Aula 09: Exame Físico Do Tórax: Apresentação

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Avaliação Cinético-Funcional

Aula 09: Exame Físico do Tórax

Apresentação
Como já mencionamos nas nossas primeiras aulas, é na realização de uma anamnese bem feita que conseguimos muitas
vezes verificar informações importantes sobre os sistemas do nosso corpo, relacionando a presença de sintomas a
alterações patológicas e funcionais.

Porém, é no exame físico geral, principalmente o realizado nas vias respiratórias e cardíacas, que confirmamos alterações
como mudanças no padrão respiratório, deformidades torácicas, presença de tosse, cianose e outras condições.

Nesta aula, estudaremos o exame físico do tórax, com a verificação dos sinais vitais do paciente. Observaremos o tipo de
padrão e ritmos respiratórios, assim como as disfunções que acometem um bom funcionamento dos pulmões.
Objetivos
Esclarecer o exame físico do tórax;

Descrever como verificar os sinais vitais (temperatura, frequência cardíaca e respiratória e verificação da pressão
arterial);

Analisar o tipo de padrão e ritmos respiratórios, assim com as disfunções que acometem o bom funcionamento dos
pulmões.

Sinais vitais

 Fonte: Shutterstock

Os sinais vitais são medidas básicas do corpo humano que indicam o funcionamento de órgãos específicos, principalmente o
coração e os pulmões, assim como o funcionamento de todos os sistemas corporais. É através do monitoramento desses
sinais que conseguimos identificar problemas fisiológicos e fazer o acompanhamento de respostas a determinados tipos de
tratamentos.

A determinação dos sinais vitais se dá através da verificação da pressão arterial, pulso (verificando a frequência cardíaca),
respiração (verificando a frequência respiratória) e a temperatura corpórea. Vale ressaltar que, em algumas referências
bibliográficas, a avaliação da dor também é vista como um sinal vital; no entanto, já comentamos sobre esse tipo de avaliação
em aulas anteriores.

Pressão Arterial (PA)


A pressão arterial é caracterizada pela força que o sangue exerce nas paredes dos vasos sanguíneos, sendo de suma
importância a sua verificação para a determinação de um aumento (hipertensão) ou diminuição (hipotensão). A elevação
excessiva da pressão arterial pode indicar um quadro de crise hipertensiva capaz de levar a graves problemas, como por
exemplo um derrame. Já a diminuição brusca pode indicar um quadro de hipotensão, representando, por exemplo, um quadro
de choque hipovolêmico.

Antes de verificarmos ou aferirmos a pressão arterial do paciente, devemos fazer algumas perguntas para ele, tais como:

- O(A) senhor(a) bebeu café ou fumou há menos de 30


minutos antes desse atendimento?

- O(A) senhor(a) praticou atividade física há menos de 60


minutos antes desse atendimento?

- O(A) senhor(a) está com vontade de urinar?

- O(A) senhor(a) está sentindo alguma dor neste momento?

Fonte: Shutterstock
Caso a resposta para essas perguntas seja negativa, devemos aferir a
pressão do paciente normalmente. No entanto, caso alguma dessas
respostas seja positiva, devemos ter em mente que o resultado da aferição
poderá ser alterado.

Para que possamos verificar a pressão do paciente, o braço


dele deverá estar livre de roupas, não podendo ter a
presença de nenhuma fístula ou de edema. Também deverá
estar apoiado em uma superfície, na altura do coração, com
o paciente estando preferencialmente sentado ou deitado
em decúbito dorsal e com a palma da mão voltada para
cima.

As determinações da pressão consistem na verificação da


pressão arterial sistólica (PAS - pressão máxima) e da
diastólica (PAD - pressão mínima), fazendo a utilização de
dois equipamentos: o estetoscópio e o esfigmomanômetro.

Fonte: Shutterstock

De acordo com a sétima diretriz brasileira de hipertensão arterial de 2016, elaborada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia -
SCB, as recomendações para a realização correta de uma aferição da pressão arterial do paciente são:

01 Determinar a circunferência do braço no ponto médio entre o acrômio e o olecrano do paciente;

02 Selecionar o manguito de tamanho adequado ao braço. Para isso, devemos respeitar a tabela a seguir:
 Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC, 2016.

Colocar o manguito do aparelho de PA, nem muito apertado nem muito frouxo, de dois a três dedos acima da interlinha
03 articular do cotovelo;

04 Colocar a marcação do manguito (no qual está escrito “artéria”) sobre a artéria braquial;

Achar a pulsação da artéria braquial medialmente ao tendão do bíceps e colocar a campânula do estetoscópio acima,
05 sem comprimir excessivamente;

Começar a apertar a pera do aparelho de PA, inflando rapidamente até chegar entre 20 e 30 mmHg; Proceder à
06 deflação, bem devagar;

Verificar primeiro a pressão arterial sistólica (PAS) pela ausculta do primeiro som “tum”, que representa a primeira fase
07 de Korotkoff;

Em seguida, verificar a pressão arterial diastólica (PAD) no desaparecimento do último som “tum”, que representa a
08 quinta fase de Korotkof;

Medir a pressão arterial nos dois braços na primeira consulta com o paciente e usar o maior valor da pressão como
09 referência;

10 Sempre informar ao paciente o valor da sua pressão.

De acordo com o Caderno de Atenção Básica n. 37 do Ministério da Saúde, utilizamos como referenciais as seguintes
medições:
1 2

Hipotensão Normotensão
inferior a 100 x 60 mmHg; 120 x 80 mmHg;

3 4

Hipertensão limite Hipertensão moderada


140 x 90 mmHg; 160 x 100 mmHg;

5 6

Hipertensão grave Convergente


superior a 180 x 110 mmHg; a sistólica e a diastólica se aproximam;

Divergente
a sistólica e a diastólica se afastam.
 Fonte: Msd Manuals

Pulso - Verificação da frequência cardíaca (FC)


A verificação do pulso ou frequência respiratória nada mais é do que verificar quantas batidas o coração deu em um minuto.
Essa verificação pode ser feita através da ausculta cardíaca, na qual o fisioterapeuta colocará o estetoscópio no tórax do
paciente (apical) e contará quantas batidas ouvirá em um minuto.

Também podemos verificar a pulsação através do pulso carotídeo, femoral e braquial com a utilização do segundo e do terceiro
dedo.

Atenção
Não se deve realizar a verificação da pulsação com o dedo polegar, pois este tem sua pulsação própria, podendo causar
confusão em sua medição. No entanto, a verificação da pulsação normalmente é realizada através da palpação da artéria
radial.

A unidade de medidas utilizada nessa verificação é o batimento por minuto (bpm), e o padrão de normalidade estabelecido pela
SBC fica entre:

Bebês menores de um Crianças de um a 10 Adolescentes e adultos


ano anos de idade De 60 a 100 bpm;
De 100 a 160 bpm; De 80 a 120 bpm;

Atletas Idosos
De 40 a 60 bpm; De 50 a 60 bpm.

O ritmo da frequência cardíaca poderá ser classificado de


três formas: rítmico (quando há intervalos iguais entre os
batimentos), arrítmico (quando há uma desigualdade entre
os intervalos dos batimentos) e discrótico (quando há a
impressão de dois batimentos). Podemos classificá-los
ainda como normocárdico (frequência cardíaca normal),
taquicardia (frequência cardíaca alta) e bradicardia
(frequência cardíaca baixa).

Fonte: Educar Saúde

Respiração - Frequência respiratória (FR)


A verificação da frequência respiratória do paciente serve para avaliar o número de vezes que ocorre a respiração por minuto,
contando os movimentos de expansão e retração torácica e abdominal. Com essa avaliação, é possível verificar problemas não
só respiratórios como também hemodinâmicos. A unidade de medidas utilizada nessa verificação é: incursões respiratórias por
minuto (irpm).

Para podermos verificar a frequência respiratória do paciente, é necessário


que ele esteja sentado ou em decúbito dorsal sem estar com as pernas
cruzadas. No entanto, devemos ressaltar que alguns fatores podem afetar a
frequência respiratória, tais como: exercícios físicos, tabagismo, lesões
neurológicas, presença de dor aguda, posicionamento corporal, ansiedade e
algumas medicações.

Os valores de normalidade na verificação da frequência respiratória estão presentes na tabela a seguir.


 Fonte: SMELTZER et al (2012); SWARTZ (2006).

Com relação à terminologia, ou seja, ritmos respiratórios utilizados a partir da verificação da frequência respiratória normal ou
com alterações, podemos destacar:

Apneia: caracteriza a ausência de movimentos respiratórios;

Eupneia: caracterizado pelos movimentos respiratórios normais;

Dispneia: presença de dificuldade para respirar;

Bradpneia: diminuição da frequência respiratória;

Taquipneia: aumento dos movimentos respiratórios;

Ortopneia: dificuldade do paciente de respirar, exceto com o tórax ereto;

Hiperpneia ou hiperventilação: frequência e/ou amplitude aumentada dos movimentos respiratórios;

Cheyne-stoke: caracterizada por uma fase de apneia seguida de inspirações cada vez mais profundas e rápidas até atingir
o ponto máximo, para depois vir declinando até nova apneia;

Kusmaul: caracterizada pela respiração rápida, sem pausas, sendo geralmente forçada, parecendo com suspiros;

Biot: caracterizada por apneia seguida de movimentos respiratórios superficiais por cerca de três ciclos.

Atenção
Devemos observar ainda a presença de tiragem intercostal, que é caracterizada pelo esforço respiratório com a presença da
retração dos espaços intercostais, supraclavicular e supraesternal. Também devemos observar o uso da musculatura
acessória, com o esforço grave do músculo esternocleidomastoideo e escalenos e presença de batimentos de asa de nariz.

Temperatura corporal
A verificação da temperatura corporal nada mais é do que medir o calor do nosso corpo, sendo esta temperatura
frequentemente menor no período da manhã do que à tarde. Porém, alguns fatores podem alterar a temperatura corporal do
seu paciente, como por exemplo a prática de atividades físicas, distúrbios na tireoide, fatores emocionais, temperaturas
ambientais, algumas doenças, período ovulativo, menopausa, traumas e o uso de certos tipos de medicamentos.

Para fazermos a medição da temperatura, é necessário o paciente estar em


repouso e utilizarmos o termômetro, sendo o de vidro do tipo digital o mais
comum. Basta colocarmos a ponta de metal em contato com a pele da axila,
região anal ou boca do paciente e esperarmos por cerca de três minutos ou
esperarmos o sinal sonoro do equipamento apitar.

Outro tipo de termômetro vem sendo muito utilizado nos períodos de pandemia, justamente por não entrar em contato direto
com o paciente, que são os termômetros de infravermelho. Para verificarmos a temperatura, basta apontarmos o termômetro
para a testa do paciente e apertarmos o botão, que logo após a verificação o aparelho emitirá um apito sonoro mostrando a
temperatura.

Atenção
Antigamente fazíamos o uso do termômetro de mercúrio; no entanto, devido ao fato de o descarte do mercúrio não ser feito de
forma correta quando este quebrava, contaminando assim o meio ambiente, a Anvisa proibiu sua comercialização.

Os valores de temperatura e as terminologias utilizadas são:

Hipotermia: temperatura abaixo de 35°;


Normotérmico/apirexia: temperatura normal, entre 36°
e 37,5°;
Febre: temperatura acima do normal, entre 37,6° e 39°;
Febre alta: temperatura elevada, entre 39° e 40°;
Hipertermia: temperatura muito elevada, acima dos  Termômetro digital | Fonte:  Termômetro de infravermelho |
Shutterstock Fonte: Shutterstock
40°.

Tipos de tórax

Nesta avaliação, observamos se o tórax do paciente apresenta algum tipo de deformidade que possa agravar seu quadro
respiratório, levando por exemplo à diminuição da expansibilidade torácica. Podemos destacar alguns tipos:

Clique nos botões para ver as informações.


Tórax chato ou plano 

Dito como o tórax normal, no qual a parede anterior perde a


convexidade.

Fonte: Slide Player

Tórax globoso ou em tonel (barril) 

Todo arredondado, perdendo os contornos e ficando


hiperinsuflado. Normalmente encontrado em pessoas
obesas ou idosas.

Fonte: Slide Share

Tórax pectus excavatum (ou em sapateiro) 


Observa-se uma depressão na parte inferior do tórax (tórax
para dentro). Muito comum em pacientes enfisematosos.

Fonte: Correa Lima Saúde

Pectus carinatum (cariniforme) 

Também conhecido como peito de pombo. O osso esterno


fica proeminente, e as costelas, horizontalizadas. Comum
em pacientes asmáticos, com bronquites, havendo
hiperinsuflação da parte apical do tórax.

Fonte: Correa Lima Saúde

Cônico ou em sino 
A parte basal do tórax é exageradamente mais larga.

Fonte: Slide Player

Cirtometria torácica
A cirtometria torácica é um exame simples, porém confiável, no qual se faz a avaliação quantitativa da mobilidade torácica,
achando assim o coeficiente respiratório (CR). Esse coeficiente é encontrado através da medição do perímetro torácico da
média de duas inspirações máximas, seguidas de duas expirações máximas, fazendo o uso de uma fita métrica. Após essas
duas medições, conferimos a perimetria torácica na respiração normal.

Essas medições são realizadas em locais específicos do tórax, que são:


1 2

Região axilar; Região do processo xifoide;

Região basal.
 Fonte: Fisioterapia Estudantes

Atividades
1. No exame físico de J.P., sexo feminino, 31 anos de idade, verificaram-se os seguintes sinais vitais: temperatura axilar de
36ºC; respiração regular com 24 incursões por minuto; pulso radial de 68 batimentos por minuto; pressão sistólica de 115
mmHg e diastólica de 75 mmHg.

Nesse caso, o fisioterapeuta identifica que a mulher apresenta:

a) Pressão arterial limítrofe


b) Padrão respiratório de Biot
c) Bradicardia
d) Taquipneia
e) Hipotermia

2. Para a aferição da pressão arterial, o paciente deve estar:

a) Em decúbito dorsal, com as pernas descruzadas, os pés justapostos e os braços estendidos junto ao tronco.
b) Sentado, com as pernas relaxadas, o dorso recostado na cadeira e relaxado, com o braço abaixo da altura do coração.
c) Sentado, com as pernas descruzadas, os pés apoiados no chão, o dorso recostado na cadeira e relaxado.
d) Em qualquer posição, desde que livre de roupas nos membros superiores.
e) Sentado e relaxado, não importando a posição das pernas.

3. Em situações de urgência e emergência, uma das ações do profissional de saúde deve ser a verificação dos sinais vitais da
vítima. Quanto aos parâmetros considerados sinais vitais, assinale alternativa correta:

a) Temperatura corporal, pulso, frequência respiratória e pressão arterial.


b) Temperatura corporal, pulso, transpiração, respiração e pressão arterial.
c) Temperatura corporal, pulso, dilatação pupilar, respiração e pressão arterial.
d) Temperatura corporal, força muscular, pulso, respiração e pressão arterial.
e) Mobilidade, temperatura corporal, pulso, respiração e pressão arterial.

4. Em um exame físico, quais são os tipos de tórax que podemos avaliar no paciente?

5. A avaliação da amplitude torácica para acharmos o coeficiente respiratório denomina-se:

a) Goniometria
b) Cirtometria
c) Perimetria
d) Cistometria
e) Pedometria
Notas

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Referências
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BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da
pessoa com doença crônica hipertensão arterial sistêmica. Cadernos de Atenção Primária, n. 37. Brasília: Ministério da Saúde,
2013.

CONCEIÇÃO, Fátima Figueiredo. Avaliação Cinético-Funcional. 1. ed. Rio de Janeiro: SESES - Universidade Estácio de Sá, 2016.
Disponível em: http://portaldoaluno.webaula.com.br//repositorio/LD153.pdf. Acesso em: 7 ago. 2020.

PEDRINI, Aline et al. Fitoterapia e pesquisa. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-


29502013000400012. Acesso em: 7 ago. 2020.

PEREIRA, Francisco G. F. et al. Construção de um aplicativo digital para o ensino de sinais vitais. Disponível em:
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&nrm=iso&lng=pt&tlng=pt&pid=S1983-14472016000200414. Acesso em: 7
ago. 2020.

SBC. Sociedade Brasileira de Cardiologia. 7ª Diretriz brasileira de hipertensão arterial. Revista da sociedade brasileira de
cardiologia, set. 2016, 107(3).

SMELTZER, S. C. et al. Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.

SWARTZ, M.H. Tratado de Semiologia Médica. 5. ed. Monções: Elsevier, 2006.

TAVARES, Adriana B. et al. Fisioterapia respiratória não altera agudamente os parâmetros fisiológicos ou os níveis de dor em
prematuros com síndrome do desconforto respiratório internados em unidade de terapia intensiva. Disponível em:
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-29502019000400373. Acesso em: 7 ago. 2020.

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