2015 TaysPereiraMiranda TCC
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FACULDADE DE EDUCAÇÃO - FE
Brasília, DF
2015
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Brasília, DF
2015
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Comissão Examinadora:
Comissão Examinadora:
AGRADECIMENTOS
A Deus, que por Sua graça infinita me permitiu receber esse presente que levarei
por toda a vida, minha graduação.
A Rosângela Maria Pereira e ao Wilton Miranda Cerqueira, meus pais, que
acreditaram em mim quando eu mesma não acreditava.
Aos meus irmãos, Taynara e Tauan, que me proporcionam motivação todos os dias
através de seus sorrisos.
A minha avó, Eliana Maria, que é responsável por quem eu sou e pela formação do
meu caráter desde os primeiros anos de vida. Mulher guerreira que nunca desistiu e
sempre acreditou que nossa família será cada vez melhor. Mulher que se esforça
sempre ao máximo para nos proporcionar muitas vezes aquilo que ela não tem.
Ao Edson Corrêa que me faz ter força todos os dias para persistir em realizar meus
sonhos.
Aos meus amigos e amigas que durante todo esse tempo me foram impulso e
motivação em todas as situações de minha vida.
A professora Drª Teresa Cristina, que me orientou com tanto carinho e que foi
essencial em todo o decorrer do meu curso para me fazer acreditar no poder
transformador da educação.
A uma criança de rua, chamada Natália, que conheci na Rodoviária de Brasília, que
se tornou uma grande amiga e me revelou o amor que sinto pelas crianças e o
quanto elas despertam o melhor de mim.
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O Teatro Mágico
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RESUMO
ABSTRACT
Based in the concepts of Moscovici and Jodelet about the Theory of Social
Representations, it was made clear to us that the representations developed by the
subject are determiners in the way that he realizes and act in front of real situations.
According with Gilly (2002) is possible from the Theory of Social Representations
comprehend how the social facts interfere on the educative process and your results.
The objective in this study was identify and analyze the representations of students
from the Faculty of Education at the University of Brasilia posses about be a
professor. Participated of this research forty (40) students of varying periods. They
answered with six (6) words the inducer question. Define what is for you be a
professor. The results of this research indicated to the representation of the professor
in your teaching practice and your position of agents of social transformation.
Lista de Gráficos
Lista de Tabelas
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO.................................................................................... 14
INTRODUÇÃO...................................................................................... 26
CAPÍTULO 3. METODOLOGIA............................................................ 43
3.1 – Método.......................................................................................... 43
3.2 – Participantes................................................................................. 43
CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................... 53
REFERÊNCIAS......................................................................................... 54
APÊNDICE.............................................................................................. 60
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APRESENTAÇÃO
UNIDADE I
Apresentação
Infância e Família
Quando minha irmã, Taynara Pereira Miranda, completou quatro anos, nós
tínhamos o costume de brincar de “escolinha”. Nesta brincadeira, eu a ensinava e
ela era minha aluna. Foi esta uma das experiências marcantes da minha vida e
ainda hoje mantemos essa relação educador/aluno quando necessário, seja em
seus trabalhos de escola ou dúvidas sobre algum tema estudado. Essa foi uma das
experiências que me levou a escolher para minha carreira profissional o curso de
Licenciatura e Pedagogia.
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Estudando nesta cidade tive contato com alguns professores incríveis e que
tanto admiro. Professores que, apesar de todas as dificuldades que nosso sistema
de ensino ainda enfrenta, se esforçavam ao máximo para que seus alunos tivessem
o maior sucesso possível no processo de aprendizagem. No Colégio Estadual
Valparaíso, conheci um professor em especial que me motivou muito através das
suas práticas de ensino a acreditar na transformação que a educação pode viabilizar
na sociedade. O nome dele é Vostok Curpivsky, que lecionava a disciplina Física
para as turmas de Ensino Médio, e durante quatro anos foi diretor deste colégio.
Mesmo conhecendo as dificuldades da escola e dos alunos, fosse por problemas
pessoais, por falta de interesse dos alunos, por falta de estrutura de qualidade na
escola, ou etc., ele nos ensinava de forma clara e coerente e mostrava em suas
aulas que nós, seus alunos, teríamos mais possibilidades de mudança de vida do
que imaginávamos naquela época. Também destaco aqui a prática docente e de
vida da Professora Aline Santos e do Professor Junior Giroto, duas pessoas que
foram além de professores, foram amigos, dotados de extrema compreensão,
cuidado e dedicação.
A Primeira Impressão
quer seja nas expressões nos muros, quer seja nas pessoas. Ainda com dezessete
anos e mentalidade de menina que tivera sido muito protegida pelos pais, me senti
fora da minha realidade, sentia como se não fizesse parte daquele lugar e tudo para
mim era novo.
Os dois últimos anos do curso foram os mais difíceis. Passei por problemas
com drogas na família e no mesmo período fomos assaltados dentro de nossa
própria casa duas vezes. Foram momentos sofridos e de desafios, mas que através
da ajuda de algumas pessoas tem sido superado e serviram como motivação para
que eu persistisse tendo a certeza de que valeria a pena continuar.
Além dessas pessoas, pude contar com o auxílio de pessoas próximas a mim,
como a Lucineide Soares, que trabalhando na portaria todos os dias me fazia ter
alguns momentos de sorriso e foi como uma mãe para mim na Universidade. É essa
com certeza uma amizade que levarei por toda a vida. Cito aqui outras pessoas que
foram também essenciais na minha caminhada acadêmica na Faculdade de
Educação, a equipe de limpeza que sempre com seus sorrisos e cumprimentos de
“Bom dia!” me fortalecia a certeza de que não há tesouro mais valioso que uma boa
educação. Aos queridos técnicos que trabalham na Secretária, Coordenação e no
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UNIDADE II
MONOGRAFIA
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INTRODUÇÃO
A partir dessa compreensão, este estudo tem como objetivo geral identificar
as representações sociais que os alunos do curso de graduação em Pedagogia da
Faculdade de Educação da Universidade de Brasília possuem sobre o ser professor.
Como objetivos específicos esse trabalho pretende: a) identificar as representações
sociais que futuros educadores possuem sobre o ser professor; b) classificar essas
representações sociais em categorias para sua melhor compreensão.
Para atender aos objetivos propostos, este estudo foi organizado em quatro
capítulos e considerações finais, sendo eles:
(MOSCOVICI)
A ideia de representações não individuais tem seu início nos estudos de Émile
Durkheim. Para ele,
Um homem que não pensa com conceitos não seria um homem, pois
ele não seria um ser social. Restrito apenas a percepções
individuais, ele não seria diferente de um animal.
(DURKHEIM, 1912/1995: 440 apud MOSCOVICI, 2010, p.180).
Nos anos 60, Serge Moscovici publicou sua obra intitulada La Psicanalyse:
son image et son public (1961-1976), na qual procurou entender as representações
sociais da psicanálise na sociedade de Paris dos anos 50. Por meio desse estudo,
Moscovici conseguiu romper na Psicologia os vieses que enxergavam a explicação
dos fenômenos apenas de forma individualizada. Para Moscovici, o conceito de
Representações Coletivas era muito limitado, por dois motivos:
Para Lane (1981), o ser humano é considerado um ser social, pois desde o
nascimento está inserido em um contexto histórico e necessita conviver com, pelo
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menos, uma pessoa para a sua sobrevivência. Através dessa convivência surge um
modelo padrão, o qual a sociedade em que ele está inserido vem desenvolvendo e
que considera correta. Normas tais que se diferem em cada grupo social e tornam-
se, muitas vezes, em leis para que haja certa manutenção da sociedade.
De acordo com Silva, Dias e Pimenta (2014), Moscovici, com a Teoria das
Representações Sociais, deu novo sentido ao conhecimento prático, denominado
como senso comum, evidenciando que esse saber também “faz história, muda
rumos, constrói cultura, amplia horizontes, sustenta e fornece as condições
materiais, até mesmo para os grupos privilegiados se apropriarem da ciência”. É a
partir desse conhecimento prático que os sujeitos se estabelecem dentro de uma
sociedade. Suas Representações Sociais são manifestas em suas condutas de
pensamentos, práticas, concepções e atitudes.
que não são fixas ou estáticas, cada uma criando seu próprio universo, sendo duas
delas: consensual e científica.
(PIMENTA,1996, p. 75)
39
2.2 – Subjetividade
Segundo Junior (2009), a subjetividade não é a causa das ações dos sujeitos,
mas aparece nessas ações. Considerando que a subjetividade é dinâmica e não
40
(2010, p.1)
a) Experiência:
Os saberes construídos durante sua vida no ambiente escolar (enquanto
alunos), pela percepção de quais foram os professores bons ou ruins para
eles, os que tinham uma boa maneira de ensinar ou não, os que tinham
didática, todos de alguma forma lhes influenciaram para a construção de uma
representação do que é ser professor e contribuíram para sua formação
humana. Esses saberes são também construídos a partir da experiência
social da profissão e da reflexão diária sobre sua prática docente. A formação
inicial nesse sentido deve contribuir para que os alunos deixem de ver o
professor a partir do olhar de estudante, para perceber-se enquanto
professor.
b) Conhecimento:
Esse saber implica em três estágios: adquirir informações; compreender as
informações “classificando-as, analisando-as e contextualizando-as”; e
trabalhar as informações a partir da inteligência (produzir formas de
desenvolvimento), da consciência e da sabedoria (reflexão para produzir
novas formas de existência). “Conhecer significa estar consciente do poder do
conhecimento para a produção da vida material, social e existencial da
humanidade”.
42
c) Saberes pedagógicos:
Devem os saberes pedagógicos serem uma construção dada a partir das
“necessidades pedagógicas postas pelo real”, ao contrário do que por muito
tempo tem sido feito que é a dissociação da prática científica da prática social
da educação (que é para os professores em formação a prática de ensinar).
Para isso é necessária a superação da fragmentação dos saberes docentes.
Questionando-se e refletindo sobre suas práticas em contato com os saberes
sobre a educação e a pedagogia é que os professores constroem os saberes
pedagógicos (a prática contribuindo para a prática).
3.2 - Participantes
Períodos
Iniciais
Finais
Dentre os participantes, trinta e cinco (35) são solteiros (as) e cinco (5) são
casados (as), entre os quais apenas um (1) tem filhos. Aqueles que não trabalham
representam um total de 68% dos participantes. Os participantes que trabalham
somam 32%; entre os quais um (1) trabalha como musicista, (1) como fotógrafo, dois
(2) como professores, seis (6) como estagiários e três (3) atuam em programas
universitários (dois no Programa de Iniciação à Docência - PIBID, e um no Programa
de Educação Tutorial - PET).
Trabalhadores
Trabalham em
outras áreas
Trabalham como
professores
Estagiários
Programas
Universitários
Dezoito (18) dos quarenta (40) participantes nunca atuaram como professores
e vinte e dois (22) atuam ou atuaram como professores. Constata-se que entre os
participantes 55% já teve contato com a profissão docente em condição de
professores. Apenas quatro (04) não pretendem ser professores, enquanto trinta e
seis (36) pretendem atuar como docentes.
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a) Profissão Professor
c) Personalidade do Professor
d) Afetividade
e) Prática Docente
Foram atribuídas a essa categoria oitenta e três (83) palavras. Dentre essas
palavras trinta e seis (36) são diferentes e percebe-se que foi essa a categoria que
integrou mais palavras, além de abranger as palavras que mais se repetiam entre
todas as categorias. As palavras que obtiveram maior frequência foram
Educador/Educar e Mediador/Intermediador, repetindo-se dezenove (19) e quatorze
(14) vezes respectivamente.
Nas respostas atribuídas a categoria Prática Docente, seis (6) palavras fazem
referência aos Saberes do Conhecimento, sendo a principal “Conhecimento”, citada
três vezes (3) vezes. Também aparecem as palavras “Aprender”, “Contextual” e
“Ensino”, que têm uma relação com os estágios em que os Saberes do
Conhecimento se constituem, sendo eles, de acordo com Pimenta (1996):
classificação, análise e contextualização das informações.
PRÁTICA DOCENTE
CONHECIMENTO EXPERIÊNCIA SABERES
PEDAGÓGICOS
Conhecimento Descobrir Construir
Aprender Desenvolver/Desenvolvimento Desconstrução
Ensino Aprendizagem Orientador
Alfabetizar Educação Integrar/Interagir/Inovar
Docente Socialização Mediador/Intermediador
Contextual Experiência Educador/Educar
Flexível Criatividade
Guia Facilitador
Auxilia Olhar Sensível
Adaptável Escuta Sensível
Multiplicador
Ampliador/Possibilitador
Estimulador
Dialógico
Após definir em seis (6) palavras o que é ser professor, cada estudante
escolheu entre as seis (6) palavras uma (1) que definisse o que é em sua
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perspectiva ser professor. Foram obtidas nessa questão vinte e duas (22) palavras
diferentes de um total de quarenta (40) palavras. Dentre essas, palavras dezessete
vezes (17) se atribuiu o ser professor à sua prática docente, principalmente na
frequência da palavra Educador que aparece oito (8) vezes, fortalecendo assim os
resultados obtidos na primeira questão, considerando que as representações do ser
professor na perspectiva dos estudantes pesquisados estão relacionadas
principalmente à Prática Docente.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo sobre as Representações Sociais do Ser professor, cuja pesquisa
foi direcionada à perspectiva de estudantes do curso de graduação em Pedagogia
da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília, alcançou os objetivos
propostos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALEXANDRE, Marcos. Representação Social: uma genealogia do conceito. Comum
- Rio de Janeiro - v.10 - nº 23 - p. 122 a 138 - julho / dezembro 2004
CORTEZ, Daniela de Souza. SÁ, Maria José Ribeiro de. A Formação da Identidade
do “Ser Professor(a)” no Curso de Licenciatura em Física do Instituto Federal do
Maranhão – Campus Imperatriz, 2012. Disponível em:
www.sbec.org.br/evt2012/trab12.pdf Acesso em: 13/06/2015
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. Ed., São Paulo: Atlas,
2002.
55
LANE, Silvia T. Maurer. O que é Psicologia Social. São Paulo: Brasiliense, 2006. –
(Coleção Primeiros Passos; 39).
SILVA, Kátia Augusta Curado Pinheiro Cordeiro da. Políticas Públicas na Formação
de Professores e a Relação Teoria e Prática: Um debate com Gramsci. In: Avaliação
de Políticas Públicas da Educação. CUNHA, Célio da., SOUSA, José Vieira de.,
SILVA, Maria Abádia da. (Org.) – Brasília: Faculdade de Educação/ Universidade de
Brasília; Liber Livro, 2012, pp. 261 – 284..
56
UNIDADE III
PERSPECTIVAS PROFISSIONAIS
58
PERSPECTIVAS PROFISSIONAIS
Quando comecei o curso de Licenciatura em Pedagogia pela Faculdade de
Educação da Universidade de Brasília – UnB, eu me sentia deslocada desse
ambiente que era a universidade. Nasci e vivi em cidades periféricas e essa era a
realidade que eu conhecia. A partir das vivências na Universidade e na minha
realidade houve em minhas perspectivas sobre o curso muitas mudanças. Eu
enxerguei que a graduação em Pedagogia vai além de dar aulas para crianças.
Percebi a possibilidade de dar aulas sim, mas além disso, enxerguei a possibilidade
de ajudar pessoas a mudarem de vida. Sempre me envolvi com a realidade das ruas
e com projetos de ação social. Em Valparaíso de Goiás faço parte de um projeto
chamado TRUE (Transformação Revolucionária Urbana Evangelística), no qual
ajudamos moradores de rua, jovens, adultos e crianças e pretendo trabalhar com
educação para essas pessoas que precisam estudar e ao mesmo tempo procurar
maneiras de suprir suas necessidades básicas.
Para mim, é de importância essencial devolver para a sociedade aquilo que ela me
proporcionou com a oportunidade de me graduar em uma Universidade Federal, e
nessa perspectiva vejo a falta de pessoas que desejem trabalhar em locais de
carência estrutural, onde há cenários de abandono e violência. Quero atuar com
docência nesses locais onde a rede de ensino ainda está em situações precárias e
poucos querem ir.
Desejo que por meio da conclusão desse curso eu seja útil para a sociedade, e
assim como me disse meu grande amigo Tony Samir em uma conversa informal:
“Somos pontos de esperança para uma geração”! Quero ser esse ponto de
esperança para crianças e famílias que por muitas vezes não veem possibilidade de
mudança em suas vidas.
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APÊNDICE
1. Questionário
Universidade de Brasília – UnB
Faculdade de Educação
Projeto 5 – Elaboração de Trabalho de Conclusão de Curso
Orientadora: Drª Teresa Cristina Siqueira Cerqueira
Estudante: Tays Pereira Miranda
1._______________________ 4._______________________
2._______________________ 5._______________________
3._______________________ 6.______________________
14
Dentre essas palavras, escolha uma que defina o que é, para você, ser
professor:
1.________________________
Caso deseje receber os resultados desta pesquisa, informe abaixo seu email.
Email:__________________________________________________________