Programa Compreensivo de Desenvolvimento Agrícola Africano: Documento Acompanhante
Programa Compreensivo de Desenvolvimento Agrícola Africano: Documento Acompanhante
Programa Compreensivo de Desenvolvimento Agrícola Africano: Documento Acompanhante
DOCUMENTO ACOMPANHANTE
Programa Compreensivo
de Desenvolvimento Agrícola Africano
INTEGRANDO OS SUB-SECTORES DO GADO, SILVICULTURA E PESCAS NO PCDAA
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Divisão de Comunicação
Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação
FAO, Viale delle Terme di Caracalla, 00153, Roma, Itália
© FAO 2007
Índice
Resumo Executivo................................................................................................................................. v
Capítulo 1: Antecedentes...................................................................................................................... 1
iii
5.2.2. Acelerar o crescimento da agricultura ................................................................................ 41
5.2.3. Reacção à expansão de mercados e tendências ................................................................. 41
5.2.4. Envolvimento do sector de pequena escala para mais valor e benefícios .......................... 42
5.3. Uma visão para pescas africanas e aquacultura ......................................................................... 42
5.3.1. Objectivos estratégicos das pescas e aquacultura da NEPAD............................................ 42
5.3.2. Cenários para o futuro do sub-sector de pescas ................................................................. 43
5.3.3. O papel da NEPAD na implementação do Programa de Pescas ........................................ 43
5.4. Abordagens e categorias do investimento ................................................................................ 44
5.5. Áreas de prioridade para investimento ...................................................................................... 45
5.5.1. Capacidade humana e institucional .................................................................................... 45
5.5.2. Instrumentos de administração e implementação............................................................... 46
5.5.3. Manutenção e aumento da produção .................................................................................. 46
5.5.4. Desenvolvimento e valorização.......................................................................................... 47
5.5.5. Compartilha dos benefícios ................................................................................................ 47
5.5.6. Aprendizagem e troca de conhecimentos ........................................................................... 48
5.6. Resumo dos recursos necessários e tipos de investimento ........................................................ 48
Tabelas ................................................................................................................................................. 49
Tabela A: Total dos recursos necessários nas áreas prioritárias do Programa Compreensivo de
Desenvolvimento Agrícola Africano, 2002-2015,............................................................................ 50
Tabela 1: Parte dos produtos alimentares de gado no PIB agrícola.................................................. 51
Tabela 2: Importância relativa das zonas agro-ecológicas na produção de gado ............................. 51
Tabela 3: Taxa de crescimento anual em carne, leite e produção de ovos, 1993-2003 ................... 51
Tabela 4: Taxa de crescimento anual calculada para adquirir auto-suficiência até 2015 ................ 52
Tabela 5: Tendências na produção industrial de madeira roliça incluindo projecções até 2020 ...... 52
Tabela 6: Estimativas de consumo de lenha em África .................................................................... 52
Tabela 7: Países produtores das maiores pescas interiores............................................................... 53
Tabela 8: Os principais produtores de pescas marinhos em África .................................................. 53
Tabela 9: Os dez maiores produtores de aquacultura africanos: 3 anos de produção registada ....... 54
Tabela 10: Produção da aquacultura total por ambiente................................................................... 54
Tabela 11: Tendências no valor da aquacultura por país.................................................................. 54
Tabela 12: Comércio exterior e equilíbrio de alimentos de peixe .................................................... 55
Tabela 13: Contribuição da pesca e aquacultura aos objectivos estratégicos da NEPAD................ 55
Tabela 14: Cenários futuros para o sub-sector de pescas ................................................................. 56
iv
Resumo Executivo
Abordagens sob o terceiro pilar para aumentar provisão de alimentos e reduzir a fome
incluem: (a) provisão de redes de segurança; e (b) segurança alimentar através de maior
produção. O aumento da produtividade de 15 milhões de fazendas pequenas através de
tecnologia melhorada, serviços e políticas requereriam uns 7.5 bilhões de US$; os montantes
necessários para emergências e redes de segurança estão calculados em cerca de 42 bilhões
de US$.
Linhas de acção sob o quarto pilar para manter os ganhos da produtividade incluem: (a)
aumento do investimento em Investigação e desenvolvimento da tecnologia; (b) aumento do
financiamento por parte do sector privado da pesquisa agrícola; e (c) reformas institucionais
e financeiras para maior sustentabilidade da pesquisa. Um total de 4.6 bilhões de US$ foi
calculado para estas áreas.
v
rações, saúde animal e melhorias genéticas. As necessidades de recursos estão calculadas
num total de 21.2 bilhões de US$ o período de 2004-2015, dos quais 5.3 bilhões de US$
serão para política e desenvolvimento institucional, e 15.9 bilhões de US$ para o
desenvolvimento de infra-estruturas para o gado.
Para induzir o crescimento necessário no sector agrícola, foi calculado que serão requeridos
recursos financeiros totais que chegam a 355 bilhões de US$ para o período 2002-2015 (ver
Tabela A). Investimentos nas actividades fundamentais dos quatro "pilares" serão à volta de
250 bilhões de US$ (71 porcento do total). Como indicado na tabela abaixo, investimentos
anuais nos sub-sectores do gado, silvicultura e pescas seriam cerca de 1.8 US$, 3.9 US$ e
2.9 bilhões de US$, respectivamente, trazendo as necessidades de recursos anuais das áreas
de prioridade do Programa Compreensivo de Desenvolvimento Agrícola Africano (PCDAA)
a um total de 26 bilhões de US$. Os investimentos propostos nos três sub-sectores chegam a
103 bilhões de US$ ou 29 porcento do total. Estas figuras provêem somente os graus de
magnitude e as estimativas de custo serão refinadas à medida que os vários programas e
projectos são formulados a níveis nacional e regional. Espera-se que pelo menos 50 porcento
das necessidades de recursos venham de fontes africanas, incluindo governos, a sociedade
civil, o sector privado, as comunidades agrícolas, etc.
vi
Capítulo 1: Antecedentes
Sistemas de irrigação na Tanzania, G. Femke Agricultura relacionada com a criação de pato, FAO
1
Foi tomada acção para preparar três documentos separados sobre os sub-sectores do gado,
silvicultura e pescas, e acrescentá-los depois a um Documento Acompanhante para o
Programa Compreensivo de Desenvolvimento Agrícola Africano (PCDAA).
2
Capítulo 2: Programa agrícola da Nova Parceria para o Desenvolvimento
de África (NEPAD) - gado, silvicultura e pescas
2.1. Interacções sub-sectoriais e contribuição ao Programa Compreensivo de
Desenvolvimento Agrícola Africano (PCDAA)
2.1.1. Gado
O sub-sector do gado provê uma grande proporção do valor acrescentado agrícola, quase um
terço, e em alguns países, mais de metade. Quase 60 porcento do valor de produtos de gado
para alimentação humana é gerado pelo gado bovino (carne e leite). Ovelhas e cabras (carne
e leite) e aves de criação (carne e ovos) contribuem aproximadamente, 20 porcento cada.
Porcos são de importância menor. A população do gado está distribuída desigualmente pelo
continente. A África Oriental montanhosa - relativamente livre da mosca tsé-tsé - tem cerca
de metade de todo o gado e mais de um terço de todas as ovelhas. Também possui 40
porcento das cabras e 13 porcento das aves de criação. No Norte encontram-se 35 porcento
de toda as aves de criação. Depois da silvicultura, o gado é o maior usuário da terra,
directamente como pasto e indirectamente através da produção de colheitas de forragem e
outros alimentos. O gado pode ser bem integrado em sistemas de agricultura mistos como
1
Farming Systems and Poverty, FAO, 2001
3
Documento Acompanhante do PCDAA: integrando os sub-sectores do gado, silvicultura e pescas no PCDAA
Preparação do solo com charrua e tracção Criação inovadora de frangos na Tanzania, N. Ndebele
animal no norte dos Camarões, M. Havard
4
Capítulo 2: Programa agrícola da Nova Parceria para o Desenvolvimento de África (NEPAD) - gado, silvicultura e pescas
Ovelhas e cabras são geralmente mais férteis e prolíficas, mas a mortalidade é alta em todas
as faixas etárias. Constrangimentos principais incluem a escassez na provisão de rações, a
prevalência de doenças e o baixo potencial genético. Os sistemas pastoral e agro-pastoral
crescentes tornar-se-ão mais lucrativos por investimentos estratégicos como proposto no
pilar do Programa Compreensivo de Desenvolvimento Agrícola Africano (PCDAA) sobre a
melhoria da infra-estrutura rural. O estabelecimento de mercados de gado bem distribuídos e
facilmente acessíveis e matadouros estrategicamente situados são essenciais para assegurar
que os próprios proprietários de gado ganham do valor acrescentado do seu gado. Cuidados
veterinários acessíveis, vacinação e instalações de quarentena melhorarão a saúde animal e a
produtividade e também permitirão a certificação de animais e carne para exportação.
2.1.2. Silvicultura
5
Documento Acompanhante do PCDAA: integrando os sub-sectores do gado, silvicultura e pescas no PCDAA
A África produz actualmente, cerca de 7 milhões de toneladas de peixe2 por ano, divididas
quase igualmente entre pesca marinha e pesca de captura interior. A produção anual da
aquacultura encontra-se a um nível de 0.6 milhões de toneladas, sendo a maioria produzida
no delta do Nilo. A pesca africana e aquacultura são caracterizadas pela preponderância do
sector em pequena escala. Mais de 90 porcento dos pequenos proprietários directos fazem
2
Inclui toda a produção aquática
6
Capítulo 2: Programa agrícola da Nova Parceria para o Desenvolvimento de África (NEPAD) - gado, silvicultura e pescas
As pescas interiores em África têm um papel crítico no apoio aos modos de vida e segurança
alimentar de milhões das pessoas no continente. Geram empregos e rendimentos e provêem
uma fonte importante de proteína animal e micronutrients essenciais. Mas, as capturas da
maioria das pescas interiores já atingiram a sua capacidade máxima e muitas delas são dadas
como exploradas excessivamente. Também há grande preocupação pelo facto das pescas
interiores em África estarem cada vez mais ameaçadas pelas mudanças ambientais, maior
pressão para utilização da terra porque as condições actuais de governação e administração
são incapazes de proteger e influenciar os benefícios de desenvolvimento do sub-sector.
7
Documento Acompanhante do PCDAA: integrando os sub-sectores do gado, silvicultura e pescas no PCDAA
8
Capítulo 3: Valorização do papel do gado
O gado contribui significativamente ao PIB agrícola em África. Está calculado que produtos
alimentares derivados do gado (carne, leite e ovos) contribuíram só 30 porcento ao PIB
agrícola em 2003 (ver Tabela 1). Esta estimativa não inclui produtos de gado não alimentares
como poder de tracção e adubo que aumentam a produtividade das colheitas, nem toma em
conta as contribuições intangíveis do gado às comunidades rurais através da mitigação do
risco e acumulação de riqueza (Caixa 1). Cerca de 10 porcento da população humana da
África Subsariana depende primariamente do gado, enquanto outros 58 porcento dependem
pelo menos parcialmente do gado. Em 1999, foi calculado que o gado representava
53 porcento do stock de capital agrícola na África Subsariana, e a terra representava 42
porcento adicionais3.
Quase 60 porcento do valor dos produtos comestíveis de gado é gerado pelo gado na forma de
carne e leite, enquanto ruminants pequenos (carne e leite) e aves de criação (carne e ovos)
representam cerca de 20 porcento cada. No todo, os porcos no continente têm só um papel
secundário na produção alimentar. Carne, leite e ovos constituem cerca de 65 porcento,
27 porcento e 8 porcento respectivamente, do valor dos produtos comestíveis de gado.
3
Oxford Policy Management (2003), Agricultural and Rural Enterprise in Africa: Is there an Investment Gap?
9
Documento Acompanhante do PCDAA: integrando os sub-sectores do gado, silvicultura e pescas no PCDAA
Oriental, Ocidental e do Norte. Cerca de metade de todo o gado, mais de um terço de todas as
ovelhas e 40 porcento das cabras são encontrados na região da África Oriental. A sub-região
do norte conta com 35 porcento de todas as aves de criação enquanto que a sub-região
Ocidental tem 35 porcento aproximadamente, da população de cabras. Populações de gado
nas sub-regiões central e do sul são muito baixas, principalmente por causa das condições
climáticas e pressão alta de doenças. Os principais países produtores de gado (com
populações de gado que excedem 10 milhões de cabeças cada) incluem a Etiópia, a Nigéria, o
Quénia, o Sudão, a Tanzânia e a África do Sul.
Como em qualquer outro lugar, o gado é mantido em sistemas de gado diferentes, cada um
com necessidades de recursos diferentes, enfrentando constrangimentos diferentes e com
potenciais de crescimento diferentes. Os sistemas têm objectivos de produção diferentes,
níveis variados de produtividade e diferem na sua contribuição relativa ao rendimento total do
gado. Em África existem dois grupos de sistemas de produção de gado, isto é o tradicional e o
sistema não-tradicional. O primeiro inclui: (i) sistemas pastoral e agro-pastoral; e (ii) sistemas
mistos nas zonas semi-áridas, semi-húmidas e húmidas. Os sistemas não-tradicionais incluem:
(i) rancho (carne e leite); (ii) sistemas comerciais de pequenos proprietários e peri-urbanos; e
(iii) produção de gado intensiva em sistemas irrigados em grande parte no Norte de África.
Com a excepção talvez das aves de criação, a vasta maioria do gado africano é mantida em
sistemas de produção tradicionais. Sistemas pastorais ficam geralmente situados em zonas
áridas e semi-áridas que são impróprias para produção de colheitas. Pastoralismo nómada e de
migração periódica é praticado onde a chuva é menos de 400 mm por ano. Agro-pastoralistas
10
Capítulo 3: Valorização do papel do gado
vivem em áreas com níveis mais altos de chuva, entre 400 a 600 mm por ano. Eles ocupam-se
com actividades de semeadura e mantêm também gado. A sua dependência no gado para
rendimento e nutrição é grande, mas as colheitas também contribuem ao sustento doméstico.
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Documento Acompanhante do PCDAA: integrando os sub-sectores do gado, silvicultura e pescas no PCDAA
Mais de metade de todo o gado em África é mantido nas zonas áridas (inclusive desertos) e
semi-áridas. As espécies mais numerosas na zona árida são cabras e ovelhas, seguidas por
gado. Embora as áreas de chuva mais baixa da zona semi-árida (500 a 750 mm de
precipitação por ano) é mais propício ao pasto, a produção de gado nesta zona é normalmente
um componente dos sistemas mistos de colheitas-gado de pequenos proprietário. A zona
semi-árida tem o gado como espécie mais importante (contendo cerca de 32 porcento de todo
o gado), seguido de cabras e ovelhas. Na zona sub-húmida, a produção de gado é
empreendida em sistemas de colheitas-gado mistos. Uma vez mais, o gado constitui a
espécies mais importante, seguida pelas cabras e ovelhas.
Apesar do grande potencial de alimentos para a produção de gado na zona húmida, não é uma
actividade económica importante devido a constrangimentos severos de doença,
principalmente a predominância de tripanossomíase. Menos de 10 porcento da população de
gado total de África está nesta zona, apesar de constituir cerca de 20 porcento da área da terra
do continente.
A população humana de África tem crescido a uma taxa média de 2.7 porcento durante os
últimos 20 anos. Alcançou 796 milhões entre 2000 e está calculada actualmente em
aproximadamente 832 milhões. Projecções indicam que a população africana será
aproximadamente de 1.1 bilhões antes do ano 2015. A população urbana tem crescido a uma
taxa média ainda mais elevada de 4.2 porcento durante os últimos 20 anos e está calculado
que antes de 2015 , cerca de 490 milhões de pessoas (aproximadamente 45 porcento da
população total) estará vivendo em cidades grandes e vilas. Esta urbanização crescente
expandirá ainda mais o aumento das necessidades de alimentos de origem no gado, porque a
população urbana geralmente tem rendimento mais elevado do que a que vive nas áreas
rurais.
Na África Subsariana como um todo, a taxa de crescimento anual actual das populações de
gado, ovelhas, e cabras foi calculada em 1.4 porcento, 2.5 e 4.3 porcento, respectivamente,
enquanto o crescimento da taxa anual em produção foi só 2.0 porcento, 1.9 e 2.4 porcento
para carne, leite e ovos, respectivamente4. Como os métodos de produção na África
4
FAO (2002). Cattle and Small Ruminants Production Systems in Sub-Saharan Africa: A Systematic Review. Food and
Agriculture Organization of the United Nations, Rome, Italy
12
Capítulo 3: Valorização do papel do gado
Provisão de rações. Este constrangimento é sentido mais intensamente nas regiões mais
secas onde a quantidade de forragem é frequentemente insuficiente para a quantidade de
gado, e onde a disponibilidade de alimentos está sujeita a padrões sazonais pronunciados. Em
regiões mais húmidas, o problema é por natureza, mais qualitativo do que quantitativo e as
forragens são frequentemente de qualidade pobre, com baixa energia e conteúdo de proteína.
5
FAO (2003). World Agriculture: Towards 2015/2030. Food and Agriculture Organization of the United Nations, Rome,
Italy
6
Winrock International (1992). Animal Agriculture in Sub-Saharan Africa
13
Documento Acompanhante do PCDAA: integrando os sub-sectores do gado, silvicultura e pescas no PCDAA
Nem todas as zonas agro-ecológicas são afectadas da mesma maneira. Nas zonas áridas e de
planalto, os recursos alimentares são utilizados quase completamente. Nas zonas de planalto
porém, podem existir oportunidades para os agricultores aumentarem a produção através de
tecnologia e insumos. Por causa da pressão de aprovisionamento relativamente moderada na
zona semi-árida e o bom potencial de produção de alimentos na zona sub-húmida, existem
oportunidades nestas duas zonas para a expansão moderada de populações de gado.
14
Capítulo 3: Valorização do papel do gado
Enquanto que a privatização de serviços veterinários foi considerada como uma opção,
precisaria ser adaptada às realidades variadas e às necessidades de países diferentes. Porque
o sector privado é lucro-orientado, está claro que só serviços seleccionados poderiam ser
privatizados eficazmente. Governos permaneceriam responsáveis por actividades “boas
estritamente públicas” como pesquisa nacional e extensão, legislação e políticas, vigilância
de doença, saúde pública, doenças animais transfronteiriças, controlo de movimento de gado
e controlo da qualidade das contribuições de gado e produtos.
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Documento Acompanhante do PCDAA: integrando os sub-sectores do gado, silvicultura e pescas no PCDAA
Zona árida. Sustentos na zona árida estão cada vez mais ameaçados pelas secas que ocorrem
periodicamente e a presença de doenças animais. Os riscos elevados na produção devido a
secas, doenças e serviços veterinários inadequados, e a degradação crescente do ambiente
reduzem a produtividade de gado nesta zona e tornam os donos de gado cada vez mais
vulneráveis a crises. O baixo potencial da terra restringe a intensificação da produção de
gado. Porém, melhor acesso ao mercado e o uso melhorado de recursos rangeland poderiam
aumentar significativamente a produção e acalmar muitos dos problemas que novas restrições
ao movimento de pastoralistas, como degradação de rangeland, estão criando.
Zonas sub-húmidas. Embora oportunidades para expansão nos números de gado sejam
maiores nesta zona do que em qualquer outra, há um potencial ainda maior para crescimento
na produção de carne e leite através do aumento da produtividade. Doenças animais
8
- Ashley, S., Holden, S. & Bazeley, P. (1998). Strategies for Improving DFID’s Impact on Poverty Reduction: A Review
of Best Practice in the Livestock Sector. Department for International Development, London.
- AU/IBAR 2004 Institutional and Policy Support to the Livestock Subsector in Africa: Regional Overview of a
Preliminary Consultation in the Greater Horn of Africa, July 2004. Institutional and Policy Support Team Report,
Interafrican Bureau for Animal Resources (IBAR), Directorate of Rural Economy and Agriculture (DREA), African Union
16
Capítulo 3: Valorização do papel do gado
Zona húmida. Além de todos os constrangimentos sérios da zona sub-húmida, a zona húmida
é mais propensa a doenças animais, especialmente a tripanossomíase que limita a produção
de ruminantes a raças tolerantes ao tripanossomo. Todavia, há uma escassez de tal stock para
procriação. Prospectos para uma produção de ruminantes aumentada nesta zona são muito
limitados, mas existe o potencial para a produção de aves de criação e porcos, contanto que a
indisponibilidade de rações concentradas e pobre infra-estrutura sejam superadas.
Estratégias para enfrentar o desafio de uma taxa de crescimento de 4.2 porcento anual do
sub-sector do gado focalizarão nas regiões de potencial mais alto de África, que são as
semi-áridas, sub-húmidas e planaltos, salientando o papel de gado no processo de
intensificação agrícola, e promoção do desenvolvimento de gado baseado no mercado.
Nas áreas áridas marginais o foco será a protecção de rendimentos vulneráveis acabando
com a degradação das rangelands. Para a zona húmida, esforços deverão ser orientados à
protecção das florestas tropicais.
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Documento Acompanhante do PCDAA: integrando os sub-sectores do gado, silvicultura e pescas no PCDAA
demanda crescente nos centros urbanos. Políticas e acções prioritárias para estas zonas
incluirão o seguinte:
Na zona de planalto, a maior parte dos sistemas agrícolas alcançou um nível relativamente
alto de intensificação e complementaridade de colheitas-gado. Apesar das densidades de
população humana e animais elevadas, estas áreas têm potencial para crescimento adicional
em produtividade de gado e possuem a vantagem de mercados fortes e crescentes para
carne e leite. Podem ser alcançados aumentos na produtividade com tecnologias de
produção melhoradas, maior uso de contribuições de produção e melhoria global na eficácia
de cadeia de mercado. Políticas prioritárias e intervenções focalizarão nas áreas seguintes:
18
Capítulo 3: Valorização do papel do gado
As zonas áridas e as partes mais secas das zonas semi-áridas também têm potencial para
expansão e produtividade de gado mais elevada. Estratégias de desenvolvimento devem ser
orientadas à protecção de rendimentos pastorais, preservação da produtividade das
rangelands, prevenção da degradação do solo e acesso melhorado a mercados.
Especificamente, esforços nestes zonas deveriam ser orientados a:
Interacções entre colheitas-gado poderão não ter um papel significante na zona húmida a
menos que a tripanossomíase seja controlada. Melhor controlo de doenças animais e
estratégias para ampliar a disponibilidade de gado tolerantes ao tripanossomo contribuirão à
melhoria da produção de gado. Apoio para o desenvolvimento intensivo da produção de
gado comercial ao redor de grandes cidades litorais, é advogado. Porém, tal
desenvolvimento deveria ser acompanhado de medidas mitigadoras das respectivas
repercussões ambientais.
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Documento Acompanhante do PCDAA: integrando os sub-sectores do gado, silvicultura e pescas no PCDAA
colheitas melhoradas para pastos, árvores leguminosas e forragens para sistemas pastorais e
de colheitas-gado; sobre a melhoria da digestibilidade de alimentos com quantidades
elevadas de fibra; o desenvolvimento de sistemas melhorados de nutrição com proteína pelo
uso de nitrogénio não-proteína, evitacão da proteína, e outras fontes de proteína; o uso
apropriado de minerais suplementares para corrigir deficiências minerais dietéticas; as
melhores maneiras de armazenar forragens e forragens para uso na estação seca; e melhorar
a qualidade nutritiva de resíduos e sub-produtos de colheitas alimentares para uso como
rações animais.
Saúde animal. Pesquisa para melhorar a saúde animal focalizar em estudos estratégicos e
aplicados para criar melhores meios de controlar doenças parasitárias e transmitidas por
vector (por exemplo tripanossomíase, theileriosis, e heartwater), inclusive a identificação e
utilização de fontes de resistência genética a doenças e parasitas no gado, o
desenvolvimento de tecnologias sanitárias animais adequadas às condições africanas
(vacinas termostáveis, testes diagnóstico para animais, e fármacos de lenta emissão), o
desígnio de sistemas de provisão de saúde animais sustentáveis e apropriados; mais o
desenvolvimento de estratégias de administração e medidas de controlo para doenças de
intensificação.
20
Capítulo 3: Valorização do papel do gado
As figuras usadas para a estimativa das necessidades de recursos financeiros são valores
calculados médios por país (público e privado) com o fim de prover graus de magnitude das
necessidades de investimento. Grandes variações entre países ocorrerão, dependendo da
importância do gado no país ou região. Países localizados nas zonas agro-ecológicas
potenciais mais altas que deveriam requerer atenção prioritária (planaltos, sub-húmidas, e as
partes mais húmidas da zona semi-árida), deveriam investir mais recursos no
desenvolvimento sustido do sector de gado.
Pesquisa (incluindo avanços genéticos). Nos anos oitenta, foi calculado que 75 milhões de
US$ eram gastos anualmente na pesquisa de gado em África (20 porcento da pesquisa total
para agricultura calculada em 372 milhões de US$)9. Assumindo que este valor aumentou
até agora a 100 milhões de US$ (um aumento modesto de cerca de 33 porcento em mais de
15 anos), a mesma quantia pode ser calculada para ser investida no prazo imediato, e então
um aumento significativo deveria ser previsto para os prazos curto e médio (120 milhões de
US$ e 150 milhões de US$, respectivamente).
Saúde animal (inclusive a produção de vacinas). Está calculado que em média, 3 milhões
de US$/ano/país devem ser gastos em saúde animal e serviços veterinários. Esta quantia
pode ser reduzida a 2 milhões de US$/ano/país no termo médio à medida que mais
actividades de saúde animal são transferidas ao sector privado.
Com base nas suposições anteriores, os requisitos de recursos totais para desenvolvimento
de gado estão calculados a um pouco mais de 21 bilhões de US$ nos próximos 12 anos.
Isto representa requisitos médios de financiamento annual de 1.8 bilhões de US$. Acções
9
Winrock International (1992). Animal Agriculture in Sub-Saharan Africa.
21
Documento Acompanhante do PCDAA: integrando os sub-sectores do gado, silvicultura e pescas no PCDAA
22
Capítulo 4 Integração da silvicultura
A maioria dos países, especialmente na África central, austral e ocidental, têm áreas
grandes de florestas naturais e bosques. O assunto principal relativo ao uso destas florestas
está relacionado à viabilidade de implementar uma administração sustentável das florestas.
Um dos assuntos fundamentais relativo a silvicultura africana é a taxa elevada de
desmatamento. Entre 1990 e 2000, a perda de áreas de floresta em África foi calculada em
aproximadamente 53 milhões de ha. A taxa de desmatamento poderia ser reduzida
substancialmente se mais esforços fossem feitos para aumentar a área sob a administração
sustentável das florestas. Uma quantidade de assuntos – de política, legais, institucionais,
económicos e sociais - devem ser abordados para que a administração sustentável das
florestas possa ser mais vastamente aplicada.
10
FAO, 2001. Global Forest Resource Assessment 2000. Main Report.
23
Documento Acompanhante do PCDAA: integrando os sub-sectores do gado, silvicultura e pescas no PCDAA
escala por agricultores como parte dos sistemas de agro-silvicultura, embora algumas
fazendas grandes tenham começado também a cultivar esta espécie em escala comercial nos
anos recentes. Uma melhor integração de árvores nos sistemas de cultivo e o apoio aos
sistemas existentes como parklands de agro-silvicultura são críticos à viabilidade do
sustento rural .
Combustível de madeira é a fonte mais importante de energia para a maioria dos lares
rurais. Mas já que a maioria da produção e consumo têm lugar no sector informal, as
estatísticas disponíveis não reflectem esta realidade. A porção de combustível de madeira
na produção mundial de madeira roliça tem vindo a declinar, mas em África a proporção de
combustível de madeira permaneceu inalterada, e em alguns países até aumentou. A
predominância de madeira e outra biomassa como fonte de energia resulta principalmente
de: (a) o seu baixo custo, que os torna acessíveis a consumidores de baixos rendimento; e
(b) sua disponibilidade mais vasta comparado com outras fontes de energia.
Produtos florestais não madeira (NWFPs). NWFPs africanos incluem uma gama de
produtos, como gomas e resinas, mel e cera de abelha, plantas medicinais e aromáticas,
materiais para tinturaria e curtimento, bambu e rota, arbustos-carne e forragem. Apesar da
sua contribuição importante para o sustento das populações, informação sobre a sua
contribuição geral é no melhor, incompleta, com excepção de alguns dos produtos
11
FAO, 2002. FAO Yearbook – Forest Products 2000.
24
Capítulo 4: Integração da silvicultura
Além do número grande de produtos florestais não madeira que contribuem aos meios de
subsistência, vários foram comercializados e produzem rendimento significativo aos países.
Goma arábica, rota, castanha de caju, mimosas, manteiga de carité e cortiça são alguns dos
artigos já comercializados há muito tempo. O Sudão é responsável por aproximadamente
80 porcento da produção mundial de goma arábica, e até recentemente esta era uma das
fontes de divisas estrangeiras mais importantes do país. Embora a África Central e
Ocidental tenham recursos de rota significativos, o processamento local ainda não está
significativamente desenvolvido e a maioria da rota exportada não é processada.
O papel das florestas africanas na protecção das bacias e contenção da degradação do solo é
particularmente significante. Degradação das bacias afecta a agricultura na maioria das
principais bacias hidrográficas. Actualmente, 14 países na África estão sujeitos ao stress
hídrico ou escassez de água, e prevê-se que esse número aumente de mais 11 antes de 2025.
Muitas áreas urbanas já enfrentam escassez seria de água e carência de energia, em parte
devido à capacidade de armazenamento diminuída dos reservatórios, causada pela
obstrução severa por lodos. Intensificação da agricultura em África, que é crítica para
superar a insegurança alimentar requer medidas de protecção das bacias e detenção da
degradação do solo. Por que água é um recurso fundamental, o papel das florestas e árvores
na alteração da evapotranspiração e infiltração, afectando assim a disponibilidade de água a
jusante, não pode ser demasiado salientado.
25
Documento Acompanhante do PCDAA: integrando os sub-sectores do gado, silvicultura e pescas no PCDAA
Florestas africanas são ricas em biodiversidade, embora informação sobre o seu potencial a
longo prazo seja escassa ou na melhor das hipóteses, fragmentada. Quase todos os países
africanos (menos a Libéria, Líbia e Somália) são signatários à Convenção sobre a
Diversidade Biológica. Porém, a capacidade da maioria dos países para proteger e
administrar a biodiversidade continua a ser limitada. Os problemas fundamentais relativos à
conservação da biodiversidade incluem:
26
Capítulo 4: Integração da silvicultura
27
Documento Acompanhante do PCDAA: integrando os sub-sectores do gado, silvicultura e pescas no PCDAA
pertinente para as necessidades das populações e segundo, para adaptar ao que já está
disponível em outros lugares.
28
Capítulo 4: Integração da silvicultura
29
Documento Acompanhante do PCDAA: integrando os sub-sectores do gado, silvicultura e pescas no PCDAA
Serão feitos esforços para aumentar a produção sustentável de bens e serviços florestais e
árvores. Isto envolverá especificamente:
30
Capítulo 4: Integração da silvicultura
O nível de investimento agora proposto ajudaria a mudar o cenário para um futuro mais
sustentável e aumentar significativamente a produção de madeira e produtos florestais não
madeira e também melhoraria a provisão de serviços ambientais, especialmente com a
protecção melhorada de bacias, conservação da diversidade biológica e contenção da
desertificação. Numa base por hectare, o investimento anual (actual e adicional) será de
aproximadamente 6.0 US$ ou um total de 72 US$ por hectare até ao ano 2015. Tomando em
conta só os benefícios da produção de madeira, o investimento à taxa aumentada chegaria a
cerca de 4.0 US$/m3 de madeira produzida (a produção de madeira é calculada para aumentar
a aproximadamente 950 milhões de m3 antes de 2020). O nível actual de preços de madeira
roliça industrial e lenha indicaria que este investimento é mais que justificado. Além disso,
também é importante tomar em conta os lucros de valorização da madeira e produtos
florestais não madeira, e os benefícios indirectos dos serviços ambientais.
A tabela abaixo provê uma indicação geral de necessidades de recurso totais calculadas para
alcançar os objectivos indicados acima:
Necessidades médias de recursos anuais são calculadas em cerca de 3.9 bilhões de US$
(cerca de 6 US$ por hectare). A despesa pública (inclusive o governo, os sócios de
cooperação externos) no sector da silvicultura em 1999 (24 países africanos que
31
Documento Acompanhante do PCDAA: integrando os sub-sectores do gado, silvicultura e pescas no PCDAA
representam uma área de floresta de cerca de 343 milhões de ha) está calculada em
282milhões de US$. Assumindo o mesmo nível de gastos nos outros países, a despesa
pública anual em silvicultura na África poderia ser calculada em cerca de 530 milhões de
US$.
Não há estimativa disponível sobre a despesa do sector corporativo, outros investidores
privados, organizações não-governamentais, agricultores e comunidades locais. Em vários
países, especialmente na África austral, central e ocidental onde o sector privado tem um
papel importante na administração de plantações e concessões florestais, exploração de
bosques e processamento industrial, o investimento do sector privado poderia ser
significante. Semelhantemente, em vários países os agricultores fizeram investimento
considerável na plantação de árvores. Assumindo o mesmo nível de despesa pública de
cerca de 530 milhões de US$, a despesa anual total seria então aproximadamente 1 bilhão
de US$. Isto sugere que o nível de desembolso de recurso anual adicional requerido será da
ordem dos 2.9 bilhões de US$.
Esforços significativos necessitarão ser feitos para aumentar os recursos de várias fontes e
realizar os objectivos propostos. Os investimentos seriam provavelmente extraídos de (a)
governos incluindo assistência externa ao desenvolvimento; (b) sector corporativo e (c)
agricultores, comunidades locais e organizações não-governamentais. Uma indicação
provisória das fontes de financiamento é provida na tabela abaixo:
Fontes de financiamento
Estimativa do investment anual (em milhões de US$)
Área de actividade Sector Sector Comunidades Total
Público Corporativo locais/agrícolas
Mudanças em política e 211 - - 211
legislativas
Reforço institucional 400 200 221 821
Gestão sustentável das florestas 900 1,100 131 2131
para melhor provisão de
produtos e serviços
Investimento em indústrias 200 450 100 750
florestais e outras infrastruturas
Total 1,711 1,750 452 3,913
Devido à situação diversa que prevalece em cada país, as necessidades de recursos variam
consideravelmente entre os países. Factores como a situação actual das florestas, a demanda
de produtos e serviços florestais, a qualidade da administração, o estado actual da indústria
florestal, a infra-estrutura, a política e ambiente institucional, etc. serão importantes para
determinar a extensão de investimento necessário. Isto será calculado na altura devida
tomando em conta as opiniões dos vários comparticipantes .
32
Capítulo 5 Apoio à pesca e aquacultura
33
Documento Acompanhante do PCDAA: integrando os sub-sectores do gado, silvicultura e pescas no PCDAA
A África produz actualmente cerca de 7.3 milhões de toneladas de peixe por ano, deste 4.8
milhões de toneladas é de pescas marinhas, e 2.5 milhões de toneladas de pescas interiores.
Enquanto que as pescas de captura aumentaram continuamente ao longo dos anos oitenta,
estagnaram desde então, chegando a aproximadamente 6.9 milhões de toneladas em 2002. A
produção da aquacultura aumentou, mas lentamente, e só o Egipto é que teve taxas de
crescimento semelhantes a outras partes do mundo, aumentando de 85,000 toneladas em 1997
a 376,000 toneladas em 2002. Estas tendências combinadas com o aumento da população
significam que o consumo de peixe por cabeça na África é baixo e diminuindo, e na África
Subsariana especificamente, o consumo por cabeça baixou nos últimos vinte anos.
13
The main technical findings of these consultations are contained in three review papers, i.e. Neiland et al.
(2005) On Inland Fisheries, Bâ et al. (2005) On Marine Fisheries, and Muir et al (2005) On Aquaculture.
34
Capítulo 5: Apoio à pesca e aquacultura
Até mesmo os mais jovens pescam ao lado dos mais velhos, S. Heck e C. Bene
Produção. Em 2002, o total calculado de atracagens de pescas interiores foi de 2.1 milhões
de toneladas, equivalente a 24 porcento da produção da pesca interior global. Como
proporção das capturas totais em África (ambos marinha e do interior), as atracagens de
pescas interiores aumentaram de <25 porcento (1951) a 49 porcento (1999). Os países com a
produção mais alta registada foram o Egipto (293,000t), a Tanzânia (274,000t), o Uganda
(222,000t), e a RD Congo (215,000t), seguidos do Quénia, Nigéria e Mali (>100,000t cada).
As pescas principais incluiram o Lago Victoria (500,000t), a Bacia Hidrográfica do Congo
(520,000t), a Bacia Hidrográfica do Nilo (captura total não conhecida), a Bacia Hidrográfica
do Níger-Benue (520,000t) e a Bacia Hidrográfica do Chade (100,000t). Foi calculado que a
produção anual total aumentou de 2 porcento por ano durante os anos oitenta e noventa, mas
esta tendência tem vindo a diminuir desde então, e alguns dos produtores principais
experienciam agora capturas estagnadas ou menores (ver Tabela 7).
Há preocupações fortes de que as pescas interiores na África estão cada vez mais ameaçadas
pelas mudanças ambientais, a pressão crescente do uso da terra e exploração demasiada dos
recursos de pesca, e que as condições actuais de governação e administração não são capazes
de salvaguardar o valor do sector e benefícios do desenvolvimento. O que é necessário para
desenvolver o sector são novos consensos e estratégias, baseados em conhecimentos
melhorados, e planeamento e abordagens de implementação coerentes.
35
Documento Acompanhante do PCDAA: integrando os sub-sectores do gado, silvicultura e pescas no PCDAA
As pescas marinhas são de importância económica crítica na maioria dos países litorais. Nos
países da Comissão Sub-regional das Pescas14 na África Ocidental por exemplo, as pescas
marinhas geram até 400,000 empregos directos e indirectos, e mais de 4 porcento da
população activa trabalha no sector da pesca (pesca, processamento, marketing).
Semelhantemente, na região da SADC cerca de 200,000 trabalhos directos estão nas pescas
marinhas, e estas são novas oportunidades de rendimento nas populações maiores. As pescas
14
Cabo Verde, A Gâmbia, Guiné, Guiné Bissau, Mauritânia, Senegal, Sierra Leone
36
Capítulo 5: Apoio à pesca e aquacultura
Pescas litorais e marinhas provêem mais de metade da produção de peixe da África. Com o
esforços para aumentar a contribuição das pescas ao desenvolvimento do continente, é
essencial sustentar, e onde possível aumentar, os benefícios que estas pescas provêem. Isto
requererá investimento considerável a níveis múltiplos para abordar os desafios crescentes
enfrentados pelas pescas litorais e marinhas e os conflitos que estas geram. Ao mesmo
tempo, uma gama extensa de investimentos inovadores é necessária para, onde possível,
acrescentar valor aos recursos que são aproveitados.
Valor. O valor total (primeira venda) da produção é calculado anualmente a mais de 7 bilhões
de US$, uma figura indicativa baseada em médias calculadas numa gama extensiva de pescas
e países. De modo importante, o valor económico de capturas marinhas é multiplicado
através de comércio extenso e marketing de produtos marinhos na região e
internacionalmente. Os produtos marinhos constituem a maior parte do comércio de
exportação de 2.7 bilhões de US$ da África, e mais valor significativo é gerado pelo
comércio informal nas áreas litorais e nas áreas interiores do continente. Embora este
comércio não esteja bem registado, provê rendimento para milhões de africanos e contribui
ao desenvolvimento comercial e penetração de mercado em regiões remotas. Há grande
possibilidade para aumentar o valor de produtos e cadeia de provisão através de
investimentos no processamento e capacidade comercial, particularmente entre empresas de
pequena e média escala.
37
Documento Acompanhante do PCDAA: integrando os sub-sectores do gado, silvicultura e pescas no PCDAA
Pescador profissional a pesar peixe no Egipt , S. Heck Preparação de filetes de peixe no Uganda como
modo de agregar valor ao produto , S. Heck
Um factor importante que afecta o valor das pescas marinhas no desenvolvimento africano, é
a porção significante - entre 25 e 30 porcento ou aproximadamente 1.6 milhões de toneladas
em 2001 - de peixe em águas africanas capturadas por frotas estrangeiras sob acordos
específicos de acesso. Estas capturas não são desembarcadas no continente, e continua a
preocupação sobre o valor e oportunidades perdidas para desenvolvimento comercial e
rendimentos em países africanos. Uma revisão das vantagens e custos totais de acordos de
acesso parece justificada, e diferentes opções para investimento na capacidade e fluxos de
rendimento necessitam ser consideradas.
Gestão e política. É geralmente aceite que o desafio principal nas pescas marinhas (ver
Tabela 8) é estabilizar e sustentar a produção com uma combinação de intervenções de
administração, reforma de política, e investimentos estratégicos para diversificação das
actividades económicas. Com poucas excepções, os recursos litorais e marinhos do
continente africano são completamente explorados e em muitos lugares sinais de exploração
demasiada significante e degradação do recurso são evidentes. Pressão de população e
urbanização das áreas litorais têm um papel importante nesta dinâmica, mas a sobre-
capacidade das frotas industriais e pescas litorais artesanais continuam a ser o factor principal
de degradação do recurso. Nas décadas recentes, a concorrência para recursos mais escassos
levou também a conflitos crescentes entre os usuários, particularmente entre os pescadores
locais e as frotas industriais offshore de maior escala. Porém, estes conflitos assumiram uma
dimensão regional cada vez maior.
Para abordar estas questões, são necessários planos de administração de pescas a longo prazo
a níveis regional, nacional e local. Estes devem reconhecer que a natureza de muitos stocks
transfronteiriços e a característica migratória de muitas comunidades pesqueiras requerem
uma abordagem mais colaboradora entre os países. Será necessário harmonizar as leis e
estruturas institucionais em particular, e a abordagem global deverá ser apoiada por
investimentos grandes em capacitação, incluindo para política e implementação de medidas
de Monitoria, Controlo e Vigilância (MCS). Em muitos casos, estes planos de administração
necessitarão de abordar o processo politicamente e socialmente difícil, para reduzir o esforço
da pesca em ambas a pesca de grande escala e artesanal. A sustentabilidade ecológica e
viabilidade económica a longo prazo do sector inteiro das pescas dependem destas reformas
necessárias.
38
Capítulo 5: Apoio à pesca e aquacultura
compreendem claramente a sua dinâmica e potencial para crescimento, mas este sector é
provável e completamente subestimado. Está calculado que mais de 90 porcento de todos os
pescadores estão activos em operações de pequena escala, e está claro que se encontram
intrinsecamente ligados a outros sectores da economia por cadeias de provisão e pela
diversificação dos seus sustentos. A mobilidade física e adaptabilidade deste sector requerem
abordagens inovadoras para projectar e implementar medidas de administração.
5.1.3. Aquacultura
A aquacultura cresceu muito na maioria das regiões do mundo onde o potencial existe,
excepto na África Subsariana. Em toda a região africana, só o Egipto alcançou a escala de
mudança observada em outros lugares. Apesar de décadas de investimento e contribuição
técnica, e as esperança contínua de muitos, a aquacultura não tem prosperado onde previsto, e
em muitos casos continua precária e marginal. Porém, a aquacultura tem crescido em
condições e contextos específicos, e apesar dos muitos actuais desafios económicos,
demográficos e sociais na região, uma perspectiva mais positiva de crescimento orientado ao
mercado, e um entendimento mais realístico do potencial técnico, juntamente com maiores
possibilidades de regeneração económica, sugerem que oportunidades futuras podem ser
muito mais definidas.
Estudos por FAO e outros mostraram potencial físico considerável para a aquacultura. Na
África Subsariana, foi calculado que 9.2 milhões de km² (31 porcento de área da terra), era
satisfatória para viveiro de pequeno escala. Se rendimentos de recentes projectos de
pequenos proprietários pudessem ser replicados, seriam necessários só 0.5 porcento disto
para produzir 35 porcento das necessidades acrescidas da região em 2010. Porém, este
15
Delgado et al. (2003)
39
Documento Acompanhante do PCDAA: integrando os sub-sectores do gado, silvicultura e pescas no PCDAA
potencial permanece largamente inexplorado, em grande contraste com muitas outras regiões
com recursos equivalentes. Antes de 2002, a produção total na África Subsariana era só
79,500 t. Rendimentos na maioria dos países permanecem baixos, os produtores são poucos
em números e operações comerciais ainda têm que ser desenvolvidas em muitas áreas. Há a
necessidade urgente de adaptar experiências prósperas de outras regiões à situação africana e
de objectivar o investimento em zonas de prioridade de crescimento actual e inovação. A
chave para o desenvolvimento acelerado parece estar no planeamento melhorado do
investimento e administração de sector, aplicando abordagens bem estruturadas com papéis
claramente definidos para os sectores público e privado.
40
Capítulo 5: Apoio à pesca e aquacultura
O comércio sempre foi essencial ao desenvolvimento das pescas. Está calculado que mais de
40 porcento de todo o peixe apanhado globalmente atravessa uma fronteira internacional
entre o ponto de produção e o lugar de consumo. Com o desenvolvimento do comércio e
condições de mercado, o sector precisa abordar isso de modo que maximize os benefícios de
acordo com os objectivos de desenvolvimento. Em África, duas dimensões de comércio são
críticas nesta fase: (i) maior integração de cadeias de provisão de peixe africano em mercados
globais; e (ii) demanda crescente em mercados intra-regionais e urbanos no continente.
Ambos têm implicações fundamentais no futuro da produção e utilização de peixe e para
desenvolvimento de sector e governação mais geralmente.
41
Documento Acompanhante do PCDAA: integrando os sub-sectores do gado, silvicultura e pescas no PCDAA
Com o seu programa agrícola, a NEPAD segue um grupo integrado de objectivos para
utilizar os recursos agrícolas ricos do continente para o desenvolvimento económico e social.
Em muitos países, e para milhões de pessoas, as pescas e aquacultura formam parte essencial
do sector produtor de alimentos. O sector de alimentos aquáticos oferece oportunidades
estratégicas de investimento para alcançar os objectivos do PCDAA e também da NEPAD e
do Plano de Acção do Ambiente. A Tabela 13 resume a contribuição actual e potencial futura
das pescas interiores, pescas litorais e marinhas, e aquacultura aos objectivos estratégicos
destes programas da NEPAD.
O sector da pesca faz assim contribuições a todos os elementos principais do PCDAA e
outros programas da NEPAD. O seu valor particular está na integração do ambiente aquático
42
Capítulo 5: Apoio à pesca e aquacultura
A secção seguinte descreve em mais detalhe a visão da NEPAD sobre o que o sector poderia
ser no futuro, como as suas riquezas podem ser sustentadas e aumentadas, e como poderia
prover benefícios de desenvolvimento. Está apresentada como cenários de resultados
desejados a prazos imediato, curto e médio. Estes cenários estão estruturados em seis áreas
chaves, identificadas em consultas extensas na região, onde há necessidade de progresso para
realizar os objectivos. Estas áreas são: (i) capacidade humana e institucional; (ii)
instrumentos de gestão e implementação; (iii) sustento e aumento da produção; (iv)
desenvolvimento e valor acrescentado; (v) compartilha de benefícios; e (vi) aprendizagem e
trocas de experiências. Estas áreas são consideradas por períodos de tempo, i.e. períodos de
1, 5 e 15 anos para os quais podem ser definidos objectivos de desenvolvimento e objectivos
do sector. As características principais destes períodos de tempo são:
43
Documento Acompanhante do PCDAA: integrando os sub-sectores do gado, silvicultura e pescas no PCDAA
Agências nacionais e locais podem nem sempre ter os recursos disponíveis para responder às
necessidades e oportunidades que surgem do ambiente dinâmico do sector - como tratados
internacionais, demanda e padrões de mercados de exportação, governação e questões de
redução da pobreza. Em tais casos, assuntos de categoria três poderão ter que ser abordados
em parceria com as RECs, a NEPAD e consócios internacionais. Porém, isto não remove o
imperativo de mudar o empenho a níveis mais baixos, se de todo possível.
44
Capítulo 5: Apoio à pesca e aquacultura
45
Documento Acompanhante do PCDAA: integrando os sub-sectores do gado, silvicultura e pescas no PCDAA
46
Capítulo 5: Apoio à pesca e aquacultura
47
Documento Acompanhante do PCDAA: integrando os sub-sectores do gado, silvicultura e pescas no PCDAA
As necessidades totais de recursos chegam a 35.3 bilhões de US$ por um período de 15 anos
ou cerca de 2.4 bilhões de US$ anualmente. Pouco mais de metade desta quantia, 1.246
bilhões de US$ seria visada directamente à cadeia de produto ("produção" e componentes de
"valor") e viria principalmente de investidores do sector privado. Investimento de bens
públicos focalizará em mudanças institucionais e de política nos componentes de sector de
modo a atrair e orientar investimentos maiores pelo sector privado e agências do "terceiro
sector".
Resumo das necessidades de investimento acima da barra cronológica de 15-anos
(milhões de US$):
Componente Período de 1 ano Período de 5 anos Período de 15 anos Média anual
Capacidade humana e 700 2,600 3,700 247
institucional
Instrumento de 490 2,450 4,900 327
gestão e
implementação
Manutenção e 300 4,100 11,300 753
aumento da produção
Desenvolvimento e 200 2,600 7,400 493
valorização
Compartilha de 500 3,300 5,800 387
benefícios
Aprendizagem e 200 1,400 2,200 147
troca de
conhecimentos
Total 2,390 16,450 35,300 2,354
48
Tabelas
Documento Acompanhante do PCDAA: integrando os sub-sectores do gado, silvicultura e pescas no PCDAA
Resumo executivo
Médio-
Imediato Curto-prazo Total Média Anual
Pilar / Sub-sector prazo 2011-
2002-2005 2006-2010 2002-2015
2015
50
Tabelas
Capítulo 3
Tabela 1: Parte dos produtos alimentares de gado no PIB agrícola (%)
Tabela 3: Taxa de crescimento anual em carne, leite e produção de ovos, 1993-2003 (%)
51
Documento Acompanhante do PCDAA: integrando os sub-sectores do gado, silvicultura e pescas no PCDAA
Tabela 4: Taxa de crescimento anual calculada para adquirir auto-suficiência até 2015 (%)
Capítulo 4
52
Capítulo 5
Tabela 7: Países produtores das maiores pescas interiores
53
Documento Acompanhante do PCDAA: integrando os sub-sectores do gado, silvicultura e pescas no PCDAA
54
Tabelas
55
Documento Acompanhante do PCDAA: integrando os sub-sectores do gado, silvicultura e pescas no PCDAA
Resultados desejados
Situação
1 ano 5 anos 15 anos
Propósito: Aumentar e sustentar as contribuições das pescas e aquacultura ao desenvolvimento socio-
económico de África e segurança alimentar
Mais consciência de Abordagem coerente e Investimentos em todos os Realização de objectivos
assuntos e desafios, e coordenada é acordada a nível sectores e programas principais definidos, todos
desenvolvida uma série de regional, definidos os estabelecidos, acções os elementos de sector
instrumentos e protocolos; objectivos e indicadores, os importantes tomadas para institucionalizados
há um impulso de interessados comprometem-se garantir objectivos de completamente, base
mudança, políticas que à implementação, e os longo-termo; foram segura e processos em
são revisadas, mas as investidores estão cientes das alcançados ganhos lugar para provisão
necessidades de opções e oportunidades nos mensuráveis no contínua de benefícios.
implementação devem ser sectores público, privado e desenvolvimento;
definidas. outros. argumento para mais
investimento feito e aceite.
1. Capacidade humana e institucional
Abordagem sectoral Identificar capacidade Capacidade aumentada para Estruturas com capacidade
fragmentada, falta de regional, nacional e local em administrar recursos de residente capaz de
capacidade regional e administração e sector. alcançar metas sectorais.
nacional, e elos limitados desenvolvimento. Estruturas de supervisão da
com os membros São desenvolvidos elos com o administração de recursos, Estruturas com elos
56
Tabelas
Resultados desejados
Situação
1 ano 5 anos 15 anos
interessados. sector privado e agentes da com ligações aos membros robustos com interessados
sociedade civil. interessados. pertinentes.
Estratégias definidas para Produção aumentada e
administração de recursos do valorizada devido à
sector. capacitação.
Objectivos de capacitação
determinados.
2. Instrumentos de administração e implementação
Entendimento pobre do Gestão das melhores práticas Pescas principais e sistemas À medida que a pressão
stock and situação dos definida. Recursos de recursos sob melhores para explorar recursos
recursos. fundamentais identificados práticas de administração. aumenta, as estratégias de
Capacidade limitada para para desenvolvimento de Planos de administração gestão são mais
administrar stocks e planos de gestão. implementados pelos desenvolvidas e adaptadas
desenvolver recursos. Necessidades de capacidade participantes interessados. para garantir
Pressão significante para de implementação avaliadas. Valor total dos recursos e sustentabilidade no uso
explorar certos recursos. Estratégias desenvolvidas capacidade melhor dos recursos.
para melhor entendimento dos compreendidos.
stocks/recursos.
3. Manutenção e aumento da produção
Produção de pescas de Áreas prioritárias e objectivos Objectivos de médio prazo Sector de aquacultura
captura estagnada, com para desenvolvimento de realizados para aquacultura diversificado estabelecido
pescas limitadas por aquacultura identificados e em zonas de prioridade e mercados bem-
explorar; produção de estratégias de investimento (aumento de produção, integrados (doméstico,
aquacultura limitada, com desenvolvidas entre os diversificação, tipo de região, exportação);
centros de crescimento e sectores público e privado; empreendimento); zonas gerando empregos
inovação emergentes; áreas de prioridade para para expansão adicional significantes;
âmbito para valorização valorização de pescas identificadas; sustentabilidade dos
da pesca ainda não é bem identificadas e planos de Aumenta a valorização da sistemas de produção de
compreendido. intervenção acordados; pesca para aumentos de aquacultura entendida;
oportunidades para produção a médio prazo; produção de pesca por
exploração mais completa de âmbito para expansão capturas estabilizada a
stocks naturais averiguada e adicional entendido; níveis sustentáveis;
estratégias para utilização Investimentos para valorização da pesca gera
acordadas. exploração completa dos aumento da produção a
stocks naturais níveis acima dos de 2005.
estabelecidos e bem
integrados na gestão.
4. Desenvolvimento e valorização
Valor total de cadeia de Abordagem da cadeia de Perdas pós-colheita em Indústria de valorização,
provisão do sector não é valor para desenvolvimento pescas de pequena escala e processamento e de
bem entendido, mas de sector adoptada e industrial reduzidas; sector serviços contribuem
provavelmente âmbito objectivos e estratégias de de processamento significativamente ao
significante para investimento identificadas; valorizado e diversificado valor do sector; mercados
valorização dos funções dos investidores emergente nas pescas e domésticos e regionais e
investimentos em públicos e privados aquacultura; aumento comércio provêem maior
tecnologias, infra- clarificados; linha base significante no valor de segurança alimentar e
estrutura e política. estabelecida para o valor cadeias de produto; empregos; acesso bem
económico total em contas comércio e condições de estabelecido para
nacionais. mercado melhoradas para mercados de exportação
atrair investimentos para uma gama de
adicionais na cadeia de produtos e produtores.
provisão (doméstica,
regional, internacional).
5. Compartilha de benefícios
Pobreza, segurança Consciencialização a todos os Gama de exemplos para Contribuição significante
alimentar, saúde e níveis de assuntos de garantir e aumentar o do sector para alcançar os
assuntos de rendimento desenvolvimento social; património líquido, direitos ODMs e estabelecer
emergentes mas limitado opções sectorais para abordar de acesso à propriedade, mecanismos a prazos mais
o entendimento da o património líquido, ligações reduzindo a vulnerabilidade longos para garantir
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Documento Acompanhante do PCDAA: integrando os sub-sectores do gado, silvicultura e pescas no PCDAA
Resultados desejados
Situação
1 ano 5 anos 15 anos
distribuição de benefícios; potenciais com os ODMs; em todos os sub-sectores benefícios no
reconhecimento de impacto potencial da principais / domínios dos desenvolvimento humano.
património, acesso e segurança alimentar recurso; impacto do
direitos de propriedade, compreendido; acordos para investimento na segurança
mas nenhuma estratégia desenvolver e aplicar alimentar bem estabelecido;
para acção. abordagens enfocadas; estratégias em lugar para
reconhecimento de ligações aumentar o impacto
com outros sectores. significativo dos OGMs.
6. Aprendizagem e troca de conhecimentos
Funções limitadas e Estrutura e processos Variedade de processos de Processo bem
desorganizadas estabelecidos para definir a monitoria operacionais, desenvolvido e
estabelecidas, embora se mudança, monitorizar os mudança definível no completamente
reconheça que funções de indicadores, e criar e trocar conteúdo e troca da institucionalizado que une
monitoria são cada vez conhecimentos; parâmetros informação pelas partes os níveis sectoriais e
mais necessárias; para TIC, ligações de interessadas, resultando em operacionais,
conhecimento espalhados conhecimentos, tomada de melhores tomadas de compreensão clara dos de
e pobremente acessíveis. decisões e responsabilidade. decisões, atribuição de benefícios, compromisso a
recursos, acções de longo prazo para apoiar e
administração. expandir; lições abrangem
o exterior do sector.
Fonte: Plano de Acção para o Desenvolvimento de Pescas africanas e Aquacultura da NEPAD, NEPAD, 2005
58