A Trindade

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A trindade

A Trindade e a Doutrina Bíblica 


(http://www.biblia.com.br)
A palavra trindade não se encontra na Bíblia.
Seria isso prova de que a doutrina não existe? A
palavra Milênio também não está na Bíblia e
por isso não existe o milênio ou um período de
mil anos? Claro que existe (Ap 20:1-3). O fato
de se usar uma nova palavra para uma doutrina
bíblica não significa que a doutrina não tenha
existido antes do aparecimento do novo
vocábulo. A doutrina não depende de novos
nomes, existia antes deles, assim também a
doutrina da Trindade.
Alguns acreditam que a doutrina da Trindade
foi inventada em 325 d.C., devido às disputas
com Ário, mas esquecem que, se essa doutrina
não existisse antes, por que Ário a combateria?
Na realidade a atitude de Ário demonstra que a
crença já era estabelecida e que a igreja, na sua
reação, elaborou mais detalhadamente a
doutrina com vistas a refutar os argumentos
filosóficos e os usos impróprios de
interpretações da Bíblia.
Além da Bíblia, a prova de que a doutrina da
divindade de Cristo e do Espírito Santo bem
como da Trindade (embora a palavra ainda não
tivesse sido usada) já era crida em toda a igreja
cristã, e ensinada pelos bispos, é uma carta de
Alexandre, bispo de Alexandria, no distante
Egito, para Eusébio da Nicomédia, na Ásia. Ela
é anterior a Nicéia, antes de Ário se tornar
notório pela pregação de sua “nova” doutrina.
Nessa carta, Alexandre queixa-se que sua
divergência com Ário deu-se por causa da
negação da divindade de Cristo:
Tudo isso devido a que nós não concordamos
com ele quando ele declarou em público, (…)
Sempre gerado, não procedente-criado, nem no
pensamento nem no mesmo momento Deus
originou o Filho, sempre Deus, sempre Filho, O
Filho procede do próprio Pai. 
A controvérsia que envolveu a igreja no oriente
e ocidente, considerou Ário como herege, e
provocou vários concílios desde 319 até 381.
Esta controvérsia absorveu meios e energias de
muitos líderes da igreja. Numa carta a seu
homônimo de Tessalônica na Grécia, Alexandre
declarou que, para conseguir implantar a
“novidade” de sua doutrina:
Ele [Ário] denunciou cada santa doutrina
apostólica; ele organizou no estilo dos judeus
um grupo de trabalho lutando contra Cristo. Ele
negou a divindade de nosso Salvador.
“Nós cremos no Espírito Santo” diz o credo
Niceno. A ausência da abordagem sobre a
divindade do Espírito Santo explica-se pelo fato
de que a questão em foco era a divindade de
Jesus, e, quando se fez necessária,
posteriormente, no concílio de Constantinopla
(381 d.C.), elaborou-se uma definição mais
ampla:
… “e no Espírito Santo, o Senhor, o Doador da
Vida, o qual procede do Pai, o qual com o Pai e
o Filho é adorado e glorificado, o qual falou
pelos profetas”. É o mesmo Espírito
mencionado no AT que é adorado como o são o
Pai e o Filho.
Os credos primitivos, elaborados pela igreja, ao
contrário do que alegam seus críticos, foram a
expressão das crenças anunciadas pelos
apóstolos e que podem ser comprovadas no NT.
Mas nem todas as crenças, visto não terem sido
alvo de ataques, apareceram em credos, embora
estejam claramente na Bíblia. Uma doutrina é
verdadeira por estar na Escritura como é o caso
da Divindade Triúna.
 A Influência Pagã no Anti-trinitarianismo
A Trindade era uma consenso estabelecido na
igreja antes das disputas arianas, bem como a
divindade de Jesus e do Espírito Santo. Apenas
não existia formulação oficial de concílio com
expressões técnicas. Estas se tornaram
posteriormente necessárias para enfrentar os
ataques de Ário.
Os argumentos de Ário, por outro lado, tiveram
origem em sua formação filosófica e não na
Bíblia. O que o impediu de permanecer na
doutrina trinitária foi a crença na filosofia
platônica do Monas. Esse Monas seria, na
filosofia platônica (pagã), a causa única,
primeira e indivisível. O Monas por ser único é
impossível ser dividido. Aí Ário deteve-se e
não pôde conciliar sua idéia com o que lhe
parecia ilógica e “anti-filosófica” doutrina
bíblica. Isso o levou a forçar a Bíblia a dizer o
que sua filosofia de antemão afirmava. Não é
sem motivo que alguns grupos ainda hoje
produzem suas próprias “traduções” da Bíblia
para atender aos interesses filosóficos que não
teriam apoio num puro “sola Scriptura”.
Ário, em uma carta a Alexandre bispo, de
Alexandria, confessa seu referencial pagão ao
declarar: “Deus é antes de tudo como um
Monas e causa. Portanto Ele é antes do Filho”.
Assim, sua conclusão dobrava a Bíblia à
filosofia. Ário e seus seguidores modernos
(alguns até inconscientes disso) acham-se na
defesa do platonismo pagão. Negam a verdade
da Palavra de Deus, sem perceberem, que na
tentativa de sustentação do unitarismo de Deus,
repetem a filosofia platônica. Fogem da
Trindade que é uma única divindade e caem na
adoração de um semi-deus, à moda pagã.
O próprio Filho de Deus na qualidade de uma
“divindade menor”, segundo algumas opiniões,
nem deveria existir, pois, conforme a Bíblia
declara: Vós sois as minhas testemunhas, diz o
Senhor [YHWH], o meu servo a quem escolhi;
para que o saibais, e me creiais, e entendais que
sou eu mesmo, e que antes de mim deus
nenhum se formou, e depois de mim nenhum
haverá (Is 43:10). (grifo nosso).
Se foi o Pai que falou as palavras acima, então
o Filho jamais seria um deus de qualquer
tamanho ou qualidade : “depois de mim deus
nenhum haverá”. Se, por outro lado, foi o Filho
quem falou estas palavra de Is 43:10, então Ele
nega que o Pai existia antes de Si: “antes de
mim deus nenhum se formou”. Ambos, então,
são co-eternos, como diz a Bíblia (Is 9:6; Mq
5:2; Jo 1:1-3).
A posição assumida de prestar a Jesus “um
tipo” de adoração diferente, sustentando que
Jesus foi “um deus” criado pelo Pai conduz ao
biteísmo que é idolatria.
O arianismo também confunde o conceito
cristão de Trindade com tríade ou uma trindade
comum:
 
TRINDADE
Uma só divindade
Natureza infinita
Atributos infinitos
Onipotente
Onisciente
Onipresente
Imutável
Perfeito
Bom
TRÍADE
Três divindades
Natureza finita
Atributos finitos
Impotentes
Sem onisciência
Sem onipresença
Mutáveis
Imperfeitos
Às vezes bons e maus
A questão das referências a Deus no plural
Deus refere-se a Si mesmo no plural. Pode ser
difícil para o pensamento ariano ou monista
platônico entender e aceitar a pluralidade de
Deus mas as evidências nas páginas da Bíblia
são expressivas. Tais passagens têm sido um
embaraço até mesmo para os judeus que não
têm podido explicar como Deus é sozinho e a
Bíblia, apesar disso, desvia-se inúmeras vezes
de uma linguagem singular para tratá-lO de
forma plural.
As passagens mencionam Deus declarando
“façamos” o homem à “nossa” imagem (Gn
1:26); o homem é como um de “nós” (3:22);
“desçamos e confundamos” ali a sua linguagem
(11:7) e: “A quem enviarei e quem há de ir por
nós?” (Is 6:8). Aqui em Isaías a palavra enviarei
é singular, nós é plural e quem fala é YHWH.
No entanto, o evangelho de João diz que a
glória que Isaías viu foi a de Jesus (Jo 12:37-
41). Já o apóstolo Paulo, no livro de Atos
atribui as palavras ditas por Deus ao Espírito
Santo (At 28:25-27) que, como se demonstrará
mais adiante, é uma pessoa distinta do Pai.
Portanto, o Senhor (YHWH) sobre o trono em
Isaías 6, entendido como o Pai, é revelado na
Bíblia como sendo também o Filho e o Espírito
Santo. Assim ocorre em outras passagens.
Ainda, a palavra “Deus” em Gênesis é também
plural. Em vez do singular El (Deus) a Bíblia
usa Elohim (Deuses) mas não para denotar o
sentido politeísta numérico pagão. Mesmo que
a forma Elohim seja muito debatida, a questão
permanece: Deus, em Gênesis, é tratado como
um só ser e agindo no plural. Ou seja, um ser
que se assume no plural!
A Declaração de que Deus é Um em Dt 6:4
A palavra usada no idioma hebraico (no qual o
AT foi escrito) é echad que significa uma união
e não uma pessoa sozinha. A mesma palavra é
usada para “o primeiro” dia que é “um” (heb.
echad) por ser o resultado da união da noite e da
parte clara (tarde e manhã) conforme o relato da
criação de Gênesis. O mesmo ocorre com o
casal humano. Deus os chama “uma” (heb.
echad), só carne em Gn 2:24. Portanto, a
palavra escolhida para definir que Deus é “um”,
significa não uma pessoa isolada mas uma
unidade.
Também a pessoa não perde sua personalidade
e nem se “dissolve” na outra quando é echad.
Desse modo o povo era “um” (heb. echad), e ao
mesmo tempo muitos (Gn 11:16); “um” (heb.
echad) coração mas era uma multidão (2Cr
30:12) e, como no novo concerto, Deus deu a
todos os crentes, seu povo, “um” (heb. echad)
coração (Jr 32:39) mas eles são muitos. Assim,
na esfera infinita de Deus há “um” (heb. echad)
Deus, embora sejam três pessoas.
Quando a Bíblia se refere a um ser ou algo
solitário usa a palavra “único” (heb. yechad)
que se refere a único, sozinho, como em Sl
68:6. Assim, quando Deus é definido Ele
é echad (unido) e quando é comparado com os
deuses falsos Ele é yechad (único). 
.
Separados mas ao mesmo tempo unidos:
Observe os textos:.
• Mateus. 3:16, 17: Jesus, o Espírito e a voz do
Pai.
 • João 14:26: “O Espírito Santo a quem o Pai
enviará em Meu nome”.
• Atos 7:55, 56: “Estando cheio do Espírito
Santo . . . viu a Jesus em pé, à mão direita de
Deus”.
 
.Possuem as mesmas caracteristicas:
Somos:
Templos de Deus: I Corintios. 3:17;
Templos do Espírito: I Corintios. 6:19;
 Morada de Cristo: Gálatas. 2:20.
.
.Quem nos dá a vida eterna?
Deus, o Pai: I João 5:11;
O Espírito Santo: Gálatas. 6:8;
Jesus: João 10:28.
..
Contra quem pecamos?
Contra Deus, o Pai: Deuteronômio. 6:16;
Contra o Espírito Santo: Atos 5:3, 9
Contra Jesus Cristo: I Corintios. 10:9 (cf. v.
4).
.
.Operação triplice:
Criação do Universo: 
Pai: Salmos. 102:24, 25;
Filho: Colossenses. 1:16;
Espírito Santo: Gêneses. 1:1, Jó 26:13.
.
.Na Criação da Terra:
 Pai: Gên. 2:7;
Filho: Colossenses. 1:16, João 1:3;
Espírito Santo: Jó 33:4.
..
Concessão de autoridade:
Pai: II Corintios. 3: 5, 6;
 Filho: I Timoteo. 1:12;
 Espírito Santo: Atos 20:28.
.
.O Espirito Santo possuir personalidade e
não é apenas uma energia ou força de Deus:
Ensina: Lucas. 12:12; João 14:26.
Convence: João 16:8; Gên. 6:3.
Perscruta: I Corintios. 2:10, 11.
Pode impedir: Atos 16:6, 7.
Concede, permite: Atos 2:4.
Administra, distribui: I Corintios. 12:11.
Fala: Atos 10:19; 13:2; João 16:13; Mateus.
10:18-20.
Toma decisões: I Corintios. 12:11.
Guia: João 16:13; Gálatas. 5:18.
Anuncia: João 16:14, 15.
É entristecido: Efésios. 4:30.
..
Prerrogativas divinas do Espírito Santo:
É onipresente, como Deus: Salmos. 139:7-10.
É onisciente, como Deus: I Corintios. 2:10, 11.
É criador, como Deus: Jó 33:4; Salmos.
104:30.
É Senhor (Jeová), como Deus: II Corintios.
3:17, 18.
É Recriador, como Deus: João 3:6; I João 5:4.
 
Os Símbolos Não Significam Que o Espírito
Santo Não Tem Personalidade
O Espírito Santo nunca foi visto pessoalmente,
salvo por meio de representações. Assim, Ele
aparece na Bíblia como fogo, vento, chuva e
pomba. Mas esses símbolos não tornam o
Espírito Santo inexistente como pessoa como
era o pensamento dos saduceus que não
acreditavam nem em anjos e nem em espírito
(At 23:8), ou certo grupo de crentes que nem
sabia que existia o Espírito Santo (At 19:2),
uma das razões do seu rebatismo (At 19:1-5)
É importante lembrar que Deus o Pai, Jeová, é
representado na Bíblia como fogo, luz, chuva,
orvalho, rocha, etc., sem que isso signifique que
o Pai não exista ou seja apenas uma energia.
Jesus também, e mesmo os anjos bons ou maus
são representados por símbolos diversos sem
afetar Sua personalidade. Deus é espírito (gr.
pneuma = vento), ninguém jamais o viu, e no
entanto Ele existe e é pessoal. O mesmo ocorre
com o Espírito Santo. O Consolador é espírito
(gr. pneuma = vento), ninguém o viu, e no
entanto ele existe e é pessoal, pois é descrito na
Bíblia com as mesmas características pessoais
que têm o Pai e o Filho.
Os símbolos usados para Deus, os anjos, Jesus e
a igreja não devem confundir as pessoas que
são identificadas pelos mesmos símbolos e nem
anular as respectivas personalidades. A seguir,
uma relação de símbolos bíblicos:
 
Fogo
Anjos são fogo (Hb 1:7; Ez 1:13, 14)
Deus é fogo (Hb 12:29)
 
Luz
Deus é luz (1Jo 1:5)
Jesus é Luz (Jo 1:4, 8, 9 e 8:12)
Anjo é luz (2Co 11:14)
Nós somos luzes (Mt 5:14)
 
Estrela
Jesus é estrela (Ap 22:16)
Anjos são estrelas (Ap 1:20)
Satanás é estrela (Is 14:12-13)
Nós somos estrelas (Dn 8:10; 12:3; Ob 4)
 
Chuva
Deus (Jeová) é chuva, orvalho (Os 6:3)
O rei Messias é como a chuva (Sl 72:6)
 
Espírito, vento
O Consolador é espírito (gr. pneuma).
 
Três Pessoas distintas mas unidas com um
mesmo propósito
Note-se os quinze exemplos que se seguem, da
individualidade e ação conjunta da divindade
em três Pessoas. (fonte: Pr. Gilson Medeiros,
2005):
1. (Jo 14:16) “E eu rogarei ao Pai e ele vos dará
outro (do grego allos = outro igual, da mesma
espécie) Consolador, a fim de que esteja para
sempre convosco.”
2. (Jo 14:26) “a quem o Pai enviará em meu
nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos
fará lembrar de tudo o que vos tenho dito”.
3. (At 1:1-4): exercendo funções diferentes: as
ações de Jesus (v. 1); a intermediação do
Espírito Santo (v. 2) e a promessa do Pai (v. 4).
4. (At 2:32, 33) Jesus ressuscitado (v. 32) a
promessa do Pai e o Espírito Santo derramado
(v.33).
5. (At 2:38-39) O batismo em nome de Jesus (v.
38); o Dom do Espírito Santo (v. 38) e o
chamado de Deus.
6. (Atos 4:8-10) Pedro cheio do Espírito Santo
(v. 8); Jesus crucificado e Deus que O
ressuscitou (v. 10)
7. (4:24-26) Deus, o soberano (v. 24); o Espírito
Santo que falou pela boca de Davi  (v. 25) e o
Ungido do Senhor (v. 26).
8. (5:31-32) Deus que exaltou (v. 31); o
Salvador (Jesus) e o Espírito Santo que é
testemunha juntamente com os apóstolos (v.
32).
9. (7:55-56) o Espírito Santo enchendo Estevão
que vê Deus no Céu e Jesus à Sua direita.
10. (10:46-48) Deus é engrandecido por pessoas
que receberam o Espírito Santo e foram
batizados em nome de Jesus.
11. (20:21-23) o arrependimento para com Deus
e a fé em Jesus (v. 21) e o Espírito Santo que
adverte das provações (v. 23).
12. (Ef 1:13-17) selados com o Espírito da
promessa o qual é penhor até ao resgate de Sua
propriedade (v. 13); a fé no Senhor Jesus (v. 15)
e Deus, o Pai da Glória (v. 17).
13. (Tt 3:4-6) a benignidade de Deus (v. 4); o
lavar renovador do Espírito Santo (v. 5) e a
mediação de Jesus Cristo (verso 6).
14. (Hb 10:12-15) Jesus que Se ofereceu e está
à destra de Deus (v. 12) e o Espírito Santo que
também disso dá testemunho (v. 15).
15. (1Co 2:10-12, 16) as coisas de Deus
somente podem ser reveladas pelo Espírito.
Esse Espírito vem  de Deus e só ele conhece as
coisas de Deus e nós temos a mente de Cristo
(v. 16).  
Nosso consolador
De acordo com a bíblia, o Espírito Santo é
quem nos convence do pecado da justiça e do
juizo. (João 16:8). É Ele quem nos mostra nossa
condição de pecador para assim sentirmos a
necessidade de um Salvador. É  dessa forma
que o Espírito Santo trabalha nos levando a
Cristo para que Cristo interceda por nós
perante o Pai (Hebreus 9:24 e João 14:6). Note
o trabalho conjunto da divindade no plano da
Salvação: Pai, Filho e Espírito Santo juntos
para resgatar o pecador. Mas, se eu quebro a
conexão com o Espírito Santo não o aceitando
como parte da divindade, quem irá trabalhar no
meu coração para mostrar minha condição
de pecador? para mostrar o quão mal eu sou e
que necessito de perdão e salvação?  Quando
pelas agruras da vida permitimos que nosso
coração endureça, a obra do Espírito Santo pode
ficar comprometida e nesse ponto é que Satanás
aproveita para influenciar a mente fragilidade
da pessoa... pois ele sabe que o pecado contra o
Espírito Santo é o único que não tem perdão
(Mateus 12:21). Mas saiba que Deus nos ama
incondicionalmente e fará de tudo para resgatar
o filho rebelde. Sabiamente, Deus respeita o
livre arbítrio humano, mas em Sua pré ciência,
Deus sabe o que é melhor para cada um de nós
e sabe o porquê de tanta dor e sofrimento que se
passa em nossos corações. Sabendo disso, Deus
nos mostra em sua palavra "...no mundo tereis
aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o
mundo." (Jo 16.33). Mesmo que muitos filhos
de Deus sinceros estejam rebeldes, tristes por
algum trauma, Deus não nos abandona e é
justamente na pessoa do Espírito Santo que ele
nos conforta, nos consola (João 14:16). Mas se
fecharmos nosso coração para o Espírito Santo,
quem irá nos consolar? 
Jesus não é um semi deus
No meio evangélico não é apenas o Espírito
Santo que é questionado. Alguns movimentos
também questionam a divindade de Cristo.
entendem que Cristo foi criado por Deus e
creem que ele não deve ser adorado. Algumas
traduções bíblicas colocam Jesus como um
mero ser criado. Veja o que diz algumas
traduções no texto de João 1:1
  “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava
com Deus e o verbo era um deus”
 Mas notamos que no Grego original não há
esse artigo indefinido. Lá encontramos:
 .Kái théos em ró Lógos: “E Deus era o
Verbo” ou “e o verbo era Deus” como é
comumente traduzido
  Perceba que não há um artigo indefinido que
diga que o verbo era um deus menor, algo
inferior, indefinido
 En archê en ró logos: “No princípio era o
Verbo...”  ou ainda "No princípio era a
palavra"
O termo Archê
 No original grego, a palavra para “princípio”
em Apocalipse. 3:14 (archê) é a raiz da palavra
“autor” de Hebreus. 12:1. Portanto, pode-se
entender perfeitamente que Cristo é o princípio,
ou o autor da Criação de Deus. É o agente da
Criação, como revelado em Col. 1:16; João 1:3,
etc. a palavra “princípio” nem sempre tem o
sentido de “começo” , podendo ainda significar
“lei que rege alguma coisa” , como qualquer
bom dicionário demonstra. A referência ao
verbo com sendo Jesus é clara visto o próprio
apóstolo dizer que "o verbo se fez carne e
habitou entre nós" (verso 14).
 Natureza humana e divina de Cristo
 Em alguns textos, Cristo aparece em sua
natureza humana e em outros em sua natureza
divina. Talvez por isso, alguns não aceitem a
divindade de Cristo, todavia essa "dualidade"
era extremamente necessária dentro do plano da
salvação.
Lembremos que vivemos um grande conflito.
Uma luta que iniciou no céu e foi transferida
para a Terra. Satanás e seus anjos se rebelaram
contra Deus (apocalipse 12:7-10). Tal rebelião
resultou no surgimento da mancha do pecado na
raça humana. As consequencias disso
demandaria a morte do pecador (Romanos 6:23)
porém, Cristo assumiu essa consequencia por
nós. Dessa maneira era necessário que Ele
como Salvador, Deus encarnado,viesse  e
morresse em nosso lugar. Por outro lado, Ele se
revestiu da natureza pecaminosa humana, ou
seja: sentiu tudo o que nós serem humanos
sentimos; medo, tristeza, frio, etc...ele sentiu na
pele o peso de nossa natureza, porém NUNCA
pecou. Mas o fato de ter sido revestido dessa
natureza em nada dimuniu sua divindade, veja:
Jesus tratado como Deus: compare Salmos.
102:22 e 25-28 com Hebreus 1:9-12. Neste
salmo, a referência a Deus é óbvia (ver ainda
102:1). Hebreus. 1:8, 9 indica referir-se ao
Filho.
O Senhor é aguardado: Isaias. 25: 8, 9. Quem é
o aguardado, a não ser Jesus? Tito 2:13.
Estêvão orou a Cristo para que recebesse o seu
espirito. E a Bíblia diz que “o espírito volta para
Deus que o deu” (Eclesiastes. 12:7).
Jesus defendeu Sua pré-existência aplicando-Se
a mesma expressão referente a Jeová no Velho
Testamento: Leia Êxodo. 3:14 e João 8:58
(F.Almeida). O resultado dessa Sua declaração
foi que os judeus tentaram apedrejá-Lo porque
entenderam bem o que Ele quis dizer com
aquela expressão (ver vs. 59).
 “Por isso o Senhor mesmo lhe dará um sinal: a
virgem ficará grávida e dará luz a um filho e o
chamará Emanuel” Isaias 7:14. Emanuel
significa “Deus conosco”. Compare com
Mateus 1:23
.Em Filipenses 2:6-9 Cristo não renuncia a ser
Deus. Simplesmente toma a forma humilhante
de servo por ocasião da Encarnação. Ele
acrescentou Sua natureza divina à humana,
combinando-as numa só personalidade. Daí ser
tanto “Filho do homem” como “Filho de Deus”
no Novo Testamento. A passagem deve ser
entendida à luz de seu contexto. Na Nova Terra
estará o trono “de Deus e do Cordeiro”
(Apocalipse. 22:1 e 3). Logo, Cristo terá um
trono junto a Deus.
O livro do Apocalipse em muitos momentos faz
referência a Cristo, algumas vezes como o
"cordeiro". e ao lermos o texto do capitulo 5,
versos 12 a 14 notamos claramente a adoração a
Cristo:
"Que com grande voz diziam: Digno é o
Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e
riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e
glória, e ações de graças...E os quatro animais
diziam: Amém. E os vinte e quatro anciãos
prostraram-se, e adoraram ao que vive para
todo o sempre". Apocalipse 5:12- 14
A palavra grega PROSKUNEO, traduzida
como "adoraram" é a palavra usada no texto
acima. De acordo com o original
significa “aproximar-se e cair diante” ou
“adorar de joelhos”. Uma clara referência que
Cristo DEVE ser adorado, que ele é divino.

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