Simulado - Gran Concursos
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ASSINATURA DO CANDIDATO
No do Documento
1° SIMULADO
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VOCÊ DEVE
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- Procurar, na FOLHA DE RESPOSTAS, o número da questão que você está respondendo.
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- Marcar essa letra na FOLHA DE RESPOSTAS, conforme o exemplo:
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ATENÇÃO
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de lápis, lapiseira, marca texto, régua ou borracha durante a realização da prova.
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- Marque apenas uma letra para cada questão. Será anulada a questão em que mais de uma letra estiver assinalada.
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- Responda a todas as questões.
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- Não será permitida nenhuma espécie de consulta ou comunicação entre os candidatos, nem a utilização de livros, códigos,
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manuais, impressos ou qualquer anotações.
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- Em hipótese algum os rascunhos da Prova Discursiva-Estudo de Caso serão corrigidos.
- Você deverá transcrever sua Prova Discursiva-Estudo de Caso, a tinta, na folha apropriada.
- A duração da prova é de 4 horas para responder a todas as questões objetivas, preencher a Folha de Respostas e fazer a Prova
Discursiva-Estudo de Caso (rascunho e transcrição) na folha correspondente.
- Ao término da prova, chame o fiscal da sala e devolva todo o material recebido.
- É proibida a divulgação ou impressão parcial ou total da presente prova. Direitos Reservados.
FOLHA DE ROSTO ORIENTATIVA PARA PROVA OBJETIVA
LEIA AS ORIENTAÇÕES COM CALMA E ATENÇÃO!
INSTRUÇÕES GERAIS
CÓDIGO:
1032023855
TIPO DE MATERIAL:
Simulado Preparatório
NUMERAÇÃO:
1° Simulado
NOME DO ÓRGÃO:
Ministério Público do Estado da Paraíba
MP/PB
CARGO:
Técnico Ministerial
MODELO/BANCA:
FCC
EDITAL:
Pós-Edital
ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO:
3/2023
MP PB – 1° Simulado – Técnico Ministerial (Pós-Edital) 000000 – PG4
LÍNGUA PORTUGUESA
Márcio Wesley
Obs.: cada questão tem ao final a indicação de quais assuntos do edital foram abordados.
Atenção: leia o trecho de “Temor e Tremor”, de Søren Kierkegaard, para responder às questões de 1 a 4.
Aquilo a que chamo propriamente humano é a paixão, através da qual cada geração compreende inteiramente a outra e se
compreende a si própria. Assim, no que respeita ao amor, nenhuma geração aprenderá a amar com outra, nenhuma começa senão
no princípio, nenhuma geração ulterior tem tarefa mais breve que a precedente; e se não quer, como as anteriores, contentar-se de
amar, e deseja ir mais longe, passou de vãs e censuráveis palavras.
Kierkegaard. Epílogo a: Temor e Tremor. Tradução de Maria José Marinho. São Paulo: Abril Cultural, 1979. [Coleção Os Pensadores]
1. Segundo o texto,
(A) somente por meio da paixão uma geração pode compreender inteiramente a outra e a si mesma.
(B) a geração que se contenta em apenas amar deixa a desejar no aprendizado com a geração anterior.
(C) sem paixão não é possível amar inteiramente uma geração anterior nem a sua própria.
(D) sem respeitar o amor, nenhuma geração vai aprender nada com outra.
(E) uma geração é vã e censurável quando tenta ultrapassar o entendimento da geração anterior.
Atenção: leia o trecho de “O desespero humano”, de Søren Kierkegaard, para responder às questões de 5 a 10.
1 É possível que esta forma de “exposição” se afigure, a muita gente, singular; que pareça demasiado severa para ser edificante,
demasiado edificante para ter rigor especulativo. Se ê demasiado edificante, não sei bem; demasiado severa, suponho que não;
e se o fosse, seria, a meu ver, um defeito. O problema não está em saber se pode ser edificante para toda a gente, visto que nem
toda a gente será capaz de a seguir; mas, neste caso, que por sua natureza seja edificante. A regra cristã quer, com efeito, que tudo,
5 tudo, possa ser pretexto para edificar. Uma especulação que não o consiga, será, por isso mesmo, acristã. Uma exposição cristã
deve evocar, sempre, as palavras do médico à cabeceira do enfermo; não sendo necessário ser cristão para as entender, nunca se
deve esquecer, contudo, o lugar onde foram proferidas.
Esta intimidade do pensamento cristão com a vida (contrastando com a distância que a especulação mantém) e também esse
aspecto ético do cristianismo, implicam precisamente a edificação, e uma separação radical, uma diferença de natureza, separam
10 uma exposição desta espécie, não obstante o seu rigor, dessa forma de especulação que se quer “imparcial”, e cujo pretenso hero-
ísmo sublime, bem longe de o ser, não é para o cristão mais do que uma espécie de desumana curiosidade. Ousarmos ser nós
próprios, ousar-se ser um indivíduo, não um qualquer, mas este que somos, só face a Deus, isolado na imensidade do seu esforço e
da sua responsabilidade: eis o heroísmo cristão, e confesse-se a sua provável raridade; mas haverá heroísmo no iludirmo-nos pelo
refúgio na pura humanidade, ou em brincar a ver quem mais se extasia perante a história da humanidade? Todo o conhecimento
15 cristão, por estrita que seja de resto a sua forma, é inquietação e deve sê-lo; mas essa mesma inquietação edifica. A inquietação
é o verdadeiro comportamento para com a vida, para com a nossa realidade pessoal e, consequentemente, ela representa, para o
cristão, a seriedade por excelência; a elevação das ciências imparciais, muito longe de representar uma seriedade superior ainda,
não é, para ele, senão farsa e vaidade. Mas sério é, eu vo-lo afirmo, aquilo que edifica.
Kierkegaard. Prefácio a: O desespero humano (doença até a morte). Tradução de Adolfo Casais Monteiro.
São Paulo: Abril Cultural, 1979. [Coleção Os Pensadores]
6. Se é demasiado edificante, não sei bem; demasiado severa, suponho que não; e se o fosse, seria, a meu ver, um defeito.
O pronome sublinhado no trecho acima refere-se a
(A) demasiado severa.
(B) demasiado.
(C) edificante.
(D) bem.
(E) defeito.
7. O problema não está em saber se pode ser edificante para toda a gente, visto que nem toda a gente será capaz de a seguir...
A locução sublinhada acima pode ser correta e adequadamente substituída por
(A) posto que
(B) contanto que
(C) à medida que
(D) porquanto
(E) conquanto
8. Uma exposição cristã deve evocar, sempre, as palavras do médico à cabeceira do enfermo...
Ao transpor a oração acima para a voz passiva analítica, obtém-se a forma verbal
(A) deve-se evocar
(B) deve ser evocada
(C) devem-se evocar
(D) devem ser evocadas
(E) devem evocar
MP PB – 1° Simulado – Técnico Ministerial (Pós-Edital) 000000 – PG6
9. A regra cristã quer, com efeito, que tudo, tudo possa ser pretexto para edificar.
Iniciando com “O autor afirma que...”, a frase acima pode ser expressa na forma de discurso indireto como
(A) a regra cristã quereria, com efeito, que tudo, tudo, pudesse ser pretexto para edificar.
(B) a regra cristã queria, com efeito, que tudo, tudo pudesse ser pretexto para edificar.
(C) a regra cristã quer, com efeito, que tudo, tudo pode ser pretexto para edificar.
(D) a regra cristã quererá, com efeito, que tudo, tudo poderá ser pretexto para edificar.
(E) a regra cristã quereria, com efeito, que tudo, tudo poderia ser pretexto para edificar.
10. A seguinte redação livre, a partir do texto, está clara, correta e coerente:
(A) Todo conhecimento cristão, por estrita que seja, depois de tanta reflexão, as suas formas, é sempre inquietação.
(B) O pensamento cristão, que o interesse ilustra bem a inquietação humana, deve demonstrar ética perante Deus.
(C) Não há verdadeiro heroísmo se não quando despe-se das máscaras para ser você mesmo.
(D) As palavras do pregador ao cristão visam a edificação ao modo de um médico que assiste seus enfermos.
(E) A história da humanidade não é senão o porvir de um aperfeiçoamento moral em meio à inquietação constante.
11. Sobre a Lei Complementar n. 97/2020, ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional, administrativa e financeira,
cabendo-lhe, com exceção:
(A) praticar atos próprios de gestão.
(B) praticar atos e decidir sobre a situação funcional e administrativa do pessoal, ativo e inativo, da carreira e dos serviços auxi-
liares, organizados em quadros próprios.
(C) elaborar suas folhas de pagamento e expedir os competentes demonstrativos.
(D) adquirir bens e contratar serviços, dispensada a respectiva contabilização.
(E) propor ao Poder Legislativo a criação, a transformação e a extinção de seus cargos, a fixação e o reajuste do subsídio e
vantagens de seus membros, bem como a política remuneratória e os planos de carreira.
16. São considerados como de efetivo exercício para todos os efeitos legais, os dias em que servidor do Ministério Público estiver
afastado de suas funções em razão de, exceto:
(A) licenças previstas nesta Lei.
(B) férias.
(C) disponibilidade não remunerada, inclusive decorrente de punição.
(D) designação do Procurador-Geral de Justiça para exercício em função de confiança.
(E) outras hipóteses definidas em lei.
17. Sobre a Resolução n. 04/2013 do Colégio de Procuradores de Justiça, assinale a alternativa correta:
I. Serão registradas como notícia de fato as demandas dirigidas aos órgãos de execução do Ministério Público, compreenden-
do representações formuladas por qualquer pessoa ou comunicação de outro órgão da Instituição ou de qualquer autoridade.
II. A notícia de fato deverá fornecer, por qualquer meio legalmente permitido, dados sobre o fato e seu provável autor, bem como
a qualificação mínima que permita sua identificação e localização, sob pena de indeferimento liminar.
III. Se as informações forem verbais, não deverão ser reduzidas a termo.
(A) de ofício.
(B) em face de notícia de fato apresentada perante o Ministério Público.
(C) através de designação do Procurador-Geral de Justiça, na hipótese de delegação de sua atribuição originária em caso espe-
cífico ou de solução de conflito de atribuições.
(D) por determinação do Conselho Superior do Ministério Público, quando do provimento de recurso interposto contra decisão
que indefira notícia do fato consubstanciada em representação para instauração de inquérito civil.
(E) por requisição do Delegado de Polícia.
19. O inquérito civil será instaurado por meio de portaria, numerada em ordem crescente, renovada anualmente, autuada e registrada,
devendo conter, exceto:
(A) o fundamento legal que autoriza a ação do Ministério Público, sendo dispensada a descrição do fato objeto do inquérito civil.
(B) o nome e a qualificação possível da pessoa a quem o fato é atribuído.
(C) o nome e a qualificação do autor da notícia de fato, se for o caso.
(D) a data e o local da instauração e a determinação de diligências iniciais.
(E) a designação do secretário, mediante termo de compromisso, quando couber.
MP PB – 1° Simulado – Técnico Ministerial (Pós-Edital) 000000 – PG8
I. A instrução do inquérito civil será presidida pelo membro do Ministério Público a quem for conferida essa atribuição, nos
termos da Resolução do Colégio de Procuradores que disciplinar as atribuições dos integrantes da carreira.
II. O servidor efetivo, com lotação no respectivo órgão de execução, será encarregado de secretariar o inquérito civil e, caso
isso não seja possível, por qualquer motivo, ocorrerá designação, mediante termo de compromisso, de outro servidor pelo
membro do Ministério Público.
III. Para o esclarecimento do fato objeto de investigação, deverão ser colhidas todas as provas permitidas pelo ordenamento
jurídico, dispensada a juntada das peças em ordem cronológica de apresentação.
(A) Somente o item I está correto.
(B) Somente os itens I e II estão corretos.
(C) Somente o item III está correto.
(D) Todos estão corretos.
(E) Nenhum está correto.
22. Sobre os princípios fundamentais, constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, exceto:
(A) construir uma sociedade livre, justa e solidária.
(B) garantir o desenvolvimento nacional.
(C) erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais.
(D) promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
(E) defender a soberania nacional.
23. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social, exceto:
(A) piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho.
(B) irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo.
(C) garantia de salário, nunca superior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável.
(D) décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria.
(E) remuneração do trabalho noturno superior à do diurno.
27. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, como regra. Assinale a alternativa que não corresponde a uma pos-
sibilidade:
(A) manter a integridade nacional.
(B) repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra.
(C) pôr termo a grave comprometimento da ordem pública.
(D) garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação.
(E) reorganizar as finanças da unidade da Federação que suspender o pagamento da dívida fundada por mais de cinco anos
consecutivos, salvo motivo de força maior.
28. Sobre a Lei n. 9.784/1999, o requerimento inicial do interessado, salvo casos em que for admitida solicitação oral, deve ser formu-
lado por escrito e conter os seguintes dados, exceto:
(A) órgão ou autoridade administrativa a que se dirige.
(B) identificação do interessado ou de quem o represente.
(C) domicílio do requerente ou local para recebimento de comunicações.
(D) formulação do pedido, sem necessidade da exposição dos fatos e de seus fundamentos.
(E) data e assinatura do requerente ou de seu representante.
29. Assinale a alternativa correta. Ainda sobre a Lei n. 9.784/1999, não podem ser objeto de delegação:
I. a edição de atos de caráter normativo;
II. a decisão de recursos administrativos;
III. as matérias de competência comum do órgão ou autoridade.
38. O prazo de prescrição da pretensão relativa à tutela começa da data da aprovação das contas, e é de:
(A) 1 ano.
(B) 2 anos.
(C) 3 anos.
(D) 4 anos.
(E) 5 anos.
44. Quais das matérias relacionadas abaixo o juiz não conhecerá de ofício?
(A) Inexistência ou nulidade da citação e conexão.
(B) Incompetência absoluta e coisa julgada.
(C) Incorreção do valor da causa e litispendência.
(D) Inépcia da petição inicial e perempção.
(E) Incompetência relativa e convenção de arbitragem.
48. Quando houver uma lesão penalmente irrelevante decorrente de conduta formalmente tipificada como crime, o afastamento da
tipicidade material dar-se-á através do
(A) princípio da insignificância.
(B) princípio da intervenção mínima.
(C) princípio da humanidade das sanções.
(D) princípio da adequação social.
(E) princípio do ne bis in idem.
50. De acordo com o que está expressamente previsto no artigo 18 do Código Penal, o crime é:
(A) doloso, quando o autor do fato tinha intenção de praticar a ação ou a omissão.
(B) culposo, quando o autor do fato assumiu deliberadamente o risco de produzir o resultado.
(C) culposo, quando o autor do fato não tinha intenção de produzir o resultado.
(D) doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo.
(E) preterdoloso, quando o autor do fato visa produzir um resultado e, por imperícia, advém outro.
53. Marque a alternativa correta acerca dos crimes contra a dignidade sexual.
(A) O crime de importunação sexual é crime subsidiário e será caracterizado somente se o ato libidinoso praticado não constituir
crime mais grave.
(B) A prática consentida de conjunção carnal com menor de 14 anos não caracterizará o crime de estupro de vulnerável, se com-
provado que a vítima já mantinha vida sexual ativa anteriormente.
(C) Manter estabelecimento destinado à prática de exploração sexual é considerada conduta atípica se não houver participação
de criança e adolescente.
(D) O ato de registrar ato sexual sem autorização dos participantes somente será punível se houver divulgação a terceiros.
(E) Manter relação sexual com pessoa desacordada caracteriza o crime de estupro, artigo 213, do Código Penal.
54. Em relação ao conceito de funcionário público e equiparados, para fins penais definidos no Código Penal, é correto afirmar que:
(A) aquele que trabalha para empresa prestadora de serviço contratada para a execução de atividade típica da Administração
Pública é equiparado a funcionário.
(B) a falta de remuneração impede a caracterização do indivíduo como funcionário.
(C) a transitoriedade da função pública afasta a possibilidade de caracterização do indivíduo como funcionário.
(D) por ausência de expressa previsão legal, aquele que exerce cargo em entidade paraestatal não é considerado funcionário.
(E) o funcionário que trabalha em função de direção em fundação instituída pelo poder público, ao cometer crime contra a Admi-
nistração, terá a pena aumentada de metade.
55. A competência para julgar o comandante do Exército Brasileiro por cometimento de crime comum é do
(A) Superior Tribunal Militar.
(B) Superior Tribunal de Justiça.
(C) Tribunal Regional Federal.
(D) Juízo de primeira instância.
(E) Supremo Tribunal Federal.
56. Transitada em julgado a sentença condenatória, a competência para aplicação de lei mais benéfica ao réu será:
(A) do tribunal do júri, quando se tratar de crimes dolosos contra a vida.
(B) em caso de competência originária dos tribunais superiores.
(C) do juízo das execuções penais.
(D) do juiz de primeira instância que proferiu a sentença.
(E) em sede de revisão criminal do tribunal de justiça.
57. Considerando as inovações constantes na Lei n. 13.964/2019, assinale a opção correta em relação à cadeia de custódia.
(A) A cadeia de custódia tem início com o ato de recolhimento do vestígio do crime.
(B) O descarte do vestígio não necessita necessariamente de autorização judicial.
(C) Considera-se isolamento o procedimento por meio do qual cada vestígio coletado é embalado de forma individualizada, de
acordo com suas características físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora e nome
de quem realizou a coleta e o acondicionamento.
(D) A preservação do vestígio de um crime é de responsabilidade da Autoridade Policial.
(E) O vestígio depois de coletado e examinado, deverá ser armazenado, sendo vedado o rompimento do lacre, sob pena de
invalidá-lo como meio de prova.
MP PB – 1° Simulado – Técnico Ministerial (Pós-Edital) 000000 – PG15
58. Réu condenado em primeira instância à pena privativa de liberdade pelo crime de Roubo foi intimado pessoalmente, e pretende
recorrer da sentença proferida em seu desfavor.
Nessa situação, marque a alternativa certa quanto ao recurso cabível:
(A) recurso em sentido estrito, o qual devolve a sentença à apreciação do magistrado, para fins de juízo de retratação.
(B) apelação criminal, no prazo de cinco dias.
(C) não será admitido recurso se o réu não estiver recolhido na prisão.
(D) apelação criminal, com o termo e as respectivas razões recursais apresentados em petição única, no prazo de quinze dias.
(E) não será admitido se seu advogado não apresentar as razões recursais, ainda que o réu tenha tempestivamente assinado o
termo recursal.
59. De acordo com a Jurisprudência do STJ e também com a Legislação Penal, marque a alternativa correta quanto à competência.
(A) Compete à justiça comum estadual processar e julgar crime em que indígena figure como autor ou vítima.
(B) Compete à justiça federal processar e julgar os crimes de falsificação e uso de documento falso relativo a estabelecimento
particular de ensino.
(C) Compete à justiça federal processar e julgar prefeito por desvio de verba transferida e incorporada ao patrimônio municipal.
(D) Compete à justiça federal processar e julgar contravenções praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da
União ou de suas entidades.
(E) Compete à justiça federal processar e julgar as causas cíveis em que seja parte sociedade de economia mista e os crimes
praticados contra esse tipo de sociedade.
60. De acordo com o disposto no Código de Processo Penal em relação à ação penal, marque a alternativa correta.
(A) O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, mesmo que haja recusa da parte do querelado.
(B) Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito de queixa ou de representação, se
não o exercer dentro do prazo de seis meses, a contar do dia em que o crime foi praticado.
(C) A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos autores do crime, a todos se estenderá.
(D) Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á perempta a ação penal quando, iniciada esta, o
querelante deixar de promover o andamento do processo durante 18 dias seguidos.
(E) Se o querelado for mentalmente enfermo ou retardado mental e não tiver representante legal, ou colidirem os interesses
deste com os do querelado, a aceitação do perdão caberá ao defensor público.
Ministério Público do Estado da Paraíba
Técnico Ministerial (Pós-Edital)
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LÍNGUA PORTUGUESA
Márcio Wesley
Obs.: cada questão tem ao final a indicação de quais assuntos do edital foram abordados.
Atenção: leia o trecho de “Temor e Tremor”, de Søren Kierkegaard, para responder às questões de 1 a 4.
Aquilo a que chamo propriamente humano é a paixão, através da qual cada geração compreende inteiramente a outra e se
compreende a si própria. Assim, no que respeita ao amor, nenhuma geração aprenderá a amar com outra, nenhuma começa senão
no princípio, nenhuma geração ulterior tem tarefa mais breve que a precedente; e se não quer, como as anteriores, contentar-se de
amar, e deseja ir mais longe, passou de vãs e censuráveis palavras.
Kierkegaard. Epílogo a: Temor e Tremor. Tradução de Maria José Marinho. São Paulo: Abril Cultural, 1979. [Coleção Os Pensadores]
1. Segundo o texto,
(A) somente por meio da paixão uma geração pode compreender inteiramente a outra e a si mesma.
(B) a geração que se contenta em apenas amar deixa a desejar no aprendizado com a geração anterior.
(C) sem paixão não é possível amar inteiramente uma geração anterior nem a sua própria.
(D) sem respeitar o amor, nenhuma geração vai aprender nada com outra.
(E) uma geração é vã e censurável quando tenta ultrapassar o entendimento da geração anterior.
Letra a.
(A) Certa. O primeiro período sintático do texto contém um segmento como oração subordinada adjetiva explicativa: através da qual cada
geração compreende inteiramente a outra e se compreende a si própria. Esse segmento explicativo se referiu ao termo imediatamente
antes da vírgula: a paixão. Quando se refere a um termo no singular, a oração subordinada adjetiva explicativa garante a unicidade
desse termo: a paixão. Conclusão: o sentido produzido pelo primeiro período do texto é de que somente através da paixão uma
geração pode compreender inteiramente a outra e a si mesma. Caso retirássemos a vírgula após “paixão”, teríamos em seguida oração
subordinada adjetiva restritiva, e isso implicaria a existência de outros meios para uma geração compreender a geração anterior, além
da paixão. Além disso, a própria paixão estaria sujeita a se manifestar em diferentes tipos de paixão, para a oração adjetiva restritiva
limitar-se a uma forma de paixão que permitisse compreender a geração anterior. Outra pista do texto é o segmento inicial: aquilo a que
chamo propriamente humano é a paixão. Nesse segmento, a palavra “propriamente” mostra que nada mais é tão caracteristicamente
humano do que a paixão e, por isso, só a paixão é tão compartilhada a ponto de permitir que uma geração compreenda inteiramente a
anterior. Note: compreender inteiramente. Sem recorrer à paixão, talvez possa haver compreensão, mas não seria inteira.
(B) Errada. Lemos no final do texto: “e se não quer, como as anteriores, contentar-se de amar, e deseja ir mais longe, passou de
vãs e censuráveis palavras”. Esse segmento final informa que uma geração passa de vãs e censuráveis palavras quando não quer
contentar-se de amar e pretende ir além disso. Além disso, lemos também: “no que respeita ao amor, nenhuma geração aprenderá a
amar com outra”, ou seja, não é o amor que uma geração vai aprender com a outra, mas é a paixão um meio seguro para uma geração
compreender a outra. São raciocínios diferentes. Atenção!
(C) Errada. No texto, não se trata de amar uma geração anterior, mas sim de compreender essa geração anterior através da paixão que
se compartilha como algo propriamente humano.
(D) Errada. O segmento “no que respeita ao amor” tem sentido de “no que se refere ao amor”. Não se trata de respeitar ou desrespeitar
o amor. Aliás, o significado textual é que o amor não é aprendido com outra geração, mas cada geração precisa ter seu próprio início
nesse aprendizado de amar. Lembre-se da primeira frase do texto: é pela paixão que uma geração pode compreender inteiramente a
outra; não é pelo amor (nenhuma geração aprenderá a amar com outra, segundo o texto).
(E) Errada. O texto qualifica como vãs e censuráveis as palavras de uma geração quando esta pretende ir além do papel que lhe cabe:
contentar-se de amar. O texto não qualifica como vã e censurável uma geração, nem se trata de ultrapassar o entendimento da geração
anterior. Trata-se apenas de recusar-se ao contentamento satisfatório de simplesmente amar, e querer ir além disso.
ASSUNTOS ABORDADOS: compreensão e interpretação de textos de gêneros variados.
Letra c.
(A) Errada. Não ocorre comparação nesse segmento. Comparação pode igualar, mostrar superioridade ou inferioridade. Nada disso foi
mostrado na frase em questão.
MP PB – 1° Simulado – Técnico Ministerial (Pós-Edital) 000000 – PG19
(B) Errada. Não ocorre metáfora nesse segmento. Metáfora estabelece igualdade ou similaridade sem presença de conectivo, mas nem
sequer foi feita comparação para igualar.
(C) Certa. A metonímia ocorre quando uma palavra substitui outra com ela associada logicamente. Essa associação se baseia em
relações como parte no lugar do todo (pediu a mão da moça em casamento), marca no lugar do produto (comprei um bombril), autor
no lugar da obra (estudamos Machado de Assis) etc. No segmento em análise na questão, ocorre metonímia baseada na relação entre
abstrato (geração) e concreto (pessoas), de tal forma que o termo abstrato (geração) foi empregado no lugar do concreto (pessoas).
(D) Errada. Sínquise consiste no embaralhamento de termos da oração a tal ponto que dificulta a compreensão. É um nível mais radical
do que o nível de simples inversão do hipérbato. Exemplo de hipérbato: É a vaidade Rosa nesta vida. Sínquise: “É a vaidade, Fábio,
nesta vida, Rosa, que da manhã lisonjeada, púrpuras mil, com ambição dourada, airosa rompe, arrasta presumida.” (Gregório de Matos,
no soneto: Desenganos da vida humana metaforicamente). O segmento em análise na questão está em ordem direta: sujeito (cada
geração), verbo transitivo direto (compreende), advérbio curto (inteiramente) e objeto direto (a outra).
(E) Errada. Não ocorreu hipérbole, pois nenhum exagero foi verificado.
ASSUNTOS ABORDADOS: figuras de linguagem.
Letra d.
O adjetivo “ulterior” significa aquilo que ocorre posteriormente, o que vem depois [veja: Ulterior | Michaelis On-line (uol.com.br)].
Predecessor é aquilo ou aquele que antecede, que ocorre antes. Sucessor (resposta) é aquilo ou aquele que sucede outro, ou seja,
ocorre em seguida ou substitui posteriormente.
ASSUNTOS ABORDADOS: compreensão e interpretação de textos de gêneros variados.
Letra e.
No segmento do texto, o pronome relativo “que” recebeu preposição “a” antes dele como possibilidade para a dupla regência do
verbo “chamar”, de dentro da oração subordinada adjetiva. No sentido de “nomear”, “apelidar” ou “qualificar”, o verbo “chamar” admite
transitividade direta ou indireta (Luft, Dicionário Prático de Regência Verbal).
(A) Errada. Dentro da oração subordinada adjetiva (a que se esquece), apareceu o verbo “esquecer-se”, empregado como verbo
pronominal. Como verbo pronominal, “esquecer-se” é transitivo indireto e rege a preposição “de” (esquecer-se de algo ou de alguém).
Não rege a preposição “a”. Então, fica incorreto escrever “a que”. Correção: Os ideais DE que se esquece ficam desperdiçados.
(B) Errada. Dentro do segmento empregado como oração subordinada adjetiva (a que é preciso acreditar), apareceu o verbo “acreditar”,
que é transitivo indireto e rege a preposição “em” (acreditar em algo ou em alguém). Esse verbo não rege a preposição “a”. Então, fica
incorreto escrever “a que”. Correção: Existem valores EM que é preciso acreditar.
(C) Errada. Dentro da oração subordinada adjetiva (a que não se pode confiar), apareceu o verbo principal “confiar” na locução verbal
“pode confiar”. Ora, o verbo “confiar” é transitivo indireto e rege a preposição “em” (confiar em algo ou em alguém). Não rege a preposição
“a”. Então, fica incorreto escrever “a que”. Correção: Uma geração sem amor é uma geração EM que não se pode confiar.
(D) Errada. Dentro da oração subordinada adjetiva (a que não se pode recuperar), apareceu o verbo principal “recuperar” como verbo
principal da locução verbal “pode recuperar”. Ora, o verbo “recuperar” é transitivo direto, portanto, não rege preposição. Então, fica
incorreto escrever “a que” com a preposição “a” antes do pronome relativo “que”. Correção: Palavras vãs são um desperdício de tempo
QUE não se pode recuperar.
(E) Certa. Dentro do segmento empregado como oração subordinada adjetiva (a que convém dedicar-se), apareceu o verbo “dedicar-
se”, que é transitivo indireto e rege a preposição “a” (dedicar-se a algo ou a alguém). Então, agora sim fica correto empregar a preposição
“a” diante do pronome relativo “que”.
ASSUNTOS ABORDADOS: regência nominal e verbal; pronomes (emprego), domínio dos mecanismos de coesão textual.
MP PB – 1° Simulado – Técnico Ministerial (Pós-Edital) 000000 – PG20
Atenção: leia o trecho de “O desespero humano”, de Søren Kierkegaard, para responder às questões de 5 a 10.
1 É possível que esta forma de “exposição” se afigure, a muita gente, singular; que pareça demasiado severa para ser edificante,
demasiado edificante para ter rigor especulativo. Se ê demasiado edificante, não sei bem; demasiado severa, suponho que não;
e se o fosse, seria, a meu ver, um defeito. O problema não está em saber se pode ser edificante para toda a gente, visto que nem
toda a gente será capaz de a seguir; mas, neste caso, que por sua natureza seja edificante. A regra cristã quer, com efeito, que tudo,
5 tudo, possa ser pretexto para edificar. Uma especulação que não o consiga, será, por isso mesmo, acristã. Uma exposição cristã
deve evocar, sempre, as palavras do médico à cabeceira do enfermo; não sendo necessário ser cristão para as entender, nunca se
deve esquecer, contudo, o lugar onde foram proferidas.
Esta intimidade do pensamento cristão com a vida (contrastando com a distância que a especulação mantém) e também esse
aspecto ético do cristianismo, implicam precisamente a edificação, e uma separação radical, uma diferença de natureza, separam
10 uma exposição desta espécie, não obstante o seu rigor, dessa forma de especulação que se quer “imparcial”, e cujo pretenso hero-
ísmo sublime, bem longe de o ser, não é para o cristão mais do que uma espécie de desumana curiosidade. Ousarmos ser nós
próprios, ousar-se ser um indivíduo, não um qualquer, mas este que somos, só face a Deus, isolado na imensidade do seu esforço e
da sua responsabilidade: eis o heroísmo cristão, e confesse-se a sua provável raridade; mas haverá heroísmo no iludirmo-nos pelo
refúgio na pura humanidade, ou em brincar a ver quem mais se extasia perante a história da humanidade? Todo o conhecimento
15 cristão, por estrita que seja de resto a sua forma, é inquietação e deve sê-lo; mas essa mesma inquietação edifica. A inquietação
é o verdadeiro comportamento para com a vida, para com a nossa realidade pessoal e, consequentemente, ela representa, para o
cristão, a seriedade por excelência; a elevação das ciências imparciais, muito longe de representar uma seriedade superior ainda,
não é, para ele, senão farsa e vaidade. Mas sério é, eu vo-lo afirmo, aquilo que edifica.
Kierkegaard. Prefácio a: O desespero humano (doença até a morte). Tradução de Adolfo Casais Monteiro.
São Paulo: Abril Cultural, 1979. [Coleção Os Pensadores]
Letra c.
(A) Errada. Lemos no texto: “mas haverá heroísmo no iludirmo-nos pelo refúgio na pura humanidade, ou em brincar a ver quem mais
se extasia perante a história da humanidade?” Aqui o autor questiona e desacredita o ato de “refugiar-se em nossa pura humanidade”,
portanto não foi isso considerado um heroísmo cristão.
(B) Errada. A intimidade do pensamento cristão com a vida aparece no primeiro período do segundo parágrafo, relacionado à edificação
da espécie humana, mas não como heroísmo cristão.
(C) Certa. Lemos no texto: “Ousarmos ser nós próprios, ousar-se ser um indivíduo, não um qualquer, mas este que somos, só face a
Deus, isolado na imensidade do seu esforço e da sua responsabilidade: eis o heroísmo cristão”.
(D) Errada. O trecho “cujo pretenso heroísmo sublime” atribui heroísmo pretendido (pretenso), não real nem cristão, para a exposição
que o autor está tentando construir, mas ele mesmo rejeita o caráter de heroísmo nisso: “bem longe de o ser”, isto é, bem longe de ser
heroísmo sublime. Em seguida, afirma que não é nada mais que desumana curiosidade.
(E) Errada. O heroísmo visto como cristão pelo autor aparece como coragem de se apresentar diante de Deus tal qual nós somos, e
não aparece como admissão de ser rara nossa humanidade.
ASSUNTOS ABORDADOS: compreensão e interpretação de textos de gêneros variados, domínio dos mecanismos de coesão textual.
6. Se é demasiado edificante, não sei bem; demasiado severa, suponho que não; e se o fosse, seria, a meu ver, um defeito.
O pronome sublinhado no trecho acima refere-se a
(A) demasiado severa.
(B) demasiado.
(C) edificante.
(D) bem.
(E) defeito.
Letra a.
O trecho está construído com dois segmentos que contêm oração subordinada substantiva objetiva direta, escrita em ordem inversa.
Colocando em ordem direta, temos: não sei bem se é demasiado edificante; suponho que não é demasiado severa (aqui, o trecho
deixava subentender “se é”). Por fim, o trecho apresenta um condicional (e se o fosse), seguido de seu consequente (seria, a meu ver,
um defeito). Em sequência lógica, o condicional “se o fosse” está retomando o conteúdo hipotético de “se é demasiado severa”. Só
MP PB – 1° Simulado – Técnico Ministerial (Pós-Edital) 000000 – PG21
pode ser esse conteúdo hipotético a referência, porque só ele fica coerente com o consequente ao final do trecho: “seria, a meu ver, um
defeito”. Não ficaria coerente, em meio ao conjunto de ideias do texto, considerar defeito o fato de ser demasiado edificante. Conclusão:
em “se o fosse”, o pronome “o” retoma “demasiado severa”. A frase completa com todos os termos explícitos seria: e se fosse demasiado
severa, seria, a meu ver, um defeito.
ASSUNTOS ABORDADOS: domínio dos mecanismos de coesão textual, compreensão e interpretação de textos de gêneros variados.
7. O problema não está em saber se pode ser edificante para toda a gente, visto que nem toda a gente será capaz de a seguir...
A locução sublinhada acima pode ser correta e adequadamente substituída por
(A) posto que
(B) contanto que
(C) à medida que
(D) porquanto
(E) conquanto
Letra d.
A locução conjuntiva “visto que” figura entre os conectivos que informam causa, assim como: porque, pois, já que, uma vez que,
dado que (raramente concessivo), porquanto, na medida em que (não confundir com a locução conjuntiva de sentido proporcional “à
medida que”)...
(A) Errada. Locução conjuntiva concessiva: “posto que”. Cuidado para não se deixar levar pelo uso informal de “posto que”, no sentido
explicativo ou causal. O enunciado pede substituição correta e adequada (item do edital: adequação da linguagem ao tipo de documento
– o texto mostra uso predominante de linguagem formal, então é preciso substituir por outra expressão igualmente formal).
(B) Errada. Locução conjuntiva condicional: “contanto que”.
(C) Errada. Locução conjuntiva proporcional: “à medida que”.
(D) Certa. Conjunção causal: “porquanto”, tal qual a locução conjuntiva causal: “visto que”.
(E) Errada. Conjunção concessiva: “conquanto”.
ASSUNTOS ABORDADOS: domínio dos mecanismos de coesão textual, morfossintaxe, adequação da linguagem ao tipo de documento.
8. Uma exposição cristã deve evocar, sempre, as palavras do médico à cabeceira do enfermo...
Ao transpor a oração acima para a voz passiva analítica, obtém-se a forma verbal
(A) deve-se evocar
(B) deve ser evocada
(C) devem-se evocar
(D) devem ser evocadas
(E) devem evocar
Letra d.
(A) Errada. Essa forma: “deve-se evocar” contém a partícula apassivadora e forma voz passiva sintética, mas o enunciado pediu voz
passiva analítica. Além disso, fica incorreto transpor para voz passiva sintética uma oração que possui sujeito agente determinado.
Rigorosamente, apenas oração da voz ativa com sujeito agente indeterminado pode ser levada para a voz passiva sintética, porque a
voz passiva sintética não contém explícito o agente da passiva.
(B) Errada. A forma verbal está no singular (deve ser evocada). Deveria estar no plural, para concordar com o sujeito paciente (as
palavras... devem ser evocadas).
(C) Errada. Essa forma: “devem-se evocar” contém a partícula apassivadora e forma voz passiva sintética, mas o enunciado pediu
voz passiva analítica. Além disso, fica incorreto transpor para voz passiva sintética uma oração que possui sujeito agente determinado.
Rigorosamente, apenas oração da voz ativa com sujeito agente indeterminado pode ser levada para a voz passiva sintética, porque a
voz passiva sintética não contém explícito o agente da passiva.
(D) Certa. Na oração dada em voz ativa, o sujeito agente é: uma exposição cristã à cabeceira do enfermo. O objeto direto é: as palavras
do médico. A locução verbal está no presente do indicativo. Ao transpor a oração para a voz passiva, o objeto direto da voz ativa (as
palavras do médico) vai tornar-se o sujeito paciente. Portanto, é preciso fazer a devida concordância verbal, adicionando-se o verbo “ser”
para compor a voz passiva analítica. O resultado completo fica: As palavras do médico à cabeceira do enfermo devem ser evocadas
sempre por uma exposição cristã. Nessa transformação, o que era o sujeito agente na voz ativa (uma exposição cristã) vira agora o
agente da passiva: por uma exposição cristã.
(E) Errada. Não foi feita transposição para a voz passiva. A frase foi mantida em voz ativa, e ainda foi inserido erro de concordância em
“devem”, pois o sujeito continuou sendo agente no singular: uma exposição cristã.
ASSUNTOS ABORDADOS: vozes do verbo, emprego de tempos e modos verbais.
MP PB – 1° Simulado – Técnico Ministerial (Pós-Edital) 000000 – PG22
9. A regra cristã quer, com efeito, que tudo, tudo possa ser pretexto para edificar.
Iniciando com “O autor afirma que...”, a frase acima pode ser expressa na forma de discurso indireto como
(A) a regra cristã quereria, com efeito, que tudo, tudo, pudesse ser pretexto para edificar.
(B) a regra cristã queria, com efeito, que tudo, tudo pudesse ser pretexto para edificar.
(C) a regra cristã quer, com efeito, que tudo, tudo pode ser pretexto para edificar.
(D) a regra cristã quererá, com efeito, que tudo, tudo poderá ser pretexto para edificar.
(E) a regra cristã quereria, com efeito, que tudo, tudo poderia ser pretexto para edificar.
Letra b.
Conforme Cunha & Cintra, Nova Gramática do Português Contemporâneo, a transposição do discurso direto para o indireto segue
regras bem definidas para transformar tempos verbais, pronomes e advérbios. O original “quer”, no presente do indicativo, deve virar
“queria”, no pretérito imperfeito do indicativo. O presente do subjuntivo do original em “que tudo, tudo possa”, deve virar “pudesse”, no
pretérito imperfeito do subjuntivo. Somente a opção “B” aplicou corretamente essas transformações necessárias.
ASSUNTOS ABORDADOS: discurso direto e discurso indireto.
10. A seguinte redação livre, a partir do texto, está clara, correta e coerente:
(A) Todo conhecimento cristão, por estrita que seja, depois de tanta reflexão, as suas formas, é sempre inquietação.
(B) O pensamento cristão, que o interesse ilustra bem a inquietação humana, deve demonstrar ética perante Deus.
(C) Não há verdadeiro heroísmo se não quando despe-se das máscaras para ser você mesmo.
(D) As palavras do pregador ao cristão visam a edificação ao modo de um médico que assiste seus enfermos.
(E) A história da humanidade não é senão o porvir de um aperfeiçoamento moral em meio à inquietação constante.
Letra e.
Note: o enunciado vai além da exigência gramatical e pede também clareza (sem duplo sentido) e coerência (sem contradição lógica).
(A) Errada. ERRO gramatical. Faltou concordar no plural “estritas que sejam”, em referência ao sujeito posposto mais adiante na
frase: as suas formas. Observe: por mais estritas que sejam as suas formas. Pontuação correta. Frase clara, sem duplo sentido. Frase
coerente, sem contradição lógica.
(B) Errada. ERRO gramatical. Existe relação de posse entre “o pensamento cristão” e “o interesse” (esse interesse é do pensamento
cristão). Ora, para relação de posse, devemos empregar o pronome relativo “cujo”, e não o pronome relativo “que”. Correção: O
pensamento cristão, CUJO interesse ilustra bem... O restante da frase está correto, claro e coerente. Cuidado para não pensar que
deveria haver preposição “a” e escrever incorretamente “perante a Deus”. A palavra “perante” já é preposição e não admite depois dela
outra preposição.
(C) Errada. ERRO gramatical 1: deveria ser escrito junto como uma palavra só em “senão”, quando o sentido é “a não ser” (não
há verdadeiro heroísmo a não ser quando...). [Somente separamos “se não” quando o sentido é hipotético: se não chover, vou sair.
Qualquer outro sentido terá a grafia na forma de uma palavra inseparável: “senão”]. ERRO gramatical 2: é obrigatória a próclise após
conjunção subordinativa (correção: quando SE despe das máscaras). Frase clara e coerente.
(D) Errada. ERRO gramatical. No sentido de “almejar”, o verbo “visar” rege preposição “a”; portanto é necessário empregar sinal de
crase ao juntar essa preposição com o artigo feminino diante de “edificação”. Correção: ...visam à edificação. Obs.: o verbo “assistir”
admite objeto direto (seus enfermos) ou objeto indireto (a seus enfermos) quando o sentido é “ajudar”, “dar assistência”. Frase clara
e coerente.
(E) Certa. Grafia correta de “senão” na forma de uma palavra com sentido de “a não ser”. Emprego adequado de crase em “em meio
à inquietação” (a locução prepositiva “em meio a” já termina com preposição “a”, que vai se unir com o artigo feminino “a” diante de
“inquietação”). Frase clara e coerente.
ASSUNTOS ABORDADOS: redação (confronto e reconhecimento de frases corretas e incorretas). Crase, regência, intepretação,
adequação da linguagem ao tipo de documento, concordância verbal e nominal, ortografia oficial.
11. Sobre a Lei Complementar n. 97/2020, ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional, administrativa e financeira,
cabendo-lhe, com exceção:
(A) praticar atos próprios de gestão.
(B) praticar atos e decidir sobre a situação funcional e administrativa do pessoal, ativo e inativo, da carreira e dos serviços auxi-
liares, organizados em quadros próprios.
(C) elaborar suas folhas de pagamento e expedir os competentes demonstrativos.
(D) adquirir bens e contratar serviços, dispensada a respectiva contabilização.
(E) propor ao Poder Legislativo a criação, a transformação e a extinção de seus cargos, a fixação e o reajuste do subsídio e
vantagens de seus membros, bem como a política remuneratória e os planos de carreira.
MP PB – 1° Simulado – Técnico Ministerial (Pós-Edital) 000000 – PG23
Letra d.
Art. 2º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional, administrativa e financeira, cabendo-lhe, especialmente:
I – praticar atos próprios de gestão;
II – praticar atos e decidir sobre a situação funcional e administrativa do pessoal, ativo e inativo, da carreira e dos serviços auxiliares,
organizados em quadros próprios;
III – elaborar suas folhas de pagamento e expedir os competentes demonstrativos;
IV – adquirir bens e contratar serviços, efetuando a respectiva contabilização;
V – propor ao Poder Legislativo a criação, a transformação e a extinção de seus cargos, a fixação e o reajuste do subsídio e vantagens
de seus membros, bem como a política remuneratória e os planos de carreira;
Letra e.
Lei Complementar n. 97/2020
Art. 1º O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem
jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.
Letra d.
Art. 3º O Ministério Público elaborará a sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias,
encaminhando-a diretamente ao Governador do Estado, que a submeterá ao Poder Legislativo.
§ 1º Se o Ministério Público não encaminhar a proposta orçamentária dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias,
o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária
vigente, ajustados de acordo com os respectivos limites.
§ 2º Se a proposta orçamentária for encaminhada em desacordo com os limites estipulados na forma do caput deste artigo, o Poder
Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual.
Letra d.
Art. 1º O Regime Jurídico e a Carreira dos servidores do Quadro de Pessoal do Ministério Público da Paraíba passa a ser regido
por esta Lei.
Parágrafo único. Esta Lei fundamenta-se nos seguintes princípios e diretrizes:
I – qualidade e eficiência dos serviços prestados pelo Ministério Público da Paraíba;
II – valorização do servidor;
MP PB – 1° Simulado – Técnico Ministerial (Pós-Edital) 000000 – PG24
Letra c.
Art. 3º O Quadro de Pessoal dos Serviços Auxiliares do Ministério Público da Paraíba e suas respectivas atribuições é composto pelas
carreiras, constituídas pelos cargos de provimento efetivo e comissionado constantes do Anexo I desta Lei.
§ 1º O cargo de Técnico de Promotoria passa a ser denominado de Analista Ministerial;
Art. 7º O ingresso nos cargos das Carreiras de Servidores do Ministério Público do Estado da Paraíba far-se-á mediante concurso
público de provas ou de provas e títulos para o padrão inicial da classe inicial do respectivo cargo.
Parágrafo único. O Ministério Público do Estado da Paraíba poderá incluir, como etapa do concurso público, programa de formação de
caráter eliminatório, classificatório ou eliminatório e classificatório.
Art. 8º São requisitos de escolaridade para ingresso:
I – para o cargo de Analista Ministerial, diploma de conclusão de curso superior, em nível de graduação, com habilitação legal específica,
se for o caso;
16. São considerados como de efetivo exercício para todos os efeitos legais, os dias em que servidor do Ministério Público estiver
afastado de suas funções em razão de, exceto:
(A) licenças previstas nesta Lei.
(B) férias.
(C) disponibilidade não remunerada, inclusive decorrente de punição.
(D) designação do Procurador-Geral de Justiça para exercício em função de confiança.
(E) outras hipóteses definidas em lei.
Letra c.
Art. 12 São considerados como de efetivo exercício para todos os efeitos legais, os dias em que servidor do Ministério Público estiver
afastado de suas funções em razão de:
I – licenças previstas nesta Lei;
II – férias;
III – disponibilidade remunerada, salvo se decorrente de punição;
IV – designação do Procurador-Geral de Justiça para exercício em função de confiança;
V – outras hipóteses definidas em lei.
17. Sobre a Resolução n. 04/2013 do Colégio de Procuradores de Justiça, assinale a alternativa correta:
I. Serão registradas como notícia de fato as demandas dirigidas aos órgãos de execução do Ministério Público, compreenden-
do representações formuladas por qualquer pessoa ou comunicação de outro órgão da Instituição ou de qualquer autoridade.
II. A notícia de fato deverá fornecer, por qualquer meio legalmente permitido, dados sobre o fato e seu provável autor, bem como
a qualificação mínima que permita sua identificação e localização, sob pena de indeferimento liminar.
III. Se as informações forem verbais, não deverão ser reduzidas a termo.
Letra b.
Serão registradas como notícia de fato as demandas dirigidas aos órgãos de execução do Ministério Público, compreendendo
representações formuladas por qualquer pessoa ou comunicação de outro órgão da Instituição ou de qualquer autoridade.
§ 1º A notícia de fato deverá fornecer, por qualquer meio legalmente permitido, dados sobre o fato e seu provável autor, bem como a
qualificação mínima que permita sua identificação e localização, sob pena de indeferimento liminar.
§ 2º Se as informações forem verbais, deverão ser reduzidas a termo.
(A) de ofício.
(B) em face de notícia de fato apresentada perante o Ministério Público.
(C) através de designação do Procurador-Geral de Justiça, na hipótese de delegação de sua atribuição originária em caso espe-
cífico ou de solução de conflito de atribuições.
(D) por determinação do Conselho Superior do Ministério Público, quando do provimento de recurso interposto contra decisão
que indefira notícia do fato consubstanciada em representação para instauração de inquérito civil.
(E) por requisição do Delegado de Polícia.
Letra e.
Não existe.
19. O inquérito civil será instaurado por meio de portaria, numerada em ordem crescente, renovada anualmente, autuada e registrada,
devendo conter, exceto:
(A) o fundamento legal que autoriza a ação do Ministério Público, sendo dispensada a descrição do fato objeto do inquérito civil.
(B) o nome e a qualificação possível da pessoa a quem o fato é atribuído.
(C) o nome e a qualificação do autor da notícia de fato, se for o caso.
(D) a data e o local da instauração e a determinação de diligências iniciais.
(E) a designação do secretário, mediante termo de compromisso, quando couber.
Letra a.
Art. 8º O inquérito civil será instaurado por meio de portaria, numerada em ordem crescente, renovada anualmente, autuada e registrada,
devendo conter, necessariamente:
I – o fundamento legal que autoriza a ação do Ministério Público e a descrição do fato objeto do inquérito civil;
II – o nome e a qualificação possível da pessoa a quem o fato é atribuído;
III – o nome e a qualificação do autor da notícia de fato, se for o caso;
IV – a data e o local da instauração e a determinação de diligências iniciais;
V – a designação do secretário, mediante termo de compromisso, quando couber;
I. A instrução do inquérito civil será presidida pelo membro do Ministério Público a quem for conferida essa atribuição, nos
termos da Resolução do Colégio de Procuradores que disciplinar as atribuições dos integrantes da carreira.
II. O servidor efetivo, com lotação no respectivo órgão de execução, será encarregado de secretariar o inquérito civil e, caso
isso não seja possível, por qualquer motivo, ocorrerá designação, mediante termo de compromisso, de outro servidor pelo
membro do Ministério Público.
III. Para o esclarecimento do fato objeto de investigação, deverão ser colhidas todas as provas permitidas pelo ordenamento
jurídico, dispensada a juntada das peças em ordem cronológica de apresentação.
(A) Somente o item I está correto.
(B) Somente os itens I e II estão corretos.
(C) Somente o item III está correto.
(D) Todos estão corretos.
(E) Nenhum está correto.
MP PB – 1° Simulado – Técnico Ministerial (Pós-Edital) 000000 – PG26
Letra b.
Da Instrução
Art. 9º A instrução do inquérito civil será presidida pelo membro do Ministério Público a quem for conferida essa atribuição, nos termos
da Resolução do Colégio de Procuradores que disciplinar as atribuições dos integrantes da carreira.
§ 1º O servidor efetivo, com lotação no respectivo órgão de execução, será encarregado de secretariar o inquérito civil e, caso isso
não seja possível, por qualquer motivo, ocorrerá designação, mediante termo de compromisso, de outro servidor pelo membro do
Ministério Público.
§ 2º Para o esclarecimento do fato objeto de investigação, deverão ser colhidas todas as provas permitidas pelo ordenamento jurídico,
com a juntada das peças em ordem cronológica de apresentação, devidamente numeradas em ordem crescente.
Letra e.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes
no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XII – é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no
último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual
penal; (Vide Lei n. 9.296, de 1996)
XIII – é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;
XIV – é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional;
XV – é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer
ou dele sair com seus bens;
XVI – todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que
não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;
XVII – é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
22. Sobre os princípios fundamentais, constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, exceto:
(A) construir uma sociedade livre, justa e solidária.
(B) garantir o desenvolvimento nacional.
(C) erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais.
(D) promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
(E) defender a soberania nacional.
Letra e.
Não existe.
23. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social, exceto:
(A) piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho.
(B) irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo.
(C) garantia de salário, nunca superior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável.
(D) décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria.
(E) remuneração do trabalho noturno superior à do diurno.
Letra c.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
V – piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
VI – irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
VII – garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;
VIII – décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
Letra c.
Art. 12. São brasileiros:
§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:
I – de Presidente e Vice-Presidente da República;
II – de Presidente da Câmara dos Deputados;
III – de Presidente do Senado Federal;
IV – de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V – da carreira diplomática;
VI – de oficial das Forças Armadas.
VII – de Ministro de Estado da Defesa. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 23, de 1999)
Letra b.
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
§ 1º Brasília é a Capital Federal.
§ 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão
reguladas em lei complementar.
MP PB – 1° Simulado – Técnico Ministerial (Pós-Edital) 000000 – PG28
Letra d.
Art. 33. A lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos Territórios.
§ 1º Os Territórios poderão ser divididos em Municípios, aos quais se aplicará, no que couber, o disposto no Capítulo IV deste Título.
§ 2º As contas do Governo do Território serão submetidas ao Congresso Nacional, com parecer prévio do Tribunal de Contas da União.
§ 3º Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do Governador nomeado na forma desta Constituição, haverá órgãos
judiciários de primeira e segunda instância, membros do Ministério Público e defensores públicos federais; a lei disporá sobre as eleições
para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa.
27. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, como regra. Assinale a alternativa que não corresponde a uma pos-
sibilidade:
(A) manter a integridade nacional.
(B) repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra.
(C) pôr termo a grave comprometimento da ordem pública.
(D) garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação.
(E) reorganizar as finanças da unidade da Federação que suspender o pagamento da dívida fundada por mais de cinco anos
consecutivos, salvo motivo de força maior.
Letra e.
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
I – manter a integridade nacional;
II – repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;
III – pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
IV – garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação;
V – reorganizar as finanças da unidade da Federação que:
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior;
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei;
VI – prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
VII – assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta;
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na
manutenção e desenvolvimento do ensino; (Incluída pela Emenda Constitucional n. 14, de 1996)
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na
manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.
29, de 2000)
28. Sobre a Lei n. 9.784/1999, o requerimento inicial do interessado, salvo casos em que for admitida solicitação oral, deve ser formu-
lado por escrito e conter os seguintes dados, exceto:
(A) órgão ou autoridade administrativa a que se dirige.
(B) identificação do interessado ou de quem o represente.
(C) domicílio do requerente ou local para recebimento de comunicações.
(D) formulação do pedido, sem necessidade da exposição dos fatos e de seus fundamentos.
(E) data e assinatura do requerente ou de seu representante.
MP PB – 1° Simulado – Técnico Ministerial (Pós-Edital) 000000 – PG29
Letra d.
Art. 6º O requerimento inicial do interessado, salvo casos em que for admitida solicitação oral, deve ser formulado por escrito e conter
os seguintes dados:
I – órgão ou autoridade administrativa a que se dirige;
II – identificação do interessado ou de quem o represente;
III – domicílio do requerente ou local para recebimento de comunicações;
IV – formulação do pedido, com exposição dos fatos e de seus fundamentos;
V – data e assinatura do requerente ou de seu representante.
29. Assinale a alternativa correta. Ainda sobre a Lei n. 9.784/1999, não podem ser objeto de delegação:
I. a edição de atos de caráter normativo;
II. a decisão de recursos administrativos;
III. as matérias de competência comum do órgão ou autoridade.
Letra b.
Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:
I – a edição de atos de caráter normativo;
II – a decisão de recursos administrativos;
III – as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.
Letra e.
Art. 1º O sistema de responsabilização por atos de improbidade administrativa tutelará a probidade na organização do Estado e no
exercício de suas funções, como forma de assegurar a integridade do patrimônio público e social, nos termos desta Lei. (Redação dada
pela Lei n. 14.230, de 2021)
Parágrafo único. (Revogado). (Redação dada pela Lei n. 14.230, de 2021)
§ 1º Consideram-se atos de improbidade administrativa as condutas dolosas tipificadas nos arts. 9º, 10 e 11 desta Lei, ressalvados tipos
previstos em leis especiais. (Incluído pela Lei n. 14.230, de 2021)
§ 2º Considera-se dolo a vontade livre e consciente de alcançar o resultado ilícito tipificado nos arts. 9º, 10 e 11 desta Lei, não bastando
a voluntariedade do agente. (Incluído pela Lei n. 14.230, de 2021)
§ 3º O mero exercício da função ou desempenho de competências públicas, sem comprovação de ato doloso com fim ilícito, afasta a
responsabilidade por ato de improbidade administrativa. (Incluído pela Lei n. 14.230, de 2021)
§ 4º Aplicam-se ao sistema da improbidade disciplinado nesta Lei os princípios constitucionais do direito administrativo sancionador.
(Incluído pela Lei n. 14.230, de 2021)
§ 5º Os atos de improbidade violam a probidade na organização do Estado e no exercício de suas funções e a integridade do patrimônio
público e social dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, bem como da administração direta e indireta, no âmbito da União, dos
Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. (Incluído pela Lei n. 14.230, de 2021)
MP PB – 1° Simulado – Técnico Ministerial (Pós-Edital) 000000 – PG30
Letra d.
CAPÍTULO V
Do Procedimento Administrativo e do Processo Judicial
Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para que seja instaurada investigação destinada
a apurar a prática de ato de improbidade.
§ 1º A representação, que será escrita ou reduzida a termo e assinada, conterá a qualificação do representante, as informações sobre o
fato e sua autoria e a indicação das provas de que tenha conhecimento.
§ 2º A autoridade administrativa rejeitará a representação, em despacho fundamentado, se esta não contiver as formalidades estabelecidas
no § 1º deste artigo. A rejeição não impede a representação ao Ministério Público, nos termos do art. 22 desta lei.
Letra d.
Art. 6º Para os fins desta Lei, considera-se:
I – Obra – toda construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação, realizada por execução direta ou indireta;
II – Serviço – toda atividade destinada a obter determinada utilidade de interesse para a Administração, tais como: demolição, conserto,
instalação, montagem, operação, conservação, reparação, adaptação, manutenção, transporte, locação de bens, publicidade, seguro
ou trabalhos técnico-profissionais;
III – Compra – toda aquisição remunerada de bens para fornecimento de uma só vez ou parceladamente;
IV – Alienação – toda transferência de domínio de bens a terceiros;
V – Obras, serviços e compras de grande vulto – aquelas cujo valor estimado seja superior a 25 (vinte e cinco) vezes o limite estabelecido
na alínea "c" do inciso I do art. 23 desta Lei;
VI – Seguro-Garantia – o seguro que garante o fiel cumprimento das obrigações assumidas por empresas em licitações e contratos;
VII – Execução direta – a que é feita pelos órgãos e entidades da Administração, pelos próprios meios;
VIII – Execução indireta – a que o órgão ou entidade contrata com terceiros, sob qualquer das seguintes modalidades:
VIII – Execução indireta – a que o órgão ou entidade contrata com terceiros sob qualquer dos seguintes regimes:
Letra c.
Art. 12. No processo licitatório, observar-se-á o seguinte:
I – os documentos serão produzidos por escrito, com data e local de sua realização e assinatura dos responsáveis;
II – os valores, os preços e os custos utilizados terão como expressão monetária a moeda corrente nacional, ressalvado o disposto no
art. 52 desta Lei;
III – o desatendimento de exigências meramente formais que não comprometam a aferição da qualificação do licitante ou a compreensão
do conteúdo de sua proposta não importará seu afastamento da licitação ou a invalidação do processo;
IV – a prova de autenticidade de cópia de documento público ou particular poderá ser feita perante agente da Administração, mediante
apresentação de original ou de declaração de autenticidade por advogado, sob sua responsabilidade pessoal;
V – o reconhecimento de firma somente será exigido quando houver dúvida de autenticidade, salvo imposição legal;
Letra d.
Tomada de preços deixou de ser modalidade.
Letra d.
(A) Errada. Contraria o art. 2º, § 3º, da LINDB:
Art. 2º Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue.
§ 1º A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule intei-
ramente a matéria de que tratava a lei anterior.
§ 2º A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.
§ 3º Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.
Art. 9º Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituírem.
§ 1º Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e dependendo de forma essencial, será esta observada, admitidas as
peculiaridades da lei estrangeira quanto aos requisitos extrínsecos do ato.
§ 2º A obrigação resultante do contrato reputa-se constituída no lugar em que residir o proponente.
Art. 7º A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capa-
cidade e os direitos de família.
MP PB – 1° Simulado – Técnico Ministerial (Pós-Edital) 000000 – PG32
§ 1º Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto aos impedimentos dirimentes e às formalidades da
celebração.
§ 2º O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades diplomáticas ou consulares do país de ambos os nu-
bentes. (Redação dada pela Lei n. 3.238, de 1957)
§ 3º Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio a lei do primeiro domicílio conjugal.
§ 4º O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que tiverem os nubentes domicílio, e, se este for diverso,
a do primeiro domicílio conjugal.
§ 5º O estrangeiro casado, que se naturalizar brasileiro, pode, mediante expressa anuência de seu cônjuge, requerer ao juiz, no
ato de entrega do decreto de naturalização, se apostile ao mesmo a adoção do regime de comunhão parcial de bens, respeitados
os direitos de terceiros e dada esta adoção ao competente registro. (Redação dada pela Lei n. 6.515, de 1977)
§ 6º O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os cônjuges forem brasileiros, só será reconhecido no Brasil depois de 1
(um) ano da data da sentença, salvo se houver sido antecedida de separação judicial por igual prazo, caso em que a homologação
produzirá efeito imediato, obedecidas as condições estabelecidas para a eficácia das sentenças estrangeiras no país. O Superior
Tribunal de Justiça, na forma de seu regimento interno, poderá reexaminar, a requerimento do interessado, decisões já proferidas
em pedidos de homologação de sentenças estrangeiras de divórcio de brasileiros, a fim de que passem a produzir todos os efeitos
legais. (Redação dada pela Lei n. 12.036, de 2009).
§ 7º Salvo o caso de abandono, o domicílio do chefe da família estende-se ao outro cônjuge e aos filhos não emancipados, e o do
tutor ou curador aos incapazes sob sua guarda.
§ 8º Quando a pessoa não tiver domicílio, considerar-se-á domiciliada no lugar de sua residência ou naquele em que se encontre.
Art. 8º Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar-se-á a lei do país em que estiverem situados.
§ 1º Aplicar-se-á a lei do país em que for domiciliado o proprietário, quanto aos bens móveis que ele trouxer ou se destinarem a
transporte para outros lugares.
§ 2º O penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a pessoa, em cuja posse se encontre a coisa apenhada.
Art. 17. As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações de vontade, não terão eficácia no Brasil, quando
ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes.
Letra c.
(A) Errada. Só após os 16 anos de Gustavo, conforme o art. 5º, parágrafo único, I, do CC:
Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I – pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação
judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
II – pelo casamento;
III – pelo exercício de emprego público efetivo;
IV – pela colação de grau em curso de ensino superior;
V – pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com
dezesseis anos completos tenha economia própria.
(B) Errada. Só após os 16 anos, conforme o art. 5º, parágrafo único, V, do CC:
Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I – pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação
judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
II – pelo casamento;
III – pelo exercício de emprego público efetivo;
IV – pela colação de grau em curso de ensino superior;
V – pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com
dezesseis anos completos tenha economia própria.
MP PB – 1° Simulado – Técnico Ministerial (Pós-Edital) 000000 – PG33
Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos. (Redação
dada pela Lei n. 13.146, de 2015) (Vigência)
(E) Errada. É só com o exercício, e não com a posse, conforme o art. 5º, parágrafo único, III, do CC:
Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I – pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação
judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
II – pelo casamento;
III – pelo exercício de emprego público efetivo;
IV – pela colação de grau em curso de ensino superior;
V – pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com
dezesseis anos completos tenha economia própria.
Letra b.
(A) Errada. Contraria o art. 14 do CC:
Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para de-
pois da morte.
Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo.
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela confusão patrimonial, pode o
juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la para que os efeitos
de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares de administradores ou de sócios da
pessoa jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo abuso. (Redação dada pela Lei n. 13.874, de 2019)
§ 1º Para os fins do disposto neste artigo, desvio de finalidade é a utilização da pessoa jurídica com o propósito de lesar credores
e para a prática de atos ilícitos de qualquer natureza. (Incluído pela Lei n. 13.874, de 2019)
§ 2º Entende-se por confusão patrimonial a ausência de separação de fato entre os patrimônios, caracterizada por: (Incluído pela
Lei n. 13.874, de 2019)
I – cumprimento repetitivo pela sociedade de obrigações do sócio ou do administrador ou vice-versa; (Incluído pela Lei n.
13.874, de 2019)
II – transferência de ativos ou de passivos sem efetivas contraprestações, exceto os de valor proporcionalmente insignificante; e
(Incluído pela Lei n. 13.874, de 2019)
III – outros atos de descumprimento da autonomia patrimonial. (Incluído pela Lei n. 13.874, de 2019)
§ 3º O disposto no caput e nos §§ 1º e 2º deste artigo também se aplica à extensão das obrigações de sócios ou de administradores
à pessoa jurídica. (Incluído pela Lei n. 13.874, de 2019)
§ 4º A mera existência de grupo econômico sem a presença dos requisitos de que trata o caput deste artigo não autoriza a descon-
sideração da personalidade da pessoa jurídica. (Incluído pela Lei n. 13.874, de 2019)
§ 5º Não constitui desvio de finalidade a mera expansão ou a alteração da finalidade original da atividade econômica específica da
pessoa jurídica. (Incluído pela Lei n. 13.874, de 2019)
MP PB – 1° Simulado – Técnico Ministerial (Pós-Edital) 000000 – PG34
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela confusão patrimonial, pode o
juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la para que os efeitos
de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares de administradores ou de sócios da
pessoa jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo abuso. (Redação dada pela Lei n. 13.874, de 2019)
§ 1º Para os fins do disposto neste artigo, desvio de finalidade é a utilização da pessoa jurídica com o propósito de lesar credores
e para a prática de atos ilícitos de qualquer natureza. (Incluído pela Lei n. 13.874, de 2019)
§ 2º Entende-se por confusão patrimonial a ausência de separação de fato entre os patrimônios, caracterizada por: (Incluído pela
Lei n. 13.874, de 2019)
I – cumprimento repetitivo pela sociedade de obrigações do sócio ou do administrador ou vice-versa; (Incluído pela Lei n.
13.874, de 2019)
II – transferência de ativos ou de passivos sem efetivas contraprestações, exceto os de valor proporcionalmente insignificante; e
(Incluído pela Lei n. 13.874, de 2019)
III – outros atos de descumprimento da autonomia patrimonial. (Incluído pela Lei n. 13.874, de 2019)
§ 3º O disposto no caput e nos §§ 1º e 2º deste artigo também se aplica à extensão das obrigações de sócios ou de administradores
à pessoa jurídica. (Incluído pela Lei n. 13.874, de 2019)
§ 4º A mera existência de grupo econômico sem a presença dos requisitos de que trata o caput deste artigo não autoriza a descon-
sideração da personalidade da pessoa jurídica. (Incluído pela Lei n. 13.874, de 2019)
§ 5º Não constitui desvio de finalidade a mera expansão ou a alteração da finalidade original da atividade econômica específica da
pessoa jurídica. (Incluído pela Lei n. 13.874, de 2019)
Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração.
§ 1º A interpretação do negócio jurídico deve lhe atribuir o sentido que: (Incluído pela Lei n. 13.874, de 2019)
I – for confirmado pelo comportamento das partes posterior à celebração do negócio; (Incluído pela Lei n. 13.874, de 2019)
II – corresponder aos usos, costumes e práticas do mercado relativas ao tipo de negócio; (Incluído pela Lei n. 13.874, de 2019)
III – corresponder à boa-fé; (Incluído pela Lei n. 13.874, de 2019)
IV – for mais benéfico à parte que não redigiu o dispositivo, se identificável; e (Incluído pela Lei n. 13.874, de 2019)
V – corresponder a qual seria a razoável negociação das partes sobre a questão discutida, inferida das demais disposições do
negócio e da racionalidade econômica das partes, consideradas as informações disponíveis no momento de sua celebração.
(Incluído pela Lei n. 13.874, de 2019)
§ 2º As partes poderão livremente pactuar regras de interpretação, de preenchimento de lacunas e de integração dos negócios
jurídicos diversas daquelas previstas em lei. (Incluído pela Lei n. 13.874, de 2019)
Art. 48-A. As pessoas jurídicas de direito privado, sem prejuízo do previsto em legislação especial e em seus atos constitutivos,
poderão realizar suas assembleias gerais por meio eletrônico, inclusive para os fins do disposto no art. 59 deste Código, respeita-
dos os direitos previstos de participação e de manifestação.
38. O prazo de prescrição da pretensão relativa à tutela começa da data da aprovação das contas, e é de:
(A) 1 ano.
(B) 2 anos.
(C) 3 anos.
(D) 4 anos.
(E) 5 anos.
Letra d.
É o art. 206, § 4º, do CC:
IV – a pretensão contra os peritos, pela avaliação dos bens que entraram para a formação do capital de sociedade anônima, con-
tado da publicação da ata da assembleia que aprovar o laudo;
V – a pretensão dos credores não pagos contra os sócios ou acionistas e os liquidantes, contado o prazo da publicação da ata de
encerramento da liquidação da sociedade.
§ 2º Em dois anos, a pretensão para haver prestações alimentares, a partir da data em que se vencerem.
§ 3º Em três anos:
I – a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos;
II – a pretensão para receber prestações vencidas de rendas temporárias ou vitalícias;
III – a pretensão para haver juros, dividendos ou quaisquer prestações acessórias, pagáveis, em períodos não maiores de um ano,
com capitalização ou sem ela;
IV – a pretensão de ressarcimento de enriquecimento sem causa;
V – a pretensão de reparação civil;
VI – a pretensão de restituição dos lucros ou dividendos recebidos de má-fé, correndo o prazo da data em que foi deliberada a
distribuição;
VII – a pretensão contra as pessoas em seguida indicadas por violação da lei ou do estatuto, contado o prazo:
(a) para os fundadores, da publicação dos atos constitutivos da sociedade anônima;
(b) para os administradores, ou fiscais, da apresentação, aos sócios, do balanço referente ao exercício em que a violação tenha
sido praticada, ou da reunião ou assembleia-geral que dela deva tomar conhecimento;
(c) para os liquidantes, da primeira assembleia semestral posterior à violação;
VIII – a pretensão para haver o pagamento de título de crédito, a contar do vencimento, ressalvadas as disposições de lei especial;
IX – a pretensão do beneficiário contra o segurador, e a do terceiro prejudicado, no caso de seguro de responsabilidade civil
obrigatório.
§ 4º Em quatro anos, a pretensão relativa à tutela, a contar da data da aprovação das contas.
§ 5º Em cinco anos:
I – a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular;
II – a pretensão dos profissionais liberais em geral, procuradores judiciais, curadores e professores pelos seus honorários, contado
o prazo da conclusão dos serviços, da cessação dos respectivos contratos ou mandato;
III – a pretensão do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juízo.
Letra e.
É o art. 1.240 do CC:
Art. 1.240. Aquele que possuir, como sua, área urbana de até duzentos e cinquenta metros quadrados, por cinco anos ininterrup-
tamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário
de outro imóvel urbano ou rural.
§ 1º O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do es-
tado civil.
§ 2º O direito previsto no parágrafo antecedente não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.
Letra e.
É a única alternativa fora do art. 1.523 do CC. As causas suspensivas estão no art. 1.523 do CC. Veja:
MP PB – 1° Simulado – Técnico Ministerial (Pós-Edital) 000000 – PG36
Letra c.
(A) Errada. Tribunais são pacíficos em admitir união estável homoafetiva.
(B) Errada. Caracteriza-se pela presença dos requisitos fáticos do art. 1.723, caput, do CC:
Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública,
contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família.
§ 1º A união estável não se constituirá se ocorrerem os impedimentos do art. 1.521; não se aplicando a incidência do inciso VI no
caso de a pessoa casada se achar separada de fato ou judicialmente.
§ 2º As causas suspensivas do art. 1.523 não impedirão a caracterização da união estável.
Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública,
contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família.
§ 1º A união estável não se constituirá se ocorrerem os impedimentos do art. 1.521; não se aplicando a incidência do inciso VI no
caso de a pessoa casada se achar separada de fato ou judicialmente.
§ 2º As causas suspensivas do art. 1.523 não impedirão a caracterização da união estável.
Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública,
contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família.
§ 1º A união estável não se constituirá se ocorrerem os impedimentos do art. 1.521; não se aplicando a incidência do inciso VI no
caso de a pessoa casada se achar separada de fato ou judicialmente.
§ 2º As causas suspensivas do art. 1.523 não impedirão a caracterização da união estável.
(E) Errada. Não há prazo legal. Contraria o caput do art. 1.723 do CC:
Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública,
contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família.
§ 1º A união estável não se constituirá se ocorrerem os impedimentos do art. 1.521; não se aplicando a incidência do inciso VI no
caso de a pessoa casada se achar separada de fato ou judicialmente.
§ 2º As causas suspensivas do art. 1.523 não impedirão a caracterização da união estável.
MP PB – 1° Simulado – Técnico Ministerial (Pós-Edital) 000000 – PG37
Letra c.
(A) Errada. Art. 65 do CPC. Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não alegar a incompetência em preliminar de contestação.
Parágrafo único. A incompetência relativa pode ser alegada pelo Ministério Público nas causas em que atuar.
(B) Errada. Art. 181 do CPC. O membro do Ministério Público será civil e regressivamente responsável quando agir com dolo ou fraude
no exercício de suas funções.
(C) Certa. Art. 78 do CPC. É vedado às partes, a seus procuradores, aos juízes, aos membros do Ministério Público e da Defensoria
Pública e a qualquer pessoa que participe do processo empregar expressões ofensivas nos escritos apresentados.
(D) Errada. Art. 148. Aplicam-se os motivos de impedimento e de suspeição:
I – ao membro do Ministério Público;
II – aos auxiliares da justiça;
III – aos demais sujeitos imparciais do processo.
(E) Errada. Art. 178 do CPC. Parágrafo único. A participação da Fazenda Pública não configura, por si só, hipótese de intervenção do
Ministério Público.
Letra a.
(A) Errada. Art. 321 do CPC. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta
defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende
ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado.
(B) Certa. Art. 324 do CPC. O pedido deve ser determinado.
§ 1º É lícito, porém, formular pedido genérico:
I – nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados;
II – quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato;
III – quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu.
(C) Certa. Art. 318 do CPC. Aplica-se a todas as causas o procedimento comum, salvo disposição em contrário deste Código ou de lei.
Parágrafo único. O procedimento comum aplica-se subsidiariamente aos demais procedimentos especiais e ao processo de execução.
(D) Certa. Art. 325 do CPC. O pedido será alternativo quando, pela natureza da obrigação, o devedor puder cumprir a prestação de mais
de um modo.
(E) Certa. Art. 326 do CPC. É lícito formular mais de um pedido em ordem subsidiária, a fim de que o juiz conheça do posterior, quando
não acolher o anterior.
44. Quais das matérias relacionadas abaixo o juiz não conhecerá de ofício?
(A) Inexistência ou nulidade da citação e conexão.
(B) Incompetência absoluta e coisa julgada.
(C) Incorreção do valor da causa e litispendência.
(D) Inépcia da petição inicial e perempção.
(E) Incompetência relativa e convenção de arbitragem.
Letra e.
Art. 337 do CPC. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:
MP PB – 1° Simulado – Técnico Ministerial (Pós-Edital) 000000 – PG38
Letra a.
Art. 485 do CPC. O juiz não resolverá o mérito quando:
I – indeferir a petição inicial;
II – o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes;
III – por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias;
IV – verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo;
V – reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada;
VI – verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual;
VII – acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência;
VIII – homologar a desistência da ação;
IX – em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e
X – nos demais casos prescritos neste Código.
Letra d.
(A) Certa. Art. 4º do CPC. As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa.
(B) Certa. Art. 5º do CPC. Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé.
(C) Certa. Art. 7º do CPC. É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos e faculdades processuais,
aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório.
(D) Errada. Art. 11 do CPC. Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões,
sob pena de nulidade. Parágrafo único. Nos casos de segredo de justiça, pode ser autorizada a presença somente das partes, de seus
advogados, de defensores públicos ou do Ministério Público.
(E) Certa. Art. 6º do CPC. Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de
mérito justa e efetiva.
MP PB – 1° Simulado – Técnico Ministerial (Pós-Edital) 000000 – PG39
Letra c.
(A) Certa. Art. 190 do CPC. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes
estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades
e deveres processuais, antes ou durante o processo.
(B) Certa. Art. 191 do CPC. De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática dos atos processuais, quando
for o caso.
(C) Errada. Art. 191, § 1º, CPC. O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele previstos somente serão modificados em casos
excepcionais, devidamente justificados.
(D) Certa. Art. 192 do CPC. Em todos os atos e termos do processo é obrigatório o uso da língua portuguesa.
(E) Certa. Art. 192 do CPC. Parágrafo único. O documento redigido em língua estrangeira somente poderá ser juntado aos autos
quando acompanhado de versão para a língua portuguesa tramitada por via diplomática ou pela autoridade central, ou firmada por
tradutor juramentado.
48. Quando houver uma lesão penalmente irrelevante decorrente de conduta formalmente tipificada como crime, o afastamento da
tipicidade material dar-se-á através do
(A) princípio da insignificância.
(B) princípio da intervenção mínima.
(C) princípio da humanidade das sanções.
(D) princípio da adequação social.
(E) princípio do ne bis in idem.
Letra a.
(A) Certa. As condutas que ofendam minimamente os bens jurídico-penais tutelados não podem ser consideradas crimes, pois não
são capazes de lesionar de maneira eficaz o sentimento social de paz. Para o STF, os requisitos OBJETIVOS para a aplicação deste
princípio são:
(B) Errada. De acordo com o Princípio da Intervenção mínima (ou Ultima Ratio), a criminalização de condutas só deve ocorrer quando
se caracterizar como meio absolutamente necessário à proteção de bens jurídicos ou à defesa de interesses cuja proteção, pelo Direito
Penal, seja absolutamente indispensável à coexistência harmônica e pacífica da sociedade.
(C) Errada. O princípio da Limitação das penas (ou humanidade das sanções) – traz vedação a algumas espécies de sanção
penal. São elas:
(D) Errada. O Princípio da Adequação social prevê que uma conduta, ainda quando tipificada em Lei como crime, não será crime (em
sentido material) quando não afrontar o sentimento social de Justiça.
(E) Errada. O Princípio do ne bis in idem prevê que ninguém pode ser punido duplamente pelo mesmo fato e que ninguém poderá,
sequer, ser processado duas vezes pelo mesmo fato.
MP PB – 1° Simulado – Técnico Ministerial (Pós-Edital) 000000 – PG40
Letra d.
(A) Errada. A garantia constitucional da retroatividade benéfica ao agente não é absoluta. Se ela tiver vigência após o período de uma lei
excepcional ou temporária, ela não poderá retroagir, pois a lei excepcional ou temporária possui ultratividade, conforme o artigo 3º do CP:
Art. 3º A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determi-
naram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.
(B) Errada. Para definir o lugar do crime, foi adotada a Teoria da ubiquidade (ou Teoria mista). Para essa teoria, considera-se praticado
o crime tanto no momento da ação ou omissão quanto no momento do resultado, conforme o artigo 6º do CP:
Art. 6º Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se pro-
duziu ou deveria produzir-se o resultado.
(C) Errada. A Abolitio Criminis faz cessar somente os efeitos penais, mas os efeitos civis permanecem, conforme o artigo 2º do CPP:
Art. 2º Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os
efeitos penais da sentença condenatória.
A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da conti-
nuidade ou da permanência.
Não há ofensa à irretroatividade da lei mais gravosa, pois não há retroatividade. Nessa situação, a lei mais grave está sendo aplicada a
um crime que ainda está sendo praticado, e não a um crime que já foi praticado.
(E) Errada. Para definir o tempo do crime, foi adotada pelo código penal a Teoria da atividade, que prevê que o crime se considera
praticado quando da ação ou omissão, não importando quando ocorre o resultado, conforme o artigo 4º do CP:
Art. 4º Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado.
50. De acordo com o que está expressamente previsto no artigo 18 do Código Penal, o crime é:
(A) doloso, quando o autor do fato tinha intenção de praticar a ação ou a omissão.
(B) culposo, quando o autor do fato assumiu deliberadamente o risco de produzir o resultado.
(C) culposo, quando o autor do fato não tinha intenção de produzir o resultado.
(D) doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo.
(E) preterdoloso, quando o autor do fato visa produzir um resultado e, por imperícia, advém outro.
Letra d.
A única alternativa que traz algo expressamente previsto no artigo 18 é a alternativa D, que traz o disposto no artigo 18, I, do CP:
Letra a.
(A) Certa. Aqui, o agente pretendia cometer um crime, mas, por acidente ou erro na execução, acaba cometendo outro. Há uma relação
de pessoa x coisa (ou coisa x pessoa).
(B) Errada. A alternativa traz a definição de Aberratio Ictus.
(C) Errada. A alternativa traz parte do artigo 21 do Código Penal, que versa sobre o erro de proibição:
Art. 21 O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá
diminuí-la de um sexto a um terço.
A questão trata do erro de tipo acidental, mais especificamente a hipótese de aberratio delicti.
(D) Errada. Quando o autor se confunde, pensa que uma pessoa é outra, temos o erro sobre a pessoa (error in persona).
(E) Errada. Alternativa que nada tem a ver com o conceito de aberratio delicti. É uma das hipóteses de agravar a pena, conforme o artigo
19 do Código Penal:
Art. 19 Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver causado ao menos culposamente.
Letra b.
(A) Errada. É hipótese de homicídio qualificado, não de homicídio com causa de aumento de pena. Possui previsão no artigo 121, §2º, II:
(B) Certa. É hipótese de homicídio qualificado, prevista no artigo 121, §2º, VII:
A polícia militar está prevista no artigo 144 da Constituição Federal, logo um policial militar é um agente que faz parte de órgão previsto
na qualificadora.
(C) Errada. Para que haja o homicídio privilegiado (artigo 121, §1º, do CP), o agente precisa estar SOB O DOMÍNIO de violenta emoção,
logo em seguida a injusta provocação da vítima, não meramente SOB A INFLUÊNCIA:
Art. 121, § 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta
emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
(D) Errada. Se for cometido na modalidade culposa, terá pena de detenção, não de reclusão, conforme o artigo 121, §3º:
(E) Errada. O feminicídio ocorrerá quando o homicídio for cometido contra a mulher por razões da condição de sexo feminino,
conforme o artigo 121, §2º, VI, do CP:
Art. 121, § 2.º-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve: (Incluído pela Lei n.
13.104, de 2015)
I – violência doméstica e familiar; (Incluído pela Lei n. 13.104, de 2015)
II – menosprezo ou discriminação à condição de mulher. (Incluído pela Lei n. 13.104, de 2015)
Vimos que duas são as hipóteses de ocorrência do feminicídio. Quando o crime for cometido no âmbito da violência doméstica e familiar
contra a mulher e quando houver menosprezo ou discriminação à condição de mulher.
A alternativa ignora a possibilidade de ocorrência do feminicídio quando houver menosprezo ou discriminação à condição de
mulher (que pode ser cometido contra uma mulher que não seja conhecida do sujeito ativo do delito).
53. Marque a alternativa correta acerca dos crimes contra a dignidade sexual.
(A) O crime de importunação sexual é crime subsidiário e será caracterizado somente se o ato libidinoso praticado não constituir
crime mais grave.
(B) A prática consentida de conjunção carnal com menor de 14 anos não caracterizará o crime de estupro de vulnerável, se com-
provado que a vítima já mantinha vida sexual ativa anteriormente.
(C) Manter estabelecimento destinado à prática de exploração sexual é considerada conduta atípica se não houver participação
de criança e adolescente.
(D) O ato de registrar ato sexual sem autorização dos participantes somente será punível se houver divulgação a terceiros.
(E) Manter relação sexual com pessoa desacordada caracteriza o crime de estupro, artigo 213, do Código Penal.
Letra a.
(A) Certa. O crime de importunação sexual é crime subsidiário que somente será caracterizado se o ato libidinoso praticado não
constituir crime mais grave, conforme o artigo 215-A do CP:
Importunação sexual
Art. 215-A. Praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de
terceiro: (Incluído pela Lei n. 13.718/2018)
Pena – reclusão, de 01 (um) a 05 (cinco) anos, se o ato não constitui crime mais grave.
(B) Errada. Ocorrerá o crime de estupro de vulnerável, independentemente do consentimento da vítima ou do fato de ela ter mantido
relações sexuais anteriormente ao crime, conforme o artigo 217-A, §5º, do Código Penal:
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos:
Pena – reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos.
(...)
§ 5º As penas previstas no caput e nos §§ 1º, 3º e 4º deste artigo aplicam-se independentemente do consentimento da vítima
ou do fato de ela ter mantido relações sexuais anteriormente ao crime.
(C) Errada. Para configurar o delito do artigo 229 do CP, não há necessidade de haver participação de criança e adolescente.
Casa de prostituição
Art. 229. Manter, por conta própria ou de terceiro, estabelecimento em que ocorra exploração sexual, haja, ou não, intuito de lucro
ou mediação direta do proprietário ou gerente: (Redação dada pela Lei n. 12.015, de 2009)
Pena – reclusão, de dois a cinco anos, e multa.
Obs: para a configuração do delito, precisa haver a exploração sexual. Se a pessoa não está no local sob coação, violência, obrigada,
em más condições ou com liberdade restrita, por exemplo, não há de se falar em tipicidade da conduta.
(D) Errada. O crime de registro não autorizado da intimidade sexual (artigo 216-B do CP) configura-se com o mero ato de registrar, por
qualquer meio, conteúdo com cena de nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo e privado sem autorização dos participantes.
MP PB – 1° Simulado – Técnico Ministerial (Pós-Edital) 000000 – PG43
Já a conduta de divulgar o registro pode configurar outro delito, art. 218-C do Código Penal (divulgação de cena de estupro ou de cena
de estupro de vulnerável, de cena de sexo ou de pornografia):
(E) Errada. Irá configurar o crime de estupro de vulnerável, não o crime de estupro, pois a vítima não pode oferecer resistência,
conforme o artigo 217-A, §1º, do CP:
54. Em relação ao conceito de funcionário público e equiparados, para fins penais definidos no Código Penal, é correto afirmar que:
(A) aquele que trabalha para empresa prestadora de serviço contratada para a execução de atividade típica da Administração
Pública é equiparado a funcionário.
(B) a falta de remuneração impede a caracterização do indivíduo como funcionário.
(C) a transitoriedade da função pública afasta a possibilidade de caracterização do indivíduo como funcionário.
(D) por ausência de expressa previsão legal, aquele que exerce cargo em entidade paraestatal não é considerado funcionário.
(E) o funcionário que trabalha em função de direção em fundação instituída pelo poder público, ao cometer crime contra a Admi-
nistração, terá a pena aumentada de metade.
Letra a.
A questão cobra o conhecimento do conceito de funcionário público para fins penais e também da causa de aumento de pena. Encontra
amparo legal no artigo 327 do CP:
Funcionário público
Art. 327 Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce
cargo, emprego ou função pública.
§ 1º Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para
empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública.
§ 2º A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em
comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa
pública ou fundação instituída pelo poder público.
Art. 327, § 1º Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem tra-
balha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administra-
ção Pública.
(B) Errada. Para ser considerado funcionário público, o agente não precisa receber remuneração, conforme o artigo 327, caput, do CP:
Art. 327 Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce
cargo, emprego ou função pública.
(C) Errada. Para ser considerado funcionário público, o agente pode ter vínculo transitório, conforme o artigo 327, caput, do CP:
MP PB – 1° Simulado – Técnico Ministerial (Pós-Edital) 000000 – PG44
Art. 327 Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce
cargo, emprego ou função pública.
(D) Errada. Aquele que exerce cargo em entidade paraestatal será considerado funcionário público por equiparação, conforme o artigo
327, §1º, do CP:
Art. 327, § 1º Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem
trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administra-
ção Pública.
(E) Errada. O aumento não será da metade, mas sim da terça parte, conforme o artigo 327, § 2º, do CP:
Art. 327, § 2º A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes
de cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia
mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público.
55. A competência para julgar o comandante do Exército Brasileiro por cometimento de crime comum é do
(A) Superior Tribunal Militar.
(B) Superior Tribunal de Justiça.
(C) Tribunal Regional Federal.
(D) Juízo de primeira instância.
(E) Supremo Tribunal Federal.
Letra e.
O artigo 102, inciso I, alínea c, da Constituição Federal versa sobre a competência do Supremo Tribunal Federal para julgar o comandante
do Exército Brasileiro por cometimento de crime comum:
CF/1988
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I – processar e julgar, originariamente:
(...)
(c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do
Exército e da Aeronáutica, ressalvado o disposto no art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da
União e os chefes de missão diplomática de caráter permanente;
56. Transitada em julgado a sentença condenatória, a competência para aplicação de lei mais benéfica ao réu será:
(A) do tribunal do júri, quando se tratar de crimes dolosos contra a vida.
(B) em caso de competência originária dos tribunais superiores.
(C) do juízo das execuções penais.
(D) do juiz de primeira instância que proferiu a sentença.
(E) em sede de revisão criminal do tribunal de justiça.
Letra c.
Há entendimento sumulado pelo STF no sentido de que transitada em julgado a sentença condenatória, a competência para aplicação
de lei mais benéfica ao réu será do juízo das execuções penais, conforme a Súmula n. 611:
Súmula n. 611, STF: Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao Juízo das execuções a aplicação de lei
mais benigna.
MP PB – 1° Simulado – Técnico Ministerial (Pós-Edital) 000000 – PG45
57. Considerando as inovações constantes na Lei n. 13.964/2019, assinale a opção correta em relação à cadeia de custódia.
(A) A cadeia de custódia tem início com o ato de recolhimento do vestígio do crime.
(B) O descarte do vestígio não necessita necessariamente de autorização judicial.
(C) Considera-se isolamento o procedimento por meio do qual cada vestígio coletado é embalado de forma individualizada, de
acordo com suas características físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora e nome
de quem realizou a coleta e o acondicionamento.
(D) A preservação do vestígio de um crime é de responsabilidade da Autoridade Policial.
(E) O vestígio depois de coletado e examinado, deverá ser armazenado, sendo vedado o rompimento do lacre, sob pena de
invalidá-lo como meio de prova.
Letra b.
(A) Errada. A cadeia de custódia terá início com a preservação do local de crime ou com procedimentos policiais ou periciais nos
quais seja detectada a existência de vestígios, conforme o art. 158-A, § 1º, do CPP:
Art. 158-A, § 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do local de crime ou com procedimentos policiais ou
periciais nos quais seja detectada a existência de vestígio. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
(B) Certa. O descarte do vestígio realmente só necessitará de autorização judicial quando for pertinente, art. 158-B, X, do CPP:
Art. 158-B, X – descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a legislação vigente e, quando pertinente,
mediante autorização judicial.
(C) Errada. A alternativa traz o conceito de ACONDICIONAMENTO, que está previsto no art. 158-B, V, do CPP:
Art. 158-B, V – acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio coletado é embalado de forma individualizada,
de acordo com suas características físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora e nome de
quem realizou a coleta e o acondicionamento; (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
Art. 158-B, II – isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo isolar e preservar o ambiente imediato, me-
diato e relacionado aos vestígios e local de crime; (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
(D) Errada. A preservação do vestígio de um crime é de responsabilidade do agente público que reconhecer um elemento como de
potencial interesse para a produção da prova pericial, de acordo com o art. 158-A, § 2º, do CPP:
Art. 158-A, § 2º O agente público que reconhecer um elemento como de potencial interesse para a produção da prova pericial
fica responsável por sua preservação. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
(E) Errada. O lacre poderá ser rompido, mas deve se fazer constar na ficha de acompanhamento de vestígio o nome e a matrícula
do responsável, a data, o local, a finalidade, bem como as informações referentes ao novo lacre utilizado, conforme o art. 158-D, §
4º, do CPP:
Art. 158-D. O recipiente para acondicionamento do vestígio será determinado pela natureza do material. (Incluído pela Lei n.
13.964, de 2019)
(...)
§ 4º Após cada rompimento de lacre, deve se fazer constar na ficha de acompanhamento de vestígio o nome e a matrícula
do responsável, a data, o local, a finalidade, bem como as informações referentes ao novo lacre utilizado. (Incluído pela Lei n.
13.964, de 2019)
58. Réu condenado em primeira instância à pena privativa de liberdade pelo crime de Roubo foi intimado pessoalmente, e pretende
recorrer da sentença proferida em seu desfavor.
Nessa situação, marque a alternativa certa quanto ao recurso cabível:
(A) recurso em sentido estrito, o qual devolve a sentença à apreciação do magistrado, para fins de juízo de retratação.
(B) apelação criminal, no prazo de cinco dias.
(C) não será admitido recurso se o réu não estiver recolhido na prisão.
(D) apelação criminal, com o termo e as respectivas razões recursais apresentados em petição única, no prazo de quinze dias.
(E) não será admitido se seu advogado não apresentar as razões recursais, ainda que o réu tenha tempestivamente assinado o
termo recursal.
MP PB – 1° Simulado – Técnico Ministerial (Pós-Edital) 000000 – PG46
Letra b.
(A) Errada. Caberá Apelação Criminal na forma do artigo 593, I, do CPP.
(B) Certa. Alternativa em conformidade com o artigo 593, I, do CPP:
(C) Errada. Para conhecimento do recurso de apelação, o réu não precisa estar preso.
Súmula n. 347 do STJ: O conhecimento de recurso de apelação do réu independe de sua prisão.
(E) Errada. De acordo com a jurisprudência do STF, apresentado o termo de apelação dentro do prazo legal, a apresentação
extemporânea das razões recursais constitui mera irregularidade, que não prejudica a apreciação do recurso:
(...) Esta Corte já sedimentou a orientação no sentido de que, apresentado o termo de apelação dentro do prazo legal, a apresenta-
ção extemporânea das razões recursais constitui mera irregularidade, que não prejudica a apreciação do recurso (...) (HC 112355
GO, Relator Min. Ricardo Lewandowski, 13/09/2012).
59. De acordo com a Jurisprudência do STJ e também com a Legislação Penal, marque a alternativa correta quanto à competência.
(A) Compete à justiça comum estadual processar e julgar crime em que indígena figure como autor ou vítima.
(B) Compete à justiça federal processar e julgar os crimes de falsificação e uso de documento falso relativo a estabelecimento
particular de ensino.
(C) Compete à justiça federal processar e julgar prefeito por desvio de verba transferida e incorporada ao patrimônio municipal.
(D) Compete à justiça federal processar e julgar contravenções praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da
União ou de suas entidades.
(E) Compete à justiça federal processar e julgar as causas cíveis em que seja parte sociedade de economia mista e os crimes
praticados contra esse tipo de sociedade.
Letra a.
(A) Certa. Alternativa de acordo com a Súmula n. 140 do STJ:
STJ, Súmula n. 140. Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar crime em que o indígena figure como autor
ou vítima.
(B) Errada. Será competente a Justiça Estadual, conforme a Súmula n. 104 do STJ:
STJ, Súmula 104. Compete à Justiça Estadual o processo e julgamento dos crimes de falsificação e uso de documento falso
relativo a estabelecimento particular de ensino.
(C) Errada. Será competente a Justiça Estadual, conforme a Súmula n. 209 do STJ:
STJ, Súmula n. 209. Compete à Justiça Estadual processar e julgar prefeito por desvio de verba transferida e incorporada ao
patrimônio municipal.
STJ, Súmula n. 38. Compete à Justiça Estadual Comum, na vigência da Constituição de 1988, o processo por contravenção
penal, ainda que praticada em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades.
STJ, Súmula n. 42. Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar as causas cíveis em que é parte sociedade de eco-
nomia mista e os crimes praticados em seu detrimento.
MP PB – 1° Simulado – Técnico Ministerial (Pós-Edital) 000000 – PG47
60. De acordo com o disposto no Código de Processo Penal em relação à ação penal, marque a alternativa correta.
(A) O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, mesmo que haja recusa da parte do querelado.
(B) Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito de queixa ou de representação, se
não o exercer dentro do prazo de seis meses, a contar do dia em que o crime foi praticado.
(C) A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos autores do crime, a todos se estenderá.
(D) Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á perempta a ação penal quando, iniciada esta, o
querelante deixar de promover o andamento do processo durante 18 dias seguidos.
(E) Se o querelado for mentalmente enfermo ou retardado mental e não tiver representante legal, ou colidirem os interesses
deste com os do querelado, a aceitação do perdão caberá ao defensor público.
Letra c.
(A) Errada. O perdão é bilateral, logo, para que produza efeitos, ele deverá ser aceito, conforme o artigo 51 do CPP:
Art. 51. O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, sem que produza, todavia, efeito em relação ao que
o recusar.
(B) Errada. O início do prazo decadencial de seis meses ocorrerá no momento em que o ofendido tiver conhecimento de quem foi o
autor do fato, conforme o art. 38 do CPP:
Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito de queixa ou de representação,
se não o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do
art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia.
Art. 49. A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos autores do crime, a todos se estenderá.
(D) Errada. Para que ocorra a perempção nesse caso, o prazo será de 30 DIAS SEGUIDOS, conforme o art. 60, I, do CPP:
Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á perempta a ação penal:
I – quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias seguidos;
(E) Errada. De acordo com o artigo 53 do CPP, a aceitação do perdão caberá ao curador que for nomeado pelo juiz, não ao
defensor público:
Art. 53. Se o querelado for mentalmente enfermo ou retardado mental e não tiver representante legal, ou colidirem os interesses
deste com os do querelado, a aceitação do perdão caberá ao curador que o juiz Ihe nomear.