Roteiro de Estudo 1bi
Roteiro de Estudo 1bi
Roteiro de Estudo 1bi
2. Ao elucidar sobre o SUS, o autor Paim (2012) estabelece uma série de conexões
sobre as lógicas os tipos de seguridade social. A partir desta síntese, estabeleça um texto que
exemplifique a relação entre os tipos de seguridade e os períodos históricos que marcam a
construção da saúde coletiva brasileira.
Os sistemas de saúde correspondem a 3 espécies: assistência, seguro social e
seguridade social.
Nos países que adotam o sistema baseado na assistência, o atendimento de saúde é
residual, concedido apenas aos que comprovarem condição de pobreza, como proteção social
aos que não podem pagar planos de saúde. Ex. EUA.
Já nos países que adotam o sistema de seguro social, são beneficiários dos serviços
de saúde fornecidos pelo Estado aqueles que contribuem para a previdência social. Ex.
Alemanha, França e Suíça. Este foi o sistema adotado no Brasil em 1920, através de caixas de
aposentadorias e pensões, permanecendo vigente até a CF/88.
Por sua vez, o sistema da seguridade social, a saúde é direito do cidadão e é
financiada de forma solidária por toda a sociedade, com contribuições e impostos. Ex. Canadá,
Inglaterra. A partir da Constituição de 1988, o Brasil passou a adotar o sistema da seguridade
social, compreendendo a universalidade do direito à saúde, fornecida tanto pela iniciativa
privada quanto pelo poder público.
3. Ao apresentar as bases que constituem o SUS, entende-se que seu modelo foi
organizado com base em diversos princípios básicos. Entre eles, destacam-se quatro
norteadores: a universalidade, a equidade, a integralidade e a gratuidade. Escreva uma
breve síntese sobre esses quatro princípios.
a) Estratificação de risco
A estratificação de risco refere-se ao acolhimento e escuta do indivíduo que chega à
UBS, a fim de que seja possível compreender o seu nível de sofrimento físico e mental, para
fornecer o atendimento adequado. Observa-se baixo risco quando os sintomas são leves e
moderados, sem contextos agravantes ou atenuantes, de médio risco quando os sintomas são
moderados com agravantes e atenuantes, e de alto risco quando os sintomas são graves e
persistentes com agravantes e atenuantes.
A estratificação de risco deve considerar a idade, o sexo e fatores hereditários, as
redes sociais e comunitárias, as condições de vida como desemprego, ambiente de trabalho,
acesso à rede de água e esgoto, serviços de saúde, habitação, educação, consumo de
alimentos, abarcando as condições socioeconômicas, culturais e ambientais como um todo.
b) Linhas de cuidado
As linhas de cuidado podem ser de atendimento primário, secundário ou terciário.
Para estratificações de baixo risco são oferecidos cuidados de forma progressiva e
atendimento primário, como grupos terapêuticos de ajuda mútua, academia da saúde,
medicamentos, psicoterapia individual, consultório de rua, núcleo de apoio saúde da família.
Para estratificações de médio e alto risco é possível o atendimento domiciliar com a família,
suporte de pontos de atenção secundário (CAPS e unidades de acolhimento) e terciário
(hospital geral e psiquiátrico), intervenções psicoeducacionais, cuidado a comorbidades
clínicas.
c) Busca ativa
Diz respeito à procura de indivíduos para identificação sintomática de doenças e
agravos de importância local, com interação não só com o sujeito, mas com o seu espaço e
território, conhecendo suas relações, sofrimento psíquico, qualidade de vida, para alcançar sua
reinserção em sociedade.
No caso da pessoa idosa, deve ser considerada uma linha de cuidado intersetorial,
com atendimento por equipe multiprofissional que ofereça atendimento integralizado, tanto
de saúde física quanto mental. Na saúde psíquica, essa parte da população pode necessitar de
atendimento individual psicoterápico, medicamentoso, de orientação, suporte social, visitas
familiares, ações envolvendo a comunidade e inserção social e familiar.
Os fatores de risco a serem observados na estratificação incluem as comorbidades que já
acometem o indivíduo e associação entre elas, idade, se não há rede de proteção como
presença habitual de familiares ou amigos, proximidade com o local de atendimento
(especialmente considerando a perda de mobilidade que usualmente acomete os idosos), a
classe e função social. Poder ser considerados fatores de proteção a proximidade com
familiares, inserção na comunidade, função social ou grau de inserção na sociedade.