MF6 - Debate Sobre Recursos Didáticos e Multimédia

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MF6 - Debate sobre Recursos Didáticos e Multimédia

Para dar resposta a esta atividade, utilizei a informação recolhida no Manual do Curso de Formação
Pedagógica Inicial de Formadores – Módulo 6 – Recursos Didáticos e Multimédia, nomeadamente
os textos associados ao académico espanhol Pere Marquès Graells.

O autor afirma que, para um recurso didático ser eficaz, não é necessário que seja um material de
última tecnologia. A seleção dos materiais a utilizar com os formandos sempre se realizará
contextualizada no âmbito do projeto da intervenção educativa concreta. A cuidadosa revisão das
possíveis formas de utilização dos recursos permitirá desenhar/projetar atividades de
aprendizagem e metodologias didáticas eficientes que assegurem a eficácia a realização das
aprendizagens previstas.

Assim sendo, cada recurso didático, de acordo com os seus elementos estruturais, oferece
benefícios concretos e abre determinadas possibilidades de utilização num enquadramento de
umas atividades de aprendizagem que, em função do contexto, lhe podem permitir oferecer
vantagens significativas comparativamente ao uso de outros recursos alternativos. Para poder
determinar vantagens de um recurso sobre outro, sempre devemos considerar o contexto de
aplicação.

Ainda, os recursos didáticos que se podem utilizar numa situação de ensino podem ser ou não
meios didáticos, o material pode ter sido ou não elaborado com a intenção de facilitar o processo
concreto de ensino-aprendizagem.

Deste modo, os recursos didáticos classificam-se em três tipos:

 Materiais Convencionais:

 Materiais Impressos (textos) ou fotocopiados: livros, fotocopias, periódicos,


documentos...
 Materiais de imagem fixa não projetável: recortes, cartolinas...
 Quadros didáticos: ardósia, franelograma...
 Outros: jogos (ex: jogos de mesa), materiais de laboratório...

 Meios Audiovisuais (meio de comunicação ou método de ensino que utiliza o som e a imagem):

 Projeção de imagens fixas: diapositivos, transparências, fotografias...


 Materiais sonoros (áudio): CD áudio, cassetes, discos, radio...
 Materiais audiovisuais (vídeo): montagens audiovisuais, películas, vídeos, programas de
televisão, montagens AV…

 Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) e Multimédia (tecnologia informática de


comunicação que combina som e imagem):

 Programas informáticos educativos (CD ou on-line): videojogos, atividades de


aprendizagem, apresentações multimédia, enciclopédias, animações e simulações
interativas.
 Serviços telemáticos: páginas web, weblogs, passeios virtuais, webquest, correio eletrónico,
chats, fóruns, unidades didáticas e cursos on-line...
 TV e vídeo interativos.
Contudo, e tendo em conta os conteúdos disponibilizados pela Espiralsoft para a aprendizagem do
Módulo 6, e em consonância com o contexto atual de sociedade digital, há um destaque na
importância dos recursos TIC, nomeadamente:

 As apresentação Powerpoint, cujas principais vantagens são


 Produções audiovisuais com o programa informático Moviemaker.

VANTAGENS E DESVANTAGENS

As páginas 46-49 do Manual especificam num quadro as vantagens e desvantagens de cada


recurso, pelo que não vejo razão para repetir novamente esta informação agora referenciada.

No entanto, Graells especifica antes que a utilização de recursos didáticos sempre supõe riscos,
pois nem todos os recursos desejáveis podem estar disponíveis, as máquinas podem avariar ou
sofrer um corte elétrico, e até que os formandos apreciem o recurso apenas de forma lúdica... Por
isso.

Para reduzir estes riscos, aconselham-se três pontos-chave:

 O apoio tecnológico, verificando o hardware (computador, videoprojector, etc.), e o


software.
 O apoio didático antes da sessão, preparar o material e as atividades adequadas.
 O apoio organizativo, assegurando a disponibilidade dos espaços adequados e a sua
distribuição, o tempo que durará a sessão, a metodologia que utilizaremos (diretiva,
semidiretiva, uso livre do material).

No que cabe às apresentações Powerpoint, sendo um dos recursos assinalados por causa da
versatilidade no seu uso em diferentes contextos, as vantagens específicas são:

 Interação Formador-Formando;
 Dinamismo na Apresentação;
 Apresentação Sequencial;
 Promove uma maior Motivação pela Aprendizagem;
 Na forma de Pensar, Aprender e Comunicar;
 Uma nova imagem Profissional/Tecnológica.

PRINCIPAIS REGRAS PARA APRESENTAÇÕES EFICAZES EM POWERPOINT

Estas aparecem descritas nas páginas 50-54 do Manual, destacando-se na página o resumo nas
seguintes regras:

 Apresentações claras, consistentes, suficientemente Grandes, progressivas e Simples;


 A comunicação é a chave: o texto deve ser utilizado para suportar a comunicação;
 As imagens devem simplificar conceitos complexos;
 As animações devem ser utilizadas para simplificar relações complexas;
 Os efeitos visuais devem ser utilizados para suportar e não para distrair;
 Os efeitos sonoros apenas devem ser utilizados quando absolutamente necessário;
 Mostrar a apresentação a pelo menos três pessoas e pedir a opinião antes de a mostrar aos
formandos.
PRINCIPAIS ESTRATÉGIAS DUMA APRESENTAÇÃO POWERPOINT EM CONTEXTO DE FORMAÇÃO

A principal estratégia de utilização de apresentações PowerPoint será a de garantir uma


implementação eficaz do recurso que permita a aprendizagem dos conteúdos, potenciando a
transmissão da mensagem e tornando-a mais apelativa, consolidada e memorável junto dos
Formandos.

Para isso, deveremos seguir as regras de eficácia resumidas no ponto anterior, ao que acrescento
outras estratégias de seguida:

 Planejamento da estrutura antes de criar a apresentação, definindo os tópicos principais, a


ordem em que serão apresentados e os principais pontos que serão abordados em cada um
deles, usando títulos, subtítulos e marcadores para ajudar a organizar o conteúdo.
 Simplificação de textos, imagens e animações, para manter o conteúdo simples e direto,
para os alunos poderem compreender facilmente os principais conceitos.
 Clareza de fontes legíveis e com contraste adequado entre o texto e o fundo, usando
gráficos e imagens de alta qualidade para ilustrar conceitos e dados.
 Interatividade como links para vídeos e materiais adicionais, para tornar a apresentação
mais dinâmica e atrativa.
 Pausas na apresentação para permitir que os formandos reflitam sobre o conteúdo e
possam fazer perguntas, estimulando a participação ativa e promovendo discussões e
debates.
 Revisão antes de utilizá-la em sala de aula, para evitar erros de ortografia e gramática e
garantir que o conteúdo está atualizado e é relevante.

A estruturação dos conteúdos em contexto de formação deve ser organizada de forma clara e
lógica, seguindo um guião que permita aos formandos acompanhar a apresentação com facilidade
segundo o seguinte esquema cronológico:

 Rever a ficha de turma e o plano do curso para ter em conta o contexto em que a ação de
formação está inserida.
 Criar com detalhe o Plano de Sessão da ação formativa.
 Preparar a sala de formação ou garantir previamente que todos os recursos estão
operacionais
 Introdução: tema da apresentação e objetivos, para os alunos compreenderem o que vão
aprender e por que é importante.
 Tópicos principais: a serem abordados, com subtítulos para cada tópico.
 Desenvolvimento de cada tópico com exemplos, gráficos, e imagens, certificando-se de que
a apresentação flui de forma lógica e racional.
 Conclusão ou síntese dos principais pontos abordados para reforçar a importância destes
na sua aplicação prática.
 Perguntas e respostas no final e agradecer a atenção e a participação.
 Respeitar os horários de início e de fim.
 Após da ação formativa, tomar nota das alterações e correções para fazer à apresentação,
de forma a manter adaptada às necessidades atualizadas da formação.

OUTROS TEMAS: O TELEMÓVEL COMO RECURSO DIDÁTICO


O uso massificado e a omnipresença do telemóvel faz pensar em encontrar formas de satisfazer a
necessidade do seu uso nas ações de formatição. Alguns exemplos de uso poderiam considerar as
apps de aprendizagem já existentes com muita diversidade, como dicionários, enciclopédias, jogos
educativos, o que complementam as aulas e tornam o processo de aprendizagem mais interativo e
divertido.

Da mesma forma, os telemóveis são excelentes para visualizar vídeos educativos, quer produzidos
pelos próprios formandos ou do YouTube., e assim ilustrar com eles conceitos ou exemplos, e
discutir tópicos específicos.

O telemóvel permite a pesquisa online de forma rápida e fácil.

As redes sociais podem ser utilizadas como ferramentas de colaboração com grupos de discussão
entre os formandos, para partilhar entre si informações relevantes.

É claro que a desvantagem é a distração que o telemóvel costuma provocar, algo que pode ser
minimizado introduzindo regras específicas.

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