TRABALHO
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Slide 1/2 Bom dia! Hoje vamos falar sobre a afirmação da Holanda e da Inglaterra, em particular a nível
económico.
Slide 3/4 Aqui temos o índice dos tópicos que vamos abordar hoje:
Como se caracteriza a burguesia nestes dois países, vamos falar dos instrumentos criados por esta
burguesia e durante estas abordagens, iremos analisar vários documentos. Claro que, se tiverem
alguma dúvida pertinente, perguntem.
Slide 5 No século XVII, todos os países da Europa estavam em crise e a passar por grandes dificuldades
económicas. No entanto, este período para a Inglaterra e para as Províncias Unidas foi de grande
prosperidade económica. Este acontecimento deveu-se ao facto destes dois países terem uma
burguesia rica, inteligente e com espírito empreendedor. Esta burguesia era de religião protestante,
de elevada instrução e com espírito de iniciativa. Como nestes Estados havia tolerância religiosa e
liberdade a burguesia conseguiu ascender política e socialmente.
Como prova disso temos que, entre 1575 e 1619, o número de refugiados que foi para a Holanda (a
imigração na holanda), aumentou de 344 para 2768 refúgiados.
A burguesia destes países prosperava a nível económico, a partir do comércio colonial porque os
seus negócios estavam a dar lucros e utilizaram estes capitais que receberam para investir no seu
comércio. Assim, foram acumulando riquezas.
Slide 6 Agora vamos partir para a análise do 1º Documento da aula de hoje – Há alguém que queira ler o
documento?
A partir deste documento, conseguimos reforçar as ideias anteriormente referidas, por exemplo: “[...]
negoceia tanto e se consome tão pouco [...]” – ou seja, nestes dois países, o dinheiro que conseguiam
ganhar (lucros) era utilizado, principalmente, para investir em novos negócios e nos que já exisitam.
Também investiam nas manufaturas e na agricultura porque esta era o meio de alimentação da
população. Ao contrário do que acontecia nestes países, na Europa, o dinheiro servia apenas para
demonstrar luxo e ostentação.
“[...] encontram-se entre os mercadores enormes fortunas.” – a burguesia, nestas sociedades, tinha
um papel fundamental, pois era esta classe social que obtinha as maiores riquezas.
“[...] preocupação é acumular riquezas satisfazendo-se com uma modesta participação no Governo
[...]” – a burguesia, na Inglaterra e na Holanda eram apoiadas pelo Governo dos seus Estados, tendo
até, participação na tomada de algumas decisões. Um dos motivos que fez com que esta burguesia
evoluísse a nível económico e social foi, precisamente, este apoio do Governo.
Contudo, nas Províncias Unidas, era a elite burguesa que assumia os cargos mais importantes dentro
dos Conselhos das Cidades e das províncias o que propiciava ao Estado ter uma união entre o poder
político e o poder económico.
Por outro lado, em Inglaterra nasceu um grupo com bastante influência que demonstrava capacidade
de intervenção política e, mais uma vez, espírito empreendedor. Era constituído pelos proprietários
rurais e pela burguesia mercantil.
Slide 7 Aqui temos um esquema ilustrativo do que acontecia nas Províncias Unidas e na Inglaterra,
quando recebiam o dinheiro resultante do comércio colonial:
1º A partir do comércio colonial a burguesia conseguia obter lucros e, com este dinheiro, reinvestia
no comércio e aplicáva-o nas manufaturas e na agricultura.
2º Contundo, apenas uma parte da produção resultante destas atividades era depois exportada,
contribuindo para criar mais riqueza (lucros).
3º Com as riquezas ganhas a partir deste processo, foi lhes permitido exercer cargos políticos e
utilizar o seu dinheiro ao serviço do Estado, por exemplo, através da criação de empréstimos.
4º Depois, como ajudou o Estado, a burguesia foi recompensada pelo mesmo, quer na Holanda, quer
na Inglaterra.
Assim, a burguesia conseguiu favorecer os sesus interesses económicos.
Slide 9 Instrumentos comerciais – o instrumento comercial criado pela burguesia foram as companhias de
comércio. Mas afinal o que são companhias de comércio? Estas eram sociedades comerciais onde o
capital era constituído por ações. Ações – são títulos cujo valor correspondia a uma pequena fração
de capital, podendo ser comprada por investidores anónimos. O que acontece nestas sociedades é
parecido com o que acontece nos dias de hoje, nas grandes empresas.
Estes acionistas tinham o direito de receber uma parte dos lucros da companhia, proporcional ao
valor das ações que tinha comprado. Como já vimos, o Estado, mais uma vez, apoiava estas
companhias e concedia-lhes previlégios como o monopólio do comércio de um determinada produto
ou de uma região. Isto, ao contrário de Portugal, em que o Rei tinha o monopólio de todos os
produtos e regiões, monopólio régio.
Slide 10 Vamos, então, analisar o 2º documento. – Há alguém que queira ler o documento ?
Com a análise deste documento, podemos concluir que fazer investimentos em companhias de
comércio, acabava por dar lucros, ao fim de algum tempo.
Ou seja, era um bom investimento - “[...] os seus proveitos são grandes [...] tinha investido dois mil
ducados, há dois anos, e [...] hoje [...], recebeu das mãos da própria Companhia quatro mil [...]”
Slide 11
Instrumentos financeiros – um dos instrumentos financeiros criados pela burguesia foram os bancos.
Estas instituições já existiam desde a Idade Média, mas, foi no século XVII que se modernizaram,
contribuindo para o desenvolvimento económico dos países onde surgiram.
Já vimos que a sociedade atual, a nível económico, se baseou no que acontecia no século XVII, na
Inglaterra e na Holanda, sendo assim, nos dias de hoje (século XXI), os empréstimos são, como
naquela época, uma das formas de as empresas conseguirem obter dinheiro para se desenvolverem.
Alguns dos bancos mais importantes foram, como vemos na imagem, O de Inglaterra, fundado em
1694 mas também o de Amesterdão, fundado um pouco antes, em 1609. Vejamos então um
documento sobre o banco de Amesterdão.
Slide 12
Agora, vamos analisar o 3º documento da nossa apresentação – Há alguém que queira ler o
documento?
A partir deste, conseguimos entender que as pessoas tinham confiança nestas instituições, para
guardarem o seu dinheiro / as suas riquezas. Esta confiança poderia derivar dos bancos terem sido
criados pela burguesia – uma classe social que sempre pertenceu ao povo e tinha uma ligação com
este. Além disto, a burguesia era a classe social com mais riquezas. - “[...] as pessoas têm tal
confiança nesta instituição [...] que nunca se viu ninguém com receio de perder o dinheiro que lá
depositou.”
Este documento escrito por Pierre Sartre, reflete a facilidade com que eram, agora, efetuadas as
transações comerciais. – “[...] fazem [...] negócios no valor de milhões, sem tocar numa única moeda
Slide 13 [...] basta uma ordem ao caixa do banco para ser prontamente cumprida.
Outro instrumento criado a nível financeiro foram as Bolsas de valores – locais onde se compravam e
vendiam ações. Por exemplo, as das companhias de comércio. As primeiras a serem criadas foram as
Slide 14 de Amesterdão, de Londres e de Paris.
Este fala-nos acerca das bolsas de valores. Normalmente, era nas praças das cidades que várias
pessoas de países diferentes, vendiam e compravam ações das companhias de comércio. Aqui,
também os bancos tinham um papel importante pois como eram de países distintos, a sua moeda era
diferente, além de que era muito dinheiro a ser movimentado (não dava jeito ser em moedas / à
Slide 15 mão).
“[...]”aqui se podem ver comerciantes de todas as nações [...] para negociar as letras de câmbio [...].”
Assim, com uma mentalidade capitalista / objetiva, a burguesia da Holanda e da Inglaterra, conseguiu
criar o capitalismo comercial.
Capitalismo comercial – sistema económico que assenta no reinvestimento dos lucros obtidos nas
atividades comerciais, com vista à obtenção de mais dinheiro.
Perguntas
1. A maior parte das burguesias holandesa e inglesa, no século XVII era: protestante.
Lembremo-nos que tanto a população Holandesa como Inglesa era suficientemente evoluída
a nível de consciência, ao ponto de aceitarem quem não tinha a mesma religião. Não existia
tanta discriminação como na Europa, por exemplo.
7. Nos séculos XVII e XVIII assiste-se ao desenvolvimento de um novo sistema económico designado por
capitalismo comercial. Esta atividade baseava-se na acumulação de capitais, que deveriam ser
reinvestidos em novos negócios, de modo a gerar mais-valias. A gestão de capitais era feita pelas
companhias comerciais, pelos bancos e nas bolsas de valores.