A Poluição Do Ar Atmosférico e As Mudanças Climáticas

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A poluição do ar atmosférico e as mudanças climáticas

A poluição atmosférica e as mudanças climáticas estão ligadas e ambos os problemas


estão conectados pelas fontes emissoras e, também, alguns tipos de poluentes. O
que os diferencia, em certos casos, são os fenômenos e efeitos ligados a cada um.
A poluição atmosférica é um problema grave do cotidiano mundial, agravado devido
às irresponsáveis interferências humanas. Há uma urgente necessidade de se
proteger o meio ambiente visto que as ações humanas estão acarretando
modificações das condições que possibilitam a vida nele. Nesta apostila iremos juntos
desenvolver sobre o assunto e seus derivados.

• A poluição do ar e os impactos ambientais;


O desenvolvimento das cidades e o consumo cada vez mais exagerado dos humanos
são os grandes responsáveis por tornar o mundo cada dia mais poluído.
Poluição do ar ou poluição atmosférica é a alteração das propriedades naturais da
atmosfera ocasionada pela emissão de gases, materiais particulados ou agentes
biológicos.
Exemplos de como acontece a poluição é queima de combustíveis fósseis e a usinas
termelétricas e de carvoarias, que são instaladas fora das cidades urbanas, porém
essa poluição pode também ser algo natural, como as queimadas naturais das
florestas e processos biológico dos animais.
O crescimento das cidades, o aumento da queima de combustíveis fósseis resultante
da ampliação da frota de veículos particulares bem como a intensificação da atividade
industrial e das usinas estão entre as principais causas antrópicas para a poluição
atmosférica, aquelas desencadeadas pelas ações dos seres humanos.

Embora menos recorrentes do que as causas antrópicas, fenômenos e elementos


naturais são também causadores da poluição do ar, são emitidos grandes quantidades
de enxofre na atmosfera em decorrência de atividade vulcânica, ventos que carregam
poeira, em especial em regiões desérticas, liberação de gases, como o metano, por
animais.

O ar poluído pode trazer várias consequências para a saúde dos humanos, ele afeta
quase todos os órgãos humanos e pode ocasionar leucemia infantil e problemas com
a fertilidade, a inalação de fumaça ou fuligem pode ocasionar problemas sérios nos
pulmões

• Efeito estufa e o Aquecimento Global

Efeito estufa é um fenômeno natural


essencial para a existência de vida na Terra.
No entanto, atividades humanas têm
agravado esse fenômeno, provocando
inúmeros problemas ambientais, ele é
responsável por manter as temperaturas
médias globais, evitando que haja grande
amplitude térmica e possibilitando o
desenvolvimento dos seres vivos.
I. Como funciona o efeito estufa?
O sol é nossa fonte central de calor, ele emite seus raios solares na terra e parte dele
é absorvido pelo solo e pelos mares, outra parte é devolvida ao espaço. Uma parcela
da radiação irradiada pelo solo fica preso na atmosfera por causa dos gases do efeito
estufa que impede que a radiação seja totalmente devolvida, e é dessa forma que se
é estabelecido o equilíbrio.
Esse efeito tem se agravado por que cada vez mais o ser humano está emitindo gases
que prejudicam e desequilibram este efeito, o que ocasiona nas mudanças climáticas.
A temperatura da terra aumenta a cada dia, essa mudança está ligada ao efeito estufa,
assim como o derretimento das calotas polares.
Alguns desses gases são o dióxido de carbono é o gás de maior abundância na
atmosfera, produzido através da queima de combustível fóssil, o gás metano é o
segundo gás que mais contribui para o aumento das temperaturas globais e o óxido
nitroso pode ser emitido à atmosfera por meio de bactérias no solo ou no oceano.
Como já foi dito, o efeito estufa e aquecimento global estão diretamente ligados, o
aquecimento global significa o aumento na temperatura terrestre, o século XX foi
considerado o mais quente.
Estudos recentes nos mostram que a grandes chances da temperatura terrestre
aumentar consideravelmente, o aquecimento global é considerado um problema
ambiental urgente e com graves consequências para a humanidade.
O efeito estufa apesar de estar relacionado com o aquecimento global, é algo que
garante que a Terra mantenha a temperatura adequada para a vida. Sem ele, o
planeta seria muito frio, a ponto de muitas formas de vida não existirem, o problema
está quando a o aumento das emissões de gases poluentes. O aquecimento global
pode causar mudanças na fauna e flora da terra, aumento de desastres naturais, tal
como inundações e tempestades.
O Brasil é um dos líderes mundiais nas discussões para diminuir os efeitos do
aquecimento global. O maior potencial do país para redução da emissão de gases do
efeito estufa é a redução do desmatamento.
• A destruição da camada de Ozônio

O que é a camada de Ozônio?


A camada de ozônio é uma cobertura de
gás ozônio presente na estratosfera,
entre 25 km de altitude, que protege o
planeta das radiações ultravioletas
prejudiciais aos seres vivos. A camada
de ozônio é essencial para a vida, pois
forma escudo que nos protege das
radiações ultravioletas. Sem ela, a vida
na Terra não seria possível.

A destruição da Camada de Ozônio acontece devido, principalmente, à emissão de


clorofluorcarbonos (CFCs) formados por cloro, flúor e carbono. Também fazem parte
da lista, óxidos nítricos e nitrosos e o CO2, expelidos pelos veículos e pela queima
de combustíveis fósseis, respectivamente. Através de um processo catalítico onde o
cloro causa a destruição de milhares de moléculas de ozônio. Os gases CFC são os
principais vilões da camada de ozônio, uma molécula de CFC pode destruir até 100
mil moléculas de ozônio. Por meio do Protocolo de Montreal (1987), decidiu-se que o
uso de CFC deveria ser totalmente banido até o fim do século XX

I. Protocolo de Montreal

O Protocolo de Montreal sobre as


Substâncias que Destroem a Camada de
Ozônio é um acordo internacional que tem
como objetivo reduzir a emissão de
produtos que causam danos à camada de
ozônio. Em 1987, o Protocolo de Montreal
ficou aberto para adesão dos países
interessados. Ele foi ratificado em 19 de
março de 1990 e ao longo dos anos passou
por revisões: Londres (1990), Copenhague
(1992), Viena (1995), Montreal (1997),
Pequim (1999) e Kigali (2016).

Para isso, entre os seus objetivos estavam:

• Reduzir a emissão de CFCs em 80% entre 1996 e 1994;


• Os países desenvolvidos devem reduzir o uso de CFCs em 75% até 2010 e
em 99,5% até 2020;
• Reduzir os níveis em 50% entre 1986 e 1999;
• Eliminar a fabricação e o uso dos CFCs;
• Plena recuperação da camada de ozônio até 2065;
• Eliminar a fabricação e o uso dos tetracloreto de carbono, tricloroetano,
hidrofluorocarbonetos, hidroclorofluocarbonetos, hidrobromoflurocarbonetos e
o brometo de metila

Considera-se que o Protocolo de Montreal é um dos acordos internacionais


mais bem-sucedidos, pois foi assinado por quase todos os países. O Brasil
aderiu ao Protocolo de Montreal em 1990, ratificando também todas as
alterações determinadas nas reuniões realizadas em Londres (1990), Cope
nhague (1992), Montreal (1997) e Pequim (1999). Em 16 de setembro (Dia
Internacional da Proteção à Camada de Ozônio) de 2012, o Ministério do Meio
Ambiente anunciou que o país havia avançado muito nas metas estabelecidas
pelo Protocolo de Montreal

Principais gases que contribuem para essa destruição

Desde o período da Revolução Industrial, o ser humano tem contribuído para


destruição da Camada de Ozônio. A liberação de gás carbônico, óxidos
nítricos e nitrosos, e os clorofluorcarbonos na atmosfera impossibilitam a renovação
do Ozônio, permitindo que os raios ultravioletas consigam penetrar com maior
intensidade na superfície do planeta. No ano de 1997, pesquisadores observaram pela
primeira vez a existência de um grande buraco na Camada de Ozônio na área
da Antártida. A partir daí, várias pesquisas concluíram que o nível de ozônio tem
diminuído também em outros pontos do planeta.

II. Consequências da destruição da camada de Ozônio

Sem a proteção da camada de ozônio, teríamos uma diminuição na taxa de


crescimento das plantas, que fariam menos fotossíntese. Os raios ultravioletas
também prejudicam o desenvolvimento de organismos aquáticos e reduz a
produtividade do fitoplâncton. Essa situação provoca alterações nas cadeias
alimentares e no funcionamento dos ecossistemas.

A ação intensa dos raios ultravioletas também pode causar diversos males à saúde
humana, como:

• Degeneração do DNA das células


• Câncer de pele
• Cegueira
• Deformações e atrofias musculares
• Enfraquecimento do sistema imunológico

• Inversão térmica
Inversão térmica é um fenômeno atmosférico característico dos grandes centros
urbanos e industrializados e corresponde ao aprisionamento temporário de uma
camada de ar frio próximo da superfície. Essa camada de ar frio, que é mais densa,
tem a sua circulação interrompida por uma camada de ar quente que fica posicionada
sobre ela. Esse movimento faz com que haja uma inversão das temperaturas e
provoca ainda a retenção da poluição na camada inferior, bem próxima do solo. Esse
processo é classificado como um problema ambiental urbano. Quando ocorre durante
o dia ou nas primeiras horas da manhã, é possível observar a inversão térmica no
horizonte de uma cidade, uma vez que a porção inferior, onde está o ar mais frio,
adquire uma coloração acinzentada e mais escura do que as camadas superiores.

I. Como ocorre?
A inversão térmica acontece comumente durante o inverno e nos períodos mais
frios do dia, como as primeiras horas da manhã e durante a madrugada. O calor
que foi absorvido pelas superfícies durante o dia é irradiado no período da noite,
fazendo com que elas resfriem gradualmente.

Nos dias mais frios, os raios solares incidem com menor intensidade e há
menor absorção de calor, o que faz com que as temperaturas próximas da
superfície também sejam mais baixas.

Ambos os processos fazem com que o ar próximo do solo fique mais frio e
consequentemente mais denso. Em função disso, o ar mais frio não consegue
circular e fica aprisionado nas camadas mais baixas da atmosfera. Acima dessa
camada de ar frio está posicionada uma camada de ar quente, que não circula.

Em uma situação normal, o ar quente fica próximo da superfície e ascende para as


camadas superiores por ser menos denso. O ar mais denso e frio desce e adquire calor,
tornando-se mais leve e retomando assim o processo. Na inversão térmica, esse
processo não ocorre. No entanto, é importante notar que a inversão térmica é um
fenômeno temporário, e a circulação atmosférica retoma a normalidade à medida que
a superfície volta a se aquecer.

Com o aprisionamento do ar frio, a poluição atmosférica presente nos grandes centros


urbanos não se dispersa, aumentando assim a concentração de gases e resíduos
poluentes próximo da superfície.

II. Consequências da Inversão Térmica

A inversão térmica apresenta consequências diretas para a saúde humana e


para o meio ambiente urbano, como:

• diminuição da qualidade do ar nas cidades;

• surgimento e agravamento de doenças respiratórias (bronquite, asma,


pneumonia);

• irritação nos olhos e na pele;

• aparecimento de alergias;

• intoxicação."

• Chuva Ácida
Chuva ácida é um fenômeno atmosférico que ocorre especialmente em países
com elevado nível de industrialização. Consiste na precipitação com elevada
acidez, ou seja, a chuva possui grande concentração de ácidos como o dióxido
de enxofre. Esse fenômeno pode provocar graves problemas ambientais e
também provocar danos à saúde dos seres vivos.

I. Como se formam?

A precipitação com elevada acidez ocorre quando em um determinado lugar há uma


elevada concentração de gases como o dióxido de enxofre e nitrogênio na atmosfera
que em contato com gotas de água suspensas no ar, reagem formando ácidos que,
ao precipitar, dão origem à chuva ácida.

Vale dizer que a chuva ácida não ocorre apenas no local onde há emissões de gases
à atmosfera. É possível que esses gases sejam transportados pelo vento para regiões
mais afastadas, podendo provocar a chuva ácida em outras regiões.
II. Consequências da chuva ácida

A ocorrência de chuva ácida é considerada um grande problema,


especialmente, ambiental, em diversas regiões do mundo. Desde o período da
Revolução Industrial, com o aumento das indústrias e dos bens produzidos,
aumentou também a poluição atmosférica, elevando a emissão de gases
poluentes, favorecendo a incidência desse fenômeno.

As principais consequências da chuva ácida são:

• O solo pode sofrer alterações quando a chuva ácida atinge a superfície,


tornando-se acidificado.

• A contaminação do solo pode provocar também a contaminação de


cursos d'água, como rios e lagos e também de reservas subterrâneas
de água.

• A contaminação dos cursos d'água pode provocar perda da


biodiversidade, com o aumento da concentração de acidez que impede
o desenvolvimento da vida aquática.

• A vegetação também é prejudicada quando o excesso de acidez, ao


atingir os vegetais, prejudica o seu desenvolvimento ocasionando a
lentidão do seu crescimento.

• A acidez provoca o rompimento da superfície das folhas das árvores,


causando empobrecimento nutricional.

• As plantas podem tornar-se suscetíveis à ocorrência de pragas e


doenças.
• O crescimento das raízes torna-se lento, prejudicando o transporte de
nutrientes.

• Dependendo da concentração de ácidos, a saúde dos seres humanos


pode também ser prejudicada. Isso acontece porque o acúmulo de
dióxido de enxofre no organismo pode provocar o desenvolvimento de
doenças respiratórias.

• Provoca também estragos nas cidades, ao corroer e destruir


monumentos e obras civis.

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