Civil), não necessitam da edição da mencionada norma.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 54 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 55 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
Critério Classificação
Federais (criadas pela União)
Quanto ao nível Estaduais (criadas pelos Estados)
federativo Distritais (criadas pelo Distrito Federal)
Municipais (criadas pelos Municípios)
Fundacionais (são as fundações públicas de direito público)
Corporativas (são os conselhos profissionais)
Quanto ao objeto Associativas (são os consórcios públicos)
Territoriais (são os territórios federais)
Administrativas (são autarquias residuais)
Comuns (não apresentam peculiaridades)
Quanto à natureza Especiais (possuem prerrogativas que as diferenciam das
demais)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 56 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 57 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 58 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 59 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
foro privilegiado para julgamento das ações judiciais envolvendo empresas públicas federais.
No âmbito das sociedades de economia mista federais, esta regra não prevalece, de forma
que as ações judiciais serão processadas e julgadas por intermédio da Justiça Estadual.
Relacionam-se a seguir as diferenças encontradas entre as empresas públicas e as
sociedades de economia mista:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 60 de 113
MAPA MENTAL
www.grancursosonline.com.br 61 de 113
www.grancursosonline.com.br 62 de 113
www.grancursosonline.com.br 63 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
QUESTÕES DE CONCURSO
003. (FGV/ASS ADM/MPE GO/MPE GO/2022) Analisando o Ministério Público de Goiás sob
a ótica da organização administrativa, temática que estuda a estrutura da Administração
Pública, é correto afirmar que ele é um exemplo de
a) órgão público.
b) poder constitucional.
c) secretaria de governo.
d) entidade administrativa.
e) pessoa jurídica de direito público externo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 64 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
006. (FGV/OAB UNI NAC/OAB/2022) Com vistas a atender a relevante interesse social e
coletivo, o Estado Alfa decidiu criar uma sociedade de economia mista para o desempenho
de atividade econômica de sua competência.
Após os devidos trâmites para a criação de tal pessoa jurídica, designada de Empreendere,
verificou-se a necessidade da contratação de pessoal para que a entidade administrativa
pudesse desempenhar suas atividades.
Considerando a situação delimitada, assinale a afirmativa correta.
a) Por desempenhar atividade econômica, não há necessidade de Empreendere realizar
concurso público para a contratação de pessoal.
b) Por se tratar de pessoa jurídica de direito privado, a criação de Empreendere não depende
de autorização legislativa.
c) O regime de pessoal a ser adotado por Empreendere será o de emprego público, ou seja,
o regime celetista.
d) Empreendere é uma pessoa jurídica de direito público, cuja criação decorre diretamente
da lei, independentemente do registro dos atos constitutivos.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 65 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
008. (FGV/AAFE/SEFAZ AM/SEFAZ AM/2022) A empresa pública X do Estado Beta tem por
finalidade prestar determinado serviço público. De acordo com o regime jurídico que lhe
aplicável, é correto afirmar que a empresa pública X
a) é constituída, necessariamente, na forma de sociedade anônima e integra a Administração
Indireta.
b) ostenta personalidade jurídica de direito público e integra a Administração Indireta.
c) goza das prerrogativas processuais aplicadas ao Estado e integra a Administração Indireta.
d) está sujeita ao regime da responsabilidade civil subjetiva pelos danos que seus agentes,
nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável
nos casos de dolo ou culpa.
e) pode efetivar pagamento de remuneração acima do teto remuneratório do serviço público
aos seus empregados, caso não receba recursos do Estados para pagamento de despesas
de pessoal ou de custeio em geral.
009. (FGV/SEC ASSIST/MPE GO/MPE GO/2022) Assinale a opção que indica uma característica
das autarquias, figura jurídica representada por entidades como o Instituto de Proteção
Ambiental do Amazonas/IPAAM) e o Centro de Educação Tecnológica do Amazonas/CETAM).
a) A obrigatoriedade do uso das normas da CLT para seus funcionários.
b) A necessidade de elaboração de lei para a sua criação.
c) O patrimônio composto exclusivamente por bens regidos pelo direito privado.
d) A vedação à execução de atividades típicas de Estado.
e) A impossibilidade de realização de concurso público para contratação de pessoal.
010. (FGV/SEC ASSIST/MPE GO/MPE GO/2022) As empresas públicas são entidades com papel
importante no contexto brasileiro, sendo, muitas vezes, alvo dos meios de comunicação por
estarem relacionadas tanto a eventos positivos como negativos. Embora estejam presente
em grande número no Brasil, essas empresas só podem ser criadas com a finalidade de
exercer determinados tipos de atividade, como
a) a prestação de Serviços Públicos.
b) o julgamento de crimes civis.
c) a elaboração e aprovação de leis de interesse geral.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 66 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 67 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
a) fundação pública.
b) fundação autárquica.
c) consórcio público.
d) autarquia.
e) empresa pública.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 68 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 69 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 70 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 71 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
036. (QUADRIX/TEC ADM/CRT SP/CRT SP/2021) Julgue o item, relativos às diversas teorias
sobre os órgãos administrativos.
Segundo a teoria da identidade, órgãos e agentes formam uma unidade inseparável.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 72 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
044. (FGV/AUX/MPE SC/MPE SC/2022) Analise os conceitos de duas entidades que integram
a administração indireta:
I – Pessoa jurídica de direito privado, criada por autorização legal, sob a forma de sociedade
anônima, cujo controle acionário pertença ao poder público, tendo por objetivo, como
regra, a exploração de atividades gerais de caráter econômico e, em algumas ocasiões, a
prestação de serviços públicos.
II – Pessoa jurídica de direito público, criada por lei específica para desempenhar funções
que, despidas de caráter econômico, são próprias e típicas do Estado.
As entidades acima conceituadas são, respectivamente:
a) empresa pública e fundação pública;
b) fundação privada e autarquia;
c) sociedade de economia mista e autarquia;
d) sociedade de economia mista e empresa pública;
e) empresa pública e autarquia.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 73 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
www.grancursosonline.com.br 74 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
049. (FGV/INSP POL/PC RJ/PC RJ/2022) No Estado Delta, a Delegacia de Roubos e Furtos de
Automóveis e de Cargas/DRFAC) tinha atribuição para investigar os crimes que a denominavam.
Diante do aumento nas estatísticas de crimes patrimoniais de automóveis e cargas na área
circunscricional daquela Unidade de Polícia Judiciária, a autoridade competente desmembrou
regularmente as atividades da então DRFAC, de maneira que atualmente existem duas
delegacias distintas especializadas: a Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis/DRFA)
e a Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas/DRFC).
De acordo com a doutrina de Direito Administrativo, a providência adotada pelo Estado
Delta denomina-se:
a) descentralização funcional, consistente na repartição externa de competência entre
órgãos distintos do Estado Delta;
b) delegação funcional, mediante divisão externa de competência entre órgãos distintos
do Estado Delta;
c) outorga administrativa, mediante escalonamento especializado de competência entre
delegacias distintas;
d) desconcentração administrativa, consistente em distribuição interna de competências;
e) descentralização administrativa, mediante especialização interna no âmbito de uma
mesma pessoa jurídica.
050. (FGV/ASS ADM/MPE GO/MPE GO/2022) Considere um município que seja administrado
por uma gestão com ideais reformistas, e que, dentre outras mudanças, tenha como
prioridade aumentar a especialização da máquina pública por meio de um processo de
descentralização.
Com base no apresentado, evidencia-se como um exemplo de descentralização a
a) divisão das competências da Guarda Municipal em superintendências regionais.
b) delegação do poder de planejamento para as superintendências administrativas.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 75 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
051. (FGV/SEC ASSIST/MPE GO/MPE GO/2022) Assinale a alternativa que compreende apenas
tipos de descentralização administrativa usados na Administração Pública.
a) Interna, externa e mista.
b) Central, periférica e residual.
c) Por outorga, por delegação e geográfica.
d) Incremental, preditiva e integral.
e) Sobreposta, projetiva e retrospectiva.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 76 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 77 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 78 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 79 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 80 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
GABARITO
1. E 36. C
2. c 37. e
3. a 38. E
4. e 39. E
5. b 40. C
6. c 41. C
7. b 42. C
8. e 43. E
9. b 44. c
10. a 45. c
11. E 46. b
12. E 47. b
13. C 48. e
14. E 49. d
15. d 50. d
16. a 51. c
17. C 52. c
18. E 53. e
19. E 54. E
20. E 55. C
21. E 56. C
22. c 57. E
23. a 58. C
24. a 59. d
25. e 60. a
26. E 61. a
27. c 62. e
28. d 63. b
29. d 64. a
30. E
31. E
32. E
33. d
34. E
35. E
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 81 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
GABARITO COMENTADO
É a teoria do órgão, e não a teoria da representação, que estabelece que os agentes públicos,
ao desempenharem as suas atribuições, estão atuam em nome do órgão público no qual
estão inseridos. Na teoria da representação, que não é adotada em nosso ordenamento
jurídico, o Estado é um ente incapaz, e deve, por isso mesmo, ser representado pelo agente
público.
Errado.
Os órgãos públicos podem ser conceituados como centros de competência, ou seja, repartições
internas que exercem competências específicas e garantem, com isso, a especialização
e a eficiência da atividade desempenhada. Diferente do que ocorre com as entidades
administrativas, os órgãos públicos não possuem personalidade jurídica própria, estando
inseridos no âmbito de uma pessoa jurídica.
Letra c.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 82 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
003. (FGV/ASS ADM/MPE GO/MPE GO/2022) Analisando o Ministério Público de Goiás sob
a ótica da organização administrativa, temática que estuda a estrutura da Administração
Pública, é correto afirmar que ele é um exemplo de
a) órgão público.
b) poder constitucional.
c) secretaria de governo.
d) entidade administrativa.
e) pessoa jurídica de direito público externo.
O conjunto de competências criadas pelo Estado para representar sua vontade, ainda que
sem personalidade jurídica ou capacidade processual, corresponde à definição de órgão
público. Os órgãos, diferente do que ocorre com as entidades, mão possuem personalidade
jurídica, estando inseridos no âmbito de uma pessoa jurídica.
Letra e.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 83 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
006. (FGV/OAB UNI NAC/OAB/2022) Com vistas a atender a relevante interesse social e
coletivo, o Estado Alfa decidiu criar uma sociedade de economia mista para o desempenho
de atividade econômica de sua competência.
Após os devidos trâmites para a criação de tal pessoa jurídica, designada de Empreendere,
verificou-se a necessidade da contratação de pessoal para que a entidade administrativa
pudesse desempenhar suas atividades.
Considerando a situação delimitada, assinale a afirmativa correta.
a) Por desempenhar atividade econômica, não há necessidade de Empreendere realizar
concurso público para a contratação de pessoal.
b) Por se tratar de pessoa jurídica de direito privado, a criação de Empreendere não depende
de autorização legislativa.
c) O regime de pessoal a ser adotado por Empreendere será o de emprego público, ou seja,
o regime celetista.
d) Empreendere é uma pessoa jurídica de direito público, cuja criação decorre diretamente
da lei, independentemente do registro dos atos constitutivos.
a) Errada. Por ser uma sociedade de economia mista e integrar a Administração Pública, a
entidade deve realizar concurso público como forma de admissão de pessoal.
b) Errada. Ainda que seja uma pessoa jurídica de direito privado, a criação de entidade
(Empreendere) depende de autorização legislativa.
c) Correta. As empresas estatais (empresas públicas e sociedades de economia mista)
devem realizar concurso público como forma de admissão de pessoal. No entanto, por
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 84 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
serem pessoas jurídicas de direito privado, seus agentes são denominados empregados
públicos, sendo regidos pelas disposições da CLT.
d) Errada. A Empreendere é uma pessoa jurídica de direito privado, e não de direito público.
Assim, sua criação não decorre diretamente da lei. Em sentido diverso, a lei apenas autoriza
a constituição da entidade.
Letra c.
008. (FGV/AAFE/SEFAZ AM/SEFAZ AM/2022) A empresa pública X do Estado Beta tem por
finalidade prestar determinado serviço público. De acordo com o regime jurídico que lhe
aplicável, é correto afirmar que a empresa pública X
a) é constituída, necessariamente, na forma de sociedade anônima e integra a Administração
Indireta.
b) ostenta personalidade jurídica de direito público e integra a Administração Indireta.
c) goza das prerrogativas processuais aplicadas ao Estado e integra a Administração Indireta.
d) está sujeita ao regime da responsabilidade civil subjetiva pelos danos que seus agentes,
nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável
nos casos de dolo ou culpa.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 85 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
009. (FGV/SEC ASSIST/MPE GO/MPE GO/2022) Assinale a opção que indica uma característica
das autarquias, figura jurídica representada por entidades como o Instituto de Proteção
Ambiental do Amazonas/IPAAM) e o Centro de Educação Tecnológica do Amazonas/CETAM).
a) A obrigatoriedade do uso das normas da CLT para seus funcionários.
b) A necessidade de elaboração de lei para a sua criação.
c) O patrimônio composto exclusivamente por bens regidos pelo direito privado.
d) A vedação à execução de atividades típicas de Estado.
e) A impossibilidade de realização de concurso público para contratação de pessoal.
a) Errada. Por ser uma pessoa jurídica de direito público, o regime adotado para os servidores
das autarquias é, como regra geral, o estatutário.
b) Correta. As autarquias são criadas diretamente por meio de lei, conforme previsão da
Constituição Federal.
Art. 37, XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar,
neste último caso, definir as áreas de sua atuação;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 86 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
c) Errada. As autarquias contam com bens públicos, uma vez que se equiparam, para todos
os fins processuais, com a Fazenda Pública.
d) Errada. O que ocorre é justamente o contrário, ou seja, a realização de atividades típicas
do Estado por parte das autarquias.
e) Errada. As autarquias, assim como acontece com as demais entidades da Administração
Indireta, devem realizar concurso público como forma de admissão de pessoal.
Letra b.
010. (FGV/SEC ASSIST/MPE GO/MPE GO/2022) As empresas públicas são entidades com papel
importante no contexto brasileiro, sendo, muitas vezes, alvo dos meios de comunicação por
estarem relacionadas tanto a eventos positivos como negativos. Embora estejam presente
em grande número no Brasil, essas empresas só podem ser criadas com a finalidade de
exercer determinados tipos de atividade, como
a) a prestação de Serviços Públicos.
b) o julgamento de crimes civis.
c) a elaboração e aprovação de leis de interesse geral.
d) a atuação em substituição da polícia judiciária.
e) a representação diplomática da República Federativa do Brasil no lugar da União.
As empresas públicas, assim como ocorre com as sociedades de economia mista, podem
ser constituídas com duas diferentes finalidades: prestação de serviços públicos (quando
serão regidas pelas regras do direito privado) e exploração da atividade econômica (sendo
regidas, neste caso, pelas regras do direito privado).
Letra a.
O IBAMA é uma autarquia federal, e não uma fundação pública. Ainda assim, a questão
poderia ser resolvida na medida em que a definição apresentada é a de autarquia, e não
de fundação pública.
Errado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 87 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
A regra geral, e que deve ser observada por toda a Administração Pública direta e indireta,
é a necessidade de realização de licitação para a contratação de obras, serviços e compras.
Apenas nas situações excepcionais é que o procedimento poderá ser dispensado.
Errado.
Considerando que os bens das entidades (como as fundações públicas de direito privado)
estão, muitas vezes, afetados à realização de uma atividade específica, gozam eles de uma
série de prerrogativas, como, por exemplo, a impenhorabilidade. O objetivo, com a medida,
é evitar a interrupção do serviço que está sendo prestado à coletividade.
Certo.
O poder de império apenas pode ser exercido pelas entidades que tenham personalidade
jurídica de direito público. No caso das fundações públicas de direito privado, esta prerrogativa
não poderá ser exercida, tendo em vista a natureza jurídica da entidade.
Errado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 88 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
O enunciado faz menção a uma agência reguladora, que é uma das espécies de autarquias.
Por isso mesmo, estamos diante de uma entidade que possui personalidade jurídica de
direito público, patrimônio e receita próprios, capacidade específica e restrita à sua área
de atuação e autonomia administrativa e financeira.
Letra d.
A sociedade de economia mista é a entidade que é criada por meio de autorização legal,
apresentando personalidade jurídica de direito privado e possuindo capital público e privado.
Em tais entidades, as ações com direito a voto pertencem, em sua maioria, a ente estatal
ou entidade da administração indireta. Além disso, a forma jurídica adotada deve ser a de
sociedade anônima (S/A).
Nas empresas públicas, em sentido oposto, o capital é totalmente público, podendo ser
adotada qualquer uma das formas jurídicas admitidas pelo direito.
Letra a.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 89 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
A autarquia é uma pessoa jurídica de direito público, e não de direito privado. Por isso
mesmo é que a entidade está sujeita às mesmas prerrogativas que a Administração Direta.
Errado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 90 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
Na teoria do órgão, também conhecida como teoria da imputação, as ações tomadas pelo
agente público consideram-se como editadas pelo respectivo órgão público ao qual o
particular está inserido, algo que não ocorre nas demais teorias.
Errado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 91 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
Podemos responder a questão por eliminação. Na medida em que quatro são as entidades
da Administração Indireta (autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista
e fundações públicas), apenas na Letra A é que encontramos uma destas entidades.
Nas demais alternativas, por consequência, estamos diante de órgãos da Administração
Direta.
Letra a.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 92 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
Os órgãos públicos não possuem personalidade jurídica, algo que apenas ocorre com as
entidades integrantes da Administração Indireta.
Errado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 93 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 94 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
A função administrativa realizada pelos entes federativos faz parte da Administração Direta,
e não da Administração Indireta. Na Administração Indireta, temos a descentralização das
atividades e funções desempenhadas pelo Poder Público.
Errado.
Toda e qualquer questão de prova que afirmar que os órgãos públicos possuem personalidade
jurídica deve ser considerada incorreta. A personalidade jurídica apenas está presente nas
entidades administrativas, que são parte integrante da Administração Indireta.
Errado.
www.grancursosonline.com.br 95 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
A descentralização ocorre quando qualquer um dos entes federativos exerce suas atribuições
por intermédio de outras pessoas jurídicas.
Em nosso ordenamento, a depender da modalidade de descentralização, teremos a outorga
(com a criação das entidades da Administração Indireta) ou a delegação (que implica
na transferência da execução das atividades estatais a particulares não integrantes da
Administração Pública, como as concessionárias e as permissionárias de serviço público).
Letra d.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 96 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
036. (QUADRIX/TEC ADM/CRT SP/CRT SP/2021) Julgue o item, relativos às diversas teorias
sobre os órgãos administrativos.
Segundo a teoria da identidade, órgãos e agentes formam uma unidade inseparável.
Diversas foram as teorias, ao longo dos tempos, que tentaram explicar o fundamento
lógico para que um agente público pudesse atuar em nome de uma determinada entidade
estatal. A primeira delas foi a teoria da identidade, segundo a qual o agente e o órgão
público seriam uma unidade inseparável, de forma que o órgão público era o próprio agente.
Certo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 97 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
Temos aqui a definição geral acerca das autarquias, que são pessoas jurídicas de direito
público, integrantes da Administração Pública, e dotadas de patrimônio e receita próprios.
A finalidade das autarquias é o desempenho de atividades típicas da Administração Pública
que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira
descentralizada.
Certo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 98 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
próprio e capital exclusivamente público. Além disso, as empresas públicas podem se revestir
de qualquer das formas jurídicas admitidas pelo direito (como S/A ou LTDA).
Certo.
Ainda que possuam personalidade jurídica de direito privado, as empresas estatais (Empresas
Públicas e Sociedades de Economia Mista) devem observar a regra do concurso público
como critério de admissão. Consequentemente, seus agentes, por estarem regidos pelas
disposições da CLT, são considerados empregados públicos, devendo observar as regras do
regime geral de previdência social.
Certo.
As autarquias, ao contrário do que informa a questão, são criadas diretamente por meio
de lei específica, e não simplesmente autorizadas por meio de tal diploma normativo.
Art. 37, XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar,
neste último caso, definir as áreas de sua atuação;
Errado.
044. (FGV/AUX/MPE SC/MPE SC/2022) Analise os conceitos de duas entidades que integram
a administração indireta:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 99 de 113
Direito Administrativo
Organização Administrativa
Diogo Surdi
I – Pessoa jurídica de direito privado, criada por autorização legal, sob a forma de sociedade
anônima, cujo controle acionário pertença ao poder público, tendo por objetivo, como
regra, a exploração de atividades gerais de caráter econômico e, em algumas ocasiões, a
prestação de serviços públicos.
II – Pessoa jurídica de direito público, criada por lei específica para desempenhar funções
que, despidas de caráter econômico, são próprias e típicas do Estado.
As entidades acima conceituadas são, respectivamente:
a) empresa pública e fundação pública;
b) fundação privada e autarquia;
c) sociedade de economia mista e autarquia;
d) sociedade de economia mista e empresa pública;
e) empresa pública e autarquia.
No primeiro caso, temos uma pessoa jurídica de direito privado, criada por autorização
legal, sob a forma de sociedade anônima. Além disso, o controle acionário pertence ao
Poder Público. Logo, estamos diante de uma sociedade de economia mista.
Na segunda situação, temos uma pessoa jurídica de direito público, criada por lei específica
para desempenhar atividades que são próprias e típicas do Estado. Assim, a definição é
condizente com as características das autarquias.
Letra c.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
a) Errada. As fundações públicas de direito público são consideradas, pela doutrina, uma
espécie do gênero autarquia. Logo, gozam elas, dentre outros aspectos, da impenhorabilidade
e da imprescritibilidade dos seus bens.
b) Errada. Toda a Administração Pública, seja ela direta ou indireta, se submete à fiscalização
contábil, financeira e orçamentária exercida pelo Tribunal de Contas.
c) Correta. Assim como ocorre com o Estado e com as autarquias, as fundações públicas de
direito público gozam de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais.
Além disso, a contagem do prazo tem início a partir da intimação pessoal, nos termos do
artigo 183 do CPC:
Art. 183, A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias
e fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações
processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal.
d) Errada. Os agentes das fundações públicas são servidores, e não empregados públicos.
Assim, o regime jurídico adotado é o estatutário, e não o celetista.
e) Errada. As fundações públicas, por integrarem a Administração Indireta, devem observar
as normas de licitações e contratos no que se refere às suas contratações. As exceções
ficam por conta das hipóteses legalmente estabelecidas de dispensa.
Letra c.
Por ser uma entidade com personalidade jurídica de direito privado, criada por autorização
legal e constituída, necessariamente, sob a forma de sociedade anônima, com capital
público e privado (misto), estamos diante, no caso, de uma sociedade de economia mista.
Letra b.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Art. 37, XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos
da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e
dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos
cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não
poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal,
aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito
Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados
Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsidio dos Desembargadores do Tribunal
de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal,
em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável
este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Letra b.
Por ter personalidade jurídica de direito público, possuir patrimônio próprio e ter sido criado
para desenvolver atividades típicas de Estado, o ente Gama é considerado uma autarquia.
Letra e.
049. (FGV/INSP POL/PC RJ/PC RJ/2022) No Estado Delta, a Delegacia de Roubos e Furtos de
Automóveis e de Cargas/DRFAC) tinha atribuição para investigar os crimes que a denominavam.
Diante do aumento nas estatísticas de crimes patrimoniais de automóveis e cargas na área
circunscricional daquela Unidade de Polícia Judiciária, a autoridade competente desmembrou
regularmente as atividades da então DRFAC, de maneira que atualmente existem duas
delegacias distintas especializadas: a Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis/DRFA)
e a Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas/DRFC).
De acordo com a doutrina de Direito Administrativo, a providência adotada pelo Estado
Delta denomina-se:
a) descentralização funcional, consistente na repartição externa de competência entre
órgãos distintos do Estado Delta;
b) delegação funcional, mediante divisão externa de competência entre órgãos distintos
do Estado Delta;
c) outorga administrativa, mediante escalonamento especializado de competência entre
delegacias distintas;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
050. (FGV/ASS ADM/MPE GO/MPE GO/2022) Considere um município que seja administrado
por uma gestão com ideais reformistas, e que, dentre outras mudanças, tenha como
prioridade aumentar a especialização da máquina pública por meio de um processo de
descentralização.
Com base no apresentado, evidencia-se como um exemplo de descentralização a
a) divisão das competências da Guarda Municipal em superintendências regionais.
b) delegação do poder de planejamento para as superintendências administrativas.
c) concessão de capacidades normativas aos secretários municipais.
d) transferência da execução de serviço de saneamento básico para empresa pública.
e) atribuição de responsabilidades de coordenação aos subprefeitos locais.
051. (FGV/SEC ASSIST/MPE GO/MPE GO/2022) Assinale a alternativa que compreende apenas
tipos de descentralização administrativa usados na Administração Pública.
a) Interna, externa e mista.
b) Central, periférica e residual.
c) Por outorga, por delegação e geográfica.
d) Incremental, preditiva e integral.
e) Sobreposta, projetiva e retrospectiva.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A descentralização administrativa pode ser, dentre outras formas, por outorga (quando
ocorre a transferência da titularidade e do exercício do serviço público), por delegação
(implicando na transferência, apenas, do exercício do serviço prestado) e geográfica (com
a constituição dos territórios federais).
Letra c.
Nas entidades com personalidade jurídica própria, constituídas para a execução dos serviços
públicos de limpeza urbana e de administração de cemitérios públicos, estamos diante da
descentralização administrativa, de forma que tanto a titularidade quanto o exercício são
transferidos à nova pessoa jurídica.
Já os órgãos específicos, a serem criados no âmbito da Secretaria de Saúde e da Secretaria de
Ordem Pública, são exemplos de desconcentração administrativa, implicando na repartição
interna de competências.
Letra c.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A reunião de dois órgãos distintos, o órgão Alfa e o órgão Beta, que serão agrupados em
um só novo órgão público chamado órgão Alfa Beta, é medida que decorre do instituto da
concentração.
Ao passo que a desconcentração implica na repartição interna de competências, a concentração
pode ser definida como o agrupamento de competências até então desempenhadas por
dois ou mais órgãos para um único órgão público.
Letra e.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A questão elenca, de forma correta, algumas das espécies de autarquias. Como exemplo
de autarquia previdenciária, podemos citar o INSS.
Certo.
As empresas públicas, assim como ocorre com as sociedades de economia mista, são entidades
da administração pública indireta que possuem personalidade jurídica de direito privado.
Certo.
A autarquia não é um órgão público, mas sim uma entidade da Administração Indireta com
personalidade jurídica de direito público.
Errado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Assim como afirmado, as autarquias são entidades da administração pública indireta com
personalidade jurídica de direito público. Consequentemente, tais entidades praticam atos
administrativos que devem atender a todos os requisitos legalmente exigidos.
Certo.
Na medida em que o julgado determina que a ação por danos causados por agente público
deve ser ajuizada contra o Estado ou a pessoa jurídica privada prestadora de serviço público,
e não contra o servidor público responsável pelo ato causador do dano, o que se evidencia
é a teoria do órgão. De acordo com esta teoria, que é a utilizada em nosso ordenamento
jurídico, as ações do agente público devem ser consideradas como praticadas pelo órgão
no qual o particular está inserido.
Letra d.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
a) empresa pública.
b) autarquia.
c) sociedade de economia mista.
d) órgão público.
e) empresa subsidiária.
Na medida em que o Estado criou uma entidade com personalidade jurídica própria e
destinada ao exercício de atividades típicas da Administração Pública, estamos diante de
uma autarquia. Nas autarquias, que possuem personalidade jurídica de direito público, é
como se o Poder Público estivesse desempenhando suas atribuições.
Letra b.
a) Correta. Na medida em que a autarquia AB foi criada por lei específica, a instituição da
empresa pública BC foi autorizada por lei específica, conforme previsão da Constituição
Federal.
Art. 37, XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar,
neste último caso, definir as áreas de sua atuação;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
e) Errada. A autarquia não possui um capital social, sendo que o seu patrimônio é constituído
de recursos oriundos do ente federativo que a instituiu. Já a empresa pública possui o
capital integralmente público.
Letra a.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
caminhos
crie
futuros
gran.com.br
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ALAN HUDSON GOMES DA SILVA - 01718559496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.