Uma Proposta para Um Banco em Angola: Balanced Scorecard
Uma Proposta para Um Banco em Angola: Balanced Scorecard
Uma Proposta para Um Banco em Angola: Balanced Scorecard
Projecto de Mestrado
em Finanças
Orientador(a):
Profª. Doutora Ana Maria Simões, Profª. Auxiliar,
ISCTE Business School - IUL, Departamento de Contabilidade
Abril 2013
Balanced Scorecard…Uma proposta para um Banco em Angola
Agradecimentos
Agradeço a cada um que colaborou com este trabalho, emitindo suas opiniões e apoio. Um especial
obrigado à Joana Marcos pelo incentivo, à Bárbara Cardoso pela partilha de conhecimento, à minha tia
Isabel Poças pela disponibilidade e paciência e à minha irmã Nadi Poças Ribeiro pelas horas
investidas.
À Profª. Doutora Ana Maria Simões, por ter aceite, de imediato, orientar este trabalho e também pelo
apoio, sentido crítico e partilha do seu vasto conhecimento.
E por último, mas não menos importante, agradeço e dedico este ciclo de aprendizagem ao meu
marido, Fernando Cunha.
II
Balanced Scorecard…Uma proposta para um Banco em Angola
Resumo
O Balanced Scorecard, desde o seu surgimento em 1992, tem-se mostrado uma excelente
ferramenta de gestão estratégica no mundo empresarial, pois permite alinhar a organização em
torno da estratégia e dos objectivos estratégicos.
Com o presente estudo pretende-se apresentar uma proposta para a criação de um modelo
Balanced Scorecard de âmbito estratégico para o Banco Benguela, com vista a criar
mecanismos que por um lado auxiliem os administradores executivos, a definir, comunicar e
monitorizar a estratégia do Banco e por outro servir de apoio ao processo de tomada de
decisões eficientes.
Este estudo pretende contribuir para criar um posicionamento estratégico do Banco face a
concorrência através do foco no que é essencial.
III
Balanced Scorecard…Uma proposta para um Banco em Angola
Abstract
The Balanced Scorecard, ever since it’s appearance in 1992, has been proven to be an
excellent strategic management tool in the entrepeneural world, because it permits to align
organization around strategy and strategic objectives.
With the present study it is intended to present a proposal for the creation of a Balanced
Scorecard model of strategic scope for Banco Benguela, with the aim of creating mechanisms
that aid in one side the executive administrators to define, communicate and monitor the
bank's strategy and on the other side that support the process of efficient decision-making.
This study intends to contribute to the creation of a Bank strategic positioning in light to the
competition by focusing on what is crucial.
IV
Balanced Scorecard…Uma proposta para um Banco em Angola
Índice
Lista de Abreviaturas............................................................................................................. IX
1. Introdução ......................................................................................................................... 1
V
Balanced Scorecard…Uma proposta para um Banco em Angola
5. Conclusões ....................................................................................................................... 62
6. Bibliografia ...................................................................................................................... 66
VI
Balanced Scorecard…Uma proposta para um Banco em Angola
Índice Figuras
VII
Balanced Scorecard…Uma proposta para um Banco em Angola
Índice Tabelas
VIII
Balanced Scorecard…Uma proposta para um Banco em Angola
Lista de Abreviaturas
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Balanced Scorecard…Uma proposta para um Banco em Angola
1. Introdução
No meio da crise mundial vivida nos últimos anos, África apresenta-se como um continente
economicamente dinâmico, chamando a atenção dos investidores e de indivíduos que
procuram uma nova oportunidade de vida.
De acordo com as previsões do FMI, a África Subsariana tem apresentado nos últimos anos
um crescimento económico muito significativo, crescimento cuja tendência se prevê manter-
se durante o ano de 2013. Nesta região, Angola tem vindo a destacar-se pelo forte crescimento
económico dos últimos anos originando novas oportunidades de investimento e de emprego, a
que não é alheio a estabilidade política alcançada com a paz em 2002.
Neste contexto, é nosso entender que a manutenção de uma posição de liderança de uma
instituição financeira deverá passar pelo desenvolvimento e/ou adoptação de um modelo de
gestão estratégica e de avaliação de performance para definição, alinhamento e maior controlo
da estratégia e objectivos traçados.
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Balanced Scorecard…Uma proposta para um Banco em Angola
O objectivo principal deste estudo é elaborar uma proposta para concepção futura de um
modelo de controlo de gestão, alinhamento estratégico e avaliação de performance baseado na
metodologia do Balanced Scorecard para uma instituição financeira angolana, o Banco
Benguela (nome fictício).
Pretende-se demonstrar que a gestão estratégica assente no uso do BSC orienta a empresa
para o futuro e dá capacidade de resposta aos desafios que se antevêem. É um instrumento de
apoio à gestão de longo prazo. Por outro lado conduzirá à optimização desse processo na
medida em que permite auxiliar, quanto à identificação das oportunidades, falhas e factores
críticos de sucesso.
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Balanced Scorecard…Uma proposta para um Banco em Angola
A base deste estudo está assente numa metodologia qualitativa resultante da recolha directa
de dados e contacto directo da autora do projecto, com a realidade estudada, ao longo dos
cerca de 8 anos de experiência profissional no sector financeiro angolano.
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Balanced Scorecard…Uma proposta para um Banco em Angola
O terceiro capítulo apresenta uma descrição da empresa, sobre a qual se efectua o presente
estudo, nomeadamente, quanto à sua estrutura, modus operandi e instrumentos de controlo de
gestão actualmente existentes. É também feita uma breve análise ao mercado onde a mesma
se encontra inserida.
No quinto capítulo são expostas as conclusões do estudo efectuado, existindo uma reflexão
sobre as limitações intrínsecas à viabilidade do projecto. Por último são deixadas algumas
pistas sobre pontos de interesse para possíveis trabalhos futuros.
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Balanced Scorecard…Uma proposta para um Banco em Angola
2. Enquadramento teórico
O objectivo deste capítulo é de dar um conhecimento prévio sobre o tema em estudo. Com
base na revisão da literatura, serão introduzidos os conceitos de Controlo de Gestão, Balanced
Scorecard e Tableau de Bord de Gestão.
Amat e Gomes (1995: 3) referem na sua publicação “Controlo de Gestão - Uma Perspectiva
Global” que este conceito tornou-se amplamente conhecido no início do seculo XX, entre os
anos de 1900 e 1920, pelos trabalhos de autores como Taylor, Emerson, Church e Fayol.
Entre as décadas de 60 a 90, a tónica do conceito de Controlo de Gestão deixou de ser apenas
o controlo da utilização eficiente dos recursos. Passou a dar-se ênfase ao alcance dos
objectivos organizacionais e à motivação dos gestores para a obtenção desses objectivos.
Anthony (1965) definiu o Controlo de Gestão como sendo o processo através do qual os
gestores garantiam que os recursos eram obtidos e utilizados eficaz e eficientemente, de forma
a atingirem os objectivos organizacionais. Já na década de 80, Anthony et al. (1984)
reforçaram o papel de policiamento do Controlo de Gestão dentro das organizações na medida
em que afirmaram que se tratava de um processo que também servia para detectar e corrigir
erros de desempenho não-intencionais e irregularidades intencionais de desvios de recursos.
Foi também introduzido, por estes autores, a importância dos factores comportamentais,
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Balanced Scorecard…Uma proposta para um Banco em Angola
Porém, foi em 1987, que se deu uma grande reviravolta na forma como era visto o Controlo
de Gestão, com a publicação Relevance Lost de Johnson e Kaplan. Esta obra introduziu
factores de análise comportamental no âmbito dos sistemas de Controlo de Gestão, pelo que a
utilização destes sistemas baseados exclusivamente em análises contabilísticas começaram a
perder relevância.
Assim, Simons (1990: 128) define o sistema de Controlo de Gestão como sendo “the
formalized procedures and systems that use information to maintain or alter patterns in
organizational activity. Using this definition, these systems broadly include formalized
procedures for such things as planning, budgeting, environment scanning, competitor
analyses, performance reposrting and evaluation, resource allocation and employee”.
As principais funções do Controlo de Gestão foram realçadas por Eric Flamholtz (1996: 597),
na sua publicação in European Management Journal:
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Balanced Scorecard…Uma proposta para um Banco em Angola
É nesta conjuntura que nos anos 90, o Controlo de Gestão, surge com um conjunto de
instrumentos que permitem descentralizar a tomada de decisões e atribuir maior
responsabilidade aos gestores, munindo-os de técnicas de gestão que os orienta para a criação
de valor onde se incluem os denominados sistemas de gestão ou medição de performance.
Importa realçar que não existe um único sistema de controlo de gestão para as organizações.
O Controlo de Gestão compreende um conjunto de instrumentos e actividades que devem ser
adaptados a cada organização de forma particular, tendo em conta factores como: dimensão,
tipo de negócio, estilo de gestão e cultura organizacional. Também tem em conta factores
contextuais como os aspectos socioeconómicos, políticos e culturais de onde a organização
está inserida. Ele deve ser visto como um modelo integrado e nunca isolado.
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Balanced Scorecard…Uma proposta para um Banco em Angola
Segundo Jordan et al. (2008: 21), “o controlo de gestão é um conjunto de instrumentos que
motivem os responsáveis descentralizados a atingirem os objectivos estratégicos da empresa,
privilegiando a acção e a tomada de decisão em tempo útil e favorecendo a delegação de
autoridade e responsabilização”. Para além de motivar, as ferramentas de controlo de gestão
têm o papel de orientar e influenciar os comportamentos individuais em prol dos objectivos da
organização. Rodrigues e Simões (2009: 9) afirmam que “ o papel do controlo de gestão é de
influenciar comportamentos dos responsáveis no sentido de os levar a tomar decisões
racionais, conducentes à criação de valor e ao aumento da competitividade das entidades
onde exercem as suas práticas de gestão”.
O Controlo de Gestão tem assumido um papel fundamental e cada vez mais importante como
sistema de medição da performance na medida em que afecta o comportamento dos gestores
focando-os para a implementação e realização dos objectivos estratégicos da empresa.
Neves (2005: 127) refere que “os sistemas de avaliação e controlo da performance baseiam-
se no sistema geral do termóstato em que se acompanham os resultados por comparação com
os objectivos e, caso haja desvios significativos, intervém-se com decisões correctivas de
modo a conseguir alcançar-se os objectivos ou, em última instancia, a alteração da
conjuntura ou outra, pode levar a pretender alterar a estratégia, o plano e/ou os objectivos”.
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Balanced Scorecard…Uma proposta para um Banco em Angola
O BSC é uma ferramenta de gestão apresentada por Robert Kaplan e David Norton, nos
Estados Unidos em 1992. Surge após um estudo a 12 companhias que se mostravam
insatisfeitas com as tradicionais medidas contabilísticas e financeiras.
Estes autores criaram um conjunto de medidas que permitem uma visão geral das
organizações: “the complexity of managing an organization today requires that managing be
able to view performance in several areas simultaneously” (Kaplan e Norton 1992: 72). O
BSC surge então com o objectivo de apresentar um conjunto sucinto de indicadores relevantes
para os gestores: “the balanced scorecard forces managers to focus on the handful of
measures that most critical” (Kaplan e Norton 1992: 73). Este conjunto de indicadores é
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Balanced Scorecard…Uma proposta para um Banco em Angola
composto por indicadores financeiros e indicadores operacionais. Estes últimos com a função
de representarem o outro lado das empresas/organizações: clientes, processos internos e
aprendizagem e desenvolvimento tendo estes a função de mensurar os valores dos activos
intangíveis.
Resumindo e tendo como base o trabalho de Kaplan e Norton (1992), podemos dizer que o
BSC é uma ferramenta de gestão que permite aos gestores obterem uma visão geral e
integrada do desempenho das suas organizações tendo em conta quatro perspectivas:
financeira, clientes, processos internos e aprendizagem e desenvolvimento.
Como se pode observar pela figura acima os autores colocam no centro da análise das
empresas/organizações a Estratégia e a Visão e vez do Controlo, argumentando: “It
establishes goals but assumes that people will adopt whatever behaviors and take whatever
actions are necessary to arrive at those goals. The measures are designed to pull people
toward the overall vision.” (Kaplan e Norton 1992: 79).
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Balanced Scorecard…Uma proposta para um Banco em Angola
ajudam os gestores a compreender melhor a organização como um todo. Porém devem ser
vistas como um modelo possível, não obrigatório, uma vez que podem ser ajustadas ou até
mesmo eliminadas consoante a natureza e objectivos da organização.
Perspectiva dos clientes: “Como é que os nossos clientes nos vêem?” (Kaplan e
Norton, 1992: 73). Esta perspectiva determina a forma como a empresa/organização
deseja exteriorizar a sua imagem para os clientes. Traduz os factores que contribuem
para a consolidação da relação com os clientes e alinhamento com o segmento de
mercado que se pretende estar inserido. Os indicadores utilizados são por norma a
satisfação, fidelidade, retenção, rentabilidade e aquisição de novos clientes.
Perspectiva dos processos internos: “Onde temos de ser excelentes? O que é que
precisamos de melhorar?” (Kaplan e Norton, 1992: 74). Esta perspectiva está focada
na prática de políticas de excelência nas actividades dos processos críticos internos
para assim se alcançar a satisfação dos clientes e os objectivos dos accionistas. A
excelência nos processos internos permitirá conhecer e exceder as expectativas e
necessidades dos clientes (só assim é possível atrai-los e retê-los) e consequentemente
satisfazer as expectativas dos accionistas. Estes processos só podem ser identificados
após a definição dos objectivos nas perspectivas clientes e financeira. Os indicadores
são por norma não financeiros, focalizados nos seguintes factores: nível de qualidade
(p. ex. serviço pós-venda), tempo (p. ex. resposta a reclamações) e custos (p. ex.
recursos consumidos, investigação e desenvolvimento de novos produtos e serviços).
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Balanced Scorecard…Uma proposta para um Banco em Angola
O BSC como instrumento de gestão estratégica envolve a construção de um modelo que irá
interligar as quatro perspectivas já mencionadas com a estratégia da organização. Os autores
do BSC chamam-lhe de Mapa Estratégico e referem-no como sendo “represents how the
organization creates value” (Kaplan e Norton 2004: 11).
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Balanced Scorecard…Uma proposta para um Banco em Angola
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Balanced Scorecard…Uma proposta para um Banco em Angola
organizações, ou seja, o sucesso das organizações, segundo a óptica do BSC, está muito
dependente do alinhamento de factores quantificáveis e de factores intangíveis.
• Acções necessárias a
Iniciativas implementar para o
alcance dos objectivos
É de realçar que para Kaplan e Norton (1996b: 65-66) as relações de causa e feito são uma
sucessão de declarações do tipo “se-então” e que nestas relações existem dois conceitos
chave:
− Indicadores de resultados (outcome measures): que indicam os objectivos das
estratégias definidas (quota de mercado, produtividade, satisfação dos
clientes);
− Indicadores geradores de desempenho (performance drivers): assinalam as
estratégias específicas de cada organização ou unidade de negócio (segmento
de mercado, política de segurança dos activos, desempenho financeiro).
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Balanced Scorecard…Uma proposta para um Banco em Angola
Jordan et al. (2008) explicam que a implementação de um BSC, como sistema potenciador de
alinhamento estratégico, pressupõe a definição de uma cadeia de relações de causa e efeito,
relacionando em cada uma das perspectivas definidas e entre as diversas perspectivas, os
objectivos (traduzidos em indicadores de resultados) com os vectores de desempenho
(traduzidos em indicadores de meios). Posto isto é possível reflectir sobre a forma como os
resultados podem ser alcançados, criando uma base de apoio às decisões e selecção das acções
prioritárias a realizar no futuro.
Enquanto sistema de gestão estratégica o BSC é apoiado em quatro pilares que de acordo com
Kaplan e Norton (1996 e 1996a) devem ser geridos tanto de forma independente como de
forma combinada, o que permitirá ao gestor identificar a ligação e coerência entre as
iniciativas operacionais e os objectivos estratégicos, ou seja, relacionar as acções de curto
prazo com os objectivos de longo prazo.
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Balanced Scorecard…Uma proposta para um Banco em Angola
Por último, Kaplan e Norton (2008) afirmam que a execução de uma estratégia de sucesso
possui duas regras fundamentais:
1. Compreender o ciclo de gestão que liga a estratégia às operações;
2. Saber que ferramentas utilizar em cada fase do ciclo.
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Balanced Scorecard…Uma proposta para um Banco em Angola
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Balanced Scorecard…Uma proposta para um Banco em Angola
orçamentos, entre outros. São definidos nesta fase os planos operacionais com indicadores
mais específicos de desempenho.
Fase 6 - Testar e adaptar a estratégia: face às informações internas, factores externos e/ou a
estratégias emergentes, os gestores devem reexaminar a estratégia e avaliar sobre a sua
necessidade de adaptação ou formulação de uma nova, voltando assim, à fase 1.
Face ao exposto ao longo deste ponto, sob o conceito Balanced Scorecard, é fácil concluir
que o mesmo tem estado em constante mudança desde o seu aparecimento em 1992. É um
modelo que tem demonstrado não ser estático e fechado, pelo contrário incorpora a
aprendizagem e novos conhecimentos da sua implementação em várias organizações.
Modelo integrado de
gestão estratégica
Sistema de gestão
estratégica
Instrumento para
implementação da
estrategia
Sistema de
quantificação do
desempenho
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Balanced Scorecard…Uma proposta para um Banco em Angola
Podemos enunciar alguns dos benefícios desta metodologia desenvolvida por Kaplan e
Norton:
− Simplificar a estratégia e a sua comunicação a todos os membros da organização;
− Alinhar toda a organização com a estratégia;
− Ligar o plano e o orçamento anual à estratégia;
− Medir a eficácia da estratégia de forma a poder corrigi-la caso necessário.
O Balanced Scorecard tem demonstrado ser uma das metodologias com maior notoriedade
nos últimos anos, tanto no mundo académico como no empresarial. Além disso é reconhecido
como uma das principais inovações em sistema de gestão empresarial. Porém, a sua
fulminante divulgação e utilização suscita, em simultâneo, o interesse e crítica de vários
autores, relativamente à sua definição, concepção e limitações na sua implementação.
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Balanced Scorecard…Uma proposta para um Banco em Angola
Atkinson et al. (1997) criticam o facto do modelo BSC estar muito focado nos accionistas,
não reconhecendo a importância da contribuição dos colaboradores e fornecedores para que a
empresa atinja os seus objectivos. Segundo os autores existe uma falha na identificação das
medidas de desempenho, uma vez que o modelo não é capaz de avaliar a contribuição dos
accionistas no alcance dos objectivos definidos a curto e a longo prazo.
Epstein e Manzoni (1998) apontam como primeiro problema enfrentado por várias empresas,
aquando da implementação do BSC, a percepção de que a gestão de topo não partilha de uma
visão clara da estratégia.
Santos (2006: 130) enumera algumas das falhas detectadas, em metade dos casos, durante a
implementação do BSC:
− Os gestores muitas vezes cometem erros quanto à decisão sobre o que medir;
− Ausência de um plano de desenvolvimento que forneça os objectivos críticos da
organização;
− Falhas na integração dos indicadores;
− Dificuldades durante a implementação do modelo (por exemplo: resistência à
mudança, inconsistência dos dados e falta de foco na estratégia);
− Conflitos entre os gestores executivos;
− Falhas na utilização como ferramenta de comunicação vertical e horizontal;
− Falhas no processo dinâmico e contínuo (ciclo de aprendizagem).
O Tableau de Bord de Gestão (TDB) surgiu em França e remonta ao início do século XX. É,
tal como o Balanced Scorecard, uma ferramenta de informação e controlo de gestão utilizada
para a implementação da estratégia, mensuração do desempenho das empresas/organizações e
que serve de apoio ao processo de tomada de decisão dos gestores.
Esta ferramenta foi desenvolvida por engenheiros de produção franceses que procuravam
práticas capazes de melhorar o processo produtivo através da compreensão das relações
causa-efeito entre as acções e resultados alcançados. Posteriormente passou a ser utilizado a
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Balanced Scorecard…Uma proposta para um Banco em Angola
nível da gestão de topo, concedendo aos gestores com poder de decisão, uma visão global do
progresso da empresa/organização, através de um conjunto limitado de indicadores,
comparando os objectivos definidos e tomando acções correctivas caso necessário.
Jordan et al. (2008: 230) definem o TDB como um instrumento de informação rápida para
actuar a curto prazo e instrumento de gestão com vista à acção, sendo uma parte importante
do sistema de comunicação do controlo de gestão. Russo (2005) descreve-o como um
instrumento de informação rápida, de comparação entre a realidade e as previsões, que
permite o apuramento de desvios, a elaboração de diagnósticos e a tomada de decisões
essencialmente de curto prazo.
Missão & Visão -» Objectivos -» Factores de Sucesso (KSF) -» Indicadores de desempenho (KPI)
Para Epstein e Manzoni (1998: 191) deve-se ter em conta durante a elaboração e
desenvolvimento do TDB duas importantes características:
2. Não deve estar limitado a indicadores financeiros. Indicadores não financeiros por
vezes, dão melhores informações sobre o impacto de acções e decisões e, portanto,
sobre relações causa-efeito, do que os indicadores financeiros habituais.
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Balanced Scorecard…Uma proposta para um Banco em Angola
Como foi referido cada tableau deve ser construído sob medida para cada área de
responsabilidade. Os TDB de áreas subordinadas derivam os seus conteúdos a partir do
tableau das áreas superiores, ou seja, desdobram-se mediante o processo de cascata. A partir
do TDB global definem-se os TDB por centro de responsabilidade, que dão suporte às
tomadas de decisões locais. Por este motivo os TDB das áreas subordinadas contribuem para
o resultado dos tableau de níveis superiores.
Lopez (1998: 55) refere que o tableau de bord deve orientar-se para a redução e resumo de
conceitos, consistindo numa ferramenta simples, sintetizada e eficaz para o processo de
tomada de decisão.
Os vários autores consultados destacam a necessidade do TDB ser sucinto (em qualquer nível
de decisão), evitando o risco de sobrecarregá-lo com informações desnecessárias à gestão.
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Balanced Scorecard…Uma proposta para um Banco em Angola
O tableau de bord deverá ser elaborado através de informações fornecidas pela contabilidade
e estatística. De forma sucinta, podem ser realçadas um conjunto de características que de
acordo com Jordan et al. (2008: 230) e Costa (2001: 85) são:
Apesar das recomendações e dos inúmeros métodos citados por vários autores, quanto ao
modo de implementação e utilização de um Tableau de Bord, registam-se ainda erros de
concepção em muitas empresas/organizações na utilização desta ferramenta. Estas distorções,
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Balanced Scorecard…Uma proposta para um Banco em Angola
por um lado, impedem os gestores de aproveitar as potencialidades do TDB e, por outro lado,
levam a uma utilização de forma inadequada abrindo um espaço para a introdução de novos
métodos de controlo de gestão e avaliação de desempenho.
Epstein e Manzoni (1998: 197) e Costa (2001: 87) realçam alguns dos principais problemas
encontrados dentro das empresas na implementação do Tableau de Bord de Gestão, tais como
os mencionados na tabela abaixo.
O TDB embora possa ser construído com uma orientação estratégica, à semelhança do BSC,
com base em indicadores financeiros e não financeiros é na maior parte das vezes utilizado
pelos gestores numa perspectiva operacional, pois em geral está muito dependente da
perspectiva de quem o concebe.
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Balanced Scorecard…Uma proposta para um Banco em Angola
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Balanced Scorecard…Uma proposta para um Banco em Angola
Apesar de terem surgido em épocas e locais distintos podemos dizer que o Balanced
Scorecard e o Tableau de Bord apresentam características e metodologias semelhantes,
quanto à natureza, conceitos, procedimentos e ao seu propósito.
Alguns autores defendem, que a nível conceptual, não há diferenças entre eles. Para Strenger
(1997) a essência dos modelos é a mesma independentemente da denominação utilizada, uma
vez que, ambos têm a função de ser um modelo de informação de auxílio e suporte ao gestor
na sua acção de tomada de decisão.
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Balanced Scorecard…Uma proposta para um Banco em Angola
Para Epstein & Manzoni (1997 e 1998) a diferença entre este dois sistemas está simplesmente
na forma errada como as empresas aplicam os conceitos do Tableau de Bord (tema abordado
no ponto anterior).
Mendonza e Zrihen (1999) defendem haver apenas diferenças ideológicas e culturais, ou seja,
uma mera diferença de estilo e técnicas de gestão entre os franceses (Tableau de Bord) e os
americanos (Balanced Scorecard), proveniente da sua distinta origem e fonte de
desenvolvimento. Por seu lado, Cebrián e Cerviño (2004) defendem que o BSC é uma
evolução do TDB.
Para Costa (2001) a novidade, do BSC face ao TDB, é o facto de Kaplan e Norton repensarem
e abordarem de forma muito peculiar os conhecimentos antigos de gestão, explorarem as
interligações dos diferentes processos de gestão e transcreverem os conceitos académicos para
uma linguagem mais simples e de fácil compreensão para o mundo empresarial. Segundo a
autora existem dois pontos bastante inovadores no BSC que merecem ser realçados:
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Quesado et al. (2012) apresentam breves distinções entre estas duas ferramentas conforme
tabela abaixo.
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Jordan et al. (2008) identificam diferenças resultantes dos pressupostos que estão na base da
concepção destes dois modelos.
Origem: França - inicialmente concebido por Origem: EUA – concebido por professores
um engenheiro face à necessidade de de gestão da escola de Harvard com fortes
monitorizar os elementos críticos da área raízes no estudo e divulgação da estratégia.
técnico-produtiva.
Parte da definição dos objectivos e planos de Parte da estratégia para a definição dos
acção e, a partir daí, define-se os indicadores objectivos e factores críticos e, a partir daqui,
de desempenho. se identificarem os planos de acção.
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Balanced Scorecard…Uma proposta para um Banco em Angola
Conclui-se que, embora se associe com frequência o TDB a uma ferramenta que agrega
muitos indicadores essencialmente de carácter financeiro e o BSC a uma ferramenta com
carácter estratégico, são ambos instrumentos de gestão com características muito semelhantes
e até complementares no que concerne à natureza e tipo de indicadores. Porém, conforme
Costa (2001: 89) realça Balanced Scorecard e Tableau de Bord são modelos diferentes que
fundamentam diferentes práticas e estilos.
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3. Apresentação da Empresa
Este capítulo é dedicado à descrição da empresa onde o estudo incide assim como a um breve
diagnóstico sobre o actual sistema de avaliação da performance usado pela empresa.
O Banco possui uma história de crescimento acentuada que se reflecte no valor do seu activo,
número de trabalhadores, número de clientes e da extensa rede de distribuição segmentada em
banca de particulares e pequenos negócios, empresas e particulares do segmento alto.
A estrutura do Banco está assente em dois grandes pilares: área comercial e serviços centrais.
A área comercial representa o maior peso desta estrutura. A mesma encontra-se dividida em
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Nos serviços centrais encontramos as direcções que fazem o backoffice, suporte e logística
nomeadamente: Recursos Humanos, Formação e Organização, Informática, Marketing,
Financeira e Internacional, Risco de Crédito, Auditoria, Jurídica, Operações, Cartões, Banca
Automática, Sistema de Informação, Contabilidade e Planeamento, Aprovisionamento,
Instalações e Património.
Não existe uma afirmação clara da Missão e Visão dentro do Banco. Contudo, está implícito
nas suas estratégias e é transmitido a todos os colaboradores uma política dominante de
crescimento e de melhoria da qualidade do serviço.
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regras comerciais…etc.) não são encaradas pelos colaboradores como parte de um projecto
único, mas sim, como acções isoladas, uma vez que os colaboradores não estão orientados
para o mesmo objectivo comum.
A Missão não é mais do que exprimir por escrito as ideias e as orientações globais da empresa
para o futuro. Ela vai responder o que a empresa se propõe a fazer, e para quem. Permite
divulgar o espirito da organização para que todos os colaboradores partilhem os mesmos
princípios e valores e tenham como meta a prossecução dos objectivos gerais.
Freire (1998: 171) refere que a Missão deve ter, sempre que possível, um carácter
simultaneamente estratégico e operacional. A perspectiva estratégica foca as forças para o
sucesso, a longo prazo, enquanto a perspectiva operacional controla as acções no curto e
médio prazo.
Já a Visão enuncia o panorama onde a organização quer chegar, sem contudo especificar
como atingi-lo. Ela exprime as aspirações e inspirações para o futuro. Cruz (2009: 87) diz-nos
que ela deve responder às seguintes perguntas:
− Qual o destino futuro da organização?
− Para onde é que ela vai?
− Como a veremos a médio/longo prazo?
− Como é que a organização quer ser vista no médio/longo prazo?
Qual a razão de ser do BB? Para que existe e qual o seu propósito? Onde queremos estar no
futuro enquanto família BB? Como seremos no futuro? Com certeza que se fizermos estas
perguntas à maior parte dos seus colaboradores não obteremos uma resposta satisfatória.
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Balanced Scorecard…Uma proposta para um Banco em Angola
Devido a algumas particularidades do mercado angolano, a gestão de uma grande parte das
organizações é feita no dia-a-dia. Missão, Visão, Estratégia são conceitos novos e a ser
explorados e implementados. Há necessidade urgente de criar pilares que sejam comuns a
todos os colaboradores bem como definir objectivos e metas, para além dos financeiros, e que
os mesmos sejam partilhados e acima de tudo assimilados por todos os colaborados do Banco.
Só assim as acções individuais se transformarão em contribuições colectivas e haverá um
alinhamento na prossecução de um mesmo objectivo.
Embora não haja uma Missão e uma Visão definida o BB tem estabelecido objectivos que
permitem orientar a sua actividade. Após análise aos diferentes relatórios pode-se dizer que
um dos principais objectivos é a melhoria da qualidade do serviço prestado e o aumento dos
acessos aos serviços bancários.
Angola está situada na região ocidental da África Austral. No ano corrente, celebra mais de
uma década sobre o fim do conflito armado, a sua população é de cerca de 20,6 milhões de
habitantes.
O crescimento económico médio anual real entre 2002 e 2012 situou-se em 11%1. Porém, o
futuro é de grandes desafios, pois a continuidade da expansão económica dependerá
necessariamente da diversificação da economia para fora do sector petrolífero. Dado a sua
função de intermediação na economia as instituições financeiras terão um papel importante na
prossecução deste objectivo.
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Fonte: Banco Nacional de Angola
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O sector bancário angolano também tem apresentado sinais de dinamismo e crescimento nos
últimos dez anos. Actualmente e de acordo com informação disponibilizada pelo Banco
Nacional de Angola, no 1º semestre de 2012, a taxa de bancarização da população angolana
foi de 22%, representado um crescimento de 63% em relação ao ano anterior.
Existem 23 instituições financeiras bancárias, das quais, estão em funcionamento 22 Bancos.
A actual legislação obriga à constituição de instituições de direito angolano que podem ser
compostas por capital nacional e estrangeiro.
Existem riscos de diversas naturezas que são intrínsecos à actividade desenvolvida pelas
instituições financeiras bancárias. É vital e de extrema importância a sua correcta gestão. O
sucesso e a continuidade do negócio está directamente relacionado com a forma como estes
riscos (financeiros e não financeiros) são identificados, estimados, controlados e mitigados.
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Balanced Scorecard…Uma proposta para um Banco em Angola
• Risco Cambial: reflecte a variação potencial que pode ser registada nos resultados ou
no capital do Banco em resultado de alterações da taxa de câmbio tendo em conta a
manutenção de posições longas ou curtas nos mercados à vista ou de futuros. A gestão
deste risco está delegada à Direcção Financeira e Internacional. De forma a minimizar
o Risco Cambial, são mantidas niveladas as posições activas e passivas das diferentes
moedas com que o BB trabalha.
O BB define-se como sendo o Banco de todos os angolanos. Opera num mercado amplo que
engloba empresas e particulares.
No âmbito deste trabalho importa analisar e relacionar os pontos fortes e fracos do Banco e as
oportunidades e ameaças originadas pelo meio em que está inserido.
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− Dossier Gestão de Risco: mensalmente produzido com base nos fechos contabilísticos
pela área de informação de gestão sob a direcção da área Financeira. Procura
evidenciar as principais componentes de controlo do risco de taxa de juro e risco
cambial. É analisado o impacto destes riscos e da evolução dos activos do Banco no
cálculo do rácio de solvabilidade. Contém indicadores que permitem ter uma visão
sobre a posição cambial, variações cambiais, activos e passivos e taxa de remuneração
dos activos e passivos por moeda.
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O BSC apresenta uma perspectiva estratégica que não se encontra no TDB, uma vez que este
último possui uma vertente muito operacional. O BSC, ao colocar a Visão e a Estratégia no
centro das atenções dos gestores e ao agrupar os objectivos dentro das quatro perspectivas,
predefinidas torna-se uma ferramenta mais adequada aos gestores de topo, porque lhes
permite ter uma visão global do desempenho da organização.
O facto do modelo BSC apresentar um método estruturado com foco no alcance da Visão
representará uma mais-valia para o Banco pois permitirá criar oportunidades de crescimento,
face à concorrência, baseadas no aumento do serviço para o cliente.
É com base nestes pressupostos que para o desenvolvimento deste projecto, foi escolhida a
metodologia introduzida por Kaplan e Norton e não o Tableau de Bord.
Neste capítulo, será proposto um modelo de Balanced Scorecard para o Banco Benguela com
os seguintes objectivos:
− Auxiliar a comissão executiva na gestão e monitorização das metas estratégicas
definidas;
− Comunicar a estratégia e criar um foco comum em todos os funcionários;
− Servir de elo de ligação, no futuro, para o sistema de avaliação de desempenho
individual.
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A proposta apresentada foi desenhada com base na metodologia desenvolvida por Howard
Rohm in “Building and Implementing A Balanced Scorecard: Nine Steps to Success 2. Esta
metodologia é composta por nove passos, dividida em duas fases: fase da construção e fase da
implementação.
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Neste passo são estabelecidas as bases para definição dos temas estratégicos. As atenções
estão centradas nos objectivos a alcançar, tanto a nível da necessidade dos clientes como da
proposição de valor. É necessário que a estratégia adoptada seja consistente com a Missão e a
Visão futura da organização.
Como já foi referido no ponto 3.3 não existe uma declaração escrita da Missão do Banco.
Existe uma definição institucional para a identidade do Banco “ um Banco universal de
expressão nacional com uma abordagem segmentada dos nossos clientes” e para o seu modo
de actuação “servir o público com elevada qualidade e sentido de responsabilidade”.
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A primeira etapa para alcançar o sucesso deste projecto (proposta de um BSC para o BB) será
elaborar uma Missão que seja adequada aos interesses da organização, de acordo com as
premissas abordadas no ponto 3.3.
“Qual a razão de ser da nossa organização?” “Por que é que a nossa organização existe?”
“Qual o nosso propósito e quem são os nossos clientes?” - São algumas das questões às quais
procurarei responder.
Missão:
“Somos um Banco universal, de expressão nacional, cujo objectivo central é a criação de
valor para os nossos clientes através da prestação de vários serviços financeiros. Assumimos
uma forte responsabilidade na contribuição para o desenvolvimento económico, bem como
na estabilidade e solidez do sistema financeiro nacional”.
Tal como a Missão, o BB não tem definido a sua Visão. Contudo esta, poderá ser
caracterizada com base na sua autodefinição “ O Banco de todos os angolanos” e no esforço
contínuo realizado nos últimos anos para consolidar o Banco como uma marca de referência
no mercado, presente nos momentos mais importantes dos angolanos, e simultaneamente
direccionado para a melhoria da qualidade de serviço.
Visão:
“Ser reconhecido como o Banco de todos os angolanos, proporcionando, aos nossos clientes,
sempre as melhores soluções, mantendo-se direccionado para a melhoria e qualidade de
serviço e simultaneamente promovendo práticas financeiras e sociais responsáveis”.
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Em sintonia com a Missão e Visão definidas é proposto para o modelo do BSC as seguintes
perspectivas, também recomendadas por Kaplan e Norton: Financeira, Clientes, Processos
Internos e Aprendizagem e Controlo.
Para cada uma das quatro perspectivas serão definidos objectivos estratégicos (financeiros e
não financeiros), que estão ligados entre si por uma relação de causa-efeito.
Objectivos Estratégicos
Perspectivas
Código
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Capital humano – é relevante para o Banco que o seu capital humano apresente bons
indicadores de satisfação, inovação, capacidade e motivação de forma a criar estabilidade nas
equipas o que levará à redução do elevado turnover evidenciado nos últimos anos;
Capital de informação – investir no desenvolvimento dos sistemas de informação, tecnologia,
em bases de dados e networks;
Capital organizacional - baseado num clima organizacional de excelência com enfoque na
melhoria contínua, cultura organizacional orientada para o cliente e espírito de equipa.
Por sua vez, a melhoria dos processos internos, servirão de meio para o crescimento da
carteira de clientes e para o aumento do envolvimento e fidelização dos clientes actuais,
através do aumento do grau de satisfação e redução das reclamações recebidas - perspectiva
clientes.
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Figura 10 - Mapa Estratégico: Uma proposta para o BB
FN 1
Aumentar o valor
Financeira FN 2
para os accionistas
FN 3
Aumentar o Aumentar a
produto bancário eficiência económica
CL2
CL1 Aumentar o CL 3
envolvimento e CL 4
Conquistar Melhorar e alargar o
Cliente fidelização os clientes Aumentar o grau de
novos clientes acesso aos serviços
satisfação dos clientes
bancários
Aprendizagem AC1
AC4
AC3 AC2 Promover cultura
Aumentar AC5
e Crescimento Aumentar competências e Melhorar os organizacional
a satisfação Criar clima de
conhecimento dos sistemas de orientada para o cliente
interna melhoria contínua
colaboradores informação
Segundo Kaplan e Norton (2006) estes indicadores não devem ser usados de forma isolada
uma vez que a leitura de um complementa a do outro. Os indicadores de resultados por si só
não transmitem o modo de alcançar os resultados, é necessário conjugar com os indicadores
de desempenho para elucidar como executar a estratégia delineada. Também os indicadores
de desempenho, sem os indicadores de resultados, não permitem avaliar se as melhorias
realizadas representam um melhor desempenho financeiro a longo prazo.
Perspectiva Objectivo Estratégico Peso Descrição do Objectivo Indicador de Meta Fórmula de Cálculo
Obj. Performance
Aumentar a rentabilidade do
FN1-Aumentar valor EVA (Economic value
35% investimento realizado pelo (RCI-CMPC) x CI
para os accionistas Added)
accionista.
Proveitos de instrumentos
Margem Financeira
Aumentar a margem financeira financeiros -custos de
Financeira FN2-Aumentar o produto instrumentos financeiros
20% 35% e margem complementar e
bancário
reduzir os custos financeiros. Proveitos com comissões-
Margem Complementar
custos com comissões
Aumentar a eficiência, tendo em (Custos de funcionamento +
FN3- Aumentar a
30% conta a actual estrutura de Cost-to-income amortizações) /Produto
eficiência económica
recursos. Bancário
Número de reclamações
Número de reclamações
recebidas/ Nº reclamações
Aumentar o nível de satisfação recebidas.
recebidas período anterior
CL4- Aumentar a dos clientes através do
30%
satisfação dos clientes decrescimento do número de
reclamações recebidas. Índice de satisfação dos Resultados de inquéritos à
clientes satisfação dos clientes.
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Aprendizagem e
Crescimento Investir no aumento do nº de
20% AC3- Aumentar horas de formação por
competências e colaborador para Horas de Formação Nº de horas de formação por
20%
conhecimentos dos desenvolvimento das colaborador por ano
colaboradores competências técnicas dos
colaboradores.
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Nº de alterações Nº de alterações
implementadas com vista implementadas com vista à
à melhoria da eficiência melhoria da eficiência
operacional, qualidade e operacional, qualidade e
satisfação de cliente satisfação de cliente
Fonte: Elaboração Própria
Notas:
Metas: as metas por objectivo estratégico não se apresentam quantificadas, porque este projecto representa uma primeira abordagem à
construção e implementação do modelo BSC para apreciação da Comissão Executiva do Conselho de Administração do Banco Benguela.
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Dos indicadores de performance apresentados destaco o EVA®3 - Valor Acrescentado
Económico (economic value added) – uma métrica financeira que mede a diferença entre o
retorno do capital e o custo desse capital, medindo assim o valor criado para o accionista.
Este indicador procura ultrapassar as limitações dos instrumentos financeiros tradicionais que
na sua maioria não têm em conta o montante de capital utilizado (próprio e alheio) para gerar
o resultado apurado, ou seja, pondera para além dos juros o custo total do capital empregue.
Sendo:
RCI - Retorno do capital investido
CMPC – Custo médio ponderado do capital
CI – Capital Investido
Onde:
RO- Resultados Operacionais
T – Imposto sobre rendimento
3
® Marca registada pela Stern Stewart & Co.
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Onde:
Ke - Custo do capital próprio
Kd – Custo do passivo ou da dívida
t – taxa de imposto sobre rendimento
E – Valor de mercado do capital próprio
D – Valor de mercado do passivo
Este passo envolve a definição de iniciativas estratégicas/planos de acção que devem ser
desenvolvidos para apoiar os objectivos estratégicos e permitir simultaneamente comunicar e
imputar as responsabilidades operacionais da execução do programa, pelos diferentes grupos
da organização.
A administração executiva deve ser a responsável por esta etapa. Após identificar e
seleccionar a lista das iniciativas prioritárias, de acordo com a criticidade para os objectivos
estratégicos, e de se determinar o calendário de implementação, é importante definir um
orçamento para as despesas que irão financiar as iniciativas seleccionadas e delegar
responsáveis para acompanhamento, execução e monitorização das acções em curso.
Para este projecto, foram desenvolvidas uma série de acções por objectivos conforme tabela
abaixo. É de salientar, que por se tratar de uma primeira versão do BSC, a apresentar ao
Banco, e pelo facto de ser necessário dar a conhecer, de uma forma simples, aos gestores,
informações para a obtenção dos objectivos, a referida tabela é denominada de acções e não
iniciativas estratégicas.
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Tabela 8- Acções a desenvolver por objectivos estratégicos
Fonte: Elaboração Própria
Perspectiva Financeira
Objectivos Acções
Aumentar valor para os accionistas − Todas
Aumentar o produto bancário − Iniciativas estratégicas da perspectiva clientes
Aumentar a eficiência económica − Iniciativas estratégicas da perspectiva clientes
Perspectiva Clientes
Objectivos Acções
Conquistar novos Clientes − Realização de prospecção comercial mais agressiva em potenciais clientes
− Identificar novos clientes através de nichos de novos mercados;
− Implementar protocolos com empresas/instituições com um perfil de colaboradores interessantes
Aumentar o envolvimento e − Estabelecer relações com os clientes baseado no contacto pessoal
fidelização dos clientes actuais − Oferta de novos produtos e serviços prestados aos clientes actuais
− Planeamento e cumprimento de planos de visitas exteriores aos clientes
Melhorar e alargar o acesso aos − Identificar pontos estratégicos para abertura de novos balcões, CE e CI
serviços bancários. − Evidenciar, junto dos clientes, melhorias desenvolvidas no acesso ao serviço bancário via novos
canais e as vantagens da transposição para esses canais
Aumentar a satisfação dos clientes − Melhorar a qualidade de serviço aos clientes actuais: reduzir tempo de resposta a pedidos, corrigir
do Banco erros, solucionar problemas, aconselhar e responder a reclamações de forma célere
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Objectivos Acções
Melhorar a eficiência operacional − Mentalizar os colaboradores para resposta imediata às reclamações e solicitações dos clientes
− Rever a definição dos procedimentos internos de trabalho e se estão a ser cumpridos pelos
colaboradores
Criar novos produtos e serviços − Criar equipa de inovação
Mitigar os riscos bancários − Desenvolver e implementar processos mais automatizados para mitigar os riscos operacionais
Objectivos Acções
Aumentar a satisfação interna − Redefinição da política de recursos humanos: sistema de avaliação de desempenho e distribuição
de incentivos; definição de planos de progressão; avaliação da eficácia da formação
− Reconhecer o mérito dos colaboradores
Melhorar os sistemas de informação − Revisão do site institucional e dos serviços disponíveis no homebaking
− Aumentar a banda larga dos balcões para acomodar o aumento de tráfego (ex.: transacções)
− Realização de auditorias ao sistema para identificação de oportunidades de melhoria
Aumentar as competências e − Elaboração de um script por funções com as necessidades formativas.
conhecimentos dos colaboradores − Elaboração e execução de planos de formação (com base no script) para o desenvolvimento de
competências técnicas.
− Desenvolvimento de sessões de treino práticas (vendedor/cliente) para análise e melhoria das
competências (negociação, profissionalismo e proactividade).
− Organização de eventos team building
Promover cultura organizacional − Desenvolvimento de um fórum de discussão sobre a cultura organizacional
orientada para o cliente − Reuniões semestrais com os quadros
− Reuniões departamentais
Criar clima de melhoria contínua − Criação de um comité de melhoria contínua
− Criar um sistema de recolha e avaliação de sugestões dos colaboradores
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4.7. Step 7: Performance Analysis – Automatização e comunicação
Para que o modelo de BSC do Banco ou de qualquer outra organização tenha êxito é
necessário a existência de um sistema de informação que sirva de suporte ao modelo. Este
conjunto de ferramentas e tecnologias de informação vai ter a função de recolher, transformar
e medir permanentemente os dados obtidos pelo Banco.
Nesta fase, assume particular importante a definição dos perfis dos utilizadores, de forma a
disponibilizar a informação, respeitando a confidencialidade, por perfil de acesso e por área
de negócio.
No entanto, devemos ter consciência que o BSC só será utilizado e explorado em pleno e com
todas as suas funcionalidades, através do recurso de um software apropriado, que
disponibilizará a informação, financeira e não financeira, e permitirá compará-la com a
estratégia e objectivos previamente estabelecidos. Por outro lado, permitirá garantir a ausência
do risco de falha humana na recolha de informação.
O software deverá permitir o desdobramento dos BSC por área de negócio e por diferentes
níveis. É fundamental que permita apresentar as relações de causa e efeito entre os objectivos
e os indicadores para que os colaboradores tenham percepção das suas acções diárias.
Após a definição do BSC global do Banco, e tomando como base a estratégia definida pela
administração, passamos à etapa oito, o desdobramento do BSC.
No caso do Banco Benguela o BSC deverá ser estendido primeiramente às áreas de negócio,
para que os responsáveis possam ter acesso à informação relevante, adequadas às suas
necessidades na tomada de decisão.
Áreas de Negócio:
− Banca de Particulares e Negócios
− Banca de Empresa
− Unidade de Business Development
Após o 1º nível de desdobramento importa, para cada área de negócio, estender os objectivos
e indicadores para cada Direcção que a compõe, para que cada responsável de Direcção tenha
também a informação necessária disponível na tomada de decisão e possa, à posterior, avaliar
o impacto das suas decisões em termos de objectivos e indicadores definidos.
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Perspectiva Cliente
Uma fase posterior do desenvolvimento do BSC poderá envolver a definição de BSC´s para
níveis individuais (estabelecendo metas por colaborador) de forma a auxiliar e motivar
melhorias no sistema de avaliação de desempenho.
Não irei focar-me muito mais neste ponto porque não é objectivo do presente trabalho a
realização de scorecards segmentados por área e individuais. Contudo, importa realçar que
este tema serve de oportunidade para projectos de estudo futuros.
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Balanced Scorecard…Uma proposta para um Banco em Angola
Nesta última etapa deve ser feita uma apreciação completa ao Scorecard para que se possa
avaliar, após o seu funcionamento, o sucesso das estratégias desenvolvidas para a
concretização das metas propostas.
Esta etapa é um processo de feedback e aprendizagem. Deve ser realizada uma avaliação do
processo de implementação da estratégia com o objectivo de aprendizagem através do
feedback da estratégia, objectivos, indicadores.
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5. Conclusões
5.1. Conclusões
Os gestores têm cada vez mais que tomar decisões eficientes no curto prazo para manter a
sustentabilidade das empresas a longo prazo, ou seja, assiste-se a uma mudança no padrão e
na importância das estratégias empresariais.
Para isso, é a nosso ver, imprescindível que as empresas tomem consciência da importância
da adopção de um sistema de gestão que as focalize para o essencial e lhes permita assim
apresentar vantagens competitivas em relação à concorrência. Um sistema que alinhe à
estratégia e os objectivos face a Missão e a Visão e sirva de foco para toda a organização.
O Balanced Scorecard, criado e desenvolvido por Kaplan e Norton no ano de 1992, é uma das
metodologias que tem apresentado, nos últimos anos, um grande protagonismo dentro da
Gestão Estratégica.
É uma ferramenta que tem vindo a ter uma adesão crescente por parte das empresas, em todos
os continentes. Apresenta bastante flexibilidade no ajustamento à organização onde é
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implementada e muita capacidade de adaptação aos novos desafios da gestão. Daí ter-se
assistido, após várias implementações no mundo empresarial (com inúmeros exemplos de
sucesso), à evolução de um sistema de avaliação de desempenho para um modelo de gestão
estratégica.
Foi com base no exposto acima que o presente estudo teve como objectivo a apresentação de
uma proposta para um modelo de Balanced Scorecard para o Banco Benguela. Este modelo
tem a pretensão de ser o primeiro passo para colmatar algumas insuficiências de âmbito
estratégico que se verificam dentro do Banco.
Este estudo visa auxiliar, a equipa de gestão do Banco, em diversas dimensões, dentre as
quais dar uma visão do futuro e do caminho a percorrer para lá chegar. O BSC, enquanto
ferramenta de gestão e aprendizagem estratégica, permitirá um alinhamento do Banco através
da avaliação e monitorização da sua estratégia, proporcionado a longo prazo a criação de
valor para os clientes e os accionistas.
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5.2. Limitações
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Por último, há o risco de falha na implementação do BSC no Banco, uma vez que, o processo
de estruturar um sistema desta dimensão é mais fácil do que implementá-lo.
Após conclusão do estudo ficam em aberto questões que a meu ver apresentam interesse em
termos de trabalhos futuros.
O objectivo principal é que dentro do Banco todos falem a mesma linguagem. Desta forma
seria possível criar um modelo que garantisse esse alinhamento.
Por último, seria interessante a própria implementação do BSC ao nível do Banco para
aferição dos seus inúmeros benefícios.
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