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ARCHIVO HERALDICO-GENEALOGICO
ARCHIVO
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CONTENDO
COM UM APPENDICE
PELO
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Aos que se jactam de nobres, não o sendo nos costumes, pouco lhes aproveita a
nobreza herdada.
LISBOA
TYPOGRAPHIA UNIVERSAL
DE THOMAZ QUINTINO ANTUNES, IMPRESSOR DA CASA REAL
Rua dos Calafates, 110
1872
23/><
A QUEM LER
427958
VI PRELIMINARES
Ha ainda uma outra parte, quiçá limitadissima, dos já citados escriptores, que,
receiosos de incorrer nas faltas e censuras daquelles, houveram por mais assisado
circumscrever os seus trabalhos heraldico-genealogicos, tratando apenas de um certo
numero de familias, a respeito das quaes tinham, a seu parecer, elementos suficien
tes para dar como certas taes noticias".
Para prova do que avançamos em referencia aos primeiros escriptores, citaremos
além de outras obras, o Nobiliario do conde D. Pedro, e o Theatro genealogico que
contém as arvores de costados das principaes familias do reino de Portugal, pelo
prior D. Tivisco de Nasão Zarco y Colona (pseudonymo). Os curiosos poderão ver
o que largamente diz o sr. Alexandre Herculano ácerca da primeira º; e o que
pondera o sr. Innocencio Francisco da Silva no que respeita á segunda º.
Foi neste estado de escuridão e de erros, que D. Antonio Caetano de Sousa
compoz e deu á luz as duas obras que já citámos, e que bem merecem o epitheto
de grandiosas e monumentaes no seu genero.
Desde então é decorrido um periodo de mais de um seculo, sem que neste largo
intervalo alguma publicação notavel heraldico-genealogica viesse enriquecer na lit
teratura patria este ramo dos conhecimentos humanos. ,
Por excepção, e em graça da verdade, não devemos deixar em silencio os valio
sos, posto que limitados subsidios, que nestes ultimos annos o distincto e laborioso
genealogista João Carlos Feo Cardoso de Castello-branco e Torres nos deixou pu
blicados em algumas das suas obras "; trabalhos em verdade incompletos, mas
ainda assim de grande merito, por serem elaborados á vista de documentos que es
crupulosamente compulsou e soube apreciar.
1 As obras e auctores que passam por mais acreditados, e a que nos referimos são: Benedictina Lu
sitana, pelo padre mestre Frei Leão de S. Thomaz. — Noticias de Portugal, por Manuel Severim de Fa
ria. — Elementos da Historia, pelo abbade Vallemont. — Francisco Coelho — Historia genealogica
{ Casa Real (Provas da), tom. vi, pag. 670 e seguintes. — Varias chronicas dos reis de Portugal, etc.
* Na Memoria sobre a origem provavel dos livros de linhagens. Mem. da Acad. (2.º classe), tom. ,
p. 1.", pag. 35.
* No Diccionario bibliographico portuguez, tom. v, pag. 388, e v. tambem o tom. III, pag. 307.
* Resenha das familias titulares do reino de Portugal. Lisboa, 1838.8.° gr., de Lxx— 301 pag. —
Esta obra, comquanto noticiosa, não satisfaz a necessidade que todos reconhecem, por tractar apenas de
uma parte da nobreza, e ainda assim succintamente.
Diccionario aristocratico : contendo os alvarás dos fóros de fidalgos da casa real, etc., etc. Tom I,
1840.—Ficou incompleto, parando a sua publicação na letra E; e além disso é deficiente por não terem
sido n’elle contemplados os agraciados que durante o periodo dos treze annos de residencia da côrte
portugueza no Rio de Janeiro foram despachados; o que o proprio auctor faz sentir na segunda pagina
da introducção a esta sua obra. Quanto a esta parte, ficou supprida a falta pelo trabalho que em 1867
publicámos debaixo do mesmo titulo.
Resenha das casas titulares de Portugal. —Esta obra attingiria de certo dimensões colossaes, se pouco
PRELIMINARES VII
Levado pois pelos bons desejos de concorrer tambem por nossa parte para apla
nar estes tão difficeis quão escabrosos estudos, emprehendemos e entregamos á pu
blicidade o presente trabalho, que outra coisa não é mais que o extracto de docu
mentos até hoje ineditos, e sem cujo conhecimento e auxilio nos parece dificil, para
não dizer impossivel, descrever com o criterio devido as genealogias da nobreza de
Portugal e seus brazões de armas.
depois do começo da impressão d’ella, e antes de terminado o tomo I, não viesse a morte do auctor in
terromper a sua publicação. Incompleta por tão grande fatalidade, existe a parte impressa (pag. 1 até
736) na typographia da Academia Real das Sciencias de Lisboa, que resolvera publical-a a expensas
proprias. Consta-nos que se trata de completar o tomo I, para ser dado á luz, tão depressa como o per
mittirem outros encargos do socio a quem foi commettido esse trabalho.
ALGUMAS PALAVRAS
Tem havido até hoje notavel divergencia de opiniões sobre a origem das armas
ou brazões de familias; e a que conta maior numero de proselytos é aquella que
estabelece essa origem nos torneos da edade media; por não ser então permittido
a pessoa alguma usal-as, posto que muito nobre fosse, sem se ter achado em alguns
desses combates.
Como os torneos foram regulados em Alemanha, onde triennalmente eram so
lemnisados, parece dever concluir-se que ali teve principio o invento de escudos de
armas, passando de lá a outras nações.
Entretanto, o estudo desta sciencia é, no parecer de muitos e mui graves au
ctores, um abysmo; e segundo diz Scohier, º quem se tiver applicado trinta ou qua
renta annos a esta curiosidade achará sempre novas doutrinas. Á vista pois de
opinião de tamanho peso, e não estar ao alcance das nossas forças aprofundar esta
materia com a pericia, que o padre Menestrier e (como ele diz nas suas obras) tre
zentos auctores antes d'elle, o fizeram; entendemos dever restringir este nosso pream
bulo tão sómente aos limites precisos para demonstrar com a clareza necessaria
quando teve começo em Portugal o uso das armas de familia sob autorisação legal,
e algumas considerações mais, que a proposito nos for suggerindo o assumpto.
II
A carta de brazão de armas mais antiga que se encontra hoje nas chancellarias
dos reis de Portugal é a que foi mandada passar a Gil Simões por el-rei D. Duarte,
trinta dias antes da morte deste monarcha": o que não obsta a que, cincoenta annos
antes, o uso legal das armas de familia fosse instituido e determinado por sancção
regia. Na segunda edição da obra de Manuel Severim de Faria, que tem por titulo
Noticias de Portugal, a pag. 109, § 18, lê-se o seguinte: «Na conservação das
«armas da nobreza pozeram os reis muito cuidado, entendendo que foram ganhadas
« pelo valor dos fidalgos deste reino, na recuperação delle. E como a grandeza e
º segurança de seus estados consistia no valor dos nobres, por galardão e agradeci
«mento de tantos serviços, procuraram conservar as armas de cada familia. Foi
º este intento tão antigo nos reis de Portugal, que se conta na Chronica de el-rei
«D. Fernando, cap. 30, que mandou fazer um rico paramento todo bordado de al
«jofres, com as armas dos fidalgos de Portugal, de modo que não tiveram menos
º cuidado da conservação de seus brazões, que dos appelidos; querendo que só
«aquelles, a quem de direito tocavam, fossem honrados com ellas. Para isto orde
«naram os reis de armas, em cujos livros mandaram pintar as insignias de todas
« as linhagens do reino. Começaram estes oficios em tempo de el-rei D. João I, por
º que até então pelas poucas mudanças que houve em Portugal eram todos os no
«bres conhecidos; e pacificamente possuia cada um as heranças e honras que de
º seus passados alcançára. Porém como por morte de el-rei D. Fernando se segui
«ram tão largas e continuadas guerras, sobre a successão desta corôa, sustentando
« uns as partes da rainha D. Brites, filha do morto rei D. Fernando e mulher de
« el-rei D. João de Castella, e outros as do mestre de Aviz e rei D. João I de Por
«tugal, foi tanta a variedade e alteração das coisas, que com razão diz o chronista,
«que começou então neste reino, em certo modo, a setima edade do mundo; por
º que gran parte das familias nobres que seguiram a opinião de Castella ficaram
«extinctas e acabadas de todo, e algumas que sustentaram as partes de el-rei
«D. João I foram de novo levantadas a grande logar. Estas não eram dantes co
«nhecidas; para se acreditarem com o povo tomaram em muitas partes os appel
«lidos e armas d'outras familias antigas, que lhes não pertenciam. E assim diz o
«mesmo autor que no dia da batalha de Aljubarrota estavam as bandeiras dos
«aventureiros cheias de varias armas e insignias, que a muitos não competiam. Pelo
º que considerando el-rei D. João I depois de ter o reino pacifico, como a confusão
«d’esta materia era de grão prejuizo á nobreza, movido do exemplo dos reis de In
«glaterra com quem estava aparentado, introduziu o oficio dos reis de armas, e de
«então para cá os ha em Portugal. Prova-se isto porque Fernão Lopes, na se
«gunda parte, cap. 384 da Chronica deste rei, dá a entender claramente, que até o
* Eis aqui as palavras textuaes do chronista:
«Destas gêtes que os Reys consigo tinham ordenou cada hum sua batalha, segundo costume de Es
panha, e digamos logo Del-Rey de Portugal, que a poz primeiro, e esperou a praça, o qual em hum
PRELIMINARES X
«tempo da batalha de Aljubarrota os não houve; e o mesmo parece das historias dos
« outros reis até então, nas quaes se não acha feita menção alguma de reis de armas;
«e comtudo de então para cá se tracta d'elles nas chronicas dos reis, ordinariamente
<nos logares que lhes cabe.»
Ora, além do que acabamos de referir e concordam todos os auctores antigos de
melhor nota, accrescem ainda outras provas tanto ou mais evidentes, que são as
que vão incorporadas no texto desta mesma obra, á similhança dos brazões pas
sados em 20 de dezembro de 15671 e em 25 de abril de 1864, para a obtenção
dos quaes os imperantes justificaram que seus avós em tempo de el-rei D. João |
tiveram brazão de armas : o primeiro apresentou uma carta de brazão mandada
passar pelo dito monarcha em 1427 a seu terceiro avô Pedro Gil; o segundo do
mesmo modo, a que foi dada a Christovão da Fonseca da Silva. É portanto fóra
de duvida que foi no reinado de D. João I, e depois da batalha de Aljubarrota, que
teve principio em Portugal a arte heraldica; a qual era exercida exclusivamente
pelos reis de armas, arautos e passavantes, sob a denominação de oficiaes de ar
mas 2.
campo cham cuberto de verdes vrzes, no meo da estrada, por hú os Castellaõs auiaõ de vir, ordenou
dessa pouca gête: que tinha, duas pequenas azes, ca nom auia ahi para mais; e na primeira, que se
chama a vãguarda, era o Condestabre cõ sua bandeira tendida, e dobrados escudeiros consigo, júto com
elle, por guarda della, e de seu corpo, e nesta azauia seiscentas lanças, e mais nom. Na ala direita, que
nacia da põta desta az, hia Mé Rodriguez, e Ruy Mendez de Vascogoncelos, e doutros boõs fidalgos húa
leda côpanhia, que por suas honras, e defensom do Reyno, entendiaõ defender o lugar, hú eraõ postos, e
chamauaõ-lhe a ala dos namorados e seriom por todos duzentas lanças, e auiaõ hüa grande bandeira, or
denada á võtade de todos.
«Na outra parte na ala esquerda erom de mistura, com Antom Vazquez, e com outros Portugueses al
guns estrangeiros, assi como Micer Johaõ de Monferrara, e Martim Paulo, e Bernardom Sola, e doutros
Ingreses frecheiros, e outros homens darmas, que erom por todos outros duzêtos: assi que mingoauam
a estas alas da sua direita ordenança duzentos homens darmas, porque tão auia dauer em ambalas alas,
como na direita az da vanguarda: e estes tinhaõ húa alta bandeira de Saõ Jorge, e outros balsoens de
mistura: assi que a az da vanguarda com suas alas, era semeada de bandeiras, e pendoens, como a
cada hum prazia de ter : cahi nom auia entom Rey darmas, nem outro Arauto, que o a ninguem des
dissesse: deshi trombetas em algüslogares, segundo se requeria, detraz os homens darmas, que erom,
em ambalas alas avia bésteria, e homens de pé postos em tal ordenança que lhe podessem fazer ajuda,
e empécer a seus imigos; e a az dianteira nom auia nenhüs, ca nom compriam em tal logar: alli nom
auia cotas darmas, perque o Conde, nem outros fidalgos fossem conhecidos: cainda estonce nõ era em
vzo mas o Conde trazia húa jaqueta de laam verde toda bordada de rozeiras, deshi cota, peito, e bra
caes, e armes de pernas, e guantes, segundo de cote costumaua: e sempre espada cinta, e adaga, saluo
quando ouuia missa, etc., etc.»
* V. a carta passada a Gaspar Gil Carrilho — documento n.° 2.
* «Ha grande diferença entre os feciaes dos romanos, e os reis d'armas portuguezes, segundo o
regimento que o senhor rei D. Manuel fez para os oficiaes de armaria; e mais proprio será applical-os
aos nossos arautos, que são os segundos entre os reis de armas e os passavantes, dos quaes arautos
XII PRELIMINARES
Não se encontram hoje registradas as cartas dos ditos oficios, mas não admira,
porque em identicas circumstancias nos achamos na actualidade".
Nas cartas de brazão passadas a Gil Simões e a seu irmão Vicente Simões em
1438; na carta de perdão ao Extremoz arauto, em 1439°, e na de doação de certos
bens ao rei de armas Algarve, em 1442°, se reconhece pela leitura d’ellas, que exis
tiam desde muito preenchidos esses logares, e que não foi, como erradamente afir
mam varios escriptores, el-rei D. Manuel quem os instituiu, nem tão pouco o seu
primeiro reformador; porque já anteriormente, em 1476, el-rei D. Afonso V fizera
varias reformas e reparou alguns abusos, como se vê do seguinte documento:
«Dom Afonso, etc. A quantos esta minha carta virem, faço saber que a mim praz
« movido por alguns justos e bons respeitos que nenhum rei de armas, arauto, nem
«passavante, nem outra alguma pessoa possa ordenar nenhumas armas por mim no
« vamente dadas, nem por outra maneira alguma confirmadas, senão Portugal meu
«rei de armas, que me praz e quero que em sua vida este carrego tenha e não ou
«tra alguma pessoa, posto que lhe em algum tempo seja mudado o nome de Portu
«gal por qualquer maneira que seja. E assim tenha como agora tem o livro dos re
«gistros e tombo das ditas armas por mim novamente dadas e por elle ordenadas.
«E das armas de todos os fidalgos antigos e de linha direita. E quero que haja de
« cada uma pessoa a que assim as ditas armas ordenar por meu mandado e por
º qualquer outra maneira, um marco de prata de seu fôro, assim como o haviam
« os outros reis de armas que ante ele foram. E porém mando aos meus chancel
«leres e escrivães da chancellaria, e a quaesquer outros que seus carregos tiverem,
« que acontecendo que alguma carta de armas á sua mão vá, não sendo certificadas
º que por elle dito Portugal foram ordenadas e em seu livro ficam registradas
« e assentadas e pintadas, tal carta não a sellem nem passem em maneira alguma.
logo faremos menção. Ora os reis de armas foram entre nós introduzidos pelo sr. rei D. João I, como
se mostra na sua chronica, escripta por Fernão Lopes, part. 2º cap. 38, depois da batalha de Alju
barrota: porque divisando nas bandeiras dos aventureiros armas e insignias que lhes não competiam,
e querendo evitar o prejuizo que recebia n'isto a nobreza dos seus reinos, creou á imitação dos reis de
Inglaterra o oficio de rei de armas. Mas como no tempo do sr. rei D. Manuel não estava este oficio
ainda naquela perfeição que requeria, mandou Antonio Ribeiro, seu rei de armas, ás côrtes estrangei
ras para se informar do methodo que se usava na distincção e conservação das armas e brazões da no
breza.» — Historia do Povo romano, por José Thomaz de Aquino Barradas, tom. I pag.110.
* Não admira que então houvesse taes omissões; mas o que deve admirar é o que ao mesmo res
peito se está passando hoje! Existem altos funccionarios, que percebem pelo thesouro pingues ordena
dos, e cujos nomes se não encontram nas chancellarias dos reis contemporaneos!...
* Chancellaria de el-rei D. Afonso v, liv. xvIII, fl. 20. — V. adiante o documento n.° 3.
* Chancellaria do mesmo rei, liv. xxIII, fl. 59, e liv. x da Extremadura, fl. 24.—Vai na integra co
piada: documento n.° 4.
PRELIMINARES XIII
«E em caso que passem não sendo lembrados desta minha carta ou em outra
º qualquer maneira, quero que as ditas armas não sejam valiosas, e o dito rei de
º armas as possa ordenar a outro qualquer que eu novamente der armas. E assim
«o mando a todos os escrivães da minha côrte, assim da puridade como da camara
« e fazenda, e quaesquer outros que ahi houver, que nenhum deles seja tão ousado
« que nenhuma carta de armas por mim novamente dadas nem confirmadas, façam
«nem mandem fazer, salvo por mandado e portaria do dito rei de armas. E por
«esta mando e defendo que nenhum plebeu nem outra alguma pessoa tragam ne
«nhumas armas, em escudo, salvo se fôr fidalgo de cota de armas, sob pena de
«pagar um marco de prata para o dito rei de armas. Porque assim é minha mercê
« e o sinto por meu serviço: e mando a todas as justiças de todos os meus reinos e
«senhorios que cumpram e guardem, e façam cumprir e guardar e dar execução
« a esta minha carta como em ella é conteudo sem outro nenhum embargo nem du
«vida. Dada em Toro a 21 de maio. Henrique Ribeiro a fez, de 1476. etc. etc.»"
III
Vê-se pois, como el-rei D. Afonso V entendeu dever reformar certos abusos, a res
peito do modo porque se davam brazões e armas, commettendo esse mister unica e
exclusivamente ao seu Portugal rei de armas.
Estabelecidas assim as coisas continuaram sem interrupção até ao começo do rei
nado de D. Manuel, e ainda em 1504 foi passada uma carta de brazão de armas em
conformidade daquela auctorisação. (V. no fim destas considerações e advertencias
preambulares o documento n.° 5.)
Mais tarde porém, chegando ao conhecimento deste monarcha o estado pouco li
songeiro em que a arte heraldica se achava entre nós, resolveu mandar aos reinos
estrangeiros pessoa idonea, para estudar esta sciencia, a fim de tratar com acerto da
sua reorganisação.
Recaiu a escolha para tão honroso cargo no bacharel em leis Antonio Rodrigues,
que pelos annos aproximadamente de 1509 partiu para o seu destino, acompanhado
do arauto Martim Vazº. Em seguida creou o mesmo soberano uma commissão com
posta do principal rei de armas, do mestre Arriet (pintor alemão), e de Antonio
Godinho, escrivão da sua camara, e ordenou-lhes que compozessem dois livros com
* Acha-se esta carta registrada no Real Archivo, na Chancellaria d'el-rei D. Afonso v, liv. vi fl. 91,
e liv. d'Extras fl. 152 e 183.
* Parece que Antonio Rodrigues ao recolher-se a Portugal trouxera comsigo o francez Jean du Cros.
V. no I. H. artigo Cros.
XIV PRELIMINARES
Foi grande e irreparavel a perda que nesta parte (além de outras muitas) nos
causou o terremoto de 1755!
A não ser ella, poderiamos ver hoje figurar nesta obra, a par de simples indica
ções genealogicas, um numero mui mais crescido de homens notaveis por acções e
feitos em que o historiador, e até o bibliographo teriam que aproveitar. Como é sa
bido, foi uso antigo e continuou a sel-o ainda por muito tempo, descreverem os im
petrantes em seus requerimentos e alegações (auctorisadas com os indispensaveis
documentos) não só a parte genealogica, mas ainda a narração ás vezes minuciosa
de todos os factos honrosos da sua, e da vida publica de seus paes e avós, como se
deduz de um avultado numero de exemplos que vão no corpo desta obra.
Ora dessa grande massa de biographias que se perderam, restam-nos as poucas
que se salvaram; e as que subsequentemente foram registradas: entre as quaes bom
PRELIMINARES XVII
será que consignemos aqui por amostra a resenha de uma parte das que figuram
neste nosso trabalho. Comprehende ele as de dezeseis abbades, um adail-mór, um
ajudante general, sete alcaides-móres, um aposentador-mór, um arcediago, um ar
cipreste, cento quarenta e seis bachareis formados em diferentes faculdades, vinte
barões, dois bispos, seis brigadeiros, tres capelães fidalgos, duzentos e dois capitães
de primeira e segunda linha, capitães tenentes e de mar e guerra, sessenta e sete
capitães-móres, um capitão general, trezentos noventa e quatro cavaleiros de dife
rentes ordens militares, um chanceller-mór, tres chantres, cinco chefes de esquadra
e de divisão, cento e onze commendadores de varias ordens militares, quatro con
des, sete conegos, quarenta e cinco coroneis, quarenta e seis conselheiros, dois con
sules geraes, oito contractadores do tabaco, trinta e sete desembargadores, noventa
e nove doutores, sete embaixadores e encarregados de negocios, sessenta e tres fa
miliares do Santo Oficio, trezentos sessenta e um fidalgos da casa real, dezeseis go
vernadores, dois grã-cruzes, treze lentes, tres majores, dois marechaes de campo,
onze mestres de campo, oito ministros de estado, quinze monteiros-móres, um mor
domo-mór, seis ouvidores, seis pares do reino, quatro physicos-móres, quarenta e
cinco presbyteros, sete priores, oito provedores de saude, das armas e da real fa
zenda, oitenta e um sargentos móres, trinta e cinco tenentes coroneis, dois tenentes
generaes, sete vigarios e dezesete viscondes.
Esta relação convida-nos a abrir um parenthesis para observar quão immenso é
o numero de pessoas, que na actualidade se pavoneiam com brazão de armas, na
portinhola de suas carruagens, em anneis, e nos diferentes logares em que elles se
podem colocar, isto em flagrante contravenção de todas as leis antigas e modernas,
e a despeito das penas n’ellas cominadas".
E note-se que sobre todos são os titulares os que com mais ostentação incorrem
nessas penas!
Existiam até o anno de 1856 não menos de trezentos e quinze titulares; desde
então para cá tem crescido prodigiosamente esse já crescido numero, que no Alma
nach daquele anno a pag. 103 e seguintes vem do seguinte modo relacionado :
duques sete, marquezes vinte e um, condes setenta e nove, viscondes com grandeza
trinta e três, barões com grandeza treze, viscondes sessenta e nove, barões noventa
e tres (devendo contar-se além destes os bispos, os pares do reino, conselheiros de
estado, etc.). Pois de todos estes apenas vinte e seis tiraram cartas de brazão de ar
mas, usando-os todos os mais independentemente dessa indispensavel auctorisação,
* Ha uma lei que determina que dentro do praso de dois mezes todas as graças e mercês regias se
jam registradas no Real Archivo, sob pena de ficarem de nenhum efeito: mas não obstante esta dispo
sição poucos são os brazões, tanto de mercê nova como de successão, que vão ao registro competente.
XVIII PRELIMINARES
sendo aliás expresso na lei que «os descendentes não poderão usar das ditas armas
sem cada um delles haver diploma em que se lhes concedam, etc.»
Ha trinta annos a esta parte, isto é, desde 1841 teem-se passado cento trinta e
quatro cartas de successão, e de mercês novas quarenta e uma (pertencendo dezeseis
destas aos annos decorridos de 1865 para cá). São mais as mercês novas neste pe
riodo que todas as concedidas em todo o tempo anterior da monarchia, a contar de
1438! Assim o demonstra claramente o mappa resumido que ajuntámos a este tra
balho. Causa espanto e admiração como se teem dado tantas mercês novas ultima
mente a pessoas, que pela maior parte nem ao menos alegaram haver prestado al
guns serviços ao paiz, quando similhantes graças só podem ser conferidas por virtude
de relevantissimos serviços authenticamente provados. Por um lado impõe o governo
um direito quasi prohibitivo a quem quer fazer uso legal de suas armas; pois de
cada carta de brazão passada hoje entram nos cofres publicos 242$000 réis — e
por outro concede-as de um modo pouco decoroso, porque as facilita ao primeiro
bem-vindo que póde e quer pagar as despezas — e até consente, tolera e apoia que
todo o mundo as traga sem pagar nada!... Apoia, dizemos; porque em repartições
publicas, tanto ecclesiasticas como civis, ha chefes que usam de selos e signetes
com armas que, ou não são suas, ou se o são não pagaram para as usar os compe
tentes direitos.
Ainda não ha muito tempo que um ministro portuguez em certa côrte estrangeira
mandou pedir a um gravador que lhe arranjasse um signete com as armas de tal fa
milia, porque lhe constava descender della, etc. — sem se lembrar, ou ignorando
talvez que tal pedido implicava com o disposto na Ord. do liv. V, tit. 92!!
Eis aqui porque julgamos a publicação desta obra não sómente util á heraldica,
á historia e á bibliographia, mas ainda um bom serviço prestado aos interesses da
fazenda publica nas difficeis circumstancias do thesouro. Lance o governo os olhos
para os abusos que existem, e que devem merecer-lhe attenção. Faça observar a
lei, e punir de conformidade com ella os seus infractores. Não serão eles menos de
cinco mil, por um calculo approximado, em todo o continente de Portugal, ilhas ad
jacentes e dominios ultramarinos. Por este modo tornar-se-ha a coisa mais appete
cida, e lucrará a receita do estado uma quantiosa somma, que não é de desprezar.
VI
completa das armas de todas as familias de que havemos noticia que em Portugal
tiveram e registraram cartas de brazão de armas.
Emquanto ás que primitivamente foram lançadas desde 1438 até 1683 nos li
vros das chancellarias dos nossos reis, entendemos que seria de interesse para cu
riosos não eliminar aquela parte; porque hoje vemos que algumas armas ha alli
exactas, que se deram alteradas; e outras ha ali irregulares, que depois se emen
daram arbitrariamente ", como verá o leitor em algumas notadas em logar compe
tente para servirem de exemplo.
A causa de similhantes faltas e abusos não é facil perscrutar.
Á primeira vista parece que taes culpas só podem recair sobre duas classes de
funccionarios: nos oficiaes de armas, a quem competia redigir as referidas cartas,
e nos que na Torre do Tombo as registravam. Os primeiros por absoluta falta de
conhecimentos na materia; os segundos pela pouca attenção com que talvez as tran
screviam. Tambem póde mui bem ser que a prepotencia da fidalguia de então tivesse
maior ou menor parte nessas transgressões. Seja como for, o facto existe, e cum
primos um dever em apontal-o.
Tambem para não tornar esta obra mais volumosa assentámos em descrever a
maior parte dos brazões de mercê no dito Indice, com referencia neste á pagina em
que se achar o agraciado no Archivo, e vice-versa.
Da mesma sorte não nos parece que seja ocioso dar aqui a seguinte explicação :
as cartas que concediam antigamente o uso de armas de nobreza a quem não asha
via por successão, chamadas de mercê nova, ou ainda aquellas que confirmavam as
de algum estrangeiro que vinha definitivamente residir em Portugal, e provava ha
vel-as no seu paiz, eram assignadas pelo regio punho º Egualmente o eram as de
confirmação a portuguezes que as tinham adquirido em paiz estranho, ou queriam
accrescentar estas ás que já possuiam. Depois passou esta expedição a ser do mesmo
modo feita por alvarás em logar de cartas, e ainda hoje assim se procede.
As cartas de successão de armas foram porém sempre, e são ainda agora assi
gnadas pelo rei de armas, e as de algum tempo a esta parte teem a rubrica do mor
domo-mór da casa real.
Houve em varios reinados (e por assim dizer até á epoca em que foram creados
os reformadores do Cartorio da Nobreza) reis de armas que passavam cartas de suc
cessão em forma de certidão, ou certidões em forma de cartasº, como se verá nas
1 Além de outras, vejam-se as de mercê nova a Fernão Gil. — Documento n.º 10.
* V. por exemplo entre outros o documento n.º 11. — E como illustração do assumpto v. tambem
os n.º 12 e 13.
* Posto que assim fosse em geral, vê-se que ás vezes havia escrupulo da parte de pessoas mais gra
XX PRELIMINARES
ves e sisudas, que não se contentavam de aceitar taes certidões em fórma de cartas, e recorriam por
isso aos meios legaes para obterem seus brazões na devida fórma. Sirva como prova o documento
n.° 14.
I)0CUMENTOS
DOCUMENTO N.° i
Carta passada a Gil Simues, pela qua) Ike foram dadas armas, e havido elle
с os que d'elle descendercni por fldalgos (1438).
DOM DUARTE etc. A quantos esta carta vircm fazeraos saber, que Gil SimSes caval-
leiro nosso criado nos disse como bem sabíamos a gram criaçao per longo tempo que em
elle fizemos e seu irmäo Vicente Simoes escude! ro da nossa caza. E esso mesmo os mui-
tos e boons serviços que delies tiiihamos recebidos cm a guerra dos Mouros que ora com
elles ouvemos. E como outrosim foram com o Ifl'amte dorn ainrrique. E com o Iffamte
dom femando meus irmàos sobre Tamger cercados com elles em o pallamque do infundo
poderío dos mouros que sobre elles veo seemdo elles por nosso serviço em multas e booas
cousas e feridos per muitas vezes postos em grandes trabalhos e perigos guerreamdo com-
tra elles per térra e per mar aguisa de boons em navios e em fustas nossos e seus seemdo
délies capitàes damdo sempre de si comto de boons. E que pero que assi sejam homens
de boa geraçâo e tenhâo divido com alguns bons cavalleiros fidalgos dos nossos reinos de
que elles poderiam trazer suas armas ou signaes direitamente a elles prazia mais de lhas
nos darmos per seus bons merecimentos que as averem per outra maneira. E que porem
nos pediam por mercee que em galardam de seus bons costumes e serviços e trabalhos
nos prouvesse de Ihe dar armas que elles e todos de sua linhagem possam trazer e se re-
fertar por fidalgos e gemtiis homens e gouvir de todos os privilegios e liberdades de fi
dalgos e gentiis homens. E nos vemdo seu justo pedir seemdo em verdadeiro conheci-
mento de todos seus bons feitos e serviços que délies temos recebidos e emtemdemos de
receber E queremdolhe fazer graça e merce como áquelles que por nosso serviço e seu
boni acrecemtamento sempre se trabalharom de acrecemtar de louvor darmas presemte os
nobres do nosso comselho e fidalgos cavalleiros e gentiis homens da nossa corte e olficiaes
darmas segundo se per direito requer Ihe damos e outorgamos que elles sejam e possam
trazer daqui em diante por armas pera elles e todos de sua linhagem que délies vierern e
descenderem hum escudo branco com urna pimta verde e em elle um liäo negro rompente
gretado douro com unhas e lingua vermelhas as quaes armas Ihe nos damos e outorga
mos pera elles e todolos que délies vierern e descemderem e os avernos por fidalgos e
gemtiis homens. E queremos e mandamos que ajam todos privilegios e liberdades e hon
ras que os fidalgos ham e de direito dcvem aver como áquelles que per seus merecimen-
toe o merecem. E em testemunho dello Ihc mandamos dar esta nossa carta assignada per
XXIV DOCUMENTOS
nos e assellada do nosso seelo do chumbo. Damte em a villa daviz dez dias de julho
Adartim gill a fez era de mil quatrocentos trinta e oito annos.
(Registrada no Real Archivo da Torre do Tombo, na Chancellaria de el-rei
D. Duarte, livro I, folhas 236, e livro rv de Misticos, folhas 45.)
DOCUMENTO N.° 2
DOM SEBASTIÃO etc. Aos que esta minha carta de fidalguia e nobreza de brazão
d’armas virem faço saber que a mim me fez petição o capitão de cavallos Gaspar Gil
Carrilho natural da villa de Castello da Vide na qual me enviou dizer que elle era filho
de Catharina Carrilho da Serra e do capitão Manuel Gil Velho fidalgo muito estimado do
Senhor Rei D. João meu avô que santa gloria haja, neto por sua mai de Catharina da
Serra e de Gonçallo Fernandes Carrilho fidalgo castelhano que servio bem a esta casa
filho de D. Maria Servantes e do coronel Gonçallo Carrilho que foi irmão do 1.º conde
de Cabra, e por seu pai Manuel Gil Velho, neto de Beatriz Gonçalves Paredes e do ca
pitão de cavallos Fernão Gil d'Albuquerque filho de Gil Affº Fernandes, neto de Pedro
Gil e bisneto de D. João Affº Senhor d'Albuquerque, e tresneto de D. Affº Sanches, e
por quanto por via dos ditos seus avós e mais ascendentes era fidalgo de solares conhe
cidos, descendentes de senhores de vaçalos e grandes principes que a este reino fizerão
bons serviços e para a memoria dos ditos seus passados se não perder cuja nobreza elle
concervava lhe mandasse passar carta de fidalguia e brazão d'armas dos Alboquerques
Carrilhos Serras e Velhos como d’ellas uzavão os ditos seus passados avós a qual sendo
vista por mim mandei sobre ela tirar inquirição de testemunhas pelo doutor Paulo Affº
do meu conselho e meu dezembargador do paço, e pela larga prova de testemunhas ver
dadeira informação que se tirou papeis antigos e brazões que se juntárão fui certificado
descender o dito capitão Gaspar Gil por seu pai e baronia de D. João Affº filho de D.
Affº Sanches, e por sua mai do coronel Gonçallo Carrilho filho de D. Pedro Fernandes
de Cordova e dos mais nomeados em sua petição que aos Senhores Reis meus antepassa
dos servirão bem e como bons fidalgos os estimárão e lhe mandei dar esta carta de fidal
guia e brazão d'armas que me pedia illuminadas em escudo esquartellado com uma cruz
de prata por diferença que uzava em seu escudo D. Affº Sanches 5.º avô do supplicante
e n’ella e no 1º quartel as armas dos Albuquerques, a saber: sobre cruz de prata que
atravessa todo o escudo os 5 escudos de Portugal azues com quinas de prata e no 1.°
quartel em campo vermelho 5 flores de liz d'ouro postas em aspa, no 2º as dos Carrilhos
da casa de Cabra que uzão castello d’ouro em campo de sangue, no 3º as dos Serras que
são em campo vermelho castello de prata sobre um monte verde 2 cabeças de serpe ver
DOCUMENTOS XXV
des salpicadas d'ouro, no 4.° quartel as dos Velhos que silo em campo vermelho 5 viei-
das d'ouro em aspa empeqitctadas de preto, por timbre castello vermelho com flor de liz
d'ouro e por secçào de urna carta de fidalguia que o Senhor Reí D. Joäo de boa memo
ria dera no anno de 1427 a Podro Gil 3.° avô do dito capitào Gaspar Gil e lembrança
da honra que a elle e a seus descendentes desejo fazer em satisfaçao de seus services Ihe
mandei accrescentar n'esta carta de fidalguia e brazäo d'armas o coronel posto ao pe do
timbre assim como uzárao seus avós D. Aff.° Sanches e D. Joäo Aff.° do qual escudo
pela maneira assima declarada e estampado poderá uzar o dito capitito Gaspar Gil e seus
descendentes em todas as ocazioes e logares <j d'elle quizerem uzar sem embargo ou con
tradicho que a elle seja posto por que assim é minha mercó. Dada em a cidade de Lis
boa aos vinte de Dezembro. EIRei o mandou por Gaspar Velho seu Portugal principal Reí
d'Armas, Jerónimo de Mattos escrivao da nobrcza a fez e subscreveu, anno do naecimt.0
de Nosso Senhor Jczus Christo de 1567 annos, Jerónimo de Mattos a fiz escrever e sub-
screvi.
(Registrada no Kcal Archivo, na Chaticellaria de d-rci D. Sebastiào, H-
vro xvii, folhas 530.)
DOCUMENTO N.° 3
Carta de perdao passada ao Araulo Eslrcmoz, por haver matado sua mnllier (1439).
DOM AFFONÇO etc. A todolos Juizes e Justicas de nossos Regnos a que esta carta
for mostrada sabede que Estremoz nosso Arauto ríos disse que elle fora culpado na morte
de Catelina Anes sua mulher e que depois da sua morte elle se fora a nossa cidade de
Ceuta com Dom Sancho de Loronha meu primo e estivera em ella um anno cumprido e
que depois por ter desejo e vontade de servir se fora corn о IfFante Dom Fernando meu
tio em armada de Tanger que El-Rei meu Senhor e Padre cuja alma Deus haja mandara
sobre ella fazer esteve no cerco de Palanque ate o reconhecimento até do Iffante Dom
Henrique meu Tio a frota e da vinda que viera estivera na dita cidade ceis mezee pela
quai morte suplicara ao dito Senhor e meu Padre que em galardam do serviço e trabalho
que levara Ihe perdoasse a nossa justica se a ella por a dita morte era tudo E o dito Se
nhor por razSo do dito serviço que fizera se assim era que elle servira em a dita cidade
de Ceuta o dito tempo estivera no cerco e Palanque até o reconhecimento do Mante Dom
Henrique afora Ihe perdoava a sua justiça se a ella por a dita morte era tudo contanto
que elle fosse ainda servir e estar em a dita cidade de Ceuta nove mezes cumpridos se
gundo todo esto e outros melhores с mais compridamente som conteudas em urna carta de
perdÄo que do dito Senhor Kei tiiiha e ora dizia o dito Estremoz Arauto que por quanto
em conselho e hordenacao que se foi no dito Palanque ate o reconhecimento do Iffante
XXVI DOCUMENTOS
Ihe fosse i-elevada ametade do tempo que havia de servir nos pedia por merce que em
galardäo do dito servico que assira fizera o relovassemos d'ametade do dito tempo. E nos
vendo o que nos assim dizia e pedia e querendo-lhe fazer graça e merce relevamos o dito
Estremoz d'ametade do dito tempo de nove mezes que assim havia de servir e mandamos
que va servir e estar em a dita cidade de Ceuta quatro mezes e meio cumpridos e se
aprezente na dita cidade perante os de Dom Fernando da data d'esta nossa carta ate
dois mezes em o quai tempo elle nao entre no lugar onde o dito maleficio foi feito. E
esto por determinaçSo do conselho sobre esto feita. E porem vos mandamos que о nao
prendaes nem o mandéis prender nem Ihe façaes nem consintaes fazer mal nem outro al-
gum dezaguizado quanto he por a dita razào morte que nossa merce e vontade he. E o
relevamos do dito tempo pela guiza que dito he. E al nom façades. Dante em Lisboa
treze dias do mez d'Abril ElHei o mandou por Affonco Giraldes e Luiz Martinz seus vas-
salos e do seu dezembarguo. Francisco Botelho a fez anno de mil quatrocentos trinta e
nove annos.
(Registrada no Real Archivo, na Chancellaría de el-rei D. A/on-so v, li-
vro xvui, folhas 20 verso.)
DOCUMENTO N.° 4
DOM AFFONSO etc. A quantos esta carta virem fazemos saber que sendo Gonçallo
de Penhoranda Almoxarife em a Villa de Sintra se partiu d'estes nossos Regnos pera os
de Castella tratando e fazendo couzas em nosso desserviço e contra os nossos ditos Re
gnos. E depois de sua partida foi tomado conta per Alvaro Aunes nosso contador em a
dita commarca d'aquillo que receben e dispendeu em o dito officio. E segundo o que se
mostra he achado que nos he devedor eui grande somma de dinheiro por as quaes razSes
Ihe foram tomados todos seus bens movéis e de raiz por a nossa parte por a nos perten-
cerem. E os podemos dar de direito a quein nossa merce for. E ora querendo nos fazer
graça e merce a Algarve nosso Rei d'Armas de nosso moto propio livre vontade certa
cremça poder absoluto sem nol-o elle pedir nem outrem por elle Temos por bem e faze-
mos-lhe merece livre e pura irrcvogavel doaçùo antre os vivos valledoira d'esté dia pera
todo o sempre pera elle e pera todos seus hertleiros ascendentes e descendentes que depois
d'elle vierem d'ametade de todos os bens movéis e de raiz que o dito Gonçallo de Penho
randa havia na dita villa de Sintra e seu termo. E em outros quacs quer lugares de nos
sos Regnos. E da outra metade temos hordenado o que se sobre ello aja de fazer. E po-
rein mandamos ao dito Alvaro Annes nosso contador e aos Juizes da dita villa de Sintra.
E a todolos outros Juizes Justiças &c. que inetam logo em posse da metade dos ditos bens
DOCUMENTOS XXVII
movéis e de raiz o dito Rei d'Arm as ou seu certo procurador e Ihos leixem teer haver
lograr e possuir. Dada em Santarem primeiro dia de Dezembro per autoridade do Senhor
Ifl?ante Dom Pedro &c. Martim Gil a fez anno de mil quatrocentos corenta e dois.
(Registada no Real Archivo, na Chancellaría de el-rei D. Affoneo v, li-
vro ххш, i'olhas 59, e livro x da Extremadura, folhas 24 verso.)
DOCUMENTO N.° 5
Portugal rei de armas do muito alto, muí excelso e mui poderoso rei D. Manuel, por
graça de Deus rei de Portugal e dos Algarves, etc. Faço saber a quantos esta minha
carta de certidao virem, que Diogo Borges, morador no julgado de Santo EstevSo, termo
de Ponte de Lima, me requereu que porquanto elle é da linhagem e tronco dos Borges
verdadeiros d'estes reinos, vindo e descendendo d'elles por linha direita sem nenhuma
bastardía, por cuja verdadeira legitimaçao ha de gosar de todos os privilegios, liberda-
.des e franquezas, que häo, e de que gosaram todos os seus antecessores por respeito de
sua nobreza e fidalguia que tem de cavalleiros fidalgos de cota de armas e solar conhe-
cido ; me requereu de suas verdadeiras armas como Ihe de direito pertence Ihe desse mi
nha carta de certidäo para cada e quando Ihe fosse necessario usar d'elles como os ditos
seus antecessores, e visto por mim seu requerimento e a obrigac3o que tenho para com o
meu officio prover a similhantes necessidades e requerimentos, antes de satisfazer a peti-
cao do dito Diogo Borges Ihe pedi prova de como era da dita linhagem e fidalguia, e de
que parte e sem bastardía ; e elle me apresentou dois instrumentos públicos, um d'elles
feito por mandado de Ruy Velho, escudeiro e juiz ordinario por el-rei nosso senhor em
o julgado de Valdevez, terra do visconde de Villa-nova da Cerveira, em o qual instru
mento se continha que o dito juiz dera juramento segundo costume a dois homens bons,
moradores no dito logar de Valdevez, os quaes pelo dito juramento que fizeram dos San
tos Evangelhos, que Ihes pelo dito juiz foram dados, disseram que o dito Diogo Borges
era filho de Lopo Nunes, cavalleiro fidalgo, e de Isabel Pacheco, sua mulher, e que a
dita Isabel Pacheco era filha de Diogo Alvares Pacheco, fidalgo, e de Leonor Lopes, sua
mulher, e que o dito Diogo Alvares Pacheco era filho de Luiz Alvares de Grade, e de
Ignez Vaz Borges, sua mulher, e que o dito Luiz Alvares de Grade era filho de Alvaro
Paes de Grade, e de Branca Lopes Pacheca, sua mulher, e que a dita Ignez Vaz Borges
era irrnä de Pedro Borges o velho, de Lopo Borges e de Garcia Borges, fidalgos, como
mais largamente se contera pelo instrumento. E outro instrumento foi tirado em esta ci-
dade de Lisboa por mandado de Francisco Pestaña, fidalgo da casa de el-rei nosso se
nhor, juiz do civel em a dita cidade e termo, em o qual instrumento se continha como
D. Isabel da Silva, mulher de Jo3o Fernandos de Sousa, fora perguntada que era o que
XXVIII DOCUMENTOS
sabia da linhagem do dito Diogo Borges, e disse que elle era filho de Lopo Nunes, de
nobre linhagem, e de Isabel Pacheca, sua mulher, e que o dito Lopo Nunes era filho de
Nuno Gonçalves, outro sim fidalgo de linhagem, cavalleiro do duque de Bragança e ou
vidor que foi das terras de Luiz Alvares de Sousa : e assim mesmo disse que a dita Isa
bel Pacheca, mãe do dito Diogo Borges, era filha de Diogo Alvares Pacheco, cavalleiro
fidalgo, e de Leonor Lopes, sua mulher, a qual era de muito boa geração : e que o dito
Diogo Alvares Pacheco era filho de Luiz Alvares de Grade, e de Ignez Vaz Borges, sua
mulher, fidalga de boa geração : e que dos Borges mais não sabia, mas quanto á parte
dos Pachecos ella sabia mais largamente, e disse que o dito Luiz Alvares, marido da dita
Ignez Vaz Borges, era filho de Alvaro Paes de Grade, fidalgo de cota de armas, e de
Branca Lopes Pacheco, sua mulher, a qual era sobrinha de um João Fernandes Pacheco,
senhor que foi da Guarda, filho de Lopo Fernandes Pacheco, senhor que foi de Giela e
Valdevez, e de Monção, seu irmão, como mais claramente se contém no instrumento em
que se mostra ser o dito Diogo Borges nobre, e descendente do tronco dos verdadeiros
Borges, sem erro nem bastardia : e eu vendo sua prova ser boa e valiosa pelos ditos in
strumentos lhe dou de meu publico oficio as armas conteudas e assentadas no meio desta
minha carta, assim como estão assentadas nos livros antigos, que em meu poder são, as
quaes a elle de direito pertence trazer com sua diferença dos referidos Borges, e portanto
mando como juiz da nobreza que sou, e requeiro assim da parte do dito senhor rei nosso
Senhor, pelo poder e autoridade que sua tenho, a todos os cavalleiros fidalgos de cota de
armas e titulos, corregedores, juizes e seus oficiaes, e pessoas a que esta carta fôr mos
trada e o conhecimento d’ella pertencer por qualquer guiza que seja, que d'aqui em diante
virem ao dito Diogo Borges trazer as ditas armas e com ellas entrar em qualquer trance
de batalhas, desafios, que elle houver com seus inimigos, assim elle como todos os que
d'elle descenderem por linha direita, lhe deixem gosar de todos os privilegios, franquezas
e liberdades que hão, e de que gosam e gosaram seus antecessores, e todos os outros ca
valeiros fidalgos de solar de armas conhecido por razão das armas como ele por direito
melhor podér fazer e houver, e lhe cumpram e guardem, e façam mui bem guardar e
cumprir esta minha carta como n’ella é conteudo, porquanto o dito Diogo Borges é do
tronco e linhagem dos verdadeiros Borges e de direito lhe pertence trazer as ditas armas
com sua diferença do chefe dos Borges como dito é, e não seja a dita carta valiosa se
não ao dito Diogo Borges, e aos que d’elle descenderem por linha direita masculina.
Feita em Lisboa aos 5 de janeiro de 1504.—Rei de armas Portugal.
DOCUMENTO N.° 6
Ordenação da pena que averão os que trazem as Armas erradas ou as não podem trazer (1512).
DOM MANOEL por Graça de Deos Rey de Portugal e dos Algarves daquem e dalem
mar em Africa Senhor de Guiné, e da Conquista navegação Comercio da Etiopia Arabia
DOCUMENTOS XXIX
Percia, e da India &. Aquantos esta nossa Carta de Ordenação virem fazemos saber que
aguardando nos como as cousas das Armas dos nobres Fidalgos de nossos Reynos devem
andar em toda certidão por serem sinaes de Nobreza e linhagem de cada hum, e por
onde os merecimentos e servissos dos nobres são temporalmente galardoados e quanto poci
vel e entre os homens pelas demonstrações e sinaes das Armas são os Louvores de seus
servisses, e trabalho perpetuados não somente a elles mas aos que delles descendem; e
sabendo nós que em alguã maneira as cousas das ditas Armas andão sem a sertidão que
devem, e fora da regra, e ordem do que a cada um pertense, querendo prover acerca de
algumas coisas que agora nos oferecerão para deverem ser corregidas e emmendadas de
triminamos e mandamos que qualquer pessoa de qualquer calidade e condição que seja,
que novamente tomar Armas que de direito lhe não pertenção encorrão em pena de dois
annos de degredo para cada hü dos nossos Lugares dafrica, e mais pague sincoenta cru
zados doiro para o Rey darmas ou oficial outro darmas que o acuzar : e mais pelo mesmo
caso fique incapas de mais poder haver Armas suas nem dellas uzar. E quem quer que
tiver Armas suas e as leixar em todo tomando outras asim novamente que lhe não per
tenção haja a mesma pena de degredo dinheiro na maneira que dito he, e pelo mesmo
caso perca suas Armas proprias sem mais as poder ter nem dellas uzar. E quem as der
acrecentar ou deminuir nas suas Armas assim novamente e lhe não pertencendo aquellas
que lhe não pertencem encorra na mesma pena de degredo e dinheiro como em sima he
declarado, e não uzara d'outras Armas salvo daquellas que propria, e direitamente forem
suas. E esta mesma pena averá quem tiver tomadas as ditas Armas ou acrecentandoas na
dita maneira, e não as leixar athe por todo omes de Janeiro do anno que vem de qui
nhentos e treze. E por que se possa dar a execução o que por esta nóssa Ley e Ordena
ção mandamos, queremos que os que nas couzas sobreditas ou cada huã dellas encorre
rem sejão demandados pelos nossos Reys darmas ou por qualquer outro oficial dellas
perante o nosso Corregedor da Corte ao qual mandamos que ousa aos ditos Reys darmas
ou oficiaes dellas com as pessoas que por bem das ditas couzas os quizerem demandar,
e ouvidos despache os taes feitos na Meza da Relação. E querendo os ditos Reys darmas
ou oficiaes dellas demandar os sobreditos que nas ditas coizas encorrerem contra o que
por esta ordenação mandamos na terra onde viverem podeloam fazer e demandar perante
os Juizes da terra os quaes conhecerão dos taes casos e feitos e darão nelles despacho
como com direito lhe parecer dando Apelação, e agravo, que inviarão ao nosso Correge
dor da Corte pera as taes Apelações, e Agravos ver e despachar em Relação. E manda
mos que aos Reys darmas ou oficiaes dellas a que for provado que sabendo deixão pas
sar as coizas sobreditas contra a detriminação que nellas damos por esta nossa ordenação
encorra pelo mesmo feito em pena de sincoenta cruzados douro ametade para quem o
acuzar, e a outra ametade para nossa Camera e mais seja degradado dois annos para
hum dos nossos Lugares dalem porem o noteficamos asim aos ditos nossos Reys darmas
e oficiaes dellas, e a todos nossos Corregedores, Juizes, e Justiças oficiaes, e pessoas a
quem esta Carta de Ordenação for mostrada e lhe mandamos que em todo a cumpram e
guardem, e fação guardar e cumprir como nella se contem. E mandamos ao nosso Chan
celer Mor que a publique na nossa Chancelaria, e sobre seu sinal, e nosso selo mande o
treslado della por todas as Comarcas do Reyno, e ilhas aos Corregedores que as publiquem,
XXX DOCUMENTOS
e o notefiquem p.a que a todos seja notorio e se nao possa alegar ignorancia. Dada em
esta nossa cidade de Lixboa a dezoito dias de julho anno de nosso Senhor Jezu Christo
de mil quinhentos e doze.
DOCUMENTO N.° 7
Carta passada a pedido do hachare! Antonio Rodrigues, rci de armas Portugal еш Io3a.
DOM JOHAM etc. Faço saber a quantos esta minha carta virem que o bacharel Anto
nio Rodrigues meu Rei d'Armas Portugal me aprezentou urn men alvará de que o theor
de verbo a verbo he o seguinte = Eu El-Rei faço saber a quantos este meu alvará virem
que eu sou emformado que alguinas pessoas me pedirfio por inerce que Ihe mandasse dar
carta de suas armas fazendo as serto por inquiriçao como he de custume as quaes foräo
despachadas por as ditas inquiriçoes pelos meus Dezembargadores do Paco com meu
passe em que Ihes concedí a dita mercê e haviào de tirar suas cartas d'armas pelo meu
Rei d'Armas Portugal segundo meu Regimentó para as haverem de uzar e gozar d'ellas
e Ihe serem dadas como de direito Ihes vem e que as ditas pessoas teem ein seu poder as
ditas inquiriçoes e despachos sem as darem ao dito Rei d'Armas nem quererem tirar suas
cartas mas antes por virtude do dito despacho querem uzar e gozar das liberdades d'el
las que nos ditos despachos Ihe tenho mandado dar o que nao hei por bem nem meu ser-
viço pelo que mando a todas minhas justiças officiaes e pessoas a quem este for mostrado
e o conhecimento pertemcer que d'aqui em diante nao guardem os sobreditos taes despa
chos nem elles se aproveitem nem gozem d'elles em parte nem em todo mas antes Ihe se-
jam tomados e os entreguem ao dito Rei d'Armas e tendo elle Rei d'Armas parte d'al-
guma pessoa ou pessoas que teern os taes despachos querendo as demandar perante vos
vos mando que o ouçais com elles e Ihe fareis logo entregar as taes inquirieres e despa
chos para que os rompao nao querendo as partes tirar suas cartas por que assim hei por
meu service e por este mando aos Dezembargadores do Paco por evitar que tal mais se
nao faca que d'aqui em diante tanto que despacharein as ditas inquiriçoes com meu passe
as entreguem logo ao dito Portugal Rei d'Armas e nao á parte o que huns e outro assim
cumprâo sem outra duvida nem embargo que a ello seja posto. Duarte Velho o fez em
Lisboa aos 10 dias de Fevereiro de mil quinhentos e trinta annos. Pedindo-me o dito
Portugal Rei d'Armas que Ihe mandasse passar o dito alvará em Carta e porque elle me
pediu Ihe mandei passar a prezente carta a qual mando que em todo se cumpra e guarde
como no dito alvará se conthem por que assim he minha merce, Dada em a Cidade d'E-
vora aos douze dias do mez d'Abril, Henrique da Mota a fez anno do Nascimento de
Nosso Senhor Jezus Christo de mil quinhentos trinta e cinco annos.
(Registada no Real Archivo da Torre do Tombo, Chancellaría de el-rei
D. Joño ni, Hvro x, folhaa 60.)
DOCUMENTOS XXXI
DOCUMENTO N.° 8
Carta de brazão de armas passada a José Alvares da Costa, feita pelo reformador do Cartorio da Nobreza
Frei José da Cruz, em 1727.
DOM JOÃO, por graça de Deus rei de Portugal e dos Algarves, d'áquem e d’além
mar em Africa, senhor de Guiné, e da conquista, navegação e commercio da Ethiopia,
Arabia, Persia e India, etc. A quantos esta nossa carta virem fazemos saber que José
Alvares da Costa nos fez petição em como elle descendia da geração e linhagem dos Mou
ras, Costas, Castros e Manueis, e suas armas lhe pertenciam de direito, pedindo-nos por
mercê, que para a memoria de seus antecessores se não perder, e ele poder usar da honra
das armas, que pelos merecimentos de seus serviços ganharam e lhes foram dadas, e assim
dos privilegios, honras, graças e mercês, que por direito e por bem d’ellas lhe pertencem,
lhe mandassemos dar nossa carta das ditas armas, que estão registadas em os livros dos
registos das armas dos nobres e fidalgos de nossos reinos, que tem Portugal nosso prin
cipal rei de armas. A qual petição sendo vista por nós, mandámos sobre ella tirar inqui
ção de testemunhas, a qual foi tirada e sentenciada pelo doutor Antonio de Magalhães
Velho, do meu desembargo, e meu desembargador em esta minha côrte e casa da sup
plicação, corregedor do civel em ella, e por Simão da Silva Lamberte, escrivão do juizo
da correição do civel da côrte e casa da supplicação; pela qual fomos certos que ele pro
cede e vem da geração e linhagem dos Mouras, Costas, Castros e Manueis, e que de di
reito as suas armas lhe pertencem como filho legitimo de Lopo Alvares de Moura, e de
sua mulher D. Maria de Castro, moradores na provincia do Minho; neto de João Alva
res de Moura, e de D. Helena da Silveira; bisneto de Lopo de Moura, e de D. Catha
rina de Mello; terceiro neto de João Alves de Moura, e de D. Aldonça Correa; quarto
neto de Lopo Alves de Moura, e de D. Catharina de Menezes; e por parte materna neto
de D. Rodrigo Manuel, e de D. Filippa de Castro; bisneto de D. Christovão Manuel de
Vilhena, e de D. Francisca de Castro; e que toda a sua ascendencia eram pessoas no
bres e aparentadas com as mais principaes, sem nota, nem rumor de judeu, mouro ou
mulato, nem de outra infecta nação : pela qual fomos certos que ele procede e vem da
geração e linhagem dos Mouras, Costas, Castros e Manueis, e que de direito as suas ar
mas lhe pertencem, as quaes lhe mandamos dar em esta nossa carta com seu brazão,
elmo e timbre, como aqui são devisas; e assim como fiel e devidamente se acharam de
visadas e registadas nos livros dos registos do dito Portugal nosso rei de armas princi
pal. A saber : escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Mouras, no segundo
as dos Costas, no terceiro as dos Castros, e no quarto as dos Manueis; elmo de prata
aberto guarnecido de oiro com seu paquife, timbre o dos Mouras, e por diferença uma
brica de oiro com um — M–preto. (Logar das armas.) O qual escudo, armas e si
gmaes possa trazer e traga o dito José Alvares da Costa, assim como as trouxeram e
d’ellas usaram seus antecessores, e nobres e antigos fidalgos sempre costumaram trazer
XXXII DOCUMENTOS
em tempos dos mui esclarecidos reis nossos antecessores, e com ellas possa entrar em ba
talhas, campos, rectos e escaramuças, e exercitar com ellas todos os outros actos licitos
da guerra e paz, e assim as possa trazer em seus firmaes, aneis, sinetes e divisas, e as
pôr em suas casas e edificios, e deixal-as sobre sua propria sepultura, e finalmente se ser
vir, e honrar, e aproveitar d’ellas, em tudo, e por tudo como a sua nobreza convém; com
a qual queremos e nos praz que haja elle, e todos os seus descendentes, todas as honras,
privilegios, liberdades, graças, mercês, isenções e franquezas que hão, e devem haver os
fidalgos e nobres de antiga linhagem, e como sempre de tudo usaram e possuiram seus
antecessores. Por isso mando a todos os nossos corregedores, desembargadores, juizes,
justiças, alcaides, e em especial aos nossos reis de armas, arautos e passavantes, e a
quaesquer outros oficiaes e pessoas a quem esta nossa carta fôr mostrada e o conheci
mento d’ella pertencer, que em tudo lh'a cumpram e guardem, e façam cumprir e guardar
como n’ella se contém, sem duvida nem embargo algum que em ella lhe seja posto, por
que assim é nossa mercé.
El-rei nosso senhor o mandou por Manuel Leal, seu rei de armas Portugal e principal.
Frei José da Cruz, da ordem de S. Paulo, reformador do Cartorio da Nobreza, a fez por
especial provisão do dito senhor, aos 18 dias do mez de Fevereiro do anno do nascimento
de nosso senhor Jesus Christo de 1727.
E vão subscriptas pelo doutor Agostinho Duarte Salvado, cavalleiro fidalgo da casa
de Sua Magestade, escrivão da nobreza n'estes reinos e senhorios de Portugal e suas con
quistas. —E eu Agostinho Duarte Salvado a subscrevi. — Rei de armas principal.
Fica registado este brazão no livro vIII do registo dos brazões da nobreza de Portu
gal, a folhas 35. Lisboa Occidental, 19 de Fevereiro de 1727.
Declaro que vai este brazão escripto em duas meias folhas de pergaminho por mim
rubricadas, excepto a do titulo e a do subscripto. —Agostinho Duarte Salvado.
DOCUMENTO N.º 9
DOM JOÃO etc. Faço saber que o Padre Frei Manuel de Stº Antonio Religioso da
Ordem de S. Paulo me reprezentou por sua petição que ele acompanhára o Padre Frei
Joze da Cruz Religioso que fora da mesma Ordem na factura dos Brazões da Nobreza
d’este Reino por especial concessão minha, e por morte do dito Padre ficara o Supplicante
com a mesma occupação, e para continuar nésta pedira pela meza do meu Dezembargo do
Paço provizão, cujo requerimento se me consultara, e como na dita occupação estavão
DOCUMENTOS XXXIII
muitos Nobres requerendo os ditos brazoes, e o Supplicante os nao podia fazer sem li-
cença minha me pedia que emquanto nSo baixava a dita consulta Ihe fizesse mercê de
que podesse continuar em fazer os ditos Brazoes para expedir os pertendentes que na de
mora padeciSo perjuizo, e tendo consideraçao ao referido Hei por bem fazer mercê ao
supplicante de que possa continuar em fazer os Brazoes que os Reis d'Armas mandarem
passai1 na forma da provizab para este mesmo effeito passada ao supplicante, e isto em
quanto eu nao mandar o contrario, e esta provizSo se cumprirá como n'ella se contem e
valerá posto que seu effeito haja de durar mais de hum anno, sem embargo da Orde-
naçîto do Livro segundo Titulo quarto em contrarío e pagou de novos direitos quinhentos
e quarenta reis que se carregarîîo ao thezoureiro da meza folhas 131 v.° do Livro 1.° de
sua receita e se registou o conhecimento em forma no Livro 9.° do Registo gérai a folhas
362 v.° El-Rei Nosso Senhor o mandou pelos Doutores Joze Vaz de Carvalho e Manuel
Gomes de Carvalho ambos do seu Concelho e seus Dezembargadores do Paco. Joze Anasta-
cio Guerreiro a fez em Lisboa a 29 de Marco de 1745, de feitio d'esta 200 reis Antonio
Pedro Virgulino a fez escrever. = Manuel d'Almeida e Carvalho = Manuel Gomes de
Carvalho = Por despacho do Dezembargo do Paco de 22 de Marco de 1 745 = Joze Vaz
de Carvalho = Pagou 540 reis e aos Officiaes 314 reís. Lisboa 1 d'Abril do 1745 = Dom
Sebastiäo Maldonado.
(Registrada no Real Archivo, na Chancellarla de el-rei D. Joào v, 1¡ vro cvii,
folhaa 265 verso.)
DOCUMENTO N.° 10
Carta passada а Гсгплт ¡jill lliesoiiníyro per que llie Гагат dadas e oulonjadas armas
pera elle e sseus lillios с todollos uniros, etc. < ¡ ыШ.
DOM AFFONSO per graça de déos Rey de portugall e do algarve e senhor de cepta.
A quamtos esta carta virem fazemos saber que segumdo a doutrina dos sabedores conhe-
cida per evidemcia de feito e pratica husada jeerallmente amtre todollos principes e rra-
zom naturall nos costramge amar todollos iiossos subditos e naturaaes E muyto em espi-
ciall aquelles que per criacom amor e boos servidos a nos o tein merecido por que quamto
a rrazom he mays chegada per lomga criacom e services ou per outra alguua maneyra
tanto o amor deve seer mays firme e imtensso pera francamente obrar ñas cousas pera
que naturallmente he hordenado. E porem comsyramdo nos a grande criacom que por
muy lomgo tempo ho muy excelleinte с muy poderoso principe e comprido de muytas vir
tudes elliey meu senhor e padre cuja alma déos aja e nos fezemos em fernam gilí seu
XXXTV DOCUMENTOS
criado e nosso thesoureiro e os muytos grandes services que ao dito senhor e a nos tem
feitos e ao diamle emtemdemos delle receber. E desy como servio o muito poderoso e
muyto virtuoso e de gramde memoria elRey dorn Joham meu avoo cuja alma déos aja
em a tomada de cepta. E como em todallas outras cousas em que pollos ditos senhores
e per nos foy emcarregado deu sempre de ssy boom comto como hornera leall e boom e
digno de todo bem e homrra. E bem assy comsyramdo ho singullar amor que Ihe por sua
lealdade e services os ditos senhores teverom e nos esso meesmo teemos todo jumtamente
nos obrigou e obriga de o acrecemtarmos cm honrra a elle comrrespondemte. Comfiamdo
delle e de sua bomdade como foy e ao diamte nos seria sempre leall e verdadeyro vas-
sallo queremdo Iho" rreconhecer como todo primcipe he theudo a sseus boos servidores e
naturallmente pollas sobreditas rrazooes ssomos obrigado a fazer. O fezemos cavalleyro.
E nom embargamte nos seermos certo elle seer de booa jeeraçom e aver divydo com al-
gûns gramdes cavalleyros e fidallgos de que elle poderia trazer suas armas ou sinaaes
dereytarnente por que nos elle disse que seria mais comtemte per memoria de sua cria-
çom e servicos de Ihe nos darmos anuas que elle e os filhos que ora tem e todollos outros
de sseu linhagem podessem trazer que do as aver per outra maneyra pera sse poderem
rrcfertar por fidallgos e gemtys homoes e gouvyrem dos privillegios e liberdades e fram-
quezas exeyçooes de fidallgos. E desy por que elle foy o primeyro cavalleiro que fezemos
despoys que per graça de déos fomos em estado de Rey. Nos com deliberada vomtade
por Ihe fazermos merece presemte os nobres do nosso comssolho e fidallgos cavalleyros e
gemtys hornees da nossa corte e offieiaes darmas segundo sse per direito e tall auto rreque-
rem Ihe damos e outorgamos que elle e os ditos sseus tilhos que ora tem e ouver e todollos
outros de sseu linhagem que delies vierem e decemderem ajam e possam trazer daquy em
diamte por armas huu escudo douro com hüu crecemte bramco. E sobre as pointas delle
lifiiiîi aguia vermelha de cabcca partida e de bycos e pees brancos com senhas chapelletas
dera ñas cabeças. As quaaes armas Ihe nos assy damos e outorgamos pera elle e pera os dy-
tos SSPUS filhos e pera todollos outros que delies vierem e descernderem. E os avernos daquy
em diamte por fidallgos e gemtys hornees e que por taaes sse possam chamar e rrefertar
em qualquer cousa auta e lugar que compridoyro for. E damos a elle e a todos aquellos
que delle descemderem por titollo e apellido monterroyo. E queremos que se possam daquy
em diamte delle chamar por louvor de sua memoria em todo tempo e caso que Ihes aprou-
ver assy e pella guysa que os fidallgos e nobres hornees jeerallmente custumarom de sse
chamar segundo a linhagem de que ssom e naturallmente deccndem. E tambem queremos
e outorgamos e mandamos que ajam e gouvam e Ihe sejam guardadas compridamente
todallas homrras privillegios e liberdades e framquezas e eyxepçooes que per direito lex
e custumes dos nossos rregnos os fidallgos délies ham e devem daver como aquelles que
per sseus boos merechnentos o merecem. E em testemunho desto por sua guarda e segu-
rança Ihe mandamos dar esta nossa carta assynada per nos e asellada com ho nosso seelo
do chumbo. Damte em a nossa muy nobre e sempre muy leall cidade de lixboa vinte e
urn do mes doutubro diego gomçallvez a fez anno do nacimento de nosso senhor Jeshu
Christo de mili e quatro centos cincoenta annos.
DOCUMENTO N.° 11
Carla passada a Alvaro Aflbnso Frade pela quai Ibe foi dado ham escudo de armas novas
para elle e seus descendentes (1471).
DOM AFFONÇO etc. A quantos esta carta virem fazemos saber que consirando nos
nos muitos continuados e estremadoa serviços que recebidos temos de Alvaro Affonço
Frade escudeiro nosso vassalo morador na nossa villa de Olivença assy nos nossos regnos
daquem mar como alem do mar ñas partes dnfrica a saber ñas tomadas da nossa villa
dalcacer e da nossa villa d'arzila e da nossa cidade de Tanjer que com a graça de nosso
senhor fílhamos aos mouros sendo sempre cora nosco per pessoa e com homens darmas
beesteiros e outra gente bonde niui bem e lealmente nos servio. E consirando em sua bom-
dade imdustria e descriçao e no bom desejo e vomtadc com que sempre comtinuou em
DOSSO service assim nos feitos das guerras como em todos os outros a nosso servico to
cantes. E querendo-lhe esto gualardoar como a nos cabe fazer aaquelles que bem e fiel
mente nos servem e por Ihe fazermos graça e merce temos por bem e de nosso propio
moto querer vomtade e poder absoluto queremos e nos praz Ihe darmos hura escudo dar
mas novas a saber o escudo em quarteyroues do qual o campo do primeiro quartel he de
celester ou de çafira a um pesamte bramco ou dargamte e do segundo quartel ho campo
he do pesamte em celle e nelle urna estrella de purpura ou amatista sobre tudo urna cruz
de gollas ou de robí sobre huma pomta homdada do primeiro quartel segundo aquí n'esta
nossa carta patemte saín pintadas e blasonadas as quaes estabelecemos e queremos que
desde agora e sempre que o dito Alvaro Aftonco possa trazer e ter e délias per custume
dos outros que as tem húsar e gouvir em batalhas torneos cercos de villas combates de
castellos arroidos bamdos escaramuces. E em firmaes aneis e sinetes e em quaesquer ou
tros logares assim de guerra como de paz como per qualquer outro modo que Ihe aprou-
ver sem outro embargo que Ihe sobro ello seja posto. E isso mesmo queremos que seus
iilhns e descemdemtes que delle descemderem per legitimo matrimonio ajam as ditas ar
mas e délias possam gouvir como sobre dito he. E porem mandamos ao nosso primeiro
Kei d'Armas e officiaes délias que assim o proviquem em sens livres registem porque as
sim he nossa merco e vontade. E em testemunho desto Ihe mandamos dar esta nossa carta
patente por lembrança e memoria dolió assinada por nos e assellada do nosso seello do
chumbo, dada em a nossa villa de simtra oito dias de novembre Amtam Gonçalves a fez
anno de Nosso Senhor Jesus Christo de mil quatrocentos setenta e hum.
D0CUMENT0 N.° 12
Carta de brazā0 de armas, dada pelo imperador Carlos VI a Jacques André Van Praet,
em 1734.
CHARLES par la Grace de Dieu Empereur des Romains toujours Auguste, Roy d'Al
lemagne, de Castille, de Leon, d'Aragon, des deux Siciles, de Jerusalem, de Hongrie, de
Boheme, de Dalmatie, de Croatie, d'Esclavonie, de Servie, de Navarre, de Grenade, de
Tolede, de Valence, de Galice, de Majorque, de Seville, de Sardaigne, de Cordoue, de
Corsique, de Murcie, de Jaen, des Algarbes, d'Algecire, de Gibraltar, des Isles de Ca
marie, et des Indes, tant orientales qu'occidentales, des Isles, terre ferme de la Mer
Oceane, Archiduc d'Autriche, Duc de Bourgogne, de Lotheer, de Brabant, de Limbourg,
de Luxembourg, de Gueldres, de Milan, de Stirie, de Wirtemberg, de la haute, et basse
Silesie, d'Athenes, de Neopatrie, Prince de Suabe, Marquis de St. Empire, de Rome, de
Bourgovie, de Moravie, de la haute, et basse Lusace, Comte d'Habsbourg, de Flandres,
d'Artois, de Tyrol, de Haynau, de Namur, de Barcelone, de Ferrette, de Kybourg, de
Gorice, de Roussillon, et de Cerdagne, Landgrave d'Alsace, Marquis d'Oristan, et
Comte de Goceano, Seigneur de la Marche d'Esclavonie, du Port Naon, de Biscaie, de
Moline, de Salins, de Tripoli, et de Malines, etc. A tous ceux qui ces presentes verront,
ou lire ouiront, salut. De la part de notre cher et bien aimé Jacques André Van Praet
matif et habitant de la ville d'Anvers nous à été rencontré en deux respet; Qu'il seroit
issu d'une famille ancienne et noble de notre comté de Flandres. Que ses ancetres y au
roint été revetûs des principales charges et nommement de celles de Bourguemaitres, et
Echevins des villes de Brûges, et Dermonde, jusqu'au tems des troubles des Pays Bas,
durant les quels etant rester fidelement attaches tant à la foy catholique, qu'au service
de nos augustes Predecesseurs, et etant perdu la meilleure partie de leurs biens, ils se
seroient mis dans le negoce à l'exemple d'autres familles nobles pour prevenir leur ruine
entiere ; Que pour cet effet ils se seroient etablis au dit Anvers, où ils auroient toujours
vecû avec lustre jusqu'a present, et occupé des charges honorables, et entre autres celle
de Grand Aûmonier que le suppliant auroit aussy remplie avec honneur, et au contente
ment du Public : Et comme il ne desireroit rien avec plus d'ardeur que de marcher sur
les traces de les dits ancêtres, et de se distinguer de plus en plus par son attachement,
et son zele inviolable pour le service de notre auguste Maison, et de la Patrie, comme
aussi d'animer ses enfans, descendans, parents et alliés à souivre son exemple, au moyen
de quelque grace de notre munificence Royale : Il nous à très humblement supplié, que
notre bon plaisir soit de l'ennoblir avec ses enfans, e descendans, tant males, que fe
melles nés et à naitre de mariage legitime, au port des armes de sa famille, qui seroient :
Un ecu d'argent chargé de trois trefles de sinople, deux en chef, et une en pointe,
heaume d'argent, grillé, et liseré d'or, hachemens et bourlet d'argent, et de sinople; et
pour cimier une trefle de l'ecu : Sçavoir faisons, que nous ce que dessus consideré, et
DOCUMENTOS XXXVII
aiant favorable égard à sa tres humble supplication, avons de notre certaine science,
grâce, libéralité, plaine puissance, et authorité souveraine accordé et outroié, comme nous
accordons et octroions par ces présentes au dit Jacques André Van Praet, de même qu'a
ses eniaiis, et descendans, mâles, et femelles, nés, et à naitre de mariage légitime, le
titre et degré de noblesse ; voulons, et entendons, que luy, et iceux jouissent, et usent
dores en avant comme gens nobles en tous leurs faits et actes des honneurs, franchises,
prerogatives, preeminences, privileges, libertés, et exemptions de noblesse, tout ainsi
comme en usent et son accoutumer d'user les autres nobles par toutes nos terres et sei
gneuries notamment en nos Pays Bas, et qu'ils soient tenus et reputes pour nobles en
toutes places et lieux, soit en jugement, ou hors d'iceluy, et qu'ils soient capables d'avoir
états, et dignités tant de chevalerie, qu'autres, et qu'ils puissent aussi entout teins avoir,
acquérir, et posséder terres, et seigneuries, rentes, revenus, possessions, et autres choses
mouvantes de nos fiefs, et tous autres nobles tenemens, et les reprendre de nous ou d'au
tres seigneurs féodaux de qui ils seront dépendants, et s'ils en oue deja acquis ', les tenir,
et posséder, sans être contraints de les mettre hors de leurs mains : à quel effect nous les
habilitons, et rendons suffisans et idoines, faisant en autre vers nous, et nos hoirs, et
successeurs les devoirs pertinens selon la nature et condition d'iceux fiefs et biens acquis,
ou à acquérir, et sa coutume du pays ou ils sont situés. Et a fin que l'état de noblesse
du dit Jacques André Van Praet, de ses enfans et descendans soit dautant plus notoire,
nous leur avons accordé et permis, acordone et permetons le port des armoiries blasonnées
ci dessus ainsi qu'il les à demandées, et qu'elles vont peintes et figurées au milieu de ces
présentes : si donnons en mandement à notre très chère, et très aimée soeur la Serenissime
Archiduchesse Marie Elisabeth, notre lieutenante, et notre gouvernante générale de nos
Pays Bas, et ordonnons à nos très et féaux ceux de nos Conseils d'Etat Privé, et de nos
domaines et finances, Président et Gens de notre grand Conseil, Chancelier, et Gens de
notre Chambre des comptes, et à tous autres nos justiciers et officiers presens et à venir,
leurs lieutenans et chacun d'eux en droit soi, et si avant qu'a luy appartiendra, qu'étant
par les dits de nos comptes bien, et deûment procédé (comme leur mandons de faire) à
l'entérinement, vérification et enregistrement de ces présentes selon leur forme et teneur,
ils fassent, souffrent, et laissent le dit Jacques André Van Praet, ses enfans, et descen
dans mâles et femelles, nés, et à naitre de mariage légitime, de cette nôtre présente
grâce octroy, ennoblissement et de tout le contenu en ces dites présentes pleinement,
paisiblement, et perpétuellement jouir et user, sans leur faire mettre ou donner, ni souffrir
être fait, mis ou donné aucun trouble, ou empêchement au contraire, car ainsi nous plait
il : pourvu que dans l'an après la date de cettes icelles soient présentées à notre dite
Chambre des comptes à Bruxelles, à l'effect de la dite vérification et entérinement, comme
aussi dans le même terme à notre premier Boy d'Armes, ou autre qu'il appartiendra en
nos dits Pays Bas en conformité, et aux fins portez par le 15.me article de l'Ordonnance
décrétée par les Archiducs Albert, et Isabelle le 14 .Décembre 1616, touchant les port
des Armoiries, Timbres, Titres, et autres marques d'honneur, et de noblesse, l'un et l'au
tre à peine de nullité de cette notre présente grâce; ordonnant à notre dite premier Roy
Pago por derecho de real sello novien- Pago por el derecho de mediannata
ta florines, moneda Alemana. Signé Peres ciento cinquenta y seis fl. Por el de re
de las Aguas secret.8 In Titul.m quarto cepta del Consejo ciento y ocho fl. Por el
fol. clvij. de tassa extraordinaria trecientos y qua-
renta fl. Por el de expedición y formación
cinquenta y quatre fl. Y por el de hospital
ocho fl. 30 x.8 Todo moneda de Alemania.
Signé. Legaspi Th.r R.r
Folio uso tout au pied etoit encore écrit :
Pago a los Porteros del Consejo y Secretaria ocho f.s por caxa y cordón quatro {.' por
pintura de armas quatro f.8 y medio. Escritura y pergamino dies f.8 у рог el recivo de me
dia annata un e medio f."
Pago por derecho de registro y portero quatro fl. e medio.
Et etoient ces lettres patentes seellées des grand et contreséel de Sa Magesté imprimé
en cire rouge, y pendant d'un double cordon de soye jaune noire blanche et rouge, en une
caisse de fer blanc séparé par le mijieu d'un anneau de cuivre.
Ce jourd'huy septième de Juin mil sept cent trente quattre ont ces Lettres patentes
d'Annoblissement été vues et leues au Bureau de la Chambre des Comptes de l'Empe
reur et Roy en Brabant, et illec selon leur forme et teneus interinées et enregistrées au
Registre des Chartres octroyés, et autres affaires du dit Brabant commençant avec l'année
1732 marque de la lettre 2 quotée n.Q xx fol. xlij recto et seqti.bus etoient signe M. B.
Courcol — J. F. H. Schocckaert —F. A. Fraula.
Je soussigné André François Jaerens, Ecuyer Chevalier Roy et Héraut d'Armes ordi
naire de Sa Magesté Impériale Catholique en les Pays Bas et de Bourgogne ; à titre de
la Province et Duché de Luxembourg, et Comté de Chiny certefie, et déclare que la copie
des Lettres Patentes d'Annoblissement que ci dessus acorde de mot à mot tout à l'écri
ture qu'aux armoiries à celle du Registre du Conseiller et premier Roy d'armes de l'em
pereur et Roy dit Toison d'or en ses dits Pays Bas reposant en son office. Témoin ma
signeture et mon seel, ci mis à Bruxelles Ville de Cour au Duché de Brabant le 8.e jour
du mois de Jeuillet de l'an 1734. A. F. Jaerens.
= Lieu du seel =
DOCUMENTO N." 13
DOM FILIPPE por graça de Deus rei de Portugal e dos Algarves, d'áquem e d'álem
mar em Africa, senhor de Guiñé, etc. Faço saber que por parte de Jólo Pacheco me foi
apresentada uma minha provisao, feita em meu nome, e por mim assignada e passada
pela minha Chancellaria com uma petiçâo inserta, de que o traslado verbo ad verbum é
do teor seguinte : Dom Filippe por graça de Deus rei de Portugal e dos Algarves, d'áquem
e d'além mar em África, senhor de Guiñé, etc. Faço saber a vos Luiz Ferreira de Azevedo,
do meu Desembargo, guarda-mór da Torre do Tombo, que Joäo Pacheco, morador na villa
de Monchique, me fez a petiçâo seguinte : Diz Joäo Pacheco, morador na villa de Mon-
chique do reino do Algarve, que para bem de sua justice Ihe é necessario o traslado do
brazâo que tirou seu tio Pedro Pacheco, morador na ilha de S. Miguel. Pede a Vosea
Magestade Ihe faca mercó mandar pasear provisao pelo guarda-mór da Torre do Tombo,
e mandar dar na forma costumada. — E receberá mercê. E visto seu requerimiento, hei
por bem, e vos mando Ihe deis o traslado do brazao, de que na dita petiçSo faz mencüo,
XL DOCUMENTOS
a qual lhe dareis na forma costumada, conforme a provisão que mandei passar da ordem
porque da dita Torre se haviam de dar ás partes os traslados das coisas que pedem.
El-rei nosso senhor o mandou pelos doutores Antonio da Cunha e Luiz Machado de Gou
vea, ambos do seu Conselho e seus desembargadores do Paço. Sebastião Pereira a fez em
Lisboa aos 19 de dezembro de 1607. João da Costa a fez escrever. — Antonio da Cunha
— Luiz Machado de Gouvea. E em cumprimento da mesma provisão buscaram os livros
da dita Torre do Tombo, e em um livro de privilegios, que serviu na Chancellaria no
anno de 35, folhas d’elle 79, está registada uma carta, de que o traslado verbo ad ver
bum é o seguinte: Dom João por graça de Deus rei de Portugal e Algarves, d’áquem
e d'álem mar em Africa, senhor de Guiné, da conquista, navegação, commercio da Ethio
pia, Arabia, Persia, e da India, etc. A quantos esta minha carta virem faço saber, que
Pedro Pacheco, morador na ilha de S. Miguel, me fez petição, como elle descendia por
linha recta e masculina da geração e linhagem dos Pachecos, que n'estes reinos são fidal
gos de cota de armas, e que de direito as suas armas lhe pertencem, e pedindo-me por
merce, que por memoria de seus antecessores senão perder, e ele vir a usar da honra
das armas, que pelos merecimentos de seus serviços ganharão, e foram dadas, assim como
dos privilegios, honras, graças e mercês, que por direito e por bem d’ellas lhe pertencem,
lhe mandasse dar minha carta das ditas armas, que estavam registadas em os livros dos re
gistos das armas dos nobres e fidalgos de meus reinos, que tem Portugal, meu principal
rei de Armas: a qual petição por mim vista mandei sobre ella tirar inquirição de teste
munhas, a qual foi tirada pelo doutor Christovão Estevens da Espragosa, do meu conse
lho e desembargador das minhas petições, e por Braz Fernandes, escrivão em minha
côrte, pelo qual provou ele supplicante, descendia por linha directa e masculina da dita
geração dos Pachecos, como filho legitimo de Antonio Pacheco, e neto de Pedro Pacheco,
que mataram os mouros em Ceuta, que foi do tronco d'esta geração, fidalgo honrado, que
por direito as suas armas lhe pertencem : ao qual ihe mandei dar esta minha carta com
seu brazão, elmo e timbre, como aqui são divisadas, e assim como fiel e verdadeiramente
se acharão registadas nos livros dos registos do dito Portugal, meu rei de armas, as quaes
são as seguintes, a saber: O campo de oiro, e duas tinas caldeiras, e pala do mesmo com
tres faxas, e azas viradas e contraviradas de vermelho e preto, e quatro cabeças de ser
pente, tambem de oiro, e nos cabos das azas, duas para fora das caldeiras e duas para
dentro, e por diferença uma flor de liz vermelha; elmo de prata aberto guarnecido de
oiro, paquife de oiro e vermelho, e por timbre um pescoço de serpe de oiro com duas ca
beças, uma contra outra: o qual escudo, armas e signaes possa trazer e traga o dito Pe
dro Pacheco, assim como as trouxeram e d’ellas usaram os seus antecessores em todos os
logares de honra, em que os ditos seus antecessores, nobres e antigos fidalgos sempre
costumaram trazer em tempo dos mui esclarecidos reis, meus antecessores, e com ellas
possa entrar em batalhas, campos, rectos, escaramuças, desafios, e exercitar com ellasto
dos os outros actos licitos de paz e guerra, e as possa trazer em seus firmaes, anneis,
divisas, e as pôr em suas casas, edificios, e deixal-as sobre suas sepulturas, e finalmente
servir, e honrar, usar, e aproveitar d’ellas em tudo e por tudo, como a sua nobreza con
vier. Porem mando a todos os meus corregedores, desembargadores, juizes, justiças e al
caides, em especial aos meus reis de armas, arautos, passavantes, e quaesquer outros of
DOCUMENTOS ХЫ
ficiaes e pessoas a quem esta minha carta for mostrada, e o conhecimento d'ella pertencer,
que em tudo Iba cumpram, guardein, façam cumprir, e guardar como n'ella é contido;
sei u duvida nein embargo alguin, que em ella seja posto, porque assin i é minha morco.
Dada em minha muito nobre e sempre leal cidade de Evora aos 22 de maio. El-rei nosso
senhor o mandou pelo bacharel Antonio Rodrigues, Portugal seu rei de armas principal
provedor de vara; Reí de armas Algarve, escrivao da nobreza, a fez em 1535 anuos, E
nao dizia mais a dita carta, e nem se achou outra coisa em contrario na dita Torre, e
mandei se désse esta á qual se dará tao inteira fe e crédito como à propria do dito livro,
com o quai foi concertada. El-rei nosso senhor o mandou por Luiz Ferreira de Azevedo,
do seu Desembargo, guarda-mór da Torre do Tombo, aos 5 de Janeiro de 1608. — Pedro
de Moraes a fez. Luiz Ferreira de Azevedo. Pagou com busca 600 reis, de sello 30 reís,
e de aseignar 370 reis. — Antonio do Amaral — Belchior Velloso Ramalho.
DOCUMENTO N.° 14
DOM MIGUEL por graça de Déos Rei de Portugal, e dos Algarves, d'aquem e d'alem
Mar, em África Senhor de Guiñé, e da Conquista, Navegaçao, e Commercio de Ethiopia,
Arabia, Persia, e da India, &c.* Faço saber, que havendo requerido JoSo Carlos Feo Car-
dozo de Castello-Branco e Torres, que do Real Archivo da Torre do Tombo se Ihe pas
sasse por certidao o theor da carta de brazSo de armas passada no reinado de Dom
Filippe Primeiro a Maríoel Godinho de Castello-Branco, e obtendo despacho do Guarda
Mor do dito Archivo, em seu cumprimento se buscárao os livros dolió, e no livro dois
de Privilegios de Dom Joäo Terceiro a folhas duzentas sessenta e huma foi adiada a carta
pedida, e he do theor seguinte :
Dom Philippe per graça de Déos Rey de Portugal e dos Algarves daquem, e dalem
mar, em África senhor de Guiñe, e da conquista navegacam e commercio de Ethiopia,
Arabia, Persia e da India, &c.* Faço saber aos que esta minha carta de antiga fidalguia
virem, que por frey Manoel Godinho de Castello-branco, fídalgo de linhagem, e cavalleiro
professe da ordern de nosso senhor Jezus Christo, me foi apresentado hum meu aluara per
niim assinado e paseado pella chancellaría, e huma carta emforma delRey Dom Henrique
meu tio que déos tem, feita cm seu nome e paseada pella chancellaría com seu passe, pella
qual houve por bem de mandar reformar outra carta em forma nella incorporada, que el-
Rey Dom Sebastiam meu sobrinho, que sancta gloria haja, mandou pasear ao dito Ma
noel godinho da nobreza das armas de sua geraçâo de todos os seus quatro costados, per-
cedendo primeiro a larga prova da verdadeira inquiriçao que sobre ello o dito senhor Rey
ХЪП DOCUMENTOS
mandou tirar pello doutor Paulo Afonso do meu conselho do estado, e assi hum alvará
delRey meu tio por elle assinado, per que Ihe mandou declarar na dita carta que os Ca-
braes e castellos brancos sao fidalgos de solares conhecidos. E outro si me apresentou
huma minha provisäo paseada pella chancellaria, pella qual Ihe mandey tambera fazer
nesta carta algumas declaraçoes necessarias e de sustancia que nella faltaväo pera mais
clareza da fidalguia e nobreza delle Manoel godinho e de seus antepassados, de que me
constou per documentos antigos públicos, e auténticos, e Certidoes autenticas da minha
torre do tombo, por se nSo declararen! quomo era necessario na dita carta delRey Dom
Henrique, e em outra minha que Ihe mandey reformar antes desta, da qual carta delRey
meu tio e provisoes o theor de verbo ad verbum he o que se segué = Eu ElRey faço
saber a vos Gaspar velho meu portugal principal Rey darmas, que Manoel godinho de
Castelbranco me enviou dizer que no brazao que Ihe fora passado da nobreza das armas
que Ihe pertencem as da geraçào dos godinhos nao erao declaradas nem illuminadas quomo
direitamente na verdade deviam ser : Pedindo-me mandasse que Ihe fosse reformado o dito
brazao e concertadas as ditas armas. E visto seu requerimiento, e vossa resposta ey por
bem e vos mando que Ihe reforméis o dito brazào, e Ihe facaes n'elle escrever e illumi-
nar as ditas armas dos Godinhos quomo direitaraente sam e as elle deve trazer, e Ihe per
tencem, e assi as fareis emmendar no livro do registo da chancellaria onde o dito braz3o
estiver registado. Compri-o assi. Joäm da costa o fez em Lisboa a quinze de julho de mil
quinhentos oytenta e sete « Rey в = Dom Henrique per graça de déos Rey de Portugal e
dos Algarves daquem, e dalem mar em Africa senhor de guiñe, e da conquista nave-
gaçao e commercio de Ethiopia Arabia Persia e da India &c.* A quantos esta minha carta
virem faço saber, que por parte de Manoel godinho cabrai de Castelbranco fidalgo e ca-
valeiro, filho de Antonio godinho cabrai, me foi apresentada huma carta de sua ñdalguia
que o senhor Rey Dom Sebastiîïo meu sobrinho que sancta gloria baja, Ihe mandou pas-
sar da nobreza de suas armas : Pedindome que por estar maltratada e de maneira que mal
se podia 1er, e pois a memoria della havia de passar a seus descendentes, lha mandasse
reformar, e satisfazendo a seu requerimento o treslado della he o seguinte. = Dom Se-
bastiam per graça de Déos Rey de Portugal e dos Algarves daquem e dalem mar em
África senhor de guiñe e da conquista navegacao e commercio de Ethiopia Arabia Per
sia e da India &c.* A quantos esta minha carta virem faço saber, que Manoel godinho Ca-
bral de Castelbranco, fidalgo e morador na cidade de Lisboa, me fez petiçao em quomo
elle descendía por linha direita por parte de seu pai e avós das geracoes e linhageens
dos godinhos e cabraes, e pella de sua may e avós dos Ribeiros e castelbrancos, que to
dos nestes Reynos sam fidalgos notorios dantigua linhagem, cota darmas, solares conheci
dos, e que por direito as suas armas Ihe pertencem : Pedindome por merce que por a me
moria de seus antecessores se nao perder, e elle gouvir e usar da honra das armas que
pellos merecimentos de sens services ganharäo e Ihes forana dadas, e assi dos privillegios,
honras graças e merces, que por direito e por bem délias Ihe pertencem, Ihe mandasse
passar minha carta das ditas armas que estaväo registadas nos Livres dos Registos das
armas dos nobres fidalgos de meus Reynos, que tem Portugal meu principal Rey darmas,
a qual pitiçam vista per niym mandei sobre ello tirar inquîriçam de testemunhas pello
doutor Paulo Afonso, do meu conselho e meu desembargador do paco, e por gaspar velho
DOCUMENTOS XLIII
i
meu Rey darmas Portugal por ser escrivam do meu desembargo do Paco, e pella larga
prova de testemunhas, e verdadeira informaçam que se tirou fui certeticado o dito Ma-
noel godinho descender das ditas linhageens dos Godinbos, Cabraes, Ribeiros, e castel-
brancos como filho legitimo que he de Antonio Godinho Cabrai que foi dos vinte quatro
da guarda da cámara delRey Dom Manoel, e delKey Dom Jotto o terceiro meus bisavô
e avô que sancta gloria hajào, e de Anna fea de Castelbranco Ribeira, e neto pella parte
do dito seu pai de fernào Pires Cabrai e de Briolanja Godinha doliveira, e bisneto de
Pero vaz Cabrai protonotario da sancta s¿e apostólica, e conego prebendado na see da
dita cidade de Lisboa, e Governador deste arcebispado pello Cardcal Dom Jorge quando
esteve em Roma, e do doutor Joào fernandes godinho que foi corregedor da corte e des-
embargador dos agraves da caza da suplicaçam, e neto pella parte de sua may de Anto
nio Méndez Ribeiro, e de lianor fea de Castelbranco, e bizneto de vasco Paez de Castel
branco, e trésnete de vasco paez de Castelbranco, e quarto neto de vasco paez de Cas
telbranco, e quinto neto de Isabel vasquez de Castelbranco, e sexto neto de Martim vasquez
de Castelbranco que foi monteiro mor destes Reynos, e alcaide mor das villas de Covilhäa
e moura, os quaes todos foram huns hornees fidalgos muito honrados, christSos velhos le
gítimos, sem raça alguma de judeu, mouro, ou gentío, e do verdadeiro tronco destas ge-
raçoês dos godinhos, Cabraes, Ribeiros, Castelbrancos, e por taes tidos e conhecidos, e por
taes os declaro, e que de dereito as suas armas Ihe pertencem, as quaes Ihe inandei dar
nesta minha carta com seu brazäo, elmo e timbre, como aqui väo figuradas e illumina-
das, assi como fiel e verdaderamente se acharño divisadas e registadas nos livros dos re-
gistos do dito Portugal meu Rey darmas, as quaes armas sao as seguintes,, a saber,, o
escudo esquartelado ao primeiro dos godinhos que descendem dos godos, e trazem o
campo partido em palla a primeira esquaquetada douro с vermelho de dez pecas de duaa
em faxa, e ao segundo esquaquetado douro e azul doutras tantas pecas, e ao contrario dos
Cabraes que trazem o campo de prata e duas cabras de purpura passantes, e sobre ellas
hum meo filete preto em contrabanda, e ao segundo dos Ribeiros que he esquartelado, ao
primeiro douro e quatro pallas vermelhas daragam, e ao segundo dos vasconcellos que
trazem o campo de prcto, e tres faixas veiradas e contra veiradas de prata e vermelho
e assi os contrarios, e ao contrario do segundo dos castelbrancos que trazem o campo
azul e hum liao douro rompemte armado de vermelho, elmo de prata aberto guarnido
douro, paquife douro e vermelho, ouro e azul, prata e vermelho, prata e purpura, с о tim
bre dos godinhos que é urna hidra douro com sete cabeças de serpes armada de verme
lho, e a do meo mayor e as outras resguardando, e por deferenca hum crecente de lúa
de prata sobre o segundo esquaque vermelho : o qual escudo armas e sinaes posea trazer
e traga o dito Manoel godinho Cabrai assi como as trouxeräo e délias vsaräo os seus an
tecessores cm todos os logares de honra em que os ditos seus antecessores e os nobres
antigos fidalgos sempre as costumarao trazer em tempo dos mui exclarecidos Reys meus
antecessores, e com ellas possa entrar em batalhas, campos, duelos, retos, escaramucas, e
desafios, e exercitar com ellas todos os outros actos de guerra e de paz, e as possa tra
zer em seus firmaes, aneis, sinetes, e devisas, e as poer em suas casas e cdefñcios, e dci-
xalas sobre sua propria sepultura, finalmente se servir, honrar, gouvir e aproueitar
d'ellas em todo e por todo como a sua nobreza convem, porque quero e me praz que
XLIV DOCUMENTOS
elle e todos seus descendentes ajäo e gozem de todas as honras, privilegios, liberdades,
gracas, merces, isencSes e franquezas, que ham e devera aver os fidalgos nobres de an
tigua linhagem, e como senipre de todo gozarao e gouviram seus antecessores : e mando a
todos meus desembargadores, corregedores, ouvidores, juizes e justicas, alcaides, meirinhos,
em especial aos meus Reys darmas, arautos e passavantes e a quaesquer outras justiças
officiaes e pessoas a que esta minha carta ou o trelado della em publica forma for mos
trada, e o conhecimento della pertencer, que em todo a cumpram e guardem, e façao muito
inteiramente comprir e guardar como nella se contem, sem duvida nem embargo algum
que Ihe a ello seja posto porque assi he minha merce. Dada na villa Dalmeirim aos doze
diaa de Marco. EIRey nosso senhor o mandou por Gaspar velho seu Portugal e principal
Rey darmas, Antonio fernandes a fez por Jerónimo de matos escrivSo da nobreza. Anno
do nacimento de nosso senhor Jezus Christo de mil quinhentos sessenta e oyto. Jeronymo
de matos a soescrevi. = Pello que mando que a carta nesta incorporada se cumpra e
guarde muito inteiramente, assi e da maneira que nella he contheudo e declarado, eem
duvida nem embargo algum, posto que nella vain mais palavras as quaes por huma mi
nha provisao mandei ao meu Rey darmas portugal Ihe acrecentasse por serem necessa-
rias pera declarable della, porque assim he minha merce, e onde a dita carta estiver re-
gistada se fará declaraçào quomo se nSo ha de usar senlo desta a qual setornará a
register no Livro da chancellaría do mesmo tempo que hora está na torre do tombo, de
que os officiaes a que pertencer passaräo disso suas certidSes ñas costas desta carta que
por firmeza de tudo Ihe mandei dar, assellada do meu sello de chumbo pendente. Dada na
cidade de lisboa a vinte seis dabril. EIRey nosso senhor o mandou por Gaspar velho seu
portugal principal Rey darmas. Antonio Leitào a fez por Jerónimo de Hatos escriväo da
nobreza Anno do nacimento de nosso senhor Jezus Christo de mil quinhentos setenta e
nove, e a carta nesta incorporada foi rota ao assinar desta. Jerónimo de Matos a fiz es-
crever e suescrivi — Passe = Portugal principal Rey darmas. = Eu EIRey faço saber a
vos Gaspar velho meu portugal e principal Rey darmas, que havendo respeito ao que diz
na piticam atraz escripta Manoel godinho de Castelbranco meu escriväo da cámara : Ey
por beui e vos mando que façaes declaracao no seu brazào de que na dita pitiçào faz
mençao, que os Cabraes e Castelbrancos sao de solares conhecidos, o que assi me praz
vista vossa resposta em que dizeis que o sao, e este comprireis posto que n&o seja pas
eado pella Chancellaría sem embargo da ordenacao em contrario. JoSo da Costa o fez em
lisboa a seis dabril de mil quinhentos setenta e nove = Rey =±= Dom Philippe per graça de
Déos Rey de Portugal e dos Algarves daquem e dalem mar em Africa senhor de guiñe,
&c.* faço saber, que havendo respeito ao que diz na piticSo atraz escripta Manoel Godinho
de Castelbranco fidalgo de linhagem, Ey porbem e me praz que Portugal meu principal
Rey daraias, faca no brazäo de suas armas as declaraçoes que por papéis e certidoes au
tenticas Ihe constar que pera mais clareza da nobreza do dito Manoel godinho se häo de
fazer no dito brazäo, por nelle nao estarem declaradas como convem, o que o dito Rey
darmas assi fará comforme a obrigacao de seu officio, e comprirá inteiramente esta pro
visao como se nella contem. EIRey nosso senhor o mandou pellos doutores Damiam da-
gtiiar e Jerónimo Pereira de Saa ambos do seu conselho e seus desembargadores do paco.
Jo3o da costa a fez em lixboa a nove dagosto de mil quinhentos oytenta e oyto. Damiam
………--
DOCUMENTOS XLV
Daguiar. Jeronimo Pereira de Sá. E as declarações que por virtude das ditas minhas pro
visoes lhe mandei fazer são as seguintes, a saber: que na dita carta delRey Dom Anrique
meu tio por virtude do dito meu alvará forão concertadas as armas e timbre dos godinhos
como nella vam declaradas em seu logar, e nesta illuminadas por serem as verdadeiras
que pertencem á dita linhagem como me constou pela informação que a cerca disso por
meu mandado me deu o meu Rey darmas Portugal. Pelo que por esta presente carta as
declaro por taes, e serem as que o dito Manuel godinho de direito deve trazer e lhe per
tencem, como descente que he do verdadeiro tronco da dita linhagem, e que o doutor João
fernandes Godinho seu bisavô acima nomeado foi fidalgo de muito nobre e antiga linha
gem, e se tinha por parente de Dom Afonso Bispo Devora e filho do Marques de Valença,
neto delRey Dom João o primeiro, e nas cartas que lhe escrivia o nomeava por parente
e se dava por parente da condessa de Loulé Dona Guiomar, filha do Duque de Bragança
Dom fernando irmão do dito Marques, a qual nas cartas que lhe escrevia lhe chamava
tio, e que quando casou o dito João fernandes com a bisavó do dito Manoel Godinho, que
foi molher fidalga donzella da Raynha Dona Izabel, o Iffante Dom Pedro que depois foi
Rey daragam a levou no dia do recebimento nas anquas de huma faqua sua a casa delle
João fernandes, como me constou pelas ditas cartas assinadas pollos ditos Bispo e con
dessa, selladas de suas armas justificadas, e por juridica inquirição que sobre o caso se ti
rou, e por sentença se julgou por autentica e verdadeira, daqual se mostra que estando
hum dia hum fidalgo per nome Alvaro de faria falando com elRey Dom Afonso quinto
lhe dissera elRey que o dito João fernandes se dezia tinha rezão com seu pai, e que se parecia
muito com elle, e que servio e foi encarregado pelo dito senhor Rey e por elRey Dom
João seu filho de grandes cargos de justiça, como chanceler mor e desembargador do paço,
e de grandes supremas alçadas: dandolhe todo seu poder alçada soperioridade como se fos
sem em pessoa sem mais appellação nem agravo, e que fosse acatado e obedecido como
suas propias pessoas: que se fizesse o que o dito João fernandes mandasse da parte dos di
tos senhores Reys como se por elles em pessoa fosse mandado, como me constou da pa
tente da dita alçada, e de uma certidam autentica da minha torre do tombo, e que elRey
Dom Manoel meu avô sendo Duque de Beja em hum padrão de dez mil réis de tença
brancos de que então fez merce ao dito João fernandes diz nelle, que lha fazia pela re
zão que com elle tinha segundo se conthem no dito padrão, e finalmente que a geração
dos godinhos de que o dito Manuel godinho descende são fidalgos de antiquissima linha
gem, e o primeiro de que descenderão nestes Reynos foi Dom Godinho fafez o velho, que
edeficou o mosteiro de fonte arcada, filho do Conde Dom fafez garracins que foi Rico homem
e morreo com muitos cavaleiros seus vassalos na batalha que teve elRey Dom Garcia de
Portugal com elRey Dom Sancho de Castella seu irmão em augoa de mayas junto de
Coimbra, e de Dona Oruana Mendez de Bragança, Irmaã de Dom fernão Mendez de Bra
gança, que casou com a Ifiante Dona Tareja afonso filha delRey Dom Afonso o primeiro,
e os da dita linhagem se chamarão antigamente de Dom, como outro si me constou dou
tra certidam autentica da dita torre do tombo que lhe mandei passar da chronica das li
nhageens dos fidalgos antigos, que nella está na casa da coroa, a qual fez o Conde Dom
Pedro de Barcellos filho delRey Dom Diniz. Pello que mando a todos os desembargado
res, corregedores, ouvidores, juizes, justiças, alcaides, meirinhos, em especial aos meus Reys
XLVI DOCUMENTOS
darmas, arautos e passavantes e a quaesquer outros officiaes e pessoas que hora sao e
pello tempo em diante forem, a que esta minha carta ou o trelado della em publica forma
lor mostrada e o conhecimento della per qualquer maneira que seja pertencer, que em
todo a cumpräo e guardem, e facao muito iiiteiramente comprir e guardar, e as cartas aquí
encorporadas assi e tam compridamente como nellas e nesta he contheudo e declarado, e
guardem e façao guardar ao dito Manoel godinho de castelbranco e a seus descendentes
todos os privilegios, liberdades, honras, graças e merçês, isençoes, franquesas, prerrogativas
e preminencias que se guardäo e devem guardar, assi de costume como de direito aos fi-
dalgos nobres de antiga linhagem, e como sempre de todo gozarào e gouvirao seus ante-
paseados, e como por bem da nobreza de sua linhagem Ihes pertence, e Ihes dcixem tra-
zer e possuir e usar das ditas armas como de cousa sua propia que sao, na forma ácima
declarada, sem de nenhuma maneira porem nem consentirem poer em todo duvida nem
embargo, impedimento nem contradiçam alguma, por que todo ey assi por bem e he mi
nha merce, e esta se registará nos livros da dita torre do tombo adperpetuam Rey me-
moriam, e os da outra que em meu nome tinha mandado passar ao dito Manoel godinho,
se riscaräo pondo Ihc nelles verbas, e que os mandei riscar e a mandei romper pera
nunca mais se usar della por Ihe mandar dar esta com as ditas declaraçoes de que quero
someute se use. E mando ao dito meu Rey darmas que a rompa, e faca riscar os ditos
registos, e poer nelles as ditas verbas que elle assinará e nellas declarará que o fez por
meu mandado, de que os officiaes a que pertencer passaräo disso suas certidSes ñas cos
tas desta carta, e assi declararlo como se riscárao por meu mandado os registos da del-
Rey Dom Anrique, e da que nella vay emcorporada delKey Dom Sebastian por hirem
erradas e nao serem necessarias, e irem na verdade encorporadas em esta pera em todo
tempo se ver e saber que se fez tudo por meu mandado e autoridade, e por certidam e
firmeza de tudo Ihe mandei dar esta minha carta assellada do meu sello de chumbo pen
dente. Dada em Lixboa aos dez dias do mez de setembro. EIRey nosso senhor o mandou por
guaspar velho seu portugal principal Rey darmas e cavaleiro professo do habito de santiago.
Diogo de Sam Romao a fez por francisco Nunez de pavía escriväo da cámara de sua Ma-
gestade. Anno do nascimento de nosso Senhor Jezus Christo de mil quinhentos oytenta e
oyto. E eu francisco nunes de Pavía a fiz escrever e soescrevi por especial provisäo de
sua Magestade = E Eu Christovào de benavente, mostré em artes, cavaleiro profíesso da
ordern e cavalaria de santiago e escrivao da Torre do tombo ha fiz escrever e sobescrevi
e neste registo asinou antonio de castilho guarda mor da Terre do tombo. Antonio de
Caetilho. Concertada — Christovao de Benavente.
E nao se dizia mais na dita carta, que vai aqui trasladada a pedimento do supplicante,
e Iba mandei dar nesta com o sello das Armas Reaes, a que se dará tanta fe, e cré
dito, como ao proprio livro de que foi extrahida, e vai com o mesmo concertada. Dada
nesta Corte muito nobre, e sempre leal Cidade de Lisboa, aos vinte e hum dias do mez
de Maio. El-Rey Nosso Senhor o Mandou pelo Visconde de Santarem, Conselheiro de Es
tado, Ministro, e Secretario de Estado dos Negocios Estrangeiros, Alcaide Mor de San
tarem, e de Almeirim, Donatario de Pontevel, Ereira, Lapa, e Fogaças de Dona Bellida
Gran-Cruz da ordern de Nossa Senbora da Conceiçào de Villa Vicoza, e da Real e Dis-
tincta Ordern Hespanhola de Carlos Terceiro, Commendador dos Fornos da Ordern de
DOCUMENTOS XLVII
Sao Thiago era Setubal, e da Ordern da Torre, e Espada, e Guarda Mor do Real Дг-
chivo da Torre do Tombo. Anno do Nascimento de Nosso Senhor Jezus Christo de mil
oito centos trinta e hum. Esta vai escrita em vinte nove laudas de papel. Antonio José
Rodrigues a fez. E eu Gaspar Feliciano de Moraes, do Conselho de sua Magestade, Es-
crivao do mesmo Real Archivo, a fiz escrever, e sobscrevi — Gaspar Feliciano do Monies.
Visconde de Santarem. gr. Logar do sello.
8340
SERIE DOS REIS DE ARMAS PORTUGAL
9. FRANCIsco GoNÇALVES CARRAsco. Acham-se brazões por elle passados até 1683.
16. º
JOAQUIM PEREIRA CARosso ...... Idem de de
tubro 29 1794.
de março de 1791 até 11 de ou
17.
MANUEL José GoNÇALVEs........ "…: # #……… de 1795 até 3 de
18. ANTONIO DA SILVA RoDRIGUEs ... "… # de julho de 1805 até 23 de agosto
19.
JosÉ THEoDoRo DE SEIXAs ...... "º. #" de 1811 até 3 de de
Sendo rei de armas India serviu interina
JosÉ DA CUNHA MADEIRA........ mente
de de rei de
dezembro de armas Portugal
1817 até 20 dedesde 23
outubro
de 1823.
22.
ANTONIO GOMES DA SILVA........ *** # *>" de 1831 até 16 de
23. MANUEL FRANCISCO DE FREITAS..
Idem de 11 de abril de 1853 até 6 de feve
reiro de 1856.
Alv. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Alvará
Br. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Brazão
Chanc............................... Chancellaria
I
2 AFFONSO DE PONTE
5. AfroNso CoRREIA, fidalgo da casa real, filho de Jorge Correia, neto de Pedro
Correia, que foi capitão da ilha Graciosa, bisneto de Gonçalo Correia, que foi do tronco
d’esta geração dos Correias; bem assim era filho de Leonor de Mello, neto de Gaspar
Dias de Ayres, e de D. Beatriz de Mello, bisneto de Vasco Martins de Mello, que foi fi
dalgo muito honrado e do tronco da geração dos Mellos, e irmão do conde D. Pedro Vaz
de Mello da Atalaya.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo esquartelado, o primeiro dos Correias, vermelho e uma aguia
de preto armada de prata, estendida, tendo nos peitos um escudo de oiro fretado de ver
melho de grossas cotiças; o segundo dos Mellos, vermelho e seis besantes de prata em
duas palas, entre uma dobre cruz e uma bordadura de oiro, e por diferença uma flor de
liz de prata; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e
por timbre a mesma aguia com uma correia no bico; com todas as honras de nobre e
fidalgo por descender da geração e linhagem dos Correias e Mellos. — Dada em Almei
rim a 23 de abril de 1544. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xLI, fl. 15.
6. AFFoNso DA CUNHA, fidalgo da casa real, morador em Coimbra, filho de João Lou
renço Coelho, que foi pagem do infante D. Pedro, neto de D. Guise, fidalgo francez, e da
parte de sua mãe era neto de Affonso Fernandes da Cunha, e todos foram fidalgos.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo esquartelado, o primeiro de oiro e um leão de purpura com
tres faxas exaquetadas do primeiro e de azul, e uma bordadura do mesmo, cheia de coe
lhos de prata malhados de preto, e o segundo de oiro com nove cunhas de azul em tres
palas e a seu direito, e por differença uma flôr de liz verde; elmo de prata aberto, pa
quife de oiro e purpura, e por timbre o mesmo leão; com todas as honras e privilegios
de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Cunhas e Coelhos.—Dada em Lis
boa a 12 de outubro de 1523. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. IV, fl. 1 v.
7. AFFONso GoNÇALVES DE FIGUEIREDo, escudeiro da casa do Cardeal infante, fi
lho natural de Pedro Borges, que foi fidalgo muito honrado, neto de D. Diogo Borges, ab
bade que foi do mosteiro de Refoios de Basto, e bisneto de D. Gonçalo Borges, os quaes
todos foram fidalgos muito honrados e do tronco da casa dos Borges.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo vermelho e um leão de oiro, e uma bordadura de azul semeada de
flores de liz de oiro, elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e verme
lho; e por timbre um meio leão com uma flor de liz sobre a cabeça, e por diferença um
filete preto em contrabanda; com todas as honras e privilegios de nobre e fidalgo por
descender da geração e linhagem dos Borges. — Dada em Evora a 20 de junho de 1545.
Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xxxv, fl. 76.
8. AFFONSO DE MIRA DE LA CORONA CARVALHO E SILVA, morador na villa do
Torrão, provedor-mór da Saude, e familiar do Santo Oficio, administrador do morgado
das Silvas, da villa de Alcaçova; filho de João de Mira Valadão e de sua mulher Maria
de la Corona Carreiro, neto paterno de Affonso de Mira Valadão; bisneto de João de Mira
Valadão, irmão de Gaspar da Silva, cidadão e fidalgo da cidade de Evora : neto materno
de Antonio Carreiro e de sua mulher Luiza de la Corona, bisneto de Paulo Carreiro, que
era filho de Pedro Carreiro, ambos com os foros de moços da camara e de cavalleiros.
As armas dos Silvas, Carreiros, Coronas, Miras, e Valadão. —Br. p. aos 21 de ja
neiro de 1752. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 28.
(C. C.)
9. AFFONso DE PoNTE MACIEL, beneficiado na ilha Terceira e ahi morador, filho de
AFFONSO VIEIRA 3
Gonçalo de Ponte Maciel e neto de Gonçalo Martins Maciel, quarto neto de João Maciel,
alcaide-mór que foi de Villa nova de Cerveira, e fidalgo muito honrado e do tronco d'esta
geraça0.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo partido em pala, a primeira de prata com duas flores de liz
de azul e a segunda de preto com meia aguia de vermelho armada de oiro, e por diffe
rença um trifolio de azul picado de oiro; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife
de prata e azul, e por timbre meia aguia de oiro dos peitos para cima estendida; com
todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Ma
cieis. — Dada em Lisboa a 10 de abril de 1540. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. L,
fl. 157 V.
de sua segunda mulher D. Isabel de Menezes, filha de Gonçalo Nunes Barreto de Mene
zes, alcaide-mór de Faro, e de sua mulher D. Isabel Pereira, filha de D. Diogo Pereira,
commendador-mór da ordem de Sant'Iago, e governador da casa do infante D. João, e de
sua mulher D. Mecia de Rezende, neta de outro Gonçalo Nunes Barreto, tambem alcaide
mór de Faro, do conselho do rei D. João I, fronteiro-mór do reino do Algarve, e senhor
do morgado da Quarteira, chefe da familia dos Barretos, de quem tambem são descenden
tes a sr.* condessa do Rio Grande, e os condes de Val de Reis, que hoje logram a sua
casa, e de sua mulher D. Ignez de Menezes, irmã da duqueza de Bragança D. Leonor de
Menezes, e da condessa de Villa-real D. Brites de Menezes, de quem procederam as ex
cellentissimas casas dos duques de Caminha, marquezes de Cascaes, e condes de Valladares,
todas tres filhas de D. Pedro de Menezes, um dos maiores senhores de Portugal, conde
de Vianna, alferes-mór do rei D. Duarte, capitão da cidade de Ceuta, sexto neto de Zoylo
(que outros nomeiam Azoil) Cardozo de Vasconcellos, senhor da casa, e honra de Cardozo,
e de sua segunda mulher D. Joanna de Moura, filha de Fernão Gaspar de Moura, alcaide
mór de Lamego, senhor dos coutos de Alvões, Ferreiras, Canellas e Cambres, e de sua
mulher Brites da Fonseca, filha de Affonso Vaz da Fonseca Coutinho, alcaide-mór das vil
las de Marialva e Moreira, filho de Vasco Fernandes Coutinho, senhor do couto de Leo
mil, de quem tambem descenderam os marquezes de Marialva, e os condes de Vianna,
Borba e Redondo, e por linhas femininas outras illustrissimas casas deste reino; setimo
neto de Luiz Vaz Cardozo de Vasconcellos, senhor da casa, honra e solar de Cardozo, e
de sua mulher D. Isabel Giraldes Frazão, filha de Giraldo Dias Frazão, chamado pela sua
grande prudencia o Machucho, filho de Diogo Gil Frazão, que tinha com seus irmãos co
medorias no mosteiro de Grijó, como descendente dos seus fundadores e padroeiros, neto
de Gil Martins Frazão, bisneto de Martim Frazão, terceiro neto de Garcia Pires Frazão,
que viveu no reinado do rei D. Affonso III, e era senhor da honra de Frazão, no concelho
de Refoios, do qual como solar da sua familia tomou o appelido; oitavo neto de Alvaro
Vasques Cardozo, senhor da casa e honra de Cardozo, vassallo do rei D. João I a quem
serviu, e de quem teve por mercê a quinta de Sant'Iago, no termo de Cea, e de sua mu
lher D. Maria Rodrigues de Vasconcellos, filha de Mem Rodrigues de Vasconcellos, alcaide
mór de Chaves conforme alguns escrevem, e segundo outros se chamou sua mulher Isa
bel Vaz de Castello-branco, filha de Martim Vaz de Castello-branco, alcaide-mór de Moura
e da Covilhã, fronteiro-mór da Beira, e poderá ser que fosse casado com ambas, mas
qualquer d’ellas era das primeiras qualidades do reino; nono neto de Vasco Lourenço
Cardozo, senhor da honra e casa de Cardozo, que tinha comedoria no mosteiro de Man
cellos no título dos cavalleiros, e foi alcaide-mór da villa de Trancoso, por mercê do rei
D. Afonso Iv; decimo neto de Lourenço Vasques Cardozo, que foi senhor da casa e honra
de Cardozo, reinando o rei D. Diniz; decimo primeiro neto de D. Vasco Hermiges, que
ficou herdado na quinta de Cardozo, e a teve por honra, e fez solar n’ella para os seus
descendentes que d’ella tomaram o appellido, e em alusão a ele as suas armas, o qual
D.Vasco era irmão de D. Afonso Hermiges, senhor da quinta do Amaral, chefe da fami
lia deste appellido, e de D. Payo Hermiges, senhor da quinta de Mattos, e progenitor da
linhagem deste nome, como consta das inquirições que mandou fazer das honras do reino
o rei D. Affonso III, nas quaes se lhes dá o titulo de Miles, que corresponde hoje ao de
fidalgo; decimo segundo neto de D. Hermigio Paes de Mattos, senhor das quintas de Mat
tos, Cardozo e Amaral que repartiu entre seus filhos, e tão devoto da religião dos cone
gos regrantes de Santa Cruz de Coimbra, que a sua instancia lhe deram carta de seu fa
miliar para poder lograr todas as indulgencias concedidas pelos summos pontifices aos
familiares dos mesmos conegos, e se faz memoria d'elle nos livros da Kalenda, e obitos
do dito mosteiro; decimo terceiro neto de D. Paulo Viegas que foi herdado por seu pae
no concelho de Aregas, onde elle fez a quinta chamada de Mattos, que consta de uma casa
de campo, e de um lagar, situado na freguezia de S. Cibram, na comarca de Lamego, o
qual D. Payo foi irmão de D. Vienda Viegas, mulher de D. Egas Gozendes, senhor do
ALEXANDRE JOSÉ 9
Carta pela qual el-rei D. Afonso v lhe concede e a seus descendentes o seguinte
brazão de armas: — Escudo em quarteirões, do qual o campo do primeiro quartel é de
celeste ou saphira a um pesante branco ou dargante, e no segundo quartel o campo
é de pesante em celle, e n'elle uma estrella de purpura ou amatista, sobre tudo uma cruz
de golas ou de rubi sobre uma ponta ondada do primeiro quartel, pelos seus serviços na
tomada de Alcacer, da villa de Arzilla e da cidade de Tanger aos mouros.—Dada em
Cintra a 8 de novembro de 1471. (M.N.) Reg. na Chanc. de D. Affonso v, liv. xxi, fl. 14,
e L. de Mist. III, fl. 12.
39. ALVARO BARRADAs, cavalleiro fidalgo da casa real, filho de Luiz Barradas.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo azul com uma cruz de prata fechada, e em cada um dos quatro
cantos do escudo cinco vieiras de vermelho, em aspa, riscadas de oiro, e por diferença
um crescente de oiro; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e azul,
e por timbre uma aspa de oiro esgualhada, com as cinco vieiras das armas penduradas
n’ella; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem
dos Barradas.—Dada em Evora a 31 de julho de 1537. Reg. na Chanc. de D. João III,
liv. XXIII, fl. 64 v.
41. ALVARO DE BRITo VIEIRA, morador em Faro, filho de Maria Vieira, neto de
Fernão Vieira, que foi fidalgo e do verdadeiro tronco d'esta geração.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo vermelho com seis vieiras de oiro perfiladas de preto em duas
palas, e por differença uma brica de arminhos, elmo de prata aberto guarnecido de oiro,
paquife de oiro e vermelho, e por timbre dois bordões vermelhos ferrados de oiro, em
aspa, com uma das vieiras das armas entre elles; com todas as honras e privilegios de
fidalgo por descender da geração e linhagem dos Vieiras.—Dada em Lisboa a 7 de se
tembro de 1557. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. v de privilegios, fl. 49.
12 ALVARO GONÇALVES
42. ALVAR o CARDoso, desembargador dos aggravos da Casa do civel, filho de Diogo
Cardoso, neto de Nuno Alvares Cardoso, que foi irmão de Luiz Vaz Cardoso, chefe e mor
gado d'esta geração.
Carta pela qual el-rei D. Sebastião lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo vermelho e dois cardos verdes, em pala, floridos e com as rai
zes de prata entre dois leões de oiro batalhantes, e por diferença uma merleta de prata;
elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, vermelho e prata, e por tim
bre uma cabeça de leão de oiro com um dos cardos saindo-lhe da boca; com todas as
honras de nobre fidalgo por descender da geração dos Cardosos.—Dada em Lisboa a 31
de janeiro de 1561. Reg. na Chanc. de D. Sebastião, liv. II, fl. 47.
(C. C.)
44. ALVARO DE CASTRO, morador em Lisboa, filho de Pedro de Castro.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo de prata com seis arruellas de azul em duas palas, e por diffe
rença uma flôr de liz verde, elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e
azul, e por timbre um leão de prata com seis arruellas de azul; com todas as honras e
privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Castros.—Dada em Lis
boa a 27 de fevereiro de 1529. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xvII, fl. 41 v.
45. ALVAR o Do Couto, cavallero fidalgo da casa real.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede e a seus descendentes o seguinte bra
zão de armas : — Escudo de campo vermelho com um castello de prata guarnecido de
preto, e as portas e frestas de verde, e o pé do escudo ondado de prata e azul, elmo de
prata cerrado guarnecido de oiro, paquife de prata e vermelho, e por timbre o mesmo
castello; com todas as honras e privilegios de fidalgo pelos valiosos serviços que prestou
contra os mouros, e por ter tomado uma grande nau de corsarios francezes sendo capitão
de uma caravella, etc. — Dada em Evora a 28 de março de 1536. (M.N.) Reg. na Chanc.
de D. João III, liv. XXII, fl. 85.
Carta pela qual el-rei D. Affonso V o armou cavalleiro e lhe concede e a seus des
cendentes o seguinte brazão de armas: — Escudo de campo de oiro com uma palma verde
com seu fructo, em cima d’ella uma estrella vermelha; pelos serviços que prestou em
Africa na tomada de Alcacer-ceguer. — Dada em Lisboa a 23 de junho de 1459. (M. N.)
Reg. na Chanc. de D. Affonso v, liv. IV de Mist., fl. 1.
48. ALVARO LoPEs, cavaleiro da ordem de S. Tiago e secretario da casa real. O pae
GT3 nºbre e tinha o seguinte brazão : — Um escudo de campo vermelho com cinco chaves
3/UICS *.
Carta por que el-rei D. Afonso V lhe concede e a seus descendentes o uso do appel
lido de Chaves, e o seguinte accrescentamento no brazão de seu pae : — No escudo das
ditas armas na cabeça d'elle um castello e um leão da propria feição e côres que as ar
mas reaes de Castella, pelos serviços por elle prestados nos reinos de Castella. —Dada
#" Touro a 4 de abril de 1477. (M. N.) Reg. na Chanc. de D. Affonso V, liv. II de Mist.,
. 57.
50. ALVARO DA MATTA LEITÃo, filho de Ruy Leitão da Fonseca, neto de Martim Gon
çalves da Fonseca e de Maria Leitoa, que foi fidalgo muito honrado e da casa do infante
D. Henrique e seu escrivão da puridade, procurador e contador-mór de todas as suas
terras, e foi do verdadeiro tronco e geração dos Affonsecas.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de armas de seus
antecessores : — Escudo de campo esquartelado; o primeiro dos Afonsecas de oiro com
1 Estas são as armas chamadas—Inquiridas.
14 ALVARO VELHO
cinco estrellas vermelhas de seis pernas, em aspa, e o segundo dos Leitões, de prata com
tres faxas de vermelho, elmo de prata aberto, guarnecido de oiro, paquife de ouro, ver
melho e prata, timbre um touro vermelho com os paus de oiro, e uma estrella de oiro
nas ancas; com todas as honras e privilegios de fidalgo, por descender da geração dos
Fonsecas e dos Leitões. — Dada em Lisboa a 8 de junho de 1538. Reg. na Chanc. de
D. João III, liv. XLIV, fl. 74 v.
Carta pela qual el-rei D. Manuel lhe concede e a seus descendentes o seguinte bra
zão de seus antecessores: — Escudo de campo azul e uma banda vermelha com tres flo
res de liz de oiro entre duas sereias da sua côr, com espelho e pente nas mãos; elmo de
prata aberto, timbre uma sereia das armas, paquife de oiro e azul; com todas as honras
de nobre e fidalgo, por descender da nobre linhagem e geração dos Ornellas. — Dada em
1513. Reg. na Chanc. de D. Manuel, liv. xI, fl. 43 v. e liv. VI de Mist. fl. 128.
53. ALVARO PIRES DE ARAUJo, fidalgo da casa real, filho de Francisco de Araujo,
neto de Pedro Gonçalves de Araujo, e bisneto de Pedro Annes de Araujo, vassallo e al
caide mór do castello de Lindoso, que foi fidalgo e do tronco d'esta geração.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concedeu o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo branco com uma aspa azul com cinco bezantes de oiro tam
bem em aspa, elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e azul, e por tim
bre meio mouro sem braços vestido de azul com um capellar de oiro; com todas as honras
e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Araujos. — Dada em
Evora a 16 de novembro de 1535. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. x, fl. 177 v.
54. ALVARO DA SILVEIRA, morador em Borba, filho de Francisco da Silveira e de Beatriz
da Silveira, e neto de João Alvares da Silveira, que foi fidalgo e do tronco d'esta geração.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo de prata com tres faxas de vermelho, e por diferença uma flor de liz
de azul com o pé de oiro, elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e
vermelho; e por timbre meio urso preto cortado em sangue sobre uma capella de silvas
florida de prata, com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da nobre li
nhagem dos Silveiras. — Dada em Evora a 23 de dezembro de 1534. Reg. na Chanc. de
D. João III, liv. x, fl. 26.
54. ALVARO VELHo, morador na Atalaia, filho de Nuno Velho, neto de Ruy Velho, de
Tancos, e bisneto de Alvaro Velho, que foi do tronco d'esta geração.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
ALEXANDRE JOSÉ 9
concelho de Bayam, de quem procédera os senhores de Azevedo e Mazarefes, os de S. Joâo
de reí, e o almirante do reino, hoje conde de Rezende; décimo quarto neto de D. Egas
Hermiges, chamado pelo seu grande esforço o Bravo, fundador do mosteiro de Freixo, e
de sua mulher D. Gontinha Eris, filha de D. Ero, conde de Lugo, que foi um dos maio-
res senhores do sen tempo ; décimo quinto neto de D. Hermigio Alboazar, e de sua mu
lher D. Dordia Osores, íilha de D. Osorio, conde de Cabreira e Ribeira, e da condessa
D. Sancha Moniz, flllia de D. Moninho Fernandes, senhor tía cidade de Touro, o qual era
fllho bastardo do rei D. Fernando i de Leâo, Castella, Galliza, chamado o Magno, e рае
do imperador, que tambem foi avô da rainha D. Tiiereza, mâe do grande e santo rei
D. Affonso Henriques ; décimo sexto neto de D. Antonio Ramires, a quem o vulgo cha-
mou D. Alboazar Ramires, que loi um principe mui valoróse, que nao so conquistou muita
parte da provincia do Mintió, e da de Traz-os-Montes, mas ainda d'áquem do Douro, e na
comarca de Lamego, S. Martinho, hincando de todas estas térras aos raouros que as do-
minavam, e de sua mulher D. Helena Ordonhes, íilha de D. Ordonho o cegó, infante de
Leáo, fundador da casa dos condes de Nava no principado das Asturias, e filho do rei
D. Fruela u de Leáo, e do mesmo D. Antonio Ramires procede tambem por varonía a
excellentissima casa dos marquezes de Tavora, e as de Alvor, e S. Vicente, e hoje a dos
condes de Villa-nova e outras, por linha feminina muitas; e finalmente décimo sétimo neto
de D. Ramiro u rei de Leáo e Galliza, e parte de Portugal, o qual era filho do rei D. Or
donho n, e descendente de urna serie de reis.
As armas dos Sousas, Cardozos, Menezes e Barretos. — Br. p. a 30 de agosto de
1754. Reg. no Gart, da N., liv. particular, fl. 77.
(C. C.)
30. ALEXANDRE JOSÉ MALHEIRO, capitâo de infantería auxiliar do terco da comarca
da Torre de Moncorvp, natural da freguezia de Santa Eugenia da mesma comarca, filho
de Luiz Alvares Malheiro, almoxarife da dita comarca, e capitâo reformado do dito terco,
e de sua mulher e prima D. Maria Josepha Joaquina, da casa da Ponte ; neto pela parte
paterna de Pedro Martins Malheiro, almoxarife da sobredita comarca, e de sua mulher
D. Maria Gonçalves da Cruz.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Malheiros, no segundo
as dos Guedes, no terceiro as dos Mesquitas, e no quarto as dos Araujos. — Br. p. a 5
de maio de 1788. Reg. no Cart, da N., liv. iv, fl. 56 v.
(C. C.)
31. ALEXANDRE JOSÉ DA SILVA DE ALMEIDA GAHHETT, natural da cidade do Porto,
cavalleiro professe na ordern de Christo, e sellador-mór da Alfandega da mesma cidade,
filho de Antonio Bernardo da Silva de Almeida Garrett, professo na ordern de Christo, e
sellador-mór da referida alfandega, e de sua mulher D. Anna Augusta Leitao da Silva
Garrett ; neto materno de José Bento Leitao, cavalleiro professo na ordern de Christo, e
deputado da illustrissima Junta da companhia dos vinhos do Alto-Douro, e de sua mulher
D. Maria do Nascimento de Almeida Leitáo. O supplicanle é sobrinho de D. Frei Alexandre
da Sagrada Familia, bispo de Malaca, e depois de Angra ; do arcediago Manuel Ignacio da
Silva de Almeida Garrett, e do conego Ignacio da Silva de Almeida Garrett, ambos d'esta
ultima Sé, por serem todos irmaos inlciros do referido seu рае, Antonio Bernardo da
Silva de Almeida Garrett, que é egualmente sobrinho do desembargador Joao Carlos Lei-
tao, provedor do Rio de S. Francisco, por ser este irmao inteiro da dita sua mae, D. Anna
Augusta Leitáo da Silva Garrett.
Um escudo esquartelado ; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Silvas, no se
gundo as dos Almeidas, e no terceiro as dos Leitöes. — Br. p. a 7 de Janeiro de 1825.
Reg. no Cart, da N., liv. VIH, fl. 126 v.
(C. C.)
10 D. ALONSO SANCHES
32. ALEXANDRE LUCIANO SCARES DE ALBERGARÍA TAVARES, natural rio logar de
Refoios, freguezia de Villa-cham, bispado de Aveiro, filho de Manuel Bernardo Soares de
Albergaria, monteiro-mór do concerno de Cambra e senhor da quinta de Refoios, e de
sua mulher D. Luiza Clara Soares de Albergaria; neto paterno do capitao-mór Alexandre
Bernardo Soares de Albergaria, e de Thereza, solteira; e neto materno do capitao Manuel
Soares Homem, e de sua mulher D. Maria lavares.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Soares de Albergaria, e na
segunda as dos lavares. — Br. p. a 10 de setembro de 1827. Reg. no Cart, da N.. liv. VIH,
fl. 207 v.
(C. C.)
33. ALEXANDRE MACHADO PAES DE ARAUJO GAYO, alferes de granadeiros de infan
tería do regimentó de Valença do Minho, filho de Belchior Machado Paes de Araujo Gayo,
e do D. Antonia Maria Gonçalves de Paiva; neto pela parte paterna de Diogo Paes de
Araujo, bisneto de Mathias Paes de Araujo; e pela materna neto de D. Anna Maria da
Silva Gayo, e bisneto de D. Filippa do Amaral e Figueiredo, todas pessoas distinctas pelos
seus ascendentes, que foram fidalgos da casa real, alcaides-móres e commendadores, des
cendentes das familias dos appcllidos de Machados, Paes, Araujos e Gayos d'esté reino, e
aparentados com os da provincia do Minho.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Machados, no segundo
as dos Paes, no terceiro as dos Araujos, e no quarto as dos Gayos. — Br. p. a 19 de no-
vembro de 1787. Reg. no Cart, da N., liv. rv, fl. 35.
(C. C.)
* 34. ALEXANDRE DE MESQUITA CARDOZO, alferes da ordenança da villa de Pernagoha,
capitanía de S. Paulo, natural da villa de Rio de Moinhos, comarca e bispado de Vizeu,
filho de Bernardo Cardozo de Almeida Amado, e de sua mulher D. Maria da Conceicáo
Coelho ; neto pela parte paterna de Manuel de Almeida Amado, e de sua mulher D. Ma-
rianna Cardozo, e pela materna de Bernardo Días Coelho, e de sua mulher D. Isabel Joáo.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Almeidas, no segundo as
dos Amados, no terceiro as dos Cardozos, e no quarto as dos Coelhos. — Br. p. a 16 de
setembro de 1789. Reg. no Cart, da N., liv. iv, fl. 124 v.
(C. C.)
35. ALEXANDRE THEOTOMO DE SOÜSA E MELLO, cavalleiro fidalgo da casa real,
sargento-mór do segundo regimentó da guarnicao da cidade da Bahia, filho do capitao
Ignacio Gomes de Sousa, cavalleiro fidalgo da casa real, e de D. Thereza Maria de Sousa
e Mello ; neto pela parte paterna de Pedro Gomes e de D. Luzia Fernandes, e pela ma
terna do capitao de mar e guerra Alvaro de Sousa, e de D. Jacinta Maria de Araujo.
Um escudo partido em pala : na primeira as armas dos Sousas, e na segunda as dos
Mellos. — Br. p. a 21 de Janeiro de 1790. Reg. no Cart, da N., liv. iv, fl. 145 v.
(C. C.)
36. ALEXANDRINO ANTONIO DE MELLO, barao do Cereal, commendador da ordern de
Christo, filho de Antonio Maria Gotero de Mello e de sua mulher D. Thomazia do Rosario
Pereira de Mello, neto paterno de Agostinho Gotero de Mello, e materno de José Francisco
Pereira, e de sua mulher D. Filippa Francisca Pereira.
Um escudo partido em pala ; na primeira as armas dos Mellos, e na segunda as dos
Pereiras. — Br. p. a 23 de agosto de 1853. Reg. no Cart, da N., liv. VIH, fl. 369.
(C. C.)
37. D. ALONSO SANCHES DELGADO TRIANNO, natural da cidade de Xerez de la
ALVARO DE BRITO 11
Frontera, reino de Andaluzia, dos dominios de Castella, fllho de D. Sebastiao Sanches
Delgado, e de sua mulher D. Isabel Trianno Camacho ; neto pela parte paterna de D. Pe
dro Sanches Delgado, e de sua mulher D. Agostinha Franco, prima co-irmâ de D. Pedro
de Roxas Calbaxe, vinte e quatro da mesma cidade, e filha de D. Pedro Garcia Valeste-
ros, e de sua mulher D. Maria de Roxas, esta filha de D. Jólo Dias Heredero e Cevada,
e de D. Anna de Roxas; bisneto de D. Sebastiáo Sanches Delgado, e de sua mulher
D. Mecia Ramos Delgado ; terceiro neto de D. Pedro Sanches, e de sua mulher D. Joanna
Delgado e Cevada, filha de Bartholomeu Delgado ; quarto neto de D. Francisco Sanches,
e de D. Isabel Fernandes.
Um escudo com as armas dos Sanches. — Br. p. a H de maio de 1775. Reg. no
Gart, da N.. liv. n, fl. 62.
(C. C.)
38. ALVARO AFFO.NSO FHADE, escudeiro, criado da casa real.
Carta pela qual el-rei D. Affonso v Ihe concede e a seus descendentes o seguinte
brazáo de armas : — Escudo em quarteiröes, do qual o campo do primeiro quartel é de
celeste ou saphira a um pesante branco ou dargante, e no segundo quartel o campo
é de pesante em celle, e n'elle urna estrella de purpura ou amatista, sobre tudo urna cruz
de golas ou de rubí sobre urna ponta ondada do primeiro quartel, pelos seus services na
tomada de Alcacer, da villa de Arzilla e da cidade de Tánger aos mouros. — Dada em
Cintra a 8 de novembre de 1471. (M. N.) Reg. na Chañe, de D. Affonso v, liv. xxi, fl. 14,
e L. de Mist, m, fl. 12.
39. ALVARO BARRADAS, cavalleiro fidalgo da casa real, filho de Luiz Barradas.
Carta pela qual el-rei D. Joâo m Ihe concede o seguinte brazáo de seus antecesso
res : — Escudo de campo azul com urna cruz de prata fechada, e em cada um dos quatro
cantos do escudo cinco vieiras de vermelho, em aspa, riscadas de oiro, e por differença
um crescente de oiro ; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e azul,
e por timbre urna aspa de oiro esgualhada, com as cinco vieiras das armas penduradas
n'ella; com todas as honras e privilegios de fldalgo por descender da geracáo e linhagem
dos Barradas. — Dada em Evora a 31 de julho de 1537. Reg. na Chañe, de D. Joao ni,
liv. xxiii, fl. 64 v.
40. ALVARO BOTELHO, fidalgo da casa real.
Carta pela qual el-rei D. Joâo m Ihe concede o seguinte brazáo de seus antecesso
res : — Escudo de campo esquartelado ; o primeiro de azul com urna banda de prata e
n'ella tres caldeiras de preto entre duas flores de liz de oiro, o segundo de oiro com qua
tro bandas de vermelho, e por differença urna merleta vermelha, elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de oiro e azul; e por timbre dois bracos vestidos de azul com
urna das caldeiras ñas maos; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender
da geracáo e linhagem dos Caldeiras por parte de seu рае, e dos Botemos por parte de
sua mâe. — Dada em Lisboa a 30 de outubro de 1532. Reg. na Chañe, de D. Joáo ni,
liv. xviii, fl. 106 v.
41. ALVARO DE BRITO VIEIRA, morador em Faro, filho de Maria Vieira, neto de
Fernáo Vieira, que foi fidalgo e do verdadeiro tronco d'esta geracáo.
Carta pela qual el-rei D. Joao ni Ihe concede o seguinte brazáo de seus antecesso
res : — Escudo de campo vermelho com seis vieiras de oiro perfiladas de preto em duas
palas, e por differença urna brica de armmhos, elmo de prata aberto guarnecido de oiro.
paquife de oiro e vermelho, e por timbre dois bordöes vermelhos ferrados de oiro, em
aspa, com urna das vieiras das armas entre elles; com todas as honras e privilegios de
fidalgo por descender da geracáo e linhagem dos Vieiras. — Dada em Lisboa a 7 de se-
tembro de 1557. Reg. na Chañe, de D. Joáo ni, liv. v de privilegios, fl. 49.
12 ALVARO GONÇALVES
42. ALVARO GARDOSO, desembargador dos aggraves da Casa do civel, filho de Diogo
Cardoso, neto de Ñuño Alvares Cardoso, que foi irmâo de Luiz Vaz Cardoso, chefe e mor-
gado d'esta geraçâo.
Carta pela qual el-rei D. Sebastiâo Ihe concede o seguinte brazâo de seus antecesso
res : — Escudo de campo vermelho e dois cardos verdes, era pala, floridos e com as rai-
zes de prata entre dois leöes de oiro bataillantes, e por differenca urna merleta de prata;
elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, vermelho e prata, e por tim
bre urna cabeça de leâo de oiro com um dos cardos saindo-lhe da boca; com todas as
honras de nobre fidalgo por descender da geraçâo dos Cardosos. — Dada em Lisboa a 31
de Janeiro de 156-1. Reg. na Chañe, de D. Sebastiâo, liv. 11, fl. 47.
43. ALVARO DE CARVALHO MATTOSO. cavalleiro professe na ordern de Christo, capi
tâo de granadeiros do regimentó de infantería paga da cidade de S. Paulo da Assumpçâo,
reino de Angola, filho de Pedro Mattoso de Andrade, capitüo-mór dos presidios de Am-
baça, Muxima, e da villa de Massagano, no dito reino, e de sua mulher fa. Anna Maria de
S. Miguel; neto pela parte paterna do coronel Francisco Mattoso de Andrade, cavalleiro da
ordern de Christo, e de sua mulher D. Josepha Maria de Lima Pinto Feyo, e pela materna
do capitâo de cavallos Alvaro de Carvalho e Menezes, e de D. Maria Bonine e Cerveira.
Escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Andrades, no segundo as
dos Limas, no terceiro as dos Menezes, e no quarto as dos Mendonças. — Br. p. a 2 de
novembre de 1781. Reg. no Gart, da N., liv. ш, fl. 30.
(С. С.)
44. ALVARO DE CASTRO, morador em Lisboa, filho de Pedro de Castro.
Carta pela quai el-rei D. Joâo m Ihe concede o seguinte brazâo de seus antecesso
res : — Escudo de campo de prata com seis armellas de azul em duas palas, e por diffé
rence urna flor de liz verde, elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e
azul, e por timbre um leâo de prata com seis arruellas de azul ; com todas as honras e
privilegios de fidalgo por descender da geraçâo e linhagem dos Castros. — Dada em Lis
boa a 27 de fevereiro de 1529. Reg. na Chañe, de D. Joâo m, liv. xvn, fl. 41 v.
45. ALVARO DO Соито, cavallero fidalgo da casa real.
Carta pela quai el-rei D. Joâo m Ihe concede e a seus descendentes o seguinte bra
zâo de armas : — Escudo de campo vermelho com um castello de prata guarnecido de
preto, e as portas e frestas de verde, e o pe do escudo ondado de prata e azul, elmo de
prata cerrado guarnecido de oiro, paquife de prata e vermelho, e por timbre o mesmo
castello ; com todas as honras e privilegios de fidalgo pelos valiosos services que prestou
contra os mouros, e por ter tomado urna grande ñau de corsarios francezes sendo capitâo
de urna caravella, etc. — Dada em Evora a 28 de marco de 153G. (M. N.) Reg. na Chañe,
de D. Joâo ш, liv. xxii, fl. 85.
46. ALVARO DE FIGUEIHEDO, morador em Coimbra, neto de Ruy Dias de Bivar.
Carta pela quai el-rei D. Joâo m Ihe concede o seguinte brazâo de armas de seus
antecessores : — Escudo de campo partido em faxa ; o primeiro partido em palas, a pri-
meira esquartelada de Castella e Leâo, a segunda de vermelho com quatro palas de oiro,
o segundo de vermelho com urna azinheira verde com as raizes de prata e um leâo de
oiro, e por differenca urna brica verde e n'ella um anel de prata, elmo de prata aberto,
paquife de oiro e vermelho, e por timbre o leâo de oiro ; com todas honras e privilegios
de fidalgo por descender da geraçâo e linhagem dos Bivares. — Dada em Lisboa a 29 de
maio de 1528. Reg. na Chañe, de D. Joâo ш, liv. xi, fl. 59 v.
47. ALVARO GONCALVES DE CACEHES, servidor da casa real e leitor das chronicas e
livros de Castella.
ALVARO DA MATTA 13
Carla pela qual el-reí D. Affonso v o armou cavalleiro e Ihe concede e a seus des-
cendenles o seguinle brazao de armas : — Escudo de campo de oiro com urna palma verde
com seu fructo, em cima d'ella urna estrella verraelha ; pelos services que preslou em
África na lomada de Alcacer-ceguer. — Dada em Lisboa a 23 de junho de 1459. (M. N.)
Reg. na Chañe, de D. Affonso v, liv. iv de Mist., fl. 1.
48. ALVARO LOPES, cavalleiro da ordern de S. Tiago e secretario da casa real. О рае
era nobre e tinha o seguinte brazao : — Um escudo de campo vermelho com cinco chaves
azues *.
Carta por que el-rei D. Affonso v Ihe concede e a seus descendenles o uso do appel-
lido de Chaves, e o seguinle accrescenlamenlo no brazao de seu рае : — No escudo das
dilas armas na cabeça d'elle um caslello e um leao da propria feiçâo e cores que as ar
mas reaes de Caslella, pelos services por elle prestados nos reinos de Castella. — Dada
em Touro a 4 de abril de 1477. (M. N.) Reg. na Chañe, de D. Affonso v, liv. u de Mist.,
fl. 57.
49. ALVARO MANUEL FREIRÉ ZUZARTE DE SOUSA, natural da villa de Ábranles, fi
lho primogénito do capitüo-mór das ordenancas da mesma villa, Rodrigo de Castro de
Sousa Freiré, irmáo de D. Frei Antonio de Castro, bispo de Malaca, e de sua mulher
D. Brites Temuda da Silveira. Neto pela parte paterna de Alvaro Freiré de Castro e
Sousa, filho do desembargador Ruy Dias de Castro, o qual por linha masculina descendía
dos Freires illustres d'estes reinos, que tiveram o senhorio da villa de Bobadella, e a
commenda hereditaria de Sousa, como lilho que era de Diego Freiré de Sousa. Neto de
Alvaro Gil Freiré de Sousa, bisneto de Affonso Freiré de Sousa, que era nelo de Joao
Freiré de Andrade, e de sua mulher D. Calharina de Sousa, filha de Martim Affonso de
Sousa, bem condecido nos nobiliarios, como progenilor de muita e grande lídalguia d'esté
reino, e o mesmo desembargador Ruy Dias de Caslro, bisavô do supplicanle pela linha de
sua mâe D. Brites de Castro, irmá do inquisidor Alvaro Soares de Castro, bispo eleito do
Brazil, se inot-trava que descenderá dos (lastros que foram alcaides-móres de Melgaco, de
que procederam os condes das Galvéas, e outras illustres casas actualmente exislenles,
por ser filha de Ruy Dias de Caslro e Freilas, nela de Alvaro Soares de Caslro, bisnela
de Chrislovao de Caslro e Araujo, terceira neta de Affonso de Castro, filho de Fernáo de
Caslro, alcaide-mór de Melgaco, e Castro-Laboreiro, irmáo de D. Joâo de Mello, arcebispo
de Evora : e pela parte materna se mostrava lambem que o supplicanle é neto de Manuel
Freiré de Mendonça Caldeira, que loi um dos mais ricos, nobres e distinctos morgados da
villa de Ábranles, com ascendencia dos ditos Freires, e dos Temudos, e Caldeiras da
mesma villa, e dos Zuzarles que foram alcaides-móres de Arraypllos, um dos quaes fora
Pedro Zuzarte seu sexto avo. Todos pessoas nobres das familias dos Sousas, Freires,
Caslros, e Ferreiras.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Sousas, no segundo as
dos Freires, no lerceiro as dos Castros, e no quarto as dos Ferreiras. — Br. p. a 23 de
julho de 1787. Reg. no Cari, da N., liv. iv, fl. 17.
CC. C.)
50. ALVARO DA MATTA LEITÁO, filho de Ruy Leiláo da Fonseca, nelo de Marlim Gon-
çalves da Fonseca e de Maria Leiloa, que foi fidalgo muilo honrado e da casa do infanle
D. Henrique e seu escriváo da puridade, procurador e conlador-mór de todas as suas
terras, e foi do verdadeiro tronco e geracáo dos Affonsecas.
Carta pela qual el-rei D. Joâo ni Ihe concede o seguinte brazao de armas de seus
antecessores : — Escudo de campo esquarlelado ; o primeiro dos Affonsecas de oiro com
1 Estas sao as armas chamadas — Inquiridas.
14 ALVARO VELHO
cinco estrellas vermelhas de seis pernas, em aspa, e o segundo dos Leitoes, de prata com
tres faxas de vermelho, elmo de prata aberto, guarnecido de oiro, paquife de ouro, ver-
melho e prata, timbre um touro vermelho com os paus de oiro, e urna estrella de oiro
ñas ancas; com todas as honras e privilegios de fidalgo, por descender da geraçâo dos
Fonsecas e dos Leitoes. — Dada em Lisboa a 8 de junho de 1538. Reg. na Chañe, de
D. Joao ni, liv. xuv, fl. 74 v.
51. ALVARO NUNES GUANTE, fidalgo.
Carta pela qual el-rei D. Joao ш Ihe concede o seguinte brazâo de seus antecessores :
— Escudo de campo esquartelado, o primeiro dos Guantes, de vermelho com dois guantes
de prata em pala e entre elles um arco lortisco verde com a corda de prata de redor tam-
bem em pala, o segundo dos Sardinhas, verde com um rio ondado, em banda, com cinco
sardinhas, e por differença urna moleta de oiro, elmo de prata aberto guarnecido de oiro,
paquife de prata e vermeiho, e por timbre um braco que sae do elmo vestido de verme
lho picado de oiro com o arco das armas na mâo ; com todas as honras e privilegios de
fidalgo, por descender por parte de sen рае dos Guantes, e por parte de sua mâe e avós
dos Sardinhas. — Dada em Lisboa a 24 de maio de 1529. Reg. na Chane, de D. Joao ni,
liv. xvii, fl. 70 v.
52. ALVARO DE ORNELLAS, morador na ilha da Madeira, filho de Lopo Esteves de
Ornellas que foi chefe d'esta linhagem, cujo рае e avós foram fidalgos, muito honrados e
ricos.
Carta pela qual el-rei D. Manuel Ihe concede e a seus descendentes o seguinte bra
zao de seus antecessores : — Escudo de campo azul e urna banda vermelha com tres flo
res de liz de oiro entre duas sereias da sua cor, com espelho e pente ñas mâos ; elmo de
prata aberto, timbre urna sereia das armas, paquife de oiro e azul; com todas as honras
de nobre e fidalgo, por descender da nobre linhagem e geraçâo dos Ornellas. — Dada em
1513. Reg. na Chañe, de D. Manuel, liv. xi, fl. 43 v. e liv. vi de Mist. fl. 128.
53. ALVARO PIRES DE ARAUJO, fidalgo da casa real, íilho de Francisco de Araujo,
neto de Pedro Gonçalves de Araujo, e bisneto de Pedro Annes de Araujo, vassallo e al
caide mor do castello de Lindoso, que foi fidalgo e do tronco d'esta geraçâo.
Carta pela qual el-rei D. Joao ni Ihe concedeu o seguinte brazâo de seus antecesso
res : — Escudo de campo branco cora urna aspa azul com cinco bezantes de oiro tam-
bem em aspa, elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e azul, e por tim
bre meio mouro sera bracos vestido de azul com um capellar de oiro; com todas as honras
e privilegios de fidalgo por descender da geraçâo e linhagem dos Araujos. — Dada em
Evora a 16 de novembre de 1535. Reg. na Chañe, de D. Joao ni, liv. x, fl. 177 v.
54. ALVARO DA SILVEIRA, morador em Borba, filho de Francisco da Silveira e de Beatriz
da Silveira, e neto de Joao Alvares da Silveira, que foi fidalgo e do tronco d'esta geraçâo.
Carta pela qual el-rei D. Joao m Ihe concede o seguinte brazâo de sens antecessores :
— Escudo de campo de prala com 1res faxas de vermelho, e por differença urna flor de liz
de azul com o pe de oiro, elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e
vermelho; e por timbre meio urso preto cortado em sangue sobre urna capella de silvas
florida de prata, com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da nobre li
nhagem dos Silveiras. — Dada em Evora a 23 de dezembro de 1534. Reg. na Chañe, de
D. Joao ni, liv. x, fl. 26.
54. ALVARO VELHO, morador na Atalaia, filho de Ñuño Velho,_neto de Ruy Velho, de
Táñeos, e bisneto de Alvaro Velho, que foi do tronco d'esta geraçâo.
Carta pela qual el-rei D. Joao ш Ihe concede o seguinle brazâo de seus antecessores :
AMANCIO THOMAZ 15
— Escudo de campo vermelho com cinco vieras de oiro, em aspa, com uma flor de liz
de prata por diferença, elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e ver
melho; e por timbre uma aspa vermelha e no meio d’ella uma vieira das armas, com to
das as honras e privilegios de fidalgo, por descender da geração e linhagem dos Velhos. —
Dada em Lisboa a 16 de agosto de 1530. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. LII, fl. 184 v.
56. AMADoR D'ALMEIDA, natural da ilha de S. Miguel, filho de Simão Lopes d'Al
meida, cavalleiro da ordem de Christo, fidalgo do tronco d'esta geração.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo vermelho com seis arruelas, entre uma dobre cruz e bordadura
de oiro, e por differença uma meia brica de prata com um — A — de verde, paquife de
oiro e de vermelho, e por timbre uma aguia de vermelho besentada de oiro sobre o elmo
de prata aberto guarnecido de oiro, com todas as honras e privilegios de fidalgo, por
descender da geração dos Almeidas.—Dada em Lisboa a 9 de abril de 1538. Reg. na
Chanc. de D. João III, liv. XLIV, fl. 46 v.
58. AMADoR PINTo, natural do concelho de Villa-marim, filho de Alvaro Pinto e neto
de João Martins Pinto e de Briatiz de Rabello, que foram fidalgos muito honrados, e do
tronco da geração dos Pintos e dos Rabellos.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de armas dos seus
antecessores: — Escudo de campo esquartelado; o primeiro de prata com cinco crescen
tes de vermelho em aspa, e assim o seu contrario; o segundo de azul com tres faxas de
oiro e em cada uma uma flor de liz vermelha em banda, e assim ao seu contrario, e por
diferença um quarto folio de azul picado de oiro, elmo de prata aberto guarnecido de
oiro, paquife de prata vermelho, oiro e azul; por timbre um leão pardo de prata com a
lingua e unhas vermelhas, com um dos crescentes na espadua, por descender da nobre
geração e linhagem dos Pintos e Rabellos. — Dada em Lisboa a 22 de janeiro de 1538.
Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XLIV, fl. 6.
59. AMANCIo THoMAZ DA CosTA SILVA REIS, natural da villa de Ançã, comarca de
Coimbra, filho de Thomaz dos Reis e Silva, capitão-mór da dita villa, e de sua mulher
D. Anna Maria Josepha da Costa Freire, neto pela parte paterna de Manuel dos Reis Si
mões e Lacerda, e de sua mulher D. Maria da Silva, e bisneto de João Francisco dos
Reis e Lacerda, e de sua mulher D. Benta Simões da Conceição; e pela parte materna
neto do Onofre da Costa, ouvidor da dita villa, e de sua mulher D. Maria da Nazareth,
e bisneto de João Freire, que teve o dito logar de ouvidor da referida villa, e de sua mu
lher D. Maria da Costa.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Lacerdas, no segundo as
dos Silvas, no terceiro as dos Freires, e no quarto as dos Costas. — Br. p. a 14 de se
tembro de 1787. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 26 v.
(C. C.)
le AMBBOSIO HENEIQÜES
60. AMANDIO JOSÉ DE OLIVEIRA PANTOJA (Capitáo), morador na cidade de Belem
do Grâo-Para, iilho de Manuel de Oliveira Pantoja, e de D. Thereza Maria de Athaide,
neto pela parte paterna de José de Oliveira Pantoja, e de D. Luiza Maria de Belencourt,
e por parte materna do sargento-mór Sebastiâo de Sousa, e de D. Thoniazia Mendes de
Sousa, filha de Pedro Mendes Thomaz, capitâo-mor, e governador que foi d'aquelle es
tado, e de sua mulher D. Maria; bisneto por parte paterna de Luiz de Oliveira Pantoja,
e de D. Catharina de Sequeira, e por parte materna de Antonio Ferreira Ribeiro, caval-
leiro professo na ordern de Christo, capitao-mór, e ouvidor gérai que foi da capitanía do
Para, e de D. Águeda Maria de Betencourt ; terceiro neto por parte paterna de Jeronymo
Fernandes de Oliveira Pantoja, e de D. Clara da Silva, e por parte materna de Feliciano
Correa, cavalleiro professo na ordern de Chri.-lo, e governador que foi do mesmo estado,
e de D. Maria Teixeira : quarto neto por parte paterna de Pedro de Villa-nova, physico-
mór que foi do senhor rei D. Joâo ni, (¡dalgo da casa real, e por parte materna de Pedro
Teixeira. moco fidalgo da casa real, capilao-mór e governador que foi do mesmo estado,
restaurador e descubridor d'elle até á cidade de Quito, e de Catharina de Betencourt :
sendo o mesmo supplicanie irmâo germano de Lourenço Antonio de Oliveira Pantoja, a
quem se passou brazâo de armas com as dos appellidos de Oliveiras e Pantojas, aos 27
dias do niez de novembre de 1797.
Um escudo partido cm pala ; na primeira as armas dos Oliveiras, e na segunda
as dos Pantojas. — Brazâo p. a 18 de Janeiro de 1799. Reg. no Cart, da N., liv. vi,
fl. 62.
(С. С.)
61. AMANTE FERIVANDES DE LORDELLO, morador na ilha da Madeira.
Carta pela qual el-rei D. Manuel Ihe concede e a seus descendentes o seguinte bra
zâo de seus antecessores: — Escudo de campo verde e urna banda de prata, e n'ella qua-
tro folhas vermelhas entre seis cordeiros do segundo, elmo de prata aberlo e por timbre
um cordeiro das armas com unía das qualro folhas na boca, paquife de prata e verde, e
por differença na ponta da banda urna merleta prêta; com todas as honras e privilegios
de üdalgo por descender da nobre geraçâo e linhagem dos de bordello. — Dada em 1514.
Reg. na Chañe, de D. Manuel, liv. xi, fl. 54, e liv. vi de Mist., fl. 129.
62. AMARO DE CARVALHO SALAZAR, natural da villa de Vimioso, filho de Francisco
Fernandes Salazar, e de sua mulher Thereza de Carvalho Quaresma, neto paterno de Ma
nuel de Salazar, e de sua mulher Maria Fernandes, neto materno de Affonso Fernandes,
e de sua mulher Filippa de Carvalho Quaresma.
As armas dos Salazares, e Carvalhos. — Br. p. a 5 de maio de 1753. Reg. no liv.
particular, fl. 55 v.
(C. C.)
63. AMBROSIO HENRIQUES (Capitâo), natural da freguezia de Santa Maria do Couto,
bispado de Orense, reino de Galliza, filho de D. Bento Lorem, e de sua mulher D. Paula
Henriques, sobrinho e legitimo herdeiro de D. Joâo e D. Rozendo, que do reino de Gal
liza se passaram para a cidade de Belem do Grao-Pará, e n'ella se estabeleceram com
tanta grandeza que chamando ao supplicante para a sua companhia, é hoje a sua casa
urna das mais opulentas e nobres d'aquelle estado, assim em bens como em qualidade,
porque os ditos seus lios foram íilhos de Ambrosio Henriques, e de sua mulher D. An
gela Gordoa, netos de D. Joâo Henriques, e de sua mulher D. Maria Cabrera, e bisnetos
de D. Miguel Henriques, e de sua mulher D. Filippa Peres Feyo, cujos ascendentes foram
tidos por fidalgos do appellido de Henriques.
Um escudo com as armas dos Henriques. — Br. p. a 30 de marco de 1789. Reg. no
Cart, da N., liv. iv, fl. 103.
ANDRÉ DE ALMEIDA 17
65. AMBRosio DE LANDIM, filho de André Dias, escrivão da Camara real e procura
dor dos Contos do reino.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo de prata e uma faxa de vermelho, e uma cabeça de leão em
cima do mesmo, e por diferença uma brica azul com uma flor de liz de oiro, elmo de
prata aberto guarnecido de oiro, paquífe de prata e vermelho, e por timbre uma cabeça
de leão entre duas azas de oiro; com todas as honras e privilegios de fidalgo por des
cender da geração e linhagem dos Landins. — Dada em Lisboa a 2 de maio de 1539.
Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xxvII, fl. 58.
66. AMBRos1o MENDEs NEGREIRos, morador na villa de Estremoz, filho de Ruy
Mendes Negreiros e de Guiomar de Villa-lobos de Sande, neto paterno de Christovão
Mendes de Negreiros, bisneto de Ruy Mendes de Negreiros; e neto materno de Guiomar
Lopes de Sande, bisneto de Luiz Lopes de Sande, os quaes todos foram fidalgos e da
geração dos Negreiros e Sandes. -
Carta pela qual el-rei D. Sebastião lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo esquartelado; o primeiro dos Negreiros, que trazem o campo
esquartelado o primeiro de oiro e azul de seis peças em pala, o segundo enxaquetado de
oiro e azul de seis peças em faxa, e assim os contrarios; o segundo dos Sandes, em campo
vermelho um leão de oiro rompente armado entre quatro flores de liz de oiro, postas
em cruz, e assim os contrarios, e por diferença um trifolio verde, elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de oiro, azul e vermelho, e por timbre um meio leopardo de
azul com tres palas de oiro sobre elle; com todas as honras de fidalgo por descender da
geração dos Negreiros e dos Sandes. —Dada em Lisboa a 15 de outubro de 1565. Reg.
na Chanc. de D. Sebastião, liv. IV, fi. 241.
67. ANA CLET o JosÉ DE MACEDo PoRTUGAL, bacharel formado na faculdade dos
sagrados canones, filho legitimo de Estevão de Macedo Portugal, natural da villa de Gui
marães, e de Florinda Maria do Nascimento e Almeida; neto pela parte paterna de Do
mingos Gomes de Macedo, e de sua mulher Domingas da Silva, filha de Domingos da
Silva, e de sua mulher Maria Antunes; e pela parte materna neto de André Pereira de
Almeida, e de sua mulher Michaela Maria, os quaes todos os ascendentes foram pessoas
nobres, e se trataram á lei da nobreza.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Macedos, no segundo as
dos Silvas, no terceiro as dos Almeidas, e no quarto as dos Macedos. —Br. p. a 30 de
janeiro de 1767. Reg, no Cart. da N., liv. I, fl. 45.
(C. C.)
neto de Antonio de Moraes Pimentel, irmão de Jayme de Moraes Pimentel, que foi avô
de Gregorio de Castro Moraes, general de batalha, governador das armas de Traz-os-Mon
tes, e commendador de S. Miguel de Bogalhal, e de sua mulher D. Isabel de Madureira,
filha herdeira de Alvaro Annes de Madureira, fidalgo de solar, senhor da casa de Parada,
e das jugadas e mais senhorios sobreditos, e de D. Branca de Sousa, neta paterna de
Luiz Annes de Madureira, fidalgo de solar, senhor da casa de Parada, e mais jugadas dos
ditos logares e senhorios referidos, e de D. Isabel de Barros, bisneta de Alvaro Annes
de Madureira, senhor de Villa-franca de Sesulfra, Val de Prados, Briloedo, Froeira,
Arufe, aldeia de Corda-real, e outras mais em Traz-os-Montes, fidalgo da casa do senhor
rei D. Affonso V (a quem serviu nas guerras do seu tempo, e acompanhou na batalha de
Touro, e na conquista de Africa foi este fidalgo o primeiro senhor das vódas ou jugadas
de Parada, Paredes, S. Pedro, Grijó, e Coelhoso, por bulla do papa Urbano VI expedida
no anno de 1417, com consentimento do arcebispo primaz D. Lourenço da Cunha, seu
primo co-irmão, a cuja mesa archiepiscopal pertenciam as ditas rendas, e foi esta casa de
Parada sempre tão attendida dos senhores reis d’este reino, como testemunham as ma
gnificas doações que lhe fizeram os senhores D. Diniz, D. Pedro I, D. João I, e D. Af
fonso V, como testemunham os instrumentos juridicos e authenticos que conservam os
interessados n’esta ascendencia, existem originaes na Torre do Tombo; sendo uma d’ellas
que os senhores d’ella pudessem levantar torres nos paços de sua residencia) e de sua
mulher D. Anna Fajardo, filha de D. João Fajardo, senhor de Carvajales, em Castella,
que depois foram marquezes de los Valles; quinto neto de Aleixo de Moraes Pimentel, fi
dalgo da casa do senhor rei D. João III, veador da senhora infanta D. Maria, commenda
dor na ordem de Christo, e padroeiro do capitulo do convento de S. Francisco de Bra
gança, o qual era irmão do secretario de estado Nuno Alvares Pereira de Moraes, pae de
Pedro Alvares Pereira, senhor de Serra-Leôa, que teve a mercê do titulo de conde de
Muje; o qual casando com D. Mexia de Faro foi pae de D. Francisco Pereira, bispo de Mi
randa e Lamego, e de D. Maria, mãe do grande Nuno Alvaro Botelho, governador da In
dia, de quem descendem os condes de S. Miguel, e de sua mulher D. Isabel Gomes de
Macedo, filha de Ruy Gomes Mascarenhas, commendador da commenda de S. Miguel de
Bambres, cuja egreja edificou, e de D. Anna de Macedo, neta de Affonso Gomes Masca
renhas, já acima mencionado; sexto neto de Pedro Alvares de Moraes Pimentel, padroeiro
do dito capitulo do convento de S. Francisco de Bragança, de cuja ascendencia trata o
Nobiliario de Affonso Lopes de Haro, na casa dos senhores da Serra-Leôa, e D. Maria
Pereira, filha de Gonçalo Vaz Guedes, terceiro senhor de Murça, e de D. Maria Pereira,
filha de Nuno Alvares Pereira, irmão de Ruy Vaz Pinto, senhor das villas de Ferreiros e
Tendaes; setimo neto de Alvaro Pires de Moraes Pimentel, padroeiro do referido capitulo,
e de D. Isabel de Valcaceres, irmã de D. Mayor de Valcaceres, mãe de D. Rodrigo Oso
rio, conde de Lemos, e filhas ambas de D. João Rodrigues de Valcaceres; oitavo neto de
Gil Affonso Pimentel, que voltando de Castella para Portugal com seu primo D. Affonso
Pimentel, conde de Benavente, que se retirava ás persecuções de D. Alvaro de Luna, ca
sou na cidade de Bragança, d’onde era oriundo, com sua prima D. Leonor de Moraes,
filha herdeira de Gonçalo Rodrigues de Moraes, oitavo padroeiro do referido capitulo, vas
sallo de el-rei D. Affonso V, e chefe d’esta familia dos Moraes, e de D. Maria de Sousa,
neta paterna de Rodrigo de Moraes, setimo padroeiro do dito capitulo, e de D. Leonor
de Tavora, bisneta de Gonçalo Rodrigues de Moraes, sexto padroeiro do mesmo capitulo,
e de Ginebra de Macedo, terceira neta de Martim Gonçalo de Moraes, quinto padroeiro
do referido capitulo, e de D. Lourença Pires de Tavora, filha de Lourenço Pires de Ta
vora, senhor da grande casa de Tavora, quarta neta de Gonçalo Rodrigues de Moraes,
quarto padroeiro do mesmo capitulo, e de Estephania Soares, paes tambem de Alda Gon
çalves de Moraes, mulher do segundo Lourenço Pires de Tavora, senhor d’esta casa,
quinta neta de Ruy Martins de Moraes, terceiro padroeiro do dito capitulo, alcaide-mór
de Bragança, senhor de Moraes e outras terras, e de sua segunda mulher Urraca Gonçal
ANDRÉ DA SILVEIRA 21
ves de Leiria, sexta neta de Martim Gonçalves de Moraes, segundo padroeiro da egreja
de S. Francisco, senhor de Moraes e outros logares, que viveu no tempo dos senhores
reis D. Sancho, o Capello, с D. Affonso in a quem fez grandes services, e de sua mulher
Elvira Pires, sétima neta de Gonçalo Rodrigues de Moraes, que viveu em Bragança, pelos
annos de 1210 a 1217, e foi о que doou ao patriarcha S. Francisco a sua ermida de
Santa Catharina e cerca em que o mesmo santo fundou o seu convento, que é o primeiro
que houve em Portugal d'esta ordern, como attesta o cardeal Gonzaga na Historia Sera-
phica, e o padre mestre Esperança na Historia da provincia de Portugal, primeira parte,
no convento de Braganoa ; nono neto de Joao Affonso Pimentel, que passou para Castella
com seu lio Joao Affonso Pimentel, primeiro conde de Benavente, e la casou com D. The-
reza Pacheco, filha de Serralvo, que depois foram marquezes e grandes ; décimo neto de
Martim Affonso Pimentel, que era irmao de Affonso Pimentel, senhor de Bragança, Vi-
nhaes e Outeiro, passando para Castella foi là o primeiro conde de Benavente, e de
D. Ignez de Mello, filha de Vasco Martins de Mello, senhor da Castanheira, Povos e Che-
leiros, alcaide-mór de Evora ; décimo primeiro neto de Joao Affonso Pimentel, commen-
dador-mór de Sanl'Iago, e de D. Lourença da Fonseca; décimo segundo neto de Joao
Affonso l'imentel, e D. Constança Rodrigues de Mello, filha de Ruy Martins de Moraes,
terceiro padroeiro da egreja de S. Francisco, alcaide-mór de Bragança, e senhor do solar
de Moraes; décimo terceiro neto de D. Affonso Vasques Pimentel, rico homem, e de
D. Sancha Fernandos de Maceira ; décimo quarto neto de Vasco Martins Pimentel, que foi
avô materno do arcebispo primaz D. Gonçalo Pereira, e de D. Maria Annes de Fornellos ;
décimo quinto neto de Martim Fernandos Pimentel, senhor da quinta e honra da Torre.
As armas dos Moraes, e Madureiras. — Br. p. a 9 de julho de 1755. Reg. no Cart,
da N., liv. particular, fl. 87 v. .
(C. C.)
70. ANDRÉ SOARES DE PAIVA CORONEL, morador em Lisboa, fllho de Manuel Soa-
res Coronel e neto de Diogo de Lisboa Coronel e de Antonia Saraiva, e neto pela parte
materna de Francisco Nunes e Beatriz Gomes.
Carla pela qual el-re¡ D. JoSo iv Ihe concedeu o seguinte brazao de seus antecesso
res : — Escudo de campo azul com cinco aguias de oiro estendidas postas em santor e a
do meio coroada de oiro, elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife dos metaes e
cores das armas; e por timbre a mesma aguia de oiro coroada, e por difference um trifo
lio de prata ; com todas as honras e privilegios de fldalgo, por descender da geraclo dos
Coronéis. — Dada em Lisboa a 3 de agosto de 1644. Reg. na Chañe, d'el-rei D. Joao iv,
liv. xviii, fl. 64 v.
77. ANDRÉ DE QUADROS, provedor das vallas e das lezirias e paúes, commendador
da ordern e cavallaria de nosso senhor Jesus Christo, fllho de Ayres Gomes de Quadros,
neto de outn) Ayres Gomes de Quadros, bisneto de Affonso de Quadros, que era her-
deiro de urna das quatro alcaidarias mores de Sevilha ; bem assim o dito André de Qua
dros era neto de Beatriz Gil Bárrelo, bisneto de André Gil Bárrelo do Ironco da linhagem
dos Bárrelos.
Carla pela qual el-rei D. Joao ni Ihe concede o seguinte brazäo de seus antecessores :
— Escudo de campo esquarlelado; o primeiro dos Quadros, que é enxaquelado de prata e
azul, o segundo dos Barretos que é arminhado, clmo de prala aberlo guarnecido de oiro,
paquife de prala, azul e de arminho, e por timbre meio leao de azul tendo na máo um
xadrez das mesmas armas ; com todas as honras e privilegios de fldalgo por descender
da geraçâo e linhagem dos Quadros e Barretos.— Dada em Lisboa a 11 de julho de 1541.
Reg. na Chañe, de D. Joâo m, liv. xxxiv, fl. 43 v.
78. ANDRÉ DA SILVEIRA DO Pó, cavalleiro üdalgo da casa real, tilho de Christovao
22 ANNA AVELINA
Alvares do Pó, e neto de Gil Alvares do Pó, o qual foi neto de João Annes do Pó, que foi
fidalgo e muito honrado alcaide-mór de Obidos, e chefe d’esta geração.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo de prata com um leão de purpura com o rabo entre as pernas aga
chado para assaltar, e uma bordadura vermelha com oito aspas de prata, elmo de prata
aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e purpura, e por timbre o mesmo leão; com
todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos do Pó.
—Dada em Setubal a 11 de abril de 1532. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xvIII, fl. 19 v.
79. ANDRÉ SILVERIo RosA, cavalleiro professo na ordem de Christo, e tenente coro
nel do segundo regimento de milicias do termo de Lisboa, filho de João Gomes Silverio
Rosa e de D. Bernarda Thereza Joaquina Rosa, neto paterno de José Barbosa Rosa e de
D. Maria Gomes Rosa, e materno de Antonio Silverio Gonçalves e de D. Thereza Mauricia.
Escudo com as armas dos Gomes. — Br. p. a 27 de julho de 1816. Reg. no Cart.
da N., liv. VII, fl. 350 v.
(C. C.)
80. D. ANGELA CADENA DE VILLAsANTE, irmã de Gregorio Cadena Bandeira de
Mello, filha de Pero de Cadena, moço fidalgo, e de Brites Bandeira de Mello, neta materna
de Filippe Bandeira de Mello, bisneta de Sebastião Pires de Louredo e de Brites Bandeira de
Mello; trineta de João Rodrigues Malheiro de Mello e de Filippe Bandeira; quarta neta
de Gonçalo Pires Bandeira, o primeiro d'este appellido, o qual João Rodrigues Malheiro
de Mello foi filho de João Malheiro de Ponte de Lima e de Guiomar de Mello, que foi fi
lha de Fernão de Mello, filho de D. Rodrigo de Mello, outro sim filho de D. Lionel de
Lima, setimo avô da dita D. Angela Cadena de Villasante, e que foi o primeiro visconde de
Villa-nova da Cerveira, e era casado com D. Filippa da Cunha filha de Alvaro da Cunha,
senhor de Pombeiro, e de D. Brites de Mello, que era filha de Martim Afonso de Mello.
Carta pela qual el-rei D. Filippe III lhe concede e a seus descendentes o seguinte
brazão de seus antecessores : — Escudo de campo esquartelado; o primeiro dos Bandei
ras de vermelho com uma bandeira quadrada de prata com a haste e franja de oiro, car
regada de um leão de purpura rompente armado de vermelho; o segundo dos Mellos, de
vermelho e seis besantes de prata entre uma dobre cruz e bordadura de oiro; o terceiro
dos Limas, um escudo partido em tres palas a primeira de Aragão e as outras duas es
quarteladas dos Silvas e Souto-maior; o quarto dos Cunhas, de oiro com nove cunhas de
azul formadas em tres palas, e por diferença uma brica com seu coxim, por timbre o leão da
bandeira, elmo de prata aberto guarnecido de oiro, e o paquife dos metaes e côres das ar
mas; com todas as honras e privilegios de fidalgo, por descender das ditas gerações. —
Dada em Lisboa a 16 de junho de 1633. Reg. na Chanc. de D. Filippe III, liv. I, fl. 306.
81. ANGELo RoDRIGUEs, cavaleiro professo na ordem de Christo, filho de José Ro
drigues Frade e de sua mulher D. Thereza de Jesus do Sacramento, neto paterno de An
tonio Rodrigues Frade e de sua mulher D. Paula Maria, e materno de Miguel de Sousa
Rego e de sua mulher D. Antonia do Sacramento.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Frades, e na segunda as dos
Regos. — Br. p. a 12 de setembro de 1817. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 385 v.
(C. C.)
82. D. ANNA AvELINA PINTo LEÃO DE CARVALHo PEREIRA, filha de José Pinto
Leão de Carvalho Pereira, a quem se passou brazão de armas a 25 de agosto de 1806, e
de sua mulher D. Anna Avelina Pinto Leão de Carvalho Pereira, neto paterno de João Pinto
Leão Rodrigues de Carvalho e de sua mulher D. Francisca Pinto Pereira de Carvalho; bis
neto pelo mesmo lado de Leão Rodrigues Pinto de Carvalho e de sua mulher D. Jeronyma
ANNA JULIA 23
Teixeira Pinto, neto materno de Manuel Teixeira e de sua mulher D. Francisca Teixeira.
Urna lisonja partida em pala, a primeira de prata lisa, a segunda esquartelada ; no
primeiro quartel as armas dos Leöes, no segundo as dos Pintos, no terceiro as dos Pe-
reiras, e no quarto as dos Teixeiras. — Br. p. a 23 de junho de 1807. Reg. no Gart, da
N.. liv. vu, fl. 189 v.
(C. G.)
83. D. ANNA DE CASTELLO-BRANCO, irmâ de Manuel de Figueiroa de Castello-branco,
fllha do doutor Pedro de Mendanha Figueiroa, e de Leonor Moreira de Castello-branco;
neta paterna de Simäo de Figueiroa, e de Branca Mendanha ; bisneta de Galaor de Men
danha, alcaide-mór de Castro-minho, no reino de Castella a velha, e de D. Ignez de Be-
nevides, todos fldalgos : neta materna de Simäo de Seixas, e de Anna Moreira de Cas
tello-branco ; bisneta de Henrique de Seixas, e trésnela de Fernam de Seixas, do verdadeiro
tronco da geracáo dos Seixas.
Carta pela qual el-rei D. Filippe ni Ihe concede o seguinte brazao de seus antecesso
res : — Escudo de campo partido em pala ; a primeira dos Mendanhas de campo azul com
urna cota de armas de prata, passada com tres settas com os cabos e hastes vermelhas,
e as pennas de oiro gotadas de sangue ; a segunda dos Seixas de verde com cinco seixas
de prata, em aspa, armadas de vermelho, voando, tendo a mais alta e a mais baixa de
conlra-banda, por timbre as tres settas das armas postas em roquete, atadas com um tro-
çal de prata, elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquiíe dos metaes e cores das
armas ; com todas as honras e privilegios de fidalga por descender da geracáo dos Men
danhas e dos Seixas. —Dada em Lisboa a 6 de agosto de 1630. Reg. na Chañe, de
D. Filippe ni, liv. u, fl. 149.
84. D. ANNA CONSTANCA MABINHO E CASTRO, natural da Bahia de todos os San
tos, filha de Antonio Cardoso dos Santos, professo na ordern de Christo, coronel de infan
tería auxiliar, thesoureiro-mór da bulla da Santa Cruzada, deputado e thesoureiro geral da
Junta da real fazenda, e de sua mulher D. Anna Joaquina de S. Miguel Cardoso; neta
pela parte paterna de Pedro Domingues, e de sua mulher D. Antonia Francisca, e pela
materna do mestre de campo Francisco Barbosa Marinho e Castro, e de sua mulher
D. Anna Quiteria do Nascimento.
Um escudo em lisonja partido em pala, a primeira de prata lisa, e a segunda esquar
telada ; no primeiro quartel as armas dos Cardosos, no segundo as dos Barbosas, no ter
ceiro as dos Marinhos, e no quarto as dos Castros. — Br. p. a 20 de junho de 1790.
Reg. no Cart, da N., liv. iv, fl. 172.
(C. C.)
85. D. ANNA JULIA HYPPOLITA LIMPO PIMENTEL, casada com seu párente o te-
nente coronel Joaquim Anacleto Rosado Alvares Esquivel de Logronho, ambos naturaes
da villa de Mouráo, fllha de Antonio José Sancas Limpo Pimentel, tenente de granadeiros
do regimentó de Serpa, e de sua mulher e prima D. Joaquina Gertrudes Limpo Pimen
tel; neta paterna do capitâo Sebastiâo Gonçalves Mendes Salvado, e de sua mulher e
prima D. Maria das Candeas Mendes Pimenta, filha de Lopo Mendes Sancas ; bisneta de
Belchior Mendes Pimenta Limpo, e de sua mulher e sobrinha D. Maria Pimenta Limpo;
terceira neta de Antonio Mendes Pimenta Limpo, e de sua mulher e prima D. Isabel
Mendes Pimenta, filha do valoróse capitao-mór Martim Carrasco Pimenta, descendendo
egualmente do patriarcha Affonso Mendes Sancas ; neta materna de Jólo Limpo Pimentel,
cavalleiro da ordern de Christo, e de sua mulher e prima D. Thereza Bernarda Machado
de Brito, a quai foi neta paterna do tenente general commendador Pedro Machado de
Brito, fidalgo da casa real, e materna de Manuel da Rosa de Azevedo, commendador da
ordern de S. Tiago da Espada, bisneta de André Limpo de Oliveira, e de sua mulher e
24 ANTÃO NUNES
prima D. Ignacia Juliana Pimentel, neta de Jeronymo Pimentel, fidalgo cavalleiro da casa
real; terceira neta de Diogo de Oliveira Limpo, que foi neto de Alvaro Limpo, fidalgo da
casa real, e de sua mulher e prima D. Leonor Alvares Pimentel, filha de Domingos de
Paiva, tambem fidalgo da casa real; sendo a mesma supplicante irmã legitima do desem
bargador João Limpo Pimentel, cavalleiro da ordem de Christo, prelado domestico de Sua
Santidade, ministro do Santo Oficio, prior de S. Pedro da cidade de Evora, provisor e
vigario geral do isento de Montouto da sagrada ordem de Malta, a quem se passou bra
zão de armas a 26 de março do corrente anno.
Um escudo em lisonja partido em pala, a primeira de prata lisa, a segunda esquar
telada; no primeiro quartel as armas dos Mendes, no segundo as dos Pimentas, no ter
ceiro as dos Limpos, e no quarto as dos Pimenteis. — Br. p. a 5 de agosto de 1817.
Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 383 v.
(C. C.)
88. ANTÃO BARBosA DA CUNHA, filho de Alvaro Barbosa e de Clara Ferreira, que fo
ram fidalgos muito honrados, e do tronco d'esta geração dos Barbosas, e bem assim Clara
Ferreira foi do tronco dos Ferreiras.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de armas de seus
antecessores : — Escudo de campo esquartelado ao primeiro de prata com uma banda
azul, e n’ella tres crescentes de oiro entre dois leões de vermelho pegando na banda, e ao
segundo de vermelho cem tres faxas de oiro, e por differença uma flor de liz de prata,
elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata, azul, oiro e vermelho, e por
timbre um dos leões; com todas as honras e privilegios dos fidalgos da antiga geração,
por descender da nobre linhagem dos Barbosas e Ferreiras. — Dada em Evora a 12 de
março de 1535. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. x, fl. 74 v.
89. ANTÃO NUNEs DE ABREU, natural de Portel, filho de Manuel Nunes Chanoquo,
cavaleiro da casa real, e de Isabel do Rego; neto de Ruy Collaço do Rego, que foi do
tronco d'esta geração dos do Rego, e fidalgo muito honrado, e de Briolanja Gomes de
Abreu, que foi filha de Garcia Gomes de Abreu, que foi bisavô do dito Antão, e era fi
dalgo e do tronco da linhagem dos de Abreu.
ANTONIO ALBERTO 25
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo esquartelado; ao primeiro de verde e uma banda ondada de
prata e n’ella tres vieiras de oiro riscadas de preto e perfiladas de azul; ao segundo de
vermelho e cinco cotos de oiro em aspa, e por differença uma brica de prata e n’ella uma
de preto, elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, verde e vermelho,
e por timbre um dos cotos; com todas as honras de fidalgo por descender da nobre li
nhagem dos Regos e Abreus. — Dada em Eovora a 28 de agosto de 1535. Reg. na
Chanc. de D. João III, liv, x, fl. 136. -
90. ANTÃo Do REGo, cavaleiro da ordem de Christo, morador em Elvas, filho de Bar
tholomeu Dias Freire e de Maria do Rego; neto de João do Rego, fidalgo muito honrado
e do tronco da geração dos do Rego.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de armas de seus an
tecessores : — Escudo de campo verde com uma banda ondada de prata e n’ella tres
vieiras de oiro riscadas de preto e perfiladas de azul, e por diferença uma brica de ver
melho e n’ella um — A — de oiro, elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de
oiro e verde, e por timbre uma vieira de oiro entre dois penachos de verde; com todas
as honras de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Regos.—Dada em Evora
a 7 de abril de 1536. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XXII, fl. 152.
91. D. ANToNIA JosEPHA PAULA MALPICA BAHAMoNDE, natural da cidade de Ba
dajoz, reino de Castella, casada com o bacharel Guilherme Antonio Apolinario Anderson,
juiz de fora da cidade de Beja, moradores na villa de Moura; filha de D. João Domingues
Malpica e de D. Thereza Amador; neta pela parte materna de D. Alonso Sanches Amador
e de D. Maria Grian Bahamonde.
Uma lisonja partida em pala; na primeira as armas de Anderson, que pertencem a seu
marido; na segunda as armas de Bahamonde que lhe pertencem por seus ascendentes.—
Br. p. a 3 de fevereiro de 1779. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 176.
(C. C.)
Alverca ; quarto neto de Jeronymo de Brito Caldeira, ñdalgo da casa real, e de sua mu-
Iher D. Catharina de Magalhaes Perdigâo : e pela parte paterna se mostrava que é neto de
Simâo Antunes de Andrade e de sua mulher D. Anna Maria Cardoso de Andrade, neta
paterna de Joâo Anlunes da Costa Homem e de sua mulher D. Maria da Costa e Andrade,
e materna de Gregorio Bernardes de Andrade, fidalgo da casa real, cavalleiro professo na
ordern de Christo, capitâo mor de Loures, e de sua mulher D. Catharina Homem de Sousa.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Perdigues ; no segundo
as dos Oliveiras; no terceiro as dos Andrades, e no quarto as dos Caldeiras. — Br. p. a
13 de junho de 1790. Reg. no Cart, da N., liv. iv, П. 170.
(С. С.)
94. ANTONIO ALEXANDRE BARBOSA DE AZEVEDO, da freguezia de S. Felix de Can-
demil, termo de Villa-nova da Cerveira, filho do capitâo Francisco José de Azevedo e de
D. Maria Barbosa da Silva ; neto pela parte paterna de Francisco Affonso Nogueira de Aze
vedo e de D. Maria de Azevedo, e pela parte materna de Alexandre Rodrigues e de D.Ven
tura Barbosa da Silva.
Um escudo com as armas dos Azevedos. — Br. p. a 11 de maio de 1784. Reg. no
Cart, da N., liv. ш, fl. 132.
(C. C.)
95. ANTONIO DE ALMEIDA, licenceado, morador na villa de Trancoso, filho de Ruy Lo
pes de Almeida, bisneto de Ruy Lopes de Almeida, que foi fldalgo de solar conhecido e
do tronco d'esta geracao.
Carta pela qual el-rei D. Joâo ni Ihe concede o seguinte brazáo de seus antecessores :
— Escudo de campo vermelho e seis ármelas entre urna dobre cruz e urna bordadura de
oiro, e por differença urna flor de liz metade de prata e metade verde, elmo de prata
aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e por timbre urna aguia vermelha
besantada de oiro ; com todas as honras de nobre fidalgo por descender da geraçâo e li-
nhagem dos Almeidas. — Dada em Evora a 1 de outubro de 1533. Reg. na Chañe, de
D. Joâo ni, liv. XLVI, fl. 72 v.
96. ANTONIO DE ALMEIDA CALDAS DE MORAES E ANDRADE (Doutor), cavalleiro
professo na ordern de Christo, lente da faculdade de medicina na Universidade de Cpim-
bra, deputado physico-mór do exercito com a graduaçâo de léñente coronel, filho primo
génito de Antonio de Almeida de Moraes, e de sua mulher D. Branca Luiza de Andrade;
neto pela parte paterna de Silvestre Rodrigues das Neves Almeida Moraes, e de D. Brites
Josepha Caldas; e pela parte materna de Antonio de Campos Lopes Henriques, e de
D. Violante Luiza de Andrade.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Almeidas, no segundo as
dos Moraes, no terceiro as dos Caldas, e no quarto as dos Andrades. — Br. p. a 12 de
dezembro de 1818. Reg. no Cart, da N., liv. vni, fl. 22.
(C. C.)
97. ANTONIO DE ALMEIDA CAMPOS, natural da cidade do Porto, commendador da
ordern de Christo, cavalleiro da ordern da Torre e Espada, e cónsul geral de Portugal em
Liverpool; filho de Antonio José de Almeida Campos, e de sua mulher D. Anna Joaquina
Campos; neto paterno de Joâo de Almeida, e de sua mulher D. Luiza Maria da Costa
Campos, e materno de Manuel Antonio Fernandes, e de sua mulher D. Joaquina Femandes.
Um escudo esquartelado ; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Almeidas, no
segundo as dos Campos, e no terceiro as dos Fernandes. — Br. p. a 22 de junho de 1855.
Reg. no Cart, da N., liv. ix, fl. 2.
(C. C.)
ANTONIO ANICETO 27
114. ANToN1o BERNARDo DA FoNs EcA MoNIz, presbytero secular, natural da villa
de Moncorvo, bacharel na faculdade de leis pela universidade de Coimbra, cavalleiro pro
fesso na ordem de Christo, arcediago de Neiva, abbade de Santa Eulalia de Beiriz, desem
bargador da Relação metropolitana de Braga, e secretario do reverendo arcebispo da mesma
diocese primaz das Hespanhas, filho do bacharel Francisco José Nunes da Fonseca Moniz
e de sua mulher D. Maria de Madureira Ferreira de Castro; neto paterno do bacharel
José Nunes da Fonseca Moniz e de sua mulher D. Rosalia Maria Rita da Assumpção Tor
res, e materno de João de Torres Portocarrero e de sua mulher D. Luiza Ferreira de Castro.
Um escudo ovado e esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Fonsecas; no
segundo as dos Monizes; no terceiro as dos Ferreiras, e no quarto as dos Castros. — Br.
p. a 19 de abril de 1826. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 200.
(C. C.)
ferida D. Joanna Cypriana de Miranda Henriques, avó do supplicante e filha de Luiz Lobo
de Albertin, fidalgo da casa real, professo na ordem de Christo, e de sua mulher D. Vio
lante de Miranda Henriques, neta por parte paterna de Pedro Lelon de Lence, fidalgo de
Anvers, professo na ordem de Christo e mestre de campo de infanteria do terço de Olinda,
e de sua mulher D. Joanna de Albertin, e por parte materna neta de João Valsien, fidalgo
alemão, e de sua mulher D. Antouia de Miranda Henriques, filha de Henrique Henriques
de Miranda, tenente general de artilharia do reino e provedor dos armazens, irmão de
D. Frei Aleixo de Miranda Henriques, bispo de Miranda, e depois do Porto.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Bandeiras, no segundo
as dos Mellos, no terceiro as dos Limas, e no quarto as dos Cunhas. — Br. p. a 20 de
junho de 1797. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 193 v.
(C. C.)
121. ANToNIo BoTTo MACHADo, natural de Villa-cova da Coelheira, termo da villa
de Cêa, filho de Jorge Botto Machado; neto do capitão Antonio Botto Machado; bisneto
de outro Jorge Botto Machado; terceiro neto de Antonio Botto Machado; quarto neto de
Jorge Botto; quinto neto de Diniz Botto, commendador que foi na ordem de Christo na
villa de Manteigas, descendentes todos de Martim Esteves Botto, a quem o senhor rei
D. Affonso V fez fidalgo, e deu armas de nobreza por carta passada em Santarem no 1.°
de Abril de 1462 em attenção ás grandes proezas que fez em Africa.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Bottos, na segunda
# # Machados. — Br. p. a 13 de janeiro de 1780. Reg. no Cart. da N., liv. II,
. 219 V.
(C. C.)
fc
ANTONIO CORREIA 37
142. ANToNIo DA CosTA GoDINHo, natural de Beja, filho de Manuel Godinho e neto
de Luiz Godinho, que foi fidalgo muito honrado e do tronco d'esta geração dos Godinhos.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo partido em pala; a primeira parte enxaquetada de oiro e vermelho
de grossos pontes, a segunda de oiro e azul, e por diferença uma flor de liz de prata,
elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e por timbre uma
meia hydra de oiro com sete cabeças de serpe com as linguas de vermelho, com todas as
honras e privilegios de fidalgo por descender da geração dos Godinhos. — Dada em Evora
a 14 de de agosto de 1536. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xxii, fl. 84.
ANTONIO DINIZ 39
143. ANToNIo DA CosTA RIBEIRO, filho de João Nunes da Costa Homem, neto de
Luiz Gonçalves Ribeiro e de Leonor Nunes da Costa Homem, a qual foi filha de João Ro
drigues da Costa e de Filippa Nunes Homem, que foram pessoas muito honradas e do
verdadeiro tronco d'esta geração dos Costas e Homens, bem como o dito seu avô Luiz
Gonçalves Ribeiro foi fidalgo muito honrado, e do verdadeiro tronco da linhagem dos Ri
beiros.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res : — Escudo de campo esquartelado; o primeiro dos Ribeiros, que é esquartelado o
primeiro de oiro com tres palas de vermelho, o segundo de preto com tres faxas veiradas
e contraveiradas de prata e vermelho, e assim o contrario; o segundo dos Costas, que é
de vermelho e seis costas de prata em tres faxas, e o contrario dos Homens, que é de
azul e seis crescentes de oiro em duas palas, e por differença uma merleta de oiro no se
gundo dos Ribeiros, elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e azul e
vermelho, e por timbre um leão de azul com uma acha de armas nas mãos com o cabo
de oiro; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem
dos Ribeiros, Costas e Homens. — Dada em Evora a 17 de setembro de 1545. Reg. na
Chanc. de D. João III, liv. xxxv, fl. 103 V.
150. ANToNIo DoRIA TEIXEIRA, natural da ilha da Madeira, filho de Antonio Tei
xeira Doria de Atouguia, e de D. Anna Isabel Bernarda Bettencourt e Brito, filha de
Francisco de Vasconcellos Heredia, e de sua mulher D. Isabel Bernarda Heredia; neto
pela sua varonia de Iroão Teixeira Doria, e de sua mulher D. Maria Manuela de Vascon
cellos; bisneto de Antonio Teixeira Doria, e de sua mulher D. Isabel de Castel-branco e
Andrade, filha de João de Bettencourt de Atouguia, e de sua mulher D. Angela de An
drade; terceiro neto de Iroão Teixeira Doria, e de sua mulher D. Isabel de Castel-branco,
filha de Diogo Pereira de Menezes, e de sua mulher D. Catharina Leme; quarto neto de
Antonio Teixeira Doria, e de sua mulher D. Mecia Espinola, filha de Antonio de Paiva, e
de sua mulher D. Francisca Espinola; quinto neto de Iroão Teixeira de Vasconcellos, e
de sua mulher D. Maria Velloso, filha de João Velloso Tavares, e de sua mulher D. Maria
Fernandes; sexto neto de Tristão Teixeira de Mendonça, e de sua mulher D. Joanna
Doria de Paiva, ele filho de Iroão Teixeira de Mendonça, e de sua mulher Iria de Goes,
filha de Lançarote Teixeira, ambos fidalgos da casa real, e ela filha de Luiz Doria, fidalgo
tambem da casa real, cavalleiro da ordem de Christo, filho de D. Leonor Doria, da casa
dos principes da casa Doria, da republica de Genova, d’onde seu pae veiu para a dita
ilha, e de seu marido Ruy Gonçalves de Velloso, filho de Gonçalo Annes de Velloso, fidalgo
escudeiro da casa do infante D. Fernando.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Teixeiras, no segundo
as dos Dorias, no terceiro as dos Castel-brancos, no quarto as dos Andrades. —Br. p. a
13 de novembro de 1788. Reg. no Cart. da N., liv. Iv, fl. 89.
(C. C.)
153. ANToN1o ELIAs DA FoNs EcA GALVÃo, capitão da cavallaria auxiliar da capita
nia de Pernambuco, filho do capitão de infanteria Cypriano Lopes da Fonseca Galvão, e
de sua mulher D. Maria de Vasconcellos Viveiros; neto pela parte paterna de Manuel da
Fonseca Jayme, capitão-mór, e governador que foi da capitania do Ceará-grande, e de
42 ANTONIO DE ESSA
sua mulher D. Maria de Proença ; bisneto de Manuel Lopes Galvao, mestre de campo do
regimentó da cidade de Olinda, e um dos restauradores d'aquella capitanía, na expulsäo
dos hollandezes, em cuja guerra serviu com o posto de capitao de infanteria; e pela ma
terna neto do capitao Joâo Nunes Baiào, e de sua mulher D. Felicia de Vasconcellos.
Uin escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Galvoes, no segundo as
dos Fonsecas, no terceiro as dos Vasconcellos, e no quarto as dos Viveiros. — Dr. p. a
6 de abril de 1768. Reg. no Carl, da N., liv. i, fl. 72.
(C. C.)
154. ANTONIO DE ESPINDOLA, genovez, morador na ilha da Madeira, filho de Micer
Cliam de Espindola, e de Madona Pereta de Espindola, que forana do tronco d'esta li-
nhagem.
Carta pela qual el-rei D. Manuel Ihe concede o brazáo de seus antecessores: — Es
cudo com campo de oiro e urna faxa de escaques de prata e vermelho, com urna merleta
de negro, elino de prata aberto, e por timbre um ramo de espinhas vermelhas que está
sobre a face do escudo, e por differenca das de sen irmâo urna estrella azul no escudo,
paquife de oiro e vennelho, por descender da geraçâo e linhagem dos Espindolas, que fo-
rarn fidalgos e dos principaes da senhoria de Genoa. — Dada em 1513. Reg. na Chañe,
de D. Manuel, liv., XLII, fl. 48, e liv. das Ilhas, fl. 136.
155. ANTONIO DE ESPINDOLA, morador na ilha da Madeira, filho de Leonardo de Es
pindola, e neto de de Espindola, genovez, que foi íidalgo muito honrado em Ge
nova, e do tronco d'esta linhagem.
Carta pela qual el-rei D. Joâo ni Ihe concede o seguinte brazáo de seus antecessores :
— Escudo de campo de oiro e urna faxa de escaques de prata e de vermelho, e no chefe
do escudo um ramo de espinhas vermelhas, e por differenca urna merleta azul, elmo de
prata aberto garnido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e por timbre o mesmo ramo
de espinhas vermelhas ; com todas as honras de fidalgo de antiga linhagem por descen
der da geraçâo dos Espindolas. — Dada em Evora a 27 de fevereiro de 1535. Reg. na
Chañe, de D. Joâo m, liv. x, fl. 43 v.
156. ANTONIO DE ESSA LOBO DE ALMADA E CASTRO, filho de D. Francisco Essa e
Castro, governador nomeado do Piauhy, fallecido na viagem, indo da cidade do MararMo
para o seu governo, e de sua mulher D. Catharina de Almada ; neto por parte paterna
de D. Antonio de Essa, governador que foi na ilha de Cabo-verde, e de sua mulher D. Qui
teña Bernardina da Gama e Freitas ; bisneto de D. Manoel de Essa e Faria, e de sua mu
lher Isabel Antonia de Macedo ; terceiro neto de D. Duarte de Essa, e de sua mulher
D. Maria de Oliveira; quarto neto de D. Antonio de Essa, e de sua mulher D. Clarado
Villas-boas ; quinto neto de D. Joao de Essa, e de sua mulher D. Catharina Bernardes, fi-
Iha de Antonio Vaz Bernardes, senhor da quinta de Fós, junto a Obidos; sexto neto de
D. Duarte de Essa, que serviu na India, e de sua mulher D. Leonor de Faria : neto pela
parte materna de Antonio Lobo da Gama, fallecido na corte de Madrid, onde foi ministro
de Portugal, senhor do morgado de Val de Guizo, e de sua mulher D. Marianna Ange
lica de Arez Wandume ; bisneto de Miguel Diogo da Gama Lobo, guarda-roupa do se
nhor rei D. Alfonso vi, e de sua mulher D. Guiomar de Almada, herdeira e senhora do
dito morgado Val de Guizo; terceiro neto de Manuel da Gama Lobo, e de sua mu
lher D. Catharina Lobo da Silva ; quarto neto de Miguel de Torres da Silva, fidalgo da
casa real.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Essas, no segundo as
dos Castros, no terceiro as dos Lobos, e no quarto as dos Almadas. — Br. p. a 31 de
marco de 1797. Reg. no Cart, da N., liv. v, fl. 182.
(C. C.)
ANTONIO DE FARIA 43
As armas dos Farias. — Br. p. a 14 de julho de 1752. Reg. no Carl, da N., liv.
particular, fl. 42.
(C. C.)
161. ANTONIO FELICIANO DE SOUSA, fidalgo cavalleiro da casa imperial e real, com-
mendador da ordern de Christo, brigadeiro do real exercito, e primeiro barao de Villa-
franca da Reslauracao ; filho de Joaquirn José de Sousa, capitäo-mor da referida villa ; о
dito supplicante tem sempre prestado os mais relevantes services, ja pela invaslo dos
exercitos francezes n'estes reinos, contribuindo com avultados donativos para o estado, ja
como goveruador militar do Ribatejo, em cujo logar se distinguai com todo o valor e pa
triotismo, e por urna dilatada serie de avós, é o mesmo supplicante descendente da
illustre familia dos Sousas.
Um escudo com as armas dos Sousas. — Br. p. a 25 de fevereiro de 1826. Reg. no
Cart, da N., liv. VIH, fl. 183.
(C. C.)
162. ANTONIO FELIX DE MENDONÇA COELHO FROES, filho de Félix José Joaquina,
cavalleiro professe na ordern de Christo, e de sua mulher D. Maria Jacinta de Mendonça
Froes de Mesquita ; neto pela parte paterna do capitâo José Rodrigues Coelho e de sua
mulher D. Martha Maria Thereza da Costa e Mello, e pela parte materna de Fernando José
de Mendonça Arraes Froes do Regó e de sua mulher D. Maria Catharina de Moraes Faria
e Borja ; bisneto de José Caetano de Mendonça Abreu de Faria e de sua mulher D. Basi-
lia Froes de Avellar.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Coelhos, no segundo as
dos Mellos, no terceiro as dos Mendonças, e no quarto as dos Fonsecas. — Br. p. a 2 de
marco de 1789. Reg. no Cart, da N., liv. iv, fl. 101 v.
(C. C.)
163. ANTONIO FELIX PIMENTEL COELHO, natural de Lisboa, filho de Carlos Manuel
Pimentel Coelho, almoxarife proprietario dos azeites da Mesa das tres casas d'esta dita ci-
dade, e de sua mulher D. Leoniza Maria Caetana de Espinoza ; neto paterno de Diogo
Caldeira de Abreu, proprietario que foi do dito officio, e de sua mulher D. Maria da Silva
Pimentel, filha de Manuel Pimentel Coelho e de sua mulher D. Anna da Silva Lobo ; bis
neto de Duarte Caldeira de Abreu, cavalleiro professo na ordern de Aviz, e de sua mulher
D. Garcia Sequeira ; neto materno de José de Brito Rebello e de sua mulher D. Joanna Men-
des Espinoza, filha de Nicolau Pinto de Almeida e de sua mulher D. Angela Mendes Es
pinoza ; bisneto de Antonio Teixeira Rebello e de sua mulher D. Felicia de Brito.
As almas dos Caldeiras, Pimenteis, Coelhos, Rebellos. — Br. p. a 8 de novembre de
1759. Reg. no Cart, da N., liv. particular, fl. 124.
(C. C.)
164. ANTONIO FERNANDES ALVARES DE CARVALHO, capitao de urna das companhias
da legiáo auxiliar da ilha Grande de Joannes, no estado do Gráo-Pará, natural de Vinhaes-o-
velho, termo da Covilhá, filho de Manuel Fernandos, irmâo de Antonio Fernandes de Car-
valho, capitao de urna das companhias do terco auxiliar da dita cidade do Para, e de
D. Maria Marques ; neto por parte paterna de outro Manuel Fernandos e de D. Maria Ri-
beiro ; bisneto de Miguel Alvares, primo legitimo de Domingos Alvares Pereira, que militou
nos reinados dos senhores reís D. Joáo iv, 1). Affonso vi, e D. Pedro n, em cujo tempo foi no-
meado sargento-mór para os estados da India, com mercó do habito de Christo, e de D. Maria
Ribeiro ; terceiro neto de Manuel Alvares Pereira e de D. Maria Fernandes ; quarto neto de
Alvaro Domingues Pereira e de D. Julia Peres; quinto neto de Domingos Alvares Pereira e
de D. Clara Pereira ; neto por parte materna de Antonio Martins e de D. Catharina Marques.
ANTONIO FERNANDES 45
xadrez das mesmas armas; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender
da geração e linhagem dos Quadros e Barretos. — Dada em Lisboa a 1 de agosto de 1541.
Reg. na Chanc. de D. João III, liv. 34, fl. 43 v.
169. ANToNIo FERNANDEs Do VALLE (Doutor), cavalleiro da ordem de Christo, as
sistente na cidade de S. Paulo, estado do Brazil, natural do logar de Vandufe, filho do
capitão Antonio Fernandes do Valle, e de sua mulher Esperança Antonia Maria de S. José;
neto pela parte paterna de Mathias Rodrigues do Valle, e de sua mulher Marianna Ri
beiro, e pela materna de Antonio Gonçalves, e de sua mulher Domingas Lopes.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Fernandes, e na segunda as
dos Valles. — Br. p. a 7 de junho de 1774. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 12 v.
(C. C.)
170. ANToN1o FERRAz DE MELLo (Capitão), filho de Ruy Vaz Ferraz de Mello, e de
D. Luiza de Figueiroa; neto paterno de Antonio de Mello Coutinho, e de D. Maria Fer
raz; bisneto de Domingos Ferraz de Mello; trineto de João de Mello, alcaide-mór; quarto
neto de Gonçalo Vasques de Mello, senhor de Povolide, os quaes todos foram fidalgos.
Carta pela qual el-rei D. Pedro II lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo vermelho com seis arvellas de prata entre uma bordadura e
dobre cruz de oiro, elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, prata e
vermelho, e por timbre uma aguia preta estendida, armada e arruelada de prata, e por
diferença um trifolio de oiro; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descen
der da geração dos Mellos. — Dada em Lisboa a 2 de maio de 1681. Reg. na Chanc. de
D. Affonso VI, liv. XL, fl. 151.
171. ANTONIO FERREIRA PINTO BASTO, natural da cidade do Porto, um dos contra
ctadores geraes do tabaco d'estes reinos, ilhas adjacentes, e Macau, e das reaes saboa
rias, filho de Domingos Ferreira Pinto Basto, negociante de grosso tracto da praça da ci
dade do Porto, e de sua mulher D. Maria do Amor Divino; neto por parte paterna de
Manuel Ferreira Pinto, e de sua mulher D. Jeronyma Alves; e por parte materna de José
Ferreira da Costa, e de sua mulher D. Thereza Maria de Sousa.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Ferreiras, e na segunda as
dos Pintos. — Br. p. a 29 de outubro de 1818. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 11 v.
(C. C.)
172. ANToN1o FERREIRA DA SILVA BRITo, fidalgo cavalleiro da casa real, commen
dador das ordens de Nossa Senhora da Conceição de Villa Viçosa, e de Nosso Senhor Je
sus Christo, capitalista, e antigo vereador da Camara municipal do Porto, filho de Custo
dio Ferreira da Silva, e de sua mulher D. Maria Rosa da Silva; neto paterno de Antonio
Ferreira Pinto, e de sua mulher D. Maria da Silva Reis; e materno de Ventura Antonio,
e de sua mulher D. Brites Pinto.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Britos, no segundo as
dos Silvas, no terceiro as dos Pintos, e no quarto as dos Ferreiras. — Br. p. a 26 de
maio de 1869. Reg. no Cart. da N., liv. Ix, fl. 120.
• (C. C.)
D. Esperança Maria de Campos; neto por parte materna de Luiz Fradique da Cunha e
Mello, fidalgo escudeiro da casa real, e de sua mulher D. Maria Feliciana da Rocha; bis
neto de Braz da Cunha de Figueiredo e Mello, fidalgo escudeiro da casa real, e de sua
mulher D. Antonia Thereza de Mesquita e Loureiro.
Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Figueiredos,
no segundo as dos Cunhas, e no terceiro as dos Mellos. — Br. p. a 6 de setembro de
1800. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 135.
(C. C.)
174. ANToNIo DA FoNs EcA E MoURA, do logar dos Carvalhos, concelho de Gaya,
comarca do Porto, filho de Nuno da Fonseca e Moura, e de Clara da Fonseca; neto pa
terno de Domingos Fernandes, e de Brites da Fonseca; e materno de José de Carvalho
da Fonseca e Moura, e de Joanna da Fonseca.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Fonsecas, e na segunda as
dos Mouras. — Br. p. a 29 de março de 1815. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 311.
(C. C.)
175. ANTONIO Fou RNIER TAVARES LEMos BoRGEs CABRAL, cadete do regimento
de Peniche, filho de Hugo de Fournier Leclair, capitão de engenheiros no real serviço, e
natural da provincia de Guienne, reino de França, e de sua mulher D. Clara Joaquina de Ta
vares Borges Cabral; neto paterno de Antonio Fournier de Choisi e de D. Catharina de
Marillac, os quaes são descendentes das familias mais distinctas e nobres da referida pro
vincia de Guienne, e materno de Jacinto Borges Leal e de sua mulher D. Joanna Juliana
Eugenia de Tavares da Costa Lobo; bisneto materno do capitão Francisco Borges Leal, o
qual serviu o cargo de vereador na cidade de Angra em 1747, e de sua mulher D. Anto
nia Eugenia de Lemos Cabral; terceiro neto pelo mesmo lado de Silvestre Pereira Cabral
de Lemos e de sua mulher D. Catharina Pereira da Cunha, filha de João Rodrigues Pe
reira, conselheiro do regio tribunal do Conselho da fazenda e fidalgo da casa real; quarto
neto pelo mesmo lado de João de Lemos Cabral, vereador da cidade de Angra em 1747,
e de sua mulher D. Antonia Faria da Fonseca, filha de Roque Fernandes da Fonseca, pro
prietario de um dos oficios de secretario do Desembargo do paço, e de sua mulher
D. Martha de Faria, filha de Belchior Alvares de Faria, e de sua mulher D. Martha de
Sousa Andrade, irmã de Gaspar de Sousa, todos fidalgos da casa real; quinto neto pelo
mesmo lado de Belchior Pereira de Lemos; sexto neto pelo mesmo lado de Fernão Ca
bral, desembargador do regio tribunal do Desembargo do paço, chanceller-mór do reino,
moço fidalgo da casa real e commendador de Penedão, e de sua mulher D. Isabel de
Gouvea; setimo neto pelo mesmo lado de Simão Cabral, do real Desembargo e conselho,
vereador fidalgo do Senado de Lisboa; oitavo neto pelo mesmo lado de Luiz Cabral, moço
fidalgo da casa real; nono neto pelo mesmo lado de Fernão Cabral, senhor e alcaide-mór
de Belmonte, Manteigas, Dapás de Gouvea e Quinta de Santo André; decimo neto pelo
mesmo lado de João Fernandes Cabral, fidalgo da casa real, alcaide-mór de Belmonte,
Azurara, Manteigas, Moimenta, Dapás de Gouvea, e Quinta de Santo André; undecimo
neto de Fernão Alvares Cabral, fidalgo da casa real, alcaide-mór de Belmonte, Azurara,
Manteigas, Moimenta, Dapás de Gouvea, e Quinta de Santo André, regedor das justiças
da Relação de Goa; duodecimo neto pelo mesmo lado de Luiz Alvares Cabral, alcaide-mór
de juro e herdade de Azurara, Dapás de Gouvea, e Quinta de Santo André; decimo ter
ceiro neto pelo mesmo lado de Alvaro Gil Cabral, alcaide-mór da Guarda, senhor de juro
e herdade de Azurara, Vilhelhas e terras de Tavares por doação feita aos seus ascenden
tes, sendo o seu bisavô Francisco Borges Leal, filho de Thomaz Borges Leal e de sua
mulher D. Catharina de Castro Machado; neto de João Borges Leal e de D. Joanna Ro
drigues; bisneto do capitão José Leal, cavaleiro professo na ordem de Aviz e presidente
da Camara da ilha Terceira em 1670, e de sua mulher D. Maria de Castro; terceiro neto
48 ANTONIO FRANCISCO
de Manuel Leal e de D. Barbara Borges ; quarto neto de Diogo Leal ; quinto neto de
Dionysio Leal, todos fidalgos da casa real : sendo a referida sua avó materna D. Joanna
Juliana de Tavares da Costa Lobo, filha de José Caetano de lavares da Costa Lobo e de
sua mulher D. Marianna Antonia Josephs Freiré da Cuntía Castel-branco, neta de Luiz
Tavares da Costa Lobo, capitao-mór da villa da Covilhâ, e de sua mulher D. Josepha Ma
ria de Brito Castel-branco, bisneto de Luiz Tavares da Costa Lobo, capitao-mór da villa
da Covilhä, e de sua mulher D. Maria Antonia de Albuquerque; terceira neta de Grego
rio Tavares, capitäo-mor da villa da CovilhO, e de sua mulher D. Catharina Lobo ; quarta
neta de Luiz Tavares, moco fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Maria de Mendonça;
quinta neta de Luiz de Tavares, moco fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Jeronyma
de Tavares ; sexta neta de Antonio de Tavares, moco fidalgo da casa real, commendador
de S. Vicente da Beira, Alpedrinha e Ouriz; sétima neta de Joîio de Tavares, moço fldalgo
da casa real, tambem commendador de S. Vicente da Beira, Alpedrinha, e Ouriz ; oitava
neta de Lopo Dias de Tavares, commendador de S. Vicente da Beira, Alpedrinha, e Ouriz,
moco fidalgo da casa real; nona neta de Gonçalo de Tavares, moco fidalgo da casa real
e senhor de Mira ; decima neta de Pedro de Tavares, alcaide-mór de juro e herdade de
Portalegre, Assumar, Alégrete, e cidacle de Faro, e senhor de Mira ; undécima neta de
Gonçalo Tavares, senhor de Tavares e Mira, moco fidalgo da casa real ; duodécima neta
de Diogo Gonçalves de Tavares, alcaide-mór da villa da Covilhä, vassallo e camareiro-mór
do senhor rei D. Fernando ; decima-tcrceira neta de Pedro Esleves de Tavares, alcaide-mór
da Guarda; decima-quarta neta de D. Esteves de Tavares, alcaide-mór da Guarda e
Covilhä.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Cabraes ; no segundo
as dos Tavares; no terceiro as dos Sousas, e no quarto as dos Farias. — Br. p. a 27
de julho de 1804. Beg. no Cart, da N.. liv vu, il. 86 v.
(C. C.)
178. ANTONIO FRADE DE FAHIA, fidalgo da casa real, filho de Alvaro Fernandes de
Faria ; neto de Fernáo Dias de Faria ; bisneto de Affonso Annes de Faria, que foi fidalgo
muito honrado e do verdadciro tronco d'esta geracâo.
Carta pela quai el-rei D. Joâo m Ihe concede o seguinte brazáo de seus antecessores :
— Escudo de campo vermelho e urna torre de prata com as portas e frestas de preto,
entre cinco flores de liz de prata, tres em chele e duas em faxa, e por differcnca um cres-
cente de oiro, elmo de prata aborto guarnecido de oiro, paquife de prala e vermelho, e
por timbre a mesma torre com urna das flores de liz em cima ; com todas as honras e
privilegios de fidalgo por descender da geracüo e linhagem dos Farias.— Dada em Lisboa
a 2 de abril de 1539. Beg. na Chañe, de Joao m, liv. xxvii, fl. 33 v.
179. ANTONIO DA FRANCA E HOBTA, natural da villa de Torres-vedras, filho de Mi
guel Gomes de Lenios e de sua mulher D. Arcarigela da Franca e Horta. neto de Paschoal
Teixeira e de sua mulher D. Luiza Franca, irma legitima de Ambrosio da Franca e Horta,
avó de Antonio da Franca e Horta, a quem no anuo de 1725 se passou brazáo de armas
das familias dos appellidos; bisneto de Luiz Alvares de Horta e de sua mulher D. Isabel
Franca, fillia de D. Maria Farta Franca ; terceiro neto de André Alvares de Horta, e quarto
neto de Fernando Alvares de Horta.
Um escudo partido em pala ; na primeira as armas dos Francas e na segunda as dos
Hortas. — Br. p. a 16 de outubro de 1775. Reg. no Cart, da N., liv. u, fl. 84.
(C. C.)
180. ANTONIO FRANCISCO GAZO, natural e morador na praça de Extremoz, sar-
gento-mór do regimentó de artilheria da mesma praça ; filho de Joâo André Gazo,
natural da cidade de Genova, d'onde veiu a este reino servir na guerra do anno de
ANTONIO GIL 49
1704, com armas e cavallos á sua custa, e n'elle occupou os postos de capitão de
bombardeiros, sargento-mór da artilheria, tenente coronel, coronel, e ultimamente é ge
neral de batalha, e de sua mulher D. Magdalena Santa Hugues Gazo; neto paterno de
Francisco Maria Gazo, capitão de bombardeiros que foi da republica, senhor da casa e
quinta dos Gazos, sita no suburbio da dita cidade, freguezia de S. Cyro, e de sua mulher
D. Maria Magdalena Gazo; neto paterno de Antonio Hugues, fidalgo genovez, natural de
# freguezia de Santo Antonio, e de sua mulher D. Anna Hugues, natural da cidade
e Genova.
As armas dos Gazos. —Br. p. a 2 de janeiro de 1759. Reg. no Cart. da N., liv.
particular, fl. 119 v.
(C. C.)
181. ANToNIo FRANCIsco MACHADo, fidalgo cavaleiro da casa real, coronel do re
gimento de infanteria de voluntarios reaes do commercio da cidade de Lisboa, inspector
da Junta dos reaes emprestimos, deputado da real Junta do commercio, e da adminis
tração da companhia de Pernambuco e Parahiba; filho de Polycarpo José Machado, fi
dalgo cavalleiro da casa real, negociante da praça da dita cidade, deputado das compa
nhias do Pará e Maranhão, e de Pernambuco e Parahiba, e de sua mulher D. Maria Luiza
Machado; neto paterno de Antonio Francisco Machado e de D. Valentina Francisca da
Matta, e materno de Ambrosio Lopes Coelho e de D. Joanna Joaquina.
Um escudo com as armas dos Machados. — Br. p. a 18 de março de 1814. Reg. no
Cart. da N., liv. VII, fl. 289.
(C. C.)
182. ANTONIO FRANCISCO MACIEL MoNTEIRO, tenente coronel de cavalaria auxiliar
da capitania de Pernambuco, d’onde é natural: filho de Antonio Francisco Monteiro, pro
fesso na ordem de Christo, capitão commandante dos auxiliares da capitania de Pernam
buco, thesoureiro e deputado de duas direcções da Companhia geral e da Alfandega da
mesma cidade, e de sua mulher D. Joanna Ferreira Maciel; neto pela parte paterna de
Simão Luiz Monteiro de Paiva e de sua mulher D. Maria Francisca de Araujo; neto pela
parte materna de Braz Ferreira Maciel, capitão das ordenanças da mesma cidade, onde
tambem serviu de juiz vereador da Camara da mesma cidade, e de sua mulher D. Catha
rina Bernarda de Oliveira Govim : sendo egualmente o mesmo supplicante irmão de Ma
nuel Francisco Maciel Monteiro, a quem se passou brazão de armas a 19 de julho de 1796.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Monteiros; na segunda as dos
Macieis.—Br. p. a 20 de março de 1798. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. } } .)
(C. C.
,
ANTONIO JOAQUIM 51
189. ANToNIo HoMEM EsPINoLA DA SILVA SoDRÉ (Alferes), natural da villa das
Vellas na ilha de S. Jorge, filho do sargento-mór Antonio Sebastião Espinola, e de sua
mulher D. Ignacia Aurelia Felizarda Espinola da Silva; neto paterno de Sebastião Espinola
Homem, e de sua mulher D. Luiza Rosa Ornellas e Camara, e materno de José Ignacio
da Silva, e de sua mulher D. Felicia de Jesus Espinola da Silva.
Um escudo e n'elle as armas dos Espinolas. — Br. p. a 30 de agosto de 1821. Reg.
no Cart. da N., liv. VIII, fl. 87 v.
(C. C.)
(C. C.)
(C. C.)
Proença, e de sua mulher D. Joanna Maria de Sousa Coelho ; neto pela parte paterna de
Manuel Marques de Proença, cavalleiro da ordern de Christo, e de sua mulher D. Maria
Ignacia de Oliveira; bisneto do sargento-mór Manuel Antunes Secco, e de sua mulher
D. Anna Marques de Proença, e pela materna neto de Pedro de Sousa Coelho, e de
D. Ignez Maria Michaela.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Correias, no segundo as
dos Proenças, no terceiro as dos Oliveiras, e no quarto as dos Coelhos. — Br. p. a 5 de
setembro de 1783. Reg. no Cart, da N., liv. m, fl. 100 v.
(C. C,J
203. ANTONIO JOAQUIM SOARES, natural da cidade do Porto, filho de Joaquina José
Soares, e de D. Maria Margarida da Purificacao e Silva ; neto paterno de José Soares, e
de sua raulher D. Maria Soares, e materno de Antonio José da Silva, e de sua mulher
D. Maria Thereza do Rosario.
Um escudo partido em pala ; na primeira as armas dos Soares, e na segunda as dos
Silvas. — Br. p. a 26 de novembre de 1819. Reg. no Cart, da N., liv. VIH, fl. 47 v.
(C. C.)
204. ANTONIO JOAQUIM TEIXEIRA DE OLIVEIRA RIBEIRO NOGÜEIRA, bacharel
formado na faculdade de leis pela Universidade de Coimbra, e natural de Travanca do
Monte, concelho de Gestaço, comarca de Penaflel, arcebispado de Braga, filho de Manuel
Teixeira Nogueira, e de sua mulher D. Anna Maria Ribeiro de Oliveira; neto paterno de
Domingos Nogueira, e de D. Maria Teixeira; neto materno de Joüo Gonçalves, e de
D. Luiza Ribeiro.
Um escudo esquartelado ; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Nogueiras,
no segundo as dos Teixeiras, e no terceiro as dos Ribeiros. — Br. p. a 20 de julho de
1819. Reg. no Cart, da N., liv. VIH, fl. 41 v.
(C. C.)
205. ANTONIO JOAQUIM VIEIRA RESELLO, familiar do Santo Officio, monteiro-mór
do concelho de Vieira, senhor da capella de Nossa Senhora da Conceicao, e morador na
sua quinta da Lage ; filho de Joäo Simöes Dias, familiar do Santo Officio, e de sua mu
lher D. Thomazia Luiza Vieira Rebello de Araujo ; neto por parte paterna de José Simoes,
e de sua mulher Domingas Dias ; neto por parte materna de Joäo Vieira de Araujo, e de
sua mulher D. Jacinta Rebello de Bouro, filha do capitao Jeronymo Vieira Rebello.
Uní escudo partido em pala ; na primeira as armas dos Vieiras, e na segunda as dos
Rebellos. — Br. p. a 21 de abril de 1802. Reg. no Cart, da N., liv. vi, fl. 201 v.
(C. C.) .
206. ANTONIO JOÄO DE ARAUJO VALLE, capitáo-mór do concelho da Ribeira de Soa
res, e morador na sua quinta de Sant'Anna, freguezia de S. JuliSo de Parada; filho de
Domingos do Valle e Araujo, e de sua mulher D. Maria Angelica ; neto paterno de Igna
cio do Valle, e de sua mulher D. Garcia de Araujo ; neto materno de Fructuoso Gonçalves,
e de sua mulher Maria Fernandes.
As armas dos Valles, e Araujos. — Br. p. a 20 de outubro de 1756. Reg. no Cart,
da N., liv. particular, fl. 101 v.
(C. C.)
207. ANTONIO JOÄO DE FREITAS DE CARVALHO DROMONDO, guarda-môr das térras
e aguas mineraes da freguezia de S. Miguel de Antonio Dias, comarca do rio das Velhas,
onde é morador, e natural da cidade do Funchal da ilha da Madeira ; filho do capitao An
tonio de Carvalho Dromondo e de sua mulher D. Ignacia Michaela de Freitas Henriques ;
neto pela parte paterna de Sebastiao de Carvaiho Dromondo e de sua mulher D. Joanna
da Costa, e pela materna de Mathias de Freitas e de sua mulher D. Andreza Hen
riques.
Um escudo esquarlelado ; no primeiro quartel as armas dos Carvalhos, no segundo
as dos Costas, no terceiro as dos Freitas, e no quarto as dos Henriques. — Br. p. a 22
de maio de 1782. Reg. no Cart, da N., liv. m, fl. 52 v.
(C. C.)
208. ANTONIO JOÄO PINTO, familiar do Santo Officio, natural da aldea de Condolim,
provincia de Brades, estado da India ; filho de Joäo Baptista Pinto e de sua mulher Luiza
ANTONIO JOSÉ 65
de Sequeira, todos naturaes da mesma aldea; e pela parte materna neto de Agostinho de
Sousa e de sua mulher Lucrecia Maciel, naturaes da aldea de Calangute.
Um escudo esquartelado ; no primeiro e quarto as armas dos Pintos, no segundo as
dos Sequeiras, no terceiro as dos Macieis. — Br. p. a 7 de abril de 1770. Reg. no Cart,
da N., liv. i, fl. 123.
(С. С.)
209. ANTONIO JOSÉ DE AFFONSECA MIMOSO, natural da villa de Linhares, fllho de
Gregorio de Affonseca Mimoso e de sua mulher Helena Caetana Pereira ; neto pela parte
paterna de Antonio de Affonseca Mimoso, capitáo que foi da dita villa, e de sua mulher
Isabel Mimoso da Guerra; e pela materna de Manuel de Paiva e de sua mulher Maria Pe
reira Saraiva.
Um escudo esquartelado ; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Fpnsecas, no
segundo as dos Guerras, e no terceiro as dos Pereiras. — Br. p. a 6 de abril de 1775.
Reg. no Cart, da N., liv. u, fl. 57.
(C. C.)
210. ANTONIO JOSÉ DE ALMEIDA BECA, official da Vedoria geral e contadoria da ci-
dade do Porto, d'onde é natural ; fillio de Manuel de Almeida Beca, vedor geral da ci-
dade do Porto, e de sua mulher D. Anna Maria de Araujo ; neto paterno de Silvestre de
Almeida e de sua mulher Thereza Moreira ; neto materno de Manuel de Magalhaes Lopes
e de sua mulher Antonia Maria de Araujo, filha de Leonardo Manuel da Costa Ferreira.
As armas dos Almeidas, Becas, Araujos, e Magalhaes. — Br. p. a 13 de abril de
1753. Reg. no Cart, da N., liv. particular, fl. 53 v.
(C. C.)
211. ANTONIO JOSÉ DE ALMEIDA COUTINHO, da freguezia de Medröes, concelho de
Penaguiâp, filho de José Rodrigues Ferreira Barbuda e de sua mulher D. Jpsepha Caetana
de Almeida ; neto pela parte paterna de Pedro Rodrigues Ferreira, que foi alferes de in
fantería na praça de Chaves, e de sua mulher Maria Fernandes Correa; bisneto de Pedro
Rodrigues Ferreira e de sua mulher Leonor Ferreira ; terceiro neto de Joâo da Rocha, e
de sua mulher Catharina Ferreira de Barbuda ; quarto neto de outro Joäo da Rocha.
Um escudo esquartelado ; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Rochas, no se
gundo as dos Vieiras, e no terceiro as dos Barbudas. — Br. p. a 30 de julho de 1774.
Reg. no Cart, da N., liv. 11, fl. 28.
(C. C.)
212. ANTONIO JOSÉ DE ANTAS MAGALHAES E PUGA (Bacharel), natural da villa de
Monte-alegre da provincia de Traz-os-Montes ; filho de Francisco de Antas Magalhaes e
Puga, tenente de cavallaria, e de sua mulher D. Anna Maria de Macedo ; neto paterno do
doutor Francisco de Antas Lima ; bisneto de Antonio Affonso de Antas e Puga e de sua
mulher Ignez. Maria de Passos ; terceiro neto de Bento Affonso e de sua mulher Ignez Con
ceives de Antas e Puga, filha de Gaspar Rodrigues de Antas, e este filho de Rodrigo Al
vares de Antas, fidalgo muito conhecido da geracáo dos Antas, da quai foi chefe Garcia
Gonçalves de Antas, senhor de Frazâo.
As armas dos Antas, Pugas, Magalhaes, e Macedos. — Br. p. a 20 de julho de 1755.
Reg. no Cart, da N., liv. particular, fl. 90 v.
(C. C.)
213. ANTONIO JOSÉ ANTUNES NAVARRO, visconde da Lagpaça, fidalgo cavalleiro da
casa real, commendador da ordern de Nossa Senhora da Conceiçâo de Villa-viçosa, presi
dente da cámara municipal do concelho do Porto, negociante de grosso tracto e proprieta
56 ANTONIO JOSÉ
rio ; filho de Manuel José Antunes, negociante de grosso tracto e proprietario, e de sua
mulher D. Helena Thereza Antunes ; neto paterno de José Antunes, proprietario e nego
ciante de grosso tracto, e de sua mulher D. Luiza Lopes Amunes, e materno de José Ber
nardo Lopes, proprietario, e de sua mulher D. Francisca Lopes Navarro.
Um escudo partido em pala ; na primeira as armas dos Antunes, e na segunda as
dos Navarros. — Br. p. no mez de agosto de 1862. Reg. no Cart, da N., liv ix, fl. 45 v.
(C. C.)
214. ANTONIO JOSÉ DE ARAUJO GOMES, doutor em cañones pela Universidade de
Coimbra, familiar do Santo Officio; filho de Antonio de Araujo Gomes, natural do logar
de Quinlao, freguezia de Cambres, bispado de Lamego, cavalleiro professo na ordern de
Christo, e de D. Francisca Thereza de Jesús, natural de Gaia freguezia de Villa-nova do
Porto ; neto paterno de André Fernandes e de Maria de Araujo, e materno de Manuel
Gonçalves da Cruz e de Catharina de Sá.
Um escudo partido em pala ; na primeira as armas dos Araujos, e na segunda as
dos Sás. — Br. p. a 15 de fevereiro de 1771. Reg. no Cart, da N., liv. i, fl. 143.
(C. C.)
215. ANTONIO JOSÉ DE AVILA, do Conselho de Sua Magestade, conselheiro de estado
effective, ministro secretario de Estado dos negocios da fazenda e estrangeiros, commen-
dador das ordens de Christo e de Nossa Senhora da Conceiçâo de Villa-virosa, caval
leiro da antiga e muito nobre ordern da Torre e Espada do valor, lealdade, e mérito.
Um escudo partido em pala, cora as armas que Ihe foram concedidas por alvará de
9 de outubro de 1860. (M. N.) — Br. p. a 19 de novembro de 1860. Reg. no Cart, da
N., liv. ix. fl. 37. —V. no I. H. Avila e Bolama.
(C. C.)
216. ANTONIO JOSÉ С AVAL с AN т E LINS, presbytero secular do habito de S. Pedro,
natural da capitanía de Pernambuco, filho do bacharel Manuel de Araujo Cavalcante, pro
curador da real corôa e fazenda na dita capitanía, e de sua mulher D. Isabel Thereza de
Moraes Lins ; neto pela parte paterna do capitáo Pedro Coelho Pinto e de D. Romualda
Cavalcante de Albuquerque; elle filho de Braz Pinto Lobo da Silva e de sua mulher D. Ma
ría Coelho, ella filha do capitâo Jólo Luiz da Serra Pereira e de sua mulher D. Brazia •
Cavalcante de Albuquerque : e pela parte materna neto do mestre de campo Manuel Al
vares de Moraes e Navarro e de D. Thereza de Jesus Lins.
Um escudo ovado e esquarteiado ; no primeiro quartel as armas do reino com a sua
quebra de bastardía, no segundo as dos Cavalcantes. — Br. p. a 19 de setembro de 1788.
Reg. no Cart, da N., liv. iv, fl. 71.
(C. C.)
217. ANTONIO JOSÉ CERQUEIRA DA GAMA ARAUJO E AZEVEDO, proprietario dos
offlcios de chancelier e escriváo do Juizo da correicáo da villa de Valença do Minho ; filho
de José Luiz Cerqueira da Gama Araujo e Azevedo e de sua mulher D. Maria Rosa Vaz ;
neto paterno de Manuel Cerqueira Thomé e de sua mulher D. Jeronyma da Gama Araujo
e Azevedo, filha de Miguel de Araujo e Azevedo, senhor da casa das Lages e da de
solar do Paco da Ponte de Lima, governador da dita villa de Valença, e últimamente
procurador de Cortes da mesma villa e provincia, e de sua mulher D. Antonia de
Sousa.
Um escudo esquarteiado ; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Gamas, no se
gundo as dos Araujos, e no terceiro a dos Azevedos. — Br. p. a 20 de Janeiro de 1802.
Reg. no Cart, da N., liv. vn, fl. 27.
(C. C.)
ANTONIO JOSE 57
225. ANToNIo JosÉ DA FoNs ECA, cavalleiro professo na ordem de Christo, e seus
irmãos o doutor Francisco Marcellino de Gouvea, desembargador na Relação do Porto,
e cavalleiro professo na mesma ordem de Christo, e José Ignacio da Fonseca, tenente de
dragões na provincia das Minas, naturaes d’esta cidade de Lisboa, filhos de Manuel da
Fonseca da Cruz, familiar do Santo Oficio, escrivão das terras, fazenda e estado da
rainha nossa senhora, e de sua mulher D. Thereza Maria Antonia de Gouvea; netos
paternos de Manuel da Fonseca da Cruz, que foi guarda-mór do sal; bisnetos de Pe
dro Fernandes da Fonseca; terceiros netos de Francisco Fernandes da Fonseca, capitão
mór no concelho da Bemposta; quartos netos de Fernão Martins da Fonseca; quintos
netos de Francisco Fernandes da Fonseca; sextos netos de Fernão Martins Coutinho; se
timos netos de Fernão Martins Coutinho da Fonseca, que foi senhor de Aregos, Mafra,
Enxara, Ericeira, e outras terras; oitavos netos de Vasco Fernandes Coutinho, Senhor do
ANTONIO JOSÉ 59
Couto de Leomil, o qual era descendente por varonia de Gonçalo Viegas, que viveu no
logar de Fonseca, concelho de S. Martinho de Mouros, comarca de Lamego, progenitor
d’esta familia dos Fonsecas e d'outras muitas, e d’elle procedem tambem ricos homens,
fidalgos de solar e linhagem n’este reino.
As armas dos Fonsecas. — Br. p. a 10 de novembro de 1757. Reg. no Cart. da N.,
liv. particular, fl. 111 v.
(C. C.)
228. ANTONIo JosÉ GoMES DE AZEVED o CUNHA E REGo, filho do doutor Pedro
Gomes de Azevedo da Cunha e Rego, e de sua mulher D. Thereza Isidora Maria de Oli
veira e Rego; neto paterno do capitão Manuel Gonçalves Gomes da Cunha e Rego, e de
sua mulher D. Esperança Ribeiro de Azevedo; neto materno do capitão André Alvares de
Oliveira e Rego, e de sua mulher D. Thereza Seixas Pereira.
As armas dos Cunhas, Regos, e Azevedos. — Br. p. a 2 de agosto de 1754. Reg. no
Cart. da N., liv. particular, fl. 76.
(C. C.)
230. ANToNIó José GUILHERME SoAREs DA SILVA RochA, escripturario com pre
dicamento do real Erario da mesa dos vinhos, na contadoria da superintendencia geral
dos contrabandos e descaminho dos reaes direitos, e mais sete casas, filho de Francisco
во ANTONIO JOSÉ
José Soares da Silva, escrivâo que foi do registo da Chancellaria da corte e reino, e de
D. Joanna Rita da Silva Soares; neto pela parte paterna de Simao.dos Santos, que foi
ajudante do mestre de campo general da provincia do Minho, e de D. Josepha Maria da
Rocha, filha do sargento-mór do terco da infantería auxiliar do Porto José Fernandes da
Luz, e de D. Antonia Maria Rocha ; neto pela parte materna de Ambrosio Soares da Silva,
cavalleiro fidalgo, e escrivâo do registo da Chancelaria, e de D. Maria dos Santos Valle,
filha de Joáo Affonso, capitao de auxiliares, e de D. Maria dos Santos ; bisneto por parte
paterna de Francisco Gomes, sargento-mór de ordenancas da comarca de Elvas, e de
D. Marianna da Costa, filha de Manuel Al ves, capitao de infantería do regimentó da ar
mada, e de D. Isabel Luiz ; bisneto pela parte materna de Francisco Soares da Silva, que
foi mestre de campo de infantería auxiliar, e de D. Luiza Vieira de Andrade, filha de
Antonio Francisco Pereira, capitao de infantería, e de D. Leonor Luiza de Andrade.
Um escudo esquartelado ; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Soares, no
segundo as dos Silvas, e no terceiro as dos Rochas. — Br. p. a 22 de outubro de 1796.
Reg. no Cart, da N., liv. v, fl. 151 v.
(C. C.)
231. ANTONIO JOSÉ DE GUIMARÄES, cavalleiro professe da ordern de Christo, cida-
dao, e natural da cidade do Porto, filho de Domingos Francisco de Guimaraes, cavalleiro
tambem professo da ordern de Christo, e de sua mulher D. Rosa Clara; neto pela parte
paterna de outro Domingos Francisco Guimaraes, e de sua mulher D. Catharina Vieira, e
pela materna de Antonio Goncalves da Silva, e de sua mulher D. Francisca da Silva.
Um escudo com as armas dos Guimaraes. — Br. p. a 12 de agosto de 1782. Reg. no
Cart, da N., liv. m, fl. 64 v.
(C. C.)
232. ANTONIO JOSÉ DE MACEDO PINA PATALIM SENTIDO REYDONO, natural da
villa de Portel, morador na da Vidigueira, filho do capitao José Ignacio de Torres Palha
de Almeida Reydono, e de sua mulher D. Rita Josepha Maria de Macedo; neto pela parte
paterna do capitao André Vaz de Torres Palha e Almeida, cavalleiro da ordern de Christo,
e de sua mulher D. Brites Nunes Perdigoa ; bisneto de Domingos Velho de Torres, e de
sua mulher D. Anna Palha de Almeida, e pela parte materna é neto do sargento-mór
Francisco de Macedo Pina Patalim Sentido, e de sua mulher D. Úrsula María de Novaes
da Silva ; bisneto de José de Chaves de Macedo Pina Patalim.
Um escudo esquartelado; no primeiro quarlel as armas dos Torres, no segundo as
dos Macedos, no terceiro as dos Pinas, e no quarto as dos Chaves. — Br. p. a 2 de ju-
nho de 1786. Reg. no Cart, da N., liv. ш, fl. 225 v.
(C. C.)
233. ANTONIO JOSÉ DA MAIA COLACO, fidalgo da casa real, natural e morador na
villa do Recife de Pernambuco, filho de Francisco Xavier da Maia, cavalleiro da ordern
de Christo, fidalgo da casa real, familiar do Santo Officio, e de sua mulher D. Anna The-
reza Mauricia Campello; neto paterno de Antonio da Maia, cavalleiro fidalgo da casa real,
official-maior do Conselho da fazenda n'esta corte, e de sua mulher D. Paschoa María da
Conceiçâo; neto materno do capitao José Rodrigues Colaço, familiar do Santo Oflicio, e
de sua mulher D. Florencia Rodrigues Campello, irmá do desembargador Joao Rodrigues
Campello, professo na ordern de Christo, de Manuel Rodrigues Campello, capitao de in
fantería com o exercicio das ordens do governo de Pernambuco, professo na ordern de
Christo e fidalgo da casa real, e do reverendo Filippe Rodrigues Campello, clérigo do ha
bito de S. Pedro, professo na ordern de Christo, commissario do Santo Oflicio, e proto-
notario apostólico de Sua Santidade, aos quaes todos se passaram ja seus brazoes de ar
mas, filhos todos do sargento-mór Antonio Rodrigues Campello, familiar do Santo Officio,
ANTONIO JOSÉ 61
e de sua mulher D. Ignacia de Barros Rego; bisneto de João Rodrigues Colaço, e de sua
mulher Isabel Antunes.
As armas dos Maias, Callados, Campellos, e Barros. — Br. p. a 14 de agosto de
1761. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 132.
(C. C.)
236. ANToNIo JosÉ Osoaio, bacharel formado pela Universidade de Coimbra, e juiz
de fóra da villa de Alfandega da Fé, natural do logar de Manigeto, termo da cidade de
Pinhel; filho de Venancio José da Gama de Pina Leitão e de D. Maria José da Conceição
Osorio da Fonseca; neto paterno de Antonio Dias de Pina Leitão e de D. Maria Joaquina
Simões dos Santos, e materno de Fr. Antonio José Osorio da Fonseca, cavalleiro professo
na sagrada religião de Malta, e de D. Paschoa Maria Joaquina de Mattos; bisneto pela
parte paterna de Antonio Dias de Pina Leitão, monteiro-mór da villa de Lamegal, filho
este de João Gomes Leitão de Pina, cavalleiro professo na ordem de Christo, e fidalgo
da casa real.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Pinas, no segundo as
dos Leitões, no terceiro as dos Osorios, e no quarto as dos Fonsecas. — Br. p. a 19 de
fevereiro de 1793. Reg. no Cart. da N., liv. Iv, fl. 272 v.
(C. C.)
244. ANTONIo JosÉ Dos SANTos, fidalgo cavalleiro da casa real, commendador da
ordem de Nossa Senhora da Conceição de Villa-viçosa, e proprietario. -
252. ANToNIo JUsTINO DE BRITo LIMA, cavaleiro fidalgo da casa real, e natural da
cidade de S. Sebastião do Rio de Janeiro, filho de Antonio Aniceto de Brito e Lima, ca
valeiro fidalgo da casa real, a quem se passou brazão de armas a 18 de agosto de 1772,
e de D. Anastasia Isabel de Campos Esteves da Camara, irmã do doutor Antonio de No
vaes de Campos Esteves da Camara, familiar do Santo Oficio, que serviu nos logares de
letras, e a quem se passou brazão de armas a 13 de maio de 1778; neto paterno de Ma
nuel Furtado de Mendonça e Lima, professo na ordem de Christo, e cavalleiro fidalgo da
casa real, e de D. Luzia Varella Pereira, filha de Cypriano Alvares Varella, professo na
ordem de Christo, cavalleiro fidalgo da casa real, e governador de Villa-nova da Cerveira,
e de D. Leonor Pereira; bisneto de João de Brito e Lima, professo na ordem de Christo,
cavalleiro fidalgo da casa real, e de D. Margarida Furtado de Mendonça; terceiro neto de
Cosme Cassão de Brito e Lima; quarto neto de Francisco de Brito Cassão, cavaleiro fi
dalgo da casa real : neto materno de Antonio de Novaes de Campos, e de D. Francisca
de Sousa Esteves da Camara; bisneto de Cosme de Novaes de Campos, e de D. Anna
Velloso da Silva Paes; terceiro neto de Francisco de Novaes de Campos; quarto neto de
João de Novaes de Campos, governador interino do reino de Angola.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Britos, e na segunda as dos
Limas. — Br. p. a 3 de setembro de 1792. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 260.
(C. C.)
254. ANToNIo LEITE, natural do Porto, filho de João Dias Leite, neto de Diogo Luiz
Leite, e bisneto de Alvaro Annes Leite, os quaes foram todos fidalgos muito honrados e
do tronco d'esta geração.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo esquartelado; o primeiro de verde e tres flores de liz de oiro, em
roquete, o segundo de vermelho com uma cruz de prata florida vazia, e por diferença
uma merleta de prata, elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e verde,
e por timbre a mesma cruz; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender
da geração e linhagem dos Leites. — Dada em Lisboa a 8 de março de 1542. Reg. na
Chanc. de D. João III, liv. XXXII, fl. 35 v.
255. ANToN1o LEITE DE ARAUJo FERREIRA BRAvo (Doutor), oppositor aos logares
de letras, filho de Antonio Leite Pinheiro, e de sua mulher D. Luiza Thereza
I
gº
Araujo
66 ANTONIO THEODORO
Ferreira Bravo; neto pela parte paterna de João Pinheiro, e de sua mulher D. Josepha
Leite, da casa da Quintando, concelho de Felgueiras, comarca de Guimarães; neto pela
parte materna de Barnabé de Araujo Pereira, e de sua mulher D. Benta Maria Ferreira
Bravo; bisneto de Antonio de Araujo Pereira, alferes de infanteria na praça de Mazagão,
e de sua mulher D. Maria Loureiro: sendo egualmente o mesmo supplicante sobrinho de
Bento de Araujo Pereira, capitão de cavallaria, e cavaleiro fidalgo da casa real, a quem
se passou brazão de armas no anno de 1748, o qual era irmão de seu avô materno Bar
nabé de Araujo Pereira.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Leites, no segundo as
dos Araujos, no terceiro as dos Ferreiras, e no quarto as dos Bravos. — Br. p. a 23 de
janeiro de 1798. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 4.
(C. C.)
256. ANToNIo LEITE PITA DA RochA, cavaleiro professo na ordem de Christo, na
tural da villa de Caminha, comarca de Valença, filho do capitão Luiz da Rocha Marinho,
e de sua mulher D. Luiza Leite Pita; neto por parte paterna de José da Rocha, e de sua
mulher D. Thereza Marinho; neto por parte materna de Fernando Leite Pita, fidalgo da casa
real, e de sua mulher D. Paschoa Affonso, sendo o supplicante irmão germano do capitão
José Leite Pita Falcão Marinho, a quem se passou brazão de armas a 5 de junho de 1779.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Marinhos, e na segunda as
dos Pitas. — Br. p. a 2 de setembro de 1800. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 133 v.
(C. C.)
257. ANToNIo LEME, cavaleiro da casa real, filho de Martim Leme, fidalgo da casa
real, que tambem usava de brazão de armas.
Carta pela qual el-rei D. Afonso v lhe concede e a seus descendentes o seguinte bra
zão de armas: — Um escudo de oiro com cinco merletas de sable em santoir, pelos ser
viços prestados na tomada da villa de Arzilla e cidade de Tangere, com certos espingar
deiros e homens em uma urca na qual seu pae o mandou para servir na dita guerra. —
(M.N.) Dada em Lisboa a 12 de novembro de 1471. Reg. na Chanc. de D. Afonso V,
liv. XXI, fl. 90, e liv. III de Mist., fl. 13 v.
258. ANTONIO DE LEMOS COELHO FERRAZ DE SOUSA REBELLO E VASCONCELLOS,
filho de José Luiz Coelho de Lemos Ferraz de Sousa Rebello e Vasconcellos, e de sua
mulher D. Clara Maria Moreira Pacheco da Cunha; neto paterno de Luiz Coelho de Lemos
Ferraz de Sousa Rebello e Vasconcellos, e de sua mulher D. Clara Maria de Sousa Coe
lho Delgado; bisneto de João Coelho Ferraz Rebello, cavalleiro fidalgo da casa real, e de
sua mulher D. Paula de Lemos Silva e Vasconcellos, filha de Luiz Coelho de Bessa, fi
dalgo da casa real, e de D. Magdalena da Silva Lemos e Vasconcellos, filha de Diogo Go
mes de Lemos, senhor das villas de Trofa e Mourisca, fidalgo da casa real; terceiro neto
de João Coelho Ferraz Rebello, cavalleiro fidalgo da casa real, e de D. Angela Damiana
do Couto; quarto neto de Pedro Coelho, cavalleiro fidalgo da casa real, e de D. Joanna
Ferraz Rebello, filha de Francisco Ferraz, a quem por distinctos e relevantes serviços que
fez á corôa real se lhe fez mercê dos oficios do publico judicial e notas do concelho de
Aguiar e Sousa, e do da honra de Baltar no dito concelho.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Sousas, no segundo as
dos Coelhos, no terceiro as dos Lemos, e no quarto as dos Ferrazes. — Br. p. a 16 de
setembro de 1802. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 6 v.
• (C. C.)
de Sequeira, ambos da mesma ilha ; neto pela parte paterna de Leandro Martins da Costa,
e de sua mulher D. Maria de Franca Sá e Andrade, filha de Antonio de Franca e Andrade,
e de sua mulher D. Ignez, e neta de Manuel de Franca Camacho seu terceiro avô d'elle
supputante.
Um escudo partido em pala ; na primeira as armas dos Francas, e na segunda as
dos Andrades. — Br. p. a 10 de julho de 1772. Reg. no Cart, da N., liv. i, fl. 178.
(C. C.)
260. ANTONIO DE LIMA BRITO, natural da freguezia de Villela, termo da villa dos
Arcos, filho de Manuel de Lima Brito, e de sua mulher D. Laura de Sousa Rodrigues ;
neto paterno do doutor Antonio de Brito Lima, e materno de Domingos Rodrigues.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Britos, e na segunda as dos
Limas. — Br. p. a 7 de outubro de 1805. Reg. no Cart, da N., liv. vu, fl. 102.
(C. C.)
261. ANTONIO DE LIMA FREIBE, natural do termo da villa de Santo Amaro da Pu-
riflcacâo, comarca da Bahia, filho do alteres Francisco Affonso de Lima, da villa de
Vianna, e de sua mulher María de Almeida Freiré ; neto pela parte paterna de Manuel
Velho Freiré, que no estado da India e ñas guerras de Pernambuco, onde militou, fez
accoes mui heroicas e distinctas, e de sua mulher Catharina das Neves, que foi neta de
Simâo de Almeida, filho de Fernando Yaz Cernadle, natural da cidade do Porto, gover-
nador da capitanía do Espirito-Santo, com patente de capitáo-mór, e senhor de urna le-
goa de terra, que Ihe foi dada de sesmaria.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Limas, no segundo as
dos Freires, no terceiro as dos Gemaches, e no quarto as dos Almeidas. — Br. p. a 25 de
setembro de 1771. Reg. no Cart, da N., liv. i, fl. 158 v.
(c. c.)
262. ANTONIO LOBO DA COSTA BORGES E ABRANCHES, fidalgo da casa real, admi
nistrador do morgado de S. Miguel do Outeiro, da comarca de Viseu, onde é morador, e
do de Costas Borges da villa de Oliveira do Conde; filho de Joâo Lobo da Costa Borges
e Abranches, fidalgo da casa real, cavalleiro da ordern de Christo, familiar do Santo Offlcio,
e administrador do dito morgado de S. Miguel do Outeiro, e de sua mulher D. Helena
Maria de Mello e Mendonça, filha de Christováo de Sá de Albuquerque, fidalgo da casa
real, familiar do Santo Officio, e de sua mulher D. Luiza de Mello ; neto paterno de An
tonio Lobo Abranches, administrador do dito morgado, e administrador geral pelo rei das
minas de estanho das provincias da Beira e Traz-os-montes, e de sua mulher e prima
D. Maria Luiza de Castro, filha de Joâo da Costa Leitâo, cavalleiro da ordern de Christo,
e de sua mulher D. Anna Borges de Castro, filha herdeira de Alvaro Borges de Castro ;
bisneto de Gil de Castro, fidalgo da casa real, contador da real fazenda ñas comarcas de
Viseu e Lamego, senhor dos logares de Cernadella e outros, com toda a sua jurisdicçâo,
e de sua mulher Genebra Borges, que era dos mesmos Borges, de Gomes, Borges, fidalgo
da casa real, no tempo do rei D. Affonso v, escrivâo ou vedor de sua chancellaría, e se
nhor dos ditos logares de Cernadella ; bisneto de Antonio de Abranches Lobo, adminis
trador do dito morgado de S. Miguel do Outeiro, e de sua mulher D. María da Costa
Corte-real, filha de Gonçalo Aranha da Costa Leitáo, e de sua mulher D. Anna da Costa
Corte-real ; neta de Joâo da Costa Corte-real, fidalgo da casa real, alcaide-mór de Linhares,
filho de Gomes da Costa Corte-real, neto de Joâo Vaz da Costa Corte-real, fronteiro do
reino do Algarve dos Costas Côrtes-reaes, progenitores dos marquezes de Castello-Rodrigo,
e de quem procedem muitas casas illustres d'esta corte e reino ; terceiro neto de Antonio
Fernandas de Abranches Lobo, morador na villa de Moura, de cujo concelho foi capitâo
livre, sem dependencia de algum capitáo-mór, e de sua mulher 1). Anna Lobo de Figuei-
68 ANTONIO LOPES
redo, da antiquissima familia dos Lobos, pela qual entrou n’esta casa o morgado dos
Lobos, situado no logar de S. Miguel do Outeiro, sendo senhor do dos Fernandes na dita
villa, instituido por seu tio o doutor Francisco Fernandes do Amaral, collegial do collegiô
de S. Pedro na Universidade de Coimbra, onde foi tambem lente e conego doutoral da Sé
da mesma cidade, a favor de sua irmã Branca Fernandes do Amaral e Abranches, mulher
de Domingos João Paes da Costa, escudeiro fidalgo da casa da infanta D. Maria, de cujo
ascendente herdaram, com a obrigação de se appellidarem Fernandes de Abranches, cuja
clausula se observa ainda hoje nos que possuem, pela memoria de D. Fernando de Al
mada, chefe do appelido de Abranches, por ser segundo conde desta terra em França,
por mercê de Carlos VIII, rei d’aquelle reino; filho de D. Alvaro Vaz de Almada, primeiro
conde da dita terra, que, seguindo as partes do infante D. Pedro, foi morto na batalha
de Alfarrobeira, motivo porque o dito D. Fernando de Almada se refugiou na Beira ao
resentimento de el-rei D. Afonso V, e d’elle descendem estes Abranches, o que fez certo
por uma sentença tirada na correição do Civel da côrte de que foi juiz o desembarga
dor Antonio José da Fonseca Lemos, e escripta por Antonio Soares Guerreiro, escrivão
do dito juizo, e o rei de armas Portugal Manuel Pereira da Silva, cavaleiro professo na
ordem de Christo, lhe passou brazão com as armas das ditas familias. Feito em Lisboa
em 1752.
As armas dos Cunhas, e Nogueiras. — Br. p. em 1751. Reg. no Cart. da N., liv. par
ticular, fl. 26.
(C. C.)
263. ANTONIO LOPES DE CALHEIRos, natural de Ponte de Lima.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo azul com cinco vieiras de prata riscadas de preto, em aspa, e tres
estrellas do mesmo, em faxa, ao pé, e por diferença uma brica de oiro, com um — A—
grego de preto; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e azul, e por
timbre dois bordões de S. Tiago de prata, em aspa, com uma das vieiras no meio; com
todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Ca
lheiros. — Dada em Evora a 20 de agosto de 1534. Reg. na Chanc. de D. João III,
liv. xx, fl. 194.
266. ANToNIo LoPEs GALHARDo. filho de D. Diogo Lopes Galhardo, neto de Antonio
Lopes Galhardo, que no reino de Castella foi governador da praça de Salvaterra, e ficando
ANTONIO LUIZ 69
269. ANToNIo LUIZ CABRAL DE QUEIRoz (Capitão), filho de Manuel Cabral de Aze
vedo, e de sua mulher D. Francisca Cabral; neto pela parte materna do capitão Silvestre
Cabral, e bisneto do sargento-mór Antonio Cabral de Sequeira.
Um escudo com as armas dos Cabraes. — Br. p. a 17 de agosto de 1786. Reg. no
Cart. da N., liv. III, fl. 232 v.
(C. C.)
270. ANTONIO LUIZ CARDoso DE MENEZES BARRETo, filho de Francisco Cardoso
de Menezes Barreto, e de sua mulher D. Maria Caetana Osorio de Magalhães Coutinho;
neto pela parte paterna de João Ribeiro Bernardes, e de sua mulher D. Cecilia Cardoso
de Menezes Barreto, esta filha de Antonio Cardoso de Menezes Barreto, e de sua mulher
D. Marianna da Silva e Menezes, administradores que foram do morgado de Nespereira.
Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Cardosos, no
segundo as dos Menezes, e no terceiro as dos Barretos.—Br. p. a 28 de outubro de
1793. Reg. no Cart. da N., liv. v, fl. 3.
(C. C.)
271. ANToNIo LUiz FERREIRA VAz, do logar de Alvações do Corgo, termo de Villa
real, filho de Manuel Luiz Pereira, e de sua mulher Anna Maria Vaz de Carvalho; neto
70 ANTONIO LUIZ
por parte materna de Manuel de Carvalho Vaz, e de sua mnlher Luiza Pereira de Carva
lho; bisneto de Luiz de Carvalho, e de sua mulher Marianna de Carvalho, e aparentado
com Gonçalo Vaz, o moço, a quem se concedeu o privileglo de fidalgo para elle e seus
SUCCESSOTÊS.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Carvalhos, e na segunda as
dos Vazes. — Br. p. a 26 de junho de 1798. Reg. no Cart. da N., liv. VI, } # V.
(C. C.)
272. ANToNIo LUIZ MACHAD o GUIMARÃEs, fidalgo cavaleiro da casa real, commen
dador da ordem militar de Christo, cavaleiro da ordem de Nossa Senhora da Conceição
de Villa-viçosa; filho de Domingos Luiz, e de sua mulher D. Joaquina Machado; neto pa
terno de Antonio Luiz, e de sua mulher D. Joaquina Maria, e materno de Manuel Ma
chado, e de sua mulher D. Joanna Maria.
Um escudo com as armas dos Machados. — Br. p. a 10 de junho de 1865. Reg.
no Cart. da N., liv. Ix, fl. 83 v.
(C. C.)
273. ANToNIo LUIZ DE MIRANDA E MENEZEs (Bacharel), monteiro-mór da villa de
Ruivães, oppositor aos logares de letras, senhor da quinta da Torre do Bairro no concelho
de Roças, assistente em outra sua quinta chamada de Dentro, na dita villa, immediato
successor do morgado que na mesma instituiu seu bisavô; filho de Antonio José de Ma
galhães Laborão e Almeida, capitão-mór da dita villa, professo na ordem de Christo, fa
miliar do Santo Oficio, e de sua mulher D. Antonia Maria de Menezes Cardoso; neto pela
parte paterna de João Baptista Laborão e Almeida, capitão de cavallos que foi na provincia
de Traz-os-montes, administrador do dito morgado, e de sua mulher D. Antonia Maria de
Fontoura, filha de Gregorio de Magalhães, descendente dos senhores da casa da Ponte da
Barca, e de sua mulher D. Maria de Fontoura Cardoso; bisneto de Gervasio de Pina e
Miranda, senhor que foi da dita quinta da Torre do Bairro, e instituidor do dito morgado
de Ruivães; e pela materna neto de João Ribeiro Bernardes, instituidor do morgado da
Portella, na freguezia de S. Jorge de Cima de Sello, e de sua mulher D. Cecilia de Me
nezes Barreto, filha de Antonio Cardoso de Menezes, fidalgo da casa real, e administrador
do morgado de Cardoso na freguezia de Nespereira, e de sua mulher D. Maria da Silva e
Menezes.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Mirandas, no segundo as
dos Magalhães, no terceiro as dos Cardosos, e no quarto as dos Menezes. — Br. p. a 5
de agosto de 1775. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 74 v.
(C. C.)
274. ANToNIo LUIZ DE MoRAEs REGo, bacharel formado nos sagrados canones pela
Universidade de Coimbra, cavaleiro professo na ordem de Christo, oficial maior da Se
cretaria da guerra com a graduação de tenente coronel dos reaes exercitos, filho de An
tonio de Moraes Rego, sargento-mór da comarca de Santarem, e oficial maior da dita
Secretaria da guerra, e de sua mulher D. Antonia Maria Michaela de Mello; neto por
parte paterna de Manuel do Rego de Moraes, tambem oficial maior da mesma Secretaria,
e de sua mulher Bernardina do Espirito-Santo; neto por parte materna do doutor João
Coelho Pereira, advogado da Casa da supplicação, e de sua mulher D. Maria Magdalena.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Moraes, e na segunda as dos
Regos. — Br. p. a 20 de janeiro de 1800. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 117 v.
(C. C.)
275. ANTONIO LUIZ DE SousA Dos REIS MAIA, natural da cidade de Coimbra, filho do
doutor Luiz de Sousa dos Reis, cidadão da cidade de Coimbra, neto de Antonio Gomes da
ANTONIO MAIA 71
Maia, cidadão da mesma, e de sua mulher Thereza de Jesus e Sousa, irmã do doutor Manuel
dos Reis e Sousa, lente que foi de prima, jubilado em vespera na faculdade de medicina na
Universidade da mesma cidade, cavaleiro da ordem de Christo, e familiar do Santo Oficio.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Maias, e na segunda as dos
Sousas. — Br. p. a 12 de junho de 1775. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. %
C.)
(C. C.
Carta pela qual el-rei D. Sebastião lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo esquartelado; o primeiro dos Nogueiras, de oiro, e uma banda
enxaquetada de prata e verde e cinco pontas em faxa e sobre as do meio uma cotiça ver
melha; o segundo dos Frazões, de vermelho, e uma asna de prata entre tres flores de liz
de oiro em roquete, e assim os contrarios, e por diferença uma merleta azul, elmo de
prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, verde, prata e vermelho, e por timbre
um pescoço de serpe de oiro enxaquetado de verde, com um ramo de nogueira na boca,
que tem ouriços de nozes; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da
geração dos Frazões e Nogueiras.—Dada em Lisboa a 10 de novembro de 1568. Reg. na
Chanc. de D. Sebastião, liv. VII, fl. 33.
na referida cidade de Pernambuco, e que o dito seu pae, depois de viuvo se ordenou.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Borges, na segunda as dos
Fonsecas. — Br. p. a 29 de maio de 1795. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 55 v.
(C. C.)
José Homem da Costa; bisneto de Miguel Homem da Costa; terceiro neto de Miguel Ho
mem da Costa; quarto neto de Miguel Homem da Costa; quinto neto de Sebastião Homem
da Costa.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Homens, na segunda as dos
Costas. — Br. p. a 2 de julho de 1798. Reg. no Cart. da N., liv. 6, fl. 29 v.
(C. C.)
1 Estas armas dos Chaves acham-se aqui arbitrariamente emendadas (Vid. Alvaro Lopes).
78 ANTONIO PEREIRA
•
308. ANTONIO PAMPLONA, natural da ilha Terceira, filho de Antonio Bernardo Pam
plona Rodovalho, administrador de um vinculo estabelecido na mesma cidade, tenente do
forte do Bom Jesus da dita ilha, a quem se passou brazão de armas a 7 de fevereiro de
1770, e de D. Anna Francisca Rosa; neto pela parte paterna do alferes Antonio Xavier
Pamplona, e de D. Catharina Felicia; bisneto de Mathias Pamplona Merens, e de D. Jo
sepha Maria; terceiro neto de Mattheus de Figueiredo, e de D. Antonia Moniz Merens
Pamplona, filha de Mathias Pamplona, terceiro neto de Gonçalo Alvares Pamplona, um
dos primeiros povoadores da referida ilha.
Um escudo com as armas dos Pamplonas. — Br. p. a 2 de agosto de 1792. Reg. no
Cart. da N., liv. IV, fl. 259.
(C. C.)
309. ANToNIo PEDR o DE FIGUEIREDo, cavalleiro professo da ordem de Christo, ca
pitão-mór da villa de Torres-novas, comarca de Santarem, filho do doutor Manuel da Silva
Antunes, e de sua mulher D. Antonia Paula de Flgueiredo; neto pela parte paterna de
Valentim Antunes, e de sua mulher D. Isabel da Silva, e pela materna neto de Pedro Cra
veiro de Figueiredo, e de sua mulher D. Luiza Maria.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Silvas, e na segunda as dos
Figueiredos. — Br. p. a 17 de outubro de 1784. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 175 v.
(C. C.)
mulher D. Maria Rosa da Natividade e Silva ; neto materno de Joaquim José da Silva, of-
flcial-maior do Correio geral, e de sua mulher D. Anna Rita Ludovina.
Um escudo partido em pala ; na primeira as armas dos lavares, e na segunda as dos
Silvas.— Br. p. a 1 de agosto de 1827. Reg. no Cart, da R, liv. VIH, fl. 205 v.
(C. C.)
327. ANTONIO RODRIGUES BOTELHO, cavalleiro professo na ordern de Christo, capitao
de cavallos do regimentó de que é coronel Henrique Garcez Pallia d'Almeida, filho legitimo
de Manuel Rodrigues Botelho, familiar do Santo Officio, e de sua mulher Rosa Maria do Es
pirito Santo ; neto pela parte paterna de outro Manuel Rodrigues Botelho, e de sua mu
lher Maria Rodrigues, e pela materna neto de Antonio Joáo, e de sua mulher Leonor Vieira.
Um escudo com as armas dos Botelhos. — Br. p. a 15 de julho de 1765. Reg. no
Gart, da N., liv. i, fl. 9 v.
(C. C.)
328. ANTONIO RODRIGUES BRAVO, capitao do regimentó de milicias da comarca de
Ourique, cavalleiro professo na ordern de Sant'Iago da Espada, correio-mör da villa de
Mertola, onde é morador, e natural de Castro-verde ; filho de Carlos Rodrigues Bravo, e
de Christina Maria Rosa; neto pela parte paterna de Antonio Rodrigues Bravo, e de
D. Laura Guiomar de Arnedo ; neto pela parte materna de Francisco Alvares, e de Maria
Catharina Rosa.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Rodrigues, e na segunda as
dos Bravos. — Br. p. a 20 de setembro de 1798. Reg. no Cart, da N., liv. vi, fl. 41.
(C. C.)
329. ANTONIO RODRIGUES PEREIRA DE NORONHA E MENEZES, filho do capitáo-mór
Antonio Rodrigues Pereira, e de D. Anna Maria de Noronha e Menezes ; neto pela parte
materna de Sebastiáo Mendes, e de Bernarda da Conceiçâp, dp logar dos Anacos ; e por
esta sua avó bisneto de Manuel Rodrigues, e de Maria Freiré, irmâ" legitima do reverendo
Domingos Alvares da Paz Noronha e Menezes, a quem ja se passára brazâo cora as armas
das familias d'estes appellidos em 5 de junho de 1728.
Um escudo partido em pala ; na primeira as armas dos Noronhas Menezes de Villa-
real, e na segunda as dos Mendes. — Br. p. a 20 de fevereiro de 1779. Reg. no Gart, da
N., liv. u, fl. 183.
(C. C.)
330. ANTONIO DE SÁ REBELLO OSORIO DE SAMPAIO, cavalleiro professo na ordern
de Sant'Iago, natural da villa de Britiande, comarca de Lamego, filho de Manuel Francisco
de Sá e Sampaio, e de sua mulher D. Maria Osorio de Carvalho e Almeida ; neto pela
parte paterna de Antonio Francisco de Sá Pereira de Sampaio, e de sua mulher e prima
D. Jeronyma Francisca de Sá e Mello ; e pela materna de Manuel Carvalho e Almeida, e
de sua mulher D. Clara Osorio da Fonseca Pinto, filha de Manuel Rebello Osorio, da an-
tiga casa de Val de Oleiros, junto a Lamego, e de sua mulher e prima D. Maria da Fon-
seca Pinto Osorio.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Sás, no segundo as dos
Pereiras, no terceiro as dos Sampaios, e no quarto as dos Osorios. — Br. p. a 1 de julho
de 1775. Reg. no Cart, da N., liv. n, fl. 70 v.
(C. C.)
331. ANTONIO DE SA SOUTO-MAIOR, natural de Freixo de Espada á cinta, filho de
Francisco de Sá Souto-maior, que foi íidalgo e do tronco d'esta geraçâo.
Carta pela qual el-rei D. Henrique Ihe concede o seguinte brazâo de scus antecesso
84 ANTONIO DE SEQUEIRA
res : — Escudo de campo esquartelado ; o primeiro dos Sás de campo enxaquetado de
prata e azul de seis pecas em faxa; o segundo dos de Souto-maior de campo de prata e
tres faxas enxaquetadas de oiro e vermellio de 1res pecas em pala, e assim os contrarios,
e por differença urna merleta de oiro, elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife
de prata, azul, oiro e vermelho, e por timbre um búfalo de sua cor enxaquetado de prata
com urna manilha de prata ñas ventas; com todas as honras de fidalgo por descender das
geraçoes dos Soutos-maiores e Sás. — Dada em Lisboa a 10 de abril de 1579. Reg. na
Chane, de D. Henrique, liv. xi, fl 211 v.
332. ANTONIO SEBASTIÁO SALGADO, filho do bacharel Antonio Vaz Salgado, caval-
leiro professo na ordern de Christo, que serviu em varios logares de letras na occu-
pacáo de ministro, e de D. Francisca Xavier Josepha Leonor ; neto pela parte paterna do
capitâo de mar e guerra Antonio Vaz Salgado, e de sua mulher D. Francisca Maria Jose
pha, e pela materna de Francisco de Oliveira, e de sua mulher Francisca Estaca Metello.
Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Salgados, no
segundo as dos Oliveiras, e no terceiro as dos Metellos. — Br. p. a 20 de junho de 1709.
Reg. no Cart, da N.. liv. i, П. 102.
(C. C.)
333. ANTONIO DE SEIXAS PINTO, Manuel de Seixas Pinto, Joáo de Seixas Pinto, e
Custodio Vieira de Seixas, filhos de Antonio Monteiro Alves, e de sua mulher Anna de
Seixas Vieira ; netos paternos de Francisco Monteiro Alves, filho de Manuel Monteiro, e
de Margarida Francisca; neto de Antonio Monteiro Alves, e de sua mulher Isabel Alves;
bisneto de Manuel Monteiro, que casou na familia dos Mouras; terceiro neto de Alvaro
Annes, e de sua mulher Maria Monteiro; e o dito Alvaro Annes, filho de Joáo Alves, ca-
valleiro fidalgo que serviu os reis d'esté reino ñas guerras de Castella, e com armas e
cavallos encobertados, e de sua mulher Beatriz Alves Bravo, dos Bravos da cidade de
Braga apparentados na casa da Barca, e irma do commendatario de Mansilhos, morado
res que foram no assento da egreja de Fervenca de que erara administradores, e na mesma
sua quinta de Vinhal ; o qual Joáo Alves era dos cavalleiros lidalgos d'aquelle tempo, pa-
rente de Pedro da Cunha, senhor de Basto ; neto materno de Marçal Vieira de Seixas, e de
sua mulher Maria de Seixas da Fonseca ; os supplicantes sao bisnelos de Ambrosio Vieira,
e de sua mulher Maria da Silveira dos Silveiras, senhores de villa Cains; terceiros netos
de Braz Goncalves, e de sua mulher Isabel Ribeiro : e a dita Maria de Seixas da Fonseca,
avó dos supplicantes, filha de Joáo Pinto Soarcs, e de Helena Velloso ; neta de Domingos
Pinto, e de sua mulher Maria Soares; bisneta de Balthasar Goncalves, e de sua mulher
Beatriz Vaz : e a dita Maria Soares mulher de Domingos Pinto, filha de Fernào Soares, e
de Catharina Antonia moradora na sua quinta e solar do Paco, casa de torres com ameias
que procede de Henrique Teixeira, fidalgo da casa real, porleiro da cámara do infante
D. Duarte, e do senhor rei D. Joáo u; e a dita Helena Velloso, bisavô dos supplicantes,
filha de Pedro de Seixas Pinto, e de sua mulher Helena Velloso; neto de Belchior Pinto
da Fonseca, e de sua mulher Maria Vieira, descendentes dos Seixas de Fonte-arcada da
Beira, Pintos e Fonsecas, morgados de Balsemâo, por onde os mesmos supplicanles ap-
parentam com o morgado no quarto grau, e com o gräo-mestre de Malta Fr. Manuel Pinto
da Fonseca, e seu irmâo Balio de Lessa.
As armas dos Pintos, Fonsecas, Seixas e Ribeiros. — Br. p. a 5 de dezembro de 1750.
Reg. no Cart, da N., liv. particular, fl. 5 v.
(C. C.)
bisneto de Antao Pacheco, e trineto de Joâo Fernandes Pacheco, o moco, os quaes eram
fidalgos e das ditas geracöes.
Carta pela quäl el-rei D. Sebastiâo Ihe concede о seguinte brazâo de seus anteces
sores : — Escudo de campo esquartelado ; о primeiro dos Sequeiras, que é de campo azul
e cinco vieiras de oiro em aspa, e o segundo dos Pachecos, que é de campo de oiro e
duas caldeiras de preto com 1res faxas cada urna, veiradas e contraveiradas de oiro e
vermelho, e assim as azas, e em cada caldeira quatre cabeças de serpe de oiro, rasfeiga-
das das azas, duas para fora e duas para dentro, com as linguas vermelhas, e por diffe-
rença urna estrella de prata; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro,
azul, vermelho e preto, e por timbre um pescoço de serpe de oiro com duas cabeças,
uma contra a outra bataillantes ; corn todas as honras de fidalgo, por descender da ge-
raçâo dos Sequeiras e Pachecos. — Dada em Almeirim a 20 de marco de 1565. Reg. na
Chane, de D. Sebastiâo, liv. iv, fl. 286.
335. ANTONIO DA SILVEIRA PEIXOTO, natural da ilha do Faial, filho do capitäo Ma
nuel de Avila Peixoto, e de sua mulher D. Margarida Josepha ; neto pela parte paterna do
capitáo Jorge Guiarte da Silveira, e de sua mulher D. Maria de Faria, e pela materna do
alteres Lourenço Pereira, e de sua mulher Maria de Bettencourt.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Avilas, no segundo as
dos Peixotos, no terceiro as dos Silveiras, e no quarto as dos Bettencourts. — Br. p. a 3
de agosto de 1781. Reg. no Cart, da N., liv. ш, fl. 18.
(C. C.)
336. ANTONIO SIMÖES RESURGIDO (Sargento-mór), natural da cidade de Lisboa, filho
de Luiz Simoes Resurgido, almoxarife geral das fortalezas da marinha d'esta cidade, e de
sua mulher D. Maria Joaquina do Nascimento ; neto pela parte paterna de Manuel Simoes,
sargento-mór de auxiliares da cidade de Aveiro, e de sua mulher D. Helena María Soares,
e pela materna neto de Domingos Simoes, e de sua mulher D. Domingas da Silva, todos
descendentes da nobre familia do appellido de Simoes d'esté reino.
Um escudo cora as armas dos Simoes. — Br. p. a 14 de julho de 1788. Reg. no Cart,
da N., llv. iv, fl. 60 v.
(C. C.)
337. ANTONIO SOARES BRANDÄO (Coronel), cavalleiro professp na ordern de Christo,
fidalgo da casa real, e cirurgiao-mór d'estes reinos, filho de Antonio Soares Brandâo, e de
sua mulher Anna da Rocha.
Um escudo esquartelado ; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Soares de
Tangil, no segundo as dos Brandóes, e no terceiro as dos Dantas. — Br. p. a 24 de julho
de 1776. Reg. no Cart, da N., liv. н, fl. 103.
(C. C.)
338. ANTONIO SOARES HOMEM, chantre da Sé de Lamego, filho de Manuel Soares, de
Santarem, fidalgo, neto de Lopo Alvares Soares, fidalgo, bisneto de Alvaro Soares, que
foi tambem tidal go muilo honrado, bem assim era filho de Beatriz da Costa Homem, que
foi da geraçâo dos Costas Homens.
Carta pela quäl el-rei D. Joâo m Ihe concede o seguinte brazâo de seus antecesso
res : — Escudo de campo esquartelado; o primeiro e quarto quarteis dos Soares, de
prata, cora uma cruz florida de vermellio, vasia do primeiro, e uma bordadura do mesmo
cheia de escudinhos de azul, e em cada um cinco besantes de prata ; o segundo dos
Homens, de azul, com seis crescentes de oiro em duas palas, e o terceiro de vermelho,
com seis costas de prata em faxa e em duas palas; elmo de prata aberto guarnecido de
oiro, paquife de prata e azul, e de oiro e vermelho, e por timbre um dragâo de verme
86 ANTONIO DE SOUSA
lho; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender das gerações e linhagens
dos Soares de Albergaria, Homens e Costas.—Dada em Lisboa a 30 da outubro de 1541.
Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xxxII, fl. 10.
339. ANToN1o SoAREs Dos Rios (Doutor), desembargador da Casa da supplicação,
filho de João Alvares Aires, cavaleiro da casa real, e de Maria Calada; neto de João
Martinez dos Rios, que foi fidalgo e do tronco d'esta geração.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo de oiro e duas faxas de azul bordadas de branco, e uma bor
dadura de prata com cinco cabeças de serpe verdes, cortadas e com as linguas de ver
melho, e por differença uma brica de purpura e nella um — A — de oiro; elmo de prata
aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, azul, prata e verde, e por timbre uma das
cabeças de serpe; com todas as honras e privilegios de fidalgo, por descender da geração
e linhagem dos Rios. — Dada em Lisboa a 19 de setembro de 1540. Reg. na Chanc. de
D. João III, liv. L, fl. 209 v.
340. ANToNIo SoBRINHo, cavaleiro fidalgo da casa real, filho de Fernão Sobrinho,
neto de João Sobrinho, e bisneto de Fernão Sobrinho, que foram fidalgos e do tronco
d’esta geração.
Carta pela qual el-rei D. Sebastião lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo esquartelado; o primeiro de vermelho com uma torre de prata
com as portas e frestas, e lavrada de preto; o segundo de verde com um casco de prata,
e em cima d’elle uma flor de liz de oiro, e assim os contrarios, e por diferença uma lua
de oiro; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, vermelho, prata e
verde, e por timbre um leão vermelho rompente, com o casco das armas na cabeça e a
flor de liz na espadoa; com todas as honras de fidalgo por descender da nobre geração
dos Sobrinhos. — Dada em Almeirim a 20 de março de 1569. Reg. na Chanc. de D. Se
bastião, liv. VIII, fl. 58 v.
343. ANToNIo DE SousA E SILVA, natural da villa da Horta, ilha do Faial, filho do
Domingos de Sousa e Silva, e de sua mulher Barbara da Trindade; neto paterno de João
de Mendonça, e de sua mulher Agueda de Sousa e Mello, filha de Manuel de Sousa e
Mello, e de sua mulher Agueda Rodrigues; bisneto de João de Aviz, e de sua mulher
Catharina Furtado; neto materno de André Furtado de Mendonça, e de sua mulher Maria
da Rocha, filha de Salvador Gonçalves, e de sua mulher Isabel Fernandes; bisneto de
Francisco Nunes, e de sua mulher Maria Albornos.
As armas dos Mendonças, Furtados, Rochas, e Albornos. — Br. p. a 4 de dezembro
de 1756. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 103 v.
(C. C.)
Teixeira de Mello ; neto por parle paterna de Joâo Pinto, e de sua mulher D. Marianna
Ribeiro; neto por parte materna de Joâo Teixeira, e de sua mulher D. Maria Correa de
Mello.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Pintos, no segundo as
dos Ribeiros, no terceiro as dos Teixeiras, e no quarto as dos Mellos. — Br. p. a 20 de de-
zembro de 1800. Reg. no Gart, da N., liv. vi, il. 154 v.
(С. С.)
349. ANTONIO TEIXEIRA DE QUEIROZ, cavalleiro da ordern de Christo, fllho de Joa-
quim Teixeira de Queiroz, léñente de milicias da cidade de Penatiel, condecorado com a
cruz de campanha, e de sua mulher D. Maria Luiza de Almeida; neto paterno de Joâo
Baptista de Queiroz, proprietario, e de sua mulher D. Anna Rita Teixeira, e materno de
Joâo Pedro de Madureira, e de sua mulher D. Luiza de Almeida.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Queirozes, e na segunda as
dos Madureiras. — Br. p. a 21 de abril de 1860. Reg. no Cart, da N., üv. ix, fl. 33.
(C. C.)
350. ANTONIO TEIXEIRA DE VASCONCELLOS (Capilâo), natural da ilha da Madeira, fi-
Iho de Manuel Teixeira de Vasconcellos, e de sua mulher Isabel da Nobrega ; neto pela parte
paterna de Manuel Teixeira de Vasconcellos, e de sua mulher Maria da Nobrega; elle filho
de Joâo Teixeira de Vasconcellos, e de sua mulher Antonia Jorge, e ella lilha de Ignacio
da Nobrega, e de sua mulher Maria de Freitas ; neto o supplicante pela parte materna de
Ignacio de Coiros, e de sua mulher Maria da Nobrega, elle filho de Gabriel de Coiros, e
de sua mulher Maria de Sá, e ella filha de Francisco Dias da Nobrega, e de sua mulher
Beatriz de Burgos.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Teixeiras, no segundo as
dos Vasconcellos. no terceiro as dos Nobregas, e no quarto as dos Sás. — Br. p. a 17 de
novembre de 1779. Reg. no Cari, da N., liv. u, fl. 212 v.
(C. C.)
351. ANTONIO THEODORO FERREIRA TABORDA DE AZEVEDO FREIRÉ, capitao-mór
da praça _ e villa de Monsanto; filho de José Manuel de Azevedo Freiré, sargento-mór da
referida villa e praca, e de D. Antonia Maria Xavier Taborda Grande, irmâ de Joâo Xa
vier Taborda Pinhateli, coronel de milicias, do léñente coronel Miguel Antonio Ferreira
Taborda, e de Francisco Xavier Ferreira Taborda, sargento-mór de infantería reformado,
lodos tres fidalgos de solar conliecido ; neto por parte paterna de Esteváo Vaz de Azevedo
Freiré, e de U. Ignez Freiré Roballo ; bisneto de Lourenço Vaz Freiré, e de D. Maria de
Azevedo, lodos naturaes da villa de Penamacor, e das familias mais nobres e distinctes
d'ella : sendo o dito supplicante párenle do capitao-mór da dita praça Antonio Carlos de
Gouvea Osorio, assim como de outras pes oas illustres da comarca de Castello-branco,
como o desernbargador do Porto, commendador e alcaide-mór Fernando Affonso Giraldes,
José da Silva de Castel-branco, e de Antonio Bonifacio Coelho, que morreu arcebispo de
Lacedemonia ; neto por parte materna de Antonio Theodoro Ferreira Taborda, fidalgo de
solar conliecido, capitán de infantería, adminislrador dos morgados do Alcaide, Lomba,
Atalaya, e do do Nome de Jesús ; bisneto de Joâo Ferreira Taborda, lidalgo de solar co-
nhecido, sargenlo-mór e governador da praca de Penamacor, adminislrador dos ditos
morgados, e de sua mulher e prima D. Brites Maria Taborda, filha de Francisco Taborda,
que serviu dislinctamente na guerra da aedamaçâo e cm Mazagâo, e morreu governador
da praça de Almeida, sendo legitimo descendente de Vasco Paes Cardoso, alcaide-mór de
Trancoso, senhor de Moreira, e de Avilhao, assim como do mordomo-mór do senhor rei
D. Affonso Henríques, primeiro senhor da quinta de solar e casa forte de Abren, em Re
galados, assim como de Payo Soares de Paiva Castel-branco, senhor da honra de Sobrado,
ANTONIO THEODORO 89
liza, com exercicio na casa real, onde foi monteiro-mór, e doado pelo senhor infante
D. Fernando em seu testamento, foi senhor da honra de Canellas, e dos mais senhorios
de seu avô, commendador da ordern de Sant'Iago, o qual morreu gloriosamente em Africa,
foi casado com D. Eufemia de Casfro, da illustre familia dos Castros de Galliza, d'onde
era natural. O dito Ruy Taborda foi filho primogénito de Joâo Rodrigues Taborda, fidalgo
de grande solar em Galliza, cavalleiro da casa do primeiro duque de Bragança D. Affonso,
senhor da honra de Canellas, foi capitâo de urna ñau a Ceuta com gente sua em 1415, e
casou com D. Thereza de Ayala, filha legitima de Pedro Lopes de Ayala, rico hornera em
Galliza, e de D. Leonor de Gusmáo Ponce de Leao, prima dos duques dos Arcos, e Ma-
queda. O dito Joáo Rodrigues Taborda foi filho primogénito de García Rodrigues Taborda,
fidalgo de grande solar em Galliza e Asturias, conde de Taboada, senhor de S. Miguel de
Taborda, e do castello de Piconha, e de militas villas, rico homem no principado de As
turias, chefe da familia de Tabordas, ou Tabeadas, cuja illustre ascendencia decorre sem-
pre em grande lustre, até ao capitâo general de el-rei D. Pelayo, que em paga dos seus
grandes services contra os moiros Ihe deu em casamento sua filha legitima a infanta
D. Falquile Pelae (e da rainha D. Guadiosa), e os quaes fundaram a casa e o condado de
Taboada, para seu filho e toda a sua legitima descendencia, e o referido Garcia Rodrigues
Taborda, que pela lealdade com que seguiu o seu legitimo reí D. Pedro de Castella con
tra o partido de seu irmao Henrique, conde de Trastamara, quando este tirou a vida e o
reino ao dito seu rei e irmao, elle chefe dos Tabordas, fugiu para Portugal, onde o se
nhor reí D. Fernando o fez seu mordomo-mór, meirinho-mór do reino, alcaide-mór de
Leiria, senhor de Porto de Moz, e outras villas. Que a referida D. Maria Taborda, quarta
avó do supplicante, que foi irmâ primogénita de D. Isabel Taborda, mâe do grande poli-
tico Salvador Taborda, enviado de Portugal na corte de Franca, e depois embaixador em
Roma, fui casada com o quarto avô do supplicante Antâo Alves Ferreira Taborda, fidalgo
da casa real, e de solar conhecido, por ser oitavo senhor da sua quinta de solar e casa
forte de Antao Alves, terceiro administrador dos morgados do Alcaide-mór e da Lomba,
e foi dos que acclamaram o senhor rei D. Joáo iv, em cuja guerra fez grandes proezas,
defendendo por vezes a sua quinta e o castello de Atalaya da Vigia, com gente paga á
sua cusía, por cujos services cedeu a seu sobredito filho Antonio Ferreira Taborda o
exercicio de moco fidalgo no paco do senhor reí D. Affonso vi ; quinto neto por esta va-
ronia de Antonio Ferreira, fidalgo da casa real, e de solar conhecido, sétimo senhor da
dita quinta de solar, e casa forte, segundo administrador dos referidos morgados, e de
sua mulher D. Calharina Lopes Roballo, legitima descendente dos fidalgos Roballos, que
vieram de Biscaia, e ajudaram a conquistar do dominio dos moiros a villa de Penamacor,
de cujos Roballos é hoje chefe Francisco Xavier Roballo Pinhateli, morgado em Freixo
de Espada á cinta; sexto neto de Antao Alves Ferreira, fidalgo de el-rei, e de solar co
nhecido, sexto senhor da dita quinta de solar, e casa forte, primeiro administrador dos
ditos morgados, procurador em Cortes pela villa de Penamacor em 1579, e de sua mu
lher D. Catharina Lopes Botelho, neta de Martim Faria Botelho, alcaide-mór de Sortelha;
sétimo neto de Rodrigo de Ferreira, professo na ordern de Christo, e n'ella commendador,
fidalgo de el-rei, e de solar conhecido, quinto senhor da dita quinta de solar, e casa forte,
e de sua mulher D. Catharina Freiré, lilha de Simao Freiré, fidalgo da casa real, o pri
meiro capitao-mór de Castello-novo em 1573, e neta dos antigos castellanos do castello e
villa de Репа-Garcia, e dos senhores de Aldea-nova das Donas; oitavo neto de Antao Al
ves Ferreira, quarto senhor da dita quinta, fidalgo de solar conhecido, cavalleiro fidalgo
do senhor rei D. Joáo ni, com moradia, e de sua mulher D. Francisca Tavares, filha de
Joáo Tavares, commendador de Alpedrinha, irmâ" do commendador de Ouris Antonio Ta
vares, e quarta neta por illustre varonía de Pedro Tavares, irmao da fundadora da egreja
de Santa María Magdalena, da villa da Covilhâ, todos dos legítimos Tavares dos senhores
de Mira ; novo neto de Alvaro de Ferreira, terceiro senhor da dita quinta, lidalgo da casa
do senhor rei D. Manuel, e de solar conhecido, e de sua mulher D. Beatriz Rebello, ulna
ANTONIO THEODORO 91
de Lopo Rebello, vassallo do seuhor rei D. Affonso v, neto dos Rebellos, e Azevedos, fun
dadores do convento da Graça, de Castello-branco, e senhores de S. Felizes el Grande, em
Castella ; décimo neto de Fernäo de Alvares de Ferreira, fldalgo de solar conhecido, se
gundo senhor da dita quinta de solar, e torre dos Namorados, antigo solar de seus avos,
fldalgo escudeiro da Excellente senhora, que serviu com muita distinccao em Africa e n'este
reino ; décimo primeiro neto de Antao Alves Ferreira, fundador da dita quinta de seu
nome por provisâo do senhor rei D. Pedro i, por ter privilegio de fldalgo de solar conhe
cido, sendo ja fidalgo de el-rei, e de sua mulher D. Francisca de Souto-maior, filha de
D. Pedro de Souto-maior, senhor da Torre dos Namorados, antiquissimo solar de seus
avós desde o principio d'esta monarchia ; décimo segundo neto de Gomes Martins de Fer
reira, quinto senhor da illustre casa de Cavalleiros, no Minho; décimo terceiro neto de
Martim de Ferreira, fldalgo de el-rei, senhor da casa de Cavalleiros, a quera chamaram
Martim Narizes, pela cutilada que levou no Porto na batalha das Favas em Guimaráes,
foi tambera procurador da corôa, e de D. Brites Annes de Sandim, legitima descendente
por varonía legitima de Martim Moniz, que ínorreu esmagado no castello de Lisboa, assim
como do conde D. Mendo, o Sousâo ; décimo quarto neto de Estevao de Ferreira, fidalgo
de el-rei, terceiro senhor da dita casa e morgado de Cavalleiros, e de D. Maior Martins;
décimo quinto neto de Pedro Ferreira, o moco, fidalgo de el-rei, e segundo senhor do dito
morgado ; décimo sexto neto de Estevâo Pires Ferreira, o velho, fldalgo de el-rei e insti
tuidor do dito morgado, de que hoje é senhor D. Gregorio Ferreira de Eça, conde de
Cavalleiros ; décimo sétimo neto de Pedro Ferreira, fidalgo de el-rei, senhor do paco de
Ferreira, e de Ferreira de Aves ; décimo oitavo neto de D. Fernäo de Alvares de Ferreira,
fidalgo de el-rei, e senhor do dito paco ; décimo nono neto de D. Rodrigo Alves de Fer
reira, rico hornera no reino de Leáo, e fidalgo muilo poderoso, irmáo do conde D. Fer
nando de Alvares de Ferreira ; vigésimo neto de D. Alvaro de Ferreira, meirinho-mór do
reino de Leáo, senhor de Maciella de la Sierra, e outras villas, o qual tinha urna illustre
varonía na casa de Lara, em Castella; neto tambera por parte materna de D. Violante
Xavier Felicia Taborda Nogueira ; bisneto de Francisco Taborda Nogueira, e de D. Filippa
Roballo Pinhateli, a quai foi filha de Manuel Roballo Pinhateli, e de D. Isabel da Gama,
ambos instituidores do morgado de Santa Luzia, e do seu altar na freguezia de Santiago
da villa e praça de Peuamacor, o qual Manuel Roballo Pinhateli, tendo tido o valor e a
fortuna de aprisionar no choque de Santo Albira em 1670, a D. Antonio Pinhateli, capitao
de cavallaria do exercito hespanhol, onde commandava a cavallaria cátala, e que era irmáo
do marquez de S. Vicente, capitao general da Estremadura, e principe de Pinhateli, foi
reconhecido pelo dito seu prisioneiro por seu párente, e por isso o senhor rei D. Affonso vi
Ihe mandou que usasse das armas de Pinhateli, elle e todos os seus descendentes, pelo
que ficou sendo chefe d'esta familia em Portugal, e hoje é seu bisneto pela linha primo
génita Francisco Xavier Roballo Pinhatelli, administrador do morgado de Freixo de Es
pada á cinta, e do de Santa Luzia; o dito Manuel Roballo Pinhateli serviu com toda a
distinccao ñas guerras da acclamacao, e na da grande liga conquistou a praça de Moraleja,
em Castella, e a cidade de Coria, morreu mestre de campo de infanteria e governador de
Penamacor, e por este lado vera a ser o supplicante descendente tambera dos antigos Ro-
ballos, fidalgos que vieram de Riscaya ajudar a conquista de Penamacor, no reinado do
senhor rei D. Affonso Henriques, e dos Mascarenhas de Valezim, cavalleiros muito nobres
e descendentes do duque de Hurgos. O referido seu bisavô Francisco Taborda Nogueira,
capitao-mór de S. Vicente da Reirá, e juiz de fóra da mesma villa, e da de Arronches,
administrador do morgado de Nogueiras, em que Ihe succedeu sua filha a sobredita sua
avó; terceiro neto de Domingos Nogueira Pérez, que depois de servir muito na guerra
da acclamacao defendendo a praça de Segura, e entrando com a sua tropa em Castella,
capitao-mór da villa de S. Vicente da Reirá, e de sua mulher D. Isabel Taborda Grande,
filha do doutor Gaspar Mendes Grande de Castello-branco, auditor geral da provincia da
Beira, descendente dos illustres Castellos-brancos, ja mencionados, e de sua mulher
92 ANTONIO THOMAZ
367. ARNALD o RIBEIRO BARBosA, moço fidalgo com exercicio na casa real, nego
ciante matriculado da praça do Porto e proprietario, filho de Marcellino Ribeiro Barbosa,
e de sua mulher D. Anna Rosa do Sacramento; neto paterno de Custodio Ribeiro de
Bessa, e de sua mulher D. Maria de Oliveira Barbosa, e materno de José da Silva, e de
sua mulher D. Anna do Sacramento.
Um escudo com as armas dos Barbosas. — Br. p. a 13 de julho de 1864. Reg. no
Cart. da N., liv. IX, fl. 67 v.
(C. C.)
368. As CENSO SEVERIM, morador em Lisboa, filho de Maria Annes Severim, e neto
de Pero Severim.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus anteces
sores : — Escudo meio partido em pala; a primeira de prata com uma bordadura com
posta de prata e vermelho, e a segunda pallada de vermelho e de prata de seis pe
ças, começando primeiro em vermelho, e por diferença a primeira casinha da borda
dura azul; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e vermelho, e
por timbre um leão de prata com tres barras de vermelho; com todas as honras e pri
vilegios de fidalgo, por descendar da nobre geração dos Severins, que foram fidalgos em
França. — Dada em Lisboa a 10 de janeiro de 1530. Reg. na Chanc. de D. João III,
liv. L, fl. 90.
Christo, medico da real camara, e socio da Academia real das sciencias, e de sua mulher
D. Joanna Helena Xavier da Silva; neto paterno de André Xavier da Silva, negociante e
proprietario, e de sua mulher D. Margarida Rosa Angelica Xavier da Silva; bisneto de
Bernardo Lopes da Silva, negociante, e de sua mulher D. Leonor Maria Rosa da Silva;
neto materno de Fernando da Silva Correa, negociante e proprietario, e de sua mulher
D. Paula Rosa Ximenes de Aragão Correa; bisneto de Francisco da Silva Correa, nego
ciante, e de sua mulher D. Leonor Maria Rosa da Silva.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Silvas, no segundo as
dos Lopes, no terceiro as dos Ximenes, e no quarto as dos Aragões. — Br. p. a 20 de
junho de 1839. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 296.
(C. C.)
375. AYRES ANToN1o PEREIRA PINTo REBELLo Pop RozA, da casa de Rebello Riba
Paiva, concelho de Alafões, filho de Manuel Fernandes Podroza, cavalleiro professo na or- -
dem de Christo, e de sua mulher D. Angela Antonia Pinto Rebello; neto paterno de Ma
nuel Fernandes Podroza, criado particular do senhor rei D. João V, a qnem o mesmo se
nhor fez mercê em sua vida de thesoureiro-mór da Bulla no bispado de Viseu, e de sua
mulher D. Isabel Maria da Conceição; neto materno de Silvestre Rodrigues de Almeida,
e de sua mulher D. Marianna Ignacia Pereira Pinto Rebello.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Podrozas, no segundo as
dos Pereiras, no terceiro as dos Pintos, e no quarto as dos Rebellos. — Br. p. a 21 de
março de 1802. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 32 v.
(C. C.)
376. AYRES CARNEIR o HoMEM Souto-MAIoR, mestre de campo, natural da cidade
de Lisboa, filho de Antonio Carneiro Homem Souto-maior, cavalleiro professo da ordem
de Christo, e de sua mulher D. Josepha Margarida da Conceição; neto pela parte paterna
do doutor João Gomes Homem, e de sua mulher D. Thereza Aurelia Joaquina Souto
maior; bisneto de Antonio Gomes Homem, e de sua mulher D. Marianna Henriques; ter
ceiro neto de Gabriel Gomes Homem, e de sua mulher D. Brites Gomes de Moura; quarto
neto de Balthasar Gomes Homem, descendente legitimo e por varonia do barão de Solino,
no reino de Napoles, e pela sua avó D. Thereza Aurelia Joaquina Souto-maior se mostrava
tambem que ele era bisneto do doutor Gaspar Carneiro Leitão, cavalleiro professo da or
dem de Christo, e de sua mulher D. Brigida Maria Thereza; terceiro neto de Francisco
Carneiro Souto-maior, e de sua mulher D. Marianna Monteiro da Silva; quarto neto de
Martim Carneiro Leitão, que era legitimo descendente da familia de Carneiros da villa da
Golegã, uma das mais esclarecidas d’ella, que procede dos Carneiros de Coimbra, e estes
dos do Porto, que tiveram a sua origem em João de Montous, fidalgo francez, parente dos
reis de França, de cuja familia procedem tambem os condes de Lumiares, como larga
mente se mostrava na sentença.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Gomes, no segundo as
dos Homens, no terceiro as dos Carneiros, e no quarto as dos Souto-maiores. —Br. p.
a 22 de agosto de 1787. Reg. no Cart. da N., liv. Iv, fl. 20 v.
(C. C.)
377. AYRES DE MAGALHÃEs, cavaleiro da casa real.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo de prata com tres faxas enxaquetadas de prata e vermelho, e por
diferença uma merleta preta; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata
e vermelho, e por timbre um abutre de sua côr com o bico e pés de oiro; com todas as
honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Magalhães, por
parte de seu pae e avós. — Dada em Lisboa a 21 de janeiro de 1530. Reg. na Chanc. de
D. João III, liv. LII, fl. 9. 7
I
98 BALTHASAR DA COSTA
B
379. BALTHAzAR DE ALMEIDA CARDoso, fidalgo da casa real, e natural de Viseu, fi
lho natural de João de Almeida Cardoso, neto de Antão Martins Cardoso e de Aldonça de
Almeida, bisneto de Martim Annes Cardoso, que foi fidalgo muito honrado e do tronco da
geração dos Cardosos, bem assim a dita Aldonça de Almeida era filha de Pedro de Almeida
que tambem foi fidalgo e do tronco dos Almeidas.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo esquartelado; o primeiro de vermelho com dois cardos verdes
com as raizes e floridos de prata, um sobre o outro, entre dois leões de oiro com as mãos
postas n’elles e os rabos tornados para cima; o segundo tambem de vermelho com seis
besantes entre dobre cruz e bordadura de oiro, e um filete preto e uma estrella azul, elmo
de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e por timbre uma cabeça
de leão de oiro e um dos cardos saindo d’ella; com todas as honras e privilegios de fi
dalgo por descender da geracão e linhagem dos Almeidas e dos Cardosos.—Dada em Lis
boa a 24 de setembro de 1539. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XXVII, fl. 100 v.
380. BALTHAzAR DE AzevEDo, filho de Alvaro Martins Azevedo, que foi do tronco
d’esta linhagem.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo azul com oito contrabandas de oiro, e por diferença uma meia
brica de vermelho, e n’ella um annel de prata; elmo de prata aberto guarnecido de oiro,
paquife de oiro e azul, e por timbre um meio leão de azul contrabandado de oiro; com to
das as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Avezedos.
Fº"
. 24.
em Lisboa a 13 de dezembro de 1530. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xvIII,
seis crescentes de oiro em duas palas, elmo de prata aberto, paquife de oiro, vermelho
e azul, e por timbre um leão de azul com uma faxa de armas nas mãos com o cabo de
oiro, e por diferença uma merleta de prata; com todas as honras de fidalgo por descen
der da nobre linhagem dos Costas e Homens. — Dada em Lisboa a 16 de maio de 1538.
Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XLIV, fl. 61.
•
384. BALTHAZAR JoRGE DE VALDEZ, filho de Ruy Jorge de Valdez e neto de João
Jorge de Valdez, que foi fidalgo muito honrado e do tronco d'esta geração; bem assim o
dito Balthazar Jorge de Valdez descende por parte de sua mãe e avós das linhagens dos
Abreus e Costas.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo esquartelado; o primeiro e quarto de vermelho e um elefante
de sua côr com os pés, mãos e dentes de prata e sobre ele uma torre de madeira de
sua côr, com as silhas de prata; o segundo tambem de vermelho com seis costas de prata
em faxa de tres em tres, e por diferença uma flor de liz de oiro, elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de prata e vermelho, e por timbre dois dentes de elefante de
prata em aspa, com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender das ditas ge
rações. — Dada em Evora a 3 de dezembro de 1535. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. x,
fl. 179.
bem por parte da referida sua avó D. Caetana Maria Ignacia de Figueiredo, de Domingos
Teixeira, e de D. Maria do Espirito-Santo.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Liz, e na segunda as dos
Gamboas. — Br. p. a 8 de agosto de 1816. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 352.
(C. C.)
* Só tem Bastiam; e fazem estas armas alguma diferença d'aquellas que foram dadas a seu pae.
102 BENOCO AMADOR
de azul semeada de flores de liz de oiro, e por diferença uma meia brica de prata com
um — B — preto, elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho,
e por timbre o mesmo leão com uma das flores de liz sobre a cabeça; com todas as hon
ras de fidalgo por descender da linhagem e geração dos Borges, que eram fidalgos.—Dada
em Evora a 20 de fevereiro de 1535. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. x, fl. 27.
395. BELCHIQR DE PRoENÇA, escudeiro fidalgo do cardeal D. Henrique, e guarda
roupa do principe de Piamonte, filho de Luiz de Proença, natural da Guarda, neto de Antão
Luiz de Proença, bisneto de Alvaro de Proença, todos fidalgos do tronco d'esta geração.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo partido em pala; a primeira de verde com uma aguia de preto
de duas cabeças armada de oiro; a segunda de azul com cinco flores de liz de oiro, em
aspa, e por diferença um trifolio de oiro picado de vermelho, elmo de prata aberto guar
necido de oiro, paquife de oiro e azul, e por timbre meia aguia dos peitos para cima, de
uma cabeça; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e li
nhagem dos Proenças. — Dada em Lisboa a 19 de julho de 1542. Reg. na Chanc. de
D. João III, liv. xxxII, fl. 64.
396. BELCHIoR DE Sov ERAL DA BARBUDA, morador em Lisboa, filho de Fernão da
Barbuda, neto de Diogo Gonçalves da Barbuda, e bisneto de Lourenço Esteves da Barbuda
que foi fidalgo da casa de el-rei D. Duarte, e do tronco d'esta geração.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo de oiro com nove lisonjas de veiros em tres palas, e por diffe
rença um crescente vermelho, elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro,
azul e preto, e por timbre meio galgo preto entre duas pennas de pavão; com todas as
honras e privilegios de fidalgo por descender da geração dos de Barbuda. — Dada em Lis
boa a 4 de junho de 1550. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. Iv de Privilegios, fl. 4.
397. BELCHIoR VIEIRA, cavalleiro da ordem de Christo, morador nas partes da India.
Carta pela qual el-rei D. Filippe I o armou cavalleiro e lhe concede e a seus descen
dentes o appellido de Tarnate, e o seguinte brazão de armas: — Escudo de campo ver
melho com um baluarte de prata, sem portas, lavrado de preto, apparecendo dentro d'elle
um braço vestido de malha com uma espada nua na mão com o cabo de oiro, e ao pé
do baluarte uma cabeça de moiro foteada de prata; elmo de prata serrado guarnecido de
oiro, paquife de prata e vermelho, e por timbre o dito braço com a cabeça pela fota, pe
los serviços por elle prestados em guerra com os moiros.—Dada em Lisboa a 2 de março
de 1584. (M.N.) Reg. na Chanc. de D. Filippe I, liv. Iv, fl. 169.
398. BELCHIoR VIEIRA ARNAo, natural de Miranda, bispado de Coimbra, filho de
Balthasar Vieira Arnao, neto de Diogo Arnao, e bisneto de Lançarote Arnao.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo de prata com seis leões pretos rompentes em duas palas, e por
diferença uma flor de liz azul, elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata
e preto, e por timbre um dos leões das armas; com todas as honras e privilegios de fi
dalgo por descender da geração dos Arnaos.—Dada em Lisboa a 13 de dezembro de
1554. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. III de Privilegios, fl. 128.
399. BENoco AMADoR, filho de Nicolau Amador, e neto de Amonto Amador, fidalgos
e dos mais honrados da cidade de Florença, que governavam a dita cidade.
Carta pela qual el-rei D. Manuel lhe concede e a seus descendentes o seguinte bra
zão de seus antecessores: — Escudo tralado, o campo azul, e uma banda do mesmo en
tre duas cotiças de prata e a banda veirada do primeiro e o veirado repartido de um fio
BENTO BANDEIRA 103
de oiro, e a banda entre duas estrellas de oiro cada urna de oito ponías ; com todas as
honras e privilegios de fidalgo por descender da geraçâo e linhagem dos Amadores. —
Dada em Lisboa a 25 de abril de 1514. Reg. na Chane, de D. Manuel, liv. xi, fl. 62, e
liv. vi de Mist., fl. 129.
400. BENTO ALVARES FERREIRA, cavalleiro da ordern de Christo, bacharel formado
na faculdade de cañones, major da praça de Chaves, condecorado corn a cruz de campa-
nha peninsular, e medalha transmontana; filho de Antonio José Ferreira,-e desuamulher
D. Maria José Gomes García ; neto paterno de Manuel Alvares Ferreira, e de D. Maria
Alvares Ferreira, e materno de Joáo Gomes Garcia, e de sua mulher D. Maria Gomes
Garcia.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Alvares, no segundo as
dos Ferreiras, no terceiro as dos Gomes, e no quarto as dos Garcías. — Br. p. a 1 de de-
zembro de 1823. Reg. no Cart, da N., liv. vni, fl. 101 v.
401. BENTO BANDEIRA DE MELLO, professo na ordern de Christo, cavalleiro fidalgo
da casa real, capitao-mór, e escriváo proprietario da real fazenda e Alfandega da cidade da
Parahiba do norte, d'onde é natural e morador ; filho de Hyppolito Bandeira de Mello, que
leve o mesmo foro, e de sua mulher D. Antonia da Conceicáo Velloso ; neto pela parte
paterna de Bento Bandeira de Mello, que teve o dito foro e de sua mulher e sobrinha
D. Isabel Bandeira de Mello ; bisneto do capitáo-mór Hyppolito Bandeira de Mello, que
tambem teve o mesmo foro ; e de sua mulher D. Maria da Conceicáo ; terceiro neto do
capitao Bento Bandeira de Mello, fidalgo da casa real, a quem pelos services na guerra de
Pernambuco contra os hollandezes, foi dada por premio a propriedade do officio de
escriváo da real fazenda, e da Alfandega da dita capitanía, e de sua mulher D. Antonia
Barbosa ; quarto neto de Antonio Malheiro de Mello, tambem fidalgo da casa real, e de
sua mulher D. Clara de Azevedo, filha de Mattheus de Freitas de Azevedo, fidalgo da
casa real, e alcaide-mór da cidade de Olinda ; quinto neto de Pedro Bandeira de Mello,
irmáo de Filippe Bandeira de Mello, e ambos foram para Pernambuco em companhia de
seu donatario Duarte Pereira ; sexto neto de Sebastiâo Pires de Louredo, fidalgo da casa
real, e de sua mulher D. Brites Bandeira de Mello ; sétimo neto de Joáo Rodrigues Ma
lheiro, fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Filippa Bandeira, filha de Gonçalo Pires
Bandeira, que foi o primeiro a quem foi dado o appellido de Bandeira, pela grande fa-
çanha que obrou na batalha de Toro, recuperando o estandarte que se achava em poder
do inimigo, sendo o dito genro, fidalgo muito illustre, por ser filho de Joáo Malheiro de
Ponte de Lima, e de sua mulher Guiomar de Mello, filha de Fernando de Mello, filho de
D. Rodrigo de Mello, commendador de Pornbeiro ; e por parte materna neto de Antonio
Borges da Fonseca, que foi do regimentó de infantería de Olinda, e governador da capi
tanía da Parahiba, e de sua mulher D. Joanna Cypriana de Miranda Henriques ; bisneto
de Francisco Coelho da Fonseca, almoxarife da real casa de Bragança, e de sua mulher
D. Maria da Fonseca Velloso ; terceiro neto de Francisco Coelho, e de sua mulher Isabel
da Fonseca Pinheiro, irmáos de Manuel Pinheiro da Fonseca, instituidor do morgado de
Nossa Senhora do Pilar de Arneiros, sendo a referida D. Joanna Cypriana de Miranda
Henriques, avó do supplicante, filha de Luiz Lobo de Albertin, fidalgo da casa real, e
professo na ordern do Christo, e de sua mulher D. Violante de Miranda Henriques ; neto
por parte paterna de Pedro Lelon de Lence, fidalgo de Anvers, professo na ordern de
Christo, e mestre de campo de infantería do terco de Olinda, e de sua mulher D. Joanna
de Albertin ; e por parte materna neta de Joáo Valsien, fidalgo alemao, e de sua mulher
D. Antonia de Miranda Henriques, filha de Henrique Henriques de Miranda, léñente ge
neral da artilheria do reino, e provedor dos armazens, irma de D. Frei Aleixo de Miranda
Henriques, bispo de Miranda, e depois do Porto.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Bandeiras, no segundo
104 BENTO FREIRÉ
lher D. Catharina Maria Freire; bisneto do doutor Bento da Cruz Freire, cavalheiro da
ordem de Christo e lente de prima, da faculdade de medicina na referida Universidade;
neto materno de Manuel Luiz Sequeira, e de sua mulher D. Rosa Joaquina Sequeira de
Carvalho.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Freires, e na segunda as dos
Carvalhos. — Br. p. a 10 de maio de 1819. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 37.
(C. C.)
412. BENTo JosÉ VEL Loso TEIXEIRA (Doutor), natural da cidade de Coimbra; fi
lho do doutor Miguel Teixeira Rebello, e de sua mulher Escolastica de S. Bento Velloso;
neto paterno de Domingos Teixeira Rebello, e de sua mulher Anna Francisca Teixeira;
bisneto do licenciado Domingos Teixeira Rebello, filho de Domingos Rebello, e de sua
mulher Maria Teixeira Rebello.
As armas dos Teixeiras, Vellosos, e Rebellos. — Br. p. a 17 de março de 1751.
Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 15.
(C. C.)
de outro Bento Pereira da Silva e Menezes, alcaide-mór que foi da villa de Caminha, fl-
dalgo da casa real ; neto de Rodrigo Pereira Souto-maior, alcaide-mor, e governador que
foi da dita villa, coronel de um regimentó da provincia do Minho, senhor do conhecido
solar da Torre e Casa-branca do Paco de Barbeita, commendador de S. Pedro Damiäo de
Azere, na ordern de Christo, e fidalgo da casa real.
As armas dos Pereiras, Silvas, Menezes, e Souto-maiores. — Br. p. a 22 de marco
de 1758. Reg. no Cart, da N., liv. particular, fl. 114.
(C. C.)
417. BENTO RIBEIRO MACIEL, filho de Manuel Ribeiro Moreira, e de sua mulher
Antonia Gomes Maciel ; neto paterno de José Moreira, neto materno de Martinho Affonso
Villarinho, e de sua mulher Maria Gomes Maciel.
As armas dos Ribeiros e Macieis. — Br. p. a 16 de fevereiro de 1754. Reg. no Cart,
da N., liv. particular, fl. 68.
(C. C.)
418. BENTO DA ROCHA PIMENTEL, filho de Andre Martins da Rocha e de Maria de
Araujo; neto paterno de Diogo Martins e de Ignez da Rocha; bisneto de Martinho Gon-
çalves e de Maria Pimentel ; trésnelo de JoSo Pimentel Pereira, fidalgo da casa real, e de
D. Joanna da Rocha ; quarto neto de D. Gomes da Rocha, commendatario que foi de Pom-
beiro ; neto materno do licenciado Bartholoimu Affonso (que era irmao do doutor Goncalo
Affonso, conegp da Sé de Braga), e de Martha Fernandas de Araujo ; bisneto de FernSo
Velho de Araujo e de Maria Fernandes; e o dito Bartholomeu Affonso foi filho de Affonso
Annes e de Isabel Carvalha, os quaes foram todos muito nobres.
Carta pela qual el-rei D. Joao iv Ihe concede o seguinte brazao de seus antecessores :
— Escudo esquartelado ; o primeiro e quarto quarteis dos Pimenteis, que sao esquartela-
dos o primeiro de oiro, com tres faxas sanguíneas ; o segundo de verde, com cinco vieiras
de prata, em aspa, riscadas de preto, e urna pala de prata com oito aspas vermelhas, e
assim os contrarios ; o segundo e terceiro dos Araujos, de campo de prata atravessado
com urna aspa azul, e n'ella cinco besantes de oiro, e por differença um trifolio verde ;
elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife dos proprios metaes e cores das armas,
e por timbre meio touro sanguíneo com os paus de oiro, e urna das vieiras das armas na
testa ; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender das ditas geracoes. —
Dada em Lisboa a 27 de maio de 1649. Reg. na Chañe, de D. Joao iv, liv. xv, fl. 207.
419. BENTO SCARES CAMELLO RIBEIRO COUTINHO DE BRITO, natural da freguezia
de Santa Maria do couto de Pombeiro, e morador na sua quinta da Ribeira, freguezia de
Santa Eulalia de Barrosos, termo da villa de Guimaráes; descendente por linha legitima
da geraçâo dos Camellos, que procédera de Lopo Rodrigues Camello, escrivao da cámara
do senhor rei D. Sebastiâo, e da cámara do mestrado da ordern de Christo, a quem o
mesmo senhor deu armas novas para si e seus descendentes, e dos Soares, Ribeiros,
Coutinhos, e Britos; filho de Antonio Camello Ribeiro, e neto de^ Fernando Camello de
Brito, descendente do dito Lopo Rodrigues Camello.
As armas dos Camellos, e Soares. — Br. p. a 1 de marco de 1754. Reg. no Cart,
da N., liv. particular, fl. 68 v.
(C. C.)
420. BENTO SODRÉ PEREIRA, natural do Rio de Janeiro, sargento-mór reformado das
ordenanças da cidade de Ponta-delgada da ilha de S. Miguel, filho de Francisco lavares
Franca, alferes de cavallaria no regimentó de Minas, e de D. Isabel Narcisa Sodré; neto
paterno do capitáo Joao de Sousa Cnbral, e de sua mulher D. Maria lavares Franca, e
materno de Agostinho de Lemos Rangel, sargento-mór de milicias da cidade do Rio de
108 BERNARDINO ANTONIO
Janeiro, e de sua mulher D. Isabel Sodré Pereira, filha única de Duarte Sodrè Pereira,
que teve o foro de moco fldalgo.
Um escudo partido era pala ; na primeira as armas dos Sodrés, e na segunda as dos
Pereiras. — Br. p. a 12 de outubro de 1802. Reg. no Cart, da N., liv. vu, íl. 35 v.
(C. C.)
421. BENTO TEIXEIRA ALVARES (Bacharel), fllho de Gervasio Teixeira Alvares, e de
sua mulher Feliciana Alvares ; neto paterno de Antonio Teixeira Alvares, e de sua mulher
Ignacia Teixeira, e materno de Gonçalo Joáo, e de sua mulher Benta Pinheiro.
As armas dos Teixeiras, e Pmheiros. — Вг. р. а 10 de marco de 1753. Reg. no Cart,
da N., liv. particular, fl. 49 v.
(C. C.)
422. BENTO DE VASCONCELLOS PARADA E SOUSA, natural do logar do Beco, termo
da villa de Domes, comarca de Thomar, filho de Antonio de Vasconceüos Parada e Sousa
Cotrim, e de sua mulher D. Maria Josepha de Miranda ; neto pela parte paterna do capillo
Manuel Esteves de Goes, e de sua mulher D. Catharina de Sousa Vasconcellos Cotrim;
bisneto de Luiz Mendes de Vasconcellos, e de sua mulher D. Marianna de Sousa e Vas
concellos; terceiro neto do doutor Manuel Mendes de Vasconcellos, e de sua mulher
D. Luiza Barroso da Sá; e quarto neto de Payo Mendes de Vasconcellos, e de sua mu
lher D. Brites de Sousa, senhores que foram do castello chamado de Payo Mendes, na
comarca de Thomar.
Um escudo esquartelado ; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Sousas do
Prado, no segundo as dos Vasconcellos, e no terceiro as dos Cotrins. — Br. p. a 19 de
fevereiro de 1783. Reg. no Cart, da N., liv. m, fl. 86 v.
(C. C.}
423. BENTO XAVIER DE VELLASCO, cavalleiro professo na ordern de Christo, e se
cretario do exercito e governo das armas da corte e provincia da Extremadura; filho de
Francisco Xavier de Vellasco, e de sua mulher D. Anna Luiza de Seixas e Vellasco ; neto
paterno de Bento Xavier de Vellasco, e de D, Catharina Maria Dique, e materno de Roque
de Seixas da Fonseca Borges, fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Thomasia Fran
cisca Xavier de Vellasco e Vasconcellos.
Um escudo partido em pala ; na primeira as armas dos Vellascos, e na segunda
as dos Seixas. — Br. p. a 10 de fevereiro de 1820. Reg. no Cart, da N., liv. VIH,
fl. 53 v.
(C. C.)
424. BENTO XUZIR DE OLIVEIRA (Bacharel), cavalleiro professo na ordern de Christo,
juiz de fora das villas de Castello-novo e Alpedrinha, natural da villa de Maçam, comarca
de Thomar; filho de Marcos de Oliveira, e de sua mulher Catharina Guifoa; neto paterno
de José Correa de Fontes, e de sua mulher Margarida Pereira de Oliveira, todos naturaes
e moradores na dita villa.
As armas dos Correas, e Oliveiras. — Br. p. a 12 de fevereiro de 1760. Reg. no
Cart, da N., liv. particular, fl. 125 v.
(C. C.)
425. BERNARDINO ANTONIO DE PARIA E BARROS (Doutor), cavalleiro professo na
ordern de Christo, corregedor de Setubal ; filho de Antonio Dias Barros e de D. Francisca
Caetana das Chagas e Faria ; neto pela parte materna de Manuel de Faria Santos, e de
sua mulher D. Ignacia Maria ; o quai seu avô era legitimo descendente da nobre familia
dos Farias da Castanheira, e Salvaterra de Magos, onde viveram os seus ascendentes dos
BERNARDINO HENRIQUES 109
quaes procedera tambem Francisco Simões Monteiro de Faria, a quem se passára brazão
com as armas da dita familia em 18 de dezembro de 1745.
Um escudo com as armas dos Farias. — Br. p. a 22 de agosto de 1780. Reg. no Cart.
da N., liv. II, fl. 248.
(C. C.)
426. BERNARDINo ANToNIo TEIXEIRA VAz PINTo, capitão-mór das ordenanças do
concelho de Arouca; filho do doutor Gaspar José Teixeira Pinto, e de sua mulher D. Luiza
Thereza Angelica Brandão; neto paterno de Manuel Teixeira José, e de sua mulher D. Ma
ria Thereza Clara, e materno do doutor Domingos Ferreira Brandão, e de sua mulher An
tonia de Pinho.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Teixeiras, na segunda as dos
Pintos. — Br. p. a 19 de junho de 1819. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 40.
• (C. C.)
lher D. Maria Bernarda de S. José e Fonseca; neto paterno de Santos de Moura Curto,
e de sua mulher D. Luiza Maria de S. José e Gouvea; bisneto pelo mesmo lado de José
Rodrigues Curto, e de sua mulher D. Marinha de Moura.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Mouras, e na segunda as dos
Gouveas. — Br. p. a 14 de agosto de 1804. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 93.
(C. C.)
454, BRAZ CARNEIRO LEÃo, professo na ordem de Christo, fidalgo cavalleiro da casa
real, coronel do primeiro regimento de milicias da cidade do Rio de Janeiro, negociante
de grosso tracto da praça da dita cidade, e natural do bispado do Porto; filho do capitão
Manuel Martins Carneiro, e de D. Raphaela Carneiro; neto paterno de João Martins, e de
D. Catharina Carneiro, e materno de Francisco Carneiro, e de D. Luiza Barbosa.
Um escudo com as armas dos Carneiros. — Br. p. a 16 de dezembro de 1802. Reg.
no Cart. da N., liv. VII, fl. 28.
(C. C.)
458. BRAz MoUTINHo, fidalgo da casa real, filho de João Moutinho, e neto de Martim
Annes Moutinho, ambos fidalgos e do tronco d'esta geração.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo azul com uma flor de liz entre quatro cabeças de serpe, tambem
azues, cortadas em vermelho, duas em chefe e duas no pé; elmo de prata aberto guar
necido de oiro, paquife de oiro e azul, e por timbre uma das cabeças do escudo; com to
das as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração dos Moutinhos. — Dada
em Lisboa a 21 de agosto de 1548. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. IV de Privilegios,
fl. 211 V.
D. Luiza Pereira; quarto neto de Alvaro Cardoso Borges e de D. Maria Rebello da Fon
seca; quinto neto de Fernão Cardoso de Menezes e de D. Anna Borges.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Cardosos, no segundo
as dos Menezes, no terceiro as dos Araujos, e no quarto as dos Barros. — Br. p. a 8
de maio de 1775. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 60.
• (C. C.)
462. BRUNo GRANATE CURvo SEMMEDo, natural d’esta cidade de Lisboa, filho de An
tonio Felix Curvo Semmedo e de D. Luiza Bernarda Josepha de Faria; neto pela parte pa
terna de Pedro Joaquim Curvo Semmedo e de D. Maria Josepha Granate, e pela materna
de Maria de Faria.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Curvos, e na segunda as dos
Farias. — Br. p. a 3 de julho de 1784. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 145.
(C. C.)
Almeida e Gama, mãe de Manuel Jacinto Nogueira da Gama, professo na ordem de S. Bento
de Aviz, capitão de fragata da real armada, e lente da real Academia da marinha, a quem
se passou brazão de armas com as dos appelidos de Nogueiras e Gamas, a 28 de agosto
de 1798.
Um escudo partido em pala; na primeira as dos Villas-boas, na segunda as dos Ga
mas. — Br. p. a 2 de fevereiro de 1799. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 64.
(C. C.)
471. CAETANo José Dos SANTos FERREIRA, commerciante de grosso tracto da praça
do Porto; filho do capitão João dos Santos Ferreira, e de D. Isabel Francisca; neto pela
parte paterna do sargento-mór Domingos Francisco dos Santos Ferreira, e de D. Isabel
João Mariz Sarmento; neto pela parte materna do ajudante de auxiliares João Francisco
de Sousa, e de D. Maria Francisca; bisneto por parte paterna do capitão-mór que foi de
Ilhavo, João Gonçalves Ferreira, e de D. Maria Francisca de Almeida; bisneto pela parte
materna de Antonio Francisco de Sousa, e de D. Catharina Ferreira.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Sousas, na segunda as dos
Ferreiras. — Br. p. a 22 de outubro de 1796. Reg. no Cart. da N., liv. v, fl. 149.
(C. C.)
472. CAETANO MANUEL DE MAGALHÃES CouTINHo AzEVED o PINTO MACED o E
VAs concellos, natural da quinta do Pereiro-novo, da villa e concelho de S. Martinho
de Mouros, comarca de Lamego; filho de Manuel de Magalhães Coutinho, e de D. Feli
ciana Maria de Vasconcellos; neto pela parte paterna de Manuel Cardoso Pinto, e de sua
mulher D. Maria de Magalhães Pinto Macedo, e pela materna de Gaspar Teixeira Cabral e
Vasconcellos, e de sua mulher D. Leonor Monteiro da Rocha.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Coutinhos, no segundo
as dos Pintos, no terceiro as dos Magalhães, e no quarto as dos Teixeiras. — Br. p. a 31
de agosto de 1769. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 109 v.
(C. C.)
473. CAETANO MANUEL DE SOUSA MESQUITA CoBLHo PINTO PEREIRA, natural da
quinta da Soalheira, freguezia de S. José de Godim, comarca de Sobre-Tamega, bispado do
Porto; filho de Domingos de Sousa Diniz, familiar do Santo Oficio do numero, e de sua
mulher D. Joanna Thereza de Mesquita Coelho Pinto Pereira; neto pela parte paterna de
Alexandre de Sousa, e de sua mulher D. Luiza Diniz; neto pela parte materna de Manuel
Rodrigues Coelho, e de sua mulher D. Maria de Mesquita Pinto Pereira.
Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Sousas, no se
gundo as dos Coelhos, e no terceiro as dos Mesquitas. — Br. p. a 20 de julho de 1791.
Reg. no Cart. da N., liv. Iv, 223 v.
(C. C.)
de armas, e vivia ainda no anno de 1570; sexto neto de Gaspar Nunes da Matta, que vi
veu nobremente na villa da Certã, sempre continuadamente com cavallos na estrebaria, e
era dos principaes da mesma villa, onde foi varias vezes juiz, vereador da camara, irmão
nobre da misericordia, e escrivão da mesa da mesma irmandade; emprego para que eram
só eleitas as pessoas da primeira distincção; e de sua mulher Maria Fernandes, mulher
nobre, e bem aparentada, como consta de um instrumento de justificação de nobreza que
fez seu filho Lopo da Matta, irmão mais velho dos ditos Manuel, e João da Matta,
nomeados, em que se prova que seus paes e avós eram todos de nobreza mui qua
lificada, e aparentados com fidalgos, e que este Gaspar Nunes da Matta, seu pae, era
primo co-irmão de D. Frey Gonçalo Pimenta, grão-prior do Crato, e fidalgo de grande
estimação neste reino; setimo neto de Nuno Gonçalves da Matta, que viveu na villa da
Certã, onde foi juiz, e vereador, e se tratou sempre com criados, e cavallos, como pessoa
principal que era, e de sua mulher D. Mexia Froes, filha de D. Frey Lourenço Froes,
commendador da ordem de S. João de Malta; neta de Estevão Gonçalves Froes, bisneta
de Gonçalo Gonçalves Froes, administrador da capella de D. Garcia, e de sua mulher Leo
nor Vasques; terceira neta de Gonçalo Annes Froes, administrador da mesma capella, em
que succedeu a seu irmão Estevão Annes Froes, conego na Sé de Lisboa; quarta neta de
Joanna Annes Froes, irmã de D. Garcia Froes, instituidora da capella referida, que foi
muito rica, e mãe do conde de Barcellos D. Pedro, que o houve do senhor rei D. Diniz;
quinta neta de João Froes, que viveu na villa de Torres-vedras, e de sua mulher Catha
rina Domingues, filha de Domingos Gonçalves Franco, neta de Gonçalo Annes Franco,
senhor e alcaide-mór da villa de Atouguia; sexta neta de D. Rodrigo Froes, senhor das
villas de Fundão e Felgueiras, de metade da ribeira de Varga de Areias, e de varias fa
zendas, e de sua mulher D. Chama; setima neta de Martim Froes, que era irmão de Al
varo Froes, pae de D. João Froes, bispo de Bezançon, em Borgonha, e cardeal da santa
egreja romana do título de Santa Sabina, e legado apostolico do papa Gregorio IX, e ir
mão tambem de outro D. João Froes, quinto prior-mór do convento de Santa Cruz de Coim
bra; e finalmente oitava neta de D. Froile Paes, que foi senhor das villas de Maiorga e
Alhadas, no campo de Coimbra, em tempo do conde D. Henrique, pae do primeiro rei
de Portugal, e de sua mulher D. Godinha Cidiz; oitavo neto de Gonçalo Annes da Matta,
e de sua mulher D. Mecia Telles, filha de Nuno Telles; nono neto de João Gonçalves da
Matta, de cuja mulher ignoramos o nome, os paes, e a familia; decimo neto de Gonçalo
Gomes da Matta, que foi alcaide-mór do castello de Celorico de Basto, por mercê do se
nhor rei D. Fernando, feita a 20 de fevereiro de 1405 da era de Cesar, que corresponde
ao anno de 1377 do nascimento de Christo; undecimo neto de Gomes Fernandes da
Matta, que foi a primeira pessoa d’este appelido, e de sua mulher D. Maria Annes de
Sandim, filha de João Fernandes de Sandim, e de sua mulher D. Leonor Rodrigues; neta
paterna de D. Fernando Paes de Riba de Vizella, que era da illustre familia dos Mellos,
e de sua mulher D. Urraca Esteves da Cunha, e pela materna de Rodrigo Alvello, que
era um fidalgo da preclara linhagem dos Vasconcellos, e de sua mulher D. Mafalda Af
fonso, que era bisneta do conde D. Mendo de Sousa, alcaide-mór de Lisboa, e um dos
maiores senhores do reino, porque era bisneto do santo rei D. Affonso Henriques, que foi
o primeiro rei de Portugal, como se vê no nobiliario do conde D. Pedro de Barcellos.
As armas dos Oliveiras, Mattas, Rochas, e Villarinhos. — Br. p. a 20 de fevereiro
de 1754. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 70.
(C. C.)
476. CAETANo PEREIRA BRAvo DE VAs concELLos Osoaio, da quinta da Povoa,
freguezia de Poyaes, concelho de Sanfins, filho de José Carlos Pereira Bravo, e de sua
mulher D. Marianna Leonarda de Sousa Carneiro de Azevedo; bisneto de José Soares Pe
reira Bravo, e de sua mulher D. Helena Soares Pinto da Cunha; terceiro neto de Thomé
Bravo Pereira, e de sua mulher D. Catharina Mendes de Vasconcellos; quarto neto de Gil
CARLOS ANTONIO 123
Pereira Pinto, primeiro instituidor da casa da Povoa, o qual era filho de Diogo Alvares
Pereira, capitão-mór que foi do dito concelho, a quem se passou brazão com as armas dos
Pereiras em 1543, e por ser filho de Alvaro Pereira de Vasconcellos Osorio, dos legiti
mos Pereiras d’este reino, e pela dita sua avó D. Marianna Leonarda de Sousa Carneiro
de Azevedo, que era bisneto de Gaspar Vieira de Sousa, juiz dos orphãos do concelho de
Bem-viver, e de sua mulher D. Marinha de Sequeira de Azevedo; terceiro neto de Fran
cisco Ferraz de Azevedo.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Pereiras, no segundo
as dos Bravos, no terceiro as dos Vasconcellos, e no quarto as dos Osorios. — Br. p. a
7 de fevereiro de 1778. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 141.
(C. C.)
D. Josepha Pereira; elle filho de Thomé Simões, e de sua mulher D. Isabel João; e ella
filha de Manuel Ferreira, e de sua mulher D. Isabel Correa; e pela parte materna neto
de Luiz Dias, e de D. Luiza de Sousa. .
Um escudo com as armas dos Ferreiras. — Br. p. a 13 de fevereiro de 1789. Reg. no
Cart. da N., liv. Iv, fl. 97 v.
(C. C.)
480. CARLos AUGUSTo DE MAs cÁRENHAs RELVAs DE CAMPos, natural da villa da
Gollegã, fidalgo cavalleiro da casa real e commendador da ordem de nossa Senhora da
Conceição de Villa-viçosa; filho de José Farinha Relvas de Campos, proprietario, e de
sua mulher D. Clementina Amalia Mascarenhas Pimenta; neto paterno de Manuel Ferreira
Relvas, proprietario, e de sua mulher D. Maria Antonia Relvas; e materno de José de
Mascarenhas Leitão, e de sua mulher D. Barbara Benedicta Leitão.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Campos, e na segunda as
dos Leitões. — Br. p. a 14 de setembro de 1855. Reg. no Cart. da N., liv. ""; 4.
(C. C.)
481. CARLos JosÉ FELIx DA CosTA E SousA, natural e cidadão d’esta cidade; filho
de Domingos da Costa Fortunato, professo na ordem de Christo, e cidadão d'esta cidade,
e de sua mulher D. Isabel Jacinta de Sousa; neto pela parte paterna de Francisco da
Costa, e de sua mulher Maria da Luz; filha de José Rodrigues da Costa, capitão de gra
nadeiros do segundo regimento de infanteria da armada real; neto pela parte materna de
Chrisogno de Freitas Sousa e Araujo, e de sua mulher D. Magdalena de Sousa, filha de
Luiz Beltrão de Sousa, fidalgo cavalleiro da casa real, e sobrinho de Carlos de Sousa
Pessanha, sargento-mór de infanteria, primo da mãe do supplicante.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Sousas, e na segunda
#*
•
Costas. — Br. p. a 11 de outubro de 1794. Reg. no Cart. da N., liv. v,
V.
(C. C.)
Uma lisonja partida em pala; a primeira de prata lisa, e a segunda com armas dos
Freires. — Br. p. a 14 de outubro de 1802. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 34.
(C. C.)
486. CHARLEs HENRIQUEs, fidalgo da casa real, camareiro que foi do infante D. Fer
nando; filho de Duarte Vaz de Freitas, e neto de Gil Vaz de Freitas; bisneto de Pedro
Vaz de Freitas, os quaes todos foram fidalgos e da geração d'esta linhagem.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo vermelho, com cinco estrellas de oiro em aspa, e por diferença
uma flor de liz de prata, elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e ver
melho, e por timbre um leão vermelho com uma das estrellas na espadoa; com todas as
honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Freitas. — Dada
em Lisboa a 15 de março de 1542. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xxxII fl. 39.
oiro, paquife de oiro, vermelho, prata e azul, e por timbre um adem de sua côr com os
pés vermelhos e o bico de oiro; com todas as honras e privilegios de nobre e fidalgo por
descender da geração e linhagem dos Alpoens, Farias e Freitas. — Dada em Evora a 30
de outubro de 1536. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xxIII, fl. 14.
488. CHRIstovÃo DE ANDRADE, criado do marquez de Villa-real, morador em Almeida.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores.
Escudo de campo esquartelado; o primeiro dos Andrades de verde com uma banda ver
melha, perfilada de oiro entre duas cabeças de serpe de oiro; o segundo dos Britos, de
vermelho com nove lisonjas de prata em tres palas, e em cada lisonja um leão de purpura,
e por diferença uma lua vermelha sobre a cabeça da serpe; elmo de prata aberto, paquife
de oiro e verde, e por timbre dois pescoços de serpe, de oiro, com os rostos um contra
o outro; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linha
gem dos Andrades por parte de seu pae, e dos Britos por parte de sua mãe. —Dada em
Lisboa a 11 de junho de 1529. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xvII, fl. 139.
489. CH RistovÃo DE AzevEDo E VAs concELLos, mestre de campo dos auxiliares,
e morador nos Rios de Senna, estado de Moçambique; filho de Martinho Mendes e Vas
concellos, natural da cidade de Elvas, d’onde passou a servir na India, onde foi tenente
coronel, e general dos Rios de Senna, e de sua mulher D. Anna Pereira de Gusmão; neto
de Christovão de Azevedo e Vasconcellos, capitão de cavallos na guerra da liga; bisneto
de Martim Mendes de Vasconcellos, moço fidalgo e capitão de infanteria; terceiro neto de
Luiz Mendes de Vasconcellos, que teve o mesmo foro, e foi capitão de cavallos na guerra
da acclamação, e governador na ilha de S. Miguel; quarto neto de André de Azevedo e
Vasconcellos; quinto neto de Luiz Mendes de Vasconcellos; sexto neto de Andre de Aze
vedo e Vasconcellos; setimo neto de Luiz Mendes de Vasconcellos, filho do mestre da
ordem de S. Tiago no reinado do senhor rei D. João I, chamado tambem Mem Rodrigues
de Vasconcellos, tronco d'esta illustre familia.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Vasconcellos, e na segunda
as dos Azevedos. — Br. p. a 19 de março de 1788. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 51.
(C. C.)
Carta pela qual el-rei D. Sebastião lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo esquartelado; o primeiro dos Carreiros, de campo de prata e
uma banda azul com um leão de oiro entre dois pinheiros de verde, floridos de oiro, o
contrario dos Salemas de verde e um castello de oiro, coberto com portas, frestas, e la
vrado de preto, e uma bordadura azul com sete peixes salemas de prata, e o segundo
dos Ribeiros de campo esquartelado, o primeiro de Aragão que é de oiro com quatro
palas vermelhas, o segundo dos Vasconcellos, de preto e tres faxas veiradas e contravei
radas de vermelho e prata, e assim os contrarios, o contrario dos Valentes, de vermelho,
e um leão de oiro rompente com tres faxas azues amalinhadas, e por diferença uma
merleta azul; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, azul, prata e vermelho, e por
timbre um leão de oiro com um ramo de pinheiro nas mãos; com todas as honras e pri
vilegios de fidalgo, por descender das ditas gerações. — Dada em Lisboa a 25 de outubro
de 1568. Reg. na Chanc. de D. Sebastião, liv. VIII, fl. 200 v.
492. CHRIstovÁo HoMEM DE FIGUEIRED o E MAGALHÃEs (Capitão), filho de Pedro
Homem de Figueiredo, e de sua mulher D. Rosa Eugenia Clara; neto pela parte paterna
de Manuel Homem de Figueiredo e Magalhães, e de Rosalia de Figueiredo; e bisneto de
Pedro Homem de Figueiredo Magalhães; e pela materna neto de Manuel da Fonseca Pes
tana, e de D. Isabel Manuel, moradores que foram na villa de Ilhavo, comarca de Aveiro.
Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas das familias Ho
mens, no segundo as dos Figueiredos, e no terceiro as dos Magalhães. — Br. p. a 13 de
março de 1779. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 186 v.
(C. C.)
493. CHRISTO VÃO DIAS DE GOUVEA, morador em Lisboa; filho de João Affonso de
Figueiredo, que era do tronco d'esta linhagem, e de Maria Gonçalves de Gouvea; neto
de Gonçalo Dias de Gouvea, que foi do tronco d'esta linhagem.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo esquartelado; o primeiro de vermelho com cinco folhas de fi
gueira perfiladas e guarnecidas de oiro, em aspa; o segundo meio partido em palas, a
primeira de vermelho com seis besantes de prata entre uma dobre cruz e bordadura de
oiro, a segunda de prata com seis torteur de azul, em duas palas, e por diferença uma
merleta de oiro; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho,
e por timbre uma aguia vermelha besantada de prata; com todas as honras e privilegios
de fidalgo, por descender das linhagens dos Figueiredos e Gouveas. — Dada em Lisboa
a 17 de maio de 1530. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. LII, fl. 86.
494. CHRIstovÃo EsTEvEs D E EsPARGos A, licenciado, conselheiro e desembarga
dor do Paço.
Carta pela qual el-rei D. João III o fez fidalgo de cota d'armas, lhe concedeu e a seus
descendentes o seguinte brazão: — Escudo de campo azul e n'elle um castello de prata,
guarnecido de preto com portas verdes fechadas, e um leão de oiro com a mão nas ditas
portas; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, e por timbre o mesmo castello com um
ramo de purgueira de oiro florido, na torre de menagem; attendendo aos seus muitos
merecimentos.—Dada em Evora a 3 de novembro de 1533. (M. N.) Reg. na Chanc. de
D. João III, liv. XLVI fl. 104.
com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da nobre geração dos Affon
secas. — Dada em Lisboa a 12 de setembro de 1528. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XI,
fl. 116 V. -
497. CHRIstovÃo LEITÃo, cavaleiro fidalgo da casa real, coronel e capitão de alabar
deiros.
Carta pelo qual el-rei D. João III o armou cavalleiro e lhe concedeu e a seus descen
dentes o seguinte brazão de armas: — Escudo esquartelado; o primeiro e o quarto de
campo vermelho com uma torre de prata cheia de setas de oiro e duas bandeiras de prata
e na cabeça um sino azul, com janellas de preto; o terceiro de vermelho com duas bom
bardas da sua cor sobre dois caretoes de oiro, e o contrario de prata com tres faxas de
vermelho; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e por
timbre a mesma torre das armas; com todas as honras e privilegios de fidalgo pelos ser
viços pelo mesmo prestados contra os moiros, sendo mandado n’uma armada sobre Aza
mor e depois sobre Arzila. — Dada em Lisboa a 30 de junho de 1528 *. (M.N.) Reg. na
Chanc. de D. João III, liv. XI, fl. 81.
498. CHRIstovÃo Lobo, natural de Olivença, filho de Ruy Lobo, neto de João Lobo,
que foi fidalgo muito honrado e do tronco da geração dos Lobos, bem assim era filho de
Leonor de Ilhoa, neto de João Gonçalves de Goes da geração dos de Goes.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de armas de seus
antecessores: — Escudo de campo esquartelado; o primeiro de prata com cinco lobos de
preto em aspa com as linguas e unhas vermelhas; o seguudo de azul com seis cadenos
de crescentes de prata em duas palas, e por diferença uma flor de liz vermelha, elmo de
prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata, vermelho e azul, e por timbre um dos
lobos; com todas as honras e privilegios de nobre fidalgo por descender da geração dos
Lobos e #" em Evora a 23 de junho de 1535. Reg. na Chanc. de D. João III,
liv. XXII, fl. 50.
499. CHRISTovÃo PINTo D E PAIM, morador na cidade de Lisboa, filho de Ruy Lopes
Paim, neto de Isabel Paim, bisneto de Valentim Paim, fidalgo, quarto neto de Chonaly
Paim, fidalgo da casa de el-rei D. João I, que veiu de Inglaterra com a rainha D. Filippa
de Alencastro.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo franchado de prata e preto, e um leão antrecambado do mesmo
com a lingua e unhas vermelhas, e por differença meia brica de oiro, elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de prata e preto, e por timbre o mesmo leão; com todas as
honras e privilegios de fidalgo por descender da geração dos Pains. — Reg. na Chanc. de
D. João III, liv. XLV, fl. 19 v.
1 Existe outra carta de brazão dada ao mesmo em Evora a 21 de abril de 1524. Reg. na Chanc. de
D. João III, liv. II, fl. 78 v., que faz alguma diferença desta.
CLEMENTE DA CUNHA 129
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo azul com uma flor de liz de prata e uma bordadura de oiro
com sete romãs de sua cor; elmo de prata aberto, paquife de oiro, azul e prata, e por
timbre um escudinho azul com a flor de liz de prata; com todas as honras e privilegios
de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Rangeis.—Dada em Lisboa a 2 de
outubro de 1540. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. L, fl. 214.
501. CHRYsosToMo DIAS DE GouvEA, morador em Lisboa, filho de João Affonso de
Figueiredo e de Maria Gonçalves de Gouvea, e neto de Gonçalo Dias de Gouvea.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo esquartelado; o primeiro vermelho com cinco folhas de figueira
perfilhadas e guarnecidas de oiro, em aspa; o segundo meio partido em pala; a primeira
vermelha com seis besantes de prata entre uma dobre cruz e bordadura de oiro; a se
gunda de prata com seis alveloas azues em seis palas, e por diferença uma merleta de
oiro; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e por timbre
uma aguia vermelha besantada de preto; com todas as honras e privilegios de fidalgo por
descender das gerações e linhagens dos Figueiredos e dos Gouveas. — Dada em Lisboa a
17 de maio de 1530. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. LII, fl. 86.
502. CLAUDIo JosÉ BARRADAs NETo, natural da aldea de Vayamonte, termo da Villa
de Monforte, casado com D. Francisca Joaquina Rosa de Almeida; filho de Joaquim Fer
reira Neto, e de sua mulher D. Archangela Michaela; neto pela parte paterna de Fran
cisco Fernandes Neto, e de sua mulher D. Domingas Antunes, e pela materna de Manuel
Lopes, e de sua mulher D. Isabel Maria, dita filha de João Barradas, e de sua mulher
D. Anna Gonçalves, e neto de Francisco Barradas, e de sua mulher D. Maria Ayres.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Ferreiras, no segundo
as dos Netos, no terceiro as dos Barradas, e no quarto as dos Ayres. —Br. p. a 1 de fe
vereiro de 1790. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 143 v. C. C.)
(C. C.
511. CRIS PIM XAVIER DE FARIA E AGUIAR, professo na ordem de Christo, caval
leiro fidalgo da casa real; filho de Innocencio de Faria e Aguiar, tambem professo na or
dem de Christo, cavalleiro fidalgo da casa real, e oficial maior do Conselho da real fa
zenda, e de sua mulher D. Francisca Xavier de Faria; neto pela parte paterna de José
de Faria, escudeiro fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Andreza Maria de Aguiar;
e pela parte materna de Francisco Xavier de Faria, thesoureiro que foi do real rendi
mento da Obra Pia, e de sua mulher D. Joanna Maria Moreira.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Farias, e na segunda as dos
Aguiares. — Br. p. a 27 de outubro de 1786. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 245.
(C. C.)
513. CustoD1o FERNANDo GIL (Doutor), provisor e vigario geral que foi da cidade
de Macau, natural da villa de Candosa, comarca da cidade de Viseu; filho de Manuel
Fernandes Gil, e de sua mulher Maria Jorge; neto pela parte paterna de outro Manuel
Fernandes Gil, e de sua mulher Luiza Nunes; e pela materna neto de Belchior Rodrigues,
e de sua mulher Maria Jorge.
Um escudo ovado com as armas da familia de Gil. — Br. p. a 18 de junho de 1776.
Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 101.
(C. C.)
182 CUSTODIO JOSÉ
dos Pinhos, no terceiro as dos Silvas, e no quarto as dos Gomes. — Br. p. a 14 de agosto
de 1805. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 94.
(C. C.)
519. CUs ToDIo LUIZ RIBEIRO DE QUEIRoz E VAs coM CELLos, filho do capitão Ro
drigo Pinto de Queiroz, e de sua mulher D. Marianna Ribeiro Bernarda da Fonseca; neto
pela parte paterna do capitão José de Castro Peixoto, e de D. Joanna de Queiroz, filha de
Ruy Mendes de Vasconcellos e Queiroz, e de Maria Martins; e bisneto de Lourenço Gon
çalves, e de Margarida de Castro; e pela parte materna neto de Thomé Ribeiro, e de Ca
tharina Ribeiro, filha de Estevão Ribeiro e de Maria Dias; bisneto de Francisco Ribeiro,
e de Domingas Ribeiro.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Queirozes, na segunda as
dos Ribeiros. — Br. p. a 16 de fevereiro de 1780. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 227 v.
(C. C.)
520. CUSTODIO VIEIRA DE SEIXAs.
Teve brazão de suas armas em 5 de dezembro de 1750. V. Seu irmão Antonio de
Seixas Pinto.
521. CYPRIANo LoPEs DA FoNs EcA GALVÃo (Conego), natural da capitania de Per
nambuco, filho do capitão de infanteria Cypriano Lopes da Fonseca Galvão, e de sua mu
lher D. Maria de Vasconcellos Viveiros; neto pela parte paterna de Manuel da Fonseca
Jayme, capitão-mór e governador que foi da capitania do Ceará-grande, e de sua mulher
D. Maria de Proença; bisneto de Manuel Lopes Galvão, mestre de campo do regimento da
cidade de Olinda, e um dos restauradores d’aquella capitania, na expulsão dos hollande
zes, em cuja guerra serviu com o posto de capitão de infanteria; e pela materna neto do
capitão João Nunes Baião, e de sua mulher D. Felicia de Vasconcellos.
Um escudo ovado e esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Galvões, que são
partidas em pala, no segundo as dos Fonsecas, no terceiro as dos Vasconcellos, e no quarto
as dos Viveiros. — Br. p. a 28 de abril de 1768. Reg. no Cart. da N., liv. à }# V.
(C. C.
522. CYPRIANo RIBEIRO FREIRE, fidalgo da casa real, cavaleiro da ordem de S. Tiago
da Espada, oficial da Secretaria de estado dos Negocios estrangeiros e da guerra, secre
tario encarregado dos negocios na côrte de Londres, filho de Antonio Ribeiro Freire, na
tural da freguezia de S. João da Cova, arcebispado de Braga, e de D. Thereza Maria Rosa;
neto pela parte paterna de João Ribeiro, e de D. Josepha Ribeiro; bisneto de Thomé Ri
beiro, e de D. Catharina Freire; e pela materna neto de Antonio Velho, e de D. Maria
Ribeiro.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Ribeiros, e na segunda as
dos Freires. — Br. p. a 26 de agosto de 1788. Reg. no Cart. da N., liv. "o"> V.
(C. C.
134 DAMIÃO PEREIRA
|)
523. DAMIÃo DE ARAUJo PIMENTEL (Doutor), conego prebendado da Sé de Braga, fi
lho de André Martins da Rocha, e de Maria de Araujo; neto paterno de Diogo Martins, e
Ignez da Rocha; bisneto de Martinho Gonçalves, e de Maria Pimentel; trineto de João
Pimentel Pereira, fidalgo da casa real, e de D. Joanna da Rocha; e quarto neto de D. Go
mes da Rocha, commendatario que foi de Pombeiro; neto materno do licenceado Bartho
lomeu Affonso (que era irmão do doutor Gonçalo Affºnso, conego da Sé de Braga), e de
Martha Fernandes de Araujo; bisneto de Fernão Velho de Araujo, e de Maria Fernandes:
e o dito Bartholomeu Affonso foi filho de Affonso Annes, e de Isabel Carvalho, os quaes
todos foram muito nobres.
Carta pela qual el-rei D. João IV lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo esquartelado; o primeiro dos Pimenteis que é esquartelado; o primeiro
e o quarto de oiro com tres faxas sanguineas; o segundo e o terceiro verdes com cinco
vieiras de prata, em santer, riscadas de preto e uma orla de prata com oito aspas ver
melhas; o segundo dos Araujos, de prata, com uma aspa azul e cinco alveloas de oiro,
e assim os contrarios, e por diferença uma flor de liz azul, e em logar de timbre um cha
pão preto com o ferro e cordões do mesmo deitados por ambos os lados, cercando o es
cudo e servindo de paquife; com todas as honras e privilegios de nobre fidalgo por des
cender das gerações dos Pimenteis e Araujos. — Dada em Lisboa a 20 de maio de 1649.
Reg. na Chanc. de D. João IV, liv. III, fl. 352.
524. DAMIÃO DE GoEs, fidalgo da casa real.
Carta pela qual el-rei D. Sebastião lhe concede e a seus descendentes o seguinte bra
zão de seus antecessores: — Escudo de campo azul com cinco cadernas de crescentes de
prata, em aspa; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e azul, e por
timbre um meio leão de prata armado de oiro, com um coronel do mesmo entre duas azas
de azul sobre as quaes estão as mesmas cadernas das armas semeadas; com todas as hon
ras e privilegios de fidalgo pelos seus serviços, e por descender da geração dos de Goes.
— Dada em Lisboa a 15 de agosto de 1567. Reg. na Chanc. de D. Sebastião, liv. VI, fl. 252.
525. DAMIÃo NoGUEIRA, da cidade do Porto, filho de Manuel Francisco, e de Maria
Nogueira; neto paterno de Antonio Francisco, e de sua mulher Maria da Cunha; neto ma
terno de Damião Domingues, e de sua mulher Cecilia Nogueira.
As armas dos Cunhas e Nogueiras. — Br. p. a 30 de janeiro de 1751. Reg. no Cart.
da N., liv. particular, fl. 27 v.
(C. C.)
526. DAMIÃo PEREIRA, morador na villa de Ponte de Lima.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo vermelho com uma cruz de prata vasia e florida, cheia do pri
meiro, e por diferença uma brica de oiro; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, pa
quife de prata e vermelho, e por timbre a mesma cruz entre duas azas de prata; com
todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Perei
ras, por parte de sua mãe e avós. — Dada em Lisboa a 21 de outubro de 1532. Reg. na
Chanc. de D. João III, liv. XVIII, fl. 113 v.
DIOGO DE ABREU 135
(C. C.)
529. DANIEL JosÉ DIAS DE CAsTRo PEREIRA, natural da cidade de Bragança, filho
de Gabriel Dias Mendes, e de sua mulher D. Josepha Maria de Castro; neto paterno de
Antonio Dias Pereira, e de sua mulher D. Anna Luiza; e materno de Antonio de S. Tiago
Pereira do Lago; bisneto de Manuel de São; terceiro neto de João de Castro.
Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Dias, no se
gundo as dos Castros, e no terceiro as dos Pereiras. — Br. p. a 16 de fevereiro de 1828.
Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 217 v.
- (C. C.)
530. DAVID BANDEIRA DE MELLo, da villa de Monte-argil, filho de João Soares Freire
Galhardo, a quem se passou brazão de armas a 20 de junho de 1757, e de sua mulher
D. Theodora Ludovina Barbara de Freitas e Macedo; neto paterno de Manoel Soares
Freire, e de sua mulher D. Anna Antonia de Vasconcellos, e materno do bacharel José
Paulo de Macedo Themudo, e de D. Margarida Rosa de Freitas e Macedo.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Galhardos, no segundo
as dos Soares, no terceiro as dos Bandeiras, e no quarto as dos Mellos. — Br. p. a 19 de
outubro de 1815. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 324.
(C. C.)
531. DINIZ DE SAMUEL (Barão), oficial da ordem da Rosa, do imperio do Brazil, sub
dito britannico.
Um escudo esquartelado, com as armas que lhe foram concedidas por alvará de 22
de agosto de 1856. (M. N.)— Br. p. a 20 de outubro de 1856. Reg. no Cart. da N., liv.
IX, fl. 11 v. V. no I. H. Samuel.
(C. C.)
532. Diogo DE ABREU, natural de Valença do Minho, filho de Ignez Affonso de Abreu;
seus avós foram fidalgos e do tronco d'esta geração.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de armas de seus
antecessores: — Escudo de campo vermelho com cinco cotos de azas de oiro, em aspa,
136 • DIOGO DE AZAMBUJA
e por diferença uma dobre brica de prata e azul; elmo de prata aberto guarnecido de
oiro, paquife de oiro e vermelho, e por timbre um dos cotos das armas; com todas as
honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Abreus.—Dada
em Evora a 12 de dezembro de 1535. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XXII, fl. 148 v.
533. DioGo ALFAR o, licenceado, physico e cirurgião do Hospital de todos os Santos,
em Lisboa, filho do doutor Fernando de Alfaro, neto de João de Alfaro, natural de Ara
gão, que foi fidalgo muito honrado e do tronco d'esta geração.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo vermelho e tres pescoços e cabeças de serpe de prata atados com
uma corda de oiro, uma das cabeças olhando para a direita, outra para a esquerda, e a
outra para cima; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, prata e ver
melho, e por timbre os tres pescoços com as cabeças saindo do elmo; com todas as hon
ras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Alfaros.—Dada em
Evora a 14 de outubro de 1535. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xlvii, fl. 26.
534. DioGo DE AFFoNs ECA, cavalleiro fidalgo da casa real, morador na Alhandra, fi
lho de Gaspar da Fonseca, neto de Diogo da Fonseca, bisneto de Affonso Vaz da Fonseca,
fidalgo muito honrado e alcaide-mór de Marialva, e de Moreira, e de Sabugal, e foi do
tronco d'esta geração.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo de oiro e cinco estrellas de vermelho de sete pontas, em aspa, e por
diferença uma flor de liz verde; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro
e vermelho, e por timbre meio touro vermelho com uma estrella de oiro na testa e os paus
de prata; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração dos Fon
secas. — Dada em Lisboa a 4 de julho de 1547. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xxix,
fl. 40.
535. DioGo ALVAREs PEREIRA, filho de Alvaro Pereira; neto de Pedro Gonçalves
Monteiro; bisneto de Martim Pereira, que foi fidalgo muito honrado e nobre, e do verda
deiro tronco d'esta geração.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
Escudo de campo vermelho e uma cruz de prata florida e vazia do primeiro, e por dife
rença um trifolio de oiro picado de verde; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, pa
quife de prata e vermelho, e por timbre a mesma cruz entre duas azas de oiro; com
todas as honras e privilegios de fidalgo, por descender da geração dos Pereiras. —
*# em Lisboa a 11 de outubro de 1543. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xXVIII,
. 55 V.
de suas armas um castello, além das outras armas que já tem *, pelos serviços por elle
prestados.—Dada em Beja a 17 de março de 1485. (M.N.) Reg. na Chanc. de D. João II,
liv. III de Mist., fl. 241.
azinheira verde, e as raizes de prata e um leão de oiro, paquife de oiro e vermelho, por
timbre um dos cinco leões, e por diferença uma merleta de prata; com todas as honras
e privilegios de fidalgo por descender por parte de seu pae e avós dos Barrosos, e por
parte de sua mãe e avós dos de Bivar. — Dada em Lisboa a 4 de outubro de 1537. Reg.
na Chanc. de D. João III, liv. xLiv, fl. 16.
542. DioGo BoTELHo, cavalleiro fidalgo da casa real.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo de oiro e quatro bandas de vermelho, e por diferença uma flor
de liz de prata; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e
por timbre um meio leão de oiro faxado de vermelho; com todas as honras e privilegios
de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Botelhos e Callados.—Dada em Lis
boa a 12 de julho de 1533. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xlv, fl. 43 v.
543. D10 Go CAÁo, neto de Gonçalo Caão, cavaleiro da casa real.
Carta pela qual el-rei D. João II lhe concede e a seus descendentes o titulo de nobre
de cota de armas, podendo usar do seu elmo e escudo (não o descreve) pelos serviços
prestados por seu avô a el-rei D. João I nas guerras de Castella, e pelos seus serviços em
Guiné, aonde foi mandado á descoberta para augmento da santa fé, e accrescentamento do
reino. — Dada em Santarem a 14 de abril de 1484. (M.N.) Reg. na Chanc. de D. João II,
liv. II de Mist., fl. 294. V. no I. H.
544. Diogo DE CAsTILHo, filho de João de Castilho, que foi morador na villa de Tho
mar, e natural das montanhas do reino de Biscaia.
Carta pela qual el-rei D. Sebastião lhe concede e a seus descendentes o seguinte bra
zão de seus antecessores: — Escudo de campo verde com um castello de prata com as
portas e frestas e lavrado de preto, e em cima da torre do meio uma flor de liz de oiro,
e á porta do castello duas lebres de prata olhando uma para a outra, com coleiras ver
melhas, e presas por umas cadeias de oiro que saem das bombardeiras; elmo de prata
aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, prata e verde, por timbre uma das lebres das
armas, e por diferença uma merleta de oiro; com todas as honras e privilegios de nobre
fidalgo por descender da geração dos Castilhos do reino de Biscaia. — Dada em Lisboa a
16 de fevereiro de 1561. Reg. na Chanc. de D. Sebastião, liv. II, fl. 44 v.
545. DIo Go DE CASTRO Do RIo. •
Carta pela qual el-rei D. Sebastião o fez fidalgo de cota de armas, dando-lhe por so
lar a sua quinta do Rio, e o mesmo appelido, egualmente o seguinte brazão para elle e
seus descendentes: — Escudo de campo de prata e duas faxas de agua ondadas entre
nove alveloas de purpura, elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata, pur
pura e azul, e por timbre um cavallo marinho da sua cor, saindo metade deste do elmo
cercado de uma onda de agua; com todas as honras e privilegios de nobre fidalgo pelos
seus serviços e merecimentos. — Dada em Lisboa a 15 de julho de 1561. (M.N.) Reg. na
Chanc. de D. Sebastião, liv. II, fl. 304 v.
546. DioGo DIAS PRETo DA CUNHA Osoaio VELLoso CABRAL, do logar de Pro
Viseu, termo da villa do Fundão, comarca da Guarda, filho de José de Sousa Preto da
Cunha Osorio Velloso Cabral, e de D. Antonia Margarida de Vilhena Seares Machado;
neto pela parte paterna de Diogo Dias Preto da Cunha, monteiro-mór da comarca da
Guarda, e de D. Catharina Maria de Sousa Velloso Cabral; bisneto de Diogo Dias Preto
Machado da Cunha, alferes do regimento de cavallaria de Castel-branco, e de D. Michaela
Maria da Motta Godinho; terceiro neto de Diogo Dias Preto da Cunha, cavaleiro professo
na ordem de Christo, e de Maria Machado Freire; quarto neto de Diogo Dias Preto Ma
DIOGO FERREIRA 139
— Escudo de campo vermelho com quatro faxas de oiro, e sobre a primeira faxa um
cardo verde de tres folhas por diferença; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, pa
quife de oiro e vermelho, e por timbre uma ema da sua côr com uma ferradura de oiro
no bico; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linha
gem dos Ferreiras. — Dada em Lisboa a 21 de janeiro de 1542. Reg. na Chanc. de
D. João III, liv. XXXII, fl. 6 v.
— Escudo de campo esquartelado ; o primeiro de azul e urna estrella de oiro entre qua-
tro crescentes de prata apontados, o segundo de preto e tres faxas veiradas e contravei-
radas de prata e vcrmelho, e por differenca urna flor de liz de oiro ; elrno de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de prata vermelho e preto, e por timbre um meio leáo preto
com as tres faxas ; com todas as honras de nobre (idaígo por descender das geracoes dos
Carvalhos e dos Vasconcellos. — Dada em Lisboa a 3 de abril de 1533. Reg. na Chañe,
de D. Joao m, liv. XLV, fl. 63.
556. DIOGO GOMES ZAGALO, filho mais velho de Ruy Dias Zagalo, neto de Diogo Go
mes Zagalo, bisneto de Diogo Gomes Martins Zagalo, que foi o tronco d'esta geraçâo, e
todos foram fidalgos.
Carla pela qual el-rei D. Joáo m Ihe concede o seguinte brazao de seus antecesso
res : — Escudo de campo de oiro, corn dois crescentes, duas estrellas e dois torteaulx,
tudo de vermelho, em duas palas, sendo um crescente, urna estrella e um tortean em
urna pala, e a outra pala egual ; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro
e vermelho, e por timbre um leopardo de oiro com urna das estrellas na testa ; com todas
as honras e privilegios de fidalgo por descender da geracjío e linhagem dos Zagalos. —
Dada em Evora a 28 de fevereiro de 1534. Reg. na Chañe, de D. Joäo ni, liv. xx, fl. 77.
557. DIOGO GONCALVES DE FIGUEIROA, cavalleiro da ordern de Sant'Iago, filho de
Gonçalo dias de Figueiroa, natural do Porto, e bisneto de Gonçalo de Figueiroa, que fo
ram fidalgos e nobres.
Carta pela qual el-rei D. Joáo ni Ihe concede o seguinte brazáo de seus antecesso
res : — Escudo de campo de oiro com cinco folhas de figueira verdes, em aspa, e 'por
differenca urna flor de liz vermelha, elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de
oiro e verde, e por timbre um braco vestido de azul com um ramo de oiro na mâo com
cinco folhas de figueira verdes ; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descen
der da geraçâo e linhagem dos Figueiroas. — Dada em Alvito a 22 de dezembro de 1531.
Reg. na Chañe, de D. Joáo ni, liv. xvm, fl. 5 v.
558. DIOGO IGNACIO DE PINA MANIQUE, moco fidalgo da casa real, bacharel formado
em direito, e proprietario ; filho de Paulo Nogueira de Andrada Antonio Pina Manique,
moco fidalgo da casa real, cavalleiro da ordem de Malta, doutor na faculdade de leis, e
coronel de milicias, e de sua mulher D. Antonia Herculana de Figueiredo ; neto paterno
do doutor Diogo Ignacio de Pina Manique, fidalgo cavalleiro da casa real, commendador
da ordern de Christo, senhor donatario da villa de Manique do intendente, e do morgado
de S. Joaquim da villa de Coina, alcaide-mór de Portalegre, chanceller-mór do reino, des-
embargador do paco, intendente geral da Policía da corte e reino, administrador geral da
Alfandega grande de Lisboa, e feitor-mór das mais do reino, administrador da Casa pia
do castello de S. Jorge, padroeiro da egreja matriz de S. Pedro da villa de Manique, e
das collegiadas da dita egreja, e das do Espirito Santo de Castello de Vide, e de sua mu
lher D. Ignacia Margarida Umbelina de Brito Nogueira Mattos e Andrada ; bisneto de Pe
dro Damiáo de Pina Manique, cavalleiro fidalgo da casa real, e cavalleiro da ordem de
Christo, e de sua mulher D. Helena Ignacia de Faria ; sobrinho por parte paterna de Pe
dro Antonio de Pina Manique Nogueira Mattos de Andrada, primeiro visconde e primeiro
barâo de Manique do Intendente, quinto senhor do morgado de S. Joaquim da villa de
Coina, alcaide-mór de Portalegre, do conselho de Sua Magestade, commendador da ordem
de Christo, deputado da Mesa da consciencia e ordens, conselheiro do Ultramar, e desem-
bargador da Relacao do Porto ; neto materno de Joáo Raptista Comtilé, e de sua mulher
D. Maria Isabel de Figueiredo ; bisneto de Francisco Monteiro da Silva, cavalleiro da or
dem de Christo, official-maior da secretaria do Conselho ultramarino, e de sua mulher
D. Marianna Rosa Teixeira de Figueiredo.
142 DIOGO LEITÃO
562. Diogo JosÉ DA SILVA CAMPos, natural da villa de Murça, comarca de Villa-real,
cavalleiro professo na ordem de Christo, fidalgo cavalleiro da casa de Sua Magestade, e
capitão-mór das ordenanças da mesma villa; filho de Henrique José da Silva, e de sua
mulher D. Antonia Luiza de Campos; neto paterno de João Garcia da Fonseca, e de D. Ca
tharina Lopes, e materno de Antonio José de Campos, e de sua mulher D. Anna Maria.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Silvas, e na segunda as dos
Campos. — Br. p. a 15 de novembro de 1826. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, %*
(C. C.
563. DIOGO LEITÃo, morador na villa de Certã.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo de prata com tres faxas vermelhas, e por diferença uma brica
de azul e n’ella um X de oiro; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata
e vermelho, e por timbre um leitão de prata; com todas as honras de nobre fidalgo por
descender da nobre linhagem e geração dos Leitões. — Dada em Evora a 15 de julho de
1535. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. x, fl. 97.
DIOGO MEXIA • 148
564. DioGo LoPEs DE CALHEIRos, fidalgo de cota de armas, filho de Gonçalo Lopes
de Calheiros, e neto de Diogo Lopes de Calheiros; bisneto de Garcia Lopes de Calheiros,
chefe do dito tronco, que foram do tronco d'esta geração.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo azul com cinco vieiras de prata riscadas de preto, em aspa, e tres
estrellas de prata de cinco pontas cada uma, em faxa ao pé do escudo, e por differença um
crescente de oiro, elmo de prata aberto, paquife de prata e azul, e por timbre dois bor
dões de Sant'Iago de prata, em aspa, e no meio d'elles uma das vieiras das armas; com
todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Calheiros.
—Dada em Lisboa a 3 de agosto de 1528. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xvII, fl. 116 v.
565. DioGo LUIZ DE CACEREs NoITEL DE AMORIM DANTAs, natural da cidade de
Lisboa, filho de Ricardo Antonio Morato de Caceres de Amorim Dantas, e de sua mulher
Leonor Euphrazia Rita; neto pela parte paterna de Luiz da Silva Noitel Caceres, e de sua
mulher D. Rosa de Amorim Dantas, filha de Manuel da Silva e Sousa, e de sua mulher
D. Maria de Amorim Dantas.
Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Caceres, no
segundo as dos Amorins, e no terceiro as dos Dantas. — Br. p. a 6 de novembro de 1786.
Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 250 v.
(C. C.)
566. DioGo MACHADO, morador em Guimarães, filho de Pedro Machado, e neto de
Lopo Machado, os quaes foram do tronco d'estas gerações.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo esquartelado; o primeiro de vermelho com cinco machados de prata com
os cabos de oiro, em aspa, e o segundo de vermelho com uma aguia preta estendida com
os pés e membrada de oiro, e por diferença um trifolio de prata; elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de prata, oiro e vermelho, e por timbre dois dos mesmos ma
chados em aspa, por descender da nobre linhagem dos Machados e dos da Maia. — Dada
em Evora a 23 de julho de 1537. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. LXIV, fl. 82.
567. DioGo MARTINs, cavalleiro fidalgo.
Carta pela qual el-rei D. Sebastião o armou cavalleiro e lhe concede e a seus des
cendentes o seguinte brazão de armas: — Escudo partido em faxa; o primeiro de preto
com duas barras de oiro; o segundo com tres flores de liz de purpura, em pala; elmo
de prata serrado guarnecido de oiro, paquife de oiro, preto e purpura, e por timbre uma
das flores de liz das armas; com todas as honras e privilegios de fidalgo pelos relevantes
serviços que prestou. — Dada em Lisboa a 1 de abril de 1560. (M.N.) Reg. na Chanc.
de D. Sebastião, liv. II, fl. 275 v.
Carta pela quäl el-rei D. Joao ш Ihe concede o seguinte brazäo de seus antecesso
res : — Escudo de campo de oiro com tres faxas de azul, e por differença unía flor de liz
vermelha ; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e azul, e por timbre
meia onça de oiro rompente faxada com as tres faxas azues ; com todas as honras e pri
vilegios de fidalgo por descender da geracao e linhagem dos Mexias. — Dada em Lisboa
a 4 de dezembro de 1542. Reg. na Chañe, de D. Joao ш, liv. xxxn, fl. 9i v.
569. DIOGO MIGUEL FRARY DA SILVA MAIA E MOREIRA (Bacharel), juiz de fora e
orphâos da villa de Extremoz, e actual ouvidor da capitanía de Goyazes na America, na
tural da dita villa, coin a sua casa e familia na de Borba; fllho de Francisco Frary, na
tural da cidade de Cutance da baixa Normandia, provincia do reino de Franca, e de sua
mulher D. Antonia Joaquina Franca da Silva, irma legitima do doutor Manuel Dias No,
juiz de fora da villa de Monforte, e ouvidor de Barbacena, a quem ja se passou brazao de
armas das familias dos appellidos Dias, Moreiras, Maias, e Silvas no anno 1750; neto pela
parte materna de outro doutor Manuel Dias No, tambera juiz de fora da mencionada villa
de Monforte, e depois ouvidor da comarca de Villa-viçosa, cujo logar exerceu no tempo
das reaes passagens no anno de 1729 com muito explendor e crédito, e últimamente fal
lecerá com o de auditor geral da provincia do Alemtejo, e com a beca, e de sua mulher
D. Cecilia Franca da Silva, filha de Sebastiâo Rodrigues Moreira Maia, e de sua mulher
D. Maria Martins Proxoa; bisneto de Antonio Dias No, natural da villa do Crato, d'onde
veiu para a de Borba a casar com D. Maria Rodrigues; terceiro neto de Pedro Dias No,
o qual era filho de Affonso Dias No, naturaes da dita villa do Crato, pessoas da mais es
clarecida nobreza d'ella.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Dias, no segundo as
dos Moreiras, no terceiro as dos Maias, e no quarto as dos Silvas. — Br. p. a 26 de
abril de 1782. Reg. no Cart, da N., liv. ni, fl. 49.
(C. C.)
570. DIOGO NUNES DE ABREU, natural de Portel, filho de Manuel Nunes Chanoquo,
cavalleiro da casa real, e de Isabel do Regó; neto de Ruy Collaco do Regó, que foi do
tronco da geraçâo dos do Regó e fidalgo muito honrado, e de Briolante Gomes de Abreu,
que foi filha de Gracia Gomes de Abreu, bisavô do dito Antâo, que era fidalgo e do tronco
da linhagem dos de Abreu.
Carta pela qual el-rei D. Joao m Ihe concede o seguinte brazao de seus antecessores :
— Escudo de campo esquartelado; o primeiro de verde com urna banda bordada de prata
e n'ella tres vieiras de oiro riscadas de preto e perfiladas de azul ; o segundo de verme-
Ню com cinco cotos de oiro em aspa, e por differença urna brica de prata e n'ella um
— G — de preto; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, verde e ver-
melho, e por timbre um dos cotos ; com todas as honras e privilegios de fidalgo por des
cender da geracao e linhagem dos Regos, e Abreus. — Dada em Evora a 30 de agosto de
1535. Reg. na Chañe, de D. Joao ui, liv. x, fl. 136 v.
571. DIOGO NUNES DA COSTA RIBEIRO, filho de Joao Nunes da Costa Homem; neto
de Luiz Goncalves Ribeiro, fidalgo muito honrado, e de Branca Nunes da Costa Homem ;
bisneto de Ñuño Goncalves Ribeiro, fidalgo muito honrado e do tronco da linhagem dos
Ribeiros : bem assim era bisneto de Joao Femandes da Costa e de Filippe Nunes Homem,
fidalgos muito honrados, e do verdadeiro tronco dos Costas e Homens.
Carta pela qual el-rei D. Joao m Ihe concede o seguinte brazäo de seus antecesso
res : — Escudo de campo esquartelado; o primeiro dos Ribeiros, que é esquartelado, o
primeiro de oiro com tres palas de vermelho, o segundo de preto coin très faxas veiradas
e contraveiradas de prata e vermelho, e assim o contrario ; o segundo dos Costas, que
de vermelho e seis costas de prata em tres faxas, e o contrario dos Homens, que é de
w
DIOGO PIRE8 145
azul e seis crescentes de oiro em duas palas, e por diferença uma flor de liz, metade
verde e metade prata, na primeira ponta do escudo; elmo de prata aberto guarnecido de
oiro, paquife de oiro, azul e vermelho, e por timbre um leão azul com uma faxa de ar
mas nas mãos com o cabo de oiro; com todas as honras e privilegios de fidalgo por des
cender da geração e linhagem dos Ribeiros, Costas, e Homens. — Dada em Evora a 4 de
dezembro de 1544. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XLI, fl. 56.
573. DIOGO NUNEs FERREIRA, cavalleiro fidalgo da casa real, filho de Gonçalo do
Rego, neto de Gonçalo Nunes do Rego Ribeiro, bisneto de Alvaro Fernandes do Rego, os
quaes foram todos fidalgos e do verdadeiro tronco d'estas gerações.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo esquartelado; o primeiro dos do Rego, verde, com uma banda de
prata ondada, e n'ella tres vieiras de oiro riscadas e perfiladas de preto; o segundo de
preto com tres faxas veiradas e contraveiradas de prata e vermelho; elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de prata, verde, oiro e vermelho, e por timbre dois penachos
verdes guarnecidos de oiro, com uma das vieiras no meio d’elles, e por diferença um
crescente de prata; com todas as honras de nobre fidalgo por descender da geração e
linhagem dos Regos e dos Ribeiros. — Dada em Lisboa a 8 de outubro de 1543. Reg. na
Chanc. de D. João III, liv. XXVIII, fl. 50.
Carta pela qual el-rei D. Manuel lhe concede e a seus descendentes o brazão de ar
mas de seus antecessores: — Um escudo de campo vermelho com cinco vieiras de prata
e no campo por diferença uma estrella de oiro; elmo de prata aberto, e por timbre um
meio leão de oiro, e paquife de prata e vermelho, por descender da nobre linhagem dos
Pimenteis. — Dada em Lisboa a 27 de abril de 1514. Reg. na Chanc. de D. Manuel,
liv. XV, fl. 58, e liv. v de Mist., fl. 117.
576. DioGo PIRES DE DRUMOND, morador na ilha da Madeira, filho de Andreza Gon
çalves de Drumond; neto de Joanna Escorcia de Drumond; bisneto de João de Escorcio
de Drumond; trineto de João Drumond, senhor de Escobar, em Escossia, que foi irmão
de Anna Bella, rainha de Escossia, o qual descendia dos principaes senhores de Escossia
da nobre casa dos Drumond.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo de oiro com tres faxas ondadas de vermelho, e por "#"… IIII13
I * 0
146 DIOGO DE SOURO
brica de verde com um dez de oiro; elmo de prata aberto garnido de oiro, paquife de
oiro e vermelho, e por timbre uma meia lebre de vermelho com sua colleira de oiro; com
todas as honras de nobre fidalgo por descender da geração dos Drumond. — Dada em
Lisboa a 19 de março de 1538. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XLIV, fl. 39 v.
577. DioGo RATTON DE CLAMoUsE, morador na cidade de Lisboa, filho de Jacome
Ratton, cavaleiro professo da ordem de Christo, e de sua mulher D. Anna de Clamouse
Ratton; neto pela parte paterna de Jacome Ratton, cavaleiro professo da ordem de Christo, e
de sua mulher D. Francisca Bellon; e pela materna de Bernardo de Clamouse, que foi consul
geral da nação franceza na cidade do Porto, e de sua mulher D. Genoveva Martefocher.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Rattons, e na segunda as dos
Clamouses. — Br. p. a 13 de fevereiro de 1788. Reg. no Cart. da N., liv. } }}
(C. C.
579. DioGo SoAREs, morador na cidade de Goa, neto de Gomes Soares de Toledo.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo vermelho com duas albarradas de oiro de duas azas cada uma,
cheias de cebollas cecem da sua côr entre uma banda que retem pelos cabos duas cabe
ças de serpes, tambem de oiro, armadas de azul; elmo de prata aberto guarnecido de
oiro, paquife de oiro, vermelho e prata, e por timbre uma das albarradas; com todas as
honras e privilegios de fidalgo por descender da geração dos Soares de Toledo, que são
fidalgos no reino de Castella. — Dada em Lisboa a 23 de fevereiro de 1556. Reg, no liv. V
de Privilegios, fl. 262 v.
] #
8-003.
DioGo SoAREs DE VILLA-BoA, natural de Beja, filho de Martim Manuel de Vil
Carta pela qual el-rei D. Sebastião lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo verde e uma bicha por nome tiro de prata picada de preto com
a lingua vermelha faxada, e o rabo retornado, e por diferença uma estrella de oiro; elmo
de prata atrolhado guarnecido de oiro, paquife de prata e verde, e por timbre metade do
tiro; com todas as honras e privilegios de fidalgo, por descender da geração dos Villas-boas.
— Dada em Lisboa a 29 de maio de 1571. Reg. na Chanc. de D. Sebastião, liv. VIII, fl. 260.
581. DIOGO DE SOURO DE AFFONSECA, cavalleiro fidalgo da casa real, morador na
cidade da Guarda.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo de oiro com cinco estrellas de vermelho, em aspa, e por diffe
rença uma merleta de vermelho; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro
e vermelho, e por timbre um meio touro vermelho com os paus de oiro e uma estrella
tambem de oiro na testa; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da
DIONYSIO GONÇALVES - 147
582. DIoGo VAz, cavalleiro fidalgo, filho de Vasco da Fonseca e de Lianor Osores,
que foram moradores em Pinhel, e neto de Diogo da Fonseca, que foi aio do conde D. Vasco
(que foi primeiro conde de Marialva) e bisneto de Gonçalo da Fonseca e de D. Becaca, a
qual foi herdeira do morgado de S. Romão.
Carta pela qual el-rei D. Manuel lhe concede e a seus descendentes o brazão de seus
antecessores : — Escudo de campo de oiro com cinco estrellas vermelhas em aspa, e elmo
de prata fechado, e por timbre um meio corpo de homem com uma maça nas mãos, ar
mado de branco, paquife de oiro e vermelho; com todas as honras de fidalgo por descen
der da geração e linhagem dos Affonsecas. — Dada em Lisboa a 11 de julho de 1514.
Reg. na Chanc. de D. Manuel, liv. XI, fl. 42, e liv. VI de Mist., fl. 127.
583. DioGo VAz CARREIRo, morador na ilha de S. Miguel, filho de Pero Gonçalves
Carreiro e neto de Gonçalo Vaz Carreiro, que foi fidalgo muito honrado e do tronco
d’esta linhagem.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de armas de seus
antecessores: — Escudo de campo vermelho com uma banda de azul, e n’ella um leão de
oiro entre dois pinheiros verdes com as raizes de prata e o fruto de oiro, e por diferença
uma flor de liz de prata na banda; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de
oiro e vermelho, e por timbre um meio leão de oiro; com todas as honras de fidalgo por
descender da nobre linhagem dos Carreiros. — Dada em Evora a 23 de outubro de 1534.
Reg. na Chanc. de D. João III, liv. x, fl. 1.
584. DIOGO VAZ DA ToRRE, filho de Bastiam Vaz da Torre, cavaleiro, e neto de Vasco
Pires da Torre, cavaleiro fidalgo, bisneto de Pedro Vicente da Torre, que foi fidalgo muito
honrado e o principal do tronco d'esta geração dos da Torre.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de armas de seus
antecessores : — Escudo de campo vermelho com uma torre de prata lavrada de preto
entre duas cabeças de leões de oiro postas sobre o pé do escudo de agua ondado; elmo de
prata aberto, paquife de oiro, prata e vermelho, e por timbre a mesma torre; com todas
as honras e privilegios de fidalgo por descender da nobre geração dos da Torre. —Dada
em Lisboa a 7 de outubro de 1538. — Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xLIV, fl. 113 v.
585. DIONYSIO COTRIM DE SOUSA, natural d’esta cidade de Lisboa; filho de Luiz RO
drigues Manuel e Lemos, que era irmão de Manuel Rebello de Lemos, moço da camara
que foi do senhor rei D. Pedro II; neto paterno do capitão Antonio Rodrigues de Lemos
e de sua mulher D. Francisca Cotrim de Abreu, dona da camara que foi da augustissima
senhora D. Maria de Austria; elle irmão de João Rebello, filhos ambos de João Rebello,
a quem se passou brazão com as armas dos Rebellos, Meirelles e Macedos, em 20 de fe
vereiro de 1650, o qual era filho de Miguel Rebello, e de sua mulher Antonia de Lemos
e Carvalho; neto paterno de João Jorge, e de Camilla Rebello; neto materno de Antonio
Carvalho, e de Antonia de Lemos.
As armas dos Rebellos, Cotrins, Lemos, e Meirelles. — Br. p. a 8 de junho de 1758.
Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 116.
(C. C.)
586. DIoNvs1o GoNÇALVES BRANco (Doutor), ouvidor geral da cidade da Bahia e
sua comarca, natural de Lisboa; filho de Pedro Gonçalves Branco, e de sua mulher
D. Maria Magdalena; neto paterno de Antonio Dias, e de Maria Gonçalves Branco; bis
neto de Domingos Pires, e de Maria Dias; terceiro neto de João Dias, e de Maria Dias;
148 - DOMINGOS ALVES
vares Bandeira, pae de José Alvares Bandeira, que viveu na Bahia onde foi coronel de infan
teria; bisnetos de Gaspar Alvares Bandeira; terceiros netos de outro João Alvares Ban
deira, que viveu no concelho de Besteiros onde teve solar dos Bandeiras; quartos netos
de Gaspar Alvares Bandeira, irmão de Pedro Alvares Bandeira, neto do capitão de caval
laria Simão Nunes Infante de Sequeira; quintos netos de Anna Bandeira, e de seu marido
Diogo Fidalgo, filho de Gaspar Alvares Fidalgo; sextos netos de Gonçalo Pires Bandeira,
que foi aquelle famoso e esforçado cavalleiro, que chamando-se Gonçalo Pires Zuzarte lhe
deu o rei D. João II o appelido de Bandeira por haver restaurado a bandeira real d’este
reino, que os castelhanos tinham ganhado na batalha de Touro, dando-lhe tambem por ar
mas a mesma bandeira, e n'ella um leão; e de sua mulher Violante Nunes Barreto, filha
de Fernando Nunes Cardozo, filho de Francisco Nunes Barreto, commendador de Castel
lães, e Sant'Iago de Besteiros, ouvidor da casa da rainha D. Leonor, e de sua mulher
D. Bertholeza de Figueiredo; netos maternos de D. Maria Lopes da Fonseca Telles, e de
seu marido Antonio Dias da Silva; bisnetos de Francisco Telles de Menezes, que do dis
tricto de Alemquer, onde nasceu, se ausentou por um crime, e viveu escondido na terra
da Feira, onde casou na familia dos Lopes Fonsecas, aparentados com os morgados de
Fontellas; terceiros netos de Fernando Telles de Menezes, primeiro conde de Unhão, e de
D. Maria Garcez, mulher nobre da villa de Alemquer, como provou no anno de 1710 sua
neta D. Thereza da Fonseca Telles no civel da côrte; quartos netos de Ruy Telles de Me
nezes, oitavo senhor de Unhão, commendador de Arguim, e de sua mulher D. Marianna
da Silveira, filha de Vasco da Silveira, commendador de Arguim, e de sua mulher D. Ignez
de Noronha; quintos netos de Fernando Telles de Menezes, setimo senhor de Unhão, com
mendador das commendas de Ourique, e de sua mulher D. Maria de Castro, dama da
rainha D. Catharina, e filha de D. Jeronymo de Noronha, neto do marquez de Villa Real;
sextos netos de Manuel Telles de Menezes, sexto senhor de Unhão, Supoens, Gestaes, Mei
nedo, e Ribeira de Sons, commendador de Ourique na ordem de Sant'Iago, e de sua mu
lher D. Margarida de Castro, filha de D. Fernando de Castro, capitão-mór de Evora, avô
paterno do primeiro conde de Basto, e de sua mulher D. Marianna de Vilhena; setimos
netos de Ruy Telles de Menezes, quinto senhor de Unhão, mordomo-mór da infanta
D. Isabel, que foi imperatriz, mulher do imperador Carlos v, e de sua mulher D. Guio
mar de Noronha, filha de D. Pedro de Noronha, commendador-mór da ordem de Sant'Iago,
e mordomo-mór de el-rei D. João o II, progenitor da casa dos condes dos Arcos, Villa
verde, marquezes de Angeja e Marialva; oitavos netos de Fernão Telles de Menezes, quarto
senhor de Unhão, mordomo-mór da rainha D. Leonor, e de sua mulher D. Maria de Vi
lhena, filha de Martim Affonso de Mello, guarda-mór do rei D. Duarte, alcaide-mór de
Olivença; nonos netos de Ayres Gomes da Silva, segundo senhor de Vagos, progenitor da
casa de Aveiras, e de sua segunda mulher D. Brites de Menezes, filha de D. Martinho
de Menezes, primeiro senhor de Cantanhede, ascendente dos condes de Unhão.
As armas dos Bandeiras, Menezes, e Telles. — Br. p. em julho de 1752. Reg. no
Cart. da N., liv. particular, fl. 38 v.
(C. C.)
592. DoMINGos DE ARAUJo SoAREs, e seu irmão João de Araujo Soares Costa,
naturaes da villa de Valladares, na provincia de entre Douro e Minho, arcebispado de Braga,
e moradores n'esta côrte, filhos de Sebastião de Araujo Costa, e de Isabel Soares Rodri
gues; netos paternos de Domingos Vieytes, e de Antonia Fernandes de Araujo; bisnetos
de Sebastião Fernandes de Araujo, e de sua mulher Maria Alvares de Ceybaes; terceiros
netos de Bartholomeu Fernandes de Araujo, e de Isabel Rodrigues da Costa; quartos ne
tos de Damião Fernandes de Araujo.
As armas dos Araujos, Soares, e Costas. — Br. p. a 25 de outubro de 1754. Reg.
no Cart. da N.. liv. particular, fl. 81.
(C. C.)
150 DOMINGOS GONÇALVES
613. DUARTE Boa GEs, morador na ilha da Madeira, filho de Fabião Borges, neto de
Fernão Carrilho Albernaz, pagem da duqueza de Bragança, e de Maria Borges, que foi do
tronco d'esta geração dos Borges, e o dito Fernão Carrilho foi fidalgo muito honrado e
do tronco d'estas gerações dos Carrilhos e Albernazes.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo esquartelado; o primeiro dos Carrilhos, de campo azul, com cinco flores de liz
de oiro, em aspa, e o seu contrario dos Albernazes, de campo esquartelado, o primeiro
de azul com um carapeteiro de prata de sete ramos e o segundo de prata com um cara
peteiro de azul, e na segunda parte o escudo dos Borges, e seu contrario, que é campo
de vermelho com um leão de oiro e uma bordadura de azul semeada de flores de liz de
oiro, e por diferença uma merleta de prata; elmo de prata aberto guarnecido de oiro,
paquife de oiro, azul e vermelho, timbre um meio leão de azul com uma flor de liz de
oiro na cabeça; com todas as honras de nobre fidalgo por descender da geração e linha
gem dos Carrilhos, Albernazes e Borges. — Dada em Lisboa a 13 de março de 1538. Reg.
na Chanc. de D. João III, liv. xLIV, fl. 37.
dos Carvoeiros. — Dada em Lisboa a 17 de março de 1538. Reg. na Chanc. de D. João III,
liv. XLIV, fl. 35 v.
616. DUARTE GoMEs SERRÃo, morador na villa de Angra da ilha Terceira, bisneto
de João Serrão.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de armas de seus
antecessores: — Escudo de campo de prata com um leão vermelho com um pé em cima
de uma serra verde ondado, e por diferença uma dobre brica de azul e de cima de oiro,
elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de vermelho, e por timbre o mesmo
leão das armas; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração
## — Dada em Santarem a 11 de abril de 1528. Reg. na Chanc. de D. João III,
iv. XI, fl. 44 v.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo de oiro com nove aroelas e tres palas de vermelho, e por diferença
uma merleta de azul; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e verme
lho, e por timbre meio leão de oiro; com todas as honras e privilegios de fidalgo, por
descender da geração e linhagem dos Taveiras. — Dada em Lisboa a 13 de abril de 1527.
Reg. na Chanc. de D. João III, liv. II, fl. 57 v.
620. DUARTE VELHO, cavaleiro da ordem de Aviz, e escrivão da camara real.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo vermelho com cinco vieiras de oiro, em aspa, riscadas de preto, e
por diferença um crescente de prata; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife
de oiro e vermelho, e por timbre um chapeo preto com uma vieira das armas na testa;
com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos
Velhos, por parte de seu pae e avós. — Dada em Lisboa a 13 de agosto de 1532. — Reg.
na Chanc. de D. João III, liv. XVIII, fl. 107.
166 D. ESPERANÇA ANGELICA
E
621. EDUARDO DE FAHIA, fidalgo cavalleiro, e moco fldalgo da casa real com exerci-
cio, commendador da ordern de Christo, e negociante da praça do Rio de Janeiro ; fllho
de Ricardo Pereira de Paria, negociante, e de sua mulher D. Angélica Pulcheria Pita ; neto
paterno de José Pereira de Paria, negociante, e de sua mulher D. Thomazia Rosa de Pa
ria, e materno de Manuel da Cucha Valle, proprietario, e de sua mulher D. Pelisberta
Theodora da Cunha Valle.
Um escudo partido em pala ; na primeira as armas dos Farias, e na segunda as dos
Valles. — Br. p. em Janeiro de 1861. Reg. no Cart, da N., liv. ix, fl. 37 v.
(C. C.)
622. EDUARDO PEREIRA, proprietario, natural da cidade de Macau; fllho de Antonio
Pereira, fidalgo cavalleiro da casa de Sua Magestade Imperial do Brazil, e de sua mulher
D. Aurelia Suzanna Pereira ; neto por parte paterna do conselheiro Manuel Pereira, fidalgo
cavalleiro da mesma imperial casa, e de sua mulher D. Rosa Vianna Pereira ; neto por parte
materna de Matthous Mendes, e de sua mulher D. Monica Mendes.
Um escudo partido em pala ; na primeira as armas dos Pereiras, e na segunda as
dos Viannas. — Br. p. a 20 de maio de 1859. Reg. no Cart, da N., liv. ix, fl. 25.
(C. C.)
623. EDUARDO VENTURA DA PAZ, capitao das ordenancas de Palmella, e negociante
da praça da cidade de Lisboa ; filho de Manuel Ventura da Paz, negociante da praça da
dita cidade, e de sua mulher D. Maria Joaquina Pereira de Sousa Cordova ; neto paterno
de Raymundo da Paz, e de D. Francisca Theresa Rosa, descendente de Manuel da Paz, e
de Joáo da Paz, fidalgos cavalleiros da casa real; e materno de Lourenço Antonio Pereira
de Sousa Cordova, a quem se passou brazáo de armas a 4 de abril de 1762.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Pazes, no segundo as
dos Pereiras, no terceiro as dos Cordeiros, e no quarto as dos Sequeiras. — Br. p. a 30
de abril de 1814. Reg. no Cart, da N., liv. vu, fl. 290 v.
(C. C.)
624. ELIZIARIO MANUEL DE CARVALHO, sargento-mór do terco da ordenança da villa
de Torres-vedras, natural da cidade de Lisboa ; filho de Manuel Dias de Carvalho, sar
gento-mór que tambera foi do dito terco, e de sua mulher D. Rita Severa Correa Salgado;
neto pela parte paterna do capitao Domingos Dias de Carvalho, e de sua mulher D. Ca-
tharina Simoa da Silva, e pela materna do capitao Bento Correa Salgado, e de sua mulher
D. Clara da Cunha do Sacramento Pereira.
Um escudo com as armas dos Carvalhos. — Br. p. a 16 de novembre de 1778. Reg.
no Cart, da N., liv. u, fl. 170 v.
(C. C.)
625. D. ESPERANÇA ANGELICA DE SÁ PEREIRA BARROS DE BULHÖES, natural da
villa de Tondella, filha de Antonio Ferreira Sarit'Iago, e de sua mulher D. Marianna The
resa da Cunha ; neta pela parte paterna de Manuel Ferreira Sant'Iago, e de sua mulher
ESTEVÃO PERESTRELLO • 157
Maria de Oliveira Barros; neto pela parte materna de Miguel do Valle de Bulhões, e de
sua mulher Placida Maria; bisneta por bastardia de outro Miguel do Valle de Bulhões,
filho de Manuel de Sá Pereira, da casa de Condeixa.
Uma lisonja partida em pala; a primeira de prata lisa, e a segunda esquarte
lada; no primeiro quartel as armas dos Valles, no segundo as dos Bulhões, no terceiro
as dos Sás, e no quarto as dos Pereiras. — Br. p. a 15 de janeiro de 1794. Reg. no Cart.
da N., liv. V, fl. 9.
(C. C.)
628. EstEvÃo JoÃo PEREIRA PALHA, formado em direito civil pela Universidade de
Coimbra, e natural da villa da Vidigueira; filho de João Pereira Palha, alcaide-mór e
capitão-mór da dita villa, cavaleiro da ordem de Christo, e de sua mulher D. Domin
gas Theresa Coelho; neto paterno de Estevão Pereira, e de sua mulher Luiza Maria Pa
lha; neto materno de Domingos Coelho, e de sua mulher Margarida Dias.
As armas dos Pereiras. — Br. p. a 7 de dezembro de 1759. Reg. no Cart. da N.,
liv. particular, fl. 125 v.
(C. C.)
629. EsTEVÃO PEREsTRELLo DANTAs, natural de Coimbra, filho de Diogo Rodrigues
Dantas, morador em Coimbra, e neto de Rodrigo Eannes Dantas, que foi morador em Soure,
e fidalgo muito honrado; bisneto de João Rodrigues Dantas, que foi secretario de D. Af
fonso V, e do verdadeiro tronco d'esta geração.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo vermelho com uma cruz de seis lisonjas de azul perfiladas de
oiro, quatro em pala e duas em faxa, e por diferença uma flor de liz de prata; elmo de
prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, azul e vermelho, e por timbre uma anta;
com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos
*-*
. 25.
em Lisboa a 5 de janeiro de 1540. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. L,
158 D. EUFRAZIA MARIA
630. EstEvÃo REBELLo, moço da camara do infante D. Luiz, filho de Ruy Vicente
Cardoso, neto de Vicente Annes Cardoso, bisneto de Luiz Vaz Cardoso, que foram fidal
gos e do tronco d'esta linhagem.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de vermelho com dois cardos verdes, um sobre o outro, com as raizes de prata
e floridos, entre dois leões de oiro batalhantes, por diferença uma flor de liz de prata;
elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e por timbre uma
cabeça de leão de oiro com a boca para cima e um dos cardos a sair d’ella; com todas
as honras de fidalgo por descender da nobre linhagem dos Cardosos. — Dada em Evora
a 13 de janeiro de 1535. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. x, fl. 61.
631. EsTEVÃo RIBEIRO DE ALMEIDA, filho de João Ribeiro de Andrade e neto de
Alvaro Ribeiro de Almeida, que foi fidalgo muito honrado da casa do infante D. Henrique
e do tronco d'estas gerações.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo esquartelado; o primeiro de vermelho, com seis besantes de oiro em
duas palas, entre uma dobre cruz, e bordadura de oiro; o segundo esquartelado, o pri
meiro de oiro com tres palas de vermelho, o segundo de preto com tres faxas veiradas
de prata e vermelho, e por diferença uma flor de liz, metade verde e metade de prata;
elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e por timbre uma
aguia preta besantada de oiro; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descen
der da geração e linhagem dos Ribeiros e Almeidas. — Dada em Evora a 13 de novem
bro de 1536. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XXIII, fl. 69 v.
632. EstEvÃO SALEMA, morador em Lisboa, filho de João Salema, morador em Al
dea-gallega; neto de Estevão Salema, fidalgo; bisneto de outro Estevão Salema, que tam
bem foi fidalgo e do tronco d'esta geração.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo verde com um castello de oiro, com as portas e guarnecido de
preto, e uma bordadura azul com sete salemas de prata; elmo de prata aberto guarne
cido de oiro, paquife de oiro, verde e azul, e por timbre o mesmo castello; com todas
as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Salemas. —
Dada em Lisboa a 3 de dezembro de 1542. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xxxII, fl. 91.
633. EstoLANo IGNACIo DE OLIVEIRA PEREIRA (Alferes), natural da ilha do Fayal,
filho do alferes João Ignacio de Oliveira Pereira, e de sua mulher D. Clara Thomasia Pe
reira; neto pela parte paterna de Manuel de Oliveira, e de D. Victoria da Luz, instituido
res de um vinculo na dita ilha, e na do Pico; e pela parte materna do capitão Domingos
Terra, e de sua mulher D. Thereza Pereira de Jesus. -
634. D. EUFRAZIA MARIA PACHEco GoMEs DE AREDE VIDAL, casada com José
Baptista Pimenta Corrêa, moradores na sua quinta de Villar, termo da villa de Tondella,
comarca de Viseu; filha de João Gomes Martins, e de sua mulher D. Maria Eufrazia Pa
checo Telles de Arede Vidal; neta pela parte paterna de Manuel Martins Viegas, e de sua
mulher D. Isabel Martins Gomes, e pela materna de Mathias Gomes Pacheco, e de sua
mulher D. Francisca Gomes de Arede Vidal Pacheco.
Um escudo de lisonja partido em pala; na primeira as armas dos Pimentas e Cor
rêas de seu marido, que ella deve usar segundo o regimento da armaria, e na segunda as
que lhe pertencem por seus paes, que é cortada em faxa, na superior as dos Pachecos, e
FAUSTINO JOSÉ 159
na inferior as dos Telles. — Br. p. a 9 de junho de 1787. Reg. no Cart. da N., liv. Iv,
fl. 7 V.
(C. C.)
635. D. EUGENIA CANDIDA DA FoNsECA, natural da villa de Canas de Senhorim, e
moradora na cidade de Viseu; filha de José Antonio da Fonseca, e de sua mulher D. Per
petua Maria da Costa; neta paterna de Francisco Mendes Furtado, e de sua mulher D. Bri
tes Lopes da Fonseca; neta materna de Luiz Novaes da Costa, e de sua mulher D. Fran
cisca Xavier. A supplicante é viuva de João da Silva Mendes, natural da villa de Figueiró
dos Vinhos, pessoa nobre das illustres familias dos Silvas e Mendes, o que tendo sido
justificado por seu filho Francisco Antonio da Silva Mendes, se passou a este o seu bra
zão de armas a 3 de dezembro de 1818.
Uma lisonja partida em pala; na primeira as armas dos Silvas e Mendes, na segunda
as dos Costas. — Br. p. a 17 de junho de 1825. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 149.
(C. C.)
636. EUGENIO DIONYSIO MAs CARENHAS GRADE, visconde de Lagôa, do conselho de
sua magestade, e conselheiro do supremo Tribunal de justiça.
Um escudo esquartelado, com as armas que lhe foram concedidas por alvará de 20
de agosto de 1861. (M. N.)— Br. p. a 2 de abril de 1862. Reg. no Cart. da N., liv. Ix,
fl. 46 v. V. no I. H. Grade.
(C. C.)
637. EZEQUIEL DE PAULA SÁ PREGo, natural de Lisboa, cavalleiro fidalgo da casa
real, e proprietario; filho de Ezequiel Epiphanio da Fonseca Prego, negociante de grosso
tracto, e de sua mulher D. Henriqueta Angelina de Oliveira Banha e Sá; neto paterno de
Henrique da Fonseca Sousa Prego, cavalleiro fidalgo da casa real, do conselho de sua
magestade, commendador das ordens de S. Bento de Aviz e de Leopoldo da Austria, vi
ce-almirante da armada, e de sua mulher D. Maria do Carmo Prego; bisneto de José Joa
quim da Fonseca, proprietario, e de sua mulher D. Joaquina Ignacia da Fonseca; e neto
materno de João José da Costa e Sá, proprietario, e de sua mulher D. Anna Marinha Ju
lia de Oliveira e Banha; bisneto de Antonio de Oliveira Banha, e de sua mulher D. Pla
cida Julia de Santa Anna e Banha.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Fonsecas, no segundo
as dos Sousas, no terceiro as dos Pregos, e no quarto as dos Sás. — Br. p. a 25 de
março de 1861. Reg. no Cart. da N., liv. IX, fl. 40.
(C. C.)
F
638. FAUsTINo José LoPEs NoGUEIRA DE FIGUEIRED o E SILVA (Bacharel), filho de
Bernardo José Lopes Nogueira, sargento-mór, e juiz das aposentadorias, e direitos reaes
das imposições da villa de Santarem, e de sua mulher D. Brigida Thereza Pereira da Silva;
neto pela parte paterna do bacharel Manuel Simões Martins Nogueira, juiz dos orphãos
da villa de Goes, e de sua mulher D. Rosa Maria de Figueiredo, filha de José Lopes de
Carvalho, e de D. Maria da Cruz Nogueira de Figueiredo; bisneto pela sua varonia de
160 FELICIANO JOSÉ
pela parte paterna do capitão Manuel Gonçalves Reinaut, e de sua mulher D. Lourença
Caetana; e pela materna de André Moreira, e de sua mulher D. Thereza Josepha.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Gonçalves, e na segunda as
dos Moreiras. — Br. p. a 13 de maio de 1789. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 106.
(C. C.)
des mercês, foros e privilegios, que hoje gozam seus descendentes : e pela materna neto
de D. Joao de Ros, e de D. Lourença Ponte; bisneto de D. Francisco de Ros e Medrano,
cavalleiro da ordern de Alcántara, regedor que foi da cidade de Alcalá de Enares; terceiro
neto de D. Joáo de Ros e Medrano, e. de D. Maria Molina.
Um escudo esquartelado ; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Morenos, no
segundo as dos Monroys, e no terceiro as dos Medranos. — Br. p. a lo de agosto de 1776.
Reg. no Cart, da N., liv. u, fl. 107.
(C. C.)
649. FÉLIX PEREIRA DE MEDEIHOS, natural da villa de Lamas de Orelháo, comarca
da Torre de Moncorvo, arcebispado de Braga, e capitao-mór da mesma villa ; fllho de Pe
dro Pereira de Medeiros Teixeira Padráo, sargento-mór da referida villa, e de sua mulher
D. Anna Maria de Moraes Teixeira Coellio ; neto pela parte paterna de Leonardo Pereira
de Medeiros, e de sua mulher D. Úrsula de Medeiros Teixeira, e pela materna de Baltha
zar Teixeira Coelho, e de sua mulher D. Angela Teixeira de Moraes.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Pereiras, no segundo as
dos Medeiros, no terceiro as dos Teixeiras, e no quarto as dos Moraes. — Br. p. a 9 de
dezembro de 1790. Reg. no Cart, da N., liv. iv, fl. 199 v.
(C. C.)
650. FÉLIX PEREIRA DA PIEDADE, sargento-mór da cavallaria da cidade da Bahía,
d'onde é natural ; fllho do capitáo Gregorio Pereira, e de sua mulher Úrsula dos Birgens ;
neto pela parte paterna de Manuel Rodrigues, e de sua mulher D. Josepha Maria, e pela
materna neto de Carlos Martins da Silva, e de Filippa Machado.
Um escudo partido em pala ; na primeira as armas dos Pereiras, e na segunda
as dos Silvas. — Br. p. a 17 de outubro de 1769. Reg. no Cart, da N., üv. i,
fl. 114 v.
(C. C.)
651. FELIZARDO ANTONIO DA SILVA MIRANDA, natural da freguezia de Nossa Se-
nhora, suburdios d'esta cidade, commendador honorario da ordern de S. Bento de Aviz,
cavalleiro fldalgo da casa real, e capitáo léñente da real armada; fllho de Antonio José de
Sousa Miranda, cavalleiro da ordern de S. Bento de Aviz, cavalleiro fidalgo da casa real,
e capitáo de fragata graduado da real armada, e de sua mulher D. Jeronyma Thereza da
Silva Miranda ; neto paterno de Felizardo José de Miranda, cavalleiro da ordern de Christo,
cavalleiro fidalgo da casa real, capitáo de infantería da guarnicao da praça de Mazagáo, e
na mesma escriváo proprietario da vedoria geral, e depois escrivâo das mercearias da se-
nhora rainha D. Catharina, e do infante D. Luiz, e de sua mulher D. Catharina Maria de
Sousa; bisneto de Antonio da Silva Chagas de Miranda, e de sua mulher D. Maria Thereza
Caetana, dos quaes foram egualmente filhos D. Rosalia Barbara Isabel de Miranda, e An
tonio Silverio de Miranda, cavalleiro da ordern de Christo, provedor da Casa da moeda, e
thesoureiro geral das tencas, do qual foram tambem filhos o desembargador da Relacao
do Porto, José Guilherme de Miranda, e o actual thesoureiro geral das tencas, Joaquina
Marcellino de Miranda ; bisneto egualmente por sua referida avó D. Catharina Maria de
Sousa do coronel do mar Salvador Nunes de Abreu, e de sua mulher D. Thereza Maria
de Sousa, os quaes foram egualmente paes de D. Anna Maria Euphemia de Sousa, e d'esta
foi filha D. Maria Clementina Gonzaga das Mercês, que casando com Antonio Raphael Dá
maso de Sousa, tiveram por filhos Paulo Maria de Campos e Sousa, moco da real cámara,
e as açafatas com exercicio, D. Anna Maria de Campos e Sousa, D. Maria Joanna de Cam
pos e Sousa, e D. Joaquina Emilia de Campos e Sousa; neto materno do sargento-mór
Alberto Nunes da Silva.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Mirandas, no segundo
164 FERNÃO GIL
guinte brazão de armas com o appelido de Monterroyo por titulo: — Escudo de oiro
com um crescente branco", e sobre as pontas d’elle uma aguia vermelha de cabeça par
tida, e de bicos e pés brancos com senhas, chapeletas de hera nas cabeças. — Dada em
Lisboa a 21 de outubro de 1450. (M.N.) Reg. na Chanc. de D. Afonso V, liv. III de Mist.,
fl. 105 V.
1 Isto é, metal sobre metal; ao que os heraldicos chamam armas inquiridas ou a inquirir. Para maior
esclarecimento vai no supplemento a carta acima, na sua integra, e no Indice, appellido Monterroyo,
fazemos varias considerações a respeito.
166 FERNANDO DIAS
de Aldonça Rodrigues Privada, terceiro neto de João Privado, que foi fidalgo da casa de
el-rei D. Duarte, e chefe d’esta geração dos Privados.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo esquartelado; o primeiro dos Rebellos, de azul com tres faxas de
oiro, e em cada faxa uma flor de liz vermelha, em contrabanda, o Segundo de oiro com
quatro bandas de vermelho; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro,
azul e vermelho, e por timbre um leopardo de oiro com uma flor de liz na testa; com
todas as honras e privilegios de nobre fidalgo por descender da geração e linhagem dos
Rebellos e dos Privados. — Dada em Lisboa a 6 de outubro de 1543. Reg. na Chanc. de
D. João III, liv. XXVIII, fl. 54.
664. FERNANDo DIA.s, morador na ilha da Madeira, filho de Diogo Fernandes, sobri
nho de João Fernandes do Arco, ao qual el-rei D. João II ennobreceu e deu armas.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede e a seus descendentes o seguinte bra
zão de armas de seus antecessores : — Escudo de campo de oiro e n'elle um sagitario,
metade homem, metade cavallo, o homem de sua côr e o cavallo entre morezelo e casta
nho escuro, com o arco armado nas mãos de vermelho e a corda de prata, e a flecha
empenada de verde, e por diferença um compas azul na primeira ponta; elmo de prata
FERNANDO MARIA 167
cerrrado, paquife de oiro e verde, e por timbre meio sagitario com seu arco; com todas
as honras e privilegios de fidalgo, por descendencia e pelos serviços prestados por elle e
por seu pae. —Dada em Santarem a 17 de abril de 1528. Reg. na Chanc. de D. João III,
liv. XI, fl. 52.
666. FERNAND o Lou RENço dos BUzios, cavalleiro fidalgo da casa real, filho de Lou
renço Vaz dos Buzios, e neto de Fernão Lourenço dos Buzios, outro sim filho de Beatriz
Pegada, e neto de Mem Pegado, os quaes foram fidalgos honrados, e dos troncos d’estas
gerações, e dos principaes da cidade de Elvas.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo esquartelado; o primeiro de azul xaquetado de oiro de treze pon
tos, e sobre tudo tres palas de vermelho; o segundo de oiro com quatro faxas de verme
lho, e por diferença uma flor de liz de prata; elmo de prata aberto guarnecido de oiro,
paquife de oiro, azul e vermelho, e por timbre duas cornetas de preto guarnecidas de
oiro, em aspa; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e
linhagem dos Buzios e Pegados. — Dada em Evora a 27 de julho de 1537. Reg. na Chanc.
de D. João III, liv. XXIII, fl. 82v.
julho de 1806, e de sua mulher D. Gertrudes Gomes Gonçala Ramos del Barco; neto pa
terno de Francisco de Mendonçâ Pessanha Mascarenhas, coronel de infantería e governa-
dor de Villa-real de Santo Antonio, e de sua mulher D. Feliciana Thomazia de Aquino
da Silva ; bisneto de Diogo de Mendonçâ Pessanha, capitáo do indicado regimentó n.° 14,
e de sua mulher D. Anna Thereza de Faria Mascarenhas ; terceiro neto de Domingos Coe-
Iho Vieira Pessanha, coronel do regimentó de milicias da cidade de Lagos, e de sua mu
lher D. Anna Maria de Gouvea Mendonçâ Pessanha, íillia de Manuel Correa Mascarenhas,
fldalgo cavalleiro da casa real; bisneto por parte de sua avó paterna D. Feliciana Thoma-
zia de Aquino da Silva, de Francisco Fíunes da Silva, vedor gérai das muniçôes das tropas
do Algarve, e de sua mulher 1). Maria Antonia Augusta Ubal Montener, natural da cidade
de Valenca, reino de Hespanha, filha de D. Salvador Agostinho Ubal Montener, alcaide-
mór de Murviedro, no mesmo reino, e de sua mulher D. Maria Suribio; neto materno de
D. Fernando Gomes Gonzales Ramos del Barco, cavalleiro fidalgo, e de sua mulher D. Fran
cisca Gomes, estes egualmente naturaes do reino de Hespanha.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Pessanhas, no segundo
as dos Mascarenhas, no terceiro as dos Mendonças, e no quarto as dos Silvas. — Br. p. a
12 de agosto de 1811. Reg. no Cart, da N., liv. vu, il. 231.
(C. C.)
670. FERNANDO MARÍA PEREIRADOS SANTOS, fidalgo cavalleiro, moco fidalgo com
exercicio na casa real, e guarda roupa da real cámara.
Um escudo esquartelado com as armas que Ihe foram concedidas por alvará de 6 de
junho de 1863. — Br. p. a 28 de junho de 1863. (M. N.) Reg. no Cart, da N., üv. ix,
fl. 57 v. V. no I. H. Pereira dos Santos.
(C. C.)
671. FERNANDO D¡E MESQDITA, fidalgo da casa real, natural de Elvas, filho de Alvaro
de Mesquita Pimentel.
Carta pela qual el-rei D. Joáo m Ihe concede o seguinte brazâo de seus antecessores :
— Escudo esquartelado ; o primeiro dos Pimenteis, que é esquartelado, o primeiro de oiro
com tres faxas de vermelho, o segundo de verde com tres vieiras de prata, em roquete,
riscadas de preto, e urna bordadura de prata cora oito cruzes pairas de vermelho, e o
segundo dos Mosquitas, de oiro, com cinco cintas de vermelho com suas fivelas e biquei-
ras em tres tachoes cada cinta de prata, esmaltadas de azul e urna bordadura azul com
sete flores de Hz de prata, e por differença urna merleta prêta; olmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho,, e por timbre uní meio moiro vestido de
azul e toucado de prata, com urna azagaia na máo de cor natural; com todas as honras
e privilegios de fidalgo por descender da geraçâo e linhagem dos Pimenteis e Mesqui»
tas. — Dada em Lisboa a 24 de abril de 1529. Reg. na Chañe, de D. Joáo ni, liv. xvn,
fl. 80 v.
672. FERNANDO DE MESQUITA MOUTINHO, cavalleiro fidalgo da casa real, filho de
Joao Moutinho, e neto de Martim Annes Moutinho, ambos fidalgos, e do tronco d'esta
geraçâo.
Carta pela qual el-rei D. Joáo m Ihe concede o seguinte brazao de seus antecessores :
— Escudo de campo azul com unía flor de liz entre quatro cabeças de serpc tambem
azues J, duas em chele e duas no pe, cortadas em vermelho; elmo de prata aberto guar
necido de oiro, paquife de oiro e azul, e por timbre urna das cabeças de serpe do escudo;
com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geraçâo dos Moutinhos. —
Dada em Lisboa a 21 de agosto de 1548. Reg. no liv. iv de Privilegios, fl. 211 v.
1 Estas armas deram-se erradas : nao pode ser cor sobre cor.
FERNANDO DA VEIGA 169
673. FERNANDO MOREIRA PARANGUAL, cavalleiro fidalgo da casa real, natural da
cidade de Lagos.
Carta pela quäl el-rei D. Filippe i Ihe concede e a seus descendentes o appellido de
Parangual e o arma cavalleiro, dando -Ню o seguinte brazao de armas: —Escudo de campo
azul e urna faxa de prata endentada entre urna estrella de oiro e a cabeça do moiro, que
matou, cortada em sangue e fretada de prata ; elmo de prata cerrado guarnecido de oiro,
paquife de vermelho, azul e prata, e por timbre meio leño azul rompente armado de ver
melho com a estrella das armas na espadua ; com todas as honras e privilegios de tidalgo
pelos seus revelantes services, que prestou em guerra contra os moiros na África. — Dada
em Lisboa a 23 de marco de 1585. (M. N.) Reg. na Chañe, de D. Filippe i, liv. v, fl. 92 v.
674. FERNANDO PINTO, morador em Lisboa, filho de Duarte Teixeira Pinto, neto na
tural de Ayres Pinto, e bisneto legitimo de Gonçalo Pinto, que foi alferes-môr do duque
de Bragança, os quaes todos foram fidalgos e do tronco d'esta geraçâo.
Carta pela qual el-rei D. Sebastiâo Ihe concede o seguinte brazao de seus antecesso
res: — Escudo de campo de prata e cinco crescentes vermelhos, em aspa, e por diffe-
rença meia cólica verde ; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e ver
melho, e por timbre um leopardo de prata armado de vermelho com um crescente das
armas na espadua ; com todas as honras e privilegios de nobre fidalgo por descender da
geracao dos Pintos. — Dada em Lisboa a 15 de junho de 1571. Reg. na Chañe, de D. Se-
bastiao, liv. vu, fl. 279 v.
675. FERNANDO DE PONCE DE VASCONCELLOS DE BARBUDA, filho de Luiz de Bar
buda de Vasconcellos, neto de Pedro de Barbuda de Vasconcellos, e bisneto de Pedro Men-
des de Barbuda de Vasconcellos, os quaes todos foram fidalgos e do tronco d'esta geraçâo.
Carta pela quäl el-rei D. Joäo m Ihe concede o seguinte brazao de seus antecessores :
— Escudo de campo esquartelado ; o primeiro de oiro com nove lisonjas de veiros em
tres palas, o segundo de preto com tres laxas veiradas e contraveiradas de preto e ver
melho, e assim os contrarios, e por différence urna flor de liz verde ; elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de oiro, azul, prata e vermelho, e por timbre um leâo preto
laxado com as tres faxas das armas; com todas as honras e privilegios de fidalgo por
descender da geraçâo dos Barbudas e Vasconcellos. — Dada em Lisboa a 28 de agosto de
1552. Reg. no liv. i de Privilegios, fl. 2.
676. FERNANDO DO PORTO DE PEDROSO, morador em Vianna da Foz do Lima, filho
de Affonso do Porto de Pedroso, neto de Joäo do Porto de Pedroso, e bisneto de Ruy
Boroa de Pedroso, que foi fidalgo muito honrado e do tronco d'esta geraçâo.
Carta pela quäl el-rei D. Joäo m Ihe concede o seguinte brazao de seus antecessores :
— Escudo de campo de oiro e duas faxas de vermelho, e sobre o campo sete leoes de
purpura, tres em cada faxa e um no pe, e por differença urna flor de liz azul ; elmo de
prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, vermelho e purpura, e por timbre um
dos leoes ; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geraçâo dos Pe-
drosos. — Dada em Lisboa a 12 de novembre de 1548. Reg. no liv. п de Privilegios, fl. 57.
677. FERNANDO DA VEIGA, morador em Villa-viçosa, filho de Diogo da Veiga, neto
de Fernâo da Veiga, e bisneto de Diogo da Veiga, os quaes foram fidalgos e do tronco
d'esta geraçâo.
Carta pela qual el-rei D. Sebastiao Ihe concede o seguinte brazao de seus antecesso
res: — Escudo de campo esquartelado; o primeiro de prata e urna aguia azul, estendida,
o contrario do primeiro com tres flores de liz azues, em roquete, o segundo de vermelho
e urna cruz de prata entre quatro flores de liz de oiro, e assim o scu contrario, e por dif
ferença urna merleta prêta; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata,
170 FILIPPE DA COSTA
azul, oiro e vermelho, e por timbre a mesma aguia das armas ; com todas as honras e
privilegios de fldalgo por descender da geraçao dos Veigas. — Dada em Lisboa a 27 de
maio de 1561. Reg. na Chane, de D. Sebastiao, liv. vi, fl. 25.
678. FILIPPE ALISTAM TELLES MONIZ CORTE-REAL, alferes de cavallos do regi
mentó de Moura, natural da cidade de Silves, reino do Algarve; filho do capitao Manuel
Telles Moniz, e de sua mulher D. Jacinta de Almeida Castello-branco ; neto pela parte
paterna do capitao Filippe Alistam Raposo, e de sua mulher D. Francisca Telles; bis-
netp de André de Atayde Mascarenhas, e de sua mulher Isabel Toscana Raposo e Al
meida ; terceiro neto de Manuel da Costa Corte-real, e de sua mulher Isabel Mascarenhas;
e pela materna neto do capitao Francisco Rentes Vieira, e de sua mulher D. Maria de
Sousa e Almeida Castello-branco; bisneto do capitao Jólo Rentes Raposo, e de sua mu
lher Maria Adains.
Um escudo esquartelado ; no primeiro. quarlel as armas dos Cortes-reaes, no segundo
as dos Monizes, no terceiro as dos Telles, e no quarto as dos Almeidas. — Rr. p. a 20 de
Janeiro de 1773. Reg. no Cart, da N.. liv. i, fl. 191 v.
(C. C.)
679. FILIPPE ANTONIO RRUN ROTELHO, tenente que foi do forte de S. Joao Ra-
ptista, da cidade de Ponta-delgada, da ilha de S. Miguel, natural e morador na mesma;
filho de Filippe Antonio, consul que foi da nacáo britannica na mesma Una, e tenente do
forte do corpo da guarda do Porto, e de sua mulher D. Francisca Marianna Ignacia de
Mello e Cunha; neto por parte materna de Christováo da Cunha, e de sua mulher
D. Isabel Rotelho de Mello, filha do capitao Antonio Rotelho Zagalo, em cujo posto se
portou com distincto valor em quatro batalhas navaes contra os hollandezes, na Ame
rica, e n'este reino na defeza da praça de Valença, no sitio de Radajoz, e na batalha das
linhas de Elvas, pelo quai serviço Ihe fez o senhor rei D. Affonso vi a mercê do posto
de capitao, e de sua mulher D. María Rarbosa, e neta de Joáo da Costa, e de sua mulher
Ceciüa da Cruz.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Cunhas, no segundo as
dos Rotelhos, no terceiro as dos Mellos, e no quarto as dos Costas. — Rr. p. a 5 de fe-
vereiro de 1781. Reg. no Cart, da N.. liv. u, fl. 265 v.
(C. C.)
680. FILIPPE DE RRITO DE NICOTE, fidalgo da casa real, e cavalleiro da ordern de
Christo.
Carta pela qual el-rei D. Filippe н Ihe concede e a seus descendentes o seguinte
brazâo de armas: — Escudo de campo partido em faxa; o primeiro de vermelho com um
castello de oiro, corn a porta azul, e as frestas e pintas de preto, acompanhado de seis
roelas de prata de tres em pala; o segundo do mesmo, ondado de azul, e por timbre o
mesmo castello com urna roela ao alto ; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife
dos metaes e cores das armas ; e eguaímente Ihe concede o appellido de Hrito de Nicole;
pelos services por elle prestados. — Dada em Lisboa a 26 de marco de 1608. (M. N.) Reg.
na Chañe, de D. Filippe u, liv. ni, fl. 181 v.
681. FILIPPE DA COSTA RIBEIRO HENRIQUES DE AVELLAR, juiz dos orpháos pro-
prietario da villa de Alcanede, filho de Joáo Duarte Henriques, proprietario que foi do
dito officio, e de sua mulher D. Anna Maria Xavier Rernarda de Avellar e Costa ; neto
pela parte paterna de Sebastiäo Duarte Henriques, sargento-mór da referida villa, e de
sua mulher D. Maria Duarte Pereira ; bisneto de Joáo Duarte Henriques, tenente de ca-
vallaria que foi n'este reino, e de sua mulher D. Francisca Duarte ; e pela materna neto
de Filippe da Costa Ribeiro, juiz dos orphäos da dita villa, e de sua mulher D. Apollonia
FILIPPE JOSÉ 171
Maria de Almeida ; bisneto de Pacheco Mendes de Cerqueira, que leve o dito offlcio, e de
sua mullier D. Maria Francisca e Lemos.
Um escudo esquartelado ; no primeiro as armas dos Henriques, no segundo as dos
Pereiras, no terceiro as dos Costas, e no quarto as dos Ribeiros. — Br. p. a 28 de outu-
bro de 1769. Reg. no Gart, da N., liv. i, fl. 116.
(G. C.)
682. FILIPPE FIALHO, natural de Lisboa, filho de Joâo Fialho, cavalleiro da casa real
e contador d'ella, e de Mecía Froes Borges; bisneto de Joâo Borges, de Basto, fidalgo e
do tronco d'esta geraçâo.
Carta pela quai el-rei D. Joâo ni llie concede o seguinte brazâo de seus antecessores :
— Escudo de campo vermelho e um leäo de oiro com urna bordadura de azul semeada
de flores de Hz de oiro, e por difference urna brica de prata e n'ella urna merleta de
preto; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e por tim
bre o mesmo leao das armas; com todos as honras e privilegios de fidalgo por descender
da nobre geraçâo e linhagem dos Borges. — Dada em Evora a 20 de oulubro de 1533.
Reg. na Chañe, de D. Joâo HI, liv. xx, fl. 35.
683. FILIPPE JOSÉ DO Соито VIEIRA SANCHEZ DE BARBOSA E SA SECCO, senhor
do morgado de Fundo, villa no concelho de Porto-carrero, pensionario in quocumque statu
da santa Sé cathedral da cidade do Porto, senhor da antiga casa e solar de Sanchez, junto
à ponte de Canavezes; filho do Manuel Barbosa de Meirelles, cidadâo da mesma cidade, e
de sua mulher D. Anna Clara de Jésus do Couto Vieira Sanchez e Sá ; neto pela parte
paterna de Estevâo Barbosa e Sá, e de sua mulher D. Anna Luiza de Meirelles ; bisneto
de Joâo Barbosa e Silva, e de sua mulher D. Maria da Silva ; e pela parte materna neto
do capitâo Joâo do Couto Vieira, cidadâo da cidade do Porto, e de sua mulher D. Helena
Thereza de Jésus Sánchez Monteiro e Sá Secco; bisneto de Francisco Vieira Branco, e de
sua mulher D. Domingas Luiza do Couto, e pela dita sua avó D. Helena Thereza de Jé
sus Sanchez Monteiro e Sá Secco, bisneto de Faustino da Costa Monteiro e Sá Secco, ci
dadâo da dita cidade do Porto, e de sua mulher D. Angela Thereza Sanchez de Sousa
Monteiro, senhora do dito morgado, filha de André de Sousa, e de sua mulher D. Maria
Rebello, filha esta de Francisco Sánchez, e de sua mulher D. Maria Rebello, e neta pa
terna de Francisco Sanchez, cavalleiro hespanhol, natural do logar da Povoa, da cidade
de Soria de Almazan, priorado de Vêliez, que era dos Sánchez da villa de Brocas, o quäl
passando a Portugal no tempo de Filippe H, e fazendo assento junto á ponte de Canave
zes, casou ahi com D. Catharina André Gonçalves Vaz, fllha de André Gonçalves, e de
sua mulher D. Beatriz Vaz, senhora de uma grande casa, que seus descendentes fizeram
illustre solar d'esta sua familia e appellido de Sanchez de Castella.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Barbosas, no segundo as
dos Coutps, no terceiro as dos Vieiras, e no quarto as dos Sanchez de Castella. — Br. p.
a 24 de Janeiro de 1789. Reg. no Cart, da N., liv. iv, fl. 91 v.
(C. C.)
684. FILIPPE JOSÉ DE SOUSA, cavalleiro professo na ordern de Sant'Iago da Espada,
morador e cidadâo da cidade do Porto ; filho de Manuel de Sousa Coelho Caldas, e de
D. Custodia dos Santos Sequcira ; neto por parte paterna do capitâo de infantería do re
gimentó destacado em Vianna, Francisco de Sousa Caldas, e de sua mulher D. Joanna
Francisca Coelho, e por parte materna de Pedro de Moura Sequeira, capitâo que lambem
foi de infantería do regimentó do Porto, e de sua mulher D. Thereza María do Couto;
bisneto por parte paterna do capitâo de cavallos Joâo de Sousa Caldas, e de sua mulher
D. Theodora de Amorim, senhores que foram do morgado do Pinheiro em Monçâo.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Sousas, no segundo as
172 FLORENCIO JOSÉ
(C. C.)
685. FILIPPE NERY DE ABREU E LIMA, natural da cidade de Lisboa, filho de José
Bernardino de Lima e Abreu, cavaleiro professo na ordem de Christo, guarda-mór do
Consulado n’esta dita cidade, e de D. Josepha Caetana Gertrudes, filha de Manuel Rodri
gues Godinho, e de D. Michaela dos Anjos; neto o supplicante do alferes Jacinto da Costa
Lima, e de D. Maria Josepha da Motta, filha de Manuel Vieira da Fonseca, e de D. Ma
rianna da Motta Rego; bisneto de Luiz da Costa e Silva, e de D. Cecilia Josepha Maria de
Lima, ele filho de Pedro Lopes Ribeiro, e de D. Maria da Costa; terceiro neto do sar
gento-mór Estevão de Abreu e Lima, a quem se passou brazão com as armas dos Limas
e Abreus em 1673, e de D. Margarida de Mendonça; quarto neto de João Gomes de Lima;
quinto neto de Balthazar Gomes de Lima, e de D. Angela Marques; sexto neto de D. Leo
nel de Lima, e de D. Isabel de Sousa, filha de Leonel de Abreu e Lima, e de D. Maria
de Sousa, e o dito D. Leonel de Lima era irmão de D. Pedro de Mello, commendatario do
mosteiro de Refoios, e primo de D. João de Lima, commendador de Andufe na ordem de
Christo, e de Diogo de Anhaja Coutinho.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Abreus, e na segunda as dos
Limas. — Br. p. a 5 de julho de 1791. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 219 v.
(C. C.)
(C. C.)
687. FILIPPE RodRIGUEs CAMPELLo (Sargento-mór), cavaleiro fidalgo da casa real,
natural e morador na villa de Recife de Pernambuco; filho de Manuel Rodrigues Campello,
capitão de infanteria com exercicio das ordens do governo de Pernambuco, professo na
ordem de Christo, e fidalgo da casa real; irmão legitimo de João Rodrigues Campello,
desembargador da Relação do Porto, cavaleiro da ordem de Christo, e do reverendo Fi
lippe Rodrigues Campello, clerigo do habito de S. Pedro, cavalleiro da ordem de Christo,
commissario do Santo Oficio, protonotario apostolico de Sua Santidade, e de sua mulher
D. Innocencia de Brito Falcão; neto paterno do sargento-mór Antonio Rodrigues Campello,
familiar do Santo Oficio, e de sua mulher D. Engracia de Barros Rego; neto materno de
Luiz Braz Bezerra, capitão de infanteria em Pernambuco, e de sua mulher D. Francisca
Sanches del Passo.
As armas dos Campellos, Barros, Regos e Bezerras. — Br. p. a 8 de agosto de 1762.
Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 131 v.
(C. C.)
infantado, e de sua mulher e prima D. Maria Gerardo de Moraes Falcao Sarmentó ; neto
por parte paterna de José de Alpoim de Miranda, que foi superintendente e provedor dos
contos da serenissima Casa e estado do infantado, e gráo-priorado do Grato, e contador
da extincta Contadoria geral da guerra e reino, e dos extinctos coritos da serenissima Gasa
de Braganca, e de sua mulher D. Gertrudes Margarida Antonia do Carino Serrâo; bisneto
de José Ferreira de Miranda, escrivâo proprietario da Casa da moeda, e de sua mulher
D. Catharina de Alpoim ; bisneto egualmente de Manuel Ferreira Serrâo, cavalleiro pro-
fesso na ordern de Christo e official maior do Desembargo do paco, na Secretaria da jus-
tiça, e de sua mulher D. Thereza Antonia Joaquina Perseval ; terceiro neto de Paulo de
Alpoim, guarda-roupa do senhor rei D. Jo5o iv, e de Joao Perseval, cavalleiro professo
na ordern de Christo ; neto por parte materna de Manuel de Sonsa Machado de Moraes
Falcao Sarmentó, familiar do Santo Ofíicio, íidalgo de cota de armas e de linhagem. a
quem se passou brazao de armas aos 27 de marco de 1784, e de sua mulher D. Luiza
Maria Anna Thomazia Xavier de Aguiar ; bisneto de Luiz de Sousa Machado de Moraes
Sarmentó, capitáo de cavallaria ligeira da praça de Braganca, e de sua mulher D. Maria
Hedwiges de Lacerda, íilha do capitáo Bento Correa de Mattos, e de sua mulher D. Jose-
pha de Miranda ; terceiro neto de Manuel de Sousa Falcao de Moraes Sarmentó, capiláo-
mór da villa da Torre de D. Chama, na provincia de Traz-os-Montes, d'onde esta familia
é natural, e de sua mulher D. Anna de Araujo de Moraes, das familias dos Marizes, Ma-
dureiras e Feijós ; quarto neto de Manuel de Sousa Teixeira, capitáo do regimentó de in
fantería de Braganca, e de sua mulher D. Maria Machado ; bisneto egualmente pela refe
rida sua avó D. Luiza Maria Anna Thomazia Xavier de Aguiar, de José da Silva e Aguiar,
cavalleiro professo na ordern de Christo, moco da real cámara, familiar do Santo Officio,
íidalgo de cota de armas e de linhagem, a quem se passou brazao de armas aos 10 de
fevereiro de 1729, e de sua mulher D. Leonarda Thomazia Monteiro e Vasconcellos, ulha
de Bartholomeu Monteiro de Sequeira, cavalleiro íidalgo e moco da real cámara, sendo o
supplicante egualmente sobrinho de Luiz José de Sousa Machado de Moraes Sarmentó,
chefe de divisâo da real armada de Goa, cavalleiro da ordern de S. Bento de Aviz, fami
liar do Santo Officio, o íidalgo de cota de armas e de linhagem, a quem se passou brazao
de armas aos 27 de fevereiro de 1783, e do capitáo de mar e guerra Florencio José de
Moraes Sarmentó, cavalleiro professo na ordern de Christo, familiar do Santo Officio, e
fidalgo de cota de armas e de linhagem, a quem egualmente se passou brazao de armas
aos 3 de abril de 1784.
Um escudo esquartclado ; no primeiro quartel as armas dos Alpoins, no segundo as
dos Serróes, no terceiro as dos Sousas, e no quarto as dos Sarmentos. — Br. p. a 27 de
marco de 1825. Beg. no Gart, da N., liv. VIH, fl. 138.
(C. C.)
}. FLORENCIO ТОПСАТО ANDRESON MALPICA E BAAMONDE, natural da villa de
Moura, provincia do Alemtejo, cadete de um dos regimentos da cidade de Goa; fillio do
bacharel Guilhcrme Antonio Apollinario Andreson, cavalleiro professo na ordern de Christo,
e provedor da comarca de Beja, e de sua mulher D. Antonia Josepha Paula Malpica Baa-
monde, natural da cidade de Badajoz, raía de Castella ; neto pela parte paterna de Anto
nio Leandro Andreson, e de sua mulher D. Thereza da Silveira ; bisneto de Guilherme
Andreson, natural da t orte de Dublin do reino de Irlanda, d'onde vein [tara Portugal, e
de sua segunda mulher D. Joanna Ferreira ; e terceiro neto de Alexandre Andreson, e de
D. Helena Andreson, descendentes legítimos da illustre casa e familia de Andreson, urna
das mais principaes, e esclarecidas da dita corte e reino, que leve por seu ascendente a
Henrique Andreson, criado baronete por Carlos i em 1643 ; neto o supplicante pela parte
materna de Joâo Domingos Malpica, e de D. Thereza Amador; bisneto de D. Affonso San-
ches Amador, e de D. Maria Graçam Baamonde, cuja familia de Baamonde tern seu solar
na villa de Santa Martha de Ortigueira do reino de Galliza, e procede do conde D. Во
174 FRANCISCO DE ABREU
693. FRANcisco Arronso LIMA, morador na villa de Thomar, filho de Manuel Lopes
da Silva, e de sua mulher D. Maria de Araujo Lima; neto pela parte paterna de Manuel
Lopes da Silva, e de D. Maria Ignez de Castro; bisneto de Ignacio Lopes da Silva, sar
gento-mór de cavallaria, e fidalgo da casa real, e pela parte materna neto de Francisco
Affonso Lima, e de sua mulher D. Magdalena de Araujo; bisneto de Francisco Affonso
Lima, fidalgo da casa real, com os mesmos ascendentes mencionados na sentença.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Silvas, no segundo as
dos Castros, no terceiro as dos Limas, e no quarto as dos Araujos. — Br. p. a 6 de no
vembro de 1787. Reg. no Cart. da N., liv. Iv, fl. 31 v.
(C. C.)
701. FRANCIsco ANDRÉ OchoA (Bacharel), juiz de fóra da villa de Monforte de Rio
livre, familiar do Santo Oficio, natural do logar de Iseda, jurisdicção da cidade de Bra
gança; filho de Gonçalo Ochoa, e de sua mulher Maria André Rodrigues, filha de Fran
cisco André Rodrigues, e de sua mulher Catharina Leonardes; neto o supplicante pela sua
varonia de Francisco Ochoa, e de sua mulher Catharina Leonardes; bisneto de Gonçalo
Ochoa, e de sua mulher Maria Leonardes; terceiro neto de outro Gonçalo Ochoa, e de
sua mulher Maria Rodrigues; quarto neto de Francisco Ochoa, filho de Pedro Ochoa, es
cudeiro fidalgo da casa do senhor rei D. João III, neto de Lopo Afonso Ochoa, que teve
o mesmo foro, e bisneto de Affonso Vaz Ochoa, moço fidalgo da casa do senhor rei
D. Afonso v, o qual fôra quarto neto de Pedro Afonso Ochoa, rico homem em tempo
do senhor rei D. Diniz, irmão do padre Simão Ochoa, abbade da egreja de S. Lourenço
de Rebordello, ambos quartos netos de Martim Henriques Ochoa, cavalleiro de Navarra,
da casa, solar e palacio de Ochoa, d'aquelle reino, d’onde veiu á conquista de Portugal
na companhia do conde D. Henrique.
Um escudo com as armas dos Ochoas.—Rr. p. a 20 de fevereiro de 1773. Reg. no
Cart. da N., liv. I, fl. 194.
(C. C.)
702. FRANCIsco Do AMARAL GURGEL, morador no seu engenho de Santo Antonio
de Rio-fundo, termo da villa de Santo Amaro da Purificação; filho do doutor José Correa
do Amaral Gurgel, ouvidor geral que foi da comarca de Sergipe de El-Rei, e de sua mu
lher D. Michaela Caetana de Almeida; neto do sargento-mór Miguel Monteiro de Sá, e de
sua mulher D. Maria, que era irmã legitima de Manuel Lobo de Sousa, pessoa principal
da dita comarca.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Amaraes, e na segunda
as dos Gurgeis. — Br. p. a 9 de junho de 1769. Reg. no Cart. da N., liv. I,
fl. 99 V.
(C. C.)
703. FRANCIsco ANNEs GA Go, cavaleiro fidalgo da casa real, filho de João Rodri
gues Gago, e de Mecia Pestana; neto de Ruy Gago; bisneto de Lourenço Annes Gago, os
quaes foram fidalgos e do tronco d'esta geração.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo vermelho com uma aspa de prata entre tres crescentes tam
bem de prata, dois nos lados com as pontas para a aspa e um no pé, e uma estrella
de oiro de oito pontas na cabeça do escudo; elmo de prata aberto guarnecido de
oiro, paquife de prata e vermelho, e por timbre um leopardo vermelho com a estrella
de oiro na testa; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da gera
ção e linhagem dos Gagos.—Dada em 20 de setembro de 1533. Reg. no liv. 1 de Privi
legios, fl. 35. |- •
pitania de S. Paulo, e por parte materna de Manuel Gomes Villas-boas, e de sua mulher
D. Ignacia Quiteria de Almeida e Gama; bisneto por parte paterna de Antonio Nogueira,
e de sua mulher Francisca Fernandes, e por parte materna do capitão Luiz de Almeida,
e de sua mulher D. Helena Josepha da Gama; sendo o supplicante irmão germano de Ma
nuel Jacinto Nogueira da Gama, cavalleiro professo na ordem de S. Bento de Aviz, capi
tão-tenente, e lente da Real Academia da marinha, a quem se passou brazão de armas com
as dos appelidos de Nogueiras e Gamas aos 28 de agosto de 1798.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Nogueiras, e na segunda as
dos Gamas. — Br. p. a 8 de janeiro de 1799. Reg. no Cart. da N., liv. VI, }}
(C. C.
715. FRANCIsco ANToNIo PEREIRA DA SILVA, natural d’esta côrte e cidade de Lis
boa, filho de Manuel Monteiro de Almeida e Mello, e de sua mulher D. Isabel Maria The
reza Pereira da Silva; neto pela parte materna de Francisco Pereira da Silva, e de sua
mulher D. Clara Thereza da Silva, filha de Antonio da Silva Borges, e de sua mulher
D. Joanna Senhorinha de Oliveira, irmã do doutor José Ferraz de Araujo, conego da Sé
de Coimbra, a quem se passou brazão de armas das familias de Ferrazes, Araujos, Cas
tros e Sousas em 1720; neta do capitão Francisco Pereira de Araujo, filho de Francisco
Ferraz da Motta, e de sua mulher D. Maria de Araujo Sousa e Castro, filha de Antonio
de Castro e Sousa, fidalgo de entre Douro e Minho, senhor das freguezias de Arrentella
e Pedras-rubias em Galiza, com a jurisdicção de pôr e tirar justiças d’ellas, cuja regalia
se conserva em seus descendentes.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Ferrazes, no segundo as
dos Araujos, no terceiro as dos Castros, e no quarto as dos Sousas. — Br. p. a 31 de ju
lho de 1782. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 62 v.
(C. C.)
716. FRANCIsco ANToNIo PITA BEzERRA DE ALPoIM E CAstRo, capitão da setima
companhia do regimento de infanteria de Loanda, natural da freguezia de S. Sebastião de
Darque, arcebispado de Braga; filho de Thomaz Pita Bezerra de Alpoim, e de sua mu
lher D. Apolonia Maciel de Faria; neto paterno de Diogo Pita Bezerra, e de sua mulher
D. Josepha de Castro, e materno de Sebastião Maciel de Faria, e de sua mulher D. Ma
rianna Alvares Leitão.
Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Pitas, no se
gundo as dos Bezerras, e no terceiro as dos Alpoins. — Br. p. a 15 de outubro de 1793.
Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 291.
(C. C.)
717, FRANCIsco ANToNIo PINTo DA FoNs EcA (Capitão), da quinta de Villa-nova,
concelho de Sinfaes, comarca de Lamego; filho do capitão Antonio Pinto da Fonseca, e
de sua mulher D. Euphemia Luiza de Gouvea; neto pela parte paterna de Antonio Pinto
da Fonseca, e de sua mulher D. Maria da Costa, e pela materna de Antonio da Cunha e
Gouvea, e de sua mulher D. Euphemia Maria de Gouvea.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Pintos, e na segunda as dos
Fonsecas. — Br. p. a 26 de abril de 1792. Reg, no Cart. da N., liv. Iv, fl. 248.
(C. C.)
718. FRANCIsco ANToNIo REBELLo DE SousA E SILVA ARAUJo, cavaleiro professo
na ordem de Christo, capitão de cavallos no regimento de Minas-geraes, de Villa-rica, e
ajudante de ordens do governo d'aquela capitania, natural da freguezia de S. Martinho
de Travassos, concelho da Povoa de Lanhoso, comarca de Guimarães, e baptisado na de
Santa Maria do Bouro, ambas do arcebispado de Braga; filho natural e legitimado de
FRANCISCO ANTONIO 181
720. FRANCIsco ANToNIo Dos REIs SousA E MAIA, natural da cidade de Coimbra,
filho de Francisco dos Reis e Sousa, familiar do Santo Oficio da Inquisição da dita ci
dade, e cidadão da mesma; neto de Antonio Gomes da Maia, tambem cidadão da dita ci
dade, e de sua mulher Thereza de Jesus e Sousa, irmã do doutor Manuel dos Reis e Sousa,
lente que foi de prima jubilado em vespera na faculdade de medicina da Universidade
da mesma cidade, cavalleiro da ordem de Christo, familiar do Santo Oficio.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Maias, e na segunda as dos
Sousas. — Br. p. a 5 de maio de 1778. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 1% "o
(C. C.)
Araujo Leitão, criado particular do infante D. Antonio, filho do senhor rei D. Pedro II, e
de sua mulher D. Victoria Maria Michaela Girão.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Gomes, no segundo as
dos Martins, no terceiro as dos Araujos, e no quarto as dos Leitões. — Br. p. a 4 de no
vembro de 1825. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 163 V.
(C. C.)
728. FRANCIsco ARNAU, cavalleiro da ordem de Sant'Iago.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo esquartelado; o primeiro dos Arnaus, que é de campo de prata
com seis leões de preto postos em duas palas, e assim o contrario, e o segundo dos Lei
tões, que é tambem de campo de prata com tres faxas vermelhas, e assim o contrario, e
por diferença um trifolio verde picado de oiro; elmo de prata aberto guarnecido de oiro,
paquife de prata, preto e vermelho, e por timbre um leão das armas rompente; com to
das as honras e privilegios de fidalgo por descender das gerações dos Arnaus e Leitões.
— Dada em Lisboa a 14 de outubro de 1550. Reg. no liv. IV de Privilegios, fl. 285.
729. FRANCISCO BARRADAs, cavalleiro da ordem de Christo, filho de Luiz Barradas.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo azul com uma cruz de prata fechada, e em cada um dos qua
tro cantos do escudo cinco vieiras de vermelho riscadas de oiro, em aspa, e por diferença
uma flor de liz de oiro; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e azul,
e por timbre uma aspa de oiro esgalhada com as cinco vieiras das armas penduradas
n’ella; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem
dos Barradas.—Dada em Lisboa a 6 de julho de 1532. Reg. na Chanc. de D. João III,
liv. XVIII, fl. 104 v.
Carta pela qual el-rei D. Sebastião lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo esquartelado; o primeiro de vermelho e uma cruz de prata flo
rida e vasia; o segundo tambem de vermelho com cinco leões de prata, em aspa, facha
dos com duas faxas de purpura enxaquetadas de oiro e armados do mesmo, e assim os
contrarios, e por diferença uma flor de liz de oiro; elmo de prata aberto guarnecido de
oiro, paquife de oiro, vermelho e prata, e por timbre uma cruz florida vermelha entre
dois cotos de aguia de oiro; com todas as honras de fidalgo por descender da geração dos
Pereiras e Barrosos. — Dada em Lisboa a 20 de setembro de 1563. Reg. na Chanc. de
D. Sebastião, liv. III, fl. 233 v.
733. FRANCIsco BoTELHo CHAcoM, morador em Lisboa, fidalgo da casa real; filho
de Thomé Ribeiro Chacon, o qual justificou ser descendente de Hernalte Chacon, seu ter
ceiro avô, a quem el-rei de Castella D. Fernando fizera fidalgo, e a todos os seus des
cendentes.
Carta pela qual el-rei D. João IV lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo esquartelado; o primeiro dos Botelhos, de campo sanguineo com
tres bandas de oiro; o segundo dos Chacões, que é esquartelado, o primeiro de prata
com um lobo negro armado de vermelho, passante, o segundo de azul com uma flor de
liz de oiro, e assim os contrarios, e por timbre um leão de oiro rompente armado de ver
melho e tres frechas com hastes vermelhas, e os ferros de oiro postas em roquete nas mãos
do leão, e por diferença uma quadricola de azul; com todas as honras e privilegios de
fidalgo por descender das gerações dos Chacões e Botelhos. — Dada em Lisboa a 10 de
abril de 1643. Reg. na Chanc. de D. João IV, liv. xv, fl. 35.
734. FRANCIS co BRANCo DE BARRos BARRIGA, morador em Villa-rica do Oiro
preto, e natural da cidade de Lisboa; filho do capitão Martinho Branco Perelhal, e de
D. Leonor de Barros; neto paterno de Bento Francisco da Fonseca, e de sua mulher Mar
tha Martins Ferraz; bisneto de Sebastião Pires da Fonseca, e de sua mulher Catharina
Francisca; terceiro neto de Gonçalo Martins Ferraz, e de sua mulher Helena Domin
gues Lopes; neto materno do capitão João Rodrigues Barriga, e de sua mulher Ma
ria de Barros; bisneto de Manuel Jorge, e de sua mulher Susana Volante; terceiro neto
de Domingos Rodrigues Barriga, e de sua mulher Leonor de Barros; o spplicante é so
brinho do capitão de mar e guerra Simão Preto, e de João Rodrigues Barriga, comman
dante das armadas das Indias e das Hespanhas.
As armas dos Fonsecas, Ferrazes, Barrigas, e Barros. —Br. p. a 28 de novembro
de 1750. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 5.
(C. C.)
735. FRANCIsco BRANDÃo CoELHo, morador em Vianna da Foz do Lima.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo esquartelado; o primeiro de oiro com um leão de purpura com tres
faxas enxaquetadas de oiro e azul e com a lingua e unhas vermelhas, e uma bordadura
de azul cheia de coelhos de prata, malhados de preto; o segundo de prata, com uma aspa
de azul com cinco besantes de oiro, e por diferença um crescente vermelho; elmo de
prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e purpura, e por timbre um meio leão
das armas; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e li
nhagem dos Coelhos e Araujos. — Dada em Evora a 8 de fevereiro de 1536. — Reg. na
Chanc. de D. João III, liv. XXII, fl. 153 v.
736. FRANCISCO DE BRITO BEZERRA CALVA CANTE E ALBUQUERQUE, bacharel for
mado nos sagrados canones pela Universidade de Coimbra, natural e morador na villa de
Santo Antonio do Arrecife, capitania de Pernambuco; filho do capitão de cavallaria auxi
FRANCISCO CAETANO 186
galhâes, moco da cámara que foi do fidelissimo rei D. Joâo v, porteiro da cámara da
fidelissima rainha D. Marianna do Austria, e de sua mulher D. Thereza Josepha da Silva;
neto pela parte paterna do capitao Domingos Correa da Fonseca, e de sua mulher
D. Theodora Maria de Quevedo, fllha de Vital Homem de Magalhâes, fidalgo da casa
real, e de sua mulher D. Maria Josepha de Quevedo; bisneto de Manuel Correa da
Fonseca, capitáo de mar e guerra da real armada, e de sua mulher D. Maria Antonia de
Araujo; terceiro neto de Domingos Correa, provedor que foi da real fazenda no Rio de
Janeiro, e de sua mulher D. Maria da Fonseca.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Quevedos, no segundo
as dos Homens, no terceiro as dos Magallmes, e no quarto as dos Araujos. — Br. p. a
12 de dezembro de 1767. Reg. no Cari, da N., liv. i, fl. 62 v.
(C. C.)
740. FRANCISCO CALDEIRA COUTINHO DA CUNHA, cavalleiro fidalgo da casa real,
e professo na ordern de Sant'Iago, natural da extincta praça de Mazagáo ; filho de Fer
nando Valente da Cunha, cavalleiro fidalgo da casa real, professo na ordern de Christo, e
escriváo da vedoria geral da mesma praça de Mazagáo. e de sua mulher D. Francisca
Cotta; neto pela parte paterna de Francisco Fernandes Giraldes, que tambem leve o mesmo
foro de cavalleiro fidalgo da casa real, e professo na ordern de Christo, e de sua mulher
D. Francisca da Cunha ; bisneto de Fernando Valente da Cunha, com o referido foro de
cavalleiro fidalgo, professo na ordern de Christo, capitáo de urna das guardas de cavalla-
ria da referida praça, e de sua mulher D. Cathariria de Pinho; terceiro neto de Francisco
Fernandes Giraldes, que casou na dita praça com D. Isabel Valente Coutinho, filha de
Jo3o Bárrelo Coutinho, fidalgo cavalleiro da casa real, professo na ordern de Christo, e
capitáo de infantería da guarnicao da mesma praça ; neto pela parte materna de Manuel
Alvares Romeiro, cavalleiro fidalgo da casa real, professo na ordern de Christo e vedor
geral da sobredita praça, e de sua mulher D. Catharina Rodrigues; bisneto de Gaspar Al
ves Romeiro, cavalleiro fidalgo da casa real, professo na ordern de Christo, e de sua mu
lher D. Maria Neta.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Cunhas ; no segundo as
dos Giraldes, no terceiro as dos Coutinhos, e no quarto as dos Cotias. — Br. p. a 13 de
novembre de 1795. Reg. no Cart, da N., liv. v, fl. 103 v.
(C. C.)
741. FRANCISCO CALDEIRA COUTINHO CUNHA DA COSTA, cavalleiro fidalgo da casa
real, natural da Praça de Mazagáo ; filho de Fernando Valente Cunha da Costa Coutinho
Caldeira, e de sua mulher D. Francisca Cotta ; neto pela parte paterna de Francisco da
Cunha Caldeira Coutinho da Costa, e de sua mulher D. Francisca Cunha da Costa Couti
nho Caldeira; e pela materna neto de Manuel Alves Romeiro, e de D. Catharina Rodri
gues ; bisneto de Francisco Fernandes Giraldes, e de D. Isabel Alves.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Caldeiras, no segundo
as dos Cunhas, no terceiro as dos Coutinhos, e no quarto as dos Costas. — Br. p. a 12
de agosto de 1784. Reg. no Cart, da N., liv. in, fl. 150 v.
(C. C.)
742. FRANCISCO CAMELLO, fidalgo, morador na ilha da Madeira.
Carta pela qual el-rei D. Joâo m Ihe concede o seguinte brazâo de seus antecesso
res : — Escudo de campo de prata com tres vieiras de azul riscadas de oiro, em trian
gulo, e por difierença urna lúa de vermelho ; elmo de prata aberto guarnecido de oiro,
paquife de prata e azul, e por timbre um pescoco e cabera de camello ; com todas as
honras e privilegios de fidalgo por descender da nobre geraçâo e tronco dos Camellos.—
Dada em Lisboa a 23 de fevereiro de 1529. Reg. na Chañe, de D. Joâo m, liv. xvii,
fl. 24.
FRANCISCO CARDOSO 187
com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender por parte de seu pae dos Pai
vas, e por parte de sua mãe e avós dos do Casal. — Dada em Lisboa a 20 de maio de
1529. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xvII, fl. 68 v.
751. FRANCIsco CLAUDIo PINTo DA CUNHA E SousA (Tenente), natural da fregue
zia de Nossa Senhora da Candelaria do Rio de Janeiro, filho de Manuel Pinto da Cunha,
e de sua mulher D. Maria Thereza dos Santos e Sousa; neto pela parte paterna de Manuel
Pinto e Sousa, e de sua mulher Seraphina Fernandes da Cunha, e pela materna neto do
capitão Antonio Pires dos Santos, e de sua mulher Antonia de Sousa e Oliveira.
Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Pintos, no se
gundo as dos Cunhas, e no terceiro as dos Sousas. — Br. p. a 7 de julho de 1774. Reg.
no Cart. da N., liv. II, fl. 17 v.
(C. C.)
752. FRANCIsco Coelho, escrivão da camara do Mestre de Sant'Iago, filho de Pedro
Cardoso, cavalleiro e natural de Viseu, e de Anna Coelha; neto de João Coelho, que foi
fidalgo muito honrado e do tronco d'esta geração. -
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo de oiro, com um leão de purpura com tres faxas enxaquetadas de
oiro e de azul, e uma bordadura azul com cinco coelhos de prata malhados de preto, e
por diferença uma brica vermelha com uma estrella de oiro; elmo de prata aberto guar
necido de oiro, paquife de oiro e purpura, e por timbre um meio leão das armas com a
lingua e unhas vermelhas; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da
geração e linhagem dos Coelhos. — Dada em Lisboa a 22 de julho de 1533. Reg. na
Chanc. de D. João III, liv. XLV, fl. 57 v.
neto de Affonso Corelha de Ornellas, que foi fidalgo muito honrado e do tronco d'estas
gerações; bem assim foi neto de Ruy de Ornellas Corelha, que tambem foi fidalgo e do
ImeSmO trOnCO.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo esquartelado; o primeiro de azul e uma banda de vermelho
com tres flores de liz de oiro entre duas sereias de oiro com um espelho e um pente de
oiro nas mãos de cada lado; o segundo de vermelho com uma meia donzella dos peitos
para cima e uma torre de prata entre dois libres tambem de prata com suas colleiras
vermelhas guarnecidas de oiro, alevantados e com os rabos retornados para cima como
leões, e por diferença uma brica de prata com um — F— de preto; elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de azul, oiro, prata e vermelho, e por timbre uma das se
reias; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem
dos Corelhas e Ornellas. — Dada em Evora a 7 de agosto de 1537. Reg. na Chanc. de
D. João III, liv. XXIII, fl. 95 V.
Lobo, capitão-mór da dita villa, e de sua mulher D. Jeronyma Josepha Rita Braga; neto
pela parte paterna de Francisco Cosme Varella Pereira, capitão-mór da dita villa, e de sua
mulher D. Angela Isabel Caetana Pacheco de Sá, ele filho de Jeronymo José da Gama
Pereira, e de sua mulher D. Antonia Dourado Villela, e ella filha de Thomé Manso de Sá
Pimentel, e de sua mulher D. Cecilia de Mesquita e Abreu; e pela parte materna é neto
de João de Lemos Zagalo Carvalhal, e de sua mulher D. Luiza Zagalo de Carvalho, e bis
neto de Francisco de Lemos de Carvalho, e de sua mulher D. Jeronyma de Braga.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Villelas, no segundo as
dos Lobos, no terceiro as dos Gamas, e no quarto as dos Cardosos. — Br. p. a 16 de
agosto de 1787. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 24. C. C.
(C. C.)
de oiro; paquife de prata, vermelho e verde, e por timbre uma das azinheiras; com todas
as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Carvoeiros.
—Dada em Lisboa a 23 de setembro de 1538. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XXVII, fl. 9.
764. FRANCIsco EDUARDO DA SILVA FRAGoso, natural da villa da Covilhã, comarca
da Guarda, filho de Manuel Joaquim da Silva Botelho de Queiroz, e de sua mulher D. Ma
ria Leonarda da Silva Fragoso, irmã legitima de João Manuel da Silva de Figueiredo Fra
goso, a quem se passou brazão de armas a 24 de agosto de 1774; neto pela parte pa
terna do capitão Eduardo da Silva Proença, e de sua mulher D. Agueda Margarida
Michaela Nogueira de Moura, e pela materna neto de João da Silva de Figueiredo Fra
goso, cavalleiro da ordem de Christo, e de sua mulher D. Brigida Joaquina de Pina Fra
goso, filha de Luiz Fragoso Homem, e de sua mulher D. Francisca da Fonseca; bisneto
de Manuel da Silva Fragoso, e de sua mulher D. Luiza de Sousa Correa, que foi filha de
Romão Sinel, neta de Filippe Romão, e de sua mulher Guiomar de Sousa, e bisneta de
Luiz Romão; terceiro neto o mesmo supplicante pela sua varonia materna de Francisco
Vaz Fragoso, e de sua mulher Isabel da Silva Figueiredo; e quarto neto de Pedro Vaz
Fragoso, filho de Manuel Fragoso de Aguiar.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Fragosos, e na segunda as
dos Silvas. — Br. p. a 29 de agosto de 1785. Reg. no Cart. da N. liv. III, fl. 205 v.
(C. C.)
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo azul com tres pás de prata, em pala, em cada uma sua nacaneta no
cabo, e no meio, em cada uma, seu estromento de dois cabos, e seis crescentes do mesmo,
tres sobre aspas em chefe, dois nas ilhargas das pás do cabo, e outro ao pé da do meio,
e por diferença uma brica de prata; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de
prata e azul, e por timbre uma aguia azul; com todas as honras e privilegios de fidalgo
por descender dos Padilhas do reino de Castella, que eram fidalgos.—Dada em Lisboa a
23 de agosto de 1532, Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xvIII, fl, 71 v.
767. FRANCIsco FERRÃo DE CAsTELLo-BRANco, fidalgo, filho de Diogo Ferrão de
Castello-branco, e neto de João Ferrão de Castello-branco.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de armas de seus an
tecessores : — Escudo de campo azul com um leão de oiro em cima rompente, com as
unhas e lingua vermelhas, e por diferença uma flor de liz de prata no escudo; elmo de
prata aberto guarnecido de oiro; paquife de oiro e azul, e por timbre o mesmo leão das
armas; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da nobre linhagem
dos Castellos-brancos. — Dada em Santarem a 29 de janeiro de 1528. Reg. na Chanc. de
D. João III, liv. xl, fl. 11.
FRANCISCO GOMES 193
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo vermelho e n'elle um chabeiram de prata entre tres flores de liz de
oiro, em roquete, e por diferença no canto do escudo uma meia brica de prata com um
—L — de preto no meio d’ella; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro,
prata e vermelho, e por timbre o chabeiram das armas vermelho com uma flor de liz de
oiro no meio; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração dos
Frazões.—Dada em Evora a 10 de março de 1537. Reg. na Chanc. de D. João III, liv.
XXIII, fl. 18 v.
Cunha, com urna serie de avós todos fidalgos da casa real, e de sua mulher D. Isabel
Magdalena de Almeida ; e pela materna neto de Ignacio de Brito, e de sua mulher D. Ma
ría Lamego Mendanha e Abreu, elle filho de Pedro Gomes de Brito, e ella filha de Joao
Coelho de Abreu, e de sua mulher Margarida Correa.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Correas, no segundo as
dos Cunhas, no lerceiro as dos Britos, e no quarto as dos Raposos. — Br. p. a 15 de
novembre de 1780. Reg. no Cart, da N., liv. u, fl. 254 v.
(C. C.)
779. FRANCISCO JACOME, morador em Lisboa.
Carta pela qual el-rei D. Sebasliao Ihe concede o seguinte brazao de seus antecesso
res: — Escudo partido em pala; o primeiro de oiro com tres — III — pretos, em roquete,
o segundo de prata com quatro asnas vermelhas e urna brica verde e n'ella um cisne de
prata ; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, preto, prata e vermelho,
e por timbre o mesmo cisne ; com todas as honras e privilegios de nobre fidalgo pelos
serviços por elle prestados e por descender da geracao do condado de Hollanda na villa
de Dorte. — Dada em Lisboa a 5 de setembro de 1561. Reg. na Chane, de D. Sebastiao,
liv. ii, fl. 128 v.
780. FRANCISCO JOÄO ESCORCIO DROMOND MONIZ E MENEZES DA CÁMARA (Capi-
tao), familiar do Santo Officio, natural da villa do Funchal da ilha da Madeira ; filho do
capitâo Francisco Luiz de Vasconcellos e Menezes, familiar do Santo Officio, e de sua mu
lher D. Joanna Maria Henriques Telles de Menezes, senhora do morgado dos Escorcios;
neto pela parte paterna de Antonio Escórelo Dromond e Menezes ; bisneto de Manuel Es-
corcio da Fonseca, e de sua mulher D. Antonia Telles de Menezes; terceiro neto de Luiz
de Goes de Vasconcellos, e de sua mulher D. María de Menezes, filha de Joao Rodrigues
Escorcio, que foi terceiro neto de Joao Arâes de Mendonça, e de sua mulher Leonor Es-
corcio, e esta bisneta de D. Joao Dromond, senhor de Escobal, e duque de Dromond em
Escocia, tronco da familia e appellido de Dromond n'este reino de Portugal ; e pela parte
materna é neto o supplicante de Filippe Moniz Dromond, e de sua mulher D. María Es
corcio Dromond, filha dos referidos Manuel Escorcio da Fonseca, e de sua mulher D. An
tonia Tello de Menezes ; bisneto de Raphael Dromond de Vasconcellos, e de sua mulher
D. Luiza Manuel Moniz, senhora do Caniçal, a quai foi filha de Antonio Tavares de Mene
zes, fidalgo escudeiro da casa real, e de sua mulher D. Maria de Menezes, senhora tam
bera do Caniçal, e neta de Pedro Moniz, que leve o mesmo foro ; terceiro neto o sup
plicante do capillo Manuel Ferreira Dromond, e de sua mulher D. Maria de Vascon
cellos.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Dromonds, no segundo
as dos Menezes, no terceiro as dos Monizes, e no quarto as dos Cámaras. — Br. p. a 12
de novembre de 1778. Reg. no Cart, da N., liv. u, fl. 169.
(C. C.)
781. FRANCISCO JOAO MONIZ BAR RETO CARRAL DE ORNELLAS, natural e morador
na freguezia do Caniço, jurisdicçâo da villa de Santa-Cruz, capitanía de Machico da ilha da
Madeira; filho do capitâo Pedro Henrique Moniz Bárrelo Cabrai, e de D. Marianna Jacinta
de Linhares e Vasconcellos; neto pela parte palerna de Henrique Felix de Menezes, e de
D. Isabel Castanho, o qual Henrique Felix de Menezes foi sexto neto de García Moniz Bár
relo, filho de Vasco Martins Moniz, o primeiro d'esta familia, que d'esle reino passou á
dila ilha : e pela parte malerna neto do capitâo Leandro Maia de Linhares, e de D. Maria
Josepha de Ornellas e Vasconcellos, elle bisneto de Antonio Cabrai Castanho, descendente
de Fernando Alvares Cabrai, senhor de Belmente, e ella quinta neta de Alvaro de Ornel
las, o primeiro d'esta familia que passou á referida ilha.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Monizes, no segundo as
196 FRANCISCO JOSÉ
787. FRANCisco JosÉ ALVAREs GoMEs DAs NEVEs, natural do logar de Sapiães,
concelho da villa de Monte-alegre, comarca de Bragança; filho de Domingos Vaz do Rio,
e de sua mulher D. Domingas Gomes das Neves; neto paterno do capitão Manuel Vaz, e
de sua mulher D. Domingas Alvares, e materno do capitão Domingos Gonçalves das Ne
ves, e de sua mulher D. Maria Gomes das Neves, filha do capitão José Gomes, cuja an
tiga e nobre casa é situada entre as villas de Chaves e Monte-alegre, junto ao logar de
Ordãos no sitio chamado as Freitas, do sobredito concelho.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Rios, no segundo as dos
Vazes, no terceiro as dos Alvares, e no quarto as dos Gomes. — Br. p. a 21 de dezembro
de 1811. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 238 v.
(C. C.)
Furtado ; bisneto pela mesma parle de Manuel Martins Alfar, e de Damiana de Fontes e
Mello; terceiro neto de Antonio Rodrigues Grande, e de Maria Jorge de Fontes Correa,
irma de Anna de Fontes e Mello, que era mâe de Antonio de Fontes e Mello, a quem se
passou brazao das armas dos Correas e Mellos, no anno de 1665; quarto neto de Joao
da Cunha de Mello ; quinto neto de Jorge Mendes, e de Filippa da Cunha Correa, e por
esta sexto neto de Joâo da Cunha de Mello ; sétimo neto de Tristâo da Cunha de Mello
Correa, capitáo da ilha Graciosa, irmâo de Affonso Correa, a quem se passou brazao de
armas dos Correas e Mellos, no tempo de el-rei D. Joao ni ; oitavo neto de Jorge Cor
rea, e de sua mulher Leonor de Mello ; nono neto de Pedro Correa, capitáo da dita ilha ;
décimo neto de Gonçalo Correa, senhor de Kareloes, que era do tronco d'esta familia, e
a dita sua oitava avó Leonor de Mello, filha de D. Brites de Mello, e de seu marido Gas
par Dias Darce ; neta de Vasco Martins de Mello, irmáo do conde D. Pedro Vaz de Mello
da Atalaya.
As armas dos Correas e Mellos, Costas, Guedes, Fontes, Carvalhos, Furtados, Alfar,
e Cunhas. — Br. p. a 4 de fevereiro de 1752. Reg. no Cart, da N., liv. particular, fl. 28 v.
(C. G.)
792. FRANCISCO JOSÉ MARTINS HILARIO MENDES, natural da villa de Safra, reino
de Gastella, filho de Hilario Martins, fldalgo, natural d'esté reino de Portugal, da freguezia
de Cardichos, termo da villa de Vianna, foz do Lima ; neto pela parte paterna de Domin
gos Martins, fldalgo, e de sua mulher D. Anna Martins ; bisneto de Domingos Martins da
Torre, e de sua mulher D. Maria Gonçalves ; terceiro neto de Pedro Martins Mendes, ir
máo de Domingos Martins, a quem se passou ja brazao de armas dos Mendes e Aranhas,
em 1636, e de sua mulher D. Maria Rodrigues, filhos ambos de Antonio Martins, e de sua
mulher D. Anna Martins Mendes ; neto de Affonso Mendes, e de sua mulher D. Catharina
Martins Lopes.
Um escudo partido em pala ; na primeira as armas dos Mendes, e na segunda as dos
Aranhas. — Br. p. a 4 de maio de 1789. Reg. no Cart, da N., liv. iv, fl. 107 v.
(C. C.)
793. FRANCISCO JOSÉ MONTEIRO CABRAL, fimo de Domingos Monteiro Cabrai, e de
sua mulher D. Jacinta Clara Pimentel ; neto paterno de Gaspar de Sequeira, e de sua mu
lher D. Maria Monteiro, e materno de Domingos Dias, e de sua mulher D. Maria Pimentel.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Monteiros, e na segunda as
dos Cabraes. — Br. p. a 13 de setembro de 1806. Reg. no Cart, da N., liv. vu, fl. 144.
(C. C.}
794. FRANCISCO JOSÉ MONTEIRO PINTO E LACERDA, tenente coronel de cavallaria,
cavalleiro das ordens de S. Bento de Aviz, e da Conceicáo, condecorado com a cruz n.° 3
da campanha peninsular, e com a medalha de Fidelidade; filho de Bento José Pinto de
Lacerda Lopes, e de sua mulher D. Thereza de Jesús Monteiro e Vasconcellos ; neto pa
terno de José da Fonseca Lacerda Lopes, cavalleiro da ordern de Christo, e de sua mu
lher D. Rosa Maria ; neto materno de José Monteiro de Vasconcellos, sargento-mór de or-
denanças, e de sua mulher D. Thereza Monteiro de Vasconcellos ; bisneto de Jólo Lopes,
cavalleiro fidalgo da casa real.
Ura escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Pintos, no segundo as
dos Lacerdas, no terceiro as dos Lopes, e no quarto as dos Monteiros. — Br. p. a 29 de
novembre de 1824. Reg. no Gart, da N., liv. VIH, fl. 118 v.
(C. C.)
795. FRANCISCO JOSÉ DE MORAES ANTAS MADUREIRA, filho de Francisco Ribeiro
de Moraes, e de sua mulher D. Rosa de Moraes ; neto paterno de Bento Machado de Mo-
FRANCISCO JOSÉ 199
D. Jeronyma da Silva; neto pela parte materna de Gonçalo de Brito Bittencourt e Atou
guia, moço fidalgo da casa real, e de D. Anna Maria de Jesus Leite dos Santos; bisneto
por parte materna de Antonio de Brito e Oliveira, que foi tambem moço fidalgo da casa
real, e morgado da ilha da Madeira, e de D. Isabel de Atouguia; terceiro neto por parte
de sua avó paterna de Jacome Caldeira da Silva, moço fidalgo da casa real, e de D. Ma
rianna da Rocha Zorrilha Castel-branco, filha de Antonio Cardoso de Mattos Adorno,
descendente por varonia dos Adornos, fidalgos venezianos; segundo neto por parte
de sua avó materna do doutor Bartholomeu Fernandes Repado, e de D. Helena Leite
dos SantOS.
Um escudo com as armas dos Carneiros. —Br. p. a 20 de setembro de 1796. Reg.
no Cart. da N., liv. V, fl. 142.
(C. C.)
807. FRANCIsco Lobo, cavalleiro da casa real, filho de Lopo Rodrigues Lobo, e neto
de Ruy Lobo, que foi fidalgo e do tronco d'esta geração.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo de prata com cinco lobos de preto com as linguas e unhas de ver
melho, em aspa, e por diferença uma flor de liz verde; elmo de prata aberto guarnecido
de oiro, paquife de prata e preto, e por timbre um dos lobos das armas; com todas as
honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Lobos. — Dada
em Evora a 8 de julho de 1534. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xx, fl. 149 v.
808. FRANCIsco Lopes D E FARIA (Doutor), juiz de fóra da villa de Loulé, actual
provedor da comarca de Alemquer, natural da freguezia de Aguas-santas, concelho da
Povoa de Lanhoso, comarca de Guimarães; filho de Custodio Lopes Tinoco, e de sua mu
lher D. Faustina Maria Faria; neto pela parte paterna de Antonio Lopes, e de sua mulher
D. Custodia Tinoco, e pela materna do doutor Manuel Giraldes Pessoa, e de sua mulher
D. Sebastiana de Faria e Silva, filha de Francisco da Silva Tinoco, filho de Manuel Gon
çalves, e de sua mulher D. Caetana da Silva Tinoco, neto de Pedro Gonçalves, e de sua
mulher D. Clara Vieira da Silva, filha de Pedro Annes, escudeiro e senhor da quinta de
Patos, e de sua mulher D. Maria Vieira.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Tinocos, no segundo as
dos Silvas, no terceiro as Machados, e no quarto as dos Farias. — Br. p. a 19 de agosto
de 1782. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 66.
(C. C.)
809. FRANCIsco LUIz FERREIRA TAVAREs PEREIRA E SILVA, capitão-mór da villa
de Sovaes, filho de Manuel Ferreira Luiz, e de D. Helena Rodrigues da Silva; neto pa
terno de Manuel Ferreira Luiz, e de D. Joanna Tavares, e materno de Domingos Rodri
gues, e de D. Maria da Silva.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Ferreiras, e na segunda as
dos Rodrigues. — Br. p. a 12 de agosto de 1807. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 198.
(C. C.)
e Oliveira, da dita cidade, a quem no anno de 1669 se passou brazão de armas com as
dos Mesquitas, e Oliveiras.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Macedos, no segundo as
dos Mesquitas, no terceiro as dos Oliveiras, e no quarto as dos Fonsecas. — Br. p. a 21
de junho de 1824. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 107.
(C. C.)
Franca; e por parte materna de Jacob Correa de Miranda, e de sua mulher D. Isabel Pes
taña dos Anjos; bisneto por parte de seu avô paterno do doutor Luiz Rebello de Carva-
Iho Mascarenhas, corregedor que foi do bairro-alto, e de sua mulher D. Leonarda Magda
lena Villa-lobos, filha do doutor André da Costa Villa-lobos, e de sua multier D. Juliana
Bequiman; e por parte de sua avó tambem paterna bisneto do capitao Domingos Monteiro
de Noronha, e de sua mulher D. Catharina da Silva Franca; bisneto por parte de seu avó
materno de José de Sousa Ferreira, e de sua mulher D. Maria Correa de Miranda, e por
parte de sua avó materna bisneto de Isidoro Pestaña Travassos, e de sua mulher D. An
gela Ferreira de Mello; terceiro neto por parte de seu bisavo paterno do doutor Joao Re-
bello de Carvalho, e de sua mulher D. Maria Lacerda, e por parte de sua bisavo tambem
paterna, terceiro neto do capitao-mór que foi do dito estado do Para Manoel de Barros e
Silva, e de sua mulher D. Natalia da Silva Franca; e por parte de seu bisavo materno ter
ceiro neto de José da Veiga Tenorio, e de sua mulher D. Isabel Pestaña Travassos, e por
este mesmo lado descendente do capitao-mór da cidade de S. Luiz do Maranhao, Antonio
Moniz Bárrelo; quarto neto por parte de sua terceira avó paterna do capilao-mór e go-
vernador que foi da dita cidade de S. Luiz do Maranhao, Joâo Duarte Franco, cavalleiro
professo na ordern de Christo, e de sua mulher D. Antonia Pestaña Franca, sendo o dito
seu bisavo, o capitao Domingos Monteiro de Noronha, filho de Alexandre de Alfaia Mon
teiro de Noronha, e de sua mulher D. Maria Thereza de Vasconcellos ; neto de Domingos
Monleiro de Noronha, e de sua mulher D. Maria de Alfaia Vasconcellos, filha do capitao
Antonio Furtado de Mendonça, cavalleiro professo na ordern de Christo, e de sua mulher
D. Isabel Pestaña Perestello, descendente das illustres familias de Mascarenhas Villa-lobos.
Um escudo partido era pala; na primeira as armas dos Mascarenhas, e na segunda
as dos Villa-lobos. — B. p. a 12 de Janeiro de 1801. Reg. no Cart, da N., liv. vi, fl. 158.
(C. C.)
821. FRANCISCO DE MATTOS FERRAO CASTEL-BRANCO., sargento-mór das ordenan-
ças da villa de Pena-cova e Carvalho, natural de Villa-chan de Poyares, filho de Ambro
sio de Mallos Ferreira. e de sua mulher D. Anna Joaquina Maria Ferrâo Castel-branco,
Figueiredo Tavares Alfonso e Brito ; neto pela parte paterna de Luiz de Mallos, e de sua
mulher D. María Ferrao; neto pela parte materna de Manoel Ferrao Castel-branco, e de
sua mulher D. Maria Nunes.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Mallos, no segundo as
dos Ferreiras, no lerceiro as dos Fermes, e no quarto as dos Castel-brancos. — Вг. р. а
19 de abril de 1796. Reg. no Cari, da N., liv. v, fl. 124.
(C. C.)
822. FRANCISCO DE MATTOS TERRINHO, sargenlo-mór da comarca de Elvas, nalural
de Villa-viçosa ; filho de José de Mallos, e de sua mulher Maria Gomes Terrinho ; nelo
palerno de Belchior de Mallos, e de Isabel Martins; neto materno do sargenlo-mór dos
auxiliares de Villa-viçosa, Manoel Gomes, e de sua mulher Brites Rodrigues.
As armas dos Mallos, Marlins, Gomes, Rodrigues, e Terrinhos. — Br. p. a 27 de marco
de 1752. Reg. no Cari, da N., liv. particular, fl. 30 v.
(C. C.)
823. FRANCISCO MAXIMIANO ALVES DE MELLO E ALBUQUERQUE (Capitao), filho
de Francisco José Alves, professo na ordern de Christo, e capilao-mór da villa de Barba-
cena, comarca do Rio das Morles, capitanía das Minas-geraes, e de sua mulher D. Anna
Leonarda Ludovina de Mello e Albuquerque; nelo palerno de Braz Alves Antunes, sar
gento-mór de um dos regimentos de milicias da dita capitanía, e de sua mulher D. Lu
ciana Clara de Sania Rosa, e malerno de Anlonio José de Mello Pinlo da Silva, e de sua
mulher D. Joanna Felix da Silva.
206 FRANCISCO DE MELLO
Amoreira, e outras multas casas illustres, assim n'este reino como ñas ilhas, America, e
mais conquistas, das quaes illustres familias procedía tambem elle supplicante pelos ditos
seus paes, avós, e mais ascendentes.
Um escudo partido em pala ; na primeira as armas dos Mellos, e na segunda as dos
Vasconcellos. — Br. p. a 7 de dezembro de 1782. Reg. no Cart, da N., liv. ni, fl. 81.
(C. C.)
827. FRANCISCO DE MELLO E VASCONCELLOS (Doutor), cavalleiro fidalgo da casa
real, natural da cidade de S. Salvador da Babia de todos os Santos, filho de Gaetano de
Mello Vasconcellos, e de sua mulber D. Leandra Bezerra de Alpoim, íilha de José Bezer-
ra, e de sua mulher D. Apolonia da Cruz; neto pela parte paterna do coronel Luiz de
Mello Vasconcellos, e de sua mulber D. Margarida Telles de Menezes e Bittencourt, filha
do sargento-mór Marcos de Bittencourt, senhor do engenho de Cotigipe, e de sua mulber
D. Angela de Menezes, irma de Francisco Telles de Menezes, alcaide-mór que foi da dita
cidade ; bisneto pela mesma parte paterna, de outro coronel Luiz de Mello Vasconcellos,
e de sua mulher D. Antonia Garcez de Oliva, filha de Joâo Garcez de Oliva, e de sua mu
lher D. Victoria de Oliva, o qual coronel era filho segundo, e primo segundo de Bartho-
lomeu de Vasconcellos da Cunba, que foi commendador da ordern de Christo, governa-
dor da ilha da Madeira, e capitao general de Murmugâo, e outras terras; terceiro neto
de Manoel de Mello e Vasconcellos, cavalleiro professe na ordern de Christo, cavalleiro
fidalgo da casa real, e apontador dos fidalgos da mesma real casa, o qual ficando captivo
na batalha de Alcacer, quando acompanhou o senhor rei D. Sebastiao á África, e vindo de-
pois para Portugal, o rei D. Filippe primeiro Ihe fez mercè de vinte mil réis de tenca,
com o habito da ordern de Christo, e de sua mulher D. Francisca de Parada, que era filha
de Henrique de Parada, tambem cavalleiro fidalgo da casa real, e apontador dos fidalgos,
e de sua mulher D. Francisca Sequeira Cabrai, com tenca em sua vida; todos fidal
gos muito nobres em geraçâo, e procedimento, legítimos e verdadeiros descendentes das
illustres familias dos appellidos de Vssconcellos e Mellos d'esté reino : e o dito Manoel de
Mello e Vasconcellos, k'rceiro avô do supplicante, o doutor Francisco de Mello e Vascon
cellos, primo-irmáo de Francisco de Vasconcellos da Cimba, commendador da ordern de
Christo, governador de Cabo-verde e Angola, e despachado conde do Porto Santo em Ma
drid em 1641; e nao sómente era elle dito Manoel de Mello e Vasconcellos filho legitimo
do capilao Antonio de Oliveira do Carvalhal, cavalleiro fidalgo da casa real, cujo foro teve
antes da reformaçâo do senhor rei D. Sebastiao, e alcaide-mór de Pereira no Brazil, e ir-
máo de Francisco de Oliveira do Carvalhal, a quem se passou brazáo de armas aos 23
de dezembro de 1541, com as dos Carvalhaes, ambos filhos legítimos de Simio de Oli
veira, e descendente por linha direita, e masculina da geraçâo, e linhagem dos Carvalhaes,
como bisneto de Lopo Gonçalves do Carvalhal, fidalgo muito honrado, e o verdadeiro
tronco da dita linhagem de Carvalhaes, que sao fidalgos de conhecido solar, e cotta de
armas, sendo o mesmo Manoel de Mello e Vasconcellos filho de D. Luiza de Mello e Vas
concellos, irmâ de Bartholomeu de Vasconcellos, fidalgo da casa real, commendador e
alcaide-mór do Seixo amarello do Ervedal, na ordern de Aviz, e capitáo-mór das armadas
d'estes reinos; neto pela parte materna de Froylos de Vasconcellos, e de sua mulher
D. Iria de Mello, o qual Froylos de Vasconcellos por sua lia a rainha D. Leonor Telles,
mulher do senhor rei D. Fernando, era primo-terceiro da rainha D. Brites, herdeira de
Portugal, e mulher do senhor rei D. Joao o primeiro de Hespanha ; bisneto pela mesma
parte materna de Heitor Mendes de Vasconcellos, e de sua mulher D. Constanca Correa
da Cunha, filha legitima de Pedro Correa da Cunha, capitáo da ilha Graciosa; terceiro
neto de Mem Rodrigues de Vasconcellos, e de sua mulher D. Margarida Furtado de Men-
donça, filha de Bartholomeu Pires Perestrello, capitáo, e senhor da ilha do Porto Santo;
quarto neto de D. Martins Mendes de Vasconcellos, e de sua mulher D. Ignez Martins,
senhora de Alvarenga ; quinto neto de D. Mem Rodrigues de Vasconcellos, rico-homem,
208 FRANCISCO DE MOURA
mulher D. Thereza Josepha de Miranda, ele irmão do mestre de campo D. João Manuel
Salgado, e de D. Antonio Salgado, governador da praça de Chaves, com patente de sar
gento-mór de batalha, pae de D. Frei Luiz de Santa Thereza, bispo de Pernambuco,
e de D. Francisco João da Cruz, bispo do Rio de Janeiro, e depois de Miranda; bisneto
de D. Feliciano Salgado, sargento-mór que foi de batalha n’este reino, e de sua mulher
D. Luiza Serrano Bravo; terceiro neto de Roque Salgado, e de sua mulhar Catharina de
Bacellar; quarto neto de Fernando de Santa Vahia, e de sua mulher Beatriz Salgado.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Mouras, no segundo as
dos Tavares, no terceiro as dos Palhas, e no quarto as dos Salgados. — Br. p. a 8 de fe
vereiro de 1772. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 170 v.
(C. C.)
d'ouro, paquife d'ouro, verde e preto, e por timbre metade da bicha, com todas as hon
ras e privilegios correspondentes, por descender de Pedro de Villa-nova, a quem havia
sido concedido o referido brazão de armas. — Dada em Lisboa a 22 de novembro de 1561.
Reg. no liv. II de privilegios, fl. 83 v.
(C. C.)
834. FRANCIsco DE PAULA DE BRITo VILLAR, cavalleiro professo na ordem de
Christo, e actual provedor da comarca de Castello-branco; filho de João Rodrigues Villar,
professo na ordem de Christo, desembargador dos aggravos da Casa da supplicação, super
intendente dos foros de Nossa Senhora da Ajuda, e administrador da Casa do infantado,
thesoureiro da real Ucharia e criado particular de sua magestade; e de sua mulher D. Jo
sepha Sancha Paula da Madre de Deus de Brito e Barros; neto paterno de Antonio Ro
drigues Villar, e de D. Domingas Villar; e materno de Francisco de Magalhães de Brito
e Barros, fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Maria Thereza Michaela.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Rodrigues, no segundo
as dos Magalhães, no terceiro as dos Britos, e no quarto as dos Barros. — Br. p. a 15
de junho de 1819. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 38 v.
(C. C.)
lomeu Vaz Frayão, capitão-mór que foi da dita villa de Grandola, instituidor do dito mor
gado das Parxanas.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Metellos, no segundo
as dos Costas, no terceiro as dos Carvalhos, e no quarto as dos Sobraes. — Br. p. a 17
de janeiro de 1780. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 221. C
(C. C.)
D. Ursula da Silva Alvares; pela parte materna neto o supplicante de Caetano José Car
doso Coelho, e de sua mulher D. Maria Caetana Luiza Borges de Figueiredo; elle filho
de Gaspar Francisco de Oliveira, e de sua mulher D. Maria Soares Cardoso, e ela filha
de Figueiredo, e de sua mulher D. Maria Luiza de Carvalho Cerqueira.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Pereiras, no segundo as
dos Castros, no terceiro as dos Lobos, e no quarto as dos Borges. — Br. p. a 22 de abril
de 1790. Reg. no Cart. da N., liv. Iv, fl. 157.
(C. C.)
846. FRANCIsco PEREIRA REBELLo DA FoNs ECA NovAEs (Doutor), actual juiz de
fóra da villa de Santa Martha, filho do doutor Antonio Pereira Rebello, natural de Villa
real, e de sua mulher D. Michaela Maria Caetana de Novaes; neto pela parte paterna de
Domingos Pereira Bicudo, e de sua mulher D. Bernarda Rodrigues Rebello; e pela ma
terna de José Alves de Novaes, e de sua mulher D. Joanna Maria da Fonseca.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Bicudos, no segundo as
dos Pereiras, no terceiro as dos Rebellos, e no quarto as dos Novaes. — Br. p. a 17 de
julho de 1784. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 144.
(C. C.)
847. FRANCIsco PEREIRA DA SILVA LEAL, e o doutor Joaquim Pereira da Silva
Leal, ambos irmãos e professos na ordem de Christo; filhos de Manuel Pereira da Silva,
cavalleiro professo na ordem de Christo, familiar do Santo Oficio, rei de armas Portugal,
que acclamou o senhor rei D. José, cuja occupação tinha já quando foi acclamado o se
nhor rei D. João v, supposto não era então o mais antigo; e de sua mulher D. Filippa
Baptista da Silva, filha de Manuel Leal; netos paternos de Manuel Pereira da Silva, e de
sua mulher Sebastiana Carvalho; bisnetos de Gaspar Rodrigues Pereira, e de sua mulher
Maria Pereira da Silva.
As armas dos Pereiras, Silvas, Pimentas, e Avelares. — Br. p. a 15 de março de
1752. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 41 v. )
(C. C.
854. FRANCIsco D o REGo, natural de Vianna da Foz do Lima, filho de Luiz do Rego,
fidalgo; neto de Fernando Eannes do Rego, que foi do verdadeiro tronco d'esta geração.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecess res:
— Escudo de campo verde com uma banda de agua ondada, e n’ella tres vieiras de oiro,
e por diferença uma merleta de oiro; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife
de prata e verde, e por timbre dois pennachos verdes com uma das vieiras de oiro; com
FRANCISCO SABINO 215
todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos do Rego.
F?"
. 4.
em Lisboa a 9 de janeiro de 1542. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xxxII,
dos Costas, no terceiro as dos Pintos, e no quarto as dos Leites. — Br. p. a 3 de novem
bro de 1791. Reg. no Cart. da N., liv. 1v, fl. 237.
(C. C.)
860. FRANCIsco DE SANDE, fidalgo, filho mais velho de Fernão Lopes de Sande, neto
de Lopo Fernandes de Sande, bisneto de Estevão Lopes de Sande, e trineto de Lopo Af
fonso de Sande, que viveu com el-rei D. João I, e todos eram nobres.
Carta pela qual el-rei D. Manuel lhe concede e a todos os seus descendentes o seguinte
brazão de seus antecessores: — Escudo de campo vermelho e um leão entre quatro flores
de liz de oiro, uma na cabeça, outra aos pés e as outras duas das ilhargas; o elmo de
vermelho, e por timbre um meio leão vermelho com uma flor de liz de oiro na cabeça;
com as honras, privilegios, liberdades, etc., que teem todos os nobres fidalgos por des
cender da dita linhagem. — Dada a 22 de fevereiro de 1513. Reg. na Chanc. de D. Manuel,
liv. XLII, fl. 29, e liv. v de Mist., fl. 84 v.
mulher Maria Dias; terceiro neto de Antonio Velloso, e de sua mulher Domingas Gonçalves.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Barros, no segundo as
dos Amorins, no terceiro as dos Vellosos, e no quarto as dos Gonçalves. —Br. p. a 9 de
dezembro de 1797. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 218 v.
(C. C.)
883. FRANCIs co XAVIER BARRoso DE SousA, morador no logar de Val de Madeiro,
termo da villa de Mirandella, sexto administrador da casa e morgado de Santo Antonio,
do logar de Mascarenhas; filho de Manuel Mendes Alvares Moreno e Sousa, quinto admi
nistrador do dito morgado, e de sua mulher D. Isabel Barroso de Sousa; neto paterno de
João Alves Moreno de Sousa, capitão de auxiliares, quarto administrador do referido mor
gado; bisneto de Francisco Alves de Sousa Sarmento, cavaleiro da ordem de Christo, te
nente de cavallos na guerra da acclamação, terceiro administrador do dito morgado; ter
ceiro neto de Joaquim de Sousa Sarmento, governador que foi do castello de Outeiro; neto
materno de Sebastião Barroso, capitão de infanteria da ordenança de Mirandella, e de sua
mulher D. Maria Teixeira, que era filha de Alvaro Annes de Sousa, capitão de infanteria
em Bragança, e de sua mulher D. Joaquina Teixeira de Mendonça, filha de Francisco Pinto
Teixeira, cavalleiro da ordem de Christo; e o dito Alvaro Annes de Sousa, filho de Anto
nio Barroso de Sousa, governador que foi de Cabo-verde, terceiros avós do supplicante.
As armas dos Sousas, Chichorros, Sarmentos, Barrosos, e Teixeiras. — Br. p. a 6 de
outubro de 1758. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 118.
(C. C.)
neto paterno de Francisco Martins de Azevedo, familiar do Santo üfficio, e major das or-
denanças da referid;! villa, e de sua mulhcr D. Maria Thereza Taborda Ferreira Roballo;
bisneto de Antonio Martins Carrasco, e de sua mulher D. Guiomar Garcia ; terceiro neto
do capitâo Antonio Martins Carrasco de Azevedo; a referida sua avó D. Maria Tliereza
Taborda Ferreira Roballo era lilha de Joâo Ferreira Taborda, lidalgo de solar conliecido,
major e governador da praça de Penarnacor, administrador dos morcados do Alcaide,
Lomba, Atalaya, e Nome de Jesus, e de sua mulher e prima D. Writes Maria Taborda, os
quaes sendo bisavós do supplicante, o sâo egualmente de Antonio Theodore Ferreira Ta
borda de Azevedo Freiré, capitlio-mór da praça de Monsanto, a quem se passou brazâo
de armas com as dos Azevedos, Freires, Fcrreiras e Tabordas aos 16 de outubro de 1818;
o dito Joâo Ferreira Taborda, bisavô do sripplicante, h'llio de Antonio Ferreira Taborda,
moco lidalgo com exercicio no reinado do serihor rei D. Alfonso vi, nono senhor da quinta
de solar e casa forte de Antâo Alves, quinto administrador dos morgados do Alcaide e da
Lomba, e de sua mulher D. Isabel Leilao da Cuntía e Aguiar; a referida D. Brites Maria
Taborda, bisavó do supplicante, era filha de Francisco Taborda Grande, que serviu dis-
tinctamente na guerra da acclamacäo e em Mazagâo, e morreu em governador da praca
de Almeida, e de sua mulher D. Maria Thereza Roballo e Branco, sendo esta lilha do ma
jor Manuel Gonçalves Branco, e de sua mulher D. Maria Thereza Roballo, e esta filha do
capitao-mór Christovâo Yaz Roballo ; o supplicante é sobrinho do coronel de milicias Joâo
Xavier Ferreira Taborda Pinhateli, do léñente coronel Miguel Antonio Ferreira Taborda,
e do major Francisco Xavier Ferreira Taborda, fldalgos de solar conhecido, os quaes foram
fllhos de Antonio Theodoro Ferreira Taborda, e este irmâo da dita avó paterna do sup
plicante, o qual é egualmente párente por parte paterna das familias mais distinctas da
sua comarca e provincia, como sao o capilao-mór de Fundao, Lourenço José Taborda Ta-
vares de Negreiros Feio Falcâo, dos Tabordas, Roballos Pinhateis de Freixo, e dos de
Cea, dos Cunhas, Pereiras Pintos, Comeas, Osorios e outros : neto materno de Joâo Ro
ballo, e de sua mulher D. Ignez Maria Pimenta Ferreira ; bisneto do capitâo Antonio Lou
renço Roballo de Azevedo, e de sua mulher D. Isabel Gomes ; a referida sua avó materna
era filha de Sebastiâo Fernandes Branco Ferreira, e de sua mulher D. Maria Lopes, pá
renla de Estevâo Leitâo, que foi governador das armas da provincia da Beira ; o suppli
cante é da mesma forma párente pela linhagem materna dos capitâes Domingos Ramos
Toscano e Gil, e Manuel Pires Branco, e estes descendentes do licenceado Joâo Gonçalves
Branco, do doutor Miguel Monteiro Branco, que foi juiz de fóra de Penamacor, e de
D. Maria Thereza Roballo e Branco, filha do ja mencionado major Manuel Gonçalves
Branco, sendo o supplicante egualmente párente do abbade José Ferreira das Neves, des
cendente dos Tabordas pela linhagem dos Ferreiras.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Tabordas, no segundo
as dos Roballos, no terceiro as dos Ferreiras, e no quarto as dos Azevedos. — Br. p. a
28 de julho de 1824. Reg. no Cart, da N., liv. viii, fl. 109 v.
(C. C.)
872. FRANCISCO TAVARES DE ALMEIDA, desembargador da Relaçâo e casa do Porto
com exercicio no logar de corregedor da comarca de Setubal, natural d'esta cidade ; filho
do doutor Joâo Tavares de Almeida, e de sua mulher D. Gertrudes Dorothea Rosa da
Silveira ; neto paterno de Gaspar Mendes Castanho, e de sua mulher D. Calharina Henri-
ques, e materno de Joâo Rodrigues Pereira, e de sua mulher D. Catharina Henriques Pereira.
Um escudo partido em pala ; na primeira as armas dos Tavares, e na segunda as
dos Almeidas. — Br. p. a 20 de novembre de 1802. Reg. no Cart, da N., liv. vu, fl. 17.
(C. C.)
873. FRANCISCO TAVARES DE ALMEIDA PROENCA (Doutor), natural de Tortozendo,
termo da Covilhá, comarca da Guarda, oppositor da faculdade de leis na Universidade de
220 FRANCISCO DE VASCONCELLOS
Coimbra ; fllho do doutor Manuel Tavares de Proenca Capinhäo. e de sua raulher D. Bar
bara Maria Joaquina Rombo ; neto paterno do bacharel Manuel Tavares de Proenca, e de
sua mulher D. Luiza de Brito: e malerno de Joïïo Fei reirá Rombo e Almeida, e de sua
mulher D. Maria Thereza Barata.
Um escudo esquartelado ; no primeiro e quarto quarleis as armas dos Tavares, no
segundo as dos Proenras, e no terceiro as dos Almeidas. — Br. p. a 19 de agosto de 1825.
Reg. no Cart, da N., liv. VIH, П. 158 v.
(C. C.)
874. FRANCISCO TEIXEIRA DE CARVALHO PINTO, senhor e possuidor da casa de
Eyras, natural da freguezia de Santa Maria de Viade, concelho de Basto, comarca de Gui-
marâes ; filho de Antonio de Carvalho Pinto, e de sua mulher Vicencia Teixeira Alvares ;
neto pela parte paterna de Gonçalo de Carvalho, a quem se passou brazâo de armas de
Teixeiras, Carvalhos e Pintos em 20 de marco de 1684, e de sua mulher Luiza Pinto, que
era bisneta de Manuel Pinto Ribeiro, a quem se passou tambem brazâo de suas armas em
10 de novembre de 1(HO; e pela parte materna neto de Gervasio Teixeira Alvares, e de
sua mulher Sebastiana Joanna Teixeira Ribeiro.
Um escudo esquartelado ; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Carvalhos, no
segundo as dos Teixeiras, e no terceiro as dos Pintos. — Br. p. a 10 de fevereiro de 1779.
Reg. no Cart, da N., liv. n, fl. 179.
(C. C.)
875. FRANCISCO TEIXEIRA SAMPAIO, encarregado dos negocios da Junta da Compa-
nhia geral do Allo-Douro no reino unido da Grâ-Bretanha, Escocia e Irlanda; filho de
Francisco José Teixeira de Sampaio, a quem se passou brazâo de armas a 2 de setembro
de 1789, e de sua mulher D. Eulalia Floriana Gualberto de Sampaio; neto paterno de
Pedro Teixeira de Sampaio, e de D. Bernarda Luiza do Amaral Gliedes; bisneto de Manuel
de Tavora Ferreira, e de D. Magdalena Teixeira de Sampaio.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Teixeiras, no segundo as
dos Sampaios, no terceiro as dos Amaraes, e no quarto as dos Guedes. — Br. p. a 7 de
abril de 1819. Reg. no Cart, da N., liv. VIH, fl. 35.
(C. C.)
876. FRANCISCO TOSCANO, moco üdalgo, lilho de Diogo Toscano, neto de Gomes
Toscano, e bisneto de Diogo Toscano.
Carta pela qual el-rei D. Sebasliao Ihe concede o seguinte brazâo de sens antecesso
res : — Escudo de campo vermelho e um leâo de prata rompente armado de azul, elmo
de prata aberto guarnecido de oiro, paquife tie prata e vermelho, e por timbre um meio
leâo das armas, e por différence urna flor de liz de oiro ; com todas as honras e privile
gios de fidalgo por descender da geraçâo dos Toscanes. — Dada em Lisboa a 6 de julho
de 1558. Reg. na Chañe, de D. Sebastiao, liv. i, fl. 291.
877. FR. FRANCISCO DE VASCONCELLOS E SANDE CORTE-REAL (Doutor), freiré pro-
fesso na ordern de S. Bento de Aviz, doutor de capello em theologia, e beneficiado em
Santa Maria de Alcaçova, da cidade de Elvas; filho de Domingos Rodrigues Coelho Falcáo,
vereador e juiz que foi na villa de Mecejana, e de sua mulher D. Antonia Luiza da Silveira
e Sande ; neto materno de Francisco Pereira Falcáo, e de sua mulher Marianna da Silva
Duarte, naturaes de Sant'Iago de Cacem, onde elle foi vereador mais velho ; bisneto de
Joâo Falcáo Murzelo, e de sua mulher Maria Branca da Silva ; neto materno de Francisco
de Sousa da Fonseca e Cunha, capitao-mór e governador que foi de Benguela, e de sua
mulher D. Isabel Euphrasia de Sande e Vasconcellos, filha de D. Catharina de Sande Vil
la-lobos ; bisneto de Joâo de Sousa da Fonseca, que foi capitao de mar e guerra.
FRANCISCO XAVIER 221
mulher Maria Dias; terceiro neto de Antonio Velloso, e de sua mulher Domingas Gonçalves.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Barros, no segundo as
dos Amorins, no terceiro as dos Vellosos, e no quarto as dos Gonçalves. — Br. p. a 9 de
dezembro de 1797. Reg. no Cart, da N., liv. v, fl. 218 v.
(С. С.)
883. FRANCISCO XAVIER BARROSO DE SOUSA, morador no logar de Val de Madeira,
termo da villa de Mirarulella, sexto administrador da casa e morgado de Santo Antonio,
do logar de Mascarcnhas; lilho de Manuel Mondes Alvares Moreno e Sousa, quinto admi
nistrador do dito morgado, e de sua mulher D. Isabel Barroso de Sousa; neto paterno de
Joâo Alves Moreno de Sousa, capitâo de auxiliares, quarto administrador do referido mnr-
gado ; bisneto de Francisco Alves de Sousa Sarmentó, cavalleiro da ordern de Christo, te-
nente de cavallos na guerra da arclamacäo. terceiro administrador do dito morgado; ter
ceiro neto de Joaquim de Sousa Sarmentó, governador que foi do castello de Outeiro; neto
materno de Sebastiâo Barroso, capitâo de infantería da ordenança de Mirandella, e de sua
mulher D. Maria Teixeira, que era filha de Alvaro Annes de Sousa, capitâo de infantería
era Bragança, e de sua mulher D. Joaquina Teixeira de Mendonça, filha de Francisco Pinto
Teixeira, cavalleiro da ordern de Christo; e o dito Alvaro Annes de Sousa, filho de Anto
nio Barroso de Sousa, governador que foi de Cabo-verde, terceiros avós do supplicante.
As armas dos Sousas, Chichorros, Sarmentos, Barrosos, e Teixeiras. — Br. p. a 6 de
outubro de 1758. Reg. no Cart, da N., liv. particular, fl. 118.
(C. C.)
884. FRANCISCO XAVIER CARNEIRO DA CUNHA, natural da villa de Santo Antonio
do Recife, capitanía de Pernambuco, filho de outro Francisco Xavier Carneiro da Cunha,
familiar do Santo Ofiicio, e capitao-mór da villa de Iguarassu, e este filho de Joâo Car
neiro da Cunha, tambem familiar do Santo Ofllcio, capilao-mór da dita villa, e de sua
mulher D. Antonia da Cunha Soulo-maior, esta tilha de Gonçalo Novo de Brito, e de
sua mulher D. Cosma da Cunha de Andrade, neta paterna de Antonio de Bulhoes, ca
valleiro da ordern de Christo, e materna de Pedro da Cunha de Andrade, moco fidalgo
da casa real, filho de Ruy Gonçalves de Andrade, que teve o dito foro, e o dito seu avô
Joâo Carneiro da Cunha, coronel das ordenanças da cidade de Olinda, e de sua mulher
D. Sebastiana de Carvalho, filha de Sebastiâo de Carvalho, fidalgo da casa real, e de sua
mulher D. Francisca Monleiro, neta paterna de Joâo Alvares de Carvalho, tambem fidalgo
da casa real, desembargador da Relaçao do Porto, filho de Manuel Alvares de Carvalho,
do real conselho, desembargador do Paco, e enviado que fui a Inglaterra; e pela parte
materna era o supplicante neto de Roque Antunes Correa, tambem familiar do Santo Of-
ficio, cavalleiro da ordern de Christo, capitao-mór da villa de Recife, almoxarife da real
fazenda, e de sua mulher D. Ignacia Rosa Tenorio, filha do sargento-mór Joâo Baptista
Jorge, e de sua mulher D. Fernaridina Lourenca Rosa Tenorio; e o dito Roque Antunes
Correa, filho de Manuel Antunes Correa, que teve o dito officio. e neto de Roque Antu
nes Correa, cavalleiro da ordern de Christo, léñente de infantería paga n'esta cidade.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Carneiros, no segundo
as dos Cunhas, no terceiro as dos Andrades, e no quarto as dos Correas. — Br. p. a 5
de selembro de 1783. Reg. no Cart, da N., liv. m, fl. 105 v.
(C. C.)
885. FRACISCO XAVIER CORREA DE MESQUITA PINTO TEIXEIRA, filho de Salva
dor Lopes Pinto, e de sua mulher Maria Pereira Correa Pinto Teixeira ; neto materno de
Manuel С rrea de Carvalho, e de sua mulher Sebastiana Teixeira Pinto ; bisneto de Diniz
Lourenço, e de sua mulher Isabel de Carvalho ; terceiro neto de Luiz Teixeira Pinto, e de
sua mulher D. Magdalena ; quarto neto de Marcos Pinto, e de sua mulher Ignez Días ;
FRANCISCO XAVIER 223
quinto neto de Beatriz Teixeira, irraâ legitima de Ayres Pinto Teixeira, commendador de
Anciies, a quern se passou brazäo com as armas dos Teixeiras, e Pintos, em 12 de agosto
de 1533, e de seu marido Ruy Vaz de Meirelles ; sexto neto de Francisco Pinto Teixeira,
о Velho.
As armas dos Pintos, Teixeiras, Mesquitas, e Correas.— Br. p. a 24 de dezembro de
1753. Reg. no Cart, da N.. liv. particular, fl. 66.
(C. C.)
886. FRANCISCO XAVIER DA COSTA GODILHA, vigario da parochial egreja da villa
de Iguarasíi, fillio de Manuel da Costa Godilha, e de sua mulher D. Manuela lsabel de
Barros Pacheco; neto pela parte paterna de Jorge da Costa Godilha, coronel de cavallaria
na villa de Ico, na comarca do Ceará-grande, e de sua mulher D. Marianna Teixeira da
Silva e Albuquerque ; neto por parte materna de Antonio Gomes Pacheco, professo na or
dern de Christo, e capitao-mór vitalicio da villa de Itamaracá, a quera se passou brazäo
de armas a 20 de novembre de 1696, com as de Gomes, e Pachecos, e de sua mulher
D. Maria Coelho de Ronoredo.
Um escudo ovado e esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Albuquerques,
no segundo as dos Costas, no terceiro as dos Gomes, e no quarto as dos Pachecos. —Br.
p. a 12 de abril de 1797. Reg. no Cart, da N., Uv. v, fl. 185 v.
(C. C.)
887. FRANCISCO XAVIER LOBO DA GAMA E ALMADA, capitáo de mar e guerra, na
tural d'esta cidade, filho de Antonio Lobo da Gama, enviado na corte de Madrid, e de
sua mulher D. Marianna Angelica de Arez ; neto pela parte paterna de Miguel Diogo da
Gama Lobo, guarda-roupa do senhor rei D. Affonso vi, e de sua mulher D. Guiomar
de Almada da Cunha ; bisneto de Manuel da Gama Ferreira, e de D. Catharina Lobo da
Silva ; e pela materna neto de Manuel Monteiro da Rocha, e de sua mulher D. Catharina
de Arez Vandune.
Um escudo esquartelado ; no primeiro as armas dos Gamas, no segundo as dos Lo
bos, no terceiro as dos Silvas, e no quarto as dos Almadas. — Br. p. 30 de marco de
1783. Reg. no Cart, da N., liv. m, fl. 92 v.
(C. C.)
888. FRANCISCO XAVIER DE MIRANDA, tenente da sétima companhia do regimentó
de infantería da linha da cidade de S. Luiz do Maranlmo, e natural da dita cidade ; filho
do capitao-mór José Machado de Miranda, cidadáo da mesma cidade, onde occupou por
muitos annos o cargo de procurador da real corôa e fazenda, e de D. Anna Correa de
Montrozo e Sequeira ; a qual era filha de Affonso de Montrozo e Scqueira* cidadáo da
mesma cidade, e de D. Flora Correa, sendo o dito Affonso de Montrozo e Sequeira filho
de outro do mesmo nome ; neto de Ruy Vaz de Sequeira, íidalgo da casa real, commen
dador da commenda de S. Vicente da Beira, governador, e capitâo general de S. Luiz do
Maranhao : sendo egualmente o dito Affonso de Montrozo e Sequeira, em primeiro logar
nomeado, filho de D. Maria Rita da Veiga e Ortigueira, filha de Manuel de Pitta da Veiga,
que depois de occupar na dita capitania o cargo de provedor da real fazenda, passou a
servir o posto de capitao-mór e governador da praça da mesma capitania : e a refe
rida D. Flora Josepha Correa, mulher do referido Affonso de Montrozo e Sequeira era fi
lha do capitáo de infantería Filippe de Faria, e neta de Agostinho Correa, governador e
capitâo general que foi do dito estado do Maranhao.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Machados, no segundo as
dos Mirandas, no terceiro as dos Vazes, e no quarto as dos Sequeiras. — Br. p. a 20 de
julho de 1801. Reg. no Cart, da N., liv. vi, fl. 172.
(C. C.)
224 FRANCISCO XAVIER
(C. C.)
891. FRANCIs co XAVIER DA MAIA, cavaleiro fidalgo da casa real, professo na or
dem de Christo, tenente da cavallaria de Alcantara d’esta côrte, proprietario dos oficios
de juiz da Alfandega-mór, e reaes direitos da ilha de S. Miguel, natural da villa de Cin
tra; filho de Diogo Alvares da Maia, cavaleiro da ordem de Christo, fidalgo da casa real,
capitão de cavallaria que foi n'esta côrte, proprietario dos ditos oficios, e de sua mulher
D. Ursula Ignez de S. Bernardo; neto pela parte paterna de Lourenço Gaspar Faleiro,
cavalleiro da ordem de Christo, fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Isabel Rodri
gues da Maia, filha de Francisco da Maia, e de sua mulher D. Maior Mendes; bisneto de
Antonio Vieira, commendador que foi de uma das quatro commendas obrigatorias do
reino, fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Maria Faleira; e pela materna neto de
Manuel de Oliveira Furtado, cavalleiro fidalgo da casa real, o qual serviu, com distincto
valor na praça de Mazagão, com cavallos e armas á sua custa, e de sua mulher D. Ma
ria Manuel da Fonseca; bisneto de outro Manuel de Oliveira Furtado, e de sua mulher
D. Maria de Santo Antonio.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Vieiras, no segundo as
dos Maias, no terceiro as dos Oliveiras, e no quarto as dos Fonsecas. — Br. p. a 17 de
junho de 1768. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 81.
(C. C.)
898. FRANCISCO XAVIER DOS SANTOS, cavalleiro professe na ordern de Christo, capi
tâo de cavallaria auxiliar da cidade de S. Paulo no Brazil, d'onde é natural; filho de Lopo dos
Santos Serra, sargento-mór das ordenanças da dita cidade, e de D. Ignacia Maria Rodri
gues Villares; neto pela parte paterna de Pedro Gomes Ferreira, e de sua mulher D. An
tonia Maria Pinto Ferreira ; e pela materna de Luiz Rodrigues Villares, capitâo povoador
da villa de Cuyabá, e de sua mulher D. Angela Vieira.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Serras, no segundo as
dos Gomes, no terceiro as dos Pintos, e no quarto as dos Vieiras. — Br. p. a 20 de de-
zembro de 1781. Reg. no Cart, da N., liv. m, fl. 39.
(C. C.)
899. FRANCISCO XAVIER DA SILVA REGÓ, capitâo do regimentó de cavallaria de
Miranda, natural da freguezia de Tojo-coval, concelho de Albergaría, comarca de Vianna;
fllho de Antonio Dantas Barbosa, professo na ordern de Christo, e de D. Rosa Maria
da Silva Regó; neto pela parte paterna de Gonçalo Dantas Barbosa, capitâo de auxi
liares, fallecido na guerra da Catalunha; e neto pela parte materna de José da Silva
Regó.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Antas, no segundo as
dos Barbosas, no terceiro as dos Silvas, e no quarto as dos Regos. — Br. p. a 6 de feve-
reiro de 1793. Reg. no Cart, da N., liv. iv, fl. 271 v.
(C. C.)
900. FRANCISCO XAVIER DE SOUSA CABRAL, natural da cidade de Lisboa, filho de
outro Francisco Xavier de Sonsa Cabrai, cavalleiro da ordern de Christo, e de D. Rosa
Maria Thereza Bottado Galvâo; neto pela parte paterna de Joao Ribeiro Cabrai, cavalleiro
da ordern de Christo, o quai vindo para esta corte foi n'ella procurador ñas Cortes que o
senhor rei D. Pedro п celebrou em 1698, pela cidade da Bahía, ficando servindo ao mesmo
senhor em negocios de estado, foi depois mandado a Castella, onde fez grandes serviços
à corôa, e compoz o livro intitulado Memorias do conde-duque, de Olivares; e de sua mu
lher D. Margarida Estada de Sousa Bárrelo ; bisneto de Manuel Jorge Cabrai, capitâo de
infantería que foi na guerra da acclamaçâo ; e pela parte materna neto de Joâo Rodrigues
de Alencastre, e de sua mulher D. Thereza Bottado Galvao.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Cabraes, no segundo as
dos Ribeiros, no terceiro as dos Sousas, e no quarto as dos Barretos. — Br. p. a 22 de
fevereiro de 1780. Reg. no Cart, da N., liv. u, fl. 229.
(C. C.)
901. FRANCISCO XAVIER TAVEIRA DE MACEDO, filho de Bernardo Taveira de Ma-
eedo, e de sua primeira mulher D. Josepha Teixeira ; neto pela parte paterna de José
Leitâo Pinheiro, e de sua mulher D. Anna Maria de Macedo ; bisneto de Luiz Taveira de
Macedo, e de sua mulher D. Anna Pinto Guedes ; terceiro neto de Antonio Taveira de
Macedo, e de sua mulher D. Maria de Andrade Monterroyo ; quarto neto de Duarte Ta
veira, commendador de Santa Maria de Belmente na ordern de Christo, cavalleiro fidalgo
da casa real, de que leve provisâo dos privilegios para seus criados e caseiros ; general
da armada que o senhor rei D. Joâo in mandou visitar as costas d'esté reino, e todas as
conquistas até á India cora auctoridade para que se achasse alguns navios sem licença do
dito senhor fizesse autos, conflscaçoes, e condemnasse a morte natural, sem ficar obrigado
a dar-lhe conta.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Taveiras, no segundo as
dos Macedos, no terceiro as dos Andrades, e no quarto as dos Monterroyos. — Br. p. a
17 de marco de 1784. Reg. no Cart, da N., liv. ra, fl. 122.
(C. C.)
FRANCISCO XAVIER 2Й7
907. GABRIEL DA FoNs ECA E SousA, sargento-mór das ordenanças da villa de Jun
diahi da capitania de S. Paulo, natural da mesma villa; filho de Gabriel Antunes da Fon
seca, cidadão da cidade de S. Paulo, e de sua mulher D. Maria da Conceição e Silva Fra
goso; neto pela parte paterna de Gabriel Antunes, e de sua mulher Sebastiana Maria da
Fonseca, esta filha de Francisco Rodrigues, e de sua mulher Maria Fernandes; bisneto de
Domingos Antunes, e de sua mulher Maria Francisca; neto pela parte materna de Fran
cisco de Sousa Murça, e de sua mulher Isabel da Silva Fragoso, e por esta bisneto de
Domingos Fragoso de Abreu, e de sua mulher Maria Rebello; terceiro neto de Gaspar de
Campos Fragoso, e de sua mulher Isabel de Freitas, e pela dita sua bisavó Maria Rebello
é terceiro neto de Jeronymo Rebello, e de sua mulher Anna Cabral.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Fonsecas, no segundo
as dos Rodrigues, no terceiro as dos Fragosos, e no quarto as dos Abreus.—Br. p. a 26
de agosto de 1794. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 32 v.
(C. C.)
908. GABRIEL GoNÇALVES, cavaleiro da casa real, morador na cidade do Porto.
Carta pela qual el-rei D. Affonso V lhe concede, e a seus descendentes, o seguinte
brazão de armas : — Um escudo em campo azul com um cordão de S. Francisco por
bordadura, e uma aguia doirada com duas cabeças em meio d'elle, com as mãos postas
sobre a cabeça de um moiro; pelos muitos serviços prestados nos tempos de el-rei
D. João, seu avô, e de el-rei D. Duarte, seu pae (de quem foi creado) nas guerras da
Africa contra os infieis.—Dada na villa de Arevol a 11 de outubro de 1475. (M.N.) Reg.
na Chanc. de D. Affonso V, liv. xxx, fl. 20, v., e liv. II de Mist., fl. 63.
909. GABRIEL SALGAD o ARAUJo CARNEIRO CHAVEs, natural da cidade de Braga,
filho de Manuel Felix Salgado de Araujo Chaves, a quem se passou brazão de armas a 1
de março de 1766, e de sua mulher D. Antonia Joanna da Encarnação Carneiro; neto
pela parte paterna de Francisco Xavier Salgado Chaves, e de sua mulher D. Eugenia Ma
ria de Araujo Saa Tinoco, senhores da casa e morgado de Esporões; pela parte materna
neto do capitão André Francisco Requião, e de sua mulher D. Marianna Luiza Carneiro,
senhores da casa de Fassão.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Salgados, no segundo
as dos Araujos, no terceiro as dos Chaves, e no quarto as dos Carneiros.—Br. p. a 5 de
agosto de 1791. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 229 v. C. C.)
(C. C.
tres estrellas de prata de cinco pontas cada uma, em faxa, ao pé do escudo, e por diffe
rença uma flôr de liz de oiro; elmo de prata aberto, paquife de oiro e azul, e por timbre
dois bordões de Sant'Iago, de prata, em aspa, e no meio d’elles uma das vieiras das ar
mas; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem
dos Calheiros.—Dada em Lisboa a 11 de agosto de 1529. Reg. na Chanc. de D. João
III, liv. xvII, fl. 115 v.
912. GARCIA MANUEL DURÃo PADILHA, major da praça de Peniche, filho de Manuel
José Durão Padilha, cavaleiro da ordem de S. Bento de Aviz, e capitão do regimento de
artilheria n.° 3, e de D. Jeronyma Thereza Nogueira Rebello; neto paterno de João Anto
nio José Durão Padilha, e de D. Theodora Maria de Castro, e materno de Manuel Fran
cisco da Cruz, e de sua mulher D. Maria Rebello; bisneto de Manuel Antonio, fidalgo es
cudeiro da casa real, sendo o referido supplicante irmão do major Francisco de Paula
Durão Padilha, a quem se passou brazão de armas a 31 de janeiro de 1816.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Padilhas, e na segunda as
dos Durões. — Br. p. a 20 de abril de 1816. Reg. no Cart. da N., liv. VII,##
(C. C.)
913. GAsPAR ALVAREs BARBosA CARNEIRo (Capitão), morador na sua quinta e casa
da Praça, da freguezia, e honra de Frazão, termo, comarca e bispado do Porto; filho
de Manuel Alvares da Praça, e de sua mulher D. Catharina Barbosa; neto pela parte pa
terna de outro Manuel Alvares da Praça, e de sua mulher D. Senhorinha Francisca Car
neiro; neto pela parte materna de Manuel Barbosa, e de sua mulher D. Maria João Mo
reira de Meirelles; bisneto de Thomaz Barbosa, e de sua mulher D. Maria Catharina
Duarte Moreira de Meirelles, sendo o supplicante tambem possuidor da quinta e casa de
seu proximo parente o doutor Francisco Teixeira da Motta Moreira de Meirelles, primeiro
juiz de fora da cidade de Penafiel.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Leitões, no segundo as
dos Barbosas, no terceiro a dos Moreiras, e no quarto as dos Meirelles. — Br. p. a 24 de
maio de 1799. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 83 v.
(C. C.)
914. GAsPAR BERENGUER CEsAR BITTENCoURT, familiar do Santo Oficio, natural
e morador na cidade do Funchal da ilha da Madeira, filho legitimo de Agostinho Cesar
Berenguer, e de sua mulher D. Helena Josepha Marianna de Bittencourt; neto pela parte
paterna de José de França Berenguer, e de sua mulher D. Maria de Castello-branco; bis
neto de Gaspar Berenguer de Andrade, e de sua mulher D. Isabel de França; terceiro
neto de Heitor Nunes Berenguer, e de sua mulher D. Maria de Lira; quarto neto de
Christovão Berenguer, e de sua mulher D. Maria Cesar; quinto neto de outro Heitor Nu- -
nes Berenguer, e de sua mulher D. Maria Giralte, e finalmente sexto neto do doutor Pedro
Berenguer de Liminhana, fidalgo da casa real, natural da cidade de Valença em Catalunha,
d'onde passou a este reino de Portugal, e foi n'elle o chefe da familia Berenguer de Li
minhana, e se lhe passou brazão de suas armas em 5 de novembro de 1524; casou na
ilha da Madeira com Isabel Rodrigues de Andrade, filha de Rodrigo Annes, criado do in
fante D. Henrique.
Um escudo com as armas dos Berengueis de Liminhana. —Br. p. a 23 de abril de
1768. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 69.
(C. C.)
915. GAsPAR BERENGUER CEsAR BITTENcou RT, familiar do Santo Oficio, padroeiro
do mosteiro de freiras de Nossa Senhora das Mercês da cidade do Funchal da ilha da
Madeira; filho do capitão Agostinho Cesar Berenguer, e de sua mulher D. Helena Josepha
GASPAR CABDOSO 231
María Bittencourt ; neto pela parte paterna de José de Franca Berenguer, cavalleiro pro-
fesso na ordern de Christo, capitâo de infanteria que foi em Angola, fundador com seu рае
e padroeiro do dito mosteiro de Nossa Senhora das Mercês, da cidade do Funchal, e de
sua mulher D. Maria de Castello-branco, filha de Joâo de Billencourt e Atouguia, e de sua
mulher D. Angela de Atouguia ; bisneto de Gaspar Berenguer de Andrade, cavalleiro pro-
fesso na ordern de Christo, fldalgo da casa real, o quai ñas guerras do Brazil serviu a
real corôa, e na dita ilha com o referido seu filho foi o fundador e padroeiro do dito mos
teiro por provisao real; e de sua mullier D. Isabel de Franca, filha de Belchior de Franca,
e de D. Maria Pereira ; terceiro neto de Heitor Nunes Berenguer, e de sua mulher D. Ma
ría de Lira, filha de Pedro Pinto Tristao, e de D. Antonia Dias de Lira ; quarto neto de
Christovao Berenguer, e de sua mulher D. Maria Cesar, filha de Agostinho Cesar, e de
Isabel de Abreu, neta paterna Joao Antao Cesar, fidalgo genovez, irmâo de André Cesar,
que foi sogro de um dos doges ou duques da república de Genova ; e pela materna neto
de Pedro Giralte, instituidor da santa Casa da Misericordia da villa da Calheta, da mesma
ilha ; quinto neto de Heitor Nunes Berenguer, fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Ma
ría Giralte, filha de Pedro Giralte, fidalgo florentino que vindo a este reino passou a mo
rar na dita ilha, onde foi um dos illustres povoadores d'ella, e de sua mulher D. Brites
de Abreu, filha de Antonio de Abreu, e de D. Branca de Franca ; sexto neto do doutor
Pedro Berenguer de Liminhana, natural de Valenca, era Catalunha, fidalgo da casa real,
cavalleiro da ordern de Christo, tronco n'este reino da nobre familia dos Berengueis de
Liminhana, que procede de Berengario, senhor absoluto da Catalunha, e se Ihe passou
brazâo de suas armas em 5 de novembre de 1524, e de sua mulher Isabel Luiza de An
drade, filha herdeira de Rodrigo Annes, criado do infante D. Henrique ; e pela materna é
neto o supplicante do capitâo Antonio de Bittencourt Heredia, e de sua mulher D. Maria
de Aragáo, filha de Domingos Pereira Camacho, e de D. Catharina de Aragâo ; bisneto de
Manuel de Araujo, e de sua mulher D. Bernarda de Atouguia Clara, filha de Joao Rodri
gues de Teive, e de sua mulher D. Francisca de Heredia, neta paterna de Joao Rodrigues
Neto, e de D. Magdalena de Atouguia, e materna de D. Antonio de Heredia, governador
que foi da dita ilha, no tempo da sujeicao a Castella, e de D. Anna de Cuba, illustre se-
nhora das ilhas Canarias ; terceiro neto de Antonio Gonçalves de Araujo ; quarto neto de
Manuel Affonso de Araujo, e de sua mulher Simoa Gonçalves; quinto neto de Gonçalo
Alvares de Araujo, o primeiro d'esté appellido que foi para a dita ilha pelos annos de 1500,
e finalmente sexto neto de Gonçalo Alvares de Araujo, filho de Alvaro de Araujo, que di-
zem ser filho de Payo Rodrigues de Araujo, e neto de outro Payo Rodrigues de Araujo,
chamado o cavalleiro commendador de Rio-frio, senhor da térra de Villar, de Vacas do
logar de Cidraes, e do casal das Donas, no termo de Barroso e térras de Lindoso, por
mercé do rei D. Fernando.
Um escudo com as armas dos Berengueis. — Br. p. a 8 de julho de 1768. Reg. no
Cart, da N., liv. i, fl. 84.
(C. C.)
916. GASPAR CARDOSO, cavalleiro fidalgo da casa real, filho natural e legitimado de
Joao de Almeida Cardoso ; neto de Anláo Martins Cardoso, e de Aldonça de Almeida ;
bisneto de Martim Annes Cardoso, por alcunha o Pequeninho, que foi fidalgo muito hon
rado e do tronco da geraçâo dos Cardosos, bem assim a dita Aldonça de Almeida foi filha
de Pedro de Almeida, que tambem foi fidalgo e do verdadeiro tronco dos Almeidas.
Carta pela qual el-rei D. Joao ni Ihe concede o seguinte brazáo de seus antecessores :
— Escudo de campo esquartelado ; o primeiro de vermelho e dois cardos verdes com as
raizes e floridos de prata, um sobre o outro, entre dois leoes de oiro com as máos pos
tas n'elles e os rabos tornados para cima; o segundo tambem de vermelho com seis be
santes entre urna dobre cruz e urna bordadura de oiro, e um quatro folio de verde picado
de oiro com o pe de prata ; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e
GASPAK FELICIANO
vermelho, e por timbre urna cabeça de leâo de oiro saindo d'ella um dos cardos ; com
todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geraçâo e linbagem dos Cardo
sos e Almeidas. — Dada em Lisboa a 10 de novembre de 1540. Reg. na Chañe, de
D. Jo5o IH, liv. xxxiv, fl. 28 v.
917. GASPAR DA COSTA HOMEM, morador na ilha Terceira, filho de Gonçalo Vaz Ho-
mem; neto de Joâo Vaz Homem que foi fidalgo e do tronco d'esta geraçâo.
Carta pela qual el-rei D. Joáo ni Ihe concede o seguinte brazao de seus antecessores :
— Escudo de campo azul com seis crescentes de oiro em duas palas e por difference um
trifolio de prata ; elmo de prata aberto guarnecido de oiro ; paquife de oiro e azul, e por
timbre um leâo azul com urna facha de armas ñas raaos, e com o rabo de oiro; com to
das as honras e privilegios de fidalgo por descender da geraçâo e linhagem dos Homens.
— Dada em Evora a 7 de Janeiro de 1536. Reg. na Chañe, de D. Joáo ni, liv. L, fl. 39 v.
918. GASPAR DE COUROS CARNEIRO, natural da villa do Conde, filho de Pedro Af-
fonso Carneiro de Leca, e de Filippa Martins Gaia ; neto paterno de Joáo Affonso de Leca
Carneiro, e de Beatriz de Couros ; bisneto de Martina Affonso Carneiro, e de D. Aldonsa,
e de Alvaro Rodrigues Couros, e Ignez Eannes Carneira ; trineto de Joáo Domingues Cou
ros, e Camarina de Madureira, e de Lourenco Annes Carneiro ; neto materno de Joáo Mar
tins Gaio, e de Maria Affonsa da Maia ; bisneto de Joáo Gomes Gaio Vieira, e D. Constança
de Godim, e de Sebastiao Affonso Ribeiro, e de Maria Dias da Maia; trineto de Gomes da
Maia, e de Maria Ferreira, os quaes todos foram fidalgos e do tronco d'estas geracoes.
Carta pela qual el-rei D. Sebastiao Ihe concede o seguinte brazao de seus antecesso
res ; — Escudo de campo esquartelado ; o primeiro dos Carneiros, de campo vermelho e
urna banda azul acotiçada de oiro, com tres flores de liz do mesmo, entre dois carneiros
de prata passantes armados de oiro ; o contrario dos Couros, de campo de prata gretado
de sangue e urna serpe de sua cor ferida nos peitos, envolta em duas grevas e coxetes
de azul postas em aspa, mordende em urna d'ellas; o segundo dos Gaios, de campo de
prata com tres arminhos postos em faxa e um chefe partido em pala, a primeira de ver
melho e um castello de oiro, a segunda de oiro e quatro palas vermelhas; o contrario dos
Maias de campo vermelho e urna aguia prêta estendida, armada e gretada de oiro, e por
difference urna merleta de oiro ; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro,
vermelho, prata, preto e azul, e por timbre um meio braco vestido de azul e na mao com
sua manopla; um pescoço de serpe com cabeça de sua cor cortada em vermelho; com to
das as honras e privilegios de nobre fidalgo por descender das ditas geracóes. — Dada
em Lisboa a 5 de novembro de 1571. Reg. na Chañe, de D. Sebastiao, liv. vn, fl. 128 v.
919. GASPAR DÍAS DE LANDIM, filho de André Dias, escriväo da cámara real e pro-
vedor dos Contos do reino.
Carta pela qual el-rei D. Joâo m Ihe concede o seguinte brazao de seus antecessores :
— Escudo de campo de prata com urna faxa de vermelho e urna cabeça de leâo em cima
do mesmo, e por difference urna brica verde e n'ella urna flor de liz de oiro; elmo de
prata aberto guarnecido de oiro. paquife de prata e vermelho, e por timbre urna cabeça
de leâo entre duas azas de oiro ; com todas as honras e privilegios de fidalgo por des
cender da geracáo e linhagem dos Landins. — Dada em Lisboa a 16 de abril de 1539.
Reg. na Chañe, de D. Joáo ш, liv. xxvn, fl. 40 v.
920. GASPAR FELICIANO DE MORAES, do real Conselho, commendador da ordern de
Christo, cavalleiro da ordern de Nossa Senhora da Conceiçâo de Villa-viçosa, e official-
maior da Secretaria de estado dos negocios do reino ; filho de Gaspar José de Moraes, ca
valleiro da ordern de Christo, e official da Secretaria de estado dos negocios estrangeiros
e da guerra, e de sua mulher D. Maria Margarida de Moraes e Mesquita Castel-branco ;
GASPAR DE GOES 388
neto paterno de Antonio Fernandes de Moraes, cavalleiro da ordern de Santiago da Es
pada, e de sua mulher D. Joanna Luiza Rosa Schultz ; neto materno de Antonio Baduem
da Serra, e de sua mulher D. Paula Maria Antonia de Mesquita Castel-branco.
Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Moraes, no se
gundo as dos Mesquitas, e no terceiro as dos Gastel-brancos. — Br. p. a 14 de fevereiro
de 1825. Reg. no Cart, da N., liv. VIH, fl. 131 v.
(C. C.)
921. GASPAR FERREIRA, morador em Evora, natural de Foz de Lima, fllho de Maria
Ferreira, e neto de Joâo Ferreira que foi d'esta linhagem.
Carta pela quäl el-rei D. Jo3o m Ihe concede o seguinte brazao de seus antecessores :
— Escudo de campo de vermelho com quatro faxas de oiro, e por difference urna brica
azul e n'ella um annel de prata ; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro
e vermelho, e por timbre urna emma com urna ferradura de oiro no bico ; com todas as
honras e privilegios de fidalgo por descender da geraçâo e linhagem dos Ferreiras. — Dada
em Lisboa a 3 de junho de 1530. Reg. na Chañe, de D. Jólo ni, liv. LII, fl. 115.
922. GASPAR FROES, cavalleiro fidalgo da casa real, filho de Francisco Froes, e neto
de Alvaro Annes Froes, ambos fidalgos e do tronco d'esta geraçâo.
Carta pela qual el-rei D. Joao ni Ihe concede o seguinte brazao de seus antecessores :
— Escudo de campo azul e tres lúas de oiro, com as ponías urnas para as outras, em ro
quete ; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e azul, e por timbre urna
pomba de prata com o bico e os pés de oiro, tendo no bico um raminho de flores azues,
e por differença urna flor de liz ; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descen
der da geraçâo dos Froes.— Dada em Lisboa a 17 de agosto de 1548. Reg. no liv. и de
Privilegios, fl. 35.
923. GASPAR GIL CARRILHO, capitao de cavallos, natural da villa de Castello de Vide,
filho de Catharina Carrilho da Serra, e do capitao Manuel Gil Velho, fidalgo muito esti
mado do senhor rei D, Joao; neto materno de Gonçalo Fernandes de Carrilho, fidalgo cas-
telhano, filho de D. Maria Cervantes, e do coronel Gonçalo Carrilho, que era filho de
D. Pedro Fernandes de Cordova, e irmâo do primeiro conde de Cabra; neto paterno de
Beatriz Gonçalves Paredes, e do capitao de cavallos Fernâo Gil de Albuquerque, filho de
Gil Affonso Fernandes, neto de Pedro Gil, bisneto de D. Joao Affonso, senhor de Albu
querque, e trineto de D. Affonso Sanches.
Carta pela qual el-rei D. SebastiíSo Ihe concede o seguinte brazao de seus antecesso
res : — Escudo esquartelado com urna cruz de prata por differença, a qual usava D. Af
fonso Sanches, quinto avô do dito Gaspar Gil Carrilho, tendo no primeiro quartel as ar
mas dos Albuquerques, a saber : sobre cruz de prata, que atravessa todo o escudo, os
cinco escudos de Portugal azues com quinas de prala, e no primeiro quartel em campo
vermelho cinco flores de liz de oiro postas em aspa, no segundo as dos Carrilhos da casa
de Cabra, que usam castello de oiro em campo de sangue, no terceiro as dos Serras, que
sao em campo vermelho castello de prata sobre um monte verde, duas cabeças de serpe
verdes salpicadas de oiro; no quarto as dos Velhos, que sao em campo vermelho cinco
vieiras de oiro, em aspa, empaquetadas de preto; por timbre um castello vermelho com
urna flor de liz de oiro, e ao pe do timbre um coronel, por ser fidalgo de solares conhe-
cidos e descendente de senhores de vassallos, e grandes principes que a estes reinos fize-
ram grandes services. — Dada em Lisboa a 20 de dezembro de 1567. Reg. na Chañe, de
D. Sebastiáo, liv. xvn, fl. 530.
924. GASPAR DE GOES, filho de Joao Lopes, e de Leonor de Goes, moradores em Leiria;
neto de Nono Alvares de Goes, alcaide-mór que foi de Coimbra e do tronco d'esta linhagem.
J84 GASPAR MACHADO
Carta pela qual el-rei D. Joâo m Ihe concede o seguinte brazâo de seus antecessores :
— Escudo de campo azul com seis cadimos de crescentes de prata, em duas palas, e por
differenca urna brica de oiro ; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata
e azul, e por timbre um dragâo verde com urn crescents das armas nos peitos; com to
das as honras e privilegios de fldalgo por descender da geraçâo e linhagem dos Goes. —
Dada em Evora a 3 de fevereiro de 1534. Reg. na Chañe, de D. Jólo ui, liv. xx, fl. 91.
923. GASPAR GONÇALVES, cavalleiro da ordern de Christo.
Carta pela qual el-rei D. Jólo ш Ihe concede e a seus descendentes o appellido de
—Riba-fría — e o faz fidalgo de cota de armas, com o seguinte brazio : — Escudo verde
com o pe de agua e n'elle urna torre de prata lavrada de preto, e o coberto enxaquetado
de oiro e azul, entre duas estrellas de oiro ; elmo de prata aberto guarnecido de oiro,
paquife de prata e verde, e por timbre um leopardo de azul com urna das estrellas na
espadoa ; com todas as honras e privilegios de nobre e fidalgo pelos services por elle
prestados. — Dada em Lisboa a 16 de setembro de 1541. (M. N.) Reg. na Chañe, de
D. Joâo ni, liv. xxxiv, fl. 55.
926. GASPAR HOMEM, morador na ilha da Madeira, filho de Francisco Homem, e neto
de Pedro Homem que foi fidalgo e do verdadeiro tronco d'esta geraçâo.
Carta pela qual el-rei D. Joao ni Ihe concede o seguinte brazâo de seus antecessores :
— Escudo de campo azul com seis crescentes de oiro em duas palas, e por differenca urna
flor de liz de oiro ; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e azul, e por
timbre urn leap azul com urna faxa de armas ñas mâos, com o cabo de oiro ; com todas
as honras e privilegios de fidalgo por descender da geracáo dos Homens. — Dada em Evora
a 26 de abril de 1535. Reg. na Chañe, de D. Joao ni, liv. x, fl. 71 v.
927. GASPAR JOAQOIM DE PARIA TELLES LIÓTE, natural da cidade de Lagos, filho
de Francisco Lióte lavares, professo na ordern de Christo, governador de Villa-nqva,e de
sua mulher D. Joanna lavares da Silva Falcâo ; neto pela parte paterna de Antonio Tava-
res Lióte, professo na ordern de Christo, fidalgo de solar e mestre de campo do terco au
xiliar da comarca de Lagos, e de sua mulher D. Maria de Sousa ; neto pela parte materna
de Gaspar Simöes de Faria Telles, professo na ordern de Christo, e de sua mulher D. Ma-
rianna Tavares da Silva Falcao, herdeira da casa e morgados dos Costas Tavares, bisneta
pela parte paterna de Joao de Reprezo e Mattos, professo na ordern de Christo, o qual
serviu officios da república e real fazenda, e de sua mulher D. Rrites de Sousa e Bassem;
neto pela parte materna de Manuel da Costa Tavares, professo na ordern de Christo, e de
sua mulher D. Joanna de Lemos e Faria ; terceiro neto pela parte paterna de Antonio Ta
vares Lióte, professo na ordern de Christo, fidalgo da casa real e capitâo de infantería, e
de sua mulher D. Margarida de Sousa e Mattos ; neto pela parte materna de José da Costa
Tavares, governador de Portimâo e Silves ; quarto neto pela parte paterna de Francisco
Lióte Tavares, professo na ordern de Christo, fidalgo da casa real, general da provincia do
Alemtejo, e grande capital, titulo que Ihe foi dado pelo senhor reí D. Filippe ni, e de sua
mulher D. Isabel Alvares Banha ; e pela parte materna de Pedro da Costa Tavares, capitao
mor de Cabeço de Vide, e capitao da guarda real, e de sua mulher D. Catharina
Mexia.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Lióles, no segundo as
dos Tavares, no terceiro as dos Costas, e no quarto as dos Falcóes. — Br. p. a 9 de ou-
tubro de 1795. Reg. no Cart, da N., liv. v, fl. 101.
(C. C.)
928. GASPAR MACHADO, morador na ilha do Fayal.
Carta pela qual el-rei D. Joâo m Ihe concede o seguinte brazio de seus antecessores :
— Escudo de campo vermelho com cinco machados de prata com os cabos de oiro, em
GASPAR PACHECO 235
aspa, è por difference urna luma de preto ; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, pa
quife de oiro e vermelho, e por timbre dois machados em aspa ; com todas as honras e
privilegios de fldalgo por descender da geraçâo e linhagem dos Machados. — Dada em
Lisboa a 12 de marco de 1533. Reg. na Chañe, de D. Joâo ш, liv. L, fl. 56 v.
929. GASPAR MONTEIHO, filho de Lopo Monteiro, natural do Porto; neto de Gonçalo
Monteiro, fidalgo cpie foi da casa do infante D. Fernando ; bisneto de Lopo Martins Mon
teiro, que foi íidalgo muito honrado e do verdadeiro tronco da geraçâo dos Monteiros.
Carta pela qual el-rei D. Joáo ш Ihe concede o seguinte brazüo de seus antecessores :
— Escudo de campo de prata coin tres buzinas de preto douradas nos cabos e guarnecidas
de vermelho, em roquete, e por différence urna flor de liz verde; elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de prata e vermelho, e por timbre duas das buzinas em aspa;
com todas as honras e privilegios de fldalgo por descender da geraçâo dos Monteiros. —
Dada em Lisboa a 8 de outubro de 1543. Reg. na Chañe, de D. Joáo ш, liv. xxvni,
fl. 54 v.
930. GASPAR MOHEIRA DE ALTERO, cavalleiro da ordern de Christo.
Carta pela qual el-rei D. Joáo ni Ihe concede o seguinte brazâo de seus antecessores :
— Escudo esquartelado ; o primeiro dos Moreiras, de vermelho, com nove escudinhos de
prata, em tres palas, e em cada escudinho urna cruz verde florida ; o segundo dos de Al
tero, enxaquetado de oiro e vermelho, de dezeseis pontes, e por differença urna moleta de
oiro ; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e por timbre
meio leâo vermelho enxaquetado de oiro ; com todas as honras e privilegios de fldalgo por
descender da geraçâo e linhagem dos Moreiras e de Altero. — Dada em Lisboa a 3 de
julho de 1529. Reg. na Chañe, de D. Joáo ш, liv. xvn, fl. 95.
931. GASPAR DE NEGREIROS BRAVO, natural da villa de Bellas, termo d'esta cidade,
filho de Gaspar de Negreiros Bravo, a quem se passou brazâo de armas a 8 de marco de
1723, e de sua mulher D. Maria Pires Caneado de Lima; neto pela parte paterna do sar-
gento-mór Manuel Bravo de Negreiros, e de sua mulher D. Margarida Ribeiro, e pela ma
terna de Luiz Cançadp de Lima, e de sua mulher D. Maria Palma de Vargas.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Negreiros, e na segunda as
dos Bravos.— Br. p. a 20 de dezembro de 1790. Reg. no Cart, da N., liv. iv, fl. 203.
(C. C.)
932. GASPAR DA NOBREGA (Doutor), filho de Pedro Alvares da Nobrega. que foi fi
dalgo muito honrado e do tronco d'esta geraçâo.
Carta pela qual el-rei D. Joáo ni Ihe concede o seguinle brazâo de seus antecessores :
— Escudo de campo de oiro e quatro palas de vermelho, e por differença urna flor de
liz, ametade de azul e ametade de prata ; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, pa
quife de oiro e vermelho, e por timbre um leâo pardo de oiro com urna pala de vermelho
ao longo ; com todas as honras e privilegios de fldalgo por descender da geraçâo e linha
gem dos Nobregas. — Dada em Evora a 13 de fevereiro de 1537. Reg. na Chañe, de
D. Joáo ш, liv. xxiii, fl. 44 v.
933. GASPAR PACHECO, cavalleiro da ordern de Christo.
Carta pela qual el-rei D. Joáo m o fez cavalleiro de cota de armas, e Ihe concedeu o
seguinte brazâo de armas : — Escudo de campo de prata com um azambujeiro de sua
cor firmado em um pe azul, tendo pendurada no tronco urna adaga de oiro guarnecida
de vermelho ; elmo de prata serrado guarnecido de oiro, paquife de prata verde, oiro e
azul, e por timbre um ramo do mesmo azambujeiro; com todas as honras e privilegios
de fidalgo pelos relevantes services por elle prestados, principalmente em Africa, onde
886 GASPAR PINTO
D. Duarte de Menezes o armou cavalleiro. — Dada em 28 de julho de 1554. (M. N.) Reg.
no lív. m de Privilegios, fl. 29.
934. GASPAR PACHECO DE LIMA, morador na cidade de Lamego, filho do licenceado
Joáo Pacheco de Lima, neto de Isabel Pacheca de Lima, bisneto de Joäo Pacheco e de
Branca Gomes de Lima, e trineto de Manuel Pacheco e de Gomes Fernandes de Lima,
os quaes todos foram fidalgos e do tronco d'estas geracoes.
Carta pela qual el-rei D. Sebastiao Ihe concede o seguinte brazao de seus antecesso
res : — Escudo de campo esquartelado ; o primeiro dos Pachecos, de campo de oiro, com
duas caldeiras de preto em pala, e tres faxas veiradas e contraveiradas de oiro e venne-
Iho em cada urna, e assim tambera as azas, tendo cada caldeira quatro cabeças de serpe
de oiro, duas para fora e duas para dentro, nos cabos das azas, e cora as linguas verme-
Ihas ; o segundo dos Limas, que sao de campo partido em tres palas, a primeira de oiro
e quatro palas vermelhas e as duas esquarteladas, a primeira de prata e um leâo de pur
pura armado de azul, a segunda de prata e tres faxas enxaquetadas de oiro e vermelho
de tres pecas em pala, e assim os contrarios, e por différence urna meia brica verde e
sobre ella um trifolio de prata ; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro,
vermelho, prata e purpura, e por timbre um pescoço de serpe de oiro corn duas cabeças
batalhantes, uma contra a outra ; com todas as honras e privilegios de fidalgo, por des
cender da geracáo dos Limas e Pachecos. — Dada em Lisboa a 7 de outubro de 1572.
Reg. na Chañe, de D. Sebastiao, liv. ix, fl. 336 v.
935. GASPAR PEGADO (Doutor), alcaide-mór das saccas de entre Tejo e Odiana e
Campo de Ourique.
Carta pela qual el-rei D. Joáo ni Ihe concede o seguinte brazao de seus antecessores :
— Escudo de campo esquartelado; o primeiro enxaquetado de oiro e azul e sobre tudo
quatro palas de vermelho, que sao as armas dos Buzios, e o segundo de oiro com quatro
bandas de vermelho, que sao as armas dos Pegados; elmo de prata aberto, paquife de
oiro e azul, e por timbre duas buzinas de preto guarnecidas de oiro ; com todas as hon
ras e privilegios de fidalgo. por descender da geracáo e linhagem dos Buzios e Pegados.
— Dada em Lisboa a 3 de julho de 1528. Reg. na Chañe, de D. Joáo ni, liv. xi, fl. 65.
936. GASPAR PESSOA TAVARES DE AMORIM, cavalleiro professe na ordern de Christo,
negociante da praça de Lisboa, instituidor de um vinculo de sessenta contos de réis de
capital, em um padrSo que a real fazenda Ihe paga a juro de tres e meio por cento, as-
sentado no rendimento da Alfandega do assucar d'esta cidade, e tambem de uma proprie-
dade de casas no cimo da rúa Augusta ; natural da villa de Fundáo, ülho de Gabriel Ta-
vares Pessoa, negociante da praça de Lisboa, e de sua mulher D. Leonor Pereira da Silva;
neto pela parte paterna de Sancho Pessoa da Cunha e Amorim, cadete do regimentó dos
dragoes de Aveiro, e de sua mulher D. Franca Nunes.
Um escudo partido em pala ; na primeira as armas dos Pessoas, e na segunda as dos
Amorins. — Br. p. a 26 de junho de 1795. Reg. no Cart, da N., liv. v, fl. 65.
(C. C.)
937. GASPAR PINTO, fidalgo e escudeiro da casa real, filho de Gaspar Pinto e neto de
Frei Gonçalo Pinto, commendador da ordern de S. Joâo de Rhodes, que foi fidalgo e do
tronco d'esta linhagem.
Carta pela qual el-rei D. Joáo ш Ihe concede o seguinte brazao de seus antecessores :
— Escudo de campo de prata com cinco crescentes de vermelho em aspa, e por différence
dois tercos de um filete preto ; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata
e vermelho, e por timbre um leâo pardo de prata com a lingua e unhas de vermelho, com
um dos crescentes na espadoa; com todas as honras de fidalgo de antiga linhagem, por
GASPAR DE TEIVE 231
descender da geracSo dos Pintos. —Dada em Evora a 13 de novembre de 1535. Reg. na
Chañe, de D. Joáo ш, liv. x, fl. 178.
938. GASPAR po REGÓ, fidalgo, morador na ilha de S. Miguel, filho de Gonçalo do
Regó, fidalgo, e cidadao da cidade do Porto, e neto de Joáo Vaz do Regó, fldalgo que foi
da geracáo dos do Regó.
Carta pela qual el-rei D. Joáo ni Ihe concede o seguinte brazáo de seus antecessores :
— Escudo de campo verde com urna banda ondada de prata e n 'ella tres vieiras de oiro
perfiladas de azul ; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e verde, por
difference urna merleta de oiro, e por timbre nma vieira de oiro entre dois penachos ver
des ; com todas as honras e privilegios de fidalgo, por descender da nobre geracáo e li-
nhagem dos do Regó. — Dada em Lisboa a 6 de marco de 1529. Reg. na Chañe, de
D. ni, liv. xvii, fl. 45 v.
939. GASPAR RODRIGUES DE GONDIM, natural de Vianna de Foz de Lima, filho de
Bartholomeu Rodrigues de Gondim, neto de Ruy Garcia de Gondim, bisneto de Gonçalo
Garcia de Gondim, que foram fidalgos muito honrados e do verdadeiro tronco d'esta ge-
racao.
Carta pela qual el-rei D. Joáo m Ihe concede o seguinte brazáo de seus antecessores :
— Escudo de campo de prata e tres leopardos de vermelho passantes armados de azul,
e por differença um trifolio de verde picado de oiro ; elmo de prata aberto guarnecido de
oiro, paquife de prata e vermelho, e por timbre um dos leopardos ; com todas as honras
de nobre fidalgo, por descender da geracáo e linhagem dos Garcías de Gondim. — Dada
em Almeirim a 26 de Janeiro de 1543. Reg. na Chañe, de D. Joáo m, liv. xxvni, fl. 7 v.
940. GASPAR RODRIGUES TEIXEIRA, filho de Lucas Fernandos e de Lianor Lourenço
Teixeira; neto de Lourenço Rodrigues Teixeira, e bisneto de Joáo Rodrigues Teixeira, que
foi fidalgo muito honrado e do tronco d'esta geracáo.
Carta pela qual el-rei D. Joáo m Ihe concede o seguinte brazáo de seus antecessores :
— Escudo de campo azul e urna cruz de oiro potencia e vasia do primeiro, e por diffe
rença urna brica de prata e n'ella um — X — de preto; elmo de prata aberto guarnecido
de oiro, paquife de oiro e azul, e por timbre urna aspa de azul perfilada de oiro ; com
todas as honras dos fidalgos de antiga linhagem, por descender da nobre geracáo dos
Teixeiras. — Dada em Evora a 7 de setembro de 1535. Reg. na Chañe, de D. Jo5o ш,
liv. x, fl. 136 v.
941. GASPAR DE SISNEIROS, natural de Reja, filho de Joáo de Sisneiros, cavalleiro
da ordern de Sant'Iago, que foi do tronco d'esta geracáo.
Carta pela qual el-rei D. Joáo m Ihe concede o seguinte brazáo de seus antecessores :
— Escudo de campo meio partido em pala; a primeira parte de vermelho partida em faxa,
na primeira tres cisnes de prata, em roquete, e urna argola de oiro no pescoço de cada
um, e na segunda cinco flores de liz de prata, em aspa ; a segunda parte de prata com
tres barras de vermelho, nao tendo coisa alguma por differença, por ser filho mais velho
d'esta linhagem; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e vermelho,
e por timbre um dos cisnes ; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender
da geracáo e linhagem dos Sisneiros. — Dada em Evora a 22 de outubro de 1533. Reg.
na Chane, de D. Joâo m, liv. xx, fl. 37.
942. GASPAR DE TEIVE, contador da casa e térras da rainha, filho de Diogo de Teive,
neto de Diogo Vaz de Teive, bisneto de Alvaro Gonçalves da Maia, que foi veador da fa-
zenda da cidade do Porto e todos foram fidalgos.
Carta pela qual el-rei D. Joáo ni Ihe concede o seguinte brazáo de seus antecessores :
238 GIL FERNANDES
— Escudo de campo esquartelado ; o primeiro tambem esquartelado, o primeiro de oiro
com seis torteaux de vermelho em duas palas, o segundo de prata com tres arminhos em
faxas ; o segundo de vermelho com urna aguia prêta estendida, membrada de oiro, e por
difference urna merleta prêta ; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e
vermelho, e por timbre um leopardo de oiro até á cinta e d'alii para traz arminhado ;
com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geracao dos Teives e Maias.
— Dada em Evora a 23 de setembro de 1534. Reg. na Chañe, de D. Joâo ui, liv. xx, fl. 173.
943. GENIPRO DA CUNHA DE ECA E COSTA, filho de Luiz da Cunha de Eça, fidalgo
escudeiro da casa real, e de D. Thereza Bernarda; neto de Genipro da Cunha de Eça, fi
dalgo cavalleiro da casa real armado em acto de guerra, e de sua mulher D. Francisca
Serram; bisneto de Luiz da Cunha de Eça; terceiro neto de Simâo da Cunha de Eça;
quarto neto de Martim da Cunha de Eça; quinto neto de Mattheus Hornera da Cunha;
sexto neto de Joao Rodrigues Homem, que foi filho do desembargador Rodrigo Homem,
todos fidalgos da casa real.
Um escudo esquartelado ; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Cunhas, no
segundo as dos Eças, e no terceiro as dos Costas. — Br. p. a 27 de setembro de 1774.
Reg. no Cart, da N.. liv. u, fl. 37.
(C. C.)
944. GERARDO WENCESLAU BRAAMCAMP DE ALMEIDA CASTELLO-BRANCO, com-
mendador na ordern de Christo, fidalgo da casa real, natural da freguezia de S. Lourenço
de Carnide, suburbio da cidade de Lisboa ; filho de Hermano José Braamcamp, cavalleiro
professo na dita ordern, ministro residente de el-rei da Prussia n'esta corte, e de sua
mulher D. Maria Ignacia de Almeida Castello-branco ; neto pela parte paterna de Jólo
Braamcamp, e de sua mulher Henriqueta Vanhek, da cidade de Amsterdam ; e pela ma
terna do brigadeiro Manuel de Almeida Castello-branco, e de sua mulher D. Helena da
Cruz Pinto ; bisneto de Joâo da Costa Rebello, e de sua mulher D. Maria de Almeida Cas
tello-branco, irma legitima do sargento-mór Joâo Freiré de Almeida Castello-branco, a
quem ja se passou brazao com as armas dos Almeidas e Castellos-brancos, e por esta
parte terceiro neto de Luiz Freiré de Andrade, e de sua mulher D. Maria de Almeida Cas
tello-branco ; quarto neto de Marcos de Almeida Castello-branco, e de sua mulher D. Lu
crecia Ribeiro de Cosgaya ; quinto neto de Antonio de Almeida ; sexto neto de outro do
mesmo nome ; sétimo neto de Fernando de Almeida, filho de Martim de Almeida Castello-
branco, irmio de Pedro Lourenço de Almeida, primeiro almotacé-mór d'esté reino em
tempo do senhor reí D. Affonso v, filhos de Martim Lourenço de Almeida, reposteiro-mór
d'esté reino, e alcaide-mór da Covilhà".
Um escudo esquartelado ; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Braamcamps,
no segundo as dos Almeidas, e no terceiro as dos Castellos-brancos. — Br. p. a 17 de
agosto de 1775. Reg. no Cart, da N., liv. u, fl. 77.
(C. C.)
945. GIL FERNANDES SEGURADO, cantor da capella real e contador dos feitos e cus-
tas da corte e casa da supplicaçâo, filho de Martim Fernandes Segurado, neto de Lopo
Fernandos Segurado, e bisneto de Fernao Martins Segurado, que foram do tronco d'esta
geracao.
Carta pela quai el-rei D. Joâo m Ihe concede o seguinte brazâo de seus antecessores :
— Escudo de campo azul com cinco seguras de prata e os cabos de oiro, em cruz, e urna
bordadura verde ; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e azul, e por
timbre duas seguras em aspa ; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender
da geracao e linhagem dos Segurados. — Dada em Setubal a 12 de junho de 1532. Reg.
na Chañe, de D. Joao ni, liv. xvni, II. 62 v.
GOMES GODINHO 239
a terceira de azul, e a quarta tambem de oiro, e por cima de tudo quatro filetes de preto,
em faxa, que fazem todo о escudo enxaquetado, e urna flor de liz azul na segunda ponta
do escudo ; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, vermelho e azul, e
por timbre meio urso de sua cor; cora todas as honras de nobre fldalgo, por descender
da geraçâo e linhagem dos Godinhos. — Dada em Evora a 9 de novembre de 1543. Reg.
na Chane, de D. Jólo ni, liv. xxxv. fl. 24.
952. GOMES PACHECO, cavalleiro da casa real, morador na ilha Terceira, filho de Joao
Pacheco, e neto de Manuel Pacheco, que foi fidalgo muito honrado e do tronco d'esta ge-
raçâo.
Carta pela qual el-rei D. Joáo ni Ihe concede o seguinte brazao de seus antecessores :
— Escudo de campo de oiro, com duas caldeiras em pala tambem de oiro, com tres faxas
e as azas veiradas e contraveiradas de vermelho e preto, e quatro cabeças de serpe de
oiro nos cabos das azas, duas para fora e duas para dentro, e por différence urna estrella
azul; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e por timbre
um pescoço de serpe de oiro com duas cabeças uma contra a outra ; corn todas as honras
e privilegios de fidalgo por descender da geraçâo e linhagem dos Pachecos. — Dada em
Evora a 22 de agosto de 1534. Reg. na Chañe, de D. Joao ra, liv. xx, fl. 144 v.
953. GOMES PACHECO, cavalleiro fidalgo da casa real, filho de Jólo Pacheco, que foi
fidalgo muito honrado e do tronco d'esta geraçâo, e egualmente filho de Branca Gomes de
Lima, e neto de Gomes Fernandos de Lima, que foi fidalgo muito honrado e do tronco da
geraçâo dos Limas.
Carta pela qual el-rei D. Joáo m Ihe concede e a seus descendentes o seguinte brazáo
de armas de seus antecessores : — Escudo de campo esquartelado ; o primeiro de oiro
com duas caldeiras do mesmo, em pala, com tres faxas em cada uma, as azas veiradas e
contraveiradas de vermelho e preto, com quatro cabeças de serpe de oiro, duas para fora
e duas para dentro ; o segundo partido em pala em tres partes, a primeira de aragâo e as
outras duas esquarteladas : o primeiro de prata com um leâo de purpura com as unhas
e lingua de azul, e o segundo de prata com tres faxas enxaquetadas de oiro e de verme
lho, e por différence uma flor de liz verde ; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, pa
quife de oiro, preto, prata e vermelho, e por timbre um pescoço de oiro com duas cabe
ças de serpe; com todas as honras e privilegios de fidalgo de antiga linhagem, por des
cender da nobre linhagem des Pachecos e Limas. — Dada em Lisboa a 12 de Janeiro de
1538. Reg. na Chañe, de D. Joao ш, liv. XLIV, fl. 6 v, e liv. xx, fl. 144 v.
954. GONÇALO DE BARBOS, cavalleiro da casa real, filho de Alvaro Affonso de Araujo,
neto de Affonso Gonçalves de Araujo, fidalgo de geraçâo e do tronco da linhagem dos
Araujos ; bem assim era filho de Ignez de Barros, que foi o tronco da geraçâo dos Barros.
Carta pela qual el-rei D. Joáo ni Ihe concede o seguinte brazao de seus antecessores :
— Escudo de campo esquartelado ; o primeiro de prata e uma aspa de azul besantada de
oiro, e o segundo de vermelho com tres bandas de prata, e sobre a ponta vermelha do
chefe uma estrella de oiro, sobre a segunda vermelha tres estrellas, sobre a terceira ver
melha outras tres, e sobre a quarta duas estrellas, todas de oiro, e por difference uma
merleta prêta ; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata, azul, oiro e
vermelho, e por timbre a mesma aspa ; com todas as honras e privilegios de fidalgo, por
descender da geraçâo e linhagem dos Araujos e Barros. — Dada em Lisboa a 4 de novem-
bro de 1523. Reg. na Chañe, de D. Joáo m, Uv. XLV, fl. 58.
955. GONÇALO CARDOSO, morador na ilha de Santiago de Cabo-verde, filho de An
dré Cardoso, neto de Gonçalo Martins Cardoso, alcaide-mór que foi da villa de Fronteira,
que foi fidalgo muito honrado e do tronco d'esta geraçâo.
GONÇALO DA COSTA 241
Carta pela quäl el-rei D. Joäo m Ihe concede o seguinte brazäo de seus antecessores :
— Escudo de campo vermelho cora dois cardos verdes, um sobre o outro, floridos e com
as raizes de prata, entre dois leöes de oiro bataillantes, e por differença urna flor de liz
de oiro ; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e por tim
bre urna cabeça de leáo de oiro com a boca para cima, saindo d'ella um dos cardos; com
todas as honras e privilegios de iidalgo por descender da geraçâo e linhagem dos Cardo
sos. — Dada em Evora a 27 de setembro de 1533. Reg. na Chañe, de D. Joäo ш, liv. XLVI,
fl. 74.
956. GONCALO CARDOSO.
Carta pela qual el-rei D. Manuel Ihe concede o seguinte brazäo de seus antecessores :
— Um escudo de campo esquartelado ; o primeiro quarlel de azul com seis crescentes de
oiro, em duas palas, com as poritas para cima, e no pe urna rodela de prala por diffe
rença ; o segundo de vermelho com um cardo verde florido e as raizes de prata entre dois
leöes, com as mâos direitas n'elle ; o terceiro de campo azul com tres faxas de oiro, e so
bre elle tres flores de liz de vermelho postas em banda ; o quarto de azul com urna es
trella de oiro entre quatro crescentes de prata, com as ponías unías para as outras; elmo
aberto, e por timbre um leáo azul com urna faxa de armas ñas mâos, a hasle de oiro, o
paquife de oiro e azul ; por descender da linhagem dos Homens e Carvalhos por parte
de seu рае, e dos Cardosos e Rebellos por parle de sua míie, os quaes eram nobres e
fidalgos. — Dada em 1512. Reg. na Chañe, de D. Manuel, liv. XLH, fl. 4, e liv. v de Mist.,
fl. 82.
957. GONÇALO CARNEIRO DE COUROS, nalural do Porlo, fdho de Gaspar Carneiro de
Couros, e de Maria Alvares de Medeiros ; nelo palerno de Joao Affonso de Leca Carneiro,
e de Bealriz de Couros ; bisnelo de Marlim Affonso Carneiro, de Alvaro Rodrigues Couros,
e de Ignez Eanes Carneira ; Irinelo de Joâo Domingues Couros, e de Lourenço Eanes Car
neiro ; neto materno de Gonçalo Fernandes de Castro, e de Maria Alvares Bordim de Me
deiros ; bisneto de Ignez Fernandes de Castro, e de Alvaro Yaz de Medeiros, os quaes fo-
ram todos fidalgos e do tronco d'estas geraçoes.
Carta pela qual el-rei D. Sebastiáo Ihe concede o seguinte brazäo de seus antecesso
res: — Escudo de campo esquartelado; o primeiro dos Carneiros, de campo vermelho com
urna banda azul acolizada de oiro, com 1res flores de liz do mesmo enlre dois carneiros
de prata, passâmes, armados de oiro;. o contrario dos Couros, de prata, grelado de san-
gue, e urna serpenle de sua cor ferida nos pellos, envolta em duas grevas em coxetes de
azul, postos em aspa, mordendo em urna d ellas ; o segundo dos Castros, de prata, com
seis torleaux de azul, em duas palas ; o contrario dos Medeiros, de vermelho, com cinco
cabeças de aguia de oiro, em aspa, e por difference um alcachofre de oiro ; elmo de prata
aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, vermelho, prala e azul, e por limbre um car-
neiro das armas ; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender das ditas
geraçoes. — Dada em Lisboa a 13 de novembre de 1571. Reg. na Chane, de D. Sebastiáo,
liv. vu, fl. 128 v.
.958. GONCALO DA COSTA DE GOUVEA, morador no termo de Gouvea.
Carta pela qual el-rei D. Joâo m Ihe concede o seguinte brazao de seus antecessores :
— Escudo de campo partido em pala ; a primeira de vermelho com seis besantes de prata
em pala, íirmados de urna doble cruz e bordadura de oiro; a segunda de prata com seis
tortraux de azul, em pala, e por differença urna merleta prêta; elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de oiro, prata e vermelho, e por timbre urna aguia vermelha
com besantes de prala ; com lodas as honras e privilegios de fidalgo por descender da ge
raçâo e linhagem dos Gouveas. — Dada em Lisboa a 6 de agosto de 1529. Reg. na Chañe,
de D. Joäo ш, liv. xvii, fl. 108 v.
i iü
242 GONÇALO MAKINHO
959. GONÇALO FERBEIRA DE TEIVE, morador na illia Graciosa, filho de Duarte Fer-
reira de Teive, e neto de Goncalo Ferreira de Teive, que foi íidalgo muito honrado e do
tronco d'estas geraçoes.
Carta pela quäl el-rei D. Joâo ni llie concède о seguinte brazâo de seus antecessores :
— Escudo de campo esquartelado ; о prirneiro dos Ferreiras, que é de vermelho com qua-
tro faxas de oiro; o segundo esquartelado, о primeiro d'esté de oiro corn seis tortemtx
de vermelho, em dnas palas, a segunda de prata com tros arminhos em l'axa, e por dif-
ferença um trifolio de azul; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e
vermelho, e por timbre urna emma de prata com urna ferradura de oiro no bico ; com to
das as honras e privilegios de íidalgo por descender da geraçâo dos Ferreiras e Teives.
Dada em Evora a 20 de julho de 1534. Reg. na Chañe, de D. Joào in, liv. xx, fl. 126 v.
960. GONCALO DE GOUVEA LEITE (Padre), conego encommendado da sé da cidade
de S. Paulo da Assumpçao, do reino de Angola ; filho de Tiiomaz de Gouvea Leite, e de
sua mulhcr D. Leonarda Ferreira da Fonseca ; neto pela parte paterna do capilao Joao
Mendes de Gouvea Leite, e de sua mulher D. Guiomar de Sá e Miranda ; bisneto do ca-
pitâo Pedro de Gouvea Leite, e de sua mullier D. Antonia Borges.
Um escudo ovado com as armas dos Gouveas. — Br. p. a 28 de junho de 1769. Reg.
no Gart, da N., liv. i, fl. 103.
(C. C.)
paquife de oiro e verde, e por timbre urna aspa verde cora tres flores de liz das armas,
duas nos cabos de cima e urna no centro; com todas as honras e privilegios de fidalgo
por descender por parte de sua mâe e avós da geracáo dos Mottas. — Dada em Lisboa a
22 de dezembro de 1529. Reg. na Chañe, de D. JoSo ш, liv. LII, ft. 5.
973. GONCALO VIEIRA, morador em Lisboa, filho de Joáo Vieira, neto de Gonçalo
Vieira, contador que foi de Entre-Douro e Mintió e Traz-os-montes, e foi do tronco d'esta
geracao, bem assim era filho de Mecia Braz da Maia ; neto de Braz Affonso da Maia, que
foi do tronco da geracao dos da Maia.
Carta pela qual el-rei D. Joao m Ihe concede o seguinte brazao de seus antecessores :
— Escudo de campo esquartelado ; o primeiro de vermelho com seis vieiras de prata, em
duas palas; o segundo tambera de vermelho cora urna aguia de preto, estendida, cora os
pés e bico e picada de oiro, e por difference urna flor de liz de oiro; elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e por timbre a mesma aguia das armas;
com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geracao e linhagem dos Viei
ras e Maias. — Dada em Lisboa a 8 de marco de 1530. Reg. na Chañe, de D. Joao ш,
liv. LII, fl. 32.
974. GREGORIO ALEXANDRE DE VASCONCELLOS E SOCSA, do logar do Beco, termo
da villa de Bornes, comarca de Thomar; filho do doutor Gregorio Heitor de Sousa, pro-
vedor da comarca de Miranda do Douro, e de D. Simpliciana Thereza de Vasconcellos ;
neto pela parte paterna de Roque de Brito e de D. Maria de Sousa, e pela parte materna
de Miguel de Sousa Caldeira e de D. Marianna Cotrim de Vasconcellos.
Um escudo partido em pala ; na primeira as armas dos Sousas, e na segunda as dos
Vasconcellos. — Br. p. a 20 de junho de 1792. Reg. no Gart, da N., liv. iv, fl. 253.
(C. C.)
975. GREGORIO BORGES, morador na ilha Terceira, na villa da Praia, filho de Pedro
Borges, e neto de Lopo Borges, que foi do tronco d'esta geracao.
Carta pela qual el-rei D. Joao m Ihe concede o seguinte brazâo de seus antecessores :
— Escudo de campo vermelho, com um leâo de oiro e urna bordadura de azul semeada
de flores de liz de oiro ; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, ver
melho e azul, e por timbre o mesmo leao com urna flor de liz de azul' na cabeca, e por
difference um crescente de prata ; com todas as honras e privilegios de fidalgo, por des
cender da geracao e linhagem dos Borges. — Dada era Lisboa a 23 de junho de 1536.
Reg. na Chañe, de D. Joao m, liv. LII, fl. 119 v. e 137 v.
976. GREGORIO CADENA BANDEIRA DE MELLO, moco fidalgo, filho de Pero de Ca
dena, moco lidalgo, e de D. Beatriz Bandeira de Mello ; neto materno de Filippe Bandeira
de Mello ; bisneto de Sebastiao Pires de Louredo, e de Brites Bandeira de Mello ; trésnelo
de Joao Rodrigues Malheiro de Mello e de Filippa Bandeira; quarto neto de Gonçalo Pires
Bandeira, o primeiro d'esté appellido ; o qual Joao Rodrigues Malheiro de Mello foi filho
de Joao Malheiro de Ponte de Lima, с de Guiomar de Mello, que foi filha de FernSo de
Mello, filho de D. Rodrigo de Mello, íilho de D. Leonel de Lima, sétimo avô do dito Gre
gorio Cadena Bandeira de Mello, e que foi o primeiro visconde de Villa-nova da Cerveira,
e era casado com D. Filippa da Cunha, filha de Alvaro da Cunha, senhor de Pombeiro, e
de D. Brites de Mello, filha de Martini Affonso de Mello.
Carta pela qual el-rei D. Filippe ni Ihe concede e a seus descendentes o seguinte
brazao de sens antecessores : —Escudo de campo esquartelado; o primeiro dos Bandei-
ras, de vermelho, com urna bandoira quadrada de prala com a haste e franja de oiro, car-
regada de um leâo de purpura rompente armado de vermelho ; o segundo dos Mellos, de
vermelho, e seis besantes de prata entre urna dobre cruz e bordadura de oiro : o terceiro
24ß GREGORIO PINTO
dos Limas, um escudo partido em tres palas : a primeira de aragäo e as duas esquarte-
ladas dos Silvas e Souto-maior; o quarto dos Cunhas, de oiro, com nove cunhas de azul
formadas em tres palas, e por differença urna brica com um coxim, por timbre o lelo da
bandeira; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, e o paquife dos metaes e cores das
armas; com todas as honras e privilegios de fidalgo, por descender das ditas geracoes.
— Dada em Lisboa a 16 de junho de 1633. Reg. na Chane, de D. Filippe m, liv. i, fl. 306.
977. GREGORIO FRANCISCO DE MIRANDA, cavalleiro professe na ordern de Christo,
cavalleiro fldalgo da casa real, e sargento-mór das ordenanças da villa de S. Salvador dos
Campos das Goitacazes, Parahiba do sul, capitania do Rio de Janeiro, natural e baptisado
na freguezia de S. Salvador de Joannes, arcebispado de Braga ; filho de Joao Francisco de
Miranda, e de sua mulher D. Maria Lopes. Tanto o supputante como os referidos seus
paes foram pessoas muito nobres da illustre familia de Miranda.
Um escudo com as armas dos Mirandas. — Br. p. a 19 de junho de 1802. Reg. no
Cart, da N.. liv. vi, fl. 206.
(C. C.)
978. GREGORIO FRANCISCO DE MIRANDA, cavalleiro fidalgo da casa real, filho de
Gregorio Francisco de Miranda, cavalleiro professo na ordern de Christo, cavalleiro fidalgo
da casa real, e sargento-mór das ordenanças da villa de S. Salvador dos Campos de Goi
tacazes, Parahiba do sul, capitania do Rio de Janeiro, a quem se passou brazao de armas
a 19 de junho de 1802, e de sua mulher D. Maria Francisca da Assumpcáo; neto paterno
de Joao Francisco de Miranda, e de sua mulher D. Maria Lopes, e materno do alferes
Agostinho Francisco da Cruz, e de sua mulher D. Maria das Neves Penetto.
Um escudo e n'elle as armas dos Mirandas. — Br. p. a 10 de agosto de 1807. Reg.
no Cart, da N., liv. vu, fl. 160.
(C. C.)
979. GREGORIO JOSÉ NUNES DUARTE MACHADO GÜERREIRO, sargento-mór da ci-
dade de Silves, e cavalleiro professo da ordern de S. Tiago da Espada, filho do alferes
Aleixo Duarte Machado Guerreiro, e de sua mulher D. Catharina Guerreiro ; neto paterno
de André Machado Guerreiro, e de sua mulher D. Maria Aguas ; neto materno do capitâo
Joao Rodrigues Guerreiro, e de sua mulher D. Catharina Guerreiro.
Um escudo partido em pala ; na primeira as armas dos Machados, e na segunda as
dos Guerreiros. — Br. p. a 8 de fevereiro de 1804. Reg. no Cart, da N., liv. vu, fl. 65.
(С. с.;
980. GREGORIO PINTO DE BARROS, cavalleiro fidalgo da casa real, filho de Joao Af-
fonso de Souto e de Suzanna Luiz, o quai foi padroeiro da egreja de Santa Senhorinha,
sita no concelho de Cabeceiras de Bastos, onde foi morador ; trésnelo paterno de Fran
cisco Fernandes de Barros, e trésnelo materno de Affonso Pinto e de María Cardosa.
Carta pela qual el-rei D. Filippe m Ihe concede e a seus descendentes o seguinte
brazâo de seus antecessores : — Escudo de campo esquarlelado ; o primeiro dos Barros,
de campo sanguíneo e tres bandas de prala, e no campo nove eslrellas de oiro, urna no
alto, tres ñas partes do meio. e duas na parte de baixo ; o segundo dos Pintos, de prata,
cora cinco crescentes sanguíneos postos em sanier; o terceiro dos Cardosos, de campo
sanguíneo, e um cardo de prata com duas alcachofras verdes perfiladas de prata, urna no
meio do tronco do cardo e a outra no cimo do dito cardo, poslo em pala, e dos lados
doic leôes de oiro bataillantes, tendo cada um um pe na alcachofra do meio, e urna das
máos na alcachofra de cima; o quarto egual ao primeiro; com todas as honras e privile
gios de fidalgo, por descender das ditas geraçoes. — Dada em Lisboa a 18 de setembro
de 1637. Reg. na Chañe, de D. Filippe m, liv. iv, fl. 140 v.
HEITOR DE MATTOS 347
H
984. HEITOR DE MATTOS, iilho de Joáo Cardoso Leitäo, e de Catharina de Mallos.
Carta pela quai el-rei D. Joâo m Ihe concede o seguinte brazâo de armas de seus an-
iecessores : — Escudo de campo esquartelado ; o primeiro e quarto de prata com tres
faxas de vermeide, o segundo de vcrmelho corn dois cardos floridos urn em cima do outro
entre dois leöes de oiro peleijantes, e o terceiro tambera de vermelho com urna arvore
verde, e as raizes d'esta de prata entre dois leôes de oiro peleijantes, e por differenca
urna merlela prêta ; elmo de prata aberto, paquife de oiro e vermelho, e por timbre um
It-áo com um cardo na boca ; cora todas as honras e privilegios de fldalgo, por descender
HENRIQUE FREIRÉ
ceiçâo ; neto pela parte paterna de Antonio Rodrigues Gabriel, e de Isabel Rodrigues ; e
pela materna de Lourenço Rodrigues Alvares Pissarro, e de Brites Nunes.
Um escudo partido em pala ; na primeira as armas dos Rodrigues, e na segunda as
dos Pissarros. — Br. p. a 25 de abril de 1776. Reg. no Cart, da N., liv. n, fl. 89.
(C. C.)
995. HENRIQUE JOSÉ DA SILVA, negociante de grosso tracto, fllho de Luiz Antonio da
Silva, e de sua miilher D. Maria Porphyria ; neto paterno de Antonio José, e de sua mulher
D. Barbara Ignacia ; e materno de Nicolau José, e de sua mulher D. Marianna Barbara.
Um escudo com as armas dos Silvas. — Br. p. a 5 de abril de 1834. Reg. no Cart,
da N.. liv. VIH. fl. 270 v.
(C. C.)
996. HENRIQUE JOSÉ DA SILVA, baräo de Lagos, filho de Luiz Antonio da Silva, e de
sua mulher D. Maria Porphyria da Silva ; neto paterno de Antonio José da Silva, e de sua
mulher D. Barbara Ignacia da Silva ; e materno de Nicolau José de Oliveira, e de sua mu
lher D. Marianna Barbara de Oliveira.
Um escudo com as armas dos Silvas. — Br. p. a 18 de fevereiro de 1836. Reg. no
Cart, da N., liv. VIH, fl. 280.
(C. C.)
997. HENRIQUE DE MACEDO, cavalleiro fidalgo da casa real, filho de Francisco de Ma-
cedo, e neto de Jorge de Macedo, que foi fidalgo muilo honrado e do tronco da linhagem
dos Macedos ; outro sim filho de Guiomar de Freitas, neto de Joáo Yaz de Freitas, e bis-
neto de Vicente Vaz de Freitas, que foi fidalgo muito honrado e do tronco d'esta geracáo
dos Freitas.
Carta pela qual el-rei D. Joáo ш Ihe concede o seguinte brazao de seus antecessores :
— Escudo de campo esquartelado; o primeiro de azul com cinco estrellas de oiro de seis
pernas, em aspa ; o segundo de vermelho com cinco estrellas de oiro, era aspa, e por dif-
ferenca um annel de prata ; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, azul
e vermelho, e por timbre um braco vestido de azul e unía faxa de armas na mâo, com o
cabo de oiro ; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geraçâo e
linhagem dos Macedos e Freitas. — Dada em Lisboa a 21 de marco de 1539. Reg. na
Chañe, de D. Joáo m, liv. xxvu, fl. 41 v.
998. HENRIQUE RIBEIRO NEVES, filho legitimo de José Ribeiro, e de sua mulher Do
mingas da Silva de Macedo ; neto pela parte paterna de Antonio Francisco Ribeiro, e de
sua mulher Antonia Antunes, filha legitima de Domingos Antunes, e de sua mulher Maria
Fernandes ; bisneto de Antonio Francisco Ribeiro, e de sua mulher Margarida Gaspar Ne-
ves ; e pela materna neto de Domingos Gomes de Macedo, e de sua mulher Domingas da
Silva, filha de Domingos da Silva, e de sua mulher Maria Antunes ; bisneto de Antonio
Gomes, e de sua mulher Maria de Macedo, todos os seus ascendentes foram pessoas no-
bres e se trataram á lei da nobreza.
Um escudo esquartelado ; no primeiro e quarto quarleis as armas dos Ribeiros, no
segundo as dos Macedos, e no terceiro as dos Silvas. — Br. p. a 12 de fevereiro de 1767.
Reg. no Cart, da N., liv. i, fl. 46.
(C. C.)
999. HENRIQUE TAVA n ES, morador na ilha de S. Miguel, filho de Fernando Eannes Ta-
vares, e neto de Fernáo Tavares, de Porlalegre, que foi fidalgo e do tronco d'esta geraçâo.
Carta pela quai el-rei D. Joâo m Ihe concede o seguinte brazáo de seus antecessores :
— Escudo de campo de oiro com cinco estrellas vermelhas, em aspa, e por differenca urna
HYPOLITO JOSE 251
merleta prêta ; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e
por timbre um pescoço de cavallo vermelho com a brida e guarnecido de oiro, e falsas
redeas ; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geraçao e linhagem
dos lavares. — Dada em Evora a 3 de dezembro de Í534. Reg. na Chane, de D. Joáo ni,
liv. xx, fl. 195.
1000. HENRIQUE TEIXEIRA DE SAMPAIO, do conselho de Sua Magestade, senhor da
villa de Sampaio, commendador das ordens de Christo, e da Torre e Espada, e barâo de
Teixeira ; filho de Francisco José Teixeira de Sampaio, a quem se passou brazâo de ar
mas a 2 de setembro de 1789, e de sua mulher D. Eulalia Floriana Gualberta de Sam
paio ; neto paterno de Pedro Teixeira de Sampaio, e de D. Bernarda Thereza do Amaral
Guedes ; bisneto de Manuel de Tavora Ferreira, e de D. Magdalena Teixeira de Sampaio.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Teixeiras, no segundo
as dos Sampaios, no terceiro as dos Amaraes, e no quarto as dos Guedes. — Br. p. a 6
de marco de 1819. Reg. no Cart, da N.. liv. vm, fl. 30 v.
(C. C.)
1001. HENRIQUE DA VEIGA, cavalleiro fidalgo da casa real, natural de Besteiros, fi
lho de Henrique Esteves, neto de Joáo Esleves, bisneto de Leonardo Esleves, os quaes
todos foram fidalgos e do tronco d'esta geracao.
Carta pela qual el-rei D. Joáo m Ihe concede o seguinte brazáo de seus antecessores :
— Escudo de campo de prata com urna flor de liz vermelha corn dois floröes, e por dif-
ferença urna merleta prêta ; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e
vermelho, e por timbre a mesma flor de liz com os floröes ; com todas as honras e pri
vilegios de fidalgo por descender da geraçao e linhagem dos Esteves. — Dada em Lisboa
a 31 de agosto de 1542. Reg. na Chañe, de D. Joáo ni, liv. xxxii, fl. 74 v.
1002. HERMANN STERN, barâo de Stern.
Um escudo com as armas que Ihe foram concedidas por alvará de 4 de marco de
1865. (M. N.) — Br. p. a 15 de maio de 1865. Reg. no Cart, da N.. liv. ix, fl. 82.
(C. C.)
1003. HYGINO Отно DE QUEIROZ E MELLO, commendador da ordern de Christo, e
proprietario; filho de Antonio Leitao Queiroz de Andrade, baeharel formado em direito,
capitao-mór de ordenanças da villa de Alvaro, e de sua mulher D. Maria do Carmo Cal-
deira Aboim ; neto paterno de Domingos José de Queiroz, proprietario, e de sua mulher
D. Maria Magdalena Leitao Sequeira Pereira de Queiroz, e materno de Gregorio Alexandre
Caldeira Vasconcellos e Sousa, a quem se passou brazáo de armas a 20 de junho de 1792,
e de sua mulher D. Isabel Candida Antonia de Mello e Aboim.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Queirozes, no segundo
as dos Mellos, no terceiro as dos Sonsas, e no quarto as dos Vasconcellos. — Br. p. a 4
de julho de 1859. Reg. no Cart, da N., liv. ix, fl. 26 v.
(C. C.)
1004. HYPOLITO JOSÉ DA COSTA PEREIRA, natural da praça da nova colonia do Sa
cramento, filho de Félix da Costa Furtado de Mendonca, e de D. Anna Josepha Pereira ;
neto por parte„paterna de Jorge Antonio da Costa Soares, e de D. Anna Maria Furtado de
Mendonca; neto por parte materna de Vicente Pereira. e de D. Magdalena Martins Pinto
de Mesquita.
Um escudo partido em pala ; na primeira as armas dos Costas, e na segunda as dos
Pereiras. — Br. p. a 18 de fevereiro de 1797. Reg. no Cart, da N., liv. v, fl. 174.
(C. CO
IGNACIO FERREIRA
1013. IGNACIO JOSÉ PINHEIRO, natural d'esla cidade, e capitao-mór das ordenanças
da villa de Alcántara na capitanía do Maranhao, ülho de José Antonio Pinheirp, e de sua
mulher D. Feliciana Joaquina da Piedade ; neto por parte paterna de Manuel Gomes Pi-
nheiro, e de sua rnullier D. Maria Thereza, e por parte materna de Manuel Rodrigues, e
de sua mulher D. Rosa María Ferreira. E os referidos seus paes e avós sao pessoas no-
bres das familias de Pinheiros, Rodrigues, e Ferreiras.
Um escudo esquartelado ; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Pinheiros, no se
gundo as dos Rodrigues, e no terceiro as dos Ferreiras. — Br. p. a 20 de agosto de 1818.
Reg. no Cart, da N., liv. vni, fl. 6.
(C. C.)
1014. IGNACIO JOSÉ DE SOUSA MEIRELLES, morador na villa de Guimaraes, fllho de
Francisco Ferreira, e de sua mulher Maria de Sousa ; neto pela parte materna de Domin
gos Lopes, e de sua mulher Maria de Sousa, sendo o mesmo supplicante irmao de José
Antonio de Sousa Meirelles, a quem se passou brazao aos 28 de setembro de 1795.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Sousas, e na segunda
as dos Meirelles. — Br. p. a 15 de novembro de 1797. Reg. no Cart, da N., liv. v,
fl. 213 v.
(C. C.)
1015. IGNACIO Luiz PEREIRA DO LAGO MACHADO E CARVALHO, senhor da casa da
Rúa Franca de S. Torquato, termo de Guimaraes ; filho de Antonio Luiz Pereira, da casa
da Foz de Viade, termo da villa de Basto, e de sua mulher Francisca Maria, senhora da
dita casa da Rúa Franca ; neto paterno de Luiz Geraldo Pereira do Lago, senhor da casa
da Foz de Basto, e de sua mulher Helena Machado Carvalho, da casa de egreja de Cañedo
de Basto, e materno de Joáo Martins, senhor da casa da Rúa Franca, e de sua mulher
Joanna Merides ; bisneto paterno de Domingos Pereira do Lago, senhor da casa da Foz, e
de sua mulher Antonia Baptista da Silva, e materno de Francisco Martins, senhor da casa
da Rúa Franca, e de sua mulher Jeronyina de Macedo, da casa da Lage do Souto; terceiro
neto paterno de Domingos Teixeira, e de sua mulher Magdalena Pereira do Lago, e ma
terno de Mathias da Costa, e de sua mulher Luiza de Macedo, da casa da Lage do Souto.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Pereiras, no segundo as
dos Lagos, no terceiro as dos Martins, e no quarto as dos Macedos. — Br. p. a 8 de maio
de 1817. Reg. no Cart, da N., liv. vu, fl. 376 v.
(C. C.)
1016. INACIO Linz PINHEIRO DE CASTRO, commissario do Santo Officio, e reitorda
egreja de S. Pedro de Riba de Mouro ; filho de Manuel Gomes Pinheiro, e de sua mulher
D. Andreza Luiza da Cunha ; neto paterno de Gregorio Gomes, e de sua mulher D. María
Pinheiro, e materno de Manuel Rodrigues, e de sua mulher D. Luiza Gomes da Cunha.
Um escudo de tarja dentro de um ovado de Itera, e esquartelado ; no primeiro quar
tel as armas dos Gomes, no segundo as dos Castros, no terceiro as dos Pinheiros, e no
quarto as dos Cunhas. — Br. p. a 20 de setembro de 1790. Reg. no Cart, da N., liv. iv.
fl. 185 v.
(C. C.)
1017. IGNACIO MATTOSO DE ANDRADE, cavalleiro professe na ordern de Christo, ca-
pitâo de infantería paga do regimentó da guarniçâo da cidade de S. Paulo da Assumpçâo,
reino de Angola, e natural do mesmo reino ; íilho do capitao-mór Pedro Mattoso de An-
drade, e de D. Josepha Maria de Lima, e pela materna do capitáo de cavados Alvaro de
Carvalho e Menezes, e de sua mulher D. María Bonini.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Andrades, DO segundo as
IGNACIO RODRIGUES 255
dos Limas, no terceiro as dos Menezes, e no quarto as dos Mendoncas. — Br. p. a 18 de
setembro de 1788. Reg. no Gart, da N., liv. iv, fl. 72 v.
(C. C.)
1018. IGNACIO DE MATTOS TELLES DE MENEZES, léñente de infantería da praça da
Babia, filho de Ignacio de Mattos Pinto de Carvalho, capitáo de infantería de urn dos re-
gimentos da dita praça da Bahía, cavalleiro professe da ordern de Christo, e de sua mu-
Iher D. Anna de Sá e Menezes ; neto paterno de Manuel Pinto de Carvalho, familiar do
Santo Officio, e de sua mulher Ursula de Mattos, irma legitima de monsenhor Mattos,
prelado da santa Egreja de Lisboa, deputado do Santo Officio, cavalleiro professo na
ordern de Christo, e do Conselho de estado ; neto materno de Antonio Rebello de Macedo,
e de sua mulher D. Marianria Telles de Menezes.
As armas dos Mattos, Carvalhos, Pintos, Menezes, e Telles, Sás e Rebellos. — Br.
p. a 6 de junho de 1751. Reg. no Cart, da N., liv. particular, fl. 18.
(C. C.)
1019. IGNACIO MONTEIRO DE QUEIROZ PINTO BRAZÄO E VASCONCELLOS, filho de
Domingos Monteiro de Queiroz Pinto Brazáo e Vasconcellos ; neto paterno de D. Antonia
Basiüa Monteiro de Queiroz ; bisnelo de Pedro Monteiro de Queiroz, e de sua mulher
D. Marianna Xavier Monteiro, legitima descendente das illustres familias de Aragao, no
termo de Penafiel.
Um escudo esquartelado ; no primciro quartel as armas dos Monteiros, no segundo
as dos Queirozes, no terceiro as dos Pintos, e no quarto as dos Vasconcellos. — Br. p. a
21 de fevereiro de 1833. Reg. no Cart, da N., liv. vin, fl. 267 v.
(C. C.)
1020. IGNACIO PEDRO QUINTELLA EMAUZ, desembargador da Relaçâo e casa do
Porto, com exercicio i!e corregedor da comarca de Torres-vedras ; filho de Antonio Luiz
Quintella Emauz, e de sua mulher D. María Brigida Bandeira; neto paterno do conselheiro
José Joaquim Emauz e de sua mulher D. María Violante Quintella ; e materno do desem
bargador Manuel Joaquim Bandeira, e de sua mulher D. Caetana Joaquina de Santo Al
berto Andrade.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Emauzes, e na segunda
as dos Bandeiras. — Br. p. a 29 de junho de 1830. Reg. no Cart, da N., liv. vin,
fl. 252 v.
(C. C.)
1021. IGNACIO PINTO, familiar do Santo Officio, natural da aldea de Condolim, pro
vincia de Bardez, estado da India ; filho de Joáo Baptista Pinto, e de sua mulher Joanna
de Sousa ; neto por parte paterna de Paschoal Pinto, e de sua mulher Luiza de Sequeira;
e pela materna de Agostinho de Sousa, e de sua mulher Lucrecia Maciel.
Um escudo esquartelado ; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Pintos, no se
gundo as dos Sequeiras, e no lerceiro as dos Macieis. —Br. p. a 6 de abril de 1770. Reg.
no Cart, da N., liv. i, 11. 122 v.
(C. C.)
1022. IGNACIO RODRIGUES VIEIRA MASCARENHAS (Doutor), cavalleiro professo na
ordern de Christo, formado nos sagrados cañones pela Universídade de Coimbra, natural
da cidade de S. Sebastiao do Rio de Janeiro ; filho do doutor Francisco Luiz Porto, e de
sua mulher D. Cecilia Vieira do Bom-successo ; neto paterno de Maria da Rocha Masca-
renhas, e de seu marido Francisco Luiz Porlo, natural da cidade do Porto n'este reino,
d'onde passou para a dita de S. Sebastiäo do Rio de Janeiro; bisneto de Francisco Rodri
256 IGNACIO XAVIER
gués Mascarenhas, e de sua mulher Barbara Vieira : o qual Francisco Rodrigues Mascare-
nhas foi fillio de 1). Anna Mascarenhas, que era da casa dos condes de Palma.
As armas dos Mascarenbas. — Br. p. a 2 de julho de 1754. Reg. no Gart, da N., liv.
particular, fl. 74.
(C. C.)
1023. IGNACIO TEIXEIRA DA CUNHA (Doutor), presbytère, senlior abbade da paro
chial de S. Joäo da Cova e da sua annexa de Santo Antonio do Villar da Veiga, do arce-
bispado de Braga, natural da freguezia de S. Gonçalo dos Campos da Canheira, arcebis-
pado da Babia ; íiího legitimo de Simâo de Abreu Teixeira, natural da freguezia de Santo
André, termo da villa de Celorico de Basto, n'este reino, e morador na freguezia de S. Gon
çalo dos Campos, na America, e de sua mulher Antonia Luiza de Barros, natural da mesma
freguezia de S. Gonçalo, filha de Manuel Luiz Corduiro, e de sua mulher Thereza de Bar
ros da Silva ; neto do capitào Jacinto Teixeira de Carvalho, e de sua mulher e párenla
Anna de Abreu da Cunha ; bisneto de Joao Carvalho, que era fllho de Catharina Carvalho,
e neto de Anna Carvalho ; pela dita Anna de Abreu da Cunha é o supplicarile bisneto de
Manuel Carvalho Coutinho, e de sua mulher María Vilella ; terceiro neto de Balthasar Car
valho Coutinho, e de sua mulher e párenla Maria da Cunha , quarto neto de Manuel Car
valho Coutinho, que viveu pelos annos de 1572, em que justificou a sua nobreza e ascen
dencia, e de sua mulher Margarida Ribeiro; quinto neto de Lemos Carvulho, que viveu
pelos annos de 15..., em que seu irmíio Pedro Coelho fez outra similhante justilicaçâo, e
de seu marido Joäo Gonçalves ; sexto neto de D. Anna Carvalho, e de seu marido Martins
Ribeiro, filho de Ruy Dias, e de sua mulher Leonor Affonso ; sétimo neto de Fernando
Carvalho Coutinho, que foi alcaide-mór de Baslo e senlior de Reguengos, e de sua mu
lher D. Ignez de Goes ; oitavo neto de Rodrigo Alves de Carvalho, e de sua mulher
D. Branca Diniz, párenles muito chegados de Pedro da Cunha Coutinho, senlior do conce-
Iho de Monte-longo, que era íilho de Fernando Coutinho, irmuo de José Fernandas Cou
tinho, primeiro conde de Marialva : o qual Fernando Coutinho por sua mulher D. Maria
da Cunha e Vilhena foi senhor dos ditos concelhos, e ella era filha herdeira de Fernando
Vaz da Cunha, e de sua mulher D. Branca de Vilhena, que l'oi filha de D. Henrique Ma
nuel de Vilhena, conde de Cea, e elle filho de Gil Vasques da Cunha, primeiro senlior dos
ditos concelhos de Baslo e Mon-telongo, e de sua mulher D. Isabel Pereira, irmá do con-
destavel D. Ñuño Alvares Pereira, todos ascendentes da primeira e mais illustre fidalguia
e nobreza d'estes reinos.
Um escudo ovado e esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Carvalhos, no
segundo as dos Coutinhos, no terceiro as dos Abreus, e no quarto as dos Cunhas. — Br.
p. a 30 de setembro de 1765. Reg. no Cart, da N., liv. i, fl. 19.
(C. C.)
1024. IGNACIO XAVIKÍI DE CAMPOS MAGRO, da villa de Ruivaes, comarca de Braga,
assistente na cidade de Belem do Gra-Pará, filho legitimo de Fructuoso Magro de Campos,
e de sua mulher D. Isabel Pereira Barroso ; neto pela parte paterna de Ignacio Magro de
Campos, e de sua mulher D. Domingas Gonçalves Pereira ; e pela materna de Bartholomeu
Pereira, e de sua mulher Ignez Barroso Pereira; bisneto de Antonio Magro de Campos, e
de sua mulher D. Isabel de Pena e Miranda; terceiro neto de Matlheus de Pena e Miranda,
e de sua mulher D. Anna Machado ; quarto neto de Sebastiao de Pena e Miranda, e de
sua mulher D. Magdalena de Macedo, mocos lidalgos da casa de Sua Mageslade, e todos
moradores na dita villa e termo, que sao sobrinhos de Ignacio Magro de Campos, sargen
to-тог do districto da dita villa, e do capilao-mór Antonio José de Mago Raêz Laboráo e
Mendonça, cavalleiro professo na ordern de Christo, e familiar do Santo Officio, como tam
bera de Domingos de Carvalho e Verás, sargento-mór do districlo da villa de Monte-ale
gre, da mesma comarca de Braguuça; segundo sobrmho de Joâo Baplista Laboráo de
INNOCENCIO FBEIRE 267
J
1034. JACINTO DÍAS DAMASIO, cavalleiro professo na ordern de Christo, e negociante
matriculado na real Junta do commercio ; filho do doutor Manuel Dias Damasio, e de sua
mulher D. Josepha Maria de Jesús Bastos ; neto paterno de Domingos Lopes Dias, e de
sua mulher D. Maria Dias ; e materno do doutor Gabriel de Bastos, e de sua mulher
D. Isabel Rodrigues.
Um escudo partido em pala ; na primeira as armas dos Días, e na segunda as dos
Bastos. — Br. p. a 20 de novembre de 1803. Reg. no Cart, da N., liv. vu, fl. 49.
(C. C.)
1035. JACINTO HOMEM DA CUNHA CORTE-REAL, morador na villa de Linhares, ca-
beça de comarca, e térra da Serenissima Casa do infantado ; filho de Heitor Felix da Cu-
nha Corte-real, morador que foi na mesma villa e capitao-mór d'ella, e de sua mulher
D. María Caetana de Sequeira Coutinho, filha de Manuel de Sequeira Ferreira, e de sua
mulher D. Ignez Pacheco da Costa Corte-real, neta paterna de Gregorio de Sequeira Fer
reira, neta materna de Antonio Botelho de Carvalho, e de D. Barbara da Costa de Carva-
Iho Maldonado e Mallos, lodos pessoas principaes e de distincta nobreza ; neto o suppli-
canle de Jeronymo Pacheco da Cunha Corle-real, capilao-mór que foi da dula villa de Li
nhares, e de sua mulher D. Maria Pacheco da Cosía, filha de Antonio Botelho Correa, que
havia sido capitao-mór da mesma villa, e de sua mulher D. Isabel Pacheco da Cosía Corle-
real, nela paterna de Antonio Botelho Correa, e de sua mulher D. Maria de Almeida, nela
malérna de Antonio Pacheco da Cosía Corte-real, descendente da familia dos Corles-reaes,
illustrissima n'este reino, e de sua mulher D. Brites da Costa ; bisnelo de Heitor Homem
da Cunha, e de sua mulher D. Eusebia Cardoso da Costa, filha de Belchior Rodrigues da
Costa Pacheco, e de sua mulher D. Sabina Cardoso da Costa Neto, nela de outro Belchior
da Costa Pacheco, filho de Antonio Rodrigues da Guerra, capitao-mór da villa de Celorico
260 JACINTO HOMEM
cujo tempo se nao admittiam para amas senâo pessoas de disüncta qualidade; décimo
quarto neto de D. Pedro Hornera, que viveu na Beira, e de sua mulher D. Mayor Martins,
filha de Martina Lourenço de Abreu, senhor de Murufe, da familia dos Abreus, antiga e
nobilissima n'este reino ; décimo quinto neto de D. Martinho Peres Frazao, que foi senhor
da Lagiosa e Gestosa, e de sua mulher D. Maria Gomes de Alvarenga, filha de Gomes
Peres de Àlvarenga, e de sua rnulher D. Sancha Gonçalves Correa, e descendente por seu
рае do grande D. Egas Moniz, aio do senhor reí D. Affonso Henriques ; décimo sexto neto
de D. Pedro Peres Pereira, senhor da Lagiosa e Gestosa, e de outras multas térras e fa-
zendas na Beira, em Touro, Alfayates, Villa-boa, Nespereira, e outras partes, e foi o que
pelo seu valor ganhou o epitheto de Homem, que ficou por appellido aos seus descenden
tes, e de sua mulher D. Thereza Annes de Mello, que era por sua mae da illustrissima
familia dos Mellos : e este D. Pedro Peres Pereira, a que vulgarmente chamaram D. Pe
dro Homem, era por urna longa serie de avós da preclara familia dos Pereiras, como filho
de D. Pedro Rodrigues Pereira, um dos maiores senhores em Portugal, e descendente dos
reis da Lombardia.
As armas dos Homens. — Br. p. a 30 de junho de 1755. Reg. no Gart, da N., liv.
particular, fl. 85 v.
(C. C.)
1036. JACiiNTo IGNACIO RODRIGUES SILVEIRA, baño de Fonte-bella, do conselho
de Sua Magestade, commendador da ordern de Christo, e natural da cidade de Ponta-del-
gada ; filho de Jacinto Ignacio Silveira, proprietario e negociante de grosso tracto, e de
sua mulher D. Jacinta Rosa Silveira ; neto paterno de Simáo José da Silveira, proprietario
e negociante de grosso tracto, e de sua mulher D. Ignacia Michaela da Silveira ; e materno
de Antonio de Miranda, proprietario e negociante de grosso tracto, e de sua mulher
D. Francisca Xavier de Medeiros e Miranda.
Um escudo partido em pala ; na primeira as armas dos Silveiras, e na segunda as
dos Mirandas. — Br. p. a 12 de marco de 1838. Reg. no Cart, da N., liv. vm, fl. 286.
(C.C.)
1037. JACINTO JOSÉ DE CASTRO, natural de Beja, cavalleiro professo na ordern de
Christo, fidalgo cavalleiro da casa real; filho de Antonio de Castro Henriques, e de sua
mulher D. Isabel Antonia de Barros ; neto paterno de Francisco José Henriques, e de sua
mulher D. Maria Antonia de Castro ; e materno de Siimo Soares, e de sua mulher D. Ca-
tharina de Barros ; sendo o mesmo supplicante sobrinho de Antonio de Castro Ribeiro, in
stituidor do morgado que hoje administra.
Um escudo partido em pala ; na primeira as armas dos Castros, e na segunda as dos
Ribeiros. — Br. p. a 18 de junho de 1818. Reg. no Cart, da N., liv. vu, fl. 398 v.
(C. C.)
1038. JACINTO DE LEMOS MONTEIRO FERRÄO E AZEVEDO, da villa de Gouváes, co
marca de Villa-real ; filho do doutor Joao de Lemos, e de sua mulher D. Joanna Maria de
S. José Monteiro ; neto paterno de Antonio de Lemos, e de sua mulher D. Maria de Aze-
vedo ; e materno de Francisco da Costa, e de sua mulher D. Luiza Monteiro.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Lemos, no segundo as
dos Ferrôes, no terceiro as dos Azevedos, с no quarto as dos Monteiros. — Br. p. a 17
de maio de 1824. Reg. no Cart, da N.. liv. vin. fl. 105 v.
(C. C.)
1039. JACINTO DE LOBAM TELLO, natural de Carvalho de Egas, comarca da Torre
de Moncorvo ; filho de Joño de Lobam e Almendra, e de sua mulher Maria José de Maga-
Ihâes ; neto pela parte paterna de Domingos Rodrigues, e de sua mulher Maria de Almen
JACINTO TEIXEIRA
dra, irmâ legitima de Clemente de Lobam Tello, a quem ja se passou brazâo de suas ar
mas em 18 de marco de 1725; e pela parte materna neto do capitâo Domingos Gonçalves
Vassallo, e de sua mulher Catharina Triga de Magalhâes, todos do referido logar.
Um escudo partido em pala ; na primeira as armas de Lobam, e na segunda as dos
Tellos Silvas. — Br. p. a 20 de julho de 1779. Reg. no Cart, da N.. liv. u, П. 196 v.
(C. C.)
1040. JACINTO DE PINA DE LOUREIRO, cavalleiro fidalgo da casa real, professe na
ordern de Christo, sargento-mór commandante do regimentó de infantería da cidade de
Faro, reino do Algarve, natural d'esta cidade de Lisboa ; filho de Francisco Gonçalves Ca-
cis, cavalleiro fidalgo da casa real, professo na ordern de Christo, e de sua mulher D. Se
bastiana das Neves ; neto pela parte paterna de Diogo Gil de Pinho, tambem cavalleiro fi
dalgo e professo na ordern de Christo, natural da praça de Mazagâo, onde serviu cora dis-
tincto valor nos postos de léñente e capitâo de cavados, e últimamente no de anadel, e de
sua mulher D. Isabel Gonçalves : o quai seu avô era bisneto de Francisco Gonçalves Ca-
cis, que na companhia do capitao-mór da mesma praça, Luiz de Loureiro, na entrada que
fizeram na cidade de Azamor, encontrando-se so com tres cacises moiros, elle os sujei-
tou e fez ir à presença do capitáo-mór, por cuja acçâo foi d'ahi por diante conhecido al-
cunho de Cacis, e que seus descendentes continuaram por appellido ; e pela materna neto
de Jacinto de Pina de Loureiro, cavalleiro fidalgo da casa real, professo na ordern de
Christo, capitâo de infantería na dita praça, e de sua mulher D. Catharina das Neves ; e
seu avô era dos Loureiros do dito capitao-mór da referida praça, o grande Luiz de Lou
reiro, de cujas façanhas fazem honrosa memoria as chronicas d'esté reino.
Um escudo esquartelado ; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Pinheiros, no
segundo as dos Loureiros, e no terceiro as dos Pinas. — Br. p. a 3 de novembre de 1772.
Reg. no Cart, da N., liv. i, fl. 188 v.
(C. C.)
1041. JACINTO DE SOUSA DE GUSMÂO, capitâo de infantería do regimentó da praça
de Olivença, e d'ella natural ; filho de Sebastiâo de Sousa de Gusmâo, sargento-mór que
foi da dita praça, e de sua mulher D. Thereza Maria de Barros ; neto pela parte paterna
do capitâo Lourenço de Sousa da Fonseca, e de sua mulher D. Felicia de Gusmâo; e pela
materna de Joâo Rodrigues, e de sua mulher D. Maria Mexia.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Sousas, no segundo as
dos Fonsecas, no terceiro as dos Gusmôes, e no quarto as dos Mexias. — Br. p. a 9 de
novembre de 1779. Reg. no Cart, da N., liv. 11, fl. 209 v.
(C. C.)
1042. JACINTO TEIXEIRA DE CARVALHO COUTINHO, alferes de infantería auxiliar, na
tural da quinta de Sobre-telöes, freguezia de Telóes, termo de Basto, comarca de Guima-
raes ; filho de Jacinto Teixeira de Carvalho, capitâo de infantería auxiliar ; neto do capitâo
Manuel Teixeira de Carvalho; bisneto do capitâo Jacinto Teixeira de Carvalho, e de sua
mulher Anna de Abreu da Cunha. E os ditos seus paes e a\ós, e mais antepassados, sao
pessoas muito nobres e descendentes das familias dos Carvalhos, Coutinhos, Abreus, e Cu-
nhas, como tambem das dos Pereiras, e Teixeiras, por descendencia legitima de Fernando
Carvalho Coutinho, alcaide-mór de Basto, de Gil Vasques da Cunha, senhor de Basto e
Monte-longo, e de sua mulher D. Isabel Pereira, irmâ inteira do condestavel D. Ñuño Al
vares Pereira, e de Diogo de Abreu, filho de Fernando Vasques de Abreu, senhor de Ser-
nache dos Alhos e do couto de Arvins.
As armas dos Carvalhos, Coutinhos, Abreus, e Cunhas. — Br. p. a 4 de dezembro
de 1752. Reg. no Cart, da N., liv. particular, fl. 48 v.
(C. C.)
JACOB FREDERICK) 263
pela parte paterna de José Farinha Mina, e de D. Francisca Mina Xavier Caelana da Malta;
neta pela parte mnterna de Antonio de Gouvea Leite, e de D. Antonia Josephina; bisneta
do sargento-mór Constantino Mendes de Gouvea, e de D. Maria Josepha de Aguiar ; ter-
ceira neta de Manuel de Gouvea, e de Maria de Serpa ; quarta neta de Jayme de Gouvea
Leite, e de D. Marianna de Pavia ; quinta neta de Constantino Mendes de Gouvea, e de
Luiza de Medeiros; sexta neta de Antonio Mendes de Gouvea, e de Maria Neta, dos quaes
foi filho Gonçalo Mendes de Gouvea, alcaide-mór de Samora, e cavalleiro professo na or
dern de Sant'Iago da Espada.
Unía lisonja partida em pala ; a primeira de prata lisa ; a segunda cortada em faxa,
na primeira as armas dos Gouveas, e na segunda as dos Leites. — Br. p. a 2 de Janeiro
de 1798. Reg. no Cart, da N.. liv. vi, fl. 1.
(C. C.)
1048. JERONYMO DE CARVALHAL, filho de Lourenço de Carvalhal, neto de Ruy de
Carvalhal, bisneto de Lourenço Yaz de Carvalhal, e trineto de Vasco Fernandes de Carva
lhal, que foi alcaide-mór de Beja.
Carta pela quai el-rei D. Joâo ni Ihe concede o seguinte brazao de seus antecessores :
— Escudo de campo vermelho partido em pala, com um colar preto, na primeira um car-
valho verde, na segunda urna torre de prata guarnecida de preto, e o pe de todo o es
cudo ondado de azul, e por difference urna merleta de prata ; elmo de prata aberto, pa-
quife de prata e vermelho, e por timbre a rnesma torre com um ramo de carvalho ñas
ameias ; com todas as honras de nobre e fidalgo por descender da geraçâo e linhagem dos
de Carvalhal. — Dada em Lisboa a 20 de outubro de 1522. Reg. na Chañe, de D. Joâo m,
liv. i, fl. 106.
1049. JERONYMO CERNIGE.
Carta pela qual el-rei D. Manuel Ihe concede o seguinte brazâo de seus antecesso
res : — Um escudo de prata com seis montes de térra, e no maior monte e nos dois ca
bos tres hervas verdes picadas de oiro, e em cada herva urna flor vermelha de cinco fo-
Ihas e um chefe azul com tres flores de liz de oiro cora quatro pendentes ; elmo de prata
aberto, paquife de prata, vermelho e verde, e como timbre o pescoço de urna serpe
verde picado de oiro, e na boca uni coracao vermelho ; por descender da geraçao e li
nhagem dos Cerniges, que foram fidalgos e nobres de cola de armas. — Dada em Lisboa
a 4 de julho de 1515. Reg. na Chañe, de D. Manuel, liv. xxiv, fl. 134 v., e liv. v de
Mist., fl. 179.
1050. JERONYMO CORTE-REAL, fidalgo da casa real, filho de Vasco Annes Corte-real.
Carta pela quai el-rei D. Joâo m Ihe concede o seguinte brazao de seus antecessores :
— Escudo de campo vermelho com seis costas de prata em faxa e em duas palas, e urna
lança de oiro no meio do escudo com o ferro de prala, e urna bandeira tambem de prata,
de duas faxas, com urna cruz vermelha n'ella, e um chefe de prata com outra cruz ver
melha; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, prata e vermelho, e por
timbre um braco armado guarnecido de oiro, que sae do elmo corn a lança e bandeira na
mâo; com lodas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geraçao e linhagem
dos Cortes-reaes. — Dada em Lisboa a 17 de outubro de 1541. Reg. na Chañe, de D. Joâo ш,
liv. xxxii, fl. 69 v.
1051. JERONYMO DÍAS DE AZEVEDO, visconde de Pódenles, do conselho de Sua Ma-
geslade, par do reino, e governador civil do districto do Porto ; filho de Joâo Pedro Dias
de Azevedo, proprietario, e de sua mulher D. Theodora Joaquina de Azevedo ; neto pa
terno de Jordâo Dias Vasques de Almeida, proprielario, e de sua mulher D. Nazareth da
Silva Furtado; e materno de Sebastiâo Dias de Azevedo, e de sua mulher D. Maria Joa
266 JEEONYMO LOUKENÇO
quina Gonçalves Henriques da Costa; sobrinho por parte materna de Antonio Joaquim
Dias de Azevedo, coronel do regimentó de milicias de Soure, por ser este irmâo de sua
mulher, a quem se passou brazâo de armas a 4 de marco de 1815.
Um escudo partido em pala ; na primeira as armas dos Dias, e na segunda
as dos Azevedos. — Br. p. a 23 de abril de 1852. Reg. no Cari, da N., liv. viu,
fl. 354 v.
(C. C.)
1052. JEHONYMO FRANQUI CONESTAGIO, natural de Genova.
Carta pela qual el-rei D. Filippe i Ihe concede o gozo de todos os privilegios e liber-
dades que gozam todos os nobres e fidalgos de cota de armas, e egualmente Ihe concede
licença para usar em Portugal o brazâo que Ihe pertence como descendente das casas de
Conestagio e Franqui, em Genova. (Nao descreve o brazao.) — Dada em Lisboa a 7 de
marco de 1584. Reg. na Chañe, de D. Filippe i, liv. i de Privilegios, fl. 37. V. no I. H.
Franqui e Conestagio.
1053. JEHONYMO JOSÉ DANIEL NOCUKIRA DE ANDRADE, natural da villa de Mel-
gaço, arcebispado de Braga, capitâo commandante, e chefe do corpo de artilheria da praca
de Moçambique, com assento do mesmo posto de capitao da primeira plana da corte ; fi-
Iho do doutor Francisco Daniel Nogueira, medico dos reaes exercitos, e de sua mulher
D. Marianna Joaquina Velloso de Campos ; neto pela parte paterna de Pedro Lopes No
gueira, e de sua mulher D. Placida Thereza Xavier ; e pela materna de Theodosio Velloso
de Campos, e de sua mulher D. Josepha Maria Fernandes.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quarte! as armas dos Nogueiras, no segundo
as dos Vellosos, no terceiro as dos Campos, e no quarto as dos Andrades. — Br. p. a 13
de outubro de 1790. Reg. no Cart, da N., liv. iv, fl. 190.
(C. C.)
1054. JERONYMO JOSÉ RIBEIRO CODECO SOARES DE FIGUEIREDO E COSTA, filho
do capitao Manuel Antonio Codeço Soares da Costa, e de sua mulher D. Anna Maria Ri-
beiro Neves de Figueiredo; neto por parte paterna de Joâo Fernandes Codeço, e de sua
mulher D. Domingas Soares da Costa; neto por parle materna do capitao Jeronymo Ri-
beiro, professe na ordern de Christo, íidalgo da casa real, e de sua mulher D. Guiomar
Nunes de Figueiredo.
Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Soares, no se
gundo as dos Costas, e no terceiro as dos Figueiredos. — Br. p. a 8 de marco de 1802.
Reg. no Cart, da N., liv. vi, fl. 195.
(C. C.)
1055. JERONYMO JOSÉ RIBEIRO DE GOUVEA, natural da cidade de Lisboa, fllho de
Leandro Ribeiro de Gouvea, e de sua mulher Maria da Silva ; neto pela parte paterna de
Bento Ribeiro, e de Jeronymo Ribeiro de Gouvea; e pela materna de Luiz Nunes, e de Se
bastiana da Silva.
Um escudo esquartelado ; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Ribeiros, no
segundo as dos Gouveas, e no terceiro as dos Silvas. — Br. p. a 23 de fevereiro de 1787.
Reg. no Cart, da N., liv. ш, fl. 259 v.
(C. C.)
1056. JERONYMO LOURENCO DÍAS, capitao e monteiro-mór da villa de Lomba, caval-
leiro da ordern de Christo, filho de Luiz Dias Alao, e de sua mulher D. Francisca Lou-
rença ; nelo palerno de José Dias Alâo, cavalleiro íidalgo da casa real, e de sua mulher
D. Leonor Amorim Dias; e materno de Francisco Duarte de Vasconcellos, e de sua mu
lher D. Maria Luiza Dias.
JERONYMO ШВЕШО 267
1073. JoÃo ANToNIo DA FoNs ECA, fidalgo da casa real, professo na ordem de Christo,
e negociante de grosso tracto da praça da cidade de Lisboa, e d’ella natural; filho de Ber
nardino Senna da Fonseca, familiar do numero do Santo Oficio d'esta côrte, e de sua mu
lher D. Clara Maria da Fonseca; neto por parte paterna de André João de Aguiar, e de
sua mulher D. Clara da Fonseca; neto por parte materna do doutor Manuel da Costa
Silva, e de sua mulher D. Maria Ferreira.
Um escudo com as armas dos Fonsecas. —Br. p. a 6 de novembro de 1801. Reg.
no Cart. da N., liv. VI, fl. 181 v.
(C. C.)
1074. JoÃo ANToNIo PACHEco DE EçÁ ARAGÃo CABRAL, do logar do Peixoso,
termo da villa da Covilhã, comarca da cidade da Guarda; filho de João Alberto de Aragão
Cabral Pacheco, e de sua mulher D. Maria Barbara de Eça Telles; neto pela parte paterna
de João Correa de Aragão Cabral, e de sua mulher D. Josepha Bernarda Xavier Coelho;
bisneto de Braz da Costa Cabral, e de sua mulher D. Maria Mendes Botelho; terceiro neto
de Diogo Fernandes Botelho, que serviu de superintendente da caudelaria e capitão de ca
vallaria auxiliar nos partidos da Beira e Cima-Côa, e de sua mulher Guiomar Correa de
Figueiredo; quarto neto de Lourenço da Costa Cabral, descendente por linha legitima da
casa de Belmonte, e de sua mulher Cecilia Pacheco de Aragão, descendente de Pedro Lo
pes Pacheco, cavalleiro fidalgo da casa real, e fundador da capella de Nossa Senhora do
Rosario, onde instituiu morgado e jaz enterrado; e pela parte materna neto do doutor
#
TeleS.
de Eça Telles, e de sua mulher Maria Esteves Cardoso; bisneto de Manuel de Eça
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Cabraes, no segundo as
dos Pachecos, no terceiro as dos Aragões, e no quarto as dos Eças. — Br. p. a 5 de no
vembro de 1781. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 32.
(C. C.)
1075. JoÃo ANToNIo RoBALo DA CUNHA PIGNATELLI DE FIGUEIREDo, filho legitimo
do capitão Silvestre de Figueiredo, e de sua mulher D. Maria Xavier da Cunha Pignatelli;
neto pela parte materna do capitão João Baptista da Cunha e Fonseca, cavalleiro professo
na ordem de Christo, e bisneto de Baptista da Cunha e Fonseca; os quaes todos seus paes
e avós se trataram como pessoas nobres e a lei da nobreza.
Um escudo com as armas dos Cunhas. — Br. p. a 11 de dezembro de 1765. Reg. no
Cart. da N., liv. I, fl. 42.
(C. C.)
JOÃO ANTONIO 271
1076. JoÃo ANToNIo RoDRIGUEs MARTINs, cavaleiro fidalgo da casa real, capitão
da primeira companhia do primeiro regimento de milicias da cidade de Belem do Grão
Pará, a quem Sua Magestade fez mercê do habito da ordem de Christo, e natural da mesma
cidade; filho do mestre de campo João Manuel Rodrigues, e de sua mulher D. Maria Jo
sepha Rodrigues; neto paterno de Francisco Antonio Rodrigues, e de sua mulher D. Ma
ria Rodrigues, e materno do mestre de campo Antonio Rodrigues Martins, e de D. The
reza de Jesus Rodrigues.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Rodrigues, e na segunda as
dos Martins. — Br. p. a 4 de outubro de 1802. Reg. no Cart. da N., liv. %% 10.
. C.)
(C. C.)
1080. JoÃo ANToNIO DE SousA LEITE (Alferes), natural do logar de Lago-bom, con
celho de Villa-pouca de Aguiar, comarca de Villa-real; filho de João Borges, e de sua mu
lher D. Maria José de Sousa Leite; neto paterno de Manuel Gonçalves Borges, e de sua
mulher D. Maria Gonçalves, e materno de Roque Teixeira Leite, e de sua mulher D. Se
bastiana Maria. {
(C. C.)
Alvará pelo qual el-rei D. Filippe II lhe concedeu licença para usar das armas que
JOAO BAPTISTA 273
directamente Ihe pertencem (Nao descreve a forma do brazâo). Dada em Lisboa a 17 de
de maio de 1619. Reg. no liv. v de Privilegios, fl. 139.
1084. JOAO AUREUANO GOMES BARBOSA, natural e morador na villa de Salvaterra
de Magos, fllho do doutor Pedro Gomes Barbosa, formado em leis pela Universidade de
Coimbra, e de sua mulher Helena Michaela Barbosa ; neto paterno do capiiáo Joao Gomes
Barbosa, e de sua mulher Maria Quaresma Barbosa ; neto materno de Manuel Gomes Bar
bosa, e de Francisca da Conceiçâo; bisneto pelas duas varonías, paterna e materna, de
outro Joao Gomes Barbosa, 'e de Ignez Gonçalves.
As armas dos Barbosas. — Br. p. a 13 de abril de 1758. Reg. no Cart, da N., liv.
particular, fl. 1 14 v.
(C. C.)
1085. JOAO BAPTISTA CORRAUD CLOOTS VANZELLER, cavalleiro da ordern de
Christo, filho de Ambrosio Thomaz Corraud, natural da cidade de Marselha, reino de
Franca, d'onde veio para esta de Lisboa, e de sua mulher D. Maria Catharina Cloots, na
tural d'esta mesma cidade ; neto pela parte paterna de Ambrosio Corraud, e de D. Clara
Beaumont, e pela materna neto de Paulo Cloots, natural da cidade de Amsterdam, mora
dor que foi n'esta de Lisboa, e de sua mulher D. Luiza Maria Vanzeller, natural d'esta
mesma cidade.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas das familias Cloots, e na se
gunda as de Vanzelleres. — Br. p. a 15 de Janeiro de 1783. Reg. no Cart, da N., liv. ni,
fl. 83.
(C. C.)
1086. JOAO BAPTISTA DA FONSECA COELHO CARDOSO, da cidade de Lamego, fllho
de Agostinho Teixeira de Almeida, professe na ordem de Christo, familiar do Santo Oflj-
cio, e de sua mulher D. Francisca Thereza da Fonseca Coelho ; neto paterno de Joao Tei
xeira de Almeida, e de sua mulher D. Maria Carneiro Correa, filha de Manuel Correa Car
doso, neta de outro Manuel Correa Cardoso, e bisneta de Balthasar Correa da Fonseca e
de sua mulher Francisca Cardoso, filha de Luiz Cardoso, e de sua mulher e párenla Guio-
mar Teixeira ; neta paterna de Francisco Cardoso, capitao-mór de S. Martinho de Mouros,
descendente da casa de Cardoso ; neta materna de Luiz Vaz Cardoso, senhor do solar e
honra de Cardoso, fidalgo da casa real; e o dito Balthasar Correa da Fonseca, filho de
Francisco da Fonseca, e de sua mulher Lucrecia Correa ; neto paterno de Gaspar da Fon-
seca, descendente de Ruy Lopes Homem, muito cavalheiro ; neto materno de Gaspar Dias
Correa, e de sua mulher Margarida Correa ; bisneto de Gonçalo Dias Correa, moco fidalgo
da casa do senhor rei D. Manuel ; neto materno de Joao Baptista da Fonseca Coelho, e de
sua mulher D. Maria Luiza ; bisneto de Antonio da Fonseca Coelho, sobrinho de Marcos
da Fonseca Coelho, commend ador da ordem de S. Bento de Aviz, e capitâo de infantería
que foi ñas guerras da Acclamacáo.
As armas dos Cardosos, Correas, Coelhos, e Fonsecas. — Br. p. a 17 de maio de
1753. — Reg. no Cart, da N., liv. particular, fl. 57 v.
(C.C.)
1087. JOAO BAPTISTA PEREIHA DA ROCHA, natural da cidade de Lamego, filho de
Diogo José Scares, e de sua mulher D. Maria Joaquina Pereira da Rocha ; neto de Joao
Pereira da Rocha, e de sua mulher D. Anna Pereira da Rocha ; e bisneto de outro Joao
Pereira da Rocha.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Pereiras, e na segunda as
dos Rochas. — Br. p. a 18 de fevereiro de 1807. Reg. no Cart, da N., liv. vu, fl. 162.
(C. C.)
i 18
274 JOÃO BAPTISTA
villa de Celorico da Beira, onde casou com D. Isabel Rodrigues, cuja descendencia se de
rivou a Linhares, e d’ahi a Monforte da Beira, a qual se acha actualmente restricta na casa
do supplicante, e na de Jacinto Homem da Cunha Corte-real, capitão-mór da villa de Li
nhares, com quem o supplicante se trata por parente, e trataram os progenitores de uma
e Outra CaSa.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Guerras, no segundo as
dos Baratas, no terceiro as dos Costas, e no quarto as dos Pachecos. — Br. p. a 16 de
junho de 1784. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 139.
• (C. C.)
1095. JoÃo BARBUDo, morador na Raposeira, termo de Lagos, filho de Filippe Gon
çalves Barbudo, e neto de Gonçalo Barbudo Vassallo, que foi do tronco d'esta geração.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo de oiro com cinco estrellas de vermelho, em aspa, e uma bordadura de
azul, e por diferença uma merleta de prata; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, pa
quife de oiro e vermelho, e por timbre uma aspa de oiro com cinco estrellas de oiro; com
todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Barbudos.
—Dada em Evora a 13 de julho de 1534. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xx, fl. 139.
1096. JoÃo BARRETo DE SÁ E MENEzes, capitão-mór das ordenanças da villa de
S. Francisco das Chagas da Barra do Rio-grande do Sul, filho do capitão João de Mene
zes Barreto, e de sua mulher D. Rita Barreto de Menezes; neto paterno de João Rodri
gues Barreto, capitão do regimento de infanteria de linha da cidade da Bahia, e de sua mu
lher D. Anna de Sá; e materno do sargento-mór Sebastião Alves da Fonseca, professo na
ordem de Christo, e de sua mulher D. Maria de Sousa.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Barretos, e na segunda as dos
Menezes. — Br. p. a 11 de fevereiro de 1807. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 159.
• «º (C. C.)
1097. JoÃo DE BARRos, doutor e desembargador, filho do doutor Diogo Gonçalves, e
de Briolanja de Barros; neto de João de Barros, que foi fidalgo muito honrado e do tronco
d’esta geração.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo vermelho com tres bandas de prata e nove estrellas de oiro sobre o
campo, sendo uma na ponta mais alta, tres em cada uma das do meio, e duas na mais
baixa, e por diferença uma brica azul com um —Y— de prata: elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de oiro, vermelho e prata, e por timbre uma aspa vermelha
e sobre ela cinco estrellas de oiro; com todas as honras e privilegios de fidalgo por des
cender da geração dos Barros. — Dada em Lisboa a 23 de junho de 1553. Reg. no liv. 1
de Privilegios, fl. 341 v.
1098. João DE BASTO MAIA PEREIRA, cavalleiro professo na ordem de Christo, na
tural da freguezia de S. João da Foz, comarca da cidade do Porto; filho de João de Basto
Maia, e de D. Josepha Francisca Pereira; neto paterno do capitão José Fernandes Maia, e
de sua mulher Isabel de Basto; neto materno do capitão Bento Pereira Pederneira, e de
sua mulher Antonia Francisca Pereira.
As armas dos Maias, Bastos, e Pereiras. — Br. p. a 7 de novembro de 1764. Reg. no
Cart. da N., liv. particular, fl. 138.
(C. C.)
1099. João BERNARDo BoRRALHo, sargento-mór da primeira plana militar, e aju
dante de ordens do governador e capitão general da cidade do Pará, cavalleiro da ordem
JOÃO BORGES 277
militar de S. Bento de Aviz; filho do capitão Manuel Henriques Borralho, e de sua mulher
D. Catharina Maria da Silva; neto paterno de Domingos Correa de Azevedo, governador de
Ouguella, com patente de tenente coronel, e de sua mulher D. Maria Benedicta; neto ma
terno de Domingos Sebastião, lavrador da Penha do Gato, de terras suas, e de sua mulher
D. Maria Francisca Ephigenia; sendo o mesmo supplicante irmão de Francisco Rodrigues
Borralho, que faleceu em Gôa com a patente de coronel, de Joaquim Pedro Borralho, ca
pitão de infanteria paga da dita cidade do Pará, e de Silvestre Joaquim Pedro Borralho, pri
meiro tenente commandante da terceira companhia do primeiro regimento da real armada.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Correas, no segundo as
dos Azevedos, no terceiro as dos Borralhos, e no quarto as dos Silvas. —Br. p. a 29 de
julho de 1797. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 197.
(C. C.)
1100. JoÃo BERNARDo MALAFAYA MAs CARENHAs, filho de José Bernardo da Costa,
e de D. Anna Malafaya Mascarenhas; neto materno de Francisco da Silva, e de D. Maria
da Silva Malafaya Mascarenhas; bisneto de Narciso Malafaya Mascarenhas, e de D. Antonia
da Silva; terceiro neto de Manuel Alvares da Silva, e de D. Paschoa do Couto Malafaya Mas
carenhas; quarto neto de Balthasar do Couto, e de D. Christina Malafaya Mascarenhas;
quinto neto de Pedro Rodrigues Malafaya, e de D. Anna Jorge; sexto neto de Belchior de
Malafaya, commendador da ordem de Christo; setimo neto de Pantaleão Rodrigues Mala
faya, commendador de S. Salvador de Brazia, em Arouca.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Malafayas, e na segunda as
dos Mascarenhas. —Br. p. a 13 de dezembro de 1792. Reg. no Cart. da N., } b) fl. 270.
(C. C.
1101. JoÃo BoRGEs, morador em Alemquer, filho de Alvaro Borges, e neto de João
Borges, fidalgo muito honrado e do tronco d'esta geração dos Borges.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo vermelho com um leão de oiro com o rabo retornado contra a ca
beça, com uma bordadura de azul semeada de flores de liz de oiro, e por diferença uma
merleta de prata; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho,
e por timbre o mesmo leão com uma flor de liz de oiro na cabeça; com todas as honras
de fidalgo por descender da nobre geração e linhagem dos Borges. — Dada em Evora a
18 de janeiro do 1536. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xxII, fl. 6.
1102. JoÃo BoRGEs DE GoEs (Doutor), natural da cidade de Santa Maria de Belem
do Grã-Pará, filho de Lazaro Fernandes Borges, familiar do Santo Oficio, e de sua mu
lher D. Antonia Maria Ferreira de Goes; neto pela parte paterna de Marcos Fernandes
Borges, familiar do Santo Oficio, e de sua mulher D. Joanna Gonçalves da Silva, ele filho
de Antonio Fernandes Borges, e de sua mulher D. Isabel Gonçalves de Araujo, e ela fi
lha de Filippe Fernandes Borges, e de sua mulher D. Isabel Gonçalves da Silva; e pela
parte materna se mostrava tambem que elle é neto do capitão Manuel de Goes, familiar
do Santo Oficio, e de sua mulher D. Thomazia Ferreira de Mello; bisneto de Amaro Si
mões de Carvalho, e de sua mulher D. Maria Francisca Rita de Goes, ele filho de Manuel
Francisco de Carvalho, e de sua mulher D. Isabel Simões, e ella filha de Antonio Fran
cisco, e de sua mulher D. Maria Francisca de Goes, e a dita D. Thomazia Ferreira de
Mello, filha do capitão João Monteiro de Azevedo, e de sua mulher D. Thomazia de Sousa,
e ella filha de José Ferreira Pacheco, e de sua mulher D. Maria de Gusmão.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Borges, no segundo as
dos Goes, no terceiro as dos Pachecos, e no quarto as dos Gusmãos. — Br. p. a 2 de se
tembro de 1784. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 157 v. (C. C.)
278 JOAO BRANDAD
parte materna do capitão Sebastião Pereira de Pinho, e de sua mulher D. Maria Ferreira.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Brandões, no segundo
as dos Silvas, no terceiro as dos Pereiras, e no quarto as dos Pinhos. — Br. p. a 9 de
novembro de 1792. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 268 v.
(C. C.)
1105. JoÃo CABRAL DE MELLo (Bacharel), natural da cidade de Angra, da ilha Ter
ceira; filho de Manuel Cabral de Mello, e de sua mulher D. Rosa Francisca Marianna; neto
pela parte paterna de outro Manuel Cabral de Mello, e de sua mulher Margarida Felicia
dos Cherubins, e por esta sua avó bisneto de Manuel Machado de Sousa, e de sua mulher
Barbara de Oliveira e Quadros.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Cabraes, no segundo as
dos Mellos, no terceiro as dos Sousas, e no quarto as dos Machados. — Br. p. 15 de ju
lho de 1779. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 195 v.
(C. C.)
1106. JoÃo CAETANo PEREIRA VALENTE (Doutor), presbytero secular do habito de
S. Pedro, da freguezia de Santa Marinha de Aranca; filho do capitão Manuel Pereira An
tão, e de sua mulher Brigida Joanna Tavares de Resende; neto pela parte paterna de Ma
nuel Pereira, e de sua mulher Domingas de Oliveira; bisneto do capitão Manuel Antão
Pereira; e pela materna neto do capitão Manuel de Resende Fragoso, e de sua mulher
Thereza Valente.
Um escudo ovado e esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Pereiras, no se
gundo as dos Oliveiras, no terceiro as dos Tavares, e no quarto as dos Valentes. — Br.
p. a 26 de abril de 1776. Reg, no Cart. da N., liv. II, fl. 91.
(C. C.)
1107. JoÃO CAETANO DE SAMPAIO PEIxoto, natural da cidade de Braga, filho do
doutor Caetano José de Sampaio Peixoto, e de sua mnlher D. Anna Maria Soares; neto
pela parte paterna de Manuel de Sampaio, e de D. Joanna da Silva e Almeida; bisneto de
Mathias de Sampaio, e de D. Angela Peixoto; terceiro neto de Manuel de Sampaio, e de
D. Paula Carvalho.
«Um escudo com as armas dos Sampaios. —Br. p. a 22 de maio de 1787. Reg, no
Cart. da N., liv. IV, fl. 6.
(C. C.)
1108. JoÃo CAMAcho DE BRITo, filho de Bartholomeu Gomes de Brito, alferes de
infanteria do regimento de Serpa, e de sua mulher Angela Gonçalves Monteza, filha do
capitão Estevão Guisado Raposo, e de sua mulher Maria Gonçalves Janeira; neto pela sua
varonia de Domingos Coelho de Brito, e de sua mulher Joanna Louzã; bisneto de João
Camacho Guerreiro, e de sua mulher Margarida Coelho; terceiro neto de outro João Ca
macho Guerreiro, que foi sargento-mór da villa de Almodovar, e de sua mulher Isabel
Guerreiro de Brito, filha de Diogo Mestre de Brito, e de sua mulher Maria Guerreiro Boim.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Britos, no segundo as
dos Camachos, no terceiro as dos Guerreiros, e no quarto as dos Raposos. — Br. p. a 5
de abril de 1780. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 237 v.
(C. C.)
1109. JoÃO CAMACHO REBELLo, morador em Lisboa.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo azul com tres faxas de oiro e em cada uma uma flor de liz verme
lha, postas em banda, e por diferença uma luma de prata; elmo de prata aberto guar
necido de oiro, e por timbre duas flores de liz vermelhas; com todas as honras e privi
280 JOÃO CARLOS
capitania de Pernambuco, na guerra que houve com os hollandezes foi um dos restaura
dores d’ella, e houve-se com tanto valor, e fez tão relevantes serviços á corôa, que foi pro
movido em um dos governos do reino de Angola.
Um escudo ovado e esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Mellos, no se
gundo as dos Araujos, no terceiro as dos Pessoas, e no quarto as dos Bezerras. — Br. p.
a 28 de março de 1798. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 15.
(C. C.)
1115. JoÃo CARVALHo DE ARAUJo, cavalleiro professo na ordem de Christo, filho de
Simão de Araujo, e de sua mulher Maria Carvalho; neto paterno de Manuel de Araujo, e
de sua mulher Anna Francisca; e pela parte materna neto de Manuel Fernandes, e de sua
mulher Domingas Carvalho, todos naturaes da freguezia de Sant'Iago de Lanhoso.
As armas dos Araujos, e Carvalhos. —Br. p. a 25 de agosto de 1759. Reg. no Cart.
da N., liv. particular, fl. 123 v.
(C. C.)
1116. JoÃo CARVALHo DE MAGALHÃEs (bacharel), filho legitimo do capitão João Car
valho de Magalhães, e de sua mulher D. Luiza de Mattos e Figueiredo; neto pela parte
paterna de Manuel de Carvalho e Magalhães, e de sua mulher D. Bernarda de Sousa Ma
galhães; e pela materna neto de Jeronymo de Mattos, e de sua mulher D. Isabel Fran
cisca de Figueiredo.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Carvalhos, no segundo
as dos Magalhães, no terceiro as dos Mattos, e no quarto as dos Figueiredos. — Br. p. a
30 de novembro de 1767. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 61. C. C.)
(C. C.
1117. JoÃo DE CAs TILHo, escrivão da camara real, filho de João de Castilho, que foi
morador na villa de Thomar e natural das montanhas do reino de Biscaia.
Carta pela qual el-rei D. Sebastião lhe concede e a seus descendentes o seguinte bra
zão de seus antecessores: — Escudo de campo verde com um castello de prata com as
portas e frestas e lavrado de preto, e em cima da torre do meio uma flor de liz de oiro,
e á porta do castello duas lebres de prata, olhando uma para a outra, com colleiras ver
melhas e presas por umas cadeias de oiro que saem das bombardeiras; elmo de prata
aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, prata e verde, e por timbre uma das lebres
das armas, e por diferença uma muleta de oiro; com todas as honras e privilegios de
nobre fidalgo por descender da geração dos Castilhos do reino de Biscaia.—Dada em Lis
boa a 16 de fevereiro de 1561. Reg. na Chanc. de D. Sebastião, liv. II, fl. 44 v.
1118. JoÃO DE CASTRO, morador em Evora.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo de prata com seis arruelas de azul, em duas palas, e por diferença
uma lua vermelha; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e azul, e
por timbre um leão de prata com seis arruelas de azul; com todas as honras e privilegios
de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Castros. — Dada em Lisboa a 22 de
junho de 1529. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xvII, fl. 81.
1119. JoÃo DE CAstRo DA RochA TAVAREs JUNIoR (Bacharel), filho de João de
Castro da Rocha Tavares Pereira Corte-real, senhor da casa de Feijó, juiz dos direitos
reaes, e capitão-mór da villa da Feira; e de sua mulher D. Antonia de Castro Corte-real;
neto paterno do sargento-mór Francisco Joaquim da Rocha Tavares Pereira Corte-real, ca
valeiro professo na ordem de Christo, e juiz dos direitos reaes, que foi de propriedade
no condado da Feira, e de sua mulher D. Violante Luiza Pereira de Castro, filha de Ma
282 JOÂO CHANOCO
nuel Pereira de Castro, senhor da dita casa de Feijó e morgado de Sernadello, e de D. Leo
nor Queiroz Monteiro e Azevedo ; bisneto de Salvador da Rocha Tavares Pereira Corte-
real, senhor dos morgados de Castelons de S. Martinlio de Arguncelhe, e de Pegueiros, e
padroeiro in solidum da egreja da dita freguezia de Santa Maria de Pegueiros, e de sua
mulher D. Anna Maria de Sousa Vieira de Avila; terceiro neto de Manuel Tavares da
Rocha Pereira, morgado e padroeiro de Santa Maria de Pegueiros, e de D. Maria de Mat-
tos Soares da Fonseca ; quarto neto de Francisco Tavares da Rocha Pereira Corte-real,
morgado e padroeiro da egreja de Santa Maria de Pegueiros, e de D. Maria Lobato Go-
dinho; quinto neto de Manuel Tavares da Rocha Pereira Pinto Corte-real, morgado e pa
droeiro de Santa Maria de Pegueiros, e de D. Martha da Cunha; sexto neto de Francisco
Tavares Pinto, e de D. Margarida da Rocha, herdeira do morgado e padroado de Santa
Maria de Pegueiros ; sétimo neto de Jeronymo Tavares Pereira, e de D. Maria Pinto, filha
dos senhores da honra de Paramos ; oitavo neto de Francisco Tavares, instituidor do vin
culo de Castelons, filho dos senhores de Mira, e dos Pescados de Aveiro, e de sua mu
lher D. Maria Pereira, filha de D. Manuel Pereira, conde da Feira.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Corte-reaes, no segundo
as dos Tavares, no terceiro as dos Pereiras, e no quarto as dos Castros. — Br. p. a 20
de fevereiro de 1825. Reg. no Cart, da N., liv. vin, fl. 133.
(G. C.)
1120. JOÂO DE CASTBO DA ROCHA TAVARES PEREIRA CORTE-REAL, senhor da casa
de Feijó, juiz dos direitos reaes, e capitâo-mor da villa da Feira ; íillio do sargento-mór
Francisco Joaquim da Rocha Tavares Pereira Corte-real, cavalleiro professe na ordern de
Christo, e juiz dos direitos reaes que foi de propriedade no condado da Feira, e de sua
mulher D. Violante Luiza Pereira de Castro, a quai era filha de Manuel Pereira de Castro,
senhor da dita casa de Feijó, e morgado de Sernadello, e de D. Leonor Queiroz Monteiro
e Azevedo; neto paterno de Salvador da Rocha Tavares Pereira Corte-real, senhor dos
morgados de Castellöes, de S. Martinho de Arguncilhe, e de Pegueiros, e padroeiro in soli
dum da egreja da dita freguezia de Santa Maria de Pegueiros, e de sua mulher D. Anna
Maria de Sousa Vieira de Avila ; bisneto de Manuel Tavares da Rocha Pereira, morgado
e padroeiro de Santa Maria de Pegueiros, e de D. Maria de Mallos Soares da Fonseca; ter
ceiro neto de Francisco Tavares da Rocha Pereira Corte-real, morgado e padroeiro da
egreja de Santa Maria de Pegueiros, e de D. Maria Lobato Godinho ; quarto neto de Ma
nuel Tavares da Rocha Pereira Pinto Corte-real, morgado e padroeiro de Santa Maria de
Pegueiros, e de D. Martha da Cunha ; quinto neto de Francisco Tavares Pinto, e de D. Mar
garida da Rocha, herdeira do morgado e padroado de Santa Maria de Pegueiros ; sexto neto
de Jeronymo Tavares Pereira, e de D. Maria Pinto, filha dos senhores da honra de Pa
ramo ; sétimo neto de Francisco Tavares, instituidor do vinculo de Castelloens, que foi
filho dos senhores de Mira e Pescados de Aveiro, e de sua mulher D. Maria Pereira, fi
lha de D. Manuel Pereira, conde da Feira.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Rochas, no segundo as
dos Tavares, no terceiro as dos Pereiras, e no quarto as dos Castros. — Вг. р. а 2 de
abril de 1813. Reg. no Cart, da N., liv. vu, fl. 271 v.
(C. C.)
1121. JOÄO CHANOCO, natural de Beja, filho de Lopes Chanoco, cavalleiro, fidalgo
milito honrado e do tronco da geracáo dos Chanceos, e o principal d'elles ; e bem assim
era filho de Joanna de Sequeira, e bisneto de Lopo de Sequeira, que foi fidalgo muito
honrado e do tronco da geracáo dos Sequeiras.
Carta pela quai el-rei D. Joâo ni Ihe concede o seguinte brazáo de seus antecessores :
— Escudo de campo esquartelado; o primeiro partido em pala, de oiro e azul, corn dois
bracos de leáo, rompentes, armados um de vermelho sobre o oiro e o outro de oiro so-
JOÃO DA COSTA 283
bre o azul, e duas estrellas em chefe uma de vermelho e outra de oiro, e o contrario de
azul com cinco vieiras de oiro riscadas de preto, em aspa, e por diferença um trifolio de
verde; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, vermelho e azul, e
por timbre os dois braços com uma estrella de oiro na mão do braço vermelho; com to
das as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Chanocos
O # #" em Evora a 27 de setembro de 1536. Reg. na Chanc. de D. João III,
liv. XXII, fl. 92.
1124. JoÃO COELHO. natural de Villa-franca, filho de Martim Coelho, morador na dita
villa, neto de João Coelho, que foi fidalgo muito honrado e do tronco d'esta geração, e
sobrinho de Gonçalo Coelho.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo de oiro com um leão de purpura e faxado em tres faxas xaqueta
das de oiro e azul, e uma bordadura de azul cheia de coelhos de prata malhados de preto,
e por diferença uma merleta de oiro; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife
de purpura e oiro, e por timbre o mesmo leão com um dos coelhos nas unhas; com to
das as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Coelhos.
T?"
. 12.
em Lisboa a 1 de fevereiro de 1542. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xxxII,
(C. C.)
284 JOÃO DIOGO
1127. JoÃO DA CosTA SANTos, cavaleiro fidalgo da casa real, professo na ordem de
Christo e assistente na provincia do Minho, onde serve no regimento de milicias da Maia;
filho de Manuel da Costa Santos, e de sua mulher D. Maria da Assumpção; neto pela
parte paterna de Domingos da Costa, e de sua mulher D. Catharina de Abreu de Figuei
redo; bisneto de Manuel da Costa; e pela materna neto de Manuel Dias de Sousa, e de
Sua mulher D. Maria Anna da Encarnação.
Um escudo esquartelado; no primeiro as armas dos Costas, no segundo as dos Sou
sas, no terceiro as dos Tavares, e no quarto as dos Abreus. — Br. p. a 27 de novembro
de 1752. Reg. no R. Arch. da T. do T., liv. xvIII das Mercês, fl. 281.
1128. JoÃo CouceIR o DA SILVA, tenente da companhia de granadeiros do segundo
regimento da real armada, e administrador do vinculo que instituiram o reverendo Simão
Pereira e seu irmão Antonio Fernandes Pereira; filho de Antonio Pinheiro Pimentel, capi
tão de uma das companhias das ordenanças da villa de Pereira, comarca de Coimbra, e
de sua mulher D. Maria Josepha Couceiro, administradora do dito vinculo; neto pela
parte paterna de Manuel Gonçalves Floriado, e de sua mulher D. Isabel Pinheiro Pimen
tel; e pela parte materna de Antonio Couceiro da Silva, administrador do referido vin
culo, e de sua mulher D. Isabel Tavares; bisneto de Pedro Fernandes da Silva, e de sua
mulher D. Dionysia Couceiro, da qual consta serem avós Domingos João, e sua mulher
D. Catharina Couceiro, sendo o dito Domingos irmão dos referidos instituidores do men
cionado vinculo.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Pinheiros, no segundo
as dos Pimenteis, no terceiro as dos Couceiros, e no quarto as dos Pereiras. — Br. p. a
15 de março de 1796. Reg. no Cart. da N., liv. v, fl. 122.
(C. C.)
1129. JoÃO DA CUNHA CoUTINHo OsoB1o PINTo DA FoNs ECA, filho de Manuel da
Cunha Osorio Pinto da Fonseca, capitão-mór que foi do concelho de Unhão, e de D. Jo
sepha Maria Brochado; neto paterno de Paulo da Cunha Coutinho, capitão-mór que tam
bem foi do mesmo concelho; neto materno de João da Paz Monteiro, capitão de mar e
guerra, occupação que por muitos annos serviu com distincto valor, sendo assim descen
dente o dito João da Cunha Coutinho Osorio Pinto da Fonseca por ambas as linhas de su
jeitos que serviram esta corôa em varios empregos auctorisados na ordem da mili
cia, e em muitos honorificos logares do governo da republica, singularisando-se entre
elles seu quarto avô paterno Gonçalo Coelho de Sequeira, capitão de infanteria que
acompanhou o senhor rei D. Sebastião na jornada de Africa, descendente tambem de
#"
all Z3.
Osorio, seu antigo avô, oriundo da casa e-solar dos marquezes de Astorga, em
As armas dos Cunhas, Coutinhos, Osorios, e Pintos. — Br. p, a 24 de outubro de
1753. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 64.
(C. C.)
1130. JoÃo Diogo FRANCIsco HoRTEGA SoloRzANo CosTA E CAVALLERI. Foi
lhe conferido o seguinte:
JOÃO EGAS 285
«Eu a Rainha faço saber aos que este meu alvará virem, que attendendo ao que me
representou João Diogo Francisco Hortega Solorzano Costa e Cavalleri, natural de Hes
panha, e naturalisado em Portugal, fidalgo cavalleiro da minha real casa, commendador
da ordem militar portugueza de Nossa Senhora da Conceição de Villa-viçosa, e da ordem
de Isabel a Catholica em Hespanha, consul geral de Portugal nas provincias do norte d’a
quelle reino; filho de Claudio Hortega Solorzano e Castro, e de sua mulher D. Maria das
Dores Jacoba Florentina Costa e Cavalleri; neto paterno de Lazaro Hortega Solorzano, e
de sua mulher D. Maria Manuela Garcia; e materno de Eustachio Mathias Costa, e de sua
mulher D. Josepha Moldes de Cavalleri, descendentes das familias Drago e Cavalleri, e to
mando em consideração as suas qualidades e das illustres familias de que descende, e os
muitos e bons serviços que tem prestado a este paiz, não só no exercício das funcções con
sulares que exerce ha quinze annos, mas tambem cooperando a favor da causa do meu
throno, e da constituição d’este paiz em diferentes epocas, e principalmente durante as ul
timas perturbações politicas: Querendo por estes respeitos dar-lhe um novo testemunho
da minha real munificencia : hei por bem, em vista dos documentos que apresentou e das
informações havidas, e em plena remuneração de todos os seus serviços, fazer-lhe mercê
de um brazão de armas, para que d’elle possa usar, o qual será da fórma seguinte: — Um
escudo esquartelado, tendo no primeiro quartel as armas da familia Cavalleri; no segundo,
em allusão aos serviços do supplicante, em campo azul um castello de prata com ban
deira portugueza, assente na margem de um rio de prata e azul; no terceiro, tambem em
allusão aos mesmos serviços, em campo azul uma embarcação de guerra, de prata, com
tres mastros e bandeira portugueza, e em mar de prata e azul; e no quarto as armas da
familia Drago.» — Em data de 18 de dezembro de 1848. (M.N.) Reg. no Cart. da N.,
liv. VIII, fl. 338.
(C. C.)
1131. JoÃO DUARTE DE FARIA E SILVA, cavaleiro professo na ordem de Christo, fa
miliar do Santo Oficio, natural da villa de Guimarães, e cidadão na cidade de Braga; fi
lho de Manuel Duarte de Faria, e de sua mulher D. Jeronyma de Faria e Silva; neto pa
terno de Francisco Duarte, e de sua mulher Antonia da Silva; neto materno de Manuel
de Faria, e de sua mulher Jeronyma Rebello.
As armas dos Farias, Silvas e Rebellos. — Br. p. a 4 de julho de 1753. Reg. no Cart.
da N., liv. particular, fl. 59 v.
(C. C.)
1132. JoÃo DUARTE Do VALLE, filho do ajudante-tenente João do Valle Peixoto, e
de sua mulher D. Quiteria Duarte de Meirelles: neto materno de João Duarte do Valle, e
de sua mulher Maria de Jesus: elle alferes de milicias da freguezia de Santo Antonio do
Bom-retiro da Roça-grande, e irmão de Francisco Duarte de Meirelles, e de Dionysio
Duarte aos quaes se passaram já seus brazões de armas, filhos todos de João Duarte do
Valle, e de sua mulher Catharina de Meirelles.
As armas dos Valles, Meirelles, e Peixotos. — Br. p. a 14 de agosto de 1762. Reg.
no Cart. da N., liv. particular, fl. 131.
(C. C.)
1133. JoÃO E GAS MoNIz, cavalleiro, natural de Lisboa.
Carta pela qual el-rei D. Manuel lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo azul com cinco estrellas de oiro, em aspa, e por diferença uma mu
leta de prata; elmo de prata aberto, paquife de oiro e azul, e por timbre um leão pardo
azul com uma estrella das armas na testa; com todas as honras e privilegios de fidalgo
de antiga linhagem por descender da nobre geração dos Monizes. — Dada em Lisboa a
#. 150.
de agosto de 1517. Reg. na Chanc. de D. Manuel, liv. Ix, fl. 38, e liv. VI de Mist.,
/ 286 JOÃO FERNANDES
mem branco, e metade cavallo preto, e o arco de metades, a costa de prata, e o de dentro
d’este vermelho com as empolgueiras negras e a corda de prata, a frecha verde e branca,
e o ferro preto; pelos serviços por elle prestados a D. Affonso V nas tomadas de Arzilla
e Tanger, na Africa. — Dada em Vianna d’a par de Alvito, a 28 de fevereiro de 1485.
Reg. na Chanc. de D. João II, liv. II de Mist., fl. 120.
1140. JoÃo FERNANDEs DE CARVALHO VALENTE Do Couto, cavaleiro fidalgo da
casa real, e natural da extincta praça de Mazagão; filho de Francisco Rodrigues do Couto
Valente, cavalleiro fidalgo da casa real, professo na ordem de Christo, e capitão de uma
das companhias de infanteria da cidade do Pará, e de sua mulher D. Antonia Veiga da
Fonseca; neto pela parte paterna de Mattheus Valente do Couto, cavalleiro fidalgo da casa
real, professo na ordem de Christo, e que passou de sargento-mór de infanteria da ex
tincta praça de Mazagão para mestre de campo do terço auxiliar da nova villa de Mazagão
no estado do Grão-Pará, e de sua mulher D. Catharina Rosa e Ascenção, filha do adair
João Valente da Costa, cavaleiro fidalgo da casa real, e professo na ordem de Christo; e
por parte materna de Bernardino da Fonseca, e de sua mulher D. Anna Fernandes de
Carvalho, filha de João Fernandes de Carvalho, tambem com o mesmo fôro, professo na
ordem de Christo, vedor geral que foi da dita praça de Mazagão, e de sua mulher D. An
tonia Veiga da Fonseca; bisneto por parte paterna de Antonio Diniz do Couto, cavaleiro
fidalgo da casa real, professo na ordem de Christo, o qual foi por muitos annos adair da
cavallaria, e vedor geral da referida extincta praça, e de sua mulher D. Maria Valente,
filha do adair Lazaro Valente Marreiros, com o dito fôro, e professo na ordem de Christo,
e de sua mulher D. Catharina Dias, e por parte materna de Ignacio Freire da Fonseca,
capitão que foi de engenheiros da mencionada praça, cavalleiro fidalgo da casa real, pro
fesso na ordem de Christo, e de sua mulher D. Maria da Fonseca, filha de Luiz da Fon
Seca Juzarte, e de sua mulher D. Isabel da Ascenção.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Valentes, no segundo as
dos Coutos, no terceiro as dos Fernandes, e no quarto as dos Carvalhos. — Br. p. a 9 de
abril de 1799. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 71.
(C. C.)
1147. JoÃO FERREIRA PINTo BAsto, natural da cidade do Porto, um dos contrata
dores geraes do tabaco d'estes reinos, ilhas adjacentes e Macau, e das reaes saboarias;
filho de Domingos Ferreira Pinto Basto, negociante de grosso tracto da praça da cidade
do Porto, e de sua mulher D. Maria do Amor Divino; neto por parte paterna de Manuel
Ferreira Pinto, e de sua mulher D. Jeronyma Alves; e por parte materna de José Pereira
da Costa, e de sua mulher D. Thereza Maria de Sousa.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Ferreiras, e na se
#
. 10.
as dos Pintos. — Br. p. a 2 de outubro de 1818. Reg. no Cart. da N., liv. VIII,
(C. C.)
JOÃO FILIPPE 289
1148. JoÃo FERREIRA RIBEIRO PINTo RANGEL DIAS DE SAMPAIo, escrivão pro
prietario da provedoria e correição da comarca e cidade do Porto, d’onde é natural; filho
de José Ferreira Pinto Ribeiro Rangel, cavalleiro professo na ordem de Sant'Iago da Es
pada, e fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Maria Joaquina Ferreira Dias de Sam
paio; neto paterno de Constantino Ferreira Ribeiro Pinto Rangel, e de sua mulher D. Ma
ria Thereza Josepha Ribeiro de Aguiar Rangel; e materno de Damião Alvares Martins, e
de sua mulher D. Marianna Dias de Sampaio.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Ferreiras, no segundo
as dos Ribeiros, no terceiro as dos Dias, e no quarto as dos Sampaios. — Br. p. a 18 de
novembro de 1820. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 69.
(C. C.)
1149. JoÃo FERREIRA Dos SANTos E SILVA, do conselho de Sua Magestade, com
mendador da ordem de Christo, cavalleiro da de Nossa Senhora da Conceição, e commen
dador da ordem de Hespanha de Isabel a Catholica; filho do capitão João Ferreira dos
Santos, e de sua mulher D. Maria Thomazia Narcisa; neto paterno de Manuel José dos
Santos, e de sua mulher D. Josepha Maria Sant'Anna; e materno do capitão José Pereira
dos Reis, e de sua mulher D. Maria Lidora da Conceição.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Silvas, e na segunda as dos
Ferreiras. — Br. p. a 14 de julho de 1845. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 317 v.
(C. C.)
1150. JoÃO FERREIRA DE TEIVE, morador na ilha Graciosa, filho de Duarte Ferreira
de Teive, e neto de Gonçalo Ferreira de Teive, que foi fidalgo muito honrado e do verda
deiro tronco d'esta geração.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo esquartelado; o primeiro dos Ferreiras, que é vermelho com quatro
faxas de oiro; o segundo esquartelado, sendo o primeiro de oiro com seis arruelas ver
melhas, em duas palas, o segundo de prata com tres arminhos, em faxa, e por diferença
uma flor de liz de prata; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e ver
melho, e por timbre uma emma de prata com uma ferradura de oiro no bico; com todas
as honras e privilegios de fidalgo por descender das gerações dos Ferreiras e Teives. —
Dada em Evora a 23 de julho de 1534. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xx, fl. 126 v.
1151. João DE FIGUEIREDO.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo meio partido em pala; a primeira de azul com uma torre de prata,
com as portas e frestas lançadas de vermelho, e com quatro bandeiras de Christo com as
varas de oiro, em cada canto sua; a segunda de vermelho com cinco folhas de figueira
verdes, perfiladas de oiro, em aspa; elmo de prata aberto, paquife de prata, azul, oiro
e vermelho, e por timbre a mesma torre com as bandeiras; com todas as honras e pri
vilegios de fidalgo por descender da geração dos Figueiredos, e pelos serviços que fez na
tomada de Arzilla aos moiros, onde perdeu um olho. —Dada em Lisboa a 8 de outubro
de 1528. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XI, fl. 133.
1152. JoÃo FILIPPE DE SEQUEIRA, cavaleiro professo na ordem de Christo, e capi
tão-mór das ordenanças da villa de S. Francisco da Barra de Sergipe do Conde, do estado
da Bahia; filho de Ignacio Sequeira Villas-boas, capitão-mór que foi da villa de Sergipe
do Conde, e de sua mulher D. Joanna Caetana de Menezes e Aragão; neto pela parte pa
terna de José Goes de Sequeira, cavaleiro professo na ordem de Christo, e o primeiro
capitão dos familiares do Santo Oficio na dita cidade da Bahia, e de sua mulher D. Ma
ria Debra; bisneto do capitão João de Aguiar Villas-boas de Andrade, e de # mulher
1
290 JOÃO FRANCISCO
villa de Povolide, e de sua mulher D. Isabel de Mello, filha de Martim Affonso de Mello,
guarda-mór da pessoa do rei, senhor da villa de Barbacena, de cujos avós são tambem
descendentes os condes de Povolide, e o foi o cardeal Cunha; sexto neto de Fernão Mar
tins do Carvalhal, alcaide-mór de Tavira, senhor do seu reguengo, e das villas Formosa,
Chancellaria, e Assumar, e de sua mulher D. Oruana Pereira, filha de Alvaro Gonçalves
de Figueiredo; setimo neto de Martim Gonçalves do Carvalhal, tio do condestavel D. Nuno
Alvares Pereira, irmão de sua mãe Iria Gonçalves do Carvalhal, e de sua mulher D. Vio
lante Pereira, irmã do mesmo condestavel, filhos ambos de D. Alvaro Gonçalves Pereira,
dom prior do Crato, e bisnetos do grande conde D. Gonçalo Pereira.
As armas dos Almeidas, Pereiras de Berredo, Noronhas, e Abranches. — Br. p. a 29
de novembro de 1752. Reg. no Cart. da N., liv, particular, fl. 46 v. C. C.)
(C. C.
(C. C.
1157. JoÃo FRANCIsco PACHEco DE BITTENcou RT, capitão-mór de Villa-franca do
Campo, da ilha de S. Miguel; filho legitimo do tenente Antonio Pacheco Manuel de Mello,
e de D. Maria Francisca de Bittencourt; neto pela parte paterna de João Pacheco de Mello,
sargento-mór que foi da mesma villa, e de Maria Margarida Soares de Bulhões, e pela
parte materna do capitão Sebastião Furtado de Bittencourt, e de Maria Caldeira, os quaes
todos foram pessoas nobres, e se trataram como taes á lei da nobreza.
O escudo das armas é esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Pachecos, no
segundo as dos Mellos, no terceiro as dos Bittencourt, e no quarto as dos Cabraes. — Br.
p. a 11 de setembro de 1766. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 36. C. C.)
(C. C.
meiro, e de sua mulher D. Anna Rosa de Jesus do Valle; neto paterno de Francisco
Freire Gameiro, e de D. Maria Theodora Freire, e materno de Bernardo Nunes Garcia, e
de D. Anna Maria do Valle.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Freires, no segundo as
dos Nunes, no terceiro as dos Garcias, e no quarto as dos Valles. — Br. p. a 20 de agosto
de 1811. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 237.
(C. C.)
1159. JoÃo GAMEIRo DE MELLo FREIRE, da ordem de S. Tiago, prior da matriz
de Cabrela, e natural da villa da Gollegã; filho legitimo de Sebastião Carrillas Gameiro e
Silva, e de sua mulher D. Maria Soares de Mello; neto pela parte paterna de Sebastião
Carrillas Gameiro e Silva, e de sua mulher D. Anna da Silva, filha do capitão de infante
ria Francisco Lopes da Silva, e de sua mulher D. Antonia Gameiro, filha de Sebastião de
Carvalho, e de sua mulher Antonia Gameiro, que era filha de Sebastião Luiz Feio, e de sua mu
lher Antonia Gameiro, que foi filha de Alvaro Gameiro; bisneto do alferes de infanteria João
Dias da Silva Gago, e de sua mulher e parenta Branca Carrillas Gameiro, filha de Sebas
tião Gameiro, e de sua mulher Leonor Carrillas, e ele filho de Alvaro Gameiro, terceiro
neto de Jeronymo Dias Gago, e de sua mulher Isabel da Silva, filha de Francisco Lopes
da Silva, e de sua mulher Guiomar Rodrigues; quarto neto de João Dias Gago, descen
dente de Rodrigo Annes Gago, chefe da familia d’este appellido, e de sua mulher D. Ma
ria Ayres de Cerveira; e pela materna é neto de Francisco Soares de Mello, bisneto de
Manuel Soares de Mello; terceiro neto de Francisco Soares de Mello e Silva, e de sua
mulher Maria Massa Velloso, que era filha de Lopo Velloso: e finalmente quarto neto de
João Soares de Mello, e de sua mulher Leonor Lima, ele descendente legitimo por linha
de varão de Estevão Soares de Mello, senhor que foi da villa de Mello, solar da familia
deste illustre appelido, o qual Estevão Soares de Mello foi chefe de todos os Mellos
d’este rein0.
O escudo das armas ovado, e esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas
dos Gagos, no segundo as dos Silvas, e no terceiro as dos Mellos. — Br. p. a 5 de maio
de 1765. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 6.
(C. C.)
1160. JoÃo GARCEz, cavalleiro da casa real, e escrivão da fazenda real.
Carta pela qual el-rei D. João II lhe concede e a seus descendentes o seguinte brazão
de armas : — Uma garça de oiro em campo azul, e esta recatando-se posta direita ao longo
do escudo que se chama noblazam, em pala entre quatro estrellas de oiro que ficam atra
véz do escudo como faxa, e ao longo tambem em pala; pelos serviços por elle prestados
na tomada da villa de Alcacer, em Africa, e bem assim de Arzilla e Tanger. — Dada em
Evora a 6 de novembro de 1481. (M. N.) Reg. na Chanc. de D. João II, liv. II de Mist.,
fl. 143.
1161. JoÃo GARCIA GALVÃO DE HAR o FARINHA, filho de Diogo Garcia Galvão, e
de D. Francisca Josepha Michaela de Haro Farinha; neto pela parte materna de Rodrigo
de Haro Farinha, fidalgo da casa real; e bisneto de Pedro Sanches Farinha.
Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Sanches, no
segundo as dos Haros, e no terceiro as dos Farinhas. — Br. p. a 18 de julho de 1778.
Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 165 v.
(C. C.)
1162. João GIL LAMADEITA RodRIGUEs SALGADo LouzADA, natural do logar de
Moimenta, administrador de um opulento morgado; filho de Francisco Gil Lamadeita,
administrador do dito morgado, e de sua mulher D. Maria Josepha Salgado Louzada, na
. JOÃO HOMEM 293
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo azul com seis crescentes de oiro, em duas palas, e por diferença uma
flor de liz de prata; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e azul, e
por timbre um leão de oiro com uma faxa de armas nas mãos com o cabo de oiro; com
todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Homens.
—Dada em Evora a 12 de junho de 1534. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xx, fl. 155 v.
1168. JoÃo HoMEM, morador na ilha Terceira, filho de Heitor Alvares Homem, que foi
fidalgo muito honrado e do tronco d'esta geração.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo azul com seis cresceutes de oiro, em duas palas, e por differença
uma merleta de prata; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e azul,
e por timbre um leão azul com uma faxa de armas com o cabo de oiro; com todas as
honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Homens. — Dada
em Lisboa a 15 de setembro de 1542. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xxxII, fl. 78.
1169. JOÃO HOMEM CARDOSO.
Carta pela qual el-rei D. Manuel lhe concede o brazão de seus antepassados : — Um
escudo de campo esquartelado; o primeiro quartel de azul com seis crescentes de oiro,
em duas palas, com as pontas para cima, e ao pé uma rodeta de prata por differença; o
segundo de vermelho com um cardo verde florido e as raizes de prata entre dois leões
de oiro com as mãos direitas n’elle; o terceiro de campo azul com tres faxas de oiro, e
sobre elle"tres flores de liz de vermelho postas em banda; o quarto de azul com uma es
trella de oiro entre quatro crescentes de prata com as pontas umas para as outras; elmo
de prata aberto, e por timbre um leão azul com uma faxa de armas nas mãos, e a cota
de oiro; paquife de oiro e azul; por descender da linhagem dos Homens e Carvalhos por
parte de seu pae, e dos Cardosos e Rebellos por parte de sua mãe, os quaes foram nobres
e fidalgos. — Dada a 2 de abril de 1513. Reg. na Chanc. de D. Manuel, liv. XLII, fl. 66, e
liv. V de Mist., fl. 90 V.
changela de Lara, e pola materna neto de Francisco de Azevedo, e de sua mulher D. Anna
Maria do Sacramento.
Um escudo partido em pala ; na primeira as armas dos Pereiras, e na segunda as
dos Azambujas. — Br. p. a 26 de fevereiro de 1770. Reg. no Cart, da N., liv. i, fl. 119.
(C. C.)
1172. JOÄO JERONYMO DE ALMEIDA CORREA PIMENTA E VASCONCELLOS, senhor
de um vinculo formado em bens silos no povo de Parada, concelho de Barroso, comarca
de Viseu, e de urna casa de nove para dcz mil cruzados de rendimeuto annual, bacbarel
formado na Universidade de Coimbra, na faculdade de leis, onde foi premiado; natural do
mesmo povo de Parada ; fllho de Francisco José de Almeida Correa Pimenta e Vasconcel-
los, capitáo de granadeiros do regimentó de Viseu, e de sua mulher D. Anna Angelica dé
Figueiredo Correa, fllha de José Antunes de Figueiredo, e de sua mulher D. Jacinta Cor
rea ; neto por parte paterna de Francisco José Correa de Almeida Pimenta e Vasconcellos,
cavalleiro professe na ordern de S. Bento de Aviz ; bisneto de Francisco Martins Correa
de Almeida e Vasconcellos, licenciado na faculdade de cañones pela Universidade de Coim
bra ; terceiro neto do coronel Manuel Correa Pimenta de Almeida.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Almeidas, no segundo as
dos Correas, no terceiro as dos Pimentas, e no quarto as dos Vasconcellos. — Br. p. a 26
de julho de 1802. Reg. no Cart, da N., liv. vi, fl. 211.
(C. C.)
1173. JOÄO JERONYMO DE CASTRO SOUSA ABREU E VASCONCELLOS, bacharel for
mado nos sagrados cañones pela Universidade de Coimbra, natural da freguezia do Sal
vador de Frandeiras, arcebispado de Braga ; íilho do capitáo José do Couto Ribeiro e Cas
tro, e de sua mulher D. Anna Maria da Maia Sousa Abreu e Vasconcellos; neto pela parte
paterna de Manuel do Couto Ribeiro Veiga, capitao-mór da cidade de S. Paulo nos estados
do Brazil, e de sua mulher D. Maria Rosa Alvares de Castro ; bisneto de Manuel Rodri
gues Veiga, e de sua mulher D. Catharina do Couto. О рае do supplicante era neto pela
parte materna de José Alvares de Castro, sargento-mór da comarca de Guimaräes em toda
a provincia do Minho, thesoureiro geral dos captivos, e de sua mulher D. Francisca Ri
beiro, senhores da quinta de Sendello ; neto o supplicante pela parte materna de Custodio
Duarte Villas-boas, e de sua mulher D. Rosa Maria da Maia Sousa Abreu e Vasconcellos.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Sousas, no segundo as
dos Castros, no terceiro as dos Abreus, e no quarto as dos Vasconcellos. — Br. p. a 13
de maio de 1793. Reg. no Cart, da N., liv. iv. fl. 277.
(C. C.)
1174. JOÄO JOAQUIM PEREIRA DO LAGO, natural da freguezia de Guilhufe, termo da
cidade de Penafieb cavalleiro das ordens de S. Bento de Aviz e Torre e Espada, conde
corado com a cruz de oiro de seis campanhas da guerra peninsular, e com a das campa-
nhas da margem oriental do Rio da Praia, e coronel do regimentó de infantería n.° 12;
filho de Manuel José Ribeiro Moreira e Queiroz, e de sua mulher D. Eugenia María Pe-
reira do Lago ; neto paterno de Joáo Ribeiro Moreira, e de sua mulher D. Josepha Maria
Moreira; neto materno de Hypolito Pereira do Lago, e de D. Quiteña Jacinta de Queiroz.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Moreiras, no segundo as
dos Lagos, no .terceiro as dos Pereiras, e no quarto as dos Queirozes. — Br. p. a 14 de
marco de 1825. Reg. no Cart, da N., liv. VIH, fl. 135.
(C. C.)
1175. JOÄO JOSÉ DE ABREU E SILVA (Desembargador), da villa de Pico de Regalados,
comarca de Vianna, filho do doutor Joaquim de Abreu e Silva, e de D. Innocencia da
296 JOÃO JOSÉ
Silva Rezende, senhores da quinta da Ribeira; neto por parte paterna de Alexandre de
Abreu e Silva, e de D. Antonia de Araujo Meirelles; bisneto de Francisco de Abreu, e de
D. Isabel da Silva, senhores da dita quinta; neto por parte materna de Balthasar Lopes
da Silva Mourão, senhor da quinta de Farinhela, e de D. Isabel da Silva de Rezende; bis
neto de Alexandre Lopes da Silva, e de Thereza de Rezende, senhores da mencionada
quinta da Farinhela. -
1179. JoÃo JosÉ DE LIMA VIANNA, filho legitimo de João de Lima Calheiros, e de
sua mulher Benta Fernandes; neto pela parte paterna de Francisco de Lima, e de sua mu
JOÃO LEITÃO - - 297
lher Maria Afonso do Rego; bisneto de João Francisco de Lima, e de sua mulher Ignez
Gonçalves de Malheiros; os quaes todos seus ascendentes foram pessoas nobres, e se tra
taram á lei da nobreza. -
1182. JoÃo José Dos REIS, cavaleiro da ordem de Nossa Senhora da Conceição de
Villa-viçosa, e da da Rosa do imperio do Brazil, e negociante da praça do Rio de Janeiro;
filho de Francisco José dos Reis, negociante, e de sua mulher D. Rita Maria da Silva; neto
paterno de Joaquim José dos Reis, e de sua mulher D. Francisca Rosa Coelho; e materno
de Domingos da Rocba, e de sua mulher D. Maria Rosa da Silva.
Um escudo com as armas dos Rochas. — Br. p. a 29 de novembro de 1862. Reg. no
Cart. da N., liv. Ix, fl. 52.
(C. C.)
1183. JoÃo JosÉ VAz PEREIRA, reitor do seminario archiepiscopal de Braga, chantre
da santa sé da mesma cidade, e desembargador provisor d’aquele arcebispado; filho do
capitão João Vaz, e de sua mulher D. Comba Alvares Dias Pereira; neto paterno de Pe
dro Vaz, e de sua mulher D. Maria Vaz; e materno de Pedro Alvares, e de sua mulher
D. Thereza Dias Pereira; e egualmente é irmão inteiro do sargento-mór Pedro José Vaz
Pereira, a quem se passou brazão de armas a 21 de março de 1815.
Um escudo ovado e esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Vazes,
no segundo as dos Dias, e no terceiro as dos Pereiras. — Br. p. a 7 de março de 1817.
Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 370.
(C. C.)
1184. João LEITÃo DE AGUIAR GUERREIRo, capitão-mór de Almodovar, cavalleiro
da ordem de Christo, familiar do Santo Oficio; filho de Francisco Guerreiro Leitão de
Aguiar, capitão-mór de Almodovar, e mestre de campo dos auxiliares da comarca do
Campo de Ourique, e de sua mulher D. Angela Francisca de Cordes; neto paterno de
João Leitão de Aguiar Guerreiro, capitão de cavallos, capitão-mór de Almodovar, ouvidor
298 JOÃO LIMPO
1101. JoÃo LoPEs DE PINA, cavaleiro fidalgo da casa real, natural da cidade da
Guarda; filho de Antonio de Pina, e de Beatriz Borges, os quaes viviam a lei da nobreza,
e eram do tronco d'estas gerações.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res; — Escudo de campo esquartelado, o primeiro dos Pinas, que é de campo vermelho
com uma banda de oiro e n’ella um leão azul, entre dois pinheiros verdes com raizes de
prata; o segundo dos Borges, que é de campo vermelho com um leão de oiro, e uma bor
300 JOAO LUIZ
dadura azul semeado de flores de liz de oiro, e assim os contrarios, e por differença urna
merleta de prata; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, azul, prata e
vermelho, e por timbre meio leopardo de oiro com urna flor de liz vermellia sobre a ca-
beça ; cora todas as honras e privilegios de nobre fidalgo por descender das geracáos dos
Pinas e dos Borges. — Dada em Lisboa a 16 de dezembro de 1554.
1192. JOAO LOURENCO, amo do conde de Faro.
Carta pela quäl el-rei D. Affonso v Ihe concede o seguinte brazáo de seus antecesso
res : — Um escudo de campo azul com tres estrellas de oiro, e o chefe de oiro adianto;
pelos muitos services prestados pelo dito na África, em mar e térra. — Dada na villa de
Arevol a 5 de setembro de 1475. (M. N.) Reg. na Chañe, de D. Affonso v, üv. u de Mist,
fl. 64.
1193. JOAO LUIZ DE COUTO ALAM, natural da freguezia de Santo Ildefonso da cidade
do Porto ; filho de Domingos Luiz, e de sua mulher D. Maria da Natividade de Couto ;
neto pela parte paterna de Luiz Coelho, e de sua mulher D. Maria Duarte, e pela materna
do doutor Agostinho Marques de Couto Alam, e de D. Anna solteira.
Um escudo partido em pala ; na primeira as armas dos Coutos, e na segunda as dos
Aloes. — Br. p. a 18 de maio de 1790. Reg. no Cart, da N., üv. iv, fl. 163 v.
(C. C.)
1194. JOAO Luiz FERREIRA DROMUNDO DE MENEZES DA CÁMARA, natural da ci
dade de Leiria, filho do doutor Joâo Luiz Dromundo e Menezes, e de sua mulher D. Joanna
Theodora Leite da Cunha, filha de José Leite Guterres, e de sua mulher D. Anna Thereza ;
neto o supplicante pela sua varonia do capilâo Mathias Ferreira Dromundo, e de sua mu
lher D. Margarida Antonia de Meirelles; bisneto do capitâo Joâo Dromundo de Vasconcellos ;
terceiro neto de Manuel Ferreira Dromundo, que era filho legitimo de Manuel Gonçalves
de Braga, e de sua mulher Anna Ferreira Dromundo, elle neto de Joâo Gonçalves da Cá
mara, quarto capitâo donatario da cidade do Funchal, descendente por linha masculina e
legitima do grande Joâo Gonçalves Zarco, primeiro capitâo donatario da mesma cidade, e
ella terceira neta de D. Jcao Dromundo, senhor de Escobal, duque de Dromundo, irmâo
da rainha Anna Bella, mulher de Jacob, quarto reí da Escocia, e bisneto tambem por ou
tra linha de Gonçalo Ayres Ferreira, um dos primeiros povoadores da dita ilha.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Cámaras, no segundo as
dos Dromundos, no terceiro as dos Ferreiras, e no quarto as dos Menezes. — Br. p. a 2
de fevereiro de 1780. —Reg. no Cart, da N., liv. n, fl. 225 v.
(C. C.)
1195. JOAO Luiz GAVIÁO PEIXOTO (Bacharel), natural da villa de Serpa, comarca de
Beja, juiz de fóra que foi da villa de Aljuster ; filho de Manuel Luiz Gaviâo, e de D. Ma-
ria Joanna Cançada da Costa; neto pela parle paterna de Estevâo Luiz Peixoto, e de D. Bri-
tes Joanna Gaviâo ; e pela materna de André da Costa Torres Francez, e de D. Joanna
Martins Cançada da Costa.
Um escudo partido em pala ; na primeira as armas dos Peixotos, e na segunda as dos
Gaviöes. — Br. p. a 23 de abril de 1776. Reg. no Cart, da N., liv. 11, fl. 87 v.
(C. C.)
1196. JOAO Luiz DE MEDEIROS DA COSTA ALMEIDA PONTE, bacharel formado em
leis pela Universidade de Coimbra ; filho natural legitimado de Luiz José de Medeiros da
Costa Almeida Ponte, chancelier e advogado na cámara de Ponta-delgada, ilha de S. Mi
guel, e de Isabel Maria Lauriana, solteira; neto paterno de Caetano José de Medeiros da
Costa e Almeida Ponte, e de D. Antonia Rita de Medeiros e Arruda.
JOÂO DE MACEDO 301
bisneto о supplicante pela varonía materna do doutor Pedro Franco Marques, e de sua
mulher D. Maria das Neves Taborda, e por esta terceiro neto de Manuel Simôes Sarafana,
e de sua mulher D. Violante Rodrigues Taborda, filha do capitâo Pedro Salvado Leitâo,
e de sua mulher D. Catharina Esteves Taborda de Negrearos, elle filho do capitâo Pedro
Salvado da Costa Leitâo, descendente por linha direita de Estevlo Gonçalves o velho, al-
caide-mór, e commendador de Segura, embaixador de el-rei D. Joâo н a Roma com titulo
de conde de Castello-branco, e de sua mulher D. Margarida Yaz da Costa, irmâ do car-
deal D. Jorge da Costa, e de D. Martinho, arcebispo de Lisboa, e de D. Pedro, arcebispo
de Braga, e ella filha de Estevao Rodrigues Taborda, fidalgo da casa real, e neta de Bento
Taborda de Negreiros, cavalleiro da ordern de Christo, fidalgo tambem da casa real, e
descendente de Garcia Rodrigues Taborda, fidalgo gallego, senhor que foi do solar dos
Tabordas d'aquelle reino.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Leitôes, no segundo as
dos Costas, no terceiro as dos Tabordas, e no quarto as dos Caldeiras. — Вг. р. а 28 de
agosto de 1781. Reg. no Cart, da N., liv. ш, il. 22 v.
(С. С.)
1205. D. JOÁO MALDONADO DE AZEVEDO DA GAMA LOBO, natural da cidade de
Evora, filho de D. José Maldonado de Azevedo da Gama Lobo, e de sua mulher D. Jose-
pha Umbelina do Carmo de Mendonça Furtado ; neto paterno de D. Joáo Maldonado de
Azevedo da Gama Lobo, e de sua mulher D. Maria Boaventura Magdalena Chichorro da
Gama Lobo ; bisneto de D. Affonso Thomaz Maldonado da Gama Lobo, e de sua mulher
D. Violante Michaela Leitâo de Aboim ; bisneto egualmente por sua referida avó D. Maria
Boaventura Magdalena Chichorro da Gama Lobo, de André Chichorro da Gama Lobo, fi
dalgo cavalleiro da casa real, e de sua mulher D. Catharina Jeronyma Juzarte Barreto;
terceiro neto de D. Joao Maldonado de Azevedo, e de sua mulher D. Brites da Gama
Lobo; quarto neto de D. Francisco Maldonado e Azevedo, estribeiro do cardeal infante
D. Fernando, irmâo de el-rei D. Filippe iv de Hespanha, e n'esta qualidade o acompanhou
a Flandres, e de sua mulher D. Olaya da Silva ; quarto neto egualmente por parte de sua
terceira avó D. Brites da Gama Lobo, de Affonso Mendes Lobo, cavalleiro da ordern de
Christo, e o primeiro governador da praca de Olivença, depois da acclamacao do senhor
rei D. Joao iv; quinto neto de D. Antonio Maldonado Hontiveras, descendente do tronco
e antigo solar de Aldana, que foi gentilhomem do imperador Carlos v, e o acompanhou a
Alemanha na guerra contra os rebeldes, e passando depois a este reino lomou o appellido
de Azevedo, e se casou com D. Isabel da Silva ; neto materno de D. Jo5o Pessanha de
Mendonça Furtado e Carcome, e de sua mulher D. Brites Josepha Pereira de Lacerda.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Maldonados, no segundo
as dos Azevedos, no terceiro as dos Gamas, e no quarto as dos Lobos. — Br. p. a 12 de
dezembro de 1827. Reg. no Cart, da N., liv. VIH, fl. 212 v.
(C. C.)
1206. JoAo MANUEL BARBOSA DA FRANCA CORTE-REAL, filho de Joao Manuel Bar
bosa, e de sua mulher D. Úrsula Isabel da Franca Corte-real ; neto paterno de Antonio
Manuel Barbosa, e de sua mulher D. Maria Cavalcante, e materno de Joao Pires Garcia,
e de sua mulher D. Maria Magdalena do Nascimento da Franca Corte-real.
Um escudo esquartelado ; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Barbosas, no
segundo as dos Francas, e no terceiro as dos Corte-reaes. — Br. p. a 11 de agosto de
1807. Reg. no Cart, da N.. liv. vu, fl. 194 v.
(C. C.)
1207. JOAO MANUEL BORGES SÁ MORAES E CASTRO, natural de Villa-flor, comarca
de Moncorvo, filho legitimo de Lui/. Antonio de Moraes Castro, natural da dita villa, onde
JOÃO MANUEL 305
foi sargento-mór, e de sua mulher D. Antonia Maria de Sá; neto pela parte paterna de
João Borges de Moraes Castro, natural da mesma villa, onde foi capitão-mór, e de sua
mulher D. Thereza Josepha Botelho de Villa-real; bisneto de João Borges de Moraes, ca
pitão-mór e natural da referida Villa-flor, e de sua mulher D. Isabel de Moraes; terceiro
neto de Christovão de Seixas e Moraes, e de sua mulher D. Isabel de Moraes; quarto neto
de Antonio de Seixas Moraes; quinto neto de Lopo Borges Pinto de Moraes, fidalgo da
casa real; e pela materna neto de Alexandre Borges Sá, natural de Val-bemfeito, termo
de Bragança, capitão de granadeiros do regimento de cavallaria de dragões de Chaves.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Moraes, no segundo as
dos Castros, no terceiro as dos Sás, e no quarto as dos Borges. — Br. p. a 16 de agosto
de 1769. Reg, no Cart. da N., liv. I, fl. 106 v.
(C. C.)
1208. JoÃo MANUEL DE CARVALHo PEREs, da villa de Mondim de Basto, comarca
de Villa-real, provincia do Minho; filho de Manuel de Carvalho Peres, e de sua mulher
Emerenciana Teixeira; neto de outro Manuel de Carvalho Peres.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Carvalhos, no segundo
as dos Peres, no terceiro as dos Teixeiras, e no quarto as dos Borges. — Br. p. a 24 de
abril de 1781. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 4.
(C. C.)
1209. JoÃo MANUEL FERNANDEs FEITos A, fidalgo cavalleiro da casa real, commen
dador da ordem de Nossa Senhora da Conceição de Villa-viçosa, e negociante de grosso tracto,
actualmente residente no Rio de Janeiro; filho de João Fernandes, e de sua mulher D. Ma
rianna das Dores Fernandes; neto paterno de Francisco Fernandes, e de sua mulher D. Cus
todia Rosa Fernandes; neto materno de Luiz Barca, e de sua mulher D. Luiza Maria Barca.
Um escudo com as armas dos Fernandes. —Br. p. a 19 de março de 1870. Reg. no
Cart. da N., liv. Ix, fl. 127.
(C. C.)
1210. Jo ÂO MANUEL GOMES DE ABREU CUNHA DE ARAUJO, bacharel formado nos
sagrados canones pela Universidade de Coimbra; filho do doutor João Antonio de Araujo,
e de sua mulher D. Marianna Gomes de Abreu; neto paterno de Bento da Cunha Araujo,
e de sua mulher D. Catharina Esteves; e materno de João Gomes de Abreu, e de sua
mulher D. Maria Gomes Figueiró; bisneto de Manuel Gomes de Abreu, e de sua mulher
D. Jeronyma de Castro.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Cunhas, no segundo as
dos Araujos, no terceiro as dos Gomes, e no quarto as dos Abreus. —Br. p. a 12 de se
tembro de 1793. Reg. no Cart. da N., liv. Iv, fl. 288 v.
(C. C.)
1211. JoÃO MANUEL GUERREIRO DE AMoRIM, do conselho de Sua Magestade, e do
da real fazenda, e fidalgo cavalleiro da casa real; filho do desembargador João de Amo
rim Pereira, e de D. Anna Maria Guerreiro; neto paterno de Francisco de Amorim Pe
reira, e de D. Monica Quaresma; e materno de Diogo Lourenço França, e de D. Maria
Rosa Guerreiro.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Pereiras, e na segunda as
dos Guerreiros. — Br. p. a 22 de outubro de 1828. Reg. no Cart. da N., liv. vim, fl. 236 v.
(C. C.)
juiz de fóra da villa de Outeiro, e depois provedor e intendente da real fazenda ñas mi
nas dos Goyazes, e de sua mulher D. Josepha Luiza ; neto paterno de Manuel Hornera da
Malta, e de sua mulher D. Luiza Thereza da Cámara, e por esta bisneto de Manuel de
Масс-do de Perada, cavalleiro fidalgo da casa real, e terceiro neto de Francisco de Macedo
Goelho ; neto materno de Gregorio Ferreira, e de sua mulher D. Maria Francisca.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Homens, no segundo as
dos Macedos, no terceiro as dos Maltas, e no quarto as dos Cámaras. — Br. p. a 8 de
julho de 1773. Reg. do Cart, da N.. liv. i, íl. 200 v.
(C. C.)
1213. JoAo MANUEL DO REGÓ ROTELHO DE FARIA, sargento-mór do terco de infan
tería da cidade de Angra, da ilha Terceira, capital das dos Acores, natural da mesma ci-
dade ; filho de Antonio Francisco do Regó Botelho de Paria, natural da cidade de Ponta-
delgada, da ilha de S. Miguel, e de sua mulher D. Marianna de Bittencourt Corte-real do
Canto; neto pela parte paterna de Joao do Regó Botelho do Canto, e de sua mulher
D. Antonia Faustina Leite Correa de Medeiros ; bisneto de Antonio do Regó de Faria, e de
sua mulher D. Catharina Bolelho do Canlo; lerceiro nelo de Francisco do Regó e Sá, e de
sua mulher D. Maria Pimenta de Barros ; quarto neto de Manuel do Regó Cabrai, e de sua
mulher D. Maria da Ponte ; e pela materna neto de José de Bittencourt de Vasconcellos
da Silvcira, capitâo da cidade de Angra, fidalgo da casa real, professe na ordern de Christo,
e de sua mulher D. Magdalena Maria Corte-real do Canto ; bisneto de Joâo dos Santos de
Vasconcellos e Cámara, moco fidalgo da casa real, e de D. Maria Pamplona Corte-real.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Regos, no segundo as
dos Botelhos, no terceiro as dos Bittencourts, e no quarto as dos Corte-reaes. — Br. p. a
21 de junho de 1783. Reg. no Cart, da N., liv. m, fl. 97 v.
(C. C.)
1214. JOAO MANUEL DA SILVA FIGUEIREDO FRAGOSO, da villa da Covilhá, filho de
Joao da Silva de Figueiredo Fragoso, cavalleiro professo na ordern de Christo, e de sua
mulher D. Erigida Joaquina de Pina Fragoso, fillia do capitáo Luiz Fragoso Homem, e de
sua mulher D. Francisca da Fonseca ; neto pela parle paterna de Manuel da Silva Fra
goso, e de sua mulher D. Luiza de Sonsa Correa, filha de Luiz Romao Sinel, cavalleiro
fidalgo da casa real, e logar-tenente do alcaide-mór da mesma villa da Covilhá, o qual
era filho de Filippe Romao, tambem cavalleiro fidalgo da casa real, e de sua mulher Guio-
mar de Sousa, e neto de Luiz Romao; bisneto o supplicante pela sua varonia de Francisco
Yaz Fragoso, capitao pago dos auxiliares da comarca de Coimbra, e de sua mulher Isa
bel da Silva de Figueiredo; terceiro neto de Pedro Yaz Fragoso ; e quarto neto de Manuel
Fragoso de Aguiar, tambem cavalleiro fidalgo da casa real.
Uní escudo esquartelado ; no primeiro quarlcl as armas dos Fragosos, no segundo as
dos Silvas, no terceiro as dos Figueiredos, e no quarto as dos Sousas. — Br. p. a 25 de
agosto de 1774. Reg. no Cart, da N., liv. н, fl. 29 v.
(C. C.)
1215. JOAO MANUEL DE SOUSA ARAGÄO, ajudante das ordenancas do concelho de
Yilla-pouca de Aguiar, comarca de Villa-real, e natural do logar de Villa-mea; filho de
Joao de Sousa Machado, e de sua mulher Francisca Maria de Moraes Pinto ; neto pela
parte paterna de Joao Correa Machado, e de sua mulher Francisca de Sousa; neto pela
parte materna do capitao José de Moraes Pinto, e de sua mulher Francisca Xavier de Passos.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Sousas, no segundo as
dos Machados, no lerceiro as dos Moraes, e no quarto as dos Pintos. — Br. p. a 20 de
junho de 1795. Reg. no Cart, da N., liv. v, fl.
(C. C.)
JOÂO MANUEL 307
e de sua mulher D. Ignacia de Araujo Lobato, filha de Ignacio de Araujo, e de sua mu-
Iher D. lsabel Soares Lobato, neta paterna de Bartholomeu de Araujo, que egualmente foi
sexto avô do supplicante, neta materna de Joao Lobato de Castro. D. Maria José de Cas
tro e Souto-maior, avó paterna do supplicante, foi filha legitima de Antonio Soares de Cas
tro, e de sua mulher D. Magdalena de Sousa e Castro, elle filho de Domingos Gomes de
Abreu, descendente dos Abreus de Regalados, e de sua mulher D. Maria Soares Pereira
de Castro, e todos viveram na sua casa e quinta da Fontainha, no termo de Melgaço, esta
filha de Manuel Soares, senhor da casa e morgado de Brei, no termo de Monçao, e de sua
mulher D. Catharina Pereira, filha de Sebastiáo Yaz Bacellar de Golains, por ser senhor
do paço d'esté nome, na freguezia de Paderne ; o referido Manuel Soares, da casa de Brei,
foi filho de outro do mesmo nome, e da mesma casa, e de sua mulher D. Magdalena de
Castro, dos quaes nasceu outra D. Maria Soares Pereira de Castro, que casou com o ca-
pitâo Martinlio Mendes de Araujo e Souto-maior, que era da casa e solar de Pombeiro, no
reino de Galliza, chefe dos Araujos Gundares, Souto-maiores, e Sarmentos, e viveram na
sua casa e antiga quinta do Sonto, que por elle Ihe pertenceu ; dos quaes foi filha D. An
gela Soares de Castro, que casou com Domingos de Cea Pereira de Castro, da casa solar
dos Ceas, na freguezia de Arute, no termo de Moncáo, e d'estes nasceu D. Magdalena de
Sousa de Castro, que casou com seu primo Antonio Soares de Castro, e foram segundos
avós do supplicante, por serem paes da referida D. Maria José de Castro e Souto-maior.
Manuel Soares de Brei, duas vezes quinto avó do supplicante, foi filho de Gregorio Soa
res, neto paterno de Antonio Soares, e de sua mulher D. Belizarda Soares, segundo neto
de Gregorio Soares, alcaide-mór da cidade de Braga, terceiro neto de Diogo Soares, cha
mado o Beja, e de sua mulher D. Ignez de Brito, quarto neto de Heitor Soares de Tan-
gil, senhor da fortaleza e solar d'esté nome, no termo de Valladares, e de sua mulher D. Se-
nhorinha Gomes Pereira de Lago, filha de Payo Gomes de Lago, e de sua mulher D. Ma-
ria Pereira, filha dos senhores das torres e villa da Feira, que depois foram condes, e foi
o dito Heitor Soares, alcaide-mór de Castro-laboreiro, primeiro neto de D. Affonso Soares
de Valladares, filho de D. Lourenço Soares de Valladares, e casou com a filha herdeira
de D. Soeiro Affonso de Tangil, e sao ambos por este lado undécimos avós do suppli
cante. D. Magdalena de Castro, quinta avó do supplicante, e mulher de Manuel Soares
de Brei, filha de Lopo de Castro Azevedo Silva Coutinho, senhor da illustre casa do Fe
cho, no termo de Melgaço, e de sua mulher D. Leonor Velloso Bacellar de Sousa Maga-
Iháes, filha de Gonçalo Esteves Lobato, que leve o foro de escudeiro fidalgo, e foi senhor
da antiga e illustre casa da Carvalheira, em S. Martinho de Alvoredo, no termo de Valla
dares, e de sua mulher D. Guiomar Velloso de Sousa Bacellar, sétimos avós do suppli
cante ; a referida D. Guiomar Velloso de Sousa Bacellar, filha de Gonçalo Esteves Bacel
lar, é neta materna de Antonio Rodrigues de Caldas, filho de Gomes Rodrigues de Caldas,
e de sua mulher D. Brites Alvares Lobato, filha de Ruy Lobato o Velho, de quem descen-
dem outras muitas casas illustres, e neto o dito Antonio Rodrigues de Caldas do rico ho
rnera D. Garcia Rodrigues de Caldas, e de sua mulher D. Leonor de Sousa, que sendo
por este lado decimos primeiros avós do supplicante, sao egualmente por outro oitavos,
e de sua mulher D. Leonor Velloso Bacellar de Sousa, nona avó do supplicante, e filha de
Payo Velloso, fidalgo da casa real, regedor perpetuo de Bayona, e senhor de Monte-real,
e de sua mulher a celebrada D. Clara Genebra Fernandes, filha, e o supplicanle décimo
neto de Ruy Bacellar, e de sua mulher D. Leonor Pereira de Castro, filha de Affonso Pe
reira do Lago, fidalgo e veador da fazenda do senhor reí D. Affonso v, senhor da casa do
Supegal, no termo de Monçïïo, chefe dos bons Pereiras. Ruy Bacellar, décimo primeiro
avó do supplicanle, foi por sua niâe senhor do solar de Bacellar, da honra de Mira, e pa-
droado do Scrdal, por ser filho, neto e descendente dos senhores da mesma torre, solar
e honra, que pela descendencia de Senhorinlia Vasques succederam nos pacos de Lara,
como procedida do conde D. Alvaro Nunes de Lara, que andando na expnlsao dos moi-
ros fez allí novo solar, sendo tambem do dos senhores de Lara, procedido de um que foi
JOÂO MANUEL 309
milias dos appellidos de Barbosas, Pittas, Ferreiras e Rochas d’este reino, e se tractaram
como taes á lei da nobreza, cujo tractamento conserva o supplicante.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Barbosas, no segundo
as dos Pittas, no terceiro as dos Ferreiras, e no quarto as dos Rochas. — Br. p. a 18 de
março de 1785. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 188.
(C. C.)
1229. JoÃo DE MIRANDA EstEves, monteiro-mór da villa de Cabra, filho de João de
Miranda Esteves, e neto paterno de João de Miranda.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Mirandas, e na segunda as
dos Esteves. — Br. p. a 14 de agosto de 1813. Reg. no Cart. da N., liv. } fl. 282.
(C. C.)
1231. JoÃo MoNIz DA SILVA Botto (Bacharel), oppositor aos logares de letras, filho
de Estevão Moniz da Silva Botto, secretario e fiscal da Delegação geral do physico-mór do
reino, e advogado nesta cidade, e de sua mulher D. Luiza Maria Isabel; neto por parte
paterna do doutor João Lourenço Moniz, e de D. Joanna Maria de Menezes Pimentel Botto;
e por parte materna de José Rodrigues Costa. capitão do regimento de infanteria n.º 16,
e de sua mulher D. Catharina da Conceição Costa; e os referidos seus paes e avós são
pessoas nobres das familias dos Monizes, Bottos, Pimenteis, e Menezes.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Monizes, no segundo as
dos Bottos, no terceiro as dos Pimenteis, e no quarto as dos Menezes. — Br. p. a 28 de
julho de 1818. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 4 v.
(C. C.)
1232. JoÃo DE MoRAEs LEITE, natural da freguezia de Telões e Fervença, termo da
villa de Basto, e assistente nas partes do Brazil; filho de João Monteiro Leite, e de sua
mulher Anna Gomes; neto paterno de Antonio Monteiro, e de sua mulher Joanna Leite;
bisneto de Manuel Monteiro, e de Margarida Francisca; terceiro neto de Antonio Monteiro
Alvares, e de sua mulher Isabel Alves; quarto neto de Manuel Monteiro, que casou na fa
milia dos Mouras; quinto neto de Alvaro Annes, e de sua mulher Maria Monteiro; sexto
neto de João Alvares, cavalleiro fidalgo, que serviu os reis d’este reino nas guerras de
Castella e Azamor com armas e cavallos encobertados, e de sua mulher Beatriz Alvares
Bravo, dos Bravos da cidade de Braga, irmã do commendatario de Mansellos, moradores
no assento da egreja de Fervença, de que foram administradores, e parentes de Pedro da
Cunha, senhor de Basto.
As armas dos Bravos, Monteiros, Mouras, e Pereiras. — Br. p. a 5 de dezembro de
1750. Reg, no Cart. da N., liv. particular, fl. 7.
(C. C.)
1233. JoÃo DA MoTTA E SILVA, morador na sua quinta e morgado do Hospital, fre
guezia de S. Miguel do Prado, concelho de Regalados, comarca de Vianna do Minho; filho
de Manuel da Silva, e de sua mulher Maria da Motta; neto paterno de João de Almeida
314 JoÃO NEPOMUCENo
Pereira, e de Anna da Silva; neto materno de Antonio Rodrigues, e de Margarida da
Motta e Azevedo, da casa e morgado do Hospital, descendentes da dita casa e morgado do
Hospital.
As armas dos Mottas, Azevedos, Almeidas, e Pereiras. — Br. p. a 10 de junho do
1752. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 36 v.
(C. C.)
1234: JoÃo NEPoMUCENo PEREIRA DA FoNs ECA SILVA VELLoso (Bacharel), juiz
de fora actual da villa de Mecejana, e suas annexas, natural da freguezia de Santa Marinha
de Remelhe, termo e comarca da villa de Barcellos, filho de José Pereira da Fonseca, se
nhor da casa da Torre de Moldes, na dita freguezia, cavalleiro professo na ordem de
Christo, que serviu muitos annos os postos de capitão de auxiliares e de sargento-mór da
dita comarca, e de sua mulher D. Josepha Maria do Sacramento Silva e Oliveira, paes
tambem de José Valerio Pereira da Fonseca Velloso e Silva, oppositor aos logares de le
tras; neto pela parte paterna do capitão João Gonçalves Pereira, senhor da casa de Adens, e
de sua mulher D. Maria da Fonseca; bisneto pela mesma varonia de outro João Gonçalves
Pereira, filho de Fernando Martim Pereira; neto de outro do mesmo nome; bisneto de
Martim Fernandes Pereira, e terceiro neto de Fernando Martim Pereira, o Velho, Sexto
avó d’elle supplicante, todos senhores da dita casa de Adens, tão nobre, rica e antiga,
que no inventario que d’ella se fez no anno de 1607, por morte do dito Fernando Martim
Pereira, o Velho, se acharam descriptos cavallos e moveis preciosos que bem denotavam
a grandeza e qualidade da dita casa : e pela dita sua avó D. Maria da Fonseca se mostrava
que era ele supplicante bisneto de Pedro Lourenço, morgado e senhor da casa de Real
na freguezia de Moure, e de sua mulher D. Isabel da Fonseca; terceiro neto por esta sua
bisavó de João Thomé da Silva, da casa do Paço de Santa Eulalia do Rio Covo, e de sua
mulher D. Helena Thomé da Fonseca, irmã legitima de Bento da Fonseca, abbade de Santa
Maria, do abbade de quem foram filhos o doutor Bento da Fonseca, fidalgo da casa real,
do conselho do senhor rei D. Pedro II, seu desembargador do Paço e enviado na Curia de
Roma, e Manuel da Fonseca Coelho, fidalgo tambem da casa real; quarto neto de Domin
gos Thomé da Fonseca, senhor da quinta da Conega, situada junto aos muros da cidade
de Braga, fidalgo tão principal que era irmão legitimo de D. Lourença da Fonseca, mu
lher de Rodrigo Affonso Pimentel, paes do primeiro conde de Benavente, de quem proce
dem tantas casas grandes em Hespanha : o qual Vasco Lourenço era filho de Lourenço
Vasques da Fonseca, e de sua mulher D. Sancha Vasques de Moura, ela parente da rai
nha D. Brites, mulher do senhor rei D. Afonso III, e ele irmão de Ruy Vasques da Fon
seca, bisavô de Pedro Rodrigues da Fonseca, alcaide-mór de Olivença e senhor das mes
mas terras no termo de Villa-real, pae de João Rodrigues da Fonseca, guarda-mór do rei
D. João I de Castella, de quem procedeu por varonia D. Pedro da Fonseca, cardeal da
Santa Egreja de Roma, e descendem os marquezes de Orelhana, condes de Monte-rei,
grandes de Hespanha, os condes de Villa-nova de Canedo, os senhores de Coca, e Alaejos,
e outros muitos cavalleiros illustres d’aquele reino; neto de Vasco Mendes da Fonseca, e
bisneto de Mem Gonçalves da Fonseca, chefe da nobilissima familia dos Fonsecas, o qual
fôra filho de Gonçalo Viegas, rico homem, irmão de Vicente Viegas, senhor de Leomil,
tronco da familia dos Coutinhos, e de D. Pedro Viegas, progenitor dos Tavares, filhos
todos tres de D. Egas Garcia, e netos de D. Garcia Rodrigues, rico homem do conde
D. Henrique, senhor do solar dos Fonsecas e do couto de Leomil, ascendente tambem das
casas de Arronches, Marialva, Redondo, e de outras muitas illustres d’este reino. E
pela parte materna se mostrava que era ele supplicante neto de Bernardo da Silva, se
nhor da casa da Torre de Moldes, e de sua mulher D. Bernarda de Oliveira; bisneto de
Manuel da Silva, que serviu honradamente nas guerras do senhor D. Pedro II, e depois
creou de novo uma companhia de auxiliares, de que foi capitão, servindo nas fronteiras;
irmão de Francisco da Fonseca, casado com D. Jeronyma Bernardes, neta dos fidalgos da
JOÃO PAES 315
casa de Balsemão, e foram paes do reverendissimo doutor frei João Baptista, duas vezes
prelado geral da religião de S. Bento, e de esclarecido nome; terceiro neto de João Thomé
da Silva, senhor da casa do Paço de Santa Eulalia de Rio Covo, e quarto neto de Manuel
Afonso da Silva, senhor que foi da mesma casa, da qual procedem muitos varões illus
tres, que hoje são da governança da villa de Barcellos : que era ele mesmo supplicante
bisneto de Antonio de Oliveira Couto, senhor da quinta da Anta, e de sua mulher D. Mar
garida Velloso, que era descendente da casa do Paço de Villa-nova de Famalicão, e prima
co-irmã de D. Anna Velloso da Fonseca, casada com Adrião de Miranda na Torre de Ba
çar, freguezia de Chustello, dos quaes é neto João Velloso de Miranda, cavalleiro e com
missario das tres ordens militares, pessoas das principaes e da governança de Barcellos,
parente d’elle supplicante.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Pereiras, no segundo as
dos Fonsecas, no terceiro as dos Silvas, e no quarto as dos Vellosos. — Br. p. a 8 de
março de 1783. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 89.
(C. C.)
1235. JoÃO NUNES DE GOUVEA, alcaide de Lisboa, filho de Francisco Nunes de Gou
vea e de Isabel Cardosa, e neto de Nuno Cardoso.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo esquartelado; o primeiro meio partido em pala, a primeira de ver
melho com seis besantes de prata fechados de uma dobre cruz e bordadura de oiro, a se
gunda de prata com seis aruelas de azul, o contrario de vermelho com dois cardos verdes,
um sobre o outro, com as alcachofras floridas e as raizes de prata entre dois leões de
oiro batalhantes, e por differença uma merleta de prata; elmo de prata aberto guarnecido
de oiro, paquife de oiro, prata e vermelho, e por timbre uma cabeça de leão de oiro vol
tada para cima, tendo na boca um dos cardos; com todas as honras e privilegios de fi
dalgo por descender da geração e linhagem dos Gouveas e Cardosos.—Dada em Lisboa
a 29 de novembro de 1530. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. LII, fl. 209 v.
1236. JoÃo DE OLIVEIRA BARBosA, capitão de infanteria paga da praça do Rio de
Janeiro, filho legitimo de Bento Barbosa Soares, e de sua mulher Catharina de Oliveira;
neto pela parte paterna de José da Costa Soares, alcaide-mór na cidade da Bahia, e pela
materna neto de Braz Pereira Sarmento, e bisneto de Antonio Pereira, os quaes todos
seus ascendentes foram pessoas nobres, e se trataram á lei da nobreza.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Barbosas, no segundo
as dos Soares, no terceiro as dos Pereiras, e no quarto as dos Sarmentos. — Br. p. a 2 de
junho de 1767. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 49.
(C. C.)
1237. JoÃo PAEs BARRETo, natural da capitania de Pernambuco, morador nos subur
bios da cidade de Olinda, filho de Estevão José Paes Barreto, e de D. Manuela Luiza de
Mello; neto paterno de João Paes Barreto, e de D. Manuela Luiza de Mello, e materno do
mestre de campo João Marinho Falcão, morgado do Cayara, e de D. Maria José da Rocha.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Paes, e na segunda as dos
Barretos. — Br. p. a 30 de outubro de 1783. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 113.
(C. C.)
1238. JoÃo PAEs BARRETo, natural da capitania de Pernambuco, e morador nos su
burbios da cidade de Olinda, filho de Estevão José Paes Barreto, e de D. Manuela Luiza
de Mello; neto pela parte paterna de João Paes Barreto, e de D. Manuela Luiza de Mello,
e pela materna do mestre de campo João Marinho Falcão, morgado do Cayara, e de D.
Maria José da Rocha.
316 JOÃO PEDRO
veira ; neto pela parte paterna de Manuel Teixeira de Carvalho, e de sua mulher D. Maria
do Vencimento; e pela materna do sargento-mór Pedro da Silveira, e de sua mulher D.
Isabel María.
Um escudo esquartelado ; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Teixeiras, no
segundo as dos Carvalhos, e no terceiro as dos Silveiras. — Br. p. a 27 de marco de 1786.
Reg. no Gart, da N., liv. ni, fl. 211.
(C. C.)
1243. JOÄO PEDRO TELLO DA FON^ECA, da villa de Alégrete, filho de Antonio Freiré
Tello da Fonseca, e de sua mulher D. Anna Eugenia Zuzarte Mergullmo de Campos ; neto
pela parte paterna de Manuel Cabreira de Sousa Galiano, sargento-mór da villa de Alé
grete, e de sua mulher D. Bernarda Maria Euphrasia Caldeira da Fonseca, filha do doutor
Manuel Freiré da Fonseca, fidalgo da casa real, professo na ordern de Christo, e prove-
dor que foi da villa de Torres-vedras, e de sua mulher Isabel Caldeira da Fonseca ; neta
do doutor Antonio Freiré da Fonseca, fidalgo da casa real, professo na ordern de Christo,
deputado da Mesa da consciencia e ordens, e de sua mulher D. Maria Sueiro de Madu-
reira, e por parte materna neto de José Pedro Mergulhâo de Campos Rodrigues Ramanho;
bisneto por parte paterna de Manuel Cabreira de Sousa, e de sua mulher D. Maria Mqu-
zinho Galiano, e por parte materna de Manuel Zuzarte de Campos, e de sua mulher Vio
lante Barradas.
Um escudo partido em pala ; na primeira as armas dos Cabreiras, na segunda as dos
Fonsecas. — Br. p. a 14 de julho de 1798. Reg. no Cart, da N., liv. vi, fl. 32.
(C. C.)
1244. JOÄO PEIXOTO DA SILVA MENEZES ALARCÄO, bacharel formado em leis, filho
de Luiz Peixoto da Silva Menezes Alarcao, e de sua mulher D. Maria Delfina Pinto de
Menezes Castello-branco ; neto paterno de Luiz Peixoto Menezes Alarcao, e materno
de José Filippe de Almeida Castello-branco, e de sua mulher D. Antonia de Oliveira
Peixoto.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Peixotos, no segundo
as dos Silvas, no terceiro as dos Menezes, e no quarto as dos Alarcóes. — Br. p. a 29 de
julho de 1830. Reg. no Cart, da N., liv. VIH, fl. 254.
(C. C.;
1245. JOÄO PEIXOTO DA SILVEIRA BITTENCOURT E LACERDA (Capitäo), filho do
capitao-mór Antonio Vicente Pimentel de Mosquita, e de sua mulher D. Rita Thomazia
Peixoto de Bittencourt ; neto paterno do capitao Joáo Pimentel da Silveira, e de D. Maria
Pimentel de Freitas ; neto materno de Antonio Rodrigues Rocha, e de D. Victoria Maria
Peixoto Bittencourt da Silveira. D. Rita Thomazia Peixoto de Bittencourt, mäe do suppli-
cante, era irma germana de Francisco Peixoto Bittencourt da Silveira, a quera se passou
brazáo de armas a 20 de abril de 1781.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Pimenteis, no segundo
as dos Silveiras, no terceiro as dos Peixotos, e no querto as dos Bittencourts. — Br. p. a
11 de Janeiro de 1804. Reg. no Cart, da N., liv. vu, fl. 60 v.
(C. C.)
1246. JOÄO PEREIRA, morador em Alter do chao, filho de Ignez Dias Pereira, e neto
de Diogo Dias Pereira, fidalgo muito honrado e do tronco d'esta geracao.
Carta pela quai el-rei D. Joâo m Ihe concede o seguinte brazáo de seus antecesso
res : — Escudo de campo vermelho e urna cruz de prata florida e vazia, do primeiro, e
por differença urna brica de oiro ; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquifc de
prata e vermelho, e por timbre a mesma cruz entre duas azas de vermelho ; com todas
318 JOÃO PESSANHA
materno de Martinho Lopes de Moraes Alâo Sarmentó Vasconcellos, por ser este рае,
ainda que natural, da mâe do supplicanle a quem reconlieceu.
Um escudo esquartelado ; no primeiro as armas dos Soares, no segundo as dos Mo
raes, no terceiro as dos Sarmentos, e no quarto as dos Vasconcellos. — Br. p. a 12 de
setembro de 1807. Reg. no Gart, da N., liv. vu, fl. 205 v.
(C. C.)
1276. JOÂO DE SEIXAS, licenciado, filho natural legitimado do conego da sé de Lis
boa Joâo de Avelar de Seixas ; neto do licenciado Alvaro de Seixas, e de Branca de Avel-
lar, que foi filha de Joâo de Avelar, que foi fldalgo muito honrado e do tronco da gera-
çlo dos Avelares, bem como seu avô Alvaro de Seixas, que tambem foi fidalgo muito hon
rado e do tronco da geracao dos Seixas.
Carta pela qual el-rei D. Joâo ni Ihe concede o seguinte brazâo de seus antecessores :
— Escudo de campo esquartelado; o primeiro de verde com cinco seixas de prata, com
os bicos e pés de vermelho, em aspa, e duas d'ellas voando que estâo em contrabanda ;
o segundo de oiro com tres faxas de vermelho e em cada urna d'ellas tres estrellas de
prata, e por differença uní filete preto por cima de todo o escudo em contrabanda ; elmo
de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata, verde, oiro e vermelho, e por tim
bre urna das seixas voando ; com todas as honras de nobre fidalgo por descender da no-
bre linhagem dos Seixas e Avelares. — Dada em Lisboa a 4 de Janeiro do 1538. Reg. na
Chañe, de D. Joâo ш, liv. XLIV, fl. 7 v.
1277. JOÄO DE SEIXAS PINTO, irmâo de Antonio de Seixas Pinto, teve o mesmo bra
zao de armas que este em 2 de novembro de 1750. — V. Antonio de Seixas Pinto.
1278. JOÄO SEVERING FREIRÉ DE BRITO E SILVA, escrivâo da Alfandega da villa de
Olivença, íilho de José Jorge da Silva, e de sua mulher D. Thereza Ludovina Clara Freiré
de Brito; neto pela parte paterna de André da Silva, e de sua mulher Ursula Sophia; neto
pela parte materna de Manuel Freiré de Brito, brigadeiro do real exercito, e de sua mu
lher 1). Thereza Maria Ferreira da Fonseca.
Um escudo esquartelado ; no primeiro e quarto quarleis as armas dos Silvas, no se
gundo as dos Freires, e no terceiro as dos Britos. — Br. p. a 18 de marco de 1795. Reg.
no Cart, da N., liv. v, fl. 43.
(C. C.)
1279. JOÄO DA SILVEIRA DA COSTA PANAsco, moco fidalgo da casa real e proprie-
tario; filho de Joâo da Silveira Couto Panasco, propietario, e de sua mulher D. Joanna
Theotonia Subtil de Magalhâes; neto paterno de Bento Martins Panasco, propietario, e de
sua mulher D. Isabel Antonia da Silveira, e materno de Antonio Subtil do Regó, proprie-
tario, e de sua mulher D. Barbara Angélica Caldeira.
Um escudo partido em pala ; na primcira as armas dos Coutos, e na segunda as dos
Silveiras. — Br. p. a 8 de fevereiro de 18(56. Reg. no Cart, da N., liv. ix, fl. 93.
(C. C.)
1280. JOÄO DE SISNEIROS, morador em Lisboa, filho de Fernâo de Sisneiros, neto de
Francisco Rodrigues de Sisneiros, bisnelo de Diogo Fernandes de Sisneiros, que foi do
tronco d'esta geracao e dos vinte e qualro de Scvilha.
Carta pela quai el-rei D. Joâo ni Ihe concede o seguinte brazao de scus antecessores :
—Escudo de campo meio partido em pala; a primeira parte de vermelho, partida em
faxa, na primeira tres cisnes de prata, cm roquete, e urna argola de oiro no pescoço de
cada urn, nn segunda cinco flores de Hz de prata em aspa : a segunda parte de prata com
1res barras ou palas de vermelho; elmo de prata aberlo guarnecido de oiro, paquife de
JOÄO DE SOUSA 325
prata e vermelho, e por timbre um dos cisnes : com todas as honras e privilegios de fi-
dalgo por descender da geraçâo e linhagem dos Sisneiros. — Dada em Lisboa a 8 de ou-
tubro de 1530. Reg. na Chane, de D. Joáo m, liv. LH, fl. 199.
1281. JOÁO SCARES FREIRÉ GALHARDO, familiar do Santo Officio, e natural da villa
de Monteargil, ûlho de Manuel Scares Freiré Galliardo, e de sua mulher D. Anna Antonia
de Vasconcellos ; neto paterno de Joáo Soares Freiré, capitao-mór da villa de Aviz, e de
sua mulher Maria Nunes; segundo neto de Ruy Mondes Freiré, juiz ordinario de Monte
argil, e de sua mulher D. Ignez da Silva e Moura, filha de Sebastiâo de Moura e Sousa,
filho de Antonio de Moura e de D. Francisca de Sousa, filha de Ruy Peres Marmeleiro ;
"terceiro neto pela sua varonía de Joáo Soares Galliardo, cavalleiro da ordern de Aviz, ca-
pitäo da dita ordern, e procurador em Cortes, e de D. Maria Freiré de Mendonca, filha de
Antonio Nabo Garcez, vereador em Santarem ; quarto neto de Andró Mouro Galhardo, ir-
máo de Fernáo Soares Galhardo, alcaide-mor de Seda; neto materno de Gonçalo Bandeira
de Mello ; bisneto de José Alves Bancleira de Mello, capitáo-mór da villa de Eiras, e de
D. Maria Mascarenhas de Vasconcellos e Albuquerque, filha do desembargador Braz Nunes
Vasconcellos; terceiro neto de Gaspar Alves Bandeira, thcsoureiro-mór do Erario, e de
D. Anna Coelho da Lomba ; quarto neto de Pedro Alves Bandeira, bisneto do grande Gon-
çalo Pires Bandeira, a quem se deram primeiro as armas dos Bandeiras.
As armas dos Galhardos, Peres, Soares, e Bandeiras. — Br. p. a 20 de junho de
1757. Reg. no Cart, da N., liv. particular, fl. 107.
(C. C.)
1282. JOÄO DE SOUSA DE AGUIAR, natural de Villa-pouca de Aguiar, filho de Antonio
de Sousa, e de sua mulher D. Isabel Pereira Guedes ; neto paterno de Jeronymo Pereira,
natural das Boticas, concelho de Monte-alegre, onde serviu os cargos principaes da go-
vernanca, e de sua mulher D. Bernarda Martins ; bisneto por parte de sua avó paterna de
Manuel Guedes Pinto, senhor do morgado e capella de Santo Antonio de Sanranhe na co
marca de Villa-real ; terceiro neto pelo mesmo lado de Antonio Guedes Pinto, tambem se
nhor do dito morgado e capella; quarto neto de outro Antonio Guedes Pinto, cavalleiro
professe na ordern de Christo, fidalgo da casa real, e tambem senhor do dito morgado e
capella.
Um escudo esquartelado ; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Sousas, no se
gundo as dos Pintos, e no terceiro as dos Guedes. — Br. p. a 30 de marco de 1832. Reg.
no Cart, da N., liv. VIH, fl. 261.
(C. C.)
1283. JOÄO DE SOUSA LOBATO (Capitâo), filho do capitáo Joáo de Sousa Lobato, e de
sua mulher D. Anna de Castro Soares ; neto paterno de Pedro de Sousa Lobato, e de sua
mulher Mecia Rodrigues ; bisneto de Antonio Vaz do Regó, e de sua mulher Brites Borges
Rodrigues de Sousa Lobato, filha de Antonio Rodrigues de Caldas, e de sua mulher Mecia
Borges ; neta de Payo Rodrigues de Caldas ; neto materno de Manuel de Castro e Figuei-
redo, e de sua mulher Anna Soares de Brito, filha de Gregorio Soares de Brito, bisneto
de Alberto de Castro e Figueiredo; terceiro neto de Affonso Lourenço, e de sua mulher
D. Luiza de Sousa e Castro.
As armas dos Sousas do Prado, Lobatos, e Soares de Tangil. — Br. p. a 4 de abril
de 1762. Reg. no Cart, da N., liv. particular, fl. 135 v.
(C. C.)
1284. JOÁO DE SOUSA VASCONCELLOS E Вшто, filho de Anlonio de Almeida e Brito,
e de sua mulher D. Anna de Vasconcellos e Guevarra, naturaes d'esta cidacle de Lisboa ;
neto paterno de José de Almeida Pereira, e de sua mulher D. Luiza de Brito, filha de
326 JOÂO TEIXEIRA
Manuel de Freilas do Brito, léñenle que foi da torre de Belem n'esta dita cidade, e de
sua mulher D. Maria de Goes, e neta de Francisco de Freitas, capitâo de infantería, e de
sua mullier D. Antonia de Brito; bisneto o supplicanlc pela sua varonía de Gaspar Pereira
da Silva, e de sua mulher D. Maria da Silva; tcrceiro neto de Domingos Fernandes, e de
sua mulher D. Maria Nunes ; neto materno o supplicante de Duarte de Sousa de Vascon-
cellos, e de sua mulher D. Francisca Maria Brandâo, íilha de Joáo Alvares ВгагкШо, capi-
tâo das naus de guerra da India, e de D. Maria de Mallos, e neta de Femando Alvares
Brandao, cavalleiro professo do liabilo de Sant'Iago, e de D. Brites Brandâo ; bisneto о
supplicante de Manuel de Sousa, cidadfio, e íidalgo da casa real, ouvidor (jüe foi da casa
de Aveiro, e de sua mulher D. Maria de Vosconcellos e Guevarra Haneman; terceiro neto
de Ventura Lopes de Sousa, e de U. Luiza da Silva. *
As armas dos Almeidas, Britos, Sonsas, e Vasconcellos. — Br. p. a 21 de fevereiro
de 1755. Reg. no Cart, da N., liv. particular, fl. 83 v.
(C. C.)
1285. JOÁO TEIXEIHA DE BARIIOS, professo na ordern de Christo, familiar do Santo
Officio do numero, capitäo das ordenanzas da sagrada religiao de S. Joáo do Hospital de
Jerusalem, natural da casa e quinta do Outeiro do Meio, freguezia de Viade, concelho de
Celorico de Basto, filho de Juliïïo Teixeira de Carvalho, e de sua mulher D. Josepha Tei-
xcira de Barros ; neto pela parte paterna de Miguel Teixeira, e de sua mulher D. Catha-
rina de Carvalho, e bisneto de Gonzalo Miguel Pires, e de sua mulher D. Margarida Tei
xeira de Macedo, descendente por largas series de avós de Joáo Gonçalves Teixeira, sexto
senhor da honra e couto de Teixeira, e de Marlim Gonçalves de Macedo, camareiro-mór
do senhor rei D. Joáo i, ambos chefes d'estas illustres familias, e pela parte materna se
mostrava tambem ser elle neto de Benlo Teixeira de Macedo, e de sua mulher 1). Ma-
rianna de Barros; bisneto de Gaspar Francisco de Barros de Carvalho, e de sua mulher
D. Anna de Macedo, descendentes tambem por outras largas series de avós dos chefes das
illustres familias de Barros e Carvalhos, senhores do morgado d'estes appellidos na pro
vincia da Beira, tendo muilos d'elles, assim da parte materna, como da paterna, os foros
de fidalgos da casa real, sendo commendadores da ordern de Christo, e tcndo servido a
real corôa n'estes reinos e na India nos logares e postos de maior graduacao, até o de
vice-rei d'aquclle estado, que no tempo do senhor rei D. Manuel leve em vagancia Fernando
Carvalho da Cunha, sexto avô do supplicante, o qual era bisneto de Alvaro Gil de Carva
lho, senhor do dito morgado, e de sua mulher D. Estephania Pereira, iraní do condestavel
D. Ñuño Alvares Pereira, como largamente conslava da sentenca, e que todos os referidos
e os mais expressados n'ella foram pessoas nobres das ditas familias de Teixeiras, Mace-
dos, Barros, e Carvalhos, das que tiveram ja seus brazoes de armas, e se trataram com
ellas, e com cavallos, criados, e toda a mais ostentazïio propria da nobreza, cujo trata-
menlo coriservava o supplicante.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Teixeiras, no segundo as
dos Macedos, no terceiro as dos Barros, e no quarto as dos Carvalhos. — Br. p. a 2 de
julho de 1787. Reg. no Cart, da N., liv. iv, fl. 13 v.
(C. C.)
1286. JOÄO TEIXEIRA DE CAIIVALHO BKANDÄO E BBITO, natural da casa e quinta
da capelia de Viade, termo da villa de Basto, íilho de Joáo Teixeira de Carvalho da Cunha
Coutinho, e de D. Joanna Leonor Brandâo da Rocha e Brilo ; neto paterno de Joáo Tei
xeira de Carvalho da Cunha Coutinho, cavalleiro professo na ordern de Christo, e de D.
Thereza de Mngnlhaes Magro; bisneto de Joâo Gnnçalves Carneiro, e de D. Maria de Car
valho da Cunha, todos senhores da mesma casa de Viade, sendo seus progenitores de mui
preclara nobreza, e entre outros seu sétimo avô Pedro da Cunha e Castro, íidalgo da casa
real; seu décimo avô Gonçalo Yaz Teixeira, sétimo senhor da honra e couto de Teixeira,
JOÀO THEODOEO 327
fllho de Joâo Gonçalves Tcixeira, senhor da mesma honra, neto de Martim Gonçalves de
Macedo, camareiro-môr do senhor rei D. Joâo i, e assim seu sétimo avô Fernâo Carvalho
da Cunha, fidalgo da casa real, e que serviu na India os postos de maior graduaçâo no
tempo do senhor rci D. Manuel, e era filho de Sebastiâo Alves de Carvalho, senhor do
morgado de Carvalho na provincia da Beira, e bisneto de Alvaro Gil de Carvalho, senhor
do mesmo morgado, e de D. Estephania Pereira, irmâ do condestavel de Portugal D. Nuno
Alvares Pereira, da quai D. Estephania é o supplicante décimo neto, e por parte materna
é neto de Jacomc Brandâo Carneiro Gaio, e de D. Francisca Clara da Rocha Teixeira e
Brito ; bisneto de Braz Brandfio Carneiro Gaio Souto-maior, e de D. Joanna de Meira Gal-
vâo; terceiro neto de Jacome Brandâo Carneiro, e de D. Jeronyma de Sousa, todos se-
flhores da mesma quinta, casa e torre ; sendo por parte da referida sua avó D. Francisca
Clara da Rocha Teixeira e Brito bisneto de Siimo Antonio da Rocha e Brito, cavalleiro da
ordern de Christo, fidalgo da casa real e alcaide-mór da villa da Barca, e de D. Antonia
Thereza Teixeira da Costa Soares, senhores da casa e torre de Aguiâo, termo da dita villa
da Barca ; terceiro neto de Joâo da Rocha e Brito de Aguiâo, cavalleiro da ordern de
Christo e fidalgo da casa real ; quarto neto de Jacome da Rocha e Brito, cavalleiro da or
dern de Christo, fidalgo da casa real, sargento-mór de infantería, governador de Valença,
e commissario geral das tropas na provincia do Minho na guerra da acclamacao, tendo
sido todos senhores da casa e torre de Aguiao.
Um escudo esqnartelado ; no primeiro quartel as armas dos Carvalhos, no segundo as
dos Cunhas, no terceiro as dos Brandoes, e no quarto as dos Rochas. — Br. p. a 10 de
marco de 1814. Reg. no Cart, da N., liv. vu, fl. 287.
(C. C.)
1287. JOÄO DE TEIVE, fidalgo da casa real, morador na ilha Terceira, filho de Diogo
de Teive, e neto de Lopo Affonso de Teive, que foram fidalgos e do tronco d'esta ge-
raçâo.
Carta pela qual el-rei D. Joâo ni Ihe concede o seguinte brazâo de seus antecessores :
— Escudo de campo de prata com nove torteases arvelas de vermelho, em tres palas; elmo
de prata aberlo guarnecido de oiro, paquife de prata e vermelho, e por timbre um leâo
pardo de prata, com as mesmas arvelas ; com todas as honras e privilegios de fldalgo por
descender da geraçâo e linhagem dos Teives. — Dada em Lisboa a 5 de outubro de 1530.
Reg. na Chañe, de D. Joâo ni, liv. ni, fl. 215.
1288. JOAO THEODOHO SARAIVA FRAGOSO DE VASCONCELLOS CARDOSO, bacharel
formado pela Universidade de Coimbra, habilitado para os logares de letras, natural e ca-
pitao-mór da villa de Manteigas ; filho do doutor Fernando José Saraiva, capitao-mór da
mesma villa, a quem os generaes, o conde dos Arcos e o conde de la Lippe especialmente
commelteram o governo, e commandante das guardas que com soldo e pao foram postas
na serra da Estrella na guerra do anno de 1762, e de sua mulher D. Anna Maria Soares
de Oliveira e Vasconcellos ; neto pela parte paterna de Joâo Saraiva, capitao-mór que foi
da dita villa, e de sua mulher D. Maria Josepha Cardoso de Gouvea, elle irmâo do padre
mestre D. Frei Manuel de S. Tliomaz, eremita calcado de Santo Agostinho, graduado em
theologia, provincial que foi na sua religiâo, académico da Real Academia da Historia por-
tugueza, bispo eleito de urna diocese ultramarina, e irmâo tambem do doutor Lourenço
Saraiva ; e ella filha do capitâo Francisco Rodrigues Cardoso, e de Bernarda Tinoco de
Gouvea, prima corn irmâ do doutor Domingos Marques Cardoso, desembargador da Rela-
cao do Porto, e corregedor do Civel da corte; bisneto de Fernando Saraiva; terceiro neto
de Domingos Saraiva, e de sua mulher Brites Alves de Paiva, irmâ do reverendo Fernando
Alves de Paiva, prior da villa de Mello ; e pela parte materna é o supplicante neto de Mar-
linho Fragoso de Vasconcellos, sargento-mór da villa de Monsanto, e de D. Anna Maria
Soares de Oliveira, filha de Sebastiâo Carraçâo, e neta de Pedro de Marrocos, governador
328 JOÃO XAVIER
1297. JOAQUIM ANTONIO DE ECA FICUEIRÓ DA GAMA LOBO, fllho de Carlos Antonio
de Figueiró, capitâo do regimentó de cavallaria de Olivença, e de sua mulher D.Anna Jo-
sepha de Eça da Gama Lobo; neto paterno de Joaquim Antonio de Figueiró, léñente do
regimentó de cavallaria de Alcántara, e de sua mullier D. Joaquina Venancia da Costa Pe-
reira ; neto materno de Duarte de Eca Faria Henriques, sargento-mór do regimentó de in
fantería da praca da colonia do Sacramento, e de sua mullier D. Catharina Lobo da Gama;
bisneto paterno de Carlos de Figueiró e Almeida, e de sua mulher ü. Tliereza Maria de
de Sousa, fillia de Luiz dos Santos Fragoso, coronel do regimentó de infantería de Vianna;
bisneto materno de D. Bernardo Sebastiao de Eca Faria Ilenriques, e de sua mulher D.
Francisca Josepha de Mello Marihone: terceiro neto paterno do capitao-múr Antonio da
Costa Lisboa, e de sua mulher I). Anna Josepha Pereira, e materno de D. Manuel de Eça
e Faria, e de sua mulher D. Isabel Antonia de Macedo ; quarto neto pela mcsma linha de
D. Duarte de Eça, e de sua mulher D. Maria de Oliveira; quinto neto pela mesma linha
de D. Antonio de Eça, moco íidalgo da casa real, e de sua mulher I). Clara Bernarda de
Villas-boas; sexto neto pela mesma linha materna de D. Joâo de Eça, irmâo germano de
D. Francisco de Eça, moco fídalgo da casa real com acrescenlamento de escudeiro fidalgo,
e de sua mulher D. Catharina Bernardes de Medeiros, filha de Antonio Yaz Bernardes de
Medeiros, instituidor do morgado da quinta da Foz, em Obidos; sétimo neto pela mesma
linha de D. Duarte de Eça Faria, fidalgo da casa real e capitâo de Maluco, e de sua mu
lher D. Leonor de Faria, filha de Pedro de Faria, íidalgo da casa real с goveraador de
Malaca, nos estados da India ; oitavo neto pela mesma linha materna de D. Joâo de Eca,
fidalgo da casa real e do conselho do senhor rei D. Joíio m, e alcaide-mór de Villa-vicosa,
e de sua mulher D. María de Oliveira de Eça ; nono neto de D. Fernando de Eça, alcaide-
mór de Villa-viçosa, e de sua mulher D. Joanna de Saldanha, filha de Fernâo Lopes de
Saldanha, contador-mór de Castella, e camareiro de el-rei D. Joao и d'aquelle reino ; dé
cimo neto de D. Fernando, o primeiro que se appellidou de Eça, por ser senhor da villa
d'esté nome no reino de Galliza, por doaçâo que Ihe fez o seu parente D. Fradique de
Castro, duque de Argalla; undécimo neto do infante D. Joao e da infanta D. Maria Telles
de Menezes ; duodécimo neto do senhor rei D. Pedro i, e de sua segunda mulher a se-
nhora rainha D. Ignez de Castro.
Um escudo com as armas dos Eças. — Br. p. a 20 de outubro de 1812. Reg. no
Cart, da N., liv. vu, fl. 26o.
(C. C.)
1298. JOAQUIM ANTONIO DA FONSECA, cavalleiro professo da ordern de Christo, the-
soureiro geral da Bulla nos bispados de Elvas e Porlalegre, actual vereador na cidade de
Portalegre, filho do capitâo Joâo Baptista da Fonseca, cavalleiro professo na ordern de
Christo, e de sua mulher D. Luiza Maria do Pilar; neto pela parte paterna de Manuel da
Fonseca, e de sua mulher Isabel Maria Michaela; e pela materna de Salvador Pereira Bor
ges, e de sua mulher D. Isabel María do Pilar.
Um escudo esquarlelado ; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Fonsecas, no
segundo as dos Pereiras, e no terceiro as dos Borges. — Br. p. a 21 de abril de 1777.
Reg. no Cart, da N., liv. u, fl. 133.
(C. C.)
1299. JOAQUIM ANTONIO DE LEMOS SEIXAS E CASTEL-BRANCO, filho natural reco-
nhecido do reverendo Antonio de Lemos Seixas de Castel-branco, fidalgo capellâo da casa
real, e abbade da egreja de S. Martinho de Sande, e de Rosa Luiza, havido antes que se
ordenasse; neto paterno de Francisco Xavier de Lemos Seixas e Castel-branco, fidalgo ca
valleiro da casa real, e commendador da ordern de S. Tiago da Espada, sendo este irmlo
de D. Joanna Rila de Lacerda Caslel-branco, primeira viscondessa do Real Agrado, e ba-
roneza do mesmo titulo, e o referido Antonio de Lemos Seixas de Castel-branco, рае do
JOAQUIM ANTONIO 331
(C. C.)
1310. JoAQUIM DA CostA LIMA CUNHA, natural de Villa-nova de Gaia, cavalleiro
professo na ordem de Christo, e negociante matriculado; filho de André da Costa Lima,
e de sua mulher D. Anna Angelica da Cunha; neto paterno de André da Costa Lima, e
de sua mulher D. Catharina Gomes; e materno de Christovão da Cunha e Silva, e de sua
mulher D. Apollonia Maria do Sacramento; bisneto por este mesmo lado de José Guedes
da Silva Pinto, e de sua mulher D. Isabel da Piedade Cunha; terceiro neto de Simão Pinto
Cardoso, e de sua mulher D. Maria Rebello; terceiro neto egualmente por parte de sua
referida bisavó D. Isabel da Piedade Cunha de Manuel Gonçalves, e de sua mulher D. Fran
cisca da Piedade; quarto neto de João Nunes Ferreira, e de sua mulher D. Marinha da
Cunha; quinto neto de Pantaleão da Cunha, e de sua mulher D. Francisca da Silva; sexto
neto de Manuel da Cunha, e de sua mulher D. Helena de Jesus.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Costas, no segundo as
dos Limas, no terceiro as dos Silvas, e no quarto as dos Cunhas. —Br. p. a 19 de maio
de 1828. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 226 v.
(C. C.)
1311. JoAQUIM DA CosTA SEQUEIRA, natural e cidadão da cidade de S. Paulo, capi
tão de cavallaria auxiliar das Minas do Cuiabá, e nas mesmas juiz das medições e demar
cações das Sesmarias; filho de Ignacio da Costa Sequeira, cidadão da cidade de S. Paulo,
e de sua mulher D. Maria Josepha Velloso; neto pela parte paterna de João da Costa de
Sequeira, e de sua mulher Isabel da Costa; neto pela parte materna de Manuel Velloso de
Carvalho, capitão das ordenanças da dita cidade, e de sua mulher D. Ignacia Vieira, e por
esta bisneto de Francisco Vieira, que passando á cidade de S. Paulo foi o tronco da fa
milia do seu appelido, e de sua mulher Isabel Manuel de Sousa, filha de Manuel Alvares
de Sousa, e de sua mulher Maria Carneiro, filha de Sebastião Coelho Barradas, e de sua
mulher D. Catharina de Barros, filha de Jorge de Barros Fajardo, cavaleiro hespanhol, e
de sua mulher D. Anna Maciel. -
(C. C.
Leal, e de sua mulher D. Rosa Maria de Jesus Ferreira; bisneto de João Simões Leal, e
de sua mulher D. Luiza de Oliveira; bisneto egualmente por sua referida avó D. Rosa Ma
ria de Jesus Ferreira, de Manuel Ferreira, e de sua mulher D. Isabel da Silva; neto ma
terno do capitão André da Costa, e de sua mulher D. Anna Angelica da Cunha; bisneto
por este mesmo lado de André da Costa Lima, e de sua mulher D. Catharina Gomes dos
Reis; bisneto egualmente por sua referida avó D. Anna Angelica da Cunha, de Christovão
da Cunha, e de sua mulher D. Apollonia Maria do Sacramento.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Leaes, no segundo as
dos Oliveiras, no terceiro as dos Limas, e no quarto as dos Cunhas. — Br. p. a 28 de
maio de 1828. — Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 228 v.
(C. C.)
1313. JoAQUIM DA CUNHA LIMA, natural de Villa-nova de Gaia, do conselho de Sua
Magestade, fidalgo cavalleiro da casa real, commendador da ordem de Christo, cavaleiro
da de Nossa Senhora da Conceição de Villa-viçosa, e da da Torre e Espada, coronel com
mandante do extincto batalhão de caçadores nacionaes da serra do Pilar; filho de Theo
doro de Oliveira Leal, e de sua mulher D. Anna da Cunha Lima; neto paterno de José
de Oliveira Leal, e de sua mulher D. Rosa Maria de Jesus Ferreira; bisneto de João Si
mões Leal, e de sua mulher D. Luiza de Oliveira; bisneto egualmente por sua referida
avó D. Rosa Maria de Jesus Ferreira, de Manuel Ferreira, e de sua mulher D. Isabel da
Silva; neto materno do capitão André da Costa Lima, e de sua mulher D. Anna Angelica
da Cunha; bisneto por este mesmo lado de André da Costa Lima, e de sua mulher D. Ca
tharina Gomes dos Reis; bisneto egualmente por sua referida avó D. Anna Angelica da
Cunha, de Christovão da Cunha, e de sua mulher D. Apollonia Maria do Sacramento.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Cunhas, e na segunda as dos
Limas. — Br. p. a 30 de agosto de 1847. — Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 329.
(C. C.)
1314. JoAQUIM DUARTE CoELHO Do REGo CERQUEIRA E SILVA, natural da fregue
zia de S. Martinho de Dume, termo da cidade de Braga, e morador na sua quinta do Rego,
capitão-mór das ordenanças de Chavão; filho de Domingos Duarte Cerqueira Coelho, e de
sua mulher D. Anna Joaquina Duarte da Silva; neto paterno de Antonio Duarte Cerqueira,
e de sua mulher D. Antonia Duarte; e materno de José Alves da Silva Ferraz, e de sua
mulher D. Francisca da Silva.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Cerqueiras, e na segunda as
dos Silvas. — Br. p. a 17 de março de 1826. Reg. no Cart. da N., liv. "%"); * V.
(C. C.
1315. JoAQUIM DUARTE Coelho Do RE Go CERQUEIRA E SILVA, natural da fregne
zia de S. Martinho de Dume, termo da cidade de Braga, e capitão-mór das ordenanças de
Chavão; filho de Domingos Duarte Cerqueira Coelho, e de sua mulher D. Anna Joaquina
Duarte da Silva; neto paterno de Antonio Duarte Cerqueira, e de sua mulher D. Antonia
Duarte; e materno de José Alves da Silva Ferraz, e de sua mulher D. Francisca da Silva.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Cerqueiras, no segundo
as dos Coelhos, no terceiro as dos Regos, e no quarto as dos Silvas.— Br. p. a 30 de ja
neiro de 1828. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 216.
(C. C.)
1316. JoAQUIM ELISEU DA FoNs EcA RosADo, natural de Estremoz, fidalgo caval
leiro da casa real, vereador da Camara municipal de Estremoz, e proprietario; filho de
Joaquim Manuel da Fonseca Rosado, proprietario, e de sua mulher D. Candida Perpetua
Arruda; neto paterno de João Rosado Maio, e de sua mulher D. Maria Rita da Fonseca;
JOAQUIM FREIRE 335
1322. JoAQUIM GoMEs DA SILVA BELFoRT, cavaleiro fidalgo da casa real, e caval
leiro da ordem de Sant'Iago da Espada, formado em leis, e habilitado para os logares de le
tras, natural da cidade de S. Luiz do Maranhão; filho de Filippe Marques da Silva, caval
leiro fidalgo da casa real, irmão do coronel do regimento de milicias José Antonio Gomes
de Sousa, a quem se passou brazão de armas a 28 de setembro de 1788, e de sua mu
lher D. Ignacia Maria Freire Belfort da Silva; neto o supplicante por parte paterna do sar
gento-mór Antonio Gomes de Sousa, e de sua mulher D. Marianna das Neves; bisneto de
Filippe Marques da Silva, almoxarife que foi da Real Fazenda na dita cidade de S. Luiz do
Maranhão, e de sua mulher D. Rosa Maria de Jesus.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Sousas, e na segunda as dos
Gomes. — Br. p. a 14 de fevereiro de 1802. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 191.
(C. C.)
1323. JoAQUIM GUILHERME DA CostA PossER, professo na ordem de Christo, ca
valeiro fidalgo da casa real, e oficial da Secretaria de Estado dos negocios do reino, filho
de Gaspar da Costa Posser, e de sua mulher D. Isabel Espinosa Massuellos; neto pela
parte paterna do capitão José da Costa, e de sua mulher D. Maria Posser; neto pela parte
materna de D. Pedro de Torres Massuellos, e de sua mulher D. Damiana Maria Teixeira.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Costas, e na segunda as dos
Massuellos. — Br. p. a 27 de julho de 1795. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 73 v.
(C. C.)
1324. JoAQUIM GUILHERME DA CosTA PossER, cavaleiro fidalgo da casa real, ca
valeiro da ordem de Christo, e oficial da Secretaria de Estado dos negocios da marinha
e dominios ultramarinos; filho de José Theotonio da Costa Posser, cavalleiro fidalgo da
casa real, cavaleiro professo na ordem de Christo, e oficial maior graduado da Secretaria
de Estado dos negocios da marinha e dominios ultramarinos, e de sua mulher D. Joaquina
Romana de Mendonça Escarlati; neto paterno de Gaspar da Costa Posser, cavalleiro fidalgo
da casa real, cavalleiro professo na ordem de Christo, e oficial da Secretaria de Estado
dos negocios do reino, e de sua mulher D. Isabel Espinosa de Massuellos; e materno de
Caetano Escarlati, cavalleiro professo na ordem de Christo, e de sua mulher D. Maria Di
niz Thereza. •
(C. C.
1325. JoAQIM IgNAcio DE CARVALHo, freire conventual e professo na ordem militar
de S. Bento de Aviz, e prior do Juizo do Hervidal, egreja da dita ordem; filho de José
Rodrigues de Carvalho, e de D. Joanna Maria Delgado; neto pela parte paterna de Amaro
Rodrigues de Carvalho, e de D. Maria Josepha; e pela parte materna do capitão João da
Costa Machado, e de D. Theodosia Delgado; bisneto por parte paterna de Antonio Fer
JOAQUIM IGNACIO 337
1350. JoAQUIM JosÉ Dos SANTos CAÇÃo, professo na ordem de S. Bento de Aviz,
fidalgo cavalleiro da casa real, e chefe de esquadra das reaes armadas; filho do capitão
tenente Antonio dos Santos Cação de Carvalho, e de sua mulher D. Catharina de Lima e
Vilhena; neto por parte paterna de Francisco de Carvalho, e de sua mulher D. Antonia
Maria; neto por parte materna de José Gomes Manuel de Vilhena, e de sua mulher D. Je
ronyma Francisca.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Carvalhos, na segunda as
dos Vilhenas. — Br. p. a 7 de setembro de 1799. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 99 v.
(C. C.)
ção de Carvalho, cavalleiro fidalgo, e oficial da casa real no exercicio de escrivão proprie
tario das moradias dos moradores d’ella, e de sua mulher D. Margarida Rosa Thereza Joa
quina Dorgier Garção; neto paterno de Ruy Garção de Carvalho, que teve o mesmo foro
no referido exercicio de escrivão das moradias, thesoureiro-mór do Reino, thesoureiro-mór
da Junta dos tres estados, thesoureiro geral dos Portos-seccos, e escrivão da Sevadaria, e
de sua mulher D. Margarida Thereza Gertrudes Dorgier Campello de Andrade; bisneto de
Antonio Garção, e de sua mulher D. Catharina Barreto de Simas; terceiro neto de Manuel
Garção de Carvalho, cavalleiro fidalgo e escrivão das moradias, e de sua mulher D. Fi
lippa Pessoa Barbuda do Quintal; quarto neto de Luiz Garção de Carvalho, moço da ca
mara do senhor rei D. Afonso VI, e cavalleiro fidalgo da casa real, e de sua mulher
D. Guiomar Toscano. -
quim Maria da Cunha Lima, irmão de Joaquim da Cunha Lima, e sobrinho de Joaquim
da Costa Lima, irmão da sobredita sua mãe, aos quaes já se passou brazão de armas.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Cunhas, no segundo as
dos Limas, no terceiro as dos Costas, e no quarto as dos Silvas. — Br. p. a 10 de maio
de 1839. — Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 293 v.
(C. C.)
1364. JoAQUIM PEDRo BoRRALHo, capitão de infanteria paga da cidade de Belem,
do Grão-Pará, natural da villa de Olivença; filho do capitão Manuel Henrique Borralho, e
de sua mulher D. Catharina Maria da Silva; neto pela parte paterna de Domingos Correa
de Azevedo, governador de Ouguella, com patente de tenente coronel, e de sua mulher
D. Maria Benedicta; neto pela parte materna de Domingos Sebastião, lavrador da Penha
do Gato, de terras suas, e de sua mulher D. Maria Francisca Ephigenia; sendo o mesmo
supplicante irmão de Francisco Rodrigues Borralho, que faleceu em Goa, com a patente
de coronel, e de João Borralho de Andrade, capitão de granadeiros na referida cidade do
Grão-Pará, e de Silvestre Joaquim Pedro Borralho, primeiro tenente commandante da ter
ceira companhia do primeiro regimento da real armada.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Correas, no segundo as
dos Azevedos, no terceiro as dos Borralhos, e no quarto as dos Silvas. — Br. p. a 12 de
outubro de 1795. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 96.
(C. C.)
1365. JoAQUIM PEDRo DE CASTEL-BRANCo, filho do doutor Mauricio José de Castel
branco Manuel, e de sua mulher D. Maria Dionysia do Freitas Mendonça; neto paterno do
doutor José Fernando da Costa Manuel, e de sua mulher D. Maria Josepha Mendes de
Castel-branco; e materno do capitão Francisco de Abreu e Freitas, e de sua mulher
D. Joaquina de Freitas; sexto neto pela mesma linha de Leonardo de Miranda Espinola.
a quem se passou brazão de armas a 20 de maio de 1651; este neto de Leão Espinola,
moço fidalgo da casa real, terceiro neto de Antonio Espinola, a quem tambem se passou
brazão de armas no anno de 1519; setimo neto pela mesma linha materna de Gaspar Ro
drigues Teixeira, a quem egualmente se passou brazão de armas em 1535.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Castel-brancos, no se
gundo as dos Freitas, no terceiro as dos Teixeiras, e no quarto as dos Espinolas. — Br.
p. a 15 de junho de 1857. Reg, no Cart. da N., liv. Ix, fl. 17. C.)
(C. C.
dalgo da casa real, accrescentado a cavaleiro fidalgo, que é sobrinho pelo mesmo lado de
José Francisco Hercules Collaço, escudeiro fidalgo da casa real, accrescentado a cavalleiro
fidalgo.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Albuquerques, e na segunda
as dos Collaços. — Br. p. a 24 de outubro de 1832. Reg. no Cart. da N., % #"264.
(C. C.
1385. JoRGE ANNES DE SÁ, fidalgo de cota de armas.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de armas de seus
antecessores: — Escudo de campo enxaquetado de prata e azul, e por diferença uma mer
leta preta; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e azul, e por tim
bre um pescoço e cabeça de bufaro preto com os paus e gretado de oiro; com todas as
honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Sás. — Dada em
Lisboa a 20 de dezembro de 1526. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xvII, fl. 121.
1386. JoRGE CAMELLo, fidalgo da casa real.
Carta pela qual el-rei D. Manuel lhe concede e a seus descendentes o seguinte bra
zão de armas de seus antecessores : — Escudo de campo de prata e tres vieiras de azul
riscadas de oiro, e um triangulo, e por differença uma merleta preta, elmo de prata aberto,
paquife de prata e azul, e por timbre um pescoço de camello com cabeça de sua côr;
com todas as honras e privilegios de nobres e fidalgos, por descender da nobre linhagem
dos Camellos. — Dada a 28 de janeiro de 1515. Reg. na Chanc. de D. Manuel, liv. xxxv,
fl. 121 v., e liv. VI de Mist., fl. 180.
— Escudo de campo vermelho com uma aguia preta estendida, com os pés e bico de oiro,
que sustem um escudinho fretado de oiro e vermelho, que lhe cobre todo o corpo á exce
pção da cabeça, pés, as pontas das azas e o rabo; elmo de prata aberto guarnecido de
oiro, paquife de oiro, preto e vermelho, e por timbre meia aguia de preto que sae do elmo
com uma correa no bico, e por diferença uma brica de prata; com todas as honras e pri
vilegios de fidalgo por descender da geração dos Correas. — Dada em Lisboa a 18 de fe
vereiro de 1540. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. L, fl. 17 v.
# JoRGE FERNANDES DE BADAJoz, morador em Lisboa, filho de Fernão de
Badajoz.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de sues antecesso
res: — Escudo de campo de oiro com um S. João Baptista com capa vermelha, tendo na
mão um castello de prata com as portas e frestas pretas; elmo de prata guarnecido de
oiro, paquife de oiro e vermelho, e por timbre o mesmo castello; com todas as honras e
privilegios de fidalgo, por descender de Fernão de Badajoz. — Dada em Lisboa a 15 de
outubro de 1530. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. LII, fl. 205.
1390. JoRGE FERNANDES DE VILLA-NovA, moço da camara real, e cavalleiro da or
dem de S. Tiago, filho de Pedro de Villa-nova, que foi physico e cirurgião da casa real.
Carta pela qual el-rei D. Sebastião lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo verde e uma bicha de oiro, por nome tiro, picada de preto,
com a lingua vermelha e o rabo retornado para cima, e os pés picados do mesmo, e por
diferença um crescente de prata; elmo de prata cerrado abaulado na vista e guarnecido
de oiro, paquife de oiro, verde e preto, e por timbre ametade da bicha; com todas as
honras e privilegios de fidalgo por descender da geração dos Villa-novas. — Dada em Lis
boa a 16 de janeiro de 1562. Reg. na Chanc. de D. Sebastião, liv. III, fl. 121.
1391. JoRGE FRoEs (Frei), morador em Rhodes.
Carta pela qual el-rei D. Manuel lhe concede e a seus descendentes o seguinte bra
zão de seus antepassados : — Escudo em campo azul com tres crescentes de oiro apon
tados, elmo de prata aberto, paquife de oiro e azul, e por timbre uma pomba de prata
com umas, flôres azues no bico; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descen
der da nobre linhagem dos Froes. — Dada em Lisboa a 30 de setembro de 1517. Reg.
na Chanc. de D. Manuel, liv. VI de Mist., fl. 155.
1392. JoRGE GARCIA MALDoNADO, natural da barca da Regoa, filho de Gonçalo Gar
cia Maldonado, e neto de João Alvares Maldonado, que foi do tronco d'esta geração e fi
dalgo muito honrado.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo vermelho com cinco flores de liz de oiro em aspa, e por diferença
uma estrella de prata; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e verme
lho, e por timbre meia lebre de prata com um colar de oiro ao pescoço; com todas as
honras de nobre e fidalgo por descender da geração e linhagem dos Maldonados. —- Dada
em Evora a 7 de outubro de 1535. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. x, fl. 179 v.
1393. JoRGE GoMES DE CARVALHos.A PALHAvÃ, cavalleiro fidalgo da casa real, fi
lho de Ruy Gomes de Carvalhosa Palhavã, e neto de Ruy Gomes de Carvalho Palhavã, e
bisneto de Gomes Lourenço Palhavã, que foi fidalgo muito honrado e chefe d’esta geração.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo azul e quatro torres de prata lavradas, com as portas e frestas de
preto, duas em chefe e duas ao pé, e no meio d’ellas um molho de palha com as espigas
de oiro atado de vermelho; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro,
JOSÉ DE ABRANCHES 353
azul, prata e vermelho, e por timbre dois braços armados que saem do elmo, com o
mesmo mólho nas mãos; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da
geração e linhagem dos Palhavãs.—Dada em Lisboa a 31 de julho de 1540. Reg. na Chanc.
de D. João III, liv. L, fl. 201 v.
1394. JoRGE DE PAvIA, fidalgo da casa real, filho de Vasco Martins de Pavia, e neto
de Martim Affonso de Pavia, que foi fidalgo muito honrado, e o chefe e morgado d'esta
eração.
9 Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo de prata com sete escaques de preto; elmo de prata aberto guarne
cido de oiro, paquife de prata e preto, e por timbre um leão, da cinta para cima de prata
enxaquetado de preto; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da ge
ração e linhagem dos Pavias. — Dada em Evora a 30 de janeiro de 1537. Reg. na Chanc.
de D. João III, liv. XXIII, fl. 14 v.
1395. JoRGE Do RE Go, cavalleiro fidalgo da casa real, filho de Francisco do Rego, ca
valeiro fidalgo da casa real; neto de Ruy Colaço do Rego, e de Briolanja de Abreu, que
foram fidalgos muito honrados e do tronco d'estas gerações.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus anteces
sores: — Escudo de campo esquartelado; o primeiro de verde com uma banda ondada
de agua, e n’ella tres vieiras de oiro, o segundo de vermelho com cinco cotos de aguia de
oiro, em aspa, e por diferença um trifolio de oiro picado de azul; elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de oiro, vermelho e verde, e por timbre um dos cotos; com
todos as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Regos
e Abreus.—Dada em Lisboa a 21 de fevereiro de 1539. Reg. na Chanc. de D. João III,
liv. XXVII, fl. 16
(C. C.)
1400. JosÉ AFFONso PEREIRA, natural da villa de Ponte de Lima, filho de Manuel
Affonso Pereira, cavalleiro professo na ordem de Sant'Iago da Espada, e de sua mulher
D. Maria Joaquina de Sousa; neto pela parte paterna de Manuel Affonso Pereira, e de sua
mulher D. Maria Gonçalves Pereira; bisneto por parte paterna de André Afonso, e de sua
mulher D. Natalia Pereira; e por parte materna de Lazaro Gonçalves, e de sua mulher
Apolonia de Araujo; terceiro neto por parte paterna de Diogo Peres Pereira; e por parte
materna de João Gonçalves Gil, e de sua mulher Maria de Araujo.
Um escudo, e n'elle as armas dos Pereiras. — Br. p. a 21 de julho de 1798. Reg. no
Cart. da N., liv. VI, fl. 36.
(C. C.)
1401. JosÉ ALEMÃO DE MENDoNÇA CIsNEIR os DE FARIA, cavalleiro fidalgo da casa
real, e natural do logar da Vermelha, termo da villa do Cadaval; filho de Nuno de Faria
Franco Pimentel, cavaleiro fidalgo da casa do senhor rei D. Pedro II, professo na ordem
de Christo, e de sua mulher D. Marianna de Mendonça e Abreu Gomes de Cisneiros; neto
paterno de Ascenço Lopes Franco, sargento-mór que foi do castello da villa de Ferreira
d'Aves, e de sua mulher D. Juliana Maria de Faria; bisneto de Luiz de Mattos Camões,
moço da camara, e de sua mulher D. Simôa de Faria Pimentel; neto materno de Manuel
Gomes Alemão de Cisneiros, e de sua mulher Maria de Abreu França; bisneto de Sebas
tião Pereira Pacheco, e de sua mulher Catharina Alemão de Mendonça e Cisneiros; ter
ceiro neto do capitão João Gomes Martins, e de sua mulher Joanna Alemão de Cisneiros;
quarto neto de Braz Alemão de Cisneiros, cavalleiro fidalgo, professo na ordem de Christo,
sargento-mór da villa da Pederneira e coutos de Alcobaça, e governador do forte de
Nossa Senhora da Nazareth, a quem se passou brazão com as armas dos Cisneiros aos 5
de março de 1575, do qual consta foi moço da camara, e armado cavalleiro nos campos
de Tanger; quinto neto de Diogo Alemão de Cisneiros; sexto neto de Affonso de Cisnei
JOSÉ DE ALMEIDA 355
ros; setimo neto de Francisco Rodrigues de Cisneiros; oitavo neto de João de Cisneiros,
descendente legitimo por linha masculina do conde D. Rodrigo Gonçalves, senhor da villa
de Cisneiros, pagem da lança do senhor rei D. Afonso VI de Leão, e que procedia por li
nha legitima do infante D...... o Cego, e de sua mulher a infanta D. Christina, esta filha
do rei D. Bermudo, e da rainha D. Velasquida, elle filho do rei D. Ramiro II do dito
reino de Leão, e da rainha D. Thereza.
As armas dos Farias e Cisneiros. —Br. p. a 24 de janeiro de 1753. Reg. no Cart.
da N., liv. particular, fl. 60.
(C. C.)
1402. JosÉ ALEXANDRE DA CosTA, natural da cidade de Lamego, do real Desem
bargo, cavalleiro da ordem de Christo, e corregedor do civel d’esta cidade; filho de Ale
xandre José da Costa, e de sua mulher D. Anna Bernarda de Magalhães; neto paterno de
José Ferreira de Magalhães, e de sua mulher D. Maria Thereza da Costa; bisneto de Simão
da Costa e Couto.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Costas, e na segunda as dos
Coutos. — Br. p. a 11 de agosto de 1824. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 112.
(C. C.)
1403. JosÉ ALIPIO DE SousA GUEDES DA GAMA, da villa de Soutello, comarca de
Trancoso; filho de Manuel Monteiro Guedes da Gama, monteiro-mór da mesma villa, e de
sua mulher D. Iria Thereza de Sousa, e sobrinho do padre Francisco Guedes da Gama,
presbytero do habito de S. Pedro, formado pela Universidade de Coimbra, e abbade da
egreja de Sant'Iago das Pesqueiras; neto pela parte paterna de Luiz Fernandes Guedes da
Gama, e de sua mulher D. Luiza Monteiro; e pela materna de Pedro José de Sousa Lobo,
e de sua mulher D. Josepha Maria Guedes da Gama. -
1410. JosÉ ALVES DA SILVA, natural da Bahia, no Brazil, filho de José Alves da Silva,
familiar do Santo Oficio, natural da villa de Vianna, e de sua mulher D. Agueda Maria
do Sacramento, natural da villa da Cachoeira, arcebispado da cidade da Bahia; neto pela
parte paterna de Francisco Alvares de Carvalho, e de sua mulher D. Maria Alvares da
Silva; e pela materna do tenente coronel Lourenço Correa Lisboa, e de sua mulher D.
Maria de Magalhães.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Carvalhos, no segundo
as dos Silvas, no terceiro as dos Correas, e no quarto as dos Magalhães. — Br. p. a 5 de
novembro de 1771. Reg. no Cart. da N., ltv. I, fl. 162 v.
(C. C.)
1411. JosÉ ANICETo DE SousA (Doutor), oficial da ordem da Rosa no imperio do
Brazil, filho do capitão-mór Antonio José de Sousa, e de sua mulher D. Jesuina de Bran
dão Velloso; neto paterno do capitão Antonio José de Sousa, a quem se passou brazão
JOSÉ ANTONIO 357
1423. JosÉ ANToNIo DA FoNSECA, natural da cidade de Viseu, filho de José Anto
nio da Fonseca, e de sua mulher D. Perpetua Maria da Costa; neto paterno de Francisco
Mendes Furtado, e de sua mulher D. Brites Lopes da Fonseca; e materno de Luiz No
vaes da Costa, e de sua mulher D. Francisca Xavier.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Fonsecas, e na segunda as
dos Costas. — Br. p. a 30 de julho de 1825. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 155 v.
(C. C.)
1425. JosÉ ANToN1o GoMEs DE MoURA, bacharel em leis pela Universidade de Coim
bra, filho de Antonio Gonçalves, e de sua mulher Maria Gomes; neto paterno de Bertholo
Gonçalves, e de sua mulher Catharina Gomes, e materno de Filippe Teixeira, e de sua
mulher Maria Gomes.
Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Mouras, no
segundo as dos Gomes, e no terceiro as dos Borges. — Br. p. a 12 de agosto de 1815.
Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 319 v.
(C. C.)
1426. JosÉ ANToNIo GoMES DE SousA, cavalleiro professo na ordem de Christo, co
ronel do regimento de milicias de Itapicurú, da capitania do Maranhão, d’onde é natural;
filho do sargento-mór Antonio Gomes de Sousa, e de sua mulher D. Marianna das Neves;
neto de Filippe Marques da Silva, almoxarife que foi da real fazenda na cidade do Mara
nhão, e de sua mulher D. Rosa Maria de Jesus.
360 JOSÉ ANTONIO
mendador de Anciães, a quem se passou brazão de armas das familias de seus appellidos;
neto materno de Antonio de Araujo Carneiro, e de sua mulher Anna Ferreira, filha de
Gaspar Ferreira, e de sua mulher Isabel Fernandes; bisneto de Ignacio da Costa, e de
sua mulher Marianna Carneiro.
As armas dos Pintos, e Teixeiras. —Br. p. a 22 de julho de 1758. Reg. no Cart. da
N., liv. particular, fl. 117 v.
(C. C.)
1447. JosÉ ANToNIo TEIXEIRA VAz SousA, natural da villa de Fontes, bispado do
Porto, proprietario, filho de Manuel Teixeira, proprietario, e de sua mulher D. Dionysia
Maria de Sousa; neto paterno de José Manuel de Almeida, proprietario, e de sua mulher
D. Anna da Cunha e Almeida, e materno de Antonio Alves Vaz, e de sua mulher D. Maria
Alves de Sousa.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Teixeiras, e na segunda as dos
Sousas. — Br. p. a 18 de janeiro de 1856. Reg. no Cart. da N., liv, Ix, fl. 7.
(C. C.)
1448. José ANToN1o TELLEs PAMPLoNA CoRoNEL, segundo tenente do real corpo
de engenheiros, e lente do primeiro anno de mathematica da cidade de Angra na ilha Ter
ceira, filho de Antonio Telles Pamplona Coronel, e de sua mulher D. Innocencia Jordão;
neto por parte paterna de Lourenço Antonio Telles Pamplona Coronel, e de sua mulher
D. Therezadadecasa
escudeiro Jesus Pamplona,
real, e de suae mulher
por parte
D. materna
Maria dedeSousa.
Manuel Antonio de Sousa, fidalgo
•
par Carneiro, instituidor do vinculo que possuiu o mesmo supplicante, que na egreja de
Miranda do Corvo tem sua sepultura.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Almeidas, no segundo as
dos Serras, no terceiro as dos Arnaus, e no quarto as dos Carneiros. — Br. p. a 20 de
dezembro de 1771. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 165 v.
(C. C.)
1452. JosÉ ARoUCHE DE ToLED o RENDoN (Bacharel), mestre de campo do segundo
terço auxiliar de Serra-acima, da capitania de S. Paulo, d’onde é natural; filho de Agos
tinho Delgado Arouche, cidadão da mesma cidade, guarda-mór das terras e aguas mine
raes da villa de Pernaiba, e mestre de campo do terço auxiliar da villa de Pernagua, da
mesma capitania, e de D. Maria Thereza de Araujo Rendon; neto por parte paterna do
sargento-mór Francisco Nabo Freire, e de D. Anna Pires de Barros; neto pela parte ma
terna de Diogo de Toledo Lara, capitão-mór que foi e regente das minas de Paranampa
nema, que descobriu á sua custa, e de D. Angela de Sequeira Rendon Quevedo; bisneto
por parte paterna de João de Toledo Castelhanos, e de D. Maria de Lara, filha de Lou
renço Castanho Taques, governador que foi da leva do descobrimento das Minas-geraes,
pelo que recebeu honrosissimas cartas do senhor rei D. Pedro II, e de D. Maria de Lara;
terceiro neto pelo mesmo lado de D. Simão de Toledo Piza, natural da cidade de Angra,
d'onde depois de militar nas armadas e presidios de Castella se passou para a referida
cidade de S. Paulo, onde foi o tronco e chefe da familia do seu appelido, e de D. Maria
Pedrosa; quarto neto pelo mesmo lado de outro D. Simão de Toledo Piza, governador
que foi do castello de S. Filippe da cidade de Angra, e de D. Garcia da Fonseca Rodo
valho; quinto neto pelo mesmo lado de D. João de Toledo Piza, fidalgo da illustrissima
casa de Silva de Tormes, duques de Alva e condes de Orepeza, e de D. Anna Castelha
nos; bisneto por parte materna de D. Francisco Mattheus Rendon, e de D. Maria de
Araujo, filha de D. Pedro Taques de Almeida, fidalgo da casa real, capitão-mór, gover
nador e alcaide-mór da capitania de S. Vicente e S. Paulo, e administrador geral das al
deias do real padroado da mesma capitania, e de D. Angela de Sequeira; terceiro neto
de D. Pedro Mattheus Rendon, e de D. Maria Moreira Cabral; quarto neto de D. João
Mattheus Rendon, illustre fidalgo da cidade de Coria no reino de Leão, d’onde se passou
com dois irmãos para o Brazil, militando na armada de Castella, que com a de Portugal
foi restaurar a cidade da Bahia do poder dos hollandezes, em praça de soldados, vencendo
tres escudos, além do soldo, e d’alli se passou á mencionada cidade de S. Paulo, onde
depois de estabelecido levantou á sua custa uma companhia de infanteria para a restau
ração de Pernambuco, e de D. Maria Bueno da Ribeira, filha de Amador Bueno da Ribeira,
capitão-mór e governador da capitania de S. Vicente e S. Paulo, e na mesma ouvidor, e
provedor da Fazenda real; quinto neto de D. Pedro Mattheus Rendon, fidalgo de vingar
quinhentos soldos, segundo o foro de Hespanha, e regedor que foi das Justiças pelo estado
de fidalgo da villa de Ocanha, e de D. Magdalena Clemente de Alarcão Cabeça de Vacca.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Toledos, e na segunda as
dos Rendons. — Br. p. a 22 de outubro de 1796. Reg. no Cart. da N., liv. v, fl. 154.
(C. C.)
1453. JosÉ DE Assis PoRTUGAL TAVEIRA DE SousA GUEDES PINTo MoURÃO
LEITÃO DE ALMEIDA, filho do capitão José Manuel de Taveira, e de sua mulher D. Maria
de S. Bento Teixeira de Sousa; neto materno de Lourenço Guedes de Sousa Pinto Mourão,
capitão-mandante do regimento de infanteria da guarnição da praça de Chaves, e admi
nistrador do morgado de Nossa Senhora da Conceição de Villa-pouca de Aguiar da Penha,
provincia de Traz-os-montes; bisneto de Lucas Guedes Pinto, e de sua mulher D. Maria
de Sousa Chaves, instituidores do dito morgado; terceiro neto de Manuel Guedes Pinto,
senhor do antigo morgado e capella de Santo Antonio de Senha-ana, e familiar do Santo
JOSÉ BENTO 367
1454. JosÉ BAIÃO BARAHoNA, filho de Antonio Pereira de Vilhena, e de sua mulher
D. Margarida Martins Januaria de Barahona; neto paterno de Francisco Pereira de Vilhena,
e de sua mulher D. Caetana das Neves; neto materno de Manuel Baião de Barahona, e de
Caetana Januaria; e a dita sua mãe era irmã de Domingos Martins Januario de Barahona,
pae de Manuel Martins Cebolinho, a quem se passou brazão em 21 de julho de 1710.
As armas dos Barahonas. — Br. p. a 9 de agosto de 1754. Reg, no Cart. da N.,
liv. particular, fl. 76 v.
(C. C.)
1455. JosÉ BAPTISTA PIMENTA CoRREA, morador na sua quinta de Villar, termo da
villa de Tondella, comarca de Viseu; filho do doutor Thomaz Marques Pimenta, natural
do logar de Villar, um dos principaes moradores d’elle, filho de Antonio Marques Pimenta,
administrador de um antigo vinculo que lhe proveiu de seus ascendentes, e de sua mulher
D. Maria Baptista; e a mãe d’elle supplicante mulher do doutor Thomaz Marques Pimenta,
foi D. Agueda Maria Pimenta Correa, filha de Miguel João Pimenta, fidalgo da casa real, e
de sua mulher D. Esperança Correa.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Pimentas, e na segunda as
dos Correas. — Br. p. a 6 de junho de 1787. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 8 v.
(C. C.)
1456. JosÉ BARBosA DE OLIVEIRA (Bacharel), natural da cidade de S. Salvador da
Bahia de todos os Santos, filho do capitão Antonio Barbosa de Oliveira, e de sua mulher
D. Anna Maria Barbosa; neto pela parte paterna do capitão de mar e guerra João Barbosa
de Oliveira, e de sua mulher D. Anna Ignacia de Oliveira, e pela materna de Manuel de
Sousa e Castro, e de sua mulher D. Maria da Silva Costa.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Barbosas, no segundo as
dos Oliveiras, no terceiro as dos Sousas, e no quarto as dos Castros. — Br. p. a 12 de
dezembro de 1776. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 119.
(C. C.)
1457. JosÉ BAsILIo DA GAMA, natural da freguezia de Santo Antonio da villa de
S. José do rio das Mortes, estado do Brazil; filho do capitão-mór Manuel da Costa Villas
boas, e de sua mulher D. Quiteria Ignacia da Gama, filha do capitão Luiz de Almeida, e
de sua mulher D. Helena Josepha da Gama, a qual era legitima descendente da familia do
appellido de Gamas d’este reino, por seu pae, que pela sua distincta qualidade e nobreza,
e ser das principaes pessoas da villa da Colonia, chegara a ser n’ella governador.
Um escudo com as armas dos Gamas — Br. p. a 10 de julho de 1771. Reg. no Cart.
da N., liv. I, fl. 155 v.
(G. C.)
1458. JosÉ BENTo BERNARDES MACHADO DE LIMA, filho de João Machado de Lima,
e de sua mulher Josepha Maria Bernardes; neto pela parte paterna de Antonio Machado
de Lima, e de sua mulher D. Maria de Oliveira; neto pela parte materna de José de Me
nezes Bernardes, e de sua mulher D. Maria Luiza.
368 JOSÉ BERNARDO
Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Machados, no
segundo as dos Limas, e no terceiro as dos Menezes. — Br. p. a 5 de setembro de 1795.
Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 80 v.
(C. C.)
1459. JosÉ BENTO RODRIGUES DE ABREU MAGALHÃES SOUSA E VASCONCELLOS,
filho de Francisco Rodrigues de Abreu, familiar do Santo Oficio, e de sua mulher Senho
rinha Bernarda da Silva; neto de Manuel Rodrigues, e de sua mulher Paula Gonçalves;
bisneto de Cosme Rodrigues de Abreu, e de sua mulher Maria Mendes.
As armas dos Abreus, Magalhães, Sousas, e Vasconcellos. — Br. p. a 22 de março
de 1755. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 85.
- (C. C.)
bisneto de Manuel de Macedo Parada, natural de Caparica, termo de Almada, com o mesmo
foro de cavalleiro fidalgo; terceiro neto de Francisco de Macedo Coelho.
Um escudo com as armas dos Macedos. — Br. p. a 28 de setembro de 1765. Reg.
no Cart. da N., liv. I, fl. 16.
(C. C.)
1467. José BoRGEs LousADA SÁ, filho de Domingos de Sá Pinto, senhor e adminis
trador da sua quinta de solar do concelho de Bayão, e de sua mulher Maria Borges Lou
sada; neto paterno de Manuel Pereira Ribeiro, administrador e senhor que tambem foi da
dita quinta, morgado e solar do dito concelho, e de sua mulher Maria de Sá; bisneto de
Manuel Simões, senhor da casa de Basto do Outeiro; neto materno de Nuno Pereira, se
nhor do morgado de Moura-morta; bisneto de Pedro Borges Lousada, senhor e adminis
trador do mesmo morgado de Moura-morta.
As armas dos Sás Pereiras, Borges, e Lousadas. — Br. p. a 30 de março de 1751.
Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 13 V.
(C. C.)
1468. José BoRGEs PINTo DE CARVALHo, fidalgo cavaleiro da casa real, e proprie
tario; filho de Felix Manuel Borges Pinto de Carvalho e Affonseca, fidalgo cavaleiro da
casa real, e de sua mulher D. Rita Ricardina Pereira Pinto; neto paterno de João de Car
valho Pinto d'Affonseca Borges, e de sua mulher D. Anna da Purificação Branco; bis
neto de Felix Manuel Borges de Carvalho Pinto d'Affonseca; oitavo neto pelo mesmo
lado de Christovão da Fonseca da Silva, cavalleiro fidalgo da casa real, cavaleiro professo
da ordem de Christo, a quem se passou brazão de armas a 20 de fevereiro de 1409.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Afonsecas, e na segunda as
dos Borges. — Br. p. a 25 de abril de 1864. Reg. no Cart. da N., liv. Ix, fl. 65.
(C. C.)
1469. JosÉ DE BRITo ALVELLos VIEIRA DE ARAUJo, capitão de infanteria do regi
mento de Vianna, natural da freguezia de Fonte-arcada, concelho de Lanhoso, comarca
de Guimarães; filho de Verissimo Antonio Vieira de Araujo Sousa Pedrosa, cavaleiro pro
fesso na ordem de Christo, natural da cidade de Braga, e de sua mulher D. Constança de
Brito Alvellos; neto paterno de Miguel Vieira de Araujo e Sousa, e de sua mulher D. Cy
priana Pedrosa; e materno de José de Brito Alvellos, tenente de infanteria do regimento
de Valença, e de sua mulher D. Monica Alvellos Vieira.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Vieiras, no segundo as
dos Araujos, no terceiro as dos Sousas, e no quarto as dos Alvellos. — Br. p. a 15 de
janeiro de 1804. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 62.
(C. C.)
1470. JosÉ DE BRITo GUERREIR o MAs CARENHAs E ABoIM, cavalleiro professo na
ordem de Sant'Iago da Espada, e capitão da companhia de cavallaria das ordenanças da :
villa de Alagoa; filho de Antonio de Brito Correa Mascarenhas de Aboim, sargento-mór de
milicias, e de sua mulher D. Maria Michaela de Brito e Costa; neto por parte paterna de
José de Brito Guerreiro Correa Mascarenhas de Aboim, alferes que foi do regimento de ca
vallaria de Olivença, e de sua mulher D. Antonia Correa Mascarenhas; bisneto de Bruno
Gomes de Brito Guerreiro Correa Mascarenhas de Aboim, capitão que foi do dito regi
mento de cavallaria de Olivença, fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Isabel Gomes;
terceiro neto de Rodrigo de Brito Guerreiro Correa Mascarenhas e Aboim, tambem caval
leiro e instituidor de dois morgados, dos quaes administra um o referido pae do suppli
cante, e o outro seu tio Alberto Antonio, capitão-mór da cidade de Tavira, no qual deve
succeder o mesmo supplicante, e de sua mulher D. Maria Guerra Correa.
JOSÉ CAETANO 371
Luiza de Vilhena e Castro; e a dita sua avó D. Brigida Machado de Araujo Castello
branco se mostrava que fôra filha legitima do capitão-mór José Machado de Araujo Cas
tello-branco, professo na ordem de Christo, com o mesmo foro de fidalgo cavalleiro da casa
real, e neta de Manuel de Abreu Castello-branco, que casou com D. Anna Machado, filha
de Francisco Machado, segundo Senhor de Entre-Homem e Cavado e da Louzã, e de
D. Anna de Azevedo, filho e nora de Pedro Machado, primeiro senhor de Entre-Homem e
Cavado, legitimo descendente do conde D. Osorio de Cabreira e Ribeira, solar da nobre
familia de Machados; e pela parte paterna do dito seu avô Carneiro Barroso, era ele suppli
cante legitimo descendente da casa da torre de Pedraça, sita em Refoios de Basto, solar
da seremissima casa de Bragança, por via da senhora D. Leonor de Alvim, e de sua filha
a senhora D. Isabel, primeira duqueza, e do condestavel D. Nuno Alvares Pereira; e as
sim nobilissimo por si e seus passados, que todos foram fidalgos de esclarecida nobreza,
e lhe pertencem os mesmos appellidos e armas de que usaram, como são: Carneiros, Ma
chados, Barrosos, Castellos-brancos, Mellos, Abreus, Sousas, Correas, Montenegros, Arau
jos, Castros e outros.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Carneiros, no segundo
as dos Machados, no terceiro as dos Barrosos, e no quarto as dos Castellos-brancos. —
Br. p. a 11 de abril de 1786. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 221 v.
(C. C.)
1484. JosÉ CARNEIR o PINTo DE SAMPAIO DE VAs concELLos TAVAREs, capitão
mór do concelho de Sanfins, filho de José Carneiro Pinto Tavares de Sampaio, e de sua
mulher D. Catharina Josepha de Menezes e Vasconcellos; neto pela parte paterna de Luiz
Pinto de Sampaio, e de sua mulher D. Anna Correa da Motta; e pela materna de Manuel
Barbosa Coutinho, e de sua mulher D. Juliana da Silva.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Carneiros, no segundo
as dos Pintos, no terceiro as dos Sampaios, e no quarto as dos Vasconcellos. — Br. p. a
4 de fevereiro de 1785. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 185 v.
(C. C.)
1485. JosÉ CARNEIRO DA SILVA BRAGA, natural do logar do Porto, comarca de Bar
cellos, commendador da ordem de Christo, tenente coronel aggregado ao regimento de
artilheria de milicias na provincia de S. Paulo, e actualmente residente na cidade do Porto,
onde se acha estabelecido negociante de grosso tracto; filho de José Carneiro da Silva
Braga, e de sua mulher D. Anna Maria; neto paterno de Caetano da Silva, e de sua mu
lher D. Josepha Carneiro; bisneto de Ignacio da Silva, e de sua mulher D. Maria Fran
cisca; neto materno de Manuel Pereira Machado, e de sua mulher D. Maria Josepha; bis
neto de André Pereira Machado, e de sua mulher D. Maria da Silva.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Carneiros, e na segunda
# dos
262 V.
Silvas. — Br. p. a 23 de junho de 1832. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl.
(C. C.)
1486. JosÉ DE CHAsTINETE (Bacharel), natural da cidade da Bahia, filho de Pe
dro de Chastinete, e de D. Maria de Brito Freire; neto pela parte paterna de Fronton
de Chastinete, e de Anna Leicille de Pompor; e pela materna neto de Victorino Soares Be
zerra, e de D. Francisca Xavier de Brito Freire, esta neta de Estevão de Brito Freire, bem
conhecido n’esta côrte, que foi pae do coronel de marinha Antonio de Brito Freire; e o
dito seu avô Victorino Soares Bezerra foi tambem neto de José Soares Grillo, filho de Al
varo Garcez de Mello, fidalgo da casa real, e um dos principaes restauradores da capita
nia do Maranhão, na expulsão dos hollandezes.
Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Mellos, no se
JOSÉ CONSTANTINO 375
gundo as dos Britos, e no terceiro as dos Freires. — Br. p. a 26 de marco de 1778. Reg.
no Gart, da N., liv. n, fl. 155.
(C. C.)
1487. JOSÉ COELHO BORGES, abbade de Lobrigos, natural do logar do Nogal, fregue-
zia de S. Vicente do Pinheiro, comarca de Penafiel; filho de Francisco Coelho, e de sua
mullier D. Joanna Maria Borges ; neto paterno de José Coelho de Sá, e de sua mulher D. Ca-
tharina Luiza ; e materno de Antonio Vieira da Silva, e de sua mulher D. Joanna Borges.
Um escudo ovado e esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Coelhos, no se
gundo as dos Sas, no terceiro as dos Pintos, e no quarto as dos Borges. — Br. p. a H
de junhu de 1785. Reg. no Cart, da N., liv. m, fl. 197.
(С. С.)
1488. JOSÉ COELHO ROLEEM WAN-ÜUTE DE SOUSA E LACERDA, capitâo do ter
ceiro regimentó de milicias da cidade de S. Sebastiâo do Rio de Janeiro, natural e bapti-
sado na se cathedral da dita cidade ; filho do coronel do mar José Roleem Wan-Dute, en
viado extraordinario e ministro plenipotenciario na corte de Marrocos, natural de Alema-
nha, cidade de Vienna de Austria, e de sua mulher D. Escolástica Joaquina de Sousa
Coelho e Lacerda ; neto pela parte materna de Lourenço Antunes Coelho de Lacerda, e de
sua mulher D. Ignacia Joaquina de Sousa e Lacerda.
Um escudo esquartelado ; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Sousas, no se
gundo as dos Coelhos, e no terceiro as dos Lacerdas. — Br. p. 16 de junho de 1802.
Reg. no Cart, da N., liv. vi, fl. 205.
(C. C.)
'
1497. JosÉ DAMAs 1o FERREIRA, natural de Lisboa, fidalgo cavalleiro da casa impe
rial e real, commendador da ordem de Christo, cavalleiro da ordem de Nossa Senhora da
Conceição de Villa-viçosa, condecorado com a medalha de oiro da restauração dos Direi
tos da realeza, oficial menor e thesoureiro geral da casa imperial e real, e oficial maior
efectivo da Contadoria de marinha; filho de Joaquim Eugenio Ferreira, escrivão da Mesa
grande dos armazens de Guiné, India e armadas, e inspector do Hospital real da Marinha,
e de sua mulher D. Aurelia Joaquina da Guerra e Sousa; neto paterno de outro José Da
masio Ferreira, tambem escrivão da Mesa grande dos mesmos armazens, e de sua mu
lher D. Catharina Helena Maquene; bisneto de Domingos Mendes Ferreira, e de sua mu
lher D. Anna Ferreira; neto materno de Simplicio da Guerra e Sousa, negociante de grosso
tracto da praça de Lisboa, e de sua mulher D. Maria Joaquina Telles; bisneto de Fran
cisco de Freitas e Almeida Telles, tambem negociante de grosso tracto de Lisboa, e de
sua mulher D. Francisca Joaquina Telles de Moura.
Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Ferreiras, no
segundo as dos Sousas, e no terceiro as dos Telles. —Br. p. a 29 de novembro de 1825.
Reg, no Cart. da N., liv. VIII, fl. 168.
(C. C.)
1498. JosÉ DIAS LEITE SAMPAIo, commendador da ordem de Nossa Senhora da
Conceição, caixa geral do contracto do tabaco; filho de Manuel de Sampaio, negociante e
proprietario, e de sua mulher D. Luiza Leite de Sampaio; neto paterno de Antonio de
378 JOSÉ EDUARDO
1502. JosÉ EDUARDo CoRDEIRO VINA GRE, natural da villa de Estremoz, filho de Mi
guel Cordeiro Vinagre, e de sua mulher D. Barbara Catharina Luiza Xavier Falleiro; neto
pela parte paterna de Domingos Cordeiro Vinagre, e de sua mulher D. Thereza Maria Mi
chaela; e pela materna do capitão João Alberto da Silveira, e de sua mulher D. Joanna
Thereza Xavier Falleiro.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Cordeiros, e na segunda as
dos Silveiras. —Br. p. a 7 de agosto de 1784. Reg. no Cart. da N., liv. III, *#
V.
(C. C.
1507. JosÉ FERREIRA PINTo BAsto, natural da cidade do Porto, cavalleiro professo
na ordem de Christo, caixa e contractador geral do tabaco d'estes reinos, ilhas adjacentes
e Macau, e das reaes saboarias; filho de Domingos Ferreira Pinto Basto, negociante de
grosso tracto da praça da cidade do Porto, e de sua mulher D. Maria do Amor Divino;
neto por parte paterna de Manuel Ferreira Pinto, e de sua mulher D. Jeronyma Alves; e
pela parte materna de José Ferreira da Costa, e de sua mulher D. Thereza Maria de Sousa.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Ferreiras, e na segunda as
dos Pintos. — Br. p. a 12 de setembro de 1818. Reg. no Cart. da N., liv. viII, fl. 9.
(C. C.)
dos reaes direitos e das coutadas reaes da villa de Almeirim, natural da freguezia de
S. Vicente de Paulo, termo da villa de Santarem; filho de Simão Ferreira da Silva, e de
sua mulher D. Bernarda Caetana de S. José Coelho; neto pela parte paterna de João Pe
res, e de D. Filippa Ferreira; e pela materna de Manuel Coelho da Silva, e de sua mu
lher D. Antonia Maria Pereira.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Ferreiras, e na segunda as
dos Silvas. — Br. p. a 15 de dezembro de 1791. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 240.
(C. C.)
1509. JosÉ DE FIGUEIRED o FRAZÃo DE CAs TELLo-BRANCO CARDoso, natural e
morador na villa da Covilhã, filho de José de Figueiredo Frazão de Castello-branco, e de
sua mulher Maria de Oliveira, filha de João Feio, e de sua mulher Maria de Oliveira; neto
paterno de João Leitão Frazão de Castello-branco; bisneto de Manuel Gil Frazão; terceiro
neto de Marcos Gil Frazão, e de sua mulher Isabel Ferrão de Castello-branco, filha de Ro
que Ferrão de Castello-branco, e de Catharina Cardoso, neta paterna de Pedro de Figuei
redo de Castello-branco, bisneta de Diogo Paes de Castello-branco, terceira neta de outro
Diogo Paes de Castello-branco, a quem o senhor rei D. João II escreveu uma carta que
está junta aos ditos documentos; neta materna de Isabel Ferrão de Castello-branco, neta
de Alvaro Cardoso, descendente tambem d'esta familia dos Cardosos; quarto neto o Sup
plicante pela sua varonia de Manuel Gil Frazão; quinto neto de Marcos Gil, cavaleiro fi
dalgo da casa real, e de sua mulher Leonor Lopes Frazão; sexto neto de Brites Frazão;
setimo neto de Diogo Nunes Frazão; oitavo neto de Simão Martins Frazão; nono neto de
Martim Frazão; decimo neto de Ruy Frazão, cavaleiro fidalgo da casa real, alcaide-mór
do castello de Alcanede, e de sua mulher Branca Dias de Sousa, sobrinha do mestre de
Aviz, filha de Martinho de Sousa, fidalgo muito illustre d’esta familia.
As armas dos Frazões, Castellos-brancos, Cardosos, e Figueiredos. — Br. p. a 6 de
abril de 1753. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 52 v. )
(C. C.
1510. JosÉ DE FIGUEIREDo E LACERDA CAsTEL-BRANco, senhor da quinta de An
ciães, couto do Banho, e natural da villa de S. Pedro do Sul, concelho de Lafões, comarca
de Viseu; filho de Manuel de Figueiredo e Lacerda, e de sua mulher D. Maria Engracia
de Chaves Castel-branco; neto paterno de Manuel de Azevedo, e de D. Maria Antonia; e
materno de Alvaro Correa Cardoso, e de D. Maria Thereza de Chaves Castel-branco.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Figueiredos, no segundo
as dos Lacerdas, no terceiro as dos Azevedos, e no quarto as dos Castel-brancos. — Br.
p. a 16 de setembro de 1805. Reg, no Cart. da N., liv. VII, fl. 97 v. (C C.)
glez que passou a Portugal com a rainha D. Filippa, mulher de el-rei D. João I, e n'este
reino fez assento, onde foi o progenitor d’esta familia.
As armas dos Pereiras, Barradas, e Almeidas. — Br. p. a 6 de abril de 1756. Reg.
no Cart. da N., liv. particular, fl. 95 v.
(C. C.)
1515. JosÉ FRANCIsco DA CRUZ ALAGôA, fidalgo da casa real, do conselho de Sua
Magestade, e do da Fazenda real, e thesoureiro-mór do real Erario, o qual fôra instituido
e creado morgado da Alagôa.
O escudo das armas cortado em faxa; na primeira, em campo azul, cinco estrellas
de oiro de seis raios, postas em cruz; na segunda, uma alagôa de prata; orla vermelha
carregada de uma legenda : Nomen honor que meis. —Br. p. a 25 de março de 1765.
(M. N.) Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 3.
(C. C.)
1516. JosÉ FRANCIS co MACIEL MoNTEIRO, bacharel formado na faculdade de leis,
oppositor aos logares de letras, natural da capitania de Pernambuco; filho de Antonio
Francisco Monteiro, professo na ordem de Christo, capitão-commandante dos auxiliares da
capitania de Pernambuco, thesoureiro deputado de duas direcções, da Companhia geral, e
da Alfandega da mesma cidade, e de sua mulher D. Joanna Ferreira Maciel; neto pela
parte paterna de Simão Luiz Monteiro de Paiva, e de sua mulher D. Maria Francisca de
Araujo; e pela materna de Braz Ferreira Maciel, capitão das ordenanças da mesma ci
dade, onde tambem serviu de juiz vereador da camara, e de sua mulher D. Catharina
Bernarda de Oliveira Govin.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Monteiros, e na segunda as
dos Macieis. — Br. p. a 2 de setembro de 1802. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 1.
(C. C.)
segundo as dos Haros, e no terceiro as dos Farinhas. —Br. p. a 17 de julho de 1778. Reg.
no Cart. da N., liv. II, fl. 164.
(C. C.)
(C. C.)
1528. José GoNÇALVEs (D.), filho de D. Afonso Gonçalves, e de D. Francisca Ba
zan; neto pela parte paterna de D. João Gonçalves Donelfo, e de D. Joanna Ramires; bis
neto de D. Francisco Gonçalves Donelfo, e de D. Isabel Ximenes; terceiro neto de Fran
cisco Gonçalves, e de Joanna de Valenzuela, naturaes que foram do logar da Alagoa de
Moraes, n’este reino de Portugal, d’onde passaram para o de Castella; o qual Francisco
Gonçalves era filho de Domingos Gonçalves, e de Isabel Fernandes.
Um escudo com as armas dos Gonçalves, — Br. p. a 15 de março de 1773. Reg.
no Cart. da N., liv. I, fl. 196.
(C. C.)
1534. José Hyppo LITo CoTRIM DE CARVALHo E MoURA, natural da villa de Azam
buja, filho de José de Moura e Azevedo, capitão da ordenança de Villa-franca de Xira, e
de sua mulher Felicia Josepha Cotrim de Carvalho; neto pela parte paterna de Simão de
Moura e Azevedo, e de sua mulher Maria da Conceição; neto pela parte materna de Ma
nuel Carvalho Leitão Cotrim, a quem se passou brazão de armas a 12 de fevereiro de
1727, e de sua mulher Jacinta Correa Cotrim.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Mouras, no segundo as
dos Azevedos, no terceiro as dos Cotrins, e no quarto as dos Carvalhos. — Br. p. a 22 de
abril de 1797. Reg. no Cart. da N., liv. v, fl. 190 v.
(C. C.)
1535. José IGNAcio DE ALMEIDA MoNJARDINo, commendador da ordem de Christo,
e secretario do Governo civil de Angra do Heroismo; filho de Ignacio de Almeida Andrade
Monjardino, cadete do regimento de Lisboa, e de sua mulher D. Anna Claudina Maria do
Carmo Monjardino; neto pela parte paterna de João Gualberto Pinto de Moraes Sar
mento; e pela materna neto de José da Costa Xavier, e de sua mulher D. Quiteria Rosa
de Sant'Anna.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Almeidas, e na segunda
## Andrades. — Br. p. a 23 de dezembro de 1865. Reg. no Cart. da N., liv. Ix,
. JU V.
(C. C.)
388 JOSÉ IGNACIO
1547. JosÉ JOÃO DA CUNHA E VAs concellos, capitão das ordenanças da villa de
Santa Cruz, na ilha Graciosa; filho de José João da Cunha, e de sua mulher D. Maria
Rosa de Jesus; neto paterno do capitão Manuel da Cunha, e de D. Filippa Ignez de Je
sus; neto materno de Estacio Correa Picanço, fidalgo da casa real e alcaide-mór da villa
de S. José do Rio das Contas, e de D. Filippa Ignez do Rosario.
Um escudo com as armas dos Cunhas. — Br. p. a 2 de setembro de 1820. Reg, no
Cart. da N., liv. VIII, fl. 65.
(C. C.)
(C. C.)
1549. José JoÃO MoNTEIRo, natural da aldea de Candolim, provincia de Bardes, nos
estados da India; filho de Diogo Monteiro, e de sua mulher D. Anna Senhorinha; neto
paterno de Simão Monteiro, e de sua mulher D. Thomazia de Sá; bisneto de Diogo Mon
teiro de Sousa, e de sua mulher D. Catharina de Noronha; neto materno de Antonio Ni
colau Gomes, e de sua mulher D. Joanna Mendes Monteiro; bisneto de Pedro Gomes, e
de sua mulher D. Aurelia Correa.
Um escudo com as armas dos Monteiros—Br. p. a 9 de dezembro de 1803. Reg. no
Cart. da N., liv. VII, fl. 46.
(C. C.)
1550. JosÉ JOÃO TEIXEIRA (Doutor), juiz de fóra da villa do Conde, e intendente do
oiro nas minas de Oiro-preto, natural da villa de Monção, comarca de Vianna; filho do
doutor Pedro Esteves Teixeira, e de sua mulher D. Francisca dos Santos Teixeira, mora
dores que foram na sua quinta da Lavadeira, freguezia e termo da villa de Monção; neto
pela parte paterna de Lourenço Esteves, e de sua mulher Magdalena Teixeira; e por esta
parte bisneto de Antonio Coelho Teixeira, fidalgo da casa real, senhor do morgado de Fal
perra, em Braga, o qual era filho de Luiz Teixeira Coelho, fidalgo da casa real, e de sua
mulher D. Joanna Pereira, senhora do dito morgado, que era filha de Antonio Pereira do
Lago, tambem fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Luiza de Mello, e do dito Luiz
Teixeira Coelho, que foi filho de Gonçalo Teixeira Coelho, senhor de Teixeira.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Teixeiras, no segundo as
dos Coelhos, no terceiro as dos Felgueiras, no quarto as dos Mellos. — Br. p. a 19 de
maio de 1770. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 126.
• • • (C. C.)
(C. C.)
1558. JosÉ JOAQUIM DA GAMA MACHADo, fidalgo cavaleiro da casa real, filho de
Polycarpo José Machado, fidalgo cavaleiro da casa real, negociante da praça de Lisboa,
deputado das companhias do Pará e Maranhão, e de Pernambuco e Parahiba, e um dos
contractadores geraes do tabaco, e de sua mulher D. Maria Luiza Machado; neto paterno
de Antonio
brosio LopesFrancisco
Coelho, eMachado, e de D.
de D. Joanna Valentina Francisca da Motta; e materno de Am
Joaquina. •
1560. JosÉ JoAQUIM PEREIRA JoRDÃo, natural da Granja, termo da villa de Alijó,
comarca de Villa-real: filho de Antonio Rodrigues Jordão, e de D. Marianna Marques Pe
reira; neto paterno de Manuel Rodrigues Jordão, e de D. Engracia Coutinho, e materno
de João Marques Pereira, e de D. Brigida Alvares.
Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Rodrigues, no
segundo as dos Marques, e no terceiro as dos Pereiras. — Br. p. a 24 de janeiro de 1826.
Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 177 v.
(G. C.)
394 JOSÉ JOAQUIM
1568. JosÉ JoAQUIM VAZ PINTO, natural de Villa-marim, termo de Villa-real, filho
de José Luiz Pinto de Mattos, e de sua mulher D. Maria Thereza; neto paterno de João
Pinto Rebello, e de sua mulher D. Marianna de Mattos; e materno de Caetano Guedes, e
de sua mulher D. Veronica da Conceição; sendo tambem descendente de Gonçalo Vaz
de Carvalho, o moço.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Pintos, e na segunda as dos
Vazes. — Br. p. a 14 de março de 1818. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 392.
(C. C.)
1569. JosÉ JOAQUIM DE VIAMONTE, barão de Viamonte da Boa-vista, coronel das ex
tinctas milicias; filho de José Dias de Oliveira Viamonte, e de sua mulher D. Thereza Fer
nandes de Menezes; neto paterno de Pedro Dias de Oliveira, e de sua mulher D. Joanna
Maria Alves; e materno de Manuel Joaquim da Cunha Menezes, e de sua mulher D. Luiza
Fernandes de Menezes.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Dias, no segundo as dos
Oliveiras, no terceiro as dos Cunhas, e no quarto as dos Fernandes. —Br. p. a 17 de fe
vereiro de 1849. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 342.
|- (C. C.)
396 JOSÉ LEANDRO
1570. José JoAQUIM VIEIRA, bacharel formado em direito, moço fidalgo com exerci
cio na casa real, commendador da ordem de Christo, cavaleiro da ordem de Nossa Se
nhora da Conceição de Villa-viçosa, e secretario do Governo civil do districto de Braga;
filho de José Joaquim Vieira, e de sua mulher D. Maria Emilia Vieira Coelho; neto pa
terno de José Joaquim Vieira, e de sua mulher D. Agueda de Barreiros Vieira; e materno
de João José Coelho, e de sua mulher D. Custodia Maria Vieira.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Vieiras, e na segunda as dos
Coelhos. — Br. p. em janeiro de 1864. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 62 v.
(C. C.)
1574. José LEITE PITTA FALCÃo MARINHo (Capitão), da villa de Caminha, comarca
de Valença; filho do capitão Luiz da Rocha Marinho, e de sua mulher D. Luiza Leite Pitta;
neto pela parte paterna de José da Rocha, e de sua mulher D. Thereza Marinho; e pela
materna neto de Fernando Leite Pitta, fidalgo da casa real, e de Paschoa Affonso.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Marinhos, e na segunda as
dos Pittas. — Br. p. a 5 de junho de 1779. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 190 v.
(C. C.)
1575. JosÉ Lobo D E MACED o PEREIRA, fidalgo da casa real por alvará de 24 de se
tembro de 1721, natural da villa de Arruda; filho de José Lobo Pereira, fidalgo da casa
real, e de sua mulher D. Bernarda de Macedo: neto paterno de João de Macedo Pereira
Leitão, capitão-mór da dita villa; bisneto de Lucas Lobo, a quem se passou brazão dos
Lobos em 1 de setembro de 1616; terceiro neto de Antonio Lobo; quarto neto de Fran
cisco Dias Lobo, descendente legitimo por varonia de Ruy Dias Lobo, senhor das villas
de Alvito, Villa-nova e Mira.
As armas dos Lobos, e Macedos. — Br. p. a 9 de março de 1759. Reg. no Cart. da
N., liv. particular, fl. 120 v.
(C. C.)
1576. JosÉ LOPES VAZ DE ALMEIDA, sargento-mór reformado, filho de Manuel Vaz,
e de sua mulher D. Joanna Lopes; neto por parte paterna de José Vaz, e de D. Innocen
cia de Almeida; e pela materna neto de Thomé Rodrigues, e de sua mulher D. Maria Lopes.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Vazes, e na segunda as dos
Almeidas. — Br. p. a 3 de fevereiro de 1819. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 29 v.
(C. C.)
1577. José Lou RENço DE QUEIRoz PIMENTEL E VAs concELLos, natural do logar
de Oliveira, concelho de Mesão-frio, comarca de Lamego; filho de Luiz Guedes Queiroz,
e de sua mulher D. Maria Josepha da Cunha; neto pela parte paterna de Francisco Gue
des de Mesquita Pimentel, e de sua mulher D. Brigida Guedes Queiroz; bisneto de Pedro
de Mesquita Pimentel, fidalgo da casa real, tenente de cavallos na praça de Vianna, que
descendia por linha legitima de Nuno Vaz Pinto de Mancilha, tambem fidalgo da casa real,
e que teve por seus ascendentes a Ruy Vaz Affonso de Mancilha, João Rodrigues Borges,
senhor dos padroados de tres egrejas, a saber : S. Miguel de Mamouro, S. Martinho de
Alva e Santa Maria de Pipião, foi alcaide-mór de Santarem e senhor da terra de Alva, a
Gonçalo Vaz Guedes, e a Gonçalo Borges Lousada.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Mesquitas, no segundo
dos Pimenteis, no terceiro as dos Guedes, e no quarto as dos Queirozes. — Br. p. a 9
de dezembro de 1771. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 163.
(C. C.)
1578. José Lou RENço DE SEQUEIRA, filho de Joaquim José de Sequeira, professo na
ordem de Christo, e de D. Anna Barbara da Silveira Macedo; neto pela parte paterna de
Antonio José de Sequeira, e de D. Luiza Thereza Fiuza; bisneto de Bernardino da Silva
Sequeira, e de D. Josepha Maria de Miranda.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Silvas, e na segunda as dos
Sequeiras. — Br. p. a 3 de junho de 1799. Reg. no Cart. da N., liv. VI, "º.)
(C. C.
court; e pela parte materna neto de João Gonçalves, e de D. Francisca Thereza de Sousa.
Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Silvas, no se
gundo as dos Gonçalves, e no terceiro as dos Bittencourts, — Br. p. a 9 de fevereiro de
1801. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 162.
(C. C.)
(C. C.)
1592. JosÉ MARIA DE AGUILAR, morador na côrte de Lisboa, filho de João Antonio
de Aguilar, e de sua mulher D. Joaquina Thereza da Costa e Silva; neto pela parte pa
terna de D. Antonio José Christovão de Aguilar, e de D. Maria Magdalena Rodrigues de
Castro; bisneto de D. Lourenço de Aguilar; e pela materna neto de Manuel da Costa, e
de D. Josepha da Silva.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Aguilares, no segundo as
dos Castros, no terceiro as dos Costas, e no quarto as dos Silvas. — Br. p. a 11 de maio
de 1786. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 224.
(C. C.)
1593. JosÉ MARIA DE AGUILA R E CoRDoVA, cidadão da cidade de Lisboa, com carta
passada pelo regio tribunal do Desembargo do Paço; filho de D. João Antonio de Aguilar
e Cordova, e de D. Joaquina Thereza da Costa; neto paterno de D. José Antonio Chris
toval de Aguilar e Cordova, e de D. Maria Magdalena Rodrigues de Castro; bisneto de
D. Lourenço de Aguilar e Cordova Soares e Figueiroa, e de D. Catharina de Aguaio; ter
JOSÉ MARIA 401
1598. José MARIA CARVALHo JUNIoR, fidalgo cavalleiro da casa real, commendador
da ordem de Nossa Senhora da Conceição de Villa-viçosa.
Um escudo esquartelado com as armas que lhe foram concedidas por alvará de 25 de
maio de 1868. — Br. p. a 5 de novembro de 1868. (M. N.) Reg. no Cart. da N., liv. IX,
fl. 112 v. — V. no I. H. Carvalho Junior.
(C. C.)
1599. JosÉ MARIA DA CosTA BUENO E NIETo CEVALHos DE VILLA-Lo Bos HY
DALgo E Moscoso, natural de Portalegre, fidalgo cavaleiro da casa real, filho do capi
tão-mór de Portalegre João Baptista da Costa, e de sua mulher D. Gregoria Antonia
Bueno e Nieto Cevalhos de Villa-lobos Hydalgo e Moscoso; neto paterno do capitão-mór
Manuel da Costa Carneiro, e de sua mulher D. Catharina Antunes da Costa Carneiro, e
materno de D. Francisco Manuel Bueno e Nieto de Villa-lobos e Moscoso, e de sua mu
lher D. Maria Manuel Cevalhos Ortiz Hydalgo.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Villa-lobos, no segundo
as dos Buenos, no terceiro as dos Netos, e no quarto as dos Moscosos. — Br. p. a 6 de
fevereiro de 1856. — Reg. no Cart. da N., liv. Ix, fl. 9.
(C. C.)
404 JOSÉ MARIA
1603. JosÉ MARIA SALEMA GARÇÃo, cavalleiro fidalgo da casa real, e escrivão pro-'
prietario da mesa do Consulado geral da saída e entrada na Casa da India, natural da ci
JOSÉ MARIA 405
dade de Lisboa; filho de Pedro Antonio Joaquim Correa Garção, cavaleiro fidalgo da casa
real, professo na ordem de Christo, e escrivão do dito Oficio, e de sua mulher D. Ma
ria Anna Xavier Froes Mascarenhas de Sande e Salema; neto paterno de Filippe Correa
da Silva, que teve o mesmo foro, e professo na mesma ordem, e oficial-maior da Secre
taria de estado dos Negocios estrangeiros, e da guerra, e de sua mulher D. Luiza Maria
da Visitação Dorgier, filha de Ruy Garção de Carvalho, que teve o referido fôro, oficial
da casa real, com a propriedade do oficio de escrivão das Moradias, e thesoureiro-mór
do reino, e de sua mulher D. Margarida Thereza Gertrudes Dorgier Campello de Andrade;
terceiro neto de Antonio Garção de Carvalho, e de sua mulher D. Catharina Lima; quarto
neto de Manuel Garção de Carvalho, que teve o referido fôro, e o mesmo oficio de es
crivão das Moradias, e de sua mulher D. Filippa Pessoa Barbuda do Quintal; quinto neto
de Luiz Garção de Carvalho, que teve o referido fôro, e foi moço da camara do senhor
rei D. Afonso VI, e de sua mulher D. Guiomar Toscana; neto pela parte materna de Ma
nuel Froes de Azevedo, cavalleiro fidalgo da casa real, professo na ordem de Christo, e
proprietario do mencionado oficio de escrivão do Consulado, e de sua mulher D. Anna
Clara Mascarenhas de Sande e Salema; bisneto de João Froes de Azevedo, e de sua mu
lher D. Joanna Thereza de Miranda Salgado; terceiro neto de Miguel da Silva de Abreu,
moço da camara do senhor rei D. João IV, seu cavalleiro fidalgo, e proprietario do dito
oficio de escrivão do Consulado, e de sua mulher D. Martha Froes de Azevedo.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Carvalhos, no segundo
as dos Campellos, no terceiro as dos Froes, e no quarto as dos Salemas. — Br. p. a 19
de outubro de 1792. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 267.
(C. C.)
1604. JosÉ MARIA DE SAMPAIO BACELLAR PINTO DE MELLO, natural e morador na
villa de Algoso, comarca de Miranda do Douro; filho de Bernardo Pinto Bacellar de Sam
paio, e de sua mulher D. Anna da Fonseca Pacheco; neto paterno de Manuel Pinto Ba
cellar, e de sua mulher D. Maria de Sampaio Borges de Mello, filha de Affonso Martins
Preto, e de sua mulher D. Maria Geraldes de Sampaio e Mello, filha de Diogo Geraldes
de Sampaio, filho de Francisco Geraldes de Sampaio, e de sua mulher Maria de Barrien
tos; neto paterno de Affonso Geraldes de Sampaio, e de sua mulher Engracia Gonçalves;
bisneto de Jeronymo Fernandes de Sampaio, irmão de Fernão Vaz de Sampaio, quarto
senhor de Villa-flor, Cachim, e outras terras, alcaide-mór da Torre de Moncorvo, e de
Castello de Vide, filhos ambos de Vasco Fernandes de Sampaio, terceiro senhor da
dita villa, e mais terras, e de sua mulher D. Mecia de Mello, filha de Vasco Martins
de Mello, e de sua mulher D. Isabel de Azevedo; bisneto pela sua varonia de Fran
cisco Pinto Bacellar, irmão de Fernão Pinto Bacellar de Villa Dossas, cuja casa usa das
armas dos Pintos e Bacellares, ambos filhos de Francisco Pinto Bacellar, e de D. Ma
ria das Neves Pinheiro; netos de Fernão Pinto, e de sua mulher D. Catharina Ba
cellar.
As armas dos Sampaios, Mellos, Pintos, e Bacellares. — Br. p. a 9 de novembro de
1752. Reg, no Cart. da N., liv. particular, fl. 45.
(C. C.)
1605. JosÉ MARIA DE SousA E ALMEIDA, natural da ilha do Principe, commendador
da ordem de Christo, e cavalleiro da de Nossa Senhora da Conceição de Villa-viçosa, te
nente coronel de voluntarios da cidade de S. Filippe de Benguella, negociante de grosso
trato, e grande proprietario em Benguella, na ilha do Principe, e em Mossamedes; filho
do coronel Manuel de Vera Cruz e Almeida, e de sua mulher D. Pascoella de Sousa Lei
tão; neto paterno de Antonio de Almeida Vianna, negociante da Bahia, e de sua mulher
D. Anna Maria da Assumpção; neto materno do capitão João Mathias de Sousa, e de sua
mulher D. Antonia Gomes dos Santos.
406 D. JOSÉ DE MEDEIROS
1608. JosÉ MARTINS DA CAMARA ZAR co (Padre), filho do capitão José Martins Zarco,
e de sua mulher D. Thereza Bernarda Beirão Correa Gato; neto por parte paterna de
José Martins da Camara Zarco, e de sua mulher Francisca Gomes Forjás Colaço de Al
meida; e por parte materna de José Fialho Perdigão, e de sua mulher Maria da Concei
ção Beirão Correa Gato; descendente o supplicante de João Gonçalves Zarco, cavalleiro
da casa do senhor infante D. Henrique, filho do senhor rei D. João I, por cuja ordem des
cobriu a ilha da Madeira.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Martins, na segunda as dos
Camaras. — Br. p. a 15 de dezembro ds 1800. Reg. no Cart. da N., liv. vi, fl. 153.
(C. C.)
1609. JosÉ MARTINs DE SousA, capitão tenente da corôa e feitor da fortaleza de Diu,
natural da cidade de Goa, e morador na de Damão do estado da India; filho do licenceado
Manuel Martins, e de sua mulher Francisca de Sousa; neto paterno de Antonio Martins,
e de sua mulher Isabel da Costa; neto materno de Simão de Sousa, e de sua mulher
Maria Prieta.
As armas dos Sousas, Martins, e Costas. — Br. p. a 24 de dezembro de 1757. Reg.
no Cart. da N., liv. particular, fl. 112 v. -
(C. C.)
1628. José PAEs FALÇÃo. DAs Neves, sargento-mór das ordenanças, e guarda-mór
das terras mineraes da capitania do Cuiabá, e natural da mesma; senhor do arraial dos
JOSÉ PEDRO 411
Cocaes, e administrador da egrcja de S. José do dito arraial; filho de José Paes Falçao,
que foi о primeiro capilâo das minas do Guiaba, na sua origem, senhor do mesmo arraial
e riquissimas lavras de Cocaes, fundador da egreja de S. José do mesmo logar, e a pes-
soa mais opulenta e respeitada ñas mesmas minas, onde fez grandes services, sendo um
d'elles o enviar à sua custa, com grande despeza, uni soccorro de trinta homens armados
vinte dos quaes eram escravos seus, para servirem nas fronteiras de Malto-grosso contra
os hespanhoes em 1763, e de sua mulher D. Antonia Rodrigues das Neves Lerne; neto
pela parte paterna de Fernando Dias Falçao, capitâo de infantería, sargento-mór, e depois
capitfio-mor da villa de Sorucaba da capitanía de S. Paulo, e juiz ordinario de orphâos da
mesma, sendo creador da villa de Pitangui nas Minas-geraes, provedor da fazenda e dos
defuntos e ausentes, e depois capitao-inór, governador das ditas minas do Guiaba, e de
sua mulher D. Lucrecia Pedroso de Barros; bisneto de Antonio de Almeida Cabrai, e de
sua mulher D. Maria da Fonseca Falçao; terceiro neto de Luiz Lerne, e de sua mulher
D. Anna Cabrai, o quäl foi legitimo descendente de Pedro Lerne, da ilha da Madeira,
tronco e origem dos Lemes da capitania de S. Paulo, que em 1564 forain julgados por
sentença fidalgos de linhagem ; sendo pela parte da mesma avó D. Lucrecia Pedroso de
Barros bisneto de Thomé de Lara e Almeida, capitâo-mor da villa de Sorucaba e capi
tania de Itanhaêm, e de sua mulher D. Maria de Almeida Pimentel; terceiro neto do
capitâo Lourenço Caslanho Taques, e de sua mulher D. Maria de Lara, e por esta quarto
neto de D. Diogo de Lara, da cidade de Samora em Castella, tronco da familia dos Laras
da capitania de S. Paulo, sendo o mesmo iilho de D. Diogo Ordonhes de Lara, cavalleiro
da primeira nobreza da cidade de Samora, e de sua mulher D. Magdalena Fernandes
Feijó de Moraes; e por parte de sua bisavó D. Maria da Fonseca Falçao é lerceiro neto
de Francisco da Fonseca Falçao, professo na ordern de Christo, capitâo-mor, governador
e alcaide-mór da capitania de S. Vicente e S. Paulo, onde foi tronco do seu appellido, e
de sua mulher D. Maria da Silva ; sendo tambem por parte da sua bisavö D. Maria de
Almeida Pimentel, termro neto de Antonio de Almeida Pimentel, e de sua mulher D. Lu
crecia Pedrosp de Barros, filha de Pedro Vaz de Barros, capitäo-mor, governador da re
ferida capitania de S. Vicente e S. Paulo, onde foi tronco da familia de Barros, e de sua
mulher Luzia Lerne.
Um escudo esquarlelado ; no primeiro quartel as armas dos Paes. no segundo as dos
Falçôes, no terceiro as dos Laras, e no quarto as dos Barros. — Br. p. a 18 de fevereiro
de 1795. Reg. no Cart, da N., liv. v, il. 36 v.
(С. С.)
1629. JOSÉ PAULO DE CARVALHO, descmbargador da Casa da Supplicaçâo, corn ex-
ercicio de corregedor da comarca de Evora ; filho de Vicente Luiz de Carvalho e Oliveira,
cavalleiro professo na ordern de Christo, e de D. Joanna Maria Teixeira da Conceiçâo ;
neto paterno de Luiz Rodrigues Carvalho Monteiro, e de D. Maria Pereira de Carvalho,
e materno de José Alves Teixeira, e de D. Anna Maria da Conceiçâo.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Carvalhos, no segundo
as dos Monteiros, no terceiro as dos Pereiras, e no quarto as dos Teixeiras.— Br. p. a 20
de junho de 1807. Rog. no Cart, da N., liv. vu, fl. 182.
(C. C.)
1630. JOSÉ PEDRO DE AVELLAR SALGADO E AYALA, filho de Thomaz Joâo de Avel-
lar, e de sua mulher D. Feliciana Thereza Margarida Rosa Salgado ; neto pela parte pa
terna do doutor José Gomes de Avellar, e de sua mulher D. Josepha Maria de Ayala, e
por parte materna de Vasco Correa Salgado, e de sua mulher D. Luiza Serrana ; bisneto
por parte paterna de Manuel dos Santos Gomes, e de sua mulher D. Antonia de Avellar,
e por parte materna do meslre de campo D. Joâo Manuel Salgado, e de sua muiher
D. Sebastiana de Oliveira; irmao o supplicante do capitâo Manuel José Graudio Salgado,
412 JOSÉ PEDRO
1634. JosÉ PEDRo Lou RENço DE ANDRADE, cavaleiro professo na ordem de Christo,
criado particular de sua magestade, e oficial da secretaria militar, encarregado do gabi
nete do infante D. Miguel, commandante em chefe do exercito; filho de João Lourenço de
Andrade, cavaleiro da ordem da Conceição, e thesoureiro geral da casa real, e de sua
mulher D. Rosa Joaquina Soares de Ataide e Andrade; neto paterno do capitão João Lou
renço de Andrade, e de sua mulher D. Ignacia Theodora de Andrade, e materno de Isidoro
Soares de Ataide, oficial-maior da Secretaria de estado dos Negocios do reino, e de
D. Dionysia Manuela Soares de Ataide.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Andrades, e na segunda as
dos Ataides. — Br. p. a 20 de janeiro de 1824. Reg. no Cart. da N., liv. % #"
(C. C.
(C. C.
(C. C.)
1639. JosÉ PEREIRA FERRAz, professo na ordem de Christo, e natural da cidade do
Porto, filho de Frutuoso Pereira Guimarães, professo na ordem de Christo, e de sua mu
lher D. Quiteria Rosa de Jesus Ferraz Ribeiro; neto pela parte paterna de João Fernan
des Pereira, e de sua mulher D. Isabel de Araujo, e pela materna de João Pereira de
Araujo, e de sua mulher D. Joanna Ferraz Ribeiro.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Pereiras, no segundo as
dos Ferrazes, no terceiro as dos Araujos, e no quarto as dos Ribeiros, — Br. p. a 10 de
abril de 1788. Reg. no Cart. da N., liv. Iv, fl. 54.
(C. C.)
1640. JosÉ PEREIRA GoDINHo FREIRE DE ANDRADE, abbade colado na freguezia
de Retorna, bispado do Porto; filho de Bernardo Correa Pereira da Silva, e de sua mu
lher D. Josepha Caetana Freire de Andrade; neto paterno de Manuel de Oliveira, e de
sua mulher D. Marianna Correa Pereira, e materno de Aurelio Ferreira Valente, e de sua
mulher D. Maria Godinho Freire de Andrade, prima com irmão de Antonio Freire de An
drade, capitão de cavallaria, que serviu na guerra de 1710, no reinado do senhor rei
D. João V; bisneto o supplicante pela parte paterna de João Correa Pereira, cavaleiro
professo na ordem de Christo, e pela parte materna bisneto de Raphael da Silva Mouran,
administrador do vinculo e capella na villa de Arouca; terceiro neto paterno de Pantaleão
Pereira do Lago, cavalleiro da ordem de S. Tiago da Espada; terceiro neto materno de
Manuel Godinho Freire de Andrade, major de cavallaria de um dos regimentos do Alem
tejo; quarto neto paterno de Francisco Pereira Tavares, cavalleiro da ordem de Christo,
capitão de infanteria nos estados de Goa; quinto neto de Braz Saraiva, desembargador
da Relação e casa do Porto.
Um escudo ovado e esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Pereiras, no
segundo as dos Correas, no terceiro as dos Godinhos, e no quarto as dos Freires de An
drade. — Br. p. a 9 de outubro de 1803. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 41 %
• (C. C.)
mulher D. Benta Trigo, e pela materna de José Gomes Pereira, e de sua mulher D. Ber
narda da Silva.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Pereiras, na segunda as dos
Silvas. — Br. p. a 2 de outubro de 1779. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. #c.)
(C. C.
1644. JosÉ PEREIRA DA SILVA NEGREIRos, cavalleiro fidalgo da casa real, professo
na ordem de Christo, commissario das tres ordens militares, e capitão da ordenança dos
privilegiados da côrte; filho de Theodosio Pereira de Negreiros, escudeiro cavalleiro fi
dalgo da casa real, e de sua mulher D. Ignacia Jacinta da Rosa; neto paterno de Fran
cisco Pereira de Negreiros, é de sua mulher D. Andreza Nunes; neto materno de Manuel
da Silva, e de sua mulher D. Marianna da Conceição, todos naturaes da cidade de Lisboa.
As armas dos Pereiras, e Negreiros. —Br. p. a 30 de junho de 1755. Reg. no Cart.
da N., liv. particular, fl. 85.
(C. C.)
1645. JosÉ PEREIRA SoAREs, fidalgo cavalleiro da casa real, commendador da or
dem de Christo, e proprietario; filho de José Pereira Soares, proprietario, e de sua mu
lher D. Benta Maria de Jesus Soares; neto paterno de Amaro Pereira Soares, negociante,
e de sua mulher D. Joanna Soares; e materno de Manuel de Jesus, e de sua mulher
D. Catharina Rosa de Jesus.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Pereiras, e na segunda as
dos Soares. —Br. p. a 19 de fevereiro de 1869. Reg, no Cart. da N., liv. # !"
(C.
1646. JosÉ PEsso A TAVAREs DE AMoRIM, capitão de uma das companhias de orde
nanças da cidade de Castel-branco, irmão germano de Gaspar Pessoa Tavares e Amorim,
e de Gregorio Tavares Pessoa, aos quaes se passaram por este juizo os competentes bra
zões de armas de sua nobreza; filho de Gabriel Tavares Pessoa, negociante da praça desta
cidade, e de sua mulher D. Leonor Pereira da Silva; neto por parte paterna de Sancho
Pessoa da Cunha e Amorim, que foi cadete do regimento de dragões de Aveiro, e de sua
mulher Branca Nunes; e pela materna de Gaspar Mendes Pereira, negociante muito abas
tado em bens e lavouras na villa de Penamacor, e de sua mulher D. Filippa Nunes.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Pessoas, e na segunda as dos
Amorins. — Br. p. a 27 de fevereiro de 1797. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 177.
(C. C.)
1647. JosÉ PINHEIR o DE AzevEDo E SILVA, juiz de fóra da villa de Idanha, filho de
Leonardo Alves da Silva, e de D. Magdalena José de Azevedo Pinheiro; neto pela parte
paterna de Gaspar, e de D. Luiza da Silva; e pela materna de Luiz Lopes Pinheiro, e de
D. Catharina Lopes Ribeiro, todos do termo e comarca de Villa-real.
Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Silvas, no
416 JOSÉ PINHEIRO
herdeira da casa de seu pae Balthasar Vieira Monteiro, senhor da casa de Picão em Villa
boa do Bispo; e o mesmo Balthasar Vieira Monteiro era filho de Francisco Monteiro Pe
reira, fidalgo da casa real e capitão-mór da villa de S. Martinho de Mouros, e de sua mu
lher D. Francisca Coelho Cardoso de Mello.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Pintos, e na segunda as dos
Pereiras. —Br. p. a 10 de janeiro de 1792. Reg. no Cart. da N., liv. Iv, fl. 243 v.
(C. C.)
1654. JosÉ PINTo PEREIRA BoRGEs, do logar de Lodeiro, termo da villa de Santa
Martha de Penaguião, comarca de Villa-real; filho de José Pinto Pereira Borges, e de sua
mulher D. Maria Thereza de Meirelles; neto paterno de Manuel Pinto Pereira, e de sua
mulher D. Cecilia Pereira Borges, filha de André Borges de Mesquita, e de sua mulher
D. Cecilia Pereira.
Um escudo com as armas dos Borges. — Br. p. a 17 de janeiro de 1806. Reg. no
Cart. da N., liv. VII, fl. 115 v.
(C. C.)
da corte, primeiro oficial do Thesouro publico e seu delegado no districto do Porto; filho
de Domingos Rodrigues Chaves de Faria, e de sua mulher D. Rosa Angelica Pereira da
Fonseca; neto paterno de Manuel Rodrigues Chaves de Faria, e de sua mulher D. Joanna
Pinho de Faria, e materno de Manuel Pereira da Fonseca, e de sua mulher D. Anna An
gelica Rosa da Fonseca.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Farias, no segundo as
dos Rodrigues, no terceiro as dos Pereiras, e no quarto as dos Fonsecas. — Br. p. a 30
de junho de 1869. Reg. no Cart. da N., liv. Ix, fl. 123.
(C. C.)
1664. José RoDRIGUEs GoLARTE VHITTON, natural e morador na villa da Horta da
ilha do Faial; filho de Francisco Rodrigues Golarte, e de sua mulher D. Anna Josepha
Vhitton; neto paterno de José Rodrigues Golarte, e de sua mulher D. Maria Antonia das
Candeias; neto materno de João Vhitton, e de sua mulher D. Apollonia Sabat, naturaes
do reino de Inglaterra, que por serem catholicos romanos se passaram para a ilha do
Faial, onde viveram; bisneto de Nicolau Blorent Whitton, gentilhomem do dito reino de
Inglaterra, e de sua mulher Anna, filha de Guiminé Irumbalh de Hastampstead, do con
dado de Buelhe; terceiro neto de João Vhitton, e de sua mulher Esther, filha de Nicolau
Blorent; quarto neto de Jorge Whitton de Hensinglon.
As armas dos Whitton. — Br. p. a 23 de fevereiro de 1752. Reg. no Cart. da N.,
liv. particular, fl. 31.
(C. C.)
1665. JosÉ RODRIGUES GOLARTE VHITTON, natural e morador na villa da Horta da
ilha do Faial; filho de Francisco Rodrigues Golarte, e de sua mulher D. Anna Josepha
Vhitton; neto paterno de José Rodrigues Golarte, e de sua mulher Maria Dutra; neto ma
terno de João Vhitton, e de sua mulher D. Apollonia Sabat, naturaes do reino de Ingla
terra, que por serem catholicos romanos se passaram para a ilha do Faial, onde viveram
nobremente e com estimação dos senhores reis d’este reino; bisneto de Nicolau Blorent
Whitton, gentilhomem do dito reino de Inglaterra, e de sua mulher Anna, filha de Guiminé
Irumbalh de Hastampstead, do condado de Bueles; terceiro neto de João Vhitton, natural
do condado de Uxonia, e de sua mulher Esther, filha de Nicolau Blorent, natural de Lon
dres; quarto neto de Jorge Whitton de Hensinglon, natural do condado de Uxonia.
As armas dos Vhittons. — Br. p. a 15 de outubro de 1754. Reg. no Cart. da N.,
liv. particular, fl. 83.
(C. C.)
1666. JosÉ DE SÁ BRANDÃo FREIRE CARMONA, fidalgo da casa real, filho de José
de Sá Brandão Freire, e de sua mulher D. Thereza Luiza Rosa de Sá Brandão; neto pa
terno de Luiz Antonio de Sá Brandão Freire, fidalgo da casa real, e de D. Maria Coelho
Machado Carmona, e materno de Manuel Borges de Azevedo, e de D. Joanna Maria Pei
XOt0.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Freires, no segundo as
dos Sás, no terceiro as dos Brandões, e no quarto as dos Carmonas. — Br. p. a 15 de
fevereiro de 1806. Reg. no Cart. da N., liv. vii, fl. 119.
(C. C.)
dalgo que foi da casa de Sua Magestade, e do conselho de el-rei D. João IV, e vedor de
sua real Fazenda, e de D. Ambrosia Couceiro Baracho, mulher do dito seu bisavô, e ter
ceiro neto de João Rodrigues de Vasconcellos e Sousa.
As armas dos Barachos, Couceiros, Sousas, e Vasconcellos. — Br. p. a 7 de setem
bro de 1753. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 63 v. (C. C.)
1689. JOSÉ VELLOSO DA CRUZ, cavalleiro da antiga e muito nobre ordern da Torre e
Espada do valor, lealdade e mérito, e thesoureiro da Alfandega do Porto.
Um escudo com as armas que Ihe foram concedidas por alvará de 8 de agosto de
1863.— Br. p. a 25 de setembro de 1863. (M. N.) Reg. no Gart, da N., liv. к, fl. 59 v.
V. no I. H. Velloso da Cruz.
(C. C.)
1690. JOSÉ VIANNA DO AMAR AL ROCHA, cavalleiro professo na ordern de Christo,
natural da cidade do Rio de Janeiro ; filho de Sebastiao Gurgel do Amaral, familiar do
Santo Offlcio, e de sua mulher D. Isabel Vianna do Amaral; neto paterno do capitao Fran
cisco Correa Leitao, e de sua mulher D. Angela do Amaral, filtia do capitao Joao Baptista
Jordao, e de sua mulher Angela de Arao do Amaral, filha de Touvem Gurgel, natural do
reino de Franca, e de sua mulher Domingas de АгГю do Amaral ; bisnelo de Braz Correa
Leitao, e de sua mulher Maria de Mattos; neto materno do léñente coronel Salvador Vianna
da Rocha, cavalleiro da ordern de Christo, familiar do Santo Officio, e de sua mulher
D. Antonia Correa do Amaral, filha do léñente coronel Félix Correa Pinto Bragança, ca
valleiro da ordern de Christo, e de sua mulher D. Maria do Amaral, filha de Joao de Aze-
vedo Rocha, e de sua mulher Antonia do Amaral, filha do referido Toussera Gurgel, e de
sua mulher Domingas de Aráo do Amaral ; e o dito Joao de Azevedo Rocha, filho de Af-
fonso Joao, e de sua mulher Anlonia de Azevedo, e o dito léñente coronel Félix Correa
de Castro Pinho Bragança, filho de Antonio Correa Pinho Bragança, e de sua mulher Joanna
de Freitas ; bisnelo do capitäo Domingos Vianna, que lambem se chamou algum tempo
Domingos Gonçalves Rocha, e de sua mulher D. Francisca Anlonia de Sousa, filha de
Thomé Gonçalves de Azevedo, e de sua mulher Maria Manuel, elle filho de Manuel Gon
çalves de Passos ; lerceiro neto de Sebastiao Gonçalves Rocha, e de sua mulher Anna Gon
çalves Cirne, filha de Pedro Dias Cirne ; quarto neto de Belchior Martins, e de sua mulher
D. Leonor Scares, elle filho de Balthasar Gonçalves, e de sua mulher Catharina Alves, e
ella filha de Diogo da Rocha Villarinho, e de sua mulher Catharina Soares, filha de Duarte
Alvares Villarinho, e de sua mulher Ignez da Rocha, filha de D. Affonso da Rocha, abbade
commendatario de S. Salvador da Torre, e este filho de monsieur de la Rocha, fidalgo
francez, que passando a Portugal a servir ñas guerras que n'aquelle tempo tinha este reino,
n'elle se intitulou conde de Quinzal e estabeleceu a sua casa na villa de Vianna, onde vi-
veu, e d'onde foram naturaes os referidos seus descendenles.
As armas dos Amaraes, e Rochas. — Br. p. a 19 de oulubro de 1764. Reg. no Cart,
da N., liv. particular, fl. 137.
(С. С.)
1691. JOSÉ VIEIRA VAZ DE ANDRADE (Doutor), presbytero do habito de S. Pedro, for
mado na faculdade dos sagrados cañones, protonotario apostólico, natural da villa de Ce-
zimbra, e morador na cidade de Lisboa; filho de Manuel Vieira, e de Maria do Ó Ribeiro;
neto paterno de Paschoal Vieira, e de Anna dos Santos, filha de Domingos Francisco, e de
Francisca dos Santos ; bisneto de Domingos Dias Ferro, e de Domingas Dias ; neto materno
de Raphael Jorge, irmäo do coronel Francisco Vaz Vieira, e de Maria Ribeiro, filha de Si-
mao Lopes, e de Anna Ribeiro, neta do léñente coronel Manuel Lopes Bernardes de Menezes;
bisneto o supplicante do brigadeiro Antonio Correa Vaz de Andrade, e de D. Maria Fran
cisca ; terceiro neto do governador Antonio Pedro Correa, e de D. Antonia Catharina Vaz.
As armas dos Vieiras, Ribeiros de Damiao Dias, e Lopes. — Br. p. a 14 de setem
bro de 1759. Reg. no Cari, da N., liv. particular, fl. 124.
(C. C.)
1692. JOSÉ XAVIER DE A?EVEDO XIMENES DE AKAGÁO, cavalleiro professo na
ordern de Christo, e léñente do segundo regimentó de infantería da praça de Elvas; filho
428 JOSÉ XAVIER
1695. JosÉ XAVIER DINIZ PEREIRA DE ALMEIDA SERRA, natural do logar de Alfu
cheira, filho do bacharel João Xavier de Almeida Serra, e de sua mulher D. Maria Rosa
Diniz Pereira; neto pela parte paterna de Francisco Lopes, e de sua mulher Catharina
Theresa da Serra; filha de Manuel Simão de Almeida, e de sua mulher Maria Dias da
Serra; e neta de Simão Thomaz da Serra, tio de Manuel da Serra, tenente general que
foi n'esta corte, pae de José da Serra, governador do Grã-Pará e Maranhão; e pela ma
terna neto do capitão Dionysio João Pereira, e de sua segunda mulher Natalia Nunes
Pereira.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Almeidas, no segundo
as dos Serras, no terceiro as dos Pereiras, e no quarto as dos Simões. — Br. p. a 6 de
março de 1733. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 195.
(C. C.)
1696. José XAVIER GONZAGA DE SÁ, natural da cidade de Santo Antonio, na ilha
do Principe, e tenente coronel de milicias da dita ilha; filho de Christovão Xavier de Sá,
governador das ilhas de S, Thomé e Principe, e de sua mulher D. Maria Luiza da Cruz;
neto paterno de Jeronymo Domingos de Sá, major do regimento de infanteria n.º 23; bis
neto de Pedro Gonçalves de Sá e Simas Castello-branco, capitão-mór da villa de Arron
ches, e cavalleiro fidalgo da casa real.
Um escudo, e n'elle as armas dos Sás. — Br. p. a 31 de julho de 1821. Reg. no
Cart. da N., liv. VIII, fl. 83.
(C. C.)
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo esquartelado; o primeiro de vermelho com uma torre de prata la
JUZARTE SOARES 431
vrada de azul, o segundo de prata com cinco pinheiros verdes, em aspa; elmo de prata
aberto, paquife de prata e vermelho, por timbre a mesma torre, e por diferença uma
flor de liz de oiro; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da nobre
linhagem e geração dos Pinas e Pinheiros. — Dada em Evora a 15 de junho de 1524.
Reg. na Chanc. de D. João III, liv. IV, fl. 66 v.
1703. JULIo CANDIDO FERREIRA, natural da ilha da Boa-vista, filho de Aniceto An
tonio Ferreira Alvares Mendes, cavaleiro professo na ordem de Christo, feitor da real fa
zenda na ilha da Boa-vista, brigadeiro do real exercito, e governador da referida ilha, a
quem se passou brazão de armas a 14 de outubro de 1803, e de sua mulher D. Filippa
Ignez da Graça; neto paterno do bacharel Antonio Manuel Alvares, e de sua mulher
D. Maria Josepha Mendes; bisneto de João Gomes Alvares, e de sua mulher D. Maria Ro
drigues; bisneto egualmente por parte de sua referida avó D. Maria Josepha Mendes, de
Francisco Ferreira, e de sua mulher D. Josepha Rodrigues Mendes; neto materno de João
da Silva Soares, capitão de milicias da dita ilha da Boa-vista, e de sua mulher D. Ignez
da Graça e Silva.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Alvares, e na se
gunda as dos Mendes. — Br. p. a 13 de março de 1830. Reg. no Cart. da N., liv. VIII,
fl. 249.
(C. C.)
1704. JULIO GOMES DA SILVA SANCHES MACHADO DA ROCHA, do conselho de Sua
Magestade, conselheiro de Estado efectivo, par do reino, ministro e secretario de estado
dos Negocios do reino, e interinamente dos Negocios ecclesiasticos e de justiça, presidente
da Relação de Lisboa, grã-cruz e commendador da ordem de Nossa Senhora da Concei
ção de Villa-viçosa, e cavalleiro da antiga e muito nobre ordem da Torre Espada, do va
lor, lealdade e merito.
Um escudo esquartelado com as armas que lhe foram concedidas por alvará de 20
de maio de 1865. — Br. p. a ... de junho de 1865. (M.N.) Reg. no Cart. da N., liv. Ix,
fl. 85.—V. no I. H. Machado da Rocha.
(C. C.)
1705. JUsTINIANo JosÉ Dos REIS, natural de Minas-geraes, cavalleiro professo na
ordem de Christo, negociante matriculado na praça de Benguella, tenente coronel das ex
tinctas milicias de Loanda, actual sub-prefeito, e governador civil e militar da comarca
de Benguella; filho de Justiniano José dos Reis, e de sua mulher D. Maria Joaquina da
Cunha e Brito; neto paterno de Antonio Joaquim dos Reis, e de sua mulher D. Catharina
Xavier de Brito; e materno de Joaquim Ignacio da Cunha e Brito, e de sua mulher D. Ma
ria Guiomar de Andrade.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Britos, e na segunda
as dos Cunhas. — Br. p. a 26 de setembro de 1836. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl.
278 V.
(C. C.)
1706. JUzARTE SoARES GALHARDo, cavaleiro da casa real.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo vermelho com um leopardo de oiro, tendo sobre as costas (sem
chegar a estas) uma flor de liz de oiro, e o rabo arrevezado, e por diferença uma lua
de prata; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e por
timbre o mesmo leopardo das armas; com todas as honras e privilegios de fidalgo por
descender da geração e linhagem dos Galhardos.—Dada em Lisboa a 6 de abril de 1529.
Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xvII, fl. 36 v.
432 LAZARO CARDOSO
L
1707. LADIS LAU DE ABRANCHEs FREIRE DE FIGUEIREDo, proprietario, filho de La
dislau Caetano da Cunha Botelho, capitão reformado do extincto regimento de milicias da
Guarda, condecorado com a medalha das campanhas da guerra da peninsula, presidente
da Camara municipal da cidade de Pinhel, e de sua mulher D. Helena Maxima de Gouvea
Freire; neto paterno de Manuel Caetano da Cunha Botelho, monteiro-mór da cidade de
Pinhel, e de sua mulher D. Maria Michaela Joaquina Vaz Pato, e materno de Bernardo
de Figueiredo Ferrão Freire de Abreu Castello-branco, representante da casa dos Figuei
redos do adro da villa de Avô, e de sua mulher D. Anna das Neves Castello-branco; so
brinho por parte materna de Albino Abranches Freire de Figueiredo, do conselho de Sua
Magestade, fidalgo cavalleiro da casa real, commendador da ordem de Nossa Senhora da
Conceição de Villa-viçosa, bacharel formado em direito, e presidente da Junta do deposito
publico, a quem se passou brazão de armas.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Figueiredos, no segundo
as dos Freires, no terceiro as dos Abranches, e no quarto as dos Ferrões. —Br. p. a 28
de fevereiro de 1866. Reg. no Cart. da N., liv. Ix, fl. 94.
(C. C.)
1708. LANÇARoTE PEREIRA BoRGEs, cavalleiro fidalgo, filho do licenceado Gomes
Borges, e neto de João Borges de Basto, que foi do verdadeiro tronco d'esta geração.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores;
— Escudo de campo vermelho, e um leão de oiro com uma bordadura azul, semeada
de flores de liz de oiro, e por diferença um crescente de prata; elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de oiro, vermelho e azul, e por timbre meio leão de oiro
com uma das flores de liz sobre a cabeça; com todas as honras e privilegios de fidalgo
por descender da nobre geração dos Borges.—Dada em Lisboa a 3 de março de 1539.
Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XXVII, fl. 20 v.
1709. LANÇAROTE VIEIRA, moço da camara do Cardeal infante, filho de João Affonso,
escudeiro, e de Joanna Vieira, neto de Lançarote Gonçalves Vieira, e bisneto de Gonçalo
Affonso Vieira, que foi fidalgo muito honrado e do tronco da geração dos Vieiras.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de armas de seus an
tecessores : — Escudo de campo vermelho com seis vieiras de prata lavradas, em duas
palas, e por diferença uma brica de oiro e n’ella um —L— de preto; elmo de prata
aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e vermelho, e por timbre uma aspa de ver
melho com tres vieiras de prata; com todas as honras de nobre fidalgo por descender da
geração dos Vieiras.—Dada cm Evora a 12 de outubro de 1536. Reg. na Chanc. de
D. João III, liv. XXII, fl. 121.
1710. LAZARo CARDoso AMADo, coronel do terço dos auxiliares da cidade de S. Paulo
da Assumpção, reino de Angola, natural da villa de Rio de Moinhos, comarca e bispado
de Viseu; filho de Bernardo Cardoso de Almeida Amado, e de sua mulher D. Maria da
Conceição Coelho; neto pela parte paterna de Manuel de Almeida Amado, e de sua mu
lher D. Marianna Cardoso; e pela materna de Bernardo Dias Coelho, e de sua mulher
D. Isabel João.
LEANDRO JOSÉ 433
1715. LEANDRo SEVERo VAz PINTo DE SÁ, natural e morador na cidade de Lisboa,
filho de Manuel Correa Vaz Pinto, capitão de infanteria, auxiliar do terço da comarca de
Setubal, proprietario do oficio de vendedor e recebedor dos direitos reaes do pescado
secco, e cidadão da cidade de Lisboa, d’onde é natural, e de sua mulher D. Lucina Maria
de Jesus; neto paterno de João Ferreira de Carvalho, proprietario do dito oficio, e de
sua mulher D. Joanna de Sá, natural d’esta côrte, que levou em dote o dito oficio, filha
de Balthazar de Sá, proprietario do dito oficio, e de sua mulher D. Luiza Moreira, fi
lha de Francisco Jorge, e de sua mulher D. Maria Moreira: e o dito Balthazar de Sá era
filho de Garcia Vaz Pinto de Sá, abbade que foi de Vinhaes, que, antes de ser clerigo, se
chamava Filippe Teixeira de Magalhães, fidalgo escudeiro da casa real, e de D. Maria de
Sá; neto de Ruy Vaz Pinto de Sá, governador do Rio de Janeiro, e provedor da Fazenda
do Brazil, e de sua mulher D. Francisca de Magalhães, filha do doutor Fernando de Ma
galhães, desembargador do Paço, e chanceller-mór do reino; bisneto de Antonio Teixeira
Pinto, senhor do morgado de Calville, e de sua mulher D. Joanna de Sá, filha de João
Rebello de Sá; terceiro neto de Gonçalo Vaz Pinto, e de sua mulher D. Isabel Leite, fi
lha de Alvaro Leite, senhor do morgado de Quebrantões; quarto neto de Mannel Pinto de
Goes, senhor do dito morgado de Calville, da honra da Pardilha, e da quinta de Algares,
e de sua mulher D. Francisca Teixeira, filha de João Teixeira de Macedo, e de Violante
de Barros, o qual Manuel Pinto de Goes era filho de Gonçalo Vaz Pinto, segundo senhor
de Terras e Tendaes, alcaide-mór de Chaves, e de sua segunda mulher D. Ignez Rodri
gues de Goes; neto de outro Gonçalo Vaz Pinto, primeiro senhor das ditas terras, e de
sua mulher D. Catharina de Mello, filha de Martim Affonso de Mello, setimo senhor da
villa de Mello; bisneto de Ayres Pinto, filho de Vasco Garcez Pinto, e este de Garcia
Soares Pinto, neto de D. João Garcia de Sousa Pinto, progenitor d’este nobilissimo appel
lido; bisneto o supplicante pela sua varonia de Domingos Ferreira de Carvalho, e de sua
mulher D. Isabel da Mouta, filha de Domingos Preto Mattoso, e de sua mulher D. Fran
cisca da Mouta; terceiro neto de Marcos Ferreira, e de sua mulher Catharina Fernandes;
neto materno do capitão de mar e guerra Domingos Gomes Cubellos, e de sua mulher
D. Helena Maria Monteiro, filha de João de Mattos, e de sua mulher D. Clara Monteiro,
filha de Simão Fernandes, e de sua mulher Maria Themuda; o dito João de Mattos foi fi
lho de outro João de Mattos, e de sua mulher Isabel Rodrigues; bisneto materno do ca
pitão José Gomes Gago, e de sua mulher Iria Martins, filha de Paulo Gomes, e de Maria
Manuel, e elle de Domingos Braz, e de Domingas Gomes, todos naturaes da villa de Cascaes.
As armas dos Ferreiras, Pintos, Sás, e Mellos. — Br. p. a 5 de setembro de 1750.
Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 2 v.
(C. C.)
gunda parte de prata com seis arvelas de azul; o segundo azul com um leão de oiro ar
mado de vermelho, e por diferença uma lua de azul; elmo de prata aberto guarnecido
de oiro, paquife de oiro, vermelho e azul, e por timbre o mesmo leão; com todas as hon
ras de fidalgo por descender das gerações dos Gouveas e Castellos-brancos.—Dada em
Evora a 10 de março de 1537. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xxIII, fl. 19.
1721. Lopo DE ARAUJo, filho de Lopo Rodrigues de Araujo, e de Catharina Pimen
tel; neto de João Rodrigues de Araujo; bisneto de João Rodrigues de Araujo; todos fi
dalgos muito honrados.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo de prata e uma aspa azul com cinco besantes de oiro, uma no meio
e as outras nas pontas, e por diferença uma merleta vermelha; elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de oiro e azul, e por timbre a mesma aspa com cinco besan
tes de oiro; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da linhagem dos
Araujos. — Dada em Lisboa a 4 de abril de 1541. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xxxiv,
fl. 10.
1724. Lopo JosÉ BARBosA CoLLAço DE VAs conceLLos E CAstRo, filho do capi
tão Agostinho Luiz Barbosa Costa de Vasconcellos e Castro, e de sua mulher D. Thereza
Maria Barbosa de Lima; neto paterno do capitão João Collaço de Vasconcellos e Castro,
e de sua mulher D. Maria Barbosa, filha do capitão Torquato Barbosa, e de sua mulher
D. Domingas de Araujo, neta paterna de João Soares, e de sua mulher D. Senhorinha
Barbosa, filha de Torquato Barbosa, este filho de Francisco Barbosa; bisneto o supplicante
de João Rodrigues Vieira, e de sua mulher D. Anna Maria Collaço de Vasconcellos, filha
de Luiz Ribeiro de Castro e Vasconcellos, e de sua mulher D. Catharina Manuela, neta
paterna de Sebastião Ribeiro de Castro, e de sua mulher D. Maria Collaço de Vascon
cellos, filha de D. Maria Saldanha de Vasconcellos, e este filho tambem de Simão Ri
beiro; neto materno de Francisco Fernandes de Castro, e de sua mulher D. Monica Bar
bosa.
As armas dos Barbosas, Castros, e Vasconcellos. — Br. p. a 16 de agosto de 1755.
Reg, no Cart. da N., liv. particular, fl. 91.
(C. C.)
D. LOURENÇA DE MELLO 437
1725. Lopo MACHADo, morador na ilha da Madeira, filho de Pedro Machado e neto
de Lopo Machado, os quaes foram do tronco d'estas gerações.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo esquartelado; o primeiro de vermelho com cinco machados de prata
com os cabos de oiro, em aspa, o segundo de vermelho e uma aguia preta, estendida,
com os pés e membrada de oiro, e por diferença um crescente de prata; elmo de prata
aberto guarnecido de oiro, paquife de prata, oiro e vermelho, e por timbre dois dos ma
chados em aspa; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração
e linhagem dos Machados e Maias.—Dada em Evora em 1537. Reg. na Chanc. de
D. João III, liv. XXIII, fl. 70.
1728. Lopo SoAREs, filho de Pedro de Santarem Soares, e neto de Lopo Vaz Soares,
que era fidalgo muito honrado e do tronco d'esta geração.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo de prata com uma cruz vermelha florida e vasia do primeiro, e uma
bordadura de prata cheia de escudinhos azues, e em cada um cinco besantes da borda
dura, e por diferença um crescente verde; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, pa
quife de prata, vermelho e azul, e por timbre um dragão volante de vermelho com os pés
sobre o elmo; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração dos
Soares de Albergaria. — Dada em Lisboa a 9 de julho de 1549. Reg. no liv. II de Privi
legios, fl. 222.
1729. D. Lou RENÇA DE MELLO E LIMA, irmã de Gregorio Cadena Bandeira de Mello;
filha de Pero de Cadena, moço fidalgo, e de Brites Bandeira de Mello; neta materna de
Filippe Bandeira de Mello; bisneta de Sebastião Pires de Louredo e de Brites Bandeira
de Mello; trineta de João Rodrigues Malheiro de Mello, e de Filippa Bandeira; quarta
neta de Gonçalo Pires Bandeira, o primeiro d'este appellido; o qual João Rodrigues Ma
lheiro de Mello foi filho de João Malheiro, de Ponte de Lima, e de Guiomar de Mello que
foi filha de Fernão de Mello, filho de D. Rodrigo de Mello, filho de D. Leonel de Lima,
438 LOURENÇO ANTONIO
setimo avô da dita D. Lourença de Mello e Lima, e que foi o primeiro visconde de Villa
nova de Cerveira e era casado com D. Filippa da Cunha, filha de Alvaro da Cunha, se
nhor de Pombeiro, e de D. Brites de Mello, que era filha de Martim Affonso de Mello.
Carta pela qual el-rei D. Filippe III lhe concede e a seus descendentes o seguinte
brazão de seus antecessores : — Escudo de campo esquartelado; o primeiro dos Bandei
ras, de vermelho, com uma bandeira de prata com a haste e franja de oiro, carregada de
um leão de purpura rompente armado de vermelho, o segundo dos Mellos, de vermelho
e seis besantes de prata entre uma dobre cruz e bordadura de oiro, o terceiro dos Li
mas, um escudo partido em tres palas; a primeira de Aragão, e as outras duas esquar
teladadas dos Silvas e Souto-maior; o quarto dos Cunhas, de oiro com nove cunhas de
azul formadas em tres palas, e por differença uma brica com seu coxim; por timbre o
leão da bandeira; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, e o paquife dos metaes e co
res das armas; com todas as honras e privilegios de fidalga, por descender das ditas ge
rações.—Dada em Lisboa a 16 de junho de 1633. Reg. na Chanc. de D. Filippe III, liv. I,
fl. 306.
1733. Lou RENço ANToNIo DE SousA PEREIRA, natural da villa de Palmella; filho
de Manuel de Sousa Pereira, e de sua mulher Isabel Caetana e Azevedo; neto pela parte
paterna de João de Sousa Pereira, e de sua mulher D. Jeronyma Romba Cardosa, filha
do capitão Manuel Cordeiro Cacho, e de sua mulher D. Anna Maria Romba; bisneto de
Manuel Barrocas Aguio, cavalleiro da ordem de Christo, capitão de infanteria que foi na
capitania de Pernambuco, onde ajudou a expulsar d’ella os hollandezes, e vindo para este
LOURENÇO DA FONSECA 439
reino, serviu com muita distincção nas guerras da feliz acclamação, e foi governador da
praça de Ouguella, e de sua mulher D. Catharina Luiza Pereira; e pela parte materna
neto de Pedro de Sequeira Godinho, e de sua mulher D. Anna Maria da Silva.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Pereiras, no segundo as
dos Cordeiros, no terceiro as dos Sequeiras, e no quarto as dos Silvas. — Br. p. a 4 de
abril de 1772. Reg. no Cart. da N., liv. 1, fl. 173.
(C. C.)
1733. Lou RENço ARRAEs DE MENDoNÇA DA CUNHA, cavalleiro fidalgo da casa real,
natural da cidade do Pará; filho de João da Silva da Cunha Arraes de Mendonça, caval
leiro fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Catharina de Abreu Amora; neto por parte
paterna de Lourenço Arraes de Mendonça, cavaleiro fidalgo da casa real, professo na or
dem de Christo e alferes de infanteria da extincta praça de Mazagão, e de sua mulher
D. Catharina de Abreu, a qual era filha do alcaide-mór da dita praça de Mazagão, Luiz
Lourenço de Abreu, professo na ordem de Christo, fidalgo da casa real, e capitão de in
fanteria na dita praça; bisneto de Jorge do Rego Arraes de Brito, professo na ordem de
Christo, cavaleiro da casa real, adail e cabo-maior de cavallaria da mencionada praça, e
de sua mulher D. Catharina Maria de Brito, a qual era filha de Antonio de Azevedo Cou
tinho, professo na ordem de Christo, e fidalgo da casa real; terceiro neto de outro Lou
renço Arraes de Mendonça, professo na ordem de Christo, cavaleiro fidalgo da casa real
e capitão de infanteria da dita praça, e de sua mulher D. Maria de Brito; neto por parte
materna de Antonio Gonçalves Amora, professo na ordem de Christo, e cavalleiro fidalgo
da casa real, e de sua mulher D. Joanna Cotta; bisneto de outro Antonio Gonçalves
Amora, professo na ordem de Christo e cavalleiro fidalgo da casa real, e de sua mulher
D. Joanna Domingues; terceiro neto de Bartholomeu Amora, professo na ordem de
Christo e cavaleiro fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Catharina Rodrigues
Cotta.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Arraes, no segundo as
dos Mendonças, no terceiro as dos Loureiros, e no quarto as dos Abreus. — Br. p. a 10
de junho de 1801. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 170.
(C. C.)
1734. LouaENço CoRREA DA SILVA, natural da Bahia; filho de José Alves da Silva,
familiar do Santo Oficio, natural da villa de Vianna, e de sua mulher D. Agueda Maria
do Sacramento, natural da villa da Cachoeira, arcebispado da cidade da Bahia; neto pela
parte paterna de Francisco Alvares de Carvalho, e de sua mulher D. Maria Alvares da
Silva; e pela materna do tenente coronel Lourenço Correa Lisboa, e de sua mulher
D. Maria de Magalhães.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Carvalhos, no segundo
as dos Silvas, no terceiro as dos Correas, e no quarto as dos Magalhães. — Br. p. a 31
de outubro de 1771. — Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 162.
(C. C.)
1735. LouPENço DA FoNsECA, licenceado.
Carta pela qual el-rei D. Manuel lhe concede e a seus successores o seguinte
brazão de seus antepassados : — Escudo esquartelado, o primeiro dos Afonsecas,
que é de oiro com cinco estrellas vermelhas em aspa, o segundo dos Cerveiras,
que é esquartelado, o primeiro de vermelho com uma cruz de oiro florida e va
sia, com uma bordadura de prata cheia de escudinhos de Portugal, alemcontre de prata
com duas sereias de purpura, e por diferença nas armas dos da Fonseca uma mer
leta preta; elmo de prata aberto, e o paquife de oiro e vermelho; timbre um meio
touro vermelho com os paus de oiro; com todas as honras e privilegios de fidalgo
de antiga linhagem por descender da geração dos da Fonseca. — Dada em Lisboa
===========--- == --- |
1736. Lou RENço JosÉ DE MoURA MAGALHÃEs PINTo (Capitão), da casa de Ollela,
freguezia de Santa Senhorinha, concelho de Cabeceiras de Basto, comarca de Guimarães;
filho do capitão Estevão Antonio de Moura Magalhães Pinto, e de sua mulher D. Josepha
Thereza Ferreira da Silva; neto paterno do capitão Manuel de Moura de Magalhães Pinto,
e de sua mulher D. Joanna de Moura; bisneto do capitão Antonio de Magalhães, e de sua
mulher D. Marianna de Moura Magalhães, e materno de João Carneiro da Silva, e de sua
mulher D. Senhorinha Ferreira; bisneto pelo mesmo lado de Antonio Pires Affonso Fer
reira, e de sua mulher D. Maria Ferreira da Silva.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Mouras, no segundo as
dos Magalhães, no terceiro as dos Silvas, e no quarto as dos Ferreiras. — Br. p. a 27 de
setembro de 1821. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 89.
• (C. C.)
1737. Lou RENço JosÉ TABORDA TAVARES DE NEGREIRos FEIJó FALCÃo, natural
do logar de Tabella, termo da villa de Fundão, provincia da Beira; filho de Lourenço
José Taborda Delvas de Negreiros Feijó, e de sua mulher D. Maria Barbara Falcão de
Aguiar Leitão; neto pela parte paterna do bacharel Verissimo Ignacio Taborda Delvas de
Negreiros, e de sua mulher D. Antonia Maria Ignacia Feijó, ele filho do desembargador
da Relação do Porto Isidoro Mendes Delvas Taborda de Negreiros, descendente de Garcia
Rodrigues Taborda, fidalgo galego, e senhor n'aquelle reino do solar dos Tabordas, e
n'este reino de Portugal, para onde se passou, chefe d’esta illustre familia; e ella filha
de João do Valle de Almeida, e de sua mulher D. Maria Rodrigues Feijó, descendente de
Pedro Feijó, alcaide-mór da villa de Portella, de quem procedem todos os Feijós d’aquella
provincia; e pela parte materna neto de Antonio Felix Falcão Tavares, e de sua mulher
D. Maria Rosa Ribeiro, e bisneto de Manuel Antunes Falcão Tavares, dos Falcões Tavares
da villa de Fundão, descendente de Francisco Mendes Falcão Tavares, padroeiro da egreja
da Magdalena da villa da Covilhã, e senhores do pescado de Aveiro, que procederam da
Casa quebrada, e foram fidalgos de antiquissima geração.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Tabordas, no segundo
as dos Feijós, no terceiro as dos Falcões, e no quarto as dos Tavares. — Br. p. a 21 de
janeiro de 1788. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 44 v.
(C. C.)
1738. Lou RENço MACIEL PARENTE, da cidade do Maranhão, filho de Antonio Maciel
Parente, e de D. Marianna Cotrim; neto pela parte paterna de Bento Maciel Parente, capi
tão-mór que foi da Ribeira de Mearim, e de D. Marianna de Araujo Catanede; bisneto
de Vital Maciel Parente, sargento-mór que foi do estado da dita cidade, e ultimamente
capitão-mór e governador das armas d’aquela capitania, o qual foi filho de Bento Maciel
Parente, fidalgo da casa real, cavalleiro professo na ordem de Christo, senhor donatario
da capitania do Cabo do Norte, e governador general d’aquelle estado.
Um escudo, e n'elle as armas dos Pantojas. — Br. p. a 29 de novembro de 1797.
Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 217.
(C. C.)
1739. LourRENço DE OLIVA, cavalleiro da casa real e da ordem de Christo, morador
na cidade de Tanger.
Carta pela qual el-rei D. Sebastião lhe concede e a seus descendentes o seguinte bra
zão de armas: — Escudo de campo verde e um leão de oiro rompente, atravessado com
uma metade de lança de sua côr por entre as espadoas, saindo-lhe o ferro pela barriga,
LUCAS GIRALDES 441
armado de preto e ensanguentado, junto de uma ribeira, que vai pelo pé do escudo; elmo
de prata cerrado guarnecido de oiro, paquife de oiro e verde, e por timbre um meio ho
mem vestido de vermelho, com a outra metade da lança enrestada na mão; com todas as
honras de nobre fidalgo pelos seus relevantes serviços. (As armas alludem a uma luta que
teve em Tanger com um leão, deixando-o morto). — Dada em Lisboa a 12 de novembro
de 1564. (M. N.) Reg. na Chanc. de D. Sebastião, liv. IV, fl. 69.
1740. Lou RENço THOMAz FERREIRA DE CARVALHo, natural do concelho de Cabe
ceiras de Basto, filho de Lourenço José de Carvalho, e de sua mulher Francisca Felicia;
neto pela parte paterna do capitão Manuel Thomaz de Carvalho, e de sua mulher Benta
Martins, ele filho de André Francisco, e de sua mulher Senhorinha Antunes, e ela filha
de João Martins, e de sua mulher Domingas Gonçalves; e pela materna se mostrava tam
bem que elle é neto de Domingos Carvalho dos Santos, e de sua mulher Maria Carvalho;
bisneto de Domingos Carvalho, e de sua mulher Maria Vaz, e de Antonio Carvalho dos
Santos, e de sua mulher Maria Antunes do Valle; terceiro neto de Sebastião Carvalho dos
Santos, e de sua mulher Domingas Vaz; e quarto neto de Manuel Thomaz de Carvalho,
capitão de volantes na guerra da acclamação, e teve patente de sargento-mór de um terço;
o supplicante é descendente tambem de outro Domingos Carvalho dos Santos, que foi
moço da camara dos senhores reis d’este reino.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Carvalhos, e na segunda as
dos Valles. — Br. p. a 17 de agosto de 1786. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 233 v.
(C. C.)
1741. LUCANo DE EsPINDoLA, genovez, morador na ilha da Madeira, filho de Misser
# de Espindola, e de Madona Pereta de Espindola, que foram do tronco d'esta li
nhagem.
Carta pela qual el-rei D. Manuel lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
—Um escudo com campo de oiro e uma faxa de escaces de prata e vermelho; elmo de
prata aberto, e por timbre um ramo de espinhas vermelho, que está sobre a face do es
cudo, e por differença uma merleta de negro; paquife de oiro e vermelho; por descender
da geração e linhagem dos Espindolas, que foram fidalgos e dos principaes da senhoria
de Genova. — Dada em 1513. Reg. na Chanc. de D. Manuel, liv. XLII, fl. 48 e liv. das
Ilhas, fl. 135.
1751. LUIZ ANTONIO FERREIRA SILVA FARIA E ARAGÃo, feitor da real Fazenda nos
armazens da casa da India da cidade de Lisboa; filho de José Antonio da Silva, rico la
vrador de terras proprias na villa do Castello de Ferreira de Aves, e de D. Euphrazia Cae
tana da Silva; neto paterno de Antonio Ferreira, egualmente rico lavrador de terras pro
prias, e de D. Maria Gomes Ferreira; e materno de Caetano de Faria e Aragão, capitão
do regimento de cavallaria de Almeida, o qual foi filho de Caetano Paes de Carvalho e
Aragão.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Ferreiras, e na segunda
as dos Silvas. — Br. p. a 13 de fevereiro de 1817. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 117 v.
(C. C.)
1752. Luiz ANToNIo DE FIGUEIREDo PEREIRA, capitão-mór da villa da Vidigueira;
filho do doutor Francisco de Figueiredo Botelho, ouvidor que foi da dita villa, e de sua
mulher D. Thereza Josepha de Mira, filha de Aleixo Rodrigues Salgado, e de sua mulher
Anna Maria Vermelha; neto pela sua varonia do doutor Pedro Botelho de Pina, e de sua
mulher D. Josepha de Figueiredo Pereira; bisneto de Domingos Botelho de Vilhena, moço
da real camara, juiz da aposentadoria e direitos reaes da cidade de Evora, e de sua mu
lher D. Joanna Lopes Pinta; terceiro neto de Pedro Botelho de Aragão, cavaleiro fidalgo
da casa real, o qual era filho de Ayres Botelho, e neto de Pedro Botelho de Pina, conta
dor-mór que foi da ordem de Christo.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Botelhos, no segundo
444 LUIZ ANTONIO
1753. LUIZ ANTONIO MARGALHo CoRREA, cavalleiro fidalgo da casa real; filho de Ma
nuel Martins Margalho, e de sua mulher Maria Vaz; neto paterno de Domingos Martins
Correa, e de sua mulher Maria Lopes Margalho; neto materno de Manuel Luiz, e de sua
mulher Maria Vaz.
As armas dos Martins, Correas, Lopes, e Vazes. — Br. p. a 20 de março de 1753.
Reg. no Cart. da N., liv. particular fl. 51.
(C. C.)
1754. LUIZ ANToN1o PINTo DE AZEVEDo (Capitão), natural e morador na sua quinta
de Pez de Pontes, freguezia de Cambra; filho do capitão Pedro da Silva e Almeida, e de
sua mulher Antonia Pinto de Azevedo, ele filho do capitão Manuel André Ribeiro, e ella
filha do capitão José da Costa, e de sua mulher Maria Pinto de Azevedo, filha de Antonio
de Alcoforado Cyram, moço fidalgo da casa real; neto de Antonio Pinto, que teve o
mesmo foro; bisneto de Luiz Pinto, que tambem foi moço fidalgo, filho de Thomé Pinto
commendador que foi de Vouzella.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Pintos, no segundo as
dos Azevedos, no terceiro as dos Alcoforados, e no quarto as dos Cyrões. — Br. p. a
12 de junho de 1776. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 97.
(C. C.)
1755. LUIZ ANToNIo REBELLo E ALMEIDA, tenente coronel do regimento de artilhei
ros nacionaes, e negociante matriculado na praça de Lisboa; filho de Luiz Cypriano Re
bello e Almeida, e de sua mulher D. Bernarda Joaquina da Cunha Lima; neto paterno de
Cypriano Francisco, cavaleiro da ordem de Christo, e de sua mulher D. Theodora Maria;
e materno de Antonio Luiz Ferreira Braga, e de sua mulher D. Ursula da Cunha; bisneto
de Antonio de Almeida, moço da camara e escudeiro fidalgo da casa real.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Rebellos, e na segunda as
dos Almeidas.— Br. p. a 2 de março de 1812. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 243 v.
(C. C.)
Iher D. Anna Maria Joaquina, fllha de Joaquim Rodrigues da Serra, capitao das ordenan-
ças de Villa-boa de Sant'Anna, e de sua mulher D. Quiteña Maria do Nascimento; neto
pela parte paterna de Rnymundo de Brito Themudo, cavalleiro íidalgo da casa real, e de
sua mulher D. Luiza Joaquina Souto-maior; bisneto de Joâo Seixo Gaio, e de sua mulher
e prima D. Maria de Brito e Paria; terceiro neto de Manuel Seixo Gaio, natural de San-
tarem, onde foi mamposteiro-mór dos captivos, e de sua mulher e prima D. Anna Maria
Tavares; quarto neto de Joâo Seixo Gaio, e de sua mulher D. Guiomar Falarda; quinto
neto de Manuel Seixo Gaio, cavalleiro fidalgo da casa real, e de sua mulher Simoa Cor
rea ; sexto neto de Duarte Dias Seixo Gaio, e de sua mulher Anna Paes da Cunha.
Um escudo partido em pala ; na primeira as armas dos Gaios, e na segunda as dos
Themudos. — Br. p. a 22 de marco de 1786. Reg. no Cart, da N.. liv. m, fl. 213 v.
(C. C.)
1758. Luiz ANTONIO DA SILVA GUIMARÄES, negociante portuguez na praça do Rio
de Janeiro, commendador da ordern de Christo e fidalgo cavalleiro da casa real.
Carta pela qual el-rei D. Luiz i Ihe concede o seguinte brazao de armas : — Escudo
esquartelado, tendo o superior da direita carregado com um leâo rompente de vermelho
e armado de azul sobre campo de prata, e assim o seu contrario : o superior da esquerda
partido em tres palas, sendo a da direita e a da esquerda enfrestadas de dez fimbretas
negras em banda contra outras tantas da mesma cor em barra sobre campo de prata, e
a céntrica carregada corn a vara de Mercurio doirada, e decorada com duas serpentes ba-
talhantes de prata e aladas da mesma sobre campo vermelho, e assim o seu contrario;
elmo de prata lisa decorada de oiro lavrado e forrado de azul; virol de oiro e vermelho;
timbre um leao rompente de prata, cora urna faxa negra e armado da mesma cor; por
Ihe querer dar cora o referido brazao mais um testemiinho da sua regia munificencia.
N'esta mesma carta manda el-rei, que o rei de armas de Portugal faca expedir a respe
ctiva carta de brazao.— Dada em Lisboa a 25 de fevereiro de 1869. (M. N.) Reg. no Ar
chivo a 15 de marco de 1867. Registro de mercès de el-rei D. Luiz i, liv. xx, fl. 91. Reg.
no Cart, da N.. liv. ix, fl. 118.
1759. Luiz ANTONIO DA SILVA TORRES (Beneficiado), secretario do Santo Officio da
inquisiçao da cidade de Coirnbra, e na mesma beneficiado ñas collegiadas de Santa Justa
e S. Bartholomeu, presbytère do habito de S. Pedro, natural da freguezia de Arcozelo da
Torre, bispado de Lamego ; fillio de Manuel da Silva Torres, e de sua mulher Maria de
S. Francisco, ambos da dita freguezia ; neto pela parte paterna de Manuel Antunes Monta-
nha, e materno de Antonio Martins Ferreira, naturaes da villa de Leomil.
Um escudo ovado e esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Sil
vas, no segundo as dos Torres, e no terceiro as dos Ferreiras. — Br. p. a 6 de setem-
bro de 1785. Reg. no Cart, da N., liv. m, fl. 208.
(C. C.)
1760. Luiz ANTONIO SOUTO, cavalleiro professo na ordern de Christo, feitor e com-
missario geral das reaes fabricas dos armazens da ribeira do Oiro, da cidade do Porto,
capitáo dos privilegiados da mesma cidade ; íilho de Luiz Antonio Sonto, e de María Fran
cisca ; neto paterno de Antonio Luiz Souto, e de Domingas de Freitas ; neto materno de
Diogo Vaz, e de Catharina Francisca.
As armas dos Soutos, e Freitas. — Br. p. a 10 de outubro de 1755. Reg. no Cart,
da N., liv. particular, fl. 92 v.
(C. C.}
1761. Luiz ANTONIO VIEIRA DA SILVA, capitáo de infantería de milicias da ribeira
do Itapecuru, e natural da cidade de Lisboa; filho do capitáo José Vieira da Silva, e de
446 LUIZ BENTO
sua mulher D. Anna Maria da Assumpção Vieira; neto paterno de Antonio Vieira da Silva,
e de sua mulher D. Josepha Maria da Silva; e materno de Francisco Pires Monção.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Vieiras, e na segunda as dos
Silvas. — Br. p. a 30 de julho de 1804. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 89 v.
(C. C.)
dos Sás, no terceiro as dos Pintos, e no quarto as dos Borges. — Br. p. a 11 de setembro
de 1813. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 279.
(C. C.)
1775. LUIZ Coelho TEIXEIRA (Doutor), natural da cidade da Bahia de todos os San
tos, estado do Brazil; filho de João Machado de Miranda, e de D. Catharina Maria; neto
pela parte paterna de Antonio Fernandes Machado de Miranda, e de D. Maria Fernandes
Teixeira, e pela materna de Domingos Fernandes Arouca, e de Domingas Pereira Telxeira.
Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Machados, no
segundo as dos Mirandas, e no terceiro as dos Teixeiras.—Br. p. a 16 de novembro de
1773. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 212 v.
(C. C.)
este ultimo em coronel na batalha do Bussaco, assim como na de Fuentes de Honor com-
mandára interinamente a brigada dos regimentos 7 e 19, e batalhâo de cacadores n.° 2,
e sendo promovido a brigadeiro, continuara no commando da referida brigada, com a
qual se achara no segundo assedio da praça de Badajoz ; e passando a commandar a bri
gada dos regimentos n.° 9 e 21, corn esta entrara na acçâo de Elbodon; no mesmo posto
de brigadeiro, lora sub-inspector e instructor, dos quatorze corpos de infantería de mi
licias da provincia da Estremadura, e depois da paz geral de 1814 passera por determi-
naçâo minha, a servir na provincia do Rio de Janeiro, na qualidade de inspector e in
structor de infantería, da primeira e segunda linha, exercendo estes empregos nos poslos
de maréchal de campo e teñente general, até que eu por minha espontanea e real lem-
brança fora servido nomeal-o governador e capitâo general das ilhas de Cabo-verde, por
um honroso decreto datado em 25 de abril de 1821, de que tinha carta regia, contando
agora quarenta e cinco annos de service. E porque Ihe poderla ser necessario no go-
verno para que eslava nomeado, ou ein outro qualquer emprego, sellar alguns papéis,
o que nao podia fazer por nao ter brazâo de armas, nao obstante ter o tratamento de
excellencia, fôro grande e caria do meu conselho, como tem os bispos, arcebispos e
grandes d'esle reino; achando-se além d'isso commendador das ordens de Christo e
Torre e Espada, e condecorado com as medalhas da restauraçâo dos direitos da rea
leza, a de 1res campanhas da peninsula, e a de dois commandos de corpos na referida
guerra ; Era por todas estas razoes, que respeitosamente me pedia, que me dignasse con-
ceder-lhe o brazâo de armas que tinha a honra de offerecer a minha real conlemplaçâo.
E visto seu requerimento que me foi presente em consulta da Mesa do Paco, precedendo
informaçâo do corregedor do civel da Corle da segunda vara, e audiencia do procurador
da minha real Corôa, e em atlençâo aos dilatados, assiduos e relevantes services do sup-
plicante, e a serem as armas por elle designadas conformes as leis da armaría, e precei-
tos da arte heráldica, como declarou o escrivao da Nobrcza, que tambem foi ouvido : Hei
por bem conceder ao mesmo supplicanle a graça do pretendido brazâo de armas que
será : Um escudo mantelado, tendo no primeiro em campo azul, urna peca de artilheria
de oiro, e urna espingarda de prata postas em aspa; no segundo, tambem em campo
azul, urna peca de arlilheria de prala, e urna ancora de oiro, postas egulmente em aspa;
no terceiro em campo vermelho um leâo de oiro rompente, com urna chave de prala na
garra direita ; chefe de prala carregado de urna palmeira : orla de oiro corn a legenda em
lelras vermelhas—Valor, fidelidade, honra : elmo de prata aberto guarnecido de oiro, e
forrado de verde, lendo o paquife dos metaes e cores do escudo, e por timbre tres ra
mos de palmeira atados com um troçal de prata. Pelo que mando ao meu rei de armas
Portugal, que n'esta conformidade faça expedir ao supplicanle o mencionado brazâo de
armas, etc. » — Datado de 26 dedezembro de 1824. (M. N.) Reg.no Gart, da N., üv. vin,
fl. 123 v.
1785. LUIZ JOSÉ DE BRITO CORREA DE AZEVEDO, cavalleiro professe na ordern de
Christo, contador do real Erario ; filho de José Correa de Andrade, e de sua mulher
D. Marianna Josepha Dorothea da Cunha ; neto pela parte paterna de Luiz da Silva, e de
D. Anna de Sousa e Brito ; bisneto de Manuel Correa de Brito, e de D. María Gomes ;
terceiro neto de Damiâo de Brito Toscano, casado com D. Maria de Barros, elle filho de
outro Damiâo de Brito Toscano, e de sua mulher D. Susana de Azevedo, senhores que
foram dos direitos reaes da villa de Fontes; neto do doutor Manuel Dias Pimenta, que
foi ouvidor em Villa-real, e de D. Francisca de Brito Toscano, filha de Fernando de Brito
Toscano, primo direito do duque de Caminha.
Um escudo esquartelado ; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Britos, no se
gundo as dos Correas, e no terceiro as dos Azevedos. — Br. p. a 30 de junho de 1807.
Reg. no Cart, da N., liv. i, fl. 104.
(C. C.)
452 LUIZ JOSÉ
1788. LUIZ JosÉ DE OLIVEIRA VAz MExIA CAYoLA, capitão de cavallaria com exer
cicio de ajudante do regimento de Alcantara; filho de José Antonio Mexia Cayola, que
foi furriel do regimento de cavallaria de Castello-branco, e de sua mulher D. Rita Joa
quina da Silva Vaz; neto por parte paterna de Thomé Antonio Mexia Cayola, e de sua
mulher D. Maria Thereza; neto por parte materna de Antonio de Oliveira, e de sua mu
lher D. Maria Josepha da Silva Vaz, a qual era irmã da mãe de Luiz Antonio Margalho
Correa, fidalgo da casa real, a quem se passou brazão de armas aos 20 de março de 1753.
Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Mexias, no
segundo as dos Silvas, no terceiro as dos Vazes, e no quarto as dos Mellos. — Br. p. a
13 de janeiro de 1800. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 114.
(C. C.)
1789. LUIz JosÉ RIBEIRo, do conselho de Sua Magestade, fidalgo cavalleiro da casa
real, cavalleiro professo na ordem de Christo, e na de Nossa Senhora da Conceição de Villa
viçosa, brigadeiro graduado, e commissario em chefe do exercito; filho de Antonio José
Ribeiro, e de sua mulher D. Isabel Maria Ribeiro; neto paterno de Luiz Ribeiro de Mat
tos, e de sua mnlher D. Luiza Maria Ribeiro de Mattos; e materno de João Lopes, nego
ciante da cidade do Porto, e de sua mulher D. Anna Maria da Fonseca.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Ribeiros, na segunda as dos
Mattos. —Br. p. a 15 de junho de 1836. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 283.
(C. C.)
1790. LUIZ JosÉ DE SousA MACHADo DE MoRAEs SARMENTo, capitão de mar e
guerra nos estados da India, natural da villa da Torre de D. Chama, comarca da Torre
<=
== -
** =>==
Carta pela quai el-rei D. Joâo ni Ihe concede o seguinte brazâo de seus antecessores :
— Escudo de campo esquartelado; о primeiro dos Vellosos partido em pala, na primeira
um castello de prata com tros torres, portas e frestas lavradas de preto, e sobre cada
torre urna flor de liz de oiro, perfilada de preto, na segunda um açor de sua cor com
urna perdiz ñas maos, e assim o contrario ; o segundo dos Barros, que e bandado de sete
pecas de vermelho e oiro, tendo sobre as vermelhas nove estrellas de oiro, a saber, urna
na ponta, duas no pe e as do rneio cada urna com tres, e por difference um crescente de
oiro ; elmo de prala aberto guarnecido de oiro, paquife de prata, vermelho e oiro, e por
timbre o mesmo acor ; com todas as honras de fidalgo por descender da geracüo dos Vel
losos e Barros. — Dada em Lisboa a 22 de novembre de 1547. Reg. na Chane, de D. Joäo in,
Hv. xxix, fl. 71 v.
1800. LUIZ PAULINO DE OI.IVEIHA PINTO DA FRANCA, morador na cidade do Porto,
filho de Bento José de Oliveira, cavalleiro professe na ordern de Christo, e de sua mulher
D. Maria Francisca de Jesús Ferreira e Erra ; neto pela parte paterna de Joáo Pereira de
Oliveira, e de sua mulher D. Rosa Caetana da Franca; bisneto de Domingos Pereira de
Oliveira, e de sua mulher D. Anna de Freitas; neto pela parte materna de Antonio Fran
cisco de Pina, e de sua mulher D. Sebastiana Ferreira ; bisneto do sargento-mór André
Ferreira de Erra, e de sua mulher D. Maria Pereira ; bisneto o supplicante pela parte de
sua avó paterda D. Rosa Caetana da Franca, de Manuel da Fonseca Pinto, e de sua mu
lher D. Catharina Fernandes ; terceiro neto de Domingos da Fonseca Pinto, e de sua mu
lher D. Antonia da Franca ; quarto neto de Domingos Ribeiro da Fonseca Pinto, que vo
luntariamente militou ñas guerras da acclamacáo.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Oliveiras, no segundo
as dos Erras, no terceiro as dos Pintos, e no quarto as dos Francas. — Br. p. a 8 de
abril de 1794. Reg. no Cart, da N.. liv. v, fl. 18.
(C. C.)
1801. LUIZ PINTO, filho de Alvaro Gonçalves Pinto, neto de Lianor Pinto, e bisneto
de Pero Vaz Pinto, todos fidalgos.
Carta pela qual el-rei D. Manuel Ihe concede e a seus descendentes o seguinte brazâo
de armas de seus antecessores : — Escudo de prata, e em cima cinco crescentes venne-
Ihos em aspa ; elmo de prata aberto ; timbre um leâo pardo de prata com a lingua e unhas
vermelhas, e na espadoa do leäo um crescente; paquife de prata forrado de vermelho, e
por différence urna barra vermellia; com todas as honras de nobre fidalgo de antiga linha-
gem, por descender da geracáo dos Pintos. — Dada em Lisboa a 3 de junho de 1514.
Reg. na Chañe, de D. Manuel, liv. xi, fl. 40, e liv. vi de Mist., fl. 126.
1802. LUIZ PINTO FRAGOSO FREIRÉ DE AGUILAR, do logar de Bendada, termo da
villa de Sortelha, comarca de Castello-branco, provincia da Beira; filho do doutor Sebas-
tiâo Pinto Fragoso, cavalleiro fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Maria Paula da
Costa ; neto pela parte paterna de Manuel Fragoso Freiré de Aguilar, tambem cavalleiro
fidalgo da casa real ; e pela materna de Manuel Goncalves da Costa.
Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Fragosos, no
segundo as dos Pintos, e no terceiro as dosFreires. — Br. p. a 25 de junho de 1781. Reg.
no Cart, da N., liv. ni, fl. 14.
(C. C.)
1803. LUIZ DO REGÓ DE ABREU, natural de Portel, filho de Manuel Nunes Chanoco,
cavalleiro da casa real, e di Isabel do Regó; neto de Ruy Calado do Regó, que foi do
tronco da geracáo dos Rogos, e de Briolanja Gomes de Abreu ; bisneto de Garcia Gomes
de Abreu, fidalgo muito honrado e do tronco da geracáo dos de Abreu.
456 LUIZ DA SILVA
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
—Escudo de campo esquartelado; o primeiro de verde com uma banda ondada de prata,
e n’ella tres vieiras de oiro riscadas de preto e perfiladas de azul; o segundo de verme
lho e cinco cotos de oiro, em aspa, e por diferença uma brica de oiro e n’ella um—L—
preto; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, verde e vermelho, e por
timbre um dos cotos; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da ge
ração dos Regos e Abreus.—Dada em Evora a 23 de dezembro de 1535. Reg. na Chanc.
de D, João III, liv. L, fl. 51 v.
1806. LUIZ DE SEIXAs, criado do bispo de Coimbra, e d’alli natural, filho de Henri
que de Seixas, criado do dito bispo, e de Lucrecia de Sampaio; neto de João de Seixas,
conego da Sé da mesma cidade, legitimado; bisneto de Fernão de Seixas e de Ignez de
Moraes, que foi fidalgo muito honrado e do tronco d'esta linhagem.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo verde e cinco seixas de prata com os pés e bicos vermelhos, em
aspa, e duas de contrabanda dos cabos voando, e por diferença meio filete preto da bas
tardia; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e azul, e por timbre
uma das seixas voando; com todas as honras e privilegios de fidalgo, por descender da
geração e linhagem dos Seixas. — Dada em Lisboa a 10 de setembro de 1539. Reg. na
Chanc. de D. João III, liv. xxvII, fl. 91 v.
(C. C.)
(C. C.)
LUIZ VENANCIO 457
Abreu; neto paterno de Ignacio Xavier Dias Costa Carneiro Rangel, e de sua mulher
D. Anna Ignacia Xavier de Mello ; neto materno do capitäo Domingos de Abreu, e de sua
mulher D. Ignez Angélica Maria de Abreu ; segundo neto paterno de Manuel Dias Costa,
e de sua mulher D. Rosa María de Sequeira ; segundo neto egualmente por parte de sua
avó paterna de Domingos Vieira de Mello, e de sua mulher D. T fiereza Clara de Mello ;
terceiro neto paterno de Diogo Dias de Moura, e de sua mulher D. Anna da Costa; tam
bera terceiro neto paterno de Antonio Carneiro de Sequeira Rangel, e de sua mulher
D. Marianna da Costa ; primo em quarto grau de Antonio Luiz Rangel de Sequeira Car
neiro, cavalleiro da ordern de Christo, e capitao-mór dos privilegiados de Malla, do couto
e balitado de Leca, a quem se passou brazao de armas das familias dos Sequeiras, Ran-
geis, e Carneiros a 20 de novembro de 1729.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quarlel as armas dos Vasconcellos, no se
gundo as dos Abreus, no terceiro as dos Rangeis, e no quarto as dos Mellos. — Br. p. a
1 de julho de 1848. Reg. no Cart, da N., liv. VIH, fl. 333 v.
(C. C.)
M
1812. MACARIO DE CASTRO SOCSA PINTO CARDOSO, filho de Joaquina de Sousa
Pinto Cardoso, coronel do exercito, e de D. Maria Angelica Rosa da Piedade ; neto pa
terno de José Ignacio Pinto de Azevedo, e de sua mulher D. Maria Victoria Sousa Car
doso; bisneto pelo mesmo lado de Ñuño Alves Pinto de Azevedo, e de sua mulher D.Vio-
lante da Silva Pereira ; neto por parte de sua avó paterna de Manuel Antonio de Sousa
Cardoso, e de sua mulher D. María Ignacia Lima Cardoso.
Um escudo partido em pala ; na primeira as armas dos Pintos, e na segunda as
dos Cardosos. — Br. p. a 20 de setembro de 1854. Reg. no Cart, da N., liv. VIH, fl. 384.
(C. C.}
1813. MANUEL AFFONSO FERREIRA DE DRUMOND, morador na ilha da Madeira, filho
de Branca Alfonso de Drumond ; neto de Joao Drumond ; bisueto de D. Joao Drumond,
senhor de Escobar em Escocia, irmâo de Anna Bella, rainha de Escocia, o qual proce
día e descendía de todos os senhores de Escocia, da nobre casa de Drumond.
Carta pela quäl el-rei D. Joao m Ihe concede o seguinte brazâo de armas : — Escudo
de campo de oiro com tres faxas ondadas de vermelho, e por differenca urna brica azul
e n'ella um M de prata ; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e ver
melho, e por timbre meio libreo de vermelho corn sua coleira de oiro ; com todas as hon
ras e privilegios de fidalgo, por descender da nobre geraçâo dos Drumond, que foram fi-
dalgos em Escocia.— Dada em Evora a 2 de agosto de 1536. (M. N.) Reg. na Chañe, de
D. Joao ni, liv. xxii, fl. 79 v.
1814. MANUEL AGOSTINHO DE MAGALHÄES COUTINHO AZEVEDO PINTO MACEDO
VASCONCELLOS, abbade da egreja de S. Mamede de Perafita, natural da quinta do Pe-
reiro-novo, da villa e concelho de S. Martinlio de Moiros, comarca de Lamego; filho de
Manuel de Magalháes Coutinho, e de D. Feliciana María de Vasconcellos e Azevedo ; neto
pela parte paterna de Manuel Cardoso Pinto, e de sua mulher D. Maria de Magalháes
Pinto e Macedo; e pela materna de Gaspar Teixeira Cabrai Vasconcellos, e de sua mulher
D. Leonor Monteiro da Rocha.
MANUEL ALVARES 459
segundo as dos Vazes, no terceiro as dos Guedes. — Br. p. a 30 de maio de 1821. Reg.
no Cart, da N., liv. vin, il. 77 v.
(C. C.)
1824. MANUEL ANTONIO DE CARVALIIO (Bacharel), natural de Carvalliaes, termo da
villa de Mirandella, comarca da Torre de Moncorvo, desembargador da Relaçâo e Gasa do
Porto, e deputado da Junta dos juros dos reaes emprestimos ; filho de Sebastiao de Car-
valho, e de sua mulher D. Joseplia Maria de Carvalho ; neto paterno de Pedro de Carva-
Iho, e de sua mulher D. Leonor do Espinhoso ; e materno de Manuel Rodrigues de Car
valho, e de sua mulher D. Victoria Nunes : sendo egualmente o supplicante irmâo inleiro
de Sebastiao José de Carvallio, do real conselho, ministro e secretario de estado honora
rio, e fidalgo cavalleiro da casa real.
Um escudo com as armas dos Garvallios. — Br. p. a 30 de junho de 1826. Reg. no
Cart, da N., liv. VIH, fl. 191 v.
(C. C.)
1825. MANUEL ANTONIO DE CABVALHO MACHADO, capituo reformado de milicias de
Basto, morador na sua casa e quinta da Covillia, freguezia de Santo André de Tolöes,
termo da villa de Basto, comarca de Guimarács; filho de Manuel Antonio de Carvalho
Machado, e de sua mulher L). Maria Joaquina Alves Vieira ; neto paterno de Antonio Pei-
xoto de Carvalho, e de sua mulher D. Eugenia de Andrade; bisnelo pelo mesmo lado de
Manuel Peixoto de Carvalho, e de sua mulher D. Maria Peixoto ; neto materno de Manuel
Alves Vieira, e de sua mulher D. Marianna Thereza da Cunha ; bisneto de Manuel Alves
Vieira Peixoto, e de sua mulher D. Joanna Thereza da Cunha.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Carvalhos, no segundo
as dos Machados, no terceiro as dos Peixotos, e no quarto as dos Vieiras. — Br. p. a 10
de Janeiro de 1826. Reg. no Cart, da N., liv. vm, fl. 171 v.
(C. C.)
1826. MANUEL ANTONIO CORREA DE CARVALHO (Bacharel), commissario do Santo
Officio, beneficiado na parochial de Sacavem, abbade collado na egreja de S. Miguel de
Cora, natural da villa de Sernancelhe, comarca de Pinliel, principado da Beira ; tilho de
Manuel Lopes Correa de Carvallio, juiz dos orphaos do conccllio de Sernancelhe, e no
mesmo monteiro-mór, e de sua mulher D. Anna do Espirito Santo Correa ; neto paterno
de Manuel Francisco Lopes, e de sua mulher Maria Francisca de Carvalho; neto materno
de Manuel Dias de Carvalho, e de sua mulher Bernarda Gomes Correa.
As armas dos Correas, Carvalhos, Dias, e Lopes. — Br. p. em marco de 1752. Reg.
no Cart, da N., liv. particular, fl. 31 v.
(C. C.)
1827. MANUEL ANTONIO FERREIRA CAMPELO, natural do logar da Bermaria, fregue
zia de Santa Maria de Ferreira, concelho de Entre-homem e Cavado, e morador na cidade
da Bahia ; filho legitimo de Antonio Gonçalves Campelo, e de sua mulher Marianna Vaz ;
neto pela parte paltina de Manuel Gonçalves, e de sua mulher Angela Antonia, e pela
materna neto de Antonio Vaz de Carvalho, e de sua mulher Maria da Silva, filha de Joáo
Ferreira, e de sua mulher Joanna da Silva, que era filha de Domingos Riheiro, e de sua
mulher Maria da Silva, filha de Gaspar da Silva, e de sua mulher Catharina Gonçalves,
neta de Francisco Affonso, e de sua mulher Ignacia da Silva, íilha de Tristâo Feio da Cu
nha, e de sua mulher Constance Ferraz, que foi filha de Gaspar da Silva, escudeiro da
casa real, e sétimo avô do supplicante; e que todos os ditos seus antepassados foram pes-
soas muito nobres, e legitimes descendentes das familias dos appellidos dos Campelos,
Carvalhos, Ferreiras, e Silvas, e como taes se tractaram a leí da nobreza.
462 MANUEL ANTONIO
filho de José Antonio Marinho, capitao das ordenanças da dita villa do Grato, e familiar
do Santo Officio, e de sua mulher ü. Gertrudes Maria Gomes de Brito ; neto materno de
Manuel Gomes da Assumpçâo, cavalleiro professo na ordern de Christo, e capillo das or
denanças da mesma villa, e de D. Maria Rosa de Brito ; bisneto pelo mesmo lado de Car
los de Brito, que foi familiar do Santo Oflicio, e que serviu o mui distincto emprego de
alferes dos cazeiros de Malta, e de sua mulher D. Tliereza Leilao.
Um escudo com as armas dos Britos. — Br. p. a 12 de julho de 1825. Reg. no Cart,
da N., liv. vm, fl. 150 v.
(C. C.)
1832. MANUEL ANTONIO GOMES DE CASTRO, capitao de infantería auxiliar do estado
do Maranhao, e natural da villa de Villarinho do Castanheiro ; filho de Manuel Francisco,
e de sua mulher D. Maria Gomes ; neto paterno de Domingos Francisco, e de sua mulher
D. Luiza Gomes ; bisneto de Mattheus Francisco, e de sua mulher D. Isabel Maria, e ma
terno de Francisco Rodrigues, e de sua mulher D. Anna Gomes; bisneto de Paulo Rodri
gues, e de sua mulher D. Anna Gonçalves.
Um escudo, e n'elle as armas dos Gomes. — Br. p. a 15 de outubro de 1792. Reg.
no Cart, da N., liv. iv, fl. 265 v.
(C. C.)
1833. MANUEL ANTONIO DE MADUHEIRA E SOUSA, abbadeda egreja de Carrazedo; filho
do capitao Antonio Peres de Sousa, correio-mór, e cidadao da cidade de Braganca, e de
sua mulher D. Francisca Dorothea de Madureira ; neto pela parte paterna de Domingos
Pires de Sousa, e de D. Comba Gonçalves Sarmentó ; e pela materna de Antonio Mendes
de Madureira, e de sua mulher D. Joanna Maria de Mallos; e bisnelo de Pedro Mendes
de Madureira, a quem se passou ja seu brazáo de armas a 23 de marco de 1699.
Um escudo ovado partido em pala ; na primeira as armas dos Sousas, e na segunda
as dos Madureiras. — Br. p. a 29 de maio de 1782. Reg. no Cart, da N., liv. ш, fl. 54.
(C. C.)
1834. MANUEL ANTONIO DE MIRA CABO COELIIO PERDIGÄO, natural da villa de Alva,
comarca de Beja ; filho do doutor Antonio Affonso de Mira Cabo, que serviu de juiz de
fóra da villa de Moura, e de sua mulher D. Jos-epha Coelho Perdigâo; neto pela parte pa
terna do capitao-mandante das ordenanças, Anlonio Lopes Cabo, e de sua mulher D. Ma
ria do Ó ; nelo pela parle malerna de Manuel Coelho Guiao, e de sua mulher D. Maria
Perdigâo.
Um escudo partido em pala ; na primeira as armas dos Coelhos, e na segunda as dos
Perdigues. — Br. p. a 20 de fevereiro de 1794. Reg. no Cart, da N., liv. v, fl. 14 v.
(с. e.;
1835. MANUEL ANTONIO DE MIRA CABO COELHO PERDIGAD, cavalleiro fidalgo da
casa real, e natural da \illa de Alva, comarca de Beja ; filho do doutor Antonio Affonso
de Mira Cabo, que serviu de juiz de fóra da Villa de Mouráo, e de sua mulher D. Josepha
Coelho Perdigâo ; neto palerno do capilâo-mandanle das ordenanças, Antonio Lopes Cabo,
e de sua mulher D. Maria do Ó ; e materno de Manuel Coelho Guiao, e de sua mulher
D. Maria Perdigâo, mostrando egualmente por documentos ser sobrinho de Francisco do
Cabo de Aru Lopes, professo na ordern de Christo, a quem se passou brazáo de armas
a 21 de maio de 1768.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Arus, 110 segundo as dos
Coelhos, no terceiro as dos Perdigues, e no quarto as dos Lopes. — Br. p. a 9 de setem-
bro de 1816. Reg. no Cart, da N., liv. vu, fl. 353 v.
(C. C.)
464 MANUEL ANTONIO
senhores do morgado d'esté appellido na provincia da Beira, tendo muitos d'elles, assim
da parte paterna como da materna, os foros de Ildalgos da casa real, sendo commenda-
dores da ordern de Christo, e lendo servido a real corôa n'este reino, e na India nos lo
gares e postos de maior gradiiacao, alé o de vice-rei d'aquelle estado, que no tempo do
senhor rei D. Manuel teve em vagancia Fernando Carvalho da Cuntía sexto avô do suppli-
cante, o qual era bisneto de Alvaro Gil de Carvalho, senhor do dito morgado, e de sua
mulher D. Estephania Pereira, irmïï do condestavel D. Ñuño Alvares Pereira.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quarte! as armas dos Teixeiras, no segundo as
dos Macedos, no lerœiro as dos Barros, e no quarto as dos Carvalhos. — Br. p. a 12 de
julho de 1787. Reg. no Cart, da N.. liv. iví fl. 19.
(C. C.)
1840. MANUEL ANTONIO VIEIRA DE ARAUJO, da cidade de Braga, filho de Antonio
Vieira de Araujo, sargento-mór das ordenancas no Rio vermelho, estado da America, e de
sua mulher D. Anna dos Reis : neto de Francisco Vaz Vieira, e de sua mulher D. Angela
Marlins, senhores da casa de Balinhas, freguezia de S. Martinho de Ferreiros, concelho de
Lanhoso ; bisneto de Antonio Va/ Vieira de Araujo, capitâo de infantería auxiliar de um
dos tercos do Minho, e de sua mulher D. Catharina Vieira, senhores da quinta do Real
de Lima da freguezia de Ferreiros ; terceiro neto de Domingos Vaz Vieira de Araujo, e
de sua mulher D. Maria de Araujo. iilha de Pedro de Araujo e Vasconcellos, capitao-mór
do concelho de Lanhoso, senhor da casa de Sinde, e donatario de Lobeos ou Intremez,
no reino de Galliza, onde é chefe dos Araujos, e de D. Anna, solteira, da Serra-velha da
freguezia de Lanhoso.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Vieiras, e na segunda as
dos Araujos. — Br. p. a 12 de outubro de 1802. Reg. no Cart, da N., liv. vu, fl. 12 v.
(C. C.)
1841. MANUEL DE ARAUJO GOES, natural da freguezia de Santo Antonio, além do
Carmo, da cidade da Babia ; filho de Dionysio Lourenço Marques, capitâo de infantería,
commandante do presidio de S. Paulo de Moura, e de sua mulher D. Lourença de Araujo
de Goes ; neto pela parte paterna de Lucas Machado de Mello, e de sua mulher D. An
tonia Ximenes de Almeida ; neto pela parte materna de Antonio de Araujo Goes, e de sua
mulher D. Anna Ursula de Sonsa.
Um escudo partido cm pala ; na primeira as armas dos Araujos, e na segunda as dos
Goes. — Br. p. a 20 de maio de 1794. Reg. no Cart, da N., liv. v, fl. 24 v.
(C. C.)
1842. MANUEL ARNAU, natural de Miranda, morador em Almada, filho de Lançarote
Arnau, e neto de Guilherme Arnau que foi o tronco da geraçâo dos Arnaus; bem assim por
parte de sua mâe e avós descende da geraçâo dos Leitoes.
Carta pela qual EI-Re¡ Ü. Joâo ш Ihe concede o seguinte brazâo de sens antecesso
res : — Escudo esquartelado ; o primeiro e quarto de campo de prata com seis leoes de
prelo e o segundo e terceiro de prata com tres faxas de vermelho, e por differença urna
lúa vermelha; elmo de prata aberto, guarnecido de oiro, paquife de prata vermelho e
preto, e por timbre um dos leoes das armas ; com todas as honras e privilegios de fl-
dalgo por descender da geracao e linhagem dos Arnaus e Leitoes. — Dada em Lisboa a
21 de setembro de 1529. Reg. na Chañe, de D. Joâo m, liv XVH, fl. 97 v.
1843. MANUEL DE AZEVEDO VIDAL, cavalleiro professo na ordern de Christo, do logar
da Povoaçâo, freguezia de Santa Comba da Ermida, termo de Villa-real; filho de Domingos
de Azevedo, e de Maria Fernandes; neto paterno de Balthasar Dias de Azevedo; nelo
materno de Domingos Gonçalves.
i 30
466 MANUEL DE BASTOS
(C. C.)
1846. MANUEL DE BARCELLos MACHADO, morador na ilha Terceira, filho de Gonçalo
Eannes de Barcellos Machado, que foi fidalgo muito honrado e do tronco d'esta geração.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus anteces
sores: — Escudo de campo vermelho, e cinco machados de prata com os cabos de oiro,
em aspa; elmo de prata aberto, paquife de prata, vermelho e oiro, por timbre dois ma
chados em aspa, e por differença um quatro folio de verde picado de oiro, e egualmente
o pé do mesmo; com todas as honras de nobre e fidalgo por descender da geração e li
nhagem dos Machados.» —Dada em Almeirim a 22 de fevereiro de 1541. Reg. na Chanc.
de D. João III, liv. xxxiv, fl. 10 v.
(C. C.)
1847. MANUEL BARRADAs DE JEsUs, da freguezia de Santo Antonio de Ayamonte
de Monforte, comarca de Villa-viçosa, familiar do Santo Oficio; filho de Domingos Bar
radas, e de sua mulher Maria Ayres; neto paterno de Francisco Barradas, e de sua mu
lher Maria Ayres; neto materno de Jacinto Pereira, e de sua mulher Maria Ayres.
As armas dos Barradas, Pereiras, e Ayres.—Br. p. a 26 de março de 1753. Reg.
no Cart. da N., liv. particular, fl. 51 v.
(C. C.)
gueiredos, aos 6 de abril de 1753; bisneto por parte paterna de Joâo Pedroso da Cruz,
instituidor do morgado que actualmente administra o doulor Gregorio Jos,é Pedroso Fra-
zâo Castello-branco, irmao germano da sua referida mae ; bisneto por parte de sua avó
materna de José de Figueiredo Frazao Castello-branco, e de D. Maria de Oliveira Feio.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Frazoes, no segundo as
dos Castellos-brancos, no terceiro as dos Cardosos, e no quarto as dos Figueiredo s. —
Br. p. a 26 de setembro de 1799. Reg. no Carl, da N.. liv. vi, fl. 98.
(G.G.)
1849. MANUEL DE BASTOS VARELLA PINTO PACHECO, capitâo de infantería da ci-
dade da Bahia, natural de Minas do rio das Contas ; filho de Antonio de Bastos Varella,
e de sua mulher D. Custodia Maria do Sacramento Varella ; neto por parte paterna de
Antonio de Bastos Varella, primo co-irmao de Domingos Varella Barca, escudeiro fidalgo,
cavalleiro profeso na ordern de Christo e piloto-mór da barra do Porto ; casado com
D. Luiza Maria Varella Barca, tambem escudeiro fidalgo e piloto-mór da dita barra (sic);
bisneto de Manuel Pinto, escudeiro fidalgo, moco da cámara e piloto da dita barra, e de
D. Beatriz Varella, terceiro neto de outro Manuel Pinto, e de D. Maria Cardoso; quarto
neto de Ballhasar Varella ; escudeiro fidalgo, moco da cámara e piloto da dita barra.
Um escudo esquartelado ; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Bastos, no
segundo as dos Varellas, e no terceiro as dos Pintos. — Br. p. a 20 de Janeiro de 1802.
Reg. no Cart, da N., liv. vi, fl. 189 v.
(C. C.)
1850. MANUEL DE BECA, fidalgo, morador em Vianna de Foz do Lima, filho de Isa
bel de Beca.
Carta pela qual el-rei D. Joâo m Ihe concede o seguinte brazado de seus antecessores :
—Escudo de campo faxado de oiro e vermelho em seis pecas, e urna bordadura de ver-
melho cheia de crescentes de prata, e por différence urna dobre brica de azul e oiro ;
elmo de prata aberto guarnecido de oiro ; paquife de oiro e vermelho, e por timbre um
meio lobo da sua cor com um crescente de prata ñas costas ; com todas as honras e pri
vilegios de fidalgo, por descender da geraçao e linhagem dos Becas. — Dada em Lisboa
a 23 de julho de 1529. Reg. na Chañe, de D. Joâo ni, liv. LU, fl. 7 v.
1851. MANUEL BEZERRA SEIXAS, natural e morador n'esta cidade de Lisboa; filho
de José Bezerra Seixas, cavalleiro da ordern de Christo, e de sua mulher D. Isabel Flo
rencia do Espirito Santo e Fonseca ; neto paterno de Manuel Bezerra Seixas, procurador
que foi da Mesa do Bern commum, e de sua mulher D. Josepha Maria ; neto materno de
Fructuoso Pires da Fonseca, e de sua mulher D. Ignez Josepha de Barros.
As armas dos Bezerras, Seixas, Fonsecas, e Barros. — Br. p. a 12 de outubro de
1761. Reg. no Cart, da N., liv. particular, fl. 132 v.
(C. C.)
1852. MANUEL BRANDAD PEREIRA DA SILVA (Doutor), juiz de fora da villa de Ta-
boaco, natural da de Oliveira do Bairro, comarca de Aveiro; filho do doutor Manuel Bran-
dâo da Silva, administrador do vinculo instituido pelo reverendo doutor Christovao Fer-
nandes de Oliveira, e senhor de sua quinta e casal de Oliveira do Bairro, e casa de
S. Martinho de Salreu, e de sua mulher D. Marianna Rosa de Pinho, senhora de Payalvo ;
neto pela parte paterna do doulor Joâo Brandâo da Silva, e de sua mulher D. Maria The-
reza de Oliveira, irmä do dito reverendo doutor Christovao Fernandes de Oliveira, insti
tuidor do dito vinculo; e pela parte materna neto do capilao Sebastiâo Pereira do Pinho,
senhor da dita térra, e de sua mulher D. Maria Ferreira, filha do capitáo Sebastiâo Fer-
reira, da sua quinta de Villa-verde.
468 MANUEL CAETANO
e á porta do castello cluas lebres de prata olhando urna para a outra, com coleiras verme-
Ihas, e presas por urnas cadeias de oiro, que sáem das bombardeiras; elmo de prala aberto
guarnecido de oiro, paquife de oiro, prata e verde, por timbre urna das lebres das ar
mas, e por differenca urna muleta de oiro ; corn todas as honras e privilegios de nobre
fidalgo, por descender da geracáo dos Castilhos do reino de Biscaia. —Dada eni Lisboa a
16 de fevereiro de 1561. Reg. na Chañe, de D. Sebastiao, liv. u, fl. 44 v.
1862. MANUEL CAVALCANTE DE ALBUQUERQUE LACERDA (Capitäo), natural da villa
de Goyana, capitanía de Ilamaracá, bispado de Pernambuco ; lilho do capitâo Manuel
Carneiro de Lacerda, fidalgo cavalleiro da casa real, e de sua mulher D. Magdalena Pa
checo, filha do sargenlo-mór Jorge Camello Valcascr, e de sua mulher D. Maria Pereira;
neto o supplicante pela sua varonía de Manuel Cavalcanle de Albuquerque e Lacerda, fi
dalgo cavalleiro da casa real, professo na ordern de Christo, alcaide-mór da villa de
Goyana, e proprietario do logar de juiz dos orphaos da mesma, e de sua mulher D. Se
bastiana da Cunha ; bisneto de Jeronymo Cavalcante de Albuquerque, fidalgo cavalleiro
da casa real, professo na ordern de Christo, e capitao-mór da dita capitanía, e de sua
mulher D. Calharina de Vasconcellos, elle h'lho de Filippe Cavalcante de Albuquerque com
o mesmo foro, e da mesma qualidade dos referidos, e ella filha de Francisco Camello
Valcaser, professo na ordern de Christo, e senhor de engenhos.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Albuquerques, no se
gundo as dos Cavalcantes, no terceiro as dos Camellos, e no quarto as dos Pereiras. — Br.
p. a H de abril de 1785. Reg. no Cart, da N.. liv. ni, fl. 193.
(C. C.)
1863. MANUEL DE CLAMOUSE BROWNE, fidalgo cavalleiro da casa real, commenda-
dor das ordens de Christo, e de Nossa Senhora da Conceiçâo de Villa-viçosa, proprieta
rio e negociante de grosso tracto ; fiiho de Domingos Browne, cavalleiro professo na or
dern de Christo, consul da naçâo franceza no cidade do Porto, e de sua mulher D. Maria
Custodia Browne ; neto paterno do doutor Pedro Browne, e de sua mulher D. Francisca
Xavier de Clamousc ; bisneto pelo mesmo lado de André Browne, descendente da familia
dos Browns do condado de Korrgna, na Irlanda, que sempre usaram de armas; segundo
sobrinho de Bernardo Clamouse, irmáo de sua avó paterna, cavalleiro da ordern de Christo
a quem se passou brazao de armas a 16 de setembro de 1776; neto por parte materna
de Domingos Fernandes Sada, e de sua mulher D. Maria da Cruz.
Um escudo partido em pala ; na primeira as armas dos Brownes, e na segunda as
dos Clamouses. — Br. p. a 13 de fevereiro de 1850. Reg. no Cart, da N., liv. VIH,
fl. 174 v.
(C. C.)
1864. MANUEL CORREA BOTELHO (Capitao), criado da casa real, natural da cidade de
Lisboa, ajudante do superintendente das Candelarias do termo da dita cidade; filho de Vi
ctoriano Correa Botelho. professo na ordern de Christo, e de sua mulher D. Thereza Rosa
Joaquina Teixeira, ambos criados da casa real; neto pela parte paterna de Manuel Villela,
e de sua mulher D. Maria Correa, filha de Sirnao Correa, e de sua mulher D. Luiza Cor
rea, neta paterna de Simáo Correa, e de sua mulher D. Cecilia Gonrahes, e materna de
Joâo Lourenco Monteiro, e de sua mulher D. Magdalena Correa ; bisneto o supplicante pela
sua varonía de Martini Affonso, e de sua mulher D. Beatriz Villela ; neto pela parte ma
terna de José Francisco Pereira, e de sua mulher D. Domingas Maria Teixeira, que leve
o dito nobilissimo emprego de criada da casa real, tilha de Mathias Francisco, e de sua
mulher D. Natalia Teixeira; neta paterna de Paulo Coelho, e de sua mulher D. Margarida
Jorge, e materna de Antonio Teixeira, e de sua mulher D. Isabel Gomes; bisneto o sup
plicante de Manuel Vaz, e de sua mulher D. Maria Francisca, elle fillio de Domingos Go-
MANUEL CORREA 471
mes, e de sua mulher D. Leonor Jorge, e ella fllha de Antonio Fernandes, e de sua mu-
Iher D. Maria Francisca.
Um escudo partido em pala ; na primeira as armas dos Correas, e na segunda as dos
Teixeiras. — Br. p. a 15 de junho de 1789. Reg. no Cart, da N., liv. iv, fl. 113 v.
(C. C.)
1865. MANUEL CORREA BRANCO, professe na ordern de Christo, sargento-mór da
praça da fortaleza de S. Joao Baptista, da cidade de Angra na ilha Terceira; fllho de Ma
nuel Correa, e de sua mulher D. Maria dos Santos ; neto pela parte paterna de Manuel
Rodrigues Branco, e de sua mulher D. Isabel Correa ; e pela materna neto de Manuel Ro
drigues dos Santos, irmäo do mestre de campo Joao Rodrigues do Valle, e de sua mulher
D. Maria Rodrigues Nogueira.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Correas, no segundo as
dos Rodrigues, no terceiro as dos Valles, e no (parto as dos Nogueiras. —Br. p. a 24 de
julho de 1789. Reg. no Cart, da N., liv. iv, fl. 119.
(C. C.)
1866. MANUEL CORREA DE FARIA, cadete que foi do regimentó da cidade de S. Luiz
do Maranhao, e dando baixa serviu o officio de escrivao do Senado da cámara da dita ci
dade; filho de Francisco Xavier de Paria, que falleceu no exercicio de escrivao da Cámara
da villa de Alcántara, e de sua mulher D. Maria Thereza da Costa ; neto pela parte pa
terna do capillo-mandante da dita praça Severino de Faria, que foi governador da capi-
tania da mesma cidade por fallecimento do governador Luiz de Vasconcellos Lobo, e de
sua mulher D. Josepha Correa de Cerveira, a qual era irmä de Ignacio Correa Coutinho
de Cerveira, secretario que foi do mesmo estado, por serem lilhos do capitáo Manuel de
Araujo Cerveira, cidadao e juiz presidente que foi da Cámara da referida cidade, e ouvi-
dor interino da capitanía do Cuma, tendo servido na tropa regular varios postos, e de sua
mulher D. Margarida Correa de Lucena; o qual Ignacio Correa Coutinho de Cerveira, ir-
máo da avó do supplicante, foi casado com D. Simiana Furtado de Mendonça, de quera
foi filho Constantino Correa de Araujo, рае do mestre de campo Antonio Correa Furlado
de Mendonça, vindo pelo expendido ácima a ser о рае do supplicante primo do dito Con
stantino Correa de Araujo, e o supplicante primo segundo do mencionado mestre de campo
Antonio Correa Furtado de Mendonça.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Farias, no segundo as
dos Correas, no terceiro as dos Cerveiras, e no quarto as dos Lucenas. — Br. p. a 20 de
julho de 1796. Reg. no Cart, da N., liv. v, fl. 129.
(C. C.)
1867. MANUEL CORREA DE FARIA, cidadao da governanca e escrivao do Senado da
cámara da cidade de S. Luiz do Maranhao, onde tambera serviu ñas praças de soldado e
cadete na tropa paga da guarniçâo da mesma cidade; filho de Francisco Xavier de Paria,
natural e cidadao da referida cidade do Maranhao, e morreu sendo escrivao da Cámara da
villa de Alcántara, e de sua mulher D. Maria Thereza da Costa; neto por parte paterna
de Severino de Paria, o qual foi capilâo de infantería paga, mandante e governador da
mesma cidade, por morte de Luiz de Vasconcellos Lobo, e de sua mulher D. Josepha
Correa de Cerveira ; e por parte materna neto de Manuel Gonçalves da Costa, filho de
Pedro Gonçalves da Costa, e de Thereza Pestaña, e de sua mulher Lourença Correa de
Brito, e de Maria de Aguiar de Sá, todos da primeira nobreza e governanca da villa de
Santa Cruz de Cometa, na capitanía do Para, onde occuparam os cargos mais honrosos
da mesma ; bisnelo por parte paterna de Manuel de Araujo Cerveira, o qual serviu na
tropa paga varios postos, e na governanca de juiz presidente do Senado da cámara e ou-
vidor da comarca, o que tambera foi na capitanía de Cuma, e de sua mullier D. Marga-
472 MANUEL CORREA
rida Correa de Lucena: e por parte materna dos referidos Pedro Gonçalves da Costa, e
de sua mulher Thereza Pestana; terceiro neto por parte paterna de Domingos Cerveira
Bayão, um dos primeiros restauradores do estado do Maranhão do poder dos hollandezes,
e primeiro ouvidor da capitania de Cumá, onde foi senhor de muitas terras por doação
real, sendo natural da villa dos Arcos de Val de vez, d’onde se passou ao referido estado;
e por parte da referida sua avó paterna D. Josepha Correa de Cerveira terceiro neto de
Pedro Lopes de Lucena de Azevedo, capitão que foi de infanteria paga na mencionada ci
dade e praça do Maranhão; quarto neto pelo lado paterno de Antonio Cerveira da Ca
mara, e de sua mulher D. Anna Gonçalves de Araujo, da quinta do Picoto, e pelo lado
materno de Sebastião de Lucena de Azevedo, cavalleiro da ordem de Christo, capitão-mór
governador do Grão-Pará com patente expedida em 1646, tendo antes sido neste reino
capitão e governador do forte de Cascaes; quinto neto de Mattheus de Freitas de Azevedo,
fidalgo da casa real e alcaide-mór de Pernambuco; sexto neto de Sebastião de Lucena de
Azevedo, commendador da Matta de Lobos, na ordem de Christo, e guarda-mór da ci
dade de Lisboa no tempo da peste de 1569, e de sua mulher D. Jeronyma de Mesquita;
setimo neto de Vasco Fernandes de Lucena e Azevedo, primeiro alcaide-mór e povoador
do estado de Pernambuco, o qual era filho de outro Sebastião de Lucena, e de sua mu
lher D. Maria de Vilhena, filha de Diogo de Azevedo, senhor donatario da villa de S. João
de Rey, no arcebispado de Braga, chamados vulgarmente fidalgos da Tapada: o qual Vasco
Fernandes de Lucena foi casado com D. Brites Dias Correa, filha de João Correa, o Por
tuguez, e de D. Leonarda Ignez, filha de outro João Correa, senhor da Torre do Ladrão
Gaião, no bispado de Leiria, todos fidalgos da casa real, como se verifica pelo Theatro
Genealogico nas arvores LIII, LIV e CXXIII, bem como no Santuario Marianno, tomo IX,
paginas 306, se trata do muito que trabalhou o sobredito alcaide-mór Vasco Fernandes
de Lucena na povoação e conquista de Pernambuco.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Farias, no segundo as
dos Correas, no terceiro as dos Cerveiras, e no quarto as dos Lucenas. — Br. p. a 20 de
setembro de 1800. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 136 v.
• (C. C.)
1869. MANUEL CoRREA DE MoURA SAMPAIO CABRAL, natural do logar de Bejos, fre
guezia de S. João Baptista; filho de Manuel de Moura Sampaio Cabral, e de D. Maria The
reza Figueiredo Soares da Costa, da dita freguezia; neto pela parte paterna de Gabriel
Correa Cabral, e de sua mulher Joanna Trigueiro de Araujo, filha de Paschoal de Moura
de Araujo, das familias d’estes appellidos; bisneto de Christovão Correa Cabral, que era
filho de outro do mesmo nome, descendente das familias de Correas, e Cabraes; e pela
materna neto de Christovão de Figueiredo, e de sua mulher Francisca de Loureiro, que foi
filha de Miguel Ramos, e de sua mulher Francisca da Costa de Loureiro, dos Costas-Ho
mens, de que tambem procede a casa de Lagiosa.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Correas, no segundo as
dos Cabraes, no terceiro as dos Mouras, e no quarto as dos Costas. — Br. p. a 23 de maio
de 1770. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 127 v.
(C. C.)
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1876. MANUEL Do Couto CARDoso, moço fidalgo, natural da ilha da Madeira, filho
de Francisco do Couto Cardoso, neto de João Eannes do Couto Cardoso, bisneto de João
do Couto Cardoso, e todos foram fidalgos muito honrados e do tronco d'esta geração.
Carta pela qual el-rei D. Sebastião lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo vermelho com dois cardos verdes floridos e com as raizes de
prata, em pala, entre dois leões de oiro batalhantes armados de preto, e por diferença
uma estrella de prata; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, verme
lho, prata e verde, e por timbre uma cabeça de leão de oiro saindo-lhe da boca um dos
cardos das armas; com todas as honras de nobre fidalgo por descender da geração dos
Cardosos. — Dada em Lisboa a 12 de junho de 1561. Reg. na Chanc. de D. Sebastião,
liv. II, fl. 119 v.
MANUEL DIAS 475
1880. MANUEL DIAs DELGADo (Doutor), filho de Luiz Delgado, e de D. Maria Dias;
neto paterno de Marcos Fernandes da Silva, e de D. Victoria Fernão Delgado, e materno
de Manuel Dias Campos, e de D. Maria Manuela.
Um escudo com as armas dos Delgados. — Br. p. a 20 de julho de 1807. Reg. no
Cart. da N., liv. VII, fl. 193.
(C. C.)
(C. C.)
1887. MANUEL FERREIRA RoDRIGUEs ALVAREs SALGADo, capitão-mór de Sanga
lhos, na comarca de Aveiro, natural da villa de Oliveira do Bairro, da dita comarca; filho
do capitão Francisco Ferreira Rodrigues, e de D. Maria Ferreira Salgado; neto paterno
de Manuel Ferreira Rodrigues, que serviu o logar de juiz de fóra da referida villa, e de
sua mulher D. Maria Francisca de Jesus; e materno de José Alvares Salgado, que serviu
o mesmo logar de juiz de fóra, e de D. Magdalena Francisca.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Ferreiras, no segundo
as dos Rodrigues, no terceiro as dos Alvares, e no quarto as dos Salgados. — Br. p. a
24 de maio de 1814. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 293.
(C. C.)
1888. MANUEL FIALHo, cavaleiro da casa real, filho de João Fialho, cavalleiro da
casa real e contador d’ella, e de Mecia Froes Borges; bisneto de João Borges, fidalgo e
do tronco d'esta geração.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo vermelho e um leão de oiro com uma bordadura de azul semeada
de flores de liz de oiro, e por differença uma brica de prata e n’ella um —M — de preto;
elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e por timbre o
mesmo leão das armas; com todas as honras e privilegio de nobre e fidalgo por descen
der da geração e linhagem dos Borges. — Reg. na Chanc. de D. João III, liv. L, fl. 152.
1889. MANUEL FIGUEIRA, morador na villa de Ferreira, filho de Catharina Pires Fer
reira, e neto de Pedro Gonçalves Ferreira, que foi fidalgo e do tronco d'esta geração.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo vermelho com cinco folhas de figueira verdes perfiladas de oiro, em
aspa, e por diferença uma meia brica de prata e n’ella um — M— de preto; elmo de
prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e por timbre um braço ves
478 MANUEL FRANCISCO
tido de azul com um ramo de oiro na mão com as cinco folhas de figueira verde; com
todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Figuei
ras.—Dada em Evora a 18 de janeiro de 1536. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. L, fl. 48.
1890. MANUEL DE FIGUEIROA CASTELLo-BRANCO, filho do doutor Pedro de Men
danha Figueiroa, e de Leonor Moreira Castello-branco; neto paterno de Simão de Figuei
roa, e de Branca Mendanha; bisneto de Galaor de Mendanha, alcaide-mór de Crastominho,
no reino de Castella a velha, e de D. Ignez de Benavides, todos fidalgos; neto materno
de Simão de Seixas, e de Anna Moreira de Castello-branco; bisneto de Henrique de Sei
xas; trineto de Fernão de Seixas, do verdadeiro tronco da geração dos Seixas.
Carta pela qual el-rei D. Filippe III lhe concede o seguinte brazão de seus anteces
sores: — Escudo de campo partido em pala; a primeira dos Mendanhas de campo azul
com uma cota de armas de prata passada com tres settas, com os cabos e hastes verme
lhas e as pennas de oiro, gotadas de sangue; a segunda dos Seixas de verde com cinco
seixas de prata, em aspa, armadas de vermelho, voando, tenho a mais alta e a mais baixa
de contrabanda, por timbre as tres settas das armas postas em roquete, atadas com um
torçal de prata; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife dos metaes e cores das
armas; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração dos Men
danhas e dos Seixas. — Dada a Lisboa a 6 de agosto de 1630. Reg. na Chanc. de D. Fi
lippe III, liv. II, fl. 149. -
1891. MANUEL DA FONs ECA, filho de Alvaro de Caceres, e neto de Manuel de Cace
res, e é filho de Joanna Mendes da Fonseca, e neto de Diogo da Fonseca, fidalgo da casa
real, e que foi do tronco d'esta geração dos Fonsecas.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo esquartelado; o primeiro de oiro com uma palmeira verde com seu
fructo vermelho, o segundo de oiro tambem com cinco estrellas de vermelho, em aspa,
sem diferença; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, verde e ver
melho, e por timbre a mesma palmeira; com todos os privilegios de fidalgo por descender
da nobre linhagem dos Caceres e Affonsecas. — Dada em Evora a 15 de julho de 1535.
Reg. na Chanc. de D. João III, liv. x, fl. 116.
1892. MANUEL DA FoNs EcA JAYME (Doutor), filho do capitão de infanteria Cypriano
Lopes da Fonseca Galvão, e de sua mulher D. Maria de Vasconcellos Viveiros; neto pela
parte paterna de Manuel da Fonseca Jayme, capitão-mór e governador que foi da capita
nia do Ceará-grande, e de sua mulher D. Maria de Proença; bisneto de Manuel Lopes
Galvão, mestre de campo do regimento da cidade de Olinda, e um dos restauradores d'a
quela capitania na expulsão dos hollandezes, em cuja guerra serviu com o posto de ca
pitão de infanteria; e pela materna neto do capitão João Nunes Baião, e de sua mulher
D. Felicia de Vasconcellos.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Galvões, no segundo as
dos Fonsecas, no terceiro as dos Vasconcellos, e no quarto as dos Viveiros. — Br. p. a 5
de ôutubro de 1770. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 136.
(C. C.)
1893. MANUEL FRANCIsco MACIEL MoNTEIRO, bacharel formado nos sagrados ca
nones pela Universidade de Coimbra e capitão commandante aggregado dos auxiliares da
capitania de Pernambuco, d’onde é natural; filho de Antonio Francisco Monteiro, professo
na ordem de Christo, capitão commandante dos auxiliares da capitania de Pernambuco,
thesoureiro e deputado de duas direcções, da Companhia geral e da Alfandega da mesma
cidade, e de sua mulher D. Joanna Ferreira Maciel; neto pela parte paterna de Simão
Luiz Monteiro de Paiva, e de sua mulher D. Maria Francisca de Araujo; neto pela parte
MANUEL GODINHO 479
materna de Braz Ferreira Maciel, capitão das ordenanças da mesma cidade, onde tambem
serviu de juiz Vereador da Camara da referida cidade, e de sua mulher D. Catharina Ber
narda de Oliveira Govim.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Monteiros, e na segunda
as dos Macieis. — Br. p. a 19 de julho de 1794. Reg. no Cart. da N., liv. V, }}"
(C. C.
em pala, a primeira escaque toda de oíro e vermelho de dez pecas de duas em faxa, e o
segundo escaquetado de oiro e azul de outras tantas pecas, e ao contrario dos Cabraes.
que trazem o campo de prata, e duas cabras de purpura passantes, e sobre ellas um meio
filete prelo em contrabanda, e ao segundo dos Ribeiros que é esquarlelado ao primeiro
de oiro e quatro palas vermelhas daregáo, e ao segundo dos Vasconcello.s que trazem o
campo de preto e tres faxas veiradas e contraveiradas cíe prata e vermelho e assim os
contrarios, e ao contrario do segundo dos Castel-brancos, que trazem o campo azul e um
leâo de oiro rornpente armado de vermelho ; elmo de prata aborto guarnecido de oiro,
paquife de oiro e vermelho, oiro e azul, prata e vermelho, prata e purpura, e o timbre
dos Godinhos, que é urna hydra de oiro com sete cabeças de serpes armada de vermelho,
e a do meio maior, e por différents um crescente de lúa de prata sobre o segundo esca
que vermelho. — Dada em Lisboa a 1 de junho de 1593. Reg. na Chane, de D. Filippe i,
liv. ш de Mist., fl. 300, e liv. v de Mist., fl. 231.
1898. MANUEL DE GOES DE LACERDA, fidalgo.
Carta pela qual el-rei D. Manuel Ihe concede o seguinte brazao de armas de seus
antecessores : — Escudo partido em faxa, o primeiro esquartelado; no primeiro quartel e
no ultimo um castello de oiro em campo vermelho, no segundo e terceiro um leäo ver
melho em campo de prata, e na outra parle do escudo tres flores de liz de oiro em campo
azul, e por timbre um leâo vermelho ; com todas as honras e privilegios de fidalgo por
descender da nobre geraçâo dos Lácenlas. — Dada em Lisboa a 15 de junho de 1508.
Reg. na Chañe, de D. Manuel, liv. vi, fl. 28.
1899. MANUEL GOMES DE ALBUQUERQUE MARANHÄO (Capitáo), filho do coronel
Jo3o Francisco Regis de Albuquerque Maranhao, e de D. Adriana de Albuquerque e Mello;
neto por parle paterna do capitáo-mór Gaspar de Albuquerque Maranhâo, e de D. Luiza
Vieira de Sá, e pela materna do capitáo-mór Pedro de Albuquerque e Mello, e de D. Ma-
ria Correa de Paiva.
Um escudo, e n'elle as armas dos Albuquerques. — Br. p. a 30 de outubro de 1800.
Reg. no Cari, da N., liv. vi, fl. 145 v.
(C. C.)
1900. MANUEL GOMES DE CARVALHO, natural, e morador na cidade de Lisboa, pro-
prielario de um dos officios de tabelliño de notas d'esta mesma cidade, e seu termo ; filho
de Dionysio Gomes de Carvalho, e de sua mulher D. Luiza da Encarnaçâo Bárrelo Diniz
Gamboa ; neto pela parte paterna de Manuel Gomes de Carvalho, e de sua mulher D. An
tonia Ayres Pessanha. e neto pela parle materna de José de Caldas Velloso, e de sua
mulher D. Marianna Bárrelo Diniz Gamboa ; bisneto de Diogo de Araujo, e de sua mulher
Luiza Velloso Caldas, elle filho de Diogo Alvares, e de sua mulher Anna Gil.
Um escudo esquarlelado; no primeiro quartel as armas dos Vellosos, no segundo
as dos Caldas, no terceiro as dos Barretos, e rio quarto as dos Gamboas. —Br. p. a 16
de novembre de 1780. Reg. no Cart, da N., liv. n, fl. 256.
(C. C.)
1901. MANUEL GOMES DA GUERRA, abbade de Santa Eulalia, commissario do Santo
Officio; filho de José Gomes de Aguiar, e de sua mulher D. Luiza Anlunes Guerra; neto
pela parte paterna de Antonio Goncalves de Aguiar, e de sua mulher D. Anna de Aguiar,
e pela materna de Domingos Antunes, e de sua mulher D. Maria da Guerra.
Um escudo ovado e esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Aguiares, no
segundo as dos Goncalves, no terceiro as dos Antunes, e no quarto as dos Guerras. —
Br. p. a 12 de outubro de 1 789. Reg. no Cart, da N., liv. iv, fl. 130.
(C. C.)
MANUEL GONÇALVES 481
1911. MANUEL IGNAcio PAMPLoNA, natural da ilha Terceira, cidade de Angra, filho de
Antonio Bernardo Pamplona Redovalho, administrador de um vinculo estabelecido na mesma
cidade, tenente que foi do forte do Bom Jesus, da dita ilha, a quem se passou brazão de
armas a 7 de fevereiro de 1770, e de D. Anna Francisca Rosa; neto pela parte paterna
do alferes Antonio Xavier Pamplona, e de D. Catharina Felicia; bisneto de Mattheus Pam
plona Merens, e de D. Josepha Maria; terceiro neto de Mattheus de Figueiredo, e de
D. Antonia Moniz Merens Pamplona, filho de Mathias Pamplona, terceiro neto de Gonçalo
Alvares Pamplona, um dos primeiros povoadores da referida ilha.
Um escudo com as armas dos Pamplonas — Br. p. a 10 de outubro de 1798. Reg. no
Cart. da N., liv. VI, fl. 48 v.
(C. C.)
1912. MANUEL IGNACIO PEREIRA CABRAL (Doutor), juiz de fóra e orphãos da villa
de Vimioso, filho do doutor Manuel Pereira Cabral, juiz de fóra em Villa-real, e provedor
da comarca da Torre de Moncorvo, e de sua mulher D. Maria da Costa; neto pela parte
paterna de Domingos Diniz Pereira Cabral, e de sua mulher D. Isabel André; bisneto de
Pedro Diniz, e de sua mulher D. Maria Martins Lopes.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Pereiras, e na segunda as
dos Cabraes. — Br. p. a 26 de agosto de 1793. Reg. no Cart. da N., liv. Iv, ## V.
(C. C.
mara da cidade de Beja, e de sua mulher D. Luiza Eugenia Catharina de Mello e Moraes,
elle filho de Fernando Pineiro da Silveira, moço da camara dos senhores reis D. João V e
D. Pedro II, e de sua mulher D. Isabel de Caminha; e ella filha de Antonio de Moraes da
Silva, cavaleiro fidalgo da casa real, professo na ordem de Christo, morador na cidade
de Tanger, a quem se passou brazão de armas em 3 de janeiro de 1628, e de sua mu
lher D. Francisca do Rego; neto paterno de Antonio de Moraes, e de sua mulher D. Maria
da Silva, ele filho de Henrique de Moraes, e de sua mulher Catharina de Moraes, filha
de Gonçalo de Moraes, e de sua mulher D. Briolanja de Sousa, filha de João de Sousa,
alcaide-mór de Bragança; e ela filha de Manuel da Silva Barrocas, parente de Francisco
da Silva, senhor da villa da Chamusca, e de sua mulher D. Leonor de Castro, filha de
Gonçalo Vaz de Castro, alcaide-mór de Melgaço; e pela materna o dito Antonio Moraes
da Silva neto de João de Moraes o velho, e de sua mulher D. Francisca do Rego; bisneto
de Ruy de Moraes, irmão de Affonso Pimentel, primeiro conde de Benavente.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Lobos, no segundo as
dos Lemos, no terceiro as dos Silveiras, e no quarto as dos Moraes. — Br. p. a 15 de
março de 1784. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 121.
(C. C.)
1919. MANUEL JoAQUIM LoPEs PEREIRA NEGRÃO (Bacharel), juiz de fora da villa
de Loulé, reino do Algarve; natural de Azurara, termo da cidade do Porto; filho do dou
tor José João da Cruz Lopes Pereira Negrão, cavalleiro professo na ordem de Christo, e
de sua mulher D. Maria Josepha Guiomar do Nascimento Pereira; neto pela parte paterna
do capitão João da Cruz Neves Negrão, tambem cavalleiro professo na ordem de Christo,
e de sua mulher D. Maria Pereira Negrão; e pela materna do capitão de mar e guerra
Martins dos Santos Pereira, e de sua mulher D. Antonia Maria do Nascimento Pereira.
Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Negrões, no
segundo as dos Lopes, e no terceiro as dos Pereiras. — Br. p. 12 de fevereiro de 1778.
Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 145 v.
(C. C.)
1920. MANUEL JoAQUIM SoAREs, natural da cidade do Porto, filho de Joaquim José
Soares, e de D. Maria Margarida da Purificação e Silva; neto paterno de José Soares, e
de sua mulher D. Maria Soares; e materno de Antonio José da Silva, e de sua mulher
D. Maria Thereza do Rosario.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Soares, e na segunda as dos
Silvas. —Br. p. a 29 de novembro de 1819. Reg. no Cart. da N., liv. viII, fl. 48 v.
(C. C.)
1921. MANUEL JoAQUIM TAVAREs PAEs DE SousA E ANDRADE, natural da cidade
de Tavira, reino do Algarve; filho de Pedro Manuel Tavares Paes de Sousa, e de sua mu
lher D. Catharina Placida de Mendonça Lacerda; neto paterno do doutor Manuel Duarte
Tavares, e de D. Maria Thereza de Aragão; e materno de Lourenço de Mendonça do Valle,
e de D. Isabel Francisca Xavier.
Um escudo com as armas dos Tavares. — Br. p. a 16 de janeiro de 1828. Reg. no
Cart. da N., liv. VIII, fl. 214 v.
(C. C.)
1922. MANUEL JosÉ ANTUNEs RodRIGUES DA CosTA REIS, do logar de Nasse, fre
guezia de S. Gens de Calvos, concelho da Ribeira de Soas; filho de José Antunes, e de
sua mulher D. Maria José Rodrigues da Costa Reis; neto pela parte materna de Gaspar
Antunes da Costa Reis, e de sua mulher D. Joanna Rodrigues; bisneto de Francisco An
tunes Reis, e de sua mulher D. Maria Francisca da Costa; terceiro neto de Miguel Fran
486 MANUEL JOSÉ
cisco da Costa, tão zeloso do real serviço que sendo juiz ordinario do dito concelho não
consentiu que das casas da Camara se tirassem as armas reaes e se puzessem as do conde
de Unhão como donatario do mesmo concelho, cuja acção lhe foi muito louvada, e de sua
mulher D. Maria Francisca.
Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Antunes, no
segundo as dos Costas, e no terceiro as dos Rodrigues. — Br. p. a 8 de junho de 1789.
Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 116.
(C. C.)
1923. MANUEL JOSÉ DE CARVALHO PEREIRA DA SILVA CoELHo, cavalleiro da ordem
de Christo, natural e morador na sua quinta da Povoa, da freguezia da Carregosa, termo
e comarca da villa da Feira; filho de Constantino de Carvalho Pereira, bacharel formado
pela Universidade de Coimbra na faculdade de canones, e habilitado para os logares de
letras, e de sua mulher D. Josepha Thereza de Jesus e Silva; neto pela parte paterna de
Paschoal da Silva de Carvalho, e de sua mulher D. Susana Valente Pereira; e pela ma
terna do capitão Manuel da Silva Grillo, e de sua mulher D. Isabel Gomes Coelho.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Carvalhos, no segundo
as dos Pereiras, no terceiro as dos Silvas, e no quarto as dos Coelhos. — Br. p. a 13
de setembro de 1774. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 32.
(C. C.)
1924. MANUEL JosÉ DA CUNHA, cavalleiro fidalgo da casa real, natural do logar da
Estrada, freguezia de Sant'Iago de Aldreu, arcebispado de Braga, e morador na cidade
de Belem do Grão-Pará; filho de Manuel Gonçalves, e de Ventura Rodrigues; neto pela
parte paterna de Francisco Gonçalves, e de Isabel Fernandes; neto pela parte materna
de João Rodrigues, e de Maria Martins.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Gonçalves, e na segunda as
dos Rodrigues. — Br. p. a 2 de maio de 1797. Reg. no Cart. da N., liv. v, fl. 189.
(C. C.)
1925. MANUEL JosÉ DA CUNHA MoURÃo Souto-MAIoR, da freguezia de Sant'Iago
dos Gagos, termo da villa de Celorico de Basto, comarca de Guimarães; filho de Marti
nho de Carvalho da Cunha, e de Esperança Luiza Rebello da Maia; neto pela parte pa
terna de Mathias da Cunha e Carvalho, e de sua mulher Theodosia da Cunha Souto-maior;
bisneto de Francisco Carvalho, e de sua mulher Maria da Cunha; terceiro neto de Gaspar
Carvalho, e de sua mulher Maria Gonçalves; quarto neto de Balthasar Carvalho, descen
dente legitimo de Fernando Carvalho da Cunha, fidalgo da casa real, tronco commum de
todos os Carvalhos d’aquella comarca; e pela dita sua avó Theodosia da Cunha Souto
maior bisneto de Jeronymo da Cunha Souto-maior, e de sua mulher Marianna de Sousa;
terceiro neto de Pedro da Cunha Souto-maior, alcaide-mór que foi da cidade de Braga.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Carvalhos, no segundo
as dos Cunhas, no terceiro as dos Soutos-maiores, e no quarto as dos Mourões. —Br. p.
a 8 de maio de 1770. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 125.
(C. C.)
1926. MANUEL José DA CUNHA MoURÃo Souto-MAIoR, da freguezia de Sant'Iago
de Gagos, termo da villa de Celorico de Basto, comarca de Guimarães; filho de Martinho
de Carvalho da Cunha, e de D. Esperança Luiza Rebello de Maia; neto pela parte paterna
de Mathias da Cunha e Carvalho, e de sua mulher D. Theodosia da Cunha Souto-maior;
bisneto de Francisco Carvalho, e de sua mulher D. Maria da Cunha; terceiro neto de Gas
par Carvalho, e de sua mulher D. Maria Gonçalves; quarto neto de Balthasar Carvalho,
- descendente de Fernando Carvalho daCunha, fidalgo da casa real, tronco commum de to
MANUEL JOSÉ 487
dos os Carvalhos d’aquella comarca; e pela dita sua avó D. Theodosia da Cunha Souto
maior se mostrava que é bisneto de Jeronymo da Cunha Souto-maior, e de sua mulher
D. Marianna de Sousa; terceiro neto de Pedro da Cunha Souto-maior, alcaide-mór da ci
dade de Braga.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Carvalhos, no segundo
as dos Cunhas, no terceiro as dos Souto-maiores, e no quarto as dos Mourões. —Br.
a 29 de março de 1790. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 152.
(C. C.)
1927. MANUEL JosÉ FERREIRA, cavalleiro professo na ordem de Christo, e natural
da cidade do Porto; filho de Manuel Vaz Camello, cavalleiro professo da ordem de Christo,
e sargento-mór de infanteria, e de sua mulher D. Maria Rosa Angelica Camello de Lemos;
neto paterno de Manuel Vaz Ferreira Camello, capitão de infanteria, e de sua mulher
D. Maria Ferreira Camello; e materno de Luiz Gomes Ferreira, capitão de infanteria, e
de sua mulher D. Anna Maria Thereza.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Ferreiras, e na segunda as
#. 44Camellos.
V.
— Br.
p. a 4 de novembro de 1803. Reg. no Cart. da N., liv. VII,
(C. C.)
1928. MANUEL JosÉ DA FoNs ECA BARATA, fidalgo cavaleiro da casa real, professo
na ordem de Christo, morador na quinta de Nossa Senhora da Memoria de Padrões, termo
da villa de Alvares, comarca de Thomar; filho de Manuel da Fonseca Barata, e de sua
mulher D. Rufina Henriques da Fonseca; neto pela parte paterna de Manuel da Fonseca,
e de sua mulher D. Maria Barata; e pela materna neto de João Barata, e de sua mulher
D. Rufina Henriques da Fonseca; e ele supplicante sobrinho de Luiz Barata de Lima, que
foi n'esta corte do conselho geral do Santo Oficio, e secretario do estado do serenissimo
Infantado no serviço do fidelissimo senhor rei D. Pedro III.
Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Fonsecas, no
segundo as dos Baratas, e no terceiro a dos Henriques.—Br. p. a 18 de fevereiro de 1787.
Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 258.
(C. C.)
1929. MANUEL JosÉ DE GouvEA, capitão de cavallaria auxiliar de um dos regimen
tos da cidade de Pernambuco, e natural da ilha de S. Miguel; filho de Manuel da Costa
Cruz, e de sua mulher D. Josepha dos Santos Feijó; neto pela parte paterna de Manuel
José Feijó, morgado do logar do Rabo do Peixe, na ilha de S. Miguel, e de sua mulher
D. Maria de Gouvea e Medeiros; bisneto de Mattheus de Gouvea Feijó, e de D. Ursula
Helena de Medeiros.
Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Feijós, no se
gundo as dos Gouveas, e no terceiro as dos Medeiros. — Br. p. a 20 de agosto de 1796.
Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 138.
(C. C.)
1930. MANUEL JosÉ MACHADO TEIXEIRA LEITE PEREIRA DE SousA LoBo, filho
de Luiz Teixeira Lousada, e de sua mulher D. Maria Leite Pereira, senhores da quinta da
Granja; neto pela parte paterna de Simão Lousada, e de sua mulher D. Isabel Teixeira,
senhores da quinta do Valle; bisneto de Antonio Francisco, e de sua mulher D. Anna Tei
xeira, senhores da dita quinta do Valle; neto pela parte materna de Manuel Leite Pereira
Machado, e de sua mulher D. Monica Ferreira Teixeira, senhores da referida quinta da
Granja e da de Morouços; bisneto de André Leite Pereira, e de sua mulher D. Anna
Carvalho.
488 MANUEL JOSÉ
supplicante irmão de Luiz José Monteiro Olival e Andrade Telles, a quem se passou bra
zão de armas a 16 de agosto de 1788.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Olivaes, no segundo as
dos Telles, no terceiro as dos Andrades, e no quarto as dos Monteiros. — Br. p. a 15 de
julho de 1795. Reg. no Cart. da N., liv. v, fl. 70.
(C. C.)
1934. MANUEL JosÉ DE MoRAEs CoRREA, coronel do regimento de milicias de Ou
rique, filho de Gaspar de Moraes Correa, sargento-mór das ordenanças da villa de Cuba,
e correio-mór da cidade de Beja, e de sua mulher D. Maria Thomazia Rosa do Monte-al
far Coutinho; neto paterno de Bento de Moraes Correa, e de sua mulher Maria de Santo
Antonio; e materno de João Godinho Ferro, ajudante do regimento de milicias de Beja, e
de sua mulher Antonia Josepha do Sacramento.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Moraes, na segunda as dos
Correas. — Br. p. a 29 de agosto de 1814. Reg. no Cart. N., liv. VII, fl. 302 v.
(C. C.)
referidas familias fidalgos de linhagem, cota de armas, e de solar conhecido, e como taes
se tractaram com cavallos, criados, e toda a mais ostentação propria da nobreza.
Um escudo ovado e esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Sanches, no
segundo as dos Ribeiros, no terceiro as dos Silvas, e no quarto as dos Aguiares. —Br.
p. a 23 de fevereiro de 1796. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 117. C. C
(C. C.)
1942. MANUEL JosÉ SoAREs DE LoBÁo (Bacharel), filho de João Soares de Lobão,
e de sua mulher Clara Luiza Martins Fajardo; neto por parte paterna do alferes Manuel
Soares de Lobão, e de sua mulher Bernarda Fernandes da Guerra; neto por parte ma
terna de José Luiz, e de sua mulher Maria Martins Fajardo.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Soares, no segundo as
MANUEL LOPES 491
1946. MANUEL LoPEs CAETANo CoRTEs SERRA, capitão-mór das villas da Louzã,
Serpins e couto de Semide; filho de Thomé Lopes Serra, e de sua mulher Thereza Cor
tes de Jesus; neto pela parte paterna de Luiz Simões da Serra, e de sua mulher Maria
Lopes, e ele sobrinho de Balthasar Simões, pae de Manuel da Serra, tenente general que
foi n'esta corte, e avô de José da Serra, governador do Grão-Pará e Maranhão; e pela
materna neto de Manuel Cortes de Macedo, e de Maria Antonia; bisneto de Manuel Gonçalves.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Limas, no segundo as
dos Serras, no terceiro as dos Gonçalves, e no quarto as dos Cortes. — Br. p. a 14 de
dezembro de 1771. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 164.
(C. C.)
492 MANUEL LOURENÇO
quita e Sousa, senhores da casa do Prado de cima, freguezia de S. Romao de Corvo; ler-
ceiro neto de Francisco Gonçalves de Sousa Teixeira de Abreu, e de sua mulher D. Ca-
tharina Gonçalves de Sousa Teixeira.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quarlel as armas dos Teixeiras, no segundo
as dos Canalhos, no terceiro as dos Pintos, e no quarto as dos Mesquitas. — Br. p. a 6
de setembro de 1761. Reg. no Cart, da N., liv. iv, fl. 233.
(C. C.)
1956. MANUEL Luiz FEBREIRA, natural da cidade de Bragança, filho de Pedro Ma
nuel Ferreira, e de sua mulher D. Marianna Thereza Cordeiro de Carvalho; neto paterno
de Pedro Manuel Ferreira, e de sua mulher D. Barbara Nunes Leite ; bisneto de Manuel
Pires Salgado Ferreira, professo na ordern de Christo, e sargento-mór das ordenanças de
Villa-nova de Foscoa, a quera se passou brazao de armas a 10 de setembro de 1697;
neto materno de Antonio Cordeiro de Carvalho, e de sua mulher D. Jeronyma Vieira de
Carvalho.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Ferreiras, e na segunda as
dos Carvalhos. — Br. p. a 27 de outubro de 1805. Reg. no Cart, da N., liv. vu, fl. 99 v.
(C. C.)
1957. MANUEL Luiz PEREIRA, formado pela Universidade de Coimbra na faculdade
dos sagrados cañones, capillo do districto de S. Miguel de Poiares; filho do alferes An
tonio Luiz Pereira, e de sua mulher D. Maria Simöes; neto pela parte paterna de Joáo
Luiz, e de sua mulher Luiza Pereira ; e pela materna de Sebastiáo Simoes, todos do logar
da Povoa, que foram pessoas muito nobres, legítimos descendentes da familia do appel-
lido de Pereiras, que n'este reino de Portugal sao fidalgos de linhagem, cota de armas, e
de solar conhecido.
Um escudo com as armas dos Pereiras. — Br. p. a 21 de julho de 1774. Reg. no
Cart, da N., liv. u, fl. 24.
(C. C.)
1958. MANUEL Luiz DA SILVA REGADAS, tenente de milicias da cidade do Rio de Ja
neiro, a quem Sua Magestade fez merce do habito de Christo; natural da dita cidade;
filho de Luiz da Silva Regadas, que serviu de escripturario do real Erario da dita cidade
do Rio de Janeiro ; neto de Manuel da Silva Gaya, e de sua mulher D. Martha da Silva
Regadas.
Um escudo cora as armas dos Silvas. — Br. p. a 15 de dezembro de 1802. Reg. no
Cart, da N., liv. vil, fl. 20.
(C. C.)
1959. MANUEL Luiz TAVARES COUTINHO RIBEIRO, filho de Antonio Luiz lavares
Ribeiro, e de sua mulher D. Thereza Maria ; neto paterno de Antonio Luiz Tavares, e de
sua mulher D. Maria Ribeiro; neto materno de Francisco Luiz Coutinho, e de sua mu
lher D. Domingas Antunes.
As armas dos Tavares, e Ribeiros. — Br. p. a 3 de fevereiro de 1755. Reg. no Cart, da
N., liv. particular, fl. 84.
(C. C.)
1960. MANUEL MADEIRA CAMELLO DE VASCONCELLOS PASTANA (Üoutor), caval-
leiro da ordern de Christo, oppositor as cadeiras da Universidade de Coimbra, natural da
villa de Obidos ; filho do capitao Antonio José Madeira, e de sua mulher D. Maria Theo
dora da Encarnaçâo Camello Pastana de Vasconcellos ; neto pela parte materna do doutor
Thomaz Pereira Camello, e de sua mulher D. Euphrasia Theodora Pastana de Vasconcel-
MANUEL MARIA - - 495
honras e privilegios de nobre fidalgo, pelos serviços que prestou nas guerras contra os
infieis, tanto em tempo de el-rei D. Affonso e D. João, como actualmente, nas quaes ficou
ferido por vezes. Dada em Evora a 8 de junho de 1520. (M.N.) — Reg. na Chanc. de
D. Manuel, liv. XLIV, fl. 55, e liv. VI de Mist., fl. 171.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo esquartelado; o primeiro de oiro e uma aguia de purpura es
tendida com a lingua vermelha, o segundo enxequetado de oiro e preto, e uma bordadura
de vermelho cheia de — SS — de prata, e por diferença uma brica de prata; elmo de prata
aberto guarnecido de oiro; paquife de oiro e purpura, e por timbre uma aguia; com to
das as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Sampaios.
— Dada em Lisboa a 7 de julho de 1533. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xLVI, fl. 75.
1984. MANUEL DE MoURA, familiar do Santo Oficio, natural e morador no termo da
villa de Monte-alegre, comarca de Bragança; filho de Manuel de Moura, e de sua mulher
Maria Gonçalves; neto paterno de outro Manuel de Moura, e de sua mulher Maria Gon
çalves; bisneto de Marcos de Moura, e de sua mulher Maria Alvares; neto materno de
João Gonçalves, e de sua mulher Isabel Barroso.
As armas dos Mouras e Barrosos. — Br. p. a 3 de julho de 1758. Reg. no Cart. da
N., liv. particular, fl. 117.
(C. C.)
1985. MANUEL DO NASCIMENTO CosTA, chefe de divisão da real armada, e intenden
cia geral da ilha Terceira, natural da villa de Setubal; filho de Francisco da Costa, e de
D. Maria da Encarnação; neto pela parte paterna de João da Costa, e de D. Maria da As
censão; neto pela parte materna de Manuel Antunes, e de D. Paschoa da Resurreição.
Um escudo com as armas dos Costas. — Br. p. a 8 de fevereiro de 1798. Reg. no
Cart. da N., liv. VI, fl. 9 v.
(C. C.)
1986. MANUEL NAZIANZENO SUTIL FRANco DA SILVA E SANDE, protonotario apos
tolico, graduado na sagrada theologia, prior da egreja matriz de Nossa Senhora do So
bral da vila de Borba, natural da villa de Assumar, comarca de Portalegre; filho do dou
tor João Franco da Silva, e de D. Maria Magdalena da Morgada Rocha; neto paterno de
Manuel Sutil Franco da Silva e Sande, e de D. Maria Magdalena Vargas; e materno de
José Dias Rocha, e de D. Isabel Vaz Rocha; bisneto paterno de Manuel Sutil Franco da
Silva e Sande, e de Maria Galvão Pereira.
Um escudo ovado e partido em pala; na primeira as armas dos Francos, e na se
gunda as dos Silvas. —Br. p. a 29 de dezembro de 1802. Reg. no Cart. da N., liv. VII,
fl. 25 v.
(C. C.)
1987. MANUEL NicoLAU CARDoso HoMEM DE ABREU MAGALHÃES, natural da ci
dade de Viseu, filho do capitão Francisco de Paula Cardoso Homem de Abreu, e de D. Ma
ria Rita de Abreu Soares de Mello; neto paterno de Manuel de Almeida Cardoso, mon
teiro-mór do concelho de S. João de Areias, e de D. Rosa Maria de Abreu Pessoa, filha
de João Pessoa de Abreu, e de D. Anna da Costa, esta da casa dos morgados de Marpi
cellos; bisneto de Manuel de Almeida Cardoso, escrivão da Camara da mesma cidade de
Viseu, e de D. Antonia da Silva, esta da casa denominada dos Bispos; neto paterno de
Nicolau de Mello Soares de Abreu, moço fidalgo da casa real, e capitão-mór do concelho
de Tavares, e de D. Francisca Bernarda Antonia de Magalhães Coutinho, filha de Ber
nardo Caetano de Magalhães Coutinho da Motta, professo na ordem de Christo, senhor e
administrador do morgado de Lamas, e de D. Catharina Bernarda Osorio da Cunha; bis
neto de Lourenço de Mello Soares, moço fidalgo da casa real, senhor e administrador do
morgado do Espirito Santo, e de D. Catharina de Castel-branco Figueiredo, herdeira da
casa de Travanca.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Cardosos, no segundo
MANUEL DE PASSOS 501
1993. MANUEL PEDRo NUNEs FERREIRA (Capitão), morador na sua quinta chamada
da Rainha, conjunta á villa de Torres-novas, filho do capitão Pedro Nunes Ferreira, e de
sua mulher D. Marianna Josepha de Moura, e assim elle como os ditos seus paes e mais
ascendentes foram pessoas muito nobres das familias dos appellidos de Ferreiras, Mou
ras e Silvas d’este reino.
Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Ferreiras, no
segundo as dos Mouras, e no terceiro as dos Silvas. — Br. p. a 31 de maio de 1787. Reg.
no Cart. da N., liv. IV, fl. 9 v.
(C. C.)
1994. MANUEL PEREIRA, filho de Pedro Alvares Pereira, neto de João de Chaves, bis
neto de Pedro Alvares Pereira, os quaes todos foram fidalgos.
Carta pela qual el-rei D. João IV lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo sanguineo com uma cruz de prata floretada e aberta do campo,
e por timbre dois cotos de azas de anjos de oiro, e entre elas uma cruz sanguinea, como
a das armas, e por diferença um — P— de oiro; elmo de prata aberto guarnecido de
oiro, e paquife dos metaes e cores das armas; com todas as honras e privilegios de fi
dalgo por descender da geração dos Pereiras. — Dada em Lisboa a 11 de agosto de 1641.
Reg. na Chanc. de D. Filippe III, liv. II, fl. 239 v.
1995. MANUEL PEREIRA BoRGEs D E MEsQUITA, do logar de Sergude, termo da villa
de Santa Martha de Penaguião, comarca de Villa-real, sargento-mór das ordenanças da
villa de Bertiandos; filho de Manuel Pereira Borges, cavalleiro professo na ordem de
S. Tiago da Espada, e de sua mulher I). Engracia Maria Borges; neto paterno de Domin
gos Pereira Borges, e de sua mulher D. Paula de Oliveira; bisneto de André Borges de
Mesquita, e de sua mulher D. Cecilia Pereira.
Um escudo com as armas dos Borges. — Br. p. a 20 de novembro de 1805. Reg. no
Cart. da N., liv. VII, fl. 106.
(C. C.)
MANUEL PIMENTEL 503
1996. MANUEL PEREIKA CHAVES DE MOHAES CAMPELLO E CASTRO, natural do lo
gar das Caras dos Montes, freguezia e termo da villa de Chaves; íillio do capitao de in-
fanteria auxiliar Manuel Perdra Campello Barroso, e de sua mulher D. Joanna María de
Moraes Leite Campello e Castro; neto pela parte paterna do alleres Antonio Affonso de
Miranda, e de sua mulher D. Antonia Barroso de Negrearos, e pela materna do capitSo Fran
cisco Goncalves Teixeira Chaves Carnein.,-, e de D. Maria de Moraes Leite Campello e Castro.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Pereiras, no segundo as
dos Mirandas, no terceiro as dos Moraes, e no quarto as dos Castros. — Вг. р. а 25 de
iunho de 1784. Reg. no Cart, da N., liv. ni, fl. 141 v.
(C. C.)
1997. MANUEL PEREIRA DE PARIA PEIXOTO, natural da villa de Setubal; íilho de
José Joaquim Peixoto da Silveira, cavalleiro professo na ordern de Christo, e capitáo
das ordenanças da dita villa, e de sua mulher D. Anna Isabel Pereira de Paria ; neto
por parle paterna de Francisco Xavier Peixolo da Silva, administrador do morgado
que hoje administra o irmao do supplicante Sebastiao Antonio de Paria Peixoto, e de sua
mulher D. Thereza da Silveira da Frota, íilha de Joâo da Fonseca Cliz, capitáo que foi
dos exerdlos de Sua Magestade Catholica Carlos m, e de sua mulher D. Francisca da Sil
veira da Frota ; segundo neto de Manuel de Arouche Roubäo, alferes que foi do regimentó
de infantería de linha, n.° 7, e de sua mulher D. Francisca Peixoto da Silva, filha de Ma
nuel Peixoto da Silva, e de sua mulher Catharina Diniz, irmâ de Pedro Alves da Silva,
instituidor do mencionado morgado ; terceiro neto de Miguel da Silveira da Frota, capitáo
das ordenanças de Setubal, e de sua mullier Catbarina de Arouche ; neto por parte ma
terna de Manuel Pereira de Paria, cavalleiro professo na ordern de Christo, e thesoureiro-
mór do real Erario, e de sua mulher D. Francisca Antonia Margarida da Silveira Palmeiro,
filha de Diogo José Palmeiro, capitao-mór da villa de Alhandra, e de sua mulher D. Ma
ría Caelana da Silveira ; segundo neto pelo mesmo lado materno de outro Manuel Pereira
de Paria, capitáo das ordenanças da villa de Barcellos, e da sua mulher D. María de Pa
ria, sendo os referidos seus paes e avós pessoas nobres das familias de Peixotos, Silvei-
ras, Pereiras, e Farias.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Peixotos, no segundo as
dos Silveiras, no terceiro as dos Pereiras, e no quarto as dos Farias. — Br. p. a 8 de ju
mo de 1818. Reg. no Cart, da N., liv. VIH, fl. 2 v.
(C. C.)
1998. MANUEL PEREIRA DA SILVA, cavalleiro fidalgo da casa real, fimo de Antonio
Pereira da Silva, cavalleiro fidalgo da casa real, contador dos Contos do reino e casa, e
de sua mulher e prima D. Marianna Thereza da Silva Cesar ; neto paterno de Joao Pe
reira da Silva, cavalleiro fidalgo da casa real, e de sua prima e mulher D. Helena Maria
Cesar ; bisneto de Antonio Pereira da Silva, cavalleiro fidalgo da casa real, e escrivao pro-
prietario da Almotaçaria n'esta cidade de Lisboa, e de sua mulher D. Lucrecia da Costa
Corte-real ; neto materno de Manuel Pereira da Silva, cavalleiro fidalgo da casa real, es
crivao proprietario n'esta cidade, iranio de Joâo Pereira da Silva, seu avô paterno ácima
referido, e de sua mulher D. Thereza da Silva Cesar.
As armas dos Pereiras, e Silvas. — Br. p. a 17 de outubro de 1755. Reg. no Cart,
da N., liv. particular, fl. 92 v.
(C. C.)
1999. MANUEL PIMENTEL, cavalleiro da Espora, natural da cidade de Lisboa; filho
de Henrique José Pimentel, e de sua mulher I). Genoveva Maria ; neto de José Moniz Bar-
reto Pimentel, e de D. Helena Rosa Maria : bisaeto de Rodrigo Moniz da Silva Pimentel,
eapitáo de mar e guerra, e cavalleiro da ordern de Christo.
504 MANUEL PINTO
2000. MANUEL PINTo, natural do Porto, filho de Ayres Pinto, fidalgo, morador em
Miragaia do Porto, e neto de Fernão Pinto, morador na terra de Basto, fidalgo muito
honrado e do tronco d'esta geração, e sobrinho de Gonçalo Vaz Pinto, do conselho de
el-rei D. Afonso, e alcaide-mór de Chaves, que foi o morgado e chefe d’esta geração.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo de prata com cinco crescentes vermelhos em aspa, e por dife
rença um quatro-folio de azul picado de oiro; elmo de prata aberto guarnecido de oiro,
paquife de prata e vermelho, e por timbre um leão pardo de prata com a lingua e unhas
vermelhas, e um dos crescentes nas espadoas; com todas as honras e privilegios de fidalgo
por descender da geração e linhagem dos Pintos. — Dada em Lisboa a 12 de dezembro
de 1537. Reg. na Chanc. de el-rei D. João III, liv. xxIII, fl. 90.
2001. MANUEL PINTo DE ARAUJO CARDoso D E MENDONÇA, filho de Vicente Jose de
Araujo Meirelles e Almada, e de sua mulher D. Joaquina Cardoso Pinto de Mendonça;
neto paterno do doutor Antonio José de Araujo, advogado da Relação da cidade do Porto,
e de sua mulher D. Antonia Maria; e materno de Antonio Duarte Cardoso, capitão tenente
da armada real, e de sua mulher D. Maria Cardoso.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Araujos, no segundo as
dos
abril Cardosos, no terceiro
de 1835. Reg. no Cart.as da
dosN.,Pintos, e nofl.quarto
liv. VIII, 275. as dos Mendonças.—Br. p. a 8 de •
(C. C.)
(C. C.)
paterna de Innocencio Ribeiro, e de sua mulher Maria Francisca; bisneto de Diogo Mar
tins, e de sua mulher Maria Ribeiro, filha de Mathias de Lemos Ribeiro, morgado da sua
casa de Oleiros, no concelho de Felgueiras; e pela materna neto de Domingos Ribeiro, e
de sua mulher Maria de Faria, filha de Domingos Fernandes, e de sua mulher Catharina
de Faria, que foi filha de Antonio Francisco de Faria, e de sua mulher Maria Alvares.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Ribeiros, e na segunda as dos
Farias. —Br. p. a 10 de dezembro de 1776. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 117 v.
(C. C.)
2012. MANUEL Rod RIGUEs BARRETo, capitão de uma das companhias do distincto
regimento dos Uteis da cidade da Bahia, e negociante da praça da mesma cidade; filho
de Barnabé Rodrigues Lobarinhos, e de sua mulher D. Maria Anna de Sousa Barreto; neto
pela parte paterna de Francisco Rodrigues Lobarinhos, e de sua mulher D. Benta Esteves
Pereira; e pela materna neto de Barnabé Velloso Barreto, e de sua mulher D. Anna Ma
ria de Sousa.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Sousas, no segundo as
dos Rodrigues, no terceiro as dos Barretos, e no quarto as dos Pereiras. — Br. p. a 6 de
outubro de 1795. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 94 v.
(C. C.)
2018. MANUEL SA coto, morador em Tavilla, filho de João Sacoto; e neto de Paio
Lourenço Sacoto, que foi fidalgo honrado e do tronco d'esta geração.
508 MANUEL DA SILVA
Carta pela quäl el-rei D. Joao ш Ihe concede o seguinte brazáo de seus antecesso
res : — Escudo de campo de oiro com cinco estrellas vermelhas de oito pernas, em cruz,
e por difference urna flor de liz verde ; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife
de oiro e vermelho, e por timbre meia onça da sua cor, com urna estrella vermetha na es-
padoa ; cora todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geracáo e linhagem
dos Sacólos. — Dada em Lisboa a 10 de outubro de 1537. Reg. na Chane, de D. Jólo ni,
lív. XXIH, fl. 74.
2019. MANUEL DE SALDANHA E SOUSA, capitáo-mór da villa da Gollegá, e superin
tendente das caudelarias da serra de Villa-nova, de Torres-novas, natural da villa da Gol-
lega; filho de Joao de Saldanha, e de sua mulher D. Francisca de Sousa; neto pela parte
paterna de Manuel Gonçalves, e de sua mulher D. Gregoria de áaldanha.
Um escudo, e n'elle as armas dos Saldanhas. — Br. p. a 2 de dezembro de 1795.
Reg. no Cart, da N., liv. v, fl. 107.
(C. C.)
2020. MANUEL DOS SANTOS VAZ RIBEIRO, filho de Jo5o Alvares Vaz Fernandes, e
de D. Maria Ribeiro dos Santos ; neto paterno de Manuel Alvares Vaz Fernandes, e de
D. Luiza Vieira, e materno de Santos Ribeiro, e de D. Isabel Seixas Alvares.
Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Vazes, no se
gundo as dos Fernandes, e no terceiro as dos Ribeiros. — Br. p. a 11 de outubro de 1807.
Reg. no Cart, da N., liv. vu, fl. 217.
(C. C.)
2021. MANUEL SARDINHA, criado do duque de Bragança.
Carta pela qual el-rei D. Joao ni Ihe concede o segninte brazáo de seus antecesso
res : — Escudo de campo verde com urna banda ondada de prata e azul com cinco sar-
dinhas da sua cor, e por différence meia brica de prata com um — F — preto ; elmo de
prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e verde, e por timbre urna cabeca de
balea com 1res sardinhas na boca ; com todas as honras e privilegios de fidalgo por des
cender da geracao e linhagem dos Sardinhas. — Dada em Evora a 23 de Janeiro de 1534.
Reg. na Chañe, de D. Joao m, liv. xx, fl. 36 v.
2022. MANUEL DE SEIXAS MOUTINHO, do logar dos Cancellos, termo da villa de Ra-
nhados, comarca de Villa-real, filho do capitao Manuel de Seixas Moutinho, e de sua mu
lher D. Thereza Maria de Vasconcellos ; neto pela parte paterna de outro capitao Manuel
de Seixas Moutinho ; bisnelo de outro do mesmo nome e com o mesmo posto ; e pela parte
materna neto de Damiao Rebello de Vasconcellos ; bisnelo de Manuel de Andrade, e ter
ceiro neto de Francisco Rebello de Vasconcellos, sargento-mór de Freixo de Numao.
Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Seixas, no
segundo as dos Moutinhos, e no terceiro as dos Vasconcellos. — Br. p. a 30 de abril de
1784. Reg. no Cart, da N., liv. ni, fl. 130 v.
(C. C.)
2023. MANUEL DE SEIXAS PINTO.
Teve brazáo de suas armas em 4 de dezembro de 1750.— V. seu irmâo Antonio de
Seixas Pinto.
2024. MANUEL DA SILVA BORGES, natural da cidade de Lisboa, filho de Antonio da
Silva Borges, da ordern de Christo, e de sua mulher D. Joanna Senhoriuha de Oliveira,
irma inteira do doutor José Ferraz de Araujo, conego da Sé de Coimbra, a quem se pas-
sou brazáo de suas armas no anno de 1720; neto paterno do capitao Francisco Ferraz de
Araujo, e de sua mulher D. Apollonia ; bisnelo de Francisco Ferraz da Molla, e de sua
mulher D. Maria de Araujo de Sousa e Caslro; lerceiro neto de Antonio de Castro de
MANUEL DA SILVA 509
Sousa, morador na sua quinta do Peso, termo de Melgaço, senhor de vassallos, com ju
risdicção de justiças nas freguezias de Arenthia e Pedras-rubias, no reino de Galliza.
As armas dos Sousas, Ferrazes, Castros (de treze arruellas), e Araujos. — Br. p. a
12 de julho de 1758. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 117. C. C.)
(C. C.
2027. MANUEL DA SILVA PEREIRA COELHo, filho do alferes Bernardo da Silva Coe
lho, e de sua mulher D. Maria Clara; neto paterno de Manuel da Silva, e de sua mulher
D. Josepha Coelho; e materno de David Pereira, e de sua mulher D. Luiza Maria; bis
neto pelo mesmo lado de João Pereira dos Santos, e de sua mulher D. Magdalena Ribeiro.
Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Silvas, no se
gundo as dos Coelhos, no terceiro as dos Pereiras. — Br. p. a 28 de abril de 1807.
Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 171 v.
(C. C.)
510 MANUEL SOARES
2028. MANUEL DA SILVA SANTOS, proprietario, filho de Manuel da Silva Santos, ne
gociante, e de sua mullier D. Anna Maria da Silva ; neto paterno de Pedro da Silva, ne
gociante, e de sua mulher Ü. Anna Maria da Silva; e materno de Joíío Gonçalves Maia,
proprietario, e de sua mulher D. Francisca Luiza da Silva.
Um escudo com as armas dos Silvas. — Br. p. a 4 de abril de 1863. Reg. no Cart,
da N., liv. ix, fl. 53 v.
(C. C.)
2029. MANUEL DA SILVA SOUSA BARBOSA, senhor do morgado e quinta de Soengas,
filho de Manuel de Sousa Neves, e de sua mulher D. Angela da Silva Barbosa; neto pela
parte paterna de Antonio de Sousa, e de sua mulher Senhorinha Francisca ; e pela ma
terna neto do sargento-mór Manuel Barbosa, e de sua mulher D. Catharina da Silva ; bis-
neto de Joao Soares, e de sua mulher D. Senhorinha Barbosa, senhores que foram da so-
bredita quinta e morgado de Soengas: a qual D. Senhorinha Barbosa era íilha do capitáo
Torquato Barbosa, neta do doutor Francisco Barbosa, capkâo de infantería no dito con-
celho, e de sua mulher Cecilia Gonçalves, senhores que foram do referido morgado.
Um escudo com as armas dos Barbosas. — Br. p. a 27 de abril de 1777. Reg. no
Gart, da N., liv. n, fl. 134.
(C. C.)
2030. MANUKL DA SILVEIRA GARDOSO DE MADUREIRA, cavalleiro professo na or
dern de Christo, capilao-mór da cidade de S. Paulo : filho legitimo de Antonio de Oliveira
Cardoso, e de sua mulher Isabel Cardoso ; neto pela parte paterna de Manuel Antonio, e
de sua mulher Maria Antonia ; e pela materna neto de José Cardoso de Madureira, e de
sua rnulher Beatriz Días ; os quaes todos seus ascendentes foram pessoas nobres e se
tractaram á lei da nobreza.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Oliveiras. no segundo as
dos Cardosos, no terceiro as dos Madureiras, e no quarto as dos Dias. — Вг. р. а 21 de
marco de 1767. Reg. no Gart, da N., liv. i, fl. 47.
(C. C.)
2031. MANUEL SOARES DE ALBERGARÍA E OLIVEIRA (Sargento-mór), filho de Anto
nio Nunes de Oliveira, e de sua mulher Marianna Soares de Pinho ; neto pela parte pa
terna de Alexandre Francisco, e de sua mulher Isabel de Oliveira; e pela materna de Ma
nuel Soares, e de sua mulher Isabel lavares ; segundo neto pela parte materna de Pedro
Scares de Pinho, e de sua mulher Maria Jorge, e de Manuel lavares, e de sua mulher
María Henriques ; e pela paterna de Antonio Ñunes, e de sua mulher María de Oliveira ;
terceiro neto pela parte paterna do doutor Joâo Barbosa de Oliveira, e de sua mulher Ma
ría Vieira ; e pela parle materna de Mattheus Luiz, e de sua mulher Francisca Soares de
Pinho ; quarto neto pela parte paterna de Jorge de Oliveira, moco da cámara por alvará
de 20 de agosto de 1609, e de sua mulher Monica Barbara; e pela parte materna de Chris-
tov5o lavares e de sua mulher Isabel Soares de Albergaría ; quinto neto pela parte paterna
de Jorge Gonçalves de Oliveira, e pela parle materna de Antonio Soares de Albergaría ;
sexto neto de Christováo lavares, e de sua mullier Leonor de Pinho ; sétimo neto de Pe
dro Soares, e de sua mullier Filippa de Pinho; oilavo neto de Cathaiina Vaz de Sampaio,
e de André Homem, este filho de Pedro Homem da Costa de Vnuzellas, íidalgo da casa
real ; nono neto de Tristao Vaz, e de sua mulher Filippa de Pinho ; décimo neto de Pedro
Vaz de Sampaio, e de sua mulher Brites de Pinho, irnm de Joao de Pinho, fidalgo da casa
real no tempo do senhor rei D. Joâo m.
Um escudo partido em pala ; na primeira as armas dos Soares de Albergaría, e na se
gunda as dos Oliveiras. — Br. p. a S de maio de 1794. Reg. no Cari, da N., liv. v, fl. 20.
(C. C.)
MANUEL TEIXEIRA 511
xeira de Miranda, e de sua mulher D. Isabel Joanna Teixeira de Mendonça; neto pela
parte paterna de Jeronymo Teixeira, e de sua mulher D. Maria Pereira; e pela materna
de João Teixeira de Mendonça, e de sua mulher D. Anna de Cerqueira.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Teixeiras, no segundo
. as dos Mirandas, no terceiro as dos Mendonças, e no quarto as dos Cerqueiras. —Br. p.
a 15 de maio de 1791. Reg. no Cart. da N., liv. Iv, fl. 212.
(C. C.)
Castro; nono neto de D. João Afonso Telles de Menezes, conde de Barcellos e Ourem,
irmão da rainha D. Leonor Telles de Menezes, mulher de el-rei D. Fernando, de quem
foi mordomo-mór e alferes-mór, e de D. Guiomar Lopes de Villa-lobos. -
Brazão com as armas das familias de Faros, Castellos-brancos, Silvas, Menezes, Mas:
carenhas, Cunhas, Noronhas, Lobos, Silveiras, Coutinhos, Almeidas, Limas, Costas, Me
nezes, Cordilhac. — Br. p. a 19 de julho de 1765. Reg. no Cart. da N., %C."";
C.)
12.
.
D. Anna Joaquina Coelho; e materno de José Antonio Bellas, e de sua mulher D. Vicen
cia Gertrudes Bellas.
Um escudo com as armas dos Coelhos. — Br. p. a 26 de novembro de 1859. Reg.
no Cart. da N., liv. Ix, fl. 29.
(C. C.)
sua mulher Maria Coelho; e pela materna neta de Vicente de Sousa, e de sua mulher
Theresa de BarrOS Barbosa.
Uma lisonja partida em pala; a primeira de prata lisa, a segunda cortada em faxa,
na primeira as armas dos Coelhos, na segunda as dos Barbosas.— Br. p. a 22 de setem
bro de 1774. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 35 v.
(C. C.)
2059. D. MARIA EUPHRASIA JoAQUINA DE No RoNHA E MENEZES, casada com Thomé
Luiz de Araujo Castello-branco; filha de João Cabral de Azevedo Pinto, e de sua mulher
D. Jeronyma de Noronha e Menezes; neta pela parte paterna de Antonio Pinto de Afon
seca, e de sua mulher Agueda Barbosa; e pela materna de Bernardo Correa de Noronha
e Menezes, cavaleiro professo com tença na ordem de Christo, e de sua mulher D. Ma
rianna Magdalena.
Uma lisonja partida em pala; na primeira as armas dos Castellos-brancos, na se
gunda as dos Menezes.—Br. p. a 10 de junho de 1774. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 15.
(C. C.)
2060. D. MARIA JoANNA RAMIRES FIGUEIRA NoBRE DE CARVALHO, natural da villa
da Lourinhã, filha do capitão José Felix Ferreira de Carvalho, e de sua mulher D. Bar
bara Theresa Ramires Figueira de Carvalho, irmã de Luiz Figueira Machado Allemão,
sargento-mór da mesma villa, a quem já se passou brazão de suas armas em 1767; neta
pela parte paterna de Manuel Ferreira Nobre, e de sua mulher D. Francisca Maria da
Silva; e pela materna do capitão Bernardo Figueira Alemão, e de sua mulher D. Magda
lena do Nascimento.
Uma lisonja partida em pala; na primeira em branco as armas do marido com quem
casar, a segunda cortada em faxa, na primeira as armas dos Ferreiras, na segunda as
dos Figueiras. — Br. p. a 27 de janeiro de 1779. Reg. no Cart. da N., liv.(C.II, C.)
•
fl. 174 v.
2061. D. MARIA JosÉ DA CostA ZAGAL o DA Fons EcA, natural da praça de Extre
moz da provincia do Alemtejo, filha do doutor Constantino da Silva Zagalo, cavalleiro
professo na ordem de Christo, familiar do Santo Oficio, e de D. Euphrasia do Fayal Costa
e Fonseca; neto pela parte paterna de Rodrigo Zagalo, e de Filippa Zagalo da Silva;
bisneta de Antonio Zagalo, e de Beatriz França; e pela materna neta do doutor José da
Costa Fonseca, ouvidor que foi de Villa-rica, e de D. Marianna Josepha de Moura Tava
res; bisneta de Ignacio da Costa, e de D. Brites Maria.
Um escudo em lisonja partida em pala; a primeira de prata para as armas do ma
rido com quem casar, a segunda cortada em faxa, na primeira as armas dos Zagalos, na
segunda as dos Costas.—Br. p. a 2 de junho de 1775. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 64.
(C. C.)
2062. D. MARIA José Dos SANTos LEAL, casada com o doutor Manuel Dias Delgado,
filho de Manuel Migueis Delgado, e de D. Maria José dos Santos Leal; neto paterno de
Manuel Migueis da Costa, e de D. Maria Fernão Delgado, e materno de Manuel dos San
tos Leal, e de D. Maria José da Fonseca.
Uma lisonja partida em pala; na primeira as armas dos Delgados, e na segunda as
dos Leaes. — Br. p. a 25 de setembro de 1807. Reg. no Cart. da N., liv, vII, fl. 207 v.
(C. C.)
xeira de Saa; bisneta de Francisco Teixeira da Rocha, capitão de infanteria que foi na
guerra da feliz acclamação, que depois de viuvo se fez clerigo, e de Jacinta Teixeira de
Saa; terceira neta de Balthasar Fernandes Pimentel, e de Esperança Taveira; quarta neta
de Vasco Pimentel, e de Maria de Andrade; e pela dita sua bisavó Jacinta Teixeira de
Saa, que era terceira neta de João Taveira, e de Paulo da Nobrega, quarta neta de Anto
nio Francisco Taveira, e de Senhorinha da Nobrega, filha de Gaspar da Nobrega, que era
filho de Pedro Nobrega, e este filho de Garcia Fernandes, cavaleiro fidalgo da casa do
marquez de Villa-real, e de Briolanja Cam, que foi filha de Gonçalo de Cam, alferes da
bandeira real do primeiro vice-rei da India, e neta de Diogo de Cam, cavalleiro da casa
do infante D. Henrique, descobridor do reino do Congo, a quem el-rei D. Afonso V deu
as armas d’este appellido de Cam em 14 de abril de 1474.
Uma lisonja partida em pala; a primeira cortada em faxa, com as armas dos Tavei
ras e Teixeiras, que lhe pertencem por seu marido; na segunda as que lhe pertencem por
seus avós, que é tambem cortada em faxa, na primeira as dos Nobregas, e na segunda
as dos de Cam. — Br. p. a 11 de janeiro de 1768. Reg. no Cart. da N., liv. ""; 64 V.
(C. C.
2064. D. MARIA JosEPHA VICToRIA DA SILVA E FoNsECA, mulher do bacharel
Bento Teixeira Alvares, filha de Antonio Teixeira da Silva, e de sua mulher D. Luiza Ber
nardes da Fonseca e Silva; neta paterna de Dionysio Teixeira da Costa, e de sua mulher
Angela Gomes da Silva; neta materna de Francisco da Fonseca Coutinho, e de sua mu
lher D. Jeronyma Bernardes da Fonseca.
As armas dos Teixeiras, Pinheiros, Silvas, e Fonsecas. — Br. p. a 12 de março de
1753. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 50.
(C. C.)
2065. D. MARIA JUGE, natural da cidade de Segovia, reino de Hespanha, e moradora
na villa de Torres-novas, casada com Bartholomeu Juge; filha de José Rossó, e de D. Ma
ria Garcia; neta pela parte paterna de João Rossó, e de D. Sebastiana Cabreira; sendo os
ditos seus paes e avós pessoas nobres, legitimos descendentes das familias dos seus ap
pellidos; e por sua avó materna lhe pertencem as armas de Cabreiras, que n'este reino
e no de Hespanha são fidalgos de linhagem, cota de armas e de solar conhecido.
Uma lisonja partida em pala; a primeira de prata lisa para n’ella se pôrem as armas
de seu marido, e na segunda as armas dos Cabreiras. — Br. p. a 28 de abril de 1795.
Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 48.
(C. C.)
2066. D. MARIA MAXIMIANA PEREGRINA VELLoso DE SEQUEIRA, natural do Peso
da Regoa, filha de Gregorio Lopes Basto, e de Maria Engracia Velloso de Sequeira; neta
paterna de Francisco Lopes, e de sua mulher Anna Ferreira; e materna de André Rodri
gues, e de D. Felicidade Maria Velloso de Sequeira; bisneta de Sebastião Velloso de Se
queira, e de D. Maria Alvares Pereira; terceira neta de José Velloso de Sequeira, e de
D. Isabel Francisca; quarta neta de João da Fonseca, cavalleiro fidalgo da casa real, e ca
pitão de mar e guerra da real armada, e de D. Maria da Fonseca.
Uma lisonja partida em pala; a primeira de prata lisa, e a segunda esquartelada;
no primeiro quartel as armas dos Rodrigues, no segundo as dos Vellosos, no terceiro as
dos Sequeiras, e no quarto as dos Pereiras. — Br. p. a 30 de dezembro de 1814. Reg.
no Cart. da N., liv. VII, fl. 303 v.
(C. C.)
2067. D. MARIA RosA DE SOUSA VIEIRA, casada com Carlos Antonio Ferreira Monte,
Sargento-mór de cavallaria aggregado á primeira plana da côrte, cavalleiro professo na or
520 D. MARIANNA EMILIA
dem de Christo, mestre da real picaria, superintendente das Caudelarias do termo de Lis
boa; filha de Alexandre Fernandes de Sousa, alferes dos privilegiados da côrte, e de D.
Eugenia Maria; neta pela parte paterna de Domingos Affonso, e de D. Marianna Fernan
des, ele filho de João Affonso, e de D. Catharina Dias, e ella de Francisco Fernandes, e
de D. Angela Fernandes; neta a supplicante pela dita sua mãe de Jeronymo da Cruz, e
de D. Maria Rodrigues, filha de Manuel Rodrigues, e de D. Helena Francisca; bisneta de
D. Isabel Francisca, e de Antonio Fernandes, filho de Amador Fernandes, e de D. Helena
Francisca; terceira neta de D. Maria Francisca, e de João Francisco; quarta neta de Je
ronyma Vieira, e de Diogo Lourenço Alvares; quinta neta de D. Anna Vieira, e de Lou
renço Alvares; sexta neta de João Rodrigues Vieira, e de D. Marianna Fernandes; todos
pessoas nobres e das principaes das terras dos seus domicilios.
Uma lisonja partida em pala; na primeira as armas dos Ferreiras, que lhe pertencem
por seu marido, e na segunda as dos Vieiras, da sua familia. — Br. p. a 14 de fevereiro
de 1789. Reg. no Cart. da N., liv. Iv, fl. 98 v.
• (C. C.)
2075. MARTIM DE MESQUITA BoRGEs, morador na cidade de Goa, filho de João Bor
ges de Albernaz, natural de Guimarães, e neto de Fabião Borges Albernaz, os quaes fo
ram fidalgos muito honrados e do tronco d'estas gerações.
Carta pela qual el-rei D. Sebastião lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo esquartelado; o primeiro dos Borges, que trazem um leão de
oiro armado de preto em campo vermelho, e uma bordadura azul semeada de flores de
liz de oiro; o segundo dos Albernazes, esquartelado, o primeiro de prata com um cara
peteiro azul de seis ramos em faxa, o segundo de azul e o carapeteiro de prata, e assim
os contrarios, e por diferença uma merleta de prata; elmo de prata aberto guarnecido de
oiro, paquife de oiro, vermelho, prata e azul, e por timbre um meio leão pardo de oiro
com uma flor de liz vermelha sobre a cabeça; com todas as honras de nobre fidalgo por
descender da nobre geração dos Borges e Albernazes. — Dada em Lisboa a 28 de feve
reiro de 1562. Reg. na Chanc. de D. Sebastião, liv. III, fl. 256.
2076. MARTINHo DA CosTA ROUBAM, almoxarife proprietario da Mesa mestral da or
dem de Sant'Iago, natural e morador na villa de Alcacer do Sal; filho de Francisco de
Carvalho da Costa, almoxarife da mesma Mesa mestral, e de sua mulher D. Joanna do
522 MARTINHO VELHO
Espirito Santo, fllha de Joao Marques, e de sua mulher Natalia Gomes Ferreira; neto pa
terno de Martinho da Costa Roubam, que teve o dito officio de almoxarife, de quem fui
tambem filho Joao Botelho da Costa, irmao do рае do suplicante, que em 1752 justificou
a sua nobreza no Juizo da correiçâo do civel da corte ; bisneto de Jorge da Costa, que leve
o referido offlcio ; terceiro neto de Apparicio da Costa Botelho, moco da cámara accres-
centado a cavalleiro fidalgo por alvará do anno de 1646, o quai tinha justificado a sua
nobreza em 1624 ; quarto neto de Jeronymo Lourenço, e de sua mulher Maria Botelho,
filha de Balthasar da Costa, fidalgo de cota de armas que serviu em Tunes, e em Alemanha
ao imperador Carlos v, que o armou cavalleiro e Ihe deu armas, que eslao esculpidas na
sua sepultura na egreja da Misericordia da villa de Thomar ; neto do commendador Lopo
Botelho, sétimo avô do supplicante.
As armas dos Costas, e Botelhos. — Br. p. a 17 de novembre de 1739. Reg. no Cart.
da N., liv. particular, fl. 124 v.
(C. C.)
2077. MARTINHO JOSÉ DE PERNET, segundo tenente da real armada, natural d'esta
cidade, filho de José Francisco de Pernet, professo na ordern de S. Bento de Aviz, capi-
tao de mar e guerra da real armada, e intendente do real Arsenal de marinha da cidade
da Bahía de todos os Santos, a quem se passou brazao de armas a 2 de marco do pre
sente anno, e de sua mulher D. Clemencia Maria de Jesús; neto pela parte paterna de
Francisco Nicolau de Pernet, e de sua mulher D. Apollonia Maria ; bisneto de Paulo Sau
vage, e de sua mulher Benta de Pernet ; sendo o dito seu рае neto por parte materna de
Francisco Guilherme de Pernet, e de sua mulher Antonia Maria da Natividade, irmâo ger
mano de Joao Pedro de Pernet, e sobrinho legitimo de Joao Jacques Sauvage de Pernet,
que foi consul de Franca e da república de Genova na cidade de Faro, e bem assim primo
legitimo de Gerardo Pernet, consul que foi da serenissima República de Veneza ; neto o
supplicante por parte materna de Mattheus Scares, e de sua mulher Maria de Jesús.
Um escudo partido em pala ; na primeira as armas dos Pernets, e na segunda as
dos Sauvages. — Br. p. a 20 de abril de 1797. Reg. no Cart, da N., liv. v, fl. 187.
(C. C.)
2078. MABTINHO VELHO DA ROCHA OLDEMBOURG, cavalleiro professo na ordern de
Christo, e morador na cidade de Lisboa; filho de Feliciano Velho Oldembourg, e de
sua mulher D. Francisca Antonia da Rocha ; neto paterno de Martinho Oldembourg, que
passou da cidade de Oldembourg a este reino, onde viveu todo o decurso da sua vida, o
qual era filho de Antonio Goutier, conde de Oldembourg, e de sua mulher Sophia Catha-
rina, filha de Alexandre, duque de Holsacesunderbourg, que morrendo sem successao le
gitima, porque o dito Martinho Oldembourg nao quiz restituir-se à sua patria, se extin-
guiu a dita casa por se haver unido á coroa de Dinamarca : e pela materna neto de Sil
vestre Gonçalves Rocha, capitâo de mar e guerra que foi da corúa d'esté reino, e de sua
mulher D. Luiza Dias de Pontes, filha de Antonio Días Reboredo, e de sua mulher D. Ma-
ria de Pontes ; bisneto de Domingos Gonçalves Rocha, e de sua mulher D. Francisca An
tonia de Sousa; terceiro neto de Sebastián Gonçalves Rocha, e de sua mulher D. Anna
Gonçalves Cirne, filha de Pedro Dias Cirne ; quarto neto de Belchior Alves, e de sua mu
lher D. Catharina Soares, ou Leonor Scares, moradores que foram na sua quinta nos ar
redores da cidade do Porto, na freguezia de S. Mamede de Perafila, para onde vieram da
villa de Vianna onde tinbam estabelecida a sua casa; o qual Belchior Alvares, era filho
de Balthasar Gonçalves, e de sua mulher D. Catharina Alvares ; quinto neto de Diogo da
Rocha Villarinho, e de sua mulher D. Calharina Soares, paes da dita D. Leonor Soares
ou Catharina como se acha em outra noticia; sexto neto de D. Ignez da Rocha, e de seu
marido Duarte Alvares Yillarinho, a qual D. Ignez da Rocha procedía de D. Affonso da
Bocha, abbade commendatario de S. Salvador da Torre, filho de monsieur de la Rocha,
MATHIAS REBELLO 528
cavalleiro francez que se intitulava conde de Quinzal e outros títulos, o quäl veiu a este
reino servir em certa guerra do scu tempo, e assentou sua casa na villa de Vianna, d'onde
se derivou esta familia em varias partes d'esté reino.
As armas dos Oldembourgs, e Rochas. As armas dos Oldembourgs sao um escudo
esquartelado; no primeiro quartel em campo de oiro duas faxas vermelhas, no segundo
em campo azul urna cruz de prata, e assim os contrarios, e por timbre a cruz entre duas
bozinas de caca, de oiro, cora os bocaes para cima, faxadas de duas faxas como as do es
cudo. — Br. p. a 25 de agosto de 1750. Reg. no Cart, da N., liv. particular, fl. 1 v.
(C. C.)
2079. MATHIAS JOSÉ DE OLIVEIRA LEITE, cavalleiro professe na ordern de Christo,
condecorado com a medalha de oiro da Restauraçâo dos direitos da realeza, moco da real
cámara, supranumerario, e cavalleiro fidalgo da casa real; filho de Paulo José de Oliveira
Leite Portella e Prado, e de D. Rosa Clara de Abreu e Lima ; neto paterno de Domingos
de Araujo Leite, cavalleiro professo na ordern de Christo, e de D. Francisca de Abreu;
neto materno de Joáo da Costa Araujo, negociante matriculado, e de D. Joanna Francisca
da Costa de Abreu.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Oliveiras, no segundo as
dos Leites, no terceiro as dos Costas, e no quarto as dos Araujos. — Br. p. a l de Ja
neiro de 1825. Reg. no Cart, da N., liv. VIH, fl. 130.
(C. C.)
2080. MATHIAS JOSÉ RIBEIRO, cavalleiro professo na ordern de Christo, desembar-
gador da Relaçâo da cidade da Bahia, e natural da cidade do Porto; filho de Pedro do
Rosario Ribeiro, e de D. Antonia Angélica Rosa; neto pela parte paterna de José Ribeiro,
e de D. Francisca do Rosario, e pela materna de Antonio Alvares Barbosa, e de D. An
tonia dos Reis.
Um escudo com as armas dos Ribeiros. — Br. p. a 9 de maio de 1792. Reg. no
Cart, da N., liv. iv, fl. 249.
(C. C.}
2081. MATHIAS PINHEIRO DA SILVEIRA BOTELHO (Desembargador), ouvidor que
foi da comarca do Piauhy, natural da cidade de Leiria ; filho de Marianna da Silveira, e
de seu marido Jpao Goncalves Dias; neto de Marianna da Silveira, e de seu marido Fran
cisco Coelho; bisneto de Maria da Costa, e de seu marido Braz Pinheiro; terceiro neto
de Diogo da Silveira Bolelho, e de sua mulher Antonia da Costa; quarto neto de Diogo
Botelho da Silveira, moco íidalgo da casa real; quinto nelo de Antonio Botelho da Sil
veira, e de sua mulher D. Antonia de Ataide; sexto neto de D. Violante de Magalháes, e
de seu marido Diogo Botelho da Silveira; sétimo neto de D. Clara da Silveira, e de seu
marido Jorge de Magalháes.
As armas dos Silveiras, Botelhos, MagalhSes, Ataides, Coelhos, Costas, e Pinheiros.
— Br. p. em 1752. Reg. no Cart, da N., liv. particular, fl. 33 v.
(C. C.)
2082. MATHIAS REBKLLO CERVEIRA, cavalleiro professo na ordern de Christo, filho
de Antonio Rcbello Cervcira, e de Ama Joaquina Caetana ; nelo de Mathias Rebello Cer-
veira, e de Catharina do Nascimento; bisneto de Francisco Rebello Cerveira, e de D. Luiza
Thereza de A/cvedo; terceiio neto de Joño Rebello Cerveira, e de Dorothea Nogueira
Freiré; e quarto neto de Francisco Rebello Cerveira, e de Margarida Nogueira.
Um escudo partido em pala ; na primeira as armas dos Rebellos, e na segunda as
dos Cerveiras. — Br. p. a i de agosto de 1775. Reg. no Cart, da N., liv. u, fl. 71.
(C. C.}
524 MATTHEUS MACHADO
ges Leal e Faria, e de sua mulher D. Rosa Borges Leal; bisneto de João Borges e Faria,
e de sua mulher D. Marianna de Cravos; sobrinho de João Pereira Machado da Luz, pro
vedor dos Residuos e capellas, e guarda-mór e provedor da Saude da dita ilha, a quem
Se passou brazão de armas a 20 de outubro de 1807.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Pereiras, no segundo as
dos Machados, no terceiro as dos Borges, e no quarto as dos Farias. — Br. p. a 22 de
agosto de 1825. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 160.
(C. C.)
prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e por timbre dois dos ma
chados em aspa ; com todas as honras de nobre e fidalgo, por descender da geraçao dos
Machados. — Dada em Lisboa a 22 de maio de 1538. Reg. na Chañe, de D. Joáo m, liv.
XLIV, fl. 65.
2095. MIGUEL ANTONIO PEREIRA TENREIRO DE ALBUQUERQUE, cavalleiro professe
na ordern de Christo, capitao-mór do concelho de Senhorim, comarca de Viseu ; filho do
capitao Manuel Marques de Albuquerque, bacharel formado pela Universidade de Coimbra,
e de D. Engracia Maria Angelica Pereira de Figueiredo ; neto pela parte paterna de Anto
nio Marques, e de D. Isabel de Albuquerque, e pela materna neto do capitSo Joáo Pereira
Tenreiro, e de sua mulher D. Josepha Marques de Figueiredo.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Albuquerques, no se
gundo as dos Tenreiros, no terceiro as dos Almeidas, e no quarto as do primeiro quar
tel. — Br. p. a 7 de agosto de 1781. Reg. no Cart, da N., liv. ш, fl. 21.
(C. C.)
2096. MIGUEL ANTONIO PONCES DE CARVALHO.
Um escudo esquartelado com as armas que Ihe foram concedidas por alvará de 28
de maio de 1866. — Br. p. a 21 de julho de 1866. (M. N.) Reg. no Cart, da N., liv. ix,
fl. 102. V. no I. H. Ponces de Carvalho.
(C. C.)
2097. MIGUEL DE ARAUJO DE ANTAS, Olho de Miguel de Araujo de Antas, e de sua
mulher Maria Carvalho ; neto paterno de Belchior de Araujo de Antas, que veiu casar no
concelho de Entre-Homem e Cavado, era descendente de Rodrigo Alvares de Antas, se-
nhor que foi da casa e solar dos Antas, e de sua mulher D. Constança Rodrigues de
Araujo, filha de Alvaro Rodrigues de Araujo, commendador de Rio-frio, como consta do
nobiliario d'esté reino, ñas familias de Araujos e Antas ; neto materno de Antonio Carvalho.
As armas dos Antas, e Araujos. — Br. p. a 13 de abril de 1757. Reg. no Gart, da
N., liv. particular, fl. 106 v.
(C. C.}
2098. MIGUEL DE BARROS, morador na villa de Canavezes, filho de Rodrigo de Bar
ros, neto de Goncalo Earmes de Barros, e bisneto de Joáo de Barros.
Carta pela qual el-rei D. Filippe н Ihe concede o seguinte brazao de seus antecesso
res : —Escudo de campo azul com tres bandas de prala acompanhadas de nove estrellas
de oiro de seis ponías, e por difference urna linha prêta ao revez com a ponta de cima
livre ; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife dos metaes e cores das armas, e
por timbre urna aspa azul com cinco estrellas de oiro ; com todas as honras e privilegios
de fidalgo por descender da geraçâo dos Barros. — Dada em Lisboa a 5 de fevereiro de
1609. Reg. na Chañe, de D. Filippe u, liv. m, fl. 204 v.
2099. MIGUEL BORGES DE CASTRO TAVARES DE AZEVEDO, cavalleiro fidalgo da casa
real,, administrador dos vínculos de Anceris, e Oliveira do Conde; filho de Luiz Borges
de Castro Tavares de Azevedo, provedor da cidade de Viseu, e de sua mulher D. Maria
Carlota Eduarda do Valle Lobo da Torre ; neto paterno de Miguel Borges Tavares de Aze
vedo Gouvea e Castro, cavalleiro professo na ordern de Christo, e desembargador da Re-
lacao do Porto, e de sua mulher D. Maria Manuela Amalia de Azevedo Rebello Gusmáo ;
bisneto de Luiz Xavier de Azevedo, cavalleiro professo na Ordern de Christo e corregedor
da cidade de Lagos, e de sua mulher D. Rosa Luiza Mello Borges e Castro ; terceiro neto
pelo mesmo lado de Miguel Borges Tavares de Castro, e de sua mulher D. Michaela de
Mello; quarto neto de Jo3o Borges de Castro, e de sua mulher D. Maria Madeira;
quinto neto de Antonio Borges de Castro, e de sua mulher D. Thereza de Mello ; sexto
528 MIGUEL FERREIRA
* de D. Anna
C 3TII13S.
Borges, instituidora dos vinculos de Anceris, a quem se passou brazão
•
1 Miguel de Oliveira de Andrade Borges de Mesquita, em 1761 tirou carta de familiar do Santo Ofi
cio, como se vê dos autos originaes que se guardam no Archivo nacional da torre do Tombo sob maço
17, diligencias n.º 262, e alli se acha provada a mesma filiação, assim como que era elle n'aquella epoca
contractador dos tabacos do reino, etc.
MIGUEL VARELLA 531
2110. MIGUEL REBELLO DE ARAUJO BASTOS E ANTUNES (Doutor), da villa de Gui-
maräes, filho de Antonio Rebello de Araujo, с de D. Maria de Bastos e Antunes; neto pa
terno de Fernando Rebello de Araujo.
Um escudo partido em pala ; na primeira as armas dos Rebellos, e na segunda as
dos Araujos. — Br. p. a 26 de novembre de 1807. Reg. no Cart, da N., liv. vu, fl. 219.
(C. C.)
2111. MANUEL RIBEIRO MALDONADO CABRAL E MACEDO, familiar do Santo Officio,
filho de Joâo Cabrai Maldonado, e de sua mulher Isabel Rebello ; neto paterno de Manuel
da Fonseca, e de sua mulher Paula Cabrai ; bisneto de Miguel Maldonado, e de sua mu-
Iher Catharina da Fonseca ; terceiro neto de José Cabrai, e de Catharina de Macedo.
As armas dos Cabraes, Maldonados, Fonsecas, e Macedos. — Br. p. a 4 de setembro
de 1754. Reg. no Cart, da N., liv. particular, fl. 79 v.
(C. C.)
2112. MIGUEL DE SÁ COUCEIRO PORTUGAL, filho de Manuel de Sá Couceiro Portu
gal, natural da villa de Monte-mór o velho, e de sua mullier D. Henriqueta de Abreu Pes-
soa de Amorim; neto paterno de Thomé Couceiro Lobo Portugal, e de sua mulher D. Luiza
de Sá Pereira de Menezes ; e materno de Francisco Antonio de Amorim Pessoa Abreu e
Gouvea, e de sua mulher D. Catliarina Joaquina Mauricia ; bisneto paterno do capitâo
Agostinho Couceiro Portugal, e de sua mulher D. Luiza Gomes de Almeida ; terceiro neto
paterno de Agostinho Couceiro Portugal, familiar do Santo Officio, e bacharel formado na
Universidade de Coimbra, e de sua mulher l>. Maria Leite de Mello e Pina; quarto neto
paterno de Lucas Couceiro, e de sua mulher D. Marianna Portugal ; quinto neto pelo
mesmo lado de Francisco Couceiro ; sendo o mencionado Miguel de Sá Couceiro Portugal
sobrinho por parte materna de Alberto de Abreu Pessoa de Amorim, a quem ja se passou
brazâo de armas a 21 de julho de 1797.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Couceiros, no segundo as
dos Portugaes, no terceiro as dos Sás, e no quarto as dos Gouveas. — Br. p. a 23 de
dezembro de 1806. Reg. no Cart, da N., liv. vu, fl. 123 v.
(C. C.)
2113. MIGUEL TIBERIO PEDEGACHE BRANDÄO Ivo, moco da cámara do serenissimo
senhor infante D. Manuel, natural e morador da cidade de Lisboa ; filho de Joâo Baptisla
Pedegache, cidadao nobre da cidade de Bayona do reino de Franca, e de sua mulher
D. Dorothea Maria Rosa Brandâo Ivo ; neto paterno de Beltrâo Pedegache, cidadao nobre
da referida cidade de Bayona, e de sua mulher D. Lourença de Hylhe ; neto materno de
Francisco Lourenço Brandâo Ivo, capitao de artilheria e marinha da praça de Lagos no
reino do Algarve, e de sua mulher D. Maria Rodrigues Soromenho, filha de Vicente Ro
drigues Soromenho, e neta de Domingos Rodrigues Soromenho, cavalleiro andaluz, gover-
nador que foi da mesma praça, e de sua mulher Isabel Soromenho Machado ; bisneto de
Mathias Lourenço Brandâo Ivo, e de sua mulher, que era natural da mesma villa; terceiro
neto de Mathias Lourenço Brandâo Ivo, e de sua mulher D. Isabel da Silveira; quarto
neto de monsieur Ivo, e de sua mulher D. Isabel Couto Brandâo, filha de Lourenço Yaz
Brandâo, e neta de Vasco Pires Brandâo, quinto e sexto avós do supplicante.
As armas dos Brandöes, Soromenhos, Silveiras, e Coutinhos. — Br. p. a 20 de de
zembro de 1759. Reg. no Cart, da N., liv. particular, fl. 124 v.
(C. C.)
2114. MIGUEL VARELLA DE LEÁO, bacharel formado na faculdade dos sagrados ca
ñones pela Universidade de Coimbra, capitao de infantería auxiliar do terco da comarca
de Yiseu, e natural da villa do Freixo da mesma comarca ; filho do doutor Manuel Varella
532 NICOLAU GERALDES
de Leão, e de sua mulher D. Josepha Maria Ribeiro; neto pela parte paterna de Manuel
Francisco Varella, e de sua mulher D. Brites Alves; e pela materña do capitão João Zu
zarte, e de sua mulher D. Garcia Ribeiro, de Santa Combadão.
Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Varellas, no
segundo as dos Leões, e no terceiro as dos Zuzartes. —Br. p. a 26 de setembro de 1788.
Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 74.
(C. C.)
N
2115. D. NATALIA LEITE GUEDEs, filha de Jacinto Rebello Leite, e de sua mulher Anna
Borges, irmã legitima de Antonio Borges de Mesquita, que serviu muitos annos na praça
da nova Colonia com grande distincção; neto paterno do capitão Pedro de Mesquita Re
bello, e de sua mulher Joanna Leite Pereira; e a dita sua avó filha de Miguel Rebello, e
de sua mulher Seraphina Mousinho Guedes; neto materno de Antonio Borges de Mes
quita, e de sua mulher Maria Carvalho.
As armas dos Rebellos, Borges, Leites, e Guedes. — Br. p. a 23 de junhoo de 1752.
Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 37.
(C. C.)
2116. NICOLAU DE ABREU.
Carta pela el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: —
Escudo de campo vermelho com cinco cotos de azas de oiro em aspa com as pontas para
baixo, e por differença uma brica de prata e n’ella outra de vermelho; elmo de prata
aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e por timbre um dos cotos das
armas; com todas as honras e privilegios de fidalgo, por descender da geração e linha
gem dos Abreus, por parte de sua mãe e avôs. — Dada em Alvito a 29 de dezembro de
1531. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xvIII, fl. 133.
2117. NICOLAU DE BARROS, natural e morador da ilha da Madeira, na cidade do Fun
chal; filho de Pedro Gonçalves de Barros; neto de Isabel de Barros; bisneto de Vasco
Delgado de Barros, os quaes todos foram fidalgos e do tronco d'esta geração.
Carta pela qual el-rei D. Sebastião lhe concede o seguinte brazão de seus anteces
sores: — Escudo de campo vermelho com tres bandas de prata e sobre o campo nove es
trellas de oiro, a saber: uma sobre o primeiro da cabeça, sobre o segundo tres, e sobre
o terceiro outras tres, e sobre o quarto duas, e por diferença uma merleta preta sobre
uma das bandas; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro vermelho e
prata, e por timbre uma aspa vermelha, e sobre ela cinco estrellas das armas; com to
das as honras de fidalgo, por descender da geração dos Barros. — Dada em Lisboa a 3
de julho de 1563. Reg. na Chanc. de D. Sebastião, liv. III, fl. 173.
2118. Nico LAU GERALDEs, morador em Lisboa; filho de Nicolau Geraldes e de
D. Margarida, e irmã de Lucas Geraldes.
Carta pela qual el-rei D. Sebastião lhe concede e a seus descendentes o seguinte
brazão de seus antecessores: — Escudo de campo branco (segundo parece) com um leão
preto e um coronel de oiro, com todas as honras e privilegios de nobre fidalgo, por des
cender da geração dos Geraldes, que eram nobres em Florença. — Dada em Lisboa a 21
de junho de 1559. Reg. na Chanc. de Sebastião, liv. I, fl. 251.
NICOLAU VICENTE 533
2120. NicoLAU JoAQUIM SERPA, d’esta côrte e cidade de Lisboa, filho legitimo de Pe
dro Rodrigues Barros, e de D. Catharina de Serpa; neto pela parte materna de João de
Serpa Ferraz, e de D. Anna Hus; bisneto de Alvaro Mergulhão Pereira, e de D. Ignez de
Serpa; e por esta terceiro neto de Simão de Serpa, todos naturaes da villa de Torres
vas, ao qual Simão de Serpa, se passou brazão com as armas dos Serpas, em 22 de julho
de 1602; os quaes todos foram pessoas nobres e e se tractaram á lei da nobreza.
Um escudo com as armas dos Serpas. — Br. p. a 27 de junho de 1766. Reg. no
Cart. da N., liv. I, fl. 33 v.
(C. C.)
2121. Nico LAU JoAQUIM DE SousA MALDoNAD o BANDEIRA PINTo CoRDovA (Dou
tor), moço fidalgo e fidalgo escudeiro da casa real; filho de Christovão de Brito Maldo
nado Bandeira Pinto, e de sua mulher D. Thereza Placida Josepha de Sousa e Vasconcel
los; neto paterno de João Pinto Maldonado Bandeira, e de sua mulher D. Maria Josepha
de Almeida e Rezende; e materno de Marcos José de Sousa Figueiredo Rebello e Vascon
cellos, e de sua mulher D. Felicia Clara de Sousa.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Maldonados, no segundo
as dos Bandeiras, no terceiro as dos Pintos, e no quarto as dos Sousas. —Br. p. a 28
de março de 1807. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 170.
(C. C.)
2122. Nico LAU MARIA RAPoso, cavalleiro professo na ordem de Christo, provedor
das armas da ilha de S. Miguel, natural e morador na mesma; filho de Nicolau Maria
Caneva, e de sua mulher D. Sebastiana Margarida Raposo do Amaral; neto pela parte
materna do capitão Manuel Pereira de Mello, e de sua mulher D. Barbara do Amaral :
elle filho do capitão Manuel Coelho, e de sua mulher D. Isabel Pereira de Mello; e ella
filha do capitão Sebastião Raposo do Amaral, e de sua mulher D. Isabel da Costa.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Pereiras, no segundo as
dos Mellos, no terceiro as dos Raposos, e no quarto as dos Amaraes. — Br. p. a 7 de
novembro de 1779. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 208 v.
(C. C.)
zão das armas dos Bouchards no anno de 1718, por ser legitimo descendente d’esta fa
milia; neto de Nicolau Bouchard, cavalleiro professo na ordem de Christo, familiar do
Santo Oficio que foi na cidade de Avinhão, d’onde era natural, e morador em Lisboa,
onde foi reconhecido por fidalgo pelo senhor rei D. Pedro II no anno de 1681, cujo reco
nhecimento lhe foi confirmado pelo senhor rei D. João V no anno de 1713, e de sua mu
lher D. Francisca Clara; bisneto de Henrique de Bouchard; terceiro neto de Luiz de Bou
chard; quarto neto do conde Henrique de Bouchard; quinto neto do conde Luiz de
Bouchard, descendente do grande condestavel Bouchard no reino de França, reinando o
imperador Carlos Magno : sendo esta familia tão illustre na Europa, que d’ella foi o pri
meiro barão que houve em França, que se chamou barão de Montmorency.
As armas dos Bouchards. — Br. p. a 6 de setembro de 1751. Reg. no Cart. da N.,
liv. particular, fl. 21.
(C. C.)
2125. NUNo ALVES CAHINHO BARRADAs, familiar do Santo Oficio, capitão-mór da
villa de Grandola; filho do sargento-mór João Soveral, e de sua mulher D. Joanna Maria
de Vilhena; neto paterno de João Soveral Barradas, e de Maria Borges Penella, filha de
João Mattheus, e de Ignez Gonçalves; bisneto de Manuel Soveral Barradas, e de Isabel
Rodrigues; terceiro neto de João Manuel, e de Isabel Fernandes; neto materno de Nuno
Alves Cahinho, e de Catharina de Sena; bisneto de João Valadão, e de Joanna de Wi
lhena : e a dita Catharina de Sena filha de Antonio Luiz Abelho, e de Violante Rodri
gues; neta paterna de Martim Fernandes Abelho, e de Maria Rodrigues de Moraes.
As armas dos Barradas, Vilhenas, e Abelhos. —Br. p. a 24 de julho de 1761. Reg.
no Cart. da N., liv. particular, fl. 130 v.
(C. C.)
2126. NUNO AUGUSTO DE BRITO HoMEM FERREIRA.
Teve brazão por alvará de 28 de abril de 1865. (M. N.)
2127. NUNo MARTINS GARRo, escudeiro do duque de Bragança.
Carta pela qual el-rei D. Affonso V lhe concede e a seus descendentes o seguinte
brazão de fidalgo : — Um escudo de campo azul, e no meio uma onça de oiro saltante
armada de preto; pelos muitos serviços por elle prestados no reino e em Africa. — Dada
em Arevol a 31 de agosto de 1475. (M.N.) Reg. na Chanc. de D. Afonso V, liv. II de Mist.,
fl. 64.
2136. PAULO JOSÉ DA SILVA GAMA, fidalgo da casa real, cavalleiro professo na or
dem de S. Bento de Aviz, chefe de esquadra das reaes armadas, e governador da capita-
PAULO DA MOTTA 537
nia de S. Pedro no Brazil; filho do tenente coronel Manuel da Silva Alvares, e de sua
mulher D. Theodora Joaquina da Gama; neto por parte paterna de Antonio Luiz Alvares,
e de sua mulher D. Maria Luiza da Silva; neto por parte materna de Sebastião Antonio
da Gama, e de sua mulher D. Luiza da Silva.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Silvas, e na segunda as dos
Gamas. — Br. p. a 15 de janeiro de 1802. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. %
(C. C.)
2139. PAULo D E MoRAEs LEITE VELHo, doutor na faculdade de medicina pela Uni
versidade de Coimbra, segundo medico do exercito com a graduação de sargento-mór, e
assistente aos hospitaes regimentaes da praça de Chaves; filho de Luiz Bernardo de Mo
raes Rocha, sargento-mór de ordenanças, e de sua mulher D. Antonia Marcellina Leite Ve
lho de Moraes; neto pela parte paterna de Manuel de Moraes, e de sua mulher Maria da
Rocha; e pela materna de Antonio Pedro de Amorim, e de sua mulher D. Antonia Vicencia.
Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Moraes, no
segundo as dos Leites, e no terceiro as dos Velhos. — Br. p. a 28 de novembro de 1818.
Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 19 v.
(C. C.)
2140. PAULo DA MoTTA DUQUE EsTRADA (Doutor), filho legitimo de Pedro Freire
Ribeiro Duque Estrada, filho legitimo de Pedro Ribeiro, e de sua mulher D. Anna Duque
Estrada; neto pela parte paterna de Francisco Freire Ribeiro, e de sua mulher D. Catha
rina de Freitas, filha de João Sardinha, e de sua mulher Luiza Gomes; e pela materna
neto de Henrique Duque Estrada, e de sua mulher D. Theodosia da Rosa, filha do capi
tão-mór Nuno Francisco de Aguiar, provedor da Fazenda real que foi em Angola; bisneto
de João Duque Estrada, cavalleiro da cidade de Anvers nos Paizes-baixos, d’onde passou
a esta de Lisboa na companhia do cardeal Alberto, archiduque de Austria, quando aquelle
principe veiu para governador de Portugal no tempo que este reino e aquelles estados
eram dominados pela coroa de Castella : e era de tão distincta qualidade que casou
n'esta corte com D. Anna de Paradis, filha de Henrique Pires de Sousa, desembargador
do Paço, e de sua mulher D. Maria Rosa Preiras, avós do supplicante; pela parte materna
é neto de Paulo da Motta, e bisneto de Antonio Francisco da Motta, da vila de Pu
nhete, todos pessoas nobres, que se tractaram como taes a lei da nobreza e procederam
da referida familia de Duques de Estrada, que tem o seu solar assente nas montanhas da
538 PEDRO AFFONSO
Escocia, d’onde saiu para as mais terras onde existe, como largamente traz D. João de
Flores de Esc0cia, na Escocia.
Um escudo com as armas de Duque Estrada. — Br. p. a 11 de maio de 1766. Reg.
no Cart. da N., liv. 1, fl. 28 v.
(C. C.)
2151. PEDRo Do AMARAL CARDoso, cavalleiro da casa real, filho legitimado de Luiz
Pinhel do Amaral, conego da Sé de Viseu; tresneto de Vasco Paes Cardoso, que foi do
tronco d'esta geração dos Cardosos, fidalgo muito honrado, alcaide-mór que foi de Tran
coso e senhor do Ervilhão e Moreira, e de Beatriz Eannes do Amaral.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo esquartelado; o primeiro de vermelho com dois cardos verdes
um sobre o outro com as raizes e floridos de prata, entre dois leões de oiro com as
linguas de prata e com as mãos pegadas no cardo de cima, e cada um com um pé no
cardo de baixo; o segundo de oiro e seis luas azues em duas palas, e por diferença sobre
tudo um filete preto; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, vermelho
e azul, e por timbre uma cabeça de leão de oiro com a boca para cima, e um dos cardos
saindo d’ella; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e
linhagem dos Cardosos, e Amaraes. — Dada em Evora a 23 de março de 1537. Reg. na
Chanc. de D. João III, liv. XXIII, fl. 48.
2161. PEDRo DE CASTILHo, filho de João de Castilho, que foi morador na villa de
Thomar e natural das montanhas do reino de Biscaia.
Carta pela qual el-rei D. Sebastião lhe concede e a seus descendentes o seguinte bra
zão de seus antecessores: — Escudo de campo verde com um castello de prata, com as
portas e frestas e lavrado de preto, e em cima da torre do meio uma flor de liz de oiro,
e á porta do castello duas lebres de prata olhando uma para a outra, com colleiras ver
melhas, presas por umas cadeas de oiro que saem das bombardeiras; elmo de prata
aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, prata e verde, por timbre uma das lebres das
armas, e por diferença uma merleta de oiro; com todas as honras e privilegios de nobre
fidalgo por descender da geração dos Castilhos do reino de Biscaia. — Dada em Lisboa
a 16 de fevereiro de 1561. Reg. na Chanc. de D. Sebastião, liv. II, fl. 44 v.
2162. PEDR o DE CAstRo, natural de Torres-novas, filho de Ruy de Castro.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo de prata com seis arruelas azues em duas palas, e por diferença
uma flor de liz vermelha; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e
azul, e por timbre um leão de prata com as seis arruelas azues; com todas as honras e
PEDRO DA CUNHA 548
2164. PEDRO CoRREA, cavalleiro, morador em Tavilla, filho de Vicente Correa, e neto
de Diogo Affonso Correa, morador que foi tambem em Tavilla, fidalgo muito honrado e
do tronco d'esta geração dos Correas.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo de oiro fretado de vermelho de grossas cotiças, e por diferença uma flôr
de liz de prata; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e por
timbre dois braços de homem vestidos de oiro, e as mãos atadas com umas correas de ver
melho; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração dos Correas.
— Dada em Evora a 27 de maio de 1536. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xxii, fl. 144.
2165. PEDRo DA CostA, cavalleiro fidalgo da casa real, commendador da ordem de
Christo, filho de Antão da Costa Homem, e neto de Pedro da Costa Homem, que foi do
tronco d'estas gerações.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo esquartelado; o primeiro e quarto de vermelho com seis costas de
prata, postas em faxa e em duas palas, o segundo e terceiro de azul com seis crescentes
de oiro, em duas palas, e por differença uma flor de liz de oiro; elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de prata e vermelho da parte direita e de oiro e azul da parte
esquerda, e por timbre um leão azul com uma faxa de armas nas mãos com o cabo de
oiro; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender das gerações dos Cos
tas e Homens. — Dada em Lisboa a 19 de março de 1530. Reg. na Chanc. de D. João III,
liv. LII, fl. 60 v.
foram todos fidalgos e do tronco da geração dos Carvalhos e Mesquitas; egualmente por
parte de sua mãe era neto de Afonso Homem, e de Maria Ribeiro, e bisneto de Fernando
Homem, que foi fidalgo muito honrado e do tronco da geração dos Homens; e assim a
dita Maria Ribeiro era filha de Nuno Ribeiro, que foi fidalgo muito honrado e do tronco
da geração dos Ribeiros.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo esquartelado; o primeiro dos Carvalhos, azul com uma cadena de
crescentes de prata e no meio d’ella uma estrella de oiro; o seu contrario dos Mesquitas, de
oiro com cinco cintas de vermelho com suas fivelas e biqueiras, e em cada cinta tres ta
xões, tudo de prata esmaltada de azul, postas em banda com as fivelas para cima, e uma
bordadura azul com sete flores de liz de prata; o segundo dos Homens, azul com seis
crescentes de oiro em duas palas, e o seu contrario dos Ribeiros, que é esquartelado, o
primeiro de oiro com tres palas de vermelho, e assim o seu contrario, o segundo de preto
com tres fachas veiradas de prata e vermelho, e assim o seu contrario, e por differença
um trifolio de oiro e verde; elmo de prata guarnecido de oiro, paquife de oiro, azul, ver
melho e prata, e por timbre um leão azul com uma facha de armas nas mãos e o rabo
de oiro; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linha
gem dos Carvalhos, Mesquitas, Homens e Ribeiros. — Dada em Lisboa a 20 de maio de
1538. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xLIV, fl. 64 v.
2176. PEDR o JosÉ CoRREA DE QUEvEDo HoMEM DE MAGALHÃEs, cavalleiro fidalgo
da casa real, professo na ordem de Christo, cadete do regimento da Junta, hoje de Lippe,
d'onde passou para guarda-marinha, tenente de cavallos, e ajudante de ordens do governo
de Angola; cidadão e governador da capitania de Benguela com a graduação de sargen
to-mór de infanteria, natural da cidade de Lisboa; filho de Manuel Correa de Quevedo Ho
mem de Magalhães, moço da camara do numero do fidelissimo rei o senhor D. João V, e
porteiro da real camara da fidelissima rainha a senhora D. Marianna de Austria, e de sua
mulher D. Francisca Xavier de Andrade, dama da camara da mesma senhora; neto pela
parte paterna do capitão Domingos Correa da Fonseca, e de sua mulher D. Theodora Ma
ria de Quevedo, filha de Vital Homem de Magalhães, fidalgo da casa real, e de sua mu
lher D. Maria Josepha de Quevedo; bisneto de Manuel Côrrea da Fonseca, capitão de mar
e guerra da real armada, e de sua mulher D. Maria Antonia de Araujo; terceiro neto de
Domingos Correa, provedor da real fazenda do Rio de Janeiro, e de sua mulher D. Maria
da Fonseca; e pela parte materna neto de Felix de Azevedo Carneiro e Cunha, mestre de
campo de Minas-geraes com o exercicio das ordens do governo, e de sua mulher D. Ma
gdalena Maria de Andrade, filha de João de Mattos Cardoso, e de sua mulher D. Marga
rida de Andrade; bisneto de Pedro de Azevedo Carneiro, capitão da praça de Peniche, e
de sua mulher D. Isabel da Cunha.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Correas, no segundo as
dos Quevedos, no terceiro as dos Homens, e no quarto as dos Magalhães. — Br. p. a 9
de outubro de 1783. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 107 v.
|- (C. C.)
2177. PEDR o JosÉ DE SAMPAIo, professo na ordem de Christo, natural da cidade de
Lamego, filho de Pedro Teixeira de Sampaio, que em outro tempo se denominava de Ta
vora, e de D. Bernarda Luiza Thereza do Amaral Guedes; neto pela parte paterna de Ma
nuel de Tavora Ferreira, e de D. Magdalena Teixeira de Sampaio; e pela materna neto
de Antonio de Almeida Coelho, e de D. Isabel Maria da Silva.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Teixeiras, no segundo
as dos Sampaios, no terceiro as dos Amaraes, e no quarto as dos Guedes. — Br. p. a 16
de novembro de 1789. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 137. C
(C. C.)
PEDRO LOPES *, 547
2178. PEDRo JosÉ VAz PEREIRA, sargento-mór das ordenanças de Lamas de Orelhão,
comarca de Villa-real; filho do capitão de ordenanças João Vaz de S. Roque, e de sua
mulher D. Comba Alvares Dias Pereira; neto paterno de Pedro Vaz, e de sua mulher D.
Maria Vaz; e materno de Pedro Alvares, e de sua mulher D. Thereza Dias Pereira.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Vazes, e na segunda as dos
Pereiras. — Br. p. a 21 de março de 1815. Reg. no Cart. da N., liv. VII, %??
V.
(C. C.)
2180. PEDRo LEITÃo PINTo PACHEco SoAREs DA Fons EcA GoDINHo, sargento
mór da comarca de Esgueira, e morador na mesma villa; filho de João Gomes Godinho
da Fonseca Soares, e de sua mulher D. Maria Josepha da Silva; neto paterno do capitão
Bento Pacheco Soares, que tirou brazão com as armas dos Fonsecas e Soares de Alber
garia em 1688, e de sua mulher Maria Gomes Godinho; bisneto de Antonio Pacheco Hen
riques, e de sua mulher Juliana Soares, e por esta terceiro neto de Diogo Soares, e de
sua mulher Maria de Almeida; quarto neto de Diogo Velho Soares, irmão de Antonio da
Silva Soares, que tambem teve brazão de armas das referidas familias, e de sua mulher
Antonia de Almeida; quinto neto de Miguel da Fonseca, e de sua mulher Maria Soares;
sexto neto de João Rodrigues da Fonseca, e de sua mulher Francisca Soares.
As armas dos Fonsecas, e Soares de Albergaria. — Br. p. a 15 de julho de 1757.
Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 108 v.
(C. C.)
2181. PEDRo LoPEs DE CALHEIRos, natural de Ponte de Lima.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo azul com cinco vieiras de prata riscadas de preto, em aspa, e tres
estrellas do mesmo em faxa ao pé, e por diferença uma brica de oiro com um — P—
preto; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e azul, e por timbre
dois bordões de Sant'Iago de prata, em aspa, com uma das vieiras no meio; com todas
as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Calheiros. —
Dada em Evora a 13 de agosto de 1534. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xx, fl. 194 v.
2182. PEDRo Lopes DA FoNs EcA (Doutor), filho de Diogo Lopes de Affonseca, neto
de Pedro Vaz da Fonseca, que foi fidalgo muito honrado e do tronco d'esta geração.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo de oiro com cinco estrellas de vermelho em aspa, e por diferença
uma flor de liz de verde; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e
vermelho, e por timbre um meio touro de vermelho com uma estrella de oiro na fronte;
com todas as honras de nobre fidalgo por descender da geração dos Fonsecas. — Dada
em Lisboa a 16 de abril de 1538. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xLIv, fl. 49.
2183. PEDRO LOPES DO PAço DA BARBUDA, filho de João Lopes do Paço da Barbuda,
neto de Pedro Lopes do Paço da Barbuda, os quaes foram fidalgos e do tronco d'esta geração.
548 PEDRO MENDES
Carta pela qual el-rei D. Sebastião lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
ros : — Escudo de campo de oiro e nove lisonjas de veiros, em tres palas, assentadas,
e por diferença um trifolio vermelho; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife
de oiro, azul, e prata, e por timbre um meio galgo de preto entre dois penachos de pa
vão; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração dos Barbu
#"
. 290.
em Lisboa a 15 de maio de 1565. Reg. na Chanc. de D. Sebastião, liv. IV,
2184. PEDRO LoPEs DA SILVA, cavaleiro fidalgo da casa real, filho de Lopo Alvares
da Silva, neto de João Alvares da Silva, e bisneto de Fernão da Silva, e de Eyria Alva
res de Azevedo, o qual Fernão da Silva foi fidalgo muito honrado, estribeiro-mór de el-rei
D. Duarte e de el-rei D. Afonso, e foi do tronco desta geração; e sobrinho de Jorge da
Silva e de João Alvares da Silva, filhos de Fernão da Silva.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo de prata com um leão de purpura, e uma flor de liz azul por
diferença; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e purpura, e por
timbre o mesmo leão; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da ge
ração e linhagem dos Silvas. — Dada em Lisboa a 9 de agosto de 1538. Reg. na Chanc.
de D. João III, liv. XLIV, fl. 94 v.
# dos Oliveiras, Britos, Marizes, e Galvões. — Reg. na Chanc. de D. Sebastião, liv. 1v.
. 197 V.
2192. PEDRO PACHEco, morador na ilha da Madeira, filho de Antão Pacheco e neto de
Pero Pacheco, que mataram os mouros em Ceuta, e era fidalgo e do tronco d'esta linhagem.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo de oiro com duas caldeiras em pala, tambem de oiro, com tres fa
xas, e as azas veiradas e contraveiradas de vermelho e preto, e quatro cabeças de serpe
tambem de oiro nos cabos das azas, duas para fora das caldeiras e duas para dentro, e
por differença uma flor de liz de vermelho; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, pa
quife de oiro e vermelho, e por timbre um pescoço de serpe de oiro com duas cabeças
uma contra a outra; com todas as honras de nobre e fidalgo por descender da nobre li
nhagem dos Pachecos. — Dada em Evora a 22 de maio de 1535. Reg. na Chanc. de
D. João III, liv. x, fl. 79.
2198. PEDRo Do REGo, filho bastardo do doutor João do Rego, e neto de Gonçalo An
nes, que foi do tronco da linhagem dos do Rego.
Carta pela qual el-rei D. Manuel lhe concede e a seus descendentes o brazão de seus
antepassados: — Escudo de campo verde com uma banda ondada, e n’ella tres vieiras de
oiro, por diferença um filete negro de bastardia; elmo de prata aberto, e por timbre uma
vieira de oiro entre dois pennachos verdes picados de oiro, paquife de oiro e verde; com
todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da dita linhagem e geração.
F#
. 114.
em 1513. Reg. na Chanc. de D. Manuel, liv. xv, fl. 51 V., e liv. v de Mist.,
2199. PEDRo Do REGo, bacharel, filho de João do Rego e neto de Gonçalo Gil do
Rego, que foi do tronco d'esta geração.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo verde com uma banda ondada de prata e sobre ella tres vieiras de
oiro perfiladas de azul, e por diferença uma merleta de prata; elmo de prata aberto guar
necido de oiro, paquife de oiro e verde, e por timbre uma vieira de oiro entre dois pen
nachos verdes; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e
linhagem dos Regos.—Dada em Lisboa a 27 de agosto de 1530. Reg. na Chanc. de D.
João III, liv. LII, fl. 172 v.
tronco d'esta geração e fidalgos muito honrados; e assim era filho de Isabel Vieira, e
neto de Fernão Vieira, de Faro, que foi tambem fidalgo e do tronco da geração dos
Vieiras. -
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo esquartelado; o primeiro de verde com cinco pombas, seixas, de
prata, em aspa, com os pés e bicos vermelhos, duas d’estas voando, a ultima debaixo
da direita e a primeira de cima da esquerda, e o contrario de vermelho com seis vieiras
de prata riscadas de preto, em duas palas, e por diferença uma flor de liz de oiro; elmo
de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata, verde e vermelho, e por timbre
uma das seixas voando; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da
geração e linhagem dos Seixas e Vieiras. — Dada em Evora a 20 de maio de 1537. Reg.
na Chanc. de D. João III, liv. XXIII, fl. 50.
2205. PEDRO VAz BoRGEs, morador na cidade do Funchal, filho de Pedro Vaz Bor
ges, neto de Antão Borges, e bisneto de Fernão Borges.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo vermelho com um leão de oiro rompente e uma bordadura azul se
PERO RODRIGUES 553
meada de flores de liz de oiro, e por diferença um trifolio de prata; elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de oiro, vermelho e azul, e por timbre meio leopardo de oiro
com uma flor de liz vermelha sobre a cabeça; com todas as honras e privilegios de fi
dalgo por descender da nobre geração dos Borges. — Dada em Lisboa a 30 de março de
1556.
lados ñas guerras de Ballastia e Roxia com os turcos. — Dada em Lisboa a 20 de julho
de 1454. (M. M.) Reg. na Chañe, de D. Affonso v, liv. x, fl. 79, e liv. n de Mist.,
fl. 177 v.
2211. PLACIDO JOSÉ PAMPLONA, natural da cidade de Angra da ilha Terceira, filho
de Antonio Xavier Pamplona, e de sua mulher D. Calharina Felicia; neto de Mathias Pam
plona Merens, e de sua mulher D. Josepha María de Mello; bisneto de D. Antonio Moniz
Alvares Pamplona, filho de Mathias Pamplona, que foi terceiro neto por linha legitima de
Goncalo Alvares Pamplona, natural da cidade do Porto, e um dos primeiros povoadores
da dita ilha.
Um escudo com as armas dos Pamplonas — Br. p. a 20 de junho de 1771. Reg. no
Gart, da N.. liv. i, fl. 153.
(C. C.)
2212. PLACIDO MANUEL ALVARES DA SILVA, cavalleiro fidalgo da casa real, natural
da freguezia de S. Marlinho da villa de Cintra ; filho de Lucas Manuel Alvares da Silva,
cavalleiro fidalgo da casa real, professo na ordern de Christo, escriväo das cozinhas reaes,
e thesoureiro da real ocharía, e de sua mulher D. Agostinha Angelica Umbelina; neto pela
parle paterna de Manuel Alvares Antunes, tambem cavalleiro (¡dalgo e professo na ordern
de Christo, e de sua mulher D. Maria Velloso da Costa e Silva, filha do doutor Pedro da
Silva Lemos. cavalleiro da ordern de Christo, que serviu nos logares de letras, e de
D. Maria Velloso da Costa, neta paterna do capitao de mar e guerra da armada real Fran
cisco. da Silva Torres, e de D. Archangela de Lemos, e pela parte materna de Diogo Pinto
de Almeida, cavalleiro da ordern de Christo, capitao em Mazagâo, e de D. Isabel Maria
da Costa ; neto o supplicante pela parte materna do capitao Francisco dos Reis, e de sua
mulher D. Paula Maria Eugenia.
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Silvas, no segundo as
dos Torres, no terceiro as dos Lemos, e no quarto as dos Costas. — Br. p. a 20 de ou-
tubro de 1779. Reg. no Cart, da N.. liv. и, fl. 205 v.
(C. C.)
2213. PLACIDO SCARES COELHO, cavalleiro da ordern de Christo, capitáo-mór da
villa de Soure, d'onde é natural e morador; filho de Manuel Soares Coelho, e de sua
mulher D. Michaela Josepha de Andrade; neto paterno de Sebastiáo Soares Coelho, e de
sua mulher D. Natalia de Mattos ; bisneto de Agostinho Soares Coelho, e de sua mulher
D. Maria da Fonscca Caldeira ; terceiro neto de Manuel Soares Coelho de Albergaría, e
de D. Maria Pimenta de Mesquita; e o avô materno foi cavalleiro da ordern de Christo, e
sargento-mór da villa de Soure.
Um escudo em pala com as armas dos Soares e Coelhos. — Br. p. a 6 de junho de
1757. Reg. no Cart, da N.. liv. particular, fl. 106 v.
(C. C.)
2214. POLYCARPO JOSÉ SOARES DA MOTTA, natural da villa de Almeirim, filho de
Luiz Soares da Motta, que foi muitos annos juiz das contadas da villa de Almeirim. e de
sua mulher D. Josepha Thereza de Sá ; neto pela parle paterna de Paulo Soares da Motta,
almoxarife proprietario do paco da Ribeira de Muge, e de sua mulher D. Josepha Maria de
Seixas; bisneto de José Soares da Motta, e de sua mulher D. Maria Henriques; terceiro
neto de Paulo Rodrigues Soares, e de sua mulher D. Maria da Motta, filha de Miguel
Froes, fidalgo da casa real.
Um escudo partido em pala ; na primeira as armas dos Soares, e na segunda as dos
Mottas. — Br. p. a 5 de novembre de 1790. Reg. no Cart, da N., liv. iv, fl. 193.
(C. C.)
RAYMUNDO VERISSIMO 555
R
2215. RAYMUNDo JosÉ PIMENTEL DE MESQUITA SousA DE CARVALHO FARIA
DA FoNs ECA, da freguezia de Lobrigos, comarca de Villa-real; filho de José Manuel de
Carvalho da Fonseca, e de D. Anna Joaquina de Sousa; neto paterno de Manuel da Fon
seca de Carvalho, e de D. Maria Rebello de Carvalho; e materno do doutor Manuel de
Mesquita Carrilho de Faria Pimentel, e de D. Maria Theodora de Sousa Coutinho.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Fonsecas, no segundo
as dos Carvalhos, no terceiro as dos Farias, e no quarto as dos Sousas. — Br. p. a 11 de
maio de 1812. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 220.
(C. C.)
2216. RAYMUNDo José SoAREs MENDEs, natural da villa de Abrantes, moço fi
dalgo com exercicio da casa real, cavalleiro da ordem de Nossa Senhora da Conceição de
Villa-viçosa, capitão do batalhão nacional de caçadores de Abrantes; filho de Joaquim
Soares Mendes, e de sua mulher D. Anna Petronilla de Moura Pereira; neto paterno de
Rodrigo Vicente Mendes, e de sua mulher D. Maria da Piedade; e materno do doutor
João de Moura Pereira, e de sua mulher D. Luiza Antonia de Carvalho.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Soares, e na segunda as dos
Mendes. — Br. p. a 14 de outubro de 1867. Reg. no Cart. da N., liv. IX, %}
(C. C.
fidalgo da casa real, com 1$800 réis de moradia por mez, fôro que era já de seu pae e
avô, irmão de D. Josepha da Silva e Mello, mãe do secretario do Conselho de guerra Pe
dro de Mello de Ataide; terceiro neto de Pedro de Brito de Ataide, e de sua mulher
1). Maior da Silva e Mello; quarto neto de Luiz de Brito de Ataide; neto materno de José
Rodrigues da Silva, e de sua mulher D. Isabel Maria de Amorim, irmã de Antonio de
Amorim d'Antas; bisneto de D. Maria de Amorim d'Antas, natural da provincia do Minho,
da nobre familia d’este appelido.
As armas dos Ataides, Mellos, Britos, e Amorins. — Br. p. a 26 de fevereiro de 1756.
Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 94.
(C. C.)
2227. RoDRIGo FERREIRA Lobo (Capitão), natural da cidade do Rio de Janeiro; filho
de Antonio Guedes Salgado, e de sua mulher Magdalena Soares de Mello; neto paterno
de Manuel Dias Salgado, e de sua mulher D. Maria Guedes da Veiga; neto materno de
Antonio Soares de Medeiros, e de sua mulher Apolonia Ferreira Lobo.
As armas dos Salgados, Guedes, Medeiros, e Ferreiras. — Br. p. a 20 de agosto de
1761. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 131.
(C. C.)
2228. RodR1Go HoMEM, cavalleiro fidalgo.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo azul e seis crescentes de oiro em duas palas e por diferença
uma flor de liz de prata; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e azul
e por timbre um leão azul com uma faxa de armas com o cabo de oiro nas mãos; com
todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da nobre geração e linhagem dos Ho
558 RODRIGO REIXA
2229. Rod RIGO JosÉ DE MELLo E SousA, proprietario e negociante, filho de Carlos
José de Mello, proprietario, e de sua mulher D. Maria Josepha de Mello; neto materno de
José Patricio de Sousa, proprietario, e de sua mulher D. Joanna Maria de Oliveira e
Sousa.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Mellos, e na segunda
as dos Sousas. — Br. p. a 17 de setembro de 1860. Reg. no Cart. da N., liv. Ix,
fl. 36 V.
(C. C.)
2240. RoQUE LANDEIRO PEREIRA DE SousA, cidadão, e juiz que foi da Alfandega da
cidade de Lagos, reino do Algarve; filho do capitão-mór Lazaro Ferreira Landeiro Cami
são, e de D. Francisca Xavier de Araujo e Sousa; neto pela parte paterna do sargento
mór Roque Landeiro Pereira, e de D. Maria Martins Camisão, filha de Antonio Martins
Camisão, neta de Christovão Gomes Camisão, a quem se passou brazão de armas d’esta
familia de Camisão em Madrid em 14 de agosto de 1612; bisneto o supplicante pela sua
varonia do capitão de auxiliares Lazaro Moreira Landeiro, cidadão que foi da dita cidade
de Lagos; terceiro neto de Rodrigo Landeiro, capitão do baluarte de Santa Barbara, na
mesma cidade de Lagos, e das embarcações de guerra de guarda-costas do Algarve, e de
sua mulher D. Leonor do Espirito Santo, filha de Jorge Fernandes Pereira, procurador
dos Feitos da real fazenda, juiz feitor do Pescado de Lagos, e fidalgo da casa real, e neta
de Marcos Dias, cavalleiro fidalgo e criado do senhor rei D. Sebastião, a quem serviu, e
D. ROSA ANGELICA 561
foi ao soccorro de Mazagão no anno de 1572 com dois homem á sua custa; quarto neto
de Lazaro Moreira Landeiro, e de D. Maria Landeiro; e pela parte materna neto de João
de Sá da Fonseca, e de D. Joanna Maria de Araujo e Sousa; bisneto de Manuel de Sá da
Fonseca; e pela dita sua avó D. Joanna Maria de Araujo e Sousa é tambem bisneto do
doutor Baptista de Araujo e Sousa, capitão-mór de Fermedo; terceiro neto de D. Helena
de Araujo e Sousa, que era bisneta de Rodrigo Alvares de Araujo, fidalgo da casa real,
filho de Alvaro Rodrigues de Araujo, commendador do Rio-frio na ordem de Christo e fi
dalgo tambem da casa real, como largamente constava da sentença que apresentou.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Pereiras, no segundo as
dos Camisões, no terceiro as dos Sousas, e no quarto as dos Araujos. — Br. p. a 23 de
março de 1778. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 154.
(C. C.)
2241. D. Ros.A ANGELICA BERNARDINA TABoRDA DE OLIVEIRA LEITÃo, casada
com Antonio José Pereira Pinto de Figueiredo Castello-branco, monteiro-mór da villa do
Fundão, ella natural de Val de Prazeres, bispado de Castello-branco, filha do capitão Fran
cisco Salvador Taborda Xavier, e de sua mulher D. Thereza Ricacha Taborda de Oliveira;
neta pela parte paterna de Christovão Leitão Taborda, e de sua mulher D. Isabel Ta
borda Botelho; e pela materna neta do sargento-mór João Rodrigues Taborda de Negrei
ros, e de sua primeira mulher D. Porcia Ricacha de Oliveira; bisneta do capitão João Ro
drigues Taborda de Negreiros, e de sua mulher D. Catharina Vaz Zarafana; terceira neta
de Estevão Rodrigues Taborda, filho de Estevão Gonçalves Taborda, fidalgo da casa real,
e neto de Bento Taborda de Negreiros; teve segundo brazão a 15 de outubro de 1781.
Uma lisonja partida em pala; na primeira as armas de seu marido, que são as de
Castello-brancos e Pintos, e na segunda as que lhe pertencem por seus paes, que é cor
tada em faxa, na primeira as dos Tabordas, e na segunda as dos Leitões. —Br. p. a 6
de fevereiro de 1781. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 264.
(C. C.)
2242. D. Ros.A ANGELICA BERNARDINA TABORDA DE OLIVEIRA LEITÃo, casada
com Antonio José Pereira Pinto de Figueiredo Castello-branco, monteiro-mór da villa do
Fundão, pessoa da primeira nobreza e distincção d’aquella comarca, e ella natural de Val
de Prazeres, filha do capitão Francisco Salvador Taborda de Oliveira, e de sua mulher
D. Thereza Ricacha Taborda de Oliveira; neta pela parte paterna de Christovão Leitão
Taborda, sargento-mór de auxiliares da comarca de Viseu, e de sua mulher D. Isabel
Taborda Botelho, e pela materna neta do sargento-mór João Rodrigues Taborda de Ne
greiros, e de sua primeira mulher D. Porcia Ricacha de Oliveira; bisneta do capitão João
Rodrigues Taborda de Negreiros, e de sua mulher D. Catharina Vaz Zarafana; terceira
neta de Estevão Rodrigues Taborda, filho de Estevão Gonçalves Taborda de Negreiros,
fidalgo da casa real, e neto de Bento Taborda de Negreiros, commendador da ordem de
Christo, fidalgo tambem da casa real, senhor de Porto de Moz, Nespreira e Povolide, ca
sado com Helena de Aguiar e Sequeira, illustre neta de Francisco Annes, aio da rainha
D. Isabel, mulher do senhor rei D. Afonso V, e commendador da ordem de Christo;
sexta neta de Ruy Gonçalo Taborda, tambem commendador da ordem de Christo, e senhor
de terras, e de sua mulher D. Mecia de Negreiros, de illustre nobreza; setima neta de
Garcia Rodrigues Taborda, fidalgo da casa real, alcaide-mór de Obidos, e senhor de terras,
e de sua mulher D. Maria Peixoto, filha dos senhores de Penafiel de Sousa; oitava neta
de Ruy Taborda, fidalgo da casa real e de solar em Galliza, commendador de S. Tiago,
senhor de Porto de Moz, Povolide, Nespreira e mais terras de seus avós, e de sua mulher
D. Euphemia de Castro, filha dos Castros de Galliza; nona neta de João Rodrigues Ta
borda, fidalgo de solar em Galliza, capitão de uma nau em que foi a Ceuta no anno de
1415, e de sua mulher Thereza de Ayala, filha de Pedro Lopes de Ayala,
I
# homem
562 RUY DE ALPOEM
em Galliza; decima neta de Garcia Rodrigues Taborda, fidalgo de solar em Galiza, senhor
de S. Miguel de Taborda e de Piconha, legitimo descendente da illustrissima casa de Ta
borda d’aquelle reino, o qual com seus primos, o conde Andeiro e Gonçalo Vasques Ta
borda, veiu para Portugal, onde foi meirinho-mór, e mordomo-mór do senhor rei D. Af
fonso pelos annos de 1389", alcaide-mór de Leiria e senhor de Porto de Moz, Povolide e
Nespreira e das jugadas de Leiria e Ourem, e o primeiro Taborda que veiu para este
reino, de quem procedem todos os que n'elle ha d’este appelido, e descendem por linha
legitima os Ferreiras Tabordas da villa de Penamacor, que são fidalgos de solar conhe
cido da sua quinta de Solar e Casa-forte de Antão Alves.
Uma lisonja partida em pala; na primeira as armas do dito seu marido, que são as
dos Castello-brancos, e Pintos; na segunda, cortada em faxa, na primeira as dos Tabor
das; na segunda as dos Leitões. — Br. p. a 15 de outubro de 1781. Reg. no Cart. da N.,
liv. III, fl. 28.
(C. C.)
2243. D. ROSA DoRoTHE.A AND RETHON FERMEN, filha de João Pedro Loureiro, e de
D. Luiza do Sacramento; neta pela parte paterna de Jeronymo de Loureiro, e de D. Do
rothea Andrethon, pessoas muito nobres de Inglaterra, das familias de Andrethons, e Fer
mens d'aquele reino.
Uma lisonja partida em pala; a primeira em branco para as armas do marido com
quem casar, e na segunda as armas dos Loureiros, que lhe pertencem por seus paes. —
Br. p. a 23 de fevereiro de 1788. Reg. no Cart. da N., liv. Iv, fl. 49 v.
(C. C.)
2244. D. RosA MARIA Dos SANTOS VAZ RIBEIRO, filha de João Alvares Vaz Fernan
des, e de D. Maria Ribeiro dos Santos; neto paterno de Manuel Alvares Vaz Fernandes,
e de D. Luiza Vieira, e materno de Santos Ribeiro, e de D. Isabel de Seixas Alvares.
Uma lisonja partida em pala; a primeira de prata lisa, e a segunda esquartelada; no
primeiro e quarto quarteis as armas dos Vazes, no segundo as dos Fernandes, e no terceiro
as dos Ribeiros.—Br. p. a 14 de outubro de 1807. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 217 v.
(C. C.)
2245. D. RosALIA DIAS DELGADo, filha de Luiz Delgado, e de sua mulher D. Maria
Dias de Cazegas; neta paterna de Marcos Fernandes, e de D. Victoria Fernão Delgado do
Barco, e materna de Manuel Dias Praça de Cazegas, e de D. Maria Manuel de Covanca.
Uma lisonja partida em pala; a primeira de prata lisa, e a segunda tambem partida
em pala; na primeira as armas dos Delgados, e na segunda as dos Dias. — Br. p. a 22
de outubro de 1816. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 361.
(C. C.)
2246. RUY DE ALP o EM, morador na ilha de S. Miguel, filho de Estevão Rodrigues de
Alpoem, neto de Ruy Fernandes de Alpoem, que foi fidalgo muito honrado; bisneto de João
Rodrigues de Alpoem, que foi do tronco d'esta geração.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo azul com uma lua de prata de pontas para baixo e uma bordadura de
vermelho, e por differença uma muleta de ouro; elmo de prata aberto guarnecido de ouro,
paquife de prata e azul, e por timbre uma edem de sua côr, com os pés vermelhos e o
bico de ouro; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender de geração e
linhagem
de D. Joãodos
III, Alpoens.—Dada
liv. XXVII, fl. 85 em
v. Lisboa, a 12 de setembro de 1539. Reg. na Chanc.
•
2248. RUY TAVAREs, morador na ilha de S. Miguel, filho de Fernando Eannes Tavares,
e neto de Fernão Tavares, de Portalegre, que foi fidalgo e do tronco d'esta geração dos
Tavares.
Carta pela qual El-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo de oiro com cinco estrellas de vermelho, em aspa, e por diferença
uma flor de liz azul; elmo de prata aberto guarnecido de ouro, paquife de ouro e ver
melho, e por timbre um pescoço de cavallo vermelho com abrida e guarnecido de ouro
com falsas redeas; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração
e linhagem dos Tavares. — Dada em Evora, a 2 de dezembro de 1534. Reg. na Chanc.
de D. João III, liv. XX, fl. 194 v.
S
2251. SALVADoR CAETANo Lobo, sargento-mór de milicias, aggregado ao regimento
da provincia de Bardez da cidade de Goa; filho de Pio Lobo, capitão de granadeiros do
referido regimento, e de sua mulher D. Maria Isabel de Noronha, sendo o supplicante so
564 SALVADOR DA CUNHA
Taboa, e de sua mulher D. Thereza de Portel; decimo sexto neto de D. Lourenço Fer
nandes da Cunha, da privança do senhor rei D. Affonso II, e de sua mulher D. Sancha
Lourenço Maceira; decimo setimo neto de D. Fernão Paes, primeiro do appellido de Cu
nha, por ser senhor de Cunha-a-alta, solar d’esta familia; decimo oitavo neto de D. Paio
Gutterre, o da Silva, senhor da casa, torre e honra da Silva, rico-homem, alcaide-mór de
Santa Olaia, e adiantado-mór d’este reino; decimo nono neto de D. Gutterre, rico-homem;
vigesimo neto de D. Pelayo Pelaez, rico-homem; vigesimo primeiro neto de Pelayo Fruella,
infante; vigesimo segundo neto de D. Azamar Fruella, infante de Leão; vigesimo terceiro
neto de D. Fruella, segundo rei de Leão, Asturias e Galliza.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Cunhas, no segundo as
dos Albergarias, no terceiro as dos Vilhenas, e no quarto as dos Coutinhos. — Br. p. a 30
de janeiro de 1826. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 179.
(C. C.)
2254. SALVADOR JosÉ DE SOUSA REFO1os PINTO TABORDA FERREIRA, cavalleiro
da ordem de Christo, tenente de cavallaria do regimento do Caes d’esta côrte de Lisboa,
natural da villa de Castello-novo, comarca de Castello-branco; filho de Antão Ferreira
Taborda, e de sua mulher D. Anna Thereza de Sousa e Refoios, filha de Theodosio de
Sousa Refoios, mestre de campo de auxiliares da comarca de Castello-branco; neto pela
sua varonia de Antão Ferreira Taborda, e de sua mulher D. Isabel Leitão da Cunha e
Aguiar: e dos seus documentos se mostrava mais que Antonio Ferreira Taborda fôra moço
fidalgo da casa real, guarda roupa do senhor rei D. Affonso VI, e nono senhor da sua
quinta de solar, e casa forte chamada de Antão Alves, e que era o supplicante bisneto
pela mesma varonia de Antão Alves Ferreira, fidalgo tambem da casa real, senhor da dita
quinta e solar, e de sua mulher D. Maria Taborda, ele filho de Antonio Ferreira, todos
com o dito fôro e senhorio da referida quinta e casa forte de solar de Antão Alves, e ella
que fôra filha de Salvador Taborda de Negreiros, filho de Estevão Gonçalves Taborda
tambem fidalgo da casa real, e neto de Bento Taborda de Negreiros, commendador ou
cavalleiro da ordem de Christo, o qual fôra descendente de Garcia Rodrigues Taborda, fi
dalgo galego da illustre casa de Taborda do reino de Galliza, d’onde se passara para
este reino com seu primo o conde D. João Fernandes Andeiro, e fôra o chefe e tronco
commum de todos os Tabordas d’este reino, e tão afecto ao senhor rei D. Fernando, que
o fizera seu meirinho-mór, e lhe dera a villa de Porto de Moz, as terras de Nespreira e
Povoilide, as jugadas de Ourem e Leiria, e a alcaidaria-mór da mesma cidade.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Ferreiras, no segundo
as dos Tabordas, no terceiro as dos Sousas, e no quarto as dos Refoios. — Br. p. a 22
de maio de 1781. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 10 v.
(C. C.)
2255. SALVADoR MoUTINHo, fidalgo da casa real, filho de João Moutinho, e neto de
Martim Annes Moutinho, ambos fidalgos e do tronco d'esta geração.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo azul com uma flor de liz entre quatro cabeças de serpe tambem
azues, cortadas em vermelho, duas em chefe e duas no pé; elmo de prata aberto guar
necido de oiro, paquife de oiro e azul, e por timbre uma das cabeças do escudo, com
todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração dos Moutinhos. — Dada
em Lisboa a 3 de maio de 1550. Reg. no liv Iv de Privilegios, fl. 211 v.
2256. SEBASTIÃO ANTONIO DE FARIA PEIXOTo, natural da villa de Setubal; filho
de José Joaquim Peixoto da Silveira, cavalleiro professo na ordem de Christo e capitão
das ordenanças da villa de Setubal, e de sua mulher D. Anna Isabel Pereira de Faria;
neto por parte paterna de Francisco Xavier Peixoto da Silva; administrador do morgado
566 SEBASTIÃO COELHO
que hoje administra o dito seu neto, e de sua mulher D. Thereza da Silveira da Frota;
filha de João da Fonseca Cliz, que foi dos exercitos de sua magestade catholica Carlos III,
e de sua mulher D. Francisca da Silveira da Frota; segundo neto de Manuel de Arouche
Roubão, alferes que foi do regimento de infanteria de linha n.º 7, e de sua mulher
D. Francisca Peixoto da Silva; filha de Manuel Peixoto da Silva, e de sua mulher Catha
rina Diniz, irmã de Pedro Alves da Silva, instituidor do mencionado morgado; terceiro
neto de Miguel da Silveira da Frota, capitão das ordenanças de Setubal, e de sua mulher
Catharina de Arouche; neto por parte materna de Manuel Pereira de Faria, cavalleiro
professo na ordem de Christo e thesoureiro-mór do real Erario, e de sua mulher D. Fran
cisca Antonia Margarida da Silveira Palmeiro, filha de Diogo José Palmeiro, capitão-mór
da villa da Alhandra, e de sua mulher D. Maria Caetana da Silveira; segundo neto pelo
mesmo lado materno de outro Manuel Pereira de Faria, capitão das ordenanças da villa
de Barcellos, e de sua mulher D. Maria de Faria.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Peixotos, no segundo as
dos Silveiras, no terceiro as dos Silvas, e no quarto as dos Farias. — Br. p. a 15 de ju
nho de 1818. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 1.
(C. C.)
(C. C.)
2261. SEBASTIÃO DA FoNs ECA, licenciado e desembargador.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo partido em faxa, a primeira partida em pala; e a primeira d'es
tas esquartelada de castella e leão, e a segunda de vermelho e quatro palas de oiro; e a
segunda faxa de vermelho e uma azinheira verde com as raizes de prata e um leão de
oiro, e por diferença uma brica azul e n’ella uma estrella de prata; elmo de prata aberto,
paquife de oiro e vermelho, e por timbre um leão de oiro; com todas as honras e privi
legios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Bivares. — Dada em Evora a
20 de janeiro de 1524. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. IV, fl. 15 v.
2262. SEBASTIÃO DA FoNs ECA, cavalleiro fidalgo da casa real, filho de Gomes da
Fonseca, fidalgo; neto de Fernão da Fonseca, cavaleiro fidalgo da casa real, que foi do
verdadeiro tronco d'esta geração.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo de oiro com cinco estrellas de vermelho, em aspa, e por diferença
uma flor de liz azul; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e verme
lho, e por timbre um pescoço de toiro vermelho, com os paus de oiro e uma estrella de
oiro na testa; com todas as honras e privilegios de fidalgo, por descender da geração e
linhagem dos Fonsecas.—Dada em Lisboa a 13 de outubro de 1539. Reg. na Chanc. de
D. João III, liv. XXVII, fl. 93.
2368. SEBASTIÃO JosÉ Dos REIS CARNEIRO, natural da villa de Zibreira, comarca
de Castello-branco; filho do doutor Balthazar Martins dos Reis Carneiro, e de sua mulher
D. SEBASTIÃO PIRES 569
D. Catharina Martins Ovilheira; neto pela parte paterna de Manuel Martins Carneiro, e
de D. Beatriz Fernandes, e pela materna do sargento-mór Antonio Marques Nunes, e
de D. Maria Martins Ovilheira, sendo tambem primo segundo de José Bernardo Freixo de
Miranda Leite, a quem já se passou brazão de armas, todas pessoas muito nobres das
familias dos appellidos de Carneiros e Martins.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Carneiros, e na segunda as dos
º.}
Martins. —Br. p. a 20 de agosto de 1789. Reg. no Cart. da N., liv. Iv, fl.
(C. C.
neto pela parte paterna de Francisco Pires Peredano, e de sua mulher D. Beatriz Chacam
e Medina; bisneto de outro Francisco Pires Peredano, e de sua mulher D. Anna Alvares;
terceiro neto de Francisco Pires, e de sua mulher Anna Pires Ferreira, elle filho de outro
Francisco Pires, e ella filha de Domingos Fernandes Portella, e de sua mulher Anna Al
V3I'GS.
2278. SILVERIo ANACLETo VILLAR DE SousA, natural d’esta cidade de Lisboa, filho
de João de Sousa Villar, e de sua mulher D. Maria Caetana Osorio: neto pela parte pa
terna de Manuel Francisco Villar, natural da freguezia de Villarinho dos Cambas, arcebis
pado de Braga, e de D. Maria de Sousa, desta cidade; e pela materna do capitão Do
mingos Machado de Miranda, natural da villa de Alvito, e de D. Felicia Maria Osorio, na
tural da cidade da Bahia.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Sousas, no segundo as
dos Macedos, no terceiro as dos Mirandas, e no quarto as dos Osorios.—Br. p. a 30 de
novembro de 1770. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 140.
(C. C.)
SILVESTRE JOSÉ 571
2283. SIMÃO DE ABREU PEREIRA, filho de Bastião Alvares de Abreu, neto de Affonso
Alvares Pereira, bisneto de João Alvares Pereira, de Santarem, que todos foram fidalgos
e do tronco d'esta geração.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus anteces
sores: – Escudo de campo vermelho esquartelado; o primeiro e seu contrario com uma
cruz de prata florida e vazia de vermelho, o segundo e terceiro com cinco cotos de azas
de oiro, em aspa, e por diferença uma flor de liz de prata; elmo de prata aberto guar
necido de oiro, paquife de oiro, prata e vermelho, e por timbre uma cruz de vermelho
entre duas azas de oiro; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da
geração e linhagem dos Pereiras e Abreus. —Dada em Lisboa a 25 de maio de 1542.
Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xxxII, fl. 49.
2284. SIMÃO Acioli, fidalgo florentino, morador na ilha da Madeira.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res : — Escudo de campo de prata com um leão azul com a lingua e unhas vermelhas;
elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e azul, e por timbre o mesmo
leão das armas; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração
e linhagem dos Aciolis, que na senhoria de Florença são fidalgos. — Dada em Lisboa a
27 de outubro de 1529. Reg. na Chanc. de D. João III, liv LII, fl. 81 v.
2285. SIMÃO ALVARES DE LA PENHA DEUS-DARÁ, filho de Manuel Alvares Deus-dará.
Carta pela qual el-rei D. João IV lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo de prata, tendo do lado direito um braço vestido de verde es
tendido que nasce do centro da mesma parte, e posto em contrabanda, e da parte esquerda
outro braço como o primeiro, que nasce do centro da mesma parte, posto em contrabanda,
com as mãos de côr natural ambas juntas e abertas e que chegam ao meio do escudo
cheias de moedas de prata e oiro, e uma orla verde e n’ella escripta a letra de oiro o
appellido de Deus-dará; elmo de prata guarnecido de oiro, paquife de oiro, prata e verde,
e por timbre um dos braços de oiro tendo as moedas na mão; com todas as honras e
privilegios de fidalgo pelos seus serviços, e por descender da geração dos Deus-dará.
T%"
. 58 V.
em Lisboa a 4 de agosto de 1646. Reg. na Chanc. de D. João IV, liv. XV,
2294. SIMÃo NETo, fidalgo da casa real, irmão do bispo D. Braz Neto, e filhos do
doutor
cedido oPedro Gonçalves
uso de Neto,mesmo
brazão pelo ao qualmotivo.
D. Braz tambem anteriormente lhe havia sido con
•
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo partido em pala, de vermelho e azul, e sobre tudo um leão de oiro
armado de preto, e uma bordadura de oiro com quatro flores de liz de prata perfiladas
de azul, nos quatro cantos, e quatro folhas de figueiras verdes entrecambadas, e por dif
ferença um trifolio de oiro; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e
azul, e por timbre o mesmo leão com uma das folhas de figueira na cabeça; com todas
as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Netos de Sa
# Dada em Evora a 28 de novembro de 1534. Reg. na Chanc. de D. João III,
liv. XX, fl. 80 v.
2295. SIMÃO PACHEco, cavaleiro da casa real, morador na ilha Terceira, filho de
João Pacheco e neto de Manuel Pacheco, que foi fidalgo muito honrado e do tronco d'esta
geraça0.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo de oiro e duas caldeiras, em pala, tambem de oiro, com tres faxas
e as azas veiradas e contraveiradas de vermelho e preto, e quatro cabeças de serpe de
oiro nos cabos das azas, duas para fora e duas para dentro das caldeiras, e por diferença
uma merleta de preto; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e ver
melho, e por timbre um pescoço com duas cabeças de serpe, uma contra a outra; com
todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Pache
#"
fl. 76 V.
em Evora a 20 de março de 1534. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xx,
appelido da cidade de Elvas; e ela descendente de Antonio Teixeira Pinto, senhor do mor
gado de Calvilhe, e de Christovão Fernandes de Carvalho, capitão-mór da villa de S. Vi
cente da Beira, como largamente constava do dito brazão.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Lopes, no segundo as
dos Sardinhas, no terceiro as dos Pintos, e no quarto as dos Carvalhos. — Br. p. a 15
de janeiro de 1781. Reg, no Cart. da N., liv. II, fl. 267.
(C. C.)
2297. SIMÃO DA RochA Couto RIBEIRO (Bacharel), juiz dos orphãos na cidade de
Braga, oppositor aos logares de letras, e natural da freguezia de S. José da mesma ci
dade; filho de Ignacio José Rodrigues da Rocha, e de sua mulher D. Marianna Thereza
do Couto Ribeiro; neto pela parte paterna de Lourenço Rodrigues Mendes, e de sua mu
lher D. Luiza da Rocha; e pela materna de Manuel Ribeiro da Costa, e de sua mulher
D. Agueda do Couto.
Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Rochas, no
segundo as dos Ribeiros, e no terceiro as dos Coutos.—Br. p. a 9 de setembro de 1786.
Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 236.
(C. C.)
2298. SIMÃo RodRIGUES RABELLo, cavalleiro fidalgo da casa real, morador na ilha
de S. Miguel, filho de Luiz Rodrigues, cavalleiro da casa real, e de Beatriz Fernandes Ra
bello, neto de João Rodrigues Rabello, que foi fidalgo muito honrado e do tronco d'esta
geraça0.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo azul e tres faxas de oiro, e em cada uma d’ellas uma flor de liz de
vermelho, postas em banda, e por diferença uma brica de prata; elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de oiro e azul, e por timbre duas flores de liz de vermelho;
com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Ra
bellos. — Dada em Lisboa a 23 de junho de 1533. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xlv,
fl. 42 v.
2299. SIMÃO DE SEIXAs, morador em Faro, filho de Fernão de Seixas, neto de Ignez
de Seixas, e bisneto de Fernão de Seixas, moradores em Faro, e que foram do tronco
d’esta geração e fidalgos muito honrados; e bem assim era filho de Isabel Vieira, neto de
Fernão Vieira, de Faro, que foi tambem fidalgo muito honrado e do tronco da geração
dos Vieiras.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo esquartelado; o primeiro de verde com cinco pombas, seixas, de
prata, em aspa, com os pés e bicos vermelhos, duas d’estas voando, a ultima debaixo da
direita e a primeira de cima da esquerda, e o contrario de vermelho com seis vieiras de
prata riscadas de preto, em duas palas, e por diferença um anel de oiro; elmo de prata
aberto guarnecido de oiro, paquife de prata, verde e vermelho, e por timbre uma das
seixas voando; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e
linhagem dos Seixas e Vieiras.—Dada em Evora a 24 de maio de 1537. Reg. na Chanc.
de D. João III, liv. XXIII, fl. 50 v.
liz de prata; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração dos
Sequeiras.—Dada em Lisboa a 7 de outubro de 1550. Reg, no liv. v de Privilegios,
- fl. 131 v.
2301. SiMÃ o SUEIRO DA SILVA, capitão-mór da villa de Moura, comarca de Aviz, e na
tural de Campo-maior; filho de Simão Dias da Silva, e de sua mulher Catharina Sueiro;
neto paterno de outro Simão Dias da Silva, e de sua mulher Isabel Rodrigues; neto ma
terno de Manuel Rodrigues de Albergaria, e de sua mulher Anna Gonçalves.
- As armas dos Silvas e Albergarias. — Br. p. a 30 de julho de 1755. Reg. no Cart. da
N., liv. particular, fl. 93.
•
|
(C. C.)
(C. C.)
2314. D. THE REzA JoAQUINA DE LIMA BRAvo, natural da villa de Bellas, termo d'esta
cidade, filha de Gaspar de Negreiros Bravo, a quem se passou brazão de armas a 8 de
março de 1723, e de sua mulher D. Maria Cançado de Lima; neta pela parte paterna do
sargento-mór Manuel Bravo de Negreiros, e de sua mulher D. Margarida Ribeiro; e pela
materna de Luiz Cançado de Lima, e de sua mulher D. Maria Palma de Vargas.
Uma lisonja partida em pala; a primeira de prata lisa, a segunda partida em pala,
na primeira as armas dos Negreiros, na segunda as dos Bravos.—Br. p. a 29 de março
de 1791. Reg. no Cart. da N., liv. Iv, fl. 204 v.
(C. C.)
D. Isabel Gomes de Abreu e Brito; setima neta de Fernando Conçalves de Faria, ouvidor
que foi de Mezão-frio, e de sua mulher D. Isabel Borges de Azevedo, filha de Belchior
Borges de Sousa, fidalgo da casa real e cavalleiro da ordem de Sant'Iago, e de sua mu
lher D. Felicitas de Cerqueira, neta de Gaspar Borges de Sousa, e de sua mulher e se
gunda prima D. Thereza Gomes Rebello, filha esta de D. Senhorinha do Rego Borges, e
de seu marido João de Louzada de Ledesma, sendo a dita D. Senhorinha do Rego Borges
filha de João Rodrigues Borges, fidalgo da casa real, senhor da terra de Alva e do pa
droado das tres egrejas : de S. Miguel de Matamouros, S. Martinho de Alva e Santa Maria
de Pipião, alcaide-mór de Santarem, filho de Ruy Borges, fidalgo tambem da casa real,
senhor das terras de Carvalhaes do Couto, de Avelãs de Cima, de Ferreiros de Reguengo
da Quintella e de Arcos; dos logares de Ilhavo, Verdemilho e Casaes de Sá, com os pa
droados das referidas egrejas, mero e mixto imperio nas terras d’ellas, o qual vinha a ser
decimo terceiro avô da supplicante; e finalmente decima quarta neta de Diogo Borges,
commendador do Torrão, senhor de Gestaço e senhor e donatario das referidas terras e
outras mais; e pela parte materna é a supplicante neta de Manuel João, e de sua mulher
Marianna Teixeira.
Uma lisonja partida em pala; a primeira em branco para receber as armas do ma
rido com quem casar, a segunda partida em faxa, na primeira as armas dos Borges, e na
segunda as dos Oliveiras.—Br. p. a 30 de setembro de 1776. Reg. no Cart. da N., liv. II,
fl. 115 V.
(C. C.)
2316. THoMAz ALEXANDRE PEREIRA DE AZAMBUJA, natural da cidade de Lisboa,
filho de José Joaquim Pereira de Azambuja, cavalleiro da ordem de Christo, e de sua mu
lher D. Luiza Ignacia Caetana; neto pela parte paterna de João Pereira da Costa, e de
sua mulher D. Thereza Isabel Archangela de Lara, e pela materna neto de Francisco de
Azevedo, e de sua mulher D. Anna Maria do Sacramento.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Pereiras, e na segunda as dos
Azambujas. — Br. p. a 10 de fevereiro de 1774. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 2.
(C. C.)
2317. THoMAz ANTONIO CARNEIRO, presbytero secular, cavaleiro professo na ordem
de Christo, conego de Santa Maria de Alcaçova de Santarem, desembargador da Relação
e Curia patriarchal, secretario do actual Cardeal patriarcha; filho de Antonio dos Santos
Carneiro, e de sua mulher D. Thereza Isabel; neto pela parte paterna de Domingos Car
neiro, e de sua mulher D. Domingas dos Santos; neto pela parte materna de João Ma
nuel, e de sua mulher D. Lourença Jorge.
Um escudo ovado e n'elle as armas do appelido de Carneiros. — Br. p. a 8 de
maio de 1798. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 19 v.
(C. C.)
2318. THoMAz ANToNIo DA CosTA E MELLo, natural e morador na villa de Almada,
filho do capitão Antonio Elias da Costa e Mello, cavaleiro professo na ordem de Christo,
e de sua mulher D. Anna Maria do Bom-successo Almeida e Silva; neto paterno de Mar
cos da Costa, secretario do estado do Grão-Pará, e Maranhão, e de sua mulher D. Do
mingas Thereza de Mello; bisneto de Lazaro da Costa, e de sua mulher D. Catharina Ro
drigues; bisneto por parte de sua avó D. Domingas Thereza de Mello, do capitão José da
Costa, e de sua mulher D. Maria Josepha da Luz e Mello, dos quaes foi filho Gaspar da
Costa Posser, cavalleiro professo na ordem de Christo, e oficial maior da Secretaria de
estado dos Negocios do reino, e d’este egualmente o foi Joaquim Guilherme da Costa Pos
ser, cavalleiro professo na ordem de Christo, cavalleiro fidalgo da casa real, e conselheiro
da real Fazenda, a quem se passou brazão de armas com as dos Costas e Massuellos, aos
D. THOMAZ GONÇALVES 581
27 de julho de 1795; neto materno do sargento-mór Carlos José Vieira da Silva, caval
leiro professo na ordem de Christo, e de sua mulher D. Thereza Magdalena de Almeida;
bisneto do doutor Manuel Vieira da Silva, do real Desembargo, e de sua mulher D. Jo
sepha Maria Eugenia de Silva; bisneto egualmente por parte da referida sua avó, D. The
reza Magdalena de Almeida, do capitão tenente da armada real Manuel de Sequeira, e de
sua mulher D. Maria Josepha da Encarnação.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Costas, no segundo as
dos Mellos, no terceiro as dos Vieiras, e no quarto as dos Silvas. — Br. p. a 24 de feve
reiro de 1820. Reg. no Cart. da N., liv. viII, fl. 55. C. C.)
(C. C.
2319. THoMAz ANToNIo MACIEL MoNTEIRO, juiz de fóra da cidade de Parahiba; filho
de Antonio Francisco Monteiro, cavaleiro da ordem de Christo, e de D. Joanna Ferreira
Maciel; neto paterno de Simão Luiz Monteiro de Paiva, e de sua mulher D. Maria Fran
cisca de Araujo, e materno de Braz Ferreira Maciel, e de sua mulher D. Catharina Ber
narda de Oliveira Govim.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Monteiros, na segunda as dos
Macieis. — Br. p. a 23 de setembro de 1816. Reg. no Cart. da N., liv. VII, }# V.
- (C. C.
(C. C.)
(C. C.)
2332. THoMÉ JoAQUIM NUNES PEREIRA DE REZENDE, natural da terra da Feira,
freguezia de S. João de Madeira, comarca de Esgueira, bispado do Porto; filho de Anto
nio Nunes Gomes, e de sua mulher Anna Antonia Pereira de Rezende, irmã inteira do re
verendo vigario da terra da Feira Thomé Nunes Pereira de Rezende, a quem se passou
brazão de armas das familias de Pereiras e Rezendes a 26 de agosto de 1747, do qual
consta que é neto pela parte materna de Antonio Nunes, e de sua mulher Isabel Pereira
de Rezende, filha do capitão Domingos de Rezende, e de sua mulher Anna Pereira, e neta
de Gonçalo André Velho, e de sua mulher Catharina Dias; e o dito Antonio Nunes filho
de Manuel Francisco Nunes, e de sua mulher Isabel Antonia, neto de Sebastião Francisco,
e de sua mulher Maria Nunes.
As armas dos Pereiras, e Rezendes. — Br. p. a 17 de fevereiro de 1752. Reg. no
Cart. da N., liv. particular, fl. 29 v.
(C. C.)
2333. THoMÉ LUIZ DE ARAUJO CASTELLO-BRANco, natural e morador na sua quinta
de Souto, freguezia de Seidães, concelho de Celorico de Basto; filho do capitão Thomé
Luiz de Araujo Castello-branco, e de sua mulher D. Marianna Magdalena Pinto de Aze
vedo; neto pela parte paterna do capitão Luiz de Araujo Castello-branco, e de sua mulher
D. Maria Mendes de Affonseca; e pela materna de Agostinho Pinto de Azevedo, e de sua
mulher Francisca da Costa de Azevedo.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Castellos-brancos, e na se
gunda as dos Araujos. — Br. p. a 6 de julho de 1774. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 14.
(C. C.)
2334. THoMÉ MoNTEIRO DA FonsECA E MoURA (Capitão), natural do logar da Fon
seca, freguezia de Santa Marinha do Zezere, concelho de Baião; filho de Domingos Mon
teiro de Carvalho, morgado de Lorido, e de sua mulher D. Antonia Josepha; neto pela
parte paterna de Francisco Fructuoso, e de sua mulher D. Cecilia Monteiro, esta filha do
capitão Luiz Monteiro Teixeira, e ele filho do coudel-mór do dito concelho Antonio Fru
ctuoso; e pela parte materna neto do capitão Manuel da Fonseca Marques, e de sua mu
lher D. Maria de Moura Coutinho, descendente de Manuel de Moura, da casa de Entre
as Aguas.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Carvalhos, no segundo
as dos Monteiros, no terceiro as dos Fonsecas, e no quarto as dos Mouras. — Br. p. a
26 de janeiro de 1789. Reg. no Cart. da N., liv. Iv, fl. 96.
(C. C.)
TRISTÃO VIEGAS 585
2336. TIAGo PIREs MACIEL, morador em Vianna de Caminha, filho de João Maciel,
fidalgo, alcaide-mór que foi de Villa-nova de Cerveira.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo meio partido em pala; o primeiro de prata com duas flores de liz
de azul, em pala, o segundo de preto com uma meia aguia de vermelho armada de oiro,
e por diferença uma brica verde; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de
prata e azul, e por timbre uma aguia de oiro estendida; com todas as honras e privile
gios de nobre e fidalgo por descender da geração e linhagem dos Macieis. — Dada em
Monte-mór o novo a 22 de maio de 1531. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. L, fl. 94 v.
2337. D. ToRIB1o LoPEs, deão da capella da Rainha, bispo de Miranda.
Carta pela qual el-rei D. João III o nomeia nobre e fidalgo, concedendo-lhe egualmente
o seguinte brazão de armas: — Escudo de campo azul com uma cruz potencia de prata
entre tres estrellas de oiro; com todas as honras e privilegios de nobre e fidalgo pelos
muitos serviços por elle prestados, principalmente á rainha, servindo-a em Castella e ainda
no reino. — Dada em Evora a 4 de novembro de 1545. (M. N.) Reg. na Chanc. de D.
João III, liv. xxxv, fl. 111.
(C. C.
2339. TRISTÃo RoDRIGUEs do RE Go, cavaleiro fidalgo da casa real, filho de Gonçalo
Rodrigues do Rego, neto de Diogo Vaz do Rego, e bisneto de João Vaz do Rego, que foi
pagem do infante D. Pedro, os quaes todos foram fidalgos e do tronco d'esta geração.
Carta pela qual el-rei D. Sebastião lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo verde com uma banda de prata ondada de azul, e sobre ella tres
vieiras de oiro, e por differença uma estrella de oiro; elmo de prata aberto guarnecido
de oiro, paquife de oiro, verde, prata e azul, e por timbre dois pennachos verdes guar
necidos de oiro, e entre eles uma vieira das armas; com todas as honras e privilegios
de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Regos.—Dada em Lisboa a 19 de
dezembro de 1561. Reg. na Chanc. de D. Sebastião, liv. III, fl. 119.
2340. TRISTÃO VIEGAs, filho de Affonso Viegas, neto de Ruy Viegas, natural de Beja,
que foi fidalgo muito honrado e do tronco da geração dos Viegas.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo azul com quatro bandas de prata, elmo de prata aberto guarnecido
de oiro, paquife de prata e azul, e por timbre um leão pardo de azul picado de prata;
com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos
586 VALENTIM SOARES
2341. TRISTÃO VIEIRA, natural do Porto, filho de Fernão Vieira, cavalleiro fidalgo
das casas de el-rei D. Afonso, e D. João, neto de Gonçalo Afonso Vieira, contador que
foi de Entre-Douro e Minho e Traz-os-montes, fidalgo, e do tronco d'esta geração.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo vermelho com seis vieiras de prata riscadas de preto, em duas
palas, e por diferença uma merleta de oiro; elmo de prata aberto guarnecido de oiro,
paquife de prata e vermelho, e por timbre uma aspa de vermelho com cinco vieiras das
armas; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem
dos Vieiras. =Dada em Lisboa a 14 de novembro de 1530. Reg. na Chanc. de D. João III,
liv. LII, fl. 203.
2345. VALENTIM SoAREs DE MELlo, pagem que foi do bispo de Evora D. Afonso;
filho de Fernão Soares, e neto de Diogo Soares de Mello; outro sim filho de Maria Gil
Velha, e neto de Gil Velho.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo esquartelado; o primeiro de vermelho com seis besantes de
prata, em duas palas, fechados de uma dobre cruz e bordadura de oiro, o segundo de
vermelho com cinco vieiras de oiro, em aspa, e por diferença uma flor de liz metade
azul e metade de prata; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, prata
e vermelho, e por timbre uma aguia preta besantada de prata; com todas as honras e
VALERIO JOSÉ 587
privilegios de fidalgo por descender das gerações dos Soares de Mello, e dos Velhos. —
Dada em Lisboa a 7 de maio de 1530. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. LII, fl. 68 v.
2346. VALERIo CoRREA BoTELHo DE ANDRADE, cavaleiro professo na ordem de
Christo, moço da camara real, capitão ligeiro que foi no estado da India, e de granadei
ros no regimento de que é coronel o marquez de Louriçal, e tenente coronel no estado do
Grão-Pará, e Oleima, governador do Rio-negro, onde reside, e natural do logar da Apel
lação, suburbios d’esta cidade de Lisboa; filho legitimo de Luiz Correa de Andrade, moço
da real camara, em cujo emprego serviu mais vezes de guarda damas, de estribeiro me
nor e de prestes, e de sua mulher D. Maria Magdalena de Mattos; neto pela parte pa
terna de Ântonio Cardoso da Silva, e de sua mulher D. Antonia da Cruz; neto pela
parte materna do capitão Bernardo Ribeiro de Mattos, cavaleiro professo na ordem de
Christo, e de sua mulher D. Magdalena Maria de Almeida e Albuquerque, naturaes do
logar de Unhos, e todos os ditos seus paes e avós se tractaram a lei da nobreza.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Correas, no segundº
as dos Andrades, no terceiro as dos Mattos, e no quarto as dos Almeidas. —Br. p. a 28
de fevereiro de 1766. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 23.
(C. C.)
2347. VALERIo JosÉ DE FREITAs DE NARVAEs, cavaleiro professo na ordem de
Christo, governador do castello d'esta cidade de Lisboa, com patente de ajudante; filho
de Francisco de Mattos de Narvaes, alferes que foi do regimento da armada real em ser
viço do senhor rei D. Affonso VI, e de sua mulher D. Maria da Encarnação de Sá; neto
paterno de Luiz de Mattos, homem nobre da villa de Monte-mór o velho, e de sua mulher
e parenta Francisca de Freitas de Narvaes, filha de Francisco Narvaes, e de sua mulher
e parenta Cecilia de Alvarenga, ele filho de D. Rodrigo de Narvaes, e de sua mulher Fran
cisca de Freitas, terceiros avós do supplicante; e esta terceira avó, que era filha de Cosme
de Alvarenga, e de sua mulher Isabel de Freitas, irmã do doutor Francisco de Freitas,
capellão da senhora rainha D. Catharina, mulher do senhor rei D. João III, thesoureiro da
capella real, abbade de S. Miguel de Tibães, e do mosteiro de Miranda, e provisor do
arcebispado de Braga, e o dito seu terceiro avô era filho de outro D. Rodrigo de
Narvaes, cabo de guerra, da mesma praça, e de sua mulher e parenta D. Magdalena de
Gusmão, quartos avós do supplicante; e por esta parte quinto neto de Fernando de
Narvaes, e de sua mulher D. Francisca de Gusmão; sexto neto de Ruy Dias de Roxes e
Narvaes, alcaide-mór de Antequera, commendador de Castelejo de la Cuerta na ordem de
Sant'Iago, do conselho de guerra do imperador Carlos v, capitão general de Meralqueber,
e depois das provincias de Guipuscoa e Alaba, e primeiro padroeiro do convento de
Santo Agostinho de Antequera, e de sua mulher D. Helena de Zayas de la Lama, filha de
Affonso de Zayas, alcaide-mór de Cazares, e de sua mulher D. Maria Alves de la Lama;
setimo neto de Fernando de Narvaes, senhor dos logares de Benacazens, e Benredoan,
que foi capitão na guerra de Granada em serviço dos reis catholicos, e de sua mulher
D. Brites da Rocha, filha herdeira de Ruy Dias da Rocha, commendador de los Santos na
ordem de Sant'Iago, e de sua mulher D. Mecia de la Puebla; oitavo neto de João Rodri
gues de Narvaes, senhor dos mesmos logares, e da repartição de Baeça, e de sua mulher
D. Joanna de Padilha, filha de João de Padilha, donzel ou moço fidalgo do rei D. Henri
que II de Castella; nono neto de Fernão Rodrigues de Narvaes, adiantado maior da fron
teira do reino de Jaen, e de sua mulher D. Mecia de Biedma; decimo neto de João RO
drigues de Narvaes, senhor dos ditos logares, e mais casas de seus paes, e de sua mu
lher Catharina Fernandes; decimo primeiro neto de Pedro Lopes de Narvaes, que tambem
serviu na guerra e conquista de Jaen, senhor dos ditos logares, e mais casas de seus
paes, e de sua mulher D. Thereza Rodrigues de Biedma, que era terceira neta do rei
D. Fernando II de Leão, filha de D. Rodrigo Inigues de Biedma, senhor de S. Forto lanza
588 VASCO CORREÃO
e Estoviel, capitão geral do reino de Jaen; decimo segundo neto de Inigo Rodrigues de
Narvaes, alcaide-môr da villa de Cherica do reino de Valença, senhor dos logares acima
nomeados, e de sua mulher D. Constança Lopes de S. Faro, familia illustrissima; decimo
terceiro neto de João Rodrigues de Narvaes, que serviu ao rei D. Jayme de Aragão na
conquista do reino de Valença, o qual em remuneração dos ditos serviços lhe fez mercê
dos ditos logares, e de sua mulher D. Thereza de Guevarra; e finalmente decimo quarto
neto de Sancho Rodrigo de Narvaes, que lograva o senhorio de Narvaes, solar antigo de
seus ascendentes no reino de Guevarra no anno de 1274, em que passou a guerra contra
os mouros, e se achou na conquista de Baeça, e foi um dos trezentos cavalleiros infanções
pelos quaes se repartiram os bens do paiz, que os mouros possuiam no territorio d’aquella
cidade, e de sua mulher D. Joanna.
As armas dos Narvaes, e Freitas. — Br. p. a 11 de setembro de 1756. Reg. no Cart,
da N., liv. particular, fl. 99.
(C. C.)
2350. VAsco CoRREÃo SALEMA, fidalgo cavalleiro da casa real, filho de Mem Gonçal
ves Salema e de avós da geração dos Salemas; bem assim filho de Ignez Correão, e neto
de Vasco Correão, da linhagem dos Correas, que foram fidalgos.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo esquartelado; o primeiro de verde com um castello de oiro de
tres torres com as portas e frestas flaneadas de preto, e uma bordadura de azul com seis
peixes salemas na mesma bordadura; e o segundo o campo de vermelho e uma aguia
preta estendida com o bico e pés de oiro, e sobre ela um escudo de oiro frisado de
vermelho que toma todo o corpo da aguia, salvo a cabeça, cotos, pés e rabo, e por
diferença um trifolio de oiro na boca e uma salema; elmo de prata aberto guarne
cido de oiro, paquife de oiro e verde, e por timbre o mesmo castello; com todas as
honras de fidalgo de antiga linhagem, por descender da nobre geração dos Salemas e
Correas. — Dada em Evora a 7 de maio de 1535. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. x,
fl. 69 V.
VASCO PIRES 589
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo de prata com uma cruz vermelha, e em cada cabo da dita cruz tres
bolotas de oiro com seus casulos de verde, e por diferença uma merleta preta; elmo de
prata aberto, paquife de prata e vermelho, e por timbre uma aspa vermelha com seis bo
lotas nas pontas de cima; com todas as honras e privilegios de fidalgo nobre por descen
der da geração e linhagem dos Bulhões. — Dada em Lisboa a 12 de dezembro de 1528.
Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xI, fl. 161 v.
2356. VENTURA DE MEIRELLEs E ALMEIDA, natural do logar e freguezia de Santo
Aleixo, do concelho de Ribeira; filho de Pedro de Meirelles Leitão, e de sua mulher Ma
rinha de Almeida da Guerra; neto pela parte paterna de Francisco Carvalho, e de sua
mulher Francisca de Andrade; bisneto de Domingos Gonçalves, e de sua mulher Senhori
nha Gonçalves; e pela materna neto de Antonio Martins, e de sua mulher Marinha de
Almeida da Guerra; bisneto de Gonçalo Martins, e de sua mulher Paula Martins.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Carvalhos, no segundo
as dos Meirelles, no terceiro as dos Leitões, e no quarto as dos Almeidas. — Br. p. a
24 de abril de 1772. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 174.
(C. C.)
2357. VERIssIMo DIAS DE CARVALHo, natural de Ribeira de Penna, freguezia de
S. Salvador; filho de Francisco Dias, e de sua mulher Luiza Barbosa de Carvalho; neto
paterno de Antonio Dias, e de sua mulher Domingas Fernandes; bisneto de Martinho Fer
nandes, e de sua mulher Catharina Gonçalves; neto materno de João Barbosa, e de sua
mulher Marinha de Carvalho; bisneto de Domingos de Carvalho, e de sua mulher Catha
rina Fernandes.
As armas dos Dias, Barbosas, Carvalhos, e Gonçalves. — Br. p. a 26 de fevereiro de
1757. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 105.
(C. C.)
2365. VICENTE FERRÃo, natural do Tojal, termo de Lisboa, filho de Diogo Ferrão
de Castello-branco, fidalgo, neto de João Ferrão de Castello-branco, morador que foi em
Pinhel, e bisneto de Christovão Ferrão de Castello-branco, que foi fidalgo e do verdadeiro
tronco d'esta geração.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo azul com um leão de oiro com a lingua e armado de vermelho, e
por diferença uma merleta de prata; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife
de oiro e azul, e por timbre um meio leão de oiro; com todas as honras de fidalgo por
descender da geração e linhagem dos Castel-brancos.—Dada em Lisboa a 19 de junho
de 1538. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xLiv, fl. 92 v.
2366. VICENTE FERREIRA GUEDEs, mestre de campo de infanteria auxiliar da capi
tania do Maranhão, filho de João Ferreira Guedes, e de D. Luiza Soares Ferreira; neto
pela parte paterna de Jeremias Ferreira Guedes Alcaforado, e de D. Anna Guedes Mousinho.
Um escudo partido em pala!; na primeira as armas dos Ferreiras, e na segunda as
dos Guedes. —Br. p. a 29 de outubro de 1793. Reg, no Cart. da N., liv. V, fl. 4 v.
(C. C.)
2369. VicENTE MARTINS CALDEIRA, filho de João Antonio Caldeira Roxo, e de sua
mulher D. Luiza Jacinta de Bastos; neto paterno de Vicente Caldeira Roxo, e de sua
mulher D. Margarida Sousa Rosa Roxo; e materno do capitão João Lopes e Silva, e de
Sua mulher D. Francisca Vellez.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Caldeiras, e na segunda as
dos Bastos. — Br. p. a 12 de outubro de 1853. Reg. no Cart. da N., liv. ? }}"
2370. VICENTE DE PAULA JUsTo RUFINo LoPEs do RE Go, natural de Villa-flor,
comarca da Torre de Moncorvo; filho de Luiz Antonio Lopes do Rego, e de sua mulher
D. Clara Maria; neto paterno de Manuel Lopes do Rego, e de sua mulher D. Maria The
reza; e materno de Luiz Cardoso, e de sua mulher D. Maria Paschoa; bisneto paterno de
Bartholomeu Lopes do Rego, e de sua mulher D. Maria Esteves; e materno de Brutil da
Silva; e sobrinho
de Chaves, a quempor
se parte paterna
passou brazãodedeAntonio
armas José
a 18 do
de Rego, capitão
dezembro de de1787.
dragões da praça
•
X
2379. XAVIER FRANCIsco DE SousA E MELLo, cavalleiro professo na ordem de
Christo, sargento-mór das ordenanças do concelho de Arouca, natural da villa de S. Pe
dro do sul, concelho de Lafões, comarca de Viseu; filho do capitão Manuel de Sousa e
Mello; neto de outro Manuel de Sousa e Mello; bisneto de João de Mello e Sousa; ter
ceiro neto de Francisco de Mello e Sousa, fidalgo da casa real, capitão-mór que foi no
concelho de Lafões; quarto neto de Roque de Mello e Sousa, tambem fidalgo da casa
real; e quinto neto de Martim de Mello Soares, que teve o mesmo foro.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Mellos, no segundo as
dos Cunhas, no terceiro as dos Abreus, e no quarto as dos Sousas. — Br. p. a 13 de ou
tubro de 1775. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 82.
(C. C.)
SUPPLEMENTO
EM QUE V10 TRASIADADAS NA INTEGRA
DA
BIBLIOTEIECA E BORENSE
CXVII
(coDICE 2_16
I
(1744)
DOM JOÃO por graça de Deus rei de Portugal e dos Algarves, d'aquem e d'alem mar
em Africa, senhor de Guiné, e da conquista navegação e commercio da Ethiopia Arabia Per
sia e da India etc. A quantos esta minha carta virem, faço saber que Alberto Leite Pe
reira, natural da villa de Thomar, me fez petição em como ele descendia e vinha da geração
e linhagem dos Pereiras Leites, e suas armas lhe pertenciam de direito, e pedindo-me por
mercê que para a memoria de seus antecessores se não perder, e ele usar e gosar das
honras que pelos merecimentos de seus serviços ganharam e lhe foram dadas, assim dos
previlegios, honras, graças, e merces que por direito e por bem d’ellas lhe pertencem,
lhe mandasse dar minha carta das ditas armas, que estavam registadas em os livros dos
registos das armas dos nobres e fidalgos de meus reinos, que tem o dito Portugal, meu
principal rei de armas: a qual petição vista por mim, mandei sobre ella tirar inquirição de
testemunhas pelo doutor Manuel da Costa Mimoso, meu desembargador em esta minha
côrte e casa da supplicação, corregedor do civel em ella, e por Manuel Ignacio de Moura
e Albuquerque, escrivão do dito juizo, pelos quaes foi certo que elle procede e vem da
dita geração e linhagem dos Pereiras Leites: como filho legitimo de João Pereira Leite,
natural do concelho de Cabeceiras de Basto, provincia do Minho, e de sua mulher Maria
Ferreira Pacheco, dos quaes são tambem filhos e irmãos do supplicante André Pereira Leite,
e João Leite Pereira; e do mesmo Alberto Leite Pereira ha tambem dois filhos a saber:
Diogo Leite Pereira, ao presente juiz de fóra de Cabeço de Vide, e João Leite Pereira,
habilitado para seguir os logares de letras: e a dita Maria Ferreira Pacheco, mãe do sup
plicante, era filha de Sebastião Ferreira Pacheco, pessoa muito honrada, e de limpo san
gue, natural da villa de Alvaiazere.
Neto pela paterna o supplicante de João Leite Pereira, capitão da infanteria, que foi, e
secretario da embaixada á côrte de Madrid, irmão de Miguel Leite Pereira, vigario que
foi da igreja de Villa-nova dos Infantes, e de sua mulher Isabel Maria da Costa, natural
do Arco de Bagulhe: bisneto de Joanna Leite Pereira, que foi senhora da antiga casa do
Outeiro, bem conhecida pela sua nobreza, e dos seus habitantes, sita no couto de Refoios,
freguezia de S. Pedro de Alvito, e de seu marido Gaspar Moutinho de Carvalho, a quem
se passou brazão de armas, descendente de Mártim Annes Coutinho, pae de João Mou
600 ALBERTO LEITE PEEEIRA
no concelho de Basto, e de sua mulher Filippa Borges, filha de D. Diogo Borges, com
mendario de S. Miguel de Refoios e senhor das quintas de Joia e do Corgo, e neta de
Gonçalo Borges, porteiro-mór do senhor rei D. Afonso, e senhor das villas de Carvalhaes
e Ilhavo e Verdemilho, com uma ascendencia mui conhecida.
Seu setimo avô Alvaro Gonçalves Pereira era senhor dos direitos reaes do Arco de Ba
gulhe, do prestimo de Calvos, das quintas de Villar e da Taipa e do hospital de S. Bartho
lomeu de Caves, tudo no concelho de Cabeceiras de Basto, e filho de João Gonçalves de
Basto, alferes-mór do grande condestavel D. Nuno Alvares Pereira e seu meirinho-mór
de todas as terras de que era senhor nas provincias de Traz-os-montes e Minho, a quem
o mesmo condestavel em premio dos grandes serviços que em sua companhia tinha feito
a este reino na guerra contra os castelhanos, deu estando em Campo-maior as quintas de
Villar e da Taipa, o prestimo de Cavallos e o hospital de S. Bartholomeu de Caves, e os
direitos reaes do Arco de Bagulhe, e casou com sua meia irmã D. Anna, ou D. Maria Pe
reira de quem ao diante se falará.
Nono neto de Gonçalo Rodrigues de Basto, fidalgo muito honrado, que veiu nos reina
dos dos senhores reis D. Pedro I e D. Fernando, como escreveu o grande investigador de
antiguidades Manuel de Sousa da Silva, nas notas que escreveu sobre o Nobiliario do conde
D. Pedro de Barcellos.
Decimo neto de Ruy Martins de Basto, que veiu no reindo do senhor rei D. Afonso Iv,
e de uma neta de D. Gonçalo Pereira, grão-commendador de Hespanha na ordem de
Malta, irmão do bisavô do grande condestavel D. Nuno Alvares Pereira.
Decimo primeiro neto de Martim Mendes de Basto, que veiu no reinado do senhor rei
D. Diniz, no couto de Carvoeiro, situado na freguezia de S. Paio de Portelado, concelho de
Penafiel de Sousa, e D. Thereza Reimão de Porto Carreiro, filha de Estevão Raymundo e
neta de D. Reimão Viegas de Porto Carreiro, grande e poderoso em Portugal, e D. Maria
Utiges, que era filha de D. Utigo, o velho, senhores da terra da Nobreza e do couto de Aboim.
Decimo segundo neto de D. Mendo Gomes de Basto, que foi contemporaneo dos senho
res reis D. Sancho II e D. Affonso III, e de sua mulher D. Maior Pires, filha de Pedro
Martins Ervilhão, e de sua mulher D. Elvira Pires, que foi filha de D. Pedro Rodrigues
Pereira, chefe de todos os Pereiras d’este reino, e ascendente de quasi todos os reis da
Europa e dos maiores senhores de Portugal.
Decimo terceiro neto de D. Gomes Viegas de Basto, o primeiro que teve este appellido
por viver em terra de Basto, onde possuia muitas quintas que herdou de seus paes, vi
vendo os senhores reis D. Sancho I e D. Afonso II, e de sua mulher D. Maior Rodrigues
de Grandarei, filha de Ruy Peres de Grandarei, familia illustre de que descenderam por
varonia os Machados, senhores das terras de Entre-homem e Cavado.
Decimo quarto neto de D. Egas Gomes de Barroso, e de sua mulher D. Urraca Vasques
de Ambia, que era filha de D. Vasco de Guedelha de Ambia, familia muito consideravel
de Galiza, e apparentada com os Silvas d’este reino.
Decimo quinto neto de Gomes Mendes Guedão, senhor do concelho de Barroso, e de
sua mulher D. Chamoa Mendes de Sousa, de cuja familia se falará ao diante.
Decimo sexto neto de D. Mendo Guedes, o velho, rico-homem do rei D. Afonso VI de
Leão, e de sua mulher D. Sancha.
Decimo setimo neto de D. Gueda, o velho, a quem o senhor conde D. Henrique trouxe
de Castella para este reino, e o dotou com o concelho de Barroso onde viveu.
Decimo oitavo neto de D. Gomes Mendes, que vivia em Toledo, quando o imperador
D. Fernando tomou aquela cidade aos mouros, e descendente, como seguram varios au
ctores, de Evancio, copeiro-mor e sobrinho de Xindasvindo, rei dos godos, e irmão de
Santo Eugenio arcebispo de Toledo, e de Luiza mãe de Santo Ildefonso, tambem arcebispo
da mesma cidade, todos filhos do infante Estevão, e de sua mulher Blicilha, e irmã do
mesmo rei Xindasvindo, e netos de Atanagildo rei dos godos, que reinou em Hespanha
até o anno de 566 da era christã.
602 ALBERTO LEITE PEREIRA
Sua decima quinta avó D. Chamoa Mendes de Sousa, era irmã de D. Gonçalo Mendes
de Sousa, senhor do concelho de Vieira, alcaide-mór de Celorico de Basto, e mordomo-mór
do senhor rei D. Affonso Henriques, casado com uma neta sua, e pae do conde D. Mendo
de Sousa, ascendente da excellentissima casa de Arronches, e por esta parte decimos sextos
netos de D. Mendo Viegas de Sousa, senhor do castello e concelho de Santa Cruz de Ribata
mega por mercê do senhor conde D. Henrique, decimo setimo neto de D. Egas Gomes
de Sousa, o primeiro que teve este illustre appellido, com tão esclarecida descendencia
como a todos é patente, pelas muitas casas titulares que tem tido, e elle descende por
uma excelentissima serie de avós de Witisa, rei dos godos, e de sua mulher D. Agos
tinha Gonçalves da Maia, filha do grande D. Gonçalo Mendes da Maia, o batalhador, adian
tado ou general do senhor rei D. Afonso o primeiro, e descendente por varonia do rei
D. Ramiro II de Leão e Galliza.
Nono neto por sua setima avó D. Anna Pereira de D. Alvaro Gonçalves Pereira, que foi
grão-prior do Crato na ordem de Malta, mui privado do senhor rei D. Afonso o quarto
e seu testamenteiro, pae do grande condestavel D. Nuno Alvares Pereira, fundador da
serenissima casa de Bragança, e de D. Rodrigo Alvares Pereira, que instituiu a de Agoas
Bellas, e de dez filhas mais, que todas casaram com fidalgos grandes e mui conhecidos neste
TClIlO.
Decimo neto de D. Gonçalo Pereira, arcebispo de Braga, que com a sua grande aucto
ridade e respeito ajustou a paz entre o rei D. Affonso Iv de Portugal e o rei de Castella,
seu genro, e de D. Thereza Pires Villarinho, mulher fidalga, filha de Pedro Gonçalves Vil
larinho: decimo primeiro neto do conde D. Gonçalo Pereira Liberal, um dos maiores se
nhores do reino, e de sua primeira mulher D. Urraca Vasques Pimentel, que era filha de
D. Vasco Martins Pimentel, meirinho-mór de Portugal e ascendente da esclarecida casa
dos condes de Benavente, grandes de Hespanha, dos marquezes de Tavora, dos de Villar,
dos de Vianna e dos condes da Feira. •
Os quaes todos seus paes e avós eram pessoas muito nobres e legitimos descendentes
da familia de Pereiras, e Leites, e outros muitos, e como taes se tractaram sempre a lei da
ALVAEO DE AZEVEDO COUTINHO 608
nobreza com cavallos, armas e criados, como pessoas nobres que eram, sem que ñas di
tas geraçôes houvesse nunca alguma raça de judeu, mouro ou mulato, nem de outra in
fecta nacáo : e de direito Ihe pertencem as suas armas, as quaes Ihe mandei dar em esta
minha carta com seu brazao, elmo, e timbre, como aqui sao divisadas e assim como fiel
e verdaderamente se acharam divisadas e registradas em o livro dos registros das armas
dos nobres e fidalgos de meus reinos, que tem o dito Portugal meu reí de armas, a saber :
um escudo partido em pala : na primeira as armas dos Pereiras, que sao em campo san
guíneo urna cruz de prata florida e vasia de campo ; na segunda pala as dos Leites, que
sao esquarteladas, no primeiro quartel em campo verde tres flores de liz de ouro em ro
quete, no segundo em campo sanguíneo urna cruz de prata vasia do campo, e assim os
contrarios : elmo de prata aberto guarnecido de ouro, paquife dos metaes e cores das ar
mas, timbre o dos Pereiras, que é urna cruz sanguínea florida entre duas azas de anjo
de ouro, e por différence urna brica de ouro com urna banda azul.
O quäl escudo de armas e signaes possa trazer e Iraga o dito Alberto Leite Pereira,
assim como as trouxeram e d'ellas usaram os seus antecessores, em todos os logares de
honra em que os ditos seus antecessores, e os nobres e antigos fidalgos sempre as cos-
tumaram trazer, em tempo dos muí esclarecidos reis meus antecessores ; e com ellas possa
entrar em batalhas, campos, rectos, escaramuces, e exercitar com ellas todos os outros
actos lícitos da guerra, e da paz, e assim as possa trazer em seus firmaes, anneis, sinetes
e divisas ; e as pôr em suas casas e edificios, e deixal-as sobre sua propria sepultura, e
finalmente se servir, honrar, gosar e aproveitar d'ellas em todo e por todo como a sua
nobreza convem. Com o que quero e me praz que haja elle todas as honras, privilegios,
liberdades, graças, mercês, isençôes e franquezas que hao e devem haver os fidalgos no
bres e de antiga linhagem, e como sempre de todo usaram e gosaram os ditos seus ante
cessores : o qual brazao e privilegio se poderá renovar a seus descendentes, e sem o qual
Ihe nao será licito usar das armas e privilegio ácima dito. Pelo que mando a todos os
meus desembargadores, corregedores, juizes, justices, alcaides e em especial aos meus
reis de armas, arautos, passavantes e a quaesquer outros officiaes e pessoas a quem esta
minha carta for mostrada, e o conhecimento d'ella pertencer, que em tudo Ih'o cumpram
e guardem, e façam cumprir e guardar como n'ella é conteudo, sem duvida nem embargo
algum, que em ella Ihe seja poslo, porque assim é minha merce. El-Rei nosso senhor o
mandou, por Manuel Pereira da Silva, seu rei de armas Portugal. Fr. Manuel de Santo
Antonio, religioso da ordern de S. Paulo, reformador do cartorio da nobreza, a fez em Lis
boa aos vinte dias do mez de maio do anno do nascimento de nosso senhor Jesu Christo,
de 1744. E vai subscripto por Hilario da Costa Barreiros, proprietario do officio de es-
crivâo da nobreza n'estes reinos, e senhorios de Portugal e suas conquistas. E eu Hilario
da Costa Barreiros, cscudeiro cavalleiro da casa de Sua Magestade, e proprietario do of-
ficio de escrivao da nobreza d'estes reinos e senhorios de Portugal, a subscrevi. — P. rei
de armas principal.
II
Brazao de armas concedido a Alvaro de Azevedo Coutinho
(1622)
Portugal rei de armas principal n'estes reinos, e senhorios de Portugal pelo muito
alto, e muilo poderoso rei D. Filippe nosso senhor etc. Faco saber aos que esta minha
carta de brazao e certidâo de armas de nobreza digna de fe e crença virem, que por parte
de Alvaro de Azevedo Coutinho, moco da cámara de Sua Magestade, morador n'esta cidade
de Lisboa, filho legitimo de Jeronymo de Azevedo Coutinho, fidalgo de geracáo, e de Joanna
Dias de Carvalho, moradores na villa de Soure, e neto de Belchior de Azevedo Coutinho,
cavalleiro do habito de Santiago, nado e creado d'antre ambos de legitimo matrimonio,
604 - ALVARO DE SOUSA DO RIO
(1711)
Portugal rei de armas principal nestes reinos de Portugal do muito alto, e muito pode
roso rei D. João V, nosso senhor, por graça de Deus rei de Portugal e dos Algarves d'á
quem e d’além mar em Africa, senhor de Guiné, e da Conquista, Navegação, Commercio
de Etiopia, Arabia, Persia e India, etc. Faço saber a quantos esta minha carta, e certidão
de brazão de armas, fidalguia, e nobreza, digna fé e crença virem, que por parte de
D. Alvaro de Sousa do Rio, natural da villa de Aljubarrota, me foi feita petição, dizendo,
que pela sentença junta que oferecia, passada em nome de sua magestade, e pela chancel
laria da côrte pelo doutor Gonçalo da Cunha Villas-boas, desembargador da casa da sup
ANTAO MOGO DE MELLO 605
plicaçâo, e corregedor com aleada do civel da corte, constava ser o supplicante descen
dente da nobre e illustre familia de Castro do Rio, que n'este reino sao fidalgos antigos de
solar, e cotia de armas, por ser filho legitimo de D. Joao Manuel do Rio, e de sua mulher
D. Isabel de Semedo, neto pela parte paterna de Francisco Rodrigues Vergas Coutinho, e
de Mariana da Veiga, descendente elle supplicante por linha masculina, e femenina de Diogo
de Castro do Rio, fldalgo de solar por mercê do senhor rei D. Sebastiáo ; outro si foram
aparentados com os Furtados Mendoças e com outras mais familias das melhores d'esté
reino ; das quaes todas elle supplicante descendía por linha direita sem quebra de bastar
día, e se trataram e viveram sempre á lei da nobreza com armas, cavallos, e creados e
por tal eslava julgado na dita senlença ; e por se nao perder a memoria de seus antigos
progenitores e sua fidalguia, e nobreza, quería para conservaçao d'ella um brazáo de ar
mas pertencente á dita familia dos Castro do Rio ; pelo que me pedia Ihe mandasse passar
carta e certidao de brazáo em forma com as ditas armas, assim como elle supplicante as
havia de trazer, e d'ellas usar : e vista por mim a dita sentença da qual achei deduzido
tudo o conteudo na dita peticao em virtude da qual provi o livro da fidalguia, e nobreza
do reino, que em meu poder lenho, e n'elle achei registradas as armas que a dita [inha-
gem pertencem, que sao as que n'esta Ihe dou devisadas e ¡Iluminadas, a saber : Um escudo
posto ao ballon, em campo de prata, nove bezantes de purpura em tres pallas, e entre elles
dois rios de agua, em facha, e por difference um triangulo de vermelho ; timbre um ca-
vallo marinho branco nascente de urnas ondas ; elmo de prata aberlo, guarnecido de ouro ;
paquife dos metaes, e cores das armas. E porque estas sao as armas que a dita linhagem
pertencem : eu Manuel Leal rei de armas Portugal, e principal, com o poder do meu muito
nobre e real officio Ihas dou e assigno, assim como váo no dito escudo: as quaes armas
poderá usar como acto e perrogativa de sua nobreza e fidalguia, e com ellas gosar de todas
as graças, liberdades, mercês, e honras, que pelos senhores reis d'esté reino forain con
cedidas aos fidalgos, e nobres d'elle, e em especial aos da dita geracáo : e com ellas po
derá entrar em batalhas, justas, e torneos, e em todos, e em quaesquer actos assim da
paz como da guerra, e em ludo mais, que licito e honesto for ; e as poderá trazer em
suas baixelas, rcposteiros, anneis, e sinetes, e pôr nos portaes de suas casas, e quintas,
e deixal-as sobre sua propria sepultura, e finalmente servindo-se, e honrando-se d'ellas,
como a sua nobreza, e fidalguia convém, e como o fazem os mais fidalgos, e nobres d'esté
reino. Pelo que requeiro a todos desembargadores, e corregedores, provedores, ouvido-
res, juizes, e mais justices de sua magestade, da parte do dito senhor e da minha, por
bem do officio que tenho, e em especial mando aos officiaes da nobreza, como juiz que
sou d'ella, reis de armas, arautos e p'assavantes a cumpram, e façam inteiramente cum-
prir, e guardar assim como por mim é delerminado, e julgado, e por firmeza de tudo
vai por mim assignada com o signal publico do meu officio. Dada n'esta cidade e corte
de Lisboa em 2 de Janeiro de 1711. Francisco de Almeida a fez por José Duarte Salvado,
cavalleiro da casa real, e escrivao da nobreza d'estes reinos, e senhorios de Portugal. E
eu José Duarte Salvado a fiz escrever, e subscrevi. — Portugal rei de armas.
IV
Brazáo de armas concedido a Antáo Mogo de Mello
(1560)
Portugal rei de armas principal de El-rei nosso senhor. Faço saber a quantos esta mi
nha certidao virera, que Antáo Mogo de Mello, escudeiro fidalgo da casa do dito senhor,
me pediu, e requereu, que por quanto elle descendía por parte de seus paes, e avós da
geracáo, e linhagem dos Mellos, e Carrilhos, que n'este reino sao fidalgos de cotia de ar
mas, que Ihe désse um escudo com as armas, que as ditas linhagens pertencem, e as
Об ANTONIO CARDOSO DA FONSECA
elle deve trazer; pelo que eu busquei os livres da nobreza, que em meu poder estäo, e
acho, que as armas, que as ditas linhagens pertenecía sîio estas, que n'esta certidâo Ihe
dou ¡Iluminadas, convém a saber; о escudo esquarlelado, ao primeiro dos Mellos, e ao
segundo dos Carrilhos ; e assiin ao contrario, coin mais seu paquife, e elmo, e timbre,
e por difference um trifolio verde, que cora ellas deve trazer : e por verdade Ihe dei este
рог mim assignado em Lisboa aos 20 de junlio anno de 1560. — Portugal rei de armas.
Ihe da logar, e em especial imndo aos officiaes da nobreza como juiz que soud'ella, a
cumpram, e guardem, e façam cuinprir, e guardar, como n'ella se contera, e por verdade
Ihe mandei passar a presente por mim assignada. Dada n'esta cidade de Lisboa aos dez
dias do mez de marco de IGál anuos, e eu Domingos Correa, escrivao da nobreza por
provisao de sua magestade, a iiz escrever, e sobescrevi. — Portugal Rei de armas.
VI
Brazäo de armas concedido a Antonio Homem de Hagalhaes
(1605)
Portugal rei de armas principal n'estes reinos e senhorios de Portugal, pelo multo alto
e poderoso rei D. Filippe nosso senhor etc. Faco saber a quantos esta minha carta e
brazao de armas, e certidao digna de fe, e crença virem, que por parte de Antonio Homem
de Magalhâes, juiz dos orlaos na villa de Porto de Moz, me foi requerido, dizendo que elle
era filho legitimo de Vidal Homem de Magalliâes, e de Maria Cid sua mulher, moradores
que foram na villa de Ourem; e da parte do dito seu рае, era neto de Ñuño Röiz de
Magalhâes, e bisneto de Rodrigo Affonso de Magalliâes, e trésnelo de Joâo Pires de Ma-
galnaes, e de D. Maria de Lima ; Por parte da dita sua man d'elle supplicante era neto de
Joäo Homem, e bisneto de Lopo Horaem, e trésnelo de Fernâo Röiz Hornera, contador
que foi da cidade de Coimbra, e assim o dito seu рае, míe, e avós, bisavós, ácima de
clarados, erara descendentes das nobres linliagens dos Magalhâes, e Homens, que n'este
reino sao fidalgos de colla das armas, e como laes foram sempre lidos, havidos e conhe-
cidos, e como taes se Iralaram, e serviam com creados, e cavallos, sera n'elles haver bas
tardía, ñera raça de judeu, ñera mouro, e assim mesmo se trata elle supplicante, como
tudo constava dos instrumentos que me apresentava : pelo que me requería da parte do
dito senhor, que por a memoria dos sous antecessores se nao perder, Ihe désse, e pas
sasse um escudo das armas, que as ditas linhagens pertencem, e a elle de direilo por Ihe
pertencer devia trazer, para d'ellas usar e gozar da íidalguia, honras, e liberdades, que
por bem da nobreza d'ellas gosaram seus antecessores. E visto por mim seu requerimento,
e instrumentos autheriticos passades era forma devida, que era meu poder ficam, pelos
quaes consta o sobredito, com o poder, e aucloridade, que de meu real officio para isso
tenho, busquei os livros da nobreza da nobre íidalguia d'esté reino, e n'elles achei regis
tradas as armas das nobres linhagens dos Magalhâes, e Homens, que n'este reino sao fi
dalgos de colla de armas, que por parte do рае, e mae do supplicante Antonio Hornera de Ma
galhâes Ihe pertence as ditas armas, como n'este escudo Ih'as dou divisadas, e ¡Iluminadas.
Ss. Esquarlelado, o primeiro dos Magalhâes de prata cora tres fachas enxequetadas do
mesmo, e vermelho de tres pecas em palla. O segundo dos Homens de azul com seis
crescentes de ouro cada tres em palla, e assim os contrarios ; e por difference urna mer
leta de prata ; por timbre um abutre do primeiro, bico, e pés de ouro, lingoa, e unhas de
vermelho. Elmo de prata aberto guarnecido de ouro ; paquife dos metaes, e cores das ar
mas ; E por Ihe assim pertencer, e as dever assim trazer e d'ellas usar, requeiro as justi-
ças da parte do dito senhor, e por bem do officio da nobreza, guardem ao dito Antonio
Hornera de Magalhâes as honras, e liberdades, e mais preeminencias concedidas as ditas
armas, e Ih'as deixem trazer, e possuir nos actos em que a nobreza d'ellas Ihe da logar;
e em especial mando aos officiaes da nobreza, como juiz que sou d'ella, o cumpram e fa-
cam inteiramente cumprir, e guardar, e por verdade Ihe passei esta carta de brazâo, e
certidao por mira assignada, e sellada de minhas armas. Dada n'esta cidade de Lisboa ao
primeiro dia do mez de jiillm. Antonio R5iz a fez por Balthazar do Valle Cerqueira, caval-
leiro da casa do dito senhor e seu rei de armas India, e escrivao da nobreza d'estes rei
nos, e senhorios de Portugal. Anno do nascimento de nosso senhor Jesu Christo de mil
60в ANTONIO LUIZ DE SA PEREIKA
e seis centos e cinco annos etc. — Eu Balthazar do Valle Cerqueira a fiz escrever, e so-
bescrevi. — Pagou ao rei de armas Portugal um marco de prata, e ao escriväo de feitio,
pergaminho, cominacao, e registo dois mil e quatro centos réis. — Лег de armas. — Pica
registada no livro do registo dos brazöes, a folhas xxGu por mim escriváo, e por verdade
assignei aqui hoje 8 de julho de 1605 annos etc. — Balthazar do Valle e Cerqueira.
VU
Brazâo de armas concedido a Antonio Luiz de Sá Pereira
(1731)
DOM JOÁO por graca de Deus rei de Portugal e dos Algarves d'aquem e d'além mar
em África, senhor de Guiñé, e da conquista, navegacao do commercio da Ethiopia, Arabia,
Persia e India etc. A quantos esta minha carta virem, faço saber que o doutor Antonio
Luiz de Sá Pereira me fez petu;3o em como elle descendía, e vinha da geracáo e linha-
gem dos Sás, Pereiras, e Carvalhos, e suas armas Ihe pertenciam de direito, e pedindo-me
por mercê que para a memoria de seus antecessores se nao perder, e elle gosar da honra
das armas que pelos merecimentos de seus services ganharam, e Ihe foram dadas, e assim
dos privilegios, honras, gracas, e rnerces que por direito e por bem d'ellas Ihe perten-
cem, Ihe mandasse dar minha carta das ditas armas que eslavam registadas em os livres
dos registos das armas dos nobres, e fidalgos de meus reinos, que tem Portugal meu
principal rei de armas. A quai peticâo vista por mim, mandei sobre ella tirar inquiricáo
de testemunhas pelo doutor Alexandre Botelho de Moraes, do meu desembargo e meu
desembargador em esta minha corte e casa da supplicaçâo, corregedor do civel em ella, e
por Félix Carlos de Sousa, escrivâo do dito juizo; pelas quaes fui certo, que elle procede
e vem da geracáo e linhagem dos ditos Sás, Pereiras, e Carvalhos, como íilho legitimo de
Domingos de Carvalho, e de sua mulher Francisca das Chagas, neto pela parte paterna de
Domingos Gonçalves, e de sua mulher D. Natalia de Sá Pereira de Carvalho, por cuja
ascendencia Ihe tocam os ditos appellidos, por serena de Montemór-o-velho d'onde foram
moradores, legítimos descendentes dos que casaram no logar de Condeixa, na casa de Ma
nuel de Sá Pereira e sempre por tal se trataram. Neto pela parte materna de Antonio Luiz
de Sá, e de sua mulher Marianna de Sá. os quaes todos foram pessoas nobres e sempre
se trataram á lei da nobreza, com estado a ella devido como pessoas nobres que erara,
sera que n'elles houvesse raça de judeu, mouro ou mulato, nem de outra infecta nacáo,
e que de direito as suas armas Ihe pertencem, as quaes Ihe mandei dar em esta minha
carta com seu brazáo, elmo, e timbre, como aqui sao divisadas, e assim como fiel e ver-
dadeiramente se acharara divisadas e registadas em os livros dos registos do dito Portu
gal meu rei de armas. A saber : um escudo esquartelado, no primeiro e quarto quartel
as armas dos Sás, que sao escudo jaquelado de prata e azul, seis pecas em palla, sete:
no segundo as dos Pereiras, em campo vermelho urna cruz de prata floreteada, e vasia
do campo, no terceiro as dos Carvalhos, cm campo azul urna quaderna de lúas de prata
apontadas, em o meio d'ellas urna estrella de ouro. Elmo de prata aberto guarnecido de
ouro. Paquife dos metaes e cores das armas. Timbre o dos Sás, que é um bufaro negro
nascente armado de prata, cora urna argola de ouro ñas ventas, e por differença urna
brica de ouro com um crescente vermelhado. O qual escudo, armas e signaes, possa
trazer e traga o dito Antonio Luiz de Sá Pereira, assim como as trouxeram e d'ellas usa-
ram seus antecessores, e os nobres e antigos fidalgos sempre as costumaram trazer, em
tempo dos muí esclarecidos reis meus antecessores, e com ellas possa entrar cm batalhas,
campos, escaramuces, e exercitar com ellas todos os outros actos lícitos da guerra e de
paz, e assim as possa trazer em seus firmaes, anneis, sinetes e divisas, e as pôr em suas
casas e edificios, e deixal-as sobre sua propria sepultura, e finalmente se servir e honrar,
ANTONIO DE MAGALHÂES CORREA 609
e gosar e aprovcitar d'ellas em todo e por todo como a sna nobreza convém. Com o que
quero с me praz que liaja elle e todos os seus descendentes, todas as honras, privilegios,
liberdades, graças e mercés, isençôes e franquezas, que hao e devem haver os fidalgos
nobres, e de antiga linhagem, e como sempre de todo usaram e gosaram seus antecesso
res. Pelo que mando todos os meus corregedores, e desembargadores, juizes, justiças,
alcaides, e em especial aos reis de armas, arautos e passavantes, e a quaesquer outros
ofliciaes e pessoas a quera esta minha carta for mostrada, e o conhecimento d'ella per-
tencer, que em tudo lli'a cumpram e guardem, e facam cumprir e guardar como n'ella
é conteudo, sem duvida ncm embargo algum, que em ella Ihe seja posto, porque assim é
minha mercê. El-rei nosso senhor o mandón por Manuel Pereira da Silva, seu rei de armas
Portugal. Fr. José da Cruz, da ordern de S. Paulo, reformador do cartorio da nobreza
do reino por especial provisüo do dito senhor a fez. Anno do nascimento de nosso se
nhor Jesus Christo de 1731, aos trinta dias do mez de oulubro, e vai sobescripta por
Antonio Francisco e Sonsa, escrivao da nobreza n'estes reinos e senhorios de Portugal,
e suas conquistas. E eu Antonio Francisco e Sousa a sobscrevi. — Rei de armas Portugal.
VIII
Brazán de armas concedido ao doutor Antonio de Hagalhaes Correa
(1754)
DOM JOSÉ por graca de Deus rei de Portugal, e dos Algarves d'aquem e d'além mar
em África, senhor de Guiñé, e da conquista, navegacáo, commercio da Ethiopia, Arabia,
Persia, e da India etc. Faco saber aos que esta minha carta virera, que o bacharel Antonio
de Magalhâes Correa, juiz de lora de Monforte, natural da villa da Cachoeira, comarca da
Babia, me fez petiçâo, dizendo que elle vinha por legitima descendencia da nobre geraçâo,
e linhagem dos Magalhâes, Correas, Falcöes, e Caldas, que n'este reino sao fidalgos de
linhagem, e cotta de armas, e me pedia por mercê que para a memoria de seus antepas-
sados se nao perder, e elle poder usar, e gosar da honra das armas, que pelos mereci-
mentos de seus serviços ganharam, e Ihe foram dadas, assim dos privilegios, honras, gra-
ças, e mercés, que por direito, e por bem d'ellas Ihe pertencem, Ihe mandasse dar mi
nha carta das ditas armas, que estavam registadas em os livros dos registos das armas
dos nobres, e fidalgos de meus reinos, que tem Portugal meu principal rei de armas; para
o que me apresentou urna sentença de sua ascendencia e nobreza, proferida pelo doutor
Antonio Martins dos Reis, meu desembargador e corrogedor do cível da corte, e casa da
supplicaçâo, escripia por José Antonio da Silva, escrivao do dito juizo, em a qual depois
de tirar inquiricáo das testemunhas julgou o dito meu corregedor, ser o supplicante de an
tiga nobreza, sangue limpo, e legitimo descendente das ditas familias dos Magalhâes, Cor
reas, Falrftes, e Caldas por provar ser filho legitimo do tenente coronel Lourenço Correa
Lisboa, natural d'esta cidade, e de sua mulher D. Maria dos Santos Magalhâes, natural
da villa da Cachoeira, neto pela parte paterna de Luiz Correa, natural da villa de Pal-
mella, e de sua mulher Francisca Falcoa, natural d'esta cidade, e pela materna ser neto
de Francisco de Magalhfies, natural de Santa Senhorinha do concelho de Basto, arcebispado
de Braga, e de sua mulher Giralda Correa de Caldas, natural da villa da Cachoeira, co
marca da Babia, e que os ditos seus paes, e avós foram pessoas muito nobres, e legíti
mos descendentes das ditas familias, e como taes se trataram sempre á lei da nobreza,
servindo-se com creados, escravos, cavallos, e armas, como pessoas nobres que eram,
sem que ñas ditas geraçoes houvesse raça alguma de judeu, mouro, ou mulato, nem de
outra infecta nacáo, e assim Ihe pertencem de direito as suas armas, as quaes Ihe mando
dar em esta minha carta com seu brazao, elrno, e timbre, como aqui sao divisadas, e
assim como fiel, e verdaderamente so acharam ¡Iluminadas e registadas em os livros dos
i 39
610 ANTONIO DA NOBREGA BOTELHO
registos do dito Portugal mea principal reí de armas. A saber : Um escudo esquartelado,
no primeiro quand as dos Magalhâes, que sao ein campo de prata tres fachas xadrezadas
de vermelho, e prata, cada urna de tres pecas em palla. No segundo as dos Correas, s5o
em campo de ouro íritado de correas sanguinhas de seis pecas repassadas urnas por ou
tras. No terceiro as dos Falcoes, que sao em campo azul tres bordöes de Sant'Iago de
prata postos em tres pallas, com os nos vermelhos, e os ferros de ouro. No quarto as
dos Caldas, que sao em campo de prata cinco cyprestes de sua cor postos em santor.
Elmo de prala aberlo guarnecido de ouro ; paquifii dos metaes, e cores das armas, e por
diiïerença nina brica de ouro com um trifolio verde. Timbre o dos Corroas, que sao
dois bracos armados poslos em aspa atados com urna correa sanguinha das proprias ar
mas. O qual escudo, e armas poderá trazer e traga o dito Antonio de Magalhâes Correa,
assim como as trouxeram, e d'ellas usaram os ditos nobres, e amigos fidalgos seus ante
cessores, e com ellas possa entrar em batalhas, campos, rectos, escaramuças, e exercitar
com ellas todos os outros actos lícitos da guerra, e da paz, e assim as possa trazer em
seus firmaes, anneis, sinetes, e divisas ; pôl-as em suas casas, e editicios, e deixal-as so
bre sua propria sepultura ; e finalmente se poderá servir, honrar, gosar, e aproveitar
d'ellas em todo e por todo como à sua nobreza convém: com o que quero, e me praz,
que baja elle todas as honras, privilegios, liberdades, graças, mêmes, exempcöes, e fran
quezas, que bao e devein haver os fidalgos e nobres de antiga linhagem, e como sempre
de todo usaram e gosaram os ditos seus antepassados. Pelo que mando a todos meus de-
sembargadores, corregedores, juizes, justices, alcaides, e em especial aos meus reis de
armas, arautos, e pasavantes, e a quaesquer outros officiaes, e pessoas a quem esta m¡-
nha carta for mostrada, e o conhecimento d'ella pertencer, que em tudo lii'a cumpram
e guardem, e facam cumprir e guardar como n'ella é conteudo, sem duvida, nem embargo
algum que em ella Ihe seja posto, porque assim é minha mercê. El-rei nosso senhor o
mandou por Manuel Pereira da Silva, cavalleiro professo na ordem de Christo, seu rei
de armas Portugal. Dada n'esta corte, e cidade de Lisboa aos quatro días do mez de Ja
neiro do anno do nasdmento de nosso senhor Jesus Christo de mil setecentos e cincoenta
e quatro. E eu Rodrigo Ribeiro da Costa, escnváo da nobreza n'estes reinos, e senhorios
de Portugal por sua magestade, que Ueus guarde, a flz escrever, e sobescrevi. — Por
tugal Rei formas principal.
IX
Braräo de armas concedido a Antonio da Xobrega Botelho
(1720)
Portugal rei de armas principal n'estes reinos de Portugal, do muito alto e poderoso
rei D. Joao o quinto nosso senhor, por graça de Deus rei de Portugal, e dos Algarves,
d'aqnem, e d'aléin, mar cm Africa, senhor de Guiñé, e da conquista, navegacáo, do com-
mercio da Ethiopia, Arabia, Persia, e India, etc. Faro saber a quantos esta minha carta,
e certidüo de brazal» de armas, fidalguia, e nobreza, digna de fe, e crética virera, que por
parte de Antonio da Nobrega Botelho, natural e morador n'esta cidade de Lisboa, me foi
feita peticáo, di/endo que pela sentence junta, que offerecia, passada em nome de sua mages
tade, pela chancellaría da corte, pelo doutor Alexandre da Silva Correa, do seu desembargo,
e seu desembargador em esta ?ua corte, e casa da supplicacáo, corregedor com aleada dos
feitos, e causas civeis em ella, constava ser o supplicante descendente das nobres familias
dos Nobregas, Almeidas, Botelhos, e Ferreiras, que n'este reino síio lidalgos antigos de
cotta de armas, por ser filho legitimo de Francisco da Cruz da Nobrega, e de sua mulher
D. Andreza Maria de Sonsa Botelho, ¡rimo de Manuel Ferreira BoU'lho, alcaide mor da
illia Grande dos Reis, a quem el-rei o senlmr D. Pedro п mandou passar brazao de armas
dos Ferreiras, e BotelLos, no anno de 1G83 ; neto pela parte paterna de Antonio da
ANTONIO DA NOBREGA BOTELHO 611
Cruz da Nobrega, irmäo do capitäo Paulo de Almeida Caro, a dos Nobregas, e Almeidas,
no anno de 17(H, e de Manuel' de Almeida Caro, e de sua mullier Isabel da Nobrega,
filha de Christovfio da Nobrega, que era lilho do desembargado!1 Gaspar da Nobrega, a
quern el-rei D. Joâo o terceiro mandou passar o brazao de armas dos Nobregas no anno
de 10.47. Nelo pela parte materna do capitao Aleixo Fcrreira Botelho, cavalleiro fidalgo
da casa real, e de sua mulher D. Marianna de Sousa Chichorra, e assim pela parte pa
terna, como materna, llie compelem as ditas armas. Dos quaes todos descendía elle sup-
plicante, e que sempre se trataram a lei da nobreza, sem que n'elles houvesse raça de
judeu, inouro, ou mulato, ou de outra infecta nacáo, e por tal Ihe eslava julgado na dita
sentença : e por se nao perder a memoria de sens progenitores, e de sua antiga fldalguia,
e nobreza, quería elle para conservacao d'ella um brazao de armas pertencente as ditas
familias dos Nobregas, Bolelhos, Ferreiras, e Almeidas; pelo que me pedia llie man
dasse passar carta de brazâo de armas em forma, assiin como elle as havia de trazer, e
d'ellas usar. E vista a dita sua petiçao, e sentença e mais documentos, n'ella insertos,
que ticam no cartorio da nobreza, e por ella consta estar o supplieante jnlgado por legi
timo descendente das ditas familias, pelo baver assim provado e justificado largamente na
dita senlença, da qual acliei deduzido todo o coníeudo na dita petiçao. Em virtude da qual
pro vi o livro da lidalguia do reino, que ein meu poder tenho, e n'elle acliei registadas as ar
mas, que as ditas Hnhagens pertencem, que sao as que n'esta llie don divisadas e ¡Ilumina
das ; a saber : um escudo posto ao balón esquartelado, no primeiro quartel as armas dos
Nobregas, que sao em campo de ouro quatro bastöes vermelhos postos a pala; no segundo
quartel, as armas dos Bolelhns, que sao em campo vermellio quatro bandas de ouro ;
no terceiro quartel as anuas dos Ferreiras que sao em campo vermelho, quatro faxas de
ouro ; no quarto quartel as armas dos Almeidas, que sao em campo vermellio seis bezantes
de ouro, entre urna cruz dobre com bordaduras de ouro. Elmo de prata aberto guarnecido
de ouro ; paquife dos metaes, e cores das armas ; timbre o dos Nobregas, que é um leäo
de ouro nascente com um bastâo vermelho ñas mâos, e por difference urna estrella azul.
E porque estas s3o as armas que as ditas Hnhagens pertencem, eu Manuel Leal rei de ar
mas Portugal, e principal, com o poder do meu muito nobre e real officio Ih'as dou, e
assigne, assim como váo no dito escudo, as quaes armas poderá usar, acto, e prerogative
de sua nobreza e lidalguia, e corn ellas gosar de todas as graças, mercês, honras, e pri
vilegios, que pelos senhores reis d'esté reino foram concedidos aos fidalgos, e nobres
d'elle, e com ellas poderá entrar em batalhas, justas e torneos, e em todos e quaesquer
actos assim de paz, como de guerra, e em tudo que licito, e honesto for, e as poderá
trazer em suas baixellas, reposteiros, anneis, e sinetes, e nos portaos de suas casas, e
quintas, e deixal-as sobre sua propria sepultura, e finalmente servindo-se e honrando-se
d'ellas como a sua nobreza, e lidalguia convém, e como fazem os mais fidalgos, e nobres
d'esté reino. Pelo que requeiro a todos os desembargadores, corregedores, ouvidores,
juizes, e mais justiças de sua magostado da parte do dito senhor, e da minha por bem
do officio que tenho, e em especial mando aos officiaes da nobrcza como juiz que sou
d'ella, reis de armas, arautos, e passavanles, a cumpram, e facarn inteiramente cumprir,
e guardar, assim como por mim é determinado, e julgado, e por firmeza de tudo vai
por mini assignada com o signal publico do nome do meu officio. Dada n'esta corte e ci-
dade de Lisboa occidental em 5 de Janeiro de 1720. José da Cruz Paulino, a fez por José
Duarte Salvado, cavalleiro da casa real, escrivao da nobreza n'estes reinos e senhorios de
Portugal ; e eu José Duarte Salvado a flz escrever, с subscrevi.
612 ANTONIO RODRIGUES COTRIM
X
Brazäo de armas concedido a Antonio Preto Arráez de Mendoça
(1589)
Portugal principal rei de armas do muí alio, e muito poderoso reí D. Filippo nosso
senhor d'estes reinos do Portugal, e cavalloiro professo da ordern de Sant'Iago. Faço sa
ber a quantos esta minha carta de brazáo e armas de nobreza digna de fe, e crença virera,
que Antonio Preto Arráez de Mendoça, morador e cidadao d'esta cidade de Lisboa, me
pediu e requereu, que por quanto' elle descendía, por linba direita legitima masculina,
e scm bastardía por parte de seu рае Antonio Preto Arráez de Mendoça, e de seu avô
Christovao Arráez de Mendoça, cavalleiro da ordern de Sant'Iago, e de seu bisavo Duarte
Arráez de Mendoça, e de seu tresavô Vicente Arráez de Mendoça, e de seu quarto
avô Gonçalo Arráez de Mendoça, das geraçôes, e linhagens dos Arráez, e Mendoças, que
n'estes reinos sao íidalgos de cotta de armas, como constava dos instrumentos autorisa-
dos em forma devida por autoridade de justica, que apresentava, que Ihe désse um es
cudo com as armas, que as ditas linhagens pertencem, e as elle de direito por Ihe per-
tencerem devia trazer, para d'ellas usar, e gosar das honras, e libordades, que por bem
da nobreza d'ellas gosaram seus antepassados. Pelo que provendo a seu requerimento por
virtude do que constava dos ditos instrumentos, com o poder, e autoridade que de meu
officio para isso teuho, busquei os livres da nobreza da nobre fidalguia do reino, que em
meu poder estao, e adío n'elles as armas, que as ditas linhagens pertencem, serem estas
que em esta Ihe dou ¡Iluminadas. O escudo esquarlclado, ao primeiro dos Arráez, que
trazem o campo vermelho, e nove follias de golfáo de ouro postas em tres palas, e ao
segundo dos Mendoças, que trazem o campo franchado, ao primeiro de verde, e urna banda
de vermelho acoticada de ouro, e ao segundo de ouro, e um S preto, e assim os contra
rios, e o contrario do primeiro. Elmo de prata aberto guarnecido de ouro, paquife de
ouro, e vermelho, e ouro e verde, entrecambado, e por timbre, um muio selvagem com
um remo de ouro as costas, e por dillerenca urna estrella de prata ; que com ellas pois
Ihe pertencem pela dita maneira, segundo regimentó da armaría eleve trazer, e por assim
dever d'ellas usar requeiro as justices da parte do dito senhor, e por bem do officio da
nobreza guardem ao supplicante as honras, e liberdades, e mais preminencias concedidas
as ditas armas, e llias deixem trazer, e possuir nos autos, em que a nobreza d'ellas Ihe da
logar, e por verdade Ihe passei esta eeriíduo de brazáo em Lisboa por mirn assignada aos
dezoito dias do mez de fevereiro. Diogo de S. Rornao a fez, anno do nascimento de nosso
senhor Jesus Christo, de mil e quinhentos e oitenta e nove. — Portugal principal rei de
armas.
XI
Brazáo de armas concedido a Antonio Rodrigues Cotrim
(1572)
Portugal rei de armas principal de El-rei nosso sonhor. Paco saber a quantos esta mi
nha carta de certidao de brazáo de armas, digna de fe e crença virera, que Antonio Ro
drigues Cotrim, fldalgo de cotta de armas, morador na sua quinta do termo da villa de
Domes, e capiláo pelo dito senhor, da gente da ordenança da dita villa, me pediu e re
queren, que por quanto elle descendía, por linha directa masculina sera bastardía, por
parle de seu рае, Ruy Lopes Cotrim, e de seu avô Lopo Martins Canas Cotrim, e de
seu bisavô Joáo Martins Canas Cotrim, fidalgo que foi da casa do infante D. Henrique,
mestre que foi da ordern de Christo, e de seu tresavô Jaymes Cotrim Canas, monteiro-
ANTONIO DA SILVA DE ALMEIDA 613
mór que foi do dito infante, chefe d’esta geração dos Cotrins, que n'estes reinos são fidal
gos de cotta de armas, como constava dos instrumentos, e mais papeis, que apresentava;
que por quanto elle era filho mais velho, descendente da dita geração, e chefe d’ella, que
lhe désse um escudo com as armas que á dita linhagem pertencem, e elle por lhe perten
cerem de direito, como chefe devia trazer, pois era tresneto mais velho do dito Jaymes
Cotrim Canas, chefe que foi desta geração. Pelo que eu busquei os livros da nobreza, que
em meu poder estão, e acho que as armas, que á dita linhagem pertencem serem estas,
que estavam illuminadas: sc. O escudo enchaquetado de azul, e ouro de seis peças em
faxa, e com mais seu paquife, elmo, e timbre. As quaes lhe dou, como a chefe pertencem
pelo ser, pela maneira sobredita. E certifico ser passada carta das ditas armas em forma
pelo antecessor do meu antecessor ao dito Lopo Martins Canas Cotrim, a 9 de novem
bro de 1504, pelo que ao supplicante devem ser guardadas as liberdades concedidas ás
ditas armas. E por verdade lhe passei esta por mim assignada. Diogo de S. Romão a
fez em Lisboa aos 14 de março de 1572 annos. — Portugal rei de armas.
XII
Brazão de armas concedido ao doutor Antonio da Silva de Almeida
(1723)
Portugal rei de armas principal n’estes reinos, e senhorios de Portugal do muito alto,
e poderoso rei D. João o quinto, nosso senhor, por graça de Deus rei de Portugal, e dos
Algarves d’aquem, e d’além, senhor de Guiné, e da conquista, navegação do commercio
da Ethiopia, Arabia, Persia, e India etc. Faço saber a quantos esta minha carta e certi
dão de brazão de armas, fidalguia, e nobreza, digna de fé e crença virem, que por parte
de Antonio da Silva, cavalleiro fidalgo da casa de sua magestade, professo na ordem
de Christo, familiar do Santo Oficio, me foi feita a petição dizendo: que pela sentença
junta, que oferecia passada em nome de sua magestade, pela chancellaria da côrte, pelo
doutor Manuel Alvares Pereira do seu desembargo, e seu desembargador em esta sua
côrte e casa da supplicação, corregedor com alçada dos feitos, e causas civeis em ella,
constava ser o supplicante descendente das nobres, e illustres familias dos Costas, e Sil
vas, que neste reino são fidalgos antigos de cotta de armas, por ser filho legitimo de
Roque da Costa e Silva, cavalleiro fidalgo da casa de sua magestade, professo na ordem
de Christo, familiar do Santo Oficio, e de sua mulher D. Isabel da Encarnação de Avellar;
neto pela parte paterna de Antonio da Silva, e de sua mulher D. Jeronyma da Costa,
neto pela parte materna de Pascoal Gomes de Avellar, e de sua mulher Maria Ferreira,
os quaes foram fidalgos de cotta de armas, descendentes das nobres familias de que se
appellidavam, cujas armas sempre uzaram, dos quaes todos referidos avós descende elle
Supplicante, e que sempre se trataram á lei da nobreza com cavallos, e creados, sem
que n'elles houvesse raça de judeu, mouro, ou mulato, ou de outra infecta nação, e por
tal lhe estava julgado a dita sentença; e por se não perder a memoria de seus progenito
res, e da sua antiga fidalguia, e nobreza, queria elle, para conservação d’ella, um brazão
de armas pertencente às ditas fidalguias dos Costas e Silvas, pelo que me pedia lhe man
dasse passar carta de brazão de armas em forma, assim como ele as havia de trazer, e
d’ellas usar; e vista a sua petição e sentença, que fica no cartorio da nobreza, e por ella
consta estar o supplicante julgado por legitimo descendente das ditas familias, pelo haver
assim provado e justificado largamente na dita sentença, em virtude da qual provi o livro
da fidalguia, e nobreza do reino, que em meu poder tenho, e n'elle achei registadas as
armas, que ás ditas linhagens pertencem, que são as que n'esta lhe dou divisadas, e illu
minadas a saber: Um escudo direito partido em palla, na primeira palla as armas dos
Costas, que são em campo vermelho, seis costas de prata firmadas no escudo, postas em
614 BALTHAZAR PEREIRA DE AZEVEDO VENEGAS
tres faxas. Na segunda palla as armas dos Silvas, que são em campo de prata um leão
rompente de purpura armado de azul, elmo de prata aberto guarnecido de ouro, paquife
dos metaes, e côres das armas, timbre dos Costas, que são seis costas de prata postas
em palla, e por differença uma brica de ouro, e nella um trifolio preto. E porque estas
são as armas, que ás ditas armas pertencem, eu Manuel Leal, rei de armas Portugal e
principal com o poder do meu muito nobre, e real oficio lh'as dou, e asseguro assim
como vão no dito escudo, as quaes armas poderá usar como acto, e prerogativa da sua
nobreza, e fidalguia, e gosar de todas as graças, mercês, honras, e privilegios, que pelos
senhores reis d’este reino foram concedidos aos fidalgos, e nobres d’elle, e em especial
aos das ditas gerações, e com elas poderá entrar em batalhas, justas, e torneios, e em
todos, e quaesquer actos, assim de paz, como de guerra, e em tudo que licito, e ho
nesto fôr, e as poderá trazer em suas baixellas, reposteiros, anneis, e sinetes, e nos por
taes de suas casas, e quintas, e deixal-as sobre sua propria sepultura, e finalmente ser
vindo-se, e honrando-se d’ellas, como á sua nobreza, e fidalguia convém, e como fazem
os mais fidalgos, e nobres deste reino. Pelo que requeiro a todos os desembargadores,
corregedores, ouvidores, juizes, e mais justiças de sua magestade, da parte do dito se
nhor e da minha, por bem do dito oficio, que tenho, e em especial mando aos oficiaes da
nobreza, como juiz que sou d’ella, reis de armas, arautos e passavantes a cumpram façam
integralmente cumprir e guardar, assim como por mim é determinado, e julgado, e por
firmeza de tudo vai por mim assignada com o signal publico do nome do meu oficio.
Dada n'esta côrte, e cidade de Lisboa occidental aos 9 de julho do anno do nascimento
de nosso senhor Jesus Christo de 1723. — Fr. José da Cruz, da ordem de S. Paulo, re
formador do cartorio da nobreza, a fez por especial provisão de sua magestade, que Deus
guarde, e vai subscripta por Simão da Silva Lamberto, escrivão de nobreza nestes
reinos, e senhorios de Portugal, e suas conquistas. — Vai escripta em duas meias folhas
de pergaminho excepto esta, e a do titulo, e vai por mim rubricada, e eu Simão da Silva
Lamberto a subscrevi. — Portugal rei de armas principal, Manuel Leal.
XIII
(1714)
Portugal rei de armas principal n’estes reinos, e senhorios de Portugal do muito alto e
poderoso rei nosso Senhor D. João o quinto, rei de Portugal e dos Algarves d’aquem e
d'alem mar em Africa, senhor de Guiné, e da conquista, navegação, commercio da Ethio
pia, Arabia, Persia e India, etc. Faço saber a quantos esta minha carta de certidão de
brazão de armas, fidalguia illustre e antiga nobreza, digna de inteira fé e crença virem,
que por parte de Balthasar Pereira de Azevedo Venegas, natural de Villa-franca de Xira,
me foi feita petição por escripto, dizendo-me que pela sentença junta que oferecia, pas
sada em nome de sua magestade, e pela chancellaria da côrte, promulgada pelo doutor
desembargador Gonçalo da Cunha Villas-boas, do desembargo do dito senhor, e da casa
da supplicação, e corregedor com alçada dos feitos e causas civeis em sua côrte, cons
tava ser ele supplicante fidalgo de illustre e antigo solar, da casa dos senhores de Lu
que em o reino de Castella, e como tal descendencia das illustres e reaes familias dos
Venegas, Alencastros, Pereiras e Sás, por ser filho legitimo de Antonio Pereira de Aze
vedo Venegas, e de D. Marianna Barreto de Lima, neto pela parte paterna de Fernão Lo
pes Pereira Venegas Peralta, e de D. Paula de Azevedo Vasconcellos, filha de Manuel de
Azevedo, e de D. Maria Ribeiro de Mello, filha de João Dias Ribeiro Soares, desembarga
dor do paço, e de D. Maria Manuel de Mello, filha de D. Gomes de Mello, alcaide mór de
Lamego, estribeiro mór do infante D. Duarte, e filho de Diogo de Mello e D. Maria
BALTHAZAR PEREIRA DE AZEVEDO VENEGAS 615
Manuel, filha de D. Francisco de Faro, que foi filho de D. Afonso conde de Faro,
filho de D. Fernando II, duque de Bragança; e bisneto pela mesma parte de legitima va
ronia de Garcia Venegas, de D. Isabel Pereira de Peralta e Alencastro, filha herdeira de
Lopo Pereira de Peralta, fidalgo da casa real e gentilhomem da camara de el-rei D. Fi
lippe III, e IV, commendador da ordem de Christo, e de D. Constança de Alencastro,
filha de D. Jeronymo de Alencastro, irmão de D. Alvaro, terceiro duque de Aveiro, filho
de D. Affonso de Alencastro, commendador mór da ordem de Sant'Iago, e Aviz, duque
de Coimbra, marquez de Torres-novas, senhor de Aveiro, que era filho de el-rei D. João
o II de Portugal, filho de el-rei D. Afonso v, filho de el-rei D. Duarte, que era filho
de el-rei D. João o primeiro, e da rainha a senhora D. Filippa de Alencastro, filha de
João duque de Alencastro, o quarto de Inglaterra, que era filho de Eduardo terceiro rei
de Inglaterra: descendente por esta parte dos senhores reis de Portugal, e Inglaterra,
lº o dito seu terceiro avô Lopo Pereira de Peralta, era filho de Afonso Lopes Pereira
e Peralta, fidalgo da casa real, que acompanhou na jornada de Africa ao senhor rei D.
Sebastião, o qual era filho de Diogo Lopes Pereira, filho de Alvaro Pereira Coutinho, que
foi filho de Miguel Pereira Coutinho, filho de Alvaro Pereira Coutinho, que fôra filho de
D. João Pereira, commendador do Pinheiro, filho de Ruy Pereira, o primeiro que se cha
mou conde da Feira, descendendo por esta parte do conde D. Mendo, irmão de Desiderio,
ultimo rei da Lombardia. Terceiro neto de D. Luiz Venegas de Figueiroa, que passou a
este reino com a senhora princeza D. Joanna, mãe do senhor rei D. Sebastião, e n'elle
embaixador, e em Allemanha por Filippe II, de quem tambem foi aposentador mór e es
tribeiro mór da rainha, a senhora D. Anna, commendador de Goaldacanalo e Maratilha,
e treze na ordem de Sant'Iago, e de D. Guiomar de Sá, dama da imperatriz D. Isabel, mu
lher de Carlos V, e filha de Antonio Jusarte de Mello, e de D. Guiomar de Sá, dama da
mesma imperatriz, sendo infanta de Portugal; e filha de Gaspar de Betancourt, e de outra
D. Guiomar de Sá, dama do paço, filha de João Rodrigues de Sá, senhor de Sever, Paiva,
Baltar e Mattozinhos, camareiro mór de el-rei D. João o 1, alcaide mór de cidade do Porto,
que era filho de Rodrigo Annes de Sá, e de Cecilia Colma irmã de Agapito Colma, car
deal da egreja romana, e filho de Diogo Colma, senador de Roma, que era neto por esta
parte de Paio de Sá, e dos Augustos imperadores Carlos Magno e Julio Cesar; quarto
neto de D. Egas Venegas, e de D. Leonor Carrilho sua sobrinha, filha de seu primo co-ir
mão Luiz Venegas de Figueiroa, senhor da villa de Moratilha, e de D. Constança Carrilho;
quinto neto de outro D. Egas Venegas, quinto senhor de Luque, e do concelho dos reis
catholicos, e de D. Isabel de Montemaior, senhora de Albandim, filha de Affonso Fernando
de Montemaior, senhor de Albandim, e Monte-alvam, e de D. Elvira de Enostrosa: sexto
neto de D. Pedro Venegas, quarto senhor de Luque, do conselho de el-rei, e de D. Ignez
de Solier, filha de Martim Fernandes de Cordova, senhor de Chilon e Lucena, e de D.
Brites Solier; setimo neto de D. Egas Venegas, terceiro senhor de Luque, e de D. Urraca
Mendes de Souto-maior, filha de Garcia Mendes de Souto-maior, senhor Delcarpe, e de
D. Joanna Rõiz de Aro: oitavo neto de D. Pedro Venegas, segundo senhor de Luque, e
alcaide mór de Cordova, e de D. Maria Garcia de Carrilho, filha de D. Gonçalo Fernan
des de Cordova, rico homem e primeiro senhor de Aguilar, e de D. Maria Garcia Carrilho:
nono neto de Egas Venegas, primeiro senhor da villa de Luque, alcaide mór de Cor
dova, e de D. Brites Tolezan: decimo neto de D. Pedro Venegas, alcaide mór de Cordova,
e de D. Leonor, filha de Fernando Affonso, senhor de Caneta, e de D. Maria Rodrigues
de Biedma: e decimo primeiro neto de D. Lourenço Venegas, vassalo de el-rei D. Affonso x,
que morreu pelejando com os mouros na batalha de Martos: decimo segundo neto de D.
Pedro Venegas, que se achou na conquista de Cordova: decimo terceiro neto de D. Egas
Lourenço, que foi chefe dos d’esta familia illustre antiga em Castella, e de D. Mafalda,
descendente por legitima linha de varonia de D. Sueiro Venegas, e de D. Sancha Bermu
des, filha de D. Belmudes, conde de Trava, e da infanta D. Thereza Henriques, filha legi
tima do senhor conde D. Henrique de Portugal: como tudo melhor consta da sentença e
616 BENTO PEREERA DE AZEVEDO
documentos; e como descendente dos sobreditos llie pertencia o brazáo das ditas quatro
familias, de Venegas, Alencastros, Pereiras e Sás, e com ellas gosar todos os privilegios
de fidalgo, e antigo solar, que pelos serihores reís d'esté reino llie sao concedidos : pelo
que me pedia llie mandasse passar carta de certidao de brazáo ein forma com as ditas
armas ¡Iluminadas, assim como elle supplicante as havia trazer, e d'ellas usar e receberia
merce. — E vista por mim a sua peüefio, sentença e mais documentos n'ella insertos, que
ficam no cartorio da nobreza em poder do escriváo que esta subscreveu, e como por ella
consta estar o supplicante julgado por legitimo descendente das ditas quatro geraçoes, pelo
haver assim justificado na dila sentença, em verdade da qual provi o livro da fidalguia
e nobreza d'esté reino, que em men poder tenlio, e n'elle achei registadas as armas que
as ditas linhagens pertencem. que sao as que n'esta Ihe dou divisadas e ¡Iluminadas, a sa
ber : O escudo posto ao balón esquartelado, no primeiro as dos Venegas ern campo azul,
tres barras de prata postas em pala ; no segundo as dos Alencastros, que sao as do reino
com seu fílele preto que passa por baixo das (juinas ; no terceiro as dos Pereiras, em
campo vermellio urna cruz de prata floreteada, e vazia do campo; no quarto as dos Sás,
de esquaques de azul e preto treze, e de azul quatorze, coberto com coronel ; e por tim
bre meio leào pardo, salpicado de ouro e armado do mesmo, e por diviza urna estrella
de ouro. E por que estas sao as que pertencem as ditas linhagens, eu Manuel Leal, rei
de armas Portugal e principal, com o poder de meu muito nobre e real officio, Ufas dou
para elle supplicante, e seus descendentes, assim como vio no dito escudo, das quaes
armas poderao usar como aut» e prerogative de sua nobreza e fidalguia, e com ellas go
zar de todas as graças, liberdades, honras, mercês, e privilegios, que pelos senhores reis
d'esté reino Hies foram concedidos, e aos lidalgos e nobres d'elle, e em especial aos da
dita geraçâo : e com ellas poderá entrar em batalhas, justas e tórnelos, e em todos e
quaesquer actos, assim de paz como de guerra, que lícitos e honestos forem ; e as pode
rao pôr em suas baixellas, reposteiros, anneis, e sinetes, e nos porlaes de suas casas e
quintas, e as poderao esculpir e deixar em suas proprias sepulturas: e finalmente ser-
vindo-se e honrando-se d'ellas como a sua lidalguia convém. Pelo que requeiro a todos os
desembargadores, corregedores, provedores, ouvidores, juizes e mais justiças de sua ma-
gestade, da parte do dito senhor e da minim, por bem do officio que tenho; e em espe
cial mando aos officiaes da nobreza, como juiz que sou d'ella, reis de armas, arantos e
passavantes, a cumpram e façam inteiramente cumprir e guardar, assim como por mim
é determinado, e julgado, e por firmeza de ludo, vai por mim assignado, com o signal
publico do nome do meu oñicio. Dada em esta corte e cidade de Lbboa, em 20 de ju-
nho de 1714. — José da Cruz Paulino a fez, por José Duarte Salvado, cavalleiro da casa
real, escriváo da nobreza d'esté reino, e senhorios de Portugal. E eu José Duarte Sal
vado a flz escrever e subscrevi. — Portugal rei de armas principal, Manuel Leal.
XIV
Brazáo de armas concedido a liento Pereira de Aievedo
(1706)
Portugal rei de armas principal n'estes reinos, e senhorios de Portugal do muito alto
e poderoso rei e senhor nosso D. Pedro, segundo do nome, por graca de Deus, rei de
Portugal e dos Algarves, d'aquem e d'além mar em Africa, senhor de Guiñé, e da con
quista, navegaçîio, commercio da Ethiopia, Arabia, Persia e da India, etc. Faco saber a
quantos esta minha carta de certidao de brazáo de armas, fidalguia e nobreza, digna de
fe, e crença virem, que por parte de liento Pereira de Azevedo, natural d'esta cidade de
Lisboa, chrislao velho sem raça alguma de infecta naçâo, e n'ella casado com D. Theo-
tonia de Sousa de Castro, filha de Manuel Caldeira de Castro, cavalleiro do habito de
BENTO PEREIRA DE AZEVEDO 617
Christo, moço que foi da guarda-roupa de el-rei D. João o quarto, me foi feita petição por
escripto, dizendo que pela sentença junta que oferecia, passada em nome de sua mages
tade, e pela chancellaria da côrte, promulgada pelos doutores desembargadores, Belchior
do Rego de Andrade e Gonçalo da Cunha Villas-boas, do desembargo do dito senhor e
da casa da supplicação, e corregedores com alçada dos feitos, e causas civeis em sua
côrte, constava ser o supplicante descendente das nobres e illustres familias de Pereiras,
Azevedos, Venegas e Peraltas, por ser filho legitimo de Fernão Lopes Pereira Peralta, e
de D. Paula de Azevedo, filha de Manuel de Azevedo, e de D. Maria Ribeiro, filha do de
sembargador João Dias Ribeiro, descendente por esta parte dos senhores da quinta de
Azevedo de entre Douro e Minho. Neto pela parte paterna de Garcia Venegas, e de sua
mulher D. Isabel Pereira de Peralta, filha de Lopo Pereira de Peralta, que foi filho de
Affonso Lopes Pereira, e de D. Maria de Peralta, filha de D. Gastão de Peralta e Cunha,
descendente por esta parte de Ruy Pereira, o primeiro que se chamou conde da Feira, e de
Martim... de Peralta, condestavel de Navarra, e do dito seu avô Garcia Venegas, foi filho
de D. Luiz Venegas, e neto de D. Egas Venegas, descendente por varonia dos senhores
condes de Supra, como tudo melhor consta da sentença e documentos; e como descen
dente dos sobreditos lhe pertencia o brazão das ditas quatro familias, dos Pereiras, Azeve
dos, Venegas e Peraltas, pelo que me pedia lhe mandasse passar carta de certidão de
brazão, em forma com as ditas armas illuminadas, assim como ele supplicante as havia
de trazer, e d’ellas usar, e receberia mercê; e visto por mim sua petição, sentença, e
mais documentos em ella insertos, que ficam em poder do escrivão, que este subscreveu,
e como por ella consta, como o supplicante foi julgado por legitimo descendente das ditas
quatro gerações, por o haver assim provado e justificado em a dita sentença, em virtude
da qual provi o livro da fidalguia e nobreza d’este reino, que em meu poder tenho, e
n'elle achei registadas as armas que á dita linhagem pertencem, que são as que n'esta
lhe dou divisadas, e illuminadas a saber: Um escudo esquartelado posto ao balon. No
primeiro quartel as armas dos Pereiras, que são em campo sanguinho uma cruz florida
de prata aberta em o meio, e no segundo quartel as armas dos Peraltas, que são em
campo sanguinho um grifo de ouro com azas, e por orla oito aspas de ouro. No ter
ceiro quartel, as armas dos Venegas, que são em campo azul tres barras de prata em
palla. No quarto as armas dos Azevedos, que são em campo esquartelado o primeiro
quartel de ouro, com uma aguia de preto estendida, o segundo de azul, com cinco es
trellas de prata em aspa, com bordadura vermelha com oito aspas de ouro, e assim os
contrarios. Elmo de prata aberto, e guarnecido de ouro. Paquife dos metaes e côres das
armas. Timbre uma cruz florida de vermelho, aberta em o meio, com o vazio de prata,
e por differença uma flôr de liz de ouro. E porque estas são as armas, que ás ditas linha
gens pertencem, eu Antonio de Aguiar, rei de armas Portugal principal, com o poder de
meu muito nobre e real oficio, lh'as dou e assigno, assim como vão em o dito escudo,
das quaes armas poderá usar como acto e prerogativa da sua nobreza, e fidalguia, e com
elas gosar de todas as graças, liberdades, honras e mercês, que pelos senhores reis
d’este reino foram concedidas aos fidalgos e nobres d’elle, e especialmente a estas ditas
gerações, e com ellas poderá entrar em batalhas, e em todos e quaesquer actos militares
assim de paz, como de guerra, tanto nas cousas graves, e de necessidade, como nas vo
luntarias, e de passatempo, assim como justas, torneios, e tudo o mais que licito e ho
nesto fôr, e as poderá fazer pintar e bordar em seus reposteiros, bandeiras e estandartes,
e abrir e esculpir em as baixellas de sua casa, e em seus anneis e sinetes, e em todas as
peças de ouro e prata, e nos portaes de suas casas e quintas, e finalmente as poderá
esculpir em sua propria sepultura, servindo-se, honrando-se e aproveitando-se d’ellas como
á sua nobreza e fidalguia convém, e como o fazem os demais fidalgos e nobres d’este
reino: pelo que requeiro a todos os desembargadores, corregedores, ouvidores, julgado
res, juizes, justiças de sua magestade da parte do dito senhor, e da minha por bem
do oficio que tenho, e em especial mando aos oficiaes de nobreza, reis de armas,
618 BRAZ LUIZ DO COUTO AGUIAR
arautos e passavantes, como juiz que sou d’ella, a cumpram e façam inteiramente cum
prir e guardar como por mim é determinado e julgado, e por firmeza de tudo vai por
mim assignado, com o signal publico do nome do meu oficio. Dada nesta côrte e cidade
de Lisboa, aos nove dias do mez de dezembro de 1706. Daniel Manlio a fez por José
Duarte Salvado, cavalleiro da casa real, e escrivão da nobreza n'estes reinos, e senhorios
de Portugal. E eu José Duarte Salvado a fiz escrever e subscrevi. — Portugal rei de
armas P.
XV
Brazão de armas concedido a Braz Alemão de Sisneiros
(1575)
Principal Portugal rei de armas de El-rei nosso senhor: Faço saber a quantos esta mi
nha carta, e certidão de brazão de armas digna de fé, e crença virem, que Braz Alemão
de Sisneiros, moço da camara do dito senhor, alferes de infanteria, ordenada para guarda,
e vigia da cidade de Ceuta, e cavalleiro feito pela mão do dito senhor no campo de Tan
ger, me pediu, e requereu, que por quanto ele descende por linha direita legitima,
e sem bastardia por parte de seu pae, Diogo Alemão de Sisneiros, e seu avô Afonso de
Sisneiros, e de seu bisavô Francisco Rodrigues de Sisneiros, e seu tresavô, João de Sis
neiros da geração, e linhagem de Sísneiros, que nestes reinos são fidalgos de cotta de
armas, e na cidade de Barcelona tem casa, e solar, como constava dos papeis, e instru
mento, que apresentava, lhe désse um escudo com as armas que á dita linhagem perten
cem, e as elle de direito por lhe pertencerem, devia trazer, para d’ellas usar, e gosar das
honras, e liberdades de que por bem, da nobreza d’ellas, gosaram seus antepassados;
pelo que eu busquei os livros da nobreza, que em meu poder estão, e acho, as armas,
que á dita linhagem pertencem serem estas, que em esta lhe dou, illuminadas, e com
mais seu paquife, elmo, e timbre, e por diferença uma estrella de ouro, que com elas
pois lhe pertencem pela dita maneira, segundo regimento da armaria, deve trazer, pelo
que ao supplicante devem ser guardadas as liberdades concedidas ás ditas armas, e por
verdade lhe passei esta em Lisboa, por mim assignada aos cinco de março. Diogo de S.
Romão a fez, anno do nascimento de nosso senhor Jesus Christo de 1575. — Portugal
rei de armas.
XVI
(1732)
D. JOÃO por graça de Deus rei de Portugal, e dos Algarves d'aquem, e d’além mar
em Africa, senhor de Guiné, e da conquista, navegação do commercio da Ethiopia, Ara
bia, Persia, e da India etc. A quantos esta minha carta virem, faço saber, que Braz Luiz
do Couto de Aguiar, cavalleiro professo da ordem de Christo, commissario das habilitações
da meza da consciencia e ordens, fidalgo de solar conhecido, morador na villa de Alvor
ninha, dos coutos de Alcobaça, me fez petição em como elle descendia, e vinha da gera
ção e linhagem dos Coutos, e Aguiares, e suas armas lhe pertenciam de direito, e pedin
do-me por mercê, que para a memoria de seus antecessores se não perder, e ele gosar,
e usar da honra das armas, que pelos merecimentos de seus serviços ganharam, e lhe
foram dadas, e assim dos privilegios, honras, graças e mercês, que por direito e por
bem d’ellas lhe pertencem, lhe mandasse dar uma carta das ditas armas, que estavam re
gistadas em os livros dos registos das armas dos nobres, e fidalgos de meus reinos, que
tem Portugal meu principal rei de armas: a qual petição vista por mim, mandei sobre ella
BRAZ LTJIZ DO COUTO AGUIAR 619
tirar inquiric3o de testimunhas pelo doutor Alexandre Botelho de Moraes, do meu desem
bargo, e meu desembargador ein esla minha corte e casa da supplicacáo, eorregedor do
civel em ella, e por Caelano José de Moura, escrivâo do dito juizo; pelos quaes foi certo,
quo elle procede, e vem da geracao, e linhagem dos ditos Coulos, e Aguiares ; como tildo
legitimo de Manuel de Gouto e Aguiar, cavalleiro professo da ordern de Cliristo, e gover
nador da torre de S. Martinlio da Pederneira, de sua mullier, e sobrinlia D. Driles Mar-
cellina da Silva Finio da Fonseca. Nelo pela parte paterna de Braz de Couto e Aguiar,
capitao-mór, e governador que foi da provincia do Espirito Sanio no estado do Brazil, e
de sua mullier D. Maria de Aguiar; e pula parte materna de Joíio Pinto da Fonseca e
Aguiar, que era primo co-irmáo do dito Manuel de Couto, seu рае, e de sua mulher
D. Fílippa da Silva de Azevedo ; bisnelo pela parle de »eu avô paterno de Manuel de
Couto de Aguiar, e pela de sua avo paterna de Francisco de Couto da Costa, íidalgo da
minha casa, e pelos Costas, íidalgo de solar conhecido (e parece ser o seu solar d'esta
familia a villa de Corla na comarca de Esgueira) e pela parte materna de outro Manuel
de Couto e Aguiar, e de sua mulher D. Catharina de Tovar Pinto da Fonseca, que era
filha de Braz de Couto, fidalgo de minha casa, alcaide mor, e governador da [traca de
Chaul nos meus estados da India; e o dito seu bisavô Manuel de Couto e Aguiar era fl-
Iho de Manuel Fernandos Gorizo de Aguiar, e de sua mullier Iguez de Couto. Neto pela
parte paterna de Henrique Esleves de Aguiar. Terceiro neto de Diogo de Aguiar, fidalgo
de miuha casa, e de solar conhecido, morador em Alvorninha, e leve brazao das armas
dos Aguiares, passado no anno de 1510, por haver provado ser lilho de Eslevfio de Aguiar,
fidalgo de solar conhecido, e de sua mullier D. Brites Ayres, e nelo de Ruy Fernandes
Gorizo de Aguiar, irmâo de D. Eslevfio de Aguiar, D. Abhade perpetuo do mosteiro de
Alcobaça, e do conselho de estado do senlior reí L). Affonso v meu antecessor, os quaes
todos eram dos verdadeiros, e legitimo tronco dos Coutos, e Aguiares d'onde vierani, e
vem elle supplicante por linha recta masculina, sera nenhuma bastardía, e sempre se tra-
taram á leí da nobreza, com o estado devido a ella, como pessoas nobres, que eram, sem
que n'elles houvesse raça de judeu, mouro, ou mulato, nern de outra infecta nacao, e que
de direito as suas armas Ihe perlencem, as quaes llie mandei dar em esta minha carta,
com seu brazâo, elmo, e timbre, como aquí sao divisadas, e assim como íiel, e verdadei-
ramente se acharam divisadas, e registadas em o livro dos registos do dito Portugal meu
rei de armas, a saber: um escudo partido em palla: na primeira as armas dos Aguiares,
em campo de ouro urna aguia rompenle vermelha armada de prelo, na segunda as armas
dos Coulos, em campo vermelho, unía torre de ouro coberta, e lavrada de preto sobre
ondas azues e prata, elmo de prata aberlo, guarnecido de ouro, paquile dos melaes. e
cores das armas. Timbre o dos Aguiares, que é a mesma aguia das armas, e por difle-
rença urna brica de prata, com urn trifolio preto: o qual escudo, armas, e signaes possa
trazer, e traga o dito Braz Luiz de Couto e Aguiar, assim como as trouxeram, e d'ellas
usaram seus antecessores em lodos os logares tie honra, ein que os ditos seus antecesso
res e os nobres, e antigos fidalgos sempre as costurnaram trazer, ern lempo dos mui es
clarecidos reis meus antecessores, e com ellas possa entrar em batalhas, campos, escara-
muças, e excrcitar com ellas todos os ou Iros actos lícitos da guerra, e da paz, e assim
as possa trazer em seus íirmaes, aunéis, sinctes, e divisas, e as pôr em suas casas, e
edificios, e deixal-as em sua propria sepultura, e finalmente se servir, honrar, gosar, e
aproveilar d'ellas em ludo e por tudo, como à sua nobreza convém. Com o que quero, e
me praz que naja elle, e todos seus descendentes todas as honras, privilegios, liberdades,
graças, e mercès, isençôes e franquezas, que bao, e devem haver os lidalgos, nobres, e
de antiga linhsgem, e como sempre de todo usaram, e gosaram seus antecessores. Poréra
mando a todos os meus corregedores, e desembargadores, juizes, justiças, alcaides, e em
especial aos meus reis de armas, arautos, passavantes, e a quaesquer outros officiaes e
pessoas a quem esta minha carta for mostrada, e o conhecimento d'ella pertencer, que
em tudo Iho cumpram, e guardem, e façam cumprir, e guardar, como n'ella é conleudo,
620 CONSTANTINO BARRETO DE SOUSA
sem duvida nem embargo algum, que em ella lhe seja posto, porque assim é minha mercê.
El-rei nosso senhor o mandou por Manuel Pereira da Silva, seu rei de armas Portugal.
Fr. José da Cruz, da ordem de S. Paulo, reformador do cartorio da nobreza do reino, por
especial provisão do dito senhor, a fez. Anno do nascimento de nosso senhor Jesus Christo
de 1732, aos sete dias do mez de março, e vai subscripta por Antonio Francisco e Sousa,
escrivão da nobreza n'estes reinos, e senhorios de Portugal, e suas conquistas. E eu An
tonio Francisco e Sousa o subscrevi. — Rei de armas Portugal.
XVII
(1737)
D. JOÃO por graça de Deus rei de Portugal, e dos Algarves d’aquem e d’além mar
em Africa, senhor de Guiné, e da conquista, navegação do commercio da Ethiopia, Ara
bia, Persia e India etc. A quantos esta minha carta virem, faço saber, que Constantino
Barreto de Sousa me fez petição em como descendia, e vinha da geração, e linhagem dos
Barretos, Sousas, Botelhos, e Tavares, e suas armas lhe pertenciam de direito, e pedin
do-me por mercê que para a memoria de seus antecessores se não perder, e ele usar, e
gosar da honra das armas, que pelos merecimentos de seus serviços ganharam, e lhe fo
ram dadas, assim dos privilegios, honras, graças, e mercês, que por direito, e por bem
d’ellas lhe pertencem, lhe mandasse dar minha carta das ditas armas, que estavam regis
tadas em os livros do registo das armas dos nobres, e fidalgos de meus reinos, que tem
Portugal meu principal rei de armas. A qual petição vista por mim, mandei sobre ela
tirar inquirição de testimunhas pelo doutor João da Silva Rodarte do meu desembargo, e
meu desembargador em esta minha côrte, e casa da supplicação, corregedor do civel em
ella, e por Paulo de Almeida Seabra, escrivão do dito juizo, pelos quaes fui certo, que
elle procede, e vem da geração, e linhagem dos ditos Barretos, Sousas, Botelhos e Tava
res, como filho legitimo de Antonio Barreto de Sousa, e de sua mulher D. Paula Botelho
Tavares. Neto pela parte paterna de João Barreto de Sousa, e de Catharina de Andrade.
Neto pela parte materna de Francisco Botelho Leitão, e de Domingas Moniz. Os quaes
todos seus pais, e avós eram pessoas nobres, e como taes sempre se trataram, sem que
n'elles, e nas suas gerações houvesse raça alguma de judeu, mouro, ou mulato, ou de
outra infecta nação, e que os ditos seus pais, e avós d’elle supplicante eram das nobres
familias dos Barretos, Sousas, Botelhos, e Tavares, Andrades, e Monizes, e como taes
sempre se trataram, e appellidaram: e o dito João Barreto de Sousa seu avô paterno
d'elle supplicante foi escudeiro e cavaleiro fidalgo da casa de sua magestade, e que ele
supplicante sempre se tratou á lei da nobreza, o que é notorio a todos que o conhecem,
e conheceram os ditos seus pais, e avós, e que de direito as suas armas lhe pertencem.
As quaes lhe mandei dar em esta minha carta com seu brazão, elmo, e timbre, como aqui
são divisadas, e registadas em os livros do registo do dito Portugal, meu rei de armas.
A saber: Um escudo esquartelado, no primeiro quartel as armas dos Sousas por privi
legio, que são esquarteladas, no primeiro e quarto as quinas de Portugal, no segundo e
terceiro em campo de prata, um leão vermelho rompente: no segundo as armas dos Bar
retos em campo de prata cercado de arminhos pretos. No terceiro as armas dos Botelhos,
em campo de ouro quatro cotiças vermelhas em banda. No quarto as armas dos Tava
res, em campo de ouro cinco estrellas vermelhas em santor. Elmo de prata aberto guar
necido de ouro. Paquife dos metaes, e côres das armas. Timbre uma donzella sem bra
ços, vestido de prata semeada de arminhos, e por diferença uma brica vermelha com um
trifolio posto de ouro. O qual escudo, armas e signaes, possa trazer e traga o dito Cons
tantino Barreto de Sousa, assim como as trouxeram, e d’ellas usaram seus antecessores,
DIOGO DE AGUIAR 621
e os nobres, e antigos fidalgos sempre as costumaram trazer em tempo dos mui esclare
cidos reis meus antecessores: e com ellas possa entrar em batalhas, campos, rectos, esca-
ramucas, e exercitar com ellas tocios os outros actos lícitos da guerra, e da paz, e assim
as possa trazer em seus firmaes, anneis, sinetes, e divisas, e as por em suas casas, e edi
ficios, e deixal-as sobre sua propria sepultura, e finalmente se servir, honrar, gosar, e
aproveitar d'ellas em todo, e por todo, como à sua nobreza convém. Com o que quero,
e me praz, que baja elle, e todos os seus descendentes, todas as honras, privilegios, gra-
ças, mercês, isençôes, e franquezas, que bao e devem haver os fidalgos nobres, e de an-
tiga linhagcm, como scmpre de todo usaram, e gosaram seus antecessores. Porém mando
a todos meus corregei lores, e desembargadores, juizes, justicas, alcaides, e a quaesquer
outros officiaes, e pessoas a que esta minha carta for mostrada, e o conheciniento d'ella
pertencer, que em todo llm cumpram, e facara integralmente cumprir e guardar, como
n'ella é conteudo, sem duvida, nem embargo algtim, que em ella llie seja posto, porque
assim é minha mercó. El-rei nosso senlior o mandón por Manuel Pereira da Silva, sen rei
de armas Portugal. Fr. José da Cruz, da ordern de S. Paulo, reformador do cartorio da
nobreza do reino, por especial provisao do dito senhor, a fez em Lisboa occidental aos dez
días do mez de setembro do anno do nascimento de nosso senhor Jesus Christo de mil
e setecentos e trinta e sete, e vai subscripta por Antonio Francisco e Sousa, escriváo da
nobreza n'estes reinos, e senhorios de Portugal, e suas conquistas. E eu Antonio Fran
cisco e Sousa a subscrevi. — Portugal rei de armas principal.
XVII
Brazäo de armas concedido a Christováo de Figueiroa de Cerqneira
(1567)
Portugal rei de armas principal de El-rei nosso senhor. Faco saber a quantos esta mi
nha carta de certidiío virem, que Cliristovao de Figueiroa Cerqueira, natural da villa de
Amarante, me pediu e requereu, que por quanto elle descendía por linha direita por
parte de seu pai Jorge Fernandes de Figueiroa, e de seu avô Gonçalo Fernandes de Fi
gueiroa, e de seus bisavôs das geracöes e linhagens dos Figueiroas e Cerqueiras, que
n'estes reinos sao fidalgos de cotta de armas, como constava dos instrumentos que apre-
sontava, que Ihe désse um escudo com as armas que as ditas linhagens pertencem, e as
elle de direito devia trazer, pois das dos Cerqueiras fora passada carta em forma a um
Francisco Martins Cerqueira, mui to parente do рае d'elle supplicante : pelo que eu bus-
quei os livras da nobreza, que em meu poder estâo, e adío que as armas que as ditas
linhagens pertencem, serem estas que n'estas Ihe dou ¡Iluminadas, e com mais seu pa-
quife, elmo, e timbre, e por differença urna merleta prêta, que com ellas, pois Ihe per
tencem, segundo o regimentó da armaría deve trazer: e certifico ser passada por meu
antecessor ao dito Francisco Martins Cerqueira a dita carta de armas, na era de mil e
quinhentos e trinta. E por ser verdade Ihe passei esta, em Lisboa por mim assignada,
aos 16 de maio de 1567, — Portugal principal rei de armas.
XVIII
Brazäo de armas concedido a Diogo de Aguiar
(1510)
Rei de armas Portugal, do mui alto e excellente e mui poderoso principe, el-rei D. Ma
nuel, por graça de Deus rei de Portugal e dos Algarves, d'aquem e d'álem mar em
622 DIOGO CARVALHAES
Carvalhaes, moço de camara do dito senhor, me pediu e requereu, que por quanto ele
descendia por linha direita legitima e masculina por parte de seu pae Manuel de Carva
lhaes, e de seu avô Fernam de Carvalhaes, e de seu bisavô Fernam de Carvalhaes, de
geração e linhagem dos Carvalhaes, que n'estes reinos são fldalgos de cotta de armas,
como constava do instrumento auctorisado que apresentava, que lhe désse um escudo
com as armas que á dita linhagem pertencem, e a elle de direito por lhe pertencerem,
devia trazer, para d’ellas usar e gosar das honras e liberdades, que por bem da nobreza
d’ellas gozaram seus antepassados: pelo que provendo a seu requerimento com o poder
e auctoridade, que de meu oficio para isso tenho, busquei os livros da nobreza que em
meu poder tenho, e acho que as armas que á dita linhagem pertencem, serem estas que
em esta lhe vão illuminadas, e com mais o paquife, elmo e timbre, e por diferença
uma estrella de oiro, que com ellas, pois lhe pertencem pela dita maneira, segundo o re
gimento da armaria deve trazer: pelo que ao supplicante devem ser guardadas as liber
dades concedidas ás ditas armas, e por ser verdade lhe passei esta em Lisboa por mim
assignada aos seis de outubro. Diogo de S. Romão a fez. Anno do nascimento de nosso
senhor Jesus Christo de mil e quinhentos e setenta e seis. — Portugal rei de armas.
XX
(1621)
Portugal principal rei de armas do muito alto e poderoso rei D. Filippe, nosso senhor,
por graça de Deus rei de Portugal, dos Algarves, d'aquem e d’álem, mar em Africa, se
nhor de Guiné, da conquista, navegação, da Ethiopia, Arabia, Persia e India, etc. Faço
saber a quantos esta minha carta de brazão de armas de nobreza de solar, de linhagem
digna de fé e crença virem, que pelo capitão Diogo Dias Coimbra Pimentel de Almeida,
natural d’esta cidade, e n'ella morador me pedir e requerer, por quanto ele tinha justi
ficado por documentos e testemunhas ser filho legitimo de João Gomes Coimbra, natural
da villa de Esgueira, e de sua mulher D. Maria Jorge de Almeida, natural d’esta cidade,
os quaes tambem são paes do veneravel patriarcha da Ethiopia, bispo de Nicea, D. Ap
polinar de Almeida, e de D. Gregorio dos Anjos, primeiro bispo do Maranhão e Grão
Pará; e neto o supplicante por varonia de Diogo Dias Coimbra, natural da comarca de
Esgueira, moço da camara do senhor rei D. João III, e de sua mulher D. Maria Gomes
Bravo, natural de Esgueira; bisneto por varonia de João Dias Pimentel; e sua avó D. Maria
Gomes Bravo, era filha de Miguel Gomes Bravo, natural de Aveiro, escudeiro fidalgo da
casa do Senhor rei D. João III, e neta de Fernam Gomes Bravo, e bisneta de Martim
Gomes Bravo, fidalgo galego, e de sua mulher Cecilia Cardosa, criada da infanta D. Joanna,
irmã de el-rei D. João II; e o supplicante por sua mãi D. Maria Jorge de Almeida neto
de Antonio Jorge de Andrade Boccanegra, fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Ca
tharina Fernandes de Almeida, filha de D. Pedro de Almeida, do conselho de el-rei D.
João III, alcaide-mór de Torres-novas, e de sua mulher D. Brites da Silva, filha do conde
de Borba, e neta de D. Diogo Fernandes de Almeida, alcaide mór da mesma villa, e mon
teiro-mór de el-rei D. João II, e grão-prior do Crato, progenitor dos condes de Avintes e
Assumar, bisneta de Lopo de Almeida, conde de Abrantes, e de sua mulher D. Brites da
Silva e Alencastro, dama da rainha D. Leonor, e terceira neta de D. Diogo Fernandes de
Almeida, reposteiro-mór, e veador de el-rei D. Duarte, todos da principal linhagem de
Almeidas Gomes, e Pimenteis, de quem o supplicante descendia, tratando-se a lei da no
breza e fidalguia, sem que n'elles houvesse raça de moiro ou judeu, ou muiato, como
estava julgado na dita sentença, e por não se perder a memoria dos seus progenitores e
624 DIOGO NUNES DA PARADA
da sua antiga nobreza, queria ele supplicante para conservação d’ella um brazão de ar
mas, pertencentes ás ditas familias; pelo que me pedia lhe désse um escudo para con
servação de sua nobreza e fidalguia, com as armas que á sua linhagem pertencem, e a
elle de direito pertencerem, e d’ellas usar, e gozar das honras, isenções e liberdades que
por bem da nobreza d’ellas gozaram seus avós e parentes que d’ellas usam; provendo tudo
em virtude do que constara, e com o poder e auctoridade que do meu oficio tenho em
prover similhantes requerimentos, busquei os livros da nobreza e fidalguia d’este reino,
que em meu poder estão, e achei n'elles as armas que lhe pertencem, além de outras
por sua varonia mais antigas; e serem n’este reino fidalgos de solar, geração e cota de
armas, e são estas que lhe dou, divisadas e illuminadas com as suas proprias côres do
escudo posto ao balon, partido em pala, o primeiro esquartelado, no primeiro quartel
cinco vieiras de prata em campo verde, e uma bordadura de prata cheia de cruzes que
são do appelido de Pimentel; no segundo quartel um pelicano ferindo o peito com o
bico, que são dos Gomes, e em a outra do escudo em campo vermelho tres bezantes de
oiro entre uma dobre cruz, e bordadura do mesmo appellido de Almeida. Elmo de prata
de todo aberto por ser de antiga geração, guarnecido de oiro, timbre meio toiro vermelho
com cornos e unhas de prata, e uma vieira das armas na testa: o qual escudo de armas,
e signaes possa trazer e traga, e use assim como d’ellas usaram os seus antepassados
em todos os logares de honra em que os nobres e antigos fidalgos costumam trazer, se
gundo o regimento da armaria. Pelo que requeiro ás justiças e aos nobres fidalgos de
solar, geração, e cotta de armas da parte do dito senhor, e por bem do oficio da nobreza,
que tenho como juiz que sou d’ella, deixem gozar e possuir ao capitão Diogo Dias Coim
bra Pimentel de Almeida as ditas armas, e gozar das honras, liberdades, e mais preemi
nencias concedidas aos fidalgos de solar, geração e cotta de armas, como é o supplicante
sem contradicção alguma, nos actos em que a nobreza d’elles lhe dá logar, e assim como
d'elles e d’ellas usaram nos logares publicos em que são devidas. E por ser verdade lhe
passei esta certidão de brazão de armas e declaração de linhagem pelo mostrar com cla
resa devida em Lisboa aos 20 de março de 1621. E eu Domingos Correa, escrivão da
nobreza n'estes reinos, a fiz escrever e sobscrevi. — Rei de armas.
XXI
(1599) |
Portugal principal rei de armas nestes reinos e senhorios de Portugal, pelo muito alto
e poderoso rei D. Filippe nosso senhor etc. Faço saber aos que esta minha carta de bra
zão e armas de nobreza, e fidalguia virem, que por parte de Diogo Nunes da Parada e
Roboredo, morador n’esta cidade de Lisboa, me foi apresentada uma sentença passada pela
chancellaria, dada pelo doutor Manuel Alvares de Torneyo, corregedor do civel da corte,
e subscripta por João de Paiva, escrivão do dito juizo, que é a seguinte: Visto a inquiri
ção de testemunhas de fidalgos conhecidos n’este reino, que á instancia do dito Diogo
Nunes da Parada de Roboredo tirou por provisão de Sua Magestade, assignada por sua
real mão, Francisco de Andrade de Paiva, fidalgo de sua casa, guarda-mór da Torre do
Tombo, e chronista mór do reino com o escrivão da dita torre o licenciado Luiz de Al
varenga Figueira, pela qual me constou como o dito Diego Gomes da Parada de Rob0redo
é filho legitimo de Afonso de Roboredo da Parada, e neto de Diogo Nunes da Parada, e
bisneto de Simão Nunes da Parada, senhor da quinta e torre da Parada, fidalgo de So
lar, descendente de D. Soeiro Annes da Parada, conde e adiantado em Galiza, que veiu
a este reino em ajada de el-rei D. Fernando: E pela outra parte de D. Brites de Robo
DOMINGOS GARCIA DE GONDIM 625
redo, neta de D. Joâo de Roboredo, senhor da villa de Roboredo em Castella, que se
passou a este reino. E vista рог mim a dita sentença с cerüdöes juradas de homens no-
brus e fidalgos, e mais papéis, ludo justificado p: т André Machado, cseriväo das justifi-
cacôes, e pelo juiz d'ellas porque me constou do sobredito, que ludo fica em meu poder:
Eu Manuel Teixein, rei dé armas principal Portugal, com o poder, e authoridade, que
de meu real officio para isso tenlio, busquei os livros da nobreza, e fidalguia dos da fa
milia dos senhores da Parada, e de Roboredo nos quaes achei registadas as armas, que
pertencem ao dito Diogo Nunes da Parada e Roboredo, como n'este escudo Ih'as dou di
visadas e ¡Iluminadas: Os da Parada, urna torre em campo verde com cinco estrellas de
oiro, e por timbre urn homem com urna espada na nmo. E os de Roboredo, um leäo
rompenle em campo azul, e por timbre o mesmo leäo. As quaes armas poderá trazer e
possuir, e d'ellas usar em todos os actos de nobreza de guerra e de "paz, e em suas ca
sas, quintas e sepulturas, e em todos os mais actos onde Ihe for necessario. E julgo ao
dito Uiogo Nunes da Parada e Roboredo por da lirihagem, e descendencia dos ditos Simao
Nunes da Parada, senhor da dita quinta e solar da Parada, e de D. Joâo de Roboredo,
senhor da dita villa de Roboredo, e o hei por fidalgo de solar conhccido, e como este
poderá o dito Diogo Nunes da Parada usar de todos os privilegios, franquezas, isencoes,
e honras, e todos seus filhos e descendentes. E requeiro as justicas de el-rei nosso senhor
o hajam, conhecam por esta, e Ihe deixem usar das ditas armas e honras. E cumpram e
guardem este brazâo, como n'elle se contera, o qual por verdade Ihe passei por mim as-
signado. Dado n'esta cidade de Lisboa a quinze do mez de rriaio de mil e quinhentos no
venta e nove. Alvaro Leal, rei de armas India, o fez por Manuel Teixeira rei de armas
Portugal principal. E eu Manoel Teixeira o fiz escrever e subscrevi. — Portugal rei de ar
mas.
XXII
Brazäo do armas concedido a Domingos Garcia de Gondim
(1646)
Portugal rei de armas principal n'estes reinos, e senhorios de Portugal pelo muito alto
e mui poderoso rei D. Joâo o quarto do nomo nosso senlior, e por graça de Deus rei de Por
tugal e dos Algarves d'aqucm e d'alúm mar em Africa, senhor de Guiñé e da conquista,
navegacao, commercio da Ethiopia, Arabia, Persia e da India, etc. Faço saber aos que
esta miriha cerlidao de brazño de armas de nobreza, e fidalguia digna de fe e crença virem,
que por parte do licenciado Domingos Garcia de Gondim, natural de freguezia de Santa Eu
lalia do Serdal, termo da villa de Valeuca do Minho, e ora residente na villa de Santa-
rem, me foi feito tima petiçâo, dizendo n'ella que elle era filho legitimo de Gaspar Este-
ves, e de sua mulher Maria Rodrigues, e neto por parte do dito seu рае de Manuel da
Povoa e de sua mulher Genebra Estevcs. e bisneto de Estevâo da Povoa e de sua mulher
Margarida Rodrigues. Terceiro neto de Jacorne da Povoa, e de sua mulher Clara Martins
moradores que fbram na freguezia de Gándara, termo da dita villa de Valença. E por
parte da dita sua niâe era neto de Ruy Garcia, e de sua mulher Maria Annes, e bisneto
de Pedro Garcia e de sua mulher Isabel de Gondim, e terceiro neto de Ruy García, e de
sua mulher Margarida Rodrigues, moradores que foram na dita freguezia do Serdal, e to
dos descendentes do vcrdadeiro tronco, e geracáo dos Garcías de Gondim, que é casa de
solar conhecido e da antiga fidalguia, e se trataram a leí da nobreza, sera n'elles haver
raça de mouros, judeus, nem outra ma seita, servindo os cargos nobres da república: o
que tudo constava muí largamente de um instrumento de teslemunlias passado na dita
villa por mandado de Belcliior Barbosa, juiz ordinario na dita villa de Valen<;a do Minho,
e feilo por Antonio Soares, tabelliíio do publico judicial na menina villa, e as testemunhas
inquendas pelo dito juiz ; e por quanto alguns da dita geraijao linham tirado seus bra
686 DOMINGOS GARCIA DE GONDIM
zßes das armas, que a ella de direito competem ; quería elle snpplicanto tirar o seu, pelo
que me pedia pela memoria de seus antecessores se nao perder, e elle poder usar das
ditas armas e dos privilegios e fidalguia a ellas concedidos, Ihe désse e mandasse passar
um escudo com as armas, que á dita linhagem pertencem, e as elle de direito por Ihe
pertencerem pode trazcr, para d'ellas gozar nos actos era que a nobreza llie der logar. E
visto por mim seu dizer, e o que do dilo instrumento cnnslava, o qual foi reconhecido
n'esta cidade por Francisco Tarares, tabellifio publico de notas por Sua Magestade : з
outro sim me apresentou urna provisao da Torre do Tombo d'esta cidade, mandada pas
sar na forma acostumada, e sendo buscados os livros do dito arcbivo pelo escrivâo d'elle,
e no livro das inquiricóes, e devacos da Beira e d'alem Douro, que está na casa da co-
roa, a fl. 84 se adiaram dois capítulos dos quaes uní falando no logar de Gondim e Al-
derete, digo no logar de Gondim, diz: item o logar que cliamam Outeirode Alvao, e Gon
dim e Alderete de Suzâo e Alderete de Suzaam é provado que os viram semprc honrados,
que ouviram dizer que o forain de longo tempo etc. A qual dita provisao vinlia assignada
pelo doutor Joâo Pinto Ribeiro,' fidalgo da casa de Sua Magestade e de seu cniíselho, seu
desembargador do paco, e guarda-mór da dita torre, ao qual instrumento e provisao me
reporto era todo e por todo, que urna e outra coisa fica em poder do escrivâo da nobreza
que esta subscreveu: e por parte do supplicante me foi requerido da parte de Sua Ma
gestade que Deus guarde, pois tinha mostrado sua nobreza, e descender da nobre e an-
tiga familia dos Gondins, que n'estes reinos sao fidalgos de geraçâo e cotia de armas, e
solar conhecido, como taes os dita goracfio sao padroeiros das egrejas de Santa Eulalia de
Cerdal, S. Mamede de Ferreira, Linliares, e Formans do concelho de Coura, e para maior
augmento e conservaçâo de sua fidalguia Ihe désse uní escudo das armas, que á dita ge-
raçâo pertenciam : E visto seu requerimento com o que do dito instrumento me constou,
com o podor e authoridade que de meu nobre e real officio para isso tenho, e que n'esta
parte uso, provi e busquei os livros da nobreza da nobre e antiga lidalguia d'esté reino,
e n'elles achei registadas as armas que á dita linhagem pertencem, e Ibas dou n'este divi
sadas e ¡Iluminadas conforme a regra da armada a saber: Um escudo de prata, e n'elle
tres leoes pardos passantes de cor sanguínea, armados de azul: elnio de prata aberto guar
necido de oiro. Paquife dos metaes e cores das armas. E por timbre um dos leoes das
armas: e por differença unía brica verde, e sobre um trifolio de oiro: e d'esta maneira
poderá usar e trazer as ditas armas por Ihe perlencerem, como acto e prerogative de
sua nobreza e fidalguia, onde licitamente d'ellas possa usar, podendo-as mandar por nos
portaes de suas casas, quintas e mais edificios, e em sens anneis, lirmaes, sinetes e mais
divisas de seu service, podendo-as trazer em'seus reposteiros, e com ellas entrar era
batalhas, campos, duelos, rectos, desafios, justas, lorneios, e em todos os déniais actos
nobres assirn de guerra, como de paz, que lícitos e honestos forem, servindo-se em lodo,
e aproveitando-se d'ellas, como á sua nobreza e fidalguia c<>nvém; e últimamente as po
derá deixar sobre a sua sepultura. Pelo que requeiro a todos os desembargadores, eor-
regedores, ouvidores, juizes e mais justicas de Sua Mageslade da parle do dito senhor,
e da miriha peco por bem do officio da nobreza que tenho, deixem trazer, lograr e pos-
suir ao sobredilo licenciado Domingos Garcia de Gondim as ditas armas, e gosar dos pri
vilegios, liberdades, merces e mais prerogatives, que por bem d'ellas deve, e pode usar
assim, e da maneira que gosam os mais fidalgos de geraçâo e cotia de armas, e em es
pecial mando a todos os officiaes da nobreza, reis de armas, arautos e passavanles, que
ora sao e ao diante forem, como juiz que sou d'ella, o cumpram e frcaní cumprir, e guar
dar assim e da maneira que n'esla é declarado e mandado com todas as liberdades e mer-
ces sobreditas, segundo costume dos nobres fidalgos de cotia de armas d'esté reino. E
por firmeza de ludo Ihe mandei passar a presente certidáo de brazâo de armas, por mim
assignada com o sinete do nome do meu real officio que costumo fazer em os brazoes,
etc. Dada n'esta corte e muilo nobre e sempre leal cidade de Lisboa, aos Irinla do niez
de junho do anno do nascimento de nosso senhor Jesus Christo de mil seiscentos e qua
••
bia, Persia, e da India, etc. A quantos esta minha carta virem faço saber, que Eloy Ma
nuel Villar e Sousa, natural d’esta cidade de Lisboa, me fez petição em como ele descen
dia e vinha da geração e linhagem dos Sousas de Arronches, Machados, Mirandas, e Oso
rios, e suas armas lhe pertenciam de direito, e pedindo-me por mercê que para a memo
ria de seus antecessores se não perder, e ele usar, e gozar da honra das armas, que
pelos merecimentos de seus serviços ganharam, e lhe foram dadas, assim dos privilegios,
honras, graças, e mercês, que por direito, e por bem d’ellas lhe pertencem, lhe mandasse
dar minha carta das ditas armas, que estavam registradas em o livro dos registros das
armas dos nobres, e fidalgos de meus reinos, que tem Portugal meu principal rei de ar
mas. A qual petição vista por mim, mandei sobre ella tirar inquirição de testemunhas pelo
doutor Francisco de Santa Barbara e Moura, do meu desembargo, e meu desembargador
em esta minha côrte, e casa da supplicação, corregedor do civel em ella, e por Thomaz
de Gouvea Barlenda, escrivão do dito juizo, pelos quaes foi certo, que elle procede, e
vem da dita geração, e linhagem dos ditos Sousas de Arronches, Machados, Mirandas, e
Osorios, como filho legitimo de João de Sousa Villar, e de sua mulher D. Maria Caetana
Osorio, naturaes d’esta cidade de Lisboa; neto pela parte paterna de Manuel Francisco
Villar, natural da freguezia de Villarinho das Cambas, arcebispado de Braga, termo de
Barcellos, e de D. Maria de Sousa, natural d’esta cidade, e descendente legitima dos
Sousas; e pela parte materna é neto do capitão Domingos Machado de Miranda, natural
da villa de Alvito, e de D. Felicia Maria Osorio, natural da cidade da Bahia: os quaes
seus paes e avós eram pessoas muito nobres, e legitimos descendentes das familias de
Sousas de Arronches, Machados, Mirandas, e Osorios, e como taes se trataram sempre á
lei da nobreza, com cavallos, armas, e criados, como pessoas nobres, que eram, servindo
sempre os honrosos cargos do governo, tanto no militar, como nos da republica, sem que
nas suas gerações houvesse nunca raça alguma de judeu, mouro, ou mulato, nem de Ou
tra infecta nação, e que de direito lhe pertencem as suas armas, as quaes lhe mandei dar
em esta minha carta com seu brazão, elmo, e timbre, como aqui são divisadas, e assim
como fiel e verdadeiramente se acharão divisadas e registradas em os livros dos registros
das armas dos nobres, e fidalgos de meus reinos, que tem o dito Portugal meu rei de
armas; a saber : Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Sousas de
Arronches, que são esquarteladas, no primeiro as quinas de Portugal com sua orla de cas
tellos, no segundo em campo sanguinho uma quaderna de crescentes de prata apontadas,
e assim os contrarios; no segundo quartel as dos Machados, em campo sanguinho cinco
machados de prata com cabos de oiro postos em santor; no terceiro as dos Mirandas, em
campo de oiro uma aspa sanguinha, e nos vãos quatro flores de liz verdes; no quarto as
dos Osorios, em campo de oiro dois lobos sanguinhos passantes; elmo de prata aberto
guarnecido de oiro; paquife dos metaes e côres das armas; timbre o dos Sousas, que é
um castello de oiro lavrado de preto, e por diferença uma brica de oiro, com um trifolio
azul. Declaro, que nas dos Sousas ha de levar um filete preto em contrabanda, que passe
por baixo do escudinho do meio. O qual escudo, armas, e signaes possa trazer, e traga
o dito Eloy Manuel Villar e Sousa, assim como as trouxeram seus antecessores; em todos
os logares de honra em que os ditos seus antecessores e os nobres e antigos fidalgos sem
pre as costumaram trazer em tempo dos mui esclarecidos reis meus antecessores, e com
elas possa entrar em batalhas, campos, rectos, escaramuças, e exercitar com ellas todos
os outros actos licitos da guerra, e da paz, e assim as possa trazer em seus firmaes,
aneis, sinetes, e divisas, e as pôr em suas casas, e edificios, e deixal-as em sua propria
sepultura, e finalmente se servir, honrar, gozar, e aproveitar d’ellas em todo e por todo,
como a sua nobreza convém. Com o que quero, e me praz, que haja elle, e todos seus
descendentes, todas as honras, privilegios, graças, mercês, isenções e franquezas, que hão
e devem haver os fidalgos nobres, e de antiga linhagem, e como sempre de todo usaram
e gozaram os ditos seus antecessores. Pelo que mando a todos meus corregedores, desem
bargadores, juizes, justiças, alcaides, e em especial aos meus reis de armas, arautos, pas
FABRICIO BEMBo 629
savantes, e a quaesquer outros oficiaes, e pessoas a quem esta minha carta fôr mostrada
e o conhecimento d’ella pertencer, que em tudo lh'o cumpram, e guardem, e façam cum
prir, e guardar, como n’ella é conteudo, sem duvida nem embargo algum, que em ela
lhe seja posto, porque assim é minha mercê. El-rei nosso senhor o mandou por Manuel
Pereira da Silva, seu rei de armas Portugal. Frei Manuel de Santo Antonio, religioso da
ordem de S. Paulo a fez em Lisboa aos 28 dias do mez de julho do anno de 1742, e vai
subscripta por Antonio Francisco e Sousa, escrivão da nobreza n'estes reinos e senhorios
de Portugal, e suas conquistas: e eu Antonio Francisco e Sousa o subscrevi. — Portugal
rei de armas principal.
XXV
(1545)
Ductiones Civitates Cremonensis : Saepe numero fit, ut multa quae in aliqua Orbis ter
rarum parte nota certaque sunt, alibi ob magnam inter se Regionum distantiam minus
sint nota, et proterea aliquam secum dubitationem ferant, quod nunc contigit Fabricio
Bembo civi nostro Ulisiponem Regiam Lusitania urbem habitanti, de cujus nobilitate cum
proter Patriae Longinquitatem ambigatur, ut hujus modi dubitatio penitus tulatur, veritas
que innotescat, ne su ipsse debito honore defraudetur, fidem faciumus, e attestamurubi
que locorum, quo hae nostrae pervenerint, ipsum Fabricium esse Stephano Bembo viro
probo genitum ex Bemborum Familia, quae nom solum apud nos nobilitate prestat, sed
etiam Venetiis potentissima Italiae urbe clarissima habetur, cui aetate nostra maximum
addidit ornamentum Petrus Bembus obi ingenii praestantiam et eximius animi virtutes
Cardinalatus dignitate a Paulo III Pont. Maximo inrignitus. Eundemque ipsum Fabricium
uti insignibus nobilitatis ejusdem met generis, et formae, cujus Bemborum gens tam Cre
monae, quam Venetiis utitur et uti soliti estirpe, cujus formae exemplum est superius de
pictum, et propterea has Literas scribi et sigillo nostro insigniri jussimus. Datum Cremone
Octavo cal. Decembris MDXLV. 1545.
Os Senadores da cidade de Cremona: Muitas vezes acontece, que muitas cousas, que
em alguma parte do mundo são certas, e conhecidas, o sejam menos em outras pela grande
distancia, que as regiões tem entre si, e por esta causa padecem alguma duvida: o que
agora acontece a Fabricio Bembo, nosso cidadão, que habita em Portugal na côrte de
Lisboa. E como se duvida da nobreza d’elle, por causa da distancia da sua patria, para
que esta duvida se desfaça, e fique patente a verdade, e para que o mesmo não fique
defraudado na honra, que se lhe deve, certificamos, e attestamos em todos os logares
d'onde estas nossas letras forem apresentadas, que o mesmo Fabricio é filho de Estevão
Bembo, homem bom da familia dos Bembos, a qual familia não só é clara por sua
nobreza nos nossos estados de Cremona, mas tambem se reputa clarissima em Veneza,
potentissima cidade de Italia, acrescentando-lhe no nosso tempo um ornamento maximo
Pedro Bembo, bomem de sublime engenho, de grandes virtudes, condecorado com a
dignidade de cardeal pelo summo pontifice Paulo III: e tambem certificamos, e attestamos,
que o mesmo Fabricio usa das insignias de nobreza da dita familia, da mesma maneira
e forma, que d’ellas usam, e costumam usar os Bembos, tanto em Cremona, como em
Veneza, da qual forma damos o exemplar abaixo pintado; e por esta razão mandamos
passar as presentes letras seladas com o nosso sello. Cremona aos 24 de novembro de
1545. N. B. (Esta carta não descreve o brazão d’armas, mas ha uma outra carta a res
peito de Affonso Bembo, que traz a descripção, 1584.)
630 FERNÃO CERVEYRA
XXVI
(1507)
Portugal rei d'armas do mui alto e mui excelente e poderoso principe e senhor el-rei D.
Manuel, por graça de Deus rei de Portugal e dos Algarves d’aquem e d'alem mar em Africa, e
senhor de Guiné, e da conquista, navegação, commercio de Ethiopia, Arabia, Persia, India,
etc. Faço saber a quantos esta minha carta de certidão virem, que Fernão Cerveyra escu
deiro fidalgo de cotta d'armas, e solar conhecido, fidalgo da casa dos reis de Portugal,
me requereu, e me pediu, que porquanto ele procedia dos da linhagem e geração dos
proprios Cerveyras de que antigamente houve, e ha n’estes reinos, de que procedem e são
muitos cavalleiros fidalgos de cotta d'armas, e solar conhecido, por onde lhe por direito
vinham, e pertencem as armas da dita linhagem, que pelos reis passados lhe foram dadas,
e a outros acrescentadas por merecimento de suas pessoas, e serviços; e devia de haver,
e gosar de todas as honras e liberdades, franquezas, e graças e preeminencias que os
ditos seus antecessores sempre tiveram e possuiram, e de que usaram pela rasão de sua
nobreza, e fidalguia que assim tinham de nome d'armas e solar conhecido, porquanto
elle era filho lidimo de legitimo matrimonio de Pedro Cerveyra, e de Isabel Cerveyra sua
propria mulher recebida, moradores que foram na Azinhaga, termo da nobre villa de San
tarem, os quaes descendiam da dita linhagem, e que sempre viveram muito honrados, e
recatados e á lei de nobres tendo continuadamente o dito seu pae armas, caval
los, mulla, azemula, homens e servidores, sendo moço da camara do infante D. Hen
rique, e depois do infante D. Fernando, e sempre vivera nobremente, chamando-se
sempre, e honrando do nome, e appelido do chefe da dita linhagem; para a qual
prova me apresentou uma inquirição, que a requerimento do dito Fernão Cerveyra,
e de Martim Cerveyra seu irmão fora tirada em a nobre villa de Santarem por auctoridade
e em presença de Fernão Lourenço, juiz com alçada na dita villa. E visto por mim seu
requerimento e o direito que em elle dizia ter, me informei e passei a dita inquirição, e
achei em ela certos testemunhos dignos de fé e crença, a saber: um de Briolanja Fer
nandes, dona viuva, mulher que foi de Martim Vaas escudeiro, e almoxarife que foi do
infante D. Henrique e Vasco Pires... prior de Santa Maria d'Arronches, e vigario geral da
dita villa d'Arronches, e Jorge Bode escudeiro fidalgo, e uma Izabel Fernandes mulher
de um Bertolameu Fernandes, e Mem Cerveyra cavalleiro da casa de el-rei nosso senhor
tio do supplicante, e declararam em seus testemunhos todo o conteudo na petição do
supplicante, que assim era verdade que o pae, e mãe do supplicante era dos proprios
Cerveyras escudeiros fidalgos de nome de armas, e solar conhecido, e que por taes eram
havidos, nomeados, honrados e acatados, e que o dito Pero Cerveyra fôra muitas vezes
encarregado em coisas de seus serviços tendo tença do dito infante seu senhor, e assim
vivia cavalheirosamente como nobre, e que por assim ser homem bem criado, e de muita
fazenda pousavam em sua casa os infantes e el-rei, e outros senhores quando nesse lo
gar acertavam chegar, e que nem havia duvida o supplicante e seu irmão serem filhos
dos sobreditos sem nenhuma bastardia, e nascerem de legitimo matrimonio, porque quando
se fizeram os concertos dos casamentos do pae e mãe do supplicante foi lançada nota por
Fernão Cerveyra, pae da dita Isabel Cerveyra, e seus parentes que elles podiam casar sem
nenhum cargo de consciencia por o parentesco já ser além do quarto grau, então foram
casados e recebidos, e viveram honradamente com lei ou casamento d'entre os quaes
veiu nascer Fernão Cerveyra, e Martim Cerveyra seu irmão, e por seus filhos foram ba
ptisados e creados, como mui cumpridamente se contém nos ditos de seus testemunhos.
E vista por mim sua prova ser firme, e valiosa quanto basta, e viverem sempre nobre
mente á lei de nobres, e se nomearem e honrarem do nome, e appelido dos Cerveyras,
FILIPPE DA COSTA RIBEIRO 631
e o manterem em muita honra, como devem aquelles que de nobres descendem e nome
de armas tem. Dei ao dito Fernão Cerveyra supplicante as armas que da dita sua linha
gem são conteudas, e pintadas no meio desta minha carta de certidão, que estão
assentadas nos livros da nobreza antiga, que em meu poder são, como juiz da no
breza; convém a saber: um escudo partido em quarteirões: o primeiro, campo verme
lho, uma cruz florida de ouro, e vasia do mesmo campo, a bordadura de prata acompa
nhada de escudos azues e dinheiros de prata, assim como nas quinas de Portugal; e o
Segundo quarteirão de campo de prata, e duas cervas mochas de purpura; e ausi além
contra, e com sua diferença do chefe que toma de ambos quarteirões: pelo qual vos re
queiro e mando da parte de el-rei, e de sua alteza tenho a todos cavalleiros, fidalgos de
cota de armas, e a todos juizes, justiças, e oficiaes, e pessoas a que esta minha carta
for mostrada, e o conhecimento della pertencer por qualquer guiza, e maneira que seja,
deixem ao dito supplicante ter, e trazer, e possuir as ditas armas, e o deixem entrar em
quaesquer trances de batalha, rectos, e desafios, que ele houver com seus inimigos em
todos os logares de honra, que os nobres, e antigos fidalgos sempre costumaram, e por
direito commum, leis, ordenações, usanças destes reinos devem trazer, e trazem, e lh'as
deixem lograr, e possuir como coisa sua propria, assim a elle, como aos que d’elle des
cenderem por linha direita masculina, vivendo á lei da nobreza, e os deixem gosar de to
das as honras, preminencias, privilegios, liberdades, graças, franquezas, que hão, e de
Vem haver os nobres, e da antiga linhagem destes reinos, e de que gozaram, e gozam
todos seus antecessores por razão de sua nobreza, e fidalguia, que assim tem de nome
de armas, e solar conhecido, e melhor de com razão se poder fazer; e não será a dita
carta valiosa, nem guardada, salvo ao dito Fernão Cerveyra, e aos que d'elle descenderem,
por linha direita masculina como dito é: cumprindo-o assim uns, e outros sem duvida,
nem embargo, que a ele ponhaes. Feita na mui nobre e sempre leal cidade de Lisboa, treze
dias do mez de dezembro da era de mil e quinhentos e sete annos. Afonso Fernandes a
fez, — Rei de armas Portugal.
XXVII
(1618)
Portugal rei d'armas principal nestes reinos e senhorios de Portugal, pelo muito alto e
muito poderoso rei D. Filippe terceiro, nosso senhor, etc. Faço saber aos que esta certidão
de brazão d'armas de nobreza digna de fé, e crença virem, que a mim me enviou a dizer
por sua petição Filippe da Costa Ribeiro, morador na cidade de Beja, que elle era filho
legitimo havido de legitimo matrimonio de Afonso Rodrigues Ribeiro, e de sua mulher
Brites da Costa, e neto por parte de seu pae de Domingos Rodrigues Ribeiro, e pela parte
de sua mãe neto de Jorge da Costa, moradores que foram na villa da Ega junto a Coim
bra, os quaes uns, e outros se trataram limpa, e nobremente com seus cavallos e criados,
e escravos, como a sua nobreza convinha, e procediam dos verdadeiros troncos dos Costas
e Ribeiros, que n'este reino são fidalgos de Kotta d'armas, e da mesma maneira se trata
ele supplicante Filippe da Costa Ribeiro, com suas armas e cavallos, e escravos, e gente
de seu serviço, como a sua nobreza convém, sem em toda sua geração paterna, e ma
terna haver casta de mouro, nem judeu, nem outra ruim mistura: o que tudo me
constou por um instrumento publico, que me apresentou passado em publica fórma na
dita villa da Ega, e justificado no paço dos tabeliães d’esta cidade de Lisboa: pelo que
me pedia, que pela memoria de seus antepassados se não perder, e elle uzar, e gozar das
honras e liberdades de que gozam os fidalgos de cotta d'armas. O que visto por mim,
com o poder e authoridade, que de meu real oficio para isso tenho, busquei os livros
632 FRANCISCO NUNES DE PAVÍA BORGES
da nobreza, que cm men poder estäo, e n'dles acliei revistarlas as armas dos Costas e
Ribeiros, que n'este reino sao iidalgos de cotia d'armas, as quaes Ihe aquí dou divisadas,
e ¡Iluminadas, a saber : Um escudo partido em palla, o primeiro dos Costas, en'elle seis
costas de prata em campo vermcllio, e no segundo o dos Ribeiros, tres faxas veiradas, e
contraveiradas de prata e vermellio em campo negro, e por timbre duas costas atadas com
um troçal vermellio, e por difference nm A : e por assim dever de as trazer, e d'ellas usar
por Ihe pertencerem, requeiro as justicas d'El-Rei nosso senhor, e aos officiaes da no
breza, como juiz que sou d'ella, deixem usar ao dito Filippe da Costa Ribeiro, cavalleiro
fidalgo da casa de Sua Magestade, das ditas armas e gozar de todas as honras, privilegios,
graças e merces, que as ditas armas sao concedidas, e d'ellas usar em todos os actos
públicos de paz e guerra, e poderá entrar cora ellas em desafíos e escaramucas, e tra-
zel-as em seus anneis, sinetes, reposteiros e em finí deixal-as sobre sua propria sepul
tura. Feita n'esta cidade de Lisboa, aos sete dias do mez de junho do anno do nascimento
de nosso senhor Jesus Christo de mil e seiscentos e dezoito annos. Duarte Rodrigues o
fez por Simâo Gonçalves, escriváo da nobreza n'estes reinos e senhorios de Portugal pelo
dito senhor ; e eu Simâo Gonçalves, escriváo da nobreza por Sua Magestade n'esta cidade
de Lisboa o fiz escrever e sobescrevi. — Portugal reí d'Armas P.P.
XXVIII
Brazáo de armas concedido a Francisco \nnes de Pavía Borges
(1589)
Portugal principal reí d'armas do mui alto e muito poderoso rei D. Filippe nosso se
nhor d'estes reinos de Portugal, e cavalleiro professo da ordern de Santiago. Faco saber
a quantos esta minha carta de brazïio d'armas de nobreza digna de fe e crença virem, que
Francisco Nunes de Pavía Borges, escriváo da cámara do dito senhor, me pedia e reque-
reu, que por quanta elle descendía por linha direita legitima, e sem bastardía poi1 parte
de seu рае Antonio Nunes Borges de Gouvea, e de sua mlíe Guiomar Velha de Maccdo e
Pavia, e de seus avós Vasco Martins de Pavía, e Joanna Velha de Macedo, с Joâo Nunes
Maréeos Borges de Gouvea, e de seus bisavós Fernâo Velho, que foi moco lidalgo da casa
de el-rei D. Affonso v, e Lourenco Martins de Pavia, e Martim Esteves Tavares Borges de
Gouvea, e de seus tres-visavós das geracöes e linhagens dos Borges, Velhos, Pavías. Gou-
veas que n'estes reinos sao fldalgos de cotta de armas, como constava do eslromento au-
thorisado em forma devida por aulhoridade de justica, e mais papéis que apresentava,
que Ihe désse um escudo com as armas que as ditas linhagens pertencem, e as elle de
direito por Ihe pertencerem devia trazer, para d'ellas usar, e gozar das honras e liberda-
des que por bem da nobreza délias gozaram seus antepassados : pelo que provendo a seu
requerimento por virtude do que constava dos ditos papéis e estromento, cora o poder e
authoridade que de meu oflicio para isso tenho, busquei os livros da nobreza da nobre fi-
dalguia do reino que em meu poder estao, e acho n'elles as armas que as ditas linhagens
pertencem serem estas qne em esta Ihe dou ¡Iluminadas, se. O escudo esquartelado ; ao
primeiro dos Borges que trazem o campo vermelho e uní leño douro rompente armado de
preto, e urna bordadora de azul semeada de flores de lizes douro, e ao contrario dos Gou-
veas que trazem o escudo partido cm palla, ao primeiro de vermelho e seis amelas de
prata encaseradas entre urna bordadura e dobre cruz douro, e ao segundo de prata e seis
torteaus de azul poslos em duas palas, e ao segundo do primeiro dos Pavías que trazem
o campo esquark'lado de prata e preto de tres pecas em faxa, e ao contrario dos Velhos
que trazem o campo vermelho e cinco vieiras douro riscadas de preto postas cm aspa:
elmo de prata aberto guarnecido douro, paquife douro e azul, e ouro e vermelho, e prata
e preto entrecambado, e por timbre um meio leâo douro pardo com urna flor de liz ver-
FRANCISCO DE SANDE 633
melha na testa, que é o timbre dos Borges ; e por differença um cardo verde florido de
vermelho, que coin ellas pois llie perlencem pela dita maneira segundo regimenlo de ar
maría deve trazer. E por assim dever d'ellas usar reqneiro as jusücas da parte do dito
senlior, e por bem do olïïcio da nobreza guardem ao supplicante Francisco Nunes de Pa-
via Borges as honras e liberdades e mais preeminencias concedidas as ditas armas, e Ih'as
deixem trazer, e possuir e d'ellas usar nos autos ern que a nobreza d'ellas llie da lo
gar, e por verdade Ihe passei esta certidáo de brazáo em Lisboa por mim assignada aos
dezesete dias do mez de marco. Diogo de S. Româo a fez ; anno do nascimento de nosso
senhor Jesus Christo, de mil e quindenios e oitenta e nove. — Portugal principal rei de
armas.
XXIX
Brazáo de armas concedido a Francisco de Sande
(1513)
D. MANUEL, por graca de Déos rei de Portugal, e dos Algarves, d'aquem e d'além
mar em África, senhor de Guiñé, e da conquista, navegacap, e do commercio da Ethiopia,
Arabia, Persia, e da India. A quanlos esta nossa carta virem fazemos saber, que Fran
cisco de Sande, fidalgo, nos fez petiçâo como elle descendía, e vinha da geraçâo e linha-
gem dos de Sande, que eram fidalgos de cotia de armas, e suas armas Ihe pertenciam
por direito, pedindo-nos por mercó, que por a memoria de seus antecessores se nao per
der, e convir e usar da honra das armas, que pelos merecimentos de seus services ga-
nharam, e Ihe foram dadas, e assim dos privilegios e honras, graças e mercês, que por
direito por bem d'ellas Ihe pertencem, Ihe mandassemos dar nossa carta das ditas armas,
que estao registadas nos livros dos registos das armas dos nobres, e (idalgos de nossos
reinos, que tem Portugal nosso principal reí de armas. A quai petiçâo vista por nos, man
damos sobre ella tirar inquiricáo de testemunhas por Henrique Vaz, inquiridor da corte,
e Alfonso Fernandes, escrivao, pelos quaes somos certos, que elle procede, e vein da ge-
racao e linhagem dos de Sande, e é o chefe e principal da dita linhagem, como íilho mais
velho que é de Fernáo Lopes de Sande, e bisneto de Esteviío Lopes de Sande, e trésnelo
de Lopo Affonso de Sande, que viveu com el-re¡ D. Joáo primeiro, de gloriosa memoria, os
quaes seus avós todos foram nobres e üdalgos, e sempre viveram a lei de fidalgos, e por
taes sempre foram havidos e conhecidos, e que ríe direito as suas armas Ihe pertencem,
as quaes llie mandamos dar em esta nossa carta com o seu brazáo, elmo e timbre, como
aqui sao divisadas, e assim como fiel e verdaderamente se acharam divisadas e registadas
nos livros dos registos do dito Portugal, nosso principal rei de armas, as quaes armas
sao as seguintes, convern a saber : o campo vermelho, e um leao entre quatro flores de
liz de ouro, urna sobre a cabeça, e oulra aos pés, e as outras ñas ilhargas, elmo de
prata aberto, paquife de ouro forrado de vermellio, e por timbre nm meio leâo vermelho,
com urna flor de liz de ouro na cabeça: o qual escudo e armas, e signaes, possa trazer, e
traga o dito Francisco de Sande, assim como as trouxeram, e d'ellas usaram seus ante
cessores em todos os logares de honra em que os ditos seus antecessores e nobres, e
antigos fidalgos sempre coslumaram a irazcr em tempo dos mui esclarecidos reis nossos
antecessores, e com ellas possa entrar em batalhas, campos, duelos, rectos, escaramuças,
e desafíos, e assim as trazer em seus lirmaes, aneis e sineles, e divisoes, e as por em
suas casas e edificios, e deixal-as sobre sua propria sepultura, e finalmente se servir e
convir, e aproveitar d'ellas em lodo e por todo, como a sua nobreza convém. Com o que
queremos, e nos praz, que h aja elle, e todos os seus descendentes lodas as honras, pri
vilegios, liberdades, graças e mercês, e isençôes, e franquezas, que hüo, e devem de ha
ver os fidalgos nobres, e de anliga linhagem, e como sempre de todo usaram, e convi-
ram seus antecessores ; e porém mandamos a todos os nossos corregedores, desembar-
634 . FEANCISCO SIMÖES MONTEIKO DE FARIA
gadores, juizes, justices, alcaides, e em especial aos nossos reis de armas, arautos e pas-
savantes, e quaesquer outros ofliciaes a que esta nossa caria for mostrada, e o eonheci-
mento d'ella pertence, que ein todo e por todo a cumpram, e façam cumprir e guardar,
como n'ella è conteudo, sem duvida nern embargo algnm que Hie em ella seja posto, por
que assim é nossa mercê. El-rei o mandou pelo hachare! Antonio Rodrigues, seu principal
rei de armas Portugal, Diogo Fernandas a tez. Armo de mil e quinhentos e treze. A 25
dias de feveruiro. — Portugal reí de armas.
DOM JOAO por graça de Deus rei de Portugal, e dos Algarves, etc. Faço saber aos que
esta minha caria virem, que Francisco Simóos Monteiro de Faria, cavalleiro tidalgo de mi
nha casa, e juiz propriclario de niinhas reaes coutadas da villa de Salvaterra de Magos, e
assislente na mesma villa, me fez peticao dizendo-me, que elle vinha por legitima descen
dencia da nobie geracäo, e linbagem dos Farias, Monteiros e Soares, os quaes sao lidal-
gos de solar, e colla de armas, e que as suas Jhe pertericiam a elle de direito, e me pedia
FRANCISCO SIMOES MONTEIRO DE FARIA 635
por mercè, que para a memoria de seus antecessores se n3o perder, e elle usar e gozar
da honra das armas, que pelos merecimentos de seus serviços ganharam, e Ihe foram da
das, assim dos privilegios, honras, gracas e mercês, que por direito e por bem d'ellas
Ihe perlencem, Ihe mandasse dar minha carta das ditas armas, que estavam registadas em
os livros dos registos das armas dos nobres, e fidalgos dos meus reinos, que tem Portu
gal metí principal rei de armas ; para o que me apresentou urna sanlenca de justificacao
de sua ascendencia e nobreza, proferida pelo doutor Manuel da Costa Mimoso, meu desem-
bargador, e corregedor do civel da corte, e casa da supplicaçâo, escripia por Antonio Soa-
res Guerreiro, escrivao do dito juizo, em a qual dcpois de tirar inquiricáo de teslemunhas,
julgou o dito meu corregedor ser o supplicantc de sangue puro, e legitimo descendente
das ditas familias, Monteiros e Soarcs. Por provar ser legitimo filho de Manuel Monteiro
de Paria, cavalleiro lidalgo de minha casa e profcsso na ordern de Christo, e almoxarife
proprietary dos pacos da villa de Almeirim, e de D. Joanna Maria Lobo; neto pela parte
paterna de Francisco Simíies Monteiro de Paria, cavalleiro fidalgo de minha casa, e pro-
fesso na ordern de Christo, commeiulador du mesma ordern, e almoxarife proprietario dos
pacos da Ribeira d'esta cidade de Lisboa, e de D. Helena Maria de Lima ; bisneto do ca-
pitao Antonio Monteiro de Paria tambem cavalleiro lidalgo professo na ordern de Christo,
e commendador da mesma ordern, e de Ü. Maria Simöes, e que os ditos sens pais e avós
eram pessoas muito robres, e legítimos descendentes das ditas familias dos Parias, Mon
teiros e Soares, e como tais se trataram sempre a lei da nobreza, com cavallos, armas e
criados, como pessoas nobres que eram, servindo sempre cargos do governo, tanto nos
postos de militar, como nos da república, sem que ñas ditas geraçoes houvesse nunca raca
alguma de judeu, mouro, ou mulato, nem de outra infecta nacao, e assim de direito Ihe
pertencem as suas armas, as quaes Ihe mandei dar em esta minha carta com seu brazao,
elmo e timbre, como aquí vuo divizadas, e assim como fiel e verdaderamente se acharam
illuminadas, e registradas em os livros dos régi- tros das armas dos nobres, e fidalgos dos
meus reinos, que tem o dito Portugal meu rei de armas, a saber : um escudo esquarte-
lado, no primeiro quartel das armas dos Farias, que sao em campo sanguinho, urna torre
de prata lavrada de negro, entre du»s flores de liz de prata, e tres em chefe; no segundo
quartel as armas dos Monleiros, que sao em campo de prata tres bozinas negras com bo-
caes de ouro, e conloes vermelhos postas em roquete; no terceiro quartel as dos Soares,
que sao em campo sanguinho urna banda de ouro, que sáe das bocas de duas cabecas
de serpe do mesmo armados de azul, e nos dois vaos do escudo dois vasos de prata de
duas azas cada um, cheios de lirios ou azucenas de sua cor, abertas: no quarto outra vez
as dos Parias, como no primeiro; elmo de prata aborto, guarnecido de oiro ; paquife dos
metaes e cores das armas : timbre o dos Parias, que é a rnesma torre das armas com urna
flor de liz sobre as armas, e por differença uim brica de oiro com um trifolio azul ; o
qual escudo poderá trazer, e traga o dilo Francisco Simoes Monteiro de Faria, assim como
as trouxeram, e d'ellas usaram os ditos nobres, e antigos fidalgos seus antepassados. em
tempo dos mui esclarecidos reis meus antecessores, e com ellas possa entrar em batalhas,
campos, rectos, escaramuças, e exercitar com ellas todos os outros actos lícitos da guerra
e paz, e assim as possa trazer em seus firmaes, aneis, sinetes e divisas, pôl-as em suas
casas, edificios, e deixal-as em sua propria sepultura ; e finalmente se poderá servir, hon
rar e gozar, e aproveitar d'ellas em todo, e por todo como a sua nobreza convem; com
o que quero, e me piaz que haja elle todas as honras, privilegios, liberdades, graças, men
ees, isençoes e franquezas, que háo e devem haver os fidalgos nobres e de antiga linha-
gem, e como sempre de todo usaram, e gozaram os ditos seus antecessores. Pelo que
mando a todos meus corregedores, desembargadores, juix.es, justices, alcaides e em es
pecial aos meus reis de armas, arautos e passavantes, e a quaesquer outros offlciaes, e
pessoas a quem esta minha caria for moslracla, e o conhecimenlo d'ella pertencer, que em
tudo Ih'a cumpram e guardem como n'ella é conlheudo, sem duvida nem embargo algum,
que em ella Ihe seja posto, porque assim é minha merce. El-rei nosso senhor o mandón
636 GASPAR DE ANDRADE COLUMBREIRO
por Manuel Pereira da Silva, seu rei de armas Portugal. Fr. Manuel de Santo Antonio, da
ordern de S. Paulo, e reformador do cartorio da nobreza, por especial provisao do dito
senhor, a fez em Lisboa nos dezoito dias do mez de dezembro do auno do nascimento de
nosso senhor Jesus Christo de mil setecentos quarenta e cinco, e vai sobescripta por Hila
rio da Costa Barreiros, proprietario do ollicio de escriváo da nobreza n'estes reinos e se-
nhorios de Portugal, e suas conquistas. E eu Hilario da Costa Barreiros, cavalleiro da casa
de sua magestade, a sobescrevi. Principal reí de armas Portugal.
XXXII
Brazáo de armas concedido a Gaspar de Andrade Colnmbreiro
(1709)
Portugal rei de armas principal do muilo alto e poderoso rei D. Joáo o quinto, por graça
de Deus rei de Portugal e dos Algarves, d'aquem e d'além mar em Africa, senhor de Guiñé
e da conquista, navegacáo, commercio da Ethiopia, Arabia e Persia, e da India, etc. Faco
saber a quantos esta minha carta de certidiío e brazíio de armas, íidalguia e nobreza, di
gna de fe, e crença virem, que por parte de Gaspar de Andrade Columbreiro, natural da
ilha de Santa María, ilhas dos Acores, me foi feila puticao por escripto, que pela sentenca
junta que offerecia passada em nome de sua magestadc, e pela chancellaría da corte, e pro
mulgada pelo dr. Alexandre da Silva Correa, do desembargo do dito senhor, desembarga-
dor da casa da supplicacáo, e corregedor com alçada dos feitos e causas civeis, constava
ser elle supplicante descendente das illustres e nobres familias dos Mellos, Velhos, Cabraes
e Travassos, que n'este reino sao fidalgos antigos, de solar conhecido e de cota de armas,
por ser irmao dos padres José de Andrade e Manuel Marlins Columbreiro, filhos de
Sebastiâo de Fontes Velho, e de sua mulher Calharina Furtado Leite, neta por seu pai
Gonçalo Martins Leite, de Jorge Furtado de Sonsa, que leve o foro de fldalgo, e de sua
mulher Catharina Nunes Velho, lilha de Isabel Nunes Velho. que foi filha de Ñuño Velho,
filho de Diogo Gonçalves de Travassos, e D.Violante Alvares Cabrai, neta do senhor de Bel-
monte ; e o dito Sebastifto de Fontes Velho com seu irmao Francisco de Andrade e Mello,
pai do illustrissime D. Francisco de S. Jeronymo, bispo do Rio de Janeiro; eram lilhos
do capitao Sebastiao de Fontes Velho, e de sua mulher Maria Velho de Mello, o qual ca-
pitao era filho do cnpitao Sebaslilio de Fontes Velho e de sua mulher Mana Romeira Ve
lho, o qual segundo avô do supplicanle era filho de Adâo de Fontes e de sua mulher
Beatriz Affonso, lidalga da ilha da Madeira, e o dito Adao de Fontes e Jorge de Fontes,
fidalgo cavalleiro do habito de Christo, eram filhos de Joáo da Fonte das Cortes, e de sua
mulher Ignez Affonso, e. a dita Ignez Affonso sua quarta avó era filha de África Annes e
de seu primeiro marido Jorge Velho, fidalgo africano, o qual era filho de Gonçalo Annes
e de sua mulher Sirnoa de Sá, fidalgos d'esta curte ; e Maria Velho de Mello avó do sup
plicante era filha de Diogo Velho de Mello, e de sua mulher Anna de Andrade, filha de
Balthazar Velho de Andrade que leve o loro de fidalgo, e de sua mulher Marqueza Fer-
narides de quem era lerceiro neto, e Diogo Velho de Mello era filho de Diogo Fernandes
e de sua mulher Anna Andrade Velho, filha de Duartc Nunes Velho, fidalgo cavalleiro do
habito de S. Tingo : e a dita Marqueza Fernandes era (ilha de Domingos Fernandes e de
sua mulher Margarida Affonso, filha do dito Duarle Nunes Velho, e a dita Maria Romeira
Velho segunda avó do supplicante cía lilha do capilño Manuel Romeiro Velho, neta de
Briolanja Nunes, filha de Louren^o Annes, fidalgo da villa de S. Sebastiao da ilha Terceira,
e de sua mulher Grimaneza Affonso de Mello, irma do dito Duarle Nunes Velho, filhas
da dita África Annes, e de seu segundo marido Nunes Velho, irmao de Pedro Velho e de
Buy Velho de Mello, estribeiro-mór de el-rei D. Joáo u, que eram irimos de D. Catharina
Velho Cabrai, avó de Manuel da Silveira, senhor de Terena, e da mulher de NUDO de
GASPAR DE ANDRADE COLUMBREIRO 637
Cunha vice-rei da India: o qual Nuno Velho quarto avô do supplicante, com os ditos seus
irmãos são filhos de Diogo Gonçalves de Travassos, e de sua mulher D. Violante Alvares
Cabral, irmã de D. Thereza, mãe de João Soares de Albergaria, donatario das ilhas de S.
Miguel e Santa Maria, e de Fr. Gonçalo Velho, commendador do castello de Almourol, se
nhor das villas das Pias, Bezelga e Cardiga, descobridor das ilhas, seu primeiro donatario,
os quaes são filhos do fidalgo Fernão Velho e de sua mulher D. Maria Alvares Cabral, fi
lha do senhor de Belmonte: por cujas razões largamente se mostra por sentenças lhe per
tencem as armas das nobres familias referidas das quaes quer usar, que são as dos Mellos
por seu quarto avô o sobredito Nuno Velho, irmão de Ruy Velho de Mello, estribeiro-mór
de el-rei D. João II, e as armas dos Velhos pela casa dos commendadores de Almourol o
dito Fr. Gonçalo Velho, descobridor das ilhas; das armas dos Cabraes pela casa de Bel
monte de quem era filha a dita D. Maria Alvares Cabral; e as dos Travassos pelo seu
quinto avô Diogo Gonçalves de Travassos, vedor do infante D. Pedro, regente d’este reino,
seu escrivão da puridade, com o qual se achou na tomada de Ceuta, e foi aio e padrinho
dos filhos do dito infante, e do conselho de el-rei D. Affonso v, e tanto seu privado, que
na sua doença foi visitado de el-rei em pessoa; está sepultado no convento da Batalha á
porta da capella dos reis com esta letra — D — sobre sua sepultura de mandado do dito
rei, dos quaes todos ele supplicante descendia por linha direita sem quebra de bastar
dia, e serem christãos velhos, limpos de toda a raça de nação infecta, e se tratar elle
supplicante á lei da nobreza, como todos seus avós, com armas, cavallos, escravos, e por
tal estava julgado na dita sentença, e por se não perder a memoria de seus progenitores
da sua antiga fidalguia e nobreza, queria ele supplicante para conservação d’ella um bra
zão de armas pertencente ás ditas gerações, pelo que me pedia lhe mandasse passar carta
e certidão de brazão em fórma com as ditas armas illuminadas, assim como ele suppli
cante as havia trazer e d’ellas usar, e receberia mercê. E vista por mim a dita sua peti
ção e sentença que fica em poder do escrivão da nobreza, e por ela consta estar o sup
plicante julgado por legitimo descendente das ditas gerações, que n'este reino são fidalgos
de solar, pelo haver assim provado na dita sentença, na qual achei o conteudo na dita
petição, em virtude da qual provi os livros da fidalguia e nobreza d’este reino, e n'elles
achei registadas as armas, que ás ditas linhagens pertencem, que são as que n'esta lhe dou
divisadas, e illuminadas a saber: um escudo posto ao balão esquartelado; no primeiro as
armas dos Mellos, em campo vermelho seis besantes de prata entre doble cruz, e borda
dura do mesmo; no segundo as dos Velhos, em campo vermelho cinco vieiras de oiro em
aspa; no terceiro as dos Cabraes, em campo de prata, duas cabras passantes de purpura;
no quarto as dos Travassos, em campo vermelho cinco rosas de trevo de oiro em aspa;
timbre o das armas dos Mellos, que é uma aguia preta abesantada de prata; paquife dos
metaes e côres das armas, e por differença uma estrella vermelha. E porque estas são as ar
mas que ás ditas quatro linhagens pertencem, eu Manuel Leal, rei de armas Portugal e prin
cipal com o poder do meu muito nobre, e real oficio, lh'as dou, e assigno assim como vão
no dito escudo, as quaes armas poderá usar como acto, e prerogativa da sua nobreza e fi
dalguia e com elas gozar todas as graças, isenções, liberdades, honras, e privilegios, que
pelos senhores reis d’estes reinos foram concedidos aos fidalgos e nobres d’elles, e em especial
aos das ditas gerações, e com elas poderá entrar em batalhas, e em todas mais emprezas, as
sim de paz como de guerra, e em tudo que mais licito e honesto fôr; as poderá fazer pintar,
e bordar em seus reposteiros, bandeiras, estandartes, e abrir em suas baixelas, anneis, si
netes, e nos portaes das suas casas, e quintas, e finalmente as poderá esculpir, e deixar so
bre sua propria sepultura, servindo-se e honrando-se d’ellas como á sua nobreza e fidal
guia convem, e como fazem os mais fidalgos d’estes reinos. Pelo que requeiro a todos os
desembargadores, corregedores, ouvidores, juizes, e mais justiças de sua magestade, da
parte do dito senhor, e da minha por virtude do oficio que tenho, e em especial mando
aos oficiaes da nobreza, como juiz que sou d’ella, reis de armas, arautos, e passavantes a
cumpram, e façam cumprir, e inteiramente guardar, assim como por mim é determinado
638 GASPAR RODRIGUES TORRES DE ABREU
e julgado, e por firmeza de ludo vai por mim assignada com o signal publico do meu
officio. Dada n'esta cidade de Lisboa aos 23 de Janeiro de 1709. Francisco de Almeida a
fez por José Duarle Salvado, cavalleiro da casa real, e escrivao da nobreza n'estes reinos
e senhorios de Portugal. E eu José Duarte Salvado a íiz escrever, e subscrevi. — Portu
gal reí de armas principal, Manuel Leal.
ХХХП1
Braiüo de armas concedido a Gaspar Rodrigues Torres de Abreu
(1641)
Portugal rei de armas principal n'estes reinos e senhorios de Portugal, pelo muito alto e
poderoso rei D. Joao, quarto d'esté nome, por graça de Deus, rei de Portugal e dos Algarves,
d'aquem, d'àlem mar em Africa, senlior de Guiñé e da conquista, navogaçâo, commercio
da Ethiopia, Arabia, Persia e da India, etc. Faço saber aos que esta minim carta de cer-
tidâo e brazâo de armas e nobreza digna de le e crença virem, que por o capitüo Gaspar
Rodrigues Torres de Abren me foi apresentado uní instrumento de lestemunhas, que ju
dicialmente forain perguntadas em a villa de Lanhoso, pelo juiz Gonzalo Gomes, escrivao
Joao Camello, reconhecido n'esta cidade por Francisco Coelho, labelliao de notas, e pelo
dito instrumento conslava ser elle dito capitáo lilho legitimo de legitimo matrimonio de
Francisco Rodrigues de Abreu, e neto pela mesma linlia de Fernüo Rodrigues de Abreu,
e de sua legitima mulher Igriez Leitoa, moradores que l'oram na cidade de Braga ; e pela
mesma linha bisneto de Ñuño Rodrigues de Vasconcellos e de sua legitima mulher Cecilia
de Araujo de Abreu, os quaes pais, avôs e bisavôs erara fidalgos de sanguinidades e ge-
racáo, por serem dos verdadeiros Rodrigues, Vasconcellos, Abreus, e Vieiras d'esté reino,
e n'elle senhores de vassallos, como mais largamente constara de muitas teslemunhas
fidedignas descender das ditas casas, sem labéo de bastardía por linha recta mascu
lina, sem n'ellas haver raça alguma de infecta nacáo, tratando se todos a leí da nobreza
com armas, cavallos, escravos, criados e mais gente do seu serviço, como à sua nobreza
e fidalguia convinha; e que assim a conservava elle dito capilfio Gaspar Rodrigues Torres
de Abreu, sendo ao presente capiluo de infantería de urna companhia na villa de Mazagáo,
como me constou por urna cerlidao de Marçal da Costa, escrivao das mercês de sua ma-
gestade, que outrosim me presentou, que ludo lica em poder do escrivao da nobreza que
este sobescreveu, ao quai eu em todo e por todo me reporto : pelo que me pedia e re
quería que para elle haver de gozar da nobreza das armas ácima ditas, que assim Ihe
pertencem, e n'estes reinos e senhorios gozam os nobres e anligos üdalgos de cotta de
armas, e das prerogatives, honras, merces, privilegios e liberdades, me pedia da parte
de sua magestade que pela memoria de seus antecessores se nao perder, Ihe désse e
passasse um escudo de armas que as ditas linhagens convém ; e visto por mim seu re-
querimento ser justo e o instrumento authentico, e me constar por elle ser limpo de toda
a macula, e filho e neto e bisneto dos sobreditos, e muito aparentado com pessoas muito
nobres, e constituidas em dignidade, cora o poder e audoridade que de meu nobre e real
offlcio para isso tenho, busquei e provi os livros da nobreza e antiga fidalguia d'esté
reino, que em men poder estâo, e n'elles achei regisladas as ditas armas, a saber: um
escudo posto em baláo, como aquí Ih'as don divisadas e ¡Iluminadas : o escudo esquar-
telado, o primeiro dos Rodrigues partido em chefe, campo azul, e n'elle cinco flores de
liz de oiro postas em santor, e chefe sanguino com urna cruz de oiro florida e vazia do
campo. Ao segundo dos Vasconcellos, campo negro, e n'elle tres faxas de veiros, de ver-
melho e prata veiradas, e coritraveiradas. Ao terceiro dos Abreus, campo sangumho e
n'elle cinco cotas de aguia de ouro em aspa coladas cm sangue. Ao ultimo dos Vieiras :
campo vermeluo, e n'elle seis vieiras de ouro nervadas de preto, с por differença um
GONÇALO DE ALMEIDA 639
lyrio de ouro, e por timbre um leíío nascente de sua cor com urna flor de liz na mío
direita : elmo de prata aberto guarnecido de ouro, paquife dos metaes e das cores das
armas : por assim perlencerera ao sobredito capitfio Gaspar Ruiz Torres de Abreu, e
de as poder trazer, e délias usar llie. passet a presente certidao e brazáo de armas, para
que com ellas possa entiar era batalhus, campos, duelos, rectos e escaramuças, desafíos,
justas, torneios, e exercitar todos os outros actos lícitos de guerra e paz, e as poderá
trazer em seus reposteiros, firmaes, anneis, sinetes, e divisas, e pol-as em suas casas, e
edificios, e deixal-as em sua propria sepultura, servimlo-se e aproveitando-se d'ellas como
à sua nobreza e fidalguia convém. Pelo quo requeiro a todos os desembargadores, pro-
vedores, corregedores, ouvidores, juizes, e mais justices de sua magestade, da parle do
dito senlior, e por bem do real officio da nobreza, que tenho, e em especial mando aos
reis de armas, arautos, e passavantes, que ora sao e ao diante forem, como juiz que
sou d'ella, о curnpram e façam inteiramente cumprir e guardar, assim e de manelra que
n'elle se contera e por mira 6 julgado, determinado, e mandado com todos os privilegios
prérogatives, graças, honras, liberdades, preminencias que devem liaver os nobres, e an-
tigos lidalgos de geracao e cota de armas da nobre e antiga linlia gomd'estes reinos, que
sempre costumaram 1er e haver as ditas armas. E por verdade, e em fe, e testemunho
d'ella passei esta por mira assignada, e dada n'esta corte e cidade de Lisboa, aos dez
dias do mez de outubro do anno de 16H. Duarte Roiz da Rocha, a fez pelo capillo de in
fantería, Francisco Luiz, escrivlo da nobreza n'estes reinos, e senhorios de Portugal, por
sua magestade. E eu Francisco Luiz a fiz escrever, e subscrevi. — Portugal reí de armas.
XXXIV
Brazáo de armas concedido a (¡ouçalo de Almeida
(IffiH)
Portugal reí de armas principal n'estes reinos o senhorios, pelo milito alto e poderoso
reí D. Filippe nosso senlior etc. Faco saber a quantos esta minlia certidao de brazáo de
armas digna de fe e crença virera, que por parte de Gonçalo de Almeida, moco (¡dalgo da
casa de sua magestade, morador ñas partes de Malta, me foi requerido dizendo-me que
elle era íilho legitimo de Francisco de Almeida de Vasconcellos, íidalgo da casa de sua
magestade e do seu conselho, e secretario do conselho de sua magestade em sua corte
de Madrid, e de sua nuilher D. Luiza de Sequeira, sua legitima mulher, nado e creado
dentre ambos de legitimo matrimonio; e que era neto pela parte de seu рае de Gabriel
de Almeida de Vasconcellos, outro si íidalgo da casa de sua magestade, e de sua mulher
Margarida Pereslrella, os quaes todos foram fldalgos honrados e abastados e do tronco
das geracoes dos Almeidas, Vasconcellos e Perestrellos, que n'este reino sao fidalgos de
cotia de armas e solar, e por taes eslao tidos e havidos e se tratavam tendo continua
mente cavallos e criados com que se serviam, fazendo muitos services aos reis d'esté
reino na defensâo d'elle, com suas pessoas e fazenda, e assim elle supplicante vive limpa
e abastadamente como convém á nobreza, sera n'elles liaver ra<;a de judeu, mouro, como
ludo constava pelo instrumento que me apresentou, e pela memoria de seus antecessores
se nao perder me requería (Ja parte do dito senhor Ihe passasse e désse um escudo das
armas que as ditas linhagens pertencem, e elle supplicante de direito por Ihe pertencer
deseja trazer e d'ellas usar, e gozar das honras e lidalguias que as ditas armas perten
cem; e visto por mini seu requerimento atithentico, passado em forma devida, que em
meu poder fica, pelo qual consta o sobredito, com p poder de men nobre e real officio e
auctoridade que para isso tenhp, prpcurei e busquei os livros da nobreza da nobre fidal
guia d'esté reino e rfelles achei registadas as armas das nobres linhagens dos Almeidas,
Vasconcellos e Perestrellos, que n'este reino sao tidalgos de colla de armas e solar со
640 QONÇALO MENDES DE GOUVÊA.
nhecido, que por parle do dito sou рае Francisco de Almeida Vasconcellos, e de sua mâe
Margarida Perestrella e avó pertencem ao dito Gonçato de Almeida, como n'este escudo
Ih'as dou divisadas e ¡Iluminadas, a saber : um escudo esquartelado ; o primeiro dos Al-
meidas de vermelho com seis besantes em tres pallas de oiro, com a sobre cruz e bor-
dadura do mesmo, e por timbre urna aguia intuirá com as azas estendidas besanladas
de besantes de oiro ; e por difference unía flor de liz de azul. O segundo dos Vascon
cellos, campo de preto e tres faxas viradas e contraviradas, e assim o contrario de prala
e vermelho. O ultimo dos Perestrellos ; o escudo partido em palla, o primeiro de oiro e
um leäo de purpura armado de vermelho, e o segundo de prata e urna banda de azul,
com tres estrellas de oiro entre seis rosas vermelhas em duas pallas. Elino de prata aberto
guarnecido de oiro : paquife do metal e cores das armas. E por assim Ihe perlencer e as
dever de raiz trazer e d'ellas usar, requeiro as just.ic.as, por parte do dito serihor e por bem
do officio da nobreza, guardem ao dito Gonçalo de Almeida as honras, liberdades e mais
preeminencias concedidas as ditas armas, e Ihas deixem trazer e possuir nos sitios em
que a nobreza d'ellas llie da logar, e em especial mando aos ofliciaes da nobreza como
juiz que sou d'ella, o cumpram e facam iriteiramente cumprir e guardar como fica de
clarado, e por verdade Ihe passei esta certidao de brazao por mim assignada em Lisboa
aos 20 de julho do anno do nascimenlo de nosso senhor Jesus Christo de 1621 annos.
Valentim da Costa Mallos a fez escrever por um despacho da mesa do desembargo do
paco, hoje 28 de setembro de 621 annos. — Portugal reí ífc armas.
XXXV
Braiao de armas concedido a Gonçalu Mendes de Gonvéa
(1609)
Portugal rei de armas principal n'estes reinos, e senhorios de Portugal pelo muito
poderoso rei D. Filippe nosso senhor etc. Faço saber a quanlos esla minha carta
de brazao e certidao digna de fe e crença virera, que por parte de Gonçalo Mendes de
Gouvêa, alcaide-mór de Samora Correa, cavalleiro professo da ordern de Sanl'Iago, mo
rador n'esla cidade de Lisboa, as porlas de Santa Calharina, e rúa da Metade me foi re
querido, dizendo que elle era filho legilimo de Antonio Mendes de Gouvêa, tambem caval
leiro do habito de Sant'Iago, e de Maria Nela, sua mulher, moradores que foram na villa
de Torres-novas; por parte do dito sen рае, era nelo de Antonio Mendes de Oliveira, íidalgo
da casa de sua magestade, e de D. Filippa de Gouvêa sua mulher, os quaes paes e avos
d'elle supplicanle, por linha direila sem bastardía, eram descendentes da noblissima
linhagem dos de Gouvêa, que n'este reino sao chefes e fidalgos da casa, e como taes se
trataram sempre á lei da nobreza, e assim se Irala elle supplicante, sem n'elles haver
raça de judeu, nem mouro, como tudo elle justificou perante mim, pelo que me requería
da parle do dito senhor, que para a memoria dos seus antecessores se nao perder, Ihe pas
sasse um escudo de armas que á dita linhagem perlence, e a elle supplicante de direito
seus Ihe pertencem, devia trazer para d'ellas usar e gosar da honra e íklalguia que a dita
linhagem pertencem; e visto por mim sen requerimento e justificacao autentica que em
meu poder fica, pela qual consta o sobredito, e com o poder e autoridade de meu nobre
e real officio, que para isso tenho, provi e busquei os livros da nobreza, da fidalguia
d'esté reino, e n'elles achei rcgistadas as armas da noblissima e antiga linhagem dos de
Gouvêa, que n'este reino sao lidalgos chefes da casa de solar, que parte de sen рае,
Antonio Mendes de Gouvêa, pertence a elle supplicanle Gonçalo Mendes de Gouvêa, as
dilas armas como n'este escudo que está ñas costas, e assignado por mim n'esta banda
ó o seguinte, e Ih'as dou divisadas e ¡Iluminadas; o escudo partido em palla, o primeiro
de vermelho com seis ármelas de prala, cada 1res em pala cora bordadura de ouro,
HENRIQUE DE ALMEIDA 641
e urna cruz dobre pelo meio ; segundo de prata com seis arruelas de azul, e por tim
bre urna aguia vermelha, em cada aza tres arruelas de prata, elmo do mesmo aberto
guarnecido, paquife de metal das cores das armas: e por assim Ihe pertencer, por vir
de linlia de brazâo e casa de chefe e as dever assim Irazer e usar d'ellas, requeiro as
justiças da parte do dito senhor, e por bem do offlcio da nobreza, guardem ao dito Gon-
çalo Mendes de Gouvêa as honras e liberdades, e mais preminencias concedidas as ditas
armas, e Ih'as deixem trazer e possuir nos actos em que a nobreza d'elbs llie da logar;
e em especial mando aos officiaes da nobreza, como juiz que sou d'ella, a cumpram e
façam inteiramenle cumprir e guardar. E por verdade llie passei esta caria de brazao e
certidâo por mim assignada, e sellada com o sello de mirillas armas. Dada na cidade de
Lisboa aos dez dias do mez de fevereiro de mil seiscentos e nove annos. Eu Balthasar do
Valle Cerqueira, rei de armas Algarve, escrivlo da nobreza d'esles reinos, e senhorios de
Portugal a fiz escrever, e subscrevi. — Rei de armas. Logar do sello, logar do escudo
das armas.
N. B. Tem ó seu reconhecímento do tabelliâo Lourenço de Freitas, por copia tambem,
e segué :
Este Gonçalo Mendes de Gouvêa foi estribciro do duque D. Alvaro de Alencastro,
consta de um alvará de terra de um moio de trigo, que o duque Ihe fez mercê, com po
der de o nomear por sua morte. Foi thesoureiro dos defuntos e ausentes do Brazil, consta
de urna escriptura de fiança, que Ihe fez seu irmâo Jayme de Gouvêa Leite, alcaide-mór
de Monte-mór-o-velho. Antonio Mendes de Oliveira, avô do dito Gonçalo Mendes, foi vea-
dor da casa do duque mestre D. Jorge. D. Filippa de Gouvêa era filha do doutor Ruy
Pires de Gouvêa, ouvidor gérai das térras do mestre duque, e dos dois mestrados.
XXXVI
Brazio de armas concedido a Henrique de Almeida
(1494)
Rei de armas Portugal, do muito alto e muito poderoso senhor el-rei D. Joao segundo
nosso senhor. Faço saber a quantos esta minha carta de fe, e certidSo virem, que Hen
rique de Almeida, fidalgo da sua casa me diz, que elle era filho de Martini Annes de Al
meida, e primo de Duarte de Almeida, alferes-mór de el-rei D. Affonso v, que Deus haja,
por cuja parte a a elle pertenciam suas armas corn diflercin;a dévida para as elle ter como
seus antecessores, requerendo-me que do meu officio Ih'as désse sobre meu signal: e
visto seu requerimento ser justo antes de Ih'as assim tirar do meu livro, dei o juramento
a algumas pessoas se d'isso sabem parte, as quaes alïirmaram que o dito Henrique de
Almeida vem do tronco das ditas linhagens, e por tanto eu dito rei de armas as tiro do
regimentó a d'onde as tinha assentadas, e pelo poder do meu officio Ih'as dou, assim pela
maneira que no meio d'esta carta sao assentadas com a différence com que as de direito
deve ter, e porém notifico assim a todos por que sobre ello nao haja duvida. Feita em
Lisboa ao primeiro de marco de 1494. — l'nrtwjal rei de armas.
N. B. Diz urna memoria que este Henrique de Almeida foi camareiro de el-rei D. Af
fonso v.
41
642 HENRIQUE DA MOTTA
XXXVII
(1519)
Rei de armas Portugal, do muito alto e mui excellente e poderoso principe el-rei D.
Manuel, por graça de Deus rei de Portugal, dos Algarves d’aquem, d'álem mar em
Africa, e senhor de Guiné, e da conquista, navegação e commercio da Ethiopia, Arabia
Persia, e da India. Faço saber a quantos esta minha carta de certidão virem, que Hen
rique da Motta, escudeiro, me requereu e pediu, que por quanto ele procedia da linha
gem e geração dos da Motta, da parte de seu avô, João da Motta, escudeiro, e de seu
pai Gonçalo da Motta, escudeiro de el-rei D. Afonso, que Deus haja, por cuja verdadeira
concepção deve gozar de todos os privilegios, liberdades, franquezas que hão, e de que
gozaram todos os seus antecessores, por respeito de sua nobreza e fidalguia, que tem
de linhagem de cotta de armas e solar conhecido, me requereu que de suas verdadeiras
armas, como de direito lhe pertencem, eu lhe désse minha carta de certidão, para quando
lhe necessario fosse, e usar d’ella, como os ditos seus antecessores: e visto por mim seu
requerimento e obrigação que tenho para com meu oficio prover semelhantes necessi
dades e requerimentos do supplicante, me conformei, e mandei que sobre esse caso fos
sem perguntadas certas testemunhas, segundo costume e estylo de direito: e satisfazendo
o supplicante a meu desembargo, foi tirada a inquirição e acabada, e vista por mim, na
qual inquirição testemunhou João de Coimbra, escudeiro, morador no Bombarral, termo
da villa de Obidos, e Affonso Annes Boto, morador no dito logar, e Ruy Pires, morador
no Carvalhal, termo da dita villa de Obidos, e Maria Annes, dona viuva, moradora no
Carvalhal, e Fernam de Annes, morador no dito logar, e Alvaro Henriques, escudeiro,
morador no dito logar do Carvalhal, e Alvaro Rodrigues, morador no Carvalhal, decla
raram em seu testemunho sem duvida como de certa sabedoria o dito Henrique da Motta
ser filho legitimo do dito Gonçalo da Motta, e neto do dito João da Motta, que eram e são
escudeiros honrados, e viveram e vivem á lei da nobreza, segundo se contém na petição
do dito Henrique da Motta: e vista por mim sua prova ser firme e valiosa, dei ao dito
Henrique da Motta as armas conteudas e pintadas no meio desta minha carta de certi
dão como estão escriptas em nossos livros antigos, que em meu poder são, como juiz
da nobreza. Um escudo de ouro com cinco flôres de liz verdes em aspa. Pelo qual nos
requereu, e mando da parte de el-rei nosso senhor, e por o poder e auctoridade que de
sua alteza tenho, a todos os cavalleiros e fidalgos de colta de armas, e a todos os corre
gedores, juizes e justiças, e oficiaes, e pessoas a que esta minha carta de certidão fôr
mostrada, e o conhecimento d’ella pertencer por qualquer guiza e maneira que seja, o
deixem entrar em quaesquer transes de batalha, reptos e desafios que ele houver com
seus inimigos, assim a elle, como aos que d’elle descenderem por linha direita mascu
lina, o deixem gozar de todos os privilegios, honras, liberdades, e franquezas de que
goza e gozaram todos os seus antecessores por razão das ditas armas, que tem de solar
conhecido, assim como gozam e hão todos os cavaleiros fidalgos de cotta de armas e
solar conhecido, e melhor se cumprirão se poder fazer, e não seja a dita carta valiosa,
nem guardada, salvo ao dito Henrique da Motta e aos que d'elle descenderem por linha
direita masculina, vivendo á lei da nobreza, cumprindo assim uns e outros sem duvida
nem embargo que a ello ponhais. Feita em Lisboa, aos oito dias do mez de julho da era
do nascimento de nosso senhor Jesu Christo de mil e quinhentos e dezenove annos. —
Rei de armas Portugal.
D. ISABEL DE SOUSA VITINGÃO 643
XXXVIII
(1582)
Portugal rei de armas principal, de el-rei nosso senhor d’estes reinos de Portugal. Faço
saber a quantos esta minha carta de brazão de armas de nobreza, digna de fé e crença
virem, que Henrique da Silva, morador nos coutos de Alcobaça, me pediu e requereu, que
por quanto ele descendia por linha directa legitima, e sem bastardia por parte de seu
pae João da Silva de Sousa, e de seus avós Henrique da Silva e Anna de Sousa, e de
seus bisavós Ruy de Sousa, e Alvaro de Vivar, e Aldonça da Silva de Azevedo, e de seus
tresavós das gerações, e linhagens dos Silvas, Sousas, Azevedos e Vivares, que n'estes
reinos são fidalgos de cotta de armas, e d’elles de solar conhecido, como constava do
instrumento auctorisado em forma devida por auctoridade de justiça que apresentava, que
lhe désse um escudo com as armas, que á dita linhagem pertencem, e as elle de direito
por lhe pertencerem, devia trazer para d’ellas usar, e gosar das honras e liberdades, que
por bem da nobreza d’ellas gosaram seus antepassados: Pelo que provendo a seu reque
rimento por virtude do que constava do dito instrumento, com o poder e auctoridade
que de men oficio para isso tenho, busquei os livros da nobreza da nobre fidalguia do
reino, que em meu poder estão, e acho n’elles as armas, que ás ditas linhagens perten
cem serem estas, que em esta lhe dou illuminadas. O escudo esquartelado, ao primeiro
dos Silvas, que trazem o campo de prata, e um leão de purpura rompente armado de
azul, e ao contrario dos de Vivar, que trazem o campo partido em faxa ao primeiro par
tido em palla, e ao primeiro o esquartelado de Castella e Leão, e ao segundo de Ara
gão, e ao terceiro de vermelho, e uma arvore verde, com as raizes de prata, e um leão
de oiro; e ao segundo do primeiro dos Sousas, que trazem esquartelado ao primeiro do
reino, e ao segundo de vermelho, e quatro crescentes de luas de prata apontados, e as
sim os contrarios, e ao contrario dos Azevedos que trazem esquartelado, ao primeiro de
oiro, e uma aguia preta estendida, ao segundo de azul, e cinco estrellas de prata em as
pa, e uma bordadura vermelha cheia de aspas de oiro, e assim os contrarios. Elmo de
prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata, e purpura, e oiro, e vermelho, e oiro,
e azul, e por timbre um leão de purpura, e por diferença um cardo verde florido de
azul, que com elas, pois lhe pertencem pela dita maneira, segundo regimento de arma
ria deve trazer, e por assim dever d’ellas uzar, requeiro ás justiças da parte do dito se
nhor, e por bem do oficio da nobreza guardem ao supplicante as honras, e liberdades,
e mais preeminencias concedidas ás ditas armas, e lh'as deixem trazer e possuir nos au
tos em que a nobreza d’ellas lhe dá logar. E por verdade lhe passei esta de certidão por
mim assignada em Lisboa aos vinte e oito dias de maio. Diogo de S. Romão a fez, anno
do nascimento de nosso senhor Jesus Christo de mil e quinhentos e oitenta e dois.
N. B. Este brazão pediu por certidão Francisco Dias do Castello, e lh'o mandou dar
por seu despacho o juiz de fora de Santarem Alvaro Pinto de Oliveira, e o passou o
tabellião Ruy Velho Cabral a 22 de dezembro de 1594.
XXXIX
aos que esta minha carta virem, que D. Isabel de Sousa Vitingão Vieira de Lima, mulher
do coronel José Machado Pinto, moradores n'esta cidade, me fez petição dizendo que ella
vinha por legitima descendencia da nobre geração e linhagem dos Vieiras, Limas, e Bar
rosos, e por seu marido lhe pertencem tambem as dos Machados e Pintos; e me pedia
por mercê, que para memoria dos seus antecessores se não perder; e ella usar e gosar
da honra das armas, que pelos merecimentos de seus serviços ganharam, e lhes foram
dadas, assim dos privilegios, honras, graças, e mercês, que por direito, e por d’ellas lhes
pertencem, lhe mandasse dar e passar sua carta das ditas armas, que estavam registadas
no livro dos registos das armas dos nobres e fidalgos de meus reinos, que tem Portugal
meu principal rei de armas; para o que me apresentou uma sentença de justificação de
sua ascendencia, e nobreza proferida pelo doutor José Cardoso Castello, meu desembar
gador, e corregedor do civel da côrte e casa da supplicação, escripta por Thomaz de Gou
veia Barbuda, escrivão do dito juizo, em a qual depois de tirar inquirição de testemu
nhas, e ver os documentos que lhe foram apresentados, julgou o dito meu corregedor
ser a supplicante de nobreza muito illustre, e sangue limpo, e legitima descendente das
ditas familias de Viegas, Limas, e Barrosos, por provar ser filha legitima do capitão Hen
rique de Vitingão, e de sua mulher D. Maria Couca de Lima, moradores que foram da
cidade de S. Paulo do reino de Angola, e neta pela parte materna do capitão Manuel
Couca, e de sua mulher D. Isabel de Sousa e Lima, e esta foi filha do sargento-mór Ro
que Vieira de Lima, morador que foi no mesmo reino, e neta pela parte paterna de Fran
cisco Vieira de Lima, o qual foi fidalgo da minha casa, e cavalleiro da ordem de Christo,
e tirou brazão com as armas dos Vieiras e Limas, e Barrosos no anno de 1737, os quaes
ditos seus paes, e avós e seus antepassados eram pessoas muito nobres, e legitimos des
cendentes das ditas familias de Vieiras, Limas e Barrosos, e como taes se trataram sem
pre á lei da nobreza com cavallos, armas e creados, sem que nas ditas gerações houvesse
raça de judeus, mouros, mulatos, nem de outra infecta nação, e assim de direito lhe per
tencem as suas armas, as quaes lhe mando dar em esta minha carta, segundo a ordena
ção da armaria, e assim como fiel, e verdadeiramente se acham iluminadas em o livro
do dito Portugal meu rei de armas, a saber: uma lisonja partida em duas palas, a pri
meira nas armas que segundo a ordenação da armaria lhe pertencem por seu marido, que
são a mesma pala partida em faxa, na de cima as dos Machados, que são em campo ver
melho cinco machados de prata com cabos de ouro postos em aspa; na segunda pala as
dos Pintos, em campo de prata cinco crescentes sanguinhos com as pontas para cima,
postos em aspa; a segunda pala repartida com as armas das sobreditas familias de que
ella supplicante descende; que são partidas em pala, e a primeira parte da em faxa na
de cima as armas dos Vieiras, que são em campo sanguineo seis vieiras de ouro postas
em duas palas, na de baixo as dos Barrosos em campo sanguineo cinco leões de prata com
duas faxas empaquetadas de prata, em purpura, postos em santor; na outra pala as
armas dos Limas, que são em campo de ouro, quatro bastões sanguineos. As quaes ar
mas e signaes possa trazer, e traga a dita D. Isabel de Sousa Vitingão Vieira de Lima,
assim como as trouxeram, e d’ellas usaram os ditos nobres, e antigos fidalgos seus ante
passados em tempo dos mui esclarecidos reis meus antecessores; e as possa trazer em
seus firmaes, anneis, sinetes e divisas, pôl-as em suas casas e edificios, e deixal-as sobre
sua propria sepultura. Finalmente se poderá servir, honrar, gosar e aproveitar d’ellas em
todo e por todo como á sua nobreza convém; com o que quero, e me praz, que haja ella
todas as honras, previlegios, liberdades, graças, mercês, isenções, e franquezas, que hão,
e devemºhaver os fidalgos, nobres e da antiga linhagem; e como sempre de tudo usaram
e gosaram os ditos seus antepassados; e seus descendentes não puderão usar d’este bra
zão sem que novamente lhes seja a cada d’elles confirmado. Porém mando a todos os
meus desembargadores, corregedores, juizes, justiças, alcaides, e em especial aos meus reis
de armas, arautos, e passavantes, e a quaesquer outros oficiaes, e pessoas a quem esta carta
fôr mostrada, e o conhecimento d’ella pertencer, que em tudo lh'a cumpram, e guardem
JERONYNO DE MILÀO FRAGOSO 646
e façam cumprir, e guardar como n'ella é conteudo, sem duvida nem embargo algum
que a ella llie seja posto, porque ;issim é minlia mercè. El-rei nosso senhor o mandou
por Manuel Pereira da Silva, seu reí de armas Portugal. Fr. Manuel de Santo Antonio
da ordern de S. Paulo, e reformador1 do cartorio da nohreza, a fez ein Lisboa aos vinte
e um do mez de agosto do auno de 174(5. E eu Hilario da Costa Barreiros Telles, ca-
valleiro da casa de sua magestade, proprietario do officio de escrivao da nobreza d'esté
reino, e senhorios de Portugal e suas conquistas o sobscrevi. — Principal rei de armas
Portugal.
XL
Brazäo de armas concedido a Jeronymo Ferreira de Garvalho
(1346)
Portugal rei de armas principal d'El-rei nosso senhor. Faco saber a quantos esta minha
certidâo virem, que Jeronymo Ferreira de Carvallio, neto de Gil Pires de Carvalho, mo
rador que foi em Arralólos, me pediu por quarito elle descendía por linha direila e mas
culina da geraçâo dos Carvalhos por parte de seu avô e bisavô, que Ihe désse um escudo
com as armas que a dita linhagem perlencem ; por o que busquei os livros da nobreza,
que em meu poder sao, e achei que as arrn;)s que á dita linhagem pertencem sao estas
que n'esta certidâo Ihe don ¡Iluminadas com seu elmo e timbre, a saber : elmo de prata,
e azul e oiro, e por timbre um cisne com um colar de oiro ao pescoço, e por difference
urna brica de oiro, e n'ella um I de vermelho por Ihe pertencerem; e por verdade assi
gner esta em Lisboa, aos dez dias do mez de dezembro do anno de mil quinhentos e qua-
renta e seis. — Portugal rei de armas.
XLI
Braiao de armas concedido a Jeronymo de Milu« Fragoso
(1628)
Portugal rei de armas principal n'estes reinos e senhorios de Portugal pelo muito alto
e poderoso rei D. Filippe terceiro nosso senher, rei de Portugal e dos Algarves, d'aquem e
d'alem mar em África, senhor de Guiñé, e da conquista, navegaçâo, commercio da Ethiopia,
Arabia, Persia e da India, etc. Faco saber aos que esta minha carta de certidâo de armas
e nol re?a digna de fe e crenca virem, que por parte do doulor Jeronymo de Milao Fragoso,
natural e morador n'esta cidade de Lisboa, me foi apresentado urn instrumento de leste-
munhas, autentico, mandadas perguntar pelo corregedor do civel da corte, o doutor An-
tao Alvares Sanchos, e pergunladas por' Sebasliao Alvares Lima, escrivao do mesmo juizo :
pelo qual constava ser o dito Jeronymo de Milao Fragoso filho legitimo do lecenciado
Paulo de Milao Fragoso, neto de Jeronymo Fernandes Fragoso e bisneto de Pedro Al
vares Fragoso, morador que foi na villa de Chaves : os quaes todos descendem por linha
masculina da nobre e antiga familia e geraçâo dos Fragosos, da cidade de Genova, sem
terem rara de mouro ou Juden, nein do outra naçâo, ou sangiie infecto, pessoas nobres
tidos e havidos por descendentes da dita familia, e assim de como elles se trataram além
da nobreza. com armas, cavallos e creados para o service de sua uiagestade еш todas
as occasioes que se offerecessem, corno largamente consta pelo dito instrumento autentico que
elle tirou para gosar d;i nohrrza das armas dos Fragosos, que n'este reino de Portugal
usam os lidalgos de cotta de armas e Ihe pertencem, pedindo-me Ihe passasse seu brazáo
na forma cosiumada para effeito de gosar das ditas armas, e nubre/.a. E visto por mim
seu requerimento e juslilicaçâo, e dois alvarás dos senhores reis D. Joäo o irr, e D. Se-
bastiáo, pelos quaes consta ser o dito seu avô Jeronymo Fernandes Fragoso escudeiro
646 JOÂO DE CYSNEIROS
fidalgo da sua casa, e cidadâo n'esta cidadc do Lisboa, a que me reporto, que ficam em
meu poder, provi os livras da nobreza e ödalguia d'estes reinos, e n'elles achei regista-
das as armas dos Fragosos, que Ihes pertericem, as quaes sao: um escudo azul com tres
Gguras de sol postas em roquete, com sous raios de ouro, e das de sua cor, e por diffe
rence urna flor de liz de ouro, e por timbre dos fragosos um lobo cerval de sua cor;
elmo de prata aberto guarnecido de ouro, pa]uife sortiado com os metaes e cores das ar
mas, e por assim Ihe perlencerern e poder trazer, e usar d'ellas o dito doutor Jeronymo
de Milüo Fragoso, passei a presente certidâo do armas para com ellas poder, como pode,
entrarem batalhas, campos, duelos, rectos e escaramuzas, festas, desafios, tórnelos, e exer-
citar todos os outros actos lícitos de guerra e de paz, e assim as poderá trazer ein seus
resposteiros, firmaes, sinetes e anneis, e pôl-as ern suas casas e edificios, e sepulturas,
servindo-se e honrando-se, aproveitando-se d'ellas em tudo e por ludo como a sua no
breza convém e fidalguia compete, e por esta certidâo de nobreza, e carta de armas Ihe
competem. Pelo que requeiro a todos os desumbargadores, corregedores, provedores,
ouvidores, juizes e justices, e mais officiaes de sua magestade da parte do dito senhor,
e por bem do officio da nobreza que tenho, e em especial aos reis de armas, arautos
e passavantes, que ora sao e ao diante forem, como juiz que sou d'ella, o cumpram e
guardem e façam muito inteiramenle cum|irir e guardar, assim e na maneira que n'esta
dita certidâo de armas se contém, passada com todos os privilegios, graç.as, honras,
liberdades e mercês, que nao e devem haver os lidalgos de cota de armas da nobreza e
antiga linhagem dos Fragosos, corno seinpre usaram : e por verdade em fe, e testemu-
nho d'ella vai por mini assignada. Dada n'esta cidade de Lisboa, aos tres de Janeiro,
anno do nascimento de nosso senhor Jesus Christo, de mil e seis centos e vinte e oito.
Eu André Fernandes, cavalleiro da casa de el-rei nosso senhor, e passavante escriváo
da nobreza n'estes reinos e senhorios de Portugal, o subscrevi. — Portugal rei de armas.
XL1I
Ilrazüo de armas concedido a Joao de Cysneiros
(1573)
DOM MANUEL rei de Portugal e dos Algarves, etc. ' A quantos esta minha carta virem
faço saber, que Joáo de Cysneiros morador n'esta cidade de Lisboa me fez pelicao encos
tada a um instrumento com o treslado de um brazâo de armas fei to na cidade de Bar
celona, em como elle descendía da geraçâo e linhagem dos Cysneiros, que n'estes reinos
de Hespanha sao fidalgos de cotia de armas, da antiga linhagem do conde de Cysneiros
tronco d'esta geraçâo por linha direita e masculina, e que as suas armas Ihe pertencem
de direito, pedindo-me por mercê que por a memoria dos seus antecessores se nao per
der, e a elle vir, usar das honras e armas, que pelo merecimento de seus serviços ga-
nharam, e Ihe foram dadas, e dos privilegios, honras, graças, e mercês, que por direito
por bem d'ellas Ihe perlencem e erara dadas, haver por bem as ditas armas, e mandar
register no livro dos registos das armas dos nubres lidalgos de meus reinos ; a qual pe-
tiçâo vista por mim mandei fosse tirar inquiriçâo de tesiemunhas, a quai foi lirada pelo
licenciado Affonso Annes do meu conselho, e desernbargador das minhas petiçôes do paco,
e por Braz Fernandes escriváo em minha corte, pela qual elle supplicante provou descen
der por linha direita, e masculina da dita geraçâo dos Cysneiros por ser filho ligitimo de
Perneo de Cysneiros, e neto de Affonso Rodrigues de Cysneiros, e bisneto de Diogo Fer-
• D. Manuel succcdeu a D. Joáo 11 no throno cm 25 de outubro de 1495, e morreu a 13 de dczembro
de 1021. Kâo pois inconciliaveie n'este documento a data que se Ihe attribue com o reinado. Onde ее-
teja o erro nao o sabemos, ncm ba agora meio de o averiguar. Confíra-ee entretanto o Archivo, a pag
324 n.» 1:280.
JOÃO JUZARTE DE SANTA MARIA 647
nandes de Cysneiros, que foi do tronco d'esta geração, e dos vinte e quatro do serviço, vi
vendo sempre á lei de fidalgo pelo que de direito as suas armas lhe pertencem, as quaes
lhe mandei dar em esta minha carta, com seu brazão, elmo e timbre, como aqui são divisa
das. As quaes armas são as seguintes: Escudo por meio partido em palla, a primeira parte
de vermelho partida em palla, no primeiro tres cysnes de prata, e em roquete uma estrella
de oiro no primeiro de cada um, e no segundo cinco flôres de liz de prata em aspa; da
segunda parte tambem de prata com tres barras em palla de vermelho: elmo de prata
aberto guarnecido de oiro. Paquife de prata e vermelho, e por timbre um dos cysnes:
O qual escudo de armas, e sinaes possa trazer, e traga o dito João de Cysneiros, e seus
descendentes por linha direita, assim como as trouxeram, e d’ellas usaram seus anteces
sores em todos os logares de honra, em que os ditos seus antecessores e os nobres, e an
tigos fidalgos sempre as costumaram trazer em tempo dos mui esclarecidos reis passados,
e com ellas possam entrar em batalhas, campos, duellos, rectos e desafios, e exercitar
com elas todos os outros autos licitos de guerra e paz. E assim as possam trazer em
seus firmaes, aneis, sinetes e divisas, e as pôr em suas casas, edificios e sepulturas, e fi
nalmente se servir, honrar, gozar, e aproveitar d’ellas em tudo, e por tudo como á sua
nobreza convém. E mando a todos meus corregedores, desembargadores, tabelliães e al
caides, e em especial aos meus reis de armas, arautos e passavantes, e a quaesquer ou
tros oficiaes e pessoas a quem esta minha carta fôr mostrada, e o conhecimento d’ella
pertencer em tudo lh'a cumpram e guardem, e façam inteiramente cumprir e guardar,
como em ella é conteudo, sem duvida nem embargo algum, que lhe a isso seja posto,
porque assim é minha mercê. Dada em Lisboa a 20 de fevereiro de 1575. A qual foi ti
rada na verdade, e por mim Christovão de Benavente por provisão de el-rei nosso se
nhor, que perante mim foi apresentada por Braz Alemão, moço da camara do dito senhor
de verbo ad verbum no livro dos registos das fidalguias de Portugal. E não se continha
mais em os ditos papeis, e eu escrivão da camara aqui registei por virtude do despacho
do doutor ouvidor e provedor d’esta comarca, e aos proprios me reporto em mão e po
der do dito Vicente Alemão, morador no Sobral do Perilhão, termo d'esta villa, e por
verdade me assignei aqui. Obidos 28 de março de 1772 annos. E eu Manuel Barbosa
Neves O escrevi.
XLIII
Brazão de armas concedido a João Juzarte de Santa Maria
(1741)
DOM JOÃO por graça de Deus rei de Portugal e dos Algarves, d'aquem e d’além mar
em Africa, senhor de Guiné, e da conquista, navegação, do commercio da Ethiopia, Arabia,
Persia, e India etc. A quantos esta minha carta virem, faço saber que o capitão João Ju
zarte Santa Maria, cavalleiro fidalgo de minha casa, natural da villa de Santarem, e morador
n'esta cidade de Lisboa, me fez petição em como ele descendia e vinha da geração e linha
gem dos Barrosos e Juzartes, e suas armas lhe pertenciam de direito, e pedindo-me por
mercê que para a memoria de seus antecessores se não perder, e ele usar, e gosar da
honra das armas que pelo merecimento de seus serviços ganharam e lhe foram dadas,
assim dos privilegios, honras, graças e mercês, que por direito e por bem d’ellas lhe per
tencem, lhe mandasse dar minha carta das ditas armas, que estavam registadas em os
livros dos registos das armas dos nobres fidalgos de meus reinos, que tem Portugal meu
principal rei de armas. A qual petação vista por mim, mandei sobre ella tirar inquirição
de testemunhas pelo doutor Manuel da Costa Mimoso do meu desembargo, e meu desem
bargador em esta minha córte, e casa da supplicação, corregedor do civel em ella, e por
Caetano José, escrivão do dito juizo, pelos quaes fui certo que ele procede e vem da ge
ração e linhagem dos ditos Barrosos e Juzartes, como filho legitimo de Antonio Pereira
648 JOÀO JUZARTE DE SANTA MARIA
de Macedo, e de sua mullier D. Josepha Maria de Oliveira, neto pela parte paterna de ou,-
tro Antonio Freiré de Macedo, e de sua mullier D. Anna de Mendonça; bisneto de Antonio
Barroso, terceiro neto de Ruy Barroso, e quarto neto de Violante Barrosa e quinto neto
de Ruy Barroso, e ser tambera pela parte paterna bisneto de JO. Leonarda du Memlonca Aguiar
Juzarte Santa María, terceiro ne lo de Joâo Santa Maria, quarto neto de Alfonso Lopes
Santa Maria, quinto neto de Joâo Santa Maria, e sexto neto de Valentina de Con t reiras
Aguiar e Santa Maria, os quaes todos seus paes e avós erara pessoas milito nobres, e
legítimos descendentes das familias de Barrosos e Ju/arles, e como taes se trataram sem-
pre á lei da nobre/.a, com cavallos, armas e creados, tendu sempre ernpregos de governo,
tanto nos postos militares, como nos honrosos cargos da república, e nao haver n'elles
raça alguma de judeu, mouro, ou mulato, ñera de outra infecta nacao, e Ihe pertencem
de direito as suas armas. As quaes Ihe mandei dar em esta minlia carta, com seu bra-
zäo, elino, e timbre, como aqui sao divisadas, e assim como fiel, e verdaderamente se
acharara divisadas, e registadas em os livros dos registos das armas dos nobres (idalgos,
de meus reinos, que tem o dito Portugal meu reí de armas. A saber: Um escudo partido
em pala, na primeira as armas dos Barrosos em campo vermelho, cinco leoes de prata, e
faxados de duas faxas de purpura cada um, urna pelo pescoço e outra pela barriga em
paquetadas de ouro, postos em sanlor: ría segunda pala as armas dos Ju/.artes, que sao par
tidas em pala, na primeira campo a/.ul com quatre livelas de ouro, e urna bordadura sau-
guinha com seis castellos de ouro lavrados de negro, e na segunda de verde sete espadas
de sua cor guarnecidas de ouro, em pala gotadas de sangue, e por orla campo saugui-
neo e seis molhos de troços de lanças de sua cor postos em pala, atados pelo meio com
um troçal de ouro. Elmo de prata aberlo guarnecido de ouro. Paquil'e dos metaes e co
res das armas, timbre o dos Barrosos, que é um dos leöes das armas, e por difference
urna brica de ouro com urna banda a/.ul. O qual escudo, armas e signaes, possa trazer,
e traga o dito capitâo Joâo Ju/arte Santa Maria, assim como as trouxeram, e d'ellas usa-
ram seus antecessores em todos os logares de honra em que os ditos antecessores, e os
nobres, e antigos lidalgos sempre as costumaram trazer cm tempo dos mui esclare
cidos reis meus antecessores, e com ellas possa entrar em batalhas, campos, rectos, es-
caramuças, e exercitar com ellas todos os oulros actos lid los da guerra, e da paz, e as
sim as possa trazer em seus íirmaes, anneis, sinetes, e divisas, e as pôr em suas casas e
edificios, e deíxal-as sobre sua propria sepultura., e finalmente se servir, honrar, gosar e
aproveitar d'ellas em todo, e por todo como a sua nobreza convém. Com o que quero e
me praz que haja elle e todos seus descendentes, todas as honras, privilegios, graças
mercês, isençoes, e franquezas, que háo e devem haver os fidalgos nobres e de antiga
linliagem, e como sempre de todo usaram e gosaram os ditos seus antecessores. Pelo que
mando a todos meus corregedores, desembargadores, juizes, justices e alcaides, e em es
pecial aos meus reis de armas, arautos e passavantes, e a quaesquer outros officials, e
pessoas a que esta minba carta for mostrada, e o conhecimento d'ella pertericer, que em
todo Ih'o cumpram, e guardem, e facam aimprir, e guardar como n'ella é conteudo sem
duvida nem embargo alguin que em ella Ihe seja posto, porque assim é minha mercê.
El-rei DOSSO senhor o mandou por Manuel Pereira da Silva, seu rei de armas Portugal.
Fr. Manuel de Santo Antonio, religioso da ordern de S. Paulo, e reformador do cartorio
da nobreza do reino a fez, cm Lisboa aos seis do mez de setembro do anno de nosso se
nhor Jesus Christo de 1741. E vai subscripta por Antonio Francisco e Sousa, escrivao
da nobreza n'estes reinos, e senhorios de Portugal, e suas conquistas: e eu Antonio Fran
cisco e Sousa o subscrevi. — Portugal rei de armas principal.
JOÃO MACHADO E VICENTE MACHADO 649
XLIV
(1562)
Portugal, rei de armas principal de El-rei nosso senhor. Faço saber a quantos esta
minha certidão virem, que João Lourenço da Barbuda, morador na de Pero Negro,
termo de Torres Vedras, me pediu e requereu, que por quanto elle descendia por parte
de seu pae e avós da geração e linhagem dos das Barbudas, que n'estes reinos são fidal
gos de cotta de armas, que lhe désse um escudo com as armas que á dita linhagem
pertencem, e as elle devia trazer: pelo que eu busquei os livros da nobreza que em meu
poder estão, e achei que as armas que á dita linhagem pertencem, serem estas que n'esta
certidão lhe vão illuminadas. Nove lisonjas de veiros em tres pallas, e com mais seu pa
quife, elmo e timbre, e por diferença uma.... vermelha, que com elas deve trazer, e
por verdade lhe dei esta por mim escripta e assignada em Lisboa, aos dois dias de de
zembro de 1562. — Portugal principal rei de armas.
N. B. Vimos uma justificação de João Lourenço da Barbuda, que fez em Lisboa perante o
licenciado Lourenço Marques, cidadão e juiz do civel da dita cidade, em o 1.º de dezem
bro de 1562, em que prova que era filho legitimo de Lourenço Annes da Barbuda, e de
sua mulher Isabel Rodrigues, neto de João Gonçalves da Barbuda, e bisneto de Lourenço
Esteves da Barbuda. •
XLV
Brazão de armas concedido a João Machado e Vicente Machado de Brito
(1513 e 1599)
Antonio de Carvalho, rei de armas Algarve, e cavalleiro da casa do muito alto e mui
poderoso rei D. Filippe nosso senhor, que Deus guarde, por graça de Deus rei de Por
tugal e dos Algarves d'áquem e d'álem mar em Africa, senhor de Guiné, e da conquista,
navegação e commercio da Ethiopia, Arabia, Persia e da India, etc. Faço saber que sua
magestade mandou passar para mim uma commissão que é a que se segue. Christovão
de Mello, porteiro-mór de sua magestade, que sirvo de mordomo-mór de sua casa, mando
a vós, Antonio Carvalho, que reformeis o brazão velho que foi passado ao doutor João
Machado, que pede Vicente Machado de Brito, dizendo que por sua muita antiguidade se
vai gastando, e que daqui a poucos dias o estará de todo, e lhe é necessario para con
servação de sua nobreza, no qual fareis as diligencias necessarias sem accrescentar nem
diminuir palavra alguma, o que fareis como rei de armas Portugal, por o proprietario estar
suspenso. Cumpri-o assim e al não façais. João Cardoso a fez. Christovão de Mello. Em cum
primento da dita commissão, pelo poder e auctoridade que de meu oficio, e sua magestade
n'este particular me concede como seu Portugal principal rei de armas, fiz todas as diligencias
e justificações necessarias por testemunhas fidedignas sobre o brazão velho que me foi
apresentado juntamente com a dita commissão, por parte de Vicente Machado de Brito,
fidalgo da casa do dito senhor, e senhor da villa de S. Seris, filho mais velho de João
Machado de Brito, neto de Pedro Machado e bisneto do doutor João Machado. desem.
bargador da casa da supplicação, a quem foi passado o dito brazão; e me constou ser
passado pelo bacharel Antonio Rodrigues, que foi rei de armas Portugal, e assignado
por elle, e de seu signal, que nos ditos brazões costumam fazer, e por ser coisa sem du
vida ser passado na verdade, e carecer de todo o vicio e cavilação, o dito Vicente Machado
de Brito, seu bisneto do dito doutor João Machado, por linha direita e masculina, como
650 JOÄO MACHADO E VICENTE MACHADO
tal suas armas Ihe pertencem de direito, reformei o dito brazao por esta minha carta de
fe e certiclao, como sua magestade me manda, n'ella encorporei o dito brazao, sera mu-
dança nom accrescentamento de palavra, qualé: Portugal rei de armas principal de el-rei
nosso senhor. Faro saber a quantos esta minha carta de brazao e certidao virem, que o
doutor Jólo Machado me pediu, por quanto elle descendía da linhagem dos Machados,
dos Estoves, dos Caregueiros e dos Coelhos, e que elle e seu pai e a vos eram fidalgos
nos livros dos reis passados, e que suas armas Ihe pertencem, por ser filho do doutor
Pedro Machado, desembargador que foi de el-rei D. Affonso, que Deus tem, e de seu
conselho, e ouvidor da casa da supplicaçâo, o qual seu pai era filho de Joao Ésteves de
Villa-nova Caregeiro, que foi alferes-mór do rei Ü. Joao, de boa memoria, e neto de Vasco
Affonso Caregeiro, que foi senhor da torre de Moncorvo, e bisneto de Affonso Annes
Caregeiro, instituidor dos morgados dos Caregueiros; e de outra parte foi neto de Alvaro
Gonçalves Machado, que foi governador da junta n'esta cidade de Lisboa e casa do civel,
e assim dos Coellios por parte de sua mâe que Ihe desse um escudo com as armas que as
ditas linhagens pertencem de direito, segundo sao regisladas nos livros da nobreza que era
meu poder estrío, os quaes visto, e o seu dizer e pedir, e a prova larga que deu, Ih'as
mandei dar n'esta minha certidíio e sao as seguintes, convem a saber : o campo esquar-
telado, e o primeiro dos Caregueiros que ora tem esquarlciado. e o primeiro de verde e
urna aguia de oiro estendida do primeiro ; e ao contrario de vermciho, e urna flor de
liz de niro, e assim os contrarios; e ao segundo que é dos Machados, trazem o campo de
vermelho, e cinco machados de prata postos em aspa cora os cabos de oiro, e ao contrario
que é dos Ésteves que trazem o campo de prata e urna flor de liz vermelha; e ao con
trario do primeiro é dos Coelhos que trazem o campo de oiro e um leäo de purpura
rompente cmn tres faxas de xadrez, do primeiro é de azul e urna hordadura do mesmo
cheia de coelhos de prata malhados de prelo ; elmo de prata aberto guarnecido de oiro,
paquife de oiro verde, e por timbre a aguia do primeiro, que é dos Caregueiros; as quaes
armas o dito Vicente Machado de Brito as poilerá trazer e seus descendentes, por assim
Ihe perlencerem estas quatro linhagens tíio nobres e antigás, e de nobres e antigos fidal
gos, e os que d'ellas procedem se podem chamar fidalgos sem reproche e de solar co-
nhecido e cotta de armas, e antigamente ñas chronicas de Portugal os Coelhos se cha-
mavam de dora, e eram tidalgos de grande preço e estado ; e porque tudo isto se passa
na vcrdade o certifico assim, e mandei fazer esta, que é treslado de outra que eu passei
ao dito doutor, o qual diz mandara á India um seu filho, e concertada por mim na ver-
dado em Lisboa 2 de novembre de 1513 annos. — Portugal rei de armas. — Pelo que
requeiro da parle de sua magestade, como seu Portugal principal rei de armas que son
n'este particular, a todas as justicas, officiaes e pessoas a quem esta carta de reformacao
do dito brazâo for apresentada, que a cumpram e guardem inteiramente o dito brazäo
n'ella encorpnrado como se n'ella contém ao dito Vicente Machado de Brito, e Ihe guardem
os privilegios, liberdades o franquezas que pela nobreza das ditas armas Míe pertencem,
conforme o clireilo, deixando-lh'as trazer e gozar d'ellas como de coisa sua propria que
sao sem contradicçâo alguma, e don fe e certifico passar tudo assim na verdade, e por
firmeza e certidao d'isto Ihe passei a presente por mandado de sua magestade por mim
assignada em Lisboa. Domingos Pereira a fez. Anno do nascimenlo de nosso senhor Jesús
Christo de 1599. E eu Balthasar do Valle Cerqueira, cscrivâo da nobreza, o sobreescrevi.
Antonio Canallio. — Rei de armas Portugal.
JOÃO DE MATTOS MEXIA 651
XLVI
Brazão de armas concedido a João de Mattos Mexia
(1728)
DOM JOÃO por graça de Deus rei de Portugal e dos Algarves, d'aquem e d’além mar
em Africa, senhor de Guiné, e da conquista, navegação, e commercio da Ethiopia, Ara
bia, Persia, e da India, etc. A quantos esta nossa carta virem fazemos saber, que João de
Mattos Mexia, natural d’esta cidade de Lisboa oriental, nos fez petição de como elle des
cendia, e vinha da geração e linhagem dos Mattos e Mexias, que são fidalgos de solar, e
que suas armas lhe pertencem de direito, pedindo-nos por mercê, que para a memoria de
seus antecessores se não perder, e elle poder gosar das honras das armas, que pelos me
recimentos de seus serviços ganharam, e lhe foram dadas, e assim dos privilegios, hon
ras, graças e mercês, que por direito e por bem d’ellas lhe pertencem, lhe mandassemos
dar nossa carta das ditas armas, que estavam registadas nos livros dos registos das ar
mas dos nobres e fidalgos dos nossos reinos, que tem Portugal nosso principal rei de
armas: a qual petição vista por nós, mandamos sobre ela tirar inquirição de testemunhas
pelo dr. André Mendes de Barros, do desembargo do dito senhor, e seu corregedor com
alçada dos feitos e causas civeis em ella, e por José dos Reis e Silva, escrivão do dito
juizo, pelos quaes fomos certos que elle procede e vem da geração e linhagem dos Mat
tos e Mexias, como filho legitimo de João de Mattos Mexia, cavalleiro professo da ordem
de Christo, e de Maria da Cruz de Figueiredo, neto de João Lourenço de Mattos Mexia,
familiar do santo oficio, e de Catharina Alvares Migueis; bisneto de Manuel de Mattos
Mexia, e de Catharina de Mattos Cabeça; e pela materna de Gil Lourenço Migueis, e de
Beatriz Alvares, os quaes seus paes, avós e todos seus descendentes foram das principaes
familias da villa de Olivença, e n’ella serviram os oficios de juiz e vereadores, e elegido
res e apuradores da nobreza da dita villa, e elegedor de guarda-mór da peste, por ser
pessoa de tanta qualidade, e fidalgo de geração, e que sendo a praça tomada pelas armas
de Castella, o dito avô do supplicante pela noticia de sua pessoa que tinha o duque de
S. Germão, governador das ditas armas, lhe dera a vara de corregedor da dita villa, e
se passára ao reino de Portugal com sua casa e familia, deixando o dito cargo, e que en
tregando-se a dita praça pelo contrato das pazes, o fizeram em ella vereador mais velho,
e juiz pela ordenação, e juiz da alfandega e dos orphãos pelo conhecimento que tinham
de sua pessoa e nobreza, e que de direito as suas armas lhe pertencem: as quaes armas
lhe mandamos dar n’esta nossa carta com seu brazão, elmo e timbre, como aqui são di
visadas, o assim como fiel e verdadeiramente se acharam divisadas e registadas no livro
dos registos do nosso Portugal rei de armas, a saber: Um escudo partido em pala, na
primeira pala as armas dos Mattos; na segunda a dos Mexias, elmo de prata aberto, guar
necido de oiro; paquife dos metaes, e cores das armas; timbre o dos Mattos, e por dif
ferença uma brica de prata, e n'ella um trifolio preto. O qual escudo, armas e signaes
possa trazer, e traga o dito João de Mattos Mexia, assim como as trouxeram e d’ellas
usaram seus antecessores, e os nobres e antigos fidalgos sempre as costumaram trazer
em tempo dos mui esclarecidos reis nossos antecessores, e com elas possa entrar em
batalhas, campos, escaramuças, e exercitar com elas todos os outros actos licitos de
guerra e de paz, e assim as possa trazer em seus firmaes, anneis, sinetes e divisas, e as
pôr em suas casas e edificios, e deixal-as sobre sua propria sepultura, e finalmente se
servir e honrar, gozar e aproveitar d’ellas em todo, e por todo, como á sua nobreza con
vem. Com o que queremos, e nos praz, que haja elle e todos seus descendentes todas as
honras, privilegios, liberdades, graças, mercês, e isenções e franquezas, que hão e devem
haver os fidalgos nobres e de antiga linhagem, e como sempre de todo usaram e goza
ram seus antecessores; porém mandamos a todos nossos corregedores, desembargadores,
652 JOÃO DA SILVA FURTADO
juizes, justiças, alcaides, e em especial aos nossos reis de armas, arautos e passavantes,
e a quaesquer outros oficiaes e pessoas a quem esta nossa carta for mostrada, e o co
nhecimento d’ella pertencer, que em todo lh'a cumpram e guardem, e façam cumprir e
guardar como n’ella é conteudo, sem duvida, nem embargo algum que em ella lhe seja
posto, porque assim é nossa mercê. El-rei nosso senhor o mandou por Manuel Leal, seu
rei de armas Portugal. Fr. José da Cruz, da ordem de S. Paulo, reformador do cartorio
da nobreza do reino, por especial provisão do dito senhor, a fez, anno do nascimento de
nosso senhor Jesus Christo de mil setecentos vinte e oito, aos trinta de agosto, e vai sub
escripta por Antonio Francisco, escrivão da nobreza d’estes reinos e senhorios de Portu
gal, e suas conquistas, e eu Antonio Francisco o subscrevi. — Portugal rei de armas
principal.
XLVII
(1730)
DOM JOÃO por graça de Deus rei de Portugal e dos Algarves, d'aquem e d’além mar
em Africa, senhor de Guiné, e da conquista, navegação e do commercio da Ethiopia, Ara
bia, Persia, e da India etc. A quantos esta minha carta virem faço saber, que João da
Silva Furtado, natural d’esta cidade, moço da camara do numero de minha casa, e caval
leiro fidalgo, me fez petição em como ele descendia, e vinha da geração e linhagem dos
Furtados Mendoças, e Silvas, e Pereiras, que n'estes meus reinos são fidalgos de solar,
e cotta de armas, e que de direito as suas armas lhe pertencem; pedindo-me por mercê,
que por a memoria de seus antecessores se não perder, e elle poder usar da honra das
armas, que pelos merecimentos de seus serviços ganharam, e lhe foram dadas; e assim
dos privilegios, honras, graças, e mercês, que por direito, e por bem d’ellas lhe perten
cem, lhe mandasse dar minha carta das ditas armas, que estavam registadas em os livros
dos registos das armas dos nobres e fidalgos de meus reinos, que tem Portugal meu prin
cipal rei de armas; a qual petição vista por mim, mandei sobre ela tirar inquirição de
testemunhas pelo doutor Manuel Alves Pereira do meu desembargo, e meu desembarga
dor em esta minha côrte, e casa da supplicação, corregedor do civel em ella, e João Ve
lho escrivão do dito juizo, pelos quaes fui certo, que elle procede, e vem da geração, e
linhagem dos Furtados Mendoças, Silvas, e Pereiras, como filho legitimo de José da
Silva Furtado, cidadão que foi desta cidade, e proprietario do oficio de escrivão da meza
grande da casa da India, e de sua mulher D. Therésa de Escarça de Barros, e neto do
capitão João da Silva Furtado, o qual pelo brazão de armas, que teve passado no anno
de 1631, mostrou ser o quinto neto de Nuno Furtado de Mendoça, aposentador-mór do
senhor D. Affonso V meu antecessor, e de sua mulher D. Leonor da Silva, sobrinha do
condestavel D. Nuno Alvares Pereira, filha de Fernão Alvares do Carvalhal, e de sua mu
lher D. Violante Pereira, os quaes foram fidalgos de solar conhecido, e como taes se tra
taram á lei da nobreza, com o estado a ella devido, como fidalgos que eram, sem que
n'elles houvesse raça de judeu, ou mouro, ou mulato, nem de outra infecta nação, e que
de direito as suas armas lhe pertencem, as quaes armas lhe mandei dar em esta minha
carta, com seu brazão, elmo, e timbre, como aqui são divisadas e assim como fiel, e ver
dadeiramente se acharam divisadas, e registadas em os livros dos registos do dito Por
tugal meu rei de armas, a saber: Um escudo esquartelado, no primeiro e quarto quartel
as armas dos Furtados Mendoças, que são escudo partido em faxa na parte alta, e baixa,
em campo verde uma banda vermelha acotilada de ouro, e nas duas ilhargas em campo
de ouro um S preto. No segundo quartel as armas dos Silvas, em campo de prata um
leão rompente vermelho armado do mesmo. No terceiro quartel as armas dos Pereiras,
em campo vermelho uma cruz de prata floreteada, e vazia de campo. Elmo de prata aberto
JOÂO DE SOUSA DE CARVALHO 653
guarnecido de ouro. Paquife dos metaes, e cores dis armas. Timbre o dos Furtados Men-
doças, que é urna aza de aguia de ouro, com garras, e sobre ella um S preto. E por
difference um trifolio. 0 quäl escudo anms, e sigriaes possa trazer, e traga o dito Joao
da Silva Furtado, assim como as trouxeram, e d'ellas usaram <>s seus antecessores, e os
nobres, e antigos fidalgos sempre as costumaram tra/er em tempo dos muí esclarecidos reis
meus antecessores, e ccm ellas possa entrar em batalhas, campos, escaramucas, e exerci-
tar com ellas todos os actos lícitos da guerra, e da paz; e assim as possa irazer em scus
firmaes, anneis, sinetes, e divisas, e as pôr em suas casas, e edificios, e deixHl-as sobre
sua propria sepultura ; e finalmente se servir, e honrar, gosar, e aproveitar d'ellas em
tudo, e por tudo, como à sua nobreza convém. Com o que quero, e me praz que haja elle,
e todos seus descendentes, todas as honras, privilegios, liberdades, gracas, merces, isen-
coes, e franquezas, que Imo, e devem haver os lidalgos nobres e de anliga linhagem, e
como sempre de todo usaram, e gosaram seus antecessores. Porém mando a iodos meus
corregedores, desembargadores, juizes, justicas, alcaides, e em especial aos meus reis de
armas, arautos, e passavantes, e quaesquer oulros officiaes, e pessoas a quem esta rninha
carta for mostrada, e o conhecimento d'ella pertencer, que em todo Iba cumprarn, e guar-
dem, e façam cumprir, e guardar, como n'ella é eonteudo, sem duvida, ou embargo algum,
que em ella Ihe seja posto, porque assim é minha mercó. El-rei nosso senhor o mandou
por Manuel Pereira da Silva, seu reí de armas Portugal. Fr. José da Cruz, da ordern de
S. Paulo, reformador do cartorio da nobreza do reino, por especial provisao do dito se
nhor, a fez. Anno do nascimento de nosso senhor Jesus Christo de 1730, aos decesete
dias do mez de julho. E vai subscripta por Antonio Francisco e Sousa, escrivâo da no
breza n'estes reinos, e senhorios de Portugal, e suas conquistas. E eu Antonio Francisco
e Sousa o subscrevi. — Reí de armas principal.
XLVIII
Brazao de armas concedido a Joäo de Sonsa de Camino
(1685)
Portugal rei de armas principal n'estes reinos, e senhorios de Portugal, do muito alto
e muito poderoso senhor rei D. Pedro segundo do nome, nosso senhor, por graça de Deus
rei de Portugal e dos Algarvcs, d'aqu"in e d'alóm mar em Africa, senhor de Guiñé, e da
conquista, navegacao, commercio da Ethiopia, Arabia, Persia e da India etc. A lodos os
que esta minha carta de certidfio de brazao de armas de nobreza, e lidalguia de geracao
digna de fe e crenca virem, faço зчЬег que a mim rne fez peticíio por escriplo Joâo de
Sousa de Carvalho, morador na villa de Santarem, dizendo n'ella que pela sentence junta
dada sobre a habilitacâo de sua nobre/.a, e limpe/.a de sangue de sua geraçâo, no juizo
da corte do civel, e documentos n'ella insertos, se moslrava largamente ser lilho legitimo
de Antonio Carvalho, e de sua mulhcr Maria de Oliveira, e neto pela parte paterna de
outro Antonio Carvalho, e de sua mulher Hilaria Teixeira de Memloça, e pela parte ma
terna, neto de Domingos de Oliveira, e de sua mulher Magdalena de Sousa, moradores
que foram na fregue/ia de S. Pedro de Arrifana. termo da dila villa; e bisneto pela parte
de sua avó Hilaria Teixeira, e de Francisco Teixeira de Mendoca, naturaes que foram da
fregue/ia de Santa Maria de Alrnoster, e moradores na quinta da Granja, e te^ceiro neto
de Simâo Francisco, e de sua mnlher Leonor Teixeira de Mendoca, moradores que foram
no termo da villa do Cadaval, e quinto rielo de Francisco Lopes de Sousa, e de sua mu
lher Maria Teixeira de Mendoca, e quinto neto de Isabel Goncalves Teixeira, e sexto neto
de Manuel Yaz Teixeira; e por esta linha era elle supplicarite descendente do tronco, e
geracao dos Teixeiras. e como tal aparentado com pessoas graves da dita familia, como
eram os doutores Marcos Teixeira, inquisidor da meza grande, e seu sobrinho outro Mar
654 JOÃO DE SOUSA DE CARVALHO
cos Teixeira, bispo eleito do Brazil, e Francisco Teixeira, capitão e chanceller da dita villa
de Santarem; e que os ditos seus avôs eram pessoas nobres e como taes se trataram sem
pre, servindo nas terras de suas moradas os cargos nobres da governança d’ellas, e eram
christãos velhos sem raça alguma de mouro, judeu, mulato, nem de outra infecta nação,
e tinham brazão de armas da dita familia, de que usavam; e porque ele supplicante vi
via á lei da nobreza, me pedia que, pela memoria de seus progenitores se não perder,
lhe mandasse passar seu brazão de armas para usar, e gozar d’ellas, e de seus privile
gios, e receberia mercê; a qual petição, sendo-me apresentada, se mostrava de varias
justificações de muitas testemunhas e brazão de armas, tudo incluso na dita sentença, o
referido na sobredita petição do supplicante, e finalmente estar julgado por filho, e neto
das pessoas nomeadas, e por descendente da dita familia dos Teixeiras, e lhe competir
suas armas, brazão, honras e privilegios a ella concedidos; e a dita sentença foi promul
gada pelo doutor José de Basto Pereira de Torres, corregedor do civel da côrte, e tirada
do processo em nome de sua magestade, e passada pela chancellaria, e fica no cartorio da
nobreza do escrivão d’ella, que esta subscreveu, e em virtude e cumprimento da qual,
visto por ella estar julgado por descendente da dita geração, e lhe competir brazão e ar
mas d’ella, como dito é, provi e busquei os livros do registro da nobreza das armas da
nobre e antiga fidalguia d’estes reinos, e n'elles achei assentadas e registradas as armas
da muito nobre e antiga familia dos Teixeiras, que n'estes reinos são seus ascendentes,
fidalgos de geração e cota de armas, e n'esta lh'as dou divisadas, e illuminadas com o
metal e côr que a ellas pertencem, conforme a ordenança de armaria; a saber: Um es
cudo posto ao balon de campo azul, e sobre elle uma cruz de ouro potencea aberta, e
por diferença uma brica de prata com uma almofada vermelha; elmo de prata aberto,
guarnecido de ouro; paquife do metal e côr das armas, e por timbre meio unicornio de
prata com a ponta e unha de ouro. E porque estas são as armas que á dita linhagem per
tencem, lh'as dei e ordenei n'esta, com o poder e auctoridade que de meu muito nobre
e real oficio para isso tenho, para dellas usar e gosar como acto e prerogativa de sua
nobreza e fidalguia. E com elas poderá entrar em batalhas, campos, duelos, rectos, des
afios, justas e torneios, e exercitar os mais actos de guerra, e paz, que licitos e honestos
foram, e trazel-as em seus reposteiros, firmaes, anneis, sinetes e mais cousas de seu ser
viço, d’onde convenientemente estejam, e pôl-as nos portaes de suas casas e quintas, e
deixal-as sobre sua propria sepultura, e finalmente se poderá servir, e honrar e aprovei
tar d’ellas como suas que são, e á sua nobreza convem. Pelo que requeiro a todos os
corregedores, provedores, ouvidores, juizes e mais justiças de sua magestade, da parte
do dito senhor, e da minha lhes peço muito por mercê, e por bem do oficio da nobreza
das armas que tenho, deixem trazer, lograr e possuir ao supplicante João de Carvalho de
Sousa as ditas armas e com elas gozar de todos os privilegios, graças, honras, franquezas,
mercês, favores, isenções e mais liberdades concedidas as ditas armas, e de que gozam
e devem gozar e uzar os nobres e antigos fidalgos de geração e cota de armas, em espe
cial os da dita geração, assim como pela dita sentença está determinado e julgado. E
mando a todos os oficiaes da nobreza, como juiz que sou d’ella, reis de armas, arautos
e passavantes o cumpram e guardem, sem embargo algum, que a esta lhe seja posto.
Em fé do que lhe mandei passar a presente por mim assignada com o signal do nome do
meu oficio, de que uso nos brazões. Dada n'esta côrte e cidade de Lisboa, aos 20 de ju
nho do anno do nascimento de nosso senhor Jesus Christo de 1685. Francisco Mendes a
fez pelo capitão Francisco Luiz Ferreira, escrivão da nobreza n'estes reinos e senhorios
de Portugal, por sua magestade, que Deus guarde. E eu, o capitão Francisco Luiz Fer
reira, a fiz escrever e subscrevi. — Portugal rei de armas principal.
JOÃO VELHO 655
XLIX
• (1703)
Portugal rei de armas n’estes reinos de Portugal, do muito alto e muito poderoso rei
D. João quinto, nosso senhor por graça de Deus, rei de Portugal e dos Algarves, d'aquem e
d'além, mar em Africa, senhor de Guiné e da conquista, navegação, commercio da Ethio
pia, Arabia, Persia e India, etc. Faço saber a quantos esta minha carta, e certidão de
brazão de armas, fidalguia, e nobreza digna de fé e crença virem, que por parte de João
Velho, morador n’esta cidade, me foi feita petição, dizendo que pela sentença junta que
oferecia, passada em nome de sua magestade e pela chanchellaria da côrte, e promulgada
pelo doutor Gonçalo da Cunha Villasboas, desembargador da casa da supplicação e corre
gedor do civel da côrte com alçada, constava ser o supplicante descendente das nobres, e
antigas familias dos Vasconcellos, e Velhos, que n'este reino são fidalgos antigos de solar
e cotta de armas, por ser filho legitimo de Bento Marques Velho, filho de Manuel Marques
Velho, avô d’elle supplicante, moradores que foram n’esta cidade, os quaes tiraram bra
zão de armas das familias de quem descendem dos Vasconcellos, que procedem de Pedro
Martins da Torre, filho de Martim Moniz, o illustre capitão que morreu á entrada da
porta de Lisboa, neto do conde D. Osorio, que passou a Portugal em tempo do conde
D. Henrique; e foi seu solar a torre de Vasconcellos na provincia de Entre Douro, e Mi
nho, de que tomaram o appellido; e outrosim dos Velhos, que procedem de D. Gaião,
alcaide-mór de Santarem; os quaes todos eram pessoas nobres, e como taes se trataram
sempre á lei da nobreza, com armas, cavallos, criados e gente de seu serviço, e serem chris
tãos velhos, sem raça alguma de mouro, ou judeu, nem de outra infecta nação, sem n’elles
haver quebra de bastardia; dos quaes ele supplicante descende, e por tal estava julgado
na dita sentença, e por se não perder a memoria de seus progenitores de sua antiga fidal
guia e nobreza, queria para conservação d’ella um brazão de armas pertencentes ás ditas
gerações dos Vasconcellos, e Velhos; pelo que me pedia lhe mandasse passar carta e cer
tidão de brazão em forma, com as armas illuminadas, assim como ele supplicante as
havia trazer, e d’ellas uzar; e vista por mim a dita sua petição, e sentença, e mais do
cumentos insertos, que ficam no cartorio da nobreza em poder do escrivão d’ella; e por
ella consta estar o supplicante julgado por legitimo descendente das ditas gerações, pelo
haver assim provado, e justificado largamente na dita sentença, da qual achei deduzido
tudo o conteudo na dita petição: em virtude da qual provi o livro da fidalguia, e nobreza
do reino, que em meu poder tenho, e n'elle achei registradas as armas que ás ditas
linhagens pertencem, que são as que n'esta lhe dou, divisadas e iluminadas, a saber: Um
escudo posto ao balon partido em palla, no primeiro as armas dos Vasconcellos, que são
em campo preto tres faxas de veiros de prata, e sanguinho veirados e contraveirados;
no segundo as dos Velhos, em campo sanguinho cinco vieiras de ouro em aspa, e por
diferença um triangulo de ouro; elmo de prata aberto guarnecido de ouro, paquife dos me
taes, e côres das armas; timbre o dos Vasconcellos, um leão preto rompente faxado com
as tres faxas das armas, armado de vermelho. E porque estas são as armas que as ditas
linhagens pertencem, eu Manuel Leal, rei de armas Portugal, e principal, com o poder
do meu muito nobre e real oficio, lh'as dou, e assigno assim como vão no dito escudo,
as quaes armas poderá uzar como acto e prerogativa de sua nobreza e fidalguia, e com
elas gozar de todas as graças, honras, mercês e privilegios que pelos senhores reis
d’este reino foram concedidos aos fidalgos, e nobres d’elle, e em especial aos das ditas
gerações, e com elas poderá entrar em batalhas, e em todos e quaesquer actos, assim da
paz como da guerra, tanto nas cousas graves, e de necessidade, como nas voluntarias, e
de recreação, assim como justas, torneios e tudo mais que licito, e honesto fôr, e as po
656 JOSÉ ANACLETO PEREIRA DA SILVA
derá fazer pintar e bordar em seus reposteiros, bandeiras, e estandartes, e abril-as nas
suas baixellas, e em seus anneis e sinetes, e nos portaes de suas casas e quintas, e es
culpir sobre sua propria sepultura, servindo-se e honrando-se d’ellas, como a sua nobreza
e fidalguia convem, e como o fazem os mais fidalgos e nobres d’este reino: pelo que re
queiro a todos os desembargadores, corregedores, ouvidores, juizes e mais justiças de
sua magestade, da parte do dito senhor, e da minha, por bem do oficio que tenho, e em
especial mando aos oficiaes da nobreza, como juiz que sou d’ella, reis de armas, arautos
e passavantes a cumpram e façam inteiramente cumprir e guardar, assim como por mim
é julgado e determinado: e por firmeza de tudo, vai por mim assignada com o signal
publico do nome do meu oficio. Dada n'esta côrte e cidade de Lisboa em 20 de fevereiro
de 1709. Francisco de Almeida a fez por José Duarte Salvado, cavalleiro da casa real, e
escrivão da nobreza n'estes reinos e senhorios de Portugal. E eu José Duarte Salvado a
fiz escrever, e subscrevi.
L
(1738)
DOM JOÃO por graça de Deus rei de Portugal e dos Algarves, d'aquem e além mar
em Africa, senhor de Guiné, e da conquista, navegação e commercio da Ethiopia, Ara
bia, Persia e da India, etc. A quantos esta minha carta virem faço saber, que José Ana
cleto Pereira da Silva Monteiro, cavaleiro professo na ordem de Christo, e guarda-mór
do lastro do rio d'esta cidade de Lisboa, e n'ella morador, me fez petição em como ele
descendia, e vinha da geração, e linhagem dos Pereiras e Monteiros, e que suas armas lhe
lhe pertenciam de direito, e pedindo-me por mercê, que para a memoria de seus ante
cessores se não perder, e ele usar, e gozar das honras das armas, que pelos merecimen
tos de seus serviços ganharam, e lhe foram dadas, assim dos privilegios, honras, graças,
e mercês, que por direito, e por bem d’ellas lhe pertencem, lhe mandasse dar minha
carta das ditas armas, que estavam registadas em os livros dos registos das armas dos
nobres e fidalgos de meus reinos, que tem Portugal meu principal rei de armas: a qual
petição vista por mim mandei sobre ella tirar inquirição de testemunhas pelo dr. João
Baptista Bavone, do meu desembargo, e meu desembargador em esta minha côrte, e casa
da supplicação, corregedor do civel em ella, e por Antonio Soares Guerreiro, escrivão do
dito juizo, pelos quaes fui certo, que ele procede, e vem da geração e linhagem dos di
tos Pereiras e Monteiros, como filho legitimo de Manuel Vicente Pereira, cavalleiro pro
fesso na ordem de Christo, familiar do santo oficio dos do numero da villa de Santarem,
e de D. Francisca Clara de Oliveira, filha legitima de Antonio Gonçalves de Oliveira, tam
bem familiar do santo oficio, e natural de S. Perofins da Maia, e de Paschoa Cardosa da
Silva, natural da villa de Santarem, onde foram moradores. Neto pela parte paterna de
Domingos Pereira Monteiro e de Domingas Dias, pessoas nobres, e de limpo sangue, mo
radores que foram no logar de Fornelos, concelho de Aregos, comarca de Lamego, onde
nasceu, e se criou o dito seu filho Manuel Vicente Pereira, bisneto de Gaspar Monteiro
Pereira, senhor da quinta do Barró, e capitão-mór do concelho de S. Martinho de Mou
ros, aonde a sua casa era a principal pela sua qualidade e trato, casado com D. Francisca
de Azevedo, que foi senhora da quinta de Couto de Picão, e herdeira de toda a casa de
seus paes, que foram Balthazar Vieira Monteiro, senhor do dito couto, e sua mulher
D. Joanna de Azevedo e Castro, filha de Estevão Rebello Pinto, e de Maria de Azevedo e
Vasconcellos, neta pela parte paterna de Fernando de Canto de Monterroio, senhor da
dita casa e couto, padroeiro da igreja de Rofem, e de sua mulher Maria de Aguiar Vieira
da Silveira, filha de Pedro Vieira de Lordellos, senhor da quinta de Cidrais, e bisneto de
Pedro Annes de Monterroio, senhor da quinta de Picão, que era casa de solar antigo, e
JOSÉ ANACLETO PEREIRA DA SILVA 657
muito nobre, e de sua mulher Maria Gonçalves de Travassos, filha de Nuno Gonçalves
de Travassos, senhor da quinta de Amela além do Tamega, que viveu no mesmo conce
lho de S. Martinho de Mouros na sua quinta de Barró, e de sua mulher Francisca Coelho,
filha de Antonio Coelho, e de sua mulher Brites Cardosa. Quarto neto de Manuel Pe
reira, irmão de Francisco Pereira, commendador de Barró na ordem de Christo, que era
da familia dos Pereiras d’este reino; e de sua esposa Clemencia Vieira Monteiro, que era
filha de Clemente Vieira Monteiro, irmão de Gaspar Monteiro, que viveu tambem na
quinta de Barró, e tirou carta de brazão das armas dos Monteiros, mostrando lhe perten
ciam legitimamente no anno de 1543, a qual se acha registada no archivo real da torre
do tombo no livro dos privilegios do dito anno a folha 54. Neta de Lopo Monteiro, que
foi um fidalgo muito honrado, que viveu na mesma quinta de Barró, reinando o senhor
D. Manuel, e de sua mulher Florencia Vieira, filha de Clemente Vieira, senhor da casa do
Ribeiro. Bisneta de Gonçalo Monteiro, fidalgo da casa do infante D. Fernando, pae do
mesmo rei D. Manuel, morador que foi em Quintella de Tarouca, e de sua mulher Isabel
Rõiz de Sequeira filha de Ruy Annes de Vasconcellos. Terceira neta de Lopo Martins Mon
teiro, fidalgo muito honrado da familia dos Monteiros. Quarta neta de Martim Affonso
Monteiro, que foi vereador da cidade do Porto, pelos annos de 1425 reinando o senhor
rei D. João I. Quinta neta de Afonso Nunes Monteiro, que tambem foi morador no Porto
no reinado do senhor rei D. Fernando. Sexta neta de Nuno Martins Monteiro, que alcan
çou os reinados dos senhores reis D. Affonso IV, e D. Pedro I. Setima neta de Martlm
Paes Monteiro, de quem fala o conde D. Pedro, no seu Nobiliario, e viveu reinando em
Portugal os senhores reis D. Diniz, e D. Affonso III. Oitava neta de Paio Monteiro, que
viveu na freguezia de S. Adrião de Sever no concelho de Penaguião, reinando os senho
res reis D. Affonso II, e D. Sancho II, e de sua mulher D. Thereza Annes, filha de D.
João Soares o Chico, do couto de Leomil, e de sua mulher D. Thereza Gonçalves Bezerra
das principaes familias d’aquelle seculo. Nona neta de Egas Monteiro, que viveu em terra
de Penaguião, padroeiro da Santa Olaia de Rendufe, e de sua mulher que era filha de
Gonçalo Moniz, e de sua mulher D. Maria Anna, o qual Egas Monteiro era irmão de D.
Fernando Rodrigues Monteiro, quarto mestre da ordem de cavallaria de S. Bento de
Aviz. E finalmente decima neta de Ruy Monteiro, o primeiro que usou d’este appellido,
e descendente da familia dos senhores do couto de Leomil, que foram illustrissimos fidal
gos. Havendo na sua ascendencia muitas mais pessoas de grandes honras, assim nos pos
tos militares, como nos honrosos cargos da republica, pelo que se conhece a limpeza de
sangue do supplicante, e antiga nobreza, que o illustra, sem que nunca servissem oficios
mecanicos, mas sempre tratando-se á lei da nobreza tanto elle, como seus antecessores
legitimos descendentes das familias dos Pereiras, e Monteiros, que n'estes meus reinos
são fidalgos muito antigos de cotta de armas, sem que n'elles houvesse raça de judeu,
mouro, ou mulato, nem de outra infecta nação, e que de direito as suas armas lhe per
tencem, lh'as mandei passarem esta minha carta com seu brazão, elmo, e timbre, como aqui
são divisadas, e assim como fiel e verdadeiramente se acham divisadas, e registadas em
os livros dos registos das armas dos nobres, e fidalgos de meus reinos que tem o dito
Portugal meu rei de armas, a saber: Um escudo partido em pala, no primeiro as armas
dos Pereiras, que são em campo sanguineo uma cruz de prata florida, e vazia do campo.
Na segunda pala as armas dos Monteiros, em campo de prata tres cornetas, ou bozinas
negras em roquete, e em faxa com bocaes de ouro, e cordões de purpura. Elmo de prata
aberto, guarnecido de ouro. Paquife dos metaes, e côres das armas. Timbre o dos Perei
ras, uma cruz sauguinea florida entre duas azas de anjo de ouro, e por diferença uma
brica de ouro com um farpão azul. O qual escudo de armas, e signaes possa trazer, e
traga o dito José Anacleto Pereira da Silva Monteiro, assim como as trouxeram, e d’ellas
usaram seus antecessores, em todos os logares de honra, como os nobres e antigos fidal
gos sempre as costumaram trazer em tempo dos mui esclarecidos reis meus antecesso
res, e com ellas possa entrar em batalhas, torneios, escaramuças, e exercitar com elas
+ I 42
658 JOSÉ PERRAZ DE ARAUJO
todos os mais actos lícitos, tanto de guerra como de paz, e d'ellas poderá usar em seus
firmaes, anneis, sineles, e divisas, pôl-as ern suas proprias casas, e edificios, e deixal-as
sobre sua sepultura, e finalmente se servir, honrar, gosar e aproveitar d'ellas em todo,
e por todo, como à sua nobreza convém ; corn o que quero e me praz que liaja elle José
Añádelo Pereira da Silva Monteiro, e sens descendentes todas as honras, privilegios, liber-
dades, graças, e mercês, isençôes, e franquezas que nao e devem haver os (Idalgos, e
nobres e de antiga linhagem, como sempre o usaram, e gosaram os ditos seus anteces
sores. Pelo que mando a todos os meus corregedores, desembargadores, juizes, e mais
justiças, e em especial aos meus reis de armas, arautos e passavantes, e a quaesquer ou-
tros officiaes e pessoas a quem esta minha carta for mostrada, e o conhecimenlo d'ella
pertencer, que em ludo Iha cumprarn e guarden e facam cumprir, e guardar como n'ella
se contení sem duvida nem embargo algum, que em ella Ihe soja posto, porque assim è
minha mercè. El-rei nosso senlior o mandón por Manuel Pereira da Silva, seu reí de ar
mas Portugal. Fr. Manuel de Santo Antonio, religioso da orden de S. Paulo, a fez en
Lisboa aos vinte dias do mez de dezembro do anno do nascimento de nosso senhor Jesús
Christo de 1738. E eu Antonio Francisco e Sousa subscrevi. — Portugal reí de armas
principal.
U
Brazao de armas concedido a José Ferraz de Araujo
(1720)
Portugal rei de armas principal n'estes reinos de Portugal, do muito alto e poderoso reí
D. Joao quinto, nosso senlior, por graca de Deus rei de Portugal e dos Algarves, d'áquem
e d'álem mar cm Africa, senhor de Guiñé e da conquista, navegac.no, do corninercio da
Ethiopia, Arabia, Persia, e da India, «te. Faço saber a quantos esta minha carta e certi-
dao de armas, fldalguia, e nobreza digna de fe e crenca viren, que por parte do doutor
José Ferraz de Araujo, conego que foi da santa se de Coimbra, e prior de S. Pedro de
Tamengos, do mesmo bispado, me foi feita petiçâo, dizendo que elle pela sentence junta
que offerecia, passada em nome de sua rnagestade, e pela chancellaría da corte, pelo
doutor Braz Rodrigues Pereira, juiz de fóra com aleada na villa e termo de Meígaco,
por sua magestade, que Deus guarde, auditor da gente de guerra da praça de Meígaco,
e juiz dos orphaos, ludo pelo dito senhor; constava ser o supplicante descendente das
familias dos Ferrazes, Araujos, Castros e Sonsas, que n'estes reinos sao lidalgos antigos
de cotta de armas, por ser íilho do capitao Francisco Ferraz de Araujo, morador que foi
na cidade de Lisboa, e que o dito seu рае Francisco Ferrafc de Araujo era filho de U. Maria
de Araujo de Sousa e Castro, a quai foi casada com Francisco Ferraz da Motta, mora
dores que foram na cidade do Porto ; e que a dita D. Maria de Araujo de Sonsa e Castro,
avó d'elle supplicante, era filha de Antonio de Castro e Sousa, morador que foi na sua
quinta do Pezo, termo da villa de Meígaco, e que o dito Antonio de Castro e Sousa,
bisavô d'elle supplicante era homem fidalgo de geracjio, e que sempre se intitulara por
ser das mais nobres e principaes familias da provincia de Entre Douro e Minho, com tanta
grandeza, que era senhor de vassallos com jurisdircâo de por e tirar justiças ñas fregue-
zias de Arenthe e Podras Rubias, no reino de Galliza, cuja jurisdiccao e senhorio de vas
sallos possuiu até o presente tempo das guerras seu neto Antonio de Castro de Sousa
e Medrano, morador na sua mesma quinta, e que o dito Antonio de Castro e Sousa,
bisavô d'elle supplicante, sempre foi tido e havido por descendente da melhor familia das
da provincia de Entre Douro e Minho, e que sempre usara das armas e escudos, assim
em suas casas como em suas sepulturas, que tem na capella-mór da egreja matriz da
villa de Meígaco, que é do padreado, o qual leve brazâo das ditas armas. Dos quaes
lodos descendía elle supplicante, e que sempre se trataram á lei da nobreza, com cavallos
i
JOSÉ LEITÃO DE ALMEIDA 659
LII
(1629)
Portugal rei de armas n’estes reinos e senhorios de Portugal, pelo muito alto e pode
roso rei D. Filippe III, nosso senhor, rei de Portugal e dos Algarves, d'aquem e d’além
mar em Africa, senhor de Guiné e da conquista, navegação, commercio da Ethiopia, Ara
bia, Persia, e da India, etc. Faço saber aos que esta minha carta e certidão de armas de
nobreza, digna de fé e crença virem, que por parte de José Leitão de Almeida, morador
n'esta cidade de Lisboa, e natural da Ribeira de Pena, do arcebispado de Braga, filho de
João Fernandes, e de sua mulher Camilla Leitoa, moradores na dita Ribeira; neto de
Christovão Leitão, e bisneto de Damião Leitão, o qual seu bisavô foi fidalgo da casa de
El-rei
+
nosso senhor, governador de Cabo Verde, os quaes seu avô e bisavô descendem
660 JOSÉ PEREIRA DA SILVA NEGREIROS
por linha masculina, sem bastardia, dos Leitões, que nestes reinos de Portugal são fidal
gos: assim elle, e eles não tem raças de mouros, judeus, nem de outra infecta nação, e
serem pessoas nobres e conhecidas nestes reinos, e por taes foram tidos e havidos; assim
elles como ele, sempre se trataram á lei da nobreza e fidalguia, assim uns e outros con
forme as suas qualidades, tendo continuamente cavallos, criados, escravos, e outra gente
de seu serviço, e fazendo muitos serviços aos reis d’este reino, na defensão d'elles, com
suas pessoas e fazenda, como tudo constou por um instrumento publico, que o dito José
Leitão de Almeida tirou nesta cidade de Lisboa, feito por Manuel Guterres, escrivão dos
corregedores do civel, e assignado pelo doutor Manuel Salgado Souto-maior, corregedor
dos feitos, e causas civeis n'esta dita cidade de Lisboa, e sua correição, o qual fica em
meu poder, ao que me reporto, e em tudo, e por tudo, porque constava do sobredito
para gozar da dita nobreza da dita geração e armas acima ditas, que n'estes reinos de
Portugal são fidalgos de cota de armas, e das mais honras e prerogativas, preeminencias,
privilegios, liberdades de seu sangue, e me pediu que para memoria de seus antecesso
res se não perder, da parte do dito senhor lhe passasse, e désse um escudo das armas
que lhe pertencem, e carta de certidão em forma para usar d’ellas. E visto por mim seu
requerimento provi, e busquei os livros da nobreza e fidalguia d’estes reinos, e n'elles
achei registradas as armas dos Leitões d’estes reinos, que a ele supplicante lhe perten
cem, e lh'as dou divisadas e illuminadas, a saber : — Um escudo, o campo de prata,
tres faxas de vermelho, e por divisa um trifolio verde, e por timbre um leão de purpura
com uma faxa vermelha; elmo de prata aberto, guarnecido de oiro: paquife de oiro, e
côres das armas: por assim lhe pertencerem, e as poder trazer e usar d’ellas o dito José
Leitão de Almeida lhe passei a presente para com elas poder, como póde entrar em ba
talhas, campos, duelos, reptos, escaramuças, desafios, justas, torneios, e exercitar todos
os outros actos licitos de guerra e de paz, assim as poderá trazer em seus reposteiros,
firmas, anneis, sinetes, divisas, e pol-as em suas casas, e deixal-as abrir em sua sepul
tura, servindo-se e honrando-se, e aproveitando-se d’ellas em tudo e por tudo, como a
sua nobreza e fidalguia compete, e por esta carta de nobreza, e carta de armas, lhe per
tencem. Pelo que requeiro a todos os desembargadores, corregedores, provedores, ouvi
dores, juizes, alcaides, meirinhos, e todas as mais justiças de sua magestade, da parte do
dito senhor, provendo o oficio da nobreza que tenho, em especial mando aos reis de armas,
e passavantes, que ora são, e ao diante forem, como juiz que sou d’ella, a cumpram e
guardem, e façam muito inteiramente cumprir e guardar assim, e da maneira que n'esta
se contém, passada com todos os privilegios, graças, honras e em elles que hão e devem
haver os fidalgos de cotta de armas, e por verdade em fé de testemunho d’ella, vai por
mim assignada. Dada n'esta côrte e cidade de Lisboa aos 18 de março do anno do nas
cimento de nosso Senhor Jesus Christo de 1629. E eu André Fernandes, cavalleiro da
casa de el-rei nosso senhor, arauto escrivão da nobreza n'estes reinos e senhorios de
Portugal o escrevi. — Portugal rei de armas.
LIII
Brazão de armas concedido a José Pereira da Silva Negreiros
(1755)
Portugal rei de armas principal n’estes reinos e senhorios, pelo muito alto, muito po
deroso e fidelissimo rei D. José, nosso senhor, por graça de Deus rei de Portugal e dos
Algarves, d'aquem e d'alem mar em Africa, senhor de Guiné e da conquista navegacão,
commercio da Ethiopia, Arabia, Persia e da India, etc. Faço saber a todos os que esta
minha certidão de brazão de armas de nobreza e fidalguia de linhagem digna de fé e crença
virem, que neste juizo da nobreza me fez petição por escripto, José Pereira da Silva Ne
greiros, cavalleiro fidalgo da casa real, professo na ordem de Christo, commissario das
JOSÉ PEREIRA DA SILVA NEGREIROS 661
tres ordens militares, e capitão da ordenança dos privilegiados da côrte, dizendo n’ella
que ele supplicante é filho legitimo de Theodosio Pereira de Negreiros, escudeiro, caval
leiro fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Ignacia Jacinta da Rosa; neto, pela parte
paterna de Francisco Pereira Negreiros, e de sua mulher D. Andreza Nunes, e pela ma
terna, que é neto de Manuel da Silva, e de sua mulher D. Marianna da Conceição, todos
naturaes d’esta cidade de Lisboa, os quaes todos foram pessoas muito nobres e por taes
conhecidos nas terras onde viveram, e descendiam do verdadeiro tronco das nobres e an
tigas linhagens dos Pereiras e Negreiros, que n'este reino de Portugal são fidalgos de
cotta de armas, e lhe pertenciam direitamente as proprias de suas familias, sem que em
algum d'elles houvesse labeo de judeu ou mouro, ou de outro sangue infecto que podesse
pôr nodoa na sua fidalguia, nem havia fama ou rumor em contrario, que todos foram
servidos honradamente e á lei da nobreza, com armas, cavallos, criados e tudo o mais
necessario ás suas pessoas, como á qualidade da sua fidalguia convinha; pelo que me pe
dia lhe désse carta de brazão com as armas, que lhe pertenciam pelas referidas familias
de seus avós, na forma do estylo, para poder usar d’ellas em todas as partes onde o
costuma fazer a nobreza, e gosar das liberdades concedidas ás linhagens a quem perten
cem. E vista por mim a dita sua petição e sentença de justificação a ella junta, proferida
pelo desembargador João Caetano Torel da Cunha Manuel, corregedor do civel da côrte,
e casa da supplicação, escripta por Paulo de Almeida Seabra, escrivão do dito juizo, por
ella me constou haver o supplicante justificado tudo o sobredito com testemunhas e do
cumentos, a qual fica conservada no cartorio da nobreza, em poder do escrivão d’ella,
que ante mim serve, e porquem esta vai subscrita: E porque o supplicante tem mostrado
a sua ascendencia, nobreza, e fidalguia de seus progenitores, pois não foi dispensado
para o habito, de que é professo, por ter os requisitos de nobreza na forma dos defini
torios da dita ordem, e requer este brazão para conservação de sua nobreza e memoria
de seus antepassados, busquei os livros dos registos das armas da nobreza e fidalguia
d’este reino, que em meu poder estão, e n’ellas achei as que pertencem ás nobres e an
tigas linhagens dos Pereiras e Negreiros, na forma que lh'as dou illuminadas nesta carta,
com as mesmas figuras, côres e metaes, segundo as regras do nobre oficio da armaria,
a saber: Um escudo partido em pala: na primeira as armas dos Pereiras, que são em
campo vermelho uma cruz de prata florida e vazia do campo. Na segunda pala a dos Ne
greiros, que são esquarteladas. O primeiro quartei palado de seis peças de ouro e azul.
O segundo xadrezado dos mesmos esmaltes com seis peças em faxa, e seis em pala; e
assim os contrarios. Elmo de prata aberto guarnecido de ouro; paquife dos metaes e
côres das armas. Timbre o dos Pereiras, que é uma cruz vermelha, entre duas azas de
ouro, e por diferença uma brica de ouro com um trifolio verde. O qual escudo eu, Pe
dro de Sousa, rei de armas Portugal e principal, com o poder do meu muito nobre e
real oficio, lhe dou para ele uzar nos seus reposteiros, sinetes, casas, portadas de quin
tas, capellas e mais edificios da sua fundação, e deixal-o sobre a sua sepultura, como
costumam os fidalgos d’este reino. E requeiro a todos os desembargadores, corregedo
res, juizes, e a todas as mais justiças de sua magestade, da parte do mesmo senhor, e
da minha, em virtude do oficio que tenho, e em especial aos oficiaes da nobreza, reis
de armas, arautos e passavantes, que agora são e ao diante forem, deixem trazer ao sup
plicante as ditas armas, e lograr-se d’ellas em todos os actos acima referidos, com todas
as liberdades e isenções; e cumpram e façam dar o devido e inteiro cumprimento a esta
minha carta e certidão de brazão de armas, que mandei passar, e para firmeza, fé, e tes
temunho d’ella, vai por mim assignada com o nome do meu real oficio. Dada nesta
côrte e sempre leal cidade de Lisboa, aos 30 dias do mez de junho de 1755. Fr. Manuel
de Santo Antonio e Silva, da ordem de S. Paulo, a fez por especial provisão de sua ma
gestade, que Deus guarde. E eu, Rodrigo Ribeiro da Costa, escrivão da nobreza n'estes
reinos e senhorios de Portugal e suas conquistas, por sua magestade, que Deus guarde,
a fiz escrever e subscrevi. — Portugal rei de armas principal.
662 JOSÉ DOS SANTOS FREIRE
LIV
(1749)
DOM JOÃO por graça de Deus rei de Portugal e dos Algarves, d'aquem e d’além mar
em Africa, senhor de Guiné e da conquista, navegação, do commercio da Ethiopia, Arabia,
Persia, e da India, etc. Faço saber aos que esta minha carta virem, que José dos Santos
Freire, almoxarife do paço real de Salvaterra de Magos, me fez petição, dizendo-me que
elle vinha por legitima descendencia da nobre geração e linhagem dos Costas, Coelhos,
Tavares, e Freires, as quaes gerações n'este reino são de fidalgos de linhagem e cotta de
armas, e me pedia por mercê que para a memoria dos seus antecessores se não perder,
e ele usar e gozar das honras das armas, que pelos merecimentos de seus serviços ga
nharam, e lhe foram dadas, assim dos privilegios, honras, graças e mercês, que por di
reito, e por bem d’ellas lhe pertencem, lhe mandasse dar minha carta das ditas armas
que estavam registradas em o livro dos registros das armas dos nobres e fidalgos de
meus reinos, que tem Portugal meu principal rei de armas; para o que me apresentou
uma sentença de justificação de sua ascendencia e nobreza, proferida pelo doutor Fran
cisco Xavier Porcile, meu desembargador, e corregedor do civel, que serve em esta mi
nha côrte e casa da supplicação, escripta por Antonio Soares Guerreiro, escrivão do dito
juizo, em a qual depois de tirar inquirição de testemunhas, julgou o dito meu corregedor
ser o supplicante da antiga nobreza, sangue limpo, e legitimo descendente das ditas fami
lias de Costas, Coelhos, Tavares, e Freires. Por provar ser filho legitimo de Antonio da
Costa Coelho, e de sua mulher Dionisia Antunes Caldeira, naturaes da villa de Salvaterra
de Magos; neto pela parte paterna de Manuel da Costa Coelho, e de sua mulher Maria
Rodrigues Coelho, e pela parte materna ser neto de Duarte Lopes Temudo Tavares, e de
sua segunda mulher Maria Antunes Caldeira Freire, e que os ditos seus paes e avós fo
ram pessoas muito nobres e legitimos descendentes das ditas familias de Costas, Coelhos,
Tavares e Freires, e como taes se trataram á lei da nobreza, sendo dos principaes da dita
villa aonde serviram os cargos e logares honrosos do governo d'ella, servindo-se com cria
dos e cavallos, como pessoas nobres que eram, sem que nas ditas gerações houvesse raça
de infecta nação, e assim lhe pertencem de direito as suas armas, as quaes lhe mando
dar em esta minha carta com seu brazão, elmo, e timbre, como aqui são divisadas, e
assim como fiel e verdadeiramente se acharam iluminadas e registradas em os livros
do dito Portugal, meu rei de armas, a saber: — Um escudo esquartelado; no primeiro
quartel as armas dos Costas, que são em campo sanguinho seis costas de prata firmadas
no escudo postas em tres faxas; no segundo quartel as armas dos Coelhos, que são em
campo de oiro um leão de purpura faxado de tres faxas em xadrez de oiro e azul, ar
mado de sanguinho, orla azul com sete coelhos de prata; no terceiro as dos Tavares, que
são em campo de oiro cinco estrellas sanguinhas de seis pontas, em santor; no quarto
quartel as dos Freires, que são em campo verde uma banda sanguinha cotilada de oiro,
que saem as pontas das bocas de duas cabeças de serpes de oiro com as linguas sangui
nhas; elmo de prata aberto guarnecido de oiro; paquife dos metaes e côres das armas;
timbre o dos Costas, que é duas costas de prata postas em aspa, atadas com um troçal
sanguinho, e por diferença uma brica de oiro com uma flôr de liz azul; o qual escudo d'ar
mas poderá trazer e traga o dito José dos Santos Freire, como as trouxeram e d’ellas usaram
os ditos nobres e antigos fidalgos seus antepassados, em tempo dos esclarecidos reis meus
antecessores, e com ellas possa entrar em batalhas, campos, rectos, escaramuças, exerci
tar com elas todos os outros actos licitos da guerra e da paz; e assim as poderá trazer
em seus firmaes, anneis, sinetes, e divisas, pol-as em suas casas, e edificios, e deixal-as
sobre sua propria sepultura, e finalmente se poderá servir, honrar, gozar, e aproveitar
JOSÉ DE SEQUEIRA DE VASCONCELLOS 663
d'ellas em ludo e por tudo como a sun nobreza convem. Com o que quero e me praz
que baja elle todas as honras, privilegios, liberdades, graças, mércese isençoes e franquezas,
que bao e devem haver os lidalgos nobres e de antiga linhagem, e como sempre de tudo
usaram e gosaram os ditos seus anlepassados ; pelo que mando a todos os meus desem-
bargadores, corregedores, juizes e justices, alcaides, e em especial aos meus reis de ar
mas, arautos e passavantes, e a quaesquer oulros officiaes e pessoas a quem esta minha
carta for mostrada e o conhecimento d'ella pertencer, que em tudo Ih'a cumpram e guar-
dern e façam cumprir e guardar como n'ella é conteudo, sem duvida ou embargo algum
que em ella Ihe seja posto, porque assim é minha mercê. El-rei nosso senhor o mandou
por Manuel Pereira da Silva, seu reí de armas Portugal. Fr. Manuel de Santo Antonio, da
ordern de S. Paulo, e reformador do cartorio da nohreza, por especial provisâo do dito
seuhor a fez em Lisboa a lí> do mez de setembro 1749; e eu Hilario da Costa Barreiros
Telles, proprietario do oflicio do escrivao da nobreza n'estes reinos e senhorios de Por
tugal, e suas conquistas a subscrevi. — l'ortuyal m de anuas principal.
LV
Brazâo de armas concedido a José de Sequeira de Vasconcellos
(1G99)
Portugal reí de armas principal do muito alto e poderoso rei D. Pedro segundo, por graça
de Deus rei de Portugal e dos Algarves, d'aquem e d'alem mar em Africa, senhor de
Guiñé, e da conquista, navegaçâo, cominemo da Ethiopia, Arabia, Persia, e da India, etc.
Faco saber a quantos esta minha carta de cerlidao e brazáo de armas, fidalguia e nobreza
digna de fe e crenra virem, que por parte de José de Sequeira de Vasconcellos Monter-
roio, natural e morador do concelho de Paiva, me foi feita peticjio por escripto dizendo,
que pela sentence junta, que offerecia passada em nome de sua magestade, e pela chan
cellaría da corte, promulgada pelo doutor Affonso Botelho Soulomaior, do desembargo do
dito senhor, desembargador da casa da supplicacáo, e corregedor com alçada dos feitos e
causas civeis, constava ser elle supplicante (Jas nobres familias dos Moreiras, Monterroios,
Vasconcellos, Siheiras e Sequeiras, que n'este reino sao lidalgos antigos, e notorios de
solar conhecido e de colla de armas, por ser filho legitimo de Antonio Sequeira Monterroio
sargento-mor que foi do dito concelho, e familiar do santo oflicio, e de sua mulher D.
Anua de Vasconcellos, descendente por varonía de Pedro Annes Moreira, da familia dos
Moreiras fundadores do mosteiro de Tarouquela; e por casamentes tambem descendentes
das ditas familias, como íilho legitimo que é dos sobreditos, e primeiro neto que é pela
parte paterna de Лугеs de Aguiar Vieira, que foi sargenlo-môr do mesmo concelho de
Paiva; segundo neto de Fermo de Couto Monterroio, senhor da quinta de Picâo, e de sua
mulher Maria de Aguiar Vieira, íilha de Pedro Vieira de bórdelo, senhor da quinta de
Cidraes, e de sua mulher Isabel de Aguiar da Silveira, filha de Alvaro de Aguiar da Sil-
veira, e de sua mulher Maria Fernandes de Sequeira, dos quaes о supplicante é quarto
neto, e quinto neto de Jofm Afloriso d'Aguiar, e de sua mulher D. Isabel de Mello, filha
de Joîio de Mello, alcaide-mor de Serpa, e copeiro-mùr do senhor rei D. Affonso m, e de
sua mulher D. Isabel da Silveira filha de Nuno Martins da Silveira, secretario da puridade
do senhor rei D. Duarte ; e o dito Nuno Martins da Silveira foi filho de Martim Gil Pes
taña, alferes-mór de Evora, e de sua mulher Maria Gonçalves da Silveira senhora da her-
dade d'esté nome em Alemtejo, solar d'esta familia ; de que procédera as casas titulares,
que n'esle reino se intitulara Silveira, e pela dita Maria Fernandes de Sequeira, é descen
dente dos Sequeiras senhores da Torre de Palma, por ser filha de Buy Fernandes de Se
queira, irmâo de Lopo Vaz de Sequeira alcaide-mór do Alandroal, do qual e de sua mu
lher D. Cecilia de Menezes, Mía de D. Fernando de Menezes senhor de Cantanhede,
664 JOSÉ DE SEQUEIRA DE VASCONCELLOS .
(1706)
Portugal rei de armas principal nestes reinos e senhorios de Portugal, do muito alto,
e muito poderoso rei e senhor nosso D. Pedro segundo, por graça de Deus rei de Portugal e
dos Algarves, d'aquem e d’além mar em Africa, senhor de Guiné, e da conquista, nave
gação, commercio da Ethiopia, Arabia, Persia, e India etc. Faço saber a quantos esta mi
nha carta de certidão de brazão de armas, fidalguia, e nobreza digna de fé e crença virem,
que por parte de Luiz Botelho Froes de Figueiredo me foi feita petição por escrito, di
zendo, pela sentença junta que oferecia, passada em nome de sua magestade, e pela chan
cellaria da côrte, promulgada pelo doutor Alexandre da Silva Corrêa, do desembargo do
dito senhor, desembargador da casa de supplicação, e corregedor com alçada dos feitos,
e causas civeis em sua côrte, constava ser elle supplicante descendente da nobre, e illus
tre familia dos Manueis, uma das dos principaes fidalgos d’este reino, por ser filho legitimo
de Ignacio de Mattos de Figueiredo Froes, e de D. Helena de Araujo e Sousa, e neto
pela parte paterna de Lançarote Froes de Figueiredo, e de D. Antonia Manuela, bisneto
de João de Mattos de Aguiar Manuel, terceiro neto de Francisco de Aguiar da Cunha,
quarto neto de D. Tristão Manuel, quinto neto de D. João Manuel, e sexto neto de D. Fer
nando Manuel, dos quaes todos descendia elle supplicante, sem bastardia, nem raça de
judeu, mouro, ou mulato, ou alguma infecta nação; e porque a memoria dos ditos seus
progenitores, e de sua antiga fidalguia e nobreza se não perdesse, queria elle supplicante
para conservação d’ella um brazão das armas pertencentes á dita familia dos Manueis: pelo
que me pedia lhe mandasse passar carta de certidão de brazão em forma com as armas
illuminadas, e divisadas, assim como ele supplicante as havia trazer, e d’ellas usar, e
receberia mercê: e vista por mim a dita sua petição, e sentença, e mais documentos n’ella
insertos, que fica no cartorio da nobreza em poder do escrivão que esta subscreveu, e
como por ela consta estar o supplicante julgado por legitimo descendente da dita familia,
provi o livro da fidalguia e nobreza d’este reino, que em meu poder tenho, e n'elle achei
registadas as armas que á dita familia pertencem, que são as que n'esta lhe dou divisa
das e illuminadas, a saber: Um escudo esquartelado e posto ao balão, no primeiro quar
tel em campo sanguinho uma asa de ouro, estendida, e n’ella uma mão com uma espada
de guarnições douradas, e a ponta para cima. No segundo em campo de prata um leão
de purpura rompente, e assim os contrarios; timbre a mesma mão, e asa e espada das
armas, e por diferença meia brica de ouro com uma flôr de liz azul; elmo de prata aberto
guarnecido de ouro, paquife dos metaes e côres das armas. E porque estas são as armas
que á dita linhagem pertencem, eu Antonio de Aguiar, rei de armas Portugal e principal
com o poder de meu muito nobre e real oficio, lh'as dou, e assigno assim como vão no
dito escudo, para as usar como acto e prerogativa de sua nobreza e fidalguia, e com ellas go
sar de todas as graças, liberdades, honras, e mercês, que pelos senhores reis d’este reino fo
ram concedidas aos fidalgos, e nobres d’elle, e em especial aos da dita geração, e com
ellas poderá entrar em batalhas e em todos, e quaesquer actos militares assim de paz,
como de guerra, tanto nas coisas graves, e de necessidade, como nas voluntarias, e de
666 LUIZ COTRIM DE SOUSA
passatempo assim como justas, torneios, e tudo mais que licito e honrado fôr, e as po
derá fazer pintar, e bordar em seus reposteiros, bandeiras, e estandartes, e abrir e escul
pir nas baixelas de sua casa, e em seus anneis e sinetes, e em todas as peças de ouro
e prata, pedraria, e grumpos, e nos portaes de suas casas, e quintas; e finalmente as po.
derá esculpir, e deixar sobre sua propria sepultura, servindo-se, honrando-se, e aprovei
tando-se d’ellas, como á sua nobreza, e fidalguia convém, e como o fazem os mais fidal
gos, e nobres d’este reino. Pelo que requeiro a todos os desembargadores, corregedores,
ouvidores, juizes, justiças de sua magestade da parte do dito senhor, e da minha por
bem do oficio que tenho, e em especial mando aos oficiaes da nobreza como juiz que
sou d’ella, reis de armas, arautos e passavantes, a cumpram, e façam inteiramente cumprir,
e guardar, como por mim é determinado e julgado, e por firmeza de tudo vai por mim
assignada, com o signal publico do nome do meu oficio. Dada em Lisboa aos vinte e tres
dias de setembro de 1706. Daniel Manlio a fez, por José Duarte Salvado, cavalleiro da
casa real e escrivão da nobreza n'estes reinos, e senhorios de Portugal. E eu José Duarte
Salvado, a fiz escrever e subscrevi, — Portugal rei de armas principal.
LVII
(1576)
João de Perada Portugal, rei de armas principal, de elrei nosso senhor. Faço saber a
quantos esta minha carta de certidão de brazão de armas digna de fé e crença virem, que
Luiz de Carvalho, natural da cidade de Tanger, me pediu e requereu, que, porquanto
elle descendia por linha direita legitima e sem bastardia, por parte de seu pae Garcia
Fernandes de Carvalho, e de sua mãe Anna de Mattos, e de seus avós Nuno Alvares de
Carvalho, e Fernão de Mattos, que foi cavalleiro do habito de nosso senhor Jesus Christo,
e alcaide-mór, e adail do campo de Arzilla, e bisneto de Garcia Fernandes de Carvalho,
que outrosim foi cavaleiro do habito de Christo, e alferes-mór das capitanias de Alcacer
Ceguer, os quaes eram das gerações e linhagens dos Carvalhos, e Mattos, que nestes
reinos são fidalgos de cotta de armas, como consta do instrumento auctorisado, que apre
sentava, que lhe désse um escudo com as armas, que ás ditas linhagens pertencem, e a
elle por direito pertencerem dever trazer, para d’ellas uzar, e gozar das honras e liber
dades que por bem da nobreza d’ellas gozaram seus antepassados, pois todos serviram na
guerra, onde morreram com cavallos encobertados: pelo que busquei os livros da nobreza,
que em meu poder estão, e acho que as armas que ás ditas linhagens pertencem serem estas,
que em esta lhe dou illuminadas, silicet: O escudo esquartelado ao primeiro dos Carvalhos, e
o segundo dos Mattos, e assim os contrarios; e assim mais seu paquife, e elmo, e o tim
bre dos Carvalhos, e por diferença um trifolio de ouro picado de verde, que com elas,
pois lhe pertencem pela dita maneira, segundo o regimento da armaria deve trazer: pelo
que ao supplicante devem ser guardadas as liberdades concedidas ás ditas armas, e por
verdade lhe passei esta em Almeirim, por mim assignada, aos 5 dias de janeiro. Diogo
de S. Romão a fez, anno do nascimento de nosso senhor Jesus Christo de 1576. — Por
tugal principal rei de armas.
LVIII
(1623)
Portugal principal rei de armas nestes reinos e senhorios de Portugal, pelo muito alto
e poderoso D. Filippe, nosso senhor, rei de Portugal e dos Algarves, d'aquem e d'alem
LUIZ COTRIM DE SOUSA 667
LIX
Brazio de armas concedido a D. Luiz Manuel de Andrade Moreira
(1734)
DOM JOÄO рог graça de Deus rei de Portugal e dos Àlgarves, d'aquem e d'aléra m;
em Africa, senhor de Guiñe, e da conquista, navcgaçâo, do commercio da Ethiopia, Ar
bia, Persia, e da India, etc. A quantos esta niinlia carta virem faco saber, que D. Lu
Manuel de Andrade Moreira, natural de Gibraltar, oriundo d'esté reino, morador em Aid
manha e Vienna de Austria, me fez peticao em como elle descendía e vinha da geraçâo
linhagem dos Andrades, Moreiras, Cabraes, e Pachecos, e suas armas Ihe pertenciam с
direito, e pedindo-me por mercê, que para a memoria de seus antecessores se nao peí
der, e elle usar, e gozar da honra das armas, que pelos merecimentos de seus servicí
ganharam e Ihe foram dadas, e assim dos privilegios, honras, gracas e mercès, que pe
direito e por bem d 'ellas Ihe pertencem, Ihe mandasse dar minha carta das ditas arma:
que estavam registradas em os livros de regislo das armas dos nobres e fidalgc
de meus reinos, que tem Portugal mcu principal rei de armas ; a quai petiçâo vista pe
mim, mandei sobre ella tirar inquiricao (¡e testemunlias, pelo doulor Manuel da Costa d
Amorim, do meu desembargo, с nun desembargador em esta minha corte e casa da su[
plicaçao, corregedor do civel em ella, e por Caetano José de Moura, escrivSo do dit
juizo, pelos quaes fui certo, que elle procede e vem da geraçâo e linhagem dos ditos Ar
drades, Moreiras, Cabraes e Pachecos, como filho legitimo de Belchior de Andrade Moreir;
cavalleiro professe na ordern de Christo, lidalgo da casa real de Castella, e de D. Garci
Vidal do Couto, o qual era oriundo d'esté reino, e morador em Allemanha, e Vienna d
Austria ; neto de D. Manuel de Andrade Moreira, cavalleiro da ordern de Christo, fidal^r
da casa real de Castella, por linhagem paterna, e foi adail e veador, contador da real h
zenda em África, na praca de Ceuta, e de sua legitima mulher Isabel Cabrai, e pela ma
terna neto do capitáo D. Gonralo JoSo do Couto, e de D. Margarida Zuzarte Pacheco
todos naturaes que foram da dita cidade de Ceuta, todos christfios velhos, e limpos di
toda a má raça, e que D. Francisco e D. Alexandre, e D. Antonio de Andrade Moreira
foram cavalleiros da ordern de Christo, irmâos inteiros do dito Belchior de Andrade, pai
de D. Luiz Manuel, e que D. Manuel de Andrade Moreira, cavalleiro do habito de Ca
latrava, governador que foi da villa de Marios, e sen presidio, capilao de cavallos da;
guardas de Barcelona, era primo e irmâo d'elle supplicante, por ser filho do irrnáo di
seu рае, e que D. José Cabrai da Franca, cavalleiro da ordern de Sant'Iago, que mataran
os mouros sendo capilao de infantería da dita praca, era primo segundo d'elle supplicant!
e que na casa real da santa misericordia haviam sido matriculados todos os ditos seo!
ascendentes d'elle supplicante com o foro de nobres, e como taes liveram actos distincte!
sendo provedores da real casa, e que o dito U. Manuel de Andrade Moreira, avó paterno
e o dito capitáo D. Goncalo Joâo, seu avó materno, e haver sido notoria nobreza, e d(
seus documentos as dos seus descendentes, sendo das principaes familias da dita cidade
e como taes estiveram em a cidade de Gibraltar, e todos serviram a sua magestade con
distinctos empregos, e que de direito as suas armas Ihe pertencem : as quaes Ihe пдо
dei dar em esta minha carta com seu brazao, elmo e timbre, como aqui sao divisadas, É
assim como fiel e verdaderamente se acham divisadas e registradas em os livros do _ re
gistro das armas dos nobres, e fidalgos de meus reinos, que lern Portugal meu principa
rei de armas, a saber: —Uní escudo esquartelado ; rio primeiro quartel as armas dos
Andrades, em campo verde urna banda vermelha acoticada de oiro, que sae de duas ca-
becas de serpe de oiro ; no segundo as dos Moreiras, em campo vermelho nove escudi-
nhos de prata, em cada uni sua cruz verde floreteada postos em tres palas; no terceiro
as dos Cabraes, em campo de prata duas cabras de purpura andantes cm pala; no quarto
MANUEL ALVARES FERREIRA 669
as dos Pachecos, em campo de oiro duas caldeiras prêtas com tres faxas cada urna de
veiros de oiro e vermelho, postas em pala ; elmo de prata aberto guarnecido de oiro ;
paquife dos metaes e cores das armas ; timbre o dos Andres, que sao duas cabeças de
serpes batalhantes de oiro com trifolio preto ; o qual escudo, armas e signaes possa tra
zer e traga o dito D. Luiz Manuel de Andrade Moreira, assim como as trouxeram e d'el
las usaram seus antecessores, em todos os logares de honra em que os ditos seus ante
cessores, e os nobres e antigos fidalgos sempre as costumaram trazer em tempo dos mui
esclarecidos reis meus antecessores, e com ellas possa entrar cm balalhas, campos, rectos,
escaramucas, e exercitar com ellas todos os actos lícitos de guerra, e de paz, e* assim as
possa trazer em seus firmaos, anneis, sinetes e divisas, e as pôr em suas casas e edificios,
e deixal-as sobre sua propria sepultura, e finalmente se servir, honrar, gozar e aproveitar
d'ellas em tudo e por tudo, como a sua nobreza convem, e como fazem os mais fidalgos
nobres d'esté meu reino ; pelo que mando a todos os corregedores, desembargadores,
juizes, justices, alcaides, e em especial aos meus reis de armas, arautos, e passavantes,
e a quaesquer outros officiaes a que esta minha carta for mostrada, e o conhecimento
.d'ella pertencer, que em tudo Ihacumpram e guardem, e faça m cumprir e guardar como
n'ella é conteudo, sera duvida nem embargo algum que em ella Ihe seja posto, porque
assim ó minha merce. El rei nosso senhor o mandou por Manuel Pereira da Silva, seu
rei de armas Portugal. Fr. José da Cruz, da ordern de S. Paulo, reformador do cartorio
da nobreza do reino, por especial provisao do dito senhor, a fez em Lisboa occidental aos
tres dias de marco dp anno do nascimento de nosso senhor Jesus Christo de 1734. E vai
subscripta por Antonio Francisco e Sousa, escrivâo da nobreza n'estes reinos e senhorios
de Portugal e suas conquistas. E eu Antonio Francisco e Sousa o subscrevi. — Do rei de
armas Portugal principal.
LX
Brazáo de armas concedido a Hannel Alvares Ferreira
(1589)
Portugal principal rei de armas do mui alto e muito poderoso rei D. Filippe, nosso se
nhor d'estes reinos de Portugal, e cavalleiro professo da ordern de Santiago. Faço saber
a quantos esta minha carta de brazâo de armas de nobreza, digna de fe e crença virem,
que Manuel Alvares Ferreira, cavalleiro fidalgo da casa do dito senhor, morador n'esta
cidade de Lisboa, e natural da villa de Coruche, me pediu, e requereu, que por quanto
elle descendía por linha direita legitima masculina, e sem bastardía, por parte de seu pao
Pedro Alvares Ferreira, e de seu avô Joao Alvares Ferreira, e de seu bisavô, e trisavô
da geracao e linhagem dos Ferreiras, que n'estes reinos sao fidalgos de cotia de armas,
como constava do instrumento autorisado em forma devida por auctoridade de justiça, que
apresentava, Ihe désse um escudo com as armas, que á dita linhagem pertencem, e as
elle de direito por Ihe pertencer devia trazer para d'ellas usar, e gosar das honras, liber-
dades, que por bem da nobreza d'ellas gosaram seus antepassados. Pelo que provendo o
requerimento por virtnde do que constava do dito instrumento, com o poder, e auctori
dade, pelo meu officio para isso tenho, busquei os livros da nobreza da nobre fidalguia
do reino, que em meu poder estâo, e acho n'elles as armas, que a dita linhagem perten
cem serem estas, que em esta Ihe dou ¡Iluminadas : O campo vermelho, e sobre elle qua-
tro faxas de ouro, elmo de prata aberto guarnecido de ouro ; paquife de ouro, e verme
lho, e por timbre unía ema de sua cor, com urna ferradura de ouro no bico, e por diffe-
renca um cardo de prata florido de azul, que com ellas pois Ihe pertencem pela dita ma-
neira, segundo regimentó da armada de ve trazer: e por assim dever d'ellas usar, requeiro
as justices da parte do dito senhor, e por bem do officio da nobreza, guardem ao sup-
plicante Manuel Alvares Ferreira as honras, e liberdades, e mais preeminencias concedí
670 MANUEL CABRAL DO OLIVAL
das ás ditas armas, e lh'as deixem trazer, e possuir, e d’ellas usar nos actos em que a
nobreza d’ellas lhe dá logar; e por verdade lhe passei esta certidão de brazão em Lisboa,
por mim assignada aos trinta dias do mez de outubro. Diogo de S. Romão a fez, anno
do nascimento de nosso senhor Jesus Christo de mil e quinhentos e oitenta e nove. —
Portugal principal rei de armas.
LXI
(1620)
Portugal rei de armas principal d’estes reinos e senhorios de Portugal, pelo muito alto
e poderoso rei D. Filippe, nosso senhor, etc. Faço saber a quantos esta minha carta cer
tidão de brazão de armas, digna de fé e crença virem, que por Manuel Cabral do Oli
val me foi requerido, dizendo que elle era filho de legitimo matrimonio de Diogo do Oli
val, já defuncto, e de Guiomar Cabral, sua mulher, moradores que foram n’esta villa do ,
Sabugal, e neto por parte do dito seu pae, de Roberto do Olival, alferes que foi da ban
deira da camara d’esta villa, filho de João Gonçalves Solorico, bisavô d’elle supplicante,
que outrosim foi alferes da dita bandeira, e neto por parte da dita mãe de Afonso Ca
bral, commendador que foi de Aldea Velha, que rende trezentos mil réis, que era fidalgo,
pae da dita Guiomar Cabral, mãe do dito Diogo do Olival, os quaes neste reino foram
fidalgos muito honrados, assim da parte do dito seu pae, como da parte da dita sua mãe,
das gerações dos Cabraes e Olivaes, que n'estes reinos foram e são fidalgos de cotta de
armas, e sempre viveram e se trataram á lei da nobreza, com armas e cavallos, e gente
de seu serviço, sem n’elles haver raça de mouro nem judeu, e assim mesmo vive ele
supplicante Manuel Cabral do Olival, á lei da nobreza com armas e cavallos, escravos e
creados, e gente de seu serviço, sem n’elle haver raça de judeu nem mouro, o qual ser
viu de capitão da bandeira de infanteria, dos logares do Souto e Vale de Espinho, termo
da dita villa: e segundo o foro dos ditos seus avós, que descendem dos principaes appel
lidos e gerações dos Cabraes e Olivaes, que n'estes reinos são fidalgos de cotta de armas,
sem raça alguma de mouro nem judeu, e sempre viveram e se trataram á lei da nobreza
com armas e cavallos e escravos e gente de seu serviço, como constava de um instru
mento de testemunhas authentico, passado em forma devida, por auctoridade de justiça,
feito na villa do Sabugal, por Miguel de Macedo, que fica em poder do escrivão da no
breza, que esta subscreveu, a que me reporto: pelo que me pedia, que para a memoria
de seus antecessores se não perder, lhe désse e passasse um escudo de armas, que á
dita linhagem pertence, e elle de direito devia trazer, para d’ellas usar, e gosar das hon
ras, liberdades e mais preeminencias concedidas ás ditas armas. E visto por mim seu re
querimento, e pelo que constava do dito instrumento de testemunhas, que me apresen
tava, com poder e auctoridade de meu real oficio, que para isso tenho, busquei os livros
da nobreza da nobre fidalguia do reino, que em meu poder estão, e n'elles achei regis:
tradas as armas dos Cabraes e Olivaes, acho serem dos fidalgos de cotta de armas, e se
rem estas que aqui lhe dou divisadas e illuminadas, a saber: Um escudo esquartelado,
o primeiro de prata com duas cabras passantes de purpura com lã; o segundo dos Olivaes,
que trazem em campo vermelho uma oliveira de verde com azeitonas de ouro, e as raízes
do tronco de ouro, com seus contrarios, e por diferença, no primeiro dos Cabraes uma
quadricula de vermelho com um G de prata, que com as ditas armas deve trazer, segundo
o regimento da armaria; elmo de prata aberto guarnecido de ouro, paquife dos metaes
e côres das armas, por timbre uma das cabras de purpura: e por assim dever d’ellas
usar, requeiro ás justiças de elrei nosso senhor, e aos fidalgos de cotta de armas e So
lar, deixem trazer as ditas armas ao dito Manuel Cabral do Olival, nos autos em que º
nobreza d’ellas lhe dá logar, e em especial mando aos oficiaes da nobreza, como juiz
MANUEL DE CERQUEIRA 671
que sou d'ella, a cumpram e guardem, e façam cumprir e guardar como n'ella se contera ,
sera contradicho alguma. Dada n'esta cidade de Lisboa, aos vinte e tres dias do mez
de outubro de IGáO annós. Eu M;muel Caín, rei de armas Algarve de sua magestade, o
fiz escrever e subscrevi, por cominissao do rei de armas Portugal. — Portugal rei de ar
mas.
LXII
Brazao de armas concedido a Manuel de Cerqueira ••
(1761)
DOM JOSÉ por graça de Deus rei de Portugal e dos Algarves, d'aquem e d'alóm mar
em África, senhor de Guiñé e da conquista, navegacao, comrnercio da Ethiopia, Arabia,
Persia, e da India, etc. Paco saber aos que esta minha carta de brazao de armas virera,
que Manuel de Cerqueira, morador n'esta cidade, me faz peticao dizenrlo n'ella, que elle
.vinha por legitima descendencia das nobres e antigás linhagens dos Caldas, e Cerqueiras,
' as quaes familias sao n'este reino de Portugal de lidalgos de linliagem, solar e cotta de
armas, e me pedia por mercó, que para a memoria de seus anlepassados se nao perder,
e elle usar, e gosar da honra das armas, que pelos merecimentos de seus services ga-
nharam, e a estes foram dadas, e assim dos privilegios, honras, e mercês que por direito,
e bem d'ellas Ihe pertencem, Ihe mandasse dar minha carta das armas que estavam re-
gistadas nos livros dos registos das armas dos nobres fidalgos de meus reinos, que tem
Portugal raeu principal rei de armas; para o que me apresentou urna sentenca de justifi-
caçao de ascendencia, e nobreza proferida pelo <loulor José Pereira de Moura, meu desem-
bargador do civel da corle, e casa da supplicacáo, escripia por Manuel Lourenço de Car-
valho, escrivao do dilo juizo, em a quai depuis de tirar inquiricáo de testemunhas, julgou
o dito meu corregedor ser o suplicante de anliga nobreza. sangue límpo, e legitimo des
cendente das sobredi las familias, por provar ser filho legitimo de Manuel de Cerqueira,
e de sua mulher Cautana Maria, moradores que foram n'esta mesma cidade na freguezia
de S. José, e neto pela parte paterna de Francisco de Cerqueira, e de sua mulher Eu
lalia Roiz, moradores que foram n'esta mesma cidade, bisneto de Francisco Rodrigues, e
de sua mulher Catharina de Cerqueira, moradores que foram na freguezia de Santa Ma
ría de Padernelo, concelho de Coura, arcebispado de Braga; terceiro neto de Christovao
Gonçalves de Araujo, e de sua mulher D. Francisca de Caldas de Abreu, a qual era filha
de Antonio de Caldas de Abreu e Sousa, e de sua segunda mulher D. Maria de Sequeira,
natural da Torre de Sigueiros. junio á Ponte de Lima ; o dito Antonio de Caldas de Abreu
e Sousa, quarto avó do supplicante, era natural da freguezia do Contó, d'onde se con-
servaram ñas suas sepulturas as memorias de seus progenitores, e neto pela parte ma
terna de Domingos Luiz, e de sua mulher Joanna Gomes, moradores que foram n'esta
cidade, e que os ditos seus paes e avôs e mais antepassados, foram pessoas muito no
bres, e legítimos descendentes das sobreditas familias, e como taes se trataram sempre
à lei da nobreza, com armas, e cavallos, e creados, servindo os cargos mai> honrados
da república, como tambera no militar, e assim Ihe pertencem ao supplicante as suas armas,
as quaes Ihe mando dar em esta minha cana, corn seu brazâo, elmo, e timbre como aquí
sao divisadas, e assim como íiel e verdaderamente se achara ¡Iluminadas e registadas em
os lívros do dito Portugal rei de armas, a saber: Um escudo esquarlelado, no primeiro e
quarto quartel as armas dos Caldas, que sao em campo de prata, cinco cyprestes verdes pos-
tos em santor, no segundo e terceiro os dos Cerqueiras, que sao em campo azul cinco
vieiras de ouro postas em santor ; elmo de prata, aberto e guarnecido de ouro, paquife
dos metaes e cores das armas, e por différence urna brica de ouro com um M negro, e o
dito Manuel de Cerqueira as poderá usar assim como trouxeram os ditos nobres seus an
tecessores, e cora ellas possa entrar em batallias, campos, rectos, e escaramuces, e exer
672 MANUEL FARIA AYRÃO
citar com elas todos os actos licitos da guerra, e assim as possa trazer em seus firmaes,
anneis, sinetes, divisas, pôl-as em suas casas, portas de quinta, capellas e mais edificios,
e deixal-as sobre sua propria sepultura, e finalmente se poderá servir, e honrar e gosar,
e aproveitar d’ellas em tudo, e por tudo como a sua nobreza convém: com o que quero
e me praz que haja elle todas as honras, privilegios, liberdades, graças, mercês, e isen
ções e franquezas que hão, e devem haver os fidalgos e nobres de antiga linhagem, e como
de todas sempre usaram, e gosaram os seus ditos antepassados. Pelo que mando a todos
os meus desembargadores, corregedores, provedores, ouvidores, juizes e mais oficiaes de
justiça de meus reinos, e em especial aos meus reis de armas, arautos e passavantes e a
quaesquer outros oficiaes, e pessoas a quem esta minha carta fôr mostrada, e o conhe
cimento d’ella pertencer, que em tudo lh'a cumpram e guardem, e façam cumprir e guar
dar como n’ella é conteudo, sem duvida nem embargo algum, que em ela lhe seja posto,
porque assim é minha mercê. El-rei nosso senhor o mandou por Luiz Rõiz Cardoso, ca
valeiro fidalgo da casa de sua magestade, e seu rei de armas Portugal. Fr. Manuel de
Santo Antonio e Silva, da ordem de S. Paulo, a fez em Lisboa, por especial provisão do
dito senhor, anno de 1761. Eu Rodrigo Ribeiro da Costa, escrivão da nobreza n'estes reinos,
e senhorios de Portugal, e todas as suas conquistas, por sua magestade que Deus guarde,
a fiz escrever e subscrevi. — Portugal rei de armas principal.
LXIII
(1738)
D. JOÃO por graça de Deos rei de Portugal, e dos Algarves d’aquem e d’além mar em
Africa, senhor de Guiné, e da conquista, navegação, commercio da Ethiopia, Arabia, Persia, e
da India, etc. A quantos esta minha carta virem faço saber, que Manuel de Faria Ayrão,
morador n’esta côrte e cidade de Lisboa occidental, e natural de Santa Maria de Ayrão,
termo de Guimarães, arcebispado de Braga, me fez petição em como elle descendia e vi
nha da geração e linhagem dos Farias, e Salazares, e suas armas lhe pertenciam de di
reito, e pedindo-me por mercê, que para a memoria de seus antecessores se não perder,
e ele usar e gosar da honra das armas que pelos merecimentos de seus serviços ganha
ram, e lhe foram dadas, assim dos privilegios, honras, graças e mercês, que por direito
e por bem d’ellas lhe pertencem, lhe mandasse dar minha carta das ditas armas, que es
tavam registadas em os livros dos registos das armas dos nobres e fidalgos de meus
reinos, que tem Portugal meu principal rei de armas. A qual petição vista por mim man
dei sobre ela tirar inquirição de testemunhas pelo doutor João Baptista Bavone, do
meu desembargo, e meu desembargador em esta minha côrte, e casa da supplicação,
corregedor do civel em ella, e por Caetano José de Moura, escrivão do dito juizo,
pelos quaes fui certo, que elle procede e vem da geração e linhagem dos ditos Fa
rias e Salazares, como filho legitimo de legitimo matrimonio de João Antonio, e de
Isabel de Faria, neto de João de Faria Salazar; bisneto de Simão de Faria, e de D. Luiza
de Salazar; terceiro neto de Salvador Pires de Faria, natural que foi da villa de Guima
rães, por cuja causa é o supplicante descendente das antigas e nobres familias de Farias
e Salazares d’este reino, e assim é fidalgo de cota de armas, pois tem elle e seus ascen
dentes vivido sempre á lei da nobreza, com cavallos, armas, e criados, como nobres que
eram, e que nunca na sua geração houve raça de judeu, mouro, ou mulato, nem
de outra infecta nação, e que de direito as suas armas lhe pertencem : as quaes lhe
mandei dar em esta minha carta, com seu brazão, elmo, e timbre, como aqui são
divisadas, e assim como fiel e verdadeiramente se acharam registadas e divisadas em
os livros dos registos das armas dos nobres e fidalgos de meus reinos, que tem Portugal
MANUEL FERREIRA BOTELHO 673
meu rei de armas, a saber: Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Farias, que s5o em campo sanguinlio urna torre de prata lavrada de preto entre duas
flores de liz de prata, e 1res em chefe ; na segunda pala as armas dos Salazares, que sao
em campo sanguinho treze estrellas de oiro em tres palas, quatro em cada urna das ilhar-
gas, e cinco ría do meio, desencontradas ; elmo de prala aberto guarnecido de oiro ; pa-
quife dos metaes e cores das armas ; timbre o dos Farias, que é a mesma torre das ar
mas, cora urna flor de liz sobre as ameias, tambera de prata, e por difference urna brica
de oiro com um trifolio azul : o qual escudo, armas e signaes possa trazer, e traga o dito
Manuel de Paria Ayrào, assim como as trouxeram, e d'ellas usaram seus antecessores em
todos os logares de bonra em que os ditos seus antecessores, e os nobres e antigos fi-
dalgos sempre as costumaram trazer em tempo dos mui esclarecidos reis meus anteces
sores, e com ellas possa entrar em batalbas, campos, rectos, e escaramuzas, e exercitar
com ellas lodos os actos lícitos da guerra, e da paz, e assim as possa trazer em seus flr-
maes, anneis, sinetes e divisas, e as por em suas casas e edificios, e deixal-as sobre sua
propria sepultura, e finalmente se servir, honrar, e gosar, e aproveilar d'ellas em ludo e
por ludo, como ;i sua nobreza convem. Com o que quero, e me praz, que baja elle e to
dos seus descendentes todas as bonras, privilegios, liberdades, graças, mercês, e isençoes
e franquezas, que bao e devem haver os lidalgos nobres e de antiga linbagem, e como
sempre de todo usaram с gosaram seus antecessores. Pelo que mando a todos meus cor-
regedures e desembargadorcs, juizes, justiças, alcaides, e em especial aos meus reis de
armas, arautos, passavantes, e a quaesquer outros officiaes, e pessoas a quem esta minha
carta for mostrada, e o conhecimento d'ella pertencer, que em tudo Ih'a cumpram e guar-
dem, e façam cumprir e guardar como n'ella é conteudo, sem duvida, nem embargo al-
gum que em ella Ihe seja posto, porque assim é minha mercè. El-rei nosso senhor o
mandón por Manuel Pereira da Silva, seu rei de armas Portugal. Fr. Manuel de Santo An
tonio, religioso da ordern de S. Paulo a fez em Lisboa occidental aos quinze dias do mez
de sclembro do anno de nosso senhor Jesus Christo de 1738, e vai subscripta por An
tonio Francisco e Sousa, escriváo da nobreza n'estes reinos e senhorios de Portugal e suas
conquistas : e eu Antonio Francisco e Sousa o subscrevi. — Portugal rei de armas principal.
LXIV
Brazáo de armas concedido a Manuel Ferreira Botelho
(1680)
DOM PEDRO por graça de Deus principe de Portugal e dos Algarves, d'aquem e d'além
mar em África, e de Guiñé, e da conquista navegacao, commercio da Ethiopia, Arabia, Per
sia e da India, como regente e governador d'estes reinos e senhorios, etc. Faço saber aos
que esta minha carta de brazâo de armas, e nobreza e fldalguia de linhagem de varonia
digna de fe e crença virem, que Manuel Ferreira Botelho, natural e morador n'esta cidade
de Lisboa, e n'ella thesoureiro e executor dos novos direitos, me fez pelicao por escripto
dizendo em ella que pelas sentences, brazöes de armas, certidôes e mais documentos
n'ella insertos se moslrava estar julgado ser descendente por varonia direita sem bastar
día, de Pedro Marlim Botelho, íilho de Marlim Vasques Barba e de sua mulher D. Urraca
Rodrigues de Severosa, filha de Ruy Pires de Ferreira, primeiras pessoas que deram prin
cipio aos appellidos d'elle supplicante, que seu рае Aleixo Ferreira Rotelho, e avô Ma
nuel Ferreira Bolelho, e bisavô Aleixo Ferreira Botelho e os mais seus antecedentes se
appellidaram e usaram de suns armas e tiveram o foro de cavalleiros lidalgos de minha
casa, e serviram cargos e postos nobres, e que eram cbrislaos velhos, sem raça alguma
de infecta naçâo ; e porque em todo o tempo conslasse da antiguidade de sua nobreza
quería tirar carta de brazâo de armas de sua íidalguia ; perianto me pedia Ihe dzesse
i 43
674 MANUEL FERREIRA BOTELHO
mercê pela memoria de seus progenitores se não perder, e conservação de sua nobreza
e fidalguia, mandasse ao rei de armas Portugal lhe passasse sua carta de armas deduzindo
n’ella tudo o que constasse das ditas sentenças e documentos para d’ellas poder usar, e
gosar dos privilegios e honras, que por direito e por bem d’ellas lhe pertencem, e rece
beria mercê. A qual petição sendo-me apresentada na meza do tribunal do desembargo
do paço, e vista por mim com os do meu conselho, houve por bem mandar por meu
despacho n’ella posto, que o rei de armas Portugal lhe passasse carta; e pelas ditas sen
tenças dadas no juizo da côrte do civel sobre habilitação da nobreza, e descendencia da
varonia do supplicante, pelos desembargadores da relação, os doutores Francisco da Silva
e Sousa, e Antonio da Costa Novaes, ambos corregedores do dito juizo, que vistos os
brazões de armas, certidões, alvarás de filhamentos e mais documentos se mostrava ser
o supplicante filho legitimo do capitão Aleixo Ferreira Botelho, fidalgo cavalleiro de minha
casa, thesoureiro e executor que foi dos novos direitos: e de sua mulher D. Marianna
de Sousa filha de Antonio Pires de Sousa, que foi filho de Bartholomeu Pires de Sousa,
capitão da fortaleza de Chaul; e neto o supplicante por varonia, do dito seu avô Manuel Fer
reira Botelho cavalleiro fidalgo, e de sua mulher Catharina de Mattos Camello, e bisneto
por esta mesma linha do capitão Aleixo Ferreira Botelho, cavalleiro fidalgo, e de sua mu
lher D. Branca Vicencia Villalobos, filha de Diogo Rodrigues Villalobos, cavalleiro fidalgo
e de sua mulher D. Mecia, que jazem no claustro de S. Francisco de Lisboa, junto á
porta da casa do capitulo aonde teem sua sepultura com as armas dos Villalobos; e ter
ceiro neto por varonia do mestre de campo Antonio Ferreira Botelho e de sua mulher, e
prima D. Andreza Botelho de Sequeira, que jazem no cruzeiro da Santissima Trindade
d’esta cidade, aonde tem sua sepultura com as armas dos Botelhos e Sequeiras, primos
de Pedro Botelho, porteiro mór do infante D. Luiz; e quarto neto por varonia de Manuel
Ferreira Botelho, cavaleiro do habito de S. Tiago, e de sua mulher D. Feliciana de He
redia Riba-fria, e quinto neto de Aleixo Ferreira de Aves, e Castilho, natural de Castella
d'onde era hijo de algo, e de sua mulher D. Pelaia de Gusmão, filha de D. Pelaio de
Gusmão, alcaide mór de la Côrte; e sexto neto por varonia de Fernão Botelho de Fer
reira, natural de Coimbra, e commendador da ordem de Christo, e senhor do morgado de
Botelhos e Ferreiras, que casou em Madrid com D. Ignez de Castilho, filha de D. Aleixo
de Menezes, e de D. Manuela de Castilho: e outro sim se mostrava pelo brazão de armas
passado no anno de 1592, ao dito mestre de campo, ser elle decimo terceiro neto pela
dita varonia do dito Pedro Martins Botelho, tronco dos Botelhos, e o primeiro que deu
principio a este appelido; o qual foi filho de Martim Vasques Barba, e de sua mulher
D. Urraca Rodrigues de Severosa, irmã de Fernam Rodrigues Pacheco, segundo senhor da
terra de Ferreira de Aves, ambos filhos do dito Ruy Pires de Ferreira, primeiro senhor
da dita terra, e de sua mulher D. Thereza Rodrigues de Cambra; e destes primeiros pro
genitores trata o Nobiliario do conde D. Pedro, titulo 46 de D. Paio Megudo de Sandim o
velho, e titulo 50 de D. Fernão Heremias: o que tudo se corroborava com a certidão do
chronista mór do reino, e de outros genealogicos: os quaes todos os sobreditos foram fi
dalgos muito honrados de quem descendem boas familias d’estes reinos, e foram alguns
d'elles alcaides mores e senhores de terras, e tiveram outros postos graves, especialmente
os Botelhos de Armil do concelho de Montelongo na comarca de Guimarães, e os Fer
reiras de Aves na comarca de Viseu: como tambem se mostra ser o supplicante chris
tão velho sem raça de alguma infecta nação; e o dito seu pae me serviu no dito oficio
de thesoureiro e executor com muita satisfação e zelo de minha real fazenda e no dito
posto de capitão de infanteria do regimento d'esta côrte. O que visto por mim, com os
do dito meu conselho, o dito rei de armas Portugal, em cumprimento do dito meu
mandado, proveu e buscou os livros da nobreza das armas dos nobres e antigos fi
dalgos d’estes reinos, e n'elles achou assentadas e registadas as armas das muito
nobres e antigas familias dos Ferreiras e Botelhos, que são os descendentes d’ellas
fidalgos de geração e cotta de armas, as quaes são as que n'esta vão illuminadas, com
MANUEL DA FONSECA DE CACERES 675
o metal e côr que a ellas toca, com seu elmo e timbre, como são divisadas e de
monstradas pela maneira seguinte, a saber: Um escudo posto a balão partido em
pala: a primeira dos Ferreiras, que trazem em campo sanguinho quatro faxas de ouro;
a segunda dos Botelhos, que teem em campo de ouro quatro bandas vermelhas, e por
diferença um trifolio de ouro; elmo de prata aberto guarnecido de ouro; paquife com
posto de metal e côr das armas, e por timbre dos Ferreiras uma ema da sua côr, com
uma ferradura de ouro no bico; o qual escudo, armas e signaes, possa trazer e traga o
dito Manuel Ferreira Botelho, assim como as trouxeram e d’ellas usaram os ditos seus
antecessores em todos os logares de honra, em que seus antepassados e os nobres e an
tigos fidalgos sempre costumaram trazer em tempo dos mui esclarecidos reis meus ante
cessores, e com elas possa entrar em batalhas, campos, rectos, duelos, justas e torneios,
e exercitar com ellas todos os mais actos de guerra e paz, que licitos e honestos forem,
e assim as poderá trazer em seus reposteiros, firmaes, anneis e sinetes, e pôl-as nos por
taes de suas casas, quintas e edificios, e deixal-as sobre sua propria sepultura; e final
menie se poderá servir e honrar, e aproveitar d’ellas em tudo e por tudo, como suas que
são, e á sua nobreza e fidalguia convem; pelo que quero e me praz que elle gose de
todas as honras, privilegios e isenções, mercês, favores e mais liberdades, que por bem
da nobreza d’ellas lhe pertencem. E mando a todos os desembargadores, corregedores,
ouvidores, juizes e mais justiças, e em especial aos oficiaes da nobreza, reis de armas,
arautos e passavantes, a cumpram e guardem como n’ella é conteudo e declarado, sem
duvida que a ella lhe seja posta, porque assim é minha mercê. O principe nosso senhor
o mandou por Francisco Gonçalves Carrasco, seu Portugal rei de armas principal. Dada
n'esta côrte e cidade de Lisboa, aos quatro dias do mez de janeiro do anno do nasci
mento de nosso senhor Jesus Christo de 1680. Francisco Mendes a fez, por Francisco
Luiz Ferreira, escrivão da nobreza d’estes reinos e senhorios de Portugal; e eu Francisco
Luiz Ferreira o fiz escrever e subscrevi. — Rei de armas.
LXV
Brazão de armas concedido a Manuel da Fonseca de Caceres
(1535)
DOM JOÃO por graça de Deus rei de Portugal e dos Algarves, d'aquem e d’além mar
em Africa, senhor de Guiné e da conquista, navegação, commercio da Ethiopia, Arabia,
Persia, e da India. A quantos esta minha carta virem, faço saber que Manuel da Fonseca
de Caceres, fidalgo da minha casa, me fez petição como elle descendia por linha direita
masculina da geração, e linhagem dos Caceres, por parte de seu pae, e da geração e linha
gem dos Fonsecas, por parte de sua mãe e avós, que n'estes reinos são fidalgos de cota
de armas, e que de direito as suas armas lhe pertencem, pedindo-me por mercê que por
a memoria de seus antecessores se não perder, e elle gosar, e usar da honra das armas
que pelos merecimentos de seus serviços ganharam, e lhes foram dadas, e assim dos pre
vilegios, honras, graças e mercês, que por direito por bem d’ellas lhe pertencem, lhe
mandasse dar minha carta das ditas armas, que estavam registadas em os livros dos re
gistos das armas dos nobres e fidalgos de meus reinos, que tem Portugal meu principal
rei de armas. A qual petição vista por mim mandei sobre ella tirar inquirição de teste
munhas, a qual foi tirada pelo doutor Christovão Esteves da Espargosa, do meu conse
lho, e desembargador das minhas petiçõés do paço, e por Braz Fernandes, escrivão em
minha côrte, pela qual provou ele supplicante descender por linha direita masculina da
linhagem dos Caceres, como filho legitimo e mais velho, que é de Alvaro de Caceres, neto
de Manuel de Caceres; e assim prova descender dos Fonsecas, como filho que é de Joanna
Mendes Fonseca, neto de Diogo da Fonseca, fidalgo da casa dos reis meus progenitores,
676 MANUEL MOREIRA SOARES
que foi do tronco d'esta geraçâo dos Fonsecas, e que de direito as suas armas Hic per-
tencem, as quaes Ihe mandei dar em esta minha carta com seu brazao, olmo e timbre,
como aqui sao divisadas, e assim como lie! e verdadeiramente se acharara divisadas, e
registadas em os livros dos registos do dito Portugal meu rei de anuas, as quaes armas
sao as seguintes : O campo esquartelado, ao primeiro de ouro com urna palmeira verde,
com seu fructo de vermelho ; ao segundo de ouro tambem com cinco estrellas de verme-
Iho, e por timbre a mesma palmeira. O qual escudo, armas, e signaes possa trazer, e
traga o dito Manuel da Fonseca, assim como as trouxeram, e d'ellas usaram seus ante
cessores, em todos os logares de honra, em que os ditos seus antecessores, e os nobres
e antigos fidalgos sempre costumaram trazer em tempo dos esclarecidos reis meus ante
cessores, e com ellas possa entrar em batalhas, campos, duellos, rectos, escaramuces e
desafíos, e executar com ellas todos os outros actos lícitos de guerra, e de paz, e assim
as possa trazer em seus firmaes, aunéis, sinetes e divisas, e as pôr cm suas casas e edi
ficios, e deixal-as sobre sua propria sepultura, e finalmente se servir, e honrar, gosar e
aproveitar em tudo e por tudo como a sua nobreza convem : porém mando a todos meus
corregedores, desembargadores, juizes, justicas, e alcaides, e em especial aos meus reis
de armas, arautos e passavantes, e a quaesquer oulros ofliciacs e pessoas a que esta mi-
nha carta for mostrada, e o conhecimento d'ella pertencer, que em ludo a cumpram e
guardem, e façam cumprir e guardar, como em ella é conteudo, sem duvida nem embargo
algum que Ihe em ella seja posto, porque assim é minha mercè. Dada em a minha muito no-
bre e sempre muito leal cidade de Evora, aos vinte e seis dias de julho. El-rei o mandou
pelo bacharel Antonio Röiz, Portugal seu rei de armas principal. Pero de Evora, rei de
armas Algarve, e escrivâo da nobreza a fez, no anno, de nosso senhor Jesus Christo de
1535 annos. — Portugal rei de armas.
LXVt
Brazáo de armas concedido a Manuel Horcira Soares
(1568)
Portugal rei de armas principal de El-rei nosso senhor. Faco saber a quantos esta mi
nha carta de certidao virera, que Manuel Moreira Soares, fidalgo da casa do senhor D. An
tonio, me requeren, que porquanto elle descendía por linha direita por parte de seu рае
Alvaro Lopes Moreira, e de sua raâe Guiomar Feia Soares, e de seus avós Nuno Fernan-
des Moreira e Ruy Soares de Albergaría, e de seus bisavós das geracöes e linhagens dos
Moreiras e Soares, que n'estes reinos sao fidalgos de cota de armas, que Ihe désse um
escudo com as armas que as ditas linhagens pertencem, e as elle pois de direito Ihe pertencem
devia trazer. Pelo que eu busquei os livros da nobreza que em meu poder sao, e adío que as
armas que as ditas liuhagens pertencem sao estas, que em esta Ihe dou ¡Iluminadas : O
escudo esquartelado ; ao primeiro dos Moreiras, e ao segundo dos Soares, e assim os
contrarios, e com mais seu paquife, elmo e o timbre dos Moreiras, e por difference urna
merleta de oiro, que cora ellas, pois Ihe pertencem, segundo o regimentó da armaría deve
trazer. E por verdade Ihe passei esta em Lisboa, por mim assignada, a 23 de outubro
de 1568. — Portugal principal reí de armas.
Л. B. Este brazâo pertence a Cosme de Paiva de Magalhaes e Vasconcellos.
MANUEL PACHECO DA COSTA CORTE-REAL 677
LXVII
(1675)
Portugal rei de armas principal n’estes reinos e senhorios de Portugal, pelo muito
alto, e muito poderoso principe D. Pedro, nosso senhor, principe de Portugal e dos Al
garves, d'aquem e d’além-mar em Africa, e de Guiné, e da conquista, navegação, e com
mercio da Ethiopia, Arabia, Persia e da India, como regente, e governador destes ditos
reinos e senhorios, etc. Faço saber aos que esta minha carta de certidão, brazão de ar
mas de nobreza, e fidalguia de linhagem digna de fé, e crença, virem, que por parte de
Manuel Pacheco da Costa Corte-Real, me foi feita petição por escripto; dizendo, que pela
sentença junta dada sobre a abonação de sua nobreza se mostrava ser filho legitimo de João
Ferreira da Costa e de sua mulher Maria de Mattos, neto de outro João Ferreira, e de sua
mulher Leonor Pacheco, bisneto de Antonio Lopes de Carvalho e de sua mulher Maria
Pacheco, e terceiro neto de Antonio Rodrigues da Guerra, capitão-mór que foi da villa de
Celorico, e de sua mulher Isabel Pacheco, e quarto neto de Antonio Mendes, e de sua
mulher Maria Pacheco, e quinto neto de João da Costa Corte-Real, alcaide-mór que foi
da villa de Linhares, e de sua mulher Isabel Pacheco, a qual era neta e descendente de
Duarte Pacheco da India, bem conhecido por fama de seu valor: a qual Isabel Pacheco
descendia tambem de Fernão Rodrigues Pacheco, e de Pantaleão Rodrigues Pacheco, fi
dalgos d’este reino, da illustre familia dos Pachecos, da qual ele supplicante descendia,
como tambem dos Ferreiras e Cortes-Reaes, familias todas conhecidas por sua nobreza;
os quaes ditos seus avós, e ascendentes foram pessoas nobres das mais auctorisadas da
dita villa, e como taes se trataram, e que ele supplicante era sobrinho de Antonio Fer
reira Ferrão Castello-branco, mestre de campo, e governador que foi de Castello-branco,
a quem se passou seu brazão de armas. Pelo que me pedia que por a memoria dos ditos
seus progenitores se não perder lhe mandasse passar seu brazão de armas para d’ellas
usar. E receberia mercê. A qual petição sendo-me apresentada, e vista por mim com a
dita sentença, por as testemunhas n’ella insertas se mostrava ser o supplicante filho, neto,
bisneto, terceiro, quarto e quinto neto" das pessoas declaradas em sua petição, e a dita
sua quinta avó Isabel Pacheco era descendente do grande Duarte Pacheco Pereira, tão co
nhecido por suas illustres façanhas, que na India oriental obrou em favor de el-rei de
Cochim, irmão em armas do senhor rei D. Manuel, reportando victorias gloriosas, que
testemunham as chronicas do reino, e celebram os nobiliarios d’elle; o que se prova das
ditas testemunhas, que foram julgadas por sentença, e pertencer ao supplicante o brazão
das ditas gerações que pedia. A qual sentença foi promulgada pelo dr. João Cordeiro Lei
tão ao tal tempo corregedor da côrte do civel, e foi tirada do processo em nome do dito
senhor, e passada pela chancellaria, e a ella me reporto em todo, e por todo, e fica no
cartorio da nobreza do escrivão d’ella, que esta subscreveu. Em virtude, e cumprimento
da qual, visto por ella estar julgado pertencer-lhe o brazão que pedia, provi, e busquei
os livros do registo da nobreza das armas da fidalguia d’este reino, e n'elles achei assen
tadas e registadas as armas das muito nobres e antigas familias dos Pachecos, Cortes
Reaes e Ferreiras, que neste reino são fidalgos de geração e cota de armas, e nesta lh'as
dou divisadas e illuminadas com os metaes, e côres, que a ellas pertencem conforme as
regras de armaria, a saber: Um escudo posto ao balon esquartelado; ao primeiro e quarto
dos Pachecos, que trazem em campo de ouro duas caldeiras de preto em pala, e cada
uma com tres faxas de ouro, e vermelho, veiradas e contraveiradas, e tambem as azas, e
nas reigadas quatro cabeças de serpes negras, duas da parte de dentro, e duas de fóra
com as linguas vermelhas. Ao segundo dos Cortes-Reaes, que teem as armas dos Costas,
por procederem d'elles, que são em campo sanguinho seis costas de prata em tres faxas,
678 MARTIM AFFONSO DE MIRANDA
com mais um chefe de prata, e com uma cruz vermelha de S. Jorge cham. Ao terceiro
quartel dos Ferreiras, que são em campo vermelho quatro faxas de ouro, e por diferença
uma brica azul, com uma almofada de prata. Elmo de prata aberto, guarnecido de ouro,
paquife dos proprios metaes, e côres das armas, e por timbre o dos Pachecos, que é duas
cabeças de serpes de ouro batalhantes, armadas de sangue. E porque estas são as armas
que ás ditas linhagens pertencem lh'as dei, e ordenei com o poder, e auctoridade que de
meu muito nobre, e real oficio para isso tenho, para d’ellas usar, e gosar como acto, e
prerogativa de sua nobreza, e fidalguia, e com elas poderá entrar em batalhas, campos,
duelos, rectos, desafios, justas e torneios, e com elas exercitar todos os mais actos de
guerra e paz, que licitos e honestos fôrem, e trazel-as em os seus reposteiros, firmaes,
anneis, sinetes, e mais coisas de seu serviço, d’onde licitamente estejam, segundo á no
breza d’ellas é devido, e mandal-as pôr nas portadas de suas casas, quintas e edificios, e
deixal-as sobre sua propria sepultura, e finalmente se poderá servir, honrar e aproveitar
d’ellas em todo, e por todo, como suas que são, e á sua nobreza e fidalguia convem.
Pelo que requeiro a todos os desembargadores, corregedores, provedores, ouvidores, jul
gadores, juizes, e a todas as mais justiças da parte do dito senhor principe, e da minha
lhe peço muito por mercê deixem trazer, lograr e possuir ao supplicante Manuel Pacheco
da Costa Corte-Real das ditas armas, e com elas gosar de todos os privilegios, graças,
honras, favores, mercês, prerogativas, exempções, e mais liberdades concedidas ás ditas
armas pelos senhores reis d’estes reinos, e de que usam e gosam, e devem usar, e gosar
n'elles os antigos fidalgos de geração, e cota de armas, e em especial os das ditas gera
ções, assim como pelos ditos senhores estão.
LXVIII
• (1629)
Portugal rei de armas principal n’estes reinos e senhorios de Portugal, pelo muito alto e
poderoso rei D. Filippe terceiro nosso senhor, rei de Portugal, e dos Algarves, d'aquem e
d'além mar em Africa, senhor de Guiné, e da conquista, navegação, commercio da Ethio
pia, Arabia, Persia e da India etc. Faço saber aos que esta minha carta de certidão de
armas de nobreza digna de fé, e crença virem, que por parte de Martim Affonso de Mi
randa, morador na villa de Arnede, filho de Antonio Vidal de Miranda, e neto de Martim
Afonso de Miranda, e bisneto de Antonio Vidal de Miranda, o qual foi alcaide-mór da
villa de Alhos-vedros, e naturaes d’ella, e como o dito seu pae, avôs, e bisavós eram pes:
soas da geração dos Mirandas, que n'estes reinos de Portugal são fidalgos de geração, e
que as ditas suas armas lhe pertencem por direito, e que o dito seu pae, avôs, e visa
vós foram pessoas muito nobres, e viveram sempre á lei de nobreza, pedindo-me que
pela memoria de seus antecessores se não perder, e ele usar das honras das armas, que
pelos merecimentos de seus serviços ganharam, e lhe foram dadas, assim dos privilegios,
graças, honras e mercês que por direito lhe pertencem, lhe mandasse dar as ditas armas
dos nobres antigos fidalgos d’estes reinos de Portugal. O que visto por mim, e pelo sup
plicante ter justificado por bem do instrumento publico, feito na villa de Alhos-vedros,
pelo escrivão Ruy Venegas, pelo juiz da dita villa Francisco de Oliveira, vereador mais
velho, que serve em ausencia do juiz de fóra, e dé Palmella, o licenciado Manuel Pereira
de Andrade, com alçada por el-rei nosso senhor, e justificado n’esta cidade de Lisboa por
Jorge de Miranda, tabelião de notas por sua magestade, o qual fica em meu poder, a que
me reporto em todo, e por todo, porque constava, que o dito seu pae, avós e bisavós Wi
veram sempre á lei da nobreza, rica e abastadamente, sem terem raça de mouro, nem
judeu, e por assim proceder o dito Martim Afonso de Miranda das ditas gerações, que
NUNO CAYADO 679
n'estes reinos de Portugal são fidalgos de geração, e visto por mim seu requerimento, provi
e busquei os livros da nobreza, e antiga fidalguia destes ditos reinos, e n'elles achei as
ditas armas dos Mirandas, registadas e luminadas a saber: Um escudo e campo de ouro,
e uma aspa de vermelho entre quatro flôres de liz de vermelho, e por diferença um tri
folio verde, e por timbre uma aspa de ouro, e as quatro flôres de liz das armas sobre ella.
Elmo de prata aberto guarnecido de ouro, Paquife dos metaes, e côres das armas. E por
assim lhe pertencer, e as poder trazer, e d’ellas usar o dito Martim Affonso de Miranda,
e seus descendentes assim as trouxerem, e d’ellas usarem em todos os logares de honra
em que os ditos antecessores sempre costumaram trazer, em o tempo dos reis meus an
tecessores, e com ellas poderá entrar em batalhas, campos, duelos, rectos, escaramuças,
e desafios, e exercitar todos os outros actos licitos de guerra, e de paz, e assim as p0
derá trazer em seus anneis, sinetes, e divisas, e as pôr em suas casas e edificios, e dei
xal-as pór sobre sua sepultura; e finalmente se servir, honrar, e aproveitar d’ellas, como
á sua nobreza convém. Pelo que requeiro a todos os corregedores, desembargadores, pro
vedores, ouvidores, juizes, alcaides, meirinhos e a todas as mais justiças de sua ma
gestade da parte do dito senhor, e por bem do oficio da nobreza, que tenho, e assim
mando aos oficiaes da nobreza, reis de armas, arautos e passavantes, que ora são, e ao
diante forem, como juiz que sou della o cumpram, e guardem, e façam inteiramente cum
prir, e guardar, assim, e da maneira que n'esta certidão de armas se contém passada com
todos os privilegios, graças, honras, liberdades e mercês, que devcm haver os nobres
fidalgos d’esta geração dos Mirandas. E por verdade, e em fé de testemunho d’ella vai
por mim assignada. Dada n'esta cidade de Lisboa aos onze de janeiro, anno do nascimento
de nosso senhor Jesus Christo de 1629. E eu André Fernandes, cavalleiro da casa de el
rei nosso senhor, arauto, e escrivão da nobreza n'estes reinos, e senhorios de Portugal
o subscrevi. — Portugal principal rei de armas.
LXIX
•
(1546)
Portugal rei de armas principal por el-rei nosso senhor. Faço saber a quantos esta mi
nha certidão virem, que Nuno Alves de Carvalho me pediu, por quanto ele descende da
geração, e linhagem dos de Carvalho, por linha direita, e masculina por parte de seu pae
Gil Pires de Carvalho, morador que foi de Arraiolos, o qual eu bem conheci, pelo que
eu busquei os livros da nobreza, que em meu poder são, e acho, que as armas que á
: dita linhagem pertencem são estas, que n'esta certidão lhe dou illuminadas com seu elmo
aberto de ouro; paquife de prata azul, e ouro: e por timbre um cisne com um colar de
ouro ao pescoço; e por diferença uma flôr de liz de ouro, que de direito deve trazer, e
por verdade lhe dei esta, assignada de minha mão, em Lisboa aos 9 de dezembro de 1546
annos, — Portugal rei de armas.
LXX
(1506)
Rei de armas Portugal do mui alto, e mui excelente, e poderoso principe D. Manuel,
por graça de Deus rei de Portugal, e dos Algarves, d'aquem e d’além mar em Africa,
senhor de Guiné, e da conquista, navegação, commercio de Ethiopia, Arabia, Persia e da
India etc. Faço saber que perante mim pareceu Nuno Cayado, cavalleiro da casa do dito
680 NUNO CAYADO
senhor, e me requereu e pediu, que por quanto ele procedia e vinha da linha, e gera
ção sc. Bisneto de Lopo Sanches de Gamboa, senhor da casa de Ulaço, e assim de D. San
cha de Atalaia, os quaes Lopo "Sanches, e D. Sancha, eram muito fidalgos, procedentes e
descendentes de el-rei D. Sancho de Navarra, fidalgos e de nome de armas, as quaes ar
mas tem o senhor da dita casa, e porque para mais certeza elle tinha a mais prova em
Getâria, provincia de Guipuscoa, lhe mandasse passar minha carta, em fórma deprecato
ria para que por ella lhe fossem perguntadas certas testemunhas, que ele apresentaria,
e sabida a verdade, lhe mandasse dar minha carta em forma com as armas, como de di
reito lhe pertencem, para guarda e conservação de sua nobreza, e fidalguia que tem de
nome de armas, e solar conhecido, E visto por mim seu requerimento, lhe passei minha
carta deprecatoria em fórma acostumada, e assellada, da qual me foi enviada resposta:
serrada e assellada de selo verde, do concelho e villa de Getária, a qual inquirição foi
tirada por mandado de João Ortiz de Unceta, e de João Bastião de Ollacaval, alcaides or
dinarios na dita villa, e por João Martines de Amelinia, publico tabelião em a dita villa,
por mercê dos reis, em a qual inquirição testemunhou um João Martins de Caraos, ho
mem de idade de sessenta annos, e declaron em seu testemunho, que a casa de Olaço,
era cabeça dos Gamboinos, em que Lopo Sanches de Gamboa era senhor da casa de
Olaço, o qual viera a casar com a dita D. Sancha, que era a principal dona e generosa,
que havia na dita villa de Getária, os quaes assim estando casados, veiu a haver discor
dia entre el-rei D. Pedro seu senhor, e D. Henrique; pelo qual vendo a morte de el-rei
seu senhor, e vendo que reinava el-rei D. Henrique, e elles manterem a dita villa certos
annos, como bons, e leaes a seu rei e senhor, e não podendo mais, determinaram a se
disterrarem da dita terra e provincia, tomando suas riquezas, e filhos, e se passaram a
estes reinos de Portugal á cidade de Lisboa, e a Tavilla donde viveram muitos tempos,
e que na dita villa havia homens, que vinham a esta cidade, e lhes mostraram as casas
onde elles viveram, que era na parroca das Martes, segundo mais compridamente se con
tém em seu testemunho; e assim o afirmou um testemunho de Anton de Gocostraga, que
em Portugal, que chamavam á senhora D. Sancha Cayada, e isto por corrompimento do
vocabulo portuguez; outrosim o testemunhou um Miguel Martins da sobredita maneira;
e mais testemunhou Ilhoa Eannes de Bedua; outrosim testemunhou uma D. Catharina
Sanches, cuja bisavó era a dita D. Sancha, e disse que o supplicante era da dita casa, e
geração, assim como ele em sua petição pedia, e dizia; e um Miguel de Aguirre decla
rou, que viera a esta cidade de Lisboa, e que da Tanoaria lhe mostraram as casas que
foram do dito Lopo Sanches, e D. Sancha, as quaes eram na Parroca das Martes a cabo
de S. Francisco; e assim por um instrumento publico de Getâria em que afirma, que o
dito Lopo Sanches de Gamboa era filho legitimo da dita casa, convém a saber; Filho de
Ruy Pires de Gamboa, senhor e dono da dita casa, e como viera a casar com D. Sancha
de Atalaia, que era senhora da casa da Atalaia, que era a principal casa de Getária donde
descendem os principaes fidalgos d’esta villa, e terra, os quaes fidalgos, e parentes man
tiveram a dita villa por parte de el-rei D. Pedro, e que vendo o sobredito Lopo Sanches
como reinava D. Henrique, detcrminou de se ir da terra com filhos, e parentes, os quaes
vieram ter á cidade de Lisboa, onde viveram tempos até acabarem seus dias, e outros
foram ter ao Algarve, e que assim tinham por muitas pessoas antigas sabido como o se
nhor Lopo Sanches, e D. Sancha viveram na dita cidade, na freguezia das Martes, e que
assim viram a sepultura onde jazia D. Sancha, e que na campa que sobre a cova estava
estavam figuradas suas armas, e letreiro: e que segundo voz, e fama o supplicante é des
cendente da dita casa e geração, e os notificavam por fidalgos, e de linhagem segundo
mui compridamente se contém no dito instrumento: e mais me foi apresentada uma carta
de Goimbar, que é na provincia de Guipuscoa, onde se tirou inquirição sobre o caso, e
auto judicial, na qual carta, e instrumento se afirma por muitas testemunhas parentes
do dito Lopo Sanches, e D. Sancha irem, e mandarem homens com dinheiro de suas ren
das, que em a terra, e logar tinham, á cidade de Lisboa, onde elles viviam, e pousavam,
ÑUÑO CAYADO 681
e isto nao tao sómente por testemunhas, mas por militas escripturas, e contratos, que na
dita villa havia, os quaes Lopo Sunches de Gamboa fora senhor da casa de Olaço, que
é cabeça dos Gamboinos, e a senhora D. Sancha era da casa da Atalaia, sua propria mu-
Iher, e era descendente de el-rei D. Sancho de Navarra, e isto por um infante filho do
dito rei vir a herdar a dita casa, donde nasceu Ruy Pires de Gamboa, рае do dito Lopo
Sanches de Gamboa, donde se prova d'elles serem íidalgos, e esforc.ados cavalleiros, e se
gundo mais compridamente se contera no dito instrumento. E mais urna carta do paco e
solar de Olaço, que é na provincia de Gnipuscoa, jurisdiccao da villa de Guimbar, appa-
receu Diogo Cayado em nome de Ñuño Cayado, e pedia ao dito senhor Joâo Lopes de
Gamboa, senhor que ora é da dita casa, que vendo, e sabendo elles virem e procédèrent
da dita casa, e linha direita Ihe outorgasse as armas, e como Ihe de direito pertencem, as
quaes Ihe approve declarar, e confirmar como a parentes e descendentes, que d'elles era,
que elles as trouxessem, e pozessem assim como de justa razao era : e assim Ih'o outorgou
e Ihe mandou d'elle passar um publico instrumento, o qual tambem assignou de sua mâo,
isso mesmo aprouve assignar a senhora da dita casa, a qual carta e instrumento vein a
mim serrada, e assellada, e visto por mira sua prova firme, e valiosa, s. e cora o conheci-
mento que d'elle tenho, dei ao dito Ñuño Cayado as armas como de direito Ihe perten
cem, assim corno vâo figuradas, e pintadas no meio d'esta minha carta de cerlidao, e
assim como foram, e estáo registadas no livro da nobreza do tempo que el-rei nosso se
nhor mandou por mim ordenar, as quaes armas sao : Um escudo vermelho, e no meio um
elmo de prata guarnecido de ouro, e da parte direita um lobo da sua cor corn sua lingoa,
e dentés e macho : e da outra parte um librel bra neo com lingoa, e denles, e macho, e
no chefe tres folhas de golfäo azues em campo verde, e o librel com sen arganel colar de
ouro. Pela qual razao requeiro, e mando da parte de el-rei nosso senhor, e pelo poder,
e autoridade que de sua alteza tenho para as similhantes necessidades prover, nolifíco a
lodos os cavalleiros, fidalgos de cotta de armas, e soUir conhecido, e a todos os corre-
gedores, juizes e justiças, officiaes e pessoas a que esta minha carta for mostrada, e o
conhecimento d'ella pertencer por qualquer guiza, e maneira que seja, leixem ao suppli-
canle 1er, e trazer as ditas armas assim como aqui vâo declaradas, e com a difference do
chefe, e o deixem entrar em quaesquer lances de batalha, recios, e desafios que elle hou-
ver com sous inimigos, assim elle, como os que d'elle descenderem por linha direita mas
culina, e como dito é, e deixem gousar de todos previlegios, liberdades, e franquezas de
que gosam, e hâo os cavalleiros íidalgos de sollar conhecido, e de que gosaram seus an
tecessores por razao das ditas armas, que tem de sollar conhecido, e melhor se com ra
zao de poder fazer, e nao seja a dita carta valiosa, nem guardada, salvo ao sobredito
Ñuño Cayado supplicante, e os que d'elle descenderem por linha direita masculina, como
dito é, vivendo á lei da nobreza. Cumpri-o assim uns, e outros sem duvida, nem embargo,
que ella ponhaes sob a pena do dito senhor rei. Dada em Lisbor a dois do mez de julho
da era de 1506. Affonso Fernandos a fez, por mando, e auctoridade de Porlugal rei de
armas. — Portugal rei de armas.
Certifico eu Gaspar Velho, Portugal e principal rei de armas d'estes reinos de Portu
gal esla carta foi passada pelo antecessor de meu antecessor, e está por elle assignada
pelo que se Ihe pode dar fe, e crédito, e por verdade flz, e assignei esla em Lisboa, no
derradeiro de Janeiro da era de 1»83. — Portugal rei de armas.
682 PEDRO DE MORAES PIMENTEL
LXXI
(1572)
Portugal rei d'armas d'El-rei nosso senhor. Faço saber a quantos esta minha carta de
certidão digna de fé, e crença virem, que Pedro Barba de Mesquita, natural da cidade de
Leiria, me pediu e requereu que por quanto ele descendia por linha direita legitima por
parte de seu pae Gonçalo Correa, e de sua mãe Ignez de Vera Barba, e de seus avós
Pedro Barba Correa e Ignez de Mesquita, e Ruy Barba e Mecia Giroa, e de seus bisavós
das gerações e linhagens dos Barbas, Corrêas, Mesquitas e Girões, que n'estes reinos são
fidalgos de cotta de armas, como constava dos papeis que apresentava, que lhe désse
um escudo com as armas que as ditas linhagens pertencem, e elle de direito, por lhe
pertencerem, devia trazer; pelo que eu busquei os livros da nobreza, que em meu poder
estão, e acho, que as armas que ás ditas linhagens pertencem dos Barbas, e ao contra
rio dos Corrêas do escudo esquartelado, ao primeiro Mesquitas, e com mais seu paquife,
e elmo, e ao segundo dos Girocns, e o timbre dos Barbas; e por diferença uma estrella
azul, que com ellas, por lhe pertencerem pela dita maneira, segundo o regimento da ar
maria deve trazer: pelo que lhe devem ser guardadas as liberdades concedidas ás ditas
armas. E por verdade lhe passei esta em Lisboa, por mim assignada aos sete dias do
mez de março. Diogo de S. Romão a fez. Anno do nascimento de nosso senhor Jesus
Christo de 1572. — Portugal rei de armas.
N. B. O original d’esta copia estava em poder de Ruy Barba Corrêa Alardo em quatro
de agosto de 1703.
LXXII
Brazão de armas concedido a Pedro de Moraes Pimentel
(1682)
Portugal rei de armas principal n’estes reinos e senhorios de Portugal, pelo muito alto
e poderoso principe D. Pedro, nosso senhor, por graça de Deus principe de Portugal e
dos Algarves, d'aquem e d'alem mar em Africa, e de Guiné, e da conquista, navegação,
commercio da Ethiopia, Arabia, Persia, e da India, etc., como regente e governador d’es
tes reinos e senhorios, etc. Faço saber aos que esta minha carta de certidão de brazão
de armas de nobreza, digna de fé, e crença virem, que Pedro de Moraes Pimentel me fez
petição, dizendo que pela sentença junta se mostrava ser filho, neto e descendente das
pessoas e gerações n’ella conteudas, e como tal lhe competirem as armas, e privilegios d'el
las, me pedia que, pela memoria de seus progenitores se não perder, lhe passasse seu
brazão de armas, e receberia mercê. A qual petição, sendo-me apresentada com a dita
sentença, que foi dada no juizo da côrte do civel pelo dr. Francisco da Fonseca, por ella
se mostrava fazer o supplicante petição ao dito corregedor na forma seguinte: Diz Pedro
de Moraes Pimentel, fidalgo de solar, natural da villa da Bemposta, comarca da cidade
de Miranda, que pelas justificações, e mais documentos juntos, se mostra ser filho legi
timo havido de legitimo matrimonio, de Diogo de Moraes Pimentel, capitão-mór, e juiz
da alfandega da dita villa, e de sua mulher Luciana de Moraes, e neto pela parte paterna
de Pedro de Moraes Pegas, e de sua mulher Bernarda Pimentel de Lousada, o qual dito
seu avô foi filho legitimo de Affonso Supico Pegas, bisavô d’elle supplicante, e a dita sua
avó, Bernarda Pimentel, foi filha legitima de Diogo Pimentel, fidalgo de geração e cotta
de armas, e solar conhecido, bisavô d’elle supplicante, ao qual o senhor rei D. Manuel
PEDRO DE MORAES PIMENTEL 683
mandou passar brazão de armas dos Pimentas; pelo qual se mostra ser filho de Alvaro
Pimentel, e de sua mulher Branca Lopes, terceiros avós d’elle supplicante; o qual era
homem fidalgo, e pelos Pimenteis parente do conde de Benavente, o qual fez muitos ser
viços aos senhores reis d’este reino nos logares de Africa, na tomada de Arzilla, e Alca
cer, e nas guerras contra Castella, o qual dito seu terceiro avô era filho legitimo de João
de Lousada, homem fidalgo do tronco dos Lousadas, e de sua mulher Thereza Pimentel,
quartos avôs d’elle supplicante, e a dita Thereza Pimentel era filha legitima de João Af
fonso Pimentel, quinto avô d’elle supplicante, e irmão de outro João Affonso Pimentel,
primeiro conde de Benavente, os quaes descendiam do tronco e linhagem verdadeira dos
Pimenteis, d’onde ele supplicante descende; e por parte do dito seu quarto avô, João
de Lousada, descende outrosim da geração dos Lousadas, que vem do reino de Galiza.
E por parte da dita sua mãe Luciana de Moraes, irmã de Catharina de Aguirre, senhora
do logar de Bricones em Castella, ambas filhas legitimas de Balthazar de Moraes, seu
avô, o qual foi filho legitimo de Diogo de Moraes, natural e morador na dita villa da Bem
posta, bisavô d'elle supplicante; o qual, por ser homem fidalgo de geração e cotta de
armas, se lhe passou brazão de armas de geração dos Moraes, no anno de 1584; pelo
qual consta descender por linha direita, legitima, e sem bastardia, da dita geração, por
ser filho legitimo de Beatriz de Moraes, terceira avó d’elle supplicante, como filha que
era de Gonçalo de Moraes, o velho, seu quarto avô, e neta de Pedro de Riba do Syl de
Moraes, quinto avô d'elle supplicante; e outrosim descende por parte do dito seu bisavô
Affonso Supico Pegas da geração dos Pegas: os quaes todos seus paes, avós, bisavôs e
mais ascendentes foram muito nobres, e fidalgos de geração e cotta de armas, e pelos
Pimenteis de solar conhecido, e como taes fidalgos viveram sempre á lei da nobreza, com
suas armas, cavallos, creados, e mais gente de seu serviço, sempre prestes ao serviço dos
senhores reis de Portugal; eram christãos velhos, sem raça alguma de mouro, judeu, mu
lato, nem outra infecta nação; e ele supplicante descende por parte dos ditos seus paes,
e avós dos verdadeiros troncos, e gerações dos legitimos Pimenteis, Moraes, Lousadas, e
Pegas d’este reino, que n'elle são fidalgos de geração e cotta de armas, e os Pimenteis
de solar conhecido, como consta do brazão do dito seu bisavô Diogo Pimentel, tirado au
tentico dos livros da Torre do Tombo; e porque conserva a nobreza, e fidalguia dos ditos
antepassados, vivendo á lei da nobreza, e lhe pertencem suas armas, brazões, honras,
privilegios a elles concedidos por direito, e ordenação do reino: Pede a vossa magestade
mande juntar esta ás ditas justificações, e documentos, e antuados se façam conclusos para
o julgar por sua sentença por filho, neto, bisneto, e verdadeiro descendente das pessoas
conteudas nesta; e por descendente legitimo das ditas gerações dos Pimenteis, Moraes,
Lousadas e Pegas, e como tal poder tirar os brazões e armas d’ellas, como tiveram seus
avós, e gosar das honras, privilegios, e liberdades que por bem d’ellas, e por direito, e
ordenação do reino lhe são concedidos, e receberá mercê. A qual petição sendo apresen
tada ao dito desembargador, e corregedor da côrte, mandou por seu despacho, que se
autuasse, e fosse conclusa; ao que se satisfez, e sendo levado concluso, promulgou a sentença
do theor seguinte: Vistos estes autos, petição do supplicante, justificações de testemunhas
judicialmente perguntadas, e documentos juntos. Mostra-se ser o supplicante filho, neto,
bisneto e descendente legitimo das pessoas declaradas em a sua petição, que foram muito
nobres, e como taes viveram á lei de nobreza, e christãos velhos sem raça alguma de in
fecta nação, e descendentes dos troncos verdadeiros dos Pimenteis, Moraes, Lousadas, e
Pegas, e tinham seus brazões de que gosaram, e de seus privilegios, por tal julgo ao sup
plicante por verdadeiro descendente das ditas gerações de que póde tirar seus brazões, e
gosar das honras. e privilegios a elles por direito, e ordenação do reino concedidos na
orma de sua petição, e pague os autos. Lisboa 21 de março de 1682. Francisco da Fon
seca. E sendo assim dada a dita sentença, foi tirada do processo em nome do dito senhor.
Em virtude, e cumprimento da qual provi, e busquei os livros da nobreza, da nobre, e
antiga fidalguia do reino, e n'elles achei assentadas, e registadas as armas das ditas ge
684 SIMÃO NUNES INFANTE
rações, e n'esta lh'as dou divisadas, e illuminadas com os metaes, e côres que a ellas
pertencem, conforme a armaria, a saber: Um escudo posto ao ballon esquartelado, ao pri
meiro dos Pegas, que são as de sua varonia, em campo de prata uma cabeça de lobo es
folada, gotada de sangue, entre tres pegas de sua côr em roquete, e por diferença um tri
olio verde. Ao segundo dos Moraes, que tem o campo partido em palla, a primeira de
vermelho com uma torre de prata aberta, e frestas lavradas situada sobre um pé de agua
com seu corucheo de ouro, e no remate uma bandeirinha de prata, a segunda pala de
prata com uma amoreira de sua côr com raizes, e o fructo de ouro. Ao terceiro dos Pi
menteis de verde com cinco vieiras de prata em santor. Ao quarto quartel dos Lousadas
de prata com dois lagartos de sua côr, que saem de duas lousas de purpura. Elmo de
prata aberto guarnecido de ouro, paquife dos metaes, e côres das armas, e por timbre o
dos Pegas, uma das pegas. E porque estas são as armas, que ás ditas linhagens pertencem,
lhas dei e ordenei aqui para d’ellas usar, e gosar, e com elas poderá entrar em batalhas,
campos, duelos, rectos, desafios, justas e torneios, e exercitar os mais actos de guerra
e paz, que licitos e honestos forem; pôl-as em seus resposteiros, firmaes, sinetes, portaes
de suas casas e quintas, e sobre sua propria sepultura, e finalmente servir-se, honrar-se,
e aproveitar-se d’ellas como suas que são, e á sua nobreza convém: Pelo que peço aos
corregedores, provedores, e mais justiças deixem trazer e possuir ao supplicante as ditas
armas, e com elas gosar todos os privilegios, graças, honras, mercês, e mais liberdades
a elas concedidas pelos senhores reis d’estes reinos, e de que usam, e gosam os nobres
fidalgos de geração e cotta de armas: assim como pela dita sentença está julgado, e mando
a todos os oficiaes da nobreza o cumpram e guardem. Em fé do que lhe passei a pre
sente por mim assignada, em Lisboa aos 15 de abril de 1682. Francisco Mendes a fez por
Francisco Luiz Ferreira, escrivão da nobreza. E eu Francisco Luiz a fiz escrever e SubS
crevi. — Portugal rei de armas.
LXXIII
Brazão de armas concedido a Simão Nunes Infante
(1571)
Portugal rei de armas principal de El-rei nosso senhor. Faço saber a quantos esta mi
nha carta de certidão de brazão de armas, digna de fé, e crença virem, que Simão Nunes
Infante, cavaleiro fidalgo da casa de el-rei nosso senhor, e morador na villa de Santarem,
me pediu, e requereu, que por quanto ele descendia por linha direita, por parte de sua
mãe Margarida Mendes Sobrinha, e de seu avô João Sobrinho, morador que foi na cidade
da Guarda, e de seu bisavô Fernão Sobrinho, morador que foi em Montemor-o-novo da
geração, e linhagem dos Sobrinhos, que n'estes reinos são fidalgos de cotta de armas como
constava por papeis, que apresentava, que lhe desse um escudo de armas, que á dita li
nhagem pertencem, e as ele de direito, por lhe pertencer, devia trazer, pois d’ellas fôra
passada carta em forma a André Bugalho Sobrinho, fidalgo da casa do dito senhor, seu
primo com-irmão. Pelo que eu busquei os livros da nobreza, que em meu poder estão,
e acho, que as armas, que á dita linhagem pertencem serem estas, que em esta lhe dou
illuminadas, e com mais seu paquife, elmo, e timbre, e por diferença uma brica de ouro,
com uma estrella de azul sobre ella, que com ellas, pois lhe pertencem pela dita maneira,
segundo regimento de armaria deve trazer, e certifico, e dou fé passar a dita carta em
forma ao dito André Bugalho Sobrinho por mandado do dito senhor, na era de 1561: pelo
que lhe devem ser guardadas as liberdades concedidas ás ditas armas, e por verdade lhe
passei esta em Lisboa por mim assinada aos 8 de julho. Diogo de San Romão a fez. Anno
do nascimento de nosso senhor Jesus Christo de 1571. — Portugal rei de armas.
A 2 de outubro de 1560 confirmou el-rei D. Sebastião a André Bugalho Sobrinho, neto
PEDRO TAQUES DE ALMEIDA 685
Copia do brazão das armas do capitão Pedro Taques de Almeida, existente no archivo da camara de S. Paulo
da provincia do Rio de Janeiro "
Portugal rei de armas principal n’estes reinos e senhorios de Portugal, do muito alto
e muito poderoso rei e senhor nosso, D. João v, por graça de Deus rei de Portugal e dos
Algarves d'aquem e d’além mar em Africa, senhor de Guiné e da conquista, navegação,
commercio de Ethiopia, Arabia, Persia e India, etc. Faço saber a quantos esta minha carta
de certidão de brazão de armas, fidalguia e nobreza, digna de fé e crença virem, que por
parte do capitão Pedro Taques de Almeida, morador na villa de S. Paulo, capitania do Rio
de Janeiro, me foi feita petição por escripto, dizendo que pela sentença junta, que ofere
cia, passada em nome de sua magestade e pela chancellaria da côrte, promulgada pelo
doutor Gonçalo da Cunha Villas-boas, do desembargo do dito senhor, desembargador da
casa da supplicação e corregedor com alçada dos feitos e causas civeis em sua côrte, cons
tava ser elle supplicante descendente das nobres e illustres familias dos Taques, Proenças,
Laras, e Moraes, que n'este reino são fidalgos antigos de cotta de armas, por ser filho le
gitimo do capitão Lourenço Castanho Taques, e de sua mulher D. Maria de Lara, naturaes e
moradores na dita villa de S. Paulo, neto por parte paterna de Pedro Taques, natural da
villa de Setubal, e baptisado na freguezia de S. Julião, e de sua mulher D. Anna de
Proença, natural da dita villa de S. Paulo; e pela parte materna de Diogo de Lara, e de
sua mulher D. Magdalena Fernandes de Moraes, naturaes da dita villa de S. Paulo:
e por se não perder a memoria dos ditos seus progenitores e de sua antiga fidalguia e
nobreza, queria ele supplicante para conservação d’ella um brazão das armas das ditas
quatro gerações, pelo que me pedia lho mandasse passar em forma, assim como ele sup
plicante devia d’elle usar, e receberia mercê. E vista por mim a dita petição e senten
ça, que fica no cartorio da nobreza, em poder do escrivão que esta subscreve, e como
por ella consta estar o supplicante julgado por legitimo descendente das ditas quatro
gerações dos Taques, Proenças, Laras e Moraes, em virtude d’ella provi o livro da fi
dalguia e nobreza d’este reino, que em meu poder tenho, e n'elle achei registradas as
armas que as ditas familias pertencem, que são as que n'esta lhe dou divisadas com os
metaes e côres a ellas pertencentes a saber: Um escudo esquartelado posto ao ballon;
no primeiro quartel as armas dos Taques, que são o escudo partido em faxa, na primeira
em campo de ouro uma aguia imperial de duas cabeças, e sobre ella uma corsa real, a
Segunda campo de prata e partido outra vez em palla, na primeira sobre um campo verde
um porco azul, e na segunda um penhasco azul; no segundo quartel as armas dos Proenças
que são escudo partido em palla, a primeira de campo verde com uma aguia preta de
duas cabeças armada de ouro, a segunda em campo azul cinco flôres de liz de ouro em
santor; no terceiro quartel as armas dos Laras, que são em campo de prata duas caldei
ras pretas guarnecidas de ouro nas bocas, casas postas em palla; no quarto quartel as
armas dos Moraes, que são o escudo partido em palla, no primeiro em campo sanguinho
uma torre de prata picada e lavrada de preto, assentada junto ao rio de agua com o te
lhado de ouro, e sobre ela uma bandeira de prata, na segunda em campo de prata uma
moreira verde com raizes: elmo de prata aberto e guarnecido de ouro, e paquife dos me
taes e côres das armas; timbre a aguia das armas dos Taques, e por diferença um tri
folio de sua côr. E porque estas são as armas que às ditas familias pertencem, eu Anto
nio de Aguiar, rei de armas Portugal e principal, com o poder de meu muito nobre e
1 Veiu-nos ultimamente á mão esta copia, que julgamos dever tambem reproduzir aqui.
686 PEDRO TAQUES DE ALMEIDA
real officio lhas dou assim como väo no dito escudo, das quaes poderá usar como acto e
prérogative de sua nobreza e Qdalguia, e com ellas poderá gosar de todas as graças, liber-
dades, honras e merces, que pelos senhores reis d'esté reino foram concedidas aos fidal-
gos e nobres d'elle, e especialmente aos das ditas geraçoes : e com ellas poderá entrar em
batalhas e em todos e quaesquer actos militares, assim de paz como de guerra, tanto ñas
coisas graves e de riecessidade, como ñas voluntarias e de passatempos, assim como jus
tas, torneos e tudo mais que licito for; e as poderá fazer pintar e bordar em seus respos-
teiros, bandeiras e estandartes, abrir e esculpir em suas baixelas e em seus anneis e si-
netes e em todas as pecas de ouro e prala, pedrada e grimpas, e nos portaes de suas
casas e quintas, e finalmente as poderá esculpir e deixar sobre sua propria sepultura,
servindo-se, honrando-se e aproveitando-se d'ellas como a sua nobreza e fidalguia convem,
como o fazem os mais fidalgos e nobres d'esté reino ; pelo que requeiro a lodos os des-
embargadores, corregedores, ouvidores, juizes e mais justiças de sua magestade da
parte do dito senhor, e da minha por bem do officio que tenho, e em especial mando
aos officiaes da nobreza, como juiz que sou d'ella, reis de armas, arautos e passavantes
a cumpram e façam inteiramente cumprir como рог mim é determinado e julgado, e
por firmeza de tudo vai por mim assignada com o signal publico do nome do meu offi
cio. Lisboa cinco de jullio de 1707. Daniel Maniio a fez, por José Duarte Salvado, cavalleiro
da casa real, escriväo da nobreza n'estes reinos e senliorios de Portugal. Eu José Duarte
Salvado o fiz subscrever e subscrevi. — Portugal m de arma».
SYNOPSE NUMERICA POR ORDEM CHRONOLOGICA
1438 2 - - 2 2 1549
1450 1 - - 1 1 15:,()
1454 1 - - 1 } 1551
1459 1 - - 1 1 1552
1460 1 - - 1 1 1553
1462 1 - - 1 1 || 1554
1465 1 - - 1 1 || 1556
1471 3 - - 3 3 1557
1475 4 - - 4 4 1558
1477 3 - - 3 3 1559
1481 1 - - 1 1 1560
1483 1 - - 1 1 1561
1484 1 - - 1 1 1562
1485 2 - - 2 2 1563
1490 1 - - 1 1 || 1564
1500 1 - 1 - 1 1565
1502 2 - 2 - 2 1566
1503 2 - 1 1 2 || 1567
1504 1 - 1 —. 1 || 1568
1506 1 - 1 - 1 1569
1508 1 - 1 - 1 1571
1509 1 - 1 - 1 1572
15 12 2 - 2 - 2 1576
1513 14 - 14 - 14 1579
1514 6 - 6 - 6 | 1582
15 15 4 - 4 - 4 | 1583
1516 1 - 1 - 1 || 1584
1517 4 - 4 - 4 | 1585
1518 1 - 1 - 1 1593
1520 2 - 1 1 2 1596
1522 2 - 2 - 2 1599
1523 2 - 2 - 2 1600
1524 9 - 8 1 9 1608
1526 1 |- 1 - 1 1609
1527 2 - 2 - 2 1613
1528 15 - 14 1 15 1619
1529 33 -• 33 - 33 1624
1530 31 - 31 - 31 1630
1531 8 - 8 - 8 1633
1532 17 - 16 1 17 1637
1533 23 - 22 1 23 1638
1534 23 - 23 - 23 1641
1535 29 - 29 - 29 1643
1536 25 - 24 1 -25 1644
1537 20 - 19 1 2() 1646
1538 25 - 24 1 25 1649
1539 20 - 19 1 2() 1681
1540 15 - 15 - 15 1683
1541 10 - 9 1 10 1749
1542 15 - 15 - 15 1750
1543 8 - 8 - 8 1751
1544 5 - 5 - 5 1752
1545 4 - 2 2 4 1753
1546 2 - 2 - 2 1754
1547 2 - 2 - 2 1755
1548 9 - 8 1 9 1756
—
A visTA Dos TRABALHos INEDITos QUE SE CONSERVAM NO ARCHIVO NACIONAL DA TORRE DO TOMBO
EscaIPTos PoR FRANCIsco coeLho, REI D'ARMAs, E OUTROS - ADDICIONADOS A ESTES OUTROS TAMBEM MANUSCRIPTOS
E vARIAs obrAs IMPREssAs DE AUCToREs NAcioNAEs E EsTRANGEIRos, TAEs coMo MR. Jourrãox
D'EschAvANNEs, D. FRANCIsco PIFERRER, ETC., ETC.
PELO
LISBOA
TYPOGRAPHIA UNIVERSAL
DE THOMAZ QUINTINO ANTUNES, IMPRESSOR DA CASA REAL
Rua dos Calafates, 110
1872
A
ABREU. Uns lhe dão por solar a torre de Abreu, junto a Valença do Minho, e
outros o logar de Abreu ou Avreu, junto á freguezia de S. Pedro de Merufe, no termo de
Monção, onde estão as ruinas de uma torre chamada Pica de Regalados, que foi d'esta
familia; a qual além da casa de Regalados, que em Castella logrou o titulo de conde, teve
n'este reino as de Anquião, Arcozello, Bezelga e outras.
São suas armas em campo vermelho cinco azas de oiro com sangue nas cortaduras,
postas em santor, timbre uma das azas.
ABUL. Não temos encontrado noticia das origens d’este appellido, que é palavra
arabiga, e serviu de nome proprio a muitos principes, como Abul Harum, rei de Marro
cos, e seu filho Abul Hacen. Na Sé de Lisboa, junto á sacristia nova está ou esteve uma
Sepultura, cujo letreiro diz — Aqui jaz o honrado Lourenço Abul, secretario de el-rei nosso
senhor e conego n’esta sé.
São suas armas partidas em pala; na primeira em campo de oiro meia aguia negra ar
Imada de sanguinho, na segunda em campo azul uma faxa vermelha coticada de oiro e
tres crescentes de prata, postos em roquete, dois no campo alto e um na faxa; timbre
um crescente do escudo entre duas azas pretas.
AÇA. É seu solar a villa de Aça em Castella; e suas armas, em campo de oiro
uma cruz vermelha florida e vasia do campo, com duas orlas divididas por coticas pretas,
a primeira de prata com dez aspas sanguineas, a segunda de oiro com dez caldeiras pretas.
Não estão no livro da Torre do Tombo, porém tral-as Gonçalo Argote de
Molina (Nobreza de Andaluzia, pag.40 e 49) e Villas-boas (Nobiliarchia
portugueza, pag. 230): ainda que este ultimo com seus descuidos.
ADARGA. Esta familia tem por armas no escudo em campo azul cinco flores de
liz de oiro em aspa.
V. Espelho da Nobreza, por Francisco Xavier da Serra Craesbeeck.
AFFONSO. Achamos este nome proprio feito appelido de familia, que tem por
armas o escudo partido em pala, a primeira cortada em faxa, na primeira em campo de
oiro uma aguia negra de duas cabeças, aberta e armada de sanguinho, na segunda em
campo verde um castello de prata; na segunda pala em campo de prata um leão verme
lho armado de azul; timbre a aguia do escudo.
Assim se deram a Jorge Affonso, que parece seria o chefe d’esta familia.
e assim os contrarios; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, com o forro de purpura
e o virol de oiro e verde.
M. N. feita a Francisco José Gonçalves Agra em 25 de maio de 1868. V. Ar
chivo, n.º 790.
ALÃO. Esta familia é tão antiga, que já antes de Portugal ser reino era senhor
de Bragança D. Mendo Alam, que é verosimil que fosse descendente dos reis Alanos.
D. João Alam, bispo do Algarve, instituiu o morgado de Santo Eutorpio na freguezia de
S. Bartholomeu de Lisboa.
São suas armas esquarteladas; o primeiro quartel xadrezado de oiro e vermelho; o se
gundo de azul com cinco flores de liz de oiro em santor, e assim os contrarios; timbre
um cão alão de azul com uma estrella de oiro na espadoa.
ALARCÃ0. É familia de Castella; o appelido foi tomado da villa de Alarcon,
que Fernão Martins de Zevallos tomou aos moiros.
São suas armas em campo sanguinho uma cruz de oiro florida e vasia, orla azul carre
gada de oito aspas do mesmo metal; timbre a cruz do escudo; a orla dividida do campo
por uma cotica de oiro.
ALARD0. Esta familia veiu de França, onde é nome proprio este appellido, que
passou a Portugal na pessoa de D. Alardo, capitão da armada franceza que ia á conquista
da Terra-santa, e arribando a Lisboa ajudou D. Afonso Henriques na conquista d'esta
cidade, e ficando no reino fundou a povoação de Villa-verde, que seus descendentes pos
suiram por muitos annos, até que passou por venda que d’ella fizeram aos Gomides.
São suas armas em campo vermelho tres flores de liz de oiro em roquete, com um cres
cente de prata no centro; timbre um alão de prata nascente, com uma coleira sanguinea
guarnecida de oiro, e uma flor de liz na garra direita.
ALBERGARIA. Procedem os Albergarias de Paio Delgado, instituidor ou funda
dor da albergaria que antigamente houve em Lisboa. Foi fidalgo do tempo de el-rei D. Af
fonso Henriques.
São suas armas em campo de prata uma cruz sanguinha aberta, com uma orla do mesmo
metal dividida por um filete preto carregado de oito escudinhos das quinas do reino; tim
bre um dragão sanguinho volante, que alguns lhe carregam no peito uma cruz de prata
como a do escudo.
ALEMO. Tem o escudo escaquetado de oiro e azul, de seis pecas em pala e cinco
em faxa ; timbre duas tochas accezas em aspa, atadas com fita azul.
V. Espelho da\Nobreza, por Francisco Xavier da Serra Craesbeeck.
ALMA. Este appellido é de urna familia antiga, que nao sabemos que exista
boje. D'ella foi o bispo D. Gil Alma, prelado de Coimbra. „
Sao suas armas em campú azul tres faxas de oiro ; timbre duas tochas de oiro accezas
postas em aspa, atadas com um troçal azul.
No livro antigo dos reis de armas acba-se out ro escudo do mesmo appellido,
que vem a ser : em campo sanguinbo seis tochas de oiro accezas, postas
em duas palas ; timbre duas tochas em aspa atadas com troçal azul ;
pode ser que algum ramo d'esta familia as usasse.
ALMADA. O appellido de Aunada foi tomado da villa d'esté nome : n'ella vivia
no reinado de el-rei D. Pedro i Joanne Annes, a quem chamaram de Almada por ser alli
morador, o quai foi vedor da fazenda do dito rei, e de seu fllho D. Fernando ; procédera
d'elle as casas que ha d'esté appellido.
Sao suas armas em campo de oiro urna banda azul carregada de duas cruzes de oiro
abertas e floreteadas, e nos vaos em contrabanda duas aguias sanguinhas armadas de
preto; timbre urna das aguias.
Sao as mesmas doe Abranches.
ALMEIDA. A villa de Almeida deu o appellido a esta familia, que tem n'este
reino casas illustrissimas, de que sairam egregios prelados e valerosos generaes.
Sâo suas armas em campo vermelho seis besantes de oiro entre urna cruz dobre, e bor-
dadura do mesmo metal ; timbre urna aguia vermelha besantada de nove besantes, sendo
tres no peito e tres em cada aza.
ALPOEM ou ALPOIM. E familia de Franca, que procede de Godofre du Puy, que
veiu a este reino no tempo de D. Affonso Henriques.
Sao suas armas em campo azul urna lúa de prata com as ponías para baixo, e urna
orla vermelha lisa ; timbre urna ade de sua cor, com o bico de oiro e os pés de vermelho.
Fr. Leào de S. Thomaz na sua Benedictina traz este escudo corn a lúa
eanguinha. As armas antigás d'esta familia eram em campo azul cinco
flores de liz de oiro, em santor ; timbre um braco vestido de azul tendu
na inao unía fita, com esta letra — Nostra Dama de Poym.
X ALTAMERANO — ALVARES
ALTE. Este appellido foi dado por el-rei D. Joäo HI ao doutor Bernardino Es-
tevens, juiz dos feitos da Fazenda e depois desembargador do Paco, a quera fez fidalgo de
solar, dando-lh'o na sua quinta da Salsa de Alte, sita no termo da villa de Serpa, por carta
de 21 de fevereiro de 1550.
Sao suas armas em campo de prata nove flores de liz vermelhas em tres palas ; timbre
urna das mesmas flores '.
Possuiam últimamente esta casa os guardas-moros da Casa da India e armadas.
1 No liv. iv de Privilegios de el-rei D. Joäo ш а а. 143 ее encentra a carta pela quäl Ihe é feita a
merci": de fidalgo e nobre de solar conhecido, etc.; porém nao menciona o brazáo, nem tamponco este se
acha registrado. A mesma carta diz, que Ihe havia de ser paseada depois outra de brazâo, a qual se nao
encontre. — Pegado.
ALVIM. Esta familia (cujo solar é a térra de Alvim, de que tomou o appellido,
quatro leguas dislante de Ponte de Lima) é urna das antigás e illustres d'esté reino. Foi
d'ella, e herdeira da principal casa dos Alvins, a condessa D. Leonor de Alvim, mulher
do condestavel D. Ñuño Alvares Pereira, e por esta razâo possue hoje os seus bens a se-
renissima Casa de Bragança.
Sâo suas armas esquarteladas ; o primeiro qmrtel xadrezado de oiro e vermelho de
quatro pecas em faxa e outras tantas em pala; no segundo em azul cinco flores de liz de
oiro, em santor, e assim os contrarios ; timbre um leâo de oiro nascente com urna flor de
liz azul na mâo.
ALVO. Procedem os Alvos de Esleváo Alvo, portuguez alentado da cidade do
Porto, que achando-se em Flandres na cidade de Anvers ao lempo que Martim Van Ros
rebellado Ihe poz cerco, elle a defendeu animosamente, de sorte que madame Marie, filha
do duque de Brabante, que entâo a governava, querendo mostrar-se agradecida, enlre ou
ïras mercês Ihe deu por armas em campo azul um leâo de oiro, alravessando por cima
de ludo urna banda sanguinha carregada de 1res rosas de prala e colicada de oiro ; tim
bre duas azas vermelhas e entre estas urna rosa como as do escudo.
AMADO. Este appellido começou em nome proprio, como se acha em muitas
partes do Nobiliario do conde D. Pedro. Foram os Amados senhores de Penella, alcaides
ХП AMADOR — ANAILHA
mores de Penedono, e possuidores dos morgados de Valbom, nos cou los de Alcobaça.
El-rei D. Fernando deu a Gonçalo Mendes Amado, senhor de Penella, as seguintes armas :
Um escudo esquartelado ; no primeiro quartel em campo azul urna aguia de oiro esten
dida, armada de negro ; no segundo em campo verde urna banda de prata armiuhada de
seis arminhos, e assiin os contrarios; timbre a aguia do escudo carregada de seis armi-
nhos negros no peito.
AMADOR. E familia de Florence, que passou a Portugal no tempo de el-rei
D. Manuel. O mesmo senhor conQrmou a Benoco Amador as armas de sua familia em 25
de abril de 1514.
Slo suas armas em campo azul urna cólica de oiro columbreada entre duas de prata
direitas, postas todas em banda, e nos vaos em contrabanda duas estrellas de oiro de oito
ponías; timbre um pavâo de suas cores naturaes, com a cauda aberta e a cotica de oiro
no bico, que Ihe da duas voilas no pescoço estando presa por urna ponía a um pe '.
Acham-ee na Torre do Tombo, liv. vi de Místicos, fl. 129. V. Archivo, u.' 393.
1 Difiere muito do que se vé descripto na carta de brazào de armas passada ao dito Benoco Amador.
AMARAL. É familia anliga, que tem seu solar na provincia da Reirá, na quinta
ou villa de Amaral, de que tomou o appellido.
Sao suas armas em campo de oiro seis lúas minguantes azues cora as ponías para
baixo, postas em duas palas ; timbre um leao de oiro com urna clava ou maca de armas
ñas raaos, com o cabo azul e o ferro de prata.
AMARAL, de PEDRO RODRIGUES. Pedro Rodrigues do Amaral, protonotario e
conde palatino, foi d'esta familia dos Amaraes, que faxende um grande service ao impera
dor de Constantinopla André Paleólogo, este monarcha entre outras mercês Hie deu armas.
Sao estas em campo vermelho um leao de oiro nascente, coroado do mesmo metal e ar
mado de prala, com urna espada levantada na mäo, leudo a follia de prata e copos de
oiro ; chefe colorido de azul com urna aguia de oiro coroada do mesmo, e aberta com duas
cabeças; timbre o leao do escudo com espada.
Alguna querem que a este Pedro Rodrigues во Ihe accrescentassem o escudo
dos Amaraes, partindo-o em faxa ; na de cima o lefio nascente como fica
dito, e na de baixo as seis lúas em campo de oiro. V. Archivo, n.° 2209.
AMORIM. Os Amorins sao oriundos do reino de Galliza, onde sao fidalgos noto
rios. O seu solar é no couto de Amorim, no termo da cidade de Tuy; passaram a Por
tugal por varias vezes, e n'este reino tem casas muito distinclas e morgados opulentos.
S3o suas armas em campo vermelho cinco cabecas de moiros de sua cor, com trunfas
de prata e azul, e com as barbas de oiro, postas em santor; timbre um braco armado
de prata com urna cabeça como as do escudo pendurada pela trunfa.
Acham-se no livro dos reis de armas.
ANAILHA. Escudo em campo de prata unía aguia negra ; timbre a mesma aguia.
V. Espelho da Nobreza, por Francisco Xavier da Serra Craesbeeok.
ANDERZON – ANTUNES XIII
ANGULO. D. João Flores nas suas Genealogias do novo reino de Granada lhe
dá por tronco o infante filho do rei Angulo de Escocia, que por desgostos que teve com
seu pae se passou a Hespanha, onde foi camareiro-mór na côrte dos reis de Leão.
São suas armas em campo de oiro cinco angulos, que são arruelas mais compridas
do que largas, partidas em pala, a primeira de verde e a segunda de prata, postas em
SantOr.
Assim as traz Gonçalo Argote de Molina, Nobreza de Andaluzia, pag.112.
Traz estas armas Villas-boas, Nobiliarchia, pag. 235, e são as de que usam.
O livro de Armaria da Torre do Tombo traz em campo vermelho uma
cruz formada de sete lisonjas de azul coticadas de oiro; timbre a
mesma anta.
ARCAS. Está desde muitos annos extincta esta familia, e se existe em alguma
parte nao temos d'ella noticia. O seu appellido e solar era em um espaçoso territorio que
chamam Valle de Arcas, na provincia do Alemtejo, no termo de Mpnte-mór o novo : teve
grandes soldados e capitâes, que fizeram distinctes services aos reis d'estes reinos.
Sao suas armas o escudo esquartelado ; no primeiro quartel em campo de oiro urna
faxa sanguinha, o segundo xadrezado de vermelho e oiro, de tres pecas em faxa e quatro
em pala, e assim os contrarios ; timbre um galgo preto, assentado, com urna coleira xa-
«Irezada de oiro e vermelho.
Acham-se no livro de Armaría da Torre do Tombo, fl. 17.
ARCE. A familia dos Arces, é oriunda das Asturias de Santilhana, e tem por ar
mas cinco flores de liz picadas de oiro e azul, assentadas em santor, e urna bordadura
composta de duas ordens de escaques de oiro e vermelho. Os Arces de Villerias tem por
armas urna ponte sobre ondas, e em cima da qual e ao lado direito um castello, e no op-
posto urn cypreste.
Nobiliario de los rtynos y señoríos de España, por D. Francisco Piferrer,
torn, n, pag. 27, e torn, y, pag. 96. £ o mesrno descrevem outros aucto-
res. V. Archivo, n.» 1430.
ASCO — AKNAU XV
ARCO. Ё о progenitor d'esta familia Joáo Fernandos do Arco, cujo appellido Ihe
foi dado, dizem uns que por ter ñas suas casas da ilha da Madeira um arco por que se
passava para outras que tinha junto a ellas, e outros que teve este appellido por instituir
em morgado urnas térras que tinha em sitio onde o mar fazia figura de arco, e eram cha
madas as térras do arco; porém fosse um ou outro, que n'isso pouco vai, é certo que foi
pessoa de quem o rei D. Affonso v fez grande estimaçâo, e pelos services que fez ao rei
D. Joâo ii Ihe deu este armas novas.
Sao ellas em campo de oiro a figura de um sagitario, isto é, da cintura para cima a
forma de homem, e para baixo do feitio de cavallo, de cor negra, com um arco e setta
vermelhos, ferro e corda de prata, em accao de atirar; timbre o mesmo sagitario com
arco e seta '.
V. Archivo, n.° 1139.
1 Diffère multo da carta que se acha no livro n de Místicos, Л . 120. — Pegado.
ARCÓLO. Entre as familias e casas dos reinos de Gastella e Leâo de que tracta
Gonçalo Argote de Molina, diz este auctor que se deu executoria em Granada a 2 de ju-
Iho de 1725 a Affonso de Argolo, visinho da cidade de Baeça. Acha-se tambem este ap
pellido na cidade da Babia, onde foi grande personagem Paulo de Argolo, рае de outro do
mesmo nome, dos quaes ha numerosa descendencia, e é verosímil que estes procédant
d'aquelles, porque com os Filippes de Castella, no tempo que dominaran em Portugal,
passaram militas pessoas distinctas dos seus dominios para a capitanía de S. Paulo, e
muitas principalmente da nobreza ; de la passaram alguns descendentes para a dita cidade
da Babia.
S5o suas armas em campo de oiro duas chaves azues, postas em pala, com os arméis
para baixo, orla sanguinha com oito aspas de oiro 2 ; timbre um leâo sanguinho com urna
chave do escudo ñas garras.
V. Nobreza de Andaluzia, pag. 66 e 68.
* Esta descripcSo é duvidoea, pois tem letra différente do original. — Pegado.
mór ou vedor da sua casa, como achamos em outra noticia. A mesma senhora lhe fez
mercê do senhorio de Sernache, Almalagues, e Sobreira.
São suas armas em campo de prata seis leões negros armados de sanguinho, em duas
palas; timbre um leão como os do escudo.
Acham-se no livro dos reis de armas. +"
ARRISCADO. É appelido que houve algum tempo, e hoje se acha extincto por
seguirem outros as pessoas d’esta geração.
São suas armas o escudo xadrezado de nove peças, cinco de oiro e quatro vermelhas.
Acham-se no livro antigo dos reis de armas. Francisco Coelho falla n’ellas,
Villas-boas tambem as explica, mas com a mesma imperfeição que se ob
serva em muitos outros.
ARVELLO. Esta familia é das mais antigas de Portugal, e de quem os reis fize
ram grande estima, mandando-lhe privilegiar as suas casas.
São suas armas em campo vermelho cinco estrellas de oiro de sete pontas; timbre um
urso nascente de sua côr com uma estrella das armas no peito.
Villas-boas na Nobiliarchia, pag. 231, e Francisco Coelho dizem que o tim
bre é um leão nascente, e outros lhe assignam um leão inteiro.
São suas armas em campo azul quatro bandas de prata; timbre uma onça azul ban
dada de prata, em acção de saltar.
ATOUGUIA. Tomou-se este appelido da villa de Atouguia. Os Nobiliarios de
duzem a sua genealogia de D. Roberto de Horne, fidalgo de Flandres, que veiu na armada
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que ajudou a tomar Lisboa ; teve varias alcaidarias-móres, e o senhorio de muitas terras.
Sâo suas armas em campo vermelho urna cruz cha firmada e bordadura de oiro, e em
cada um dos vaos urna flor de liz do mesmo metal; timbre um leáo vermelho nascente
armado de oiro.
AUSTRIA. Nao nos consta que haja hoje este appellido em Portugal; parece que
André Rodrigues de Austria, que registrou as suas armas nos livros da nobreza, nao dei-
xaria successao, porque a deixal-a nao haviam os descendentes perder táo illustre me
moria.
Sao estas armas ó escudo partido em pala; na primeira em campo de oiro meia aguia
de negro armada de sanguinho, na segunda em campo vermelho duas faxas de prala;
timbre um pescoço e cabeça de aguia com o bico de oiro e a lingua sanguinha.
Acham-se no livre antigo dos reis de armas.
oiro, o superior da esquerda interceptado por tres faxas vermelhas, e carregadas de qua
tro olhos sombreados de azul, e dispostos em banda sobre campo de prata, e assim os
seus alternos; a esquerda carregada de seis costellas de prata, colocadas em duas pa
las de tres cada uma sobre campo vermelho; timbre uma aguia negra estendida sobre o
coronel de conselheiro de estado.
M. N. concedida por alvará de 9 de outubro de 1860 a Antonio José de Avila,
que hoje é marquez de Avila e Bolama. V. Archivo, n.º 215.
* Admira que concorde na data, e não na descripção do brazão, pois que a carta que se acha regis
trada com aquella data menciona o brazão descripto por Francisco Coelho, e ainda este com alguma
alteração. — Pegado.
Sao suas armas em campo de prata urna azinheira verde com fructo de oïro; timbre
a mesma azinheira.
Villas-boas Ihe assigna estas armas, bem como Francisco Coelho e о livro
antigo dos reis de armas. V. Nobiliarchia portugueza, pag. 240.
AZORERO ou AZUREIRA. Esta nobre linhagem teve seu antigo solar ñas mon-
tanhas de Navarra, cerca de S. Juan-Pic'-de-Puerto, d'onde se estenderam em Araglo,
Murcia, e membros d'esta familia vieram mais tarde para Portugal.
Sao suas armas o escudo partido em pala ; a primeira de prata com urna aguia esten
dida, a segunda lisonjada de oiro e vermelho ; bordadura de azul com oito estrellas de
oiro ponías de oiro.
В
BACELLAR. A torre de Bacellar (sita na freguezia de Santa Eulalia do Cardal,
termo da villa de Valença do Minho) deu o appellido a esta familia ; chamou-se de Ba
cellar por ser fundada em térra de bacellada. É familia das primeiras e mais nobres que
houve nos principios d'esté reino, começando em Martina Affonso, no reinado de D. Af-
fonso ni, o quai levé por filho Gil Martins de Bacellar, que serviu el-rei D. Diniz em va
rias occasióes. Tiveram os Bacellares os senhorios de S. Fins, paco e couto de Lara, torre
de Lanhelas e o morgado de Barbeita.
Sao suas armas em campo de oiro dois bacellos ou vides retorcidas de sua cor, cora
folhas verdes e quatro cachos de purpura ; timbre um leopardo de oiro nascente com urna
folha de vinha sobre a cabeça. Outros Ihe dao por timbre um dos bacellos das armas.
BADAJOZ. Esta familia é oriunda da cidade de Badajoz, onde tcve o seu
solar; passon a Portugal, e Jorge Fernandos de Badajoz, sendo morador em Lisboa,
obteve de el-rei D. Joâo m que Ihe confirmasse suas armas por carta de 15 de outubro
de 1530.
Sao estas em campo de oiro a imagem de S. Joáo Baptista em pe, descalco, vestido de
pelles e com capa vermelha, e um castello de prata com frestas de preto na mao direita
e mostrando-o com a mao esquerda.
BAENA. Esta familia descende de D. Fernam Rodriguez de Baena Cabrera y
Castro, que foi um dos mais esfnrçados cavalleiros do seu tempo, distinguindo-se princi
palmente na defeza da villa de Raería, d'onde tomón o appellido. Foi nomeado alguacil-
mór da dila villa, e íundou na inosma varias casas solarengas. El-rci D. Fernando iv, em
recompensa de seus grandes services e assignaladas façanhas, o nomeou senhor de Mar-
BAHAMONDE — BALDAIA XXI
chena e dos herdamentos e vassallos de Cordova, Baena e Castro do Rio, como consta
da carta regia outorgada a seu favor em 22 de agosto de 1335. V. Archivo heráldico,
por D. Francisco Piferrer, torn, i, pag. 98. Este mesmo auctor, no seu Nobiliario dos rei
nos e senhorios de Hespanha, diz que este D. Fernando Rodrigues de Baena descendía
de el-rei D. Rodrigo, filho de Theodofredo, duque de Cordova, etc. Foram estes os pro
genitores de D. Fernando de Baena, Odalgo da cidade de Sevilha, que vindo para Portu
gal, foi residir na villa de Odemira, no Algarve, e ahi exerceu varios empregos honorifi-
cos, como o de vereador da Cámara da mesma villa, etc., e casou com D. Maria Ponce, que
descendía do conde D. Vel Ponce. Teve d'esté matrimonio D. Francisco de Baena, que
casou com D. Leonor de Barbuda, filha de Ruy Filippe de Barbuda, commendador de
Pedrouços e senhor do morgado do Paco velho (assim chamado por el-rei D. Manuel ha
ver ahi jantadp algumas yezes). Houve o dito D. Francisco, D. Maria de Baena e Bar
buda, filha única e herdeira de sua casa, que casou com Pedro Alvares Sanches, o qual
em 1613 tirou brazâo de suas armas (como se vé descripto no titulo de Sanches), flcando
por similhante modo esta familia representada em Portugal pelos Sanches, e assim foi
que Joao Sanches de Baena, filho d'aquelle matrimonio, mandou em 1613 tirar em Ma
drid o brazâo de armas dos Baenas, como se acha registrado no Real Archivo, a fl. 278
do liv. XVIH, que vem a ser : escudo partido em pala ; na primeira em campo de prata
doze lisonjas vermelhas, na segunda em azul um lelo de oiro, rompente, orla de oiro
carregada de oito arruelas de vermelho; timbre um braco armado de prata com urna
lança na máo enristada com urna arruela do escudo na ponta.
BAHAMONDE. Esta familia é do reino de Galliza, tem a mesma origem dos Fa
jardos, Biveiros e Gallegos dos condes de Monterroso.
Sao suas armas em campo azul um — M — de oiro coroado do mesmo metal, orla ver-
melha com sete peixes de prata, sendo tres na parte inferior.
Acham-se em Gonçalo Argote de Molina, Nobreza de Andaluzia, fl. 270 : e
diz este auctor que o — M — coroado allude á infanta D. Melicia, de
Inglaterra, que casou com o conde D. Rodrigo, genhor de Monterroso
e progenitor d'esta familia.
BALEATO. Tem esta familia por armas era campo de prata urna torre de azul
saindo de um mar de sua cor, em que apparecem tres peixes de prata entre dois vena
blos de verde com os ferros pretos, postos direitos para o ar.
Acham-se uo livro dos reía de armas.
BANDEIRA. Foi o primeiro d'esté appellido Gonçalo Pires Bandeira, a quem el-
rei D. Joao n o deu por restaurar a bandeira real d'esté reino na batalha de Toro, e ar
mas proprias, que sao : em campo vermelho urna bandeira de oiro franjada de prata, com
um leäo azul armado de sanguinho e a bandeira enliada em urna baste de oiro com os
ferros da sua cor; timbre a bandeira do escudo.
Asaim constam da carta de mercê d'estas armas, que está registrada na Torre
do Tombo '. Nao se deve seguir a exposiçâo que d'ellas faz Villas-boas.
BARBA e BARRA-LONGA. É familia das antigás d'esté reino, onde sempre leve
nobreza, que se alliou com os Alardos.
Sâo suas armas em campo de prata urna cruz prêta florida e vasia, entre dois ramos
de liera, que principiando no fundo do escudo se vao estendendo em orla até se juntarem
no meio do chefe e sao de verde ; timbre um moiro nascente vestido de verde, trunfa de
prata e vermelho, barba comprida e as mâos sobre o peito, descancada urna sobre a outra.
Acham-ee no livro da Torre do Tombo, fl. 26.
Sao suas armas em campo de oiro urna banda formada de fuzellas de vermelho e um
unicornio da mesma cor trepando por ellas ; timbre o unicornio nascente.
El-rei D. SebaatiSo as maudou registrar no livro dos reis de armas, onde se
acham.
Sao suas armas em campo vermelho cinco leöes de prata, cada um com duas faxas xa-
drezadas de oiro e vermelho, postas em santor; timbre um dos leöes do escudo.
Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 28.
BATALHA. Tem por- armas em campo azul tres labaredas de fogo postas em
roquete; timbre urna das labaredas do 'escudo.
Assim as descreve José Freiré Monterroio Mascarenhas nos seus escriptoe .
genealógicos.
res de liz do mesmo metal; timbre uma aspa de vermelho com duas flores de liz nas
pernas superiores.
Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 20. Os Bejas Sampaios esquarte
lam o escudo; no primeiro quartel põem as armas referidas; no segundo
em campo de prata uma aguia de preto estendida, e assim os contrarios;
timbre a aguia.
1 A carta que se acha registrada no liv. I, fl. 23 v., de D. Filippe I, differe na descripção d’estas ar
mas, e tem a data de 28 de janeiro de 1583. — Pegado.
mou suas armas por carta de 5 de novembre de 1524. Sâo estas em campo vermelho,
nma banda azul coticada de oiro carregada de très flores de liz de prata; timbre um braço
vestido de vermelho com urna das lizes na mâo. Passaram as ilhas, e na da Madeira se
estabeleceram.
Acham-ве com alguma differença na Nobiliarchia Portugueza.
BISCAINHO. Esta familia tem por armas em campo de prata urna arvore verde
copada, e ao pé dois lobos negros armados de vermelho; timbre a arvore.
V. Eepelho da Nobreza, por Francisco Xavier da Serra Craesbeeck.
ХХУШ BIVAR — BOCABRO
BIVAR. E o solar d'esta familia na villa de Bivar em Castella a velha, celebre
рог n'ella ter nascido o Cid Ruy Dias, honra de Hespanha e seu progenitor, e de quern
procedeu Luiz Gonçalves Cid, terceiro avô de Diogo Fernandes Cid de Bivar, que no anno
de 1575 fez sua justificaçâo, e se Ihe passou seu brazâo de armas.
Sao estas о escudo cortado em faxa : a primeira partida em pala, a primeira d'estas
esquartelada ; no primeiro em campo vermelho um castello de oiro, no segundo em prata
um leâo sanguinho, assim os contrarios; na segunda pala em campo de oiro quatro palas
ou bastöes sanguinhos ; na segunda faxa em campo vermelho urna azinheira verde perfi
lada de oiro com raizes de prata, e junto d'ella um leâo de oiro; timbre um leâo com um
ramo de azinheira ñas garras.
Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 18.
com oito raios em chefe entre as cabeças de urna aguia de prata, coreadas as cabeças de
urna corôa de oiro. Na de baixo em campo azul cinco cabeças de reis moiros com corôas
de oiro e barbas do mesmo metal, cortadas em sangue, postas em tres palas, e na pala
do meio em logar da cabeça um crescente de prata com as ponías voltadas para a es-
querda do escudo; timbre a estrella do escudo.
BODE. Achamos em urna memoria antiga que foi chefe d'esta familia um Ma
nuel Bode : o appellido foi sem duvida alcunha.
Sao suas armas em campo de oiro um monte de sua cor, no alto d'elle um carvalho, e
subindo pelo monte um bode negro; timbre o mesmo bode.
Outros as descrevem d'esta sorte : em campo de prata um carvalho da sua cor, sobre
um monte ; e junto do carvalho um bode de negro andante, e em roda do escudo da
parte de fóra um listáo de purpura com esta letra de prata : Quem a boa arvore se chega,
boa sombra o cobre.
BON. Escudo de campo vermelho, urna banda de oiro carregada de um
urso de negro.
Alguns querem que Bueno seja sinónimo d'esté mesmo appellido.
BONINE, BONNIN ou BONNINE. A familia com este appellido é oriunda de
Franca, tem por armas escudo de oiro com tres cabeças de urso dilaceradas, acamadas e
encorrentadas, de negro.
BORGES. Esta familia segundo a opiniáo do licenciado Manuel Barbosa no seu
Livro da origem das familias de Portugal, etc., etc., procede de Rodrigo Annes (a quem
nos por melhor informados chamaremos Gonçalo Annes) que serviu a Filippe u, o Augusto,
reí de Franca ; defendendo com valor a cidade de Bourges, estando sitiada pelos inimigos,
de que procedeu ser conhecido n'aquelle reino pelo cavalleiro de Bourges, etc. Gon
çalo Annes, diremos nos, descendía do tronco da linhagem dos Regos, muito illustre em
Portugal; passou effectivamente a Franca e serviu aquelle monarcha por quem foi man
dado a soccorrer a praça de Bourges na provincia de Berri, que entáo se achava dominada
pelas armas inimigas, e táo bem fortificada, que parecía inexpugnavel, na opiniao dos
generaes d'aquelle tempo.
No entretanto Gonçalo Annes á frente das tropas que foram confiadas ao seu commando,
nao so tomou a praça como desbaratou o inimigo. Pelos actos de bravura e estrategia que
alli praücou foi armado cavalleiro pelo dito rei, e agraciado com um brazâo de armas
allusivo aquelle feito, corn о appellido de Bourges, о quai os seus descendentes ainda hoje
conservam : e vem a ser no escudo em campo de sangue, um leäo de oiro bataillante armado
de preto, e urna bordadura de azul semeada de dez flores de liz de oiro; timbre um
meio leopardo com urna flor de liz de sangue na testa.
Voltando a Portugal (como ja dissemos) sua patria, depois da morte de Filippe, o Au
gusto, fez assento na Torre de Moncorvo onde casou com Gracia Mendes, filha herdeira do
senhor da dita Torre, de quem teve numerosa successáo.
Este appellido de Bourges foi usado por alguns de seus descendentes, mas como em
portuguez sôa melhor Borges, foi com o tempo supprimido о — u — e íicou sendo como
hoje se diz e escreve.
Diogo Borges, senhor de Gestaço e Penajoia, commendador do Torráo, senhor da
térra d'Alva e de Reriz, etc., foi quinto neto do referido; o filho d'esté, Ruy Bor
ges, foi alcaide-mór da villa de Santarem por carta de el-rei D. Affonso v de 20 de maio
de 1440, do conselho do mesmo rei, senhor das térras de seu рае, e de muitas ou
tras, e de varios padreados, etc., etc., tendo casado com D. Antonia Telles de Mene-
zes, filha do mestre da ordern de Christo, o grande D. Lopo Dias de Sousa, illustre
XXX BORRALHO — BOTELHO CALADO
ascendente dos condes de Miranda, marquezes de Arronches e duques de Lafoes; leve
successao.
BORRALHO. É familia antiga, e nobro n'este reino desde o tempo do rei D. Joáo i;
seus membres serviram na casa real e liveram o foro : viveram em Fronteira, Elvas, Cas-
tello-branco, Cintra, Traz-os-montes e Lisboa; e em todas estas partes tiveram morgados.
A ella pertenceu Heitor Borralho, que no reinado de D. Joao и entrou em varias expedi-
coes. Pertenceu tanibem a esta familia Antonio Borralho Murca, a quem se passou brazáo
de suas armas em 1748.
Sao estas em campo azul tres estrellas de oiro de oito raios postas em roquete, chefe
do mesmo metal dentado pela parte inferior.
Acham-se no livro autigo dos reis de armas.
BOVADILHA. Esta familia é castelhana; tem o seu solar na villa de Medina del
Campo, e era cabeça d'ella o conde de Chinchón.
Sao suas armas esquarteladas; no primeiro quartel em campo de prata um castello
vermelho ardendo em fogo, que Ihe sae pelo alto e portas; no segundo em vermelho urna
aguia de prata estendida, e assim os contrarios; timbre um castello como os do escudo.
Acbam-se no livro antigo dos reis de armas, e tambem as traz Villas-boas
na Nobiiiarchia,
BRAGANÇA. Este appellido foi tomado da cidade de Bragança de que foram se-
nhores varios fklalgos d'esté reino até que últimamente el-rei D. AlTonso v a deu a seu
tio D. Affonso que foi o primeiro duque d'esta casa lioje reinante.
As armas de que usa este appellido sao em campo de prata urna aspa vermelha carregada
de cinco escudetes de prata, e em cada um cinco escudmhos de azul em cruz, e n'estes
em cada urn cinco bezantes de prata em aspa ; timbre um cavallo nascente de prala com
as redeas de oiro e córrelas vermelhas, coin tres lanzadas no pescoco vertendo sangue:
d'estas armas usaram os primeiros duques até D. Jayme, que sendo jurado principe her-
deiro do reino usou das armas reaes corn sua divisa, e assim as ticaram usando os mais
duques seus descendentes até que D. Joao iv pela sua exaltaçâo ao tbrono tirou a divisa.
BRAGA. Este appellido foi sem duvida tirado da cidade de Braga d'onde pro
cede muita íidalguia d'esté reino ¡.
Sao suas armas em campo vermelho urna torre de prata com portas e frestas de negro;
timbre um braco vestido de verde, com urna braga com sua cadeia de oiro pendurada na
mâo em acçâo de dar com ella.
l Conte-se que esta familia tivera principio em um cavalleiro, que sendo captivo em urna acçâo dada
contra os mouros, e mettido por estes em urna torre, e preso com urna braga para melhor o segurarem,
aproveitou a occasiào em que a sentinella dormía, para matal-a com a propria braga, desfazendo de pois
a roupa da cama em tiras, e por ella conseguiu dcscer da torre, indo apresentar-se ao ejercito christào,
que o acolheu com grande alegría. Este caso è, narrado no diploma do brazâo de armas, que em 1647 se
paseou ao doutor Sebastiào de Carvalho, fidalgo da casa real e desembargador da Casa da supplicaçào.
cinco brandöes accesos de oiro, postos em santor; timbre tres dos referidos brandöes
atados em roquete, com urna fita azul.
BRANDOES, de DUARTE BRANDÄO. Estes Brandoes têem différente origem, porque
Duarte Brandâo era de Inglaterra, para onde tinlia tambem passado de Normandia outro
ramo d'esta familia. De Inglaterra passou a Portugal no tempo de el-rei D. Affonso v, por quera
foi naturalisado em 1479, confirmado por D. Joâo n em 1485 e por ü. Manuel em 1497.
Sao suas armas em campo azul dois dragôes de oiro bataillantes com os pescoços e
rabos repassados armados de sanguinho; timbre os mesmos dragôes. Em urna memoria
que vimos de José Freiré Monterroio, se diz que o timbre é meio cavallo marinho.
D. Joao u deu o senhorio de Buarcos ao sobredito Duarte Brandao, e o fez
administrador das capellas de el-rei D. Affonso rv, e do seu conselho.
El-rei Duarte v de Inglaterra Ihe assignou as arma» ácima descriptaa
(que tambem se acham no livro da Armaría da Torre do Tombo e em
Villas-boas) em memoria de um desafio, que este fidalgo teve e venceu
perante o mesmo rei, e pelo service que Ihe fizera na guerra contra
Franca. O mesmo fidalgo foi cavalleiro da Jarreteira, capitâo das ilhas
de Grauache, e de tanta estima, que estando na comitiva do rei de In
glaterra uando este se avistou com o de Franca, comeu com elles á mesa.
Teve tambem a comnienda de S. Verissimo de Lagares. Torre do Tombo,
livro de Armarías, fl. 18 '.
1 Esta nota acba-se com letra différente do original. — Pegado.
BRITO, e BRITEIRO. A familia dos Britos é mais antiga que o nome de Portu
gal, porque na era de 1033 fez Arthur de Brito urna longa doacao ao mosleiro que fun-
dou no julgado de Vermoim. Tem n'este reino varias casas de que existe a varonía na
dos viscondes de Villa-nova da Cerveira, depois marquezes de Poníe de Lima. Os Britei-
ros, supposto que sejam familia différente, nao consta que tenham armas proprias, e assim
teem usado das dos Britos.
Sao suas armas em campo vermelho nove lisonjas de prata, em 1res palas, cada urna
carregada de um leào de purpura ; timbre um leào lisonjado de prata e vermelho, que al-
guns fazem vermelho, com unía lisonja de prata na espadoa.
Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 13.
BROUN, ou BRUN. O primeiro que em Portugal foi conhecido com este appellido
foi Guilhelmo de Broun, flamengo, que viveu na ilha da Madeira, e levé muita descendencia.
As suas armas sao : escudo de azul com tres flores de liz de oiro ; outros trazem es
cudo de sinople com nove bandeiras de oiro, quatro, très, duas, chefe de preto burelado
de prala.
Ha em Franca varias familias com este appellido, mas com armas différentes.
BUZIO, e BUGIO. Esta familia foi das principaes da cidade de Elvas: não se
sabe se era oriunda d’ella ou se veiu de fóra. Foi poderosa em bens, instituiu morgado,
e fez a capella de Nossa Senhora do Rosario, da freguezia do concelho de S. Domingos,
da mesma cidade, onde tem sepulturas com letreiros e armas.
São estas em escudo xadrezado de oiro e azul quatro palas vermelhas, que outros di
zem ser tres; timbre duas buzinhas de negro, com os bocaes e guarnições de oiro, pos
tas em aspa, atadas com uma fita azul.
Acham-se na Torre do Tombo, fl. 63, por carta passada a Fernando Lou
#"}, dos Buzios, em Evora a 27 de julho de 1537. Reg, na Chanc. de
D. João III, liv. xxIII, fl. 82v.
C
CAÃO, ou como outros escrevem CAM. Esta familia é antiga, porque já no rei
nado de D. Affonso IV era padroeiro do mosteiro de S. Simão da Junqueira Lourenço Caão,
e D. Gaspar Caão foi o primeiro bispo de S. Thomé. A Diogo Caão, cavalleiro da casa
real, neto de Gonçalo Caão, deu el-rei D. João II em 14 de abril de 1484 (em memoria
de dois padrões que levantou na bôca do rio Zaire e no cabo do Padrão, duzentas leguas
além do reino do Congo, que então achou, sendo mandado pelo mesmo rei a descobrir a
costa de Africa além do cabo de Lopo Gonçalves) as armas seguintes: — Escudo em campo
verde duas columnas de prata ou padrões levantados ao alto sobre dois penhascos, e so
bre cada columna uma cruz singela de azul; timbre as duas columnas ou padrões em
aspa, atadas com um torçal verde.
Usa das mesmas armas a familia do appellido Padrão. V. Archivo, nº 543.
çalo Dias de Quevedo, sexto avô de Manuel Correa de Quevedo, cuja linha se conservou
sem corrupção no appelido. Porém sendo tambem filho do dito Gonçalo Dias de Quevedo
Jorge de Quevedo, e passando seus descendentes para Setubal, n'aquella terra se corrom
peu o Quevedo em Cabedo, appellidando-se assim este ramo ha muitos annos.
São suas armas o escudo partido em pala; a primeira cortada em faxa, na de cima em
campo azul tres flores de liz de oiro em roquete, na de baixo em campo de prata uma
caldeira negra; a segunda pala de azul com uma bandeira de duas pontas, uma sangui
nha com um crescente de oiro, a outra de prata com um crescente sanguinho, enfiada em
haste de oiro; timbre uma flor de liz de oiro.
Acham-se em D. João Flores, tom. II, arv. xI, fl. 167, § 17, e no livro dos
reis de armas.
CABRAL. Esta familia já no tempo dos primeiros reis d’este reino occupava dis
tinctos cargos; n’ella permaneceu o senhorio de Belmonte e o de outras terras, sendo a
maior prerogativa que teve o não dar homenagem dos castellos que se lhe entregavam.
São suas armas em campo de prata duas cabras vermelhas passantes, armadas de ne
gro; timbre uma das cabras.
• Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 13.
-
CABRAES, de JORGE DIAS CABRAL. Jorge Dias Cabral foi da familia dos Ca
braes e filho de Fernão Velho Cabral, alcaide-mór de Belmonte. Passando a servir o im
perador Carlos v nas guerras de Napoles, aquele monarcha entre outras mercês que lhe
fez, deu-lhe armas novas, que el-rei D. João III confirmou ", e que são : em campo ver
melho quatro lanças de oiro com os ferros de prata, postas em pala, acima das lanças
um estoque de prata com a guarnição de oiro, em faxa, e acima d’este em chefe uma
cruz de oiro como a da ordem de Christo; orla verde com quatro adagas de oiro nos can
tos com os ferros de prata, e nos quatro vãos que ficam em cruz cada um com sua ar
madura de braços de prata, divididas em duas palas, com as mãos de sua côr, postas em
aspa; timbre
feridas um cavallo russo nascente com freio de oiro, corrêas vermelhas e quatro
no pescoço. •
CACERES. Tem esta familia passado por diferentes vezes de Castella, da villa
de Caceres, d’onde é oriunda, a Portugal; neste reino foram senhores de seis villas. El
rei D. Affonso v deu a Alvaro Gonçalves de Caceres, seu leitor de chronicas, as seguin
tes armas: em campo de oiro uma palmeira verde, que nasce de um monte de sua côr,
e em chefe uma estrella vermelha; timbre a palmeira ".
Acham-se no livro antigo dos reis de armas. V. Archivo, n.° 47.
1 O registro d'esta mercê difere na descripção das armas, e é de 23 de junho de 1459. — Pegado.
. CALAÇA. Esta familia é uma das que primeiro povoaram a ilha de S. Miguel,
onde hoje existe.
São suas armas em campo azul um leão de oiro armado de vermelho; timbre o mesmo
leão.
Acham-se no livro dos reis de armas.
CALADO. Este appellido procede de alcunha; não se acha até o tempo de el-rei
D. Affonso IV, em que viveu Lourenço Calado, vedor das justiças na Beira; é sem duvida
que procedem dos Botelhos, e por isso usam das suas armas.
São estas em campo de oiro quatro bandas de vermelho; timbre um leão de oiro nas
cente com as quatro bandas do escudo.
Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 33.
deira, mas não a que lhe attribuem da caldeira que se tomou aos castelhanos na batalha
de Aljubarrota, porque já antes havia este appelido.
São suas armas em campo azul uma banda de prata carregada de tres caldeiras negras
com os bocaes de oiro, entre duas flores de liz tambem de oiro; timbre uma caldeira e
sobre o aro d'esta uma flor de liz de oiro, como as do escudo. Alguns trazem por tim
bre um braço armado de prata com uma caldeira do escudo na mão, pegando-lhe pelo
fundo.
Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 20.
CAMARA. Supposto seja antigo este appelido nas Asturias, d’onde passou a Por
tugal, e n'este reino se corrompeu em Cambra, a familia de que tratamos é mais moderna,
ainda que descenda por linha feminina destes Camaras. Foi o chefe d’esta João Gonçal
ves da Camara de Lobos, a quem el-rei D. Afonso V deu armas em 4 de julho de 1460,
e cujos descendentes são as primeiras casas d’este reino, como é constante.
São suas armas em campo negro um monte de sua côr, sobre elle uma torre de
CAMBA — CAMOES XXXIX
prata entre dois lobos de oiro, arrimados a ella; timbre um dos lobos; a torre deve ser
coberta.
Acham-se na Torre do Tombo, liv. ш de Mistic., fl. 56 v. V. Archivo, n.° 1164.
CAMOES. É familia oriunda de Galliza, onde é sua a illustre casa dos Camanhos,
que assim se appellidam ifaquelle reino. Passou a Portugal Vasco Pires de Camanhos ou
Camöes, e scus descendentes instituiram n'este reino dois grosses morgados no Alemtejo.
Luiz de Camöes é intitulado o Hornero Porluguez por todo o mundo pelas suas elcgan-
tissimas obras.
XL CAMPOS – CARCAMO
São suas armas em campo verde uma serpe de oiro, que vai saindo de entre dois pe
nhascos de prata, armada de vermelho, de sorte que lhe apparece só a cabeça e pescoço;
timbre o pescoço e cabeça da serpe.
Acham-se no livro antigo dos reis de armas.
CANTO. Esta familia veiu de Inglaterra na pessoa de João de Kant, que pas
sando a Galliza com seus filhos ficaram estes naquelle reino, e depois seus descendentes
passaram a Portugal e ás ilhas dos Açores.
São suas armas em campo vermelho um canto de muralha de prata; timbre o mesmo
Canto e sobre elle na ponta um pombo do mesmo metal.
Acham-se no livro antigo dos reis de armas.
CANTOS, das ILHAS. Este ramo de Cantos procede de D. Pedro Annes do Canto,
que era bisneto de João de Kant, o qual passando á ilha Terceira em serviço de el-rei
-D. João III fundou n’ella dois morgados para dois filhos que teve do primeiro matrimonio
com D. Catharina de Menezes. Estes para se diferençarem dos mais accrescentaram nas
Suas armas sobre o canto uma torre tambem de prata, com suas ameias e quatro bom
bardas na mesma torre lançando fogo, como que se disparam; timbre o mesmo dos Cantos.
Assim constam do livro dos reis de armas. V. Archivo, n.º 2152.
CAPICO. Trazem os Capicos por armas em campo de prata uma lisonja verme
lha carregada de um castello de oiro, e nos quatro cantos cada um com seu leão sanguinho;
timbre um dos leões.
Acham-se no livro antigo dos reis de armas. Estavam em uma sepultura que
esta familia tinha na egreja do convento da Santissima Trindade de
Lisboa, no cruzeiro.
CARDIM. E familia ingleza que passou a este reino com a rainha D. Filippa,
mulher de el-rei D. Joâo i, na pessoa de Roberto Cardim. Fez assento na villa do Torräo,
d'onde se estendeu a outras partes.
Sao suas armas em campo de oiro urna alcachofra com um cardo, tudo de verde ; tim
bre um leao de oiro com um cardo verde na garra direita.
Acham-se no livro antígo dos reis de armas.
CARMONA. Tem por armas em campo azul um banda vermelha, que sae pelas
bôcas de duas cabeças de serpes, as quaes sâo de oiro coticadas e armadas de sangui
XLII CARNEIRO – CARRILHO
nho, e aos lados da dita banda duas flores de liz de oiro, uma em cima e outra em baixo,
nos cantos do escudo e sobre o campo azul ".
1 O livro de que são tirados estes extractos sómente traz o desenho d’este brazão; esta descripção
acima, que combina com o desenho, foi tirada da Nobiliarchia portugueza. — Pegado.
de Castro Xeres, por haver casado D. Fernando, filho de D. Garcia, rei de Portugal e
Galliza, com D. Maria Alvares, senhora d'aquella villa, descendente de Lain Calvo, e de
Ñuño Rasura. Tem em Castella a casa dos condes de Lemos, grandes de Hespanha ; em
Portugal a dos antigos condes de Basto, dos condes de Monsanto, de Mesquitella, senho-
res de Cadaval, a de Boquilobo, e a dos almirantes do reino (condes de Rezende).
Sao suas armas antigás em campo de oiro treze ármelas de azul em tres palas ; tim
bre um leao de oiro nascente.
D'estas usaram os condes de Basto e usam os condes de Rezende, almirantes do reino.
A casa de Monsanto, e as que d'ella procédera, usaram sómente de seis arruelas de azul
em duas palas, em campo de prata. A razáo d'esta difference provena da disputa que ti-
veram D. Alvaro Pires de Castro, senhor das Alcaçovas, com seu tío D. Alvaro Pires de
Castro, senhor de Arralólos; nao querendo que este por ser bastardo trouxesse as armas
dos Castros direitas; e para terminar a questâo ordenou o rei que trouxesse o bastardo
so seis arruelas, e nao treze como os legítimos, e como as trazia a rainha D. Joanna de
Castro, sua tía, mulher do rei D. Pedro de Castella : e o conde de Arraiolos usou d'ahi
por diante so das seis ; e por causa da bastardia as trazem tambera os Castros de Mel-
gaço, como descendentes dos de Fornellos, que tambem pela mesma causa usaram so das
seis. O timbre da casa de Monsanto é um caranguejo de prala arruelado de azul : das
outras casas é o meio leao de oiro, que alguns carregam cora arruelas de azul. Os des
cendentes de D. Alvaro de Castro, filho do grande D. Joao de Castro, vice-rei da India,
tomaram por timbre a roda de navalhas de Santa Catharina, em memoria de ser o dito
D. Alvaro armado cavalleiro á vista do monte Sinai por D. Esteváo da Gama. Ambos os
dois escudos se acham no livro da Torre do Tombo.
CASTRO DO RIO. Esta familia leve principio no reinado de D. Joao m, em que
vivía cora opulencia Antâo Yaz de Castro, рае de Diogo de Castro, e de Luiz de Castro,
ambos fidalgos da casa real e cavalleiros da ordern de Christo, aos quaes el-rei D. Sebas-
tiâo, attendendo aos sens seryicos, deu por solar a sua quinta do Rio de Sacavem com a
denominacáo de Castro do Rio, e por armas em campo de prata duas faxas de agua on
deada, entre nove arruelas de vermelho; timbre meio cavallo marinho, saindo de urna
onda de agua ; o cavallo é castanho.
V. Archivo, a.° 545.
CAVALCANTI. Esta familia é urna das consulares de Florença, d'onde fugiu para
Portugal Antonio Cavalcanti cora seu íilho Filippe pelos annos de 1558, por se haver des-
coberto a traiçâo ou conjuraçâo que com outros seus parentes tinham maquinado contra
o duque Cosme de Mediéis, que havia usurpado a liberdade da república fazendo-se seu
soberano. Passou a Pernambuco o dito Filippe Cavalcanti, onde casou na familia dos Al-
buquerques d'aquella capitanía.
Sao suas armas о escudo de vermelho e de prata ; divididos estes esmaltes por urna
asna de azul, a parte de baixo é de prata, e a de cima de vermelho semeada de flores de
prata de quatro folhas ; timbre um hippogripho de castanho, com azas e levantado sobre os
pés entre chammas de fogo.
Acham-se no livro dos reis de armas.
CERNA. Dizem que veiu de Franca esta familia no tempo de el-rei D. Fernando,
e fez assento na cidade do Porto.
Sao suas armas em campo de prata um leâo de sua cor, que é aleonada, armado de
vermelho, orla vermelha com tres flores de liz e tres castellos, ludo de oiro ; timbre о
leâo do escudo nascente.
Acham-se no livro dos reis de armas.
CHACÄO. Esta familia que em Navarra, onde tem o seu solar, se nomea Facaon,
em Castella se diz Chacón, e em Portugal Chacao ; em ambos aquelles reinos tem casas
muito illustres de que sairam grandes soldados, que ñas guerras contra os moiros obra-
ram proezas. Passaram a Portugal e supposto nâo tenham n'este reino casas da primeira
grandeza, conservaram-se com muita distinccao e com nobreza.
Sao suas armas o escudo esquartelado, no primeiro quartel em campo de prata um lobo
negro amado de vermelho, no segundo em campo azul urna flor de liz de oiro, e assim
os contrarios ; timbre um dos lobos.
Acham-se em Gonçalo Argote de Molina, Nobreza de Andaluzia, u. 234 v.
e no livro dos reis de armas.
CHACU. Nao sabemos que exista hoje este appellido em Portugal ; temos noti
cia que na villa de obidos viveu Manuel da Silva Chacu, clérigo de grande estimaçao e
honra. O appellido parece corrupto de Chacim, o que provam as armas que sao as mes-
mas d'esta familia.
Em campo de arminhos tres bandas de vermelho, que vem a ser o campo de prata se
meado de arminhos negros ; timbre um javali de sua cor bandado de arminhos em tres
faxas.
Acham-se no livro doe reis de armas.
São suas armas o escudo partido em pala; a primeira em campo de oiro com um braço
de leão vermelho e uma estrella tambem vermelha junto das unhas; a segunda em campo
azul com outro braço de leão de oiro com uma estrella tambem de oiro sobre as unhas;
timbre os braços de leão de vermelho em aspa atados com um torçal de oiro e uma es
trella de oiro entre elles.
Acham-se no livro dos reis de armas.
CHAVES. Esta familia fez-se conhecida desde o anno de 1160 em dois irmãos
Garcia Lopes e Ruy Lopes, ambos fidalgos, que ganharam aos moiros a villa de Chaves,
chamada assim por ser a chave de Portugal, por aquella parte, e por esta acção tomaram
o nome da villa por appelido, e em allusão a elle cinco chaves de oiro em aspa com os
aros para baixo em campo vermelho; timbre duas chaves do escudo atadas com um tor
çal vermelho e em aspa.
Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 34.
1 Esta mercê foi feita em Toro a 4 de abril de 1477, e acha-se registrada na chancellaria de el-rei
D. Affonso v, liv. II de Misticos, fl. 57. Difere um tanto na descripção das ditas armas. — Pegado.
1 Esta descripção torna-se duvidosa por ser de letra diferente do original. — Pegado.
leopardos de sua côr, cada um com seu pendão de oiro na mão, o da direita com a aguia
e o da esquerda com a bandeira negra e os besantes das armas".
Consta da sentença do referido João Baptista Corrand, que existia no Carto
rio da Nobreza.
CORVINEL. Esta familia nao é muito antiga, porém é nobre e muito distincta
em Lisboa. A primeira pessoa de que n'ella temos noticia foi Raphael Corvinel da Gama,
рае de Silvestre Corvinel da Gama, de quem procéderait! Chrislovao de Sonsa de Alte, e
seu irmáo Martinho de Sousa da Silva Cunlia e Albuquerque, o primeiro d'estes guarda-
mór da casa da India.
Sao suas armas em campo de prata um castello vermeliio, orla do mesmo metal divi
dida por urna cólica prêta, com sete arminhos tambera pretos ; timbre um corvo de sua
cor.
Acham-se no livro dos reís de armas.
COSTA. A familia de Costas é rauito antiga e nobre. Tem o seu solar na quinta
da Costa na comarca de Guimaráes, corn torre e casa forte, de que foi senhor Gonçalo
da Costa, no tempo de el-rei D. Alfonso i, e o possuiram seus descendentes até ao anno
de 1400 em que o perderam por crimes. E familia muito extensa, que se divide em mui-
tos ramos com casas muito illustres.
Sao suas armas em campo vermelho seis costas de prata firmadas, e postas em duas
palas; timbre duas costas do escudo em aspa, atadas com um torçal vermelho.
Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 16.
C0TIM0. Esta familia foi nobre nas villas de Setubal e Alcacer do Sal, onde oc
cupou os primeiros logares do governo, e se aparentou com outras similhantes; não sa
bemos se existe hoje em alguma parte.
São suas armas em campo vermelho nove memorias de prata, postas em tres
palas.
Acham-se no livro dos reis de armas.
contrachefe de sua cor, de que säe urna serpe de verde; orla vermelha carregada de oito
aspas de oiro ; timbre a serpe do escudo nascente armada de vermelho.
Âcham-se no livro dos reis de armaa.
. _ *
D
DACORDA. E familia de Hespanha; tem por armas o escudo partido em pala:
a primeara esquartelada, no primeiro e ultimo quartel em campo de prata um leäo de pur
pura, no segundo e terceiro em campo de purpura um castello de oiro; na-'segunda pala
de azul nove flores de liz de oiro ; timbre um leäo de purpura, com urna flor de liz de
oiro ñas garras.
Assim as vimos em um manuscripto que foi do P. Fr. José da Cruz, reforma
dor do Cartorio da Nobreza, e tambem uo livro dos reis de armas.
•
DEÇA. Esta familia tomou o appellido da villa Deçà em Galliza, de que fo-
ram senhores.
Sao suas armas o escudo partido em pala ; na primeira em campo de prata quatro flo
res de liz de azul acantonadas; na segunda em campo vermelho um castello de oiro.
Acham-se rio Hvro dos reis de armas. Fr. Filippe de Lagandara, Armas e
triunfos de Galiza, 'pag. 778, dá-lhe cm campo azul um castello de prata,
timbre o mcsmo castello.
DESCARCA. Esta familia é originaria da Biscaia, d'onde passou a Milao. Ahí fez
urna grande casa, da qual saiu o papa Innocencio xi, e seu sobrinho o principe D. Livio.
O primeiro que passou a Portugal foi Martini Descarça, que viveu em urna sua quinta no
sitio de Laveiras, antigo termo de Lisboa.
Sâo suas armas em campo de prata tres faxas de vermelho, entre a superior e a do
DEUS-DABÁ — DOLID
DOGALDO. Nao temos temos mais noticia d'esté appellido do que acharmos-
Ihe о escudo de armas no livro dos reis de armas.
Sao estas em campo vermelho uma arvore de sua cor, que sae de urn mar que é о con
trachefe do escudo, junto á arvore uma cegonha de sua cor armada de oiro, corn uma
cobra tambem de sua cor no bico ; timbre a cegonha com a cobra.
DOLID. Em campo azul um crescente de prata corn as ponías para baixo, e em
cada ponta urna estrella de oiro.
Assim as traz o ja citado manuscripto de Fr. José da Cruz, fl. 82.
DO PAU — DOUnS LIX
DO PAU. Tambera nao temos outra noticia d'esta familia mais do que a de achar-
mos-lhe armas no livro antigo.
Sao estas o escudo esquartelado com urna cruz de oiro dentada e firme, no primeiro
váq em campo vermelho duas palas de prata, no segundo em azul um leäo de prata, e
assim os contrarios; timbre o leao nascente.
DO PÓO. Legua e meia da villa de Obidos está o logar que chama do Pó, onde
aínda se mostram ruinas de grandes edificios. Alli fundou pelos annos de 1419, Joáo
Annes do Póo, alcaide-mór da dita villa, o morgaclo e capella que possuiu no seculo pas-
sado Antonio de Brito da Silva. Era o dito Joáo Annes do Póo filho de Affonso do Póo, ca-
valleiro allemáo, que veiu a Portugal em tempo de el-rei D. Fernando, cujo vassallo foi,
e alcaide-mór da mesma villa, e d'elle tomou nome o dito logar; foi seu terceiro neto
André da Silveira do Póo, que no anno de 1532 tirou brazao de suas armas.
Sao estas em campo de prata um leäo vermelho agachado, como quem está descançando,
orla vermelba com oito aspas de prata ; timbre o leäo da mesma postura e forma da do
escudo com urna aspa de prata na espadoa.
Fernao do Póo descobriu a ilha que se ficou chamando do seu nome no anno de 1471.
Acham-ве no livro antigo dos reis de armas.
DORIA. Esta familia é a primeira das antigás vinte e oito familias nobres da re
pública de Genova. O seu merecimento é constante a toda a Europa ; d'ella passou á ilha
da Madeira um fidalgo de quem se ignora o nome, mas era 15o distincto, que sua filha
Leonor Doria casou na mesma ilha com Ruy Gonçalves de Velloso, filho de Gonçalo Annes
de Velloso, fidalgo escudeiro da casa do infante D. Fernando ; e seus descendentes insti-
tuiram dois morgados, que no seculo passado administrava seu oitavo neto Antonio Doria
Teixeira.
Sâo suas armas o escudo cortado em faxa ; a primeira de oiro e a segunda de prata e
sobre ambas urna aguia imperial de negro com a lingua e unbas de vermelho e cortada ; tim
bre a aguia nascente '.
V. Archivo, n.° 150.
1 Esta descripçào torna-se duvidosa por ter letra différente do original. — Pegado.
DORIA (outros). Sao suas armas em campo de prata nove armellas de azul pos
tas em tres faxas, entre tres ramos vermelhos de palmas em faxa ; timbre urna aspa san-
guinha corn très flores de liz de oiro em roquete.
Assim as traz Fr. José da Cruz, no livro que copiou da Torre do Tombo»
fl. 84.
DORIAS, ORTAS ou IIORTÂS. De todas estas tres formas escrevem este appel-
lido, que deve ser Horta, e é oriundo do reino de Aragáo, onde os seus ascendentes tiveram
grandes empregos na casa real, desde o tempo do reí D. Affonso п d'aquelle reino. Pas
sou a Portugal com Pedro de Horta no tempo de el-rei D. Affonso v.
Sao suas armas em campo de oiro um braco posto em faxa da esquerda para a direita
com urna chave azul na mao com o aro para cima, e o contrachefe ondado de agua ; tim
bre um braco com a chave do escudo.
DOUTIS e OUTIS. E appellido de urna familia antiga, tomado do seu solar, que
foi a quinta de Outis no julgado de Vermoim, termo de Barcellos, que uns dizem Doutis
e outros Outis.
Sao suas armas em campo de oiro seis arruelas de vermelho em duas palas ; timbre
urna cabeça de dragáo de oiro com urna das arruelas na testa.
Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 36.
LX DOUTIS — DUTRE
DOUTIS (outros). Em campo de oiro urna estrella sanguinha em chefe, e dois
besantes, sanguinhos, postos em duas palas; timbre urna cabeça de drago de oiro com
urna estrella sanguinha na testa.
Asaim se acham no referido livro de Fr. José da Cruz, fl. 84.
DRAGOS. E familia de Castella, que passou a este reino na pessoa de Joáo Peres
Drago no tempo do Reí D. Affonso v. O appellido parece tomado de alcunha.
Sao suas armas em campo vermelho dois dragöes de prata passanles com as cabeças
voltadas para traz, armados de sanguinho e postos em fúgida ; timbre um dos dra
gues.
Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 38.
DURÄO. Esta familia é do reino de Leâo, porém muito antigo p seu transito
para Portugal, porque ja no tempo do rei D. Affonso ni d'esté reino, foi bispo de Evora
D. Duráo Paes, de quera parece que ó ou foi nome proprio este appellido, e no termo da
villa de Obidos ha urna quinta que se chama de D. Duráo.
Acharaos varios escudos de armas d'ella, e é o primeiro era campo vermelho com pe
de ondas de azul e prata, um bastâo d'esté metal, orla de oiro cora tres castellos de ne
gro : alguns ramos trazem na orla, em logar de castellos, oito cabeças de leâo de sua
cor, alludindo ao parecer de Fr. Filippe de la Gándara, de que o principio d'esta familia
foi de oito irmâos que cada um matou seu moiro, e juntos apresentaram as cabeças ao
rei D. Ramiro u de Leao.
O outro escudo é em campo de oiro um leâo de sua cor, orla azul carregadá de oito
rodas de carretas de oiro.
Acham-se ae primeiras e as segundas no dito Fr. Filippe de la Gándara no
seu livro Armas e triunfos de Galiza, e as terceiras constam de um bra-
zào que vimos paesado por Pedro de Salazar e Girào, rei de armas Cas
tella de Filippe iv, em 1651, ao capitâo Francisco Vicente Moreira
Duráo.
DUTRE, DUTRA e UTRA. Este appellido que se escreve de todas estas tres for
mas é Utra. Procede de Job de Utra, cavalleiro flamengo, criado da infante D. Beatriz,
máe do rei D. Manuel. Povoou a ilha do Faial, e teve a capitanía d'esta e da do Pico.
Sao suas armas em campo azul tres besantes de oiro, em roquete, carregado cada um
de tres pontos pretos em contra roquete ; timbre um abulre de sua cor armado
de oiro.
Acham-ee no livro dos reis de armas.
EMAUS — ESMEKALDO LXI
E
EMAUS. E familia hollandeza da cidade de Saendara occidental, que flea perto
da cidade do Amsterdam. Passou a Portugal pelos annos de 1674 Nicolau Emaus, que vi-
veu em Lisboa com urna grande casa, e era íilho de Pedro Emaus, e sua mulher Catha-
rinha Berghen, pessoas de muito distincla qualidade, e dos principaes que governavam a
república. Casou o dito Nicolau Emaus com Helena Wanzitar, dos quaes foram íilhos o
desembargador do Paco José Pedro Emauz, e André Emauz, e d'esté foi fllho o desembar-
gador José Joaquim Emauz, corregedor do crime da Corte e Casa. Consta o referido de
urna certidao authentica passada pelos senhores do governo da cidade de Saendam, em
virtude de urna justificaçâo de testemunhas que para esse effeito inquirirán!, a quai foi
vista para fazer este assento, e existia em poder do sobredito José Joaquim Emaus.
Sao suas armas em campo azul um castcllo de oiro com portas e frestas de negro, e
conlrachefe ondado de agua de prata; timbre o mesmo castello *.
1 Esta descripçâo torna-se duvidosa por ter letra différente do original. — Pegado.
ESCOVAR. Esta familia é de Castella, onde tem casa e solar; passou a Portugal
no tempo de el-rei D. Affonso v, e no tempo de el-rei D. Manuel á ilha da Madeira.
Sao suas armas em campo de prata cinco escovas de azul, em santor, com correas ver-
melhas ; timbre um braco vestido de verde com urna escova na mao. Em Castella trazem
em campo de oiro as escovas de verde.
Acbam-se no livro dos reis de armas.
ESCUDEIRO. E familia antiga das montanhas de Burgos, onde tem casa e solar
conhecido, junto á villa de Espinosa de los Monteros. Passou a Portugal Pedro Escudeiro
de Lugo, cujos filhos casaram na cidade do Porto e se aparentaran! com os Seixas da
mesma.
Sao suas armas em campo de oiro um leao de sua cor coroado de vermelho, orla azul
carregada de oito estrellas de oiro de oito raios ; timbre o leao do escudo.
Assim as traz o cbronista Barahona no sea Rosal de Nobleza, fl. 144.
cor negra em roda do leâo, e atravessado com urna cólica vermelha, que passa por cima
do leâo em contrabanda ; timbre o mesmo leâo '.
1 Esta mercê foi confirmada por el-rei D. Manuel em Evora a 16 de maio de 1520, e acha-se regis
trada no liv. vi de Místicos, fl. 174 v. Difiere na descripçao do referido brazao. — Pegado.
ESPINDOLA. V. Spinola.
ESPINÓLA. A familia Spinola ou Espinóla é urna das vinte e oito nobres da re
pública de Genova. Passou a Hespanba, e d'esta a Portugal Lucano Spinola, que fez regis
trar o seu appellido e armas nos livros da nobreza.
Sao estas em campo de oiro urna ftxa xadrezada de vermelho e prala de tres pecas em
pala, sobre o campo de cima pegado á faxa urna especie de ponía de lança flordelizada
de vermelho; timbre um ramo de espinheiro de vermelho *. Alguns trazem em logar da
ponía da lança flordelizada um ramo de espinheiro tambem vermelho.
Acham-se em Gonçalo Argote de Molina.
^ Esta mercê está registrada no liv. das Ilhas, ¡I. 135, e tem differenca na descripçao das armas.—
Pegado.
ESPINOZA. Tem por armas o escudo cortado em faxa; a primeira partida em
pala, na primeira d'estas em campo vermelho um ramo de espinheiro de sua cor florido
e perfilado de oiro, com raizes de prata, na segunda no mesmo campo vermelho um leâo
de oiro ; a segunda faxa de prata com urna corneta de caca de negro, com os bocaes de
oiro e cordöes de vermelho; timbre o leâo do escudo com um ramo de espinheiro na
garra.
Acham-se no livro dos reís de armas.
ESQUIVEL. Esta familia tem o seu solar em Cantabria, onde é muilo conhe-
cida ; d'ella foi o sanio prelado D. Francisco de Esquive!, arcebispo de Calher, na ilha de
Sardenha, e o sanio martyr Fr. Jacinto do Rosario, da ordern de S. Domingos.
Sao suas armas o escudo partido em pala; na primeira em campo de oiro urna aguia
de sua cor, com um coelho de sua cor ñas unhas, na segunda em campo azul 1res faxas
de oiro; timbre a aguia com o coelho do escudo.
Assim se cncontram em urna memoria de José Freiré Monterroio Mascarenhas.
ESSA ou DEÇA. Este appellido escrevem uns com E e outros com D. Deve
ser Deçà, nome de urna villa no reino de Galliza, de que foi senhor D. Fernando Deçà,
filho do infante D. Joáo, que era filho do rei D. Pedro i de Portugal, e da rainha D. Ignez
de Castro, o qual andou muitos annos fugitivo em Castella ; passaram depois seus deseen-
ES8A — ESTRADA ЬХШ
Nobiliario Espanhol, impresso em 1859, tom. III, p. 255. Passaram segunda vez na pes
soa de João de Estrada em tempo de el-rei D. Afonso v; e ainda terceira vez na pessoa
de João Duque Estrada, com o cardeal Alberto, archiduque d'Austria, no tempo do go
verno castelhano.
São suas armas o escudo em pala, na primeira em campo de oiro uma aguia de negro
aberta e coroada da mesma côr, na segunda em azul tres bandas de oiro carregadas de
sete arminhos negros, tres na primeira e dois em cada uma das outras; timbre a aguia.
Acham-se em D. João Flores de Ocaris, no tomo I das suas Genealogias do
novo reino de Granada, arv. I, p. 303.
ESTURIAS e RIAS. Tem esta familia por armas em campo de oiro duas faxas
de azul ondadas de prata, orla de prata carregada de cinco cabeças de serpes de verde
cortadas em sangue e com as linguas sanguinhas; timbre uma das cabeças com a boca
virada ou aberta para cima ".
Acham-se no Cartorio da Nobreza, e em Villas-boas.
1 Esta descripção torna-se duvidosa por ter letra diferente do original. — Pegado.
FAFES. O conde D. Pedro dá por tronco a esta familia o conde D. Fafes Luz,
cujo nome é uma abreviação de Fafiole, que seus descendentes continuaram em appelido.
Passou o dito D. Fafes Luz a Portugal com o conde D. Henrique, e foi seu alferes: não
sabemos que hoje exista este appelido, talvez porque seus descendentes seguiriam outros.
São suas armas o escudo partido em pala; a primeira xadrezada de oiro e vermelho,
FAGUNDES – FARINHA LXV
cinco de oiro e quatro de vermelho, a segunda xadrezada tambem de cinco peças de azul
e quatro de oiro; timbre um sol de oiro.
Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 20.
FALCÃO. Temos achado que esta familia não procede de João Falcão, capitão
inglez que veiu ajudar el-rei D. João I, como diz Villas-boas, e o seguem muitos aucto
res, porque no anno de 1104 da era de Cesar fez Falcão Paes doação ao prior de S. Miguel
de Pendorada, chamado Miguel, e a seus monges, de Villa-Septa, como consta do cartorio do
mesmo convento, alegado pelos antiquarios Fr. Bernardo de Braga e Gaspar Alvares Lou
sada: de maneira que este appelido não é alcunha e sim patronimico, porque se acha
Pedro Falcão, morador em Chaves, no tempo de el-rei D. Diniz, e no de el-rei D. Pedro I
vivia em Evora Lourenço Annes Falcão, e o dito rei lhe coutou a sua herdade de Alva
randeus, que a el-rei
antes de vir D. Fernando
Portugal o dito JoãolheFalcão.
confirmou em 1405 da era de Cesar, muitos annos
•
São suas armas em campo azul tres bordões de Sant'Iago de prata, com os nós ver
melhos e ferrados de oiro, postos em pala; timbre um falcão de sua côr, com um dos
bordões no bico e pé direito.
Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 14.
FARIA. A familia dos Farias é tão antiga, que se acha desde o tempo dos roma
nos, e desde os nossos primeiros reis até D. Fernando tiveram grandes empregos. O ap
pellido foi tomado do julgado de Faria, no termo de Barcellos; produziu sujeitos nas le
tras e nas armas os de maior nome, e pertence o seu sangue a muitas casas das primei
ras d’este reino.
São suas armas em campo vermelho um castello de prata, com portas e frestas de ne
gro, entre duas flores de liz do mesmo metal, e tres em chefe; timbre o castello do es
cudo, com uma flor de liz acima do torre do meio.
Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 17.
FARINHA. Esta familia deve a sua varonia á dos Goes, e o appelido á quinta
de Farinha, de que eram senhores, sita no julgado de Pena-cova, junto ao logar de
Paradella.
São suas armas em campo azul nove besantes de prata, em santor, e nos quatro an
gulos quatro cruzes de oiro floridas e vasias; timbre seis espigas de trigo de oiro atadas
com um torçal azul.
Acham-se no livro dos reis de armas.
LXVI FARO – FEIJÓ
FAYA. É familia d’este reino, que existia no anno de 1651, em que se passou
brazão de armas a Manuel Gomes Faya.
suaSão
côr,estas em campo
armado de pratatimbre
de vermelho; uma arvore,
o lobo. faya, de sua côr; e junto d’ella um lobo de •
Acham-se no livro dos reis de armas. Villas-boas traz outras que n'elle se
podem ver.
FAZENDA. Este appellido se deu a João Afonso da Fazenda, por ter emprego
no tribunal d’este nome, e outros da fazenda real.
São suas armas em campo vermelho um cardo verde perfilhado de oiro florido e com
raizes de prata, e em orla um cordão de S. Francisco, de prata; timbre o mesmo cordão.
Acham-se no livro dos reis de armas.
• FEIO. Este appellido, que primeiro foi alcunha, deve a sua ascendencia aos
Ataides. Tem n’este reino o morgado de Monte-redondo. •
São suas armas em campo de prata tres bandas vermelhas; timbre um leão de prata
armado de vermelho com as tres bandas do escudo.
Acham-se no livro dos reis de armas, e tambem no brazão que se passou em
1583 a Paulo Cabral de Castello-branco. Villas-boas lhe dá em campo
azul tres bandas vermelhas coticadas de oiro.
FEIJÓ. Os Feijós são do reino de Galliza. Os primeiros que tiveram este appel
lido foram os filhos do conde D. Thebaldo, descendente da casa dos condes de Cela-nova.
Passaram a Portugal, onde lhe achamos dois escudos de armas: é o primeiro (que di
zem ser dos de Galiza) em campo vermelho seis besantes de oiro, em duas palas, entre
elles uma espada de prata com os copos de oiro, em pala, com a ponta para cima; tim
bre a espada com um ramo de feijoeiro florido de sua côr, em aspa. E o segundo em
campo azul tres faxas vermelhas coticadas de oiro; timbre um leão de prata bandado e
armado de vermelho.
As primeiras acham-se no livro dos reis de armas. Villas-boas traz as pri
meiras e as segundas.
FEITAL — PERREIRA LXVII
chamando paco de Ferreira, e era descendente dos condes das Asturias de Santilhana ; o
appellido foi lomado de urna villa chamada de Ferreira, que está no reino de Leâo em
térra de Campos a que hoje cliamam Herrera, de sorte que os Herreras de Castella e os
Ferreiras de Portugal tem a mesma origem.
Sâo suas armas em campo vermelho quatro faxas de oiro ; timbre urna ema de sua cor
com um ferradura de oiro no bico.
Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 19.
FERRÄO. Parece ser este o mesmo appellido que Ferraz, porque no livro dos
reis de armas Ihe acharaos o mesmo escudo, que é seis besantes de prata com faxas de
preto ern campo vennelho; poréin Villas-boas diz que é dislincta esta familia, e clá-lhe por
armas em campo de prata cinco torteaos vermelhos com ferröes azues, postos em san-
tor; timbre um leäo de oiro.
FIALIIO. A familia de Fialhos tinha em Thomar urna capella instituida por Si-
mâo Preto para andar no clérigo seu parente mais chegado ; como se acabou a linha to-
mou a Misericordia a si a apresentaçao. No logar da Panacha, junto á villa de Obidos, ha
gente d'esté appellido.
Trazem por armas em campo azul tres mundos de oiro em roquete, cada urn com sua
cruz do mesmo metal no remate; timbre um dos mundos.
Acham-se no livro dos reís de armas, em Villas-boas, e no livro da Torre do
Tombo, fl. 32.
de figueira verdes e urna orla vermelha com seis chaves de prata ; timbre duas chaves
do escudo em aspa aladas com um ramo de flgueira. Este escudo pertence ao ramo que
se liou com os Chaves.
FIGUEIREDO. Os Figueiredos tem a mesma origem dos Figueroas, por des-
cenderem d'estes, e por terem casa em Figueiredo das Donas. Tomaram o appellido de
Figueiredo, e as suas armas corn potica difference.
Sao estas em campo vermellio cinco folhas de figueira de verde, nervadas e perfiladas
de oiro, postas em santor ; timbre dois bracos de leáo de vermelho, em aspa, cada um
com sua folha de figueira na garra.
Acham-se no livro dos reís de armas.
FILIPPE. Trazem por armas em campo de prata seis rosas de sua cor, com fo-
Ihinhas verdes, em duas palas, orla verde com dez aspas de oiro ; timbre urna aspa do
escudo com tres rosas das armas.
Acham-se no livro dos reís de armas, e as vimos no registro do brazuo que
se passou a Joào Brestrollo Filippe em 1608.
FOYOS. Esta familia veiu de Castella, tomou o appellido do logar de Poyos, que
foi o seu solar. Gomes Garcia de Foyos foi o primeiro que veiu a Portugal, no tempo de
el-rei D. Fernando, e el-rei D. Joáo i Ihe fez mercó dos senhorios de varias térras ; foi
d'ella o secretario de estado Mendo de Foyos Pereira e outras mais pessoas e prelados de
grande litteralura.
Sâo suas armas em campo azul urna banda de oiro mettida ñas bocas de duas cabeças
de serpes do mesmo, armadas de vermelho, orla de prata com oito arminhos de negro.
Acham-se sobre a porta da magnifica sacbristia do convento da Greca, em
Lisboa, que fez o dito Mendo de Foyoe Pereira.
FRAGOSO. E familia oriunda de Genova, e tâo illustre, que d'ella foi eleito du
que e governador da república Domingos Pulgoso no anno de 1370. Teve muitos caval-
leiros e cardeaes, porém fizeram-se tao ásperos e soberbos, que Ihes mudaram o appellido
de Pulgosos em Fragosos, e os perseguiram os Adornos, que era outra familia poderosa
de quem fugiu para Portugal Pedro Fragoso, filho de Octaviano Fragoso, duque d'aquella
república, e el-rei D. Joâo m Ihe fez algumas merces. Os de Portalegre sao muito mais
antigos, porque no tempo de el-rei D. Diniz ja os havia.
Sao suas armas em campo azul tres soes de oiro com seus raios do mesmo, postos em
roquete ; timbre um lobo cerval de sua cor.
Acham-se no livro dos reis de armas.
LXXII FRANCA — FREITA8
FRANCA ou FRANCA. D'estes appellidos Franca, Franca, Franqui e Franco
adiamos varios .escudos de armas com tal confusSo, que é difficultoso discernir quai d'el
les pertence a cada 'um.
ViJtas-boas da aos Francas e Franquas (que escreve com qu para melhor se entender
de -que familias fala) em campo de prala quatro palas de verde, atravessado o escudo com
urna banda .d'estes esmaltes, o que cae sobre o campo de prata é de verde, e o que cae
sobre as palas verdes é de prata ; timbre duas azagaias verdes em aspa, atadas com urna
cinta de prata e os ferros de sua cor.
José Freiré Monterroio, em urna memoria que d'elle vimos, diz que os Francas proce-
dem de Joâo du Franca, tillio bastardo de Joao de Franca, segundo do nome, duque de
Alençon, que vindo a este reino n'elle casou e deixou filhos com o appellido de Francas;
e que suas armas sao : em campo azul flores de liz de oiro sem numero com urna banda
de prata, orla vermelha com oito besantes de prata; que foram senliores do couto de Ser-
zedello, e que na ilha da Madeira lia descendentes seus.
FRANCO. N'estes appellidos Franco, Franca, Franque e Franca ha, como se diz
ácima, grande confusáo a respeito das armas que pertencem a cada .um d'elles. O rei de
armas Portugal, Francisco Gonçalves Carrasco, (leu como armas de Francos a Bartholomeu
Franco em 1687, em um brazáo que llie passou, de que vimos a copia, as armas seguin-
tes : em campo verde um penhasco de sua cor, e sobre elle um castello de prata lavrado
de preto, com portas e frestas da inesma cor prêta, e o coritracliefe ondado de agua ; tim
bre o mesmo castello. ' .
FRANQUI e FRANCA. Esta familia veiu de Genova no reinado de el-rei D. Jólo i.
Estabeleccu-se no Algarve e serviu em Africa.
Sao suas armas em campo sanguinlm tres corôas de oiro abertas, postas em roquete,
chele de prata com urna cruz vermelha e firmada no escudo ; timbre meio cavallo branco
com as dinas crespas.
Acham-se no livro dos reía de armas, e em Gonçalo Argote de Molina, fl. 242.
Dizem que n'este reino se mudou o Franqui em Franca. Villas-boas at
tribue aos Francas as proprias armas que ácima puzemos aos Francas.
pelo seu grande valor alcançou este appellido. Seu filho Ruy Fernandes Temudo casou com
Isabel Gonçalves de Freitas, filha de Gabriel Gonçalves de Freitas, cavalleiro muito esfor
çado do tempo dos reis D. João I, D. Duarte e D. Affonso v. Este ultimô em attenção aº
seus serviços lhe deu por armas em campo azul uma aguia de duas cabeças, de oiro e º
estendida, com os pés sobre uma cabeça de moiro, com turbante de prata e vermelho, e
um cordão de S. Francisco de sua côr, com os nós de oiro, em orla; timbre dois braços
de leão, de oiro, em aspa, com uma alabarda de prata com haste vermelha nas garras.
Acha-se a carta de mercê d'estas armas, que foi feita no anno de 1476, no
liv. II de Misticos da Torre do Tombo 1.
1 Esta mercê foi feita a 21 de maio de 1477 a Ruy Vaz ou Vasques, e acha se no liv. II de Misticos,
fl.58 v. Por este registro se vê que tudo acima dito está transformado, pois não é Ruy Fernandes, nem
tampouco a descripção do brazão é a que acima se descreve. — Pegado.
FREIXINHO. Não apparece outra noticia d’este appellido mais que a de ter o
Seu brazão no livro dos reis de armas.
São estas em campo vermelho com o contrachefe de agua de prata e azul, e d’elle sae
um freixo de sua côr, perfilhado de oiro, e seis lanças com os ferros de prata e as has
tes de oiro arrimadas ao freixo, tres de cada banda; timbre o freixo do escudo.
FRIAS. Esta familia é das Asturias, procede de um de doze irmãos, que parece
ganharam aos moiros a cidade de Frias, junto ao rio Ebro; assim o dão a entender as
suas armas, que são : em campo de prata uma torre de azul, entre dois leões de sua côr,
trepantes, assentada junto de um rio de agua, que é o contrachefe, orla vermelha com
oito aspas de oiro; timbre a torre do escudo. •
dibil, que era fllha de D. Fernáo Peres de Lara a quem chamaram o Furtado, que era
irmao uterino do imperador D. AÍTonso vu, e se llie deu este nome por haver nascido do
casamento clandestino da rainlia D. Urraca com o conde D. Pedro Gonçalves de Lara.
Passou a Portugal com a rainha D. Driles, mulher de el-rei D. Affonso m, D. Fernando
Inigues de Mendonça Furtado, de quem descendem todos os Furtados Mendoncas que ha
n'este reino.
Sao suas armas o escudo franxado ; nos quarteis alto e baixo em campo verde urna
banda vermelha coticada de oiro, nos das ilhargas em campo de oiro um — S — ou fuzil
de cadea de negro; timbre urna aza de oiro com um — S — de negro. Os de Castella tra-
zem em campo vermelho dez folhas de golphao de prata, em tres palas.
Acham-ee no Hvro da Torre do Tombo, fl. 12.
FUZEIRO. Este appellido é sem duvida tomado de alcunha, mas a familia que
d'elle usou, e que parece hoje extincla, foi muilo nobre. Vivía em Evora, e acham-se me
morias d'ella desde o tempo de el-rei D. Affonso iv em Lourenço Pires Fuzeiro. Tiveram
militas herdades, contadas ; foi d'elles a de Peramanca, que logrou Rodrigo Annes Fu
zeiro. Ñuño Bárrelo Fuzeiro foi fundador do convento da Conceicao da Luz.
Sâo suas armas em campo azul cinco lisonjas de oiro, vasias e pegadas urnas as ou
tras, postas em cruz; timbre duas azas de aguia de sua cor, carregada cada urna de sua
lisonja, como as das armas.
Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 32.
GAMA. Esta familia procede de um dos companheiros com quem Giraldo Sem-
pavor ganhou Evora aos moiros, era este da familia dos Ulhoas, por nome Ruy Lopes,
filho de D. Lopo Rodrigues de Ulhoa, que vivía em Olivenca, rico-homem de el-rei D. Af
fonso i : o appellido foi alcunha, por 1er domesticado urna gama que o acompanhava por
toda_a parte, e d'elle procedeu o grande D. Vasco da Gama.
Sâo suas armas o escudo xadrezado de oiro e vermelho, de tres pecas em faxa e cinco
LXXVI GAMBOA – GARCEZ
em pala, oito de oiro e sete vermelhas, estas carregadas de duas faxas de prata; timbre
uma gama de oiro, faxada de tres faxas vermelhas.
A casa da Vidigueira, que procede do dito D. Vasco da Gama, traz as mesmas armas
com um escudo com as quinas do reino no meio; timbre meio nayre vestido ao modo da
India, com uma trunfa e um bolante que lhe cae pelas costas, braços nús, e na mão di
# um escudo como o das armas e na esquerda um ramo de canella verde com rosas
C OITO.
Umas e outras se acham no livro da Torre do Tombo, fl. 18.
GARCEZ, de AFFONSO GARCEZ. Esta familia tem por chefe Afonso Garcez,
escrivão da camara de el-rei D. Afonso v e da sua fazenda, o qual foi filho de uma Ca
tharina Garcez, e de Lopo de Azevedo. Este armou o seu escudo de seis diferentes, como
diz João Rodrigues de Sá:
Seis escudos em um fez
De nobres gerações seis
O douto Affonso Garcez.
A saber : o escudo partido em tres palas e cortado pelo meio em faxa, de sorte que
fica dividido em seis partes; na primeira e sexta em campo de oiro seis arruelas verme
lhas em duas palas; a segunda cortada em faxa, na de cima em vermelho duas chaves
de prata em aspa, e acima d’ellas um mingoante do mesmo metal, a de baixo de prata
lisa; na terceira e na quarta, que são as duas que ficam em contrabanda, um castello de
GARCEZ – GASCO LXXVII
oiro entre sete estrellas do mesmo metal, em campo azul; a quinta esquartelada, no pri
meiro quartel em vermelho uma cruz de prata chã e um chefe liso do mesmo metal, no
segundo tambem em vermelho tres besantes de prata em pala, e assim os contrarios; tim
bre as duas chaves de prata em aspa, e acima d’ellas o mingoante do mesmo metal.
Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 23.
GARROS, de NUNO MARTINS GARRO. Nuno Martins Garro foi desta geração,
serviu a el-rei D. Afonso v em Africa e nas guerras de Castella, pelo que o mesmo se
nhor lhe deu por armas em campo azul uma onça de oiro saltante, armada de preto;
timbre a mesma onça. Tem descendentes em Portalegre.
V. Archivo, n.º 2127.
GATUCHO. Este appellido parece diminuitivo de Gato. Nao ha noticia que hoje
exista pessoa alguma d'esta familia, nom que tivessem morgados.
Sâo suas armas em campo de oiro duas palas verdes, orla vermelha com oito crescen
tes de prata.
• Aclmm-se no livro dos reís de armas.
GAZO. É familia de Genova, onde sao senhores do caslello Gazo. Em 1704 pas-
sou a Portugal na pessoa de Joáo André Gazo, que foi n'este reino capitâo de bombar-
deiros, sargento-mór de artilheria, e occupou outros muitos postos até o de general de
batalha. Antonio Francisco Gazo, íillio do dito Joâo André, mostrou authenticas e foram-
Ihe confirmadas n'este reino em 1759 as seguintes armas :
Em campo de prata um leâo vermelho com urna garça de sua cor na garra direita :
timbre o leâo nascente corn a garça.
GENTIL. Esta familia é urna das vinte e oito nobres da república de Genova.
Passou a Portugal a servir ñas guerras d'esté reino, e paseando depois á America tiveram
o governo da cidade do Gra-Pará, e os melhores foros na casa real.
Sao suas armas o escudo xadrezado de azul e oiro de nove pecas, cinco de azul e qua-
tro de oiro.
Acham-se no livro dos reis de armas, e em Gonçalo Argote de Molina.
GIL. Este nome proprio de Gil é tambem appellido de familia, que o tomou de
um sujeito que n'este reino se intitulou mestre Gil, que devia ser medico de alguma das
rainhas que vieram de outros reinos casar a Portugal. Nao temos noticia se existe hoje
nem quem foram os seus descendentes.
Sao suas armas o escudo cortado em faxa ; na prirneira em campo vermelho um leâo
de oiro nascente, na segunda em prata tres raios de fogo de sua cor, virados para baixo;
timbre o leâo do escudo armado de vermelho.
Acham-se no livro dos reis de armas. V. Monterroio.
1 Esta mercê foi feita em Lisboa a 21 de junho de 1559, e acha-se este registro na Chanc. de D. Se
bastião, liv. 1, fl. 251, e differe um tanto da descripção acima dita. — Pegado.
GIRAO. Esta familia é de Castella; a sua varonia é real. O seu appellido foi al
cunha, por haver D. Rodrigo Gonçalves de Cisneiros livrado na batalha de Alarcos ao rei
D. Afonso VI de ficar prisioneiro ou ser morto pelos moiros, dando-lhe o cavallo em que
andava, e para signal de que fôra ele que o livrara lhe cortou tres pregas do vestido, que
guardou. Passou a Portugal D. Pedro Affonso Girão, a quem el-rei D. Fernando deu tres
villas, e deixando em Portugal uma filha casada tornou para Castella.
São suas armas o escudo cortado em faxa; a primeira partida em pala, na pri
meira d’estas em vermelho um castello de oiro, na segunda em prata um leão vermelho;
na segunda faxa em oiro tres girões, que nascem do fundo do escudo, vermelhos; tim
bre o leão dos armas com um girão de oiro na espadoa.
Acham-se no livro dos reis de armas.
GODOLPHIM. São suas armas em campo vermelho uma aguia de prata aberta,
de duas cabeças, e cinco flores de liz do mesmo metal; duas de cada lado e uma no
fundo no escudo.
Acham-se no muitas vezes citado livro de Fr. José da Cruz, a fl. 110.
GOES. O appellido de Goes foi tomado do senhorio da villa d’este nome, que
tiveram os primeiros ascendentes d’esta familia.
São suas armas em campo azul seis quadernas de crescentes de prata em duas palas;
timbre um dragão azul armado de prata com uma das quadernas do escudo no peito.
Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 30.
GOMES DA MINA. Esta familia procede de Fernão Gomes da Mina, cujo appel
lido se lhe deu por trazer por muitos tempos arrendado o contracto da Costa da Mina.
Foi cidadão honrado de Lisboa, e serviu o rei D. Afonso v nas guerras da Africa, e foi
armado cavalleiro na praça de Tanger.
São suas armas em campo de prata tres cabeças de negros com colares de oiro pen
dentes nas orelhas e no nariz, postas em roquete; timbre uma das cabeças. O dito rei
lh'as deu em 1474.
Acham-se no livro dos reis de armas.
GONGORA. Trazem por armas em campo de prata urna cruz sanguinha, carre-
gada de cinco leöes de oiro em santor.
Acham-se no ja referido livro de Fr. José da Cruz, fl. 121.
GORJÄO. Tem esta familia por armas o escudo de campo vermelho, e n'elle um
leopardo de oiro com urna flor de liz do mesmo metal no chefe ácima da cabeça do leo
pardo ; timbre o leopardo do escudo.
GOSMA. A noticia que podemos alcançar d'esta familia é so, que a um Pero da
Gosma se deram estas armas : ein campo azul urna torre de prata coberta, corn a porta
e frestas de preto; timbre a mesma torre.
Acham-se no livro dos reis de armas.
GUANTE. Esta familia foi muito opulenta na cidade de Elvas, d’onde foi natural
Vasco Rodrigues Guante, que serviu os reis D. Duarte e D. Afonso v; acompanhou tam
bem o infante D. Pedro na jornada de Alemanha e Russia. A seu sobrinho Pedro Rodri
gues Guante deu o dito rei D. Afonso v armas por carta do anno de 1474.
GUARDA — GUERREIRO ьхххш
Sao estas em campo vermelho duas manoplas de prata postas em pala, entre ellas um
arco turquesco de oiro com a corda verde envolta n'elle ; timbre um braco vestido de
vermelho com urna manopla do escudo calcada, e o arco na máo '.
Extinguiu-se esta familia em Elvas, e os seus bens ücaram á Misericordia e ao mosteiro
de S. Domingos da mesma cidade.
Acbam-ве no livro dos reis de armas.
i Estae armas foram confirmadas ao dito Pedro Rodrigues Guante em 20 de julho de 1464, e acha-ве o
registro das mesmas no liv. ы de Místicos, fl. 177 v. — Pegado.
GUARDA. Este appellido é lomado da cidade da Guarda, por ser natural d'ella
o primeiro que o usou, que suppomos foi Estevâo da Guarda, copeiro-mór de el-rei D. Di-
niz, e seu plenipotenciario nos ajustes que fez com seu filho o infante D. Affonso, de-
pois rei quarto do nome.
D. Joâo da Guarda seu descendente alcançou os reis D. Affonso v, D. Joâo н, e D. Ma
nuel ; foi do seu conselho, deâo de Braga e Lamego, conde palatino, etc.
Sao suas armas em campo azul urna banda de oiro com tres flores de liz de azul ; tim
bre urna das lizes. Assim estavam pintadas na capella que fez o mesmo Estevâo da
Guarda na egreja de S. Vicente de Lisboa; segundo o testemunho do celebre Gaspar
Alvares Louzada, que as viu antes que se demolissem para se fazer a egreja nova.
GUEDES. E familia de Caliza, descendente de D. Gueda o Velbo, um dos anti-
gos ricos-homens de Hespanha. Passou a Portugal Gonçalo Yaz Guedes, e el-rei D. Joáo i
Ihe deu o foro de vassallo e escudeiro. Ajudou a tomar cincoentà e quatro cidades e vil
las, e foi senhor das villas de Murça, D. Chama, e Agua Revés.
Sao suas armas em campo azul cinco flores de liz de oiro em santor ; timbre um lelo
azul nascente com urna das lizes na testa.
Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 35.
São suas armas em campo vermelho um leão de oiro com uma espada na garra direita,
com a folha de prata e guarnições de oiro; timbre um braço armado de prata, com a es
pada do escudo na mão em acção de descarregar o golpe.
Acham-se no livro dos reis de armas.
GUIMARÃES. Este appelido foi tomado da naturalidade, por ser João Lourenço
o primeiro que assim se chamou, natural da villa de Guimarães, em tempo de el-rei D. Af
fonso v. Não sabemos a qualidade da sua pessoa; mas inferimos que devia ser muito dis
tincta, porque se lhe deram armas que com o seu nome achamos no livro dos reis de armas.
São estas o escudo partido em tres palas; a primeira e ultima fretadas de coticas pre
tas em campo de prata; e na do meio em vermelho um leão de prata com uma espada
na garra direita, ensanguentada, copos de oiro e a folha de prata, a qual cae na primeira
pala, e a cauda do leão na ultima; timbre o mesmo leão com a espada.
GUIMARÃES. M. N. a Luiz Antonio da Silva Guimarães, dada a 25 de fevereiro
de 1869: — Escudo esquartelado; tendo o superior da direita carregado com um leão
rompente de vermelho e armado de azul, sobre campo de prata, e assim o seu contrario;
o superior da esquerda partido em tres palas, sendo a da direita e a da esquerda enfres
tadas de dez fimbretas negras em banda, contra outras tantas da mesma côr em barra,
e a centrica carregada com a vara de Mercurio, dourada e decorada com duas serpentes
batalhantes de prata, e aladas da mesma, sobre campo vermelho, e assim o seu contrario;
elmo de prata lisa decorado de oiro lavrado e forrado de azul, virol de oiro e vermelho;
timbre um leão rompente de prata com uma faxa negra e armada da mesma côr.
V. Archivo, n.º 1758.
GUIVAR. São suas armas em campo de oiro uma aguia vermelha de duas ca
beças, aberta, com as pernas e armada de preto, e um crescente de prata no peito; tim
bre a mesma aguia.
Villas-boas dá estas armas aos Aguilares.
GUNDAR. Este appelido antigo foi tomado do sitio de Gundar, onde viveu
D. Mendo Viegas, que por isso se chamou de Gundar. Em Portugal mudaram o Gundar
em Motta : porém em Galiza, para onde tambem se estenderam, continuaram a appelli
dar-se de Gundar, dos quaes passou novamente a Portugal Estevão Mendes de Araujo, que
era neto de D. Filippe Mendes de Gundar, senhor da casa de Pombeiro e da torre de Sande,
no dito reino, e mostrando authenticadas as armas de que usam os Gundares n'aquelle
reino, se lhes confirmaram neste, que são:
O quatro
oiro escudo bandas
partidodeemazul.
pala; a primeira de vermelho, lisa, e a segunda em campo de
•
cidade de Lisboa, foi com o logar de ouvidor da comarca de Sergipe de El-rei, onde casou
e deixou SucceSSãO.
São acima
metal suas armas em campo
da cabeça; timbre vermelho
o mesmo um
leão.leão de oiro com uma flor de liz do mesmo
•
H
HARO. É uma familia illustre de Hespanha; tomou o appelido da villa de Haro.
Possuiram os Haros o senhorio de Biscaia, como soberanos, e como seus descendentes o
tem hoje a casa real de Hespanha. Deram uma rainha a Portugal, e em Castella teem
muitas casas titulares.
São suas armas em campo de oiro dois lobos negros passantes e cevados, cada um com
seu cordeiro vermelho na bôca; e duas orlas, a primeira interior de prata com quatro pe
daços de caldeira de azul, e a segunda de vermelho com oito aspas de oiro.
Acham-se no livro dos reis de armas.
rera, meirinho-mor de Castella, fllho da casa de Lara. Teve outros muitos senhorios, e os
títulos de condes de Lagomera e marquezes de Lancerote e de Aunhon.
Sâo suas armas em campo vermelho duas caldeiras grandes de oiro com suas azas,
em pala, e em orla doze caldeiras da mesma forma mais pequeñas.
Acham-se no livro dos reis de armas.
HEVIAS. Tem seu solar ñas Asturias. Trazem por armas em campo sanguinho
um caldeirâo de oiro sobre chammas de fogo ; orla azul com oito castellos de oiro.
Vem no manuscripto ja citado de Fr. José da Cruz, fl. 124.
cujo tempo o caso succedeu, disse que D. Pedro não era rapaz, era homem, de que elle
se prezou tanto, que o tomou e deixou a seus descendentes por appellido, e tomando no
vas armas poz em campo azul seis crescentes de oiro em duas palas, e por timbre um
leão azul armado de oiro com uma alabarda nas garras, cabo de oiro e o ferro de sua côr.
- Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 25.
HORTA. V. Dorta.
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IMPERIALI. É uma das vinte e nove familias nobres de Genova, onde no anno de
1617 logrou a dignidade de doge João Imperiali. Teve muitos varões illustres nas armas e
lettras, muitos cardeaes, e tem no reino de Napoles a casa dos duques de Santo Angelo.
Passou a Portugal no tempo de el-rei D. Manuel, Agostinho Imperiali, filho de Frederico
Imperiali, o qual no anno de 1529 apresentou perante o doutor Braz Netto, desembarga
dor do paço, um instrumento authentico em que provou a dita filiação, e descender d’esta
familia de Imperiali, e el-rei D. João III lhe mandou registrar as suas armas, e se lhe pas
sou brazão d’ellas em Lisboa a 29 de junho do mesmo anno.
São estas o escudo partido em tres palas; a primeira e a ultima de prata, e a do meio
de oiro carregada de uma aguia negra estendida; timbre um anjo nascente vestido de
prata, que é escurecida de purpura, com um lyrio florido de verde na mão ".
1 Esta mercê foi feita por el-rei D. João III em Lisboa a 17 de junho de 1529, e acha-se registrada na
sua Chancellaria no liv. xvII, fl. 75 v. Tem alguma diferença na descripção. — Pegado.
INFANTE. Tem as mesmas armas dos Lopes: em campo azul uma palmeira de
oiro, e sobre ela um corvo negro; timbre o mesmo corvo com um ramo de palma no bico.
IRANÇO. É familia de Aragão de que faz honrada memoria Zurita em D. Pedro
Ximenes de Iranço, a quem el-rei D. Jayme II entregou como em deposito a cidade de
Albarracim e o seu castello no anno de 1298.
São suas armas em campo azul tres flores de liz de oiro, em roquete, orla de prata
com cinco arminhos de negro; timbre duas plumas de prata e no meio d’ellas uma flor
de liz de oiro.
Assim as communicou o rei de armas Portugal Pedro de Sousa.
JACOME — JÜSTINIANO T.XXXlx
JASO. Em campo de oiro urna arvore de sua cor, e junto d'ella um urso negro;
orla vermelha com oito aspas de oiro.
JÜSTINIANO. Escudo cortado em faxa; a primeira composta de nove pecas,
cinco de oiro e quatro de vermelho ; a segunda partida em pala, na primeira de oiro meia
aguia de negro aberta, e na segunda em campo vermelho um castello de prata.
XC LACERDA — LAGO
L
LACERDA. A familia de Lacerdas é urna das principaes e mais illustres de Cas-
tella. A sua varonía é real, porque procede de D. Fernando de Lacerda, filho primogénito
e herdeiro do rei D. Affonso o Sabio, o quai deixando tambera lillio lierdeiro por morrer
em vida de seu рае, o rei D. Sancho, que era tio d'elles, se levantou com o reino, ex-
cluindo-se d'esta forma os lierdeiros do dito D. Fernando de Lacerda, a quem o dito reino
pertencia ; dos descendentes do dito D. Fernando procede muita lidalguia no mesmo reino,
em Franca e em Portugal. As suas armas sao compostas da? de Castella, de Lelo e de
Franca, d'onde procediam por D. Branca, fillia de S. Luiz e mulher do dito D. Fernando
de Lacerda.
Sao estas o escudo partido em pala ; a primeira cortada em faxa, na primeira em campo
vermelho um castello de oiro, e na segunda cm campo de prata um leâo sanguinho ; na
segunda pala em campo azul tres flores de liz e seis meias flores todas de oiro, postas
em tres palas ; timbre o leâo do escudo. (Acham-se no livro dos reis de armas.) Alguns
esquartelam este escudo, pondo no primeiro que tambera é esquartelado, o castello; no
segundo o leâo, e assim os contrarios; no segundo quartel em azul tres flores de liz de
oiro, em roquete, e assim os contrarios ; timbre o Ie5o.
LAFETAT. É familia de Milao, cora solar na cidade de Cremona. Passou a Por
tugal no tempo de el-rei D. Manuel Joâo Francisco de Lafetat, que leve o titulo de conde,
o qual era terceiro filho de Agostinho de Lafetat, pessoa principal da dita cidade. Tem
boje esta familia sua casa no termo da villa de Obidos.
Sâo suas armas em campo azul um castello de oiro ; timbre o mesmo castello.
Acham-se no livro dos reia de armas, no manuscripto de Fr. José da Cruz a
fl. 87 ; e no de Fr. Manuel de Santo Antonio e Silva, que se guardam na
Bibliotheca Nacional. Fr. José da Cruz da as mesmas armas aos do ap-
pellido de Delafeitar.
usou do appellido de Lago foi Gomes Gonçalves, rico-homem dos reis D. Affonso II,
D. Sancho II e D. Affonso III.
São suas armas em campo vermelho uma torre de prata sobre um lago de azul e
de prata em que apparecem tres peixes; sobre a torre do meio uma donzella vestida de
azul, com os cabellos soltos, nascente, e tres flores de liz de oiro em chefe; timbre a
mesma donzella com uma flôr de liz de oiro na mão direita, tambem nascente.
Acham-se no livro dosreis de armas. Os Pereiras do Lago partem o escudo em
ala, na primeira as dos Pereiras, e na segunda estas dos Lagos. Villas
# lhe dá tambem em campo vermelho cinco flôres de liz de oiro, em
santor; timbre uma aspa vermelha com tres lizes.
LAMADEITA. Esta familia é illustre nos reinos de Castella e Galliza, onde tem
os senhorios de Deça e outras terras. Passou a Portugal Bartholomeu Lamadeita que era
natural de Galliza, filho de Estevão de Lamadeita, e pae de outro Estevão de Lamadeita,
que teve a Domingos Gil Lamadeita, pae de João Gil Lamadeita Salgado Louzada, mora
dor em Moimenta, e administrador de um opulento morgado.
São suas armas em campo azul uma torre de prata com uma aguia do mesmo metal
no alto da mesma torre aberta; timbre a aguia. Assim se apresentaram authenticas para
se lançarem no livro da Nobreza, no anno de 1771, e se passou brazão ao dito João Gil
Lamadeita Salgado Louzada.
LANÇA, LANÇOS e LANÇÕES. Esta familia é originaria de Galliza, deve a sua
ascendencia á casa dos Andrades tão conhecida em Galliza e Portugal pela sua antiga no
breza. Assim o diz Afonso Lopes de Haro, part. II, liv. VI, cap. VI, fl. 620. Foi o pri
meiro d'esta familia Fernão Peres de Andrade, que por ter herdado a terra de Lanções,
no mesmo reino de Galliza, tomaram os seus filhos e descendentes o appelido d’este se
nhorio, e em allusão a elle puzeram por armas em campo verde cinco lanças com ferros
de prata e as astes de oiro, postas em banda; timbre tres lanças das armas, postas em
roquete, atadas com um torçal verde *. Alguns trazem por timbre d’estas armas um braço
vestido de verde com uma lança das armas na mão.
Passou a Portugal Antonio Francoso de Lanções, e casando na villa de Monção, nobre
mente estabeleceu n’este reino a mesma familia. Villas-boas traz tambem estas armas da
forma que ficam expostas.
* Esta descripção torna-se duvidosa por ter letra diferente do original.—Pegado.
LANCASTRO. A familia dos Lancastros é tão illustre, como é notorio a todos
Os genealogicos, porque procede do senhor D. Jorge, filho legitimado de el-rei D. João II,
havido de D. Anna de Mendonça. Tomou o appelido de Lancastro em memoria da rainha
D. Filippa, mulher de el-rei D. João I, seus terceiros avós. Teve n'este reino as casas de
Aveiro, com o titulo de duque de juro e herdade; e procederam tambem do senhor
D. Jorge, os marquezes de Gouveia, os condes de Obidos, Villa-nova, Unhão, e outras
muitas casas que não tem titulos.
São suas armas as do reino com um filete preto em contrabanda, que passa por baixo
do escudinho do meio; timbre um pelicano do oiro ferindo o proprio peito em que bebem
tres filhos, todos do mesmo metal ". Usaram-n'as os condes de Villa-nova, commendado
res-móres de Aviz, e outras casas.
* Torna-se duvidosa esta descripção por ter letra diferente do original. — Pegado.
LANDIM. Esta familia dizem muitos nobiliarios ser oriunda de Inglaterra, que
passou a este reino com o duque de Lancastro; porém contra isto temos o acharmos
memorias d’ella mais antigas n’este reino, e em tempo em que o couto que agora por
Corrupção se chama Landim, era então chamado Nandim, e nunca os d’esta familia tive
ХСП LANDO — LAKRE
ram senhorio. É muito provavel que seja descendente dos Landins de Placencia em Italia,
que é urna das quatro mais nobres familias d'aquella cidade, d'onde passaria alguma pes-
soa em tempos muito antigos a este reino : Isto se infere das cores dos escudos que urna
e outra tem, que é de prata e vermelho, e a faxa no meio do escudo, ainda que com al
guma differença, que pode proceder da com que se dao tambem as mesmas armas aos
filhos segundos e terceiros de qualquer casa.
A Gaspar Dias Landim, contador da fazenda das comarcas de Evora e Portalegre, que
era por seu рае da familia dos de Abul, e por sua mäe Landim, se passou brazao de ar
mas dos Landins em 21 de junho de 1539, d'onde consta que süo : em campo de prata
urna faxa vermellia e em chefe urna cabeça de leâo de sua cor; timbre a cabeça de leao
do escudo entre duas azas de oiro.
Assim as aohamos no Cartorio da Nobreza. Villas-boas traz a cabeça de leâo vermelha,
e a do escudo tambem entre duas azas de oiro, o que nao adiamos no registro d'esta
mercê, a cor deve ser aleonada '.
1 Esta mercê foi feite em Lisboa a 16 de abril de 1539, e acha-se o registro na Chancellaría de el-rei
D. Joäo ш, liv. xxvn, fl. 40 v. Diffère na descripçào. — Pegado.
LARA. A familia de Laras foi das primeiras e mais illustres de Hespanha, a sua
varonía vem dos condes de Castella e dos reis de Leâo ; tomou o appellido do senhorio
da cidade de Lara; foi o primeiro conde D. Gonçalo Nunes de Lara.
Sao suas armas em campo vermelho duas caldeiras xadrezadas de oiro e negro, com
oito cabeças de serpes de oiro em cada urna, quatro em cada encaxe, duas voltadas para
fora e duas para dentro ; as caldeiras postas em pala. Alguns querem que as cabeças de
serpe sejam verdes.
Àcham-ве no livre dos reis de armas.
LARACIN. Tem рог armas em campo vermelho urna faxa de prata em duas cal
deiras de oiro ; orla vermelha corn oito aspas de oiro.
Acham-se nos manuscriptos de Freí José da Cruz, reformador do Cartorio
da Nobreza. E familia de Castella.
LARRE. Este appellido foi tomado da villa de Loare, em Hespanha, que está a
qnatro leguas de Huesca. Passou a Portugal e n'este reino leve o emprego de provedor
dos armazens.
Nao se encentra a descripçào do brazâo d'esta familia '.
1 Torna-ee duvidosa esta noticia por ser de letra diversa do original. — Pegado.
LEAL — LECA ХСШ
LEÄO, de JOÄO LOPES DE LEÄO. Esta familia procede de Joâo Lopes de Leâo,
о quai descendía de D. Gil de Leâo, cavalleiro de Burgos em Castella.
Estes trazem pur armas em campo de prata urna cruz de azul, vazia do campo, com
tres bolo tas verdes e os casulos de oiro em cada ponta ; timbre urna aspa azul com as
mesmas tres bolotas em cada ponta das pernas.
Acham-se no livro dos reís de armas.
de prata com um lábaro de oiro na mâo esquerda e n'elle urna Ota com esta letra : In
hoc signo victor eris.
Acham-se em Gonçalo Argote de Molina.
LEDO. Escudo partido em pala ; na primeira as quinas das armas reaes, sem a
orla dos castellos, na segunda em campo vermelho, um castello de oiro ; timbre o mesmo
castello.
LETRA e LIRA. A familia de Leira é originaria de Galliza, e o seu solar na ci
dade de Tui, onde se converleu em Lira a palavra Leira, que significa térra de pao. Pas-
sou a Portugal no reinado de el-rei D. Fernando, Aííonso Gomes de Lira, a quera o
mesmo rei deu a terra de Frazâo e outros bens ; e no de el-rei D. Joao v passou tambem
Pedro Marinho Francoso de Lira, que era da casa da Piconha no dito reino ; este casou
na villa de Barca, e d'elle procedem os que ha em Obidos.
Sao suas armas em campo de oiro cinco bandas de azul ; timbre um lelo de oiro com
cinco bandas, e armado de azul.
Acham-se no livro dos reis de armas.
LEITE. Deixando as fábulas que se tem inventado sobre a origem d'esta fami
lia, leve ella principio na villa de Chaves em Alvaro Pires, a quem chamaram de alcunha
o Leite Coito, que na lingua moderna é o mesmo que leite cozido, lalvez por ser amigo
d'elle. Viveu no tempo de el-rei D. Affonso iv, e foi senhor do morgado de Santa Catha-
rina, que instituiu seu рае Pedro Esteves.
Sao suas armas em campo verde tres flores de liz de oiro em roquete; timbre urna
das flores de liz.
Acbam-se no livro dos reis de armas.
LEME. Esta familia, oriunda de Flandres, teve o seu solar na cidade de Bruges.
Passou a Portugal Martim Lerne, no tempo de el-rei D. Affonso v, a quem servio em
África. Foi fidalgo da casa do dito rei e Ihe confirmou as suas armas a seu fllho Antonio
Lerne em 12 de novembre de 1471. Na ilha da Madeira lern bons morgados, e na Ame
rica a casa de guarda-mór das minas Pedro Dias Paes Lerne.
Sao suas armas em campo de oiro cinco melros negros sera pés nem bicos, poslos em
santor ; timbre urna aspa do mesmo metal e no meio um melro do escudo '.
Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 24. V. Archivo, n.° 257.
1 Âcha-ве esta mercê registada no liv. ni de Místicos, fl. 13 v., e na Chancellaría de el-rei D. Affonso v,
fl. 90 do liv. xxi. Tern difference na descripçào. — Pegado.
LEMES, de MANUEL LEME. Este ramo procede de Manuel Lerne, que vindo a
cair em femea quizeram seus descendentes variar de escudo, e puzeram em campo de
prata 1res melros so, em roquete, sem pés nem bicos ; timbre urna aspa de prata carre-
gada no meio de um dos melros.
Acham-se no livro dos reis de armas.
LEOTE. Esta familia era de Tánger; tomou o appellido de urna façanha que
obrou Francisco Leote lavares em África, junto aquella praça, matando um leâo que о
investiu, como se vé n'um alvará pelo quäl el-rei D. Filippe ni o fez fidalgo, e pelos gran
des serviços que prestara n'aquella praça Ihe deu por armas em campo verde um braco
armado de prata, tendo na máo urna cabeça de leâo de oiro ensanguentada, timbre o
braco com a cabeça do leâo.
Assim constava do dito alvará que existía em poder de Manuel José de Sousa
Leote, chefe d'esta familia, e morador no reino do Àlgarve.
LEXANO. Escudo partido em tres palas ; na primeira em campo azul urna con
trabanda de oiro entre as bocas de duas cabeças de serpe do mesmo metal, um crescente
de prata e urna estrella de oiro ; na segunda em campo de oiro cinco coraçoes de verde,
postos em santor ; na terceira em campo de prata duas caldeiras de negro, em pala.
Assim se encoiitram em um manuscribió antigo.
XCVI LIMA — LOBATO
LIMA. Os Limas sao originarios de Galliza; descendem dos reis godos e dos
suevos. Tomaram o appellido do rio Lima, em cuja ribeira viveram, e foram sempre il
lustres senhores, servindo em Portugal e em Castella. Os de Portugal descendem de
D. Fernando Annes de Lima, que passou a este reino no tempo de el-rei D. Joáo i, que
Ihe deu muitas térras.
Sao suas armas em campo de oiro quatro patos vermelhas, cujas armas deu el-rei
D. Pedro u de Aragao no anno de 1212 a D. JoSo Fernandes de Lima o Born, que se
achou em seu favor na batalha das Navas de Tolosa, pelas grandes acçoes que obrou n'a-
quelle conflicto.
LIMAS, do VISCONDE. Esta casa do visconde (depois marquez) levé principio
em Leonel de Lima, filho e herdeiro de D. Fernando Annes de Lima, e de sua mulher
D. Thereza de Sousa, e foi o primeiro visconde de Villa-nova da Cerveira ; este ordenou
o seu escudo parlindo-o em tres palas ; na primeira as qualro palas vermelbas em campo
de oiro; as outras duas palas esquarteladas ; no primeiro quartel em campo de prataum
leao de purpura armado de azul, que é dos Silvas por sua míe ; no segundo no mesmo
campo de prata tres faxas xadrezadas de oiro e vermelho, que é dos Soutos-maiores por
sua avó materna D. Ignez de Souto-maior ; timbre o leao dos Silvas. Depois Ihe accres-
centaram mais as dos Britos e as dos Nogueiras.
Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 11.
LOBO. Deixando as diversas origens que dão a esta familia, os Lobos de Por
tugal procedem de D. Pedro Paes Lobo, que veiu conduzir a rainha D. Mexia Lopes de
Haro, sua prima segunda, filha do seu soberano e parente o conde D. Lopo Dias de Haro,
senhor de Biscaia; deste procedem por varonia os Lobos da rua de Alconchel de Evora,
Martim Lopes Lobo de Estremoz, Manuel do Quental Lobo em Elvas, Luiz Lobo da Silva
em Lisboa, e por femea os condes de Oriola e outros, barões de Alvito, etc.
São suas armas em campo de prata cinco lobos de negro, em santor, armados de ver
melho; timbre um dos lobos.
Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 13.
LOMELINO. Esta familia é uma das vinte e oito, que em Genova eram antiga
mente contadas como as principaes, e da primeira nobreza d’aquella republica, a que de
pois se foram egualando outras. Passou a Portugal no descobrimento das ilhas dos Aço
7
XCVni LOPES — LORDELLO
res, e acharaos que Jorge Lomelino fundou ou foi senhor do morgado do Seixo na ilha
do Porto-santo, onde casou sua lilha Anna Lomelina com Esteväo Calaça, criado do in
fante D. Henrique.
Sao suas armas о escudo cortado em faxa e arqueado, a parte superior de vermelho e
a inferior de oiro.
Acham-se em Gonçalo Argote de Molina, na sua Nobreza de Andaluzia,
fl. 24.
LOPES. Lopes é patronímico de Lopo; por este principio o tem usado em Por
tugal os Sousas, os Azevedos e os Lobos, с em llespanha os Haros, todos com armas
différentes. Os de que aqui tractamos sao descendentes de Joâo Lopes, cavalleiro da casa
da infanta D. Joanna, íilha de el-rei D. Affonso v, ao quäl por servir em Arzilla e ñas
guerras que o dito rei leve em Castella, Ihe forain dadas por armas em cmpo azul urna
palmeira de oiro, e um corvo negro pousado sobre ella ; timbre o corvo do escudo, cora
um ramo de palma no bico.
V. Archivo, n.° 1190.
LUGO. A familia d'esté appellido é das mais antigás e illustres de Galliza. To-
mou o appellido da cidade de Lugo ; teve grandes e exemplares prelados e famosos ca-
pitáes. Pasearon a Portugal os parentes de Alvaro Annes de Lugo resentidos dos reis
catholicos os mandarem matar, dos quaes foi Fernando de Lugo, que n'este reino foi go-
vernador de Cabo-verde ; instituiu morgado cora obrigaçâo do appellido e armas, e d'elle
descende muita íidalguia.
Sao suas armas em campo vermelho urna cruz de oiro floreteada cora o centro de
verde, que é o vazio, e d'elle saem quatro espigas de trigo do mesmo metal que formam
outra cruz nos ángulos.
Acham-se no livro dos reis de armas, e em Gonçalo Argote de Molina.
>
LUNA – MACHADO CI
campo azul com uma torre de prata com portas, janellas e um canario verde dentro
n’ella, e um leão rompente armado de oiro subindo a torre.
V. Archivo, n.° 667.
LUNA. Esta familia é oriunda de Aragão; foi d’ella D. Alvaro de Luna, grande
valido do rei D. João II de Castella; governou trinta e tres annos aquela monarchia, até
que a inveja e a emulação o fizeram acabar em um cadafalso. Passaram alguns de seus
descendentes a Portugal, de quem procedem muitos fidalgos da provincia de Entre Douro
e Minho.
São suas armas em campo vermelho uma lua de prata minguante, que é com as pon
tas para baixo, e o contrachefe de prata lizo; timbre uma aspa vermelha com um min
guante de prata no meio.
Acham-se no livro dos reis de armas.
M
MAÇAS. É familia de Aragão, que procede de D. Fortum Maça, rico-homem do
rei D. Pedro I d'aquelle reino, ao qual por se achar na batalha de Alcoras com trezentos
homens armados de maças, se lhe deu este appelido. Depois D. Pedro Maça em razão de
se achar na batalha das Navas de Tolosa, em memoria d’estas duas batalhas puzeram elle
ou seus descendentes por armas em campo azul uma maça de oiro em pala e entre duas
cadeas do mesmo metal postas tambem em pala. Passaram a Portugal e a Italia.
Acham-se em Gonçalo Argote de Molina, na sua Nobreza de Andaluzia, fl. 37.
MACEDO. É familia de Portugal, que teve o seu solar em Macedo dos Cavalei
ros, no termo de Bragança, e procede de Ruy Martins de Macedo, senhor de Sanceris,
que viveu no tempo de el-rei D. Diniz. Foi seu filho Gonçalo Rodrigues de Macedo, que
teve o dito senhorio e foi alcaide-mór do castello da Feira, e d’este o foi Martim Gonçal
ves de Macedo, que na batalha de Aljubarrota soccorreu el-rei D. João I matando a Al
varo Gonçalves de Sandoval, cavaleiro castelhano, que lhe tinha pegado na maça, e por
premio d’estereaes
dos direitos feitodelhe fez o mesmo
Bragança e outrossenhor mercê da alcaideria do castello do Outeiro,
muitos. •
São suas armas em campo azul cinco estrellas de oiro de seis pontas postas em santor;
timbre um braço vestido de azul, com uma maça de oiro cravejada de pontas de ferro,
como a clava de Hercules, em acção de descarregar a pancada.
Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 41.
MACHADOS. Da copia de urna carta que tinha em seu poder José Freiré Mon-
terroio Mascarenhas se vé que no anno de 1636 foi feita a seguinte mercê : A Alvaro Ma
chado Pinto e a seu primo irmäo Joáo Machado Moniz e a seu filho Francisco Rodrigues
Machado deu o imperador Fernando u por armas o escudo esquartelado; no primeiro quar-
tel em campo verde tres machados de prata, cora os cabos de oiro em roquete ; no se
gundo em campo negro urna espada de prata e um bastüo de oiro, postos em aspa, en
tre estes quatro letras de prata — F I L E — cuja interpretaçâo quer dizer — Frrdinan-
dm Imperator libentcr fecit; no terceiro em campo azul um coraçâo sanguinho perfilado
e cercado de letras de oiro, que dizem — Spes mea in Deo est; e no quarto era campo de
oiro um galo de cor cinzenta, com algumas pennas negras.
MACHADO DA ROCHA. M. N. feila a Julio Gomes da Silva Sanches Machado da Ro
cha, por alvará de 28 de abril de 1865 : — Escudo esquarlelado; tendo o superior da di-
reita carregado com um leâo rompente de purpura, e armado de azul sobre campo de prata,
e assim o alterno; o superior da esquerda em campo de prata com urna estrella verme-
Iha de seis raios acantonada no ángulo superior á direita, e urna torre negra com um braco
nú armado de sabré azul em acçio de ferir, e a torre firmada em contrachefe de terreno
de sua cor com urna escada de máo encostada á esquerda ; o superior da direita carre
gado com um pelicano de oiro ferindo-se no peito e com tres fllhos collocados em um ni-
nho, sobre campo azul ; coronel de conde.
V. Archivo, n.° 1704.
São suas armas o escudo todo vermelho, esquartelado; no primeiro quartel um leão
de oiro, no segundo uma flor de liz do mesmo metal, e assim os contrarios; timbre o leão.
Acham-se no livro dos reis de armas.
MAGRIÇ0. Não sabemos se esta familia deve a sua origem á dos Coutinhos, e
procede do grande Alvaro Gonçalves Coutinho, de alcunha o Magriço, filho do marechal
Gonçalo Vaz Coutinho, o qual foi um dos cavalleiros portuguezes, que d’este reino pas
saram a Inglaterra a defender as damas d’aquele reino, e depois em singular batalha ou
desafio livrou a Flandres da sujeição de França por fazer serviço á infanta D. Isabel, fi
lha de el-rei D. João I, mulher de Filippe, duque de Borgonha e conde de Flandres.
São suas armas em campo de oiro tres bancos vermelhos com seus pés, postos em
tres faxas; timbre um leão de oiro, com uma estrella vermelha na testa.
Acham-se no livro dos reis de armas.
MAGRO. Este appellido foi tomado da alcunha que teve D. Gonçalo Viegas, que
por ser de constituição secca foi assim chamado; era elle bisneto do grande D. Egas Mo
niz, aio de el-rei D. Affonso Henriques.
São suas armas em campo azul quatro estrellas de oiro de seis raios acantonadas, e
uma cruz de prata chã no meio d’ellas; timbre um leão azul com uma estrella na testa.
Acham-se no livro dos reis de armas. Villas-boas diz cinco estrellas, e a do
meio carregada com uma cruz de prata, o que é contra as regras da
armaria.
MAIA. Os Maias procedem de D. Ramiro II, rei de Leão, por seu bisneto D.
Gonçalo Trastamires da Maia, cujo appelido tomou por ser senhor da terra d’este nome.
São suas armas em campo vermelho uma aguia de oiro armada e gotada de negro;
timbre a aguia nascente. Alguns trazem a aguia preta gotada de oiro em campo verme
lho; timbre a aguia nascente.
Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 22.
MANSILHA. Esta familia traz a sua origem da de RÍOS, que é muito nobre em
Hespanha, e na cidade de Guadalaxara tem grandes casas. Passou a Portugal onde tam
bera logra nobreza. Tem dois escudos de armas, no que se mostra que ha dois ramos. O
primeiro é cortado em faxa, na primeira ein campo de oiro duas faxas ondadas de azul
com uma orla vermelha carregada de cinco cabeças de serpe de verde picadas de oiro,
com sangue ñas cortaduras ; na segunda em campo verde uma torre de prata sobre uma
penha de sua cor, de que sao uma levada de agua, e junto d'ella um freixo de sua cor,
e dois líbreos de prata atados ao freixo. O outro escudo ó partido em pala ; na primeira
em campo vermelho um estoque de prata com guarniçôes de oiro ; na segunda tambera
em campo vermelho uma cabeça de mouro cortada e toucada ao mourisco ; orla azul com
cinco aspas de oiro.
Acbam-se ambos em D. Joäo Flores de Ocaris.
MANIQUE. A familia Pina Manique é uma das mais qualificadas n'este reino.
Sao suas armas o escudo de azul com tres azas de prata estendidas, duas e uma.
MANUEL. Este appellido foi tomado do nome do infante D. Manuel, filho de el-
rei D. Fernando vi de Castella e da rainha D. Beatriz, que era neta de Isaac Angelo,
imperador de Constantinopla, e em contemplaçâo d'esté imperador tomou o dito infante
por armas o escudo esquartelado ; no primeiro quartel em campo vermelho uma mao de
sua cor com uma espada empunhada de prata com as guarniçôes de oiro, e em logar de
braco uma aza aberla, tambera de oiro ; no segundo em campo de prata um leâo verme
lho armado de azul, e assim os contrarios ; timbre a nifio, aza e espada do escudo. Al
guns voltam este escudo, o leâo para o primeiro quartel, a aza cora a mao e espada para
o segundo, e assim os contrarios.
Acham-ee no livro da Torre do Tombo, fl. 11.
duas faxas, a primeira de azul com tres bandas de prata, a segunda tambem de azul com
cinco vieiras de prata em santor; no quarto quartel em azul seis ondas de prata; orla
vermelha com sete castellos de oiro. Traz este segundo escudo D. João Flores de Ocaris
na sua admiravel obra das Genealogias do novo reino de Granada. Não sabemos qual
d’estes escudos pertence aos Marchões de Portugal.
MARINHO. Este appelido, que tem dado assumpto a uma grande fabula, não
teve outra origem mais que a de viverem os seus ascendentes junto á costa do mar, por
cujo motivo lhes chamaram marinhos. É de Galiza e de familia muito nobre. Tem pas
sado a Portugal por muitas vezes, e em allusão ao mesmo appellido tomaram por armas
em campo de prata quatro faxas ondadas, ou quatro ondas de azul; timbre uma serea
com os cabellos de oiro. Villas-boas lhe assigna mais dois escudos: um em campo verde
cinco flores de liz de prata, outro em campo azul cinco meias flores de liz de oiro; am
bos com o referido timbre.
castello de prata e em cada lado uma chave de oiro com os aros para cima. Ha tambem
esta familia em Biscaia, onde tem um grande senhorio.
Acham-se em D. João Flores de Ocaris.
MARQUES (outros). Escudo dividido em faxa; na primeira de oiro uma aguia negra
compassado do mesmo; na segunda de vermelho uma villa de prata com seus muros e
torres com ameias; timbre a mesma aguia. Foram dadas a Antonio Marques de Oliveira,
portuguez, consul em Anvers, por Carlos V, em 24 de abril de 1545.
MARRAMAQUE. É ramo da familia dos Pereiras. Teve este appelido João Ro
drigues Pereira Marramaque, senhor da villa de Cabeceiras de Basto, pae de outro João
Rodrigues Pereira Marramaque, que serviu em Ceuta, e como morreu sem filhos, el-rei
D. Filippe I deu a dita villa e as mais terras da corôa ao famigerado Christovão de Moura.
São suas armas as mesmas dos Pereiras, em campo vermelho uma cruz de prata flo
rida e vazia; timbre uma cruz vermelha florida entre duas azas de oiro,
Acham se no livro dos reis de armas.
MENA. Ë urna das principaes familias da cidade de Toledo. É seu solar no valle
de Mena em Castella a vellia.
Sâo suas armas em campo azul cinco estrellas de oiro de oito raios, postas em santor.
O arcebispo de Sevilha D. Gonçalo de Mena, fundador do mosleiro da Cartuxa da mesma
cidade, acrescenlou as ditas armas com urna orla sanguinlia com oito besantes de prala
carregados de tres faxas de azul, por descender por sua mâe da familia dos Roelas. Ou-
tros Menas trazem o escudo cortado em laxa, na primeira em campo de prata dois lobos
negros passantes, na segunda em campo vermelho duas caldeiras de oiro ; orla sanguinha
com oito aspas de oiro.
Ae primeiras e as segundas aeham-se no livro dos reis de armas, e estas ul
timas acham-se em D. JoSo Floree, torn, ii, arv. xiv, fl. 251, § 2."
São suas armas em campo vermelho um pinheiro verde perfilhado de oiro com raizes
de prata, entre dois leões tambem de oiro, armados de azul; timbre um leão do escudo
nascente, com um ramo de pinheiro na garra direita.
Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 23.
MAZARENGO. Tem por armas em campo de oiro uma cruz de vermelho, mas
siça floreteada; orla vermelha, e n’ella oito cravos de oiro com duas folhas.
Assim as traz o referido Fr. José da Cruz.
MELLO. Esta familia é das mais antigas e illustres de Portugal, e das mais co
nhecidas da Europa, por não haver em toda ella principe, rei, imperador ou senhor grande
que d’ella não tenha tambem sua elevação; tomou o appelido da villa de Mello, que é o
seu solar, de que foi senhor Mem Soares de Mello; foi seu terceiro neto Vasco Martins de
Mello, senhor da Castanheira e outras terras, em cujo poder esteve preso o mestre de
Aviz depois rei D. João I, por industria da rainha D. Leonor Telles e do conde D. João
Fernandes Andeiro, e fez o bom feito de não o matar quando para isso lhe foram apre
sentadas as provisões falsas do rei D. Fernando. Procedem deste fidalgo todas as casas
que n'este reino ha de tão illustre appellido.
São suas armas em campo vermelho seis besantes de prata entre uma cruz dobre e
bordadura de oiro; timbre uma aguia negra estendida, armada e besantada de prata.
Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 10.
chamado Zufen, que era mouro; em attenção a este serviço el-rei D. Manuel lhe deu por
armas em campo azul uma torre de oiro com as portas e frestas de negro, e n’ella seis
bombardeiras com seis peças de sua côr; timbre a mesma torre. Passou-se o brazão
d’estas armas em 1512 ".
Acham-se no livro dos reis de armas.
MENA. É uma das principaes familias da cidade de Toledo. É seu solar no valle
de Mena em Castella a velha.
São suas armas em campo azul cinco estrellas de oiro de oito raios, postas em Santor.
O arcebispo de Sevilha D. Gonçalo de Mena, fundador do mosteiro da Cartuxa da mesma
cidade, acrescentou as ditas armas com uma orla sanguinha com oito besantes de prata
carregados de tres faxas de azul, por descender por sua mãe da familia dos Roelas. Ou
tros Menas trazem o escudo cortado em faxa, na primeira em campo de prata dois lobos
negros passantes, na segunda em campo vermelho duas caldeiras de oiro; orla sanguinha
com oito aspas de oiro.
As primeiras e as segundas acham-se no livro dos reis de armas, e estas ul
timas acham-se em D. João Flores, tom. II, arv. xiv, fl. 254, § 2º
espada de prata com guarnições de oiro; a segunda pala de oiro liza; timbre o braço
com a espada.
MENDONÇA. Esta familia é uma das mais antigas e esclarecidas de Hespanha.
Tomou o appellido da villa de Mendonça em Biscaia, e procede dos senhores soberanos
d'aquelle senhorio : foi o primeiro D. Gonçalo Lopes de Mendonça. Passou a Portugal no
tempo de el-rei D. Diniz, D. Fernando Furtado Inigues de Mendonça, filho terceiro de
D. João Furtado de Mendonça, senhor de Mendibil, e d’elle procedem as casas de Valle
de Reis, do Rio, alcaides-móres de Mourão, e os Mendonças do Campo de Santa Clara.
São suas armas o escudo franxado; nos campos alto e baixo em verde uma banda ver
melha coticada de oiro, nos das ilhargas em campo de oiro um — S-— de negro; timbre
uma aza de oiro carregada de um — S — do escudo. Os Mendonças Laços trazem em lo
gar dos — SS — esta letra—- Ave Maria —; mas não os ha em Portugal.
MENDONÇAS ARRAES. Em Ruy Arraes de Mendonça se uniram estas duas fa
milias, o qual era por seus paes Arraes, e por sua mãe Mendonça, de quem descenderam
n'este reino dois insignes secretarios e ministros de estado, e todos os verdadeiros Men
donças Arraes.
São suas armas o escudo esquartelado; no primeiro quartel em campo vermelho nove
folhas de golfão de oiro, em tres palas; no segundo as dos Mendonças, e assim os con
trarios; timbre um arraes de barco nascente, nú, cheio de cabellos, tudo de sua côr, com
um remo de oiro ás costas. |
São suas armas em campo vermelho uma serpente de prata picada de verde e amedron
tada de uma aguia de oiro, armada de azul, que está sobre ella; timbre meia aguia de
oiro, estendida.
Acham-se no livro dos reis de armas.
MENEZES. Esta familia é uma das mais antigas e illustres de Hespanha, porque
tem varonia real e procede de el-rei D. Fruella II de Leão por D. Pedro Bernardo de
S. Fagundo, seu quinto neto: d'este foi filho D. Tello Pires de Menezes, primeiro senhor
de Menezes, de que tomou o appelido, o qual foi pae de D. Afonso Telles de Menezes,
que de duas mulheres com quem casou (a primeira D. Tareja Rodrigues, filha de Ruy Gon
çalves Girão, e a segunda D. Tareja Sanches, filha de el-rei D. Sancho I de Portugal) teve
numerosa descendencia, que se dividiu em diferentes ramos, de que procedem as illus
tres casas que hoje tem, e procederam outras que já se extinguiram.
As suas primeiras armas são : em campo de oiro um anel do mesmo metal perfilhado
de vermelho, com um rubim n’elle; timbre uma donzella nascente vestida de brocado,
com um escudo como o das armas na mão direita, e os cabellos soltos.
Acham-se no livro dos reis de armas.
São suas armas esquarteladas, todo o campo de prata; no primeiro uma cana de mi
lho, com tres folhas caidas de sua côr; no segundo tres rosas de sua côr, com suas fo
lhinhas verdes, em banda; assim o terceiro; e no quatro um cobra de sua côr.
Acham-se na egreja de Nossa Senhora a Velha, em Villa-boa do Bispo, que
tem mais de quatrocentos annos de antiguidade; no livro dos reis de ar
mas, e em Villas-boas.
MIREZ. Escudo de azul com uma torre de prata, e uma flor de liz em cada um
dos quatro cantos do escudo; bordadura de vermelho, com quatro aspas de oiro.
MOLINA. Esta familia é uma das quatro primeiras e principaes de Hespanha; .
teve por ascendentes os antigos reis de Leão; tomou o appellido da cidade de Molina, de
MONIZ — MONTEIRO CXV
que foi primeiro senhor o conde D. Manrique de Lara, pae da rainha de Portugal D. Ma
falda, mulher de el-rei D. Affonso Henriques.
São suas armas em campo azul uma torre de prata, mostrando por baixo uma mó de
moinho do mesmo metal, entre tres lizes de oiro; orla vermelha com oito aspas de oiro.
Acham-se no livro dos reis de armas, e em Gonçalo Argote de Molina, na
sua Nobreza de Andaluzia, fl. 159.
São suas armas em campo azul cinco estrellas de oiro, de oito raios, em santor; tim
bre um leopardo de azul, com uma estrella do escudo na testa.
Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 11.
MONROY. Desta familia trata largamente Jeronymo d'Aponte. É uma das illus
tres de Hespanha. Fernão Peres de Monroy, copeiro-mór de el-rei D. Sancho IV, povoou
a villa de Monroy, que é na Estremadura, e lhe pôz por nome o seu appelido. D. Filippe IV
a fez marquezado, e foi o primeiro marquez D. Fernando de Monroy. Passou esta familia
a Portugal, e na India foi capitão da cidade de Goa D. Guterre de Monroy, e seus irmãos
D. Francisco e D. João de Monroy serviram no mesmo estado com distincto valor.
São suas armas esquarteladas; o primeiro quartel de vermelho com um castello de
oiro, o segundo xadrezado de azul e prata de tres peças em faxa e cinco em pala, e as
Sim OS COI trari0S.
Acham se no livro dos reis de armas.
MONTALV0. Esta familia tem por armas em campo azul uma aguia de prata
estendida, com uma só cabeça; timbre a mesma aguia.
Acham-se no livro dos reis de armas.
MONTEIRO. Esta família diz José Freire Monterroio, contra a opinião dos mais
nobiliaristas, que procede de um fidalgo por nome D. Monteiro, o qual vivera na villa de
Trovões no tempo de el-rei D. Sancho I, a quem as escripturas antigas, que se escreviam
CXVI MONTEIRO – MONTE
em latim, chamavam Dominus Montairus, que d'elle tomaram seus filhos e descendentes
o patronimico por appellido, e em alusão a ele puzeram por armas em campo de prata
tres buzinas de preto com bocaes de oiro e cordões vermelhos, em roquete; timbre duas
buzinas postas em aspa, atadas com um torçal de prata.
Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 39.
MORELLI. Esta familia é oriunda de Florenca, e urna das quarenta e oito que o
gra-duque Alexandre de Mediéis escolheu para senatorias, e o foi Ludovico Morelli pelos
annos de 1532 ; passou a Portugal na pessoa de Joäo Morelli, que em 154i mostrou a no-
breza da sua pessoa e dos seus ascendentes ; el-rei D. Joäo m Ihe confirmou as suas ar
mas que sao : em campo vermelho dois bracos de leao de oiro postos em aspa, e entre
elles no chefc urna flor de liz do mesmo metal, sem a folha do meio ; timbre os dois bra
cos na mesma postura atados com um listäo vermelho '.
Acham-se na sepultura de Bento Morelli, seu descendente que está na egreja de
Santo AntSo ovelho, da cidadc de Lisboa, boje chamada o Colleginho, e
no livro dos reie de armas.
MORELLIS (outros). Ha esta familia tambem em Franca, e pode ser que d'a-
quelle reino passassem alguns a Portugal, e que seja d'esta familia o seguinte escudo que
temos visto ñas memorias dos reis de armas.
Em campo de oiro um leao de sua cor com um rodizio de nioinho na mao, por modo
de broquel e preto ; timbre o leao nascente cora o rodizio como o do escudo.
tambem de prata no fundo do escudo; timbre dois bordões de romeiro de prata em aspa,
e entre elles uma das vieiras.
Acham-se no livro dos reis de armas.
1 Esta mercê feita a Gomes de Amorim (sic) acha-se registada no livro I, fl. 43 da Chancellaria
##" D. João III, e foi dada em Evora era ut supra, por descender da geração dos Calheiros. — Pe
gado.
MOSCOSO. Esta familia é uma das mais illustres e antigas de Hespanha, pois
se descobre pelos annos de 690 em dois bispos, um de Orense e outro de Lugo, ambos
irmãos, o primeiro chamado Fructuoso de Moscoso, e o segundo Potencio de Moscoso, fi
lhos de Ataulfo de Moscoso, que assistiram nos concilios xy e XVI de Toledo. Tem gran
des casas em Castella e Andaluzia; e tem tambem passado a Portugal por casamentos, e
d’ella procedem muitos fidalgos da primeira grandeza.
São suas armas em campo de prata tres cabeças de lobos da sua côr cortadas em san
gue, postas em pala: alguns trazem tres cabeças de leões vermelhos, e em roda do escudo
aquelles versos que dizem:
Non nos a sanguine Regum •
MOTTAS (outros). Foi desta familia o dr. Jeronymo da Motta, filho de Hen
rique da Motta, escrivão da camara de el-rei D. João III, que sendo graduado na Univer
sidade de Senna em Italia, e sendo occupado pela republica em varios negocios de embaixa
das de que deu boa conta, e defendendo a porta Camilla da mesma cidade no tempo em
que estava sitiada por um grande exercito de inimigos; em attenção a este e outros mui
tos serviços lhe fez aquella Senhoria mercê de dar-lhe as suas armas para accrescentar ás
dos Mottas, e assim esquartelou o seu escudo, pondo no primeiro quartel um leão de prata
coroado de oiro em campo vermelho, no segundo as dos Mottas, e assim os contrarios;
timbre o leão do escudo nascente ".
villa de Moura, da qual fez mercê a rainha D. Beatriz, mulher de el-rei D. Affonso III, a
seu neto (do dito Pedro Rodrigues) Vasco Martins Serrão de Moura, parente da mesma
senhora, e foi o solar da sua familia. Teve n'este reino os marquezes de Castello Rodrigo,
os senhores da casa de Azambuja, e outras muitas casas illustres.
São suas armas em campo vermelho sete castellos de prata em tres palas, sendo tres
na do meio, e duas em cada uma das dos lados; timbre um castello do escudo.
+ Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 12.
MOURÃO. E familia antiga, que procede de D. Arnaldo de Baião por seu sexto
neto D. Mourão Pires, pae de D. Gonçalo Mourão, de quem falla o conde D. Pedro. Deste
por varonia legitima foi descendente Afonso Mourão, que viveu na villa de Mezão-frio,
bisavô do dr. Lourenço Mourão Homem, desembargador do Paço em 1608. Tem n’este
reino o morgado da Comieira, instituido por Diogo Alvares Mourão e por seu filho o
dr. Balthazar Alvares Mourão, irmão tambem de D. Antonio Alvares Mourão, bispo de
Coimbra. Ornou tambem esta familia Fernão Pires Mourão, desembargador do Paço, su
jeito de grande virtude e letras.
São suas armas em campo verde duas faxas de oiro, e no meio d’ellas um castello de
prata; timbre o castello.
Acham-se no livro dos reis de armas.
sou esta famiiia-a Portugal, e n'este reino tem tido pessoas muito distinctas e de conhe
cida nobreza. -
São suas armas um escudo esquartelado, no primeiro quartel em campo de oiro uma
cruz sanguinha, florida, no segundo no mesmo campo de oiro tres faxas sanguinhas, e
assim os contrarios; orla de vermelho com uma cadea de prata.
Assim as traz Gonçalo Argote de Molina.
N
NAPOLES. Este appelido trouxe a Portugal no tempo de el-rei D. Afonso Iv,
Estevão de Napoles, que era filho do infante D. João de Napoles, principe da Morea, neto
de el-rei Carlos II e de madama Maria sua mulher, filha unica de Santo Estevão rei da
Hungria, e bisneto de Carlos I rei de Napoles e Sicilia, duque d'Anjou, conde de Provença,
infante de França e irmão de S. Luiz, filhos ambos de Luiz VIII rei de França. Passou
o dito Estevão de Napoles a Portugal, e se achou na batalha do Salado; foi seu filho Leo
nardo Esteves de Napoles, que dando-lhe o dito rei de Portugal o foro de seu vassallo, que
era n'aquelle tempo de grande estimação, ficou n’este reino, e o casou com D. Margarida
Annes, filha do conde D. João Affonso Tello de Menezes e de D. Thereza Sanches sua mu
lher, filha bastarda do rei D. Sancho de Castella; foi n'este reino senhor das villas de Cea,
Penella, e toda a veiga de Santa Maria, por cujo motivo tomaram muitos dos seus des
cendentes o appelido de Veigas. .
São suas armas um escudo esquartelado, no primeiro em campoºsanguinho uma aguia
de oiro estendida, no segundo em campo azul tres flores de liz de oiro, e assim os con
trarios; timbre a aguiaAcham-se
•
do escudo.
no livro dos reis de armas.
D. Rodrigo de Names, рае de outro do mesmo nome, que passou a Portugal, e casou
n'este reino, e foi seu fillio Francisco de Narvaes, bisavô de Valerio José de Freitas de
Narvaes, cavalleiro da ordern de Christo, governador do castello da cidade de Lisboa, com
patente de ajudante em 1793.
Sao suas armas em campo vermelho cinco lizes de prata, postas em santor; timbre
urna das lizes.
Acham-se em Gouçalo Argote de Molina, a fl. 236.
NAVAS. Tem esta familia por armas em campo vermelho um castello de oiro
entre qualro barras do mesmo metal, que formam urna lisonja ; orla vermelha com oito
aspas de oiro.
Assim se passaram em um brazâo a Bernardino José do Amaral Sousa e Navas de Fi-
gueiredo, do logar de Mizarella, termo e comarca da villa de Linhares, aos 22 do mez de
abril de 1784.
NEGRÄO. O appellido Negrao em Portugal é o mesmo que Negron em Castella
e Negrona em Genova, é urna das vinte e oito familias senatorias d'aquella república ;
d'esta passaram a Hespanha em tempo de Filippe i Bartholomeu de Negron e Paulo Ba-
ptista Negron dos quaes ficou numerosa descendencia, que se estendeu por Sevilha, Va-
Ihadolid, Xerez de la frontera, Cádiz e outras terras, d'onde suppomos que tambein passou
a Portugal e d'ella descenderán! о desembargador Dionysio Esteves Negrâo e seu filho о
desembargado!' Manuel Nicolau Esteves Negrâo, que foi chanceller-mór do reino, etc.
Sâo suas armas em campo de oiro tres bastóes negros firmes.
Àcham-se em Gonçalo Argote de Molina, na sua Nobreza de Andaluzia, fl. 241.
em pala, o assim os contrarios; timbre um leâo de azul nascente com tres palas de
oiro.
Acham-se no Hvro da Torre do Tombo, fl. 19.
NEfiRILHOS. Nada podemos apurar d'esta familia, cujas armas sao: em campo
azul urna banda vcrmelha, colicada de oiro, carregada de seis cruzes de oiro entre qua-
tro flores de liz do mesino metal.
Assim as traz Fr. José da Cruz no seu Hvro muitaa vezes mencionado.
NETO. O appellido de Neto ja o havia em Portugal em Pedro Neto que foi tes-
temunlia em urna escriplura do mosteiro de Loivao em 1168, como escreve Fr. Antonio
llrandiSo. Passtiu a Cidade Rodrigo d'onde se estendeu até Salamanca, e em ambas teve
casas muito distinctas e íidalgos conheddos. No reinado de D. Manuel veiu de Salamanca
a este reino Pedro Goriçalves Neto, que foi рае de D. Braz Neto, enviado de Portugal em
Roma e bispo de Cabo-verde; este e seu irmâo provaram serem dos Netos de Salamanca
e pertcncerem-lhe suas armas, e se Ibes mandaram registar.
Sao estas um escudo partido em pala, a primeira vermelha e a segunda de azul : sobre
ambas um leâo de oiro armado de prata ; orla de oiro com quatro folhas de figueira acan
tonadas, de verde, e quatro lizes de azul em cruz ; timbre o leâo do escudo com urna
folha de figueira sobre a testa '.
Acham-sc no livro da Torre do Tombo, fl. 40.
1 Esta mercó feita a Rraz Neto cm 12 de setembro de 1515, acha-ae registrada na chancellaría de D. Ma
nuel, liv. 11 fl. 124, e Ih. O de Místicos fl. 142. — Pegado. — A mercó fcita a Simào Neto, irmâo do dito
Braz Neto, dada em 28 de novembro de 1534, acha-ве registrada na chancellaría de el-rei D. JoSo ni
liv. 20 fl. 80 v.
NOAYN. Tem por armas em campo de prata dois lobos de azul; orla verme
lha com oito aspas de oiro.
Assim se acham no livro de Fr. José da Cruz.
rio de prata o azul, e junto da torre urna cabeça de raouro toucada de prata, e cortada
em sangue ; timbre uin braco armado de prata, com a cabeça do mouro pendurada pelos
cabellos. Ha tambera t-sla familia na cidade de Elvas e em Lisboa.
NOBREGA. Tomaram os Nobregas o appellido do castello de Nobrega junto do
reino de Galliza, que é o seu solar. E familia antiga, que leve o desembargador Gaspar
de Nobrega, que em 1337 justilicou a sua nobreza, e se Ihe passou brazáo de armas d'esta
familia por mostrar descender d'ella.
Sao estas armas em campo de oiro quatro bastóos sanguinhos, em pala.
A Manuel de Nobrcga se passaram estas mesmas armas com um acor negro armado
de oiro no meio do escudo; timbre de ambos um leao de oiro nascente com um baslâo
do escudo ñas irnos '.
1 A mercó feita a Gaspar de Nobrega em 14 de fevereiro de 1537, acha-ee registrada no livro 23 da
chancellaría di; el-rcí D. Joào ш a fl. 44 v. — A mercó feita a Manuel de Nobrega nao se acha regis
trada. — Pegado.
NORONHA. Esta familia é urna das mais illustres de Portugal : descende dos
reis d'esté reino, dos de Castella, e dos de Leâo por D. Affonso, conde de Noronha e Gijon
lilbo ¡Ilegitimo do reí D. Henrique u de Castella, e por sua mulher D. Isabel filha ¡ilegi
tima de el-rei D. Fernando de Portugal; o appellido da villa de Noronha ñas Asturias de
que foram senhores, e d'esté illustre consorcio ti verain por filho a D. Pedro de Noronha
que foi arcebispo de Lisboa, o qual em Branca Dias Perestrella, mulher riobre, teve entre
outros lilhos a D. Pedro de Noronha que foi o mais velho; e d'elle foi quarto neto por le
gitima varonía Ü. Thomaz de Noronha, terceiro conde dos Arcos, titulo que alcançou por
casar com D. Magdalena de Hourbon berdeira d'esté condado, e filha de D. Luiz de Lima
primeiro conde, em cujos descendentes permanece esta casa. Foi filho segundo do dito arce
bispo e da dita Branca Dias Perestrello, D. Martinho de Noronha que casando com D. Guio-
mar de Albuquerque lilha herdeira de Fernáo de Albuquerque, senhor de Villa-verde,
foi elle por este casamento senhor da dita villa, que logrou depois o titulo de condado em
seu quarto neto D. Antonio de Noronha, por merce de el-rei D. Joao iv : e d'esté foi filho
D. Pedro Antonio de Noronha, primeiro marquez de Angeja, de cuja casa passou o san-
gue dos Noronhas á de Marialva por seu filho terceiro D. Diogo de Noronha, terceiro mar
quez, por casar com D. Joaquina de Menezes herdeira d'esta illustre casa, e últimamente
passou d'esta por seu íilho segundo D. Rodrigo Antonio de Noronha e Menezes á casa
dos Soares da Cotovia.
As armas pertencentes a esta familia, que usam as ditas duas casas de Arcos e Angeja,
sao um escudo esquartelado, no primeiro quartel as armas de Portugal com um filete
negro em contrabanda ; o segundo manlelado com o primeiro e segundo de prata, em cada
um seu leao de purpura bataillantes, o terceiro sanguinho com um castello de oiro e urna
CXXVI NORONHA — NUNES
orla composta de dezoito pecas, nove de oiro e outras nove de veiros de prata e azul ; e
assim os contrarios ; timbre um leáo do escudo nascente.
Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 9.
NORONHAS, de ODEMIRA. Tem por armas em campo de prata urna aspa ver-
melha cora cinco escudetes das armas reaes ; timbre um cavallo de prata nascente, com
redeas vermelhas e tres feridas no pescoço.
Acham-se no referido livro de Fr. José da Cruz.
NORONHA. V. Loronha.
NOVAES e NÀVAES. O conde D. Pedro da principio a esta familia em D. Pedro
de Novaes, o velho, corn geraçâo continuada; e tractando dos Pimenteis traz outros Novaes,
do que Fr. Filippe de Lagandara tem para si que houve em Galliza duas casa de Novaes
distincta urna da outra no mesmo lempo : o seu solar n'aquelle reino era o castello de No
vaes, porém passando a Portugal com o conde D. Henrique, Affonso Fernandes de Novaes
pelos annos de 1090, fundaram n'este reino outro solar com o mesmo nome no districto
de Guimaráes. Foi neto do referido Affonso Fernandes de Novaes, Vasco Fernandes de No
vaes, que se achou na tomada de Lisboa, e viveu no referido solar, o quai foi рае de Fer-
nâo Vasques de Novaes, рог quern se continuou este appellido.
Sâo suas armas em campo azul cinco novellos de prata postos em san tor; timbre urna
aspa azul entre dois novellos como os do escudo.
Assim as traz Villas-boas, Nobiliarchia, pag. 311.
NUNES (outros). Tem por armas em campo de oiro uma palma de verde; tim
bre um leão de sua côr, com um ramo de palma nas garras.
Assim se acham em um manuscripto antigo de um rei de armas.
• NUNES, de LARA. São as armas d’esta familia em campo vermelho duas cal
deiras de oiro faxadas de negro, com sete cabeças de serpes em cada encaixe das azas.
Assim as traz no seu livro o referido Fr. José da Cruz.
()
0CHOA ou UCHOA. É familia de Navarra, d’onde passou com o conde D. Hen
rique á conquista de Portugal, Martim Henriques Ochoa, fidalgo d’aquele reino da casa
d’este appellido. D'elle foi quarto neto Pedro Affonso Ochoa, rico-homem de el-rei D. Di
niz, e d’este foi tambem quarto neto Affonso Vaz Ochoa, moço fidalgo da casa de el-rei
D. Afonso V, e bisavô de Francisco Ochoa, de quem descendeu por varonia o bacharel
Francisco André Ochoa, natural de Irada, jurisdicção de Bragança.
São suas armas em campo de prata dois lobos de azul passantes; timbre um dos lobos.
Acham-se em Gonçalo Argote de Molina, fl. 73 v.
1 Esta descripção torna-se duvidosa por ter letra diferente do original. — Pegado.
OLDEMBOURG ou OLDEMBERG. É familia do reino de Dinamarca, da cidade
de Oldembourg. Passou a Portugal Martinho Oldembourg, que era filho de Antonio Gou
tier, conde de Oldembourg, e de Sophia Catharina, filha de Alexandre, duque de Holsace
sunderburg; dos ditos foi filho Feliciano Velho Oldembourg, pae de Martinho Velho da
CXXVIII OLIVA — OLIVEIKA
ORDONHA. Sao suas armas em campo de prata dez armellas sanguinhas : orla
azul com quatro flores de liz de oiro em cruz, e quatro coracoes do mesmo metal.
Assim as traz o referido livro de Fr. José da Cruz.
OSCARIS. É familia de Castella : sâo suas armas em campo de oiro tres faxas
de negro : orla sanguinha cora oito aspas de oiro.
Assim se acham no manuscripto de Fr. José da Cruz.
OSMA. Este appellido parece ser tomado da cidade d'Osma.
Sao suas armas o escudo partido em pala ; na primeira em campo azul duas espadas de
prata cora os copos de ojro e as ponías para cima, cruzadas ou postas em aspa, e entre
as ponías das mesmas urna flor de liz de oiro; na segunda em campo de prata um leao
vermelho ; timbre o leao.
Acham-se no livro dos reis de armas.
OSORES. O appellido de Osores parece ser corrupçSo do de Osorios. Descende
da casa dos Ulhnas : Ira/cení as suas armas, que s3o o escudo xadrezado de prata e ver
melho, tres pecas em faxa e cinco em pala.
Acham -se ein Gonçalo Argote de Molina, e no livro dos reis d'armas.
CXXX OSORIO – PACHECO
OVANDO. Tem por armas em campo de prata uma cruz sanguinha floreteada,
entre quatro vieiras sanguinhas, orla da mesma côr carregada de oito aspas de oiro.
Tral-as o referido livro de Fr. José da Cruz.
P
PACHECO. Deixando as opiniões que dizem proceder esta familia de Lucio Ju
nio Pacieco, contemporaneo de Julio Cesar; é certo que ella é das mais antigas d’este
reino. O conde D. Pedro, a deduz de D. Fernão Jeremias, que veiu a Portugal com o
conde D. Henrique a quem serviu valerosamente; d’este foi terceiro neto Fernão Rodrigues
Pacheco, o primeiro que usou deste appellido, e aquelle valoroso alcaide do castello de Ce
lorico, que defendeu pelo rei D. Sancho II, contra o conde de Bolonha. Foi seu filho João
Fernandes Pacheco, pae de Lopo Fernandes Pacheco, grande privado do rei D. Afonso IV
a quem acompanhou na batalha do Salado, e o mesmo rei o fez seu rico homem de pen
dão e caldeira, em cuja memoria puzeram seus descendentes por armas em campo de oiro
duas caldeiras de negro com tres faxas cada uma de veiros de oiro e vermelho, e as azas
da mesma forma, com quatro cabeças de serpes negras nos encaxes das mesmas azas,
PACHECO — PAES CXXXI
duas voltadas para dentro e duas para fora, vindo a ter cada caldeira oito cabeças de
serpe ; timl)re dois pescoços de serpe de oiro bataillantes, armados de sanguinho.
Acham-ве no livre de armarías я fl. 17.
PADILHA. Esta familia é urna das mais antigás e illustres de Hespanha. A mais
seguida opiniâo é que tomou o appellido do logar de Padilha, visinho de Miranda de Cas-
tro-xerez, junto a Burgos, porque foram senhores e povoadores d'elle : porém a maior
honra que esla familia receben foi entrar na casa real de Hespanha, e d'esta em todas as
mais da Europa pelo casamento de D. Pedro o Crû com D. Maria de Padilha, como elle
depoz com juramento e depois se verificou em sua neta D. Catharina, mulher de el-rei
D. Henrique m. Teve qualro mestres na ordern de Calatrava, um na de Sant'Iago, e mui-
tos annos andou n'ella o emprego de adiantado-mór de Castella. Passou a Portugal, onde
proceden d'ella Pedro Norberto de Arcourt e Padilha, secretario do Desembargo do Paco na
reparticáo do Minho.
Sâo suas armas em campo azul tres pás de prata entre nove crescentes do mesmo me
tal, tres em chefe com as ponías para baixo, tres no contrachefe com as pontas para cima,
e os outros tres em faxa, dois com as pontas para a parte esquerda e o terceiro com as
ponías para a direita ; limbre uma aguia negra volante.
Acham-se no livro dos reis de armas.
PADRÄO. Esta familia lern as mesmas armas que as dos Caaos, pelo que se pré
sume que descendem de Diogo Caâo, a quem ellas foram dadas. V. Caao.
PAES. Este appellido é о patronimico do nome proprio Paio, muilo antigo n'este
reino, porque ja D. Paio Paes foi alferes-iiiór de D. Afl'onso Henriques na batalha do campo
СХХХП РАШ — PAIVA
de Ourique : о mesmo appellido teve D. Gualdim Paes, mestre dos templarios em Portu
gal, e outros muitos lidalgos, que traz o conde D. Pedro. Porém onde se fez mais famoso
fui em Alvaro Paes, clianceller-mór d'esle reino, cujos descendentes tiveram grandes em-
pregos na casa real.
Sao suas armas em campo azul nove lisonjas veiradas de oiro e vermelho, postas em
tres palas ; timbre um pavâo de sua cor.
Acbam-se no livro doe reia de armas, e consta ве paaaou d'ellas brazäo a Gas
par Rodrigues Paes Esteves em 1666.
PALHAVÄ. Junto da cidade de Lisboa está o sitio de Palhavâ", que deu appellido
a esta familia, e lern morgado instituido por Joanne Annes Palhavâ, com capella em S. Do
mingos da dita cidade, onde se adía enterrado o seu lilho e suas niultieres; foi senhor do
dito morgado Jorge Gomes de Carvalhosa Palhavá, que em 1540 requeren brazâo de suas
armas, e sao as (Testa familia em campo azul um mollio de pallias e espigas de trigo de
oiro atados com urna lita vermelha, entre quatro torres de prata acantonadas; timbre dois
bracos armados de prata, tendo ñas míos um feixe de trigo do escudo atado com fita
veraielha '.
Acham-se no livro dos reis de armas.
1 Este mercó feite *o dito Jorge Gomes de Carvalhosa Palhava acha-se registrada na chancellaría
de el-rei 1). JoSo ni, liv. L, fl. 201 v., e tem a data de 31 de julho de 1540. — Pegado.
PALLE. Este appellido de Palle foi tomado da fortaleza de Palle na India, onde
Francisco Monteiro, soldado portuguez, da familia dos Monteiros, valeroso ñas guerras
d'aquelle estado, fez mnilas proezas, a ponto de que merecen ser cliefe de familia nova,
e el-rei D. JoDo ni entre outras mercês Ihe deu por armas em campo vermelho unía serra
de sua cor, com penhascos realçados de prata. no alto d'ella dois baluartes com um muro
de um ao outro, caido por térra por duas pecas de arlilheria, que atiram a elle, as pe
cas de sua cor, montadas em carretas de oiro, no alto do muro um braco armado de prata
com urna adaga do inesnio metal na mao, com os copos de oiro; timbre o braco com a
adaga na mâo '.
Acham-se no livro dos reis de armas. V. Archivo, n.° 829.
1 Eat* mercê foi feita por el-rei D. Joäo m ao dito Francisco Monteiro de Palle em 12 de marco de
1548, e acha-se registrada no liv. n de Privilegios, fl. 17G. — Pegado.
PALMA. Esta familia teve a sua origem em um dos logares que ha em Portu
gal d'esté nome ; loi d'ella José Carlos da Palma, natural da villa de Obidos, das princi-
cipaes familias d'aquella térra, governador da praça de Castello de Vide e um dos bons
soldados que teve este reino. Na dita villa de Obidos inslituiu um morgado, cuja admi-
nistraçâo licou a sua íilha D. Antonia Luiza de Menezes da Palma. Em Ceuta tambem
houve esta familia, onde governaram militas vezes aquella praça na ausencia dos marque-
zes de Villa-real, capitfies-móres e governadores d'ella : dos ditos procede Luiz de Mes-
quita Alcoforado e Mello,
Sao suas armas em campo de oiro urna palmeira verde sobre um monte de sua cor;
timbre a palmeira.
Acham-se no livro doe reis de armas.
PÁRENTE. Este appellido deu el-rei D. Filippe iv a Bento Maciel Párente em at-
tencáo aos muitos services que Ihe fez, e a este reino por espaço de quarenla annos ñas
partes da America, em conquistas e guerras, edificando fortalezas e destruindo outras, ba-
talhas navaes e terrestres, e outros muitos e grandes services em que poz em perigo a
sua vida; deu-Ihe o foro de moco fidalgo, térras e jurisdiccoes de juro e herdade, e por
armas uní escudo esquartelado : no primeiro quartel em vermelho urna onça ou tigre de
oiro malhado de azul ; no segundo em um mar de prata urna canoa de sua cor, e dentro
d'esta apparecendo as caberas de seis homens que váo remando ; no terceiro em campo
azul urna fortaleza de prata sobre uni monte de sua cor, que säe de um rio de prata e
azul ; no quarto em verde urna penha de sua cor picada de oiro com urna cova na falda
e n'esta tres barras de oiro, e o conlrachefe de todo o escudo ondado de azul e prata ;
timbre o tigre.
Assim as vimos no registro do brazào do capitào Vital Maciel Párente, filho
do dito Beuto Maciel, passado em 1652 '.
1 Nao existe este registro na Torre do Tombo. — Pegado.
tro faxas cinco, e nos das ilhargas os castellos; e outra memoria que vimos traz por tim
bre um braço armado com uma espada na mão.
PATO. Esta familia é antiga, o seu appelido foi alcunha. A pessoa mais antiga
de que temos noticia foi D. Egas Pato, fidalgo honrado no tempo de el-rei D. Afonso III
como consta do livro das suas inquirições. Conserva-se esta familia nobre na comarca de
Torres-Vedras, em Alcochete, no Torrão e em outras terras.
São suas armas em campo de prata nove lisonjas em tres palas veiradas e contravei
radas de azul e vermelho, sendo a côr superior azul e a inferior vermelha; timbre um
pato de prata armado de vermelho.
Acham-se no livro dos reis de armas.
PAZ. Esta familia tem por tronco o infante D. Pedro, filho de D. Affonso XI, rei
de Castella e Leão, chamado o Sabio. Casou D. Pedro no anno de 1281 com D. Marga
rita, filha do senhor de Narbona, de cujo illustre matrimonio nasceu D. Sancho de Paz,
assim chamado por ter acompanhado seu pae na guerra contra os reis mouros de Granada,
Fez e Marrocos, pelejando com tanta bizarria, e alcançando tão brilhantes victorias que
contribuiu poderosamente a dar aos hespanhoes a paz de que tanto careciam. D. Sancho
de Paz acima foi senhor de Ledesma, e teve muita descendencia que se estendeu por Cas
tella, Leão, Salamanca e cidade Rodrigo. Passou a Portugal com Luiz Alvares da Paz,
commendador de Paradimas na ordem de Malta, furtar por 1). Branca Maldonado e matar
outro fidalgo que pretendia casar com ella; foi sua neta Branca da Paz mulher de Rui da
Silva Telles, de quem descendeu Luiz Correa da Paz, fidalgo cavaleiro em 1705, depu
tado da Junta do commercio e rico negociante na praça de Lisboa; instituiu varios mor
gados e casou com D. Josepha Thereza de Mello da Silva, filha de Pedro de Brito de Mello,
de quem procede por varonia e vive actualmente Luiz Patricio Telles de Mello d'Almeida
Malheiro Sanches de Baena de Brito Freire e Albuquerque, nascido em 8 de outubro de
1824, e primo do auctor da presente obra.
São suas armas um escudo partido em pala; na primeira em campo azul dez besantes
de oiro em tres palas, tendo quatro besantes a pala do meio e tres cada uma dos lados;
na segunda em campo de oiro um leão de vermelho.
PECHIM. O appelido de Pechim parece o mesmo que o de Pechi, da cidade de
Senna em Italia, desta passou a Hespanha onde se corrompeu em Pecha, que tem por ar
CXXXVI PEDEA ALÇADA — PEGA
mas, assim na Hespanha como em Senna, urna abelha de azul ; em alguns brazôes temos
visto que os reis de armas assignaram a esta familia por armas cm campo de arminho,
que é de prata com urnas ponías negras, sobre elle tres bandas de vermelho ; timbre um
javali negro com urna faxa de arminhos, que sâo as proprias dos Chacins.
PEDRA ALÇADA. É familia antiquissima em Portugal ; veja-se o appellido Fo-
gaca. Segundo a opiniâo de varios auctores sao oriundos, e tiveram assento principalmente
em Pamplona, cidade de Navarra, nos principios do seculo ix. Estenderam-se por todas as
cidades de Hespanha passando mesmo a outros paizes. Em Franca é mui conhecido o ap
pellido de Pierre-levée. No reinado de D. Pedro i em Portugal foi escrivâo da puridade
Gonçalo Vasques de Pedra Alçada.
Sao suas armas um escudo esquartelado, no primeiro de azul cinco pedras ; no segundo
de oiro um braco armado sustendo urna cabeça de mouro ; no terceiro de sinople com
urna pala de oiro no centro, acompanhado de urna bandeira vermelha á direita, e á es-
querda urna pedra de prata suspensa no centro ; no quarto de sinople um castello de prata.
PEDROSA. E opiniáo descenderem de Garcia Alvares de Pedrosa, fidalgo gallego
que passou a Portugal no tempo de el-rei D. Affonso v, рае de Diogo Pedrosa, marido
de Ignez Gomes de Azevedo, creada da infante D. Leonor imperatriz da Altemanha. Foi
seu descendente o grande genealógico Manuel Alvares Pedrosa, a quem a fidalguia d'esté
reino deve a maior obrigacao pelo incançavel trabalho que leve em Ihes descrever as suas
genealogías. Ha esta familia na villa de Murca.
Sao suas armas em campo de oiro cinco pedras azuladas e de sua cor, em santor, so
bre a do meïo urna aguia negra estendida armada de prata ; timbre a aguia sobre urna
pedra, como no escudo.
PEDROSO. Os Pedrosos tem a sua origem n'este reino, e o seu solar no con-
celho de Pedroso: ha memorias d'esta familia no reinado de el-rei D. Joâo i, em que era
senhor do mesmo concelho Rui Gonçalves de Pedroso, filho de Pedro Annes de Araujo que
dévia ter o senhorio e appellido por sua mííc.
Sao siias. armas em campo de oiro duas faxas vermellias. entre sete lobos de purpura,
tres' no chafe, tres no meio é. um no fundo do escudo ; timbre um dos lobos faxado de
urna faxa de oiro.
Acham-ee no livro dos reís de armas.
• '-• " v
PEGAS. A familia de Pegas tem a mesma ascendencia que a dos Rejas, por virem am
bas de Joâo Domingues de Reja, escrivâo da pnridade de el-rei D. Diniz. Foi seu chefe no seculo
passado Gaspar Lopes Lança Pegas e Reja, administrador dos grandes morgados da sua casa.
Sâo suas armas em campo de prata tres pegas de sua cor, em roquete, e entre ellas
urna cabeça de lobo vermelha cortada em sangue ; timbre urna das pegas.
Acham-se no livro doe reis de armas.
PEIXOTO – PERDIGÃO CXXXVII
PENHA (de la). A familia deste appelido é castelhana, e seu solar é na abba
dia de S. João de la Penha junto a Salamanca. O primeiro d'este appelido foi Thomaz de
la Penha, que fez tão assignalados serviços a el-rei D. Fernando o Catholico, que o fez fi
dalgo e outras muitas mercês para elle e seus descendentes: passou a Portugal Diogo Men
des de la Penha que foi fidalgó da casa do infante D. Luiz, e el-rei D. João Iñ a suas in
stancias lhe confirmou o seu brazão em Almeirim a 27 de maio de 1527. . . . . •
São suas armas um escudo em campo de prata, um penhasco verde de cinco pontas,
sendo a do meio maior que as outras, e sobre ela uma aguia negra estendida, picada é
armadatimbre
rida; de oiro, com nascente.
a aguia um besante de
. oiro
. . no. peito carregado
.. de uma cruz vermelha e flo
• - •
Sao suas armas em campo de prata urna banda sanguinha dentada, sobre esta tres flo
res de liz de prata; timbre urna aza vermellia e sobre ella urna flor de liz do escudo.
Acham-ae no livro dos rcie de arma», e no da Torre do Tombo, fl. 42.
PESTAÑA. Acha-se este appellido no tempo dos primeiros reis d'esté reino em
Pedro Nunes Pestaña de Cao, o qual era dos Ribeiros : e em tempo de el-rei D. Joao i se
fez mais contiendo em Gil Yaz Pestaña, alferes-mór da cidade de Evora.
Sao suas armas em campo de prata tres faxas vermelhas ; timbre um leâo de prata ar
mado de vermellio.
Acham se no livro dos reís de armas.
PICANÇO. Esta familia é tanto ou mais antiga, que o titulo de reino em Portu
gal. D. Ouroanna Picanço é a mais ariliga pessoa que acharaos d'esté appellido, e foi mae
de Abril Domingues Picanço, que parece foi avó de Vasco Martins Picaneo de quern fala о
conde D. Pedro, dizendo casara com D. Driles, filha de Gonçalo Mendes de Gundar, o Sandeu.
Sao suas armas ein campo de prata urna azinheira de sua cor ; timbre a azinheira tendo
sobre ella um passaro picanço de sua cor.
Acham se no livro dos reis de armas : mas sao différentes estas das qne se
deram.
PIMENTA. A familia dos Pimentas traz a sua origem de Affonso Pimenta Telles,
filho de D. Ayres Pin. enta, e neto de D. Affonso Paes Telles, ambos priores do Crato. Es-
tendeu-se a militas terras d'esté reino em que logram nobreza.
Sao suas armas um escudo eiquartelado : o primeiro quartel faxado e coritrafaxado de
prata e vermellio de cinco pecas ; no segundo em campo azul tres vieiras de oiro em ro
quete, e assim os contrarios ; timbre um homem nascente vestido de azul com um baslâo
de oiro na müo.
Acham-se no livro dos reis de armas.
Sao suas armas em campo vermeiho urna torre de prala sobre um monte de sua cor;
timbre a torre. Sao estas as que trouxeram de Aragâo, e as usavam os Pinas de Evora e
de Estremoz, como se vé em registros de brazöes.
PINAS (outros). Tem esta familia por armas em campo vermeiho urna banda
de oiro carregada de um leäo de azul armado de negro, entre dois pinheiros de verde
com raizes de prata e pinhas de oiro ; timbre urna cabeça de leüo de oiro, saindo-lhe da
boca um ramo de pinheiro do escudo.
Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 23.
PINHO. O conde D. Pedro, Kobúiario, tit. XLIV, faz mençâo d'esté appellido em
Joâo Lourenço de Piriho, e o ha na térra da Feira.
Sâo suas armas em campo de prata cinco pinheiros verdes com pinhas de oiro em san
tor; timbre um dos pinheiros.
Acham-se no livro dos reis de armas.
PINTO. Esta familia nao é ramo da dos Sousas, como escrevem alguns ; é sim
alliada corn elles, com os Pereiras e com outras. Procede de Paio Soares Pinto, cavalleiro
illustre que vivia no governo do conde D. Henrique na quinta do Paco na térra de Santa
Maria, que occupava o logar que é hoje villa da Feira, o qual falleceu antes do anno de
1126, em que sua mulher Maior Mendes venden a mesma quinta ao mosteiro de Grijó.
PIRES — Pó CXLI
Casou sua filha herdeira D. Maior Paes Pinto com D. Egas Mendes de Gundar, filho ter
ceiro de D. Mendo de Gundar. Dividiu-se em varios ramos de que procederam os senho
res de Ferreira e de Tendaes, a de Balsemão, a de Real, a de Paramos, a da Lagariça e
outras muitas illustres.
São suas armas em campo de prata cinco crescentes de lua vermelhos com as pontas
para cima em santor; timbre um leopardo de prata armado de vermelho, com um dos
crescentes na espadoa.
Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 18.
PIRES. Escudo em campo de prata seis barras negras. Estão assim na sepul
tura de D. Lourenço Pires na Sé de Angra.
V. Espelho da Nobreza, por Francisco Xavier da Serra Craesbeeck, e Ar
chivo, n.º 967.
1 Esta mercê feita a Sebastião Gonçalves Pitta acha-se registrada na chanccllaria de D. Sebastião li
vro 9 fl. 195, e foi feita em 21 de abril de 1569. — Pegado.
Sà"o suas armas em campo de oiro cinco massas ou clavas, como a de Hercules, de
azul com os cabos do mesmo em santón, orla vennellia com oilo flores de liz de prata ;
timbre duas clavas do escudo em aspa, atadas com um torçal de oiro.
Acham-ee no livro da Torre do Tombo, fl. 25.
PORTUGAL E TORRES. Esta familia, a mais antiga d'esté appellido, saiu im-
mediatamente da casa real d'esté reino pelo infante D. Diniz, filho de el-rei D. Pedro i e
da rainha D. Ignez do Castro, o <|ual passando a Castella e casando n'aquelle reino cora
D. Joanna, filha bastarda de el-rei D. Henrique u, teve entre outros Illhos a D. Fernando
de Portugal, que casou no mesmo reino corn D. Maria de Torres, filha de Fernando Ro
drigues de Torres e de D. Ignez Solier, e foi seu filho D. Diniz de Portugal, cujos des
cendentes forain senhores da casa e condado del Vilar.
Sâo suas armas o escudo franxado ; no primeiro, que é o alto, as quinas de Portugal;
no segundo em campo sanguinho cinco torres de oiro postas em santor, e assim os con
trarios ; orla vermelha com sele castellos de oiro, que é a mesina orla das armas d'esté
reino.
Acham-se em Gonçalo Argote de Molina.
PORTUGAL. A familia mais moderna d'esté appellido tem tambem a sua ori-
gem na casa real d'esté reino; procedeu inmediatamente da serenissima casa de Braganca,
e sao d'ella os marque/.es de Valença, os condes de Tentugal n'este reino, e no de Cas
tella os marquezes de Gelves.
Sâo suas armas em eempo de prata urna aspa vermelha carregada de cinco escudetes
das quinas de Portugal, sera a orla dos castellos, e de quatro cruzes de prata floridas e
vazias, que sao dos Pereiras; timbre um cavallo de prata nascente bridado de oiro, com
redeas sanguinhas e 1res laucadas em sangue no pescoço.
Acham-se no livro dos reís de armas.
de Prado. 0 marquez de Mondejar tractando d'esta familia diz, que este D. Nuno era filho
de D. Branca Gutierres da Silva, senhora da villa do Prado, e que os seus descendentes
adoptarain as armas d'esta senhora, que erara as dos Silvas, mudando tao sómente os
esmaltes. Para mais detalhados esclarecimentos recommendamos o Nobiliario de D. Fran
cisco Piferrer, 1858, vol. n, pag. 80.
As verdadeiras armas dos Prados sao : — Escudo de sinople, leáo de preto rompente
coroado de oiro. Villas-boas, Francisco Coelho e outros, aferrados as regras de armaría,
querem que as armas d'esta familia sejam: — Escudo de oiro com um pinheiro verde e
junto d'elle um leao negro andante.
PRAET ou VAN-PRAET. Este appellido Praet é o que se costuma dizer Van-
prat, procede de Antonio Van-Praet, natural da cidade de Anvers, nos Paizes-baixos, d'onde
passou para Lisboa, e n'esta cidade tem descendentes com distincto tractamento e com
nobreza.
Sâo suas armas em campo de prata tres folhas de gollao de verde, postas em roquete;
timbre urna das folhas de golfao.
Achnm-se no livro dos reís de armas, e estavam tambem no livro que ве in-
cendiou, que vimos e tivemoa em uoseo poder muitas vezes.
PRAT. V. Praet.
PRESNO. Esta familia é das antigás de I'ortugal ; e seus descendentes deviam lar
gar o appellido por outros, ou se extinguiu de todo, porque nao temos encontrado hoje
pessoa alguma d'esté appellido. Dizemos que é antiga, e que a houve porque tem armas
no livro da Torre do Tombo, fl. 40.
Sao estas o escudo faxado de seis pecas de oiro e azul ; timbre um abutre volante de
sua cor armado de oiro.
УШав-boas tambem faz memoria d'ellas.
Egreja romana. Achou-se no concilio de Fiza, foi a Jerusalem e na volta fallecen, em Bru
ges do condado de Flandres em 1 4 III. Seus ossos vieram para o dito mosleiro.
Sâo suas armas em campo de oiro quatro bandas de vermelho; timbre um gripho ver-
mellio com azas de oiro.
Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 27.
PUGA. É familia do reino de Galliza ; о seu appellido foi alcunha. Passou a Por
tugal no tempo de el-rei D. Joâo m Gonzalo Annes de Puga, filho de Joâo Correa de Puga,
e neto de Fernäo Pires de Puga, senhor de Alguens no dito reino de Galliza, e se estabe-
leceu em Ponte de Lima.
Sào suas armas em campo vermelho duas esporas de oiro de gineta, nos logares do
primeiro e do ultimo quartel, e nos outros dois duas caldeiras de prata; timbre um braco
vestido de vermelho, com as duas esporas de oiro na mâo. Alguns dizem que o braco ar
mado deve ser de prata.
Q
QUADROS. É familia antiga de Castella, onde tiveram a alcaidaria-môr da cidade
de Sevilha, que occupou D. Fernando Dias de Quadros, que procedía dos conquistadores
da mesma cidade : dos mesmos passou a Portugal por occasiáo de certa morte Alvaro de
Quadros, de quera foi lilho Ayres Gomes de Quadros, sujeito muito amado do infante regente
do reino, e vedor de el-rei D. Affonso v. Honrou muito esta familia pela sua grande littera-
tura D. André de Quadros, bispo da Guarda, reformador e visitador da Universidade de
Coimbra ; na India lizeram grandes proezas.
Sâo suas armas o escudo xadrezado de prata e azul, de 1res pecas em faxa e tres em
pala ; timbre um leopardo de azul armado de prata nascente posto em frente, com um ta-
boleiro de xadrez como no escudo ñas raaos.
Acham-se no livro dos reia de armas.
QUARESMA. V. Coresma.
QUEIROZ. Procedem de Bernardo del Carpio, e é uma das familias mais illus
tres e antigas de Hespanha; em Galliza tem a casa dos senhores de Mós. Passou a Por
tugal Fernão Alvaro de Queiroz, que era senhor da dita casa, que perdeu por seguir as
partes de el-rei D. Fernando, que lhe deu n’este reino Balhelhas. Sua filha unica D. Leo
nor Alvares de Queiroz casou com Vasco Fernandes de Gouvea, alcaide-mór de Castello
Rodrigo, dos quaes procedem todos os que ha d’este appellido.
São suas armas o escudo esquartelado; no primeiro quartel em campo de oiro seis cres
centes vermelhos em duas palas; no terceiro em campo de prata um leão sanguinho, e
assim os contrarios; timbre um leão do escudo, com um crescente de oiro na espadoa.
Alguns trazem todo o campo dos quarteis do escudo de prata, e o leão do timbre sem crescente.
Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 18.
QUENTAL. É familia d’este reino, que tem por solar o logar do Quental no con
celho de Besteiros, onde ainda existem as ruinas da torre em que viviam. A primeira pes
soa de que temos noticia foi Affonso Annes do Quental; foram seus filhos Lopo Affonso
do Quental, que serviu na guerra a el-rei D. João I, pae de Pedro Lopes do Quental, al
caide-mór de Mourão, e João Afonso do Quental, de quem descenderam os que houve em
Leiria e Obidos.
São suas armas em campo de prata uma banda xadrezada de vermelho e prata de tres
peças em faxa, e a ordem do meio coberta com uma cotica preta; timbre um pescoço e
cabeça de lobo xadrezada de vermelho e prata.
Acham se no livro da Torre do Tombo, fl. 37.
de Quessada, por uma insigne victoria que alcançou dos mouros foi chamado o de Ques
sada; era irmão de D. Gonçalo Palomeque, arcebispo de Toledo, da familia dos Palome
ques, que procedia de uma das familias mosarabes, que se conservaram catholicas na
mesma cidade no dominio dos mouros. Passou esta familia a Portugal, onde o appelido se
corrompeu em Casados, e usa das armas seguintes:
Em campo vermelho quatro bastões de prata em pala, carregado cada um de seis ar
minhos negros; orla de prata com oito caldeiras negras, com as bôcas para baixo; esta
orla lhe accrescentou o alcaide Affonso de Quessada por mercê de el-rei D. João I de
Castella no anno de 1385.
Assim o explica Gonçalo Argote de Molina, fl. 179 e 268 v.
QUEVEDO. Esta familia é illustre e antiga em Castella, com casa de solar nas
montanhas de Burgos, que apresenta muitas egrejas. Passou a Portugal na pessoa de
Diogo Dias de Quevedo, que foi da familia do infante D. Pedro, duque de Coimbra; d’elle
foi filho outro do mesmo nome, vassallo de el-rei D. Afonso v, deste o foi Gonçalo Dias
de Quevedo, sexto avô de Manuel Correa de Quevedo, morador em Lisboa, moço da ca
mara e porteiro da mesma da rainha, e seu escrivão da Cozinha, em cuja linha se con
serva o appelido sem corrupção. Porém sendo tambem filho do referido Gonçalo Dias de
Quevedo, Jorge de Quevedo, e passando seus descendentes para a villa de Setubal, n’a
quella terra se corrompeu o Quevedo em Cabedo, appellidando-se assim ha muitos
3III]OS.
São suas armas o escudo partido em pala; a primeira cortada em faxa, na de cima em
campo azul tres flores de liz de oiro em roquete, e na de baixo em prata uma caldeira
negra; a segunda pala de azul com uma bandeira de duas pontas, uma sanguinha com
um crescente de oiro, a outra de prata com um crescente sanguinho, enfiada em uma
haste de oiro; timbre uma das flores de liz do escudo ".
Acham-se no livro dos reis de armas.V. Cabedo.
1 Esta descripção torna-se duvidosa por ter letra diferente do original. — Pegado.
R
RABASQUIERO ou RAVASQUEIRO, é familia procedente da Italia.
Tem por armas : escudo de prata cora tres bandas de vermelho, a do meio carregada
de um leâo de oiro coroado.
RÀMALHO. Parece ser esta familia ramo dos Queirozes, porque uzam as suas
armas. Ha esta familia com nobreza cm Condeixa, termo de Coimbra.onde lern urna grande
casa, e ñas Ilhas.
Sâo suas armas esquarteladas, no primeiro e ultimo quarlel em campo de prata (?) seis
crescentes de vermelho em duas palas, no segundo e terceiro no mesmo campo de [trata
um leäo de purpura rompente ; timbre o leâo do escudo '.
1 Esta deecripçào é duvidosa, por estar em letra différente do original. — Pegado.
RAMOS. Este appellido tomaram algumas pessoas por nascerem no dia em que
a Egreja celebra o triumpho corn que Christo senhor nosso entrou em Jerusalem antes
da sua dolorosa paixáo, e assim pode haver muitas familias d'elle, sem que tenham pa
rentesco.
Sao suas armas esquarteladas, no primeiro e ultimo quartel em campo de oiro um leäo
de purpura, no segundo e lerceiro em campo vermelho um caslello de prata ardendo em
fogo que Ihe sae do alto, das portas, e das janellas ; orla composta de oito pecas, quatro
de prata corn leôes sanguinhos, e outras quatro vermelhas com leöes de prata ; timbre
um leäo saiiguinho '.
Aeham-se em Villas-boas.
1 Esta deseripçào é suspeita, por estar com letra différente da do original. — Pegado.
RANCiEL. Temos em Portugal duas familias d'esté appellido. A primeira tern nas
armas em campo azul urna flor de liz de prata ; orla de oiro cora sete romas de sua cor
RAPoso — REBOLEDO CXLIX
abertas; timbre um ramo de romeira verde com tres romãs como as do escudo. D'estas
usam os Rangeis de Lisboa.
Os do morgado de Beire, os do Rio de Janeiro, que descendem de Balthasar Rangel
de Sousa, e os do couto e baliado de Leça, todos usam d'aquelas armas.
A outra familia é a dos senhores do morgado d’este appelido na villa (hoje cidade) de
Aveiro, que trazem em campo de oiro seis cabeças de corvos de negro, tendo cada um
no bico um pão de sua côr, postas em duas palas; timbre o ramo da romeira com as
quatro romãs como as do escudo acima ".
1 Esta descripção torna-se suspeita, por ser de letra diferente da do original. — Pegado.
RAPOS0. Os Raposos tem a mesma varonia que os Menezes: foi desta familia
Egas Loureiro Raposo, de quem descendeu Gil Vaz Raposo, que por uma filha sua é as
cendente dos Lobos da cidade de Beja.
Esta familia tem por armas um escudo franchado, o primeiro, que é o de cima, enxe
quetado de prata e azul, de peças miudas, e o de baixo da mesma fórma; os dos lados
de prata com um crescente vermelho apontado em cada um; timbre um rapozo de oiro".
1 O livro dos reis de armas só traz o desenho do brazão; esta descripção porém é tirada da Nobi
liarchia portugueza a fl. 323. — Pegado.
São suas armas: o campo do escudo dividido em quatro partes eguaes, em faxa, na pri
meira em campo de prata um rato negro andante, as duas do meio de azul sem divisão
entre ellas, e a quarta de agua ondada, com um atum de negro nadando; timbre o rato
do escudo nascente 1.
1 Esta descripção torna-se duvidosa por estar em letra diferente do original. — Pegado.
REBOLL0. Este appelido parece tomado de algum sitio assim chamado, se não
foi alcunha, que se poz ao primeiro que o usou em razão de ser grosso do corpo e baixo.
São suas armas em campo vermelho tres rebollos de oiro postos em roquete, furados
no meio.
Acham-se no livro dos reis de armas.
REGO. Este nome, que significa uma abertura que se faz na terra para se levar
agua onde se quer, é appellido de uma familia que nos primeiros seculos foi de grandes
senhores, e ainda hoje tem pessoas muito distinctas. Ha noticia de um Gonçalo Vaz do
Rego, que serviu em Africa com grande valor contra os mouros, em 1415.
São suas armas em campo verde uma ribeira de prata e azul, em banda, e n'ella tres
Vieiras de oiro; timbre uma das vieiras entre duas plumas de verde realçadas de oiro.
Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 37.
REGRAS. Este appelido, que teve um dos varões mais notaveis do nosso reino
como foi o dr. João das Regras, não é hoje usado em seus descendentes, e supposto se
vá pondo em esquecimento queremos ao menos deixar memoria das suas armas.
São estas o escudo franxado nos campos alto e baixo; em vermelho uma cruz de oiro
florida e aberta, nos quarteis dos lados em campo de oiro uma serpente vermelha bata
lhante com as azas abertas, e a lingua saida; timbre as duas serpentes do escudo.
Assim se esculpiram na sepultura do mesmo João das Regras, no tumulo que
tem na egreja que foi dos religiosos de S. Domingos em Bemfica.
ПЕ1ХЛ. Tern osla familia por armas em campo vermelho seis reixas de prata,
postas em duas palas ; timbre urna das reixas '.
l Etta deecrijiçlo torna-и eueptit», por ter letra différente da do original. — Pegado.
RENDON. Procede esta familia de Garcia Peros Rendon de Burdos, que era dos
Sarmentiis, e acliando-se no exercilo de el-rei D. Sancho de Castelia proximo a villa de
Tarifa, vendo um grande tropel de mouros disse, falando com os seus : A elles de rendon,
с accommellendo-os valerosamente foram os mouros desbaratados, e em memoria da voz
com que investiu os mouros Ihe deu o dito rei a mesma palavra por appellido, e por ar
mas urna banda de oiro saindo das bocas de duas cabeças de serpe de verde, sendo o
campo alto vermelho e o debaixo verde; orla vermelha com treze besantes de oiro; tim
bre um braco e m3o de sua cor pegando em sete hastes de lanças, sendo tres com os fer
ros e quatro sem elles, e unía lila volante de vermelho, com esta letra : Vencer e nunca
vencido. Passaram a Portugal, e na cidade de S. Paulo do Rio de Janeiro tem casas no-
bres, de urna das quaes descendeu o desembarcado!- Joáe Pereira Ramos, que foi procu
rador da Corôa, e sujnto digno de maiores empregos.
REZENDE. É das mais antigás familias do reino, porque procede de Martim Af-
fonso de Baiao, que deixou este appellido da sua varonía por haver herdado o senhorio
de Re/.ende pur sua mâ> D. Urraca Affnnso, e elle descendía de D. Arnaldo de Baiao e
do rei D. Ramiro u de Leäo, pelo infante И. Ardonio Bamires Alboazar. .
Sao suas armas em campo de oiro duas cabras de preto gotadas de oiro, passantes ;
timbre urna das cabras.
Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 12.
RIBEIRO. Esta familia é das mais antigás e nobres d'esté reino, e ja o conde
D. Pedro no til. un a tracta de íidalgos e de alto sangue, e a deduz do conde D. Osorio,
natural de Cabreira, progenitor dos Vasconcellos ; lambem leve n'este reino alcaidarias-
móres e muitos morgados, e ainda hoje a grande casa de Castello-melhor e outras.
Sao suas armas em campo verde tres faxas de oiro, em memoria dos condes de Ribeira
de que mais se presaram; timbre um lirio verde com cinco flores de oiro.
Porém Villas-boas, ou por mais bem informado ou menos, Ihe descreveu o escudo es-
quartelado; no primeiro em oiro quatro bastóos sanguinhos firmes, no segundo em preto
tres faxas veiradas de prata e sanguinho, e assim os contrarios ; timbre o lirio verde com
cinco flores de oiro; cuja opiniáo se tem seguido, supposto que as primeiras se adiam no
livro da Torre do Tombo, fl. 13, e as segundas no mesmo livro, íl. 20, com o titulo Ri-
beiros Vasconcellos ; outros trazem em campo de oiro urna banda azul, e o contrachefe
ondado de agua ; timbre o referido.
RICALDES. E familia da provincia de Guipúzcoa no senhorio de Biscaia, onde
tem casa e sepultura na capella-mór da parochial da villa de Ascoria. Joao Martins de Ri-
caldes foi general em quatorze naus no service de el-rei D. Filippe н contra Inglaterra ;
este ou outro do mesmo nome passou a Portugal, e fez casa em Vianna do Minho, onde
seus descendentes sao da primeira nobreza d'ella.
Sao suas armas um campo vermelho com o contrachefe de agua, de que sae urna penha
de sua cor, e sobre esta urna aguia de sua cor coroada de oiro, picando em urna truta
de prata; orla de prata com quatro lobos de sua cor acantonados.
Acham-se em D. Joâo Flores de Ocaris, torn, u, arv. 29, fl. 415.
RIO. El-rei D. Sebastiáo deu a Diogo de Castro do Rio, pelos sens serviços,
as seguintes armas : — Em campo de prata nove loriaos de purpura, cada 1res em faxa,
RIO — RODOVALHO - CLIII
enho,
pornascendo
entre eles
de dois
umarios de azul ondados do primeiro; timbre um cavallo branco mari
onda. •
ROBALLO. Villas-boas lhe assigna as armas dos Revaldos, dizendo ser corru
pção d’aquelle appelido; comtudo acha-se em um manuscripto de um rei de armas an
tigo, que os Roballos sejam o mesmo que Revaldos opinião é; porém é certo que na re
partição que se fez das terras, quando se ganhou Penamacor aos mouros, se deu a estes
Roballos sua parte como quem foi tanto n’aquella conquista, e assim de tempo immemo
rial ha n’ella muitos d’esta familia, que como nobres foram sempre do seu governo, po
rém diferentes em armas, porque os Roballos trazem por allusão do nome um pescado
hº
3S C1C chamado
Oll'O. peixe roballo de prata, em campo azul posto em banda entre duas estrel •
uma flor de liz vermelha. Outros trazem em campo de oiro um delphim, animal aqua
tico, de sua côr, sobre um pé de mar ondeado, ficando a figura sobre o oiro, mas che
gada ao mar; timbre o mesmo delphim.
Acham-se no livro dos reis de armas.
ROLÃ0. Esta familia querem alguns que seja dos estados de Flandres, d’onde
veiu a Portugal um Jacome Rolão de Auges, pae de Pedro Jacome, que teve por filho a
Diogo Velho.
São suas armas em campo vermelho um leão de oiro armado de prata; timbre o mesmo leão.
Acham-se no livro dos reis de armas.
ROLIN. É familia ingleza que veiu a este reino na pessoa de Rogerio Child Ro
lin, na armada que ajudou a tomar Lisboa aos mouros; era filho de D. Rolan, abreviação
de Rolando, conde de Chester, e de uma irmã de Guilherme de Longa-espada, filho natu
ral de Henrique, rei de Inglaterra: d'este foi irmã D. Maria Rolan, mulher de Gonçalo
Fernandes Tavares, em cuja varonia andou o senhorio da villa de Azambuja até se metter
na dos Palhas, e d’esta na dos Mouras, d’onde passou á dos condes de Val de Reis, de
pois marquezes de Loulé.
Sobre as suas armas ha duvidas. Villas-boas lhe assigna as dos Mouras; porém nós lhe
achamos nos já referidos manuscriptos dos reis de armas antigos, que são suas armas em
campo vermelho cinco espadas com as pontas para baixo, em santor, tendo as laminas de
prata e os copos de oiro.
ROMANO — SÁ CLV
ROMEIRO. É familia que teve o seu assento em Mazagão, onde viveu Antonio
Gonçalves Romeiro, a quem se passou brazão de suas armas em 1688.
São estas em campo verde cinco bordões de romeiro de Sant'Iago vermelhos, ferrados
de oiro, entre eles quatro vieiras de prata, os bordões em santor; timbre dois bordões
em aspa atados com uma fita verde".
1 Esta mercê não se acha registrada na Torre do Tombo, nem na chancellaria respectiva, nem nos
livros dos registros de mercês do mesmo reinado (D. Pedro II). — Pegado.
RUA. Esta familia é das Asturias, donde passou para o Algarve, e d’aqui para a
provincia do Minho. Apparentou-se com a dos Atouguias por D. Ignez Alvares da Rua,
mulher de Luiz de Atouguia, thesoureiro-mór de el-rei D. Manuel, e filha de Alvaro An
nes da Rua, escudeiro do infante D. Fernando, pae do dito senhor.
A Francisco da Rua, natural da cidade do Porto, deu o imperador Carlos v por armas
em campo de oiro seis rosas de vermelho em duas palas, com uma flor de liz de azul no
meio do chefe, as quaes lhe confirmou el-rei D. João III ".
As suas armas antigas eram cinco flores de oiro raiadas de vermelho como tulipas.
1 Não existe o registro d'esta confirmação. Pegado.
• S
SÁ, Procedem os Sás de Paio Rodrigues de Sá, que viveu pelos annos de 1300,
no reinado de el-rei D. Diniz no concelho de Lafões, pae de João Afonso de Sá, vassallo
de el-rei D. Affonso Iv e D. Pedro I. Era senhor da quinta de Sá, no termo de Guima
rães, solar d’esta familia, de quem foi neto João Rodrigues de Sá, que se fez mais conhe
cido pelo grande esforço com que na barra de Lisboa com uma lança na mão libertou
uma galé, que os castelhanos tinham ganho no tempo de el-rei D. João I, foi alcaide-mór
e capitão-mór da cidade do Porto, e camareiro-mór do dito rei. Casou com D. Isabel Pa
checo, filha do grande Diogo Lopes Pacheco, e d’elle procede a grande casa dos condes
de Penaguião, camareiros-móres de Portugal, e os Sás de Coimbra, Amoreira e as mais
casas que ha d’este appellido.
CLVI SAAVEDRA – SALAZAR
São suas armas um escudo xadrezado de prata e azul de seis peças em faxa e sete
em pala; timbre um bufalo xadrezado de negro e prata, armado de prata, e com uma ar
gola de oiro nas ventas.
Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 13.
* A carta do brazão que foi dado ao dito Gonçalo Mendes Sacoto, acha-se registrada na chancellaria
de el-rei D. João III, livro 27, fl. 17, e traz o dito accrescentamento; em 19 de julho de 1538. — Pegado.
SALAZAR. A casa de Salazar foi tão grande na Hespanha, que chegou a pôr
exercitos e dar batalhas só com os seus parentes e vassallos. Tomou o appelido do valle
de Salazar em Castella a velha. Passou a Portugal no tempo de el-rei D. João III Ventura
de Frias Salazar, pae de D. Christovão de Frias Salazar e D. João de Frias Salazar, de
sembargador do Paço.
São suas armas em campo vermelho treze estrellas de oiro em tres palas; timbre um
braço de gigante nu, passado com um punhal de prata, com os copos de oiro.
Acham-se no livro dos reis de armas.
SALDANHA – SALTER CLVII
SALEMA. É familia nobre deste reino, que se acha em Pero Salema pelos an
nos de 1193. E o seu solar na herdade chamada Salema, na provincia do Alemtejo. Seus
descendentes fundaram o mosteiro de freiras de Alcacer do Sal, e uma capella no cru
zeiro de S. Francisco de Lisboa. Tem tambem um morgado, cujos administradores tem
vivido na villa de Alverca.
São suas armas em campo verde um castello de oiro coberto, com portas de preto;
orla azul com sete peixes salemas de prata; timbre o castello do escudo.
Assim as traz Villas-boas, e da mesma forma estão no livro dos reis de
ATIT128,
SALGADO. É uma das primeiras familias do reino de Galiza, de quem diz Gon
çalo Argote de Molina que lhe perde a conta dos cavalleiros que tem tido; ainda que com
a morte de el-rei D. Pedro, o Cru, de Castella, tiveram uma grandc decadencia, porém
accommodando-se com os tempos recuperaram em parte a sua grandeza. Passaram a
Portugal, e liando-se com os Araujos procedem d'elles muitos cavalleiros e casas nobres.
São suas armas em campo verde uma fortaleza de duas torres com uma muralha no
centro, tudo de prata, e uma cadea de oiro lançada de uma á outra torre, e sobre a ca
dea uma aguia de sua côr, e abaixo da aguia sobre a muralha um saleiro de oiro; tim
bre a aguia com o saleiro no bico. Alguns ramos trazem só por armas a aguia, com o sa
leiro no bico em campo verde, e o mesmo timbre.
Acham-se ambas em D. João Flores de Ocaris, tomo 2, arv. 18; $ 8, fl. 310.
Assim as vimos em um brazâo que mandón vir de Inglaterra Antonio Salter de Macedo,
fillio do dito Duarte Salter, e se Hie conflrmaram n'este reino *.
1 NSo existe o registro d'esta confirmaçâo na Torre do Tombo. — Pegado.
SALVADO. Tem esta familia por armas em campo de oiro um tortean de negro,
carregado de um leâo de prata armado de sanguinho ; timbre o leao do escudo com um
torteau negro na espadoa.
Acham-se em Gonçalo Argote de Molina.
SALVAGO. É esta familia urna das vinte e oito da nobreza antiga de Genova.
Passou a Portugal, e ja no anno de 150Í2 era conego da Sé de Cnimbra Nicolau Salvage, e
n'elle legitimou dois filhos bastardos, Jeronymo e Antonio. Passou tainbem á ilha da Ma
deira onde tem casa grande.
Sao suas armas em campo de oiro um torteau de negro carregado de um leao de prata
armado de sanguinho ; timbre o leâo do escudo com um lorteau negro na espadoa.
Acham-se cm Gonçalo Argote de Molina, livro 2, cap. 121, fl. 241.
terceiro a mesma aguia, e no quarto o mesmo leão, e no centro da cruz uma rosa ver
melha; e assim os contrarios. Sobre o escudo a corôa de barão com dois timbres, o primeiro
um leão de oiro saindo de uma coroa mural azul, coroado de oiro segurando em uma
maça de oiro; o segundo uma aguia de prata assente sobre um rolo de prata e verme
lho, coroada de oiro: o escudo entre dois supportes, sendo o do lado direito um leão de
oiro coroado do mesmo, e o esquerdo uma aguia de prata coroada de oiro; passando
por baixo do escudo uma fita com a legenda seguinte: Habent sua sidera reges.
V. Archivo, nº 531.
o morgado que hoje possue Jorge Bruno de Cabedo: em Elvas tambem lograram nobreza,
e permanecem ahi varias sepulturas de pessoas d’esta familia.
São suas armas em campo verde uma banda ondada de prata e azul com cinco sardi
nhas de sua côr; timbre uma cabeça de balea de sua côr com a boca aberta, e dentro
d’ella algumas Sardinhas.
Acham-se no livro dos reis de armas.
SAUVAGE. É familia franceza, da qual tem havido varios individuos com este
appellido, mas já traduzido em portuguez. Nos livros dos registros dos reis de armas lá
vemos alguns que tiraram armas do mencionado appellido, Selvagem.
São estas armas em campo vermelho uma aguia de prata estendida, armada de azul.
SEABRA. Tomaram este appelido da villa de la Puebla de Senabria de que fo
ram senhores, e de toda a serra onde é fundada. Passou a Portugal Mem Rodrigues de
Seabra e seus filhos, no tempo de el-rei D. Fernando, que lhes fez mercê das villas da
Feira, de Montalegre e de outras rendas e regalias, e de um d'elles procedeu o desem
bargador Lucas de Seabra e Silva, pae de José de Seabra e Silva, secretario de estado
de el-rei D. José I e da rainha D. Maria I.
São suas armas em campo vermelho dois leões de oiro batalhantes, entre eles um S
tambem de oiro, coroado com uma corôa real egualmente de oiro; orla de prata com uma
cadea preta fechada em baixo com um cadeado da mesma côr; timbre um leão do es
cudo.
Alguns trazem todo o campo vermelho, a cadea e o cadeado de oiro.
Acham-se no livro dos reis de armas.
SECCO e SICO. Esta familia é do ducado de Milão, onde se diz — Sico. —Pas
sou a Portugal, e foi d’ella Jorge Secco, que pretendendo neste reino mostral-o, fez no
dito ducado uma justificação de sua ascendencia e nobreza, no anno de 1584; e Pedro Al
vares Secco, que escreveu quatro volumes sobre a ordem de Christo, que estavam no mos
teiro de Alcobaça.
São suas armas em campo de prata um leão vermelho com uma espada na mão di
reita de azul com copos de oiro, atravessado o escudo com uma contrabanda que passa
por cima do leão, sendo esta de azul com tres rosas de prata.
Acham-se no livro dos reis de armas.
São suas armas em campo de oiro uma cruz de vermelho florida, entre quatro trevedas
de azul, e oito aspas sanguineas em orla, tambem de oiro.
Acham-se no dito Gonçalo Argote de Molina.
SEIXAS. É familia de Galiza, e seu solar a casa de Narla, junto ácidade de Lugo.
Achou-se na conquista de Sevilha Fernão Peres de Seixas. Passou a Portugal Vasco Go
mes de Seixas em tempo de el-rei D. João I com trinta lanças e alguns besteiros. Liga
ram-se com os Lugos e Vasconcellos de quem procedem os que ha neste reino.
São suas armas em campo verde cinco pombos de prata, com os pés e bicos verme
lhos, em aspa; timbre um dos pombos. A estes pombos chamam tambem seivas em al
guns livros de armaria.
Acham-se no livro dos reis de armas.
SENABRIA. É familia de Castella. Tem por armas em campo azul uma aspa de
oiro entre quatro lirios de prata; orla azul carregada de oito mingoantes de lua de prata.
Tral-as o manuscripto que serviu ao reformador da nobreza Fr. José da Cruz.
SEQUEIRA. Esta familia é por todos os seus principios das mais illustres do
reino. Descende de D. Arnaldo de Baião, cujo setimo neto Gonçalo Annes Redondo casou
segunda vez com D. Urraca Fernandes, que levou em dote a quinta de Sequeira, situada
na freguezia de Santa Maria de Sequeira no termo de Barcellos, d’onde seus descenden
tes tomaram o appellido e a fizeram solar.
CLXIV SEREJO – SEVERIM
São suas armas em campo azul cinco vieiras de oiro, postas em santor; timbre quatro
plumas de azul guarnecidas de oiro, com uma das vieiras no meio.
Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 15.
SEREJ0. Esta familia é da villa de Serpa, onde tem morgado de que foi senhor
Manuel Serejo, pae de Lopo Serejo, de quem foi filho Ruy Raposo Serejo, que foi pae de
outro Manuel Serejo, ascendente de Luiz da Costa Serejo de Vasconcellos, cavalleiro da
ordem de Christo, morador em Lisboa, que no anno de 1736 justificou esta ascendencia
e se lhe passou brazão de armas dos Serejos em 3 de junho do mesmo anno".
São estas em campo de oiro uma arvore cerejeira de verde, com fructos vermelhos;
orla de prata com quatro leões vermelhos em cruz; timbre um dos leões.
Acham-se no livro dos reis de armas.
SERRA. Este appellido foi dado sem duvida a sujeito que tinha as casas da sua
habitação em alguma serra, e é tão geral que o ha em Catalunha, nas Asturias, em Ge
nova, na Sardenha e em França. Em Portugal descendem dos Serras casas muito distin
ctas, como Duarte Gorjão da Serra, fidalgo da casa real, e outras muitas pessoas.
São suas armas em campo vermelho um castello de prata sobre um monte de sua côr,
entre duas cabeças de serpe verdes salpicadas de oiro; timbre um braço vestido de ver
melho, com uma espiga de trigo de oiro na mão.
Acham-se no livro dos reis de armas.
SERRAO. Esta familia tem a mesma origem dos Mouras em Vasco Martins Ser
rão de Moura, a quem a rainha D. Beatriz, mulher de el-rei D. Affonso III, deu a villa
d’este nome. Foram d’ella Manuel Serrão, capitão-menor na India, e Francisco Serrão, ca
pitão esforçado no cerco de Dio. Em Villa-verde junto a Alemquer ha familia d’este ap
pellido, e no logar de Friellas junto de Lisboa teve uma nobre quinta Manuel Serrão Di
niz, chanceller da Relação da Bahia, e desembargador que foi do Senado da camara d’esta
côrte.
São suas armas em campo de prata um leão sanguinho armado de negro, sobre um
monte de sua côr; timbre o leão nascente.
Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 22.
pala; timbre um leäo de prata armado de vermelho com tres faxas tambem vermelhas.
(Assim se acham no livro da Torre do Tombo, fl. 40.)
José Freiré Monlerroio expöe eslas armas de outro modo, e pöe a primeira pala la-
drezada de prata e vermelho, na segunda em prala as duas barras vermelhas ; timbre o
ácima dito.
Nos manuscriptos dos reis de armas adiamos outra forma, que é: — Escudo esquarte-
lado; o primeiro e o ultimo quartet de prata, o segundo e o terceiro de vermelho, cada
urn d'estes com as duas barras de prata em pala : orla de quatro pecas, a primeira e a
ultima sanguinha, a segunda e a terceira de prata ; timbre um cavallo de prata nascente :
este timbre Ihe da o Tombo.
SILVA. E ta"o constante a grandeza, antiguidade e lustre d'esta familia, que to
das as expressot'S seriara diminutas nos seus louvores. Procede ella por urna parte dos
antigos reís de Lefm, e por outra dos Silvios romanos, que vieram viver em Hespanha no
tempo que os romanos a conquistaran), como extensamente se mostra em urn manuscripto
de José Freiré Monterroio Mascarenhas.
S5o suas armas em campo de prata um leäo de purpura armado de azul ; timbre o
mesmo leiío.
Acbam-se no livro da Torre do Tombo, fl. 11.
SILVA E OUVRIRA. Apezar de varias diligencias, nao foi ainda possivel obter
a descripcáo do escudo de armas, dado em raercê nova a Francisco da Silva e Oliveira,
descripçâo que se acha omittida no respectivo registro.
V. Archivo, n.° 866.
SILVEIRA. Esta familia é das illustres d'esté reino ; descende dos Pestañas, e
tomón o appellido da herdade e torre da Silveira, junto á villa de Assumar. Tena n'este
reino varias casas titulares.
Sâo suas armas em campo de prata tres faxas vermelhas ; timbre um urso de prata
nascente armado de sanguinbo, saindo de urna capella de silvas da sua cor. Alguns tra-
zem o urso de sua cor; e Joao Rodrigues de Sá Ihe accrescenta urna silva de sua cor em
orla de prata.
Acbam-se no livro da Torre do Tombo, fl. 14.
SIMÖES. Este appellido é tirado do nome proprio Simio. O conde D. Pedro faz
memoria de Martim Simóos, que podia ser ascendente de Gil Simoes Villarinho e de seu
irmâo Vicente Simoes, o primeiro cavalleiro e o segundo escudeiro da casa do rei D. Duarte,
os quaes eram filhos de outro Gil Simoes e de sua mulher D. Ignez de Vilhena, filha bas
tarda de D. Henrigue Manuel de Vilhena, conde de Cea. Foi familia nobre no Algarve,
onde ainda tem descendentes, e d'estes foi a ermida da Ascençao, da calcada do Gombro,
em Lisboa, junto á egreja do extincto convento dos Paulistas, onde teem sepultura na ca-
pella-mór com suas armas.
Sao estas em campo de prata um leao de negro armado de vermelho e gotado de oiro,
sobre um monte de sua cor; timbre o mesmo leâo '.
1 Estas duas mercês feitas a Gil Simoes e Vicente Simoes, sao as mais antigás de que ha registro«,
os quaes existent na Chenc. de D. Dimite, liv. i, fl. 236 e liv. iv de Místicos, fl. 45, em 1438. — Pegado.
— A carta pnesnda a Gil Simoes vai transcripta na integra, entre OB documentos da Introducçâo que
precede este nosso Archivo, a pag. ххш.
.
SOARES, de TANGIL. O appellido de Scares é patronímico do nome Soeiro. Os
Soares de Tangil teem dois solares ; o primeiro na parochia de Tangil no condado de Val
CLXVI SOARES – SOBRINHO
ladares, em duas torres distantes uma da outra um tiro de arcabuz, junto ao rio Minho;
o segundo é o castello de Tangil, no arcebispado de Braga.
São suas armas: em campo azul uma ponte de prata de tres arcos com suas guardas de
ameia sobre um rio de agua, no meio da ponte um leão de oiro com os pés nas ameias
e uma espada na mão direita, ferro de prata e as guarnições de oiro, entre duas torres
tambem de prata assentadas sobre a ponte, que se unam ás ilhargas do escudo, e sobre
cada uma d’estas uma aguia preta aberta e coroada, olhando uma para a outra; timbre
O leão do escudo. |
SOARES, de TOLEDO (outros). Esta familia tem por armas em campo verme
lho uma torre de prata; timbre a mesma torre.
Acham-se em Villas-boas.
SOBRAL. Este appelido deu el-rei D. José I a Joaquim Ignacio da Cruz Sobral
com o senhorio da villa do Sobral do Monte-agraço, e o fez fidalgo pelos grandes serviços
que lhe fez nos logares de conselheiro da sua Fazenda e thesoureiro do real Erario: e por
alvará de 3 de outubro de 1776, registrado no livro dos alvarás da Secretaria de estado,
foram-lhe dadas por armas as mesmas que já tinha seu irmão José Francisco da Cruz
Alagoa, as quaes ficam descriptas no logar competente.
V. Cruz Alagoa.
São suas armas o escudo esquartelado; no primeiro em campo vermelho uma torre de
prata, no segundo em verde um casco de prata, e acima d’elle uma flor de liz de oiro, e
assim os contrarios; timbre um leão vermelho com o casco do escudo na cabeça, e a flor
de iiz na espadoa 1.
O rei de armas Manuel Leal da Silva passou por armas de Sobrinhos a Miguel Alvares
-1 Estas duas mercês feitas a André Bugalho Sobrinho e a Antonio Sobrinho acham-se registradas na
Chanc. de D. Sebastião, a primeira no liv. II a fl. 228 v. e tem a data de 12 de setembro de 1561, a se
gunda que foi feita em 20 de março de 1567, acha-se no liv. vim a fl. 58 v. — Pegado.
SODRÉ — SOUTO-MAIOR CLXVII
São suas armas em campo de prata um sol sanguinho, e uma orla composta de oiro
e veiros de prata e azul.
SOROMENHO. É appelido portuguez procedido de alcunha.
São suas armas em campo vermelho uma arvore soromenheiro de sua côr perfilada de
oiro, com fructos e raizes de prata, entre uma flor de liz e um crescente de oiro no chefe;
timbre o mesmo Soromenheiro.
Acham-se no livro dos reis de armas.
ordem de xadrez do meio coberta com uma cotica preta em memoria de um d'aquela fa
milia ter morto por desastre um infante do duque soberano de Cantabria.
Acham-se no livro dos reis de armas.
SOUSA, de ARRONCHES. Esta familia não cede a nenhuma das illustres de Hes
panha, nem em antiguidade nem em grandeza, e deixando as antiguidades para os titulos
genealogicos, o primeiro que se chamou Sousa foi D. Egas Gomes de Sousa no tempo de
el-rei D. Afonso III; fez esta familia alianças na casa real, de que procederam tres ramos.
Foi a primeira casar D. Gonçalo de Sousa, alferes-mór d’este reino, com D. Leonor Af
fonso de Portugal, filha não legitima do dito rei D. Affonso, e d’este matrimonio procedem
os condes de Miranda, de Arronches, duques de Lafões, e os mais ramos que sairam d'esta
grande casa.
São suas armas o escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas do reino com um
filete preto em contrabanda, que não chegue á orla e passe por baixo do escudinho do
meio; no segundo em campo sanguinho quatro crescentes de lua de prata apontados, e
assim os contrarios; timbre um castello do escudo.
Acham-se no livro da Torre do Tombo.
São as armas d’estas duas alianças o escndo esquartelado; no primeiro quartel as qui
nas do reino sem a orla dos castellos, no segundo em campo de prata um leão sanguinho,
que alguns trazem de prata com uma grinalda de flores na cabeça.
Acham-se no livro dos reis de armas.
SOVERAL. É familia nobre e antiga d’este reino, que descende de Pedro Mar
tins do Soveral, que foi meirinho-mór da provincia de Traz-os-montes no anno de 1287,
no reinado de D. Diniz. Tomou o appellido de Soveral por ser senhor de uma grande her
dade cheia de sovereiros. Lograva esta varonia no seculo passado Rodrigo Homem do So
veral de Carvalho e Vasconcellos, fidalgo da casa real, senhor dos coutos de Vieira e do
reguengo da Lagoa, morador em Sernancelhe, na provincia da Beira.
São suas armas em campo de oiro tres faxas de vermelho carregada cada uma de tres
estrellas de prata de seis raios, em faxa; timbre tres espadas nuas em roquete com as
pontas fincadas no virol, com os copos de oiro e punhos sanguinhos.
Assim o vimos em um manuscripto de José Freire Monterroio Mascarenhas.
SPINOLA. É familia das vinte e oito primitivamente nobres de Genova. Passou
a Hespanha, onde tem produzido varões grandes e tem as casas dos marquezes dos Ba
lhazes, duques de S. Severino e outras de grandeza egual. Passou a Portugal Luciano Spi
nola (chamado em outros documentos Lucano Espindola), que fez registrar por auctori
dade regia as suas armas nos livros da nobreza. Estabeleceram-se na ilha da Madeira.
São estas em campo de oiro uma faxa xadrezada de prata e vermelho, de tres peças em
pala, sobre ela uma especie de ponta de lança flordelizada de vermelho, ou como escreve
Argote de Molina, um lirio vermelho posto sobre a fimbria da faxa; timbre um ramo de
espinhos de vermelho.
V. Archivo, n.º 154 e 155.
TABOADA – TAQUES - . CLXIX
T
TABOADA. É familia que veiu de Hespanha, e procedem d’ella varões mui dis
tinctos. Seu antigo solar é na cidade de Orense em uma terra que tem o nome de Ta
boada. V. Archivo Heraldico de D. Francisco Piferrer, pag. 1831.
São suas armas o escudo de vermelho com seis tablas de oiro, e em chefe uma ban
deira de prata tendida, em cujas pontas se veem duas caldeiras de preto; bordadura de
oiro carregada de oito caldeiras de preto.
1 Os genealogicos
Tabuade reconhecem como variantes do mesmo appellido os de Tablada, Tablares, Tabuada,
e outros analogos. •
TANGER. V. Mendes.
TAPIA. É familia de Hespanha. São suas armas em campo de oiro seis cabeças
de corvos de sua côr, postas em duas palas, cada uma com seu pau no bico.
Assim estão no referido manuscripto de Fr. José da Cruz.
TARNATE. V. Ternate.
1 A mercê d’estas armas, feita a Gabriel Gonçalves de Freitas, acha-se registrada na chancellaria de
D. Affonso v, livro xxx fl. 20 v. e liv. II de Misticos, fl. 63, e tem a data de 11 de outubro de 1475.
— Pegado.
TENREIRO. Ainda que o conde D. Pedro tracte d’este appellido em João Pires
Tenreiro, não se deduz d'elle esta familia que traz a sua origem de Galliza, de Garcia
Tenreiro, que passou a Portugal, seguindo el-rei D. Fernando na pretenção ou direito que
este rei tinha á corôa de Castella, por morte de el-rei D. Pedro, o Cruel, e trouxe com
sigo seus filhos e irmão, dos quaes procedem os que hoje ha d’este appellido.
São suas armas em campo azul um pinheiro verde perfilado de oiro, e enroscada n’elle
uma serpente de prata com as azas estendidas; timbre a serpente nascente.
Acham-se no livro dos reis de armas.
TIBA0. É familia muito antiga, já dos tempos dos primeiros reis d’este reino.
O seu appellido é o nome proprio Theobaldo corrompido. D’ella tomou nome um beco
que havia anteriormente ao terremoto de 1755 entre o Corpo-santo e os Romulares, cheio
de ambos os lados de propriedades de casas pertencentes ao morgado que instituiu Gas
par Thibao no anno de 1563, que passou aos senhores de Aguas-bellas.
São suas armas em campo vermelho uma arvore verde com raizes de prata, perfilada
de oiro, entre dois leões tambem de oiro batalhantes; timbre um dos leões com um ramo
de arvore na garra.
Acham-se no livro dos reis de armas.
TIÇÃO. O conde D. Pedro no tit. xxi trata de D. Afonso Telles Tição, e de seu
filho D.
milia Martim
d’este Afonsoprocede
appelido Tição, d'elles.
porém não temos noticia da sua descendencia, nem se a fa •
São suas armas em campo verde uma torre de prata com dois tições de lume á porta
que estão ardendo em fogo; timbre a torre tambem ardendo em fogo que lhe sae pelo alto.
CLXXII TILMAM – TORNEIO
Assim constam no livro dos reis de armas, e se passaram a Bento da Costa Tição em
1553; segundo uma copia que vimos do respectivo brazão.
TILMAM. É familia do principado de Liege, e das primeiras em nobreza. Pas
sou a Portugal na pessoa de Eduardo José Tilmam, que em 30 de junho de 1734 tirou
em Bruxelas brazão de suas armas, para o que mostrou ser filho de Balthazar Tilmam
e de Catharina de Beir, neto de Pedro Tilmam e de Anna de Givel.
São as ditas armas em campo vermelho um chaveirão de prata, que não toque a extre
midade alta do escudo, entre tres besantes de oiro; timbre um dos besantes.
Assim consta do dito brazão.
TOLEDO. Esta familia tomou o appelido da cidade de Toledo onde fez a sua
primeira residencia. Procede dos Commenos, imperadores de Constantinopla, e um d'esta
familia veiu a Hespanha e se achou na conquista da dita cidade. Tem em Castella varias
casas, sendo a primeira a dos duques d'Alba; passou a Portugal, onde procedem d’ella
muitas das casas titulares d’este reino.
São suas armas um escudo xadrezado de quinze peças de prata e azul, tres em faxa e
cinco em pala; timbre um anjo com a tunica xadrezada dos mesmos esmaltes.
Acham se no livro dos reis de armas.
Duarte Lopes de Torneio, ambos irmãos, o primeiro almocadem de Safim. A sua varonia
achava-se no seculo passado em Manuel Jacques Lobo de Torneio, morador na villa de
Merceana. Estavam na egreja de Santo Eloy, na sepultura do desembargador Antonio Lobo
de Torneio, e foram communicadas por José Freire Monterroio Mascarenhas as seguintes
armas: — Em campo vermelho cinco espadas de prata com as pontas para baixo, postas
em aspa; timbre um braço armado de prata com um punhal na mão levantado, e de prata.
TORQUEMADA. Este appelido foi tomado da villa d’este nome, a tres leguas
da cidade de Placencia, e d’elle ha familias nobres em Castella.
São suas armas em campo verde um castello de prata ardendo em fogo, que são as
mesmas da villa de Torquemada.
Acham-se no livro dos reis de armas.
TORREZÃO. A opinião tida por mais provavel é, que descendem dos antigos
Torrichões, que foram senhores illustres em Galliza, dos quaes passou a Portugal Fer
não Peres Torrichão, e n'este reino foi senhor das villas de Pereira, Villa-nova de Anços
e outras em tempo de el-rei D. Fernando; e foi pae de Alvaro Fernandes Torrichão, e
seus descendentes uns se chamaram Torrichões, e outros Torrezões, cuja mudança proce
deria de passagem para outras terras.
São suas armas em campo verde uma torre de prata, de cujas janellas saem duas has
tes de lança vermelhas, cada uma com sua flor de liz de oiro na ponta.
Acham-se no livro dos reis de armas.
CLXXIV TOSCANO — TRIGUEIROS
TOURREGÄO. No Hvro dos reis de armas se acba este, appellido, e existia tam-
bem no registro do brazao, que no anno de 1640 se passou a Manuel Fernandes Tourre-
gäo, alcaide-mór de Villa-ruiva, antes de se incendiar o cartorio no fogo que sobreveiu
ao terremoto de 1755.
Sao suas armas em campo azul cinco crescentes de oiro, postos em santor; timbre um
leâo de sua cor nascente, com um estandarte verrnelho ñas mäos, com o ferro e haste de
oiro.
TOVAR. E familia de Castella, que tomou o appellido da villa de Tovar, e no
mesmo reino tem casas illustrissimas. Passou a Portugal Sancho de Tovar, flllio de Mar
tim Fernandes de Tovar, que seguiu o partido de el-rei D. Affonso v, e d'elle procedem
os condes das Galveas e outras militas casas grandes.
Sâo suas armas em campo azul urna banda de oiro saindo das bocas de duas cabeças
de leâo do mesmo metal ; timbre um leâo de azul, armado de oiro nascente. Algnns dizem
que as cabeças sao de serpe.
Acham-se no livro dos reis de armas, e em Gonçalo Argote de Molina.
laram com as de outra familia que tinha urna faxa de prata em campo vermelho, como
as da casa de Austria.
Acham-ве no livro da Torre do Tombo, fl. 36.
TRUQUILHO. Sao suas armas em campo de oiro treze arruelas de azul, postas
em tres palas ; orla vermelha carregada de oito aspas de oiro.
Assim M traz no seu livro o referido Fr. José da Cruz.
ULVE1RA. V. Dulveira.
U
ULRICH. M. N. concedida por alvará de 12 de fevereiro de 1867 a Joâo Hen
rique Ulrich : — Escudo partido em pala, na primeira em campo vermelho um caduceo
de oiro ; orla de oiro com seis flores de liz de azul ; na segunda em campo azul a figura
da beneficencia, tendn na mao esquerda tres bolöes de dormideiras e no chefe o sol, tudo
de oiro ; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife dos metaes e cores das ar
mas; timbre um caduceu de oiro.
V. Archivo n.° 1166.
V
VABO. É familia da provincia do Alemtejo ainda que poiico extensa, porque
ha d'ella pouca noticia, e so nos consta que U. Maria de Vabo, mulher de Braz Rodri
gues da Anaia, era filha de Antonio Fogaça, que foi residente em Inglaterra, no tempo de
Henrique vin, onde foi morto e confiscado por defender o partido da rainha D. Catharina.
Dos referidos foi filha outra D. Maria do Vabo Pimentel, mulher do capitio Manuel Soro-
menho Dias, paes de Luiz Pimentel do Vaho, governador da praça de Albufeira, de quem
foi filho Antonio Pimentel do Vabo, capitlo-mór da villa de Alvor em 1750.
Sâo suas armas em campo vermelho um leâo xadrezado de prata e negro, sobre um pé
de agua de prata e azul ; timbre о leâo do escudo.
Àcham-se no livro dos reis de armas.
VADRE. V. Yedra.
VALENÇA. Este appellido foi sem duvida tomado ou da villa e praça de Valença
n'este reino, ou da cidade de Valencia em Castella.
Tem рог armas em campo azul urna torre de ouro assentada sobre ondas de prata e
azul ; timbre um libreo negro faxado de ouro.
Acham-se no livro dos rcia de armas.
VAREJOLA. Villas-boas tracta d'esta familia, e Ihe assigna por armas em campo
verde quatro lisonjas de ouro postas em pala acompanliadas de seis flores de liz do mesmo
metal, 1res de cada banda : timbre urna flor de liz do escudo e quatro lisonjas, tudo posto
em aspa, porém o mais commodo é por so por timbre a flor de liz.
VARELLA. Os Varellas e os Varilhas sao a mesma familia. Os genealógicos a
deduzem de D. Ramiro primeiro, rei de Aragao. Existiram ¡Ilustremente em Caliza, d'onde
passaram a Portugal Fornáo Días Varella no tempo do rei D. Fernando, e seus descen
dentes se estabeleceram em varias térras d'cste reino, com nobreza.
Sâo suas armas em campo de prata cinco bastöes verdes em banda alçados; timbre
um leâo de prata nascente, com um bastâo do escudo ñas mâos.
Acham-se no livro dos reis de armas.
VAZ. Este appellido é patronímico do nome proprio Vasco, que é livre a todos,
por
fllho de Joâo Vaz, e na mesina villa aparentou coin outras familias principaes d'ella.
VAZ — VEIGA CLXXIX
Tern por armas em campo vermelho um caslello de prata assentado sobre ondas de
azul e prata. Assim as vimos era um registro do brazao que se passou a Pedro Rebello,
que era tambem Vaz, em 26 de fevereiro de 1645 '.
Acham-se no Hvro dos reis de armas.
i Nuo apparece registrado este brazao paseado a Pedro Rebello, em tempo de el-rei D. Joäo iv, pondo
em diivida o que ácima fiea exposto. — Pegado.
VAZ, de MARTIM VAZ. Martim Vaz, arauto de el-rei D. Manuel, foi por seu
mandado com o rei de armas Portugal, Antonio Rodrigues, as cortes da Europa para se
instruirem ñas obrigaçoes dos sens officios de armaría, em que estavam empregados.
Chegando á corte do imperador Maximiliano, este monarcha deu a este Martim Vaz por
armas o escudo partido em pala, na primeira em campo de oiro meia aguia vermelha es
tendida ; na segunda em campo azul 1res pombos de prala com os pés e bicos de verme
lho, em pala ; timbre urna cabeça de leao de vermelho entre duas pennas de pavao de
oiro de forma que a cercam '. Assim se acham no Hvro dos reis de armas.
De Martim Vaz foi íillio Pedro de Evora, rei de armas Algarve, e escriváo da nobreza,
e d'esté o foi Jorge Pedroso, e urna filha que casou com Jeronymo de Mallos, dos quaes
foi filho Jorge Pedroso de Mallos.
1 Nao eiiste registro d'esta mercó feita a Martim Vaz, pelo imperador Maximiliano. — Pegado.
VAZ, de RUY VAZ. Foi Ruy Vaz cavalleiro da casa de D. Vasco ou D. Fr. Vasco
de Ataide. A este deu el-rei D. Affonso v por armas em campo de oiro um tronco de
arvore com seus esgalhos de sua cor, о quai é furado, e d'elle säe um leao de azul ar
mado de vermelho; timbre о leâo *.
V. Archivo, n.° 2249.
1 Esta mercê feita a Euy Vaz cm 21 de maio de 1477 acha-se registrada no liv. u de Místicos, fl. 58
v., mas diffère um pouco do que fica dito. — Pegado.
VEDRA. Da familia de Vedras nâo temos noticia, e nos inclinamos a que de-
vera ser Vadre.
O escudo que adiamos nos manuscriptos de um rei de armas do appellido de Vedra
é o seguinte : — Em campo de oiro um tronco de sua cor realçado os esgalhos de prata,
entre oito sestos lambem de sua cor realçados de prala, e o ironco deve ser tambem en-
sanguentado.
VEGA (LASO DE LA) ou GARCILASO DE LA VEGA. Quera quizer 1er urna no
ticia circunstanciada d'esla familia veja o que diz D. Francisco Piferrer no seu Nobiliario
a pag. 242 do vol. н.
Sao suas armas: escudo flanqueado, em chefe, e na ponía de sinople, com urna faxa de
vermelho fileteada de oiro ; os flancos de oiro, e em letras de azul a saudacáo angelical
Ave Шла, do lado direito, e do esquerdo Gratia plena.
Fr. José da Cruz nos seus manuscritos tral-as do seguinte modo : — Escudo de oiro
liso com urna orla de prata, e n'ella a legenda ácima em letras de preto. Pode muí bem
que estas fossem dadas em Portugal a algum descendente d'esta familia, mas as de Laso
de la Vega sao as que ácima descrevemos.
VEIGA. É appellido antigp de que ha différentes familias em toda a Hespanha.
Os de Portugal (que tambem se dividem em varios ramos) procedem de D. Arnaldo de
Baiiio por seu sétimo neto D. Jofio Pires da Veiga, cujo appellido leve por que foi her-
dado em urna veiga que está urna legua distante de Braga.
Sâo suas armas em campo vermelho urna aguia de oiro estendida armada de prata;
CLXXX VEIÖA — VELLOSO
timbre a mesma aguia ; cujas armas sao as do dito D. Arnaldo, e de que usam os Aze-
vedos seus descendentes, so com a differença de variarem de esmaltes.
Acham-se no livro dos roia de armas.
VEIGAS ÑAPÓLES. Este ramo de Veigas, que se ligou com os Ñapóles, tem por
armas em campo de prata nove flores de liz '.
Aseim se achara no livro dos reís de armas.
1 Estas armas sao dos Altes. Eutendemos que haveria algnm casamento dos Ñapóles cornos Altes, ou
d'estes com os Veigas, de que procedeu usar este ramo das armas dos Altes, porque os Ñapóles tem ou
tras armas.
VELLASCOS. E familia illustrissima das Asturias onde tem o seu solar. Tem
em Castella as casas da maior grandeza, d'onde veiu para Portugal a serenissima senhora
D. Anna de Vellasco, mué de el-rei o senhor D. Joâo iv. Tem passado a este reino por
outras pessoas, e existe em varias terras d'elle, e na America.
Sao suas armas o escudo xadrezado de quinze pecas, tres em faxa e cinco em pala, de
oiro e veiros de azul e prata, sendo a primeira de oiro e a segunda de veiros ; timbre
um leao vestido de veiros de azul e prata, e armado de vermellío. (Acham-se no livro dos
reis de armas.)
Villas-boas Ihe assigna outras, que nao sabemos onde as foi buscar.
VELLASQUES. É esta familia de fidalgos muito honrados em Hespanha. Gon-
çalo Argote de Molina trata d'ella, e Ihe assigna por armas em campo de prata treze ar-
ruelas de azul em tres pallas ; orla vermelha carregada de oito aspas de ouro.
Villas-boas Ihe assigna as dos Vellascos muito mal explicadas, o que nao seguimos
porque adiamos que os reis de armas passavam estas que aqui descrevemos. D'esta fa
milia passou a Portugal no tempo de elrei D. Sebastiao, D. Joáo Vellasques de Alarcao.
Foram seus descendentes D. Manuel Caetano Vellasques Sarmentó de Vasconcellos, mo
rador no Espinhal termo de Goimbra, e U. José de Alarcao de Castro Sarmentó, morador
em Penalva de Alva.
VELHO. Procédera de D. Arnaldo de Baiao, por seu bisneto D. Ñuño Soares, ou
D. Ñuño Velho, e porque descendían! por femea de Caio Carpo, regulo de Maia que existia
no tempo que veio aportar a Caliza o corpo do apostólo Sant'Iago, de quem os auclores
contara aquelle grande caso ein que appareceu coberto de conchas ou vieiras :
Tomaram os dsesta familia por armas em campo vermelho cinco vieiras de ouro em
santor; timbre um chapeo pardo de romeiro, com urna vieira na aba.
Acham-ве no livro da Torre do Tombo.
VENEGAS. Este appellido fazem uns ser patronímico do nome proprio Egas, e
Ihe dáo por tronco o grande Egas Moniz ; outros o derivara de Viegas, dando-lhe por as
cendente a D. Mozinho Viegas, e outros o fazem proceder de urna das trinta e duas linha-
gens mouras que se fizeram Christas de Granada, das quaes foi Roduam Venegas, governa-
dor da cidade de Granada, pelos annos de 1407, e D. Pedro de Granada Venegas, visconde
da villa de Mírale?, pelos annos de 1632. Passou esta familia a Portugal onde existe.
Sâo suas armas em campo azul, tres palas de prata, que alguns trazem em faxa, e
outros em banda ; timbre um leâo de sua cor armado de ouro.
Acham-se em D. Joâo Flores de Ocaris.
preto, que principiando no fumlo do escudo chega so ató ao meio, e é entregado de cinco
besantes de prata ; na segunda, larnbem em campo de prata, tres cabeças de touros ne
gros armadas de azul, deitando fogo pelas bocas e ventas, postas em roquete; timbre
urna das cabeças com um dos besantes na testa.
Assim estavam na authentica que apresentou o dito José Rodrigues Golarte
Yhiton.
VIDAL e VIDE. Ha n'este reino duas familias de Vidal ; a mais antiga achava-se
na villa de Castello de Vide pelos annos de 1400, em que viveu Lourenço Vidal, рае de
Vasco Pires Vidal, que teve a Fernáo Vaz Vidal, рае de outro Vasco Pires Vidal, todos
pessoas nobres da dita villa onde se conservam seus descendentes, que parece alguns se
appellidam Vide, porque urna e outra familia tem as mesmas armas.
Sao estas em campo de prata cinco folhas de videira de sua cor, em santor; timbre
urna das folhas.
Acbam-ве no livro dos reis de armas.
VIEGAS. A familia Viegas procede dos Ataides, que assim o prova o dr. Chris-
tovao Alam de Moraes, e José Freiré Monterroio o sqgue; ainda que o conde D. Pedro
diga que Gonçalo Viegas filho de Ñuño Gonçalves de Ataide morrera sera geraçâo, que
é de quem a deduzem, e as suas armas o provam tambem.
S3o estas em campo azul quatro bandas de prata ; timbre um leopardo de sua cor pi
cado de prata.
Acbam-se no livro dos reis de armas.
São suas armas em campo vermelho seis vieiras de ouro em duas palas; timbre uma
vieira do escudo entre dois bordões de Sant'Iago vermelhos forrados de ouro, postos em
aspa, e atados com um torçal de prata.
Acham-se no livro dos reis de armas.
VIEIRA. V. Tarnate.
VISTER ou WISTER. É familia que parece ser ingleza: algum individuo d'ella
passaria a Portugal, onde em attenção a sua qualidade e merecimentos se lhe faria a mercê
de cavaleiro da ordem de Christo, como indicam as suas armas.
São estas o escudo esquartelado; no primeiro em oiro uma alparca de negro forrada
de vermelho, no segundo em azul uma cabeça de mouro toucada ou com turbante de
prata, e assim os contrarios; sobre tudo uma cruz da ordem de Christo; timbre meio
mouro sem braços com roupão e turbante de oiro, com barrete encarnado.
Acham-se no livro da Torre do Tombo.
X
XACAVA. Descende esta familia de D. Affonso i, reí de Aragïïo, o" quai em ra-
z3o de um milagre que Nossa Senliora de Xacava llie fez em llie dar filhos, deu a um
d'elles este appellido de Xacava ; e por armas em campo de oiro quatro faxas de vermelho.
XARA. R familia antiga na Extremadura. Tem o seu solar na villa de Freixinal
com casa e morgados. A pessoa mais antiga que d'ella sabemos foi D. Joâo Garcia Xara,
commendador da ordern de S. Tiago em 1320, casado com D. lsabel de Torquemada,
irmä de Fr. Thomaz de Torquemada primeiro inquisidor gérai de Hespanlia. 0 seu ap
pellido foi tomado de alcunlia de um arbusto, ou planta de que amigamente se faziam as
bastes para as setas ; do que nasceu o proverbio — Partiii como nina xara.
Foi d'esta familia o padre meslre doutor Fr. José de Santo Antonio Xara, religioso da
ordern de S. Paulo, e famoso prégador no seu tempo.
Sao suas armas: em campo azul urna contrabanda de oiro saindo das bocas de duas
cabeças de serpes verdes safpicadas de oiro, e sobre a contrabanda dois lobos de sua
cor armados e coroados de vermelho ; no campo alto do escudo urna planta de xara verde
perfilada de oiro, no inferior em vermellio um castello de oiro com portas e frestas de
negro ; timbre um pennacho de tres plumas, urna vermelha entre duas de oiro.
Assim as communicou José Freiré Honterroio Mascarenhas.
XARMONTO ou CHERMONT? Esta familia nao sabemos d'onde veiu para Por
tugal: so Ihe adiamos armas no livro que serviu ao padre Fr. José da Cruz, reformador
do cartorio da nobreza, as quaes sao : escudo partido em pala ; na primeira em campo
vermelho treze besantes de ouro, postos em 1res palas, no segundo em campo de prata
um pé de terra de sua cor com 1res pinheiros verdes em faxa.
XERCE. Tem por armas o escudo composto de nove pecas de oiro e vermelho;
as de oiro carregadas de urna flor de liz de azul, e as vermelhas lisas ; timbre um leáo
de oiro rompente.
Acham-se no livro de Fr. José da Craz.
batalha de Toro, que venceu el-rei D. João II de Portugal, sendo ainda principe, ficou
neste reino onde, seus descendentes estabeleceram casa grossa, que tem despendido em
fundações de egrejas, capellas, seminarios, e em esmolas mais de trezentos mil cruzados.
São suas armas em campo vermelho duas columnas de oiro, postas em pala, sobre
cada uma d’ellas uma flor de liz tambem de oiro; entre as columnas duas espadas de
prata com as guarnições de oiro, postas em aspa, com as pontas para cima; timbre um
# armado de prata com uma espada do escudo na mão em acção de descarregar
O golpe.
Acham-se no livro dos reis de armas.
/
ZACHARIAS. Esta familia tem casa em a cidade de Xerez de la Frontera. .
São suas armas escudo esquartelado: o primeiro e ultimo de oiro liso sem mais
nada: o segundo e terceiro de vermelho da mesma fórma.
ZAGALO. Zagalo é o mesmo que Zagal, palavra antiga que significa rapaz. A pes
soa mais antiga que se acha d’este appelido é Martim Annes Zagalo, que vivia na villa de
Monsaraz na provincia do Alemtejo no tempo de el-rei D. Afonso III, e era dos princi
paes da mesma villa; foi seu neto Martim Pires Zagalo, e procederam deles os senhores
ZAMBRANOS — ZUNIGAS CLXXXVH
de Villa Fernando, e о seu morgado possuem hoje por femea seus descendentes em Villa
nova de Portimao.
Sao suas armas em campo de oiro dois crescentes de lúa, duas estrellas e dois torteaux
tudo de vermelho, postos em duas palas desencontradas; timbre um leopardo de oiro
com urna das estrellas na testa, e um tortean na garra direita,
Achiim-ве no livro dos reís de armas.
ZAPATA. É familia de Castella. Tem por armas em campo vermelho cinco sapa-
tas jaqueladas de prata e negro, postas em santor : orla vermelha carregada de oito es-
cudinhos de oiro, cada urn com sua banda negra.
Tral-as o referido livro de Fr. José da Cruz.
ZARATE. Sao de Biscaia. Tem por armas o escudo cortado em faxa : na primeira
de oiro urna aguia negra coreada entre duas coroas, da parte direita corôa imperial, e
da esquerda, corôa real : na segunda faxa tambera de oiro cinco coracoes sanguinhos pos
tos em santor; timbre urna aguia nascente de oiro sobre chammas de fogo.
Acham-se no livro de Fr. José da Cruz.
ZUNIGAS. Ë familia de Navarra, que procede dos reis d'aquelle reino, e seus
descendentes tiveram o senhorio da villa de Estuniga, cujo nome se corrompeu em Zu-
niga, e em Castella lera muitas casas da primeira grandeza. Passou a Portugal D. Affonso
de Zuniga cora a rainha D. Catharina, e foi seu estribeiro-mór, que leve filhos que casa-
ram n'este reino, de que descende muita fidalguia d'elle, e os Mendonças Zunigas de Ca-
marate; e ja depois passou tambera a este reino Pedro Gonçalves Zuniga a casar na casa
dos Abreus, senhores da Grade, alcaides mores de la Pella, de que ha geraçâo que existe.
Sâo suas armas em campo de prata urna banda negra, e urna cadea de oiro de oito
fuzis em orla, que passe por cima da banda.
Acham-se em Gonçalo Argote de Molina, e tambera as traz Haro, no eeu
Nobiliario.
CLXXXVin ZUNIGA, — ZUZARTE
FIM DO ÍNDICE
APPENDICE
v
Já ia muito adiantada a impressão desta obra (que circumstancias alheias da
nossa vontade demoram ha mais de um anno no prelo) quando se nos deparou a
possibilidade de addicionar-lhe varias noticias que julgamos interessantes, e algu
mas especies novas, que servirão de proveitoso auxilio aos genealogistas, tanto
de Portugal como do Brazil. Com elas organisámos pois o presente appendice.
—*=
Pouco tempo depois da chegada do senhor D. João VI, então principe regente,
ao Rio de Janeiro, foi instituido na nova côrte o Cartorio da Nobreza. Isto se com
prova pela carta passada em 17 de setembro de 1816 a Balthasar Rangel de Sousa
Coutinho (a qual damos na integra em logar competente.) Della consta haver sido
registrada em 28 do dito mez a fl. 66 do livro respectivo; e como os livros usa
dos para tal mister foram sempre de folio grande, segue-se que naquelle deviam
já existir á data referida bastantes cartas registradas.
Não é possivel avaliar ao certo o numero de brazões de armas mandados con
ferir por aquele monarcha durante a sua permanencia no Brazil; mas deve ser
avultado. Á volta da côrte para Lisboa ficaram esses livros no Rio de Janeiro, e
neles tomou principio a numeração dos que se lhe seguiram até o quinto, que servia
em 1848, epoca em que se perderam, com tudo o mais que fazia parte do cartorio,
por morte de Possidonio Carneiro da Fonseca Costa, escrivão da Nobreza e Fidal
guia do Imperio.
Até hoje tem sido inuteis todas as investigações empregadas para saber ao certo
o modo de descaminho que taes livros levaram, posto que a essas diligencias se
prestasse com zeloso empenho o exº barão de Gavia, proximo parente do referido
finado. Consta apenas que tendo este sido atacado de enfermidade mental, della
viera a fallecer em casa de urna sua irmâ ; e que esta scnhora entregara entâo, sera
depois saber dizcr a quem, todos os livros e documentos do cartorio que existia em
sua casa. E o que tambera confirmara as cartas do ex.mo barao, que temos em nosso
poder.
O sr. Luiz Aleixo Boulanger, que actualmente desempenha o cargo de escrivao da
Nobreza, tem sido por sua parte incansavel em procurar saber onde parara cartas
originaes de brazoes concedidos antes e depois da independencia do imperio, para
obtendo-se de novo sercm registrados : e é para sentir que nao baja colhido mais
ampio resultado de suas investigates. No entretanto, o único livro de registro que
boje existe é coordenado por elle, e muito Ihe devenios pelas maneiras cortezes e
obsequiosas com que francamente se prestou a dar os extractos dos seus registros
por elle authenlicados, e taes como se haviam mister para o finí que pretendíamos.
——=====~~~~
6. ANTONIO DIAs Coelho NETTo Dos REIs, bacharel formado em direito pela Uni
versidade de Coimbra, moço da camara da imperial guarda-roupa, cavaleiro da ordem
de Malta; natural e baptizado na cidade de Campos dos Goytacazes; filho legi
timo de Joaquim Pinto Netto dos Reis, primeiro barão de Carapebús, commendador
da ordem de Christo e da ordem da Rosa, moço da camara da imperial guarda
roupa honorario, tenente coronel commandante do 13.º batalhão da guarda nacional
da provincia do Rio de Janeiro, e de sua mulher D. Antonia Joaquina Netto dos
Reis, baroneza de Carapebús, ambos naturaes de Campos dos Goytacazes; neto por parte
paterna do guarda-mór Bernardo Pinto Netto da Silva, natural de Portugal, e de sua mu
D. Anna Maria Pereira, natural de Campos dos Goytacazes, e pela materna do capitão
Antonio Dias Coelho Netto, filho, e de D. Maria Pinto da Cruz Netto, dama de palacio ho
noraria; bisneto por parte paterna de Manuel Pinto dos Reis, e de sua mulher D. Jose
pha da Costa, ambos naturaes do reino de Portugal.
Escudo esquartelado; (V. Joaquim Pinto Netto dos Reis) elmo de prata, guarnecido
de oiro; timbre o leão das armas com uma folha de figueira na testa. — Br. p. em 25 de
junho de 1855. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 22.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
7. ANTONIO JoAQUIM DA SILVA PINTo, barão de S. Fidelis, fazendeiro do municipio
de Campos na provincia do Rio de Janeiro.
Escudo esquartelado; no primeiro quartel, em campo de goles cinco crescentes de
lua de oiro postos em aspa, no segundo de goles duas cannas de assucar de oiro postas
em santor, no terceiro de prata um leão rompente de goles armado de azul; no quarto
faxado de seis peças de oiro e azul. Corôa de barão; timbre um leão de prata com um
crescente de lua na espadoa esquerda. — Br. p. em 25 de maio de 1868. (M. N.) Reg.
no Cart. da N., liv, VI, fl. 99.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
8. ANToNIo JosÉ DE CAstRo, barão de Bemfica, oficial da ordem da Rosa, capitão
da guarda nacional, negociante matriculado na cidade do Recife, na provincia de Pernam
buco, proprietario e fazendeiro na mesma provincia.
Escudo esquartelado; no primeiro e quarto em campo de azul seis besantes de oiro
em duas palas; no segundo e terceiro, em campo de prata cinco quadrilongos de goles
postos em aspa. — Br. p. em 5 de junho de 1867. (M.N.) Reg. no Cart. da N., liv. vi,
fl. 78.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
9. ANToNIO MARTINS DA CRUZ JoBIM, barão de Cambahy, proprietario na provincia
de S. Pedro do Sul.
Em campo azul um cavalleiro armado de prata, e um chefe de oiro com uma cruz
florida de goles. — Br. p. em 2 de abril de 1862. (M.N.) Reg. no Cart. da N., liv. vi,
fl. 50.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
ANTONIO TORQUATO CXCV
Em campo de goles um castello de oiro, sahindo pela porta uma dextra ao natural
armada de uma espada de azul, posta em banda; acompanhado em chefe de uma estrella
de prata entre as lettras iniciaes M. G. de oiro; e em ponta de um rio de prata, carre
gado de uma ancora de sable. Divisa: Sempre prompto. —Br. p. em 4 de dezembro de
1865. (M. N.) Reg. no Cart. da N. liv. VI, fl. 69.
(Conf. —L. A. Boulanger.)
B
16. BALTHAZAR RANGEL DE SousA CoUTINHo. Foi-lhe passada a carta seguinte *:
D. João, por graça de Deus rei do reino unido de Portugal, e do Brazil e Algar
ves, d'aquem e d'alem mar em Africa, senhor de Guiné, e da conquista, navegação, e
commercio da Ethiopia, Arabia, Persia, e da India, etc. Faço saber aos que esta minha
carta de brazão de armas de nobreza e fidalguia virem, que o capitão Balthazar Rangel
de Sousa Coutinho, cavalleiro professo na ordem de Christo, natural da freguezia de
S. Salvador do Mundo da Guaratiba, bispado do Rio de Janeiro, me fez petição dizendo:
que pela sentença de justificação de sua nobreza, a ella junta, proferida pelo meu desem
bargador corregedor do civel da côrte, e casa da supplicação, o doutor Claudio José Pe
reira da Costa, cavaleiro professo na ordem de Christo, subscripta por Antonio Joaquim
da Silva Maia, escrivão do mesmo juizo, e pelos documentos a ella tambem juntos, se
mostrava que elle é filho legitimo do doutor Miguel Rangel de Sousa Coutinho, natural
da dita freguezia, ao qual se passou brazão de armas das mesmas familias em 3 de
março de 1727, e de sua mulher D. Helena da Cruz Freire; neto paterno de Julião
Rangel de Sousa, e de sua mulher D. Maria Josepha Pereira de Mariz, e pela parte ma
terna do capitão Pento Figueiroa Bravo, e de sua mulher D. Josepha Freire; bisneto do
capitão Balthazar Rangel de Sousa, e de sua mulher D. Angela de Mendonça; terceiro
neto de Vasco Fernandes Coutinho, senhor e donatario da villa e capitania do Espirito
Santo; cujos netos na côrte de Lisboa lograram os titulos de almotaceis-móres do reino,
e a dita D. Angela de Mendonça era filha legitima de Francisco de Sousa Coutinho, o
qual era segundo neto de D. Jorge de Sousa, irmão de D. Antonio de Sousa, conde do
Prado, e ele supplicante pela materna é terceiro neto do capitão Constantino Machado
Sampaio, e de sua mulher D. Josepha da Silva e Mariz Pereira, filha legitima de Duarte
* Copiada da original que existe em mão de seu neto, o doutor em medicina José Aldrete de Men
donça Rangel de Queiroz Carreira.
BALTHAZAR RANGEL CXCVII
Sodré Pereira, senhor de Aguas-bellas; os quaes seus paes e avós, e mais ascendentes fo
ram pessoas da primeira qualidade e grandeza do reino de Portugal, aonde são fidalgos
de linhagem, cotta de armas, e de solar, conhecidos por taes tidos e reputados, e se tra
taram com armas, criados, cavallos, e toda a mais ostentação pertencente a sua nobreza
e fidalguia, servindo no politico, e no militar os logares e postos mais distinctos do go
verno, sem que em tempo algum commettessem crime de lesa magestade divina ou hu
mana. Pelo que me pedia ele supplicante, por mercê, que para a memoria de seus pro
genitores se não perder, e clareza de sua antiga nobreza, e fidalguia, lhe mandasse dar
minha carta de brazão de armas das ditas familias, para d’ellas tambem usar na forma
que as trouxeram, e foram concedidas aos ditos seus progenitores. E vista por mim a
dita sua petição, sentença, e mais documentos, e constar de tudo o referido, e que a elle
como descendente das mencionadas familias lhe pertence usar e gosar de suas armas, se
gundo o meu regimento, e ordenação de armaria, lhe mandei passar esta minha carta de
brazão d’ellas, na forma que aqui vão brazonadas, divisadas, e illuminadas, com côres, e
metaes, segundo se acham registadas no livro do registo das armas da nobreza e fidal
guia de meus reinos, que tem Portugal, meu principal rei de armas. A saber: um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Sousas do Prado, que são: escudo es
quartelado, no primeiro e quarto quartel em campo de prata as cinco quinas de Portu
gal; no segundo e terceiro quartel em campo de prata um leão rompente de vermelho.
No segundo quartel as armas dos Coutinhos, que são em campo de oiro cinco estrellas
vermelhas postas em santor. No terceiro as armas dos Pereiras, que são em campo ver
melho uma cruz de prata florida, e vazia do campo. No quarto as armas dos Rangeis, que
são em campo azul uma flôr de liz de prata, com uma orla de oiro, e n’ella sete romans
verdes abertas com bagos vermelhos. Elmo de prata aberto guarnecido de oiro. Paquife
dos metaes, e côres das armas. Timbre dos Sousas, que é um leão rompente vermelho,
com uma grinalda florida de verde, e por diferença uma brica vermelha com um far
pão de oiro. O qual escudo e armas poderá trazer, e usar, tão sómente o dito Baltha
zar Rangel de Sousa Coutinho, assim como as trouxeram, e usaram os ditos nobres, e
antigos fidalgos seus antepassados, em tempo dos senhores reis meus antecessores, e com el
las poderá entrar em batalhas, campos, reptos, escaramuças, e exercitar todos os mais
actos licitos da guerra, e da paz. E assim mesmo os poderá trazer em seus firmaes,
aneis, sinetes, e divisas, pol-as em suas casas, capellas, e mais edifícios, e deixal-asso
bre sua propria sepultura: e finalmente se poderá servir, honrar, gosar, aproveitar d'el
las, em todo e por todo, como a sua nobreza convem.
Com o que, quero, e me praz, que haja ele, e todos os seus descendentes todas
as honras, privilegios, liberdades, graças, mercês, isenções, e franquezas, que hão, e
devem haver os fidalgos e nobres de antiga linhagem, e como sempre de todo usaram e
gosaram, os ditos seus antepassados; e seus successores, não poderão usar d’este bra
zão, e privilegios, sem que novamente lhe seja a cada um d'elles confirmado. Pelo que
mando aos meus desembargadores, corregedores, juizes, e mais justiças dos meus reinos,
e senhorios, e em especial aos meus reis de armas, arautos, e passavantes, e a quaes
quer outros oficiaes, e pessoas a quem esta minha carta for mostrada, e o conhecimento d’ella
pertencer, que em tudo lha cumpram, e guardem como n’ella se contem, sem duvida nem
embargo algum, que em ella lhe seja posto; porque assim é minha mercê. Pagou de no
vos direitos cinco mil réis que se carregaram ao thesoureiro d'elles a folha 14 do livro
5.º de sua receita, como consta do conhecimento em forma registado a folha 83 v. do li
vro 10.º do registo geral dos mesmos. El-rei nosso senhor o mandou por Izidoro da
Costa e Oliveira, cavaleiro professo na ordem de Christo, e da Torre e espada, cavalleiro
fidalgo de sua casa real, seu criado particular, e seu rei d'armas Portugal. Antonio Ber
nardo Cardoso Pessanha de Castel-branco, cavalleiro professo na ordem militar de Sant’
Iago da espada, fidalgo de linhagem, e cotta de armas, escrivão da fidalguia e nobreza
do reino unido, e suas conquistas, a fez em a côrte e cidade de S. Sebastião do Rio de
CXCVIII BENJAMIM FRANCKLIN
Janeiro, aos dezesete dias do mez de setembro do anno do nascimento de nosso senhor
Jesus Christo de mil oitocentos e dezeseis. Eu Antonio Bernardo Cardoso Pessanha de
Castel-branco a fiz e subscrevi. Portugal rei de armas principal Isidoro da Costa e Oli
{'017'(1.
C
19. CAETANO MARIA LoPEs GAMA, fidalgo cavalleiro da casa imperial, membro or
dinario do conselho de estado, senador do imperio, ministro aposentado no supremo tri
bunal de justiça, grande dignitario da ordem da Rosa, oficial da imperial do Cruzeiro,
commendador da de Christo, o qual tem occupado por diferentes vezes o cargo de mi
nistro e secretario de estado em diversos ramos da administração publica, além do de
presidente de provincia, natural e baptisado na freguezia do Santissimo Sacramento da
cidade do Recife, na provincia de Pernambuco, filho legitimo do doutor João Lopes Car
doso Machado, natural da cidade de Lisboa, e de D. Anna Bernarda do nascimento Gama,
natural e baptisada n'aquela provincia; neto por parte paterna do capitão-mór José Lopes
Cardoso, natural de Guimarães, e de D. Agueda Maria de Sousa Machado, natural da
villa de Soure, ambos do reino de Portugal; e pela materna do sargento-mór Pedro Fer
nandes Gama, e D. Thereza Maria de Jesus, ambos naturaes d’aquella mesma provincia;
bisneto materno do fidalgo cavaleiro Pedro Fernandes Gama, e de sua mulher D. Maria
dos Prazeres Neves; terceiro neto pelo dito lado do fidalgo cavaleiro Manuel Fernandes
Gama, e de D. Francisca Gomes, filha legitima do coronel do regimento de linha da cidade
do Porto, Bento Gomes; quarto neto por esta mesma parte do fidalgo Ayres da Silva
Coutinho, morgado de Azurara, e de D. Margarida da Gama, filha de D. Vasco da Gama,
terceiro marquez de Niza.
Escudo esquartelado: no primeiro quartel as armas dos Gamas, a saber: quinze es
caques de ouro e vermelho de tres peças em faxa e cinco em palla, sendo as vermelhas
acoticadas com suas faxas de prata, e no meio um escudo com as quinas do reino de
Portugal; no segundo quartel as dos Lopes, em campo azul uma palmeira de ouro, um
corvo pousante n’ella com azas estendidas; no terceiro quartel as dos Cardosos, em campo
vermelho dois cardos de verde floridos com flôr e raizes de prata entre dois leões de ouro
batalhantes armados de vermelho; no quarto quartel as dos Machados, em campo vermelho
cinco machados de prata, manicados de ouro postos em aspa. Elmo de prata, guarnecido de
ouro em relevos. Timbre o dos Gamas, um naire da cintura para cima vestido ao modo
da India, com o escudo das armas na mão. — Br. p. em 26 de fevereiro de 1849. Reg.
no Cart. da N., liv. VI, fl. 8.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
20. CAETANo MARIA DE PAIVA Lopes GAMA, moço fidalgo da casa imperial, natu
ral e baptisado na cidade do Rio de Janeiro, filho legitimo do visconde de Maranguape,
grande do imperio, membro ordinario do conselho de estado, senador do imperio, minis
tro aposentado do tribunal de justiça, grande dignitario da ordem da Rosa, oficial da or
dem imperial do Cruzeiro, commendador da ordem de Christo, ministro e secretario de
estado dos negocios estrangeiros, natural e baptisado na cidade do Recife, na provincia
de Pernambuco, e da viscondessa de Maranguape; neto paterno do doutor João Lopes
Cardoso Machado, natural da cidade de Lisboa, e de D. Anna Bernarda do Nascimento
Gama, natural e baptisada n'aquella provincia; bisneto por parte paterna do capitão-mór
José Lopes Cardoso, natural de Guimarães, e de D. Agueda Maria de Sousa Machado, na
tural da vila de Soure, ambos do reino de Portugal; e pela materna do sargento-mór Pe
dro Fernandes Gama, e de D. Thereza Maria de Jesus, ambos naturaes d’aquella mesma
provincia; terceiro neto materno do fidalgo cavaleiro Pedro Fernandes Gama, e de sua
CC DOMINGOS FRANCISCO
mulher D. Maria dos Prazeres Neves: quarto neto pelo dito lado do fidalgo cavalleiro Ma
nuel Fernandes Gama, e de D. Francisca Gomes, filha legitima do coronel do regimento
de linha da cidade do Porto, Bento Gomes: quinto neto por esta mesma parte do fidalgo
Ayres da Silva Coutinho, morgado de Azurára, e de D. Margarida da Gama, filha de D.
Vasco da Gama, terceiro marquez de Niza.
- . Escudo esquartelado (ver o de Caetano Maria Lopes Gama). — Br. p. em... novem
•
bro de 1857. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 36. (Conf.—L. A. Boulanger.)
26. Est EvÃo RIBEIRO DE REZENDE, barão de Lorena com grandeza, desembargador
honorario, commendador da ordem da Rosa, cavalleiro da de Christo, socio correspon
dente do instituto historico e geographico do Brazil, ex-presidente da provincia de Matto
Grosso, proprietario n'esta côrte, e fazendeiro no municipio de Pirahy.
Em campo azul um leão de ouro rompente, tendo na garra sestra uma balança de
prata, e na dextra uma espada do mesmo, acompanhado á direita de um ramo de cafeseiro
de ouro com fructas de goles, e á esquerda de tres besantes de prata em roquete, entre
cinco estrellas do mesmo postas em aspa. — Br. p. em 22 de maio de 1867. (M. N.) Reg.
no Cart. da N., liv. VI, fl. 76.
(Conf. — L. A. Boulanger.)
27. Est EvÃo RIBEIRO DE REZENDE, conde de Valença, natural da provincia de Mi
nas-Geraes, filho legitimo do coronel Severino Ribeiro, e de sua mulher D. Josepha Maria
de Rezende, seu pae natural de Lisboa, e sua mãe da freguezia dos Prados, bispado de
arianna; neto paterno de Estevão Ribeiro, e de D. Leonarda Maria, naturaes de Lisboa,
e materno de João de Rezende Costa, natural da ilha de Santa Maria, e de D. Helena Ma
ria de Rezende, natural da ilha do Fayal.
Escudo partido de azul e ouro: no primeiro as armas de Damião Dias Ribeiro, que
são um leopardo de prata passante, e um chefe de ouro com tres estrellas de vermelho;
no segundo as dos Rezendes, duas cabras em palla de preto, gotadas de ouro. Timbre o
leopardo das armas com uma estrella na espadoa. Elmo de prata aberto guarnecido de
ouro. Corôa de conde, e por diferença uma brica azul com uma flôr, — Br. p. em 29 de
novembro de 1829. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 1.
(Conf. — L. A. Boulanger.)
# Em
* campo de ouro uma banda de azul, carregada de tres flôres de canna de assu
OUTO. # de barão. — Br. p. em 23 de junho de 1860. (M.N.) Reg, no Cart.
a N., liv. VI, fl. 42.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
30. FRANCIsco BALTHAzAR DA SILVEIRA (D.), fidalgo cavalleiro da casa imperial,
commendador da ordem de Christo, desembargador da relação do Maranhão, deputado á
assembléa geral legislativa, filho legitimo de D. Luiz Balthazar da Silveira, coronel refor
mado da primeira linha do exercito, cavalleiro da ordem de S. Bento de Aviz, e de D.
Joanna Maria de Araujo; neto de D. Carlos Balthazar da Silveira, brigadeiro dos reaes
exercitos, commandante do regimento da Bahia, e de D. Anna Michaela Joaquina da Sil
veira; bisneto de D. Luiz Thomé da Silveira; terceiro neto de D. Braz Balthazar da Sil
veira, senhor de S. Cosmade, na comarca de Lamego, commendador de Ranhados, e das
mais commendas que teve seu pae; mestre de campo general, conselheiro de guerra, go
vernador e capitão general de S. Paulo, governador das armas da Beira; e de D. Joanna
Ignez Vicencia de Menezes, filha de Aleixo de Sousa da Silva, segundo conde de Sant'Iago;
quarto neto de D. Luiz Balthazar da Silveira, veador da rainha D. Maria Anna de Austria,
commendador de S. Thomé de Corrilhão, S. Cosme e Damião de Garfe, Santo Estevão de
Oldroens, S. Thomé de Penalva, S. Vicente de Figueira, da ordem de Christo; e de D.
Luiza Bernarda de Lima.
Escudo esquartelado: no primeiro e quarto quarteis as quinas de Portugal; e no se
gundo e terceiro as armas de Leão; timbre um leão das armas." — Br. p. em 5 de
agosto de 1854. Reg. no Cart. da N., liv. vi, fl. 14.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
1 Estas são em Portugal as armas dos Sousas do Prado.
Vianna de Lima, e de sua mulher e prima D. Ignacia de Barros Rego, natural da mesma cidade
do Recife, sendo a mulher do referido terceiro avô Manuel Rodrigues Campello, D. Inno
cencia de Brito Falcão, filha legitima do capitão Luiz Braz Bezerra, e de sua mulher D.
Francisca Sanches del Poço. Quarto neto do capitão Floriano Correa de Brito, e de sua
mulher D. Luiza Carneiro da Silva, e tambem quarto neto do doutor Domingos Filippe
de Gusmão, de estirpe illustre na cidade de Tavira, d’onde era natural, e de sua mulher
D. Maria Tavares de Lira, natural da sobredita cidade do Recife. Quinto neto do capitão
mór Francisco Ribeiro da Silva, e de sua mulher D. Filippa Nunes Tavares, natural do
Recife, sendo ele da cidade de Braga em Portugal; tambem quinto neto do fidalgo Ma
nuel Rodrigues, natural de Refoios de Lima, casado com D. Natalia Domingues Cam
pello, natural de Vianna de Lima do dito reino de Portugal, e do capitão Francisco Re
bello de Barros, natural de Caminha, e de sua mulher e prima D. Maria da Rocha de
Ramos Rego, natural da dita villa de Vianna de Lima. Sexto neto do capitão-mór Pedro
Ribeiro da Silva, natural da cidade de Braga, e bem assim sexto neto de Domingos Gon
çalves Campello, natural do Prado, casado com D. Justa Gonçalves Campello, e de sua
mulher e prima D. Paschoa de Faria Lobo, filha de João Lobo Pinheiro de Faria, e de
sua mulher D. Jeronyma de Antas da Silveira, da familia dos Pinheiros, alcaides-móres
de Barcellos, fidalgos aparentados com a maior parte dos grandes e senhores do reino,
e descendentes da nobilissima familia dos Villas-boas, senhores da casa de Ayró, dos Ay
res de Moraes do conselho de Baião, e quinta do Quelhas em S. Bartholomeu de Cam
pello, e senhores da casa Camposa, marquezes d’este titulo, enlaçados com as illus
tres varonias dos Lobos, dos Silveiras, dos barões de Alvito, condes de Oriola e
de Sarzedas.
Escudo (ver Francisco Joaquim Pereira Lobo.) — Br. p. em 16 de julho de 1863.
Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 57.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
36. FRANCIsco MARIA Dos GUIMARÃEs PEixoto, fidalgo cavalleiro da casa impe
rial, capitão da 7.° companhia de fusileiros, filho legitimo do doutor Domingos Ribeiro
dos Guimarães Peixoto, barão de Iguarassú.
(O resto ver Pedro Leopoldo dos Guimarães Peixoto.)— Br. p. em 18 de agosto de
1862. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 54.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
37. FRANCIsco MARIANO DE VIVEIRos So BRINHo, barão de S. Bento, fidalgo ca
# da casa imperial, deputado á assembléa geral legislativa pela provincia do Ma
I'3'IlIl30.
Escudo esquartelado: no primeiro quartel as armas dos Gomes, que são em campo
de prata tres cabeças de negro, com pendentes nas orelhas e narizes e colares, tudo de
ouro, postas em roquete; no segundo as dos Martins, que são cortadas em faxa, na de
cima de negro com duas pallas de ouro, na de baixo em campo de ouro tres flôres de
liz vermelho postas em contra roquete; no terceiro quartel as dos Macedos, em campo
azul cinco estrellas de ouro de seis raios em santor; no quarto as dos Fernandes, em
campo azul uma torre de ouro, com seis bombardas de sua côr, quatro em cima e duas
em baixo. Elmo de prata guarnecido de ouro. Paquife dos metaes e côres das armas. Tim
bre dos Gomes, que é uma das cabeças do escudo e por differença uma brica vermelha
com um F da prata. — Br. p. em 25 de outubro de 1855. Reg, no Cart. da N., liv. VI,
fl. 25.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
39 FRANcIsco PEIxoto DE LACERDA WERNECK, barão de Paty do Alferes com
grandeza, commendador da ordem da Rosa, cavalleiro da de Christo, natural e baptisado
na freguezia de Nossa Senhora da Conceição do Paty do Alferes, filho legitimo de Fran
cisco Peixoto de Lacerda, capitão de cavallaria da segunda linha em 1811, reformado ma
jor da mesma arma em 1818, condecorado com o habito de Christo em 1824 em renu
meração de serviços, e de D. Amelia de Werneck; neto pela parte paterna do capitão André
Peixoto de Lacerda, e de D. Gertrudes da Silveira Bittencourt, e pela materna do sar
gento-mór Ignacio de Sousa Werneck, e de D. Francisca das Chagas.
Escudo esquartelado: no primeiro as armas dos Peixotos, que são enxequetado de
ouro e azul de seis peças em faxa, e no segundo as armas dos Lacerdas, que são de Cas
tella e Leão, em campo partido com as armas antigas de França, e assim dos contrarios.
— Br. p. em 26 de fevereiro de 1855. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 18.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
40. FRANCIsco TELLEs CosME Dos REIs, juiz de paz com exercicio na freguezia de
Jacarepaguá, cavalleiro da ordem da Rosa, condecorado com o habito da ordem de S. Gre
gorio Magno, fazendeiro e proprietario na freguezia de Jacarepaguá no municipio
Ineutr0.
(Ascendencia e brazão ver Pascoal Telles Cosme dos Reis) e por diferença no escudo
uma brica com a letra F. —Br. p. em 2 de setembro de 1868. Reg, no Cart. da N., liv.
VI, fl. 101. •
(Conf. — L. A. Boulanger.)
41. FRANCIsco XAVIER DE OLIVEIRA, barão de Campo-verde, proprietario e nego
ciante na cidade do Recife, provincia de Pernambuco.
Escudo esquartelado: no primeiro e quarto em campo verde uma oliveira de ouro
com fructas de sinople e raizes de prata; no segundo e terceiro, em campo de prata um
caduceo de azul posto em palla entre duas estrellas de goles. Corôa de barão. Paquife
das côres e metaes do escudo. — Br. p. em 31 de julho de 1867. (M.N.) Reg. no Cart.
da N., liv. VI, fl. 84.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
42. FRUCTUoso PINTO DA CosTA, barão de Catú, cavalleiro da ordem de Christo,
#" superior
3III3.
da guarda nacional da villa Jaguaipe, natural da provincia da
•
Escudo partido em duas faxas: na primeira em campo azul, dois colheireiros de prata,
afrontados; na segunda, em campo verde, uma sussurana de ouro deitada. — Br. p. em
31 de agosto de 1864. (M.N.) Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 66.
(Conf.—L. A. Boulanger)
CCVI HONORIO HERMETO
G
43. GERALDO RIBEIRO DE SousA REzENDE, moço fidalgo com exercicio na casa im
perial, proprietario e fazendeiro em Campinas, provincia de S. Paulo, filho legitimo de
Estevão Ribeiro de Rezende, natural da provincia de Minas-Geraes, grande do imperio,
marquez de Valença, senador pela provincia de Minas-Geraes, membro honorario do an
tigo conselho de estado, grã-cruz da ordem de Christo, e dignitario da imperial do Cru
zeiro, e de sua mulher D. Ilidia Mafalda de Sousa Queiroz; neto pela parte paterna do
coronel Severino Ribeiro, natural de Lisboa, e de D. Josepha Maria de Rezende, natural
da freguezia de Prados, bispado de Marianna, e pela materna do brigadeiro Luiz Antonio
de Sousa, e D. Genebra de Barros Leitão; bisneto pela parte paterna de Estevão Ribeiro,
e de D. Leonarda Maria, naturaes de Lisboa, e bem assim de João de Rezende Costa,
natural da ilha de Santa Maria, e D. Helena Maria de Rezende, natural da ilha do Fayal.
Escudo esquartelado: no primeiro e quarto as armas de Damião Dias Ribeiro, que
são em campo azul um leopardo de prata passante, com um chefe de ouro carregado de
estrellas de goles; no segundo as armas dos Sousas, que são esquarteladas com as qui
nas de Portugal, e as armas de Leão; e no terceiro quartel as armas dos Rezendes, em
campo de ouro duas cobras de sable gotadas do primeiro, passantes e postas em palla;
e por diferença uma brica azul com uma flôr de ouro. Paquife dos metaes e das côres
do brazão. Elmo de prata guarnecido de ouro. Timbre o dos Ribeiros, o leopardo das ar
mas, com uma estrella de goles na espada. — Br. p. em 27 de junho de 1870. Reg. no
Cart. da N. liv. VI, fl. 108.
(Conf.—L. A. Bonlanger.)
Escudo esquartelado: ao primeiro e segundo com uma bordadura de ouro, com qua
tro flôres de liz de azul e quatro folhas de figueira ao natural, sendo o primeiro de goles
e o esquerdo de azul, e sobre elles um leão de ouro rompente, armado de prata; terceiro
e quarto, em campo de goles, uma banda de azul acoticada de ouro, com tres flôres de
liz do mesmo metal, entre dois carneiros de prata, passantes, armados de ouro. Corôa de
marquez. Timbre o leão do escudo com uma folha de figueira na testa; divisa — Cor unum
via una. — Br. p. em 28 de novembro de 1855. (M.N.) Reg. no Cart. da N. VI, liv. 26.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
48. JACINTo Alves BARBosA, barão de Santa Justa com grandeza, proprietario e
fazendeiro no municipio da Parahyba do Sul, e na provincia de Minas-Geraes.
Em campo de ouro um leão de sinople rompente armado de goles, tendo na garra dex
tra um ramo de cafeeiro ao natural; bordadura de goles, com oito besantes de prata. Pa
quife das côres e metaes das armas. — Br. p. em 25 de maio de 1867. (M. N.) Reg. no
Cart. da N. liv. VI, fl. 77.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
49. JACINTo PAEs DE MENDoNÇA, fidalgo da casa imperial, bacharel em leis pela fa
culdade do Recife, commendador da ordem de Christo, e da Ordem da Rosa, commandante
CCVIII JOÃO BAPTISTA
50. JesUINO LAMEGo Cost A, segundo barão da Laguna, chefe de esquadra, conse
lheiro de guerra, inspector do arsenal de marinha da côrte, dignitario da ordem da Rosa,
commendador da de S. Bento de Aviz, de Nossa Senhora da Conceição da Villa-Viçosa de
Portugal, da real ordem hespanhola de Carlos III, e da ordem holiandeza do Leão Neer
landez, oficial da imperial ordem do Cruzeiro e da Legião de honra de França, condeco
rado com a medalha de ouro da passagem do Tonelero, deputado á assembléa geralle
gislativa pela provincia de Santa Catharina.
Em campo de ouro um chaveirão de goles, acompanhado á dextra de um esquadro
de azul, movente de norte de uma bussola do mesmo; á sestra de um gallo de azul can
tante cristado e barbado de goles, e na ponta de uma ancora de sable. Chefe de azul com
quatro estrellas de prata. Corôa de barão. Paquife das côres e metaes do escudo. — Br.
p. em 25 de julho de 1871. (M.N.) Reg. no Cart. da N. liv. VI, fl. 116.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
51. JoÃO ANToNIo DE ARAUJo FREITAs HENRIQUEs, bacharel, cavalleiro da ordem
de Christo, juiz de direito da comarca de Goyana, na provincia de Pernambuco, filho le
gitimo do coronel João Joaquim de Freitas Henriques.
Escudo partido em pala: a primeira partida em faxa, tendo em cima as armas dos
Freitas, em campo vermelho cinco estrellas de ouro de seis pontas cada uma postas em
aspa; e por baixo as dos Henriques, em campo de prata dois leões de purpura bata
lhantes, e um manteler de vermelho, carregado de um castello de ouro, lavrado de preto;
na segunda palla, esquartelada, as armas dos Esmeraldos, que são: no primeiro quartel
de prata uma banda de preto; e no contrario do mesmo, um leão do mesmo, e sobre elle
um filete em banda; no segundo de azul, uma faxa de ouro, e no contrario do mesmo,
uma banda de prata fimbrada de goles. Elmo de prata guarnecido de ouro. Paquife dos
metaes e côres das armas. Timbre o dos Freitas, dois braços de leão de ouro cm aspa.
— Br. p. em 23 de agosto de 1860. Reg. no Cart. da N. liv. VI, fl. 45.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
52. João BAPTISTA PEREIRA Lobo, inspector da thesouraria provincial de rendas
publicas da provincia de Pernambuco, oficial da ordem da Rosa, cavalleiro da Ordem de
Christo, natural e morador na cidade do Recife da mesma provincia; filho legitimo de João
Baptista Pereira Lobo, e de sua mulher D. Maria Francisca de Gusmão ambos da mesma
cidade do Recife; neto pela parte paterna do capitão Manuel Pereira Lobo, rico homem,
natural da cidade de Lamego em Portugal, freguezia da Sé, e de D. Maria do Espirito
Santo, natural da mesma cidade do Recife; pela materna neto do sargento-mór Filippe
Rodrigues Campello, fidalgo da casa real, e de D. Ignez Francisca de Gusmão, filho legi
timo do capitão Belchior Mendes de Carvalho, e sua mulher D. Maria Tavares de Lira
JOÃO CALDAS CCIX
Gusmão; bisneto por parte paterna do capitão Manuel Pacheco da Silva, e de sua mulher
D. Thereza de Jesus Correa de Brito, ambos da mesma cidade do Recife; por parte ma
terna bisneto do sargento mór Manuel Rodrigues Campello, cavalleiro professo na ordem
de Christo, e fidalgo da casa real, filho legitimo de outro sargento-mór Antonio Rodrigues
Campello, natural da villa de Vianna de Lima, e D. Ignacia dos Ramos Reis, natural da
mesma cidade do Recife; sendo a mulher do referido Manuel Rodrigues Campello, D. In
nocencia de Brito Falcão, filha do capitão Luiz Braz Bezerra, e de sua mulher D. Fran
cisca Sanches del Poço. Terceiro neto do capitão Floriano Correa de Brito, e de sua mu
lher D. Luiza Carneiro da Silva, e tambem terceiro neto do doutor Domingos Filippe de
Gusmão, natural da cidade de Tavira (Portugal) e de sua mulher D. Maria Tavares de Lira,
natural da sobredita cidade do Recife; quarto neto do capitão-mór Francisco Ribeiro da
Silva, natural da cidade de Braga, e bem assim quarto neto do fidalgo Manuel Rodrigues,
natural de Refoios de Lima, casado com D. Natalia Domingues Campello, natural de
Vianna de Lima, em Portugal, e do capitão Francisco Rebello de Barros, natural de Ca
minha, e de sua mulher D. Maria da Rocha de Barros Reis, natural d'aquella mencionada
villa; quinto neto do capitão-mór Pedro Ribeiro da Silva, natural da cidade de Braga, e
bem assim quinto neto de Domingos Gonçalves Campello, natural do Prado, casado com
D. Justa Gonçalves Campello; e de sua mulher e prima D. Paschoa de Faria Lobo, filha
de João Lobo Pinheiro de Faria, e de sua mulher D. Jeronyma de Antas da Silveira, da
familia dos Pinheiros, alcaides-móres de Barcellos, fidalgos aparentados com a maior parte
dos grandes do reino, descendentes da noblissima familia dos Villas-boas, senhores da
casa de Ayró, dos Annes de Moraes do conselho de Baião, e quinta do Quelhas em S.
Bartholomeu de Campello, e senhores da casa de Camprosa, marquezes d’este titulo, enla
çados com as illustres varonias dos Lobos, Silveiras, barões de Alvito, e condes de Oriola
e de Sarzedas.
Um escudo esquartelado: no primeiro quartel as armas dos Campellos, que são as
mesmas dos Moraes, partidas em palla; na primeira em campo vermelho e sobre um rio
uma torre de prata; e na segunda palla, em campo de prata, uma amoreira verde; no se
gundo quartel as armas dos Gamas, que são quinze escaques de ouro e vermelho, tres
peças em palla, e cinco em faxa, e as peças vermelhas acoticadas com duas faxas de prata
e um escudo das armas de Portugal no meio; no terceiro quartel as armas dos Regos,
em campo verde uma larga banda perfilada de prata e ondeada de agua azul, e sobre ella
tres vieiras de ouro; no quarto quartel as dos Lobos, que são em campo de prata cinco
lobos pretos postos em aspa, e armados de vermelho. Elmo de prata e guarnecido de
ouro. Timbre dos Campellos, que é a amoreira verde de suas armas, e por diferença uma
# # """ trifolio azul. —Br. p. em 24 de novembro de
a N., liv., vi fl. 4.
1846. Reg, no Cart.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
53. Jo Áo CALDAs VIANNA FILHo, proprietario e fazendeiro no municipio de Campos,
provincia do Rio de Janeiro, filho legitimo do doutor João Caldas Vianna, advogado nesta
côrte, e de sua mulher D. Margarida Perpetua Pessanha Vianna; neto por parte paterna
do capitão Paulo Francisco da Costa Vianna, e de sua mulher D. Maria Joaquina do Nas
cimento Reis, filha do coronel Joaquim Vicente dos Reis Barroso, riquissimo homem da
villa de Campos; e por parte materna do conselheiro Dionysio de Azevedo Pessanha e
Vilhegas Castello-branco, ao qual se passou brazão de armas em 2 de agosto de 1814, onde
está justificada sua descendencia das nobres familias dos Pessanhas, Azevedos, Vilhegas,
Castello-brancos e Telles de Tavora, que foram pessoas de qualificada, antiquissima e co
nhecida nobreza: João Telles de Tavora, seu decimo terceiro avô, era descendente, con
forme a Historia genealogica da Casa real portugueza, de el-rei D. Afonso Henriques.
Escudo esquartelado: no primeiro quartel as armas dos Vilhegas, que são em campo
de prata uma cruz de negro florida e aberta, entre oito caldeiras da "…"i" COII]
CCX JOÃO GOMES
azas formadas de serpes tambem negras; no segundo as dos Castello-brancos, que são em
campo azul um leão de ouro armado de sanguinho; no terceiro quartel as dos Azevedos,
que é esquartelado, o primeiro de ouro, com uma aguia preta estendida, o segundo de
azul com cinco estrellas de prata em aspa, e uma bordadura vermelha. cheia de aspas de
ouro, e assim dos contrarios; no qnarto as dos Pessanhas, que são em campo de prata
uma banda de vermelho dentada, carregada de tres flôres de liz de prata. Elmo de prata
aberto, guarnecido de ouro. Paquife dos metaes e côres das armas. Timbre dos Vilhegas,
que é dois braços armados de prata, com uma caldeira das armas nas mãos; e por dife
rença uma brica vermelha com uma estrella de ouro. — Br. p. em 18 de junho de 1863.
Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 56.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
54. JoÃO DE FIGUEIREDO PEREIRA DE BARRos, barão de Fonseca, oficial da ordem
da Rosa, e proprietario na côrte e provincia do Rio de Janeiro.
Escudo partido de azul e prata; no primeiro um castello de ouro, acompanhado em
chefe de uma aguia de prata estendida; no segundo um leão de goles rompente, armado
de sable, tendo na boca uma espada de azul com punho de ouro. Corôa de barão. Di
visa: Libenter. --Br. p. em 11 de dezembro de 1867. (M. N.) Reg. no Cart. da N.,
liv. VI, fl. 95.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
55. JOÃO GOMES DE CARVALHO, barão de Barra-Mansa com grandeza, commendador
da ordem de Christo e da de Nossa Senhora da Conceição de Villa-Viçosa de Portugal,
proprietario e fazendeiro no municipio de Barra-Mansa da provincia do Rio de Ja
IlCITO.
> Escudo esquartelado de sinople e ouro: no primeiro duas pennas de ouro postas em
aspa; no segundo um barrete de magistrado de sable com arminhos; no terceiro duas
cannas de assucar ao natural em aspa; no quarto um annel de ouro coberto de um ru
bim. Corôa de barão. — Br. p. em 24 de janeiro de 1872. (M.N.) Reg. no Cart. da N.,
liv. VI, fl. 119.
• (Conf.—L. A. Boulanger.)
57. JoÃo GoMEs D E MELLo, barão de Marvim com grandeza, senador do imperio,
commandante superior reformado da guarda nacional da cidade de Marvim da pro
vincia de Sergipe, commendador da ordem de Christo, cavalleiro da imperial ordem
do Cruzeiro, cômmendador da ordem de S. Gregorio Magno de Roma, natural da pro
vincia de Sergipe.
Escudo partido em palla de prata e goles: no primeiro um leão de sable rompente, e
no segundo seis besantes de prata entre uma dobre cruz de ouro. Corôa de conde. Tim
JOÃO HUET CCXI
bre uma aguia de sable abesantada de prata. — Br. p. em 11 de julho de 1867. (M.N.)
Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 81.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
58. João GoMEs RIBEIRO DE AvELLAR, primeiro barão da Parahyba com grandeza,
commendador da ordem de Christo, e da ordem da Rosa.
Um escudo esquartelado: no primeiro e quarto quarteis, em campo verde, um leo
pardo de ouro passante, e um chefe de ouro, com tres estrellas de goles; ao segundo
e terceiro, em campo de ouro tres faxas de azul, com tres besantes de prata cada uma;
e no centro um escudete, tendo em campo de prata um ramo de cafeeiro e uma canna
de assucar ao natural postos em aspa. Corôa de conde, como grande do imperio. — Br. p.
em 31 de dezembro de 1858. (M.N.) Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 39.
(Conf. —L. A. Boulanger.)
59. João HUET BACELLAR PINTo GUEDEs Souto-MAIoR, fidalgo cavalleiro da casa
imperial, coronel graduado e reformado do extincto corpo da brigada, oficial da imperial
ordem do Cruzeiro, cavaleiro da militar de S. Bento de Aviz, e da da Rosa, natural e bapti
sado na freguezia de S. Martinho de Recezinhos da cidade do Porto, filho legitimo do fidalgo
cavaleiro da casa real de Portugal, Duarte Claudio Huet de Bacellar Souto-Maior, senhor
do morgado de Pavoiso d’aquella mesma cidade, e de D. Anna Joaquina Guedes de Carvalho
Vasconcellos e Menezes, senhora do morgado de Canavezes, ambos moradores na quinta
do Fôfo; neto por parte paterna de Lourenço Huet de Bacellar Souto-Maior, e de D. Vi
ctoria de Lacerda de Pinho Pereira, e pela materna de Victoriano José Mendes de Carva
lho, e de D. Angelica Maria Guedes, ambos naturaes da cidade do Porto; bisneto paterno
do fidalgo cavalleiro Duarte Claudio Huet Souto-Maior, e de D. Maria Josepha de Freitas,
e materno de Diogo Moreira Cardoso de Vasconcellos, e de D. Josepha Violante de Vas
concellos, naturaes da villa da Feira, da cidade do Porto; e bem assim bisneto de Bernardo
Mendes de Carvalho, e de D. Maria Camello de Sousa, senhores e moradores na quinta
de Fôfo, e mais de Luiz Pinto da Fonseca, e de D. Luiza da Fonseca Pinto, naturaes do
logar de Grades, bispado de Viseu; terceiro neto paterno do fidalgo cavalleiro da casa
real Vicente Huet de Souto-Maior, commendador e alcaide-mór de Villa-nova de Mil-Fontes,
brigadeiro e governador de Valença do Minho, e sua mulher D. Thereza Isabel de Almeida
Machado Porto-Carreiro, herdeira do morgado dos Pintos em Braga e do padroado da
Conceição, descendentes das principaes familias do Minho; quarto neto paterno do fidalgo
cavaleiro Duarte Claudio Huet, cavaleiro alemão que se alistara ao serviço do senhor
infante D. Duarte de Portugal, a quem servira como seu camareiro na prisão do castello
de Milão, com tanto amor e lealdade que por morte do dito infante fôra este cavalleiro
nomeado por ele seu testamenteiro; e como viesse a Portugal prestar contas d’esta tes
tamentaria, em renumeração d’estes e outros serviços relevantes fôra nomeado cavalleiro
da ordem de Christo, e commendador de S. Gil de Portugal, onde casára com D. Cons
tança Malheiro Souto-Maior, filha de Marcos Malheiro Pereira de Bacellar, alcaide-mór de
Villa-nova de Mil-Fontes, commendador de Nossa Senhora da Graça, senhor da casa, torre
e honras de Mira da casa de Bacellar, além de senhor do solar e paço de Antas, e da
honra e solar de Coroneis.
Escudo esquartelado: no primeiro quartel as armas dos Huets, em campo azul
tres flôres de liz de ouro, postas em roquete; no segundo quartel as dos Bacellares,
em campo de ouro um bacello verde de duas verguntas retorcidas postas em pala, com
quatro cachos de purpura; no terceiro quartel as dos Pintos, em campo de prata cinco
crescentes de luas vermelhas em aspa; no quarto quartel as de Souto-Maior, em campo
de prata tres faxas enxequetadas de ouro e vermelho de tres peças em pala. Corôa a
dos duques de Souto-Maior, por assim ter sido concedida á sua descendencia. Paquife
dos metaes e côres das armas. Timbre o dos Huets; uma flôr de liz de ouro col
CCXII JOAQUIM CANDIDO
locada sobre a corôa. —Br. p. em 25 de março de 1849. Reg. no Cart. da N., liv.
VI, fl. 9.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
60. JoÃo Jo AQUIM DA CUNHA REGo BARRos, segundo barão de Goyana, dignitario
da ordem da Rosa, commendador da de Christo, coronel commandante superior da guarda
nacional de Goyana, na provincia de Pernambuco.
Escudo partido de sinople e de goles; no primeiro as armas dos Regos, uma banda
de prata, ondeada de azul, e sobre ella tres vieiras de ouro; no segundo as armas dos
Barros, tres bandas de prata e no meio nove estrellas de ouro 1, 3, e 2. Campanha de
ouro com uma canna de assucar e um ramo de cafeeiro ao natural, postos em santor, este
em barra, aquella em banda. Corôa de barão. Paquife das côres e metaes do escudo. —
Br. p. em 30 de agosto de 1870. (M. N.) Reg. no Cart. da N., fl. 110.
(Conf. —L. A. Boulanger.)
61. JoÃo PEREIRA DARRIGUE FAR o, moço fidalgo com exercicio na casa imperial,
natural e baptisado na cidade do Rio de Janeiro, filho legitimo de João Pereira Darrigue
Faro, coronel chefe da quinta legião da guarda nacional, commendador da ordem de
Christo, cavalleiro da ordem imperial do Cruzeiro, oficial da ordem da Rosa, visconde do
Rio-Bonito, com grandeza, que foi vice-presidente da provincia do Rio de Janeiro, director
e vice-presidente do banco do Brazil, moço da camara da imperial guarda-roupa, veador
de sua magestade a imperatriz; e de sua mulher D. Marianna Joaquina da Fonseca; neto
paterno de Joaquim José Pereira de Faro, natural da cidade de Braga no reino de Portu
gal, commendador da ordem de Christo, cavalleiro da imperial ordem do Cruzeiro, coro
nel reformado do extincto primeiro regimento de infanteria da segunda linha do exercito,
e primeiro barão do Rio-Bonito, e de sua mulher D. Anna Rita de Faro; bisneto de Josè
Pereira de Faro, natural do reino de Galliza, e de sua mulher D. Francisca Thereza Pereira
Fernandes de Sá; terceiro neto de Jacob de Bugarim Sá e Sarmento, natural de Galliza;
quarto neto de D. Gregorio de Sá, natural da villa de Ponte de Lima, do reino de Portugal.
Escudo esquartelado: (Ver o de José Pereira de Faro.) — Br. p. em 20 de maio de
1857. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 34.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
62. Jo Áo RodRIGUEs DE ARAUJo, fidalgo cavalleiro da casa imperial, conego, juiz de
casamentos e dispensas matrimoniaes, commendador da ordem de Christo.
Em campo de prata, uma aspa azul, com cinco besantes de ouro em ella. Chapé0
preto, com cordões da mesma côr. — Br. p. em 12 de novembro de 1856. (M.N.) Reg.
no Cart. da N., liv. VI, fl. 32.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
63. JoÃO DA SILVA MACHADO, primeiro barão de Antonina, senador do imperio, fi
dalgo cavalleiro e veador honorario da casa imperial, grande dignitario da ordem da Rosa,
oficial da imperial do Cruzeiro.
Em campo de prata um leão de purpura armado de goles, tendo na garra dextra
um catechismo e um rosario de ouro, e na espadoa um machado do mesmo, acompanhado
á direita de um indio ao natural, virado para a esquerda depondo as armas, que são de
ouro. — Br. p. em 17 de setembro de 1859. (M. N.) Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 40.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
64. JoAQUIM CANDIDo SoAREs DE MEIRELLEs, chefe de divisão graduado, cirur
gião-môr da armada, cavalleiro da ordem de S. Bento de Aviz, oficial da imperial ordem
do Cruzeiro, e commendador da ordem da Rosa.
JOAQUIM MIGUEL CCXIII
Escudo partido em pala: no primeiro de azul, seis costas de prata, em tres faxas;
no segundo de ouro, tres bolotas de verde postas em roquete. Corôa de marquez. —Br.
p. em 31 de dezembro de 1855. (M.N.) Reg. no Cart. da N., liv. vi, fl. 29.
# (Conf.—L. A. Boulanger.)
76. JosÉ FRANCIsco CARDoso, presidente da provincia do Paraná, bacharel em leis
pela faculdade de S. Paulo, cavalleiro da ordem de Christo. (O resto como a carta de
Manuel José Cardoso.) — Br. p. em 20 de setembro de 1860. Reg. no Cart. da N., liv.
VI, fl. 47.
(Conf. — L. A. Boulanger.)
•
BALTHAZAR RANGEL CXCVII
Sodré Pereira, senhor de Aguas-bellas ; os quaes seus paes e avós, e mais ascendentes fo-
ram pessoas da primeira qualidade e grandeza do reino de Portugal, aonde sao íidalgos
de linhagem, cotia de armas, e de solar, conhecidos por taes tidos e reputados, e se tra-
taram com armas, criados, eavallos, e toda a mais ostentaçâo perlencente a sua nobreza
e fldalguia, servindo no politico, e no militar os logares e postos mais distinctes do go-
verno, sem que em tempo algum commettessem crime de lesa magestade divina ou hu
mana. Pelo que me pedia elle supplicante, por mercê, que para a memoria de seus pro
genitores se nao perder, e clareza de sua antiga nobreza, e fidalguia, Ihe mandasse dar
minha carta de brazâo de armas das ditas familias, para d'ellas tambem usar na forma
que as trouxeram, e foram concedidas aos ditos seus progenitores. E vista por mím a
dita sua petiçâo, sentença, e mais documentos, e constar de tudo o referido, e que a elle
como descendente das mencionadas familias Ihe pertence usar e gosar de suas armas, se
gundo o meu regimentó, e ordenacao de armaría, Ihe mandei passar esta minha carta de
brazáo d'ellas, na forma que aqui váo brazonadas, divisadas, e ¡Iluminadas, com cores, e
metaes, segundo se acham registadas no livro do registo das armas da nobreza e fidal
guia de meus reinos, que tem Portugal, meu principal rei de armas. A saber : um escudo
esquartelado ; no primeiro quartel as armas dos Sousas do Prado, que sao : escudo es-
quartelado, no primeiro e quarto quartel em campo de prata as cinco quinas de Portu
gal; no segundo e terceiro quartel em campo de prata um leao rompente de vermelho.
No segundo quartel as armas dos Coutinhos, que sao em campo de oiro cinco estrellas
vermelhas postas em santor. No terceiro as armas dos Pereiras, que sao em campo ver
melho urna cruz de prata florida, e vazia do campo. No quarto as armas dos Rangeis, que
sao em campo azul urna flor de liz de prata, com urna orla de oiro, e n'ella sete romans
verdes abertas com bagos vermelhos. Elmo de prala aberto guarnecido de oiro. Paquife
dos metaes, e cores das armas. Timbre dos Sonsas, que é um leäo rompente vermelho,
cora urna grinalda florida de verde, e por differença urna brica vermelha com um far-
pao de oiro. O qual escudo e armas poderá trazer, e usar, táo sómente o dito Baltha
zar Rangel de Sousa Coulinho, assim como as trouxeram, e usaram os ditos nobres, e
antigos fidalgos seus antepassados, em tempo dos senhores reis meus antecessores, e com el
las poderá entrar em batalhas, campos, reptos, escaramuces, e exercitar todos os mais
actos licites da guerra, e da paz. E assim mesmo os poderá trazer em seus firmaes,
aneis, sinetes, e divisas, pol-as em suas casas, capellas, e mais edificios, e deixal-as so
bre sua propria sepultura : e finalmente se poderá servir, honrar, gosar, aproveitar d'el
las, em todo e por todo, como a sua nobreza convem.
Cora o que, quero, e me praz, que haja elle, e todos os seus descendentes todas
as honras, privilegios, liberdades, graças, mercês, isençôes, e franquezas, que háo, e
devem haver os fidalgos e nobres de antiga linhagem, e como sempre de todo usaram e
gosaram, os ditos seus antepassados; e seus successores, nao poderao usar d'esté bra
zâo, e privilegios, sem que novamente Ihe seja a cada um d'elles confirmado. Pelo que
mando aos meus desembargadores, corregedores, juizes, e mais justiças dos meus reinos,
e senhorios, e em especial aos meus reis de armas, arautos, e passavantes, e a quaes-
quer outros officiaes, e pessoas a quera esta minha carta for mostrada, e o conhecimento d'ella
pertencer, que em tudo Iha cumpram, e guardem como n'ella se contení, sem duvida nem
embargo algum, que em ella Ihe seja posto; porque assim é minha mercê. Pagou de no-
vos direitos cinco mil réis que se carregaram ao thesoureiro d'elles a folha 14 do livro
5.° de sua receita, como consta do conhecimento em forma regislado a folha 83 v. do li
vro 10.° do registo geral dos mesmos. El-rei nosso senhor o mandou por Izidoro da
Costa e Oliveira, cavalleiro professo na ordern de Christo, e da Torre e espada, cavalleiro
fidalgo de sua casa real, seu criado particular, e seu rei d'armas Portugal. Antonio Ber
nardo Cardoso Pessanha de Castel-branco, cavalleiro professo na ordern militar de Sant'-
lago da espada, fidalgo de linhagem, e cotia de armas, escrivao da fidalguia e nobreza
do reino unido, e suas conquistas, a fez em a corte e cidade de S. Sebastiâo do Rio de
CXCVm BENJAMIM FRANCKLIN
i !.
Janeiro, aos dezcsclc (lias do mez de setembro do anno do nascimento de nosso senhor
Jesus Christo de mil oitocentos e dezeseis. Eu Antonio Bernardo Cardoso Pessanha de
Castel-branco a fiz e subscrevi. Portugal rei de annas principal Isidoro da Costa e Oli-
veira.
Registada no livro primeiro do registo dos brazöes e armas da nobreza e fidalguia
do reino unido e suns conquistas, a follias 66. Rio de Janeiro 28 de setembro de 1816.
Antonio Bernardo Cardoso Pe^ati/ta de Castel-branco.
N'esta secretaria do registro geral das mero.es tica registrada esta carta de brazao
de armas n.° 191. Rio de Janeiro 10 de feverciro de 1817. Pg. 253000. Luiz Antonio de
Paria Soiesa Lobatto.
Pg. tres mil e duzentos reis de sello. Rio de Janeiro 2l de novembro de 1816.—
Drumond.
17. BEI.ARMINO RICARDO DE SIQUEIRA, baräo de S. Gonçalo com grandeza, de-
putado à assembléa provincial do Rio de Janeiro, coronel commandante superior da
guarda nacional do municipio de Nictlieroy, presidente do banco rural e hypolhecario na
corte.
Escudo esquartelado : no primeiro em campo de ouro scte barras de azul, lancadas
ao viez ; no segundo, tambem em campo de ouro, cinco estrellas de goles em aspa ; bor-
dadura de goles ; e no centro um escudete azul, com unía colmea e seis abelhas de prata.
Corôa de conde, sendo grande do imperio. — Br. p. em 3i de dezembro de 1855. (M.
N.) Reg. no Gart, da N.. liv. vi, íl. 28.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
18. BENJAMIM FRANCKLIN TORREAD DE BARBOS, bacharel em sciencias sociaes e
jurídicas pela faculdade de direilo da cidade do Recife, addido de primeira classe à lega-
cao brazíleira na república oriental do Uruguay, filho legitimo de Rento José Fernandas
de Barros, commendador da ordern de Christo e da ordern da Rosa, e de D. Joaquina
Brazilcira Torreáo de Harros ; neto pela parte paterna do capilao Rento José Fernandes
de Barros, e de sua mulher D. Anna Rita Freiré de Azevcdo ; e pela parte materna de
Bazilio Quaresma, ex-presidente da provincia do Río-grande do Norte e da Parahyba, ex-
deputado à assembléa geral legislativa pela dita provincia do Río-grande do Norte, e de
sua mulher D. Anna Catharina de Barros Torrefio ; bisneto por parte paterna de Manuel
José Fernandes, e de sua mulher D. Maria Josepha de Barros, da cidade de Lisboa : tam
bem bisneto do capilao-mór Bento Freiré de Revoredo, e de sua mulher D. Monica da
Rocha Bezerra, ambos naturaos da provincia do Rio-grande do Norte; terceiro neto do
¡capitáo Diogo Marques de Revoredo, e de sua mulher D. Timolhea Freiré: tambem ter
ceiro neto do capitáo Leonardo Pinheiro Teixeira, e de sua mulher D. Maria Borges da
Rocha Bezerra, naluraes do Rio-grande do Norte.
Escudo esquartelado : no primeiro e quarto quartel as armas dos Bezerras ; em
campo verde dois bezerros de ouro andantes com os rabos sobre a anca ; no segundo e
terceiro as armas dos Revoredos, que sao partidas em palla, na primeira em campo de
ouro, fretada de vermelho ; na segunda em campo verde, um castello de ouro coberto e
. lavrado, com bordadura azul, carregada de sete peixes salemas de prata. Timbre um be-
zerro sera chiffres. — Br. p. em 30 de agosto de 1864. Reg. no Cart, da N., liv. vi,
fl. 65.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
CAETANO MARIA CXCIX
С
19. CAETANO MARIA LOPES GAMA, Gclalgo cavalleiro da casa imperial, membro or
dinario do conselho de estado, senador do imperio, ministro aposentado no supremo tri
bunal de jusiiça, grande dignilario da ordern da Rosa, official da imperial do Cruzeiro,
commendador da de Christo, o quäl lern occupado por différentes vezes o cargo de mi
nistro e secretario de estado em diversos ramus da adminislraçao publica, além do de
presidente de provincia, natural e baptisado na freguezia do Sanlissimo Sacramento da
cidade do Recife, na provincia de Pernambuco, filho legitimo do doutor Jo5o Lopes Car
doso Machado, natural da cidade de Lisboa, e de D. Anna Bernarda do nascimento Gama,
natural e baptisada n'aquclla provincia; neto por parte paterna do capitao-mor José Lopes
Cardoso, natural de Guimaraes, e de D. Águeda Maria de Sousa Machado, natural da
villa de Soure, ambos do reino de Portugal ; e pela materna do sargento-mór Pedro Fer-
nandes Gama, e D. Thereza Maria de Jesús, ambos naturaes d'aquella mesma provincia;
bisneto materno do fldalgo cavalleiro Pedro Fernandes Gama, e de sua mulher D. Maria
dos Prazeres Neves ; terceiro neto pelo dito lado do fidalgo cavalleiro Manuel Fernandes
Gama, e de D. Francisca Gomes, filha legitima do coronel do regimentó de Hnha da cidade
do Porto, Bento Gomes: quarto neto por esta mesma parte do íidalgo Ayres da Silva
Coutinho, morgado de Azurara, e de D. Margarida da Gama, filha de D. Vasco da Gama,
terceiro marquez de Niza.
Escudo esquartelado : no primeiro quartel as armas dos Gamas, a saber : quinze es
caques de ouro e vermelho de tres pecas em faxa e cinco em palla, sendo as vermelhas
acoticadas com suas faxas de prata, e no meio um escudo com as quinas do reino de
Portugal ; no segundo quartel as dos Lopes, em campo azul urna palmeira de ouro, um
corvo pousante n'ella com azas estendidas ; no terceiro quartel as dos Cardosos, em campo
vermelho dois cardos de verde floridos com flor e raizes de prata entre dois leôes de ouro
batalhantes armados de vermelho ; no quarto quartel as dos Machados, em campo vermelho
cinco machados de prata, manicados de ouro postos em aspa. Elmo de prata, guarnecido de
ouro em relevos. Timbre o dos Gamas, um naire da cintura para cima vestido ao modo
da India, com o escudo das armas na máo. — Br. p. em 26 de fevereiro de 1849. Reg.
no Gart, da N., liv. vi, fl. 8.
(Conf. —L. A. Boulanger.)
20. CAETANO MARIA DE PAIVA LOPES GAMA, moco fidalgo da casa imperial, natu
ral e baplisado na cidade do Rio de Janeiro, tilho legitimo do visconde de Maranguape,
grande do imperio, membro ordinario do conselho de estado, senador do imperio, minis
tro aposentado do tribunal de justiça, grande dignitario da ordcm da Rosa, official da or
dern imperial do Cruzeiro, commendador da ordern de Christo, ministro e secretario de
estado dos negocios estrangeiros, natural e baplisado na cidade do Recife, na provincia •
de Pernambuco, e da viscondessa de Maranguape ; neto paterno do doutor Joan Lopes
Cardoso Machado, natural da cidade de Lisboa, e de D. Anna Bernarda do Nascimento
Gama, natural e baptisada n'aquella provincia; bisnelo.por parte paterna do capitâo-môr
José Lopes Cardoso, natural de Guimaraes, e de D. Águeda Maria de Sousa Machado, na
tural da villa de Soure, ambos do reino de Portugal; e pela materna do sargento-mór Pe- .
dro Fernandes Gama, e de D. Thereza Maria de Jesús, ambos naturaes d'aquella mesma
provincia ; terceiro neto materno do fidalgo cavalleiro Pedro Fernandes Gama, e de sua
CC DOMINGOS FRANCISCO
mulher D. Maria dos Prazeres Nevcs : quarto neto pelo dito lado do fidalgo cavalleiro Ma
nuel Fernandas Gama, e de D. Francisca Gomes, íilha legitima do coronel do regimentó
de linha da cidade do Porto, Bento Gomes: quinto neto por esta mesma parte do fidalgo
Ayres da Silva Coutinho, morgado de Azurára, e de D. Margarida da Gama, lillia de D.
Vasco da Gama, terceiro marquez de Niza.
. Escudo esquartelado (ver o de Caetano Marta Lopes Gama). — Br. p. em ... novem
bre de 1857. Reg. no Cart, da N.. liv. vi, fl. 36.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
21. CANDIDO JOSÉ DE CAMPOS FERRAZ, barao de Porto-Feliz, fazendeiro e proprie-
tario no municipio da Limeira, na provincia de S. Paulo.
Escudo esquartelado: no primeiro e quarto em campo de prata, quatro pallas de
sinople ; no segundo e terceiro em campo de goles, cinco besantes de ouro postos em
aspa, cada urn com tres faxas de sable. — Br. p. em 5 de fevereiro de 1868. (M. NJ Reg.
no Gart, da N., liv. vi, fl. 96.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
22. CANDIDO JOSÉ CARDOSO, doutor em medicina pela faculdade do Rio de Janeiro,
proprietario n'esta corte, negociante matriculado e director do banco rural e hypolhecario.
(O resto como a carta de Manuel José Cardoso.) — Br. p. em 20 de setembro de 1860.
Reg. no Cart, da N., liv. vi, fl. 47.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
23. CANDIDO JOSÉ PEREIRA CODEÇO, filho legitimo de Alexandre José Pereira Codeco,
e de D. María de Sousa Rodrigues, natural de Campos dos Goylacazes.
Escudo orlado de ouro, em campo azul cinco estrellas de prata, postas em aspa.
Timbre um leïïo de purpura rompente com urna espada de ouro na garra dextra, e urna
estrella de prata na esquerda sobre um elmo de prata. Paquife das cores e melaes do
brazao.— Br. p. em 20 de setembro de 1858. (M. N.) Reg. no Cart, da N., liv. vi, fl. 38.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
24. DELPHIM CARLOS DE CARVALHO, barao da Passagem cora grandeza, chefe de di-
visáo do corpo da armada, dignitario da ordern de Rosa, commendador da de Christo, e
cavalleiro da de S. Bento de Aviz.
Em campo de ouro um vapor encouraçado de sable, andando em um rio de azul on
deado de prata, carregado á dextra de urna corrente posta em barra e á sestra de um
torpedo do mesmo; um chefe de azul com um delpliirn, um carolus e urna bolota de car-
valho de ouro. Divisa: Avante. — Br. p. em 9 de abril de 1869. (M. N.) Reg. no Cart,
da N., liv. vi, fl. Ш4.
(Conf.—L. A. lioulanger.)
25. DOMINGOS FIIANCISCO DE SOUSA LEAO, barao de Tabalinga, natural e residente
na provincia de Pernambiico, oflidal da ordern da Rosa.
Escudo csquaiii-lado : no primeiro e quarto cm campo de pra ta, as quinas de Portugal
FLAVIO CLEMENTINO CCI
postas em aspa ; no segundo e terceiro em campo de ouro, um leäo de goles pómpente.
Corúa de barao. Timbre o leäo das armas. — Br. p. em 30 de agosto de 1867. (M. N.)
Reg. no Gart, da N., liv. vi, fl. 68.
(Conf. — L. A. Boulanger.)
E
26. ESTEVÄO RIBEIRO DE REZENDE, barao de Lorena cora grandeza, de'sembargador
honorario, commendador da ordern da Rosa, cavalleiro da de Christo, socio correspon
dente do instituto histórico e geographico do Brazil, ex-presidente da provincia de Matto-
Grosso, proprietario n'esta corte, e fazendeiro no municipio de Pirahy.
Em campo azul um leäo de ouro rompente, tendo na garra sestra urna balança de
prata, e na dexlra urna espada do mesmo, acompanhado a direita de um ramo de cafeseiro
de ouro com fructas de goles, e a esquerda de tres besantes de prata em roquete, entre
cinco estrellas do mesmo postas em aspa. — Br. p. em 22 de maio de 1867. (M. N.) Reg.
no Cart, da N., liv. vi, fl. 76.
(Conf. — L. A. Boulanger.)
27. ESTEVÁO RIBEIRO DE REZENDE, conde de Valença, natural da provincia de Mi-
nas-Geraes, fllho legitimo do coronel Severino Ribeiro, e de sua mulher D. Josepha Maria
de Rezende, seu рае natural de Lisboa, e sua mâe da freguezia dos Prados, bispado de
. arianna ; neto paterno de Estevâo Ribeiro, e de D. Leonarda Maria, naturaes de Lisboa,
e materno de Joáo de Rezende Costa, natural da ilha de Santa Maria, e de D. Helena Ma-
ria de Rezende, natur;¡! da ilha do Fayal.
Escudo partido de azul e ouro : no primeiro as armas de Damiáo Dias Ribeiro, que
sao um leopardo de prata passante, e um chefe de ouro com tres estrellas de vermelho ;
no segundo as dos Rezendes, duas cabras em palla de preto, gotadas de ouro. Timbre o
leopardo das armas com urna estrella na espadoa. Elmo de prata aberto guarnecido de
ouro. Corôa de conde, e por difference urna brica azul com urna flor. — Br. p. em 29 de
novembre de 1829. Reg. no Cart, da N., liv. vi, fl. 1.
(Conf.— L. A. Boulanger.)
F
28. FELISBERTO IGNACIO DE OLIVEIRA, barao de Cruangy, negociante matriculado,
natural da provincia (¡e Pernambuco.
(Ver as armas de Manuel Ignacio de Oliveira, barao de Ottricury.) — Br. p. em 30
de agosto de 1867. (M. N.) Reg. no Cart, da N., liv. vi, fl. 87.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
29. FLAVIO CLEMENTINO DA SILVA FREIRÉ, barao de Mamanguape, official da ordern
da Rosa, deputado á assembléa geral legislativa pela provincia da Parahyba, proprietario
com fazenda de assucar na dita provincia.
CCII FRANCISCO JOAQUIM
Em campo de ouro urna banda de azul, carregada de très flores de canna de assu-
car, de ouro. Corôa de barâo. — Br. p. em 23 de junho de 1860. (M. N.) Reg. no Cart,
da N., liv. vi, fl. 42.
(Conf. —L. A. Boulanger.)
30. Francisco BALTHAZAR DA SILVEIRA (D.), fidalgo cavalleiro da casa imperial,
commendador da ordern de Christo, desembanjador da relaçâo do Maranhäo, deputado a
assemblée gérai legislativa, filho legitimo de D. Luiz Balthazar da Silveira, coronel refor
mado da primeira linha do exercito, cavalleiro da ordern de S. Bento de Aviz, e de D.
Joanna Maria de Araujo ; neto de D. Carlos Balthazar da Silveira, brigadeiro dos reaes
exercitos, commandante do regimentó da Bahia, e de D. Anna Michaela Joaquina da Sil
veira ; bisneto de D. Luiz Thomé da Silveira ; terceiro neto de D. Braz Balthazar da Sil
veira, senhor de S. Cosmade, na comarca de Lamego, commendador de Ranhados, e das
mais commendas que tcve seu рае ; mestre de campo general, conselheiro de guerra, go-
vernador e capitäo general de S. Paulo, governador das armas da Beira ; e de D. Joanna
Ignez Vicencia de Menezes, filha de Aleixo de Sousa da Silva, segundo conde de Santiago;
quarto neto de D. Luiz Balthazar da Silveira, veador da rainha D. Maria Anna de Austria,
commendador de S. Thomé de Corrilhäo, S. Cosme e Damiao de Garfe, Santo Estevao de
Oldroens, S. Thome de Penalva, S. Vicente de Figueira, da ordern de Christo ; e de D.
Luiza Bernarda de Lima.
Escudo esquartelado: no primeiro e quarto quarteis as quinas de Portugal; e no se
gundo e terceiro as armas de Leâo ; timbre um leâo das armas. * — Br. p. em 5 de
agosto de 1854. Reg. no Cart, da N., liv. vi, fl. 14.
(Cow/.—L. A. Boulanger.}
1 Estas sao em Portugal as armas doi Sonsas do Prado.
Vianna de Lima, e de sua mulher e prima D. Ignacia de Barros Regó, natural da mesma cidade
do Hecife, sendo a mulher do referido terceiro avô Manuel Rodrigues Gampello, D. Inno
cencia de Brito Falcao, filha legitima do capitáo Luiz Braz Bezerra, e de sua mullier D.
Francisca Sanches del Poco. Quarto neto do capitáo Floriano Correa de Brito, e de sua
mulher D. Luiza Carneiro da Silva, e tambem quarto neto do doutor Domingos Filippe
de Gusmao, de estirpe illustre na cidade de Tavira, d'onde era natural, e de sua mulher
D. Maria lavares de Lira, natural da sobredita cidade do Recife. Quinto neto do capilao-
mór Francisco Ribeiro da Silva, e de sua mulher D. Filippa Nunes lavares, natural do
Recife, sendo elle da cidade de Braga em Portugal ; tambem quinto neto do fldalgo Ma
nuel Rodrigues, natural de Refoios de Lima, casado com D. Natalia Domingues Cam-
pello, natural de Vianna de Lima do dito reino de Portugal, e do capitáo Francisco Re-
bello de Barros, natural de Caminha, e de sua mulher e prima D. Maria da Rocha de
Ramos Regó, natural da dita villa de Vianna de Lima. Sexto neto do capitao-mór Pedro
Ribeiro da Silva, natural da cidade de Braga, e bem assim sexto neto de Domingos Gon-
çalves Campello, natural do Prado, casado com D. Justa Gonçalves Campello, e de sua
mulher e prima D. Paschoa de Faria Lobo, filha de Joâo Lobo Pinheiro de Paria, e de
sua mulher D. Jeronyma de Antas da Silveira, da familia dos Pinheiros, alcaides-móres
de Barcellos, fidalgos aparentados corn a maior parte dos grandes e senhores do reino,
e descendentes da nobilissima familia dos Villas-boas, senhores da casa de Ayró, dos Ay-
res de Moraes do conselho de Baiao, e quinta do Quelhas era S. Bartholomeu de Cam
pello, e senhores da casa Camposa, marquezes d'esté titulo, enlaçados com as illus
tres varonías dos Lobos, dos Silveiras, dos baroes de Alvito, condes de Oriola e
de Sarzedas.
Escudo (ver francisco Joaquín Pereira Lobo.) — Br. p. em 16 de julho de 1863.
Reg. no Cart, da N.. liv. vi, fl. 57.
(Conf. —L. A. Boulanger.)
36. FRANCISCO MARIA DOS GUIMARÄES PEIXOTO, fldalgo cavalleiro da casa impe
rial, capitáo da 7.a companhia de fusileiros, filho legitimo do doutor Domingos Ribeiro
dos Guimaráes Peixoto, barâo de Iguarassú.
(O resto ver Pedro Leopoldo dos Guimaráes Peixoto.) — Br. p. em 18 de agosto de
1862. Reg. no Gart, da N.. liv. vi, fl. 54.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
37. FRANCISCO MARIANO DE VIVEIROS SOBRINHO, barâo de S. Bento, fidalgo ca
valleiro da casa imperial, deputado á assembléa geral legislativa pela provincia do Ma-
ranháo.
Escudo esquartelado : no primeiro, em campo de ouro 1res viveiros cheios de agua
azulada, com orla de verde ; no segundo em campo azul, um muro com porta, entre duas
torres, ludo de prata, e lavrado de preto; no terceiro em campo de prata, duas cervas
de purpura passantes, e urna bordadura vermelha cheia de escudinhos das armas de Por
tugal ; e no quarto tambem em campo de prata, urna aspa azul com cinco besantes de
ouro n'ella. Corôa de barao. Paquife dos metaes e cores das armas. — Br. p. em 6 de ju-
nho de 1857. (M. N.) Reg. no Cart, da N.. liv. vi, fl. 35.
(Conf. — L. A. Boulanger.)
38. FBANCISCO MARTINS DE ALMEIDA, sargento-mór de guardas nacionaes, na pro
vincia de S. Paulo, filho do arcediago José Gomes de Almeida, que o legitimou ; neto do
coronel Jeronymo Martins Fernandes, cavalleiro professo na ordern de Christo, e de sua
mulher D. Josepha Caetana Leonor Mendes de Almeida ; bisneto de Joâo Gomes, e de sua
mulher D. Maria Fernandes ; tataraneto de Francisco Gomes, e de sua mulher D. Maria
Martins de Macedo.
LUIZ RIBEIRO CCXXI
43. GERALDO RIBEIRO DE SOÜSA REZENDE, moco fidalgo com eiercicio na casa im
perial, proprietario e fazendeiro em Campinas, provincia de S. Paulo, fllho legitimo de
Estev5o Ribeiro de Rezende, natural da provincia de Minas-Geraes, grande do imperio,
marquez de Valença, senador pela provincia de Minas-Geraes, membre honorario do an-
tigo conselho de estado, grâ-cruz da ordern de Christo, e dignitario da imperial do Cru
zeiro, e de sua mulher D. ludia Mafalda de Sousa Queiroz ; neto pela parle paterna do
coronel Severino Ribeiro, natural de Lisboa, e de D. Josepha Maria de Rezende, natural
da freguezia de Prados, bispado de Marianna, e pela materna do brigadeiro Luiz Antonio
de Sousa, e D. Genebra de Barros Leitáo ; bisneto pela parte paterna de Estevao Ribeiro,
e de D. Leonarda Maria, naluraes de Lisboa, e bem assim de Joáo de Rezende Costa,
natural da ilha de Santa Maria, e D. Helena María de Rezende, natural da ilha do Fayal.
Escudo esquartelado : no primeiro e quarto as armas de Damiao Dias Ribeiro, que
sao em campo azul um leopardo de prata passante, com um cliefe de ouro carregado de
estrellas de goles ; no segundo as armas dos Sousas, que sâo esquarteladas com as qui
nas de Portugal, e as armas de Leâo ; e no terceiro quartel as armas dos Rezendes, em
campo de ouro duas cobras de sable gotadas do primeiro, passantes e postas em palla ;
e por differença urna brica azul com urna flor de ouro. Paquife dos melaes e das cores
do brazao. Elmo de prata guarnecido de ouro. Timbre o dos Ribeiros, o leopardo das ar
mas, com urna estrella de goles na espada. — Br. p. em 27 de junho de 1870. Reg. no
Cart, da N. liv. vi, íl. 108.
(Conf.—L. A. Bonlanger.)
H
44. HENRIQUE JOSÉ DA SILVA, barâo de Ariró, proprietario e fazendeiro do munici
pio do Bananal, na provincia de S. Paulo, e major da guarda nacional da mesma pro
vincia.
Escudo esquartelado : no primeiro e quarto em campo de ouro, um leäo de purpura
rompente, tendo na garra dextra um cafec'iro ao natural ; no segundo e terceiro em campo
de sinople um rio de prata ondeado de azul, entre seis besantes de ouro, com um chefe
de prata, carregado de duas cabecas de indio affrontaclas. Corúa de baräo. Paquife das
cores e metaes do escudo. — Вг. р. em 17 de setembro de 1869. (M. N.) Reg. no Cart,
da N. liv. vi, fl. 105.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
45. HONORIO HERMETO CAHNEIRO LEÄO, marquez de Paraná, conselheirp de estado,
senador do imperio, presidente do oonselho de ministros, ministro e secretario de estado
dos negocios da fazenda, e presidente do tribunal do thesouro nacional, provedor da santa
casa da misericordia, gräo-cruz da ordern de Christo, e official da ordern imperial do
Cruzeiro.
JACINTO PAES CCVH
Escudo esquartelado : ao primeiro e segundo cora urna bordadura de ouro, com qua-
tro flores de liz de azul e quatro folhas de figueira ao natural, sendo o primeiro de goles
e o esquerdo de azul, e sobre elles um leâo de ouro rompente, armado de prata ; terceiro
e quarto, em campo de goles, urna banda de azul acoticada de ouro, com 1res flores de
liz do mesmo métal, entre dois carneiros de prata, passantes, armados de ouro. Corôa de
marquez. Timbre о 1е5о do escudo com urna folha de figueira na testa ; divisa — Cor unum
via una. — Br. p. em 28 de novembro de 1855. (M. N.) Reg. no Gart, da N. vi, liv. 26.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
I
46. IGNACIO BARBOSA DOS SANTOS WERNECK, baráo de Bemposta, proprietario e
fazendeiro na freguezia de S. José do Rio-Preto na Parahyba do Sul.
Em campo de prata um cafeeiro de sinople com fructas de goles, acompanliado em
chefe de duas estrellas do mesmo ; e urna bordadura de azul, carregada de oito besan
tes de ouro. — Br. p. em 1 de dezembro de 1868. CM. N.) Reg. no Cart, da N.
liv. vi, fl. 103.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
47. IRENÈO EVANGELISTA DE S ou s A, barâo de Mauá, commendador da ordern da Rosa.
Escudo partido em faxa ; no primeiro de ouro, urna locomotiva e trilhos de sable ;
no segundo de azul, um navio a vapor de prata em um mar do mesmo ; bordadura de
goles, carregada de quatro lampeoes de gaz, de ouro, com chamma de vermelbo, dois
em chefe e dois em ponta. Corôa de barâo. Tenans dois mercurios de carnaçao com manto
de azul, azas, caduceo e bolsa de ouro. Divisa : Labor improbus omnia vincit. — Br. p.
em 28 de dezembro de 1855. (M. N.) Reg. no Cart, da N. liv. vi, fl. 27.
(Conf.—L. A. Boulanger.}
J
48. JACINTO ALVES BARBOSA, barao de Santa Justa com grandeza, proprietario e
fazendeiro no municipio da Parahyba do Sul, e na provincia de Minas-Geraes.
Em campo de ouro um leäo de sinople rompente armado de goles, tendo na garra dex-
tra um ramo de cafeeiro ao natural; bordadura de goles, cora oito besantes de prata. Pa-
quife das cores e metaes das armas. — Br. p. em 25 de maio de 1867. (M. N.) Reg. no
Cart, da N. liv. vi, fl. 77.
(Conf. —L. A. Boulanger.)
49. JACINTO PAES DE MENDONCA, Qdalgo da casa imperial, bacharel em leis pela fa-
culdade do Recife, commendador da ordern de Christo, e da ordern da Rosa, commandante
ccvm jólo BAPTISTA
superior da guarda nacional do Porto-Calvo, deputado á assembléa geral legislativa pela
provincia das Alagoas, segundo vice-présidente da dita provincia, natural e baptisado na
freguezia de Nossa Senhora da Apresentacáo, da villa do Porto-Calvo, provincia das Ala
goas, filho legitimo do léñente coronel Bernardo Antonio de Mendonca, e de sua mulher
Dtf Anna Barbara de Mattos Gastello-branco ; neto pela parte paterna do desembargador
José de Mendonca de Mattos Moreira, juiz de fóra da villa de Odemira, natural de Albu-
feira, reino do Algarve, e pela parte materna do desembargador Joaqnim Pereira de Mat
tos Casteilo-branco; bisnelo do sargento-mór José de Mendonca Vieira, e de sua mullier
D. Barbara Francisca Xavier de Mattos Moreira ; terceiro neto de Francisco Dias Vieira
e Sousa.
Escudo esquartelado : (ver o de Manuel Joaquim de Mendonca Castello-branco.) —
Br. p. em 13 de setembro de 1861. Reg. no Gart, da N. liv. vi, fl. 49.
(Conf.—L. A. Boulanger.}
50. JESUINO LAMEGO COSTA, segundo barao da Laguna, chefe de esquadra, conse-
Iheiro de guerra, inspector do arsenal de marinha da corte, dignitario da ordern da Rosa,
commendador da de S. Bento de Aviz, de Nossa Senhora da Conceicao da Villa-Viçosa de
Portugal, da real ordern hespanliola de Carlos ni, e da ordern holiandeza do Leâo Neer-
landez, official da imperial ordern do Cruzeiro e da Legiâo de honra de Franca, condeco
rado com a medalha de ouro da passagem do Tonelero, deputado á assembléa geral le
gislativa pela provincia de Santa Catharina.
Em campo de ouro um chaveirâo de goles, acompanhado á dextra de urn esquadro
de azul, movente de norte de urna bussola do mesmo ; á sestra de um gallo de azul can
tante cristado e barbado de goles, e na ponta de urna ancora de sable. Chefe de azul com
quatro estrellas de prata. Corôa de barao. Paquife das cores e metaes do escudo. — Br.
p. em 25 de julho de 1871. (M. N.) Reg. no Cart, da N. liv. vi, fl. 116.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
51. JOÄO ANTONIO DE ARAUJO FREITAS HENRIQUES, bacharel, cavalleiro da ordern
de Christo, juiz de direito da comarca de Goyana, na provincia de Pernambuco, filho le
gitimo do coronel Joao Joaquim de Freitas Henriques.
Escudo partido em palla : a primeira partida em faxa, tendo em cima as armas dos
Freitas, em campo vermelho cinco estrellas de ouro de seis ponías cada urna postas em
aspa ; e por baixo as dos Henriques, em campo de prata dois leoes de purpura bata-
Ihantes, e um manteler de vermelho, carregado de um castello de ouro, lavrado de preto ;
na segunda palla, esquartelada, as armas dos Esmeraldos, que sao: no primeiro quartel
de prata urna banda de preto ; e no contrario do mesmo, um leáo do mesmo, e sobre elle
um filete em banda ; no segundo de azul, urna faxa de ouro, e no contrario do mesmo,
urna banda de prata Timbrada de goles. Elmo de prata guarnecido de ouro. Paquife dos
metaes e cores das armas. Timbre o dos Freitas, dois bracos de leâo de ouro cm aspa.
— Br. p. em 23 de agosto de 1860. Reg. no Carl, da N. liv. vi, fl. 45.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
52. JOÄO BAPTISTA PEREIRA LOBO, inspector da thesouraria provincial de rendas
publicas da provincia de Pernambuco, official da ordern da. Rosa, cavalleiro da ordern de
Christo, natural e morador na cidade do Recife da mesma provincia ; tilho legitimo de Joao
Baptisla Pereira Lobo, e de sua mulher D. Maria Francisca de Gusrnüo ambos da mesma
cidade do Recife ; neto pela parle paterna do capitáo Manuel Pereira Lobo, rico hornera,
natural da cidade de Lamego em Portugal, freguezia da Sé, e de D. Maria do Espirito
Santo, natural da mesma cidade do Recife ; pela materna neto do sargento-mór Filippe
Rodrigues Campello, fidalgo da casa real, e de D. Ignez Francisca de Gusmáo, filho legi
timo do capitáo Beíchior Mendes de Carvalho, e sua mulher D. Maria Tavares de Lira
JOlO CALDAS CCIX
Gusmao; bisneto por parte paterna do capitao Manuel Pacheco da Silva, e de sua mulher
D. Thereza de Jésus Correa de Brito, ambos da mesma cidade do Recife ; por parte ma
terna bisneto do sargento -mor Manuel Rodrigues Compelió, cavalleiro professe na ordern
de Christo, e fidalgo da casa real, filho legitimo de outro sargento-mór Antonio Rodrigues
Campello, natural da villa de Vianna de Lima, e D. Ignacia dos Ramos Reis, natural da
mesma cidade do Recife ; sendo a mulher do referido Manuel Rodrigues Campello, D. lo*
nocencia de Brito Falcao, filha do capitáo Luiz Braz Bezerra, e de sua mulher D. Fran
cisca Sanches del Poco. Terceiro neto do capitáo Floriano Correa de Brito, e de sua mu
lher D. Luiza Carneiro da Silva, e tambem lerceiro neto do doutor Domingos Filippe de
Gusmâo, natural da cidade de Tavira (Portugal) e de sua mulher D. Maria lavares de Lira,
natural da sobredita cidade do Recife ; quarto neto do capitao-rnór Francisco Ribeiro da
Silva, natural da cidade do Braga, e bem assim quarto neto do fidalgo Manuel Rodrigues,
natural de Refoios de Lima, casado com D. Natalia Domingues Campello, natural de
Vianna de Lima, em Portugal, e do capitáo Francisco Rebello de Barros, natural de Ca-
minha, e de sua mulher D. Mana da Rocha de Barros Reis, natural d'aquella mencionada
villa ; quinto neto do capitao-mór Pedro Ribeiro da Silva, natural da cidade de Braga, e
bem assim quinto neto de Domingos Gonçalves Campello, natural do Prado, casado com
D. Justa Gonçalves Campello ; e de sua mulher e prima D. Paschoa de Faria Lobo, filha
de Joáo Lobo Pinheiro de Faria, e de sua mulher D. Jeronyma de Antas da Silveira, da
familia dos Pinheiros, alcaides-móres de Barcellos, lidalgos aparentados corn a maior parte
dos grandes do reino, descendentes da noblissima familia dos Villas-boas, senhores da
casa de Ayró, dos Annes de Moraes do conselho de Baiáo, e quinta do Quelhas em S.
Bartholomeu de Campello, e senhores da casa de Camprosa, marquezes d'esté titulo, enla-
çados com as illustres varonías dos Lobos, Silvéiras, baröes de Alvito, e condes de Oriola
e de Sarzedas.
Um escudo esquartelado : no primeiro quartel as armas dos Campellos, que sao as
mesmas dos Moraes, partidas em palla ; na primeira em campo vermelho e sobre um rio
urna torre de prata; e na segunda palla, em campo de prata, urna amoreira verde; no se
gundo quartel as armas dos Gamas, que sâo quinze escaques de ouro e vermelho, tres
pecas em paila, e cinco em faxa, e as pecas vermelhas acoticadas cora duas faxas de prata
e uní escudo das armas 'de Portugal no meio ; no lerceiro quartel as armas dos Regos,
em campo verde urna larga banda perfilada de prata e ondeada de agua azul, e sobre ella
tres vieiras de ouro ; no quarto quartel as dos Lobos, que sao em campo de prata cinco
lobos pretos postos em aspa, e armados de vermelho. Elmo de prata e guarnecido de
ouro. Timbre dos Campellos, que é a amoreira verde de suas armas, e por différence urna
brica de prata com trifolio azul. — Br. p. em 24 de novembro de 1846. Reg. no Cart.
da N., liv., vi fl. 4.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
53. JOÄO CALDAS VIANNA FILHO, proprietario e fazendeiro no municipio de Campos,
provincia do Rio de Janeiro, filho legitimo do doutor Joáo Caldas Vianna, advogado n'esta
corte, e de sua mulher D. Margarida Perpetua Pessanha Vianna ; neto por parte paterna
do capitáo Paulo Francisco da Costa Vianna, e de sua mulher D. Maria Joaquina do Nas-
cimento Reis, filha do coronel Joaquim Vicente dos Reis Barroso, riquissimo hornera da
villa de Campos ; e por parte materna do conselheiro Dionysio de Azevedo Pessanha e
Vilhegas Castello-branco, ao qual se passou brazao de armas em 2 de agosto de 1814, onde
está justificada sua descendencia das nobres familias dos Pessanhas, Azevedos, Vilhegas,
Castello-brancos e Telles de Tavora, que forain pessoas de qualificada, antiquissima e co-
nhecida nobreza : Joáo Telles de Tavora, sen décimo terceiro avô, era descendente, con
forme a Historia, genealógica da Casa real portugueza-, de el-rci D. Affonso Henriques.
Escudo esquartelado : no primeiro quartel as armas dos Vilhegas, que sao em campo
de prata urna cruz de negro florida e aberta, entre oito caldeiras da mesma cor, com
14
OCX JOlO GOMES
azas formadas de serpes tambem negras ; no segundo as dos Castello-brancos, que sao em
campo azul um leâo de ouro armado de sanguinho ; no terceiro quartel as dos Azevedos,
que é esquartelado, о primeiro de ouro, com urna aguia prêta estendida, o segundo de
azul com cinco estrellas de prata em aspa, e urna bordadura vermelha. cheia de aspas de
ouro, e assim dos contrarios; no qnarto as dos Pessanhas, que sao em campo de prata
urna banda de vermelho dentada, carregada de 1res flores de liz de prata. Elmo de prata
aberto, guarnecido de ouro. Paquife dos metaes e cores das armas. Timbre dos Vilhegas,
que é dois bracos armados de prata, com urna caldeira das armas ñas raaos ; e por diffe-
renca urna brica vermelha com urna estrella de ouro. — Br. p. em 18 de junho de 1863.
Reg. no Cart, da N., liv. vi, fl. 56.
(Conf. —L. A. Boulanger.}
54. JOÄO DE FIGÜEIREDO PEREiRA DE BARROS, ЬагЗо de Fonscca, official da ordern
da Rosa, e proprietario na corte e provincia do Rio de Janeiro.
Escudo partido de azul e prata ; no primeiro um castello de ouro, acompanhado em
chefe de urna aguia de prata estendida ; no segundo um leâo de goles rompente, armado
de sable, tendo na boca urna espada de azul com punho de ouro. Corôa de barâo. Di
visa: Libenter.—'Br. p. em 11 de dezembro de 1867. (M. N.) Reg. no Cart, da N.,
liv. vi, fl. 95.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
55. JOÄO GOMES DE CARVALHO, baráo de Barra-Mansa com grandeza, commendador
da ordern de Christo e da de Nossa Senhora da Conceiçâo de Villa-Viçosa de Portugal,
proprietario e fazendeiro no municipio de Barra-Mansa da provincia do Rio de Ja
neiro.
Escudo esquartelado : no primeiro e quarto em campo de ouro tres cabeças de indios
araris com um turbante de pennas de cores, postas em roqnete ; no segundo e terceiro
em campo de goles um pelicano de ouro, cm um ninho mordendo as entranhas para com
seu sangue nutrir os filhos, tendo um chefe de azul com tres bolotas de prata. Paquife
dos metaes e cores do brazâo. Corôa de conde. Timbre urna das cabeças dos indios do
escudo. Divi¡>a : Ambitio et invidia sit procul. Difference urna brica de prata com um
ramo de cafeeiro de sinople, e bordadura de azul. — Br. p. em 18 de julho de 1867. (M.
N.) Reg. no Cart, da N., liv. vi, fl. 82.
(Conf.— L. A. Boulanger.)
56. JOÄO GOMES FERREIRA VELLOZO, primeiro barao da villa do Conde, doutor em
direito, cavalleiro da ordern da Rosa, natural da Bahía, proprietario e fazendeiro da mesma
provincia. •
Escudo esquartelado de sinople e ouro : no primeiro duas pennas de ouro postas em
aspa; no segundo um barrete de magistrado de sable com arminhos; no terceiro duas
cannas de assucar ao natural em aspa ; no quarto urn annel de ouro coberto de um ru-
bim. Corôa de baráo. — Br. p. em 24 de Janeiro de 1872. (M. N.) Reg. no Cart, da N.,
liv. vi, fl. 119.
(Conf. —L. A. Boulanger.)
57. JOÄO GOMES DE MELLO, baráo de Marvim com grandeza, senador do imperio,
commandante superior reformado da guarda nacional da cidade de Marvim da pro
vincia de Sergipe, commendador da ordern de Christo, cavalleiro da imperial ordern
do Cruzeiro, cdmmendador da ordern de S. Gregorio Magno de Roma, natural da pro
vincia de Sergipe.
Escudo partido em palla de prata e goles : no primeiro um leâo de sable rompente, e
no segundo seis besantes de prata entre urna dobre cruz de ouro. Corôa de conde. Tim-
JOÂO HÜET CCXI
bre шпа aguia de sable abesantada de prata. — Br. p. em 11 de julho de 1867. (M. N.)
Reg. no Gart, da N., liv. vi, fl. 81.
(Conf. —L. A. Boulanger.)
58. JOÂO GOMES RIBEIRO DE AVELLAR, primeiro barâo da Parahyba com grandeza,
commendador da ordern de Christo, e da ordern da Rosa.
Um escudo esquartelado : no primeiro e quarto quartcis, em campo verde, um leo
pardo de ouro passante, e um cliefc de ouro, com tres estrellas de goles; ao segundo
e terceiro, em campo de ouro 1res faxas de azul, com tres besantes de prata cada urna ;
e no centro um escudete, tendo em campo de prata um ramo de cafeeiro e urna canna
de assucar ao natural postos em aspa. Coroa de conde, como grande do imperio. — Br. p.
em 31 de dezembro de 1858. (M. N.) Reg. no Cart, da N., liv. vi, fl. 39.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
59. JOÂO HÜET BACELLAR PINTO GUEDES SOUTO-MAIOR, fidalgo cavalleiro da casa
imperial, coronel graduado e reformado do extincto corpo da brigada, official da imperial
ordern do Cruzeiro, cavalleiro da militar de S. Bento de Aviz, e da da Rosa, natural e bapti-
sado na freguezia de S. Martinho de Recezinhos da cidade do Porto, filho legitimo do fidalgo
cavalleiro da casa real de Portugal, Duarte Claudio Huet de Bacellar Souto-Maior, senhor
do morgado de Pavoiso d'aquella mesma cidade, e de D. Anna Joaquina Guedes de Carvalho
Vasconcellos e Menezes, senhora do morgado de Canavezes, ambos moradores na quinta
do Fufo ; neto por parte paterna de Louraico Iluel de Bacellar Souto-Maior, e de D. Vi
ctoria de Lacerda de Pinho Pereira, e pela materna de Victoriano José Menúes de Carva
lho, e de D. Angélica Maria Guedes, ambos naturaes da cidade do Porto ; bisneto paterno
do fidalgo cavalleiro Duarte Claudio Huet Souto-Maior, e de D. Maria Josepha de Freitas,
e materno de Diogo Moreira Cardoso de Vasconcellos, e de D. Josepha Violante de Vas
concellos, naturaes da villa da Fcira, da cidade do Porto ; e bem assim bisneto de Bernardo
Mendes de Carvalho, e de D. Maria Camello de Sousa, senhores e moradores na quinta
de Fofo, e mais de Luiz Pinto da Fonseca, e de 1). Luiza da Fonseca Pinto, naturaes do
logar de Grades, bispado de Viseu ; terceiro neto paterno do fidalgo cavalleiro da casa
real Vicente Huet de Souto-Maior, commendador e alcaide-mór de Villa-nova de Mil-Fontes,
brigadeiro e governador de Valença do Mintió, e sua mulher D. Thereza Isabel de Almeida
Machado Porto-Carreiro, herdeira do morgado dos Pintos em Braga e do padreado da
Gouceigáo, descendentes das principaes familias do Minim ; quarto neto paterno do fidalgo
cavalleiro Duarte Claudio Huet, cavalleiro allemlio que se alistara ao serviço do senhor
infante D. Duarte de Portugal, a quera servirá como seu camareiro na prisao do castello
de Miláo, com tanto amor e lealdade que por morte do dito infante fora este cavalleiro
nomeado por elle seu testamenleiro ; e como viesse a Portugal prestar contas d'esta tes
tamentaria, em renumeraçfio d'estes e oulros services relevantes fora nomeado cavalleiro
da ordern de Christo, e commendador de S. Gil de Portugal, onde casara com D. Cons-
tança Malheiro Souto-Maior. íilha de Marcos Malheiro Pereira de Bacellar, alcaide-mór de
Villa-nova de Mil-Fontes, commendador de Nossa Senhora da Graca, senhor da casa, torre
e honras de Mira da casa de Bacellar, além de senhor do solar e paco de Antas, e da
honra e solar de Coronéis.
Escudo esquartelado': no primeiro quartel as armas dos Huets, 'em campo azul
tres flores de liz de ouro, postas em roquete ; no segundo quartel as dos Bacellares,
em campo de ouro um bacello verde de tinas verguntas retorcidas postas em pala, cora
quatro cachos de purpura; no terceiro quartel as dos Pintos, em campo de- prata cinco
crescenles de lúas vermelhas em aspa: no quarto quartel as de Souto-Maior, em campo
de prata tres faxas enxequetadas de ouro e vermelho de tres pecas em pala. Corôa a
dos duques de Souto-Maior, por assim ter sido concedida à sua descendencia. Paquife
dos inetaes e cores das armas. Timbre o dos Huets; urna flor de liz de ouro col
ССХП JOAQUIM CANDIDO
locada sobre a corôa. — Br. p. em 25 de marco de 1849. Reg. no Gart, da N., liv.
vi, fl. 9.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
60. JOÄO JOAQUIM DA CUNHA REGÓ BARROS, segundo barSo de Goyana, dignitario
da ordern da Rosa, commendador da de Christo, coronel commandante superior da guarda
nacional de Goyana, na provincia de Pernambuco.
Escudo partido de sinople e de goles ; no primeiro as armas dos Regos, urna banda
de prata, ondeada de azul, e sobre ella tres vieiras de ouro ; no segundo as armas dos
Barros, tres bandas de prata e no meio nove estrellas de ouro I, 3, e 2. Campanha de
ouro cora urna canna de assucar e um ramo de cafeeiro ao natural, postos em santor, este
em barra, aquella em banda. Corôa de barao. Paquife das cores e metaes do escudo. —
Br. p. em 30 de agosto de 1870. (M. N.) Reg. no Cart, da N.. fl. HO.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
61. JOÄO PEREIRA DARRIGUE FARO, moco fidalgo com exercicio na casa imperial,
natural e baptisado na cidade do Rio de Janeiro, fllho legitimo de Joao Pereira Darrigue
Faro, coronel chefe da quinta legiao da guarda nacional, commendador da ordern de
Christo, cavalleiro da ordern imperial do Cruzeiro, official da ordern da Rosa, visconde do
Rio-Bonito, corn grande/a, que foi vice-présidente da provincia do Rio de Janeiro, director
e vice-présidente do banco do Brazil, moco da cámara da imperial guarda-roupa, veador
de sua magestade a imperatriz; e de sua mulher D. Marianna Joaquina da Fonseca ; neto
paterno de Joaquim José Pereira de Faro, natural da cidade de Braga no reino de Portu
gal, commendador da ordern de Christo, cavalleiro da imperial ordern do Cruzeiro, coro
nel reformado do extincto primeiro regimentó de infantería da segunda linha do exercito,
e primeiro barao do Rio-Bonito, e de sua mulher D. Anna Rita de Faro; bisneto de José
Pereira de Faro, natural do reino de Galliza, e de sua mulher D. Francisca Thereza Pereira
Fernandes de Sá ; terceiro neto de Jacob de Bugarirn Sá e Sarmentó, natural de Galliza ;
quarto neto de D. Gregorio de Sá, natural da villa de Ponte de Lima, do reino de Portugal.
Escudo es'iuartelado : (Ver o de José Pereira de Faro.) — ür. p. em 20 de maio de
i 857. Reg. no Cart, da N., liv. vi, fl. 34.
(Conf. —L. A. Boulanger.)
62. JOAO RODRIGUES DE ARAUJO, fidalgo cavalleiro da casa imperial, conego, juiz de
casamentos e dispensas matrimoniaes, commendador da ordern de Christo.
Em campo de prata, urna aspa azul, com cinco besantes de ouro em ella. Chapeo
preto, com cordöes da mesma cor. — Br. p. em la de novembro de 1856. (M. N.) Reg.
no Cart, da N., liv. vi, fl. 32.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
63. JOÄO DA SILVA MACHADO, primeiro barao de Antonina, senador do imperio, fi
dalgo cavalleiro e veador honorario da casa imperial, grande dignitario da ordern da Rosa,
official da imperial do Cruzeiro.
Em campo de prata um leáo de purpura armado de goles, tendo na garra dextra
um catechismo e um rosario de ouro, e'na espadoa um machado do mesmo, acompanhado
á direita de um indio ao natural, virado para a esquerda depondo as armas, que sao de
ouro. — Br. p. em 17 de setembro de 1859. (M. N.) Reg. no Cart, da N., liv. vi, fl. 40.
(Conf.— L. A. Boulanger.)
64. JOAQUIM CANDIDO SOARES DE MKIRELLRS, chefe de divisao graduado, cirur-
giáo-mor da armada, cavalleiro da ordern de S. -Bento de Aviz, official da imperial ordern
do Cruzeiro, e commendador da ordern da Rosa.
JOAQÜIM MIGUEL ССХШ
sua mulher D. Margarida Francisca Paes de Mello; bisneto paterno de Fernando Pereira
do Rego, e de sua mulher D. Euphrasia Rita Maria da Conceição; terceiro neto do capitão
mór Cosme Damião de Barros; e pelo lado materno do coronel Francisco Paes de Mello,
fidalgo cavalleiro, e de sua mulher D. Maria Rita Wanderley; bisneto do mestre de campo
José Luiz Paes de Mello, fidalgo cavalleiro, e de sua mulher D. Anna Florencia Wander
ley; terceiro neto do tenente-general Francisco Xavier Paes de Mello, e de sua mulher D.
Anna Mauricia Wanderley; quarto neto do fidalgo cavalleiro José Luiz Paes de Mello;
quinto neto de João Paes Barreto de Mello, fidalgo cavalleiro; sexto neto do fidalgo caval
leiro Christovão Paes Barreto.
Escudo esquartelado: no primeiro quartel as armas dos Amorins, em campo verme
lho cinco cabeças de mouros em aspa; com toucas de prata, barbas de ouro, rostos en
carnados; no segundo as armas dos Salgados, que são em campo verde, duas torres de
prata com janellas pretas e uma cadêa. tendo no meio um saleiro de ouro e sobre elle
uma aguia de sua côr com os pés nas torres; no terceiro as armas dos Mellos, em campo
de goles seis besantes de prata em uma dobre cruz e uma bordadura de ouro; no quarto
as armas dos Barretos em campo de arminho. Timbre a aguia das armas dos Salgados.
Paquife das côres e metaes das armas. — Br. p. em 28 de janeiro de 1867. Reg, no Cart.
da N., liv. VI, fl. 73.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
113. PEDR o ALEXANDRINo DE BARRos CAVALCANTI DE LACERDA ALBUQUERQUE,
tenente reformado do exercito, oficial da ordem da Rosa, cavalleiro da de Christo, con
decorado com a medalha de distincção pela campanha da Bahia, fidalgo cavaleiro da casa
imperial, natural da provincia de Pernambuco, filho legitimo do coronel do exercito José
de Barros Falcão de Lacerda Cavalcanti, oficial da ordem imperial do Cruzeiro, governa
dor das armas da mesma provincia, tambem condecorado com a medalha da campanha da
independencia na Bahia, e D. Bernarda Francisca da Conceição Vieira Cavalcanti de La
cerda; neto por parte paterna do tenente José de Barros Falcão de Lacerda Cavalcanti de
Albuquerque, natural de Goyanna, proprietario e juiz almotacel n'esta cidade, e de sua
mulher D. Ursula Maria de Abreu e Lima; e por parte materna do capitão-commandante
de Jabesatão Nicolau Coelho de Lacerda, e de sua mulher D. Maria Francisca Marianna
Vieira Cavalcanti de Lacerda.
Escudo esquartelado: no primeiro as armas dos Albuquerques, que são tambem es
quarteladas: no primeiro as quinas de Portugal com seu filete em contrabanda; o segundo
de vermelho com cinco flôres de liz de ouro em aspa, e assim dos contrarios; no segundo
quartel as armas dos Camellos, que são em campo de prata tres vieiras de azul em ro
quete; no terceiro as dos Cavalcantis, uma ansa azul coticada de negro, sendo o campo
do fundo de prata, e o de cima de vermelho semeado de flôres de prata de quatro folhas;
e no quarto as dos Pereiras, que são em campo vermelho uma cruz de prata florida e
vazia do campo. Elmo de prata aberto, guarnecido de ouro. Paquife dos metaes e côres
das armas. Timbre um castello de ouro. Brica de prata, trifolio verde. — Br. p. em 20 de
abril de 1865. Reg. no Cart. da N. liv. VI, fl. 67.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
114. PEDRO ANToNIO TELLES BARRETO DE MENEZES, cavaleiro da ordem de Christo,
sub-delegado e juiz de paz da freguezia de S. João de Merity, proprietario n'esta côrte, e
fazendeiro no municipio de Iguassú, filho legitimo de Luiz Telles Barreto de Menezes, juiz
de orphãos, e de D. Maria Rita Felicidade da Gama e Freitas; neto pela parte paterna do
doutor Francisco Telles Barreto de Menezes, juiz de orphãos, e de D. Francisca Joaquina
de Oliveira Brito; e pela materna de Pedro Antonio da Gama e Freitas, e de D. Anna Ma
ria Gurgel do Amaral.
Escudo esquartelado: no primeiro quartel em campo de prata um leão de purpura
CCXVI JOSÉ FRANCISCO
77. JOSÉ GOMES DE OLIVEIRA LIMA, barao de S. José, natural da provincia de Mi-
nas-Geraes, tenente-coronel commandante do batalhâo de infantería n.° 69, fazendeiro e
proprietario na referida provincia.
Escudo esquartelado : no primeiro em campo de prata très faxas enxequetadas de
ouro e goles ; no segundo quatre barras de goles em campo de ouro ; no terceiro de
prata um lea"o de purpura rompente armado de azul, e no quarto de prata uma oliveira
verde com fructos de ouro. Corôa de barâo. — Br. p. em 27 de outubro de 1867. (M.
N.) Reg. no Cart, da N., liv. vi, fl. 93.
(Conf.—L. A. Boulanger.}
78. JOSÉ JOAQUIM DE ANDRADE NEVES, barao do Triumpho com grandeza, briga-
deiro, natural e residente na provincia de S. Pedro do Río-Grande do Sul.
Escudo esquartelado : no primeiro cm campo azul um castello de ouro derrubado ;
no segundo em campo de goles um monte de sinople orlado de nevé de prata; no ter
ceiro em campo de goles um pilar de prata, tendo em chefe doze estrellas do mesmo ;
no quarto em campo de azul duas espadas de ouro postas em aspa. Corôa de conde. —
Br. p. em 24 de outubro de 1868. (M. N.) Reg. no Archivo da N., liv. vi, fl. 102.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
79. JOSÉ LOPES PEREIRA BAHÍA, fidalgo cavalleiro da casa imperial, commendador
da ordern de Christo, official da ordern da Rosa, vereador da illustrissima cámara muni
cipal da corte e cidade do Rio de Janeiro, Qlho legitimo de Manuel Lopes Pereira Bahía,
visconde de Merity, com grandeza.
Em campo de prata : um escudete de azul, carregado de uma abelha de ouro. —
Br. p. em 31 de dezembro de 1863. Reg. no Cart, da N., liv. vi, fl. 61.
(Conf. — L. A. Boulanger.)
80. JOSÉ Luiz CAMPOS DO AMARAL, fidiilgo cavalleiro da casa imperial, coronel com
mandante superior da guarda nacional do municipio de Paraty e Angra dos Reis, com
mendador da ordern de Christo, official da ordena da Rosa.
Em campo azul um leâo de ouro rompente, armado de goles e tendo ñas m!í<»s um
caduceo de prata. Elmo de prata aberlo, e guarnecido de ouro. Paquife dos metaes e
cores das armas. — Br. p. em 27 de setembro de 1H56. (M. N.) Reg. no Cart, da N.,
liv. vi, fl. 31.
(Conf. —L. A. Boulanger.)
81. JOSÉ MARIA DA SILVA PABANHOS, primeiro visconde do Rio-Branco corn gran
deza, conselheiro de estado, senador do imperio, presidente do conselho de ministros,
ministro e secretario de estado dos negocios da fazenda, presidente do tribunal do the-
souro nacional, dignitario da ordern imperial do Cruzeiro, commendador da ordern da
Rosa, gráo-cruz da ordern de Nossa Senhora da Conceicáo de Villa-Vicosa de Portugal,
e da- imperial ordern russiana de Sant'Anna de primeira classe.
Em campo azul uma esphera armilar de ouro, acompanhada á dextra de uma penna
de prata ; á sextra de um compasso de ouro, e na ponta, de um rio de prata. Corôa de
conde. Paquife das cores e metaes do escudo e por divisa: Dem et labor. — Br. p. em
28 de junho de 1871. (M. N.) Reg. no Cart, da N., liv. vi, fl. 114.
(Conf. — L. A. Boulanger.)
82. JOSÉ MARQUES LISBOA, do conselho de sua magestade o imperador, grande di
gnitario da ordern da Rosa, commendador das ordens de Christo, e de Leopoldo da Bél
gica, enviado extraordinario e ministro plenipotenciario junto a sua magestade británica:
fllho legitimo de Francisco Marques Lisboa, cavalleiro da ordern de Curisto, patrao-mór
ССХУШ JOSÉ PEEEIEA
do Rio-Grande do Sol, e coronel de milicias, e de sua mulher D. Euphrazia Joacpiina de
Azevedo Lima e Alarcâo ; neto paterno de Luiz Marques Lisboa de Oliveira, capitao-mór
da villa de Famelicao, e de sua mulher D. Tliereza Maria de Jesús Bueno da Ribeira ;
neto paterno de Domingos de Lima Veiga, escrivâo da provedoria dp cidade de Porlo-ale-
gre, e guarda-mór das térras mineracs d'aquella provincia, e de sua mulher D. Gertrudes
Paes Lerne de Araujo Gusmâo.
Escudo esquartelado : no primeiro quarlel as armas dos Limas, que í-Зо o escudo
terceado em tres pallas: a primeira de Aragüo, e as duas ouïras esquarteladas de prata,
ao primeiro um leao de purpura armado de azul: ao segundo 1res faxas enxequetadas de
ouro e vermelho de tres pecas em palla, e assim os contrarios; no segundo quartel as
armas dos Azevedos, que sao um escudo esquarlelado, rio primeiro e quarto de ouro,
urna aguia prêta estendida ; no segundo e terceiro, de azul, cinco estrellas de prata pos
tas em aspa, com bordadura vermelha carregada de aspas de ouro; no terceiro quartel
as armas dos Oliveiras, que sao em campo vermelho urna oliveira verde com azeitonas
de ouro e raizes de prata; no quarto quartel as armas dos Souto-Maior. que sao em campo
de prala tres faxas erixequetadas de ouro e vermelho de tres pecas em palla com unía
cinta de preto cada urna. Elmo de prata abei lo e guarnecido de ouro. Paquife dos me-
taes e cores das armas. Timbre o dos Limas, que 6 o leao das armas. — Br. p. em 15
de Janeiro de 1847. Reg. no Cart, da N., liv. vi, fl. 6.
(Conf. —L. A. Boulanger.)
83. JOSÉ PEREIRA DE FARO, fldalgo cavalleiro da casa imperial, natural d'esta ci
dade do Rio de Janeiro, filho legitimo de Joaquim Jnsé Pereira de Faro, fidalgo cavalleiro
da casa imperial, coronel chele da primeira legiâo da guarda nacional da corte, moco da
cámara da imperial guarda-roupa, commendador da ordern de Christo, e de sua mulher
D. Angélica Joaquina Vergueiro ; neto, pela parte paterna, de Joaquim José Pereira de
Faro, commendador da ordern de Christo, cavalleiro da imperial ordern do Cruzeiro, co
ronel reformado do extincto primeiro regimentó de infantería da segunda linha do exer-
cito e primeiro baño do Rio-Honito, e de su.a mulher D. Anna Hita de Faro; e pela ma
terna de Nicolao Pereira de Campos Vergueiro. decano do senado brazileiro, que foi um
dos tres membros da regencia provisoria, na menoridade, e ministro e secretario de es
tado dos negocios do imperio, da fazenda, e da justica ; bisneto paterno de José Pereira
de Faro, natural do reino de Galliza, e de sua mulher U. Francisca l'ereira Fernandes de
Sá; terceiro neto de D. Jacob de Bugarim Sá e Sarmentó, natural de Galliza; quarto
neto de D. Gregorio de Sá, natural da villa de Ponte de Lima, do reino de Portugal.
Escudo esquartelado: no primeiro quarlel as armas dos Faros, que sao em campo
de prata urna aspa de vermelho, e sobre a aspa cinco escudos das quinas de Portugal,
sem a orladura dos castellos ; no segundo, em campo vermelho quatro faxas de ouro ;
no terceiro, em campo vermelho urna cruz de prata florida, vazia de campo; e no quarto,
burelado de prata e azul, com tres asnas de vermelho por cima. Elmo de prala aberto,
guarnecido de ouro. Paquife dos melaes e cures das armas. Timbre, o dos Faros, que é
um meio cavallo branco, com tres lançadas no pescoco, em sangue, bridado de ouro, com
cabeçadas e redeas vermelhas ; e por difference unía brica azul com urna estrella de ouro.
— Br. p. em 20 de maio de 1857. Reg. no Cart, da N., liv. vi, fl. 33.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
84. JOSÉ PEREIRA DOS SANTOS, barâo de Saquarema com grandeza, natural da pro
vincia do Rio de Janeiro, fazendeiro abastado do municipio de Saquarema, official da or
dern da Rosa, delegado de policía e primeiro substituto do juiz municipal e orpháos do
mesmo municipio.
Escudo partido de prata e goles: no primeiro urna faxa de sinople, e um chefe de
azul carregado de urna estrella de ouro ; no segundo urna cruz de prata florida e vazia
JOSÉ THOMAZ CCXIX
de campo. Corôa de conde. Timbre ; urna cruz vermelha guarnecida e florida de prata
entre duas azas de aujos. — Br. p. em 24 de agosto de 1867. (M. N.) Reg. no Gart, da
N., liv. vi, fl. 80.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
85. JOSÉ PEREIRA VIANNA, barâo da Soledade, negociante matriculado, natural e
residente na provincia de Pernambuco.
Um escudo partido em palla de goles e de ouro: ao primeiro urna cruz de prata flo
rida e vazia de campo; o segundo, de ouro, cora urna aguia de sable. Corpa de barao.
Timbre, urna cruz vermelha, florida e vazia, entre dois cotos de azas de anjos. — Br. p.
em 18 de junho de 1867. (M. N.) Reg. no Cart, da N., liv. vi, fl. 79.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
86. JOSÉ RIBEIRO DE SOUZA L.EÄO, coronel reformado da guarda nacional, official
da ordern da Rosa, cavalleiro da de Christo, negociante matriculado e proprietario, filho
legitimo do capitáo Manuel José Ribeiro da Silva, negociante de grosso trato e proprieta
rio, e de D. Senhorinha Rosa da Conceicao e Silva ; neto, por parte paterna, do negociante
e proprietario Joáo Ribeiro da Silva, e de D. Catharina Ribeiro e Silva, e materna do
capitâo cavalleiro da ordern de Santiago, Jacinto Gomes Leáo, e de D. Joaquina do Ama-
ral Leáo.
Escudo esquartelado : no primeiro quartel, em campo vermelho tres estrellas de
ouro, 2 e I ; no segundo e terceiro, em campo de prata, um leâo sanguíneo armado de
azul ; no quarto, faxado de azul e de ouro, de quatro pecas. — Br. p. em 2 de setembro
de 1863. (M. N.) Reg. no Cart, da N., liv. vi, fl. 60.
(Conf. —L. A. Boulanger.)
87. JOSÉ TEI\EIRA DE VASCONCELLOS, baráo de Maraú, official da ordern da Rosa,
proprietario com fazenda de assucar na provincia da Parahyba, ex-coronel na antiga guarda
nacional da dita provincia.
Em campo de goles tres faxas de veiro ; e no meio um escudete cora urna cruz de
ouro, potentea, vazia de campo. Corôa de barao. — Br. p. em 28 de junho de 1860. (M. N.)
Reg. no Cart, da N., liv. vi, fl. 43.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
88. JOSÉ THOMAZ DA SILVA QUINTANILHA, bacharcl formado em mathematicas pela
universidade de Coimbra, official da ordern imperial do Cruzeiro, cavalleiro da ordern de
Christo, presidente da directoría da companhia brazileira dos paquetes a vapor, e primeiro
barâo de Paquetá com grandeza.
Escudo esquartelado: no primeiro e quarto, em campo de ouro um leâo de purpura
rompente, armado de azul, tendo na garra dextra um compasso de goles, na espadoa
urna folha de independencia de sinople nervada e orlada de ouro, e por cima da cabeca
urna estrella de goles ; no segundo e terceiro, em campo de sinople cinco seixas de prata
voando e postas em aspa. Corôa de grande do imperio. Paquife das cores e metaes do
escudo. — Br. p. em 29 de Janeiro de 1872. (M. N.) Reg. no Cart, da N., liv. vi, fl. 120.
(Conf.— L. A. Boulanger.)
CCXXX ZOZIMO BARROSO
{
LUIZ RIBEIRO CCXXI
93. LUIZ MARTINHO DE AZEVEDO Соито, natural e residente na provincia do Para,
cavalleiro fldalgo da casa impérial, conego da sé da mesma provincia, vigario collado da
freguezia da Sé, filho legitimo de Antonio Bemal do Couto, cavalleiro da ordern imperial
do Cruzeiro, e de D. Anna Joaquina de Carvalho.
Escudo esquartelado : no primeiro quartel em campo vermelho um leáo de ouro fa-
xado com tres faxas de azul ; no segundo quartel em campo vermelho, um castello de
prata lavrado de negro com as portas e frestas de verde, assentado sobre ondas de prata,
e azul em contra chefe ; no terceiro quarlel esquartelado ; no primeiro quartel em campo
de ouro urna aguia negra de duas canecas armada de vermelho com um crescente de
prata nos peitos; no segundo quartel em campo sanguinho tres escudetes de prata, car-
regado cada um de sua cruz sanguinha cha postas em roquete ; no terceiro quartel tam
bera em campo sanguinho um caslello de prata ; e no quarto quartel no mesmo campo
vermelho tres vieiras de prata em roquete ; no quarto quartel em campo azul, urna estrella
de ouro de oito raios, no centro de quatro crescentes de prata apontados. Chapeo de co
nego, e por différence urna brica de prata com um L de preto. — Br. p. em 12 de feve-
reiro de 1870. (M. N.) Reg. no Cart, da N., liv. vi, fl. 107.
(Conf. —L. A. Boulanger.)
94. LÜIZ PEIXOTO DE LACERDA WERNECK, fidalgo cavalleiro da casa imperial, com
mendador da ordern de Christo, consul gerat do Brazil junto à confederaçâo Helvetica, Ba-
viera e outros estados da confederaçâo Germánica, doutor em direito civil e canónico pela
universidade de Roma, bacharel em direito pela academia de Paris, membro do conselho
fiscal do imperial instituto fluminense de agricultura, ex-director da companhia da estrada
de ferro de D. Pedro u, filho legitimo de Francisco Peixoto de Lacerda Werneck, barao
de Paty do Alferes, com as honras de grandeza, commendador da ordern da Rosa, caval
leiro da ordern de Christo, e de sua mulher D. Maria Isabel de Lacerda ; neto pela parte
paterna de Francisco Peixoto de Lacerda, capiíao de cavallaria da segunda linha em 1811,
reformado major da mesma arma em 1818, cavalleiro da ordern de Christo em 1824. e
de D. Amatilde Verneck ; bisneto do capitao André Peixoto de Lacerda, e de sua mulher
D. Gertrudes Marianna da Silveira Bittencourt ; tambem bisneto do sargento-mór Ignacio
de Sousa Verneck e de D. Francisca das Chagas.
Escudo (ver o de Francisco Peixoto de Lacerda Werneck, baräo de Paty do Alferes.)
— Br. p. em 24 de agosto de 1865. Reg. no Cart, da N.. liv. vi, fl. 59.
(Conf.— L. A. Boulanger.)
95. LUIZ QUIRINO DA ROCHA WERNECK, fldalgo cavalleiro da casa imperial, proprie-
tario e fazendeiro no municipio de Vassouras, íilho legitimo do tenente-coronel Luiz Qui-
rino da Rocha, fldalgo cavalleiro da casa imperial, cavalleiro da ordern de Christo, e de
D. Francisca das Chagas Verneck ; neto por parte paterna de Francisco Quirino da Ro
cha, baräo de Palmeiras com grandeza, e commendador da ordern de Christo, e por parte
materna do sargento-mór Francisco das Chagas Werneck, commendador da ordern de
Christo.
As armas dos Rochas, que sao em campo de prata urna aspa de vermelho, e sobre
ella cinco vieiras de ouro bordadas de azul; elmo de prata, guarnecido de ouro; timbre
a aspa das armas, cora urna vieira por cima. — Br. p. em 27 de fevereiro de 1866. Reg.
no Gart, da N., liv. vi, fl. 71.
(Conf. — L. A. Boulanger.)
96. LUIZ RIBEIRO DE SOUSA REZENDE, moco fidalgo com exerciciona casa imperial,
cavalleiro da ordern da Rosa, fazendeiro na provincia de Mínas-Geraes, filho legitimo de
Estevao Ribeiro de Rezende, natural da provincia de Minas-Geraes, grande do imperio,
marquez de Valonea, senador pela provincia de Minas-Geraes, membro honorario do an
ССХХП MANUEL GOMES
M
97. MANUEL DE AZEREDO COUTINHO MESSEDER, cavalleiro da ordern de Christo,
natural e baptisado na sé do Rio de Janeiro, lilho legitimo de Nicolau Coelho Messeder,
negociante de grosso trato na dita cidade, e de D. Francisca de Paula Rangel de Azevedo
Coutinho ; neto por parte paterna de Zacharias Messeder, depositario e recebedor das ren
das de sua magestade británica em Londres, e do coronel Antonio Coelho da cidade do
Porto; por parte materna do tenerite-coronel do extinclo regimentó de Tapocorá, Fran
cisco Marlins da Cunha Tenreiro, lidalgo da casa real, e do capitao-mór Antonio da Cu-
nha Falcüo, cavalleiro da ordern de Christo. Além d'esles quatro avós nobres, é sobri-
nho em terceiro grau do desembargador do paco, e procurador da corôa Joáo Pereira
Ramos, e do exeellerilissimo e reverendissimo bispo-conde de Arganil, e sobrinho em se
gundo grau do brigadeiro Domingos de Azeredo Coutinho Sousa Chichorro, monsenhor
Miguel José Correa de Lima de Azeredo, e do gentil-homem da imperial cámara Marianno
de Azeredo Coutinho.
Escudo esquartelado : no primeiro as armas dos Azeredos, que sao em campo de
ouro sete barras azues laucadas ao viez ; no segundo as dos Coutinhos, tambem em campo
de ouro cinco estrellas de vermelho de cinco ponías cada urna, postas em aspa; e assim
dos contrarios. Elmo de prata. Timbre meio leáo rompente de azul, coticado de ouro.
— Br. p. em 19 de outubro de 1855. Reg, no Cart, da N.. liv. vi, fl. 24.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
98. MANUEL GOMES DE CARVAI.HO, primeiro barâo do Amparo, fazendeiro proprie-
lario da provincia do Rio de Janeiro, residente na freguezia de Nossa Senhora do Amparo,
municipio da Barra-Mansa, tenente-coronel do corpo de cavallaria das extinctas milicias, e
commendador da ordern de Christo.
Escudo esquartelado : no primeiro e quarto quartel em campo de ouro tres cabeças
de indios araris, tendo na cabeca um turbante de peanas de cores, postas em roquete,
duas e urna ; no segundo e terceiro quartel em campo vermelho, um pelicano de ouro em
um ninho mordendo as entranhas para com seu sangue nutrir os lilhos ; tendo em chefe
urna banda azul com tres bololas. Paquife dos metaes e cores do brazüo. Corôa de baráo.
Timbre urna das cabecas dos indios do mesino brazáo, e por baixo do escudo a legenda :
Ambitio et invidia sit procul. — Br. p. em 21 de agosto de 1853. (M. N.) Reg. no Cart,
da N., liv. vi, fl.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
MANDEL JOSÉ ССХХШ
99. MANUEL GOMES DE CARVALHO, barao do Rio-Negro, proprietario e capitalista
n'esta corte.
Escudo (ver o de Manuel Gomes de Carvalho, barao do Amparo.) — Br. p. em 18
de julho de 1867. (M. N.) Reg. no Gart, da N., liv. vi, П. 63.
(Conf. —L. A. Boulanger.)
100. MANUEL IGNACIO DE OLIVEIRA, barao de Ouricnry, natural e residente na pro
vincia de Pernambuco, negociante matricularlo, commendador da ordern de Christo.
Um campo de prata partido : ao primeiro urna oliveira de sinople com fructa de
ouro; ao segundo tres faxas de azul, com urna abelha de ouro em cada urna. Coroa de
barao. Timbre urna cruz de goles florida e aberta. — Br. p. em 30 de agosto de 1867.
(M. N.) Reg. no Cart, da N., liv. vi, fl. 86.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
101. MANUEL JOAQUIM DE MENDONÇA CASTELLO-BRANCO, fidalgo cavalleiro da
casa imperial, deputado á assembléa geral legislativa pela provincia das Alagôas, natural
e baplisado na freguezia de Nossa Senhora da Apresentacao da villa de Porto-Calvo, pro
vincia das Alagôas, filho legitimo do tenente-coronel Bernardo Antonio de Mendonça, e
de sua mulher D. Anna Barbara de Mattos Castello-Branco; neto, pela parte paterna, do
desembargador José de Mendonça de Mattos Moreira, juiz de fóra da villa de Odemira,
natural de Albufeira, reino do Algarve, e pela parte materna, do desembargador Manuel
Joaquim Pereira de Mattos Caslello-Branco; bisnelo do sargento-mór José de Mendonça
Vieira e de sua mulher D. Barbara Francisca Xavier de Mattos Moreira, terceiro neto de
Francisco Dias Vieira e Sonsa.
Escudo esquartelado : no primeiro quartel as armas dos Mendonças, que sao o es
cudo franxado, ao primeiro de verde, urna banda vermelha coticada de ouro ; no segundo
um S preto, em campo de ouro; e assim dos contrarios. No segundo quartel, as armas
dos Vieiras, em campo vermelho seis vieiras de ouro em duas pallas : no terceiro as dos
Mattos, em campo vermelho uní pinheiro de verde, com fructos, perfis e raizes de ouro
entre dois leôes do mesmo, armados de azul; no quarto as dos Moreiras, em campo ver
melho nove escudetes de prata, e sobre cada um, urna cruz florida verde, como as de
Aviz, em tres pallas; e no meio um escudete com as armas dos Castellos-Brancos, que
sao, em campo azul um leáo de ouro rompente, armado de goles. Elmo de prata aberto,
guarnecido de ouro. Paquife dos metaes e cores das armas. Timbre, o leao dos Castellos
Brancos. — Br. p. em 12 de setembro de 1856. Reg. no Cart, da N., liv. vi, fl. 30.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
102. MANUEL JOSÉ CARDOSO, commendador da ordern de Christo, official da ordern
da Rosa, presidente da cámara municipal de Ilaguahy, negociante matriculado, proprieta
rio n'esta corte e em Itaguahy, filho legitimo de Francisco José Cardoso, commendador
da ordern de Christo, commandante superior da guarda nacional de Itaguahy e Mangara-
tiba, dono do canal de S. Pedro de Alcántara, presidente da imperial cornpanhia serope-
dica fluminense e de sua mulher D. Propicia Francisca Carneiro da Fontoura Bárrelo ;
neto, por parte paterna, do brigadeiro Manuel José Cardoso, fidalgo cavalleiro da casa
real de Portugal, commendador da ordern de Christo, e de sua muiher D. Maria Fran
cisca de Portugal e Castro; e por parte materna, de Antonio Joaquim Pinto Carneiro da
Fontoura Bárrelo, e de D. Anna Josepha de Macedo e Sampaio: bisneto do coronel Ma
nuel José Cardoso, fidalgo cavalleiro dajcasa real, commendador da ordern de Christo,
senhor do morgado da Vaccaria, com assento rio solar desde D. Afforiso i, cujo solar é a
quinta dos Cardosos em Lamego, e de sua mulher D. Anna Monteiro de Barros ; e por
parte materna, de Chrislovao de Portugal e Castro, fidalgo cavalleiro da casa real, com
mendador da ordern de Chrislo, e de sua mulher D. Francisca de Assis de Nobrega Botelho.
CCXXIV MARIA EMILIA
106. MANUEL PINTO NETTO CRUZ, grande do imperio, primeiro barao de Muriahé,
fldalgo cavalleiro da casa imperial, cavalleiro professe na ordern de Christo, fazendeiro
abastado da freguezia de Santo Antonio de Guarulhos, e residente na cidade de Campos
dos Goytacazes, municipio de Campos, provincia do Rio de Janeiro.
Escudo esquarlelado: no primeiro e quarto quarteis, em campo de prata urna cruz
de azul, com urna cruzeta de prata collocada no centro; no segundo e terceiro quartel,
em campo azul cinco meias lúas da mesma prata em aspa ; por sustentáculos do escudo
dois indios ornados de pennas coloridas, tendo ñas maos um ramo de canna e café, apoia-
dos sobre urna legenda vermelha com letras de prata : Spes Crux mea est. Corôa de
grande do imperio. Timbre, urna cruz azul egual à das armas. — Br. p. em 17 de maio
de 1852. (M. N.) Reg. no Cart, da N., liv, vi,fl . H.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
107. MARIA DAS DORES DE CARVALHO GUIMARÄES (DJ, viuva de Domingos Cus
todio Guimarâes, visconde do Rio-Preto com grandeza, commendador da ordern da Rosa,
e da de Christo, provedor da santa casa da misericordia da cidade de Valenca.
Escudo partido em tres pallas: a primeira e terceira de prata, cobertas com urna
rede de sable ; a segunda de goles, com um leâo de prata rompente armado de preto,
corn urna espada na garra dextra, e um chefe de azul, carregado com um coraçâo inflam-
mado, de ouro, entre duas estrellas de prata. Corôa de conde. Paquife das cores e metaes
do escudo. — Br. p. em 28 de outubro de 1869. (M. N.) Reg. no Cart, da N., liv. vi,
fl. 106.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
108. MARIA EMILIA DA SILVA PEHEIRA (D.), viuva de Joáo Baptista da Silva Pe-
reira, barao de Gravatahy.
MIGUEL MARIA CCXXV
armado de azul, com o de Souto-Maior, que sao em campo de prata enxequelado de ouro
e vermelho, de tres pecas em palla; no quarlo quartel as armas dos Paes, que sao em
campo de prata nove lisonjas em tres pallas enxequetadas de azul e vermelho. Elmo de
prata, guarnecido de ouro. Timbre dos Oliveiras, que é a aspa de prata e flor de liz de
ouro das armas, e por difference um castello de prata em campo azul. — Br. p. em 20
de agosto de 1848. Reg. no Cart, da N., liv. vi, fl. 7.
(Conf. —L. A. Boulanger.)
P
111. PASCHOAL TELLES COSME DOS REIS, fazendeiro na freguezia de Jacarépagná, no
municipio neutro, em cuja fazenda tern na respectiva capella а permanencia do Santissimo
Sacramento por breve de sua santidade Pió ix, de 14 de outubro de IStil ; proprietario
n'esta corte, condecorado por sua santidade Pió ix, com o habito da ordern de S. Grego
rio Magno, íillio legitimo de Nicolau Antonio Cosme dos Reis, e de D. Thereza Telles
Cosme dos Reis; neto por parte paterna do sargento-mór Nicolau Cosme dos Reis, e de
D. Leonidia Angélica do Espirito Santo, e por parte тн terna do commendador Pasclmal
Cosme dos Reis, e de D. Catliarina Josepha de Andrade Telles ; bisneto pela parte paterna de
Carlos Cosme, e de D. Thereza das Dores; e pela materna do doutor Francisco Telles Bár
relo de Menezes, e de D. Francisca Joaquina de Oliveira Brito ; terceiro neto por parte
materna do doutor Antonio Telles Bárrelo de Menezes; padrot-iro do convento da ilha do
Senhor Bom Jesus, em cuja egreja existe a carneiía para elle e sua descendencia, man
dada fazer por seu iilho o doutor Francisco Telles Bárrelo de Menezes, e de D. Catharina
Josepha de Andrade; quarlo neto do dnutor Luiz Telles Bárrelo de Menezes; quinto neto
de Francisco Tellos Bárrelo de Menezes, e de D. Maria da Silveira, íilha de André de
Villa-lobos, e de D. Isabel do Sonto ; sexto neto de Diogo Lobo Telles de Menezes.
Escudo esquartelado : no primeiro quartel em campo de prata, um lefio de purpura
rompente ; no segundo em campo verde urna banda de goles acoticada de ouro, saindo
das bocas de duas cabeças de serpes; no terceiro em campo azul, cinco estrellas de ouro
de seis ponías poslas em aspa ; no quarlo de ouro com seis lobos de goles poslos em
duas palas ; с no meio urn escudete, tendo ein campo de ouro urn annel encoberto. Elmo
de prata guarnecido de ouro. Timbre unía meia donzella vestida de ouro, com um escudo
ñas raaos, e por ditïerença urna brica de azul com a letra P de ouro. — Br. p. em 29 de
agosto de 1868. (M. N.) Reg. no Cart, da N., liv. vi, fl. 100.
N. B. As armas sao copiadas da esculptura da pedra tumular do doutor Antonio Telles
Bárrelo de Menezes, no seu jazigo na capella do convento da ilha do senhor Born Jesus.
(Conf. —L. A. Boulanger.)
112. PAULO DE AMORIM SALGADO, fidalgo cavalleiro da casa imperial, major do com
mando superior da guarda nacional da comarca do Bio-Formoso, onde é um dos princi-
paes proprielarios; nalural e baplisado ría freguezia de Una, provincia de Pernambuco;
iilho legitimo de Paulo de Amoriin Salgado, coronel commandante superior da guarda na
cional dos municipios do Rio-Fonnoso e Palmares, commendador da ordern de Christo,
official da da Rosa, proprietario abaslado na comarca do Rio-Formoso, e de sua mulher
D. Francisca de Paula Wanderley ; neto paterno do capilâo José de Barros Pimente!, e de
PEDRO ANTONIO CCXXVII
sua mulher D. Margarida Francisca Paes de Mello ; bisneto paterno de Fernando Pereira
do Regó, e de sua mulher D. Euphrasia Rita Maria da Conceiçâo; lerceiro neto do capitao-
mór Cosme D;imi3o de Harros ; e pelo lado materno do coronel Francisco Paes de Mello,
fidalgo cavalleiro, e de sua mulher I). Maria Rila Wanderley ; bisneto do mestre de campo
José Luiz Paes de Mello, fidalgo cavalleiro, e de sua mulher D. Arma Florencia Wander
ley ; terceiro neto do tenente-general Francisco Xavier Paes de Mello, e de sua mulher D.
Anna Mauricia Wanderley; quarto neto do lidalgo cavalleiro José Luiz Paes de Mello;
quinlo neto de Joâo l'aes Bárrelo de Mello, (¡dalgo cavalleiro ; sexto neto do fldalgo caval
leiro Christovao Paes Bárrelo.
Escudo esquarlelado : no primeiro quartel as armas dos Amorins, em campo verme-
Iho cinco cabeças de mouros em aspa; com toucas de prala, barbas de ouro, roslos en
carnados ; no segundo as armas dos Salgados, que sSo em campo verde, duas torres de
prala com janellas prêtas e urna cadèa. leudo no meio um saleiro de ouro e sobre elle
urna aguia de sua cor com os pés ñas lorres ; no lerceiro as armas dos Mellos, em campo
de goles seis besantes de prala em unía clobre cruz e urna bordadura de ouro ; no quarto
as armas dos Barretos em campo de arminho. Timbre a aguia das armas dos Salgados.
Paquife das cores e metaes das armas. — Br. p. ém 28 de Janeiro de 1867. Reg. no Cart,
da N., liv. vi, fl. 73.
(Conf. —L. A. Boulanger.)
ИЗ. PEDBO ALEXANDRINO DE BARROS CAVALCANTI DE LACERDA ALBUQUERQUE,
léñente reformado do exercito, official da ordern da Rosa, cavalleiro da de Chrislo, con
decorado com a medalha de distinccao pela campanha da Bahia, (¡dalgo cavalleiro da casa
imperial, natural da provincia de Pernambuco, lillm legitimo do coronel do exercito José
de Barros Falcan de Lácenla Cavalcanti, official da ordern imperial do Cruzeiro, governa-
dor das armas da mcsma provincia, tambem condecorado com a medalha da campanha da
independencia na Babia, e U. Bernarda Francisca da Conceiçâo Vieira Cavalcanti de La-
cerda ; neto por parte paterna do léñenle José de Barros Falcfio de Lácenla Cavalcanti de
Albuquerque, natural de Goyanna, propietario e juiz almolacel n'esla cidade, e de sua
mulher D. Úrsula Maria de Abren e Lima ; e por parte materna do capitáo-commandanle
de Jabesalao Nicolau Coelho de Lacerda, e de sua mulher D. Maria Francisca Marianna
Vieira Cavalcanli de Lacerda.
Escudo esquartelado : no primeiro as armas dos Albuquerques, que sao lambem es-
quarleladas : no primeiro as quinas ¡le Portugal com seu filete em contrabanda ; o segundo
de vermclho com cinco flores de liz de ouro em aspa, e assim dos contrarios; no segundo
quartel as armas d<>s Camellos, que sao em campo de prata 1res vieiras de azul em ro-
quele; no terceiro as dos Cavalcantis, unía ansa azul coticada de negro, sendo o campo
do fundo de prata, e o de cima de vermclho semeado de flores de prala de quatro folhas ;
e no quarto as dos Pereiras. que sao em campo vermelho urna cruz de prata florida e
vazia do campo. Elmo de prata aberto, guarnecido de ouro. Paquife dos melaes e cores
das armas. Timbre um castello de ouro. Brica de prata, trifolio verde. — Br. p. em 20 de
abril de 1865. Reg. no Carl, da N. liv. vi, ñ. 67.
(Conf.—L. A, Boulanger.)
И4. PEDRO ANTONIO TELLES ВАППЕТО пк MENEZES, cavalleiro d?. ordern de Christo,
sub-delegado e juiz de paz da freguem de S. Joan de.Merity, proprielario n'esta corle, e
fazendciro no municipio de Iguassú, filho legitimo de Luiz Telles Bárrelo de Menezes, juiz
de orphaos, e de D. Maria Rila Felicidade da Gama e Freitas; nelo pela parle paterna do
doutor Francisco Telles Bárrelo de Menezes, juiz de orphüos, e de D. Francisca Joaquina
de Oliveira Brito ; e pela materna de Pedro Antonio da Gama e Freilas, e de D. Anna Ma
na Gurgel do Amaral.
Escudo esquarlelado : no primeiro quarlel em campo de prala um leäo de purpura
CCXXVra PEREGRINO JOSE
rompente ; no segundo em campo verde urna banda de goles acoticada de onro, saindo
das bocas de duas caberas di; serpe.s ; no terceiro cm campo azul cinco estrelas de ouro
de seis ponías em aspa : no quarto de ouro, com seis lobos de goles poslos ein duas pa
las, e no meio um escudete, tendo em campo de ouro urn annel cncoberto. Elmo de prata.
Timbre urna meia donzella vestida do ouro, com um escudo ñas raaos ; e urna brira no
escudo. — Br. p. em 27 de abril de 1868. (M. N.) Reg. no Cart, da N.. liv. TI, D. 97.
N. B. As armas sao copiadas da esculplura da pedra tnmnlar do doutor Antonio Telles
Bárrelo de Menezes, no seu jazigo na capella do convento da ¡Iba do senhor Bom Jesus.
(Conf.— L. A. lioulanger )
115. PEDRO DE ARADJO LIMA, do conselho de sua magestade p imperador, natural da
provincia de Pernambuco, filho legitimo de Manuel de Aran jo Lima, e de D. Anna Tei-
xeira Cavalcanti, naturaes da incsma- provincia ; neto paterno de Antonio Casado Lima, e
neto materno de Pedro Teixeira Lima Cavalcanti, ambos naturaes da mosma provincia.
Escudo esquartelado : no primeiro qnartel as armas dos Casados, que sao em campo
vermelho tres bandas de prata, e sobre cada quai tres molhos de trigo de sua cor, com
espigas; no segundo quartel as armas dos Limas, que sao escudo partido em pala, o pri
meiro de Aragao, em campo de ouro quatra barras vcrmelhas, e a segunda pala esquar-
telada de Silva e S uto-Maior, que sao Silva, em campo de prata um leao de purpura ar
mado de azul, e Souto-Maior, em campo de prata 1res faxas enxequetadas de ouro e ver-
melbo, de tres pecas em pala; no tercoiro quartel as armas dos Cavalcantis, que sao em
campo de prala com urna asna azul, coticada de negro, e o campo de cima vermelho se-
meado de flores de prata de qualro folbas : no quarto qnartel as arreas dos Arauios, que
sao em campo de prata tima aspa azul com cinco besantes de ouro em ella. Timbre dos
Casados, que é tres molbos de trigo de sua cor com espigas. Elmo de prata aberto, guar
necido de ouro. Paqnife dos metaes e cores das armas, e por differença urna brica azul
com urna estrella de ouro. — Br. p. em 30 de outubro de 18i8. Reg. no Cart, da N., liv.
vi, fl. 2.
(Conf. — L. A. Boulanger.)
llfj. PEDRO LEOPOLDO DE GUIMARÄES PEIXOTO, fidalgo cavalleiro da casa impe
rial, negociante matriculado, e banqueiro na [iraca do Rio de Janeiro, lilho legitimo do
doutor Domingos Ribeiro de Guimaraes Peixoto. baráo de Iguarassú.
Escudo esquartelado: no primeiro enxequetado de ouro e azul, de cinco pecas em
faxa; no segundo e terceiro. em campo de goles um leao de ouro rompente: e no quarto
de prata, frotado de negro, com urna palla de goles, carregada de um leao de prata com
urna espada ensangueniada ñas máos. Elmo de prata, guarnecido de ouro. Timbre, o
mesmo leao, com urna maca de ouro em ambas as raaos. Divisa : Quascunqut findit. —
Br. p. em 14 de agosto de 1862. (M. N.) Reg. no Gart, da N. liv. vi, fl. 53.
(Conf. —L. A. Boulanger.)
H7. PEREGRINO JOSÉ DE AMERICO PINHEIRO, bariío de Ipiaba com grandeza, com-
raendador da ordern da Rosa, cavalleiro da de Cbristo, coronel reformado da guarda na
cional de Valencia, em cujo municipio é fazendeiro de café muilo importante.
Em campo azul um pinbeiro de ouro, com raizes de prata entre dez besantes de
ouro em duas palas, e urna orla de prata. Coroa de conde. Paquife das cores e metaes das
armas. —Br. p. em 14 de setembro de 1867. (M. N.) Reg. no Cart, da N., liv. vi, fl. 91.
(Conf. — L. A. Boulanger.)
1
URSULA MARIA CCXXLX
S
US. SILVINO GUILHERME DE BARROS, ppimeiro baräo de Nazareth, commendador
da ordern da Rosa, e tenente-coronel da guarda nacional do municipio da cidade do Re
cife, na provincia de Pernambuco, capitalista.
Escudo partido de goles e de prata: no primeiro urna torre de ouro, e no segundo
um caduceo de azul, entre seis armellas de goles postas%em pallas. Corôa de barao. Pa-
quife das cores e metaes do escudo. — Br. p. em 25 de julho de 1870. (M. N.) Reg. no
Cart, da N.. liv. vi, fl. 109.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
T
119. TiiOMAz JOSÉ DA SILVA, fidalgo cavalleiro da casa imperial, commendador da
ordern de S. Bento de Aviz, official da imperial ordern do Cruzeiro, cavalleiro da ordern
da Rosa, condecorado com as medalhas das campanhas do Uruguay e Cisplatina, maréchal
de campo do exercito imperial.
Escudo esquartelado : no primeiro, partido em faxa, tendo por cima em campo azul
qualro estrellas de ouro (a constellaçâo do Cruzeiro) e por baixo em campo vermelho duas
espadas de ouro em aspa ; no segundo em campo de prata, urna oliveira ao natural, junta
a um serró de verde, tendo ao pe um rio de prata, ondado de azul ; no terceiro, em campo
de ouro urna fortaleza de vermelho : e no quarto em campo azul urna fortaleza de prala.
Elmo de prata aberto, e guarnecido de ouro. Timbre a fortaleza de vermelho — Br. p. em
7 de novembre de 1854. (M. N.) Reg. no Cart, da N., liv. vi, fl. 16.
(Conf. — L. A. Boulanger.)
U
120. ÚRSULA MARÍA DE ALMEIDA CARVALHO (D.), natural do Rio de Janeiro, casada
com Joaquim Caetano da Silva, propietario e escriváo do tribunal do jury de Nitheroy,
filha legitima de Eloy Francisco da Silva, e de D. Maria de Almeida Carvalho, tambera na-
turaes do Rio de Janeiro : neta por parte materna de Joáo de Almeida Carvalho, natural
da freguezia de Santa Eulalia de Chaves, bispado de Lamego, no reino de Portugal, e de
CCXXX ZOZIMO BARROSO
Z
121. ZOZIMO BARROSO, bacharel em sciencias physicas e mathematicas pela escola
central do Rio de Janeiro, fidalgo cavalleiro da casa imperial, engenlieiro civil, filho legi
timo de Francisco Fidelis Barroso, coronel reformado da guarda nacional da capital da
provincia do Ceará, e de D. Anna Candida Ribeiro Barroso; neto, pela parte paterna, de
José Fidelis Barroso de Mello, tencnte-coronel e cavalleiro professe da ordern de Christo;
bisneto de Antonio Gonçalves Barroso e de D. Maria de Albuquerque; terceiro neto de
Manuel de Mello e Albuquerque e de sua mulher D. Anna Clara Cavalcanli; quarto neto
de Sebastiáo Pereira de Mello, e de D. Maria lavares; tambem quarto neto do capitao-mór
Antonio Feijó de Mello, cavalleiro da ordern de Christo, que serviu na guerra contra os
hollandezes, e de D. Laura Cavalcanti; quinto neto de Sebastiáo Guimaraes, e de D. Luiza
de Mello Albuquerque, e tambem quinto neto de Joáo Soares Cavalcanli, cavalleiro da
ordern de Christo, e de D. Calharina de Albuquerque; sexto neto de Baptisla Guimaráes,
e tambem de Antonio Pereira da Cunha e D. Isabel.
Escudo esquartelado : no primeiro quartel as armas dos Barrosos, que sao em campo
vermelho cinco leôes de prata rompentes, poslos em aspa, cada um carregado de duas
faxas enxadrezadas de purpura e ouro, urna pelo pescoço e outra pela barriga; no se
gundo quartel as armas dos Mellos, que sao em campo vermelho seis besantes de prata
entre urna dobre cruz e urna bordadura de ouro ; no terceiro quartel as armas dos Albu-
querques, que sao esquarteladas ; no primeiro as armas de Portugal, corn seu lilele em
contrabanda; no segundo, em campo sanguiriho cinco flores de liz de ouro em aspa, e
assim os contrarios. Elmo de prala aberto, guarnecido de ouro. Paquife dos metaes e co-
res das armas. Timbre, um dos leöes das armas dos Barrosos; e por difference urna
brica de ouro com um Z de sable. — Br. p. em 18 de marco de 1867. Reg. no Cart, da
N., üv. vi, fl. 75.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
INDICE
J I*
Parahyba ........... (Вагйо com grandeza da) . . Joüo Gomes Ribciro de Avcllar.
l'ara nil .............. (Marquez de) Honorio Hur
Paiisageni ........... • com grain . Dt'lfiin Carl" -.Пю.
Paly do л I fere* ..... (Barào coin grandeza do) .. Fr:inej^eo I
Pelotai» .............. (Visconde com grandeza de) .1ом'' Antonio (Пггса da Cámara.
Pocone ............... (Barào de) Manuel Nîmes da L'uiiha.
Porto-Felix .......... (Barào de) Candido José de Campos Ferraz.
Bio-Branco .......... (Visconde com grandeza do) José Maria da Silva Párannos.
Rio-Negro ............ (Barào do) Manuel Gomes do Carvalho.
Rio-Preto ............ (Viscondessa com grandeza) D. Maria das Dores de Carvalbo Guimaràes.
(Santa tíñela ......... (Barào de) Jacinto Alves Barbosa.
№. «<• m o .............. (Barào de) Francisco Mariano de Viveiros Sobrinho.
S. Clemente ......... (Dito de) Antonio Clemente Pinto.
N. Fidelie............. (Dito de) • . Antonio Joaquim da Silva Pinto.
S. Goncalo ........... (Ba rào com grandeza de) . . Belarinmo Bicardo de Siqueira.
tí. Joao da Barra. . . (Barao com grandeza de) . . Jusé Alves Ran;
S. Jouo do Principe (Barào com grandeza de) . . Ananias de Oliveira e Sousa.
K. «lomé ............... (Bario de) .!• de Oliveira I.i
Saqiiarenia ......... ilîaiàii если grandeza di1) .. Jo.-é IVreira do.« Santos.
Milveira* ............ (Barào de) Antonio Tertuli:
(Barào da) José Pereira Vianna.
Ta ha Пицц (Dito de) Domingos FI:UH
Triii ui|>lio (Barào com fjrandexji do) .. José .loaipiiin de Audi:
Valence ¡'lo do) K.-lr\ ad Ikilieirn île Ke/ellde.
Varitera-Alegre. (Jîarào com graiulrxa do; . . Matliias (.¡unealve.- d€ < >l¡M-iia ]•.'•
Villa-Maria.. (Barào de) Joaquim Jo^-é (ioines da Silva.
Abaeté........... .... (Visconde com grandeza de) Antonio Paulino Limpo de Abreu.
Amparo.............. (Barão do)............... Manuel Gomes de Carvalho.
Antonina ......... ... (Dito de)................. João da Silva Machado.
Ariró ........... . . . . . . (Dito de)................. Henrique José da Silva.
Barra-MaMasa. . . . . . . . (Dito com grandeza de).... João Gomes de Carvalho.
Bella Vista.......... (Barão da) ............. ... José de Aguiar Toledo.
Bemfica.............. (Dito de)............... ... Antonio José de Castro.
Bemposta ........... (Dito de)...... ....... Ignacio Barbosa dos Santos Werneck.
Caml> a Hay. ........... (Dito de)................. Antonio Martins da Cruz Jobim.
Campo-Alegre ...... (Dito de)................. Joaquim de Souza Leão.
Campo-Verde ....... (Dito de)................. Francisco Xavier de Oliveira.
Carapeipús .......... (Dito de)................. Joaquim Pinto Netto dos Reis.
Catú .................. (Dito de)................. Fructuoso Pinto da Costa. •
Ipiabas .............. (Barão com grandeza de) .. Peregrino José de Americo Pinheiro.
Itabapoana ......... (Barão de).............. . Luiz Antonio de Siqueira.
Jacuípe.............. (Dito de)................. Luiz Francisco Gonçalves Junqueira.
Jaraguá ............. (Dito de)................. José Antonio de Mendonça.
Laguna .............. (Dito de)....... Jesuino Lamego Costa.
• • • • • • • • • •
*
Para hyba · · ·· ···· Barão com grandeza da) | João Gomes Ribeiro de Avellar
Paraná . . . . . . . . . - - - - - (Marquez de)....….…… Honorio Hermeto Carneiro Leão,
************* - - - - - - - - - - - (Barão com grandeza da)... Delfim Carlos de Carvalho,
Paty do Alferes - - - - - (Barão com grandeza do). Francisco Peixoto de Lacerda Werneck,
_><><>+++ + . . . . . . - - - - - - - - Visconde com grandeza de) José Antonio Correa dº Camara,
Poconé. . . . . . . . . - - - - - - (Barão de) . . . … - - - - - - - - - Manuel Nunes da Cunha.
Porto-Feliz. - - - - - - - - (Barão de) . . . . . . . . . . . . . . . Candido José de Campos Ferraz.
*#**-************ - - - - - - - - - - Visconde com grandeza do) José Maria da Silva Paranhos, -
UNIVERSITY OF MICHIGAN
HENRY VIGNAUD
LIBRARY
N.
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+ UNIVERSITY OF MICHIGAN
THENRY VIGNAUI)
LIBRARY