Benefícios e Limitações Do Uso Na

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HIALURONIDASE: BENEFÍCIOS E LIMITAÇÕES DO USO NA

PRÁTICA MEDICINA ESTÉTICA

Tyburcyo Brenno Lopes Carrilho Alves¹, Brenda Dandhara Lopes Carrilho Alves¹,
Jennifer Fortes da Silva Martins¹, Miryan Cristina Salomão Ferreira¹, Nadjanara
Mendes de Oliveira¹, Pablo Jose Custodio Bezerra da Silva¹ e Cydia de Menezes
Furtado²

1. Centro Universitário Uninorte (UNINORTE), Rio Branco, Acre, Brasil;


2. Universidade Federal do Acre (UFAC), Centro de ciências da Saúde e do Desporto, Rio Branco,
Acre, Brasil.

RESUMO
Com o aumento de procedimentos relacionados aos preenchedores, em especial o Ácido
Hialurônico, foi observado um aumento diretamente proporcional ao número efeitos
colaterais indesejáveis e até mesmo graves – Havendo necessidade de uma substância que
contorne tais efeitos e, para o tal, é utilizado uma enzima de grande interesse chamada de
hialuronidase. Este trabalho objetiva apresentar, através de uma revisão de literatura sobre
a importância da hialuronidase na prática clínica da medicina estética, trazendo seus
principais benefícios e limitações. O estudo foi realizado através de uma pesquisa de revisão
sistemática de literatura, através de pesquisa de bibliografias. A ação benéfica fica clara no
aspecto de controle da ação do ácido hialurônico, e também de reversão nos efeitos
adversos indesejáveis já mencionados – Tendo nesta enzima um tratamento de bom custo
benefício e efetividade aferida. Quanto os malefícios, não são nítidos desde que respeitado
um consenso de dosagem mínima da substância (até para prevenção de excessos da ação
da própria enzima sob os tecidos saudáveis). De acordo com os estudos analisados, fica
evidente que a Hialuronidase, melhora o desempenho de procedimentos de aplicação do
ácido hialurônico, seja por meio da correção de possíveis excessos de ação do AH, quanto
de restrição da área de ação do preenchedor.
Palavras-Chave: Hialuronidase, Benefícios, Limitações, Preenchimento-Facial e Ácido
Hialurônico.

ABSTRACT
With the increase in procedures related to fillers, especially Hyaluronic Acid, an increase was
directly proportional to the number of undesirable and even serious side effects - If there is
a need for a substance to circumvent such effects, an enzyme is used for this. of great
interest called hyaluronidase. This work aims to present, through a literature review on the

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importance of hyaluronidase in the clinical practice of aesthetic medicine, bringing its main
benefits and limitations. The study was conducted through a sistematic literature review
research, through a search of bibliographies. The beneficial action is clear in the aspect of
control of the action of hyaluronic acid, and also of reversion in the undesirable adverse
effects already mentioned - Having in this enzyme a treatment of good cost benefit and
measured effectiveness. As for the harm, they are not clear as long as a consensus of
minimum dosage of the substance is respected (even to prevent excesses from the action of
the enzyme itself under healthy tissues). According to the studies analyzed, it is evident that
Hyaluronidase improves the performance of procedures for the application of hyaluronic acid,
either by correcting possible excesses of action of HA, or by restricting the area of action of
the filler.
Keywords: Hyaluronidase, Benefits, Limitations, Facial Fill and Hyaluronic Acid.

1. INTRODUÇÃO

A última década marcou o crescimento exponencial do ramo da estética, tendo nos


procedimentos não cirúrgicos, especialmente o rejuvenescimento facial, um aumento
expressivo em suas realizações ao longo de todo o mundo – Como protagonista desta
classe está a injeção de toxina botulínica e a aplicação de preenchedores teciduais ou
cutâneos (COUTINHO, 2011).
Estudos apontam que procedimentos de preenchimento cutâneo são um dos mais
realizados no mundo inteiro. São uma opção de intervenção não cirúrgica para tratar
cicatrizes, alterações nos volumes teciduais, rugas e melhora do contorno facial, e isto é
justificado cada vez mais pelo envelhecimento precoce da população (HABRE et al., 2016).
Este envelhecimento precoce, em especial dos tecidos da face é caracterizado
principalmente pelo decaimento da espessura e elasticidade da pele, seguidos da redução
da absorção de gorduras e reabsorção da matriz óssea craniofacial, bem como da
diminuição da aderência da pele e do tecido subcutâneo, o que é comprovado por estudos
de dissecação de cadáveres (BALLIN et al., 2015).
Os preenchedores cutâneos podem ser utilizados para o contorno facial, e no
preenchimento de sítios anatômicos específicos como os lábios - local de maior interesse
por aplicações – e para garantir o efeito desejado é necessário que o preenchedor possua
características próprias: Segurança, custo, hipoalergênico, fácil armazenamento e
distribuição, procedimento de curta duração, injeção não dolorosa e que não requisite de
rastreio para alergias (CHENG et al., 2016).

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Dentre estes preenchedores o ácido hialurônico (AH) é uma das substâncias de maior
destaque em relevância as boas características já observadas: como estabilidade e “custo
x benefício”, sendo abordado como padrão outro para tratamento estético de rugas e afins,
com utilização ampla no mundo todo e com índices crescentes de utilização ao longo dos
anos (BERNARDES et al., 2018).
A ampla utilização de preenchedores, em especial o AH é acompanhada de efeitos
adversos que podem interferir no efeito desejado do procedimento, e para corrigir ou evitar
tais problemas, a enzima hialuronidase é amplamente usada na prática dermatológica e
esteta para estes fins (LEE et al., 2010).
Com base nestas informações, é necessário questionar sobre qual a relevância da
hialuronidase e quais os benefícios e limitações de seu uso na prática da medicina estética?
Este trabalho objetivou apresentar, através de uma revisão sistemática sobre a
importância da hialuronidase na prática clínica da medicina estética, trazendo seus
principais benefícios e limitações.

2. MATERIAIS E MÉTODO

O estudo foi realizado através de uma pesquisa de revisão de literatura sistemática,


através de pesquisa de bibliografias descritiva e analítica, com o objetivo de estudar a
enzima hialuronidase, aceca de seus benefícios e limitações do uso na prática medicina
estética.
A busca pelos artigos se deu em duas plataformas cientificas: PubMed e Google
Acadêmico, os quais foram identificados pelos seguintes descritores: Hialuronidase;
Preenchimento-Facial e Ácido Hialurônico. Foram selecionados artigos publicados em inglês
e português no período de 2010 a 2021 nesta revisão.
Os critérios de inclusão dos artigos foram estudos sobre a hialuronidase e que se
utilizou somente para fins de tratamento humano, clínicos ou estéticos. Quanto aos critérios
de exclusão, os artigos considerados inadequados foram aqueles que a enzima sem
correlação com fins estéticos ou clínicos, e estudos que não apresentassem correlação da
hialuronidase com o ácido hialurônico.
Os artigos foram sistematizados no programa Google Sheets, para agrupamento das
informações quanto aos autores, ano, abordagem de uso da enzima: clínico ou estético,

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benefícios, limitações e plataforma de publicação. Posteriormente essas informações foram
apresentadas no corpo do texto contento as informações referentes ao tema.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os dados reportados mediante a pesquisa apresentados nas bases de dados,


compuseram um total de 5.007 artigos encontrados no total em conformidade aos
descritores e períodos estabelecidos, sendo 2.370 da plataforma google acadêmico e 2.637
do PubMed. Destes, foram filtrados pela relevância 60 artigos para leitura do título e
verificação de duplicidade, permanecendo aqueles que melhor se enquadrem no tema
abordado.
Após a leitura do resumo apenas 28 artigos permaneceram para a análise detalhada,
sendo destes 17 referentes à hialuronidase – Sendo dois da base PubMed e quinze obtidos
na plataforma Google Acadêmico. Conforme apontado na figura 1.

Figura 1. Fluxograma de seleção dos artigos sobre a hialuronidase no uso da medicina


esteta.

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Após o levantamento dos dados e posterior leitura dos artigos selecionados, foi
realizado uma investigação crítica quanto ao tema nos artigos e extraídas as devidas
informações acerta da hialuronidase: seus benefícios e limitações de uso. Para isso foi
necessário compreender primariamente a ação desta enzima.
Com o aumento de procedimentos relacionados aos preenchedores, em especial o
AH, é observado um aumento diretamente proporcional ao número efeitos colaterais
indesejáveis e até mesmo graves – E apesar da grande maioria destes efeitos não estar
relacionado com deformidades estéticas, em alguns casos de maior intensidade se vê
necessário uma terapia incisiva e direta afim de parar a ação do Ácido Hialurônico (DE
ALMEIDA; SALIBA, 2015).
Para isso, é utilizado uma enzima de grande interesse chamada de hialuronidase,
que nada mais é que uma antagonista da ação do ácido hialurônico, que assim como o tal,
existe na própria derme e funciona por despolimerização do AH – Sendo uma associação
de carboidratos de cadeias longas com proteínas (mucopolissacarídeo) que compõem a
matriz extracelular, e uma das substâncias que auxilia no processo de adesão celular
(BORDON, 2012).
Há uma relação de balanço entre o Ácido Hialurônico e a Hialuronidase (HIAL) no
corpo humano naturalmente, ocorrendo que a enzima HIAL realiza uma hidrolisa (remove
moléculas de água) nos dissacarídeos que compõem o AH, especialmente na ligação
hexosamina beta 1-4, que resulta tanto na formação de oligossacarídeos ou até mesmo
outros polímeros – Tendo no uso estético o mesmo princípio, porem direcionado as
especificidades do procedimento (BUHREN et al., 2016).
Quanto ao funcionamento desta enzima, ela tende a diminuir a viscosidade entre as
células, o que promove uma elevação do temporária da permeabilidade celular e absorção
tecidual – atua como uma das quatro glicosaminoglicanas que constituem o tecido da derme
– Em termos da terapia, possui três usos comprovados pela FDA (Food and Drug
Administration) agência reguladora de fármacos nos Estados Unidos (LEE et al., 2010).
Estes usos para hialuronidase são conhecidos para: I. Substância auxiliadora
(adjuvante) que eleva a absorção e difusão de fármacos injetáveis – Comumente utilizado
pela clínica para bloquear anestésicos retrobulbares em cirurgias oculares; II. Método
alternativo de administrar medicações na via subcutânea (hipodermóclise); III. Auxilia na
reabsorção de substâncias radiopacas em casos de urografia subcutânea (BALASSIANO;
BRAVO, 2014).

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Quanto ao uso estético desta substância, a FDA à classifica em forma de off-label,
ou seja, “uso não descrito”, a hialuronidase separa a molécula de ácido hialurônico por meio
do processo de hidrólise – Ela é produzida e extraída de testículos bovinos e ovinos, além
de já haver pesquisas para formulação de uma enzima recombinante (BALLIN et al., 2015).
Uma das apresentações farmacêuticas mais comum no país da hialuronidase é de
Hyalozima e está registrada na Agência Brasileira de Vigilância Sanitária (ANVISA) por meio
do registro 101180012. Atualmente o registro encontra-se vencido desde 2017, mas o uso
em humanos não apresenta malefícios notáveis (FURTADO et al., 2020).
Beneficamente os relatos apontam que o uso da hialuronidase na estética forma uma
via de controle e de regulação dos procedimentos de preenchimento volumofacial pelo AH,
o que a torna como uma substância de importância clínica na área da dermatologia e
estética em situações como Overcorrection (excesso de dose de AH), local errado de
aplicação, nódulos, assimetrias e o efeito Tyndall (NERI et al., 2013).
Os primeiros estudos sobre a hialuronidase para overcorrection surgiram por volta de
2004 em foram utilizadas doses pequenas da substância em nódulos decorrentes da
aplicação de AH e, mesmo após cinco anos do procedimento de preenchimento, houve
regressão dos nódulos após uma semana da aplicação da hialuronidase (LEE et al., 2010).
O uso da hialuronidase combinado com outras fármacos tais quais lidocaína e
epinefrina potencializam a ação de regressão dos nódulos que foram formados em
decorrência do excesso da substância preenchedora, ocasionando em uma melhora do
nódulo em menos de 24 horas em cerca de 90% (WOHLRAB et al., 2012).
Além disso, há efetividade contra o efeito Tyndall, que nada mais é que um efeito
adverso tardio em decorrência da aplicação do AH em que ocorrem a formação de nódulos
azurófilos bem característicos – Com doses mais altas de hialuronidase também foi possível
a redução destes nódulos, variando o efeito entre 12 e 24 horas (GUTMANN; DUTRA, 2018).
A ação benéfica fica clara no aspecto de controle da ação do ácido hialurônico, e
também de reversão nos efeitos adversos indesejáveis já mencionados – Tendo nesta
enzima um tratamento de bom custo benefício e efetividade aferida (DE AQUINO et al.,
2020).
Quanto os malefícios, não são nítidos desde que respeitado um consenso de
dosagem mínima da substância (até para prevenção de excessos da ação da própria enzima
sob os tecidos saudáveis) – sendo este consenso em torno de uma dosagem considerada
padrão de 05 a 75 UI (Unidades Internacionais) e as dosagens que ainda podem variar de

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150 a 200 UI para cada 1mL de AH utilizado no preenchimento (BALASSIANO; BRAVO,
2014).
Ainda é necessário levar em consideração a concentração enzimática presente no
produto aplicado, seja do preenchedor, quanto da hialuronidase – O que varia de fabricante
para fabricante – Portanto, as duas devem ser diretamente proporcionais para obtenção do
efeito de regressão nodular (TRINDADE et al., 2020).
Alguns achados demonstram sensibilidade local e presença de prurido temporário, e
menos de 0,1% dos pacientes tratados apresentam angioedema e urticária – Reações
anafiláticas são pouco comuns, mas os testes de inoculação intradérmica podem ser
indicados a depender do fabricante da hialuronidase (KIM et al., 2011).

4. CONCLUSÃO

De acordo com os estudos analisados fica evidente que a Hialuronidase melhora o


desempenho de procedimentos de aplicação do ácido hialurônico, seja por meio da correção
de possíveis excessos de ação do AH, quanto de restrição da área de ação do preenchedor.
Em termos de limitações, apesar do uso estético ser considerado off-label pela FDA,
não são apresentados dados que corroborem em efeitos prejudiciais da técnica, pelo
contrário, é apresentado um fármaco de excelente opção clínica.

5. REFERÊNCIAS

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dermatologista que aplica ácido hialurônico injetável. Surgical & cosmetic dermatology,
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Literatura. Revista saúde em foco, v. 10, p. 603-612, 2018.
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BUHREN, B. A.; et al. Hyaluronidase: from clinical applications to molecular and cellular
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