Apostila 3º Setor
Apostila 3º Setor
Apostila 3º Setor
ADMINISTRATIVO
Terceiro Setor
Livro Eletrônico
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CÓDIGO:
230303509609
DIOGO SURDI
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Direito Administrativo
Terceiro Setor
Diogo Surdi
SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Terceiro Setor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1. A Reforma Administrativa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.1. Administração Patrimonial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.2. Administração Burocrática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.3. Administração Gerencial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2. Princípio Constitucional da Eficiência. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
3. Contrato de Gestão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
4. Os Setores da Atividade Econômica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
4.1. O Primeiro Setor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
4.2. O Segundo Setor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
4.3. O Terceiro Setor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
4.4. O Quarto Setor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
5. Entidades Paraestatais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
5.1. Serviços Sociais Autônomos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
5.2. Organizações Sociais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
5.3. Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
5.4. Entidades de Apoio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
6. Regime de Parcerias. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
6.1. Entidades Aptas e Entidades Proibidas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
6.2. Chamamento Público. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
6.3. Termo de Colaboração, Termo de Fomento e Acordo de Cooperação . . . . . . 34
6.4. Prestação de Contas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
Mapas Mentais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
Questões de Concurso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
Gabarito
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Direito Administrativo
Terceiro Setor
Diogo Surdi
APRESENTAÇÃO
Olá, pessoal, tudo bem? Espero que sim!
Na aula de hoje, conheceremos as regras relacionadas com as Entidades Paraestatais,
que compõem, como veremos em aula, o denominado Terceiro Setor.
Além disso, veremos as principais regras relacionadas com o “Regime das Parcerias”,
assunto que é objeto de análise da Lei 13.019/2014.
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Direito Administrativo
Terceiro Setor
Diogo Surdi
TERCEIRO SETOR
1. A REFORMA ADMINISTRATIVA
Historicamente, pode-se afirmar que a administração pública brasileira passou três
diferentes modelos de gestão dos recursos públicos, possuindo cada um deles características
próprias e objetivos distintos.
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Terceiro Setor
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EXEMPLO
Como exemplo de práticas patrimonialistas, temos a possibilidade de nomeação, para os cargos
em comissão, de servidores que não sejam oriundos dos quadros da administração pública.
Como exemplo de práticas burocráticas, temos a realização de concurso público para admissão
de pessoal e a obrigatoriedade de licitação para as contratações do Poder Público, uma vez
que, em ambas as situações, objetiva-se evitar as práticas de corrupção e nepotismo.
Como exemplo de práticas gerenciais, temos a necessidade de avaliação do servidor público por
meio de estágio probatório, sendo que apenas os servidores eficientes alcançarão a estabilidade.
Como decorrência da administração gerencial, duas são as principais medidas que podem
ser identificadas como balizadoras de toda a atividade da administração pública, sendo
elas: o status de princípio constitucional para a eficiência e a possibilidade de utilização
dos contratos de gestão.
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Terceiro Setor
Diogo Surdi
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte (...)
3. CONTRATO DE GESTÃO
O contrato de gestão, também conhecido como acordo-programa, pode ser conceituado
como o vínculo estabelecido entre a administração direta com outros órgãos da administração,
com entidades da administração indireta ou ainda com as organizações sociais, entidades
do terceiro setor.
Nota-se, dessa forma, que a administração direta sempre será um dos polos da relação
contratual firmada. Salienta-se, no entanto, que parte da doutrina critica a possibilidade
de celebração de contrato entre a administração direta e seus próprios órgãos. Isso porque
o contrato possui como característica os interesses antagônicos, ou seja, cada uma das
partes possui objetivos distintos com a celebração contratual.
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Terceiro Setor
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EXEMPLO
Quando a administração celebra um contrato administrativo com um particular com o
propósito de este prestar serviços ao Poder Público, temos interesses distintos:
Para a administração, o objetivo é o recebimento dos serviços contratados sem a necessidade
de utilização de seu quadro funcional. Para o particular, o objetivo é auferir lucro com a
prestação da atividade.
Da mesma forma, temos que os órgãos que compões a administração direta não possuem
personalidade jurídica, de forma que, em última análise, a celebração do contrato de gestão
entre a administração direta e alguns de seus órgãos é a instrumentalização de um vínculo
em que a administração direta encontra-se dos dois lados. Por isso mesmo, o mais correto
seria a menção ao termo “convênio”, que possui como característica a busca de interesses
comuns entre os participantes. Ainda assim, o termo contrato será utilizado, uma vez que
é o adotado pelas bancas organizadoras.
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Terceiro Setor
Diogo Surdi
Art. 1º O Poder Executivo poderá qualificar como organizações sociais pessoas jurídicas de direito
privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao
desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde,
atendidos aos requisitos previstos nesta Lei.
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Terceiro Setor
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Terceiro Setor
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EXEMPLO
Quando a Receita Federal do Brasil expede uma certidão para um administrado, estamos
diante do primeiro setor, uma vez que trata-se de um órgão da administração direta.
Quando o Banco Central regula a atividade econômica, estamos igualmente diante do primeiro
setor, uma que a atividade é desempenhada por uma autarquia federal, entidade integrante
da administração indireta.
EXEMPLO
Temos exemplo de atuação do segundo setor quando uma empresa privada abre diversas
filiais com a finalidade de aumentar seu lucro. Da mesma forma, é expressão do “mercado”
a atuação de um empresário individual que presta serviços a diversas pessoas físicas.
Em ambas as situações, nota-se que o Poder Público não possui interferência direta, sendo
que cada particular, ao desempenhar as atividades econômicas, assume o risco de seu negócio.
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EXEMPLO
Tomemos como exemplo o caso de uma organização social que se destine a preservar a
biodiversidade da Amazônia (como no caso da BIOAMAZÔNIA). Tal entidade, antes de vir
a integrar o terceiro setor, nada mais era do que uma organização privada, constituída e
financiada com recursos exclusivamente privados, e que se dedicava ao seu exclusivo propósito
(no caso, a preservação da biodiversidade da Amazônia).
O Poder Público, com o objetivo de utilizar a atividade desenvolvida pela organização como
forma de incentivar ou agregar valor as suas políticas públicas, firma com ela um contrato de
gestão, de forma que, ao mesmo tempo em que fomenta a atividade da entidade (por meio da
cessão de imóveis ou servidores custeados pelos cofres públicos), exige que as organizações
adotem políticas estratégicas de acordo com o plano governamental.
Basicamente, o que ocorre é a transferência, por parte do Estado, de atividades que não
sejam de sua competência exclusiva. Como contrapartida, o Poder Público concede benefícios
e incentivos a tais entidades.
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Terceiro Setor
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5. ENTIDADES PARAESTATAIS
O termo Entidades Paraestatais, durante muito tempo, foi utilizado, por diversos autores,
para designar as entidades que estavam “ao lado” do Estado. O problema, no entanto, é que
cada autor tinha uma definição para quais seriam ou não as ditas entidades paraestatais.
Com o passar dos anos, a doutrina passou a chamar tais entidades de terceiro setor,
sendo que deles fazem parte, basicamente, as organizações sociais, as organizações da
sociedade civil de interesse público, os serviços sociais autônomos e os entes de cooperação.
EXEMPLO
Como exemplo, podemos listar as entidades do Sistema S, tais como o Senai (ensino aos
trabalhadores da Indústria), Senac (ensino aos trabalhadores do comércio) e Senar (ensino
ao trabalhador rural).
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Tais entidades são mantidas por dotações orçamentárias e por contribuições corporativas
incidentes sobre a remuneração paga aos empregados pelas pessoas jurídicas compreendidas
no ramo de atuação da entidade. As contribuições corporativas são cobradas pela Receita
Federal do Brasil.
EXEMPLO
Assim, a título de exemplo, temos o SENAI (categoria da Indústria), que é financiado, além
das dotações orçamentárias, pelas contribuições devidas pelos empregadores da indústria
com base na remuneração que estes pagam a seus empregados.
Uma característica peculiar dos serviços sociais autônomos é que seus empregados
são regidos pela CLT, de forma que não é necessário concurso público como condição para
a admissão de pessoal, bastando, para tal, a realização de processo seletivo simplificado.
Neste sentido, merece destaque o entendimento do STF, expresso no julgado da ADIn 1864:
JURISPRUDÊNCIA
Não procede a afirmação de ofensa ao artigo 37, II, da Carta Federal, tendo em vista
que, conforme ficou salientado, os serviços sociais não integram a Administração
Pública, a quem está endereçada a norma constitucional. Somente a lei ou as normas
internas podem sujeitar os entes de cooperação à observância de contratar seus
empregados mediante concurso público.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 516 - O Serviço Social da Indústria - SESI - está sujeito à jurisdição da Justiça
Estadual.
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Art. 1º O Poder Executivo poderá qualificar como organizações sociais pessoas jurídicas de direito
privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao
desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde,
atendidos aos requisitos previstos nesta Lei.
Com relação aos requisitos específicos, temos a necessidade de aprovação, por parte
do Ministro da respectiva área, da conveniência e oportunidade da qualificação da entidade
como organização social.
Além disso, a entidade que deseja se qualificar deve comprovar o registro dos seus atos
constitutivos, que, obrigatoriamente, deverão dispor sobre (art. 2º, I, da Lei 9.637):
a) natureza social de seus objetivos relativos à respectiva área de atuação;
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5.2.3. PUBLICIZAÇÃO
Importante conceito relacionado com as organizações sociais é o de publicização, que
pode ser entendido como a concessão de diversos incentivos (tais como a cessão de imóveis
ou servidores e a isenção de tributos) como forma de fomentar a prestação de serviços
por parte das entidades.
Fala-se em publicização porque, ao firmar contrato de gestão e receber a qualificação
de organização social, as entidades passam a executar atividades que até então eram
desempenhadas pelo próprio Estado. Assim, o Poder Público deixa de o responsável pela
execução das políticas públicas desenvolvidas e passa a apenas controlar e regulamentar
como as atividades estão sendo desempenhadas pela organização social.
De acordo com o entendimento de José dos Santos Carvalho Filho, o termo publicização
refere-se, basicamente, a um processo de desestatização das atividades não exclusivas
do Estado:
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Como regra, todas as pessoas jurídicas de direito privado que não possuam fins lucrativos
podem ser qualificadas como OSCIP, que, como já ressaltado, trata-se de um ato vinculado
do Poder Público. Em outras palavras, é correto afirmar que a administração, desde que
atendidos os requisitos legais, deve conceder a qualificação como OSCIP à entidade.
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Entretanto, duas são as situações em que a qualificação não poderá ser concedida,
sendo elas as referentes à área de atuação e às entidades expressamente vedadas por lei.
Em ambos os casos, o Poder Público não poderá proceder à qualificação da entidade.
Art. 2º Não são passíveis de qualificação como Organizações da Sociedade Civil de Interesse
Público, ainda que se dediquem de qualquer forma às atividades descritas no art. 3º desta Lei:
I – as sociedades comerciais;
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XIII – as organizações creditícias que tenham quaisquer tipo de vinculação com o sistema
financeiro nacional a que se refere o art. 192 da Constituição Federal.
Não constituem impedimento à qualificação como Organização da Sociedade Civil de
Interesse Público as operações destinadas a microcrédito realizadas com instituições
financeiras na forma de recebimento de repasses, venda de operações realizadas ou
atuação como mandatárias.
Importante salientar que uma mesma entidade não pode ser qualificada, simultaneamente,
como organização social e como organização da sociedade civil de interesse público, ainda
que reúna os requisitos necessários para as duas qualificações.
Vamos sintetizar, no quadro a seguir, as principais características das organizações
sociais e das organizações da sociedade civil de interesse público, bem como suas diferenças.
Organização da sociedade civil do interesse
Organização social
público
Pessoa jurídica de direito privado sem fins
Pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos
lucrativos
Não integram a administração pública Não integram a administração pública
São fomentadas pelo poder público São fomentadas pelo poder público
Firmam contrato de gestão Firmam termo de parceria
Qualificação ocorre com a celebração do contrato de Qualificação é anterior à celebração de termo de
gestão parceria
Trata-se a qualificação de um ato discricionário Trata-se a qualificação de um ato vinculado
Qualificação é competência do Ministro da respectiva Qualificação é competência do Ministro da
área de atuação e do Ministro do MPOG Justiça
Recebem diversos incentivos, dentre os quais destaca- Recebem diversos incentivos, mas não pode haver
se a cessão de servidores e de bens públicos a cessão de servidores ou de bens públicos
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A qualificação como OSCIP é útil para as entidades que tenham o objetivo de firmar termo
de parceria com o poder público. Neste sentido, por exemplo, merece ser destacada a
previsão do artigo 9º da Lei 9.790/1999:
Art. 9º Fica instituído o Termo de Parceria, assim considerado o instrumento passível de ser
firmado entre o Poder Público e as entidades qualificadas como Organizações da Sociedade
Civil de Interesse Público destinado à formação de vínculo de cooperação entre as partes,
para o fomento e a execução das atividades de interesse público previstas no art. 3º desta Lei.
Letra c.
(...) as pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, instituídas por servidores
públicos, porém em nome próprio, sob a forma de fundação, associação ou cooperativa, para
a prestação, em caráter privado, de serviços sociais não exclusivos do Estado, mantendo vínculo
jurídico com entidades da administração direta ou indireta, em regra por meio de convênio.
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Nada impede, no entanto, que a constituição seja feita por meio de outras pessoas
vinculadas à organização (como, por exemplo, a criação de uma entidade de apoio por ex-
alunos de uma faculdade).
Ainda que boa parte da doutrina afirme que as entidades de apoio são constituídas sob
a forma de fundação (sendo esta, inclusive, a regra em nosso ordenamento jurídico), tais
pessoas jurídicas podem perfeitamente ser constituídas, também, sob a forma de associação
ou cooperativa. O que não é possível, como já ressaltado, é a finalidade lucrativa da entidade.
As entidades de apoio não carecem de autorização legal para a sua criação. Após sua
constituição, passam elas a desempenhar uma atividade não exclusiva do Estado.
Como a atividade que será desempenhada não pode ser exclusiva do Poder Público, não
poderemos ter, por exemplo, a constituição de entidade de apoio com o objetivo de realizar
atividades de saúde, haja vista que remo de atividade, em nosso ordenamento, é exclusivo do Estado.
No entanto, as atividades a serem desempenhadas pelas entidades de apoio devem,
sempre, ser sociais, ou seja, ligadas a uma prestação de serviços para toda a coletividade.
Art. 84. Salvo nos casos expressamente previstos, não se aplica às relações de fomento e de
colaboração regidas por esta Lei o disposto na Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, e na legislação
referente a convênios, que ficarão restritos a parcerias firmadas entre os entes federados.
Com isso, o entendimento doutrinário era o de que, por exclusão, o vínculo mantido
entre a Administração Pública e as entidades de apoio deveria ser feito por meio de termo
de colaboração ou fomento. No entanto, o entendimento não levava a um consenso por
parte dos principais autores administrativistas.
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Art. 84. Não se aplica às parcerias regidas por esta Lei o disposto na Lei n. 8.666, de 21 de junho
de 1993.
Parágrafo único. São regidos pelo art. 116 da Lei n. 8.666, de 21 de junho de 1993, convênios:
I – entre entes federados ou pessoas jurídicas a eles vinculadas;
II – decorrentes da aplicação do disposto no inciso IV do art. 3º.
As características das entidades de apoio podem ser mais bem visualizadas por meio
do seguinte quadro:
6. REGIME DE PARCERIAS
A Lei 13.019, de 2014, foi a responsável por estabelecer o regime jurídico das parcerias
entre a Administração Pública e as organizações da sociedade civil.
Logo em seu artigo 1º, a norma em questão apresenta o objetivo a ser alcançado com a sua
edição, bem como o caráter que tais disposições apresentam em nosso ordenamento jurídico.
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Art. 1º Esta Lei institui normas gerais para as parcerias entre a administração pública e organizações
da sociedade civil, em regime de mútua cooperação, para a consecução de finalidades de
interesse público e recíproco, mediante a execução de atividades ou de projetos previamente
estabelecidos em planos de trabalho inseridos em termos de colaboração, em termos de fomento
ou em acordos de cooperação.
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Com relação às organizações da sociedade civil, é importante salientar que estas, para
firmarem parceria com o Poder Público, não podem ter finalidade lucrativa.
Merece destaque, ainda, a definição de Administração Pública, que, ao contrário do que
ocorre quando do estudo da organização administrativa, não é composta, no regime de
parcerias, pelas empresas públicas e sociedades de economia mista exploradoras de
atividades econômicas.
Em sentido diverso, a Administração Pública, para fins de celebração de parcerias com
as organizações da sociedade civil compreende as autarquias, as fundações públicas, as
empresas públicas e as sociedades de economia mista prestadoras de serviço público
e, ainda, as respectivas subsidiárias.
São estas entidades, em última análise, as que podem celebrar termo de parcerias
com as organizações da sociedade civil.
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DICA
Considerando que a Lei 13.019/2019 é uma lei nacional
e instituidora de normas gerais, suas disposições são
aplicadas para as entidades da Administração Pública (acima
relacionadas) de todos os entes federativos: União, Estados,
Distrito Federal e Municípios.
Com a edição do estatuto das parcerias, a regra passou a ser a possibilidade de celebração
deste tipo de vínculo entre o Poder Público e as organizações da sociedade civil.
Em caráter de exceção, deve ser ressaltado que as disposições da Lei 13.019/2014 não
são aplicadas a uma série de situações específicas, como por exemplo os contratos de gestão
firmados com as organizações sociais e os termos de parceria celebrados com as OSCIPs.
Vejamos as situações legalmente previstas em que as disposições da Lei 13.019/2014
não são aplicadas:
Art. 3º Não se aplicam as exigências desta Lei:
I – às transferências de recursos homologadas pelo Congresso Nacional ou autorizadas
pelo Senado Federal naquilo em que as disposições específicas dos tratados, acordos e
convenções internacionais conflitarem com esta Lei;
III – aos contratos de gestão celebrados com organizações sociais, desde que cumpridos
os requisitos previstos na Lei n. 9.637, de 15 de maio de 1998;
IV – aos convênios e contratos celebrados com entidades filantrópicas e sem fins
lucrativos nos termos do § 1º do art. 199 da Constituição Federal; (Convênios e contratos
celebrados para a participação complementar no sistema único de saúde)
V – aos termos de compromisso cultural referidos no § 1º do art. 9º da Lei no 13.018, de
22 de julho de 2014; (Transferências de recursos para entidades culturais)
VI – aos termos de parceria celebrados com organizações da sociedade civil de interesse
público, desde que cumpridos os requisitos previstos na Lei no 9.790, de 23 de março de 1999;
VII – às transferências referidas no art. 2º da Lei no 10.845, de 5 de março de 2004, e nos
arts. 5º e 22 da Lei no 11.947, de 16 de junho de 2009; (Transferências para a execução do
Programa de Complementação ao Atendimento Educacional Especializado às Pessoas
Portadoras de Deficiência, do Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE e do
Programa Dinheiro Direto na Escola – PDDE)
IX – aos pagamentos realizados a título de anuidades, contribuições ou taxas associativas em
favor de organismos internacionais ou entidades que sejam obrigatoriamente constituídas por:
a) membros de Poder ou do Ministério Público;
b) dirigentes de órgão ou de entidade da administração pública;
c) pessoas jurídicas de direito público interno;
d) pessoas jurídicas integrantes da administração pública;
X deste
O conteúdo – àslivro
parcerias
eletrônico é entre
licenciadoapara
administração pública
Nome do Concurseiro(a) e os serviços
- 000.000.000-00, sociais
vedada, por quaisquerautônomos.
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Art. 33. Para celebrar as parcerias previstas nesta Lei, as organizações da sociedade civil deverão
ser regidas por normas de organização interna que prevejam, expressamente:
I – objetivos voltados à promoção de atividades e finalidades de relevância pública e social;
III – que, em caso de dissolução da entidade, o respectivo patrimônio líquido seja transferido a
outra pessoa jurídica de igual natureza que preencha os requisitos desta Lei e cujo objeto social
seja, preferencialmente, o mesmo da entidade extinta;
IV – escrituração de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade e com as Normas
Brasileiras de Contabilidade;
V – possuir:
a) no mínimo, um, dois ou três anos de existência, com cadastro ativo, comprovados por meio
de documentação emitida pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, com base no Cadastro
Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ, conforme, respectivamente, a parceria seja celebrada no
âmbito dos Municípios, do Distrito Federal ou dos Estados e da União, admitida a redução desses
prazos por ato específico de cada ente na hipótese de nenhuma organização atingi-los;
b) experiência prévia na realização, com efetividade, do objeto da parceria ou de natureza semelhante;
c) instalações, condições materiais e capacidade técnica e operacional para o desenvolvimento
das atividades ou projetos previstos na parceria e o cumprimento das metas estabelecidas.
Como veremos adiante, três são os instrumentos que poderão ser celebrados entre a
Administração Pública e as entidades da sociedade civil, sendo eles o termo de fomento,
o termo de colaboração e o acordo de colaboração.
Assim, quando o instrumento celebrado for o acordo de cooperação, apenas um dos
requisitos estabelecidos deverá ser atendido, sendo ele a necessidade da entidade ser regida
por uma norma interna que estabeleça objetivos voltados à promoção de atividades e
finalidades de relevância pública e social.
É importante conhecermos, em sentido oposto, as entidades que estão impedidas de
celebrar parcerias com o Poder Público. A lista expressa no texto da Lei 13.019/2014 é
taxativa, assim como ocorre com todas as listas que vedam o exercício de determinados
direitos ou exercícios.
Art. 39. Ficará impedida de celebrar qualquer modalidade de parceria prevista nesta
Lei a organização da sociedade civil que:
I – não esteja regularmente constituída ou, se estrangeira, não esteja autorizada a
funcionar no território nacional;
II deste
O conteúdo – esteja omissa
livro eletrônico no dever
é licenciado de prestar
para Nome contas
do Concurseiro(a) de parceria
- 000.000.000-00, anteriormente
vedada, por quaisquer meioscelebrada;
e a qualquer título,
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III – tenha como dirigente membro de Poder ou do Ministério Público, ou dirigente de órgão
ou entidade da administração pública da mesma esfera governamental na qual será celebrado
o termo de colaboração ou de fomento, estendendo-se a vedação aos respectivos cônjuges ou
companheiros, bem como parentes em linha reta, colateral ou por afinidade, até o segundo grau;
IV – tenha tido as contas rejeitadas pela administração pública nos últimos cinco anos,
exceto se:
a) for sanada a irregularidade que motivou a rejeição e quitados os débitos eventualmente
imputados;
b) for reconsiderada ou revista a decisão pela rejeição;
c) a apreciação das contas estiver pendente de decisão sobre recurso com efeito
suspensivo;
V – tenha sido punida com uma das seguintes sanções, pelo período que durar a penalidade:
a) suspensão de participação em licitação e impedimento de contratar com a administração;
b) declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a administração pública;
c) a prevista no inciso II do art. 73 desta Lei (suspensão temporária da participação
em chamamento público e impedimento de celebrar parceria ou contrato com órgãos
e entidades da esfera de governo da administração pública sancionadora, por prazo
não superior a dois anos).
d) a prevista no inciso III do art. 73 desta Lei (declaração de inidoneidade para participar
de chamamento público ou celebrar parceria ou contrato com órgãos e entidades
de todas as esferas de governo, enquanto perdurarem os motivos determinantes da
punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que
aplicou a penalidade, que será concedida sempre que a organização da sociedade civil
ressarcir a administração pública pelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo
da sanção aplicada com base no inciso II).
VI – tenha tido contas de parceria julgadas irregulares ou rejeitadas por Tribunal ou
Conselho de Contas de qualquer esfera da Federação, em decisão irrecorrível, nos últimos
8 (oito) anos;
VII – tenha entre seus dirigentes pessoa:
a) cujas contas relativas a parcerias tenham sido julgadas irregulares ou rejeitadas por
Tribunal ou Conselho de Contas de qualquer esfera da Federação, em decisão irrecorrível,
nos últimos 8 (oito) anos;
b) julgada responsável por falta grave e inabilitada para o exercício de cargo em comissão
ou função de confiança, enquanto durar a inabilitação;
c) considerada responsável por ato de improbidade, enquanto durarem os prazos
estabelecidos nos incisos I, II e III do art. 12 da Lei no 8.429, de 2 de junho de 1992. (Prazos
de 10, 5 e 3 anos)
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Por fim, a norma estabelece, ainda, que é vedada a celebração de parcerias que tenham por
objeto, envolvam ou incluam, direta ou indiretamente, a delegação das funções de regulação,
de fiscalização, de exercício do poder de polícia ou de outras atividades exclusivas de Estado.
Art. 24. Exceto nas hipóteses previstas nesta Lei, a celebração de termo de colaboração ou de
fomento será precedida de chamamento público voltado a selecionar organizações da sociedade
civil que tornem mais eficaz a execução do objeto.
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Obs.: Termo de colaboração: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias
estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil
para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco propostas pela
administração pública que envolvam a transferência de recursos financeiros;
Termo de fomento: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias
estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a
consecução de finalidades de interesse público e recíproco propostas pelas organizações
da sociedade civil, que envolvam a transferência de recursos financeiros;
Acordo de cooperação: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias
estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para
a consecução de finalidades de interesse público e recíproco que não envolvam a
transferência de recursos financeiros;
Art. 16. O termo de colaboração deve ser adotado pela administração pública para consecução
de planos de trabalho de sua iniciativa, para celebração de parcerias com organizações da
sociedade civil que envolvam a transferência de recursos financeiros.
Art. 17. O termo de fomento deve ser adotado pela administração pública para consecução de
planos de trabalho propostos por organizações da sociedade civil que envolvam a transferência
de recursos financeiros.
Mas será que as disposições da Lei 13.019/2014 são aplicadas, apenas, às parcerias que
envolvem a transferência de recursos financeiros?
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Assim, sempre que estivermos diante de uma parceria entre o Poder Público e uma
entidade da sociedade civil e o instrumento pactuado não envolver a transferência de
recursos financeiros, deverá ser feito uso do acordo de cooperação.
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Letra e.
Art. 42. As parcerias serão formalizadas mediante a celebração de termo de colaboração, de termo
de fomento ou de acordo de cooperação, conforme o caso, que terá como cláusulas essenciais:
I – a descrição do objeto pactuado;
II – as obrigações das partes;
III – quando for o caso, o valor total e o cronograma de desembolso;
V – a contrapartida, quando for o caso, observado o disposto no § 1º do art. 35;
VI – a vigência e as hipóteses de prorrogação;
VII – a obrigação de prestar contas com definição de forma, metodologia e prazos;
VIII – a forma de monitoramento e avaliação, com a indicação dos recursos humanos e tecnológicos
que serão empregados na atividade ou, se for o caso, a indicação da participação de apoio técnico
nos termos previstos no § 1º do art. 58 desta Lei;
IX – a obrigatoriedade de restituição de recursos, nos casos previstos nesta Lei;
X – a definição, se for o caso, da titularidade dos bens e direitos remanescentes na data da
conclusão ou extinção da parceria e que, em razão de sua execução, tenham sido adquiridos,
produzidos ou transformados com recursos repassados pela administração pública;
XII – a prerrogativa atribuída à administração pública para assumir ou transferir a responsabilidade
pela execução do objeto, no caso de paralisação, de modo a evitar sua descontinuidade;
XIV – quando for o caso, a obrigação de a organização da sociedade civil manter e movimentar
os recursos em conta bancária específica, observado o disposto no art. 51;
XV – o livre acesso dos agentes da administração pública, do controle interno e do Tribunal de
Contas correspondente aos processos, aos documentos e às informações relacionadas a termos
de colaboração ou a termos de fomento, bem como aos locais de execução do respectivo objeto;
XVI – a faculdade dos partícipes rescindirem o instrumento, a qualquer tempo, com as respectivas
condições, sanções e delimitações claras de responsabilidades, além da estipulação de prazo mínimo
de antecedência para a publicidade dessa intenção, que não poderá ser inferior a 60 (sessenta) dias;
XVII – a indicação do foro para dirimir as dúvidas decorrentes da execução da parceria, estabelecendo
a obrigatoriedade da prévia tentativa de solução administrativa, com a participação de órgão
encarregado
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quaisquer pública;
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Após analisar a prestação de contas, deverá a Administração Pública decidir sobre uma
das seguintes medidas:
I – regulares, quando expressarem, de forma clara e objetiva, o cumprimento dos
objetivos e metas estabelecidos no plano de trabalho;
II – regulares com ressalva, quando evidenciarem impropriedade ou qualquer outra
falta de natureza formal que não resulte em dano ao erário;
III – irregulares, quando comprovada qualquer das seguintes circunstâncias:
a) omissão no dever de prestar contas;
b) descumprimento injustificado dos objetivos e metas estabelecidos no plano de trabalho;
c) dano ao erário decorrente de ato de gestão ilegítimo ou antieconômico;
d) desfalque ou desvio de dinheiro, bens ou valores públicos.
Quando a prestação de contas for avaliada como irregular, após exaurida a fase recursal,
se mantida a decisão, a organização da sociedade civil poderá solicitar autorização para
que o ressarcimento ao erário seja promovido por meio de ações compensatórias de
interesse público, mediante a apresentação de novo plano de trabalho, conforme o
objeto descrito no termo de colaboração ou de fomento e a área de atuação da organização,
cuja mensuração econômica será feita a partir do plano de trabalho original, desde que
não tenha havido dolo ou fraude e não seja o caso de restituição integral dos recursos.
Por fim, vejamos as sanções administrativas que podem ser aplicadas como decorrência
da execução irregular da parceria firmada com o Poder Público.
Art. 73. Pela execução da parceria em desacordo com o plano de trabalho e com as normas desta
Lei e da legislação específica, a administração pública poderá, garantida a prévia defesa, aplicar
à organização da sociedade civil as seguintes sanções:
I – advertência;
II – suspensão temporária da participação em chamamento público e impedimento de celebrar
parceria ou contrato com órgãos e entidades da esfera de governo da administração pública
sancionadora, por prazo não superior a dois anos;
III – declaração de inidoneidade para participar de chamamento público ou celebrar parceria
ou contrato com órgãos e entidades de todas as esferas de governo, enquanto perdurarem os
motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria
autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que a organização da sociedade
civil ressarcir a administração pública pelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da
sanção aplicada com base no inciso II.
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Letra a.
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RESUMO
Ao longo dos anos, três foram as escolas presentes no âmbito da administração pública,
sendo elas a patrimonialista, a burocrática e a gerencial.
Com a administração patrimonial, tínhamos um modelo de gestão com o foco voltado
para as ações do soberano, sendo que todas as medidas por ele adotadas não levavam em
conta as necessidades da população, mas sim o interesse predominantemente particular.
Com a administração burocrática, passamos a contar com uma distinção entre o
patrimônio público e o patrimônio particular, de forma que as medidas adotadas pelo
Poder Público teriam que, obrigatoriamente, satisfazer as necessidades da coletividade.
A administração burocrática representou o início das formas de combate ao nepotismo
e à corrupção, tratando-se de um controle realizado sobre as atividades meio e pautado
nos princípios da legalidade e da impessoalidade.
Com a reforma administrativa, surge em nosso ordenamento a administração gerencial.
Com ela, o controle passa a ser exercido sobre as atividades fins, pautando-se no princípio
da eficiência.
Administração patrimonial Administração burocrática Administração gerencial
Patrimônio do soberano
Distinção entre o patrimônio público Distinção entre o patrimônio
era confundido com o
e privado público e privado
patrimônio público
Não há necessidade de Há necessidade de prestação de Há necessidade de prestação
prestação de contas contas de contas
Não há nenhum tipo de
Controle exercido sobre as Controle exercido sobre as
controle exercido sobre a
atividades meios atividades fins
atividade estatal
Predomínio da corrupção e Combate à corrupção e ao
Combate à corrupção e ao nepotismo
do nepotismo nepotismo
Administração pautada nos princípios Administração pautada no
Inexistência de princípios
da legalidade e da impessoalidade princípio da eficiência
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O contrato de gestão, também conhecido como acordo programa, pode ser conceituado
como o vínculo estabelecido entre a administração direta com outros órgãos da administração,
com entidades da administração indireta ou ainda com as organizações sociais, entidades
do terceiro setor.
Quando ocorre a celebração de contrato de gestão com órgão da administração direta
ou com entidades da administração indireta, temos um aumento da autonomia. Em
sentido oposto, quando a celebração ocorre com entidades do terceiro setor, temos uma
redução da autonomia.
Três são os diferentes setores da atividade econômica.
O primeiro setor é constituído pelos órgãos e entidades do Poder Público que estão
encarregados de organizar e executar as políticas públicas.
O segundo setor é, em última análise, o próprio mercado, constituído pela vontade
das partes e regido pelo direito privado. Fazem parte do segundo setor todas as empresas
que disputam o mercado econômico, regidas pelo princípio da livre concorrência e com o
objetivo de auferir lucro.
O terceiro setor é formado por pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos,
e que prestam serviços de interesse público. No terceiro setor, temos a utilização de dinheiro
privado para fins públicos.
São exemplos de entidades do terceiro setor as organizações sociais, as organizações
da sociedade civil de interesse público e os serviços sociais autônomos. Tais entidades,
de acordo com a doutrina, são também conhecidas como entidades paraestatais.
Os serviços sociais autônomos podem ser conceituados como pessoas jurídicas de
direito privado, instituídas mediante autorização legal, para ministrar assistência ou ensino
a certas categorias profissionais.
São características dos serviços sociais autônomos: a) são pessoas jurídicas de
direito privado sem fins lucrativos, b) não integram a administração pública, c) estão
dispensados da regra constitucional do concurso público, devendo realizar processo seletivo,
d) não obedecem integralmente as normas de licitação, mas sim apenas os princípios da
administração pública, e) sua criação depende de lei autorizadora, f) são custeados por
contribuições corporativas incidentes na folha de pagamento, g) devem prestar contas de
sua gestão ao respectivo tribunal de contas e h) seus funcionários são regidos pela CLT.
As organizações sociais são uma qualificação que é concedida pelo Poder Público às
pessoas jurídicas de direito privado que atendam aos requisitos estabelecidos em lei.
Como requisitos gerais para a qualificação, temos a obrigatoriedade de a entidade
ser uma pessoa jurídica de direito privado, não possuir fins lucrativos e exercer suas
atividades em um dos seguintes setores: ensino, cultura, saúde, pesquisa científica,
desenvolvimento tecnológico ou proteção e preservação do meio ambiente.
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MAPAS MENTAIS
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QUESTÕES DE CONCURSO
002. (FGV/OAB UNI NAC/OAB/2022) A Associação Gama é uma instituição religiosa que se
dedica à promoção da assistência social e almeja obter recursos financeiros junto ao governo
federal a fim de fomentar suas atividades. Para tanto, seus representantes acreditam que
a melhor alternativa é a qualificação como Organização da Sociedade Civil de Interesse
Público – OSCIP, razão pela qual procuram você, como advogado(a), a fim de esclarecer as
peculiaridades relacionadas à legislação de regência (Lei n. 9.790/99).
Acerca da situação hipotética apresentada, assinale a afirmativa correta.
a) A qualificação da Associação Gama como OSCIP é ato discricionário, que deve ser pleiteado
junto ao Ministério da Justiça.
b) Após a sua qualificação como OSCIP, a Associação Gama deverá formalizar contrato de
gestão com a Administração Pública para a transferência de recursos financeiros.
c) A Associação Gama não poderá ser qualificada como OSCIP, pois as instituições religiosas
não são passíveis de tal qualificação.
d) O estatuto social da Associação Gama precisa vedar a participação de servidores públicos
na composição de conselho ou diretoria, a fim de que ela possa ser qualificada como OSCIP.
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a) não é possível a obtenção da qualificação almejada, que somente pode ser deferida para
as associações;
b) a qualificação está condicionada à participação, no Conselho de Administração, entre
outros membros, de representantes do poder público;
c) a qualificação está condicionada à distribuição de lucros, aos membros do Conselho
Curador, na proporção máxima de 5% do proveito patrimonial obtido;
d) a qualificação independe de qualquer ato formal, bastando que Beta seja estruturada
da forma prevista em lei, o que lhe permitirá celebrar contratos de gestão;
e) a qualificação é obtida a partir da celebração de contrato de gestão, ocasião em que Beta
assumirá o compromisso de praticar os atos ajustados com o poder público.
004. (FGV/ADV (SEN)/SEN/2022) Determinada pessoa jurídica de direito privado, sem fins
lucrativos e qualificada como Organização Social (OS), observadas as formalidades legais,
celebrou regularmente instrumento jurídico próprio com o ente federativo Alfa, que tem
por objeto o gerenciamento, a operacionalização e a execução de ações e serviços de saúde
na Unidade Hospitalar Beta.
No segundo mês à frente do hospital público Beta, a OS verificou que, para melhor exercer
suas obrigações e de maneira a viabilizar a prestação com mais eficiência do serviço de
saúde, seria importante a cessão de servidores públicos do ente Alfa para a OS.
O órgão da advocacia pública do ente Alfa, levando em consideração as normas de regência,
emitiu parecer no sentido de que a cessão de servidores pretendida é
a) vedada pela lei, pois, em razão de sua natureza, o termo de fomento em vigor veda ao
ente Alfa a cessão de servidores para a OS, haja vista que a organização já é remunerada
para a prestação dos serviços.
b) possível, eis que, ao Poder Executivo do ente Alfa, é facultada a cessão especial de servidor
para a OS, com ônus para o ente de origem, em razão do contrato de gestão em vigor.
c) vedada pela lei, pois, em razão de sua natureza, o contrato de gestão em vigor veda ao
ente Alfa a cessão de servidores para a OS, haja vista que a organização já é remunerada
para a prestação dos serviços.
d) vedada pela lei, pois, em razão da natureza do serviço prestado, o termo de colaboração
em vigor veda ao ente Alfa a cessão de servidores para a OS, haja vista que a organização
já é remunerada para a prestação dos serviços.
e) possível, eis que, ao Poder Executivo do ente Alfa, é facultada a cessão especial de servidor
para a OS, com ônus para a OS cessionária, em razão do termo de parceria em vigor.
005. (FGV/JE TJAP/TJ AP/2022) O Estado Alfa celebrou com uma organização da sociedade
civil (OSC) uma espécie de parceria, mediante transferência voluntária de recursos para
consecução de plano de trabalho proposto pelo poder público estadual, em regime de
mútua
O conteúdo cooperação,
deste para apara
livro eletrônico é licenciado consecução de finalidades
Nome do Concurseiro(a) devedada,
- 000.000.000-00, interesse público
por quaisquer meios e aequalquer
recíproco
título,
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008. (VUNESP/ADM (DOCAS PB)/DOCAS PB/2022) A legislação prevê diversos requisitos para
que as entidades privadas se habilitem à qualificação como organização social. Dentre tais
requisitos, está:
a) ser pessoa jurídica de direito privado, independentemente de fins lucrativos, cujas
atividades sejam dirigidas ao ensino, à saúde, entre outras.
b) comprovar que há previsão da participação, no órgão colegiado de deliberação superior,
de, pelo menos, três representantes do Poder Público.
c) a obrigatoriedade de publicação semestral, no Diário Oficial da União, dos relatórios
financeiros e do relatório de execução do contrato de gestão.
d) a proibição de distribuição de bens exclusivamente no caso de falecimento de associado
ou membro da entidade.
e) comprovar o registro de seu ato constitutivo dispondo sobre composição e atribuições
da diretoria.
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013. (VUNESP/PROC J (CM JUNDIAÍ)/CM JUNDIAÍ/2022) Nas parcerias de que trata a Lei
Federal no 13.019/14, celebradas entre a administração pública e as organizações da
sociedade civil, em regime de mútua cooperação, para a consecução de finalidades de
interesse público e recíproco, é vedada, em qualquer hipótese, a transferência de recursos
financeiros do ente público para realização de despesas com
a) pagamento de servidor ou empregado público, salvo nas hipóteses previstas em lei
específica e na lei de diretrizes orçamentárias.
b) custos indiretos necessários à execução do objeto, em qualquer proporção, em relação
ao valor total da parceria.
c) publicidade, inclusive de caráter educativo, informativo ou de orientação social.
d) remuneração da equipe encarregada da execução do plano de trabalho, inclusive de
pessoal próprio da organização da sociedade civil.
e) aquisição de equipamentos e materiais permanentes, e execução de serviços de adequação
de espaço físico necessários à respectiva instalação.
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027. (FCC/AJ (TJ MA)/TJ MA/DIREITO/2019) Um ente público que se encontra em grave
situação financeiro- orçamentária está promovendo a reestruturação de suas atividades,
a fim de identificar oportunidades de redução de despesas. A Secretaria de Cultura do ente
administra alguns equipamentos públicos de grande relevância, os quais, embora tenham
bom histórico de visitação, representam parcela significativa do custeio do órgão. Vislumbra,
assim, oportunidade e necessidade de otimizar e dinamizar a gestão desses equipamentos,
o que,
O conteúdo delivro
deste acordo com
eletrônico a legislação
é licenciado para Nome em vigor, pode
do Concurseiro(a) se dar por
- 000.000.000-00, meio
vedada, por de
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a) celebração de contrato de gestão com pessoa jurídica de direito privado qualificada como
organização social, com estabelecimento de metas para prestação e melhoria dos serviços.
b) celebração de convênio com entidades do terceiro setor, estabelecendo remuneração
paga pelo poder público pela prestação dos serviços públicos a serem explorados.
c) formalização de contrato de permissão de serviço público, cabendo à empresa contratada
extrair remuneração exclusivamente da exploração da própria atividade.
d) contratação de prestação de serviços de administração e operação do equipamento
público, com base na Lei no 8.666/93, hipótese expressa de inexigibilidade de licitação.
e) formalização de contrato de gestão com pessoas jurídicas de direito privado para
exploração econômica do equipamento público em regime lucrativo.
028. (FCC/JE TJAL/TJ AL/2019) De acordo com as disposições da Lei federal no 13.019/2014,
o estabelecimento de parcerias entre o poder público e entidades da sociedade civil sem
fins lucrativos, para a execução de planos de trabalho por estas propostos,
a) se dá mediante termo de fomento, se envolver transferência de recursos públicos, vedada
a celebração de convênio para tal finalidade.
b) não pode envolver, direta ou indiretamente, a transferência de recursos públicos à entidade.
c) deve ser precedido de procedimento licitatório, na modalidade convite, salvo em se
tratando de entidades de assistência social.
d) deve ser feito mediante contrato de gestão, apenas com entidades pré-qualificadas.
e) deve ser precedido de chamamento público, obrigando-se o poder público a celebrar
termo de parceria com a entidade melhor classificada.
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031. (CEBRASPE (CESPE)/DP RS/DPE RS/2022) A respeito das parcerias formais estabelecidas
entre o Poder Público e as pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos, inclusive
para atuação na área da saúde pública, julgue o item que se seguem.
Conforme a Lei n.º 9.637/1998, as organizações sociais, por integrarem o terceiro setor, não
fazem parte do conceito constitucional de administração pública e estão legitimamente
autorizadas a estabelecer vínculos formais com o poder público a partir da assinatura
de termos de parceria e ampla submissão aos princípios constitucionais relacionados ao
escopo de sua atuação.
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Civil de Interesse Público (OSCIP). São pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos,
que não distribuam, entre os seus sócios ou associados, conselheiros, diretores, empregados
ou doadores, eventuais excedentes operacionais, brutos ou líquidos, dividendos, bonificações,
participações ou parcelas do seu patrimônio, auferidos mediante o exercício de suas
atividades, e que os aplica integralmente na consecução do respectivo objeto social. NÃO
são passíveis de qualificação como uma OSCIP:
I – Os sindicatos, as associações de classe ou de representação de categoria profissional.
II – As instituições religiosas ou voltadas para a disseminação de credos, cultos, práticas e
visões devocionais e confessionais.
III – As organizações partidárias e assemelhadas, inclusive suas fundações.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas I e II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
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a) economia mista
b) terceiro setor
c) empresa pública
d) sociedade anônima
037. (CEBRASPE (CESPE)/PPE (SERES PE)/SERES PE/2022) São entidades privadas que
celebram contrato de gestão com o Estado para cumprimento de metas de desempenho
e recebimento de benefícios públicos
a) as organizações sociais.
b) as entidades de apoio.
c) os serviços sociais autônomos.
d) as organizações da sociedade civil de interesse público.
e) as fundações.
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b) do contrato de gestão.
c) do relatório de execução.
d) dos relatórios financeiros.
e) do estatuto.
046. (FCC/DP (DPE AP)/DPE AP/2022) As organizações sociais são definidas como pessoas
jurídicas de direito
a) público, sem fins lucrativos, mas que se consolidam por meio de um contrato de gestão,
no qual são repassados incentivos à entidade executora das atividades.
b) público, com fins lucrativos, que compõem a administração indireta, para executar
serviços tipicamente públicos.
c) privado, que constituem instrumento de privatização para diminuir as atividades desenvolvidas
pelo Estado, repassando-as, de forma perene, para execução da administração indireta.
d) privado, sem fins lucrativos, criadas por particulares, para desempenhar serviços públicos
não privativos do Estado.
e) privado, no intuito de fomentar a execução de atividades do Estado, seja por meio de
contrato com ou sem repasse de recursos.
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048. (INSTITUTO CONSULPLAN/TEC INFO (PGE SC)/PGE SC/2022) Uma fundação pública,
instituída do âmbito de determinado município e em funcionamento há quatro anos,
se dedica exclusivamente à promoção da cultura. Referida fundação não atua com fins
lucrativos, exerce atividade social e deseja ser qualificada como Organização da Sociedade
Civil de Interesse Público. Considerando o tema entidades do terceiro setor, assinale a
afirmativa correta.
a) Fundações públicas não são passíveis de qualificação como Organização da Sociedade
Civil de Interesse Público.
b) A fundação pública poderá ser qualificada como Organização da Sociedade Civil de
Interesse Público, pois não atua com finalidade lucrativa.
c) A fundação pública poderá ser qualificada como Organização da Sociedade Civil de
Interesse Público, pois está em funcionamento há mais de três anos.
d) A fundação pública poderá ser qualificada como Organização da Sociedade Civil de
Interesse Público, desde que tenha sido instituída em âmbito federal.
e) A fundação pública poderá ser qualificada como Organização da Sociedade Civil de
Interesse Público, pois se dedica exclusivamente à atividade de cultura.
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c) parceria.
d) termo de fomento.
e) acordo de cooperação.
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GABARITO
1. a 37. a
2. c 38. c
3. b 39. b
4. b 40. d
5. b 41. e
6. b 42. e
7. c 43. b
8. e 44. e
9. d 45. b
10. a 46. d
11. e 47. e
12. d 48. a
13. a 49. c
14. E 50. d
15. b
16. b
17. C
18. C
19. C
20. E
21. E
22. C
23. c
24. e
25. d
26. e
27. a
28. a
29. a
30. a
31. E
32. E
33. e
34. C
35. b
36. b
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GABARITO COMENTADO
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002. (FGV/OAB UNI NAC/OAB/2022) A Associação Gama é uma instituição religiosa que se
dedica à promoção da assistência social e almeja obter recursos financeiros junto ao governo
federal a fim de fomentar suas atividades. Para tanto, seus representantes acreditam que
a melhor alternativa é a qualificação como Organização da Sociedade Civil de Interesse
Público – OSCIP, razão pela qual procuram você, como advogado(a), a fim de esclarecer as
peculiaridades relacionadas à legislação de regência (Lei n. 9.790/99).
Acerca da situação hipotética apresentada, assinale a afirmativa correta.
a) A qualificação da Associação Gama como OSCIP é ato discricionário, que deve ser pleiteado
junto ao Ministério da Justiça.
b) Após a sua qualificação como OSCIP, a Associação Gama deverá formalizar contrato de
gestão com a Administração Pública para a transferência de recursos financeiros.
c) A Associação Gama não poderá ser qualificada como OSCIP, pois as instituições religiosas
não são passíveis de tal qualificação.
d) O estatuto social da Associação Gama precisa vedar a participação de servidores públicos
na composição de conselho ou diretoria, a fim de que ela possa ser qualificada como OSCIP.
Art. 2º Não são passíveis de qualificação como Organizações da Sociedade Civil de Interesse
Público, ainda que se dediquem de qualquer forma às atividades descritas no art. 3º desta Lei:
III – as instituições religiosas ou voltadas para a disseminação de credos, cultos, práticas e visões
devocionais e confessionais;
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a) Errada. A fundação de direito privado, desde que atenda aos requisitos legais, pode
qualificar-se como organização social, nos termos do artigo 1º da Lei 9.637/1998.
Art. 1º O Poder Executivo poderá qualificar como organizações sociais pessoas jurídicas de direito
privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao
desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde,
atendidos aos requisitos previstos nesta Lei.
b) Certa. Um dos requisitos que devem ser observados para a qualificação como organização
social é a participação, no Conselho de Administração, dentre outros membros, de
representantes do Poder Público.
Art. 3º O conselho de administração deve estar estruturado nos termos que dispuser o respectivo
estatuto, observados, para os fins de atendimento dos requisitos de qualificação, os seguintes
critérios básicos:
I – ser composto por:
a) 20 a 40% (vinte a quarenta por cento) de membros natos representantes do Poder Público,
definidos pelo estatuto da entidade;
c) Errada. A qualificação ocorre em relação a entidades sem fins lucrativos. Logo, não há
que se falar em distribuição de lucros.
d) Errada. Diferente do que afirmado, a qualificação depende de aprovação do Ministro de
Estado da respectiva área de atuação.
Art. 2º São requisitos específicos para que as entidades privadas referidas no artigo anterior
habilitem-se à qualificação como organização social:
II – haver aprovação, quanto à conveniência e oportunidade de sua qualificação como organização
social, do Ministro ou titular de órgão supervisor ou regulador da área de atividade correspondente
ao seu objeto social e do Ministro de Estado da Administração Federal e Reforma do Estado.
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004. (FGV/ADV (SEN)/SEN/2022) Determinada pessoa jurídica de direito privado, sem fins
lucrativos e qualificada como Organização Social (OS), observadas as formalidades legais,
celebrou regularmente instrumento jurídico próprio com o ente federativo Alfa, que tem
por objeto o gerenciamento, a operacionalização e a execução de ações e serviços de saúde
na Unidade Hospitalar Beta.
No segundo mês à frente do hospital público Beta, a OS verificou que, para melhor exercer
suas obrigações e de maneira a viabilizar a prestação com mais eficiência do serviço de
saúde, seria importante a cessão de servidores públicos do ente Alfa para a OS.
O órgão da advocacia pública do ente Alfa, levando em consideração as normas de regência,
emitiu parecer no sentido de que a cessão de servidores pretendida é
a) vedada pela lei, pois, em razão de sua natureza, o termo de fomento em vigor veda ao
ente Alfa a cessão de servidores para a OS, haja vista que a organização já é remunerada
para a prestação dos serviços.
b) possível, eis que, ao Poder Executivo do ente Alfa, é facultada a cessão especial de servidor
para a OS, com ônus para o ente de origem, em razão do contrato de gestão em vigor.
c) vedada pela lei, pois, em razão de sua natureza, o contrato de gestão em vigor veda ao
ente Alfa a cessão de servidores para a OS, haja vista que a organização já é remunerada
para a prestação dos serviços.
d) vedada pela lei, pois, em razão da natureza do serviço prestado, o termo de colaboração
em vigor veda ao ente Alfa a cessão de servidores para a OS, haja vista que a organização
já é remunerada para a prestação dos serviços.
e) possível, eis que, ao Poder Executivo do ente Alfa, é facultada a cessão especial de servidor
para a OS, com ônus para a OS cessionária, em razão do termo de parceria em vigor.
005. (FGV/JE TJAP/TJ AP/2022) O Estado Alfa celebrou com uma organização da sociedade
civil (OSC) uma espécie de parceria, mediante transferência voluntária de recursos para
consecução de plano de trabalho proposto pelo poder público estadual, em regime de
mútua cooperação, para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco
propostas pela Administração Pública, consistentes na promoção e divulgação do “Programa
à Vítima e Testemunha Ameaçadas no Estado Alfa”, garantindo, na forma da lei, às vítimas
e às testemunhas, alimentação, saúde, moradia, educação e lazer, de maneira a promover
a reinserção
O conteúdo social édos
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vedada, por quaisquer local
meios de risco.
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De acordo com a Lei n. 13.019/2014, no caso em tela, o instrumento adequado utilizado foi o:
a) contrato de gestão, e o serviço firmado foi delegado à OSC, contratada mediante licitação;
b) termo de colaboração, e a OSC foi selecionada por meio de chamamento público;
c) termo de parceria, e a OSC foi selecionada mediante inexigibilidade de licitação;
d) termo de fomento, e a OSC foi selecionada mediante contratação direta;
e) acordo de cooperação, e deve haver prestação de contas sobre os recursos financeiros
transferidos ao Tribunal de Contas.
Letra b.
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Inicialmente, precisamos saber que as organizações religiosas podem, desde que atendam
aos requisitos legais, celebrar parcerias com a Administração Pública.
Outro ponto é que o acordo de cooperação mencionado pela questão é um dos instrumentos
que podem ser utilizados no momento da celebração das parcerias.
Art. 1º Esta Lei institui normas gerais para as parcerias entre a administração pública e organizações
da sociedade civil, em regime de mútua cooperação, para a consecução de finalidades de
interesse público e recíproco, mediante a execução de atividades ou de projetos previamente
estabelecidos em planos de trabalho inseridos em termos de colaboração, em termos de fomento
ou em acordos de cooperação.
Com base nestas informações, bem como no enunciado da questão, é possível inferir que
a situação apresenta conformidade quanto à escolha de entidade religiosa, bem como
quanto ao uso de acordo de cooperação. No entanto, a parceria não poderia envolver a
transferência de recursos financeiros.
Letra b.
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Letra c.
008. (VUNESP/ADM (DOCAS PB)/DOCAS PB/2022) A legislação prevê diversos requisitos para
que as entidades privadas se habilitem à qualificação como organização social. Dentre tais
requisitos, está:
a) ser pessoa jurídica de direito privado, independentemente de fins lucrativos, cujas
atividades sejam dirigidas ao ensino, à saúde, entre outras.
b) comprovar que há previsão da participação, no órgão colegiado de deliberação superior,
de, pelo menos, três representantes do Poder Público.
c) a obrigatoriedade de publicação semestral, no Diário Oficial da União, dos relatórios
financeiros e do relatório de execução do contrato de gestão.
d) a proibição de distribuição de bens exclusivamente no caso de falecimento de associado
ou membro da entidade.
e) comprovar o registro de seu ato constitutivo dispondo sobre composição e atribuições
da diretoria.
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Art. 2º São requisitos específicos para que as entidades privadas referidas no artigo anterior
habilitem-se à qualificação como organização social:
I – comprovar o registro de seu ato constitutivo, dispondo sobre:
a) natureza social de seus objetivos relativos à respectiva área de atuação;
b) finalidade não-lucrativa, com a obrigatoriedade de investimento de seus excedentes financeiros
no desenvolvimento das próprias atividades;
c) previsão expressa de a entidade ter, como órgãos de deliberação superior e de direção, um
conselho de administração e uma diretoria definidos nos termos do estatuto, asseguradas àquele
composição e atribuições normativas e de controle básicas previstas nesta Lei;
d) previsão de participação, no órgão colegiado de deliberação superior, de representantes do Poder
Público e de membros da comunidade, de notória capacidade profissional e idoneidade moral;
e) composição e atribuições da diretoria;
f) obrigatoriedade de publicação anual, no Diário Oficial da União, dos relatórios financeiros e
do relatório de execução do contrato de gestão;
g) no caso de associação civil, a aceitação de novos associados, na forma do estatuto;
h) proibição de distribuição de bens ou de parcela do patrimônio líquido em qualquer hipótese,
inclusive em razão de desligamento, retirada ou falecimento de associado ou membro da entidade;
i) previsão de incorporação integral do patrimônio, dos legados ou das doações que lhe foram
destinados, bem como dos excedentes financeiros decorrentes de suas atividades, em caso de
extinção ou desqualificação, ao patrimônio de outra organização social qualificada no âmbito da
União, da mesma área de atuação, ou ao patrimônio da União, dos Estados, do Distrito Federal
ou dos Municípios, na proporção dos recursos e bens por estes alocados;
II – haver aprovação, quanto à conveniência e oportunidade de sua qualificação como organização
social, do Ministro ou titular de órgão supervisor ou regulador da área de atividade correspondente
ao seu objeto social e do Ministro de Estado da Administração Federal e Reforma do Estado.
Letra e.
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d) Pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, que tenha sido constituída e se
encontre em funcionamento regular há, no mínimo, três anos.
e) Cooperativa, sem fins lucrativos, que atue, em outras áreas, na defesa, preservação e
conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável.
Letra d.
Letra a.
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a) pode qualificar-se como OS, desde que não tenha fins lucrativos, podendo atuar na área
da saúde e receber todos os benefícios mencionados, devendo ser celebrado um contrato
de parceria, mas não poderá haver cessão de funcionários públicos.
b) somente pode qualificar-se como OS se não tiver fins lucrativos e já atuar na área da
saúde, estando autorizada a receber dotações orçamentárias e isenções fiscais, sendo
vedado o uso de bens públicos e poderá ter a cessão de servidores públicos, que serão por
ela custeados.
c) embora possa qualificar-se como OS, tendo o direito de celebrar contrato de gestão
e receber todos os benefícios postulados, inclusive a cessão de, no máximo, um servidor
público, a suas custas, não poderá atuar na área da saúde.
d) não pode qualificar-se como OS se não provar que já atua na área da saúde, mas se
estiver apta a celebrar um contrato de colaboração com o Município, poderá ter todos os
benefícios postulados, exceto a cessão de servidores públicos.
e) pode qualificar-se como OS, desde que não tenha fins lucrativos, podendo atuar na
área da saúde, por meio de contrato de gestão com o Município, e pode receber todos os
benefícios mencionados, inclusive o uso de bens públicos e cessão de servidores, com ônus
para a origem.
O Poder Executivo poderá qualificar como organizações sociais pessoas jurídicas de direito
privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao
desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde,
atendidos aos requisitos previstos nesta Lei.
A celebração, por sua vez, ocorrerá por meio do instrumento denominado contrato de gestão.
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, entende-se por contrato de gestão o instrumento firmado
entre o Poder Público e a entidade qualificada como organização social, com vistas à formação
de parceria entre as partes para fomento e execução de atividades relativas às áreas relacionadas
no art. 1º.
Em relação ao uso de bens públicos e à cessão de servidores (que ocorrerá com ônus para a
origem), o fundamento utilizado tem como base os artigos 12 e 14 da norma em questão.
Art. 12. Às organizações sociais poderão ser destinados recursos orçamentários e bens públicos
necessários ao cumprimento do contrato de gestão.
Art. 14. É facultado ao Poder Executivo a cessão especial de servidor para as organizações sociais,
com ônus para a origem.
Letra e.
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VIII – A - acordo de cooperação: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias
estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução
de finalidades de interesse público e recíproco que não envolvam a transferência de recursos
financeiros; (Erro da Letra E)
Letra d.
013. (VUNESP/PROC J (CM JUNDIAÍ)/CM JUNDIAÍ/2022) Nas parcerias de que trata a Lei
Federal no 13.019/14, celebradas entre a administração pública e as organizações da
sociedade civil, em regime de mútua cooperação, para a consecução de finalidades de
interesse público e recíproco, é vedada, em qualquer hipótese, a transferência de recursos
financeiros do ente público para realização de despesas com
a) pagamento de servidor ou empregado público, salvo nas hipóteses previstas em lei
específica e na lei de diretrizes orçamentárias.
b) custos indiretos necessários à execução do objeto, em qualquer proporção, em relação
ao valor total da parceria.
c) publicidade, inclusive de caráter educativo, informativo ou de orientação social.
d) remuneração da equipe encarregada da execução do plano de trabalho, inclusive de
pessoal próprio da organização da sociedade civil.
e) aquisição de equipamentos e materiais permanentes, e execução de serviços de adequação
de espaço físico necessários à respectiva instalação.
A questão deve ser respondida com base nas disposições do artigo 45 da Lei 13.019/2014,
de seguinte redação:
Art. 45. As despesas relacionadas à execução da parceria serão executadas nos termos dos
incisos XIX e XX do art. 42, sendo vedado:
I – utilizar recursos para finalidade alheia ao objeto da parceria;
II – pagar, a qualquer título, servidor ou empregado público com recursos vinculados à
parceria, salvo nas hipóteses previstas em lei específica e na lei de diretrizes orçamentárias;
Letra a.
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A aplicação dos recursos excedentes deve obrigatoriamente ocorrer, por parte da entidade
qualificada como organização social, no desenvolvimento das próprias atividades, sem a
possibilidade, diferente do que afirmado pela questão, na aplicação em atividades distintas.
Art. 2º São requisitos específicos para que as entidades privadas referidas no artigo anterior
habilitem-se à qualificação como organização social:
I – comprovar o registro de seu ato constitutivo, dispondo sobre:
b) finalidade não-lucrativa, com a obrigatoriedade de investimento de seus excedentes financeiros
no desenvolvimento das próprias atividades;
Errado.
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Art. 3º O conselho de administração deve estar estruturado nos termos que dispuser o respectivo
estatuto, observados, para os fins de atendimento dos requisitos de qualificação, os seguintes
critérios básicos:
I – ser composto por:
a) 20 a 40% (vinte a quarenta por cento) de membros natos representantes do Poder Público,
definidos pelo estatuto da entidade;
e) Errada. Todo o excedente financeiro da organização social (e não apenas a metade) deve
ser investido no desenvolvimento das suas próprias atividades.
Art. 2º São requisitos específicos para que as entidades privadas referidas no artigo anterior
habilitem-se à qualificação como organização social:
I – comprovar o registro de seu ato constitutivo, dispondo sobre:
b) finalidade não-lucrativa, com a obrigatoriedade de investimento de seus excedentes financeiros
no desenvolvimento das próprias atividades;
Letra b.
Art. 9º Fica instituído o Termo de Parceria, assim considerado o instrumento passível de ser
firmado entre o Poder Público e as entidades qualificadas como Organizações da Sociedade
Civil de Interesse Público destinado à formação de vínculo de cooperação entre as partes, para
o fomento e a execução das atividades de interesse público previstas no art. 3º desta Lei.
Letra b.
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Certo.
Art. 10. A administração pública deverá manter, em seu sítio oficial na internet, a relação das
parcerias celebradas e dos respectivos planos de trabalho, até cento e oitenta dias após o
respectivo
O conteúdo deste livro encerramento.
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Art. 11. A organização da sociedade civil deverá divulgar na internet e em locais visíveis de suas
sedes sociais e dos estabelecimentos em que exerça suas ações todas as parcerias celebradas
com a administração pública.
Certo.
A qualificação como OSCIP não retira o caráter de pessoa jurídica de direito privado da
respectiva instituição. O que ocorre, apenas, é que a OSCIP passa a desempenhar atividades
em regime de colaboração com o Poder Público, integrando o terceiro setor.
Certo.
Questão cujo enunciado ficou bastante dúbio. De fato, o ato de qualificação como OSCIP é
classificado como vinculado. Contudo, o requerimento para a celebração do termo de parceria
não é uma obrigatoriedade do gestor da entidade, que pode ou não requerer a qualificação
como OSCIP. Caso ela seja solicitada, e desde que atenda aos requisitos necessários, aí sim
o ato deverá ser deferido, uma vez que trata-se de atividade vinculada do Poder Público.
Errado.
O descredenciamento como OSCIP não ocorre de forma imediata, ainda que a entidade
deixe de preencher os requisitos necessários à sua qualificação. Em sentido oposto, o
descredenciamento ocorrerá após a instauração de processo administrativo, possibilitando
com isso
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Errado.
Temos aqui uma importante peculiaridade. Ainda que os OSCIPs tenham a obrigação de
realizar licitação para as compras efetuadas com recursos públicos, o rito a ser observado
não é o da Lei das Licitações.
Em sentido oposto, deverá a entidade publicar regulamento próprio, que conterá os
procedimentos que adotará para a contratação de obras e serviços, bem como para compras
com emprego de recursos provenientes do Poder Público.
Ainda assim, é correto afirmar que as compras e obras decorrentes de recursos públicos
serão objeto de licitação por parte das mencionadas entidades.
Art. 14. A organização parceira fará publicar, no prazo máximo de trinta dias, contado da assinatura
do Termo de Parceria, regulamento próprio contendo os procedimentos que adotará para a
contratação de obras e serviços, bem como para compras com emprego de recursos provenientes
do Poder Público, observados os princípios estabelecidos no inciso I do art. 4º desta Lei.
Certo.
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b) Errada. As OS não podem exercer qualquer tipo de atividade de interesse público, mas
sim apenas aquelas que não sejam exclusivas do Poder Público. A título de exemplo, a Lei
9.637/1998 estabelece uma lista exemplificativa de serviços que podem ser prestados.
Art. 1º O Poder Executivo poderá qualificar como organizações sociais pessoas jurídicas de direito
privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao
desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde,
atendidos aos requisitos previstos nesta Lei.
c) Certa. O vínculo mantido entre o Poder Público e as organizações sociais é o contrato de gestão.
d) Errada. As agências executivas são uma qualificação conferida às autarquias e fundações
públicas, não estando relacionadas com as organizações sociais.
e) Errada. Não há um modelo societário específico que deve ser utilizado pelas organizações
sociais. O que elas não podem é ter finalidade lucrativa.
Letra c.
O terceiro setor é composto por organizações privadas sem fins lucrativos. Tais organizações,
por atuarem ao lado do Estado, prestam serviços de caráter público não essencial.
Letra e.
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De acordo com as disposições da Lei 13.019/2014, temos a seguinte definição para o termo
de colaboração.
Aqui, o grande detalhe para resolver a questão era sabermos que, no termos de colaboração,
quem propõe a parceria é a Administração Pública.
E observe que é exatamente isso que ocorre no enunciado da questão, que afirma que o
Município Alfa fez uso de chamamento público com o objetivo de angariar propostas de
parcerias a serem celebradas.
Letra d.
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027. (FCC/AJ (TJ MA)/TJ MA/DIREITO/2019) Um ente público que se encontra em grave
situação financeiro- orçamentária está promovendo a reestruturação de suas atividades,
a fim de identificar oportunidades de redução de despesas. A Secretaria de Cultura do ente
administra alguns equipamentos públicos de grande relevância, os quais, embora tenham
bom histórico de visitação, representam parcela significativa do custeio do órgão. Vislumbra,
assim, oportunidade e necessidade de otimizar e dinamizar a gestão desses equipamentos,
o que, de acordo com a legislação em vigor, pode se dar por meio de
a) celebração de contrato de gestão com pessoa jurídica de direito privado qualificada como
organização social, com estabelecimento de metas para prestação e melhoria dos serviços.
b) celebração de convênio com entidades do terceiro setor, estabelecendo remuneração
paga pelo poder público pela prestação dos serviços públicos a serem explorados.
c) formalização de contrato de permissão de serviço público, cabendo à empresa contratada
extrair remuneração exclusivamente da exploração da própria atividade.
d) contratação de prestação de serviços de administração e operação do equipamento
público, com base na Lei no 8.666/93, hipótese expressa de inexigibilidade de licitação.
e) formalização de contrato de gestão com pessoas jurídicas de direito privado para
exploração econômica do equipamento público em regime lucrativo.
a) Certa. O contrato de gestão pode ser celebrado com as organizações sociais, que são
entidades privadas sem fins lucrativos. Após a celebração, as entidades passam a auxiliar
o Poder Público na execução de determinadas atividades, tendo uma série de metas para
prestação e melhoria dos serviços.
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, entende-se por contrato de gestão o instrumento firmado entre o
Poder Público e a entidade qualificada como organização social, com vistas à formação de parceria
entre as partes para fomento e execução de atividades relativas às áreas relacionadas no art. 1º.
b) Errada. Nos convênios, não há o recebimento de remuneração, uma vez que há reciprocidade
de ambas as partes no objetivo a ser alcançado.
c) Errada. De acordo com o enunciado, a Administração Pública quer, com a medida, “otimizar
e dinamizar a gestão desses equipamentos”. E esta gestão não adentra no conceito de
serviços públicos, não havendo que se falar em delegação por meio de permissão.
d) Errada. A inexigibilidade de licitação, tanto na Lei 8.666/1993 quanto na Lei 14.133/2021
(nova lei das licitações), apenas ocorre nas situações em que houver impossibilidade jurídica
de competição, o que não ocorre na situação mencionada.
e) Errada. O contrato de gestão deve ser celebrado para a execução de atividades tipicamente
públicas, e não para a exploração econômica em regime lucrativo. Não podemos confundir
o contrato de gestão com os contratos administrativos, que, estes sim, são celebrados com
o objetivo de uma das partes alcançar a lucratividade.
Letra a.
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028. (FCC/JE TJAL/TJ AL/2019) De acordo com as disposições da Lei federal no 13.019/2014,
o estabelecimento de parcerias entre o poder público e entidades da sociedade civil sem
fins lucrativos, para a execução de planos de trabalho por estas propostos,
a) se dá mediante termo de fomento, se envolver transferência de recursos públicos, vedada
a celebração de convênio para tal finalidade.
b) não pode envolver, direta ou indiretamente, a transferência de recursos públicos à entidade.
c) deve ser precedido de procedimento licitatório, na modalidade convite, salvo em se
tratando de entidades de assistência social.
d) deve ser feito mediante contrato de gestão, apenas com entidades pré-qualificadas.
e) deve ser precedido de chamamento público, obrigando-se o poder público a celebrar
termo de parceria com a entidade melhor classificada.
a) Certa. Considerando que o plano de trabalho foi proposto pela organização da sociedade
civil, o instrumento que deve ser utilizada para a celebração da parceria é o termo de fomento.
Art. 24. Exceto nas hipóteses previstas nesta Lei, a celebração de termo de colaboração ou de
fomento será precedida de chamamento público voltado a selecionar organizações da sociedade
civil que tornem mais eficaz a execução do objeto.
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Art. 24. Exceto nas hipóteses previstas nesta Lei, a celebração de termo de colaboração ou de
fomento será precedida de chamamento público voltado a selecionar organizações da sociedade
civil que tornem mais eficaz a execução do objeto.
Além disso, devem as entidades, para poder celebrar vínculo com o Poder Público, atender
aos demais requisitos legais.
b) Errada. Em sentido contrário ao que informado, o artigo 84 da Lei 13.019 estabelece
que “Não se aplica às parcerias regidas por esta Lei o disposto na Lei n. 8.666, de 21 de junho
de 1993”. Atualmente, a regra deve ser estendida para as disposições da Lei 14.133/2021.
c) Errada. Conforme verificado na Letra A, não são todas as situações que demandam a
realização de chamamento público, havendo, em sentido contrário, exceções legais.
d) Errada. As parcerias serão celebradas em regime de mútua colaboração, uma vez que
destinadas à consecução de finalidades de interesse público e recíproco. Logo, não é vedada
a ingerência ou participação do poder público.
Art. 1º Esta Lei institui normas gerais para as parcerias entre a administração pública e organizações
da sociedade civil, em regime de mútua cooperação, para a consecução de finalidades de
interesse público e recíproco, mediante a execução de atividades ou de projetos previamente
estabelecidos em planos de trabalho inseridos em termos de colaboração, em termos de fomento
ou em acordos de cooperação.
e) Errada. A formalização não pode ser realizada diretamente pelo Chefe do Poder Executivo.
Além disso, não há necessidade de autorização legislativa para a celebração dos instrumentos
de parceria legalmente previstos.
Letra a.
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As organizações sociais se vinculam com o Poder Público por meio de contrato de gestão.
Com isso, eliminamos as Letras B, C e D. Na Letra E, o erro está em afirmar que tal contrato
pode ser celebrado com pessoas jurídicas que tenham finalidade lucrativa.
Assim, a alternativa correta é a Letra A, nos termos do artigo 1º da Lei 9.637/1998:
Art. 1º O Poder Executivo poderá qualificar como organizações sociais pessoas jurídicas de direito
privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao
desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde,
atendidos aos requisitos previstos nesta Lei.
Letra a.
031. (CEBRASPE (CESPE)/DP RS/DPE RS/2022) A respeito das parcerias formais estabelecidas
entre o Poder Público e as pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos, inclusive
para atuação na área da saúde pública, julgue o item que se seguem.
Conforme a Lei n.º 9.637/1998, as organizações sociais, por integrarem o terceiro setor, não
fazem parte do conceito constitucional de administração pública e estão legitimamente
autorizadas a estabelecer vínculos formais com o poder público a partir da assinatura
de termos de parceria e ampla submissão aos princípios constitucionais relacionados ao
escopo de sua atuação.
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As organizações sociais celebram com o Poder Público um contato de gestão, e não o termo
de parceria, diferente do que afirmado pela questão.
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, entende-se por contrato de gestão o instrumento firmado
entre o Poder Público e a entidade qualificada como organização social, com vistas à formação de
parceria entre as partes para fomento e execução de atividades relativas às áreas relacionadas
no art. 1º.
Errado.
As fundações públicas estão dentre as entidades que não podem, por previsão legal expressa,
ser qualificadas como OSCIP.
Art. 2º Não são passíveis de qualificação como Organizações da Sociedade Civil de Interesse
Público, ainda que se dediquem de qualquer forma às atividades descritas no art. 3º desta Lei:
XI – as fundações públicas;
Errado.
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Todos os itens elencados apresentam entidades que não podem vir a ser qualificadas como
OSCIP.
Art. 2º Não são passíveis de qualificação como Organizações da Sociedade Civil de Interesse
Público, ainda que se dediquem de qualquer forma às atividades descritas no art. 3º desta Lei:
II – os sindicatos, as associações de classe ou de representação de categoria profissional;
III – as instituições religiosas ou voltadas para a disseminação de credos, cultos, práticas e
visões devocionais e confessionais;
IV – as organizações partidárias e assemelhadas, inclusive suas fundações;
Letra e.
O enunciado estabelece algumas das finalidades que as entidades podem ter como condição
para a qualificação como OSCIP.
Art. 3º A qualificação instituída por esta Lei, observado em qualquer caso, o princípio da
universalização dos serviços, no respectivo âmbito de atuação das Organizações, somente será
conferida às pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujos objetivos sociais
tenham pelo menos uma das seguintes finalidades:
I – promoção da assistência social;
VII – promoção do voluntariado;
VIII – promoção do desenvolvimento econômico e social e combate à pobreza;
Certo.
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A questão deve ser respondida com base nas disposições do artigo 1º da Lei 9.790/199,
que estabelece que
Letra b.
As entidades do terceiro setor nada mais são do que pessoas jurídicas de direito privado sem
fins lucrativos. Logo, é correto afirmar que tais entidades são exemplos de organizações
constituídas pela sociedade, tendo por finalidade uma utilidade pública.
Letra b.
037. (CEBRASPE (CESPE)/PPE (SERES PE)/SERES PE/2022) São entidades privadas que
celebram contrato de gestão com o Estado para cumprimento de metas de desempenho
e recebimento de benefícios públicos
a) as organizações sociais.
b) as deste
O conteúdo entidades de éapoio.
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O contrato de gestão é celebrado pelas organizações sociais, de forma que a entidade passa
a desempenhar atividades públicas em regime de colaboração com o Estado.
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, entende-se por contrato de gestão o instrumento firmado
entre o Poder Público e a entidade qualificada como organização social, com vistas à formação
de parceria entre as partes para fomento e execução de atividades relativas às áreas relacionadas
no art. 1º.
Letra a.
Art. 2º São requisitos específicos para que as entidades privadas referidas no artigo anterior
habilitem-se à qualificação como organização social:
II – haver aprovação, quanto à conveniência e oportunidade de sua qualificação como organização
social, do Ministro ou titular de órgão supervisor ou regulador da área de atividade correspondente
ao seu objeto social e do Ministro de Estado da Administração Federal e Reforma do Estado.
Letra c.
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Inicialmente, precisamos saber que as OSCIPs celebram termo de parceria com o Poder
Público, e não contrato de gestão.
Art. 9º Fica instituído o Termo de Parceria, assim considerado o instrumento passível de ser
firmado entre o Poder Público e as entidades qualificadas como Organizações da Sociedade
Civil de Interesse Público destinado à formação de vínculo de cooperação entre as partes, para
o fomento e a execução das atividades de interesse público previstas no art. 3º desta Lei.
Letra b.
A entidade que celebra termo de parceria com o Poder Público para o desempenho de
atividades não exclusivas do Estado é a organização da sociedade civil de interesse público
(OSCIP).
Art. 9º Fica instituído o Termo de Parceria, assim considerado o instrumento passível de ser
firmado entre o Poder Público e as entidades qualificadas como Organizações da Sociedade
Civil de Interesse Público destinado à formação de vínculo de cooperação entre as partes, para
o fomento e a execução das atividades de interesse público previstas no art. 3º desta Lei.
Letra d.
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Art. 5º Para os efeitos desta Lei, entende-se por contrato de gestão o instrumento firmado
entre o Poder Público e a entidade qualificada como organização social, com vistas à formação
de parceria entre as partes para fomento e execução de atividades relativas às áreas relacionadas
no art. 1º.
Letra e.
Para responder a questão, vejamos, inicialmente, o entendimento do STF acerca dos serviços
sociais autônomos.
JURISPRUDÊNCIA
(RE 789874) Os serviços sociais autônomos integrantes do denominado Sistema “S”,
vinculados a entidades patronais de grau superior e patrocinados basicamente por
recursos recolhidos do próprio setor produtivo beneficiado, ostentam natureza de pessoa
jurídica de direito privado e não integram a Administração Pública, embora colaborem
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a) Errada. O pagamento das dívidas não ocorre por meio de precatórios, uma vez que as
entidades não integram o conceito de Fazenda Pública.
b) Errada. A Súmula 516 do STF estabelece que
JURISPRUDÊNCIA
O Serviço Social da Indústria (SESI) está sujeito à jurisdição da Justiça estadual.
c) Errada. Por não integrarem a Administração Pública, as entidades do terceiro setor não
estão obrigadas a seguir a regra da realização de concurso público como forma de admissão
de pessoal.
d) Errada. O terceiro setor não deve observar as regras constantes da legislação federal
sobre licitações. O que deve ser realizado é um procedimento simplificado, definido pela
entidade, e que observe os princípios constitucionais da Administração Pública.
e) Certa. Tendo em conta que os serviços sociais autônomos gerenciam recursos públicos,
devem as entidades se submeter à fiscalização do Tribunal de Contas.
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das
entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade,
aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante
controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que
utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos
quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.
Letra e.
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a) Errada. Não há necessidade de licitação para a escolha das organizações sociais. De acordo
com o entendimento do STF, basta que sejam observados os princípios da Administração
Pública e que a seleção da entidade seja feita de forma objetiva e impessoal.
b) Certa. Uma das características das organizações sociais é que as entidades contam, na
composição do Conselho de Administração, com participantes do Poder Público.
Art. 3º O conselho de administração deve estar estruturado nos termos que dispuser o respectivo
estatuto, observados, para os fins de atendimento dos requisitos de qualificação, os seguintes
critérios básicos:
I – ser composto por:
a) 20 a 40% (vinte a quarenta por cento) de membros natos representantes do Poder Público,
definidos pelo estatuto da entidade;
c) Errada. Por não integrarem a Administração Pública, as organizações sociais não estão
obrigadas a realizar concurso público como forma de admissão de pessoal.
d) Errada. As atividades que podem ser desempenhadas pelas organizações sociais constam
no artigo 1º da Lei 9.637/1998, de seguinte redação:
Art. 1º O Poder Executivo poderá qualificar como organizações sociais pessoas jurídicas de direito
privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao
desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde,
atendidos aos requisitos previstos nesta Lei.
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A presente questão deve ser resolvida de acordo com as disposições do artigo 2º, I, g, da
Lei 9.637/1998:
Art. 2º São requisitos específicos para que as entidades privadas referidas no artigo anterior
habilitem-se à qualificação como organização social:
I – comprovar o registro de seu ato constitutivo, dispondo sobre:
g) no caso de associação civil, a aceitação de novos associados, na forma do estatuto;
Letra e.
Apenas a Letra B não retrata um exemplo de entidade que, de acordo com a doutrina, é
classificada como entidade paraestatal. Sendo assim, uma associação de moradores pode
ser definida como uma entidade constituída com a finalidade de defender os interesses
da comunidade, não contando, no entanto, com nenhum vínculo com o Poder Público (algo
que acontece com as entidades paraestatais).
Letra b.
046. (FCC/DP (DPE AP)/DPE AP/2022) As organizações sociais são definidas como pessoas
jurídicas de direito
a) público, sem fins lucrativos, mas que se consolidam por meio de um contrato de gestão,
no qual são repassados incentivos à entidade executora das atividades.
b) público, com fins lucrativos, que compõem a administração indireta, para executar
serviços tipicamente públicos.
c) privado, que constituem instrumento de privatização para diminuir as atividades desenvolvidas
pelo Estado, repassando-as, de forma perene, para execução da administração indireta.
d) privado, sem fins lucrativos, criadas por particulares, para desempenhar serviços públicos
não privativos do Estado.
e) privado, no intuito de fomentar a execução de atividades do Estado, seja por meio de
contrato
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As organizações sociais podem ser definidas como pessoas jurídicas de direito privado, sem
fins lucrativos, criadas por particulares, para desempenhar serviços públicos não privativos
do Estado. Com as entidades mencionadas, o que ocorre é a prestação de atividades públicas
não exclusivas em regime de colaboração com o Poder Público.
Letra d.
Apenas a Letra E está incorreta, uma vez que é vedada a qualificação como OSCIP, dentre
outras situações, das organizações partidárias e assemelhadas, inclusive suas fundações.
Art. 2º Não são passíveis de qualificação como Organizações da Sociedade Civil de Interesse
Público, ainda que se dediquem de qualquer forma às atividades descritas no art. 3º desta Lei:
IV – as organizações partidárias e assemelhadas, inclusive suas fundações;
Todas as demais alternativas refletem alguma das finalidades das OSCIPs, nos termos da
legislação de regência.
Art. 3º A qualificação instituída por esta Lei, observado em qualquer caso, o princípio da
universalização dos serviços, no respectivo âmbito de atuação das Organizações, somente será
conferida às pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujos objetivos sociais
tenham pelo menos uma das seguintes finalidades:
V – promoção da segurança alimentar e nutricional; (Letra A)
VI – defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento
sustentável; (Letra B)
IX – experimentação, não lucrativa, de novos modelos sócio-produtivos e de sistemas alternativos
de produção, comércio, emprego e crédito; (Letra D)
XI – promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e de outros
valores universais; (Letra C)
Letradeste
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048. (INSTITUTO CONSULPLAN/TEC INFO (PGE SC)/PGE SC/2022) Uma fundação pública,
instituída do âmbito de determinado município e em funcionamento há quatro anos,
se dedica exclusivamente à promoção da cultura. Referida fundação não atua com fins
lucrativos, exerce atividade social e deseja ser qualificada como Organização da Sociedade
Civil de Interesse Público. Considerando o tema entidades do terceiro setor, assinale a
afirmativa correta.
a) Fundações públicas não são passíveis de qualificação como Organização da Sociedade
Civil de Interesse Público.
b) A fundação pública poderá ser qualificada como Organização da Sociedade Civil de
Interesse Público, pois não atua com finalidade lucrativa.
c) A fundação pública poderá ser qualificada como Organização da Sociedade Civil de
Interesse Público, pois está em funcionamento há mais de três anos.
d) A fundação pública poderá ser qualificada como Organização da Sociedade Civil de
Interesse Público, desde que tenha sido instituída em âmbito federal.
e) A fundação pública poderá ser qualificada como Organização da Sociedade Civil de
Interesse Público, pois se dedica exclusivamente à atividade de cultura.
A resposta da questão é a Letra A, tendo em conta que as fundações públicas não são
passíveis de qualificação como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público.
Art. 2º Não são passíveis de qualificação como Organizações da Sociedade Civil de Interesse
Público, ainda que se dediquem de qualquer forma às atividades descritas no art. 3º desta Lei:
XI – as fundações públicas;
Letra a.
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