Relatorio Panorama I - Mocambique

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MTF/GLO/345/BMG

Relatrio Panorama I

MTF/GLO/345/BMG

CountrySTAT para pases da frica Subsaariana

RELATRIO PANORAMA I

M O A M B I Q U E

ORGANIZAO DAS NAES UNIDAS PARA A ALIMENTAO E A AGRICULTURA

Maputo, Maro de 2012

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MTF/GLO/345/BMG
Relatrio Panorama I

MTF/GLO/345/BMG

CountrySTAT para pases da frica Subsaariana

M O A M B I Q U E

RELATRIO PANORAMA I

Elaborado

Por

E. Mnica MAGAUA

Consultora Nacional em Sistemas de Informao e Estatsticas Agrcolas

ORGANIZAO DAS NAES UNIDAS PARA A ALIMENTAO E A AGRICULTURA

Maputo, Maro de 2012

2
TABELA DE CONTEDO

LISTA DE ABREVIATURAS ................................................................................................................ ......7

1.O SISTEMA ESTATSTICO NACIONAL .............................................................................................. 9

1.1. Estrutura legal e rgos Consultivos Estatsticos .................................................................... 9

1.2. Estrutura do Sistema Estatstico Nacional ............................................................................. 11

1.2.1. O Instituto Nacional de Estatstica .............................................................................. 11

1.2.2. O Banco de Moambique ............................................................................................. 12

1.2.3. O Conselho Coordenador do Recenseamento Geral da Populao e Habitao 12

1.3. Estratgia Nacional para o Desenvolvimento da Estatstica ................................................. 12

2SITUAO DE REFERNCIA PARA O SISTEMA DE ESTATSTICAS AGRRIAS E


ALIMENTARES ............................................................................................................................. 16

2.1 Estrutura legal e rgos Consultivos para as Estatsticas Agrrias e Alimentares ............. 16

2.2. Estrutura do Sistema das Estatsticas Agrrias e Alimentares .............................................. 17

2.3. Estratgia Nacional para Estatstica sobre Alimentao e Agricultura ................................ 18

2.4. Recursos Humanos disponveis .............................................................................................. 19

2.5. Recursos no humanos disponveis ........................................................................................ 20

2.6. Poltica de Disseminao de Dados para Estatsticas Agrrias e Alimentares .................... 20

2.7. Modalidades de promoo de Dilogo Usurio-Produtor ..................................................... 21

2.8. Bases de Dados Existentes e Ferramentas e Plataformas de Disseminao ........................ 21

2.9.Integrao Regional e Assistncia Tcnica Internacional recebida ........................................ 21

3.DADOS, FONTES DE DADOS, E METADADOS DAS ESTATSTICAS SOBRE


ALIMENTAO E AGRICULTURA .......................................................................................... 23

3.1. Estatsticas sobre as culturas ................................................................................................... 23

3.2. Estatsticas sobre a pecuria e preos de produtos ao produtor, grossista e a retalho para
exportao e importao.......................................................................................................... 26

3.3. Estatsticas da Pesca ................................................................................................................ 27

3.4. Estatsticas sobre Florestas ...................................................................................................... 28

3
3.5. Recursos Hdricos .................................................................................................................... 29

3.6. Uso da Terra ............................................................................................................................. 29

3.7. Disponibilidade alimentar para o consumo humano, comrcio externo e populao ......... 31

3.8. Descrio do sistema nacional de cdigos de produtos e .................................................... 34

3.9. Classificao /nomenclaturas nacionais e ligaes para classificaes nacionais ............... 34

4.VISO GERAL DAS NECESSIDADES DO USURIO RELACIONADAS AS ESTATSTICAS


AGRRIAS ..................................................................................................................................... 37

E ALIMENTARES EM MOAMBIQUE. ................................................................................................. 37

5.EXPECTATIVAS DE CountrySTAT E SINERGIAS COM INICIATIVAS EM CURSO


MOAMBIQUE .............................................................................................................................. 37

6.FACTORES IMPORTANTES PARA O SUCESSO DO PROJECTO CountrySTAT


MOAMBIQUE .............................................................................................................................. 38

ANEXOS ...................................................................................................................................................... 39

4
TABELA DE QUADROS

Quadro 1: As melhores prticas estatsticas recomendadas internacionalmente ................... 15

Quadro 2: Os principais actores da produo das estatsticas agrrias e alimentares no MINAG 18

Quadro 3: Recursos Humanos do Departamento de Estatstica do Ministrio da Agricultura19

Quadro 4: Nmero de exploraes por espcie animal segundo tipo de explorao ............. 26

Quadro 5: Percentagem da distribuio dos animais por tipo de explorao ........................ 27

Quadro 6 : Cobertura de Mangais .......................................................................................... 28

Quadro 7 : rea reflorestada (hectares) por ano 2006-2008 .................................................. 29

Quadro 8 : Aptido e uso da terra .......................................................................................... 30

Quadro 9 : Sumrio das caractersticas chave do sector da agricultura em Moambique 1999-2000


................................................................................................................................................ 31

Quadro 10 : Uso de insumos nos anos 2001 a 2003 ............................................................. 32

Quadro 11 : Rede de estradas urbanas e classificadas de acordo com o tipo de piso (km) ... 32

Quadro 12 : No de exploraes com acesso ao crdito para prtica agrcola segundo a fonte de
crdito..................................................................................................................................... 33

Quadro 13: Exemplo da CCIO ............................................................................................... 35

Quadro 14 : Nmero de exploraes por cultura alimentar bsica (1000 exploraes) ........ 40

Quadro 15 : Percentagem da distribuio das exploraes por tipo de explorao ............... 40

Quadro 16 : rea cultivada por cultura alimentar bsica, segundo provncia ....................... 41

Quadro 17 : Percentagem da rea de cultivo por cultura em relao ao total da provncia ... 41

Quadro 18 : Percentagem por cultura em relao ao n total de exploraes ........................ 41

Quadro 19 : Percentagem em relao ao total do pas ........................................................... 42

Quadro 20 : N de exploraes por cultura alimentar bsica segundo a provncia ................ 42

Quadro 21 : Nmero de exploraes por cultura de rendimento segundo o tipo de explorao42

Quadro 22 : Distribuio das percentagens das culturas por tipo de explorao ................... 43

Quadro 23 : Crdito economia por sector de actividade econmica .................................. 43

Quadro 24 : Valor Acrescentado Bruto da agricultura, produo animal, silvicultura e pescas e


respectivo peso no Produto Interno Bruto.............................................................................. 44

5
Quadro 25 : Continuao do quadro 24 para os anos de 2003 2010 ................................... 44

Quadro 26 : Exportaes da agricultura em mil meticais e a preos correntes ..................... 45

Quadro 27 : Pesos da exportao de produtos agrcolas ........................................................ 46

Quadro 28 : Exportaes do ramo da produo animal em mil meticais e a preos correntes46

Quadro 29 : Exportaes do ramo da silvicultura, expl. florestal e activ relac; 10^3 Mt e a preos
correntes ................................................................................................................................. 46

Quadro 30: Classificao da FAO e sua converso para a classificao nacional de bens e servios
................................................................................................................................................ 47

Quadro 31 : Metadados de referncia de produtos vegetais .................................................. 50

Quadro 32 : Metadados de referencia de produtos animais e derivados ................................ 53

Quadro 33 : Metadados de referncia do comrcio externo .................................................. 54

Quadro 34 : Metadados de referncia de informao sobre a populao .............................. 55

Quadro 35 : Metadados de referncia de informao sobre a disponibilidae de alimentos ... 55

Quadro 36 : Metadados de referncia sobre os preos........................................................... 56

Quadro 37 : Metadados de referncia de informao sobre a pesca ...................................... 56

Quadro 38 : Metadados de referncia de informao sobre o valor acrescentado ................. 57

Quadro 39 : Metadados de referncia de informao sobre a segurana alimentar ............... 57

Quadro 40 : Metadados de referncia de informao sobre o uso da terra ............................ 57

6
LISTA DE ABREVIATURAS

AF Agregados Familiares

AE rea de Enumerao

BM Banco de Moambique

CAE Classificao de Actividades Econmicas,

CAP Censo Agro-Pecurio

CCIO Classificao do Consumo Individual por Objectivos de

Moambique

CEPAGRI Centro de Promoo da Agricultura Comercial

CGCE Classificao das Grandes Categorias Econmicas

CITA-Rev.4 Classificao Internacional Tipo das Actividades Econmicas,

Reviso 4

CNBS Classificao Nacional de Bens e Servios

CRGPH Conselho do Recenseamento Geral da Populao e Habitao

CSE Conselho Superior de Estatstica

CTCI Classificao tipo do comrcio internacional

DE Direco de Economia

DNE Direco Nacional de Estatstica

DNTF Direco Nacional de Terras e Florestas

DNSA Direco Nacional de Servios Agrcolas

DPAs Direces Provinciais de Agricultura

DQAF Data Quality Assessment Framework

FAO Food and Agriculture Organization of the United Nations

IDPPE Instituto Nacional de Desenvolvimento da Pesca de Pequena Escala

INE Instituto Nacional de Estatstica

7
Incaj Instituto de Fomento do caju

IOF Inqurito ao Oramento Familiar

IPC ndice de preos no produtor

MINAG Ministerio da Agricultura

MSU Universidade Estadual de Michigan

NACE Nomenclatura Estatstica das Actividades Econmicas na

Comunidade Europeia

PDEA Plano Director de Estatsticas Agrrias

SADC Southern African Development Community

SDAEs Servios Distritais de Actividades Econmicas

SEN Sistema Estatstico Nacional

SETSAN Secretariado Tcnico de Segurana Alimentar e Nutrio

SH Sistema Harmonizado

SIEN Sistema de Informao Estatstica Nacional

SIMA Sistema de Informao de Mercados Agrcolas

SNEPA Sistema Nacional de Estatsticas da Pesca Artesanal

TIA Trabalho de Inqurito Agrcola

UNSC United Nations Statistical Commission

UPAs Unidades Primrias de amostragem

8
1. O SISTEMA ESTATSTICO NACIONAL

1.1. Estrutura legal e rgos Consultivos Estatsticos

As estatsticas do um contributo fundamental administrao para a formulao e o


acompanhamento das diferentes polticas, assim como do aos parceiros sociais, empresas,
investigadores, estudantes e ao pblico em geral, uma viso mais realista do meio econmico e
social em que vivem e actuam, e ainda, s instituies de carcter social com actividade no
domnio do bem-estar da populao.

A deciso poltica nos regimes democrticos multipartidrios necessita de apoio de um sistema de


informao integrado que consiste na existncia de um Sistema Estatstico Nacional, SEN que,
com regularidades, produza e divulgue estatsticas oficiais com imparcialidade, objectividade e
universalidade que, para alm do seu valor informativo nos planos econmico, social e
demogrfico, revestem a natureza de uma autntica informao cvica. Em Moambique a
construo de um verdadeiro Sistema Estatstico Nacional, SEN, data somente de 1996, com a
publicao da Lei n7/96 de 5 de Julho, lei do SEN.

No obstante ser pacfico admitir-se como bvia a necessidade dos pases disporem de um sistema
estatstico nacional, nunca ser de mais insistir que essencial poderem dispor, em tempo
oportuno, de informaes quantitativas convenientemente organizadas para a tomada de decises a
todos os nveis. Na verdade, os dirigentes polticos, os administradores pblicos e privados, os
investigadores e os parceiros sociais, entre outros, no podero cumprir as suas funes com
eficcia e eficincia se no dispuserem de estatsticas adequadas sobre as tendncias passadas dos
problemas de que se ocupam, bem como sobre o seu estado actual e previses de evoluo.

A lei supra citada cria o SEN e estabelece o seu mbito, seus objectivos, princpios, define os seus
rgos e suas competncias, estabelece a recolha extraordinria de dados e transgresses
estatsticas, no mbito da produo de estatstica oficial, da a denominao de Lei de bases do
SEN.

So objectivos do SEN:

Garantir a recolha, tratamento, anlise e difuso da informao estatstica;


Optimizar a utilizao dos recursos humanos, tcnicos, financeiros e materiais na produo
de estatsticas oficiais e no desenvolvimento da actividade estatstica nacional;
Fomentar o interesse da sociedade a fim de promover s sua participao e colaborao na
recolha de dados estatsticos pertinentes fidedignos e oportunos;
Promover anlise e utilizao da informao estatstica oficial aos diversos nveis da
sociedade, para o conhecimento objectivo da realidade nacional;
Garantir o funcionamento de um sistema de informao nacional de informao econmica,
social e demogrfica de base estatstica oficial, capaz de satisfazer as necessidades dos
diferentes utilizadores;
Estimular e promover, a formao e o aperfeioamento do pessoal afecto actividade
estatstica oficial.

9
O SEN assenta-se nos seguintes princpios bsicos:

Autonomia tcnica que consiste no poder conferido ao Instituto Nacional de Estatstica,


INE de definir livremente os meios tecnicamente adequados prossecuo das suas
actividades;
Autoridade estatstica que consiste no poder conferido ao INE, de no exerccio das suas
funes realizar inquritos com obrigatoriedade de resposta e de efectuar diligncias de
produo estatstica;
Segredo estatstico que consiste na obrigao do INE de proteger os dados estatsticos
individuais;
Imparcialidade que consiste na produo de estatsticas de forma objectiva, cientfica e
com bases inequvocas;
Transparncia que consiste no direito conferido aos fornecedores dos dados estatsticos de
obter informaes relativas ao fundamento jurdico, finalidade dos dados pedidos, medida
da sua confidencialidade e sua utilizao exclusiva para fins estatsticos;
Fiabilidade que consiste em produzir estatsticas que transmitem o mais fielmente possvel
a realidade e os fenmenos que se propem a quantificar.

O INE deve informar aos utilizadores estatsticos sobre as fontes e os mtodos utilizados na sua
produo:

Pertinncia, que consiste em produzir estatsticas relacionadas com as necessidades


especficas, bem como, a recolha de dados limitando-se ao que estritamente necessrio
para a obteno das estatsticas pretendidas;
Coordenao estatstica que consiste no poder conferido ao SEN de elaborar e aprovar
normas tcnicas, nomenclaturas, conceitos e definies uniformes, de aplicao obrigatria
por todos os rgos produtores de estatsticas oficiais.

Quanto aos rgos de consulta existe o, Conselho Superior de Estatstica, CSE, que se rene em
plenrio, ordinariamente uma vez por semestre, e extraordinariamente sempre que for necessrio.
O CSE presidido pelo Primeiro-Ministro ou pelo membro do Governo em quem este delegar as
respectivas funes e composto pelos seguintes vogais:

Presidente do INE
Um representante do Banco de Moambique
Um representante de cada rgo central do estado
Dois representantes de universidades nacionais e serem indicados pelo conselho Nacional
do Ensino Superior
Representantes de associaes empresariais at ao mximo de trs, dos quais um da rea de
indstria, agricultura e do comrcio.
O presidente do CSE poder convidar, sempre que necessrio, outras entidades.

O CSE rene por convocao do seu Presidente sob proposta do Presidente do Instituto Nacional
de Estatstica. Segundo o artigo 16 da Lei n7/96 de 5 de Julho, o CSE o rgo do Estado que
superiormente orienta e coordena o SEN.

10
Dentre as atribuies do SEN destacam-se:

Definir as linhas gerais da actividade estatstica nacional e estabelecer as respectivas


prioridades;
Promover e assegurar a coordenao do SEN aprovando, sob proposta do INE, conceitos,
definies, nomenclaturas e outros instrumentos tcnicos de coordenao estatstica de uso
obrigatrio no desenvolvimento das actividades estatsticas oficiais;
Fomentar o aproveitamento dos actos administrativos para fins estatsticos, formulando
recomendaes com vista utilizao, nos documentos administrativos, dos conceitos,
definies, nomenclaturas, bem como o acesso aos respectivos dados;

As deliberaes do CSE tomadas no exerccio das suas competncias previstas sob a forma de
resolues nas alneas a) e c), e sob a forma de recomendaes na alnea d) referidas no nmero
anterior, so publicadas no Boletim da Repblica. Por proposta do Presidente do Instituto
Nacional de Estatstica, o Conselho Superior de Estatstica nomear um funcionrio do Instituto
para desempenhar as funes de Secretrio do Conselho.

1.2. Estrutura do Sistema Estatstico Nacional

Quanto organizao do sistema, a construo da mquina estatstica pretendida assentou em


quatro espcies de rgos principais: De consulta; de notao; de administrao e coordenao; de
elaborao estatstica.

rgos do SEN:

So rgos do SEN o Conselho Superior de Estatstica (CSE), o Instituto Nacional de Estatstica


(INE), o Banco de Moambique (BM) e o Conselho do Recenseamento Geral da Populao e
Habitao (CRGPH)

1.2.1. O Instituto Nacional de Estatstica

O INE, na sua qualidade de rgo executivo central do SEN, uma instituio pblica, dotada de
personalidade jurdica e autonomia tcnica, administrativa e financeira. No exerccio das suas
funes, o INE goza de autonomia tcnica nos termos do princpio do SEN definido no artigo 8 da
Lei n 7/96, de 5 de Julho, podendo tornar disponveis, divulgar e difundir as estatsticas
produzidas, salvaguardando o princpio do segredo estatstico nos termos previstos nos artigos 7 e
14 daquela lei.

Compete ao INE o exerccio das funes de notao, apuramento, coordenao e difuso da


informao estatstica oficial do Pas.

Delegao de competncias

Para a prossecuo das suas atribuies, o INE pode delegar funes oficiais de recolha,
apuramento e difuso de dados estatsticos noutros servios pblicos que sero designados rgos
Delegados do INE, ODINE.

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Nos casos em que a delegao de competncias comporta a funo da difuso de estatsticas,
ficam os respectivos rgos Delegados do INE obrigados a submeter aprovao tcnica do INE
as estatsticas produzidas antes de proceder sua difuso.

A delegao de competncias autorizada por despacho conjunto dos Ministros responsveis


pelas respectivas reas a que se referem as estatsticas delegadas e do Ministro de tutela, sob
proposta do Presidente do INE e com parecer favorvel do CSE nos termos previstos na alnea i)
do artigo 18 da Lei n 7/96, de 5 de Julho.

At ao momento so ODINE: Os Ministrios da Agricultura, Educao, Cultura, Sade, Pescas,


Trabalho, cincias e Tecnologia, funo Pblica, Turismo. Os rgos Delegados do INE ficam
obrigados a apresentar anualmente ao INE os respectivos planos das actividades estatsticas
delegadas e os correspondentes relatrios de execuo para, conjuntamente com o plano e
relatrio do INE, serem apresentados ao CSE para parecer nos termos da alnea b) do artigo 18 da
Lei n 7/96, de 5 de Julho. No caso vertente das Estatsticas agrrias da responsabilidade do
MINAG produzi-las regularmente e com a qualidade desejada.

1.2.2. O Banco de Moambique

No exerccio das suas competncias estatsticas oficiais enquanto rgo do SEN nos termos do n
3 do artigo 15 e do artigo 20, ambos da Lei n 7/96, de 5 de Julho, aplicam-se ao BM, os
princpios bsicos do SEN. A produo das estatsticas oficiais monetrias e cambiais, a cargo do
BM, fica sujeita ao princpio da coordenao tcnica do INE atento o imperativo da sua integrao
no clculo das Contas Nacionais da responsabilidade deste.

1.2.3. O Conselho Coordenador do Recenseamento Geral da Populao e Habitao .

Este rgo cria-se quando est prestes a realizao do Recenseamento Geral da Populao e
Habitao e extingue-se quando terminam as suas actividades. O ltimo Gabinete Central do
Recenseamento integrou, para alm de quadros do INE, representantes dos Ministrios da
Administrao Estatal, Defesa, Agricultura, Obras Pblicas e Habitao, Planificao e
Desenvolvimento e Polcia da Repblica de Moambique.

1.3. Estratgia Nacional para o Desenvolvimento da Estatstica

As estatsticas so importantes na medida em que elas so usadas para suportar a tomada de


decises relacionadas com por exemplo, o crescimento econmico, alocao de recursos,
monitoria do progresso nacional e para tornar as actividades do governo mais transparentes. Em
muitos pases em desenvolvimento, os sistemas estatsticos so frgeis e encontram-se sob fortes
presses devido principalmente ao crescente nmero de pedidos de informao, tanto por
utilizadores nacionais como os internacionais. A limitada disponibilidade em termos de recursos
humanos (tcnicos qualificados), faz com que nalgumas vezes, a informao estatstica fornecida
esteja desvalorizada da sua integridade e confiana.

A condio crucial para assegurar que as actividades estatsticas sejam geridas eficientemente sob
estas circunstncias, ter uma imagem clara dos prximos desenvolvimentos e integr-los num
plano estratgico. Em Moambique, o plano estratgico ora em vigor o Plano Estratgico do
Sistema Estatstico Nacional 2008-2012, o anterior era referente ao perodo de 2003 2007.

12
A viso do actual plano ser a principal referncia estatstica para o desenvolvimento nacional. A
misso de responder em tempo oportuno s necessidades de informao dos utilizadores e
promover a cultura estatstica nacional.

Importa salientar que o PESEN foi submetido para apreciao e aprovao do Conselho de
Ministros em 2007 e depois foi ratificado. Vrias iniciativas e sistemas que promovem as
melhores prticas estatsticas, e que servem de ferramenta para o desenvolvimento de planos
estratgicos foram desenvolvidos (h poucos anos atrs) por organizaes internacionais.

A inteno de tais iniciativas de ajudar os pases a construir estratgias estatsticas realsticas.


Podemos mencionar 3 iniciativas:

1. Princpios fundamentais das estatsticas oficiais


2. Quadro de avaliao de qualidade de dados, Data Quality Assessment Framework, DQAF
3. Parceria para o Desenvolvimento de Estatsticas no sculo XXI, PARIS21 (Partnership in
Statistics for Development in the 21st century Statistical) Capacity Building Indicator

Sobre a Iniciativa 1:

Princpios fundamentais das estatsticas oficiais Este princpio adoptado pela UNSC (United
Nations Statistical Commission), que d orientaes sobre os valores fundamentais e princpios a
serem seguidos para se poder produzir estatsticas teis, de alta qualidade e que sejam credveis
para os utilizadores.

Sobre a Iniciativa 2: DQAF

DQAF providenciado pelo FMI, fornece uma estrutura muito detalhada para avaliar a qualidade
das estatsticas desde a sua ferramenta institucional at a disseminao de dados. Como forma de
obter a qualidade do produto estatstico, existe a cobertura do SDDS e GDDS sobre vrios
conjuntos de dados econmicos:

1.Sector real (contas nacionais, preos, emprego);


2.Sector fiscal (despesas do governo e dvida);
3.Sector financeiro (contas das instituies financeiras, taxas de juro);
4.Sector externo (balana de pagamentos, reservas internacionais, posio internacional de
investimentos, taxas de cmbio)

Para cada uma das dimenses atrs referidas o GDDS descreve as prticas de disseminao de
dados e uma descrio resumida das metodologias usadas, nomeadamente os dados, acesso ao
pblico, integridade e qualidade.

Exemplo de avaliao da qualidade de dados das estatsticas econmicas

Para assistir na formulao de estratgias de modo a aumentar a qualidade de dados, o FMI


desenvolveu uma ferramenta para avaliar a qualidade das estatsticas econmicas. A ferramenta
providencia uma estrutura e linguagem comum para as melhores prticas, conceitos e definies
internacionalmente aceites.

13
A ferramenta que visa sobre a qualidade das estimativas de contas nacionais cobre todos os
aspectos do ambiente estatstico ou seja a infra-estrutura em que os dados so recolhidos,
processados e disseminados, atravs da integrao de aspectos de qualidade da instituio e da
qualidade dos produtos.

A ferramenta tem uma estrutura gradual que comea com um conjunto de pr-requisitos e 5
dimenses de qualidade:

Integridade; Metodologia robusta; Preciso; Serviceability e Acessibilidade:

Antes de se construir um plano estratgico, deve-se fazer uma anlise aos pontos fortes e fracos do
SEN. A anlise deve focalizar nos seguintes aspectos:

1) Ferramentas institucionais e o processo de deciso relacionado com as estatsticas


oficiais (lei, instrumentos para a coordenao e proteco da confidencialidade)
2) Infra-estrutura estatstica (disseminao, rede com os utilizadores e respondentes,
ficheiro de unidades estatsticas, capacidade analtica, etc.)
3) Capacidade de realizar inquritos e de forma regular
4) O acesso aos dados administrativos
5) Capacidade de integrar as diferentes fontes de dados
6) Pessoal (tcnico qualificado)
7) Capacidade de desenvolver ferramentas de IT para as estatsticas
8) Capacidade de participar em actividades internacionais, etc.

Assuntos de gesto estratgica das estatsticas oficiais.

Inclui a gesto, coordenao do sistema estatstico, relaes com os utilizadores, organizao dos
institutos de estatstica, promoo das estatsticas oficiais, organizao dos programas nacionais,
formao, gesto das Tecnologias de Informao e Comunicao, ferramentas de qualidade e
medio da realizao dos sistemas estatsticos, coordenao do trabalho estatstico internacional,
cooperao tcnica e formao.

O quadro a seguir mostra algumas boas prticas estatsticas recomendadas internacionalmente.

O SEN est em processo de reforma e segue os termos da Carta Africana de Estatstica e dos
princpios das Naes Unidas. Carta Africana um instrumento jurdico de regulao da
actividade estatstica no continente africano e que servir de meio de advocacia para o
desenvolvimento da estatstica em frica.

14
Quadro 1: As melhores prticas estatsticas recomendadas internacionalmente

Actividades Estatsticas Melhores prticas internacionalmente recomendadas

Testes de validao de dados Devem ser aplicados recolha de dados atravs de


inquritos estatsticos antes da derivao dos resultados

Imputao de observaes em falta Devem ser baseados com base em relevantes tcnicas
e ajustamentos no resposta estatsticas

Expanso ao universo Os resultados amostrais devem ser expandidos ao universo


com base num factor de expanso, derivado
cientificamente com base em tcnicas de desenho de
amostras

Disseminao do produto A disseminao deve ser feita tanto em formato


estatstico electrnico ou em papel e tambm atravs da pgina da
internet dos servios de estatstica (INE)

Calendrio antecipado de Os INEs devem anunciar/publicitar um calendrio com as


publicaes datas de publicao dos produtos estatsticos

Proviso legal para a proteco de Para inquritos estatsticos, os respondentes tm o direito


dados confidenciais de estar informados que a informao que forem a dar
apenas para fins estatsticos

Legislao para a recolha de A agncia que recolhe e produz informao estatstica


informao estatstica oficial, deve ter autorizao legal para tal. (os respondentes
so obrigados responder e esto sujeitos penalizao
em caso de recusa)

15
2 SITUAO DE REFERNCIA PARA O SISTEMA DE
ESTATSTICAS AGRRIAS E ALIMENTARES

A avaliao dos sistemas agrcolas e estatsticos nacionais no contexto da base conceptual indica
que urge a necessidade de melhorar a capacitao institucional em estatstica dos pases de modo a
permitir que estes reconstruam as suas capacidades para fazerem face aos novos desafios. A
avaliao mostra tambm a necessidade de se melhorar a coordenao entre instituies de
estatstica nacional e outros produtores de estatsticas agrcolas.

Os princpios bsicos so: recolha de todos os dados baseando se em unidades de amostras


seleccionadas da base amostral me, recolha de dados integrada numa base de inquritos e das
estatsticas oficiais cujo resultados encontram-se numa base de dados integrada.

O INE realizou o III Recenseamento geral da populao e habitao em 2007 e com a publicao
dos resultados do Censo, serviram para identificar entre vrios aspectos, os agregados familiares
que praticam a agricultura, sua localizao geogrfica. O CAP 2009/2010, utilizou o Censo da
populao e habitao, como base para amostra_me. A amostra total do CAP foi de
aproximadamente 35.020 pequenas e mdias exploraes. As grandes exploraes foram
inquiridas na sua totalidade em todo o Pas. As mdias exploraes foram inquiridas na totalidade
nas reas de enumerao seleccionadas e para as pequenas foi feita uma amostra fixa de 10
Agregados Familiares.

2.1 Estrutura legal e rgos Consultivos para as Estatsticas Agrrias e Alimentares

O quadro legal da insero das estatsticas Agrrias est assente em duas bases legais: Por um lado,
a lei 6/97, a lei estatstica e cria o Sistema Estatstico Nacional, no centro do qual se encontra o
Instituto Nacional de Estatstica (INE) como rgo reitor e que, luz da lei pode delegar
competncias a rgos e instituies especficas na produo e disseminao de certas estatsticas
sectoriais. o caso concreto da produo das estatsticas agrrias que est delegada no Ministrio
da Agricultura, mais precisamente a Direco de Economia (DE) a responsabilidade da produo
das estatsticas correntes, numas base anual e intra-anual atravs do Trabalho de Inqurito
Agrcola (TIA) e atravs de outras operaes como o SIMA.

Para alm da Lei 6/97 o quadro orgnico do Ministrio da Agricultura estabelece que Direco
de Economia tem a responsabilidade de produo directa das estatsticas agrrias e da coordenao
da actividade estatstica de outras instituies pertencentes ou subordinadas ao Ministrio da
Agricultura. o caso vertente das estatsticas dos sectores de caju, do algodo, das florestas, do
acar que so produzidas directamente pelas instituies que supervisam estas reas,
nomeadamente, o Instituto de Fomento do caju (Incaj), o Instituto de Algodo de Moambique,
da Direco Nacional de Terras e Florestas (DNTF) e o Centro de Promoo da Agricultura
Comercial (CEPAGRI) e posteriormente a Direco de Economia globaliza e harmoniza.

O Departamento de Culturas e Aviso Prvio que est inserido na Direco Nacional dos Servios
Agrrios o rgo responsvel pelo prognstico das culturas que erroneamente so, at aqui,
tomadas como estimativas finais da produo agrcola, situao que est sendo alterada luz do
Plano Director de Estatsticas Agrrias em processo de desenho.

16
A Direco de Economia produz estatsticas atravs do seu Departamento de Estatstica que
realiza o Inqurito Agrcola anual atravs do TIA e realiza a recolha de dados sobre preos dos
produtos agrcolas atravs do SIMA (Sistema de Informao de Mercados Agrcolas). O nvel
central apoiado nas suas actividades estatsticas do sector agrrio atravs das Direces
Provinciais de Agricultura (DPAs) e Servios Distritais de Actividades Econmicas (SDAEs).

O Instituto Nacional de Estatstica tem a responsabilidade de implementar os Censos Agro-


Pecurios, operao estatstica que se realiza uma vez em cada dez anos com o apoio tcnico e
parceria do Ministrio da Agricultura.

O Ministrio de Indstria e Comrcio que tem a responsabilidade da comercializao agrcola


elabora os balanos alimentares na base da informao da disponibilidade da produo domstica
de alimentos fornecida pelo Ministrio da Agricultura atravs do Departamento de Culturas e
Aviso Prvio. O Ministrio da Indstria e Comrcio detm a informao sobre as exportaes e
importaes de produtos agrcolas incluindo a ajuda alimentar.

No que se refere aos rgos consultivos para Estatsticas agrrias neste momento ainda no
existem ainda rgo consultivos formalmente criados somente para as estatsticas agrrias.
Contudo, os que esto funcionando so:

O Conselho Coordenador do Ministrio da Agricultura, que se rene uma vez por ano sob
a direco do Ministro da Agricultura e os participantes de nvel central e provincial se
pronunciam sobre diversos assuntos incluindo sobre estatsticas quando agendado;
O Conselho Consultivo, que se realiza semanalmente sob a direco do Ministro da
Agricultura e aprecia diversos assuntos incluindo o das Estatsticas Agrrias, quando
agendado;
O Conselho Tcnico, que se realiza semanalmente sob a direco do Secretrio
Permanente aprecia diversos assuntos incluindo o das Estatsticas Agrrias, quando
agendado.

O Plano Director em processo de elaborao na base das recomendaes de estudos especiais


feitos 1 recomenda a criao de rgos especiais de consulta e validao para as estatsticas
agrrias, nomeadamente: Comit Nacional de Informao Agrria, Chefiada pelo Secretrio
Permanente e o Comit Tcnico de Informao Agrria

2.2. Estrutura do Sistema das Estatsticas Agrrias e Alimentares

A estrutura do Sistema de estatsticas Agrrias est em conformidade com o que foi descrito acima
no ponto anterior. A Estrutura ilustra que as estatsticas do sector agrrio maioritariamente so
realizadas pelo Ministrio da Agricultura da forma como mostra o quadro que segue:

1 Kiregyera, B et al Uma Avaliao do Sistema Nacional de Informao Agrria de Moambique. Relatrio de Avaliao,
Maio2007

17
Quadro 2: Os principais actores da produo das estatsticas agrrias e alimentares no
MINAG

Instituio do MINAG Funes Periodicidade

DE Realizao dos TIAS Periodicidade Anual


Realizao do SIMA
Globalizao de toda a Periodicidade semanal
informao agrria e produo
de Relatrios peridicos Anual, semestral e
trimestral

DNSA Produo de prognsticos e estimao Anual e a medida que


da produo agrcola realiza monitoria produz
relatrios tcnicos;
SETSAN Produo de dados e Informao sobre Anual e a medida que
a situao da segurana alimentar do realiza monitoria e
Pas avaliaes produz
relatrios tcnicos
DNSV Produz dados sobre efectivos na base
de arrolamentos pecurios e fornece Anual, semestral,
informao sobre a produo de trimestral
produtos pecurios (carne, ovos)
DNTF Produz dados sobre produo florestal, Anual, semestral,
fauna bravia e terras trimestral
INCAJU Produz dados sobre produo e a Anual
comercializao formal da castanha de
caju
IAM Produz dados sobre produo de e agro
- processamento do algodo terras Anual

Refira-se que o exerccio de elaborao do PDEA preconiza a reviso da presente estrutura uma
vez que a recomendao do estudo acima mencionado de integrao de todos os rgos do
MINAG responsveis pela produo de estatsticas agrrias sob a coordenao da Direco de
Economia.

2.3. Estratgia Nacional para Estatstica sobre Alimentao e Agricultura

Caracterizao das Estatsticas Agrrias e alimentares de Moambique

As polticas e a tomada de deciso baseadas na evidncia que agora guia as polticas e a


programao no governo, requer que as decises de polticas pblicas sejam informadas por
anlises cuidadosas e rigorosas usando dados robustos e transparentes. Isto importante porque
promove a transparncia da tomada de deciso, ajuda a evitar interesses seccionais na gesto de
polticas pblicas e tomada de deciso, providencia alguma garantia para a tomada de decises
racionais, e promove a responsabilidade das polticas e dos tomadores de deciso.

18
Enormes quantidades de dados estatsticos e informao em todos os aspectos do sector agrcola e
da populao rural so necessrios para a elaborao dos processos de desenvolvimento no pas.
Particularmente, dados e informao agrcola so necessrios para:

Apoiar os processos de planificao;


Compilar contas nacionais;
Informar as anlises de polticas pblicas, debate e aconselhamento;
Observar o desempenho do sector;
Monitorar e avaliar o impacto de polticas e programas;
Apoiar os processos de tomada de deciso.

O actual estado das estatsticas agrrias caracterizado por uma bipolarizao. Por um lado, existe
uma base de dados de informao estatstica obtida atravs de inquritos de amostra TIA
(Trabalho de Inqurito Agrcola) que usa uma metodologia universalmente aceite, mas a
informao no disponibilizada oportunamente. Por outro lado, previses de produo de
culturas, calculadas usando uma metodologia diferente, so regularmente geradas e disponveis
oportunamente atravs do Sistema de Aviso Prvio (Aviso Prvio). Portanto os utilizadores de
estatsticas agrcolas recorrem a uma ou outra fonte de informao para abordar aos mesmos
assuntos, resultando em situaes onde so usados nmeros diferentes para representar o mesmo
indicador para o sector agrcola. O problema torna-se mais evidente quando diferentes fontes
mostram grandes discrepncias nas suas estimativas e tendncias como aconteceu em 2005
quando a produo de cereais foi estimada em 1,900,000 toneladas pelo Aviso Prvio comparada
com 1,137,000 pelo TIA, uma diferena de 67% . Os objectivos deste estudo so:

As principais fontes de informao agrcola esto concentradas dentro do Ministrio da


Agricultura (MINAG) na Direco de Economia (DE) que realiza o Trabalho de Inqurito
Agrcola (TIA) e o Sistema de Informao de Mercado Agrcola (SIMA), e na Direco Nacional
de Servios Agrcolas (DNSA) que realiza o Aviso Prvio. Tambm sob a DNSA est o
Secretariado Tcnico de Segurana Alimentar e Nutrio (SETSAN) e os Sistemas de Aviso
Prvio da Fome (FEWS) NET.

2.4. Recursos Humanos disponveis

Moambique tal como outros pases em desenvolvimento, ainda enfrentam srios problemas de
analfabetismo. Grande parte da mo-de-obra empregada na agricultura, possui ou o nvel primrio
de escolaridade ou nenhum. Existe uma concentrao de recursos humanos qualificados nas
grandes cidades e alguns a trabalharem em reas que no so da sua formao.

Quadro 3: Recursos Humanos do Departamento de Estatstica do Ministrio da Agricultura

Categoria Situao actual N ideal


Agro estatstico 1 2
Economista 1 2
Estaticistas 1 5
Informtica 2 4
Mdios Informticos 2 2
Estatsticos mdios 5 7
Bacharis em estatsticas 3 4

19
2.5. Recursos no humanos disponveis

Os recursos no humanos compreendem os recursos materiais e financeiros. Anualmente o


Governo despende mais de 1.8 milhes de dlares para a realizao de operaes do Inqurito
agrcola anual e de prognstico de culturas realizadas atravs do Aviso Prvio, para alm de
pagamento de salrios e outras despesas com os trabalhadores.

S a Direco de Economia possui cerca de 20 computadores, softwares apropriados como o


CSPRO, STATA que so sempre usados na actividade de processamento e anlise de dados. A DE
possui tambm dezenas de GPS para o geo-referenciamento e medio de reas, bssolas, tendas e
outro equipamento de suporte da actividade de recolha de dados no campo.

A Direco de Economia atravs do seu Departamento de Estatstica adquiriu mais de 15 viaturas


que sero destinados actividade de recolha de dados. Cada sector especfico acima mencionado
possui em mdia 2-3 computadores para a actividade de produo de dados estatsticos.
Certamente estes recursos so insuficientes comparando com o volume de trabalho de que existe.

2.6. Poltica de Disseminao de Dados para Estatsticas Agrrias e Alimentares

O valor dos dados estatsticos assenta na sua utilizao para a formulao e monitoria de polticas
de desenvolvimento da agricultura. Uma das reas de maior fraqueza tem sido a rea de
disseminao. Os dados do Censo Agro-Pecurio so disseminados atravs de seminrios
especficos, CDs, brochuras e Web. Os dados do TIA tm sido disseminados tambm atravs de
seminrios e CDs, mas ainda no so publicados em brochuras. Os analistas seniores, quer das
universidades quer pesquisadores independentes tm acesso a base de dados para as suas anlises
e estudos salvaguardando contudo o princpio de confidencialidade e segredo estatstico.

O SIMA tem publicitado a sua informao sobre mercados e preos de produtos agrcolas com
uma regularidade semanal, quer atravs de brochuras (quente-quente) quer atravs da rdio e
televiso. O Aviso prvio tambm publica com rapidez e regularidade a informao sobre o aviso
prvio.

O SETSAN tambm publica regularmente a sua informao. Contudo, em geral a disseminao e


utilizao da informao sobre agricultura e alimentao ainda limitada considerando tambm
que a capacidade existente no pas de anlise e utilizao da informao limitada.

O estudo do Kiregyera que temos vindo a nos referir faz uma forte recomendao de melhorar a
disseminao dos dados sobre agricultura e alimentao atravs de suportes electrnicos que
incluem Web, CD suportes em papel, brochuras, anurios estatsticos, pequenos relatrios rpidos
e de fcil consulta, os medias entre outros meios de modo a faz-la chegar aos usurios em tempo
til, nos momentos em que eles precisam dela. Importante disseminar os dados para todos os
nveis, isto desde o nvel central, provincial e distrital. Por outro lado recomendado continuar a
melhor o acesso aos dados produzidos atravs de desenvolvimento de bases de dado amigveis e
acessveis aos distintos usurios.

20
2.7. Modalidades de promoo de Dilogo Usurio-Produtor

Pode-se afirmar que existe a promoo de dilogo utilizador - produtor na medida em que no acto
da disseminao dos resultados das grandes operaes, so convidados os principais utilizadores
para a divulgao dos resultados das pesquisas, realizam-se conferncias de imprensa. Importa
referir que, no mbito das competncias e princpios do SEN, o MINAG e o INE tm colaborado
desde o princpio das operaes estatsticas de grande vulto.

2.8. Bases de Dados Existentes e Ferramentas e Plataformas de Disseminao

Moambique dispe de bases de dados sobre:

1) A populao; com as caractersticas demogrfico-sociais


2) Inquritos agrcolas anuais (TIAs) 2002, 2003, 2005, 2006, 2007 e 2008
3) Censo agro-pecurio, CAP I 2000 e CAP II 2010;
4) Os oramentos dos agregados familiares, IAF2002/3; IOF 2008/9
5) O comrcio externo desagregado por produtos e ramos de actividade econmica
6) Preos dos produtos de mercados agrcolas, SIMA
7) As estatsticas econmicas (PIB, Inflao)

2.9.Integrao Regional e Assistncia Tcnica Internacional recebida

Moambique um pas com relacionamento aberto com outros pases e organizaes


internacionais. e tem obtido resultados satisfatrios. A nvel regional est inserido na SADC ; a
nvel continental, colabora com a Economic Commmission for Africa (UNSD_ Etipia) e a nvel
bilateral, relaciona-se com as organizaes internacionais.

Desde os anos 1990, Moambique tem recebido assistncia tcnica de diferentes organizaes,
nomeadamente:

SIDA atravs da Statistics Sweden -1989-1996

O seu apoio baseou-se na assistncia tcnica para o desenho de metodologias de inquritos


incluindo amostragem, treinamento bsico ao pessoal Moambicano em questes relacionadas
com o processamento e anlise de dados.

FAO 1999-2000 e 2009-2010 no Censo agro-pecurio

A FAO tem prestado assistncia tcnica e metodolgica com particular destaque para os Censos
Agro pecurios que tem sido uma aco conjunta entre o Instituto Nacional de Estatstica, INE e o
Ministrio da Agricultura. A assistncia relaciona-se com a metodologia do Censo (amostragem,
conceitos e definies, desenho de questionrio), no treinamento dos tcnicos nacionais para a
recolha, anlise e disseminao. Tambm a FAO tem prestado especial apoio na formulao do
Plano Director de Estatsticas Agrrias, PDEA, e em algumas aces de formao a nvel da
regio africana.

21
Cooperao Italiana

A cooperao Italiana tambm foi envolvida nas actividades dos Censos agro pecurios de
1999/2000 e 2009/10 em aces ligadas ao processamento de dados e publicao.

Universidade Estadual de Michigan (MSU)

Desde 2002 a MSU tem providenciado assistncia tcnica ao departamento de Estatstica do


Ministrio da Agricultura nos inquritos anuais, TIA. A assistncia tcnica providenciada pela
Universidade de Michigan focaliza na formao em metodologias de recolha de dados e as
melhores prticas recomendadas, no desenho do questionrio, o uso do GPS no processo de
recolha de dados, o uso de computadores portteis no campo baseado na entrada de dados, o
controlo de qualidade entre outras estatsticas.

O Banco Mundial (2008)

Atravs do projecto GDDS o Baco mundial prestou assistncia tcnica ao pessoal Moambicano
envolvido em actividade relacionadas com estatsticas agrcolas, particularmente formando
pessoal a nvel provincial em estatsticas bsicas.

22
3. DADOS, FONTES DE DADOS, E METADADOS DAS
ESTATSTICAS SOBRE ALIMENTAO E AGRICULTURA

3.1. Estatsticas sobre as culturas

Tendo em conta as grandes operaes, quer inquritos agrcolas, censos agro pecurios como
tambm s fontes administrativas, o caso do Ministrio do Comrcio e do SIMA, Sistema de
Informao de Mercados Agrcolas, foi possvel inventariar as fontes de dados para as estatsticas
agrrias. O TIA, Trabalho de Inqurito Agrcola uma actividade Estatstica de recolha de dados e
informao estatstica oficial que realizada pela Direco de Economia sob a delegao de
competncias pelo INE- Instituto Nacional de Estatstica e tem uma periodicidade anual,
exceptuando-se nos anos em que se realiza o CAP (Censo Agro-Pecurio).

um inqurito por amostragem probabilstica bi e tri-etpica. Na primeira etapa so seleccionados


distritos em cada Provncia, o nmero de distritos seleccionados por Provncia varia conforme o
tamanho da populao, Distritos populosos tm maior probabilidade de serem seleccionados, na
segunda etapa so seleccionados UPAs (Unidades Primrias de amostragem) e na terceira, so
seleccionados aleatoriamente Agregados familiares nas UPAs, para responderem a entrevista. So
inquiridas todas as mdias exploraes nas UPAs seleccionadas e todas as grandes exploraes
existentes no Pas.

O TIA tem sido realizado em 1996, 2002, 2003, 2005, 2006, 2007 e 2008. Os dois objectivos
bsicos do TIA so: recolher dados sobre a produo agrcola, rea cultivada e pecuria; e recolher
dados sobre indicadores para uso pelo PROAGRI e o PARPA. O questionrio do TIA adaptado
a cada ano com o apoio dos principais utilizadores de dados no Ministrio da Agricultura para
assegurar que as necessidades de anlise de dados esto sendo satisfeitas. Em 2002 e 2003, 80
distritos de 138 foram amostrados para o TIA. Comeando em 2005, a amostra foi aumentada para
94 distritos. O resultado final foi um aumento no nmero de pequenas e mdias famlias
entrevistadas de 4,935 (2003) para 6,248 (2006). Tambm para o TIA de 2006 toda a entrada de
dados foi realizada no campo. A metodologia de recolha de dados do TIA inclui o uso do
equipamento de GPS para a medio do tamanho de machamba e rea plantada com culturas. Os
dados de produo dependem da informao fornecida pelo respondente. A natureza da
tendenciosidade da memria uma rea que necessita de ser mais estudada, mas no caso de
culturas que so vendidas, os camponeses parecem fornecer informao mais precisa. dada
grande prioridade formao do pessoal de inqurito. A qualidade de dados comprometida pelo
grande tamanho do questionrio e a dependncia na memria do respondente. Um dos aspectos
principais com respeito ao TIA a falta de oportunidade.

O TIA 2003, foi uma sub-amostra do CAP 1999/2000 e cobriu cerca de 4.935 Agregados
Familiares nos 80 Distritos seleccionados na classe de pequenas e mdias exploraes e todas as
grandes exploraes no Pas. O TIA 2005, foi uma sub-amostra do CAP 1999/2000 e cobriu cerca
de 6.935 Agregados Familiares nos 94 Distritos seleccionados na classe de pequenas e mdias
exploraes e todas as grandes exploraes no Pas. O TIA 2006, foi uma sub-amostra do
CAP1999/2000 e cobriu cerca de 6.248 Agregados Familiares nos 94 Distritos seleccionados na
classe de pequenas e mdias exploraes e todas as grandes exploraes no Pas. TIA 2007: foi
uma sub-amostra do CAP e cobriu cerca de 6.149 Agregados Familiares na classe de pequenas e
mdias exploraes e todas as grandes exploraes no Pas.

23
Com base nos TIAs, foi possvel obter informao da produo agrcola das principais culturas
bsicas praticadas nas pequenas e mdias exploraes nas quais se destacam:

O milho, produzido por cerca de 80% dos 3,6 milhes de exploraes e ocupa cerca de
41% da rea total cultivada com culturas alimentares bsicas. Esta cultura representa cerca
de 83% da produo de cereais. a cultura mais importante e mais preferida na
alimentao dos moambicanos. Cerca de 46% de agregados familiares rurais tem no
milho a sua preferncia de consumo

A mandioca, produzida por cerca de 75% dos agregados familiares, AF, rurais e
considerada a segunda cultura mais importante no grupo das culturas alimentares bsicas.
Constitui preferncia de cerca de 44%. dos AFs rurais moambicanos. Ela ocupa 24% da
rea total cultivada com culturas alimentares bsicas.

A Mapira, produzida por cerca de 30% de exploraes preferida por cerca de de 2% dos
AFs de Moambique com maior destaque para as Provncias de Sofala, Manica, Cabo
Delgado e Niassa.

O Arroz, produzido por cerca de 20% de exploraes com maior destaque para as
provncias de Zambzia, Sofala, Cabo Delgado e Nampula. Ele representa 11% do total de
cereais. O arroz constitui produto de preferncia no consumo, por cerca de 8% dos AFs
rurais.

Feijo Nhemba produzido por cerca de 50% de exploraes

Com base nos TIA possvel apurar no domnio da produo:

Quantidade de Produo de culturas primarias


rea cultivada
No domnio da disponibilidade alimentar: Venda das culturas bsicas alimentares
No domnio dos preos: o preos mdios dos produtos pecurios, por provncia

Aviso prvio

De modo a fornecer previses da produo de culturas, o Departamento de Aviso Prvio do


Ministrio da Agricultura, realiza um Inqurito de Aviso Prvio. Os dados devem ser recolhidos
em uma amostra de 24 machambas em 3 distritos de amostra em todas as 10 provncias. Estes
procedimentos nem sempre so seguidos por causa da morosidade e disponibilidade de fundos e
de pessoal ao nvel do Distrito. O pessoal do Aviso Prvio indicou que o fim da assistncia da
FAO em 2000 criou uma dependncia ao Governo pelo financiamento. O financiamento um
assunto contnuo a todos os nveis. Os resultados do Aviso Prvio so produzidos oportunamente.
por esta razo que eles so usados pelo Ministrio do Plano e Desenvolvimento (MPD) para a
avaliao do Plano Econmico e Social (PES) mesmo sabendo-se que so preliminares2.

O facto de haver Unidades diferentes no Ministrio usando mtodos diferentes para recolha de
dados afecta naturalmente a consistncia de dados nos mesmos indicadores agrcolas usados pelas
Unidades. Para propsitos de consistncia e comparabilidade de dados, devem ser usados os
mesmos mtodos, por exemplo, mtodos de amostragem e ponderao para o CAP, TIA e Aviso

2 Fonte: Domingos Diogo, assessor do MINAG

24
Prvio. Isto no est a acontecer, da a falta de consistncia nos dados agrcolas produzidos pelas
diferentes Unidades.

Haver Unidades diferentes dentro do MINAG a realizar diferentes actividades de estatsticas


agrcolas no constitui a maneira mais eficiente de utilizar recursos.

Com base no Aviso Prvio possvel apurar no domnio da produo:

Quantidade de Produo de culturas primarias


Censo Agro Pecurio, CAP

O Censo Agro-Pecurio uma operao estatstica para a recolha, processamento e disseminao


dos dados do sector agrrio. O CAP fornece dados de referncia na base dos quais se pode fazer o
juzo do sucesso das polticas e programas de desenvolvimento do Governo e diagnosticar os
constrangimentos existentes no sector agrrio. Os resultados do Censo permitem monitorar de
forma mais eficiente os Objectivos de Desenvolvimento de Milnio (ODM) e permitem ao sector
privado, incluindo os produtores agro-pecurios, tomarem as suas decises empresariais.

O CAP 2009-2010 cobriu todo o territrio nacional, em todas as provncias, distritos e postos
administrativos do Pas, abarcando as zonas rurais e urbanas, incluindo a Cidade de Maputo, pela
primeira vez.

A amostra total foi de aproximadamente 3.500 grandes e mdias exploraes e 35.020 pequenas
exploraes. As grandes exploraes foram inquiridas na sua totalidade, isto , a 100% em todo o
Pas. As mdias exploraes foram inquiridas na totalidade (100%) nas reas de enumerao
seleccionadas e para as pequenas foi feita uma amostra fixa de 10 Agregados Familiares (AF) para
cada rea de enumerao em todos distritos, com uma proporo probabilstica baseada no
tamanho, onde o tamanho corresponde ao nmero de agregados familiares na rea de enumerao
(AE). Deste nmero, dois AF foram-lhes medidas as machambas, para se proceder posteriormente
ao ajustamento da rea declarada pelo AF.

O CAP seguiu a metodologia modular tendo sido definidos seis Mdulos Complementares
nomeadamente, Culturas, Pecuria, Mo-de-obra, Aquacultura, Segurana Alimentar e Prticas e
Servios Agrcolas, sendo os dois primeiros os mais extensos e exaustivos. Para estes mdulos foi
desenhada uma amostra bietpica e representativa ao nvel distrital.

De acordo com os resultados preliminares do Censo Agro-pecurio 2009/2010, CAP 2009/2010 as


culturas bsicas alimentares so: Milho (cultivado por cerca de 79% das exploraes), mandioca
(cerca de 64% das exploraes), arroz, feijo nhemba (44%), feijo manteiga, mapira (27%),
meixoeira (5%), amendoim (4%).

Com a informao at ao momento disponvel do CAP 2009/2010, possvel obter, no domnio da


produo:

O nmero de exploraes por classe de rea cultivada segundo o tipo de explorao ;


A rea cultivada por culturas bsicas alimentares por provncia
Efectivos de animais por espcie segundo provncia

25
3.2. Estatsticas sobre a pecuria e preos de produtos ao produtor, grossista e a retalho
para exportao e importao.

A Direco Nacional de Servios Veterinrios do Ministrio da agricultura produz dados sobre


efectivos na base de arrolamentos pecurios e fornece informao sobre a produo de produtos
pecurios (carne, ovos). Nos seus relatrios, existe para cada espcie animal, por exemplo a
bovina, existe informao detalhada para os bois, touros, vacas de corte, vacas leiteiras, novilhos,
novilhas, vitelos, vitelas. A informao disponvel est relacionada com nascimentos, mortalidade
de vitelos, nmero de vitelos que passam para o ano seguinte, mortalidade no crescimento,
mortalidade adulta, adultos vivo, etc. O peso por espcie nas empresas e nos agregados familiares.

Com esta fonte administrativa possvel obter no domnio da produo:

1) Quantidade de animais abatidos


2) Produo de carne
3) Produo de leite
4) Produo de ovos

Alm de fontes administrativas, o CAP tambm recolhe informao referente aos efectivos
pecurio. O quadro abaixo apresenta o nmero de exploraes por espcie animal. De acordo com
o CAP 2009/2010

Quadro 4: Nmero de exploraes por espcie animal segundo tipo de explorao

Espcie animal Pequenas Mdias Grandes Total

Bovinos 182.825 22.087 663 205.575

Caprinos 770.598 17.949 533 789.080

Ovinos 37.032 3.988 302 41.322

Suinos 425.933 7.443 198 433.574

Burros 8.440 996 52 9.488

Coelhos 19.160 412 47 19.619

Galinhas 2.302.046 20.409 432 2.322.887

Patos 311.309 5.219 202 316.730

Gansos 2.698 439 56 3.193

Perus 22.033 1.287 85 23.405

Galinha-do- mato 123.777 3.102 84 126.963

26
Quadro 5: Percentagem da distribuio dos animais por tipo de explorao

Espcie animal Pequenas Mdias Grandes Total


Bovinos 88,9 10,7 0,3 100
Caprinos 97,7 2,3 0,1 100
Ovinos 89,6 9,7 0,7 100
Sunos 98,2 1,7 0,0 100
Burros 89,0 10,5 0,5 100
Coelhos 97,7 2,1 0,2 100
Galinhas 99,1 0,9 0,0 100
Patos 98,3 1,6 0,1 100
Gansos 84,5 13,7 1,8 100
Perus 94,1 5,5 0,4 100
Galinha do-mato 97,5 2,4 0,1 100

Quanto informao sobre preos, existe o SIMA, que semanalmente recolhe e publica
informao sobre os mercados agrcolas no pas e regio. Com base no SIMA possvel obter no
domnio dos preos:

1) Preos e mudana percentual a nvel de grossista


2) ndice de preos grossista dos produtos alimentares

O ndice de preos no produtor, IPC providenciado mensalmente pelo , instituto Nacional de


Estatstica, INE

3.3. Estatsticas da Pesca

O Ministrio das Pescas rgo Delegado do INE e tem a responsabilidade de produzir as


estatsticas das pescas. Pode-se aceder a informao estatstica sobre a captura do pescado a nvel
nacional, a produo tanto em guas interiores como em guas marinhas; a aquacultura, entre
outras estatsticas. Quanto a importao e exportao em valores de produtos da pesca, o INE
dispe dessa informao com a periodicidade anual.

O Ministrio das Pescas vem contribuindo para o melhoramento do conhecimento sobre o sector
atravs dos censos da pesca artesanal desde o ano de 1990. Os censos tm sido realizados sob a
coordenao do Instituto Nacional de Desenvolvimento da Pesca de Pequena Escala (IDPPE).
Numa primeira fase os censos foram realizados a nvel provincial, cobrindo todas provncias com
excepo de Manica. A partir de 1998 uma segunda fase de recenseamentos iniciou com o
objectivo de actualizar a informao disponvel. Em 2002 e 2003 teve lugar a terceira fase onde
foram cobertas guas martimas e interiores respectivamente.

27
Os Censos da Pesca Artesanal constituem um processo de levantamento de informaes de
carcter socioeconmico, tecnolgico e em certa medida ecolgico, atravs de realizao de
inquritos nos Centros de Pesca e junto das comunidades pesqueiras. O objectivo principal dos
censos da pesca artesanal produzir e disponibilizar, principalmente, informaes
socioeconmicas e tecnolgicas, como por exemplo: nmero de Centros de Pesca; Nmero de
pescadores; Nmero de embarcaes, Nmero de unidades e artes de pesca; Tipos de
processamento existentes.

Estas informaes so usadas por diferentes instituies e agentes intervenientes para efeitos de
planificao, definio de estratgias, prioridades de interveno, monitoria das actividades e
avaliao do impacto dos programas implementados no mbito das atribuies do sector das
pescas em geral e, em particular do IDPPE. So tambm um grande contributo para o Sistema
Nacional de Estatsticas da Pesca Artesanal (SNEPA), na medida em que podero ser usados para
as estimativas das capturas artesanais e a avaliao de recursos pesqueiros e tambm para a
estimativa da produo nacional artesanal.

3.4. Estatsticas sobre Florestas

Os recursos florestais so os produtos da floresta - matrias-primas, alimentos e paisagem para


recreio e lazer. A madeira usada nas indstrias de mobilirio e papel. As resinas servem para a
indstria das tintas e vernizes. Os frutos e sementes como castanhas, nozes e pinhes e os
cogumelos comestveis tm como destino a indstria alimentar.

Em Moambique a Lei n 10/99, estabelece os princpios e normas bsicos sobre a proteco,


conservao e utilizao sustentvel dos recursos florestais e faunsticos. Os servios de florestas
providenciam inputs intermdios para outros sectores tais como turismo, apascento de animais, etc.
e tais benefcios so subestimados. Em termos de disponibilidade de informao florestal, a
Direco nacional de florestas do Ministrio da Agricultura produz:

1) Quantidade produzida dos produtos florestais


2) Quantidade exportada dos produtos florestais
3) As estatsticas do comrcio externo do INE providenciam o valor das importaes dos
produtos florestais e o valor das exportaes dos produtos florestais

Tipo de formao florestal existente em Moambique: Floresta alta, floresta baixa, matagais,
pradarias, mangais e vegetao de dunas.

Quadro 6 : Cobertura de Mangais

Contas fsicas (ha)

Stock em 1972 408.079


Mudanas nas reservas
- rea degradada 14.569
+ novas reas 2.570
Stock em 1990 396.080
Fonte: compndio das estatsticas ambientais com adaptao dos autores (a taxa de desmatao %
de alterao de 3.9)

28
Quadro 7 : rea reflorestada (hectares) por ano 2006-2008

Provncia 2006 2007 2008


Maputo 87 110 4
Gaza 44 19 12
Inhambane 20 7 93
Sofala 22 516
Manica 1.183 710 1.306
Tete 164 40 19
Zambzia 9 58 1.186
Nampula 49 62
C.Delgado 290 203
Niassa 2.513 5.040 6.404
Total 4091 6274 9805
Fonte: compndio das estatsticas ambientais

3.5. Recursos Hdricos

Os recursos hdricos so as guas superficiais ou subterrneas disponveis para qualquer tipo de


uso. As terras subterrneas so os principais reservatrios de gua doce disponveis para os seres
humanos (aproximadamente 60% da populao mundial tem como principal fonte de gua os
lenis freticos ou subterrneos).

partida, sendo a gua um recurso renovvel estaria sempre disponvel para o homem utilizar. No
entanto, como o consumo tem excedido a renovao da mesma, actualmente verifica-se um stress
hdrico, ou seja, falta de gua doce principalmente junto aos grandes centros urbanos e tambm a
diminuio da qualidade da gua, sobretudo devido poluio hdrica por esgotos domsticos e
industriais.

Para alm das precipitaes que variam de 400 mm ao ano em algumas regies semi-ridas para
1200-1500 mm e que constituem a fonte principal do fornecimento de gua s culturas, existem
vrios rios que cruzam o pas particularmente no sentido Oeste-Este, desaguando no Oceano
ndico, sem no entanto quase na sua totalidade, ser usado para a rega. Trata-se dos rios Rovuma,
Lrio, Ligonha, Licungo, Zambeze, Save, Limpopo, Incomati, entre outros. Em termos de
disponibilizao de informao, o Compendio das estatsticas do ambiente fornece a quantidade de
chuva por rea especifica

3.6. Uso da Terra

Moambique tem um total de 36 milhes de hectares de terra arvel, dos quais apenas cerca de 6
milhes esto sendo cultivados, ou seja cerca de 16%. Dos 3.3 milhes de hectares de terra
potencial para irrigao apenas 50 mil hectares esto sendo usados para tais propsitos. Cerca de
12 milhes de hectares so classificados como pastagens naturais. As florestas cobrem uma rea
de 46.4 milhes de hectares, sendo 20 milhes de hectares de florestas produtivas e 8.8 milhes de
hectares reas de conservao. O compendio de estatsticas ambientais produzido conjuntamente
entre o INE e o Ministrio do ambiente, fornece a informao sobre a aptido e uso da terra.

29
Quadro 8 : Aptido e uso da terra

Descrio Uso rea (ha)

Terras arveis Com aptido para rega 36.000.000

Terras cultivadas 5.000.000

Terras irrigveis 3.300.000

Terras irrigadas 50.000

Formaes florestais 46.400.000


Parques e reservas 8.800.000
Florestas produtivas 20.000.000

Pastagens naturais 12.000.000


Fonte: compndio de estatsticas ambientais

51% do pas coberto por florestas densas (densas decduas, abertas, mangais, reas inundadas);
19% do territrio ocupado por outras formaes lenhosas;
15% da terra ocupada pela agricultura
12% ocupadas por pradarias
3% outras reas (reas urbanas)

O sector da agricultura

A agricultura em Moambique praticada em grandes exploraes sendo parte delas com


orientao comercial (agricultura comercial) e por pequenas e mdias exploraes, que
representam cerca de 98% e que a sua produo maioritariamente destinada ao auto consumo das
famlias rurais. Neste grupo de exploraes a mo-de-obra predominante a famlia.

O quadro seguinte apresenta dados do MADER/DAP (2001) com base no inqurito agro-pecurio
de 1999/2000 que registou a existncia de cerca de 3.054.106 pequenas exploraes agrcolas. As
exploraes de dimenso mdia foram estimadas em 10.180 no CAP/2000 e 37.296 no TIA/2002.
As grandes exploraes situavam-se em 429 unidades, para ambas as fontes de informao.

30
Quadro 9 : Sumrio das caractersticas chave do sector da agricultura em Moambique
1999-2000

Indicadores Tipos de exploraes agrcolas Total


Pequenas Mdias Grandes
Nmero de exploraes 3.054.106 10.180 429 3.064.715
agrcolas
rea total cultivada (ha) 3.736.619 67.727 120.977 3.925.324
rea mdia por explorao (ha) 1,22 6,65 282 1,28
% de rea cultivada com 84,4 74,2 7,6 81,8
culturas alimentares

% de rea cultivada com 4,7 5,1 30,2 4,5


culturas de rendimento

Fonte: CAP 1999- 2000, Quanto cultivamos?

De modo geral, os pequenos produtores dominam em termos de espao territorial e de nmero de


agricultores, e a produo global depende muito dos sistemas de produo dos pequenos
produtores.

3.7. Disponibilidade alimentar para o consumo humano, comrcio externo e populao

O Ministrio da Indstria e Comrcio mais uma fonte administrativa que o pas tem e que dispe
de uma base de dados contendo informao sobre a disponibilidade de alimentos. As estatsticas
do comrcio externo so fornecidas pelo INE e dispe apenas valores dos bens.

Quanto aos dados de populao, cabe ao INE a produo e divulgao desses resultados. Para os
anos em que no se realizam o recenseamento geral da populao, o INE dispe de projeces e
esto disponveis ate 2040 Quanto as estatsticas do trabalho, cabe ao INE a sua produo e
divulgao. Os censos realizam-se de dez em dez anos, e nos anos intermdios realiza-se inqurito
a forca de trabalho que nos fornece indicadores do trabalho.

O CAP 2009/2010 fornece o nmero de exploraes agrcolas que utiliza pesticidas, fertilizantes.
No tem disponvel a quantidade utilizada nem a proveniente desses insumos. O uso da rega,
fertilizantes e pesticidas constituem um importante ingrediente para a melhoria da produo e da
produtividade agrcola.

Em Moambique, tal como atrs nos referimos, abunda a agricultura de familiar (para o auto-
consumo) e o uso insumos pequeno como mostra o quadro se segue.

31
Quadro 10 : Uso de insumos nos anos 2001 a 2003

Descrio 2001 2002 2003


Exploraes agro pecurias 3.064.287 3.127.493 3.209.594
existentes
rea cultivada (ha) 3.925.234 4.760.673 4.534.646
N de exploraes que utilizam 84.119 116.337 170.873
fertilizantes qumicos (2,7%) (3,7%) (5,3%)

N de exploraes que usam 139.260 211.327 171.751


pesticidas (4,5%) (6,8%) (5,4%)
N de exploraes que utilizam 119,917 337.695 190.808
rega (3,9%) (10,8%) (5,9%)
Evoluo da produo de madeira 91.215 130.290 96.271
em toros (m^3)
Fonte: Compndio das estatsticas do ambiente

Infra-estrutura (instalaes de armazenamento, estradas, energia elctrica, cobertura de


telefonia mvel)
Q
uanto maquinaria o INE dispe informao sobre a importao e exportao em valores, No
tocante ao uso de maquinaria, o INE dispe de um inqurito anual a industria que fornece essa
informao e reforada pelos documentos administrativos do Ministrio das Obras Pblicas e
Habitao.

Quadro 11 : Rede de estradas urbanas e classificadas de acordo com o tipo


de piso (km)

Classe No pavimentadas Pavimentadas Total

Primrias 1.407 4.459 5.866


Secundrias 3.983 809 4.792
Tercirias 11.645 516 12.161
Vicinal 6.500 30 6.530
Subtotal Classificadas 23.535 5.814 29.349

Urbanas 2500 500 3000


Total 26035 6314 32349

Em Moambique, cerca de 80% das estradas so no pavimentadas. Das estradas pavimentadas,


65% so consideradas de estarem em boas condies. Quando se est na poca chuvosa e devido
ao facto de as estradas das zonas rurais serem no pavimentadas na sua maioria, as suas
implicaes so grandes, praticamente corta-se a comunicao via estrada.

32
Crdito economia por sector de actividade econmica

O quadro 17dno anexo apresenta dados do Banco de Moambique, ilustrando o crdito


economia Moambicana por sector de actividade econmica para o perodo compreendido entre os
meses de Janeiro ao ms de Dezembro de 2009. Constata-se que do total de crdito concedido em
2009, 24.6% foi para o comrcio, 11.9% para transportes e comunicaes; 10.8% para a indstria
transformadora e a agricultura aparece com 5.3%. O CAP 2009/2010 apurou o nmero de
exploraes agrcolas com acesso ao crdito para prtica agrcola por provncia segundo a fonte
de crdito, como se pode verificar no quadro que se segue:

Quadro 12 : No de exploraes com acesso ao crdito para prtica agrcola segundo a fonte
de crdito.

Bancos Bancos de Sociedades Provedores


Comerciais Desenvolvimento ou de insumo
Agropecuario cooperativas
de Crdito
Provncia
Nmero de exploracoes 3269 1743 7398 36475
Niassa 262 80 14 822
C.Delgado 100 244 1044 0
Nampula 752 93 1163 80
Zambzia 458 131 155 912
Tete 377 10 3963 32595
Manica 501 340 0 554
Sofala 4 1 11 1031
Inhambane 90 45 74 339
Gaza 317 553 786 71
Maputo 297 117 187 2
C. Maputo 111 129 1 69

Economia (Valor agregado na agricultura e seu nvel de desagregao)

Os quadros 18 e 19 apresentam o Valor acrescentado bruto, VAB de Moambique em mil


Meticais para o perodo compreendido entre o ano de 1996 2010. Como se pode observar os
ramos da agricultura, produo animal e silvicultura, tm um peso bastante grande na economia
moambicana, uma mdia de 23% em 15 anos. Destaca-se a agricultura com uma mdia de 19%
em 15 anos. Se tivermos em conta que a produo agrcola nacional maioritariamente de
subsistncia, como sustentam os resultados do Censo Agro_ pecurio, CAP, facilmente entender-
se- que o cenrio tpico de uma economia pouco desenvolvida.

Os ramos da produo animal e da silvicultura, ainda tm pequena expresso em termos de PIB. O


quadro 26, apresenta as exportaes do ramo da agricultura durante o perodo compreendido entre
os anos de 2003 e 2010. O quadro 27 apresenta os respectivos pesos. Os quadros 28 e 29
apresentam respectivamente as exportaes do ramo da produo animal e silvicultura. De acordo
com a informao dos quadros atrs referidos, pode-se verificar o comportamento das exportaes
moambicanas no sector.

33
3.8. Descrio do sistema nacional de cdigos de produtos e
3.9. Classificao /nomenclaturas nacionais e ligaes para classificaes nacionais

A definio especfica da estrutura das nomenclaturas constitui um elemento chave para a


produo de estatsticas, na medida em que so elas que determinam o contedo das diferentes
rubricas retidas para constituir as contas do sistema. As classificaes so elementos estruturantes
na organizao dos dados, no processo de compilao das estatsticas, na construo de quadros
estatsticos, na anlise e cruzamento de dados; permitem a comparabilidade internacional entre
outras utilidades. A determinao dos nveis de detalhe que se vo utilizar uma tarefa da
responsabilidade de cada pas tendo em conta os aspectos importantes da realidade econmica, os
principais aspectos que se pretende analisar, e a limitao da disponibilidade de informao
estatstica.

Moambique segue as recomendaes internacionais quanto ao uso de nomenclaturas e o INE


possui um departamento que se encarrega pelos assuntos ligados s classificaes. As
nomenclaturas usadas em Moambique so:

Para o detalhe a nvel de produtos, dispe-se da Classificao Nacional de Bens e Servios (CNBS)
baseada na Central Product Classification e para o comrcio externo: (a) SH, sistema harmonizado;
(b) CTCI, Classificao tipo do comrcio internacional; (c) CGCE, classificao das grandes
categorias econmicas.

A Classificao Nacional de Bens e Servios(CNBS)

Os antecedentes da CNBS remontam a Julho de 1989, altura em que foi publicada, pela ento
Direco Nacional de Estatstica (DNE) ao abrigo do Decreto-Lei n 22/82 de 22 de Julho, a
Classificao de Actividades e Produtos (CAP). Esta classificao surgiu da necessidade de se
ajustar o Sistema de Informao Estatstica Nacional (SIEN) s exigncias nacionais do momento
e inclua no mesmo documento a classificao das actividades econmicas e a classificao de
produtos.

As profundas mudanas ocorridas nos ltimos anos no tecido econmico, quer a nvel nacional,
quer a nvel internacional, determinaram a necessidade de se introduzir ajustamentos na CAP de
forma a possibilitar o desenvolvimento e consolidao do SEN.

A CNBS-Rev.1 foi aprovada pela resoluo n 6/99 do Conselho Superior de Estatstica (CSE),
reunido em Sesso Ordinria a 13 de Outubro de 1999.

A CNBS - Rev.1 um instrumento de base indispensvel para desenvolver aces de produo


estatstica, condicionando tambm, de forma significativa, a qualidade e a comparabilidade das
informaes estatsticas. Tem como objectivos principais:

Organizao coordenada dos inquritos produo de bens e servios, por ramo de


actividade econmica;
Comparabilidade estatstica a nvel nacional, regional e mundial;
Disponibilizao aos fornecedores, produtores e utilizadores da informao estatstica de
um quadro normalizado, integrado e relacionado de nomenclaturas, potenciador de
multifuncionalidades, quer no plano tcnico, quer como instrumento de comunicao;
Resposta a questionrios nacionais, regionais e internacionais;

34
Apoio na determinao do consumo aparente;
Ajuda na definio da classificao econmica CAE;

Para o detalhe a nvel de funo, dispe-se:

Classificao do Consumo Individual por Objectivos de Moambique, CCIO

A CCIO, surge como um passo necessrio para o desenvolvimento e consolidao do SEN. A


CCIO, elaborada a partir da classificao do consumo individual por objectivos (COICOP) das
Naes Unidas, constitui um instrumento de vital importncia para normalizao e
comparabilidade estatstica Moambicana e a nvel internacional.

Ela apresenta cinco nveis estruturais: Diviso (dois dgitos), Grupo (trs dgitos), Classe (quatro
dgitos), Subclasse (cinco dgitos) e por ltimo a Categoria (seis dgitos). A CCIO um
instrumento de base indispensvel para desenvolver aces de produo estatstica, condicionando
tambm, de forma significativa, a qualidade e a comparabilidade das informaes estatsticas. Tem
como objectivos principais:

Dotar o Sistema Estatstico Nacional de uma classificao do consumo individual adaptada


realidade Moambicana
Facilitar a comparao a nvel internacional dos principais indicadores macro-econmicos,
atravs das componentes das despesas
Servir de base elaborao de classificaes mais detalhadas para a seleco dos
produtos que compem o cabaz e recolha de preos no consumidor
Classificar as transaces realizadas por Famlias, Instituies Particulares sem Fins
Lucrativos ao Servio das Famlias e pelo Governo cuja finalidade o consumo individual
e que resultam em despesas

O sistema de codificao adoptado na CCIO numrico e tem cinco nveis. Comea no nvel
diviso com dois dgitos, desce em rvore ao grupo (trs dgitos), segue se a classe (quatro
dgitos), a subclasse (cinco dgitos) e por ltimo o nvel mais elementar, a categoria com seis
dgitos, como apresentado no quadro seguinte numa correspondncia directa cdigo/
designao/nvel.

Quadro 13: Exemplo da CCIO

Cdigo Designao Nvel


01 Produtos alimentares e bebidas no alcolicas Diviso
011 Produtos alimentares Grupo
0111 Produtos de padaria, de pastelaria, cereais e outros produtos base Classe
de cereais
01111 Arroz Subclasse
011111 Arroz gro extra Categoria

COPNI, Classificao das instituies sem fins lucrativos ,


COFOG, classificaes das funes das administraes pblicas

35
Tambm usa a classificao das construes, classificao das profisses de Moambique. Para o
detalhe a nvel de funo, dispe-se classificao de actividades econmicas, CAE:

A CAE-Rev.1, foi aprovada pelo Decreto-Lei n. 22/82, de 22 de Junho. Foi objecto de


reviso e j est em uso a CAE Rev2 desde 2009;
A CAE_Rev2 foi concebida para a preservao da comparabilidade estatstica
internacional, de forma integrada e harmonizada com a Classificao Internacional Tipo
das Actividades Econmicas, Reviso 4 (CITA-Rev.4) editada pelos Servios de
Estatstica das Naes Unidas, a Nomenclatura Estatstica das Actividades Econmicas na
Comunidade Europeia (NACE) e a Classificao Portuguesa de Actividades Econmicas.

A CAE tem como objectivos principais:

Classificao e agrupamento das unidades estatsticas produtoras de bens e servios,


segundo a actividade econmica;
Organizao, de forma coordenada e coerente, da informao estatstica econmico-social,
por ramo de actividade econmica, em diversos domnios (produo, emprego, energia,
investimento, etc.);
Comparabilidade estatstica a nvel nacional e internacional.

36
4. VISO GERAL DAS NECESSIDADES DO USURIO
RELACIONADAS AS ESTATSTICAS AGRRIAS
E ALIMENTARES EM MOAMBIQUE.

4.1. Tomadores de deciso do sector pblico & 4.2 Tomadores de deciso do sector privado

Moambique um pas maioritariamente agrcola; o peso do sector da agricultura ronda os 23%.


Agricultura, dada a sua importncia, tem sido alvo de ateno especial tanto do sector pblico
como do privado. contnua e incessante a procura de informao relacionada com a agricultura,
tanto a nvel acadmico, sociedade civil, doadores at ao nvel dos decisores de poltica
macroeconmica.

Para os decisores, tem havido a preocupao e interesse na melhoria da qualidade das estatsticas
agrrias, razo pela qual se tem dado prioridade realizao de inquritos agrcolas, conduo de
estudos e formaes relacionados com a rea.

5. EXPECTATIVAS DE CountrySTAT E SINERGIAS COM INICIATIVAS


EM CURSO MOAMBIQUE
O CountryStat Moambique foi lanado em Maputo m Maro de 2011 com 38 conjuntos de
dados tanto a nvel nacional como regional. Os dados disponveis so os produzidos pelo INE,
MINAG, Ministrio das Pescas, Ministrio do Comrcio, Autoridade Tributria.

A implantao do CountryStat em Moambique visa essencialmente dar s instituies


moambicanas, uma base de dados fiveis que os permitam fortalecer cada vez mais as suas redes
institucionais, e assegurar a organizao, harmonizao e padronizao dos dados estatsticos que
so disseminados por diferentes departamentos, instituies ou fontes, para que sejam integradas
numa plataforma comum, atravs de uma combinao nica de estatsticas baseadas nas
tecnologias de informao. As expectativas vo no sentido de se ter uma fotografia da realidade
Moambicana, baseada em informao (nmeros, quadros) robusta. Neste sentido esperar-se:

Que se conduza inquritos agrcolas anuais alinhados com os Censos Agrcolas e muito
bem planeados;
Que o governo aloque os recursos necessrios para a conduo dos inquritos para que
sejam de acordo as boas prticas para a recolha, tratamento e disseminao de informao.
Que se avalie a qualidade dos dados administrativos para complementar os dados
estatsticos.

37
6. FACTORES IMPORTANTES PARA O SUCESSO DO PROJECTO
CountrySTAT MOAMBIQUE

Em geral, a formulao de projectos pode ser vista como uma parte integrante de um processo
mais amplo e focado de planificao do desenvolvimento. Portanto, existe uma relao lgica
entre projecto e as polticas, estratgias e os programas de desenvolvimento.

A anlise das exigncias de cada alternativa ao nvel dos recursos que obriga a mobilizar um
processo complexo dada a multiplicidade de aces que podem compor esse projecto e da
variedade de tais recursos (tempo, meios humanos, meios financeiros, equipamentos, etc.).

Se considerarmos o CountrySTAT Moambique como um projecto de desenvolvimento, ele ter


como objectivo principal mudar a situao presente e com o passar do tempo, ter-se uma situao
melhorada.

Vrios factores concorrem para o sucesso do projecto. Para que este seja bem sucedido
necessrio:

1) Que se melhore o mtodo da recolha de dados nos inquritos anuais e nos Censos decenais;

2) Que se melhore a capacidade analtica e crtica dos dados agrcolas de modo a evitar
discrepncias. Para tal, necessria capacitao dos recursos humanos a todos nveis: central,
provincial, distrital, etc.;

3) Que a disseminao dos resultados seja em tempo oportuno e que satisfaa os utilizadores;

4) Que o Governos contribua para um estado benfico, definindo polticas favorveis ao


desenvolvimento de tecnologia, extenso e investimento de infra-estrutura principalmente a
rural.

38
ANEXOS

O ndice de Preos no Consumidor (IPC) um indicador que ilustra a evoluo objectiva dos
preos num determinado perodo de tempo, de um conjunto de bens e servios, de qualidade
constante, representativo da estrutura de consumo de uma determinada populao e num
determinado espao geogrfico.

Um IPC mede as variaes nos preos dos bens e servios que as famlias consomem. Estas
variaes nos preos afectam o poder de compra real dos rendimentos dos consumidores e o seu
bem-estar. Como os preos de diferentes bens e servios no variam todos na mesma taxa, um
ndice de preos apenas pode reflectir o movimento mdio.

O cabaz actual do IPC foi derivado do Inqurito ao Oramento Familiar 2008/2009. O cabaz
composto por vrios produtos tanto bens como servios que foram escolhidos de acordo com a sua
representatividade.

Resultante do trabalho de anlise do IOF, foram apurados para o cabaz Nacional 320 bens e
servios; para o da Cidade de Maputo, o painel de produtos constitudo por 286 produtos ; O
painel de bens e servios que serve de base para a recolha de preos em Nampula, constitudo
por 185 produtos. Para Beira, o painel de bens e servios que serve de base para a recolha de
preos constitudo por 240 produtos.

Os produtos do painel so agregados de acordo com a classificao de Consumo Individual por


objectivos adoptado pelas Naes Unidas (COICP a designao em Ingls). A recolha de preos
feita em mercados e outros estabelecimentos de venda (lojas). A recolha nos mercados semanal
para os produtos frescos e outros que pelas suas caractersticas esto sujeitos a variaes
significativas de preos ao longo do ms, sendo os restantes recolhidos mensalmente nos
mercados, lojas e estabelecimentos especializados.

Para a agregao dos ndices adoptou-se a frmula Laspeyres, que um ndice com ponderaes
fixas obtidas a partir do painel de bens e servios estabelecido para o perodo base. Duma maneira
geral, a classe de Alimentao e Bebidas no alcolicas detm maior nmero de bens e servios,
que ronda entre os 37% e 39% nos diferentes cabazes.

Sistema de Informao e Mercados Agrcolas, SIMA

O SIMA comeou como um projecto da MSU, Michigan State University em 1992 e a partir de
2004 passou a ser oramentado pelo MINAG. O SIMA tem para o sector agrcola, entre outros, os
seguintes objectivos:

Minimizar a diferena de poder de negociao entre produtores e compradores;


Obter os preos mais recentes possveis de diferentes locais;
Reduzir os custos de transaco para produtos agrcolas
Assegurar que os produtores e comerciantes possam vender os seus produtos
Facilitao de contacto entre produtores e comerciantes

39
Em termos de metodologia:

Faz recolha semanal dos preos para produtos bsicos usando uma ficha de inqurito meio-
estruturada
Somente 2 feira para mercados com caractersticas retalhistas e produtores
2a e 6a feiras para mercados com todas caractersticas (Retalhistas produtores e grossistas)
Trs comerciantes so inquiridos aleatoriamente no Mercado; caso o nmero existente for
maior que 3 mas se forem menor ou igual a 3 so inqueridos todos.

Dados dos preos:

Tem cobertura nacional e faz recolha em 25 mercados (distritos) incluindo todas as cidades
capitais
Nveis grossistas, retalhistas (mercados), e produtores; So monitorados cerca de 28 produtos
bsicos. Faz-se a evoluo dos produtos com o tempo (aspectos qualidades)
O SIMA semanalmente faz a recolha de informao de mercado; Faz o seu tratamento da
informao, verificao e respectiva disseminao.

Quadro 14 : Nmero de exploraes por cultura alimentar bsica (1000 exploraes)


Pequenas Mdias Grandes Total
Culturas bsicas
Milho 2.613 22 - 2.636
Arroz 536 3 - 539
Feijo Nhemba 1.652 15 - 1.667
Feijo Manteiga 284 4 - 288
Mapira 989 7 - 996
Mexoeira 152 3 - 155
Amendoim 1.448 13 - 1.460
Feijo Boer 1.041 2 - 1.043
Feijo Jugo 466 3 - 469

Quadro 15 : Percentagem da distribuio das exploraes por tipo de explorao


Distribuio por tipo de explorao, % Pequenas Mdias Grandes Total
Milho 99,15 0,83 0,02 100
Arroz 99,52 0,47 0,01 100
Feijo Nhemba 99,12 0,87 0,01 100
Feijo Manteiga 98,56 1,41 0,03 100
Mapira 99,33 0,66 0,01 100
Mexoeira 98,24 1,74 0,02 100
Amendoim 99,12 0,87 0,01 100
Feijo Boer 99,81 0,19 0 100
Feijo Jugo 99,31 0,68 0,01 100

40
Quadro 16 : rea cultivada por cultura alimentar bsica, segundo provncia
Cultura Niassa C. Delgado Nampula Zambzia Tete Manica
Total (ha) 272.105 255.397 507.966 581.328 395.718 343.745
Milho 148.640 97.548 136.396 193.371 237.404 213.726
Arroz 13.541 29.503 28.900 127.727 923 2.101
Feijo Nhemba 15.227 28.715 71.265 26.178 36.440 28.194
Feijo Manteiga 28.572 388 8.690 12.407 29.917 9.953
Mapira 26.389 42.382 60.658 31.732 31.882 47.465
Mexoeira 3.433 2.591 2.172 2.475 11.925 9.937
Amendoim 9.567 30.595 132.578 27.374 36.829 20.244
Feijo Boer 22.593 18.720 41.434 154.243 8.735 4.246
Feijo Jugo 4.143 4.955 25.873 5.821 1.663 7879

Quadro 17 : Percentagem da rea de cultivo por cultura em relao ao total da provncia


Niassa C. Delgado Nampula Zambzia Tete Manica
Cultura 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Milho 54,6 38,2 26,9 33,3 60,0 62,2
Arroz 5,0 11,6 5,7 22,0 0,2 0,6
Feijo Nhemba 5,6 11,2 14,0 4,5 9,2 8,2
Feijo Manteiga 10,5 0,2 1,7 2,1 7,6 2,9
Mapira 9,7 16,6 11,9 5,5 8,1 13,8
Mexoeira 1,3 1,0 0,4 0,4 3,0 2,9
Amendoim 3,5 12,0 26,1 4,7 9,3 5,9
Feijo Boer 8,3 7,3 8,2 26,5 2,2 1,2
Feijo Jugo 1,5 1,9 5,1 1,0 0,4 2,3

Quadro 18 : Percentagem por cultura em relao ao n total de exploraes


Cultura Niassa C. Delgado Nampula Zambzia Tete Manica
Milho 94,2 76,8 49,8 59,2 93,5 92,9
Arroz 14,4 17,5 9,4 29,4 0,9 2,9
Feijo Nhemba 32,0 44,9 43,8 20,3 54,2 52,8
Feijo Manteiga 28,2 0,4 0,7 5,5 29,1 12,9
Mapira 46,0 43,2 28,4 16,0 28,1 44,2
Mexoeira 8,9 3,2 1,8 1,2 11,4 8,1
Amendoim 21,4 41,7 61,7 17,1 46,1 33,5
Feijo Boer 42,8 30,5 26,9 57,5 10,9 10,1
Feijo Jugo 11,5 10,2 22,4 5,0 3,2 16,1

41
Quadro 19 : Percentagem em relao ao total do pas

Cultura Niassa C. Delgado Nampula Zambzia Tete Manica


Milho 8,0 9,8 15,7 18,6 13,3 9,4
Arroz 6,0 10,9 14,5 45,3 0,7 1,4
Feijo Nhemba 4,3 9,1 21,8 10,1 12,2 8,4
Feijo Manteiga 22,1 0,5 1,9 16,0 38,0 11,9
Mapira 10,4 14,6 23,7 13,3 10,6 11,8
Mexoeira 13,0 7,0 9,9 6,6 27,8 13,9
Amendoim 3,3 9,6 35,0 9,7 11,9 6,1
Feijo Boer 9,2 9,9 21,4 45,7 3,9 2,6
Feijo Jugo 5,5 7,3 39,7 8,8 2,6 9,4

Quadro 20 : N de exploraes por cultura alimentar bsica segundo a provncia


Cabo
Cultura Niassa Delgado Nampula Zambzia Tete Manica
Milho 212.001 258.433 413.296 490.323 351.786 246.655
Arroz 32.496 58.956 77.881 243.731 3.523 7.600
Feijo Nhemba 72.055 151.012 363.770 168.449 203.843 140.218
Feijo Manteiga 63.569 1.500 5.446 45.955 109.444 34.235
Mapira 103.632 145.524 235.988 132.232 105.684 117.439
Mexoeira 20.109 10.900 15.347 10.177 42.976 21.456
Amendoim 48.218 140.479 511.785 141.390 173.340 88.833

Feijo Boer 96.269 102.810 223.187 476.810 40.976 26.917

Feijo Jugo 25.862 34.268 186.028 41.315 12.020 44.106

Quadro 21 : Nmero de exploraes por cultura de rendimento segundo o tipo de explorao


Cultura Pequenas Mdias Grandes Total
Algodo 82.758 1.013 19 83.790
Girassol 37.128 608 22 37.758
Cana de acar 223.841 1.927 57 225.825
Tabaco 110.382 879 16 111.277
Sisal 7.465 55 4 7.524
Soja 32.715 313 10 33.038
Ch 663 0 6 669
Gengibre 1.325 16 0 1.341
Trigo 6.363 89 3 6.455
Gergelim 280.852 2.757 24 283.633
Paprica 145 0 2 147
Jatropha 2.686 90 0 2.776

42
Quadro 22 : Distribuio das percentagens das culturas por tipo de explorao
Cultura Pequenas Mdias Grandes Total
Algodo 98,77 1,21 0,02 100,00
Girassol 98,33 1,61 0,06 100,00
Cana- de- acar 99,12 0,85 0,03 100,00
Tabaco 99,20 0,79 0,01 100,00
Sisal 99,22 0,73 0,05 100,00
Soja 99,02 0,95 0,03 100,00
Ch 99,10 0,00 0,90 100,00
Gengibre 98,81 1,19 0,00 100,00
Trigo 98,57 1,38 0,05 100,00
Gergelim 99,02 0,97 0,01 100,00
Paprica 98,64 0,00 1,36 100,00
Jatropha 96,76 3,24 0,00 100,00

Quadro 23 : Crdito economia por sector de actividade econmica


Sectores de Jan- Fev- Mar- Abr- Mai- Jun- Ago- Out- Nov- Dez-
Actividades 09 09 09 09 09 09 Jul-09 09 Set-09 09 09 09
Agricultura 2.369 2.344 2.116 2.122 2.380 2.439 2.585 2.553 2.626 2.611 2.811 3.145
Pecuria 72 321 82 79 80 81 85 74 76 77 78 76
Silvicult.e expl.
Florestal 58 166 183 65 154 220 64 52 52 52 54 51
Pescas 1.021 1.081 1.134 1.268 1.178 1.213 1.184 1.184 1.211 1.130 1.242 1.147
Industria extractiva 619 330 946 655 786 772 625 686 756 803 816 936
Indstria
transformadora 4.159 4.761 5.482 5.930 7.180 6.974 6.115 6.416 6.523 6.564 6.666 5.919
Electricidade gs e
agua 953 930 1.798 1.077 1.939 2.018 1.023 1.039 1.073 1.099 1.156 1.314
Construo e obras
pblicas 1.729 1.773 2.117 2.137 2.380 2.523 2.469 2.561 2.809 2.983 3.347 4.021
Indstria de turismo 1.519 1.552 1.689 1.607 1.792 1.785 1.837 1.820 1.926 2.013 1.868 1.562
Comrcio 9.970 10.822 11.247 10.040 11.553 11.318 10.113 10.619 11.063 11.149 12.271 14.767
Transportes e
comunicaes 5.147 5.228 5.656 5.662 5.855 5.748 6.487 7.642 7.821 8.356 8.497 7.679
Inst. financ.n/
monetrias 242 134 213 208 186 214 194 195 170 206 237 172
Outros sectores 15.481 14.502 12.835 16.662 13.514 14.052 19.023 19.743 21.083 22.501 22.527 22.359
Particular 7.659 8.446 7.888 8.316 8.640 8.946 9.848 9.555 10.024 10.925 11.240 10.522
Habitao 1.618 1.466 1.670 1.632 1.489 1.706 1.457 2.130 2.163 2.011 2.082 1.810
Diversos 6.203 3.082 3.278 6.714 3.303 3.400 7.718 8.046 8.896 9.565 9.204 10.027
Total 43.339 43.942 45.496 47.512 48.977 49.358 51.804 54.583 57.191 59.544 61.572 63.148
Fonte / Source:
BM/DEE

43
Quadro 24 : Valor Acrescentado Bruto da agricultura, produo animal, silvicultura e pescas e respectivo peso
no Produto Interno Bruto.

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002


VAB por ramos de
actividade
Produo agrcola e de serv
relac 8.250.165 10.050.354 10.738.379 10.887.427 9.823.894 12.098.145 18.540.110
Produo animal e de serv
relac 663.081 815.137 877.618 926.417 1.006.920 1.211.347 2.070.778
Silvicultura, explorao
florestal e activ relac 1.059.708 1.163.511 1.140.212 1.417.066 1.491.031 2.153.801 2.896.934
Pesca, aquacultura, e activ
dos serv relac 1.310.503 1.565.980 1.418.364 1.309.910 1.382.172 1.448.578 1.780.941

PIB, produto interno bruto 36.611.168 43.981.346 51.351.327 57.951.470 65.630.830 84.368.362 99.478.978

Peso da prod agrcola no PIB 0,23 0,23 0,21 0,19 0,15 0,14 0,19

Peso da prod animal no PIB 0,03 0,03 0,02 0,02 0,02 0,03 0,03

Peso da silvicultura no PIB 0,04 0,04 0,03 0,02 0,02 0,02 0,02

Quadro 25 : Continuao do quadro 24 para os anos de 2003 2010


2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
VAB por ramos de
actividade
Produo agrcola e de
serv relac 20.334.608 22.965.224 26.751.512 33.836.408 39.126.816 47.850.616 54.372.156 69.060.264
Produo animal e de
serv relac 2.424.429 2.906.156 3.250.909 3.693.718 3.932.850 4.475.727 4.887.166 5.371.694
Silvicultura,
explorao florestal e
activ relac 3.247.466 3.763.083 4.835.429 5.512.323 6.371.297 7.782.601 8.165.271 8.655.403
Pesca, aquacultura, e
activ dos serv relac 2.125.536 2.244.153 2.284.026 2.810.412 3.398.045 4.258.667 4.226.822 5.047.079
PIB, produto interno
bruto 110.972.749 128.668.292 151.706.913 180.241.658 207.643.573 240.357.737 266.213.069 312.751.427

Peso da prod agrcola


no PIB 0,18 0,18 0,18 0,19 0,19 0,20 0,20 0,22
Peso da prod animal
no PIB 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02

peso da silvicultura no
PIB 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02

44
Quadro 26 : Exportaes da agricultura em mil meticais e a preos correntes

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010


Total de exportaes
de B&S 24.815.956 29.136.749 38.340.811 46.212.591 54.861.287 64.146.156 72.638.331 73.799.354 78.931.162
Ramo da Produo
agrcola e de
serv_relac 1.555.207 1.655.086 2.200.772 3.213.039 3.629.823 3.198.268 2.773.657 6.030.795 5.010.681

Trigo 14.566 16.369 6.436 0 0 0 30.116 0 0

Milho 165.130 31.962 64.370 73.877 396.115 126.816 78.324 18.084 9.973

Arroz em casca 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Mapira, mexoeira e
outros cereais em grau 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Algodo-caroo 359.932 470.681 588.351 1.107.484 1.096.269 50 21.347 707.469 100.199

Amendoim 2.860 30.246 3.798 87.280 6.093 190.759 68.688 89.655 38.159

Copra e coco 22.531 255 1.000 0 0 0 87 345 0

Cana de acar 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Tabaco-folha 567.112 501.014 937.903 946.955 1.107.744 1.290.863 156.840 1.933.302 4.060.073

Mandioca 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Outros tubrculos e
razes 81 7.995 13 0 26 7 49.788 49.788 1

Feijo 8.127 8.923 17.405 29.816 33.272 52.579 311.408 1.571.769 10.518

Produtos hortcolas 6.438 7.669 6.023 12.047 11.630 2.499 500.938 15.983 500

Castanha de caju 221.835 335.878 207.740 252.311 364.860 572.436 541.094 622.359 750.591

Ch-folha 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Frutas frescas 52.900 40.967 54.152 446.879 197.068 239.626 953.072 953.072 4.382
Outros produtos
agrcolas de uso
industrial 106.674 176.256 277.800 214.849 375.944 575.788 51.387 5.399 6.911
Outros produtos
agrcolas no
industriais 27.021 26.872 35.782 41.541 40.802 146.846 10.568 63.571 29.374

45
Quadro 27 : Pesos da exportao de produtos agrcolas
Exp_prod/ Exp_agric 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Trigo 0,01 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,00 0,00
Milho 0,11 0,02 0,03 0,02 0,11 0,04 0,03 0,00 0,00
Arroz em casca 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Mapira, mexoeira e
outros cereais em grau 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Algodo-caroo 0,23 0,28 0,27 0,34 0,30 0,00 0,01 0,12 0,02
Amendoim 0,00 0,02 0,00 0,03 0,00 0,06 0,02 0,01 0,01
Copra e coco 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Cana de acar 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Tabaco-folha 0,36 0,30 0,43 0,29 0,31 0,40 0,06 0,32 0,81
Mandioca 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Outros tubrculos e
razes 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,02 0,01 0,00
Feijo 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,02 0,11 0,26 0,00
Produtos hortcolas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,18 0,00 0,00
Castanha de caj 0,14 0,20 0,09 0,08 0,10 0,18 0,20 0,10 0,15
Ch-folha 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Frutas frescas 0,03 0,02 0,02 0,14 0,05 0,07 0,34 0,16 0,00
Outros produtos
agrcolas de uso
industrial 0,07 0,11 0,13 0,07 0,10 0,18 0,02 0,00 0,00
Outros produtos
agrcolas no
industriais 0,02 0,02 0,02 0,01 0,01 0,05 0,00 0,01 0,01

Exp_ agric/ total_exp 0,06 0,06 0,06 0,07 0,07 0,05 0,04 0,08 0,06

Quadro 28 : Exportaes do ramo da produo animal em mil meticais e a preos correntes


2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Produo animal e de serv_
relac 88 2.309 7.668 12.122 17.510 41.491 20.126 2.141 8.300
Gado bovino 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Gado ovino, caprino e outros
animas domesticados 0 297 0 0 161 39 147 0 8
Gado suno 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Aves vivas 0 425 0 0 0 0 0 0 0
Ovos frescos 0 155 0 0 0 0 0 0 0
Animais selvagens
comestveis 0 1.157 7.127 11.413 16.211 38.725 6.149 2.020 7.746
Produtos de origem animal 88 275 541 709 1.138 2.727 13.829 121 545

Quadro 29 : Exportaes do ramo da silvicultura, expl. florestal e activ relac; 10^3 Mt e a preos correntes
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Silvicultura, explorao florestal e
activ_ relac 304.323 260.499 497.472 481.775 626.888 605.521 911.746 155.513 205.931
Lenha e carvo vegetal 0 42 97 157 474 24 1.295 199 5
Madeira em toros e outros produtos da
silvicultura 304.323 260.457 497.374 481.618 626.414 605.497 910.451 155.314 205.926

46
Quadro 30: Classificao da FAO e sua converso para a classificao nacional de bens e servios

Codigo de
Mozambique FAO
CNBS Ver.2 Nome da cultura Crop group COD Crop name
Cereals
01 11 1 2 0 0 Milho em gro 56 Maize
01 12 0 0 0 0 Arroz, casca 27 Rice
01 11 1 1 1 0 Trigo em gro 15 Wheat
01 11 1 9 1 0 Mapira 83 Sorghum
01 11 1 9 2 0 Mexoeira 79 Miltet
Horticules
01 13 9 5 2 0 Alho comum 406 Garlic
01 13 9 1 3 0 Alface 372 Lettuce
01 13 9 5 1 0 Cebola 402 Onion
01 13 9 5 4 1 Cenoura 426 Carrot
01 13 9 1 2 1 Couve - repolho 358 Cabbage
01 13 9 3 51 Tomate para consumo em fresco 388 Tomato
01 13 9 3 52 Tomate para a indstria 388 Tomato
01 13 9 3 1 0 Pepino 397 Cucumbers
01 13 9 2 2 0 Melancia 567 Watermelon
01 13 9 2 1 0 Melo e meloa 568 Melon
Oilseed
01 11 2 2 2 0 Sementes de amendoim 242 Peanut
01 11 2 2 1 0 Sementes de soja 236 Soybean
Roots and tubers
01 13 1 0 1 0 Mandioca fresca 125 Cassava
01 13 1 0 2 0 Mandioca seca 125 Cassava
01 13 9 8 3 1 Batata-semente 116 Potatoes
01 13 9 8 3 2 Outra batata, excepto batata-doce 116 Potatoes
Razes e tubrculos comestveis com elevado teor de
01 13 9 8 90 amido e inulina, n.e. 116 Potatoes
01 13 9 8 1 0 Batata Doce 122 Sweet potato
01 13 9 8 2 0 Inhame 137 Yams
Pulses
01 11 2 1 1 2 Feijo nhemba 195 Cow peas
Feijo boer 197 Pigeon Peas
Feijp jugo 203 Bambara bean
01 11 2 1 1 1 Feijo manteiga 176 Beans dry
Sugar crop
01 14 0 0 0 0 Cana de Aucar 156 Sugar cane

Fruits
01 21 0 1 0 0 Banana 486 Banana
01 21 0 2 0 0 Anans 574 Pineapple
01 22 0 1 0 0 Laranja 490 Orange
01 22 0 3 0 0 Limes e limas 497 Lemon
01 22 0 2 0 0 Tangerina 495 Mandarin
01 21 0 4 0 0 Manga 571 Mango
01 21 0 5 0 0 Papaia 600 Papaya
01 23 9 4 0 0 Maa 515 Apple
01 21 0 3 0 0 Abacate 572 Avocado
01 23 9 3 0 0 Uva 560 Grape
01 23 9 5 0 0 Pras 521 Pear
Permanet crop

47
01 25 9 1 0 0 Caf 656 Green Coffee
01 24 0 2 0 0 Coco 249 Coconuts
Live Animals
01 41 01 20 Vitelos 866 Veal
01 41 01 11 Vacas Leteiras
01 41 01 19 Outras Vacas
01 41 01 31 Bovinos de Raa brava (Louros
01 41 01 39 Outros bovinos machos N.E
01 42 02 00 Caprinos vivos 1016 Goats
01 44 01 11 Galinhas poadeiras (excepto do mato) 1057 Chickens
01 44 01 12 Outras galinhas, (excepto do mato) 1057 Chickens
01 44 01 13 Pintos, (excepto do mato) 1057 Chickens
01 44 01 14 Frangos e galos (excepto do mato) 1057 Chickens
01 44 01 19 Outros Galinaceos (excepto do mato) 1057 Chickens
01 44 01 20 Galinhas do mato 1057 Chickens
01 42 0 1 0 0 Ovinos vivos 976 Sheep
01 44 0 1 5 0 Peru 1079 Turkey
01 43 0 0 10 Sunos co m menos de 20kgde peso, vivos (Leites) 1034 Pig
01 43 0 0 20 Outros suinos no reprodutores 1034 Pig
01 43 0 0 30 Suinos reprodutores 1034 Pig
Slaughtered
animals
carcaas, meias carcaas e quartos de bovinos,
10 10 1 1 11 frescas ou refrigeradas 867 Meat of Veal
Outras peas de carne bovino (mesmo desiossado),
10 10 1 1 19 frescas ou refrigeradas 867 Meat of Veal
carcaas, meias carcaas e quartos de bovinos,
10 10 1 1 21 congelados 867 Meat of Veal
Outras peas de carne bovino (mesmo desiossado),
10 10 1 1 29 congelados 867 Meat of Veal
Carne de animais da espcie caprina, fresca,
10 10 1 4 10 refrigerada 1017 Meat of Goats
10 10 1 4 20 Carne de animais da espcie caprina, e congelada 1017 Meat of Goats
Meat of
10 10 2 1 11 Frangos e galinhas inteiros, frescos ou refrigerados 1058 Chicken
Frangos e galinhas em pedaos, frescos ou Meat of
10 10 2 1 12 refrigerados 1058 Chicken
Carcaas e meias carcaas de suno, fresca ou
10 10 1 2 11 refrigerada 1035 Meat of Pig
Vos, pernas, ps e respectivos pedaos de suno, no
10 10 1 2 12 desossados, frescos ou refrigerados 1035 Meat of Pig
Lombos de suno e seus pedaos, frescos ou
10 10 1 2 13 refrigerados 1035 Meat of Pig
Barrigas (entremeadas) de suno e seus pedaos,
10 10 1 2 14 frescas ou refrigeradas 1035 Meat of Pig
10 10 1 2 19 Outras peas de suno n.e., frescas ou refrigeradas 1035 Meat of Pig
10 10 1 2 21 Carcaas e meias carcaas de suno, congeladas 1035 Meat of Pig
Vos, pernas, ps e respectivos pedaos de suno, no
10 10 1 2 22 desossados, congelados 1035 Meat of Pig
10 10 1 2 23 Lombos de suno e seus pedaos, congelados 1035 Meat of Pig
Barrigas (entremeadas) de suno e seus pedaos,
10 10 1 2 24 congeladas 1035 Meat of Pig
10 10 1 2 29 Outras peas de suno n.e., congeladas 1035 Meat of Pig

Products from

48
live animals
COW MILK,
WHOLE
01 41 0 3 0 0 Leite de vaca em natureza 882 (Fresh)
Ovos de galinha com casca, frescos (excepto para
01 44 0 2 1 0 incubao) 1062 HEN EGGS
01 49 1 2 0 0 Mel natural 1182 Honey bee
Selected
Processed
products
Cane sugar,
Acar em bruto (de cana e beterraba), em formas raw,
10 73 0 1 0 0 slidas, sem aromatizantes nem corantes 158 centrifugal
leo de girassol e suas fraces, refinados, no
10 40 1 5 4 0 quimicamente modificados 268 Sunflower
01 16 1 1 0 0 Semente de algodo 331 Cottonseed
Vegetable oils
10 40 1 1 10 leo de soja bruto, no quimicamente modificado 340 nes
leo de amendoim bruto, no quimicamente Vegetable oils
10 40 1 1 20 modificado 340 nes
Vegetable oils
10 40 1 1 30 Azeite virgem (bruto) no quimicamente modificado 340 nes
leos de girassol e de crtamo brutos, no Vegetable oils
10 40 1 1 40 quimicamente modificados 340 nes
leo de algodo bruto e suas fraces, no Vegetable oils
10 40 1 1 50 quimicamente modificado 340 nes
leos de nabita, de colza e de mostarda e suas Vegetable oils
10 40 1 1 60 fraces, brutos, no quimicamente modificados 340 nes
Vegetable oils
10 40 1 1 70 leo de palma bruto, no quimicamente modificado 340 nes
leo de cco (leo de copra) e suas fraces, brutos, Vegetable oils
10 40 1 1 80 no quimicamente modificados 340 nes
Outros leos vegetais n.e e respectivas fraces Vegetable oils
10 40 1 1 90 bruto, no quimicamente modificado(3) 340 nes
01 11 1 3 0 0 Cevada 51 Beer Barley
Other
Crops/Product
Tobacco,
01 15 00 10 Tabaco total ou parcialmente destalonado 826 leaves
Tobacco,
01 15 00 20 Outro tabaco no manufacturado 826 leaves
01 23 1 1 0 0 Castanha de Caju 217 Cashew nut

49
Quadro 31 : Metadados de referncia de produtos vegetais

Conceitos, Frequncia
Cdigo da Cobertura Fonte de Mtodo de
Descrio Contacto Definies e Tratamento de dados de recolha
Matriz Geogrfica dados difuso
Classificaes de dados

Aps definio de uma amostra


representativa at ao nvel de
provncia, foram seleccionadas as
Trabalho
Direco de unidades primrias de amostragem.
Quantidade da de Papel e em
Economia,MINAG O questionrio foi o principal
144CPD010 produo de culturas Nacional inqurito formato Anual
[email protected]; instrumento de notao. em funo
bsicas Agrcola, electrnico
[email protected] das unidades de inquirio foram
TIA
desenhados questionrios para
grandes, mdias e pequenas
exploraes.
Quantidade da FAO
produo de
culturasbsicas por
144SPD010
nvel
administrativo1,
produto e ano
144CPD015 rea Colhida
144SPD016 rea semeada
Area semeada por
144SPD016 nvel administrativo
1, produto e ano
No CAP 2009-2010 foram
introduzidas inovaes
INE, DESE; metodolgicas e tecnolgicas, em Censo
Nmero de
[email protected] relao ao I Censo Agro-pecurio Agro
exploracoes por
144CAP312 [email protected];e FAO (CAP 1999-2000) do Pas, Pecurio,
culturas alimentar
Ministrio da Agricultura, realizado em 2000 e 2001 pelo INE CAP
bsica
Direco de Economia e o MINAG (o ento Ministrio da 2008/2009
Agricultura e Desenvolvimento
Rural, MADER, nomeadamente:

50
Nmero de
exploracoes por
CAPQ2.3 culturas alimentar
bsica segundo o tipo
de exploracao
A recolha de dados do CAP 2009-
2010 foi levada a cabo de Janeiro a
Novembro de 2010 pelo INE em
parceria com o MINAG, tendo
beneficiado de assistncia tcnica e
financeira da FAO, do Fundo
Comum de Apoio ao ao SEN e do
Governo. Nesta operao foram
rea cultivada por realizadas duas operaes
cultura alimentar principais, nomeadamente
144CAP314
bsica segundo a entrevista geral dos mdulos
provncia complementares (adicionais) e a
medio de reas a cerca de 20%
dos agregados familiares com
machambas nas reas de
enumerao seleccionadas. Os
dados sobre a agricultura dizem
respeito campanha agrcola
2009/2010 e os da pecuria ao ano
civil 2010.
rea cultivada por
Seguiu-se a METODOLOGIA
CAPQ2.2 provncia segundo o
MODULAR (FAO, WCA 2010)
tipo de exploracao
Nmero de
exploracoes por Para a medio das machambas foi
144CAP013 classe de rea usado o GPS em substituio das
cultivada segundo o bssolas e/ou fitas mtricas.
tipo de exploracao
Nmero de
exploracoes por
CAP09Q1.3 classe de rea
cultivada e tipo de
exploracao
Nmero de
144CAP411 exploracoes por
rvore de fruta

51
Nmero de cajueiros
por provncia
144CAP412
segundo tipo de
exploracao
Nmero de coqueiros
por provncia
144CAP421
segundo tipo de
exploracao
Nmero de
exploracoes por tipo
144CAP52
de arvore de fruta
segundo provncia
Nmero de
exploracoes agro-
144CAPQ11 pecuarias por
provncia e tipo de
exploracao
rea cultivada por
144CAP313 hortcola segundo
tipo de exploracao
Produo de produtos
144CPD030
vegetais derivados
Nmero de
exploracoes por
provincia segundo
tipo de meios de
144CAP092
mecanizacao ou de
transporte que
utilizam por
provincia

Os dados sobre a produo das culturas so fornecidos pelo ministrio da Agricultura atravs da Direco de Economia.
Cabe a esta direco a globalizao de toda a produo agrria e a produo de relatrios peridicos, triemestrais, semestrais e anuais

52
Quadro 32 : Metadados de referencia de produtos animais e derivados

Frequncia
Cdigo da Conceitos, Definies e Cobertura Mtodo de de recolha
Matriz Descrio Contacto Classificaes Geogrfica Tratamento de dados Fonte de dados difuso de dados
A Direco de Economia e
a Direco Nacional de
Direco de Servios Veterinrios do
Economia e ministrio da Agricultura
Direco Nacional Nacional produz dados sobre
de Servios efectivos pecurios e Relatrios Decienal,
Veterinrios, fornece informao sobre a em papel; anual,
Nmero de Ministrio da produo de produtos CAP, TIA e Arrolamento pgina Trimestral,
144CPD035 animais vivos Agricultura pecurios pecurio electrnica semestral
Efectivos
Pecurios por
especie segundo
144CAP073 a provncia
Nmero de
animais vivos por
nvel
FAO
administrativo 1,
144SPD035 produto e ano
Nmero de
exploracoes por
espciepecuria
e tipo de
144CAP071 exploracao
Nmero de Decenal,
exploracoes por Nacional, CAP, TIA, Fontes anual,
espcie animal e [email protected]
Provincial Administrativas(DNSV) semestral,
144CAP072 provncia trimestral
Produo de
144CPD050 carne
144CPD060 Produo de leite
Produo de
144CPD070 ovos

A Direco dos Servios Veterinrios, produtos com periodicidade informao sobre os efectivos pecurios
Existe informao sobre a vacinao do gado, banhos carraceddas e produo de carne e ovos.

53
Quadro 33 : Metadados de referncia do comrcio externo

Conceitos, Frequncia
Contacto
Cdigo da Definies e Cobertura Fonte de Mtodo de de recolha
Matriz Descrio Classificaes Geogrfica Tratamento de dados dados difuso de dados
Valor de Importao de
A recolha de dados est a cargo das
produtos agrcolas e INE, DESE Sistema
Alfndegas de Moambique.
144CTR010 produtos de origem animal Harmonizado INE
Valor de Exportao de
produtos agrcolas e [email protected] Utiliza a nomenclatura internacional, o SH
144CTR015 produtos de origem animal FAO
Valor de Re-exportao de
O INE faz o processamento de acordo com a Web page e Trimestral
produtos agrcolas e Nacional origem, destino, valor e posterior publicao em papel e anual
144CTR020 produtos de origem animal
Valor de Importao de
144CTR025 Animais Vivos
Valor de Exportao de
144CTR030 Animais Vivos
Valor de Re-exportao de
144CTR035 Animais Vivos Direco
Nacional
Valor Importado de das
144CMA020 maquinaria Alfndegas
Valor Exportado de
144CMA030 maquinaria

144CPE015 Valor Importado pesticidas


Valor Exportado de
144CPE020 pesticidas
Valor de Importao de
144CFO025 produtos florestais
Valor de Exportao de
144CFO030 produtos florestais
O INE possui um departamento que se encarrega com toda a estatstica do comrcio externo. Trabalha em estrita colaborao com a Direco nacional das alfndegas para a
uniformizao dos conceitos e as boas prticas internacionais e tambm alimenta informao para a balana de pagamentos que compilada pelo Banco Central
Ainda no possvel fornecer com fieldade a informao sobre as quantidade de produtos importados

54
Quadro 34 : Metadados de referncia de informao sobre a populao

Conceitos, Frequncia
Cdigo da Definies e Cobertura Fonte de Mtodo de de recolha
Matriz Descrio Contacto Classificaes Geogrfica Tratamento de dados dados difuso de dados
Populao total [email protected]
Homens Segue os Recensea
Mulheres INE,DEMOVIS
conceitos mento
Populao rural [email protected]
144CPO010 recomendados Nacional Geral da
Populao urbana
Populao agrcola pelas Naes Os Censos tm periodicidade decenal. Aps Populao
Unidas, recolha e tratamento dos dados faz-se e Cd, papel,
Populao no agrcola FNUAP projeces da popuao Habitao webpage Decenal

Com o Censo da populao no s se fazem projeces da populao como tambm se compilam vrios indicadores scio demogrficos.
O Censo fundamental para o desenho da amostra me.

Quadro 35 : Metadados de referncia de informao sobre a disponibilidae de alimentos


Conceitos, Frequncia
Cdigo da Definies e Cobertura Fonte de Mtodo de de recolha
Matriz Descrio Contacto Classificaes Geogrfica Tratamento de dados dados difuso de dados
Quantidade da Ministrio da Indstria e
disponibilidade de alimentos Comrcio;
144CFA010 (toneladas) http:\www.mic.gov.mz;

Alm da informao fornecida pelo Ministrio da Industria e comrcio, existe o PES, Plano Econmico e social que
um documento do Ministrio da Planificao e Desenvolvimento em que todos os outros ministrios
devem reportar as produes sectoriais, suas metas de produo e o grau de realizao da produo em relao ao planificado

55
Quadro 36 : Metadados de referncia sobre os preos
Conceitos, Frequncia
Cdigo da Definies e Cobertura Fonte de Mtodo de de recolha
Matriz Descrio Contacto Classificaes Geogrfica Tratamento de dados dados difuso de dados

Faz a recolha semanal dos preos de Recolha


Preos ao Produtor para Ministrio da Agricultura, produtos bsicos usando uma ficha de em 25 Webpage, Semanal ,
144CPR010 Culturas bsicas SIMA; [email protected] Nacional inqurito meio estruturada mercados papel mensal
Recolha
ndice de Preos ao com base no inqurito aos oramentos juntoaos
Consumidor para Alimentos [email protected] familiares, criou-se uma cesta de produtos por mercados Webpage, Semanal ,
144CPR040 (IPC) v.mz COICOP Nacional provncias. e lojas papel mensal

Quadro 37 : Metadados de referncia de informao sobre a pesca


Conceitos, Frequncia
Cdigo da Definies e Cobertura Fonte de Mtodo de de recolha
Matriz Descrio Contacto Classificaes Geogrfica Tratamento de dados dados difuso de dados
Quantidade da Produo de
Ministrio das pescas;
Captura de Pescado (Total, Relatrios
http:\www.mozpeacas.gov.m
guas interiores, guas das
z;
144CFI010 marinhas) Pescas
Quantidade da Produo da
aquacultura de guas Direco de Planificao e
144CFI030 interiores Estatstica
Quadro 6.1-nemro de
Nacional
exploracoes que praticam
aquacultura em tanques
individuais por provncia
segundo o tipo de
144CAP053 exploracao

Valor da Produo de
aquacultura de guas
144CFI040 interiores

Quantidade e valores totais


Registos
das importaes anuais de
Sistema Alfandegri Trimestral
144CFI070 produtos pesqueiros Nacional Webpage
Harmonizado os e e anual
Relatrios
Quantidade e valores totais sectorial
das exportaes anuais de das
144CFI080 produtos pesqueiros pescas

56
Quadro 38 : Metadados de referncia de informao sobre o valor acrescentado
Conceitos, Frequncia
Cdigo da Definies e Cobertura Fonte de Mtodo de de recolha
Matriz Descrio Contacto Classificaes Geogrfica Tratamento de dados dados difuso de dados
Inquritos,
Valor Agregado por setor relatrios
144CVA010 (preos constantes) De acordo com os procedimentos constantes sectoriais,
Valor Agregado por setor no Sistema de contas Nacionais das Naes IPC, TIA, Webpage e Trimestra,
144CVA020 (preos correntes) [email protected] ISIC,CPC Nacional Unidas, SNA93 PES papel anual

Quadro 39 : Metadados de referncia de informao sobre a segurana alimentar


Conceitos, Frequncia
Cdigo da Definies e Cobertura Fonte de Mtodo de de recolha
Matriz Descrio Contacto Classificaes Geogrfica Tratamento de dados dados difuso de dados
Produo de dados e informao sobre a Inquritos,
situao da segurana alimentar o pas. A relatrios
Quantidade da medida que realiza monitoria e avaliaes sectoriais, Webpage e
144CFA010 disponibilidade de alimentos Ministrio da Agricultura, SETSAN
FAO Nacional produz relatrios tcnicos IPC, TIA, papel Anual
Com base em percepes e dados histricos, fontes
Previso de produo de os sectores fazem a previso da produo administrat Webpage e
culturas PES, MINAG CPC Nacional para o ano n+1 ivas papel Anual

Quadro 40 : Metadados de referncia de informao sobre o uso da terra


Conceitos, Frequncia
Cdigo da Definies e Cobertura Fonte de Mtodo de de recolha
Matriz Descrio Contacto Classificaes Geogrfica Tratamento de dados dados difuso de dados

Ministrio da Coordenao
Ambiental E INE/DESE; Publicao
http:\www.micoa.gov.mz; nica de
144CLI010 rea - Uso da terra Ministrio da Agricultura Compndio sobre
Papel as estatsticas
2004 do ambiente
Trimestral,
Quantidade da Produo de Minag, Direco Nacional de Produz dados sobre produo florestal, fauna Webpage e Semestral,
144CFO010 produtos florestais Terras e Florestas Nacional bravia e terras. Relatrios papel Anual

57
BIBLIOGRAFIA

1. anurio Estatstico da Agricultura, 2009

2. Carta Africana de Estatstica

3. CAP 2009-2010; Resultados preliminares

4. INE; CD contendo as classificaes conceitos e nomenclaturas de Moambique.

5. Kiregyera, B e tal Uma Avaliao do Sistema Nacional de Informao Agrria de Moambique. Relatrio de
Avaliao, Maio2007
6. World Bank, 2009. Study paper; Economics of adaptation to climate change, EACC.

7. MICOA & INE; Compndio de estatsticas do ambiente, 2004

8. Ministrio das Pescas, Recenseamento da pesca Artesanal 2007

Contactos:

Domingos Diogo e Anselmo Nhane da equipa do Countrystat Moambique

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