Anestesia Venosa Total: Questão Comentada

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2022

ANESTESIA VENOSA TOTAL


QUESTÃO COMENTADA
DICAS DO PORTAL

Seguem algumas dicas importantes antes de ler o


conteúdo da apostila:
• Nessa apostila apresentamos as questões comentadas dos últimos anos das
provas do TEA e TSA.

• Importante que todos os testes de múltipla escolha sejam respondidos e que


através essa prática você melhore sua capacidade de compreensão e de resposta.

• Indicamos que sempre que você olhe o gabarito para saber se teve êxito, que
você leia o comentário referente a questão. Muitas vezes é através dessa
ferramenta que conseguimos fixar alguns conceitos fundamentais.

• Por último, lembre-se que sempre é póssível que algumas questões caiam
novamente nas provas.

• Bons estudos e conte com a equipe para o que precisar.

Aproveite e boa prática


ANESTESIA VENOSA
ANESTESIA VENOSA TOTAL
TOTAL
PERGUNTAS
1. Considerando-se a administração contínua de determinado anestésico venoso, a va-
riável farmacocinética que traduz o tempo necessário para que a concentração da droga
caia à metade, após o termino da infusão, denomina-se:
A) Depuração
B) Constante de tempo
C) Volume de distribuição
D) Meia-vida de eliminação total
E) Meia vida contexto dependente

2. Quanto à administração venosa de fármacos, é correto:


A) A concentração final é o resultado do produto entre a dose e o volume de distribuição
no compartimento central
B) A partir de uma dose administrada, alterações do volume do compartimento central
alteram a concentração plasmática final
C) No modelo tricompartimental, o terceiro compartimento relaciona-se ao início de ação
D) O volume do compartimento central não tem influência no início e no término de ação
E) A dose é mais importante que a concentração

3. Na infusão alvo controlada, é correto afirmar que:


A) As bombas de infusão utilizadas estão dotadas de um sistema computadorizado que
mede, diretamente no plasma, a concentração no local efetor da droga
B) A possibilidade de medir a concentração plasmática do fármaco é o maior avanço que
pode ser imputado a essa modalidade de anestesia venosa
C) Não é possível realizar indução anestésica em sequência rápida
D) A concentração no local efetor é estimada pela bomba de infusão alvo controlada, atra-
vés de um cálculo farmacocinético
E) A margem de erro aceitável para uma bomba de infusão alvo controlada pode ser de
até 40%

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4. Propofol e remifentanil são fármacos adequados para administração em infusão con-
tínua. O parâmetro farmacocinético que melhor traduz essa propriedade é:
A) Histerese
B) Meia vida Ke0
C) Meia-vida de eliminação total
D) Meia-vida contexto dependente
E) NDA

5. Ao se injetar uma dose conhecida de um fármaco por via venosa, é alcançada deter-
minada concentração sanguínea deste fármaco. A razão entre a concentração sanguínea e
a dose administrada determina o(a):
A) Ke0
B) taxa de depuração
C) volume de distribuição
D) meia vida de eliminação
E) NDA

6. Dois fármacos hipnóticos administrados em infusão contínua são comparados. Aque-


le que possui maior meia vida contexto dependente apresentará maior:
A) tempo de despertar
B) eliminação terminal
C) distribuição intercompartimental
D) tempo de equilíbrio com sítio de ação
E) NDA

7. No paciente idoso, a anestesia venosa alvo controlada com propofol que utiliza siste-
mas de infusão com Ke0 mais rápido apresenta como vantagem:
A) menor tempo de despertar
B) maior estabilidade hemodinâmica
C) maior previsibilidade do clearance plasmático
D) menor incidência de consciência intraoperatória
E) NDA

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8. O fármaco que apresenta ação profilática contra o tremor (shivering) no pós-operató-
rio imediato de pacientes submetidos a anestesia com remifentanil é:
A) cetamina
B) clonidina
C) meperidina
D) ondansetrona
E) NDA

9. A fórmula para o cálculo da taxa de infusão de um anestésico venoso, após alcançado


o estado de equilíbrio intercompartimental, é:
A) dose de bolus / volume de distribuição
B) concentração plasmática alvo x taxa de depuração
C) (dose de bolus x taxa de depuração) / volume de distribuição
D) (concentração plasmática alvo x taxa de depuração) / volume de distribuição
E) NDA

10. Homem de 35 anos, 145 Kg e 1,67 m (IMC=52 Kg.m-2) é submetido à cirurgia bari-
átrica videolaparoscópica sob anestesia geral balanceada com sevoflurano e remifentanil
em infusão alvo controlada conforme o protocolo de Minto. O anestesiologista utilizou
para programação da bomba o peso real do paciente e uma altura fictícia de 2,00 metros.
Essa medida tem como objetivo:
A) a inacurácia do Ke0 associada à obesidade mórbida
B) compensar para uma maior taxa de metabolização da medicação
C) corrigir a inacurácia do modelo associada ao uso da massa magra corporal
D) compensar para um maior volume de distribuição do compartimento central
E) NDA

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11. Um anestesiologista dispõe de dois sistemas de infusão automática de propofol com
modelos farmacocinéticos distintos quanto ao erro de performance. O primeiro apresen-
ta uma mediana absoluta de erro de performance (MDAPE) de 25% e uma mediana de
erro de performance (MDPE) de -20% e o segundo uma MDAPE de 15% e uma MDPE
de +10%. Considerando um mesmo valor alvo para infusão do propofol, a escolha de
utilização do primeiro modelo em um paciente idoso trará como vantagem teórica um
(a) menor:
A) repercussão hemodinâmica
B) risco de consciência intraoperatória
C) inacurácia de predição dos valores plasmáticos
D) probabilidade de resposta simpática à entubação
E) NDA

12. (TSA 2017) Homem de 54 anos, 160 kg e 1,78 m, foi submetido à gastroplastia
videolaparoscópica. Realizada indução venosa da anestesia com propofol em bolus e a
seguir, manutenção com sevoflurano. Não houve intercorrências durante todo o procedi-
mento. No entanto, na sala de recuperação da anestesia, o paciente refere que se lembra
de ter ouvido a conversa dos profissionais presentes na sala cirúrgica, aparentemente no
inicio do procedimento, mas que não conseguia responder. Diz que após certo tempo,
não se lembra mais de algo. Como você explica a ocorrência desse fato nesse paciente?
A) Redução do t1/2 / Ke0 no paciente obeso
B) Redução da sensibilidade dos receptores GABAA
C) Aumento da depuração extra-hepática do propofol
D) Redistribuição rápida do propofol para o tecido gorduroso

13. (TSA-2017) Ao comparar os níveis séricos após a administração venosa de uma


dose pré-estabelecida de midazolam, um pesquisador observa que aqueles indivíduos em
sedação contínua com propofol (grupo 1) apresentavam valores mais altos do benzodia-
zepinico no plasma que aqueles não recebiam propofol (grupo 2). Essa diferença pode
ser atribuida em parte a:
A) menor volume de distribuição central do midazolam no grupo 1.
B) maior transferência do midazolam para o sitio efetor no grupo 2.
C) maior velocidade de redistribuição tecidual do midazolam no grupo 1.
D) menor taxa de metabolização extra-hepática do midazolam no grupo 2.

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RESPOSTAS
Questão 1:
Resposta E
Meia-vida inserida no contexto de uma droga é definida como o tempo necessário para o
decaimento à metade, da concentração da droga, no compartimento central, ao término da
infusão.
Referências:
Wilkinson G - Pharmacokinetics: The Dynamics of Drug Absorption, Distribution and Eli-
mination, em: Hardaman JG, Limbird LE, Gilman AG Goodman & Gilmans The phar-
macological basis of Therapeutics, 10th Ed, New York, MacGraw-Hill, 2001;13-29
Johnson SE - Remifentanil: a unique short-acting opioid, Adv.Anesth., 1999; 16:83-98

Questão 2:
Resposta B
A concentração plasmática final de um fármaco administrado por via venosa depende, en-
tre outros fatores, do volume do compartimento central e da dose. Concentração é a relação
entre dose e volume, sendo mais importante do que a dose, uma vez que é a concentração
da droga no receptor que ocasiona o efeito clínico. A farmacocinética das drogas venosas
é estudada por meio do modelo tricompartimental. O compartimento central influência o
início de ação, à medida que ele determina uma maior ou menor concentração, a partir de
uma mesma dose utilizada. O terceiro compartimento influencia o término de ação.
Referências:
Shafer SL, Schiwinn DA - Basic Principles of Pharmacology Related to Anesthesia, em: Mil-
ler RD – Miller’s Anesthesia, 6th Ed, Philadelphia, Elsevier Churchill Livingstone, 2005;67-
104.
Shafer SL, Youngs EJ - Basic of Pharmacokinetics and Pharmacodynamics Principles, em:
White PF Textbook of Intravenous Anesthesia, 1st Ed, Baltimore, Williams & Wilkins,
1997;10.

Questão 3:
Resposta D
As bombas de infusão alvo controladas são sistemas dotados de um modelo farmacociné-

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tico controlado por computador acoplado ao dispositivo de infusão mecânica. A concen-
tração no local efetor é a informação mais importante desse tipo de bomba e representa
o principal diferencial em relação aos sistemas mecânicos. Esta medida é feita através de
cálculos farmacológicos e jamais é medida diretamente do plasma. Por essa razão, a con-
centração plasmática informada por esses sistemas de infusão apresentam uma margem de
erro aceitável que pode chegar até 30%. Indução anestésica, com sequência rápida, pode
ser realizada por meio do aumento de duas vezes do alvo plasmático inicial, uma vez que
o bolus inicial administrado é calculado pela multiplicação do volume de distribuição no
compartimento central da droga utilizada, multiplicado pelo alvo regulado na bomba.
Referências:
Shafer SL, Schiwinn DA - Basic Principles of Pharmacology Related to Anesthesia, em:
Miller RD - Miller’s Anesthesia, 6th Ed, Philadelphia, Elsevier Churchill Livingstone, 2005;
67-104.
Hugues MA, Glass PSA, Jacobs JR - Context-sensitive half time in multicompartment phar-
macokinetic models for intravenous anesthetic drugs. Anesthesiology, 1992;76:334-341.

Questão 4:
Resposta B
O tempo de equilíbrio Ke0 é o tempo decorrido entre a administração do fármaco por via
venosa e o seu efeito terapêutico máximo, ou a sua concentração máxima no compartimen-
to efetor. A meia vida Ke0 é o tempo decorrido para que ocorra metade desse equilíbrio, e
fármacos com menor meia vida Ke0 são mais precisamente manuseados quando em infu-
são contínua e apresentam início e pico de ação mais rápidos.
Referência:
Sear J. Total Intravenous Anesthesia, em: Longnecker DE, Brown DL, Newman MF, et al.
Anesthesiology. 2nd Ed. New York. McGraw Hill Medical, 2012;725-41.

Questão 5:
Resposta C
Quando se administra uma dose conhecida de um fármaco por via venosa e dividimos a
concentração sanguínea pela dose administrada obtemos o volume de distribuição.
Referência:
Mendes GD, Nucci G. Conceitos Farmacocinéticos Fundamentais, em: Cangiani LM, Slulli-
tel A, Potério GMB, et al. Tratado de Anestesiologia SAESP. 7a Ed, São Paulo, Atheneu,
2011;253-64.

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Questão 6:
Resposta A
A meia vida contexto dependente é o tempo necessário para a concentração plasmática
do fármaco reduzir à metade após a interrupção de infusão contínua. O contexto se refere
à duração da infusão contínua. Tempos maiores significam prolongamento do tempo de
efeito. Meia vida contexto dependente representa parâmetro farmacocinético clinicamente
mais relevante que a meia vida terminal e o volume de distribuição na estimativa de como
o fármaco se comporta. O tempo de equilíbrio entre o pico de concentração plasmática e o
pico de efeito é estimado pela constante Ke0.
Referência:
Johnson KB, Egan TD. Principles of Pharmacokinetics and Pharmacodynamics: Applied
Clinical Pharmacology for the Practitioner, em: Longnecker DE, Brown DL, Newman MF,
et al. Anesthesiology. 2nd Ed, New York, McGraw-Hill Medical, 2012;663-687.

Questão 7:
Resposta B
Os sistemas de infusão alvo controlada de propofol que utilizam o modelo de Marsh po-
dem apresentar valores de Ke0 diferentes. Com a Ke0 rápida, a concentração plasmática de
propofol gerada para promover alto gradiente e atingir rapidamente a dose alvo no local de
ação é inferior em relação à Ke0 lenta. Num paciente de 70 kg, com a Ke0 “lenta”, a concen-
tração plasmática de propofol atingida quando se deseja uma dose alvo no local de ação de
4,0 μg.mL-1 é de quase 10 μg.mL-1, enquanto que com a Ke0 rápida, a concentração plasmá-
tica não ultrapassa 6,0 μg.mL-1. Em pacientes com pouca reserva cardiovascular essa alta
concentração plasmática de propofol atingida pode levar a eventos hemodinâmicos indese-
jáveis.
Referência:
Vianna PTG, Simoni RF, Orosz JEB, et al em: Cangiani LM, Slullitel A, Potério GMB, et al.
Tratado de Anestesiologia SAESP. 7a Ed, São Paulo, Atheneu, 2011; 1419-1436

Questão 8:
Resposta A
A incidência de shivering é mais alta em pacientes que recebem doses elevadas de remifen-
tanil. O mecanismo envolvido nesta ocorrência parece ser a súbita interrupção do opioide
que resulta em estímulo de receptores NMDA. Pequena dose de cetamina no intra-operató-
rio diminui a incidência de shivering pós-anestésico relacionado ao remifentanil. A infusão
venosa de baixas doses de cetamina (0,5 mg.kg-1) antes da anestesia geral ou regional tem se

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mostrado medida profilática eficaz contra o shivering. Meperidina, ondansetrona e clonidi-
na podem ser usados no tratamento do shivering, uma vez que este tenha sido iniciado.
Referência:
Nicholau TK. The Postanesthesia Care Unit, em: Miller RD, Cohen NH, Eriksson LI, et al.
Miller’s Anesthesia. 8th Ed, Philadelphia, Elsevier Saunders, 2015; 2924-2946.

Questão 9:
Resposta B
A concentração plasmática em (unidade de massa/unidade de volume) multiplicada pela
taxa de depuração (unidade de volume/unidade de peso/unidade de tempo) resulta em
(unidade de massa/unidade de peso/unidade de tempo). Esta é a formatação da taxa de in-
fusão, levando-se em consideração que esta deve repor a fração da concentração alvo reti-
rada pelos órgãos de depuração.
Referência:
Reves JG, Glass PSA, Lubarsky DA et al. Intravenous Anesthetics, em: Miller RD, Eriksson
LI, Fleisher LA, et al. Miller’s Anesthesia. 7th Ed. Philadelphia. Churchill Livingstone, 2010;
719-68.

Questão 10:
Resposta C
O modelo farmacocinético de Minto leva em consideração as co-variáveis sexo e peso de
massa magra, para o cálculo da taxa de infusão para determinada dose-alvo estipulada. Po-
rém para o cálculo da massa magra, se o peso do paciente for excessivo, a massa magra fica
muito reduzida, e conseqüentemente a quantidade de remifentanil administrada é subesti-
mada.
Outra maneira de iludir a infusão alvo-controlada de remifentanil seria o emprego, ao invés
do peso, de uma altura fictícia dada pela seguinte fórmula:
Com isso, massa magra também seria ajustada ao real peso do paciente. Porém, tal fórmula
se adapta somente a pacientes do sexo masculino.
Referência:
Duarte NMD, Pires OC, Nunes CEL, Magalhães E, Simoni RF - Anestesia Venosa Total
- Sociedade Brasileira de Anestesiologia/SBA 2011- Anestesia venosa total na Obesidade
Mórbida 109- 118.

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Questão 11:
Resposta A
MDPE é o cálculo da performance de erro para cada paciente a partir dos achados de in-
fusões venosas alvo controladas, com determinado modelo farmacocinético. Será positivo
quando a concentração medida exceder a concentração prevista. Significa que o modelo
subestima a concentração medida, ou seja, a ela será maior que a indicada na bomba. Será
negativo quando a concentração medida for menor que a concentração prevista.
A MDAPE representa a medida de inacuracidade ou de erro do sistema utilizado. Indica
em que percentual um fármaco se desvia do alvo, ou seja, atribui uma quantidade através
de um valor numérico. Será positivo ou negativo de acordo com o calculo da performance
de erro.
O primeiro modelo apresenta uma MDPE negativo, ou seja, concentração medida menor
que a concentração prevista na bomba. Assim, doses menores de propofol provocam meno-
res efeitos hemodinâmicos no idoso sem aumentar o risco de consciência intraoperatória,
pois os idosos necessitam de menores doses para entrarem em plano anestésico.
Referência:
Duarte NMD, Pires OC, Nunes CEL, Magalhães E, Simoni RF - Anestesia Venosa Total -
Sociedade Brasileira de Anestesiologia/SBA 2011- Modelos Farmacocinéticos – Avaliação
Crítica 59- 71.

Questão 12:
Resposta D
Pacientes obesos têm maior risco de consciência intraoperatória e a maior parte das vezes
isso ocorre durante a indução. Após o bolus dos agentes de indução, ocorre rápida redistri-
buição para o tecido gorduroso e o paciente = rápido despertar. As doses de indução calcu-
ladas pela massa magra corroboram para este fato. A meia-vida eliminação é o tempo em
que certa quantidade de um fármaco cai em 50%. Embora este parâmetro pareça ser um
resumo simplista da fisiologia da eliminação do fármaco. Ele na verdade é um parâmetro
complexo, influenciado pela distribuição e pela eliminação do fármaco: tx*= Volume de

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distribuição/depuração plasmática.
Referências:
Gupta DK. Henthorn TK. Basic Principies of Clinicai Pharmacology. em: Barash PG Cul-
len BF. Stoelting RK, et al. Clinicai Anesthesia. 7” Ed, Philadelphia. Lippincott Williams &
Wilkins, 2013: 156-188.
Bucklin BA. Femandez-Bustamante A. Anesthesia and Obesity. em: Barash PG Cullen BF.
Stoelting RK. et al. Clinicai Anesthesia. 7* Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins,
2013; 1274-1293. Página 1282.

Questão 13:
Resposta A
O propofol afeta a farmacocinética do midazolam. Na presença de concentrações sedativas
de propofol a concentração plasmática do midazolam aumenta em 27%. Nessa situação, o
volume de distribuição do compartimento central para o midazolam estará reduzido e sua
distribuição para os tecidos periféricos estará lentificada pelos efeitos hemodinâmicos in-
duzidos pelo propofol (Miller pg 825). O midazolam é metabolizado no fígado por reações
de fase I via CYP3A4 e CYP3A5 e seu principal metabólito é o 1-hidroximidazolam que é
subsequentemente conjugado ao ácido glicurônico e excretado pelo rim (Miller pg 839).
Para o entendimento da cinética de transferência dos hipnóticos para o compartimento do
sítio efetor duas premissas devem ser observadas: (1) a quantidade de fármaco que move
do compartimento central para o sítio efetor é negligenciável e (2) o compartimento do si-
tio efetor representa uma adição ao compartimento central sem uma estimativa própria de
volume. Portanto, a cinética da biofase não modifica de forma significativa os níveis séricos
de um fármaco hipnótico (Miller pg. 599).
Referências:
Vuyk J. Sitsen E. Reekers M. Intravenous Anesthetics. em: Miller RD. Cohen NH. Eriksson
LI. Fleisher LA. et al. Miller s Anesthesia. 8* Ed. Philadelphia. Elsevier Saunders. 2015:821-
863.

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