Material Sobre Capacidades Fisicas (Recorte) PDF

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Recorte do Texto Original: Apostila De Educação Física - E.E.E.P.

Osmira Eduardo De Castro -


Morada Nova/Ce Profº Hecctor Rodrigo Magalhães Freitas - Cref 006283-G/Ce. Disponível na
internet: https://www.passeidireto.com/arquivo/52006952/capacidades-fisicas-basicas. Acesso em:
01/10/2020.

1. CAPACIDADES FÍSICAS BÁSICAS

Para a prática de uma atividade física, coloca-se em jogo várias capacidades físicas.
Capacidades físicas são ações musculares e processos motores que dizem respeito à formação
corporal e a técnica de movimentos, ou seja, qualidades que fazem parte de nosso corpo,
essenciais para uma vida ativa e saudável.
Entre as capacidades físicas, podemos citar: a coordenação, a flexibilidade, resistência,
velocidade, força, agilidade e equilíbrio. Cada uma delas tem características, desenvolvimento e
curiosidades muito peculiares. Quando assistimos ao desempenho de um atleta vencendo
obstáculos, podemos ter certeza de que ele está utilizando uma ou mais capacidades físicas. Mas
o cidadão que não pratica esporte de alto nível também deve melhorar o nível de suas capacidades
físicas se estiver interessado em manter uma boa postura, resolver as tarefas do cotidiano ou
mesmo praticar atividade física voltada para o lazer. (DARIDO E JUNIOR, 2007).

1.1 COORDENAÇÃO

A coordenação motora é a capacidade do cérebro de


equilibrar os movimentos do corpo, mais especificamente
dos músculos e das articulações. Pode-se verificar o
desempenho motor de uma pessoa através de sua agilidade,
velocidade e energia.

A coordenação motora é dividida em:


• Coordenação geral
• Coordenação geral específica
• Coordenação fina

Coordenação motora grossa ou geral - que visa utilizar os grandes músculos (esqueléticos)
de forma mais eficaz tornando o espaço mais tolerável à dominação do corpo, de fora global mais
eficiente, plástica e econômica. Este tipo de coordenação permite a criança ou adulto dominar o
corpo no espaço, controlando os movimentos mais rudes.
Ex: andar, pular, rastejar etc.
Coordenação geral específica - permite controlar movimentos específicos de uma atividade.
Ex: chutar uma bola (futebol), arremessar (basquete) e etc.
Coordenação motora fina - que visa utilizar os pequenos músculos de forma mais eficaz
tornando o ambiente controlável pelo corpo para o manuseio de objetos, produzindo assim
movimentos delicados e específicos.
Ex: recortar, lançar ao alvo, escrever, digitar etc.
1.2 FLEXIBILIDADE

Flexibilidade - É capacidade de aproveitar as


possibilidades de movimentos articulares, os mais amplos
possíveis, em todas as direções. Em diversos esportes e
atividades físicas, pode-se perceber a influência de
flexibilidade na execução de movimentos.
Amplitude de Movimento - Dimensão do
deslocamento do corpo ou de seus segmentos entre certos
pontos, de orientação convencionalmente escolhida,
expressada em graus e unidades lineares.
Mobilidade - Refere-se à amplitude de movimento permitida pela articulação em função de
seus diversos componentes.
Elasticidade - Diz-se à capacidade de extensão elástica dos componentes.
Plasticidade - É a capacidade dos elementos articulares de se distendem e não retornarem
à sua medida inicial. Em parte, no caso dos componentes articulares, a deformação é apenas
temporária, porém, uma pequena parte das deformações plásticas ocorridas como resultado do
treinamento de flexibilidade de alta intensidade são irreversíveis.
Por que a flexibilidade é importante?
• Para aumentar a qualidade e a quantidade dos
movimentos;
• Melhora a postura corporal;
• Diminui os riscos de lesões;
• Favorecer a maior mobilidade nas atividades
diárias e esportivas.

Ligamentos - tem baixo coeficiente de elasticidade e alto coeficiente de plasticidade.


Tendões - tem baixo coeficiente de elasticidade e de plasticidade.
Músculos - tem alto coeficiente de elasticidade, principalmente quando trabalhados para tal.
Obs.: - Geralmente quando os limites são superados em seus coeficientes de elasticidade e
plasticidade, causa o rompimento das estruturas e o surgimento de lesões.

Quanto a Flexibilidade: A flexibilidade é bastante específica para cada articulação podendo


variar de indivíduo para indivíduo e até no mesmo indivíduo com passar do tempo.
Curiosidades e características da flexibilidade
A flexibilidade sofre a influência de alguns fatores que podem ser caracterizados pela idade e
pelo sexo. Do nascimento até a velhice, a flexibilidade tem picos e quedas. Nos bebês, as
articulações não estão formadas por completo, por isso eles conseguem colocar os pés na boca.
Até a fase pré-púbere, a flexibilidade é grande. Na adolescência, há uma diminuição, que
tende a se acentuar na fase adulta e na velhice.
As meninas, em geral, têm flexibilidade maior que os meninos, porque, entre outros fatores,
elas tendem a ter uma quantidade menor de massa muscular, possibilitando uma maior mobilidade
articular.
Existem meninos com mais flexibilidade do que as meninas, mas é uma minoria.

Tipos de Flexibilidade:
• Ativa - é a máxima amplitude que se pode obter através de movimentos efetuados pelos
músculos de forma voluntária.
• Passiva - é a máxima amplitude articular que se consegue em um movimento através da
açãovde uma segunda pessoa, aparelhos, força da gravidade, etc.

1.3 RESISTÊNCIA

Resistência – é a capacidade de realizar trabalho muscular com uma dada intensidade e


durante um determinado período. O principal fator limitante e que simultaneamente afeta o
resultado é a fadiga. Considera-se que um atleta tem uma boa resistência quando não se cansa
facilmente ou ainda quando consegue continuar a realizar um determinado movimento em estado
de fadiga. Dentro do complexo das capacidades motoras, a resistência é a capacidade que deve
ser desenvolvida em primeiro. Sem uma boa resistência é difícil repetir suficientemente outros tipos
de treino de modo a desenvolver outros componentes da aptidão física.

Tipos de resistências:
• Resistência aeróbica;
• Resistência anaeróbica.

Resistência anaeróbia - É a capacidade de execução de


determinada atividade com alta intensidade em um curto espaço de
tempo, durante um período inferior a três minutos. O
desenvolvimento da resistência anaeróbia em atletas de alto nível
possibilita o prolongamento dos esforços máximos mantendo a
velocidade e o ritmo do movimento, mesmo com o crescente débito
de oxigênio, da consequente fadiga muscular e o aparecimento de
uma solicitação mental progressiva.
Resistência aeróbia – Esse tipo de resistência permite manter
o esforço de intensidade moderada durante longo tempo, com
equilíbrio entre o que se capta de oxigênio e o que se consome. A
maratona, as corridas de longa distância do atletismo, como a prova
de 10 mil metros, a marcha atlética, o triatlo, o duatlo, a natação de
longa distância são exemplos de atividades físicas que requerem
bons níveis de resistência aeróbia.

1.3 VELOCIDADE

Velocidade – É a capacidade de execução de um movimento ou


cobertura de uma distância no menor tempo possível ou como a capacidade
de realizar um esforço de máxima frequência e amplitude de movimentos
durante um tempo curto.
Podemos observar a velocidade em muitas atividades esportivas e
recreativas, assim como no nosso cotidiano. Nas atividades esportivas, a
velocidade aparece no futebol, no atletismo, no basquete, no vôlei, na
natação. Nas atividades recreativas, está em jogos como pega-pega, pique-bandeira. Em nosso
cotidiano, aparecem situações como “atravessar a rua correndo”, “correr porque vai chover”.

A velocidade está dividida em três:


• Velocidade de reação - “tempo requerido para ser iniciada
uma resposta a um estímulo específico”.
• Velocidade de deslocamento ou velocidade de
movimento - “A capacidade máxima de um indivíduo deslocar-se
de um ponto para outro”, sendo importantíssima nos esportes
coletivos e no Atletismo (provas de velocidade).
• Velocidade de movimento dos membros (superiores
ou inferiores) - “a habilidade de mover os braços ou pernas tão
rápidas quanto possível”.

1.4 FORÇA

Força - É a capacidade física que permite a um músculo ou um


grupo de músculos produzir uma tensão e vencer uma resistência
na ação de empurrar, tracionar, elevar, apertar, abaixar, segurar
etc.
Tipos de Força: A força nunca aparece sob uma forma pura,
mas constantemente como uma combinação, ou mais ou menos
como uma mistura de fatores físicos de condicionamento da
“performance”. São elas:

• Força dinâmica (isotônica) - É “o tipo de força que envolve as forças dos músculos nos
membros em movimentos repetidos durante um período.
• Força de explosão (potência) - É a capacidade que o sistema neuromuscular tem de
superar resistências com a maior velocidade de contração possível. Esta combinação de
velocidade de contração muscular e velocidade de movimento designam-se frequentemente
potência.
• Força estática (isométrica) - É “o tipo de força que explica o fato de haver força produzindo
calor, e não havendo produção de trabalho em forma de movimento”.

1.6 AGILIDADE

Agilidade - É a capacidade de deslocar o corpo no


espaço o mais rápido possível, mudando o centro de
gravidade de posição, sem perder o equilíbrio e a
coordenação dos movimentos.
A agilidade aparece muito nas atividades esportivas e
recreativas, assim como em movimentos relacionados ao
nosso dia a dia. Por exemplo: nos esportes – basquete,
esgrima, boxe, vôlei, tênis, futsal, futebol americano; nas
atividades recreativas – pega-pega, queimada, pique-
bandeira; nas atividades do cotidiano – o desviar de algum
objeto lançado em nossa direção.

1.7 EQUILÍBRIO

Equilíbrio - É uma das capacidades físicas mais importantes e precisamos dele em diferentes
situações: ficar em pé, andar, andar de bicicleta, de patins, de skate etc.
É a capacidade de manter o corpo estável em uma posição estática ou em movimento.
Os principais órgãos responsáveis pelo equilíbrio são o labirinto do ouvido interno e o
cerebelo, que tem influência no equilíbrio por ser responsável pela coordenação de todos os
movimentos.
A posição da cabeça nas atividades é importante para a manutenção ou perda do equilíbrio.
Observe uma bailarina quando faz giros, ela está sempre olhando para um ponto fixo e só gira a
cabeça após o corpo girar, sem tirar o olho do ponto.
Há alguns tipos de equilíbrio.
O equilíbrio dinâmico é aquele que o indivíduo mantém
equilibrando-se durante um movimento. Por exemplo, quando
andamos de bicicleta, quando andamos em um muro, quando
corremos.
O equilíbrio estático é a capacidade de equilibrar-se em uma
posição estática, sem movimento. Esse equilíbrio está presente ao
ficarmos de pé por exemplo.
O equilíbrio de recuperação é a capacidade de recuperar o
equilíbrio em uma posição específica, após sofrer um desequilíbrio.
Por exemplo, quando um ginasta sai da barra fixa, ou cavalo, após
um salto, tem que cair de pé, sem mover os dois pés para frente ou
para trás.

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