Anexos - Novo Regulamento
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Anexos - Novo Regulamento
EUROPEIA
Bruxelas, 14.7.2021
COM(2021) 562 final
ANNEXES 1 to 5
ANEXOS
da
PT PT
ANEXO I
METODOLOGIA PARA DEFINIR O LIMITE DE INTENSIDADE DOS GASES COM
EFEITO DE ESTUFA PROVENIENTES DA ENERGIA UTILIZADA A BORDO DE UM
NAVIO
Para efeitos de cálculo do limite de intensidade dos gases com efeito de estufa provenientes da
energia utilizada a bordo de um navio, aplica-se a seguinte fórmula, designada por Equação
(1):
Índice de intensidade
WtT TtW
dos GEE
Equação (1)
𝐶𝑂2𝑒𝑞,𝑇𝑡𝑊,𝑗 = (𝐶𝑓𝐶𝑂2 ,𝑗 × 𝐺𝑊𝑃𝐶𝑂2 + 𝐶𝑓𝐶𝐻4,𝑗 × 𝐺𝑊𝑃𝐶𝐻4 + 𝐶𝑓𝑁2 𝑂,𝑗 × 𝐺𝑊𝑃𝑁2 𝑂 ) Equação (2)
𝑖
Termo Explicação
j Índice correspondente às unidades de combustão a bordo do navio. Para efeitos do presente regulamento, as
unidades tidas em conta são os motores principais, os motores auxiliares e as caldeiras a fuelóleo
k Índice correspondente aos pontos de ligação (c), tratando-se da eletricidade fornecida por ponto de ligação.
𝐶𝑂2𝑒𝑞 𝑒𝑙𝑒𝑐𝑡𝑟𝑖𝑐𝑖𝑡𝑦,𝑘 CO2eq WtT,i relacionado com a eletricidade fornecida ao navio no ponto de posto de acostagem por ponto de ligação
k [gCO2eq/MJ]
𝐶𝑒𝑛𝑔𝑖𝑛𝑒 𝑠𝑙𝑖𝑝 𝑗 Coeficiente de perda do combustível do motor (combustível não queimado) expresso em percentagem da massa do
combustível i utilizado na unidade de combustão j [%]
𝐶𝑓 𝐶𝑂2 ,𝑗 , 𝐶𝑓 𝐶𝐻4,𝑗 , 𝐶𝑓 𝑁2 𝑂,𝑗 Fatores de emissão de GEE TtW por combustível queimado na unidade de combustão j [gGHG/gFuel]
𝐶𝑠𝑓 𝐶𝑂2 ,𝑗 , 𝐶𝑠𝑓 𝐶𝐻4,𝑗 , 𝐶𝑠𝑓 𝑁2 𝑂,𝑗 Fatores de emissão de GEE TtW por combustível perdido para uma unidade de combustão j [gGHG/gFuel]
𝐶𝑂2𝑒𝑞,𝑇𝑡𝑊𝑠𝑙𝑖𝑝𝑝𝑎𝑔𝑒 ,𝑗 Emissão de CO2 equivalente TtW de combustível queimado i na unidade de combustão j [gCO2eq/gFuel]
𝐶𝑂2𝑒𝑞,𝑇𝑡𝑊 𝑠𝑙𝑖𝑝𝑝𝑎𝑔𝑒,𝑗 = (𝐶𝑠𝑓 𝐶𝑂2 ,𝑗 × 𝐺𝑊𝑃𝐶𝑂2 + 𝐶𝑠𝑓 𝐶𝐻4,𝑗 × 𝐺𝑊𝑃𝐶𝐻4 + 𝐶𝑠𝑓 𝑁2 𝑂,𝑗 × 𝐺𝑊𝑃𝑁2 𝑂 )
𝑖
𝐺𝑊𝑃𝐶𝑂2 , 𝐺𝑊𝑃𝐶𝐻4 , , 𝐺𝑊𝑃𝑁2𝑂 Potencial de aquecimento global de CO2, CH4 , N2O num período de 100 anos
PT 1 PT
No caso dos combustíveis fósseis, devem ser utilizados os valores por defeito constantes do
anexo II.
Para efeitos do presente regulamento, o termo ∑𝒄𝑘 𝐸𝑘 × 𝐶𝑂2𝑒𝑞 𝑒𝑙𝑒𝑐𝑡𝑟𝑖𝑐𝑖𝑡𝑦,𝑘 no valor numérico
da Equação (1) deve ser fixado em zero.
Método de determinação de [Mi]
A massa de combustível [Mi] deve ser determinada utilizando a quantidade notificada em
conformidade com a comunicação de informações ao abrigo do Regulamento (UE) 2015/757
para as viagens abrangidas pelo presente regulamento, com base na metodologia de
monitorização escolhida pela empresa.
Método para a determinação dos fatores de GEE WtT
Para os combustíveis não fósseis, sempre que sejam utilizados valores diferentes dos valores
por defeito constantes do anexo II, estes devem basear-se nos guias de entrega (Bunker
Delivery Notes - BDN) dos combustível relevantes, para os combustíveis fornecidos ao navio
no período de informação, para quantidades de combustíveis pelo menos equivalentes às que
se determinou serem consumidas no âmbito de uma viagem regulamentada em conformidade
com o ponto A.
O GEE WtT (𝐶𝑂2𝑒𝑞 𝑊𝑡𝑇,𝑖 ) dos combustíveis (que não sejam combustíveis fósseis) está
estabelecido na Diretiva (UE) 2018/2001. Os valores reais, explicitados na diretiva, que
devem ser utilizados para efeitos do presente regulamento, em conformidade com a
metodologia, são os valores sem combustão1. Para os combustíveis cujos modos de produção
não estejam incluídos na diretiva e para os combustíveis fósseis, os valores por defeito de
GEE WtT(𝐶𝑂2𝑒𝑞 𝑊𝑡𝑇,𝑖 ) constam do anexo II.
Guia de entrega de combustível (BDN)
Para efeitos do presente regulamento, os guias de entrega de combustível relevantes relativos
aos combustíveis utilizados a bordo devem incluir, pelo menos, as seguintes informações:
– Identificação do produto
– Massa do combustível [t]
– Volume do combustível [m3]
– Densidade do combustível [kg/m3]
– Fator de emissão de GEE WtT para o CO2 (fator carbono) [gCO2/gFuel] e para o
CO2eq [gCO2eq/gFuel] e certificado correlato2
– Poder calorífico inferior [MJ/g]
1
É feita referência ao anexo V.C.1., alínea a), da Diretiva (UE) 2018/2001 para o termo e u «emissões do
combustível em utilização».
2
Este valor não é exigido no caso dos combustíveis fósseis referidos no anexo II. Para todos os outros
combustíveis, incluindo misturas de combustíveis fósseis, este valor deve ser disponibilizado
juntamente com um certificado separado que identifique o modo de produção do combustível.
PT 2 PT
– Fornecedor: Nome, endereço, telefone, correio eletrónico, representante
– Navio recetor: Número de referência da OMI (MMSI), nome do navio, tipo de navio,
pavilhão, representante do navio
– Porto: Nome, localização (LOCODE), terminal/posto de acostagem
– Ponto de ligação: Ponto de ligação OPS-SSE, detalhes do ponto de ligação
– Tempo de ligação: Data/hora de início/final
– Aprovisionamento em energia: Fração de potência atribuída ao ponto de alimentação
(se aplicável) [kW], consumo de eletricidade (kWh) durante o período de faturação,
informação sobre a potência de pico (se disponível)
– Contadores
Método de determinação dos fatores de emissão de GEE TtW
As emissões TtW são determinadas com base na metodologia explicitada no presente anexo,
utilizando a Equação (1) e a Equação (2).
Para efeitos do presente regulamento, os fatores de emissão de GEE TtW (𝐶𝑂 ) a utilizar
2𝑒𝑞,𝑇𝑡𝑊,𝑗
para determinar as emissões de GEE constam do anexo II. A fim de facilitar as remissões, os
fatores CO2 Cf são os estabelecidos no Regulamento (UE) 2015/757 e referidos no quadro.
Para os combustíveis cujos fatores não estejam incluídos no referido regulamento, devem ser
utilizados os fatores por defeito constantes do anexo II.
Em conformidade com seu plano de conformidade referido no artigo 6.º após avaliação pelo
verificador, podem ser utilizados outros métodos a fim de melhorar a exatidão global do
cálculo, nomeadamente a medição direta do CO2eq, além de ensaios laboratoriais.
Método de determinação das emissões fugitivas TtW
As emissões fugitivas são as emissões causadas pela quantidade de combustível que não
chega à câmara de combustão da unidade de combustão ou que não é consumida pelo
conversor de energia pelo facto de não ser queimada, desgasada ou perdida do sistema por
fuga. Para efeitos do presente regulamento, as emissões fugitivas são tidas em conta como
percentagem da massa do combustível utilizado pelo motor. Os valores por defeito constam
do anexo II.
Métodos de determinação dos fatores de recompensa associados a fontes alternativas de
energia
Caso sejam instaladas a bordo fontes alternativas de energia, pode ser aplicado um fator de
recompensa. No caso da energia eólica, esse fator de recompensa é determinado do seguinte
modo:
0,99 0,1
0,97 0,2
0,95 ⩾ 0,3
PT 3 PT
O índice de intensidade GEE do navio é então calculado multiplicando o resultado da
Equação (1) pelo fator de recompensa.
Verificação e certificação
PT 4 PT
ANEXO I
Os fatores de emissão para os combustíveis fósseis constantes do presente anexo devem ser
utilizados para a determinação do índice de intensidade dos gases com efeito de estufa
referido no anexo I do presente regulamento.
Os fatores de emissão dos biocombustíveis, biogás, combustíveis renováveis de origem não
biológica e combustíveis de carbono reciclado são determinados de acordo com as
metodologias estabelecidas no anexo 5, parte C, da Diretiva (UE) 2018/2001.
No quadro:
– TBM significa «To Be Measured» (medir)
– N/A significa «Not Available» (indisponível)
– O travessão significa «não aplicável»
Quadro 1 – Fatores por defeito
1 2 3 4 5 6 7 8 9
WtT TtW
𝑪𝒔𝒍𝒊𝒑
𝑳𝑪𝑽 𝑪𝑶𝟐𝒆𝒒 𝑾𝒕𝑻 𝑪𝒇 𝑪𝑶𝟐 𝑪𝒇 𝑪𝑯𝟒 𝑪𝒇 𝑵𝟐 𝑶 Em % da
Classe / Classe do
Designação do modo de massa de
𝑀𝐽 𝑔𝐶𝑂2𝑒𝑞 conversor 𝑔𝐶𝑂2 𝑔𝐶𝐻4 𝑔𝑁2 𝑂
Matéria-prima produção [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] combustíve
𝑔 de energia
𝑀𝐽 𝑔𝐹𝑢𝑒𝑙 𝑔𝐹𝑢𝑒𝑙 𝑔𝐹𝑢𝑒𝑙 utilizado
pelo motor
Todos os
motores de
combustão
interna (ICE) 3 114
Motores aux
Todos os
Fóssil motores de
combustão
interna (ICE)
13,2, bruto
LSFO (Fuelóleo com 13,7, 0,00005 0,00018
0,0405 Turbina a gás 3,114 -
baixo teor de enxofre) mistura
Turbinas a
vapor e
caldeiras
Motores
Todos os
ULSFO (fuelóleo com 0,00005 0,00018
motores de
teor de enxofre ultra 0,0405 13,2 3,114 -
combustão
baixo)
interna (ICE)
PT 5 PT
1 2 3 4 5 6 7 8 9
WtT TtW
3,206
Todos os
13,2 CPMM 245 0,00005 0,00018
VLSFO (fuelóleo com teor motores de
0,041 (66) -
de enxofre muito baixo) combustão
interna (ICE) Regulamento
MRV
3 151
GNL ciclo de
Otto
(velocidade
3,1
média com
duplo
combustível)
LBSI N/A
Butano 3,03
Propano
Todos os 3,00
motores de CPMM 245
GPL 0 046 7,8 TBM TBM
combustão (66)
interna (ICE)
Regulamento
(UE)
2015/757
Células de
0 0 -
Combustível
H2
0,12 132 -
(Gás natural) Motores de
combustão 0 0 TBM
interna (ICE)
NH3
0,0186 121 Sem motor 0 0 TBM -
(Gás natural)
PT 6 PT
1 2 3 4 5 6 7 8 9
WtT TtW
1 375
Todos os CPMM 245
31,3 motores de (66)
Metanol (gás natural) 0,0199 TBM TBM -
combustão
interna (ICE) Regulamento
(UE)
2015/757
1,913
Referência
à Diretiva Todos os CPMM 245
(UE) motores de (66)
Etanol E100 0,0268 TBM TBM -
2018/2001 combustão
interna (ICE) Regulamento
(UE)
2015/757
2,755
GNL ciclo de
BioGNL Referência Otto CPMM 245
à Diretiva (velocidade (66) 0,00005 0,00018
Principais 0,05 1,7
(UE) lenta com
produtos/resíduos/mistura Regulamento
2018/2001 duplo
de matérias-primas (UE)
combustível)
2015/757
Gasóleo GNL
(combustíveis 0,2
duplos)
LBSI N/A
Células de
Bio-H2 0 0 0
Combustível
Biocombustíveis a Principais 0,12 N/A -
gás produtos/resíduos/mistura Motores de
de matérias-primas combustão 0 0 TBM
interna (ICE)
3,206
PT 7 PT
1 2 3 4 5 6 7 8 9
WtT TtW
2018/2001 interna (ICE) (66)
Regulamento
(UE)
2015/757
GNL ciclo de
Otto
(velocidade
3,1
média com
duplo
combustível)
2,755
GNL ciclo de
Referência Otto CPMM 245
e-GNL à Diretiva (66) 0 0,00011
0,0491 (velocidade
(UE) 1,7
lenta com Regulamento
2018/2001 duplo (UE)
combustível) 2015/757
Gasóleo GNL
(combustíveis 0,2
duplos)
LBSI N/A
Células de
0 0 0
Combustível
e-H2 0,12 3,6 -
Motores de
combustão 0 0 TBM
interna (ICE)
106,3
MISTURA
Eletricidade UE 2020
Outros - OPS - - - -
72
MISTURA
UE 2030
3
É feita referência ao anexo V.C.1., alínea a), da Diretiva (UE) 2018/2001, para o termo e u («emissões
do combustível em utilização»).
PT 8 PT
A coluna 4 indica os valores das emissões de CO2eq, expressos em [gCO2eq/MJ]. No caso dos
combustíveis fósseis, só devem ser utilizados os valores por defeito indicados no quadro. Para
todos os outros combustíveis (com exceção dos expressamente indicados), os valores devem
ser calculados utilizando a metodologia ou os valores por defeito previstos na Diretiva (UE)
2018/2001, deduzidos das emissões de combustão tendo em conta a oxidação total do
combustível4.
A coluna 6 indica o fator de emissão Cf for CO2, expresso em [gCO2/gfuel]. Devem ser
utilizados os valores dos fatores de emissão especificados no Regulamento (UE) 2015/757 (ou
no CPMM 245 (66) da OMI, conforme alterado). Para todos os combustíveis não incluídos no
Regulamento (UE) 2015/757, devem ser utilizados os valores por defeito constantes do
quadro. Em vez dos valores por defeito podem ser utilizados valores certificados por um
certificador acreditado (ao abrigo das disposições pertinentes da Diretiva (UE) 2018/2001).
A coluna 7 indica o fator de emissão Cf para o metano, expresso em [gCH4/gfuel]. Devem ser
utilizados os valores por defeito indicados no quadro. Podem ser utilizados valores
certificados por meio de ensaios em vez dos valores por defeito. Para os GNL, o C f para o
metano é igual a zero.
4
É feita referência ao anexo V.C.1., alínea a), da Diretiva (UE) 2018/2001, para o termo eu («emissões
do combustível consumido»).
PT 9 PT
ANEXO III
CRITÉRIOS PARA A UTILIZAÇÃO DOS ENSAIOS DE EMISSÕES NULAS A QUE SE
REFEREM OS ARTIGOS 5.º, n.º 3, alínea b), e 7.º, n.º 3, alíneas d) e f)
O quadro seguinte apresenta uma lista de tecnologias sem emissões, tal como referido no
artigo 5.º, n.º 3, alínea b), bem como critérios específicos para a sua utilização, conforme
aplicável.
PT 10 PT
ANEXO I
CERTIFICADO A EMITIR PELA ENTIDADE GESTORA DO PORTO DE ESCALA NOS
CASOS EM QUE OS NAVIOS NÃO POSSAM UTILIZAR OPS POR RAZÕES
JUSTIFICADAS (ARTIGO 5.º, N.º 5) — ELEMENTOS MÍNIMOS A INCLUIR NO
CERTIFICADO
Para efeitos do presente regulamento, o certificado referido no artigo 5.º, n.º 5, deve incluir,
pelo menos, as seguintes informações:
(1) Identificação do navio
(a) Número OMI
(b) Nome do navio
(c) Indicativo de chamada rádio
(d) Tipo de navio
(e) Pavilhão
(2) Porto de escala
(3) Localização/nome do terminal
(4) Data e hora de chegada (ATA)
(5) Data e hora de partida (ATD)
A confirmação, pela entidade gestora do porto, de que o navio se encontra numa das
seguintes situações:
– O navio fez uma escala portuária não programada por motivos de
segurança ou salvação de vidas no mar [artigo 5.º, n.º 2, alínea c)];
– O navio não pôde ligar-se à alimentação elétrica terrestre devido à
indisponibilidade de pontos de ligação no porto [artigo 5.º, n.º 2, alínea
d)];
– O equipamento de alimentação elétrica em terra a bordo foi considerado
incompatível com a instalação em terra no porto [artigo 5.º, n.º 2, alínea
e)];
– O navio utilizou, durante um período de tempo limitado, energia
produzida a bordo, em situações de emergência que representavam um
risco imediato para a vida, o navio ou o ambiente [artigo 5.º, n.º 2, alínea
f)].
(6) Dados relativos à entidade gestora do porto
(a) Nome
(b) Contacto (telefone, correio eletrónico)
(7) Data de emissão
PT 11 PT
ANEXO V
na qual:
metaGHGIE Limite de intensidade de emissão de gases com efeito de estufa da energia utilizada a bordo de um navio, em
conformidade com o artigo 4.º, n.º 2, do presente regulamento
GHGIEefetivo Média anual da intensidade de gases com efeito de estufa da energia utilizada a bordo de um navio, calculada para
o período de informação em causa
PT 12 PT