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−𝑂𝑛𝑑𝑎𝑠 𝐸𝑙𝑒𝑐𝑡𝑟𝑜𝑚𝑎𝑔𝑛é𝑡𝑖𝑐𝑎𝑠
−𝐹í𝑠𝑖𝑐𝑎 𝐴𝑡ó𝑚𝑖𝑐𝑎
−𝐹í𝑠𝑖𝑐𝑎 𝑁𝑢𝑐𝑙𝑒𝑎𝑟
𝒂 −𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜𝑠
𝑭í𝒔𝒊𝒄𝒂 𝒅𝒂 𝟏𝟐
−𝐷𝑖𝑛â𝑚𝑖𝑐𝑎 𝑑𝑜𝑠 𝐹𝑙𝑢í𝑑𝑜𝑠 {
−𝐺𝑎𝑠𝑒𝑠
−𝑇𝑒𝑟𝑚𝑜𝑑𝑖𝑛â𝑚𝑖𝑐𝑎
{ −𝑂𝑠𝑐𝑖𝑙𝑎çõ𝑒𝑠 𝑀𝑒𝑐𝑎𝑛𝑖𝑐𝑎𝑠
Onda
É a perturbação das oscilações no espaço e no tempo.
−𝑀𝑒𝑐â𝑛𝑖𝑐𝑎𝑠
Ondas { −𝐸𝑙é𝑐𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎𝑠
−𝐸𝑙𝑒𝑐𝑡𝑟𝑜𝑚𝑎𝑔𝑛é𝑡𝑖𝑐𝑎𝑠 {
−𝑀𝑎𝑔𝑛é𝑡𝑖𝑐𝑎𝑠
Ondas Mecânicas
São aquelas que precisam de um meio material para se propagarem e resultam da vibração da
matéria.
Ex.: Ondas do mar, corda, violão, som.
Ondas Electromagnéticas
São aquelas que resultam da vibração de cargas eléctricas capazes de se propagarem em qualquer
meio, inclusive no vácuo.
Ex.: Ondas de rádio, TV, internet, raios X, microondas, etc.
Desde o século XVII, que existem duas teorias, aparentemente contraditórias, sobre a natureza
ondulatória da luz:
1. A teoria corpuscular de Newton considerava a luz um feixe de partículas ou curpúsculos
viajando a grandes velocidades.
2. A teoria ondulatório de Huygens considerava que a luz se propagava sob a forma de ondas.
Só no século XIX se confirma a teoria ondulatória da luz, quando Foucautt conseguiu mostrar,
experimentalmente, que a velocidade da luz na água é menor que no ar. Porém, a teoria do “éter”
(teoria corpuscular) só foi definitivamente abandonada quando, em 1864, Maxwell sugeriu que a
luz é uma onda electromagnética constituída por um campo eléctrico (E) e por um campo
magnético (B) variáveis que se propagam no espaço.
𝐶2
𝜀0 − é a constante dieléctrica no vácuo (𝜀0 = 8,85 ∙ 10−12 𝑁.𝑚2 )
Assim:
𝑐 = 2,9986 ∙ 108 𝑚⁄𝑠 ≈ 3 ∙ 108 𝑚⁄𝑠 ou 𝑐 ≈ 300 000 𝑘𝑚/𝑠, no vácuo.
Período (𝑻)
É o intervalo de tempo em que as características de uma onda se repetem.
Amplitude (𝑨)
Medida da elongação máxima da onda e é proporcional à intensidade.
Frequência (𝒇)
É o número de vezes que a onda repete as suas características por segundo.
𝒄= 𝝀∙𝒇
Unidades, no S.I:
𝑣 = 1 𝑚⁄𝑠 (um metro por segundo)
𝑓 = 1 𝐻𝑧 (um Hertz)
𝜆 = 1𝑚 (um metro)
𝑇 = 1 𝑠 (um segundo)
1𝑛𝑚 = 10−9 𝑚 (n = nano)
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Exemplo:
Uma estação de rádio de alta frequência (VHF), transmite ondas electromagnéticas numa
frequência de 100 𝑀𝐻𝑧 (1 𝑀𝐻𝑧 = 106 𝐻𝑧). Se a velocidade das ondas é de 3. 108 𝑚/𝑠, calcule
o comprimento de onda.
𝜆 3.108 𝑚⁄𝑠
𝑓 = 100 𝑀𝐻𝑧 = 1. 108 𝐻𝑧 𝑐=𝑇 𝜆= 1.108 𝐻𝑧
𝜆 =? 𝜆. 𝑓 = 𝑐
𝑐
𝜆=𝑓
Espectro Óptico
O espectro óptico é o conjunto de todas radiações que compõem a radiação visível, ordenados de
acordo com o seu comprimento de onda ou a sua frequência.
A maioria dos feixes da luz são misturas de ondas cujos os comprimentos variam de um extremo
a outro do espectro visível.
As cores que representam o espectro óptico são: violeta, anil, azul, verde, amarelo, laranja e
vermelho.
O conhecimento de espectro óptico permite-nos explicar certos fenómenos naturais, tais como, o
arco-íris, as cores dos corpos, etc.
Cores do Corpos
Um corpo apresenta-se verde quando sobre ele incide luz branca, porque ele reflecte a cor verde e
absorve todas as outras radiações que constituem o espectro óptico.
Um corpo que se apresenta branco reflete todas as radiações que incidem sobre ele, enquanto que
um corpo que se apresenta preto absorve todas as radiações que incidem sobre ele, não refletindo
nenhuma.
Assim se pode explicar o facto de em dias quentes ser aconselhavel o uso de roupas claras ao invés
de escuras, pois enquanto que roupas claras refletem as radiações electromagnéticas, as escuras
absorvem-nas.
Sumário 4: Calorimetria
Calorimetria
A calorimetria é o ramo da física que estuda as formas de transmissão de calor na natureza e a
troca de calor nos corpos.
Radiação Térmica
É a radiação electromagnética que um corpo emite a custa da sua energia interna, isto é, a custa da
sua temperatura.
Nota Bem:
A radiação térmica é constituída, fundamentalmente por radiação infravermelha.
Condução
É aquela que ocorre quando se poem em contacto dois corpos e o calor se transmite de um ponto
para outro corpo sem que haja transporte de matéria. Assim que ocorre a condução de calor, a
energia propaga-se em virtude da agitação molecular. Ex.: Metais
Convecção
É aquele que ocorre quando a transferência de energia dá-se por deslocamento de partes do fluído
de um lugar para o outro devido a diferença de massa volúmica (densidade) entre partes do sistema.
As partículas das zonas mais baixas possuem maior energia cinética, pois apresentam uma
temperatura mais elevada.
A densidade dessas partículas diminui e as mesmas tendem a subir, onde ocorre transferência de
energia por choques com outras partículas, desta forma perdem energia e a sua densidade aumenta,
consequentemente essas partículas voltam a descer.
Ex.: Líquidos e gases
Radiação
É aquela forma de transferência de calor que ocorre por meio de ondas electromagnéticas. Como
esses podem propagar-se no vácuo, não é necessário que haja contacto entre os corpos para haver
transferência de calor. Ex.: Radiação solar.
Todos os corpos emitem radiações que são proporcionais a sua temperatura. Quanto maior a
temperatura, maior a quantidade de calor que o objecto irradia. Ex.: Aquecimento da terra.
Calor
Chama-se calor a energia térmica transferida de um corpo para outro devido apenas a uma
diferença de temperatura entre eles.
Teoria de Prévost
Seja dado um corpo A a uma temperatura 𝑻𝑨 , colocado dentro de um compartimento B,
hermeticamente fechado, cuja temperatura 𝑻𝑩 se mantém constante.
Se: 𝑇𝐴 > 𝑇𝐵 , então: a temperatura de A vai diminuir e a de B
vai aumentar até que se igualem as temperaturas dos dois corpos
(𝑇𝐴 = 𝑇𝐵 );
Se: 𝑇𝐴 < 𝑇𝐵 , então: a temperatura de A vai aumentar e a de B vai
diminuir até que se igualem as temperaturas dos dois corpos (𝑇𝐴 =
𝑇𝐵 ).
Desta forma em 1792, estabeleceu - se uma nova teoria que ficou
conhecida como teoria de Prévost que até hoje é aceite:
Quando um corpo esta a mesma temperatura que o ambiente que o circunda, a radiação emitida
para o meio é igual à radiação absorvida pelo mesmo meio.
Corpo Negro
É aquele que melhor absorve e emite radiação electromagnética
Intensidade de Radiação
É a potência da radiação do corpo negro emitida por unidade de superfície.
𝑃
𝐼= onde: 𝐼 − é a intensidade da radiação
𝑆
𝑃 − é a potência da radiação
𝑆 − é a superfície do corpo negro
𝑇 − temperatura do corpo
𝑏 − constante de Wien (𝑏 = 2,898 ∙ 10−3 𝑚. 𝑘)
Lei de Stefan-Boltzman
A intensidade total da radiação emitida por um corpo negro é directamente proporcional à quarta
potência da sua temperatura absoluta (I ~𝑇 4 ).
𝑃 = 𝜎 ∙ 𝑇 4 onde: 𝜎 − é a constante de Stefan-Boltzman (𝜎 = 5,67 ∙ 10−8 𝑤. 𝑚−2 ∙ 𝐾 −4 )
Exemplo
𝑏 2,898.10−3 𝑚.𝐾
𝜆 = 0,9 𝜇𝑚 = 0,9. 10−6 𝑚 a) 𝜆 = 𝑇 𝑇= 0,9.10−6 𝑚
𝑤 𝑏
𝜎 = 5,67. 10−8 𝑚2 .𝐾4 ⟺𝑇=𝜆 𝑇 = 3,22. 10−3+6 𝐾
a) 𝑇 = ? 𝑇 = 3,22. 103 𝐾
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b) 𝑃 = ?
𝑤
b) 𝑃 = 𝜎. 𝑇 4 𝑃 = 5,67. 10−8 𝑚2 .𝐾4 . (3,22. 103 𝐾)4
𝑤
= 5,67. 10−8 𝑚2 .𝐾4 . (3,22)4 . (103 )4 (𝐾)4
𝑤
= 5,67. 10−8 𝑚2 .𝐾4 . 107,5037. 1012 . 𝐾 4
𝑤
= 5,67.107,5037. 10−8 . 1012 . 𝑚2 .𝐾4 . 𝐾 4
𝑤
= 609,546. 10−8+12 . 𝑚2
𝑤
= 609,546. 104 . 𝑚2
𝑤
≈ 609,5. 104 . 𝑚2
Raios Catódicos
Historial
A pesquisa dos raios catódicos teve início em 1838, quando Michael Faraday começou a estudar
as descargas eléctricas em gases submetidos a baixas pressões. Tendo alcancado maior
desenvolvimento depois que o alemão Heinrich Geissler conseguiu construir tubos de vidro
selados que continham eléctrodos de metal.
Estudos posteriores realizados pelo físico alemão Eugen Goldstein mostraram que a luminosidade
verificada no tubo era provocada por raios que partiam do cátodo e atravessavam o tubo em linha
recta, em direcção perpendicular à superfície do cátodo. Por essa razão, Goldstein chamou essas
radiações de raios catódicos.
Por volta de 1878, William Crookes conclui que os raios catódicos são formados de feixes de
partículas com cargas negativas, emitidas do cátodo com velocidade muito alta.
Os raios catódicos produzem ionização nos gases que atravessam, causam fluorescência nas
paredes de vidro dos tubos de Crookes e em algumas substâncias como o sulfato de zinco.
Raios Catódicos
São um feixe de electrões que se propagam em linha recta e altamente energéticos devido à sua
elevada energia cinética, pois viajam a velocidades muito próximas à da luz (cerca de
300 000 𝑘𝑚⁄𝑠).
Propriedades dos Raios Catódicos
Os raios catódicos são aplicados nos microscópios electrónicos, nos aparelhos de televisão, nos
osciloscópios, etc.
Fenómeno Fotoeléctrico
Nos metais os electrões da última camada são chamados electrões livres ou de valência, pois são
os electrões que se movimentam livremente no átomo e são responsáveis pela valência que
caracteriza a ligação do metal com qualquer outro elemento. Por isso, estes electrões encontram-
se na superfície dos metais, assim como no seu interior.
Os electrões livres da superfície de um metal podem ser retiradas do átomo de duas formas que
são:
Emissão Termoeléctrica
Emissão Fotoeléctrica
O fenómeno fotoeléctrico, tal como os demais fenómenos, obedece a princípios ou leis básicas que
são deduzidos experimentalmente. Porém, comecemos por nos familiarizar com alguns dos termos
dos quais nos servimos no futuro.
Radiação Incidente
É a radiação ou luz que incide sobre a superfície do metal e que provém da fonte luminosa.
Fotoelectrões
Mas como a intensidade da fonte luminosa depende da potência, podemos afirmar que a
intensidade da corrente fotoeléctrica é directamente proporcional à potência da fonte. Isto significa
que:
Isto significa que quanto maior (ou menor) é a frequência da radiação incidente, maior (menor) é
a velocidade máxima dos fotoelectrões.
A velocidade máxima dos fotoelectrões varia com a frequência da radiação incidente. Assim, se
diminuirmos a frequência da radiação incidente, chegaremos a um ponto em que a velocidade dos
fotoelectrões se torna nula (𝑣𝑚𝑎𝑥 = 0).
Existe uma frequência mínima, chamada frequência limite ou limite vermelho, apartir da qual se
dá inicio ao fenómeno fotoeléctrico.
A frequência limite ou limite vermelho é uma características de cada metal e tem um valor
constante para determinado metal.
Em 1900, Planck tentou descobrir uma teoria que pudesse explicar a radiação do corpo negro.
Enquanto outros cientistas consideravam que a radiação era emitida intermitentemente em valores
fixos múltiplos de um <<átomo>> ou quantum de energia (o plural de quantum é quanta).
De acordo com Planck, o quantum de energia E, para a radiação de frequência 𝑓, é dada pela
expressão:
𝑐 ℎ∙𝑐
𝐸 = ℎ ∙ 𝜆 ou 𝐸 = 𝜆
Desenvolvendo o pensamento de Planck, em 1905, Einstein derivou uma equação que explicou de
forma satisfatória, o fenómeno fotoeléctrico. Einstein considerou que a radiação não é só emitida
na forma de quanta, mais também é absorvida na forma de quanta, chamados fotões. Assim
podemos estabelecer o fundamento da teoria quântica.
Isto significa que as radiações electromagnéticas podem comportar-se tanto como ondas ou como
partículas-dualidade corpuscular e ondulatória da matéria.
𝛷 - é a função de trabalho;
É a energia mínima necessária para o arranque dos fotoelectrões da superfície do metal sem lhe
comunicar energia cinética, isto é, com velocidade nula.
Como qualquer outro fenómeno natural, o fenómeno fotoeléctrico também deve obedecer a Lei de
Conservação de Energia. Assim, podemos afirmar que:
Teoria de Einstein
Da energia da radiação incidente (𝐸), uma parte é usada no arranque dos electrões da superfície
do metal (𝛷), e a outra, é transformada em energia cinética máxima dos fotoelectrões (𝐸𝐶𝑚𝑎𝑥 ).
𝐶
Assim: Φ = ℎ ∙ 𝑓0 . Sabendo que 𝑓0 = 𝜆 ,
0
ℎ∙𝑐
Logo: Φ= 𝜆0
Exemplos
1. Uma lampada de 200 𝑤 emite 3 × 1020 fotoelectrões por segundo quando a sua luz incide
sobre a superfície de um metal.
a) Quantos fotoelectrões serão emitidos por unidade de tempo se se trocar a fonte por outra de
600𝑤 ?
b) Qual deve ser a potência da fonte para que sejam emitidos 1,5. 1020 fotoelectrões por segundo?
Resposta:
Dados Fórmula/Resolução
𝑃1 = 200 𝑤 a) 200 𝑤 → 3. 1020 𝑓𝑜𝑡𝑜𝑠/𝑠
𝐼1 = 3. 1020 𝑓𝑜𝑡𝑜𝑠/𝑠 600 𝑤 → 𝑥
1020 𝑓𝑜𝑡𝑜𝑠 1020 𝑓𝑜𝑡𝑜𝑠
600 𝑤.3. 1800 𝑤.
𝑠 𝑠
a) 𝐼2 = 𝑥 = ?, se 𝑃2 = 600 𝑤 𝑥= =
200 𝑤 200 𝑤
20 20
b) 𝑃3 = 𝑦 = ?, se 𝐼3 = 1,5. 10 𝑓𝑜𝑡𝑜𝑠/𝑠 = 900. 10 𝑓𝑜𝑡𝑜𝑠/𝑠
= 100 𝑤
Os electrões emitidos durante o fenómeno fotoeléctrico podem ser parados (travados), por
exemplo, através de um campo eléctrico uniforme.
𝐸𝑃 = 𝑞. 𝑈𝑃 e 𝑞 = 1,6 ∙ 10−19 𝑐
ℎ Φ
ℎ ∙ 𝑓 = Φ + 𝑞 ∙ 𝑈𝑃 ⟺ 𝑈𝑃 = 𝑞 ∙ 𝑓 − 𝑞
tambem é 𝑓0 .
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Raios X
Em 1895, Röngton, enquanto trabalhava com os seus tubos de descarga, verificou que as placas
fotográficas junto dos tubos com os quais trabalhava ficaram emulsionadas apesar de não terem
sido expostas à luz solar. Assim, ele dicidiu que este efeito se dera devido à emissão de alguma
forma de radiação electromagnética proveniente dos tubos de descarga, e baptizou esse radical
com o nome de raios X, ou seja, raios desconhecidos, dado que não sabia qual era a sua origem.
Conceito de Raios X
São raios de natureza electromagnética e são produzidos quando um feixe de electrões choca com
um alvo metálico.
A frequência dos raios X é tanto maior quanto maior for a energia dos electrões que chocam com
o alvo metálico.
Produção de Raio X
A figura mostra esquematicamente um tubo de raios X moderno. Neste caso, usa-se a emissão
termoelectrónica, ou seja, emitem-se os electrões do cátodo através da energia calorífica. Assim,
o cátodo é aquecido através da resistência de aquecimento, o que vai excitar os electrões lívres do
cátodo. Devido a existência de um campo
eléctrico entre o cátodo e ânodo resulta uma
diferença de potencial (d.d.p.), e os electrões vão
mover-se do cátodo para o ânodo formando os
raios catódicos. Chegados ao ânodo, os electrões
chocam com o alvo metálico cedendo a sua
energia cinética aos electrões dos átomos do
material que constitui o alvo. Por sua vez, os
electrões do alvo metálico emitem energia
absorvida na forma dos raios X.
Transformação de Energia
Os raios X são produzidos quando um feixe de electrões colide com um alvo metálico. Os electrões
são acelerados por um campo eléctrico existente entre o cátodo e o ânodo. Durante todos estes
processos há transformações de energia, pois na Natureza a energia não se cria nem se destrói,
apenas se transforma – Lei da Conservação de Energia. Deste modo, os electrões ao saírem do
cátodo possuem energia potencial eléctrica. Durante o seu movimento em direcção ao ânodo a
energia potencial eléctrica é transformada em cinética. Durante a colisão dos electrões com o
ânodo a sua energia cinética é transformada em energia das ondas electromagnéticas que é
constituída pelos raios X.
Assim, tem-se:
Energia potencial eléctrica = Energia cinética = Energia dos raios X.
A energia potencial eléctrica é dada pela expressão: 𝐸𝑝𝑒𝑙 = 𝑞 ∙ 𝑈
1
A energia cinética é dada pela expressão: 𝐸𝐶 = 𝑚𝑣 2
2
A energia dos raios X ou fotões que constituem os raios X é dada pelas expressões:
ℎ ∙𝐶
𝐸𝑟𝑎𝑖𝑜𝑠 𝑋 = ℎ . 𝑓𝑚𝑎𝑥 =
𝜆𝑚𝑖𝑛
Na produção dos raios X, tendo em conta as transformações de energia, são válidas as seguintes
igualdades:
1 ℎ.𝑐
𝑞 ∙ 𝑈 = 2 𝑚𝑣 2 = ℎ ∙ 𝑓𝑚𝑎𝑥 = 𝜆
𝑚𝑖𝑛
Onde:
𝑞 - carga de electrão ( 𝑞 = 1,6 × 10−19 𝐶)
𝑈 - d.d.p. entre o cátodo e o ânodo
𝑚 - massa do electrão (𝑚 = 9,11 × 10−31 𝑘𝑔)
ℎ - constante de planck (ℎ = 6,62 × 10−34J.s)
𝑓𝑚𝑎𝑥 - frequência máxima dos raios-X produzidos
𝜆𝑚𝑖𝑛 - comprimento de onda mínimo dos raios-X produzidos
Exemplos
1. Calcule o comprimento de onda mínimo dos raios X emitidos por um tubo de raios X, quando
a voltagem de aceleração é de 30 𝐾𝑉.
Dados Fórmula Resolução
6,625.10−34 𝐽.𝑠.3.108 𝑚⁄𝑠
𝜆𝑚í𝑛 = ? 𝐸𝑐 = 𝐸𝑥 𝜆= 1,6×10−19 𝐶.3.104 𝑉
4,140625.10−26 𝑚
ℎ = 6,625. 10−34 J.s 𝜆. 𝑞. 𝑈 = ℎ. 𝑐 = 10−15
ℎ.𝑐
𝑐 = 3. 108 𝑚⁄𝑠 𝜆 = 𝑞.𝑈 = 4,140625. 10−26 . 1015 𝑚
2. Calcule a frequência de onda dos raios X mais energéticos emitidos num tubo que opera com
a voltagem de 10 𝐾𝑉.
1,6.10−19 𝐶.104 𝑉
𝑓 =? 𝐸𝑐 = 𝐸𝑥 𝑓= 6,625.10−34 𝐽.𝑠
1,6.10−19 .104 𝐻𝑧
𝑈 = 10 𝑘𝑉 = 10. 103 𝑉 = 104 𝑉 𝑞. 𝑈 = ℎ. 𝑓 = 6,625.10−34
0,241509434.10−15 𝐻𝑧
ℎ = 6,625. 10−34 J.s ℎ. 𝑓 = 𝑞. 𝑈 = 10−34
𝑞.𝑈
𝑞 = 1,6. 10−19 𝐶 𝑓= = 0,241509. 10−15 . 1034 𝐻𝑧
ℎ
= 0,241509. 10−15+34 𝐻𝑧
= 0,241509. 1019 𝐻𝑧
≈ 0,24. 1019 𝐻𝑧 = 2,4. 1018 𝐻𝑧
O comprimento de onda mínimo dos raios X é inversamente proporcional à voltagem (d.d.p.) entre
o cátodo e o ânodo.
Lei de Moseley
A frequência dos raios X é directamente proporcional ao quadrado do número atómico dos átomos
que costituem o alvo metálico (𝑓~𝑍 2 ).
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Os electrões que passam para o nível K (nível fundamental) no átomo do alvo metálico
provenientes de qualquer nível excitado (L, M, N, etc.) produzem os raios X numa série de
comprimento de onda semelhante à de um espectro óptico que ficou conhecido como série K.
Assim se distinguem as séries 𝑘𝛼 , 𝑘𝛽 , etc. Quando a transição ocorre para o nível L, então obtem-
se a série L, assim sucessivamente. Mas como os raios X só são produzidos pelas transições que
ocorre apenas nas camadas internas (K e L) dos átomos que constituem o alvo metálico,
normalmente so se distinguem as séries K e L.
Características
São representados por uma série de linhas
horizontais ( Series K, L, M, N, ...);
A energia cresce de baixo pra cima, assumindo valores negativos;
O nível de energia mais baixo é chamado estado fundamental (𝑛 = 1);
Outros níveis são chamados estados
excitados (𝑛 > 1);
O electrão emite energia (fotão), quando
desce de nível e absorve energia (fotão),
quando sobe;
Para a distinção das diferentes linhas
verticais dentro da mesma serie (K, L
ou M), usam-se os índices: 𝛼, 𝛽, 𝛾, 𝛿,...
para a 1𝑎 , 2𝑎 , 3𝑎 , 4𝑎 , … transições.
A lei matemática que nos permite calcular o valor da energia em cada nível do átomo é dada por:
13,6
𝐸𝑛 = − onde: 𝐸𝑛 - é a energia da órbita (camada)
𝑛2
Exemplo
Apôs excitação de um átomo de hidrogénio,
um electrão desexcita do nível 4 para o nível 2.
a) Diga se nessa transição, o electrão emite ou
absorve energia?
b) Identifique o nome dessa série.
c) Calcule o comprimento de onda da radiação
emitida.
d) Qual é o valor da energia de ionização do
átomo de hidrogénio?
Resposta: