Haccp
Haccp
Haccp
DE
IRRADIADOS
BRASIL
So Paulo
2004
39.5
ipen
INSTITUTO DE P E S Q U I S A S E N E R G T I C A S E N U C L E A R E S
Autarquia Associada Universidade de So Paulo
A N A L I S E DE P E R I C O S E P O N T O S C R T I C O S DE C O N T R O L E
PARA A L I M E N T O S I R R A D I A D O S NO B R A S I L
M A R I A DE FATIMA G U E R R A B O A R A T T I
SAO PAULO
2004
Aos
Pedro
Geraldo
Thereza
&.
carinho
mim
meus
Pais,
Maria
Boaratti
Boaratti,
e exemplo
pelo
de
amor,
educao
apresentado.
E em especial
aos meus
Vincius
Boaratti
Stephanie
Ciarlariello
compreenso
todo o
projeto.
Ciarlariello
pelo
estmulo
filhos:
e
carinho,
durante
in
Agradecimentos
IV
RESUMO
As doenas transmitidas por alimentos, em particular infeces gastro intestinais,
representam um grupo de patologias com um forte impacto negativo na sade da
populao. Pouca considerao dada para tal condio, uma vez que os sintomas so
frequentemente moderados e limitados ao indivduo. Isto conduz a sub estimar a sua
importncia e acarretando para prticas incorretas durante a preparao e a preservao
de alimentos, resultando em freqente ocorrncia de casos envolvendo grupos de
nmeros variados de consumidores.
Apesar de esforos substanciais para reduo da contaminao, uma tendncia ao
aumento no nmero de casos de doenas veiculadas por alimentos causadas por bactria
patognica no esporulada so registrados em muitos pases. Boas prticas de higiene
podem reduzir o nvel de contaminao, mas o patgeno mais importante pode no ser
eliminado pelo processamento primrio, particularmente proveniente de alimentos que
so vendidos crus. Existem vrios mtodos de descontaminao, mas o tratamento mais
verstil entre todos o processo de radiao ionizante.
O APPCC (Anlise de Perigos e Pontos Crticos de Controle) o sistema de
gerenciamento
estocveis. Assim como deveria ser considerado como um CCP (ponto critico de
controle) na cadeia alimentar. Ento os benefcios potenciais da irradiao, que
endossada por organismos internacionais e nacionais, merecem srias consideraes pelas
autoridades de sade pblica, indstrias e grupos de consumidores mundiais.
Para tal. o sistema APPCC e irradiao primordial de forma que a segurana
alimentar mantida se os processos forem aplicados corretamente.
VI
ABSTRACT
vri
VIII
SUMARIO
ITEM
CONTEDO
PGINA
AGRADECIMENTOS
II
RESUMO
IV
ABSTRACT
VI
SUMRIO
VIII
LISTA DE TABELAS
XIII
LISTA DE FIGURAS
XIII
INTRODUO
Consideraes gerais
1.2
OBJETIVO
01
01
05
REVISO DA LITERATURA
06
2.1
Alimentos
06
2.2
08
2.3
12
2.3.1
12
2.3.2.
14
2.4
16
2.4.1
17
2.4.2
18
2.4.3
20
2.4.3.1
21
ITEM
CONTEDO
PGINA
2.4.3.2
Avaliao da severidade
22
2.4.3.3
Avaliao do risco
23
2.4.4
Perigos
24
2.4.4.1
Perigos biolgicos
24
2.4.4.2
Perigos qumicos
25
2.4.4.3
Perigos fsicos
26
2.4.5
26
2.4.5.1
26
2.4.5.2
Descrever o alimento
27
2.4.5.3
2.4.5.4.
28
2.4.5.5.
Verificar o luxograma
28
2.4.6.
Os sete princpios
28
2.4.6.1
29
2.4.6.2.
29
2.4.6.3
30
2.4.6.4.
30
2.4.6.5.
31
2.4.6.6.
Principio 6: verilcao
32
2.4.6.7.
2.5
35
ITEM
CONTEDO
PGINA
2.5.1
Histrico
35
2.5.2
Tcnicas
38
2.5.2.1
Radapertizao
38
2.5.2.2
Radiciao
38
2.5.2..'i
Radurizao
38
2.5.3
40
2.5.4
40
2.5.4.1
41
2.5.4.2
Influncia do oxignio
42
2.5.4.3
Influncia da temperatura
42
2.5.4.4
Efeitos da diluio
43
2.5.4.5
43
2.5.5
44
2.5.6.
45
2.5.6.1
45
2.5.6.1.1
45
2.5.6.1.2.
47
2.5.6.2.
2.5.6.2.1
Preservao
51
2.5.6.2.2.
Desinfestao
54
2.5.7
55
ITEM
CONTEDO
PAGINA
2.5.7.1
Carboidratos
55
2.5.7.2
56
2.5.7.2.1
56
2.5.7.2.2
58
2.5.7.3
Lipdeos
59
2.5.7.4
Vitaminas
60
2.5.7.4.1
Vitaminas hidrossolveis
60
2.5.7.4.2
Vitaminas lipossolveis
61
2.5.8
61
2.5.9
63
2.5.9.1
63
2.5.9.2
Irradiadores comerciais
64
2.5.9.3
68
2.6
73
2.6.1
73
2.6.2
74
2.7
76
j.
MTODOS
77
3.1.
80
3.2
Estabelecimento
de
parmetros definidos
procedimentos
de
obedincia
aos 80
XII
ITEM
CONTEDO
PAGINA
81
3.4.
para elaborao de
da proposta de
86
86
86
Transporte e armazenagem
87
Formulrios
87
87
COMENTRIOS
98
CONCLUSO
101
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
102
3.4.1
3.4.2
3.4.3
3.4.4
3.4.5
4
5.
6.
XIII
LISTA DE TABELAS
ITEM
CONTEDO
PGINA
Tabela 1
39
Tabela 2
53
Tabela 3
63
Tabela 4
, . ,
j - ~ i r
.
Legislao para irradiao de aumentos
71
Tabela 5
72
Tabela 6
75
LISTA DE FIGURAS
ITEM
CONTEDO
Figura I
Figura 2
Figura 3
Figura 4
Figura 5
PGINA
IPEN- 68
70
1 - INTRODUO
"Todas as pessoas tem o direito de esperar que os alimentos que iro consumir
sejam incuos e aptos para o consumo. As enfermidades e os danos provocados por
alimentos so, no melhor dos casos, desagradveis e no pior podem ser fatais. Mas h ,
alm disso, outras consequncias : os surtos de enfermidades transmitidas pelos alimentos
podem prejudicar o comrcio e o turismo e provocar absentesmo, desemprego e questes
judiciais. A deteriorao dos alimentos ocasionam perdas, custosa e pode interferir
negativamente no comrcio e na confiana dos consumidores" Assim como o Codex
Alimentarius inicia sua introduo aos Princpios Gerais de Higiene dos Alimentos
(CODEX. 1997).
O consumidor quer produtos incuos com garantia demonstrvel dessa inocuidade.
E. por que se exige isso dos alimentos? A razo simples: os alimentos oferecem riscos
potenciais para a sade. E a inocuidade, a meta a ser alcanada, por meio da reduo dos
riscos potenciais, tanto quanto o conhecimento cientfico e tecnolgico o permita.
" A segurana microbiolgica dos produtos tem recebido ateno de regulamentos,
consumidores, pesquisadores e mdia, assim como, com base no enorme potencial para
Irradiao de Alimentos no Brasil" (Villavicencio,2000) . 0 processo de irradiao pode ser
usado como um valioso mtodo de preservao dos alimentos. Sendo assim,
quando usada em conjunto com
irradiao
alimentos.
Porm, o p r o c e s s a m e n t o de a l i m e n t o s i r r a d i a d o s m e r e c e a t e n o e s p e c i a l ,
este
conjunto
de
mtodos
Dissertao de Mestrado.
aplicao de princpios tcnicos e cientficos de preveno, que tem por finalidade garantir
a inocuidade dos processos de produo, manipulao, transporte, distribuio e consumo
dos alimentos (CODEX. 1997; FAO. 1998; Price. 1997; Baker. 1995)
APPCC um conceito de segurana, cobrindo ou controlando todos os tipos de
fatores de risco ou perigos potenciais capazes de prejudicar a qualidade dos alimentos no
como um sistema efetivo de controle. Tal sistema tem passado por considerveis anlises,
refinamentos e exames (Whiting et al.l 997).
Ento o sistema de APPCC prev uma avaliao tcnica minuciosa do produto e do
processo de produo para detectar possveis pontos de contaminao e control-los. A
implantao de um sistema de APPCC pressupe o cumprimento de determinadas regras,
que foram baseadas em pesquisas e documentadas para utilizao das indstrias
(Mortimore.1999 ; Todd. 1996).
A irradiao pode ser considerada o processo mais eficiente atualmente, pelo qual
pode-se ter um produto, do tipo carne crua, sem o perigo de carregar alguns patgenos.
Este o nico modo que. segundo o Codex Alimentarius. garante uma carne fresca sem
certos perigos. O processo de irradiao est ganhando muito espao em carnes de aves,
em carnes de sunos e em carnes de bovinos, no mundo. Porm, cabe ressaltar que a
qualidade do produto antes do processo de irradiao deve ser comprovada. Uma vez que a
irradiao no transformar um produto condenado em produto so.
No caso do Sistema APPCC associado ao uso da irradiao, no h registro na
literatura de trabalhos realizados com o intuito de uni-los como meio para a Segurana
Alimentar no Brasil.
1.2 - Objetivo
2 - REVISO DA LITERATURA
2.1 - Alimentos
Mais
de
250
enfermidades
diferentes
so
causadas
por
alimentos
so definidas como
sndromes originadas pela ingesto de alimentos e/ou gua que contenham agentes
etiolgicos (causadores de doena) em quantidades tais que afetem a sade do consumidor
em nvel individual ou coletivo (grupos de populao). As mais comuns so as causadas
por infeces bacterianas. Muitos dos casos destas DTA's so simples e no associados
com surtos reconhecidos como tal. Em geral ocasionados por consumo de alimentos crus
ou mal cozidos ou mal higienizados (Bean,1997 ; WHO, 1995; Doyle, 1989 e 1997).
Os riscos inerentes aos alimentos podem ser enfocados tanto do ponto de vista
da sade humana como animal, e so classificados em Riscos / Perigos
Biolgicos,
Qumicos e Fsicos (Billy, 1999; Akterian et a l , 1999; Corllet, 1991; ILSI, 1996):
Alguns dos Perigos
outros
os
microrganismos
como
CampUobacter
jejuni.
Clostridium
so entre
perfringens,
alimentares
microrganismos. A qualidade
nmero e
cmsm
mciomi
DE
mERm HUQBmp-^M
as condies
necessrias para proteger os alimentos enquanto estes estiverem sob seu controle. Isto tem
sido cumprido pela aplicao de BPF como um pr-requisito para a implementao do
sistema APPCC.
O treinamento, indispensvel a todos, deve levar assimilao de que cada um
tem responsabilidade e autoridade pelo processo que conduz, por menor que ele seja. E
essa pessoa que previne erros, fazendo o trabalho certo desde a primeira vez. a somatria
dessa competncia que leva otimizao de resultados. E assegurar os novos conceitos
provendo educao continuada (Price, 1997).
A documentao da evoluo outro fator importante. Da mesma forma que
grficos de controle e de anlises ou outras medies, o registro das inovaes introduzidas
permite a mensurao dos objetivos alcanados e projeo de novas metas, originando um
histrico de qualidade. Um dossi da operacional i zao do "Food Safety" na empresa
uma evidncia objetiva (Mortimore. 1999)
10
treinamentos
de equipes. A
interao
com
especialistas
associaes
dos
requisitos
especificados
nas
regulamentaes,
indstria
tm programas de manuteno
de
11
12
13
com alimentos devem ser limpas e higienizadas antes do uso e depois de cada interrupo,
quando elas podem se contaminar. Nos casos de operao contnua de produo, os
utenslios e as superfcies dos equipamentos que entram em contato com os alimentos
devem ser limpas e higienizadas quando necessrio.
As superfcies de equipamentos que no entram em contato com alimentos e
que so usadas em operaes de plantas de alimentos devem ser limpas sempre que for
necessrio para proteger os alimentos contra contaminao.
Artigos descartveis (como copos plsticos e toalhas de papel) devem ser
armazenados em recipientes apropriados e manipulados, distribudos, usados e descartados
de modo que os alimentos e as superfcies em contato com alimentos no sejam
contaminados.
Os agentes sanitizantes devem ser apropriados e seguros para as condies de
uso. Qualquer instalao, procedimento ou mquina aceito para limpeza e sanitizao de
equipamentos e utenslios, desde que permitam a sanitizao adequada do equipamento e
utenslios e que os mesmos pos.sam ser limpos adequadamente.
e) Armazenamento e manipulao de equipamento e utenslios portteis
limpos: Os equipamentos portteis com superfcies em contato com alimentos e utenslios,
j limpos e higienizados, devem ser armazenados em local apropriado, de modo a proteger
estas superfcies contra a contaminao.
Cada planta deve estar equipada com instalaes sanitrias adequadas e
serventias que incluem, mas no se limitam apenas a:
Abastecimento de Rua. O abastecimento de gua deve ser suficiente para as
operaes pretendidas e deve ser de uma fonte adequada. Toda gua que entra em contato
com os alimentos ou com as superficies em contato com alimentos deve ser incua e de
qualidade sanitria adequada.
Encanamentos. Os encanamentos devem ser de tamanho e desenho adequados,
e instalados e conservados de modo a (1) conduzirem quantidade suficiente de gua para as
reas da planta solicitadas: (2) transportar de forma apropriada as gua residual e os
resduos lquidos da planta; (3) evitar que se torne uma fonte de contaminao para
alimentos, para o abastecimento de gua, para equipamento ou utenslios, criando uma
condio no sanitria; (4) fornecer drenagem adequada de piso em todas as reas sujeitas
limpeza mida ou onde as operaes normais desgem ou liberem lquido residual no
piso; (5) no causar refluxo ou conexo cruzada entre os sistemas de encanamento que
14
levam gua residual ou esgoto e aqueles que transportam gua para os alimentos ou para
sua fabricao.
Escoamento de esgoto. A disposio de esgoto deve ser realizada em um
sistema de esgotos adequado ou atravs outro meio apropriado.
Banheiros. Cada planta deve fornecer aos seus funcionrios
banheiros
15
16
17
18
desenvolver normas
aplicao
19
fmal. aumenta
a confiana
do consumidor
e resulta
num
produto
20
tornaram-se o
biolgica, fsica ou qumica, que pode tornar um alimento prejudicial para consumo
humano.
O ICMSF (1988) defmiu
inaceitvel,
Idade
Gravidez
21
Salmonella,
spirallis.
as micotoxinas e as
saxitoxinas de dinoflagelados.
A infeco mediada por toxina uma enfermidade que resulta da ingesto de
alimento contendo uma determinada quantidade de microrganismos patognicos e capazes
de produzir ou liberar toxinas quando ingeridos, como Vibrio cholerae e
perfringens,
Clostridium
respectivamente.
microbianas.
Perigos
qumicos:
pesticidas,
herbicidas,
contaminantes
txicos
txicos,
possam causar dano fsico ao consumidor (feridas na boca; dentes quebrados ou outro tipo
de leso que necessite de interveno mdica para retirar o agente do organismo do
consumidor).
22
Biolgico: toxina do
Closridium
bolidinum,
Salmonella
Typhi,
S.
Brucella
monocytogenes
(em alguns pacientes), Escherichia coli (9/57. H7, Trichinella spiralis. Taenia solium (em
alguns casos).
proibidas ou determinados metais, como mercrio, ou aditivos qumicos que podem causar
uma intoxicao grave em nmero elevado ou que podem causar danos a grupos de
consumidores mais sensveis.
leso ou dano ao consumidor, como pedras, vidros, agulhas, metais e objetos cortantes e
perfurantes, constituindo um risco vida do consumidor.
Shigella
spp.,
Streptococcus
monocytogenes.
Diphyllobothrium
/^-hemoltico.
parahaemolyticus,
Listeria
histolytica,
latum, Cryptosporidium
Vibrio
spp.,
parvum.
Campylobacter
23
potencial de um perigo
(Hartog.2003) deve considerar a freqncia com que ele ocorre nos consumidores e a
severidade dos sintomas. Apesar de existirem dados sobre a avaliao quantitativa do risco
de alguns perigos qumicos e biolgicos, sua determinao numrica nem sempre est
disponvel.
A estimativa do risco , em geral, qualitativa, obtida pela combinao de
experincias, dados epidemiolgicos locais ou regionais e informao
bibliogrfica
especfica.
E importante destacar que para o mesmo tipo de produto, os perigos e riscos
podem variar devido a fatores como fontes diferentes de ingredientes e matria-prima,
pequenas variaes na formulao, tipo de equipamento usado, tempo de durao do
processo ou armazenamento, alm da experincia e conhecimento dos funcionrios da
linha de produo.
Em resumo, uma anlise de perigos pode ser dividida nas seguintes etapas:
e coleta de dados, e
O risco pode ser classificado em graus, que variam de alto a moderado, baixo
ou insignificante. Esses dados podem ser usados para determinar os locais apropriados para
estabelecer os pontos crticos de controle, o grau de vigilncia necessrio e qualquer
mudana no processo ou nos ingredientes que possa reduzir a intensidade do perigo
24
existente. Um mtodo para analisar a significncia do perigo pode ser feito considerando a
probabilidade
de ocorrncia
(inversa ao grau
de controle)
e a severidade
das
2.4.4- Perigos
por
alimentos
(DTA).
normal
encontrar
um
certo
nvel
desses
25
amiazenamento.
O maior grupo de qumicos usados no processamento de alimentos a
categoria dos aditivos alimentares diretos. Pela definio, este so produtos qumicos que
so adicionados intencionalmente ou incorporados diretamente nos alimentos. Eles so
classificados nas seguintes categorias funcionais:
Conservantes de alimentos
Coberturas, pelculas e substncias relacionadas
Aditivos dietticos e nutritivos especiais
Agentes anticoagulantes
Aditivos multifuncionais
26
produtiva,
desde
a colheita
at
o consumidor,
inclusive
dentro
de
um
estabelecimento de alimentos.
Um estudo detalhado sobre esse tema (FDA, 1992) apresentou uma anlise
cuidadosa de 10.923 queixas de alimentos registradas no FDA, em um perodo de 12
meses. Dessas queixas, 25% (2.726 casos) estavam associadas a objetos estranhos em
alimentos ou bebidas, e 14% (387 casos) tratavam de leses causadas pela ingesto de
objetos estranhos em alimentos ou bebidas. A maioria das leses retria-se a cortes ou
queimaduras na boca e garganta, danos causados em dentes ou prteses dentrias, ou
sintomas gastrointestinais.
Os objetos estranhos so apresentados por ordem de freqncia: vidro, metal,
plstico, pedras, cristais,cpsulas, cascas,caroos, madeira e papel. As queixas de objetos
estranhos envolvendo leses e enfermidades esto mais associados a refrigerantes,
alimentos infantis, produtos dc panificao, produtos base de chocolate e cacau, frutas,
cereais, vegetais e frutos do mar. A leso por objetos duros pode causar problemas se for
grave o suficiente para exigir ateno mdica ou odontolgica.
27
28
29
onde os perigos
significativos
que podem
ocorrer e descrever
as
medidas
preventivas.
A anlise de perigos o elemento chave no desenvolvimento do plano APPCC.
essencial que este processo seja conduzido de maneira apropriada, j que a aplicao dos
outros princpios envolve tarefas que dependem dos resultados desta primeira atividade.
Desse modo, a anlise de perigo representa a base para a elaborao do plano APPCC.
Nas "Diretrizes para Aplicao do Sistema de Anlise de Perigos e Pontos
Crticos de Controle (APPCC)" a anlise de perigo descrita como "um processo de coleta
e avaliao das informaes sobre perigos e as circunstncias que resultam na sua
presena, para decidir quais so significativos para a inocuidade do alimento e que devem,
portanto, ser abordados no plano APPCC".
"uma etapa em que se pode aplicar um controle que seja essencial para evitar ou eliminar
um perigo inocuidade do alimento ou para reduzi-lo a um nvel aceitvel".
Se um perigo for identificado em uma etapa onde necessrio o controle em
termos de inocuidade, e se no existir qualquer medida de controle naquela etapa ou em
qualquer outra, ento o produto ou o processo deve ser modificado naquela etapa, ou em
um estgio anterior ou posterior, de modo a incluir uma medida de controle para este
perigo.
30
um sistema
de monitoramento
para
cada Ponto
Crtico
de
C 'ontrole.
As Diretrizes para Aolicao do Sistema de Anlise de Perigos e Pontos
Crticos de Controle (APPCC) do Codex definem monitoramento como "o ato de realizar
uma seqncia planejada de observaes ou medidas de parmetros de controle para
avaliar se um PCC est sob controle".
31
aes corretivas
a serem tomadas
quando
monitoramento
32
tambm
fa/er
ajustes
no processo quando
os resultados
do
procedimentos
para
verificar
se
o Sistema
APPCC
est
corretamente.
As diretrizes do Codex definem verificao como "a aplicao de mtodos,
33
proceclimenlos
eficicnles
de
mtmuleno
de
registros
que
34
nutritivo e confivel para o consumo, com uma avaliao que informe seu risco ser
prximo a zero ou zero.
35
2.5.1 Histrico
A primeira proposta documentada sobre o uso de radiao ionizante foi feita
pelo Reino Unido: "Provocar um melhoramento no estado de comestveis" e em
"N4antendo sua qualidade geral", cujo nmero da patente britnica foi o: 1609, em 1905, e
publicada no ,1. Appleby, Miller, and A. .1. Banks. Analytical Chemist. Os inventores
propunham o tratamento dc alimentos, especialmente cereais e seus produtos, com raios
alfa. beta ou gama do rdio ou outra substncia radioativa. Entusiasticamente, eles
destacavam "a excepcional vantagem comercial da completa ausncia da utilizao de
produtos qumicos" e sugeriam que os efeitos do tratamento por radiao eram devido a
"mudanas
Entretanto,
os
preparados com rdio, sugeridos como fontes de radiao ionizante por estes inventores,
no estavam disponveis em quantidade suficiente para irradiar alimentos em escala
comercial. Dificuldades similares ainda existiram em 1921, quando B. Schwartz, do U.S
Department of Agriculture's Bureau of Animal Industry. sugeriu o uso de raios-X para
inativar trichinea em carne de porco. As maquinas de raios-X disponveis naquela poca
no eram suficientemente potentes, para tratar a carne de porco em quantidades comerciais.
Em 1929 a American Tobcco Corporation colocou em operao uma maquina
de raios-X com sistemas de esteiras, na cidade de Nova Iorque (Estados Unidos), para
irradiar caixas dc cigarro, com o objetivo de esterilizar os ovos. matar as larvas e os insetos
adultos de besouros do tabaco. Embora este tratamento tenha, efetivamente, desinfestado
os cigarros a mquina se mostrou inadequada para o uso contnuo. O registro do motivo
deste problema no foi deixado de forma clara, mas parece estar relacionado ao fato de que
os tubos de raios-X daquela poca serem feitos para um uso intermitente em medicina
diagnostica e teraputica e no para um uso contnuo. De qualquer forma, mais tarde a
lumigao qumica tomou o lugar, desta primeira aplicao industrial de processamento
36
por radiao.
Nas dcadas seguintes novas tentativas foram feitas, para se estabelecer uma
aplicao comercial de um processamento por radiao e todas fracassaram. Algumas
vezes por no haver mquina de raio-X suficientemente potente, outras vezes por no
haver radionuclldeos adequados em grandes quantidades. A situao comeou a mudar na
dcada de 50 do sculo XX. quando a Comisso de Energia Atmica dos Estados Unidos
(USAEC) iniciou um programa coordenado de pesquisa, sobre o uso da radiao ionizante
para a preservao de alimentos e providenciou fontes de radiao gama de elementos
combustveis descartados de reatores nucleares assim como outras fontes de radiao
ionizante. A maioria dos experimentos com irradiao de alimentos nos Estados Unidos
ocorreram durante a metade e o final da dcada de 50. Com o passar do tempo as fontes de
elementos combustveis de reatores foram sendo substitudas por fontes de ''"Co, cuja
energia da radiao se mostrava mais adequada a finalidade do processo e vrios
irradiadores forma construdos tanto em instalaes militares quanto em civis.
De 1953 a 1960 o exrcito americano patrocinou vrias pesquisas envolvendo
doses altas e baixas. Aps 1960 o exrcito concentrou seus esforos em desenvolver a
esterilizao por radiao de alimentos a base de carne, para substituir as raes militares
enlatadas e congeladas. De 1961 a 1962 um enorme laboratrio para irradiao de
alimentos foi construdo em Natick (Massachusetts). Ele era equipado com uma fonte de
*^^*Co de 48 PBq (1.3 milhes de Ci) e um acelerador linear de 18 Kw.
Toda esta estrutura de irradiao espalhada e disponvel nos Estados Unidos
proporcionou oportunidades, para a pesquisa e o desenvolvimento da irradiao de
alimentos, que seriam inimaginveis utilizando-se apenas mquinas de raios-X.
Relatos americanos sobre experimentos bem sucedidos estimularam esforos
similares em outros pa.ses. No Reino Unido estudos sobre os efeitos da radiao em
alimentos comearam em 1950 na Estao de Pesquisas de Baixas temperaturas em
Cambrigcd e algum tempo mais tarde nos laboratrios de Pesquisa de Wantage. Do meio
ou para o final da dcada de 50 programas nacionais de pesquisa sobre irradiao de
alimentos foram tambm iniciados na Blgica. Canad. Frana. Holanda. Polnia, Unio
.Sovitica, e Alemanha Ocidental.
O primeiro uso comercial de alimento irradiado ocorreu em 1957 na Alemanha
Ocidental, quando uma empresa de especiarias em Stultgart iniciou uma melhora na
qualidade da higienizao de seus produtos, irradiando-os com eltrons produzidos por um
gerador de Van der Graaf Mas em 1959 o processo teve que ser substitudo pela
37
fumigao com xido de etileno, devido a uma nova lei que proibia o tratamento de
alimento.s com radiao ionizante.
No Canad a irradiao de batatas para a inibio de brotamento foi permitida
em 1960 e uma empresa privada. Newfield Products Ltda. se iniciou neste ramo em
setembro de 1965. Esta empresa possua um irradiador, que operava com ^'''Co, projetado
para processar 15000 toneladas de batatas por ms. Esta empresa fechou depois de apenas
uma estao, quando entrou em dificuldades financeiras.
A despeito destes fracassos, o interesse em irradiao de alimentos cresceu no
mundo todo. gerando eventos internacionais para a troca de experincias entre vrios
pases, que desenvolvem pesquisas nesta rea. Entretanto, as autoridades sanitrias nestes
mesmos pases ainda hesitam, em conceder permisses para a comercializao de
alimentos irradiados.
O debate sobre a segurana destes alimentos, para consumo humano, ainda no
arrefeceu e este reconhecidamente o maior obstculo, para a utilizao comercial desta
tcnica.
Para responder as questes deste debate foi criado em 1970 o Projeto
Internacional no campo da Irradiao de alimentos. Patrocinado por vrios rgos das
Naes Unidas este projeto reuniu vrios pases, que desenvolveram os mais completos e
abrangentes trabalhos sobre a segurana alimentar de uma enorme variedade de alimentos
irradiados. Sendo que os resultados obtidos foram repetidos por vrios laboratrios, para se
avaliar a sua reprodutibilidade. Em uma seo em novembro de 1980, o comit concluiu
que: "a irradiao de qualquer tipo de alimento at a uma dose mdia total de 10 kGy no
representa qualquer risco de toxicidade, portanto testes de toxicidade nestes alimentos no
so necessrios".
Esta concluso levou muitos governos a ampliar o nmero de alimentos
irradiados que poderiam ser comercializados. Em alguns pases esta medida no surtiu
nenhum efeito e em outros causou um aumento expressivo na quantidade de alimento
irradiado, com a tendncia de crescimento para os prximos anos. como foi o caso da
Blgica. H pases em que algumas organizaes polticas e de consumidores so
vigorosamente contra este novo mtodo de processamento dos alimentos. Infelizmente, o
debate pblico sobre as presumidas virtudes e desvantagens da irradiao de alimentos
freqentemente, caracterizada pela falta de uma slida informao sobre o assunto (Diehl,
1990).
38
2.5.2 Tcnicas
2.5.2.1 Radapertizao
de eliminar microrganismos
patognicos
kGy.
2.5.2.2 Radiciao
Tratamento equivalente pasteurizao na indstria de alimentos. Tem o
objetivo de reduzir o nmero de patgenos viveis no esporulados
Sirepiococcus.
Campylohacler)
{Salmonella,
2.5.2.3 Radurizao
Tratamento que pode ser considerado equivalente pasteurizao, reduzindo o
nmero
de
microrganismos
deterioradores
viveis
(Acivomohacter,
Pseudomonas)
39
PROPSITO
DOSE (kGy)
PRODUTOS
0,05-0,15
0.15-0,75
0.25 - 1
Batatas,
inhame
cebolas, alho,
gengibre.
3-10
2-7
30 ~ 100
10
50
40
41
OH - radical hidroxila
e-aq - eltron aquoso (ou hidratado)
H - tomo de hidrognio
H2 - hidrognio
H2O2 - perxido de hidrognio
H3O + (= H+aq ) - prton hidratado
+ OH ^
H2O
+ .H
42
H02
0-2
^0-2
e radical superxido
( 0 - 2 ) podem causar o
H202 + 0 2
O - 2 + H 0 2 + H+
H202 + 0 2
da
43
ionizante
pode
interagir
com
outros
tomos
ou
molculas
na
clula,
particularmente gua, para produzir radicais livres, os quais podem difundir-se o bastante
para alcanar e danificar o DNA. Este efeito indireto da radiao importante em clulas
vegetativas, onde o citoplasma contem cerca de 80 % de gua (Diehl, 1995).
As doses de radiao causam pequenas mudanas qumicas em alimentos, mas
causa mudanas letais em uma clula bacteriana. Isto ocorre uma vez que o DNA tem uma
propriedade particular diferenciada de todos os outros constituintes da clula.
O DNA carrega as informaes genticas. A seqncia de purinas e pirimidinas
na cadeia de DNA serve como tmplate para montar uma cpia de DNA no processo de
diviso celular.
Atravs dos templates de RNA (cido ribonucleico) esta seqncia determina
a sntese de protena, incluindo as enzimas que regulam o metabolismo celular.
Molculas de DNA so enormes em comparao com outras molculas na
clula e com isso, gera um grande alvo.
A funo do DNA como carreador de informao gentica depende da
molcula intacta.Somente uma cpia (ou poucas cpias) de uma molcula de DNA est
presente na clula.
44
Essas consideraes explicam porque uma dada dose pode ter um efeito letal
nos microrganismos em uma amostra de alimento irradiado, sem causar muita alterao na
composio qumica do alimento.
Desvantagens:
Meia-vida de 5, 263 anos, o que significa que 12% da atividade da fonte deve
ser substituda anualmente para manter a potncia original;
Baixa taxa de dose.
45
46
coli
OI57:H7.
Salmonella.
Campylobacter
jejuni,
Listeria
pblica, devido severidade da doena e/ou devido ao alto nmero de casos individuais de
doena veiculada pelo alimento, associada a estes patgenos. Destas bactrias, a
Salmonella
e C. jejuni
so usualmente associadas
tambm tem sido ligada aos maiores surtos de doenas transmitida pelos alimentos, atravs
de vrias fontes, incluindo carne e produtos lcteos no Reino Unido, carne de hambrguer,
suco de ma e gua nos EUA. e legumes no Japo. A Lisleria monocytogenes
tem sido
associada com produtos lcteos, carnes processadas e outros alimentos com tempo de
prateleira relativamente longo sob refrigerao. Os vibrios spp, por sua vez, tm sido os
agentes causadores da clera pandmica mundial e muitas ecloses de doenas causadas
pelo consumo de moluscos crus (ICGFl - 1999).
De acordo com a Organizao Mundial da Sade (OMS), os distrbios
diarreicos so responsveis por aproximadamente 25% das causas de mortalidade em
pases em desenvolvimento, sendo que em at 70% dos casos, os alimentos so
incriminados como veculos de transmisso destas enfermidades. Estima-se que 6,5 a 33
milhes de casos de enfermidades de origem alimentar ocorram nos EUA, sendo
responsveis por 9.000 bitos anualmente. (WHO, 1994).
Estima-se que cerca de 50% dos produtos perecveis como carne, peixes, frutas
e vegetais, sejam perdidos antes de atingirem o consumo fmal. Na regio Asitica, estimase que 30% da produo de gros se deteriore anualmente, o mesmo acontecendo com 20%
a 40%) de frutas e vegetais e cerca de 50% dos peixes da regio. A irradiao de alimentos.
47
nos dias atuais, contribui imensamente no controle dos perigos microbiolgicos (An-Hung
Fu e al., 1995). Constitui importante mtodo capaz de diminuir as perdas econmicas
provenientes da deteriorao e a eliminao de patgenos, aumentando o nvel de
segurana dos alimentos e favorecendo a aceitao dos produtos exportados pelos pases
em desenvolvimento (Loaharanu, 1994).
Devido grande variedade de causas de alteraes da sade provocadas por
alimentos e devido dificuldade de determinar a causa desencadeante da maioria dos
surtos de origem alimentar, podemos classificar as doenas transmissveis pelos alimentos
da seguinte forma (Riedel, 1992):
-
botulinum,
Staphylococcus
coli
entre
outro.s.
-
Rotavrus ( um RNA vrus que causa gastroenterite em crianas com idade inferior a seis
anos).
48
evitada, na maioria dos casos, pela irradiao do produto final (Germano, & Germano,
2001).
Irradiao na dose de 2,5 kGy em carcaas de frescas de aves virtualmente ir
eliminar a Salmonella e o Campilobacer. Esta mesma dose destri a E. coli O 157 : H 7,
bactria altamente virulenta que pode levar doena e morte, e que se estima causar
20.000 infeces e 250 mortes anualmente nos EUA. A irradiao presentemente o nico
mtodo conhecido de tomar inativos estes patgenos em alimentos crus e congelados
(ICGFI - 1999).
Vrias pesquisas comprovaram a eficcia da irradiao com a finalidade de
eliminar, alm das mencionadas bactrias, outros microrganismos patognicos, presentes
nos alimentos de origem animal, como Siaphylococcus
Yersnia enterocolitica
e Listeria monocyogenes.
aureus, Closridium
perfringens,
suficiente para inativar os microrganismos presentes nas carnes de ave. O FDA aprovou,
recentemente, a dose de 3 kGy para controlar as bactrias patognicas da came de ave.
Estas doses permitem reduzir, tambm, o nmero de bactrias deteriorantes no
esporuladas, a quantidades suficientemente baixas capazes de prolongar em uma a duas
semanas o tempo de conservao (OMS, 1995).
49
Desde
prevenir eficazmente
as
Salmoneloses no Canad usando doses de 3 kGy. Em 1987, uma empresa fi-ancesa iniciou
a irradiao comercial de fi-angos desossados congelados mediante um acelerador de
eltrons, processando 7000 toneladas anuais com doses de 3 kGy.
Desde setembro de 1993, um pequeno nmero de supermercados nos Estados
Unidos tm vendido carne de aves irradiada. Deve-se destacar que as propriedades
nutritivas e sensoriais destas carnes no so afetadas pela irradiao (OMS, 1989).
de
decomposio,
assim
praticamente
todas
as
bactrias
ionizantes
50
A ingesto de carne bovina mal cozida, parasitada com cistos de tenia causa
de infeco em todo o mundo, porm possvel prevenir a transmisso da enfermidade
mediante o congelamento das peas afetadas ou tratando-as com uma dose de 0,4 kGy de
energia ionizante. Existem outros protozorios e helmintos, de grande repercusso sanitria
nas regies tropicais, que so destrudos por doses baixas de irradiao, no superiores a 1
kGy. sem afetar o sabor do alimento, (.losephson, 1991).
A viabilidade do cist'cerco da
exposio radiao gama, com dose variando entre 1 a 6 kGy. Uma dose mnima
requerida para a desvitalizao do cisto de Cisticercus bovis foi da ordem de 3,7 kGy e
para a total inativao. 6 kGy. No caso do cisto da Taenia solium, doses em torno de 0,5 a
0,7 kGy no afetaram a capacidade de evaginao da larva, mas sim sua
infectividade.
Na
51
-se
identificado
Staphylococcus
inmeros
microrganismos
patognicos:
Salmonella
spp,
Q o V. vulnificus
constituem risco expressivo para as pessoas que consomem pescado cru (Riedel, 1992).
Maior ateno deve ser dada ao Clostridium botulinum do tipo E, cujos esporos
so mais resistentes s irradiaes ionizantes do que a maioria dos outros microrganismos
de decomposio presentes no pescado. A dose recomendada para o pescado suspeito de
conter estes microrganismo inferior a 2,2 kGy. Esta dose pennite o predomnio de outros
microrganismos deteriorantes, que deste modo servem como indicadores de deteriorao,
antes que o tipo E possa produzir toxina; alm disso, a temperatura de armazenamento
deve manter-se abaixo de 3,3 C. O Vibrio cholerae e a Shigella spp, tambm, podem
causar problemas graves de sade ao homem, porm possvel control-los mediante
doses baixas de irradiao (Diehl. 1995).
2.5.6.2.1 Preservao
A populao mundial tem crescido significativamente elevando a demanda por
alimentos. Este processo tem impulsionado a implementao de processos tecnolgicos
para o incremento da produo sem a necessidade do aumento da rea cultiva. O
melhoramento gentico tem contribudo com variedades mais produtivas, adaptadas as
diferentes condies climticas, resistentes a pragas e doenas, porm ainda convivemos
com perdas significativas na ordem de 20 a 80%. durante o processo de produo e
armazenamento de produtos agrcolas. Estes valores so extremamente elevados e causam
grande impacto nas cadeias produtivas como aumento da utilizao de insumos (defensivos
qumicos),
depreciao
dos
produtos,
problemas
no abastecimento,
reduo
nas
52
flores,
radiodesinfestao
(insetos), radiodesinfeco
(patgenos)
isoladamente
ou conjuntamente
com
outras
tecnologias,
tais
como
53
PASES
OBJETIVO DA RADIAO
Abacate
frica do Sul
Alho
Inibio de brotamento
Controle de patgenos
Desinfestao de insetos
Desinfestao de insetos
>"Shelflife"
Desinfestao de insetos
Inibio de brotamento
DOSE
-(kGy)
0,503,0
0,020,15
4,5
0,40
1
1-4
0,50
0,15
Inibio de brotamento
Inibio de brotamento
0,15
0,15
Inibio de crescimento
Controle de patgenos e insetos
Controle de patgenos
Desinfestao
Desinfestao
> "Shelf life"
> "Shelf life"
Desinfestao
> "Shelf life"
Desinfestao
> "Shelf life"
Desinfestao
> "Shelf life"
de insetos
de insetos
10
1
1
0,50
0,40
de insetos e
de insetos e
de insetos
0,50
2,5 -3
Controle de patgenos
Controle de patgenos
Desinfestao de insetos
> "Shelf life"
Desinfestao de insetos
Controle de patgenos
* Adaptado de D I E H L , 1995.
** > S h e l f life - extenso da vida de prateleira do produto.
10
10
0,20
0,30
1
10
54
2.5.6.2.2. Desinfestao
Um dos principais fatores limitantes da produo agrcola so as pragas e
doenas, que podem ocorrer nas diferentes fases do processo de produo: semente,
plantio, desenvolvimento vegetativo da planta, inflorescencia,
frutificao,
colheita,
INTERNATIONAL
doses
55
considerar
alimentos com alto teor do componente em questo, com baixos teores de misturas e at
mesmo
os
componentes
puros
(ex.: acar).
Deve-se
observar,
porm,
que
2.5.7.1 Carboidratos
O foco do estudo da qumica da irradiao de carboidratos est nos
carboidratos no estado slido. Os carboidratos puros na forma cristalina so muito
radiossensveis (Urbain, 1986). Quando se irradia carboidratos na forma de componente de
alimentos, estes so muito menos radiossensveis que na forma pura. Quando a composio
do alimento apresenta determinados aminocidos, estes agem como scavengers
e os
carboidratos so preservados (Diehl, 1990). Isto explica, de certa forma, as variaes nos
rendimentos de produtos radiolticos e das alteraes organolpticas dos alimentos
irradiados.
Como indicativo de modificaes qumicas temos algumas
modificaes
H2O2
56
Carbono
50-55
Hidrognio
6-8
Oxignio
20-24
Nitrognio
15-18
Enxofre
0.2-5
57
temperatura ambiente. No fmal. os radicais livres desaparecem, mas os que contm enxofre
permanecem por mais tempo. Devido a difuso ser limitada em baixas temperaturas, a
recombinao mais provvel nessas condies. J em temperaturas mais altas, a reao
com outras substncias mais provvel.
O estado de uma protena antes da irradiao interfere no que possa ocorrer
durante a irradiao. Uma protena termo desnaturada, por exemplo, rende mais radicais
livres do que em sua forma original. As estruturas secundria e terciria so alteradas, na
protena termo desnaturada, reduzindo as oportunidades dos radicais livres recombinarem e
desaparecerem (Urbain, 1986).
A irradiao pode desnaturar protenas quebrando as ligaes pontes de
hidrognio e outras ligaes envolvidas nas estruturas secundria e terciria, podendo
alterar a forma da molcula e expor certos grupamentos como as pontes de sulfeto. A
quebra das ligaes peptdicas leva formao de unidades menores com pesos
moleculares menores. As ligaes cruzadas, provenientes principalmente das quebras das
pontes de hidrognio, podem levar a agregao reversa.
As reaes apresentadas anteriormente variam conforme a natureza da protena
e no ocorrem com todas as protenas. Protenas globulares possuem uma estrutura que
favorece as reaes de recombinao e. conseqentemente, so mais resistentes s
alteraes. J as protenas fibrosas, que possuem uma estrutura mais "aberta", sofrem
modificaes mais facilmente. O colgeno, por exemplo, quando irradiado no estado seco,
degradado em unidades menores.
Muitas das alteraes apresentadas anteriormente afetam as propriedades
funcionais das protenas como diminuio da viscosidade do sol de gelatina com o
aumento da dose aplicada em gelatina seca.
O tipo de alterao causada pela irradiao est relacionada com a dose. Doses
moderadas podem afetar as estruturas secundria e terciria, gerando produtos finais que
variam conforme a natureza da protena. Doses maiores geram alteraes detectveis na
estrutura primria podendo ocon-er destruio de aminocidos com doses muito elevadas
(ex.: 1500 kGy em albumina bovina).
O valor nutricional das protenas detenninado pelo seu conteiido de
aminocidos. Para que ocorra a destruio desses aminocidos so necessrias doses muito
elevadas e essas doses esto muito acima daquelas empregadas na irradiao de alimentos,
o que gera perdas insignificantes.
58
2.5.7.2.2
alteraes
na
CCMS5;
:mQt^
DE EMIRJA WUCLAJ-!/SP-iPE
59
como
produtos
produtos
principalmente
finais
alanos
dos cidos
e
aldedos.
graxos
so
C O 2 , CO, H 2 ,
Alguns
dos
hidrocarbonetos
60
alteraes
insignificantes e ocorrem com doses abaixo de 50 kGy; assim como modificaes qm'micas
nos valores de iodeto, perxido e cidos.
Se h a presena de oxignio durante ou aps a irradiao, a autoxidao
acelerada pela radiao. Os produtos finais da autoxidao so semelhantes queles que
ocorrem sem radiao. A irradiao de alimentos contendo lipdeos como componente
principal, tem melhores resultados se realizada na ausncia de oxignio; condio que
indicada no perodo ps-irradiao.
2.5.7.4 Vitaminas
A maior preocupao com as vitaminas quando um alimento irradiado est
focada no fato de que sejam mantidas suas funes biolgicas como nutriente essencial.
Por este motivo, as informaes disponveis sobre os efeitos da radiao nas vitaminas
relatam apenas as quantidades disponveis das mesmas aps a irradiao. Nos casos em
que h a perda de vitaminas, freqentemente no h informaes sobre os produtos
radiolticos finais. Como a quantidade de vitaminas presentes nos alimentos pequena,
torna-se difcil as anlises dos compostos radiolticos.
so moderadamente
afetadas
quando
irradiadas
nos
alimentos
61
no esto
62
63
DOSE (kGy)
10.000
1.000
1'olietilcno.
Pcilieslcr.
Poli vi ni!
Regio de radapertizao
10
Regio de radurizao
0.1
Vinidilono
MoiKK-loroliilluiirclilciio
Polianiida
tdiilo.sc.s. liniilc ni.ximo para danos nas propriedades fsicas.
Vidros, induo dc cor
Fonte: l A E A 1982.
2.5.9
64
65
F'igura 1: Irradiaddr dc ""Co. que opera por gravidadc. para ii)ibir o brotaincnto dc ccbolas (McLaughlin et al.. 1989).
Figura 2:
66
Figura 3: Irradiador de ''"Co de grande porte de uso mltiplo: evitar brotamento, estender o
tempo de prateleira, reduzir a carga microbiana e esterilizar (McLaughlin et al.,
1989).
destas
empresas
algumas
informaes
adicionais,
fornecidas
por
seus
67
preservao
de
produtos
alimentcios
(especiarias,
ervas
68
RDC
69
' Foods irradiated in accordance with good manufacturing practice are wholesome in that they are safe to c o n s u m e
and nutritionally adequate {High Dose Irradiation: Wholesomeness
of Food Irradiated with Doses above
lOkGy,
Report of a Joint FAO/IAEA/WHO
Study Group, Tectinical Report Series 890 W H O , Geneva, 1999; Safety and
Nutritional Adequacy of Irradiated Foods, W H O , Geneva, 1994; and Wholesomeness
of Irradiated Food, Report of a
Joint FAO/IAEA/WHO Expert Committee, Technical Report Series 659, W H O , Geneva, 1981)
70
Fonte-ICGFI, 1999.
FIGURA 5. Utilizao Mundial da Irradiao de Alimentos. Pases que aplicam irradiao
de alimentos com propsitos comerciais (em verde) e pases que ainda no
aplicam a irradiao de alimentos (branco).
A partir de 1997 Grupo de Estudos formado pela FAO e lAEA para avaliar a
salubridade do alimento irradiado com doses acima de 10 KGy, conclui que "no h base
cientifica para limitar doses absorvidas em nvel superior a 10 kGy " contanto que no
altere as qualidades sensoriais do alimento e microrganismos nocivos sejam destrudos.
71
C D I G O / NOME
EMENTA
Estabelece
Decreto lei
n gerais
72 718. de 29 de irradiao
agosto de 197.3
alimentos.
normas
sobre
OBSERVAES
, ~
,
""^'^
movnnentaao sobre legislao
brasileira sobre irradiao de alimentos
Portaria Dl NAL n
" 9 de 8 de maro Em conjunto com a
(comisso
de
1985
MS CNEN
nacional
de
energia
(revogada)
nuclear) e o INCQS
(instituto nacional de
controle de qualidade
sade)
da
Portaria DIN AL n em
Ampliando autorizao a outros tipos de
30 de 25 de FIOCRUZ
alimentos que no constavam da portaria
setembro de 1989
anterior.
(revogada)
72
TABELA 5 - Regulamentao para irradiao aprovada pelo FDA (Food and Drug
Administration) dos Estados Unidos.
Produto
Propsito
Dose (kGy)
Data
Desinfestao
0,2 a 0,5
21/08/63
0,05 a 0,15
01/11/65
30 (mx)
15/07/83
10 (mx)
10/06/85
Descontaminao e
especiarias
desinfestao de insetos
Controle de insetos e
desidratadas
microrganismos
22/07/85
Controle de T. spiralis
0.3 a 1,0
Retardar maturao
18/04/86
Descontaminao
10
18/04/86
descontaminao
30
18/04/86
02/05/90
frescos ou processados
Frutas frescas
Prep. Enzimticas secas ou
desidratadas
Substncias vegetais
aromticas secas ou
desidratadas
Controle de microrganismos
Frango
patognicos
Fonte - Spolaore cl al.. 2003
73
podem
ser classificados
em trs grupos
distintos,
E.stes
microrganismos
.so genericamente
denominados
"patognicos".
As
caractersticas das doenas que esses microrganismos causam dependem de uma srie de
fatores inerentes ao alimento, ao microorganismo patognico em questo e ao indivduo a
ser afetado.
3 - Os microrganismos presentes nos alimentos causam alteraes benficas
em um alimento, modificando suas caractersticas originais de forma a transform-lo em
um
novo
alimento.
este
grupo
pertencem
aqueles
microrganismos
que
so
intencionalmente adicionados aos alimentos para que determinadas reaes qumicas sejam
realizadas. Muitos destes microrganismos j esto naturalmente presentes, no sendo
necessrio adicion-los ao alimento, mas sim estimular seletivamente sua atividade
biolgica.
remover
capacidade de sobreviver e multiplicar na superfcie da plantas. Para que isso seja possvel,
c necessrio que os microrganismos apresentem um mecanismo de adeso superfcie das
plantas e que possam obter os nutrientes necessrios.
74
nos
microrganismos.
6 -
de
75
Doses
aproximadas
Microrganismos
aproximadas
Humanos
0.0056-0.0075
E.scherichia coli
1.0-2.3
Insetos
22-93
Pseudomonas
1.6-2.3
Vrus
10-40
Enterobacter
Leveduras
4-9
Lactobacillus spp.
0.23-0.38
4.7
Esporos bacterianas
3.1-3.7
S. cerc'visae
Bacillus subtilis
12-18
Can'ula knisei
11.6
Bacillus
10
1.3-11
19-37
Pnicillium spp.
1.4-2.5
15-18
Aspergillus spp.
1.4-3.7
( Losiridium
3.1
Rhizopus sp.
10
Bacillus
Organismos /
Microrganismos
Doses
letais
aeruginosa
aerogenes
1.4-1.8
(fermentativas)
Tonda
cremoris
coagulans
perfringens
10-17
stearothermophilus
Fusarium sp.
2.5
Staphylococcus
Mycohacicrium
1.4
C 'orynebacterium
diphtheriae
tuberculosis
Salmonella sp.
3.7-4.8
aureus
letais
1.4-7.0
4.2
76
dos
produtos,
condies
de
manuseio
como
produtos
secos,
77
3. MTODOS
no solo ou
gua resduria em
Campylobacter
Salmonella
Campylobacter
(Anon,2001; Jacob,1995).
Produtos de carnes cruas e de peixes tanto quanto produtos frescos foram encontrados
contaminados com patognicos tal como, Salmonella (WHO, 1998; FAO, 1998) ou outros
vros parasitas (Eckert,1996; Vishwanathan,2001).
78
Alimentos
ou
ingredientes
crus
representaram
fator
principal
de
aproximadamente 2 3 % de 766 casos de doenas transmitidas por alimentos nos EUA entre
1977 e 1982 (Bryan. 1988). Alguns pases tambm tiveram falta de recursos para
implementarem medidas para minimizar contaminao alimentar. Assim como, deve ser
considerado que muitos patognicos so parte do meio ambiente e inevitavelmente estaro
presentes na cadeia alimentar. (Billy,2002)
Muitas tecnologias de processo de alimentos baseadas no tratamento a quente,
tal como apertizao e pasteurizao, eficientemente controlam o perigo biolgico nos
alimentos e rendem a eles segurana se aplicados apropriadamente (USDA,2001;
USDA,2002). Contudo, por definio, tratamento a quente no pode ser aplicado a
alimentos
que
sero
vendidos
crus, similarmente,
alguns
produtos
minimamente
"spray"
(Dickson & Siragusa, 1994) ou uso de "spray" de gua com alta presso ou imerso de
carcaas de aves em soluo de fosfato efetivamente decresce o nmero de bactrias
patognicas no produto final, neniium deles pode assegurar suficiente reduo de perigo
biolgico, no interfere em parasitas para garantir segurana (Zhongping et al,1998).
Conseqentemente, patognicos devem sobreviver em produtos que so minimamente
processados ou vendidos crus (Kamat,2003).
Durante o transporte e a distribuio h oportunidades adicionais para
crescimento dos microrganismos presentes nos alimentos e para contaminao cruzada
entre gneros alimentcios.A injria do tempo e temperatura dos alimentos tambm uma
ocorrncia comum que deve levar a nveis crescentes de patgenos (Bp>'an,1989), este fator
particularmente importante em pases com deficincias na cadeia fria ou em que falhas
energticas so freqentes.
A etapa de preparao na cadeia produtiva muito importante, tal como a
ltima etapa antes do consumo. Qualquer perigo, que no controlado nesta etapa
provvel conduzir a doena. Dados epidemiolgicos de doenas transmitidas por alimentos
(DTA's) tm demonstrado que a maioria dos episdios de DTA's ocorre como um
resultado de um ou mais combinaes de vrios erros durante o processo produtivo, entre
outros:
n c PtCRJ Ml jaAR/SF-iPE
79
a)coco inadequada;
b) contaminao cruzada de produto cru para produto pronto para o consumo.
c) crescimento
refrigerao
de
ou
microrganismos
estocagem
sobreviventes
inadequados
como
(Harris,2002;
resultado
de
HEALTH
CANADA,2000).
Uma reviso sobre a origem de DTA"s explode em pontos como de higiene,
preparao de alimentos e prticas de manipulao inadequados (Scott,1996). Alguns
consumidores, particulannente os grupos vulnerveis, necessitam ser educados sobre como
manterem-se afastados destes alimentos.
Processos primrios de educao em boas prticas de agricultura / aquicultura
e manipulao segura de alimentos por consumidores essencial para garantir medidas de
controle e preveno de DTA's. contudo, no suficiente para preveni-las. A eficcia de
tais medidas seria elevada se a irradiao fosse introduzida na cadeia alimentar como uma
medida adicional de controle que pode descontaminar muitos produtos de origem animal,
vegetal como frutas e vegetais minimamente processados.
O efeito letal da radiao ionizante sobre microrganismos foi observado e
reportado desde 1898. e proposta para uso da radiao para destruir bactrias em alimentos
remonta desde 1916.
Tais medidas podem contribuir para preveno de DTA's
por eliminarem
Trichinella
80
da populao;
de
para garantir informao adequada e acessvel para a prxima etapa ou processo na cadeia
alimentar. Tais dados devem assegurar que o lote ou a partida seja facilmente identificado
e recolhido, quando necessrio. O monitoramento pode ser contnuo ou descontnuo.
Sempre que possvel, prefere-se o monitoramento contnuo, que possvel para muitos
tipos de mtodos fsicos ou qumicos. Essas informaes ou dados visam :
81
fcil
entendimento, por meio de rotulagem ou outros meios adequados, para que possam
proteger seus alimentos contra contaminao e crescimento / sobrevivencia de patgenos
de origem alimentar, armazenando, manipulando e preparando corretamente os alimentos,
ou
permitir que a prxima pessoa da cadeia produtiva possa manusear, expor,
aiTnazenar. preparar e usar o produto de maneira segura e correta.
3.3.
Estabelecimento
de uma
metodologia
para elaborao
de
documentao
comprobatoria do processo.
Considerando-se que os produtos tero como parte final de processamento a
radiao por raios gama (60-Cobalto). sugere-se os formulrios de acompanhamento dos
produtos,
82
FORMULARIO 1
COMPOSIO DO PRODUTO
PRODUTO:
Matria-Prima
Outros Ingredientes
Ingredientes Secos
Ingredientes
Aromatizantes
Lquidos
Conservadores
Material de
Embalagem
DATA:
APROVADO POR:
tonto: extrado e adaptado da : United States Department Agriculture I ood Saictv and Inspection Service May 1999
liACCP-8
83
FORMULARIO 2
FLUXOGRAMA DE PROCESSO
APROVADO POR:
DATA:
> O terceiro formulrio a ser entregue faz referncia aos perigos detectados
no processamento do produto. Podendo estes serem qumicos . fsicos ou biolgicos. Este
deve ser entregue a empresa de irradiao, para que tome conhecimento dos possveis
contaminantes do produto/ alimento.
Perigos
APROVADO
POR:
Justificativa
Crtico
Limite
Medidas Adotadas
Fonte: extrado e adaptado da : U n i t e d S t a t e s D e p a r t m e n t A g r i c u l t u r e Food Safety and Inspection Service May 1999 H A C C P - 8
DATA:
Etapas de
Processo
FORMULARIOS
84
85
> O quarto formulario - emitido pela empresa de servios de irradiao deve ser entregue aps a realizao dos servios acompanhando o produto associado
etiqueta que identifica que o produto sofreu irradiao (Radura).
FORMULRIO 04
IRRADIAO / MAPEAMENTO DA DOSE
Dados do Produto:
Dose de
Posio dos
Radiao
Dosmetros
Absoro
Dose
Verificado por:
Equivalente
(kGy)
Taxa de dose:
Fonte: cxtraido e adaptado da : United .States Department Agriculture Food Safety and In.spection Service - Irradiation
ofmeal and poultry products, tev, 2000.
ETIQUETA
RADURA
Cor Verde
Cor branca
c o m bordas
na cor verde
86
3.4. Definio de
seguintes
infomiaes:
ou
87
nP HiFRiA NCAR/SP-iPEi..
88
tempo / temperatura
humano ou animal.
Considerando que o objetivo de segurana alimentar
significa
levar em conta
de mensurar.
I.
0B.1ET1V0
corretamente rotulados.
A proposta deste regulamento proporcionar princpios para o processamento de
produtos alimentcios por radiao ionizante que sejam consistentes com
padres
89
II . REFERENCIAS
BRASIL,
de
Boas
Prticas
de
Fabricao
para
Estabelecimentos
Elaboradores/Industrializadores de Alimentos; e
BRASIL. Secretaria dc Vigilncia Sanitria - Ministrio da Sade, Portaria 1428
de 26 de novembro de 1993 - Estabelece o "Regulamento Tcnico para Inspeo Sanitria
de Alimentos", as "Diretrizes para o Estabelecimento de Boas Prticas de Produo e de
Prestao de Servios na rea de Alimentos" e o "Regulamento Tcnico para o
Estabelecimento de Padro de Identidade e Qualidade (PIQ's) para Servios e Produtos na
rea de Alimentos".
BRASIL.
90
ionizante.
microrganismos
Irradiao
penetra
profundamente
no
alimento,
eliminando
a temperatura do alimento.
Dados
cientllcos indicam que radiao ionizante pode reduzir significantemente nveis de muitos
microrganismos patognicos
0157:H7:
Staphylococcus
Campylobacter
coli
Jejuni; e o
uma organizao optar por produtos irradiados, estes devem estar conforme
uma
abordagem
de processo
para o desenvolvimento
91
IV. REQUERIMENTOS
1 . In-adiao
Produtos crneos ou vegetais devem ser tratados por radiao ionizante para reduzir
patgenos
veiculados
por alimentos
e para
extenso
da vida
de prateleira.
Resoluo
RDC n" 21 de 26/01/2001, que determina que, qualquer alimento pode ser tratado
com
para
alcanar
a finalidade
comprometeria
pretendida,
e a dose mxima
as propriedades funcionais
quela
que
perigos
poderiam existir, que pudesse afetar a segurana de seus produtos. Estes pontos so
chamados pontos crticos de controle (PCCs). Exemplos de pontos crticos de controle
esto o resfriamento: o processo de coco; procedimentos de processo, como enchimento
e lacrao de latas; e certamente procedimentos de abate . como remoo de organismos
internos. A localizao e nmero de perigos diferiro grandemente dependendo do tipo de
facilidade, alimentos preparados
e procedimentos de
fatores. Os PCC"s uma vez identificados, a planta tem que estabelecer limites crticos. Os
limites crticos so
tais
parmetros como tempo /temperatura, umidade, atividade de gua. pH. concentrao de sal
e nvel de cloro. Limites crticos podem estar estabelecidos em requisitos legais ou podem
ser estabelecidos pela planta, desde que amparado por
recomendaes de
para cada
92
produto se no puder
desnvolvendo-o para
um
e proporcionar segurana
alimentar, aes devem ser tomadas para o cumprimento de Boas Prticas de Fabricao e
posterior aplicao do Plano APPCC conforme
3. Dosimetria
Estabelecimentos
que
irradiam
produtos
alimentcios
devem
manter
procedimentos referentes a:
a) Procedimentos dc operao do laboratrio para determinar o valor de dose
ab.sorvida utilizando um dosmetro.
b) Critrio de Calibrao para verificar a preciso e consistncia dos meios/
instrumentos de medida (por exemplo, relgios de tempo e balanas).
93
c)
no solo ou
gua resduria em
94
da indstria, de modo a
fazenda e por
desenvolver e nutrir
em distribuio e comercializao
produo nesta fase baseado em princpios de APPCC podem ser teis, estabelecendo
prticas de reduo de risco na fazenda e durante as
fases
intermedirias
de
produo
animal/vegetal.
A segurana alimentar durante o transporte, armazenamento e venda tambm so
vnculos importantes na cadeia de segurana alimentar. Nestas reas as autoridades esto
trabalhando para desenvolver padres que estabeleam a segurana alimentar durante o
transporte, armazenamento com nfase na importncia de controle de temperatura
minimizando o crescimento dc microrganismos patognicos. Na etapa de venda, os
restaurantes
e afins
devem
trabalhar junto
a seus
funcionrios
para
adoo
devem estar em
95
diferenciado.
A preveno da contaminao tambm deve ocorrer nos estabelecimentos que
irradiam produtos alimentcios. O processo de estocagem deve ser embasado em boas
prticas de tal forma que os produtos que j sofreram irradiao sejam armazenados em
locais diferentes e isolados daqueles que aguardam para receberem o tratamento.
6. Embalagem
Para evitar contaminao ou infestao antes da iiTadiao os produtos alimentcios
devem ser embalados em materiais que proporcionem uma barreira efetiva para recontaminao ou re-infestao.
V. DOCUMENTAO
As empresas que
ter a
seguinte
implantado e efetivamente
para
anteriormente
indstria.
elaborao
de
documentao
comprobatria
do
de uma
processo,
96
VI- ROTULAGEM
Considerando
direito
dos
consumidores
de
ter
informaes
sobre
as
com
recipiente de tamanho com um sinal . carto ou outro dispositivo apropriado que suporte a
informao que o produto foi tratado com radiao. Em qualquer caso. a informao deve
ser proeminente e visivelmente exibida aos compradores.
"Irradiado" seja parte do nome do produto, etiqueta, sinal, carto ou outro dispositivo deve
suportar a declarao como " TRATADO COM IRRADIAO " ou " ALIMENTO
TRATADO POR PROCESSO DE IRRADIAO ".
A incluso de um produto / ingrediente irradiado em qualquer produto de mltiplos
ingredientes deve ser refletido na declarao de ingredientes sobre o rtulo do
produto
acabado.
VII. INSPEO
Pessoal especiflco para Programa de inspeo, dever
deve ser
VIII. VERIFICAO
A organizao deve avaliar que o sistema estabelecido para a segurana alimentar
capaz dc alcanar o nvel planejado dc controle dos perigos identificados. A atividade de
veriflcao deve incluir aes para confirmar que:
a) Os limites crticos estabelecidos para os P C C s (Pontos Crticos de Controle) .so
capazes de alcanar nveis aceitveis definidos.
b) A etlccia das medidas dc controle compe o sistema de controle.
97
necessrios de monitoramento, medio, anlise e melhoria para a segurana alimentar preestabelecida, de modo a:
a) demonstrar que o produto final apresenta nveis aceitveis
identificados
processo verificado.
As responsabilidades e os requisitos para planejamento, para execuo destas
verificaes e para relatar os resultados e manuteno dos registros devem ser definidos
em um procedimento.
Portanto a verificao deve ser planejada e deve incluir:
a) N4todo (s).
b) Freqncia (intervalos planejados).
c) Responsabilidade e
d) Registros.
98
4. COMENTARIOS
um alimento
99
parte de uma estratgia de segurana de alimentar que trata perigos em outros pontos da
cadeia: da fazenda mesa. Sendo assim, as atividades de segurana alimentar vo alm dos
processos nas indstrias/ plantas, com nfase em perigos que surgem durante transporte,
distribuio, e venda de varejo.
Melhorar segurana alimentar na produo animal e vegetal
intermedirias, antes da sua entrada efetiva na planta
e fases
da indstria, de modos a
desenvolver e nutrir medidas que possam ser levadas fazenda e por em distribuio e
comercializao
animais e vegetais
tanto, prticas de produo nesta fase baseado em princpios de APPCC podem ser teis,
estabelecendo prticas de reduo de risco na fazenda e durante fases intermedirias de
comercializao. Desta forma
Nestas reas,
APPCC clarifica os
oficiais.
COMtSS/)
100
de cada
101
5. CONCLUSO
O Sistema APPCC pode ser aplicado para toda cadeia alimentar como
fen-amenta de gerenciamento de segm^ana alimentar na identificao de medidas de
controle para preveno de doenas transmitidas por alimentos. A aplicao do sistema
APPCC permite identificao de perigos e a anlise de risco de cada perigo, guiando para o
estabelecimento de medidas de controle que so essenciais para segurana alimentar. Ao
nvel de processo, o APPCC deve sugerir o melhor instrumento para assegurar segurana
de produtos de produtos frescos e certamente de produtos manipulados por minimizar a
incidncia e nvel de microrganismos patognicos.
A irradiao deve ser aplicada em alimentos j embalados, porm no evita a
re-contaminao ou a re-infestao. A qualidade do alimento irradiado, bem como o de
outro alimento, funo da qualidade do produto original, que dever ser produzido
segundo as boas prticas de fabricao.
Os custos do tratamento de irradiao de alimentos so competitivos com
tratamentos alternativos. Em alguns casos a irradiao pode ser considerada menos
dispendiosa.
Este trabalho demonstrou que a adoo de gerenciamento de perigos baseado
em APPCC associado a aplicao de um tratamento de descontaminao tal como
irradiao de produtos crus de origem animal, alimentos slidos, alguns produtos frescos e
outros diversos produtos minimamente processados e cozidos, toma-se uma medida de
controle necessria para assegur-los e conseqijentemente torn-lo um ponto critico de
controle (PCC).
102
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