Registro Torrens 1-Regulamentação Legal

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REGISTRO TORRENS

1- Regulamentação legal
*Lei n. 6015/73, arts. 277 a 288
* É um registro de caráter facultativo que se encontra disciplinado na
Lei dos Registros Públicos
*criador – Robert Richard Torrens.

1.1- Finalidade
Oferecer uma presunção absoluta de quem é o proprietário do
imóvel rural, desde que o imóvel possua registro no sistema comum
obrigatório.
*Torna-se indiscutível quem seja o dono

1.2 – Procedimento
*Verificar primeiramente se há a escritura pública do imóvel. Ao
comprar, doar, etc , o tabelião irá exigir alguns documentos para que
possa lavar a escritura e haver a transferência do imóvel:
Escritura pública
Certidão negativa de ônus real
ITR – quitação dos últimos 5 anos
Certificado do Cadastro do imóvel rural
Averbação da reserva legal

Se for pessoa jurídica:


Certidão negativa do INSS e tributos federais
Contrato social

1.3 Presunção absoluta ou juris et de jure

Nenhuma ação reivindicatória será oponível contra o proprietário


que tiver imóvel rural registrado no Registro Torrens.

1.4 – Procedimento
Requerimento – ao tabelião do cartório onde está registrado o imóvel
rural.
*documento de domínio – escritura pública
*certidão negativa de ônus real
* memorial e planta do imóvel
INSCRIÇÃO DE IMÓVEL NO REGISTRO TORRENS NÃO INVIABILIZA PEDIDO DE
USUCAPIÃO
Para a Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a inscrição do
imóvel rural no Registro Torrens, por si só, não inviabiliza o pedido de
usucapião e, quando presente o requisito subjetivo – posse com a intenção de
dono –, é válida a ação ajuizada para a prescrição aquisitiva. Com base nesse
entendimento, o colegiado negou, por unanimidade, recurso contra acórdão do
Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) que, por entender presentes os
requisitos necessários – como a prova da posse, o animus domini, o tempo e a
inércia do proprietário –, havia julgado procedente o pedido de usucapião
formulado por um homem que, desde 1972, vive em um terreno de 2.376 metros
quadrados em um bairro de Porto Alegre (RS).
Segundo o relator, ministro Villas Bôas Cueva, ao contrário do que foi alegado
pelos recorrentes, a usucapião é modo originário de aquisição da propriedade e
independe da idoneidade do título registrado. Assim, para o relator, a matrícula do
imóvel rural no Registro Torrens, por si só, não inviabiliza a ação de usucapião.
“Não há hesitação na doutrina a respeito da possibilidade de usucapir imóvel
inscrito no Registro Torrens, mormente por se tratar de modo originário de
aquisição da propriedade que independe de verificação acerca da idoneidade do
título registrado e não envolve transferência de domínio”, explicou o ministro.

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