Teorema Da Energia Cinética

Teorema da energia cinética

Como vimos, se uma força realiza trabalho, a energia cinética do corpo
em que ela atua aumenta ou diminui (consoante o trabalho seja positivo
ou negativo, respetivamente).
Em geral, atuam várias forças num corpo

e, nesse caso, é preciso contabilizar os
trabalhos de todas essas forças para
saber como varia a energia cinética.
Considere um bloco que se desloca

quando é puxado por uma força
constante e que há uma força de atrito, ,
que se opõe ao movimento. 1 Forças que atuam num bloco.
10F
Para calcular a variação de energia cinética do bloco, (diferença

entre as energias cinéticas final e inicial), basta somar os
trabalhos de todas as forças.
𝑊 ⃗𝑃 +𝑊 ⃗
𝑁
+𝑊 ⃗
𝐹
+ 𝑊 ⃗𝐹 =∆ 𝐸 c
a
A força de atrito realiza um trabalho

resistente, a força que puxa o corpo
um trabalho potente e o peso e a
força normal não realizam trabalho.
1 Forças que atuam num bloco.
10F
Como o valor absoluto do trabalho realizado pela força de atrito é

menor do que o trabalho realizado pela força que puxa o corpo, a
soma dos trabalhos é positiva.
Então, há uma variação

positiva da energia cinética, ou
seja, esta aumenta e, portanto,
aumenta a velocidade do
corpo.
2 A energia cinética do bloco aumenta.

10F
O Teorema da Energia Cinética ou Lei do Trabalho-Energia é
aplicável qualquer que seja o número de forças aplicadas no corpo.
𝟏 𝟐 𝟏 𝟐
𝑾 =∆ 𝑬 𝐜 ou 𝑾= 𝒎 𝒗𝐟 − 𝒎 𝒗 𝐢
𝟐 𝟐
𝑾 − soma dos trabalhos realizados por todas as forças que atuam

num corpo num dado intervalo de tempo (trabalho total);
∆ 𝑬 𝒄 − variação da energia cinética do centro de massa do corpo, no

mesmo intervalo de tempo (sendo a massa, o módulo da
velocidade final e o módulo da velocidade inicial do corpo).
10F
Também se pode calcular o trabalho total a partir do trabalho

realizado pela resultante das forças aplicadas, , que, no caso da
bola da figura seguinte, é a soma de três forças.
3 Forças aplicadas na bola e a sua resultante no modelo do

centro de massa.
10F
Como o trabalho total é igual ao trabalho da resultante das

forças, , então:
O trabalho da resultante das forças aplicadas num corpo é igual

à variação da sua energia cinética.
𝟏 𝟐 𝟏 𝟐
𝑾 ⃗𝑭 =∆ 𝑬 𝐜 ou 𝑾 ⃗𝑭 = 𝒎𝒗𝐟 − 𝒎𝒗𝐢
𝐑 𝐑 𝟐 𝟐
10F
Se a resultante das forças tiver o sentido do deslocamento, a

energia cinética e a velocidade aumentarão:
𝑾 ⃗𝑭 = 𝑭 𝐑 𝒅 𝐜𝐨𝐬 𝟎 °=∆ 𝑬 𝐜
𝐑
e ∆ 𝑬 𝐜 >𝟎
Se a resultante das forças tiver sentido contrário ao do

deslocamento, a energia cinética e a velocidade diminuirão:
𝑾 ⃗𝑭 = 𝑭 𝐑 𝒅 𝐜𝐨𝐬 𝟏𝟖 𝟎 °=∆ 𝑬 𝐜 e∆ 𝑬 𝐜 <𝟎

𝐑
10F
ATIVIDADE
Uma grua eleva um contentor, com velocidade contante, até uma
dada altura.
Seleciona a opção correta.
(A) Como a velocidade é constante não existem forças a realizar
trabalho.
(B) A força que a grua realiza no contentor não realiza trabalho.
(C) O trabalho da resultante das força é nulo.
(D) O peso do contentor não realiza trabalho.
Resolução:
Opção C.
Como a velocidade do contentor é constante a variação da energia cinética é nula. Como o
trabalho realizado pela resultante das forças é igual à variação da energia cinética, também é
nulo. No entanto, o peso realiza um trabalho resistente e a grua um trabalho potente sobre o
contentor.
10F

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Em geral, atuam várias forças num corpo

Considere um bloco que se desloca

Para calcular a variação de energia cinética do bloco, (diferença

A força de atrito realiza um trabalho

Como o valor absoluto do trabalho realizado pela força de atrito é

Então, há uma variação

2 A energia cinética do bloco aumenta.

𝑾 − soma dos trabalhos realizados por todas as forças que atuam

∆ 𝑬 𝒄 − variação da energia cinética do centro de massa do corpo, no

Também se pode calcular o trabalho total a partir do trabalho

3 Forças aplicadas na bola e a sua resultante no modelo do

Como o trabalho total é igual ao trabalho da resultante das

O trabalho da resultante das forças aplicadas num corpo é igual

Se a resultante das forças tiver o sentido do deslocamento, a

Se a resultante das forças tiver sentido contrário ao do

𝑾 ⃗𝑭 = 𝑭 𝐑 𝒅 𝐜𝐨𝐬 𝟏𝟖 𝟎 °=∆ 𝑬 𝐜 e∆ 𝑬 𝐜 <𝟎

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