Aulas - Saude Coletiva

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BASES LEGAIS E HISTÓRICAS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

PROF.ª Ms. Vanessa Franquini


Conhecer a História da
Saúde no Brasil e a
construção do SUS

Conhecer e atuar em atividades


planejadas, criando condições
de produzir mudanças de
comportamento desejadas em
relação a Saúde.

Conhecer os princípios que


estruturam e organizam o
SUS e as leis que o
regulamentam.

Conhecer as Políticas
Públicas em Saúde e sua
influência na Assistência à
Saúde
História da Saúde no Brasil
O sistema de saúde no Brasil antes do Sistema Único de Saúde

PROFª. Ms. Vanessa Franquini


O sistema de saúde no Brasil antes do Sistema
Único de Saúde

 A assistência à saúde até a chegada da família real no Brasil era


realizada por curandeiros e pajés, por meio da utilização das
plantas, ervas, rezas e feitiços para tratar os doentes.

 Na época, alguns jesuítas vindos da Europa traziam algum


conhecimento da prática médica, utilizando-se principalmente
do isolamento como técnica para tratamento de doentes.

 Com a chegada da família real em 1808, vieram também alguns


médicos europeus e foi fundada a primeira faculdade de
medicina, objetivando a institucionalização de programas de
ensino e a normalização da prática médica em conformidade
com os moldes europeus.
O sistema de saúde no Brasil antes do Sistema
Único de Saúde

 Com o tempo, as práticas populares foram substituídas e surgiram hospitais


públicos para atender algumas doenças consideradas nocivas à população e
de necessário controle pelo Estado, como as doenças mentais, a tuberculose
e a hanseníase.

 Nesse período havia predomínio das doenças transmissíveis, as primeiras


ações de saúde pública que passaram a ser implementadas no Brasil colônia
eram voltadas para a proteção e saneamento das cidades, principalmente as
portuárias, responsáveis pela comercialização e circulação dos produtos
exportados, pelo controle e observação das doenças, dos doentes e dos
ambientes; além da teorização acerca das doenças e a construção de
conhecimento para adoção de práticas mais eficazes no controle das
enfermidades.
O sistema de saúde no Brasil antes do Sistema
Único de Saúde

 A preocupação maior era a saúde da cidade; a assistência ao trabalhador era


uma consequência dessa política. Assim, foi implantada a quarentena, ou
seja, o afastamento por quarenta dias do doente do ambiente em que
residia e circulava, como estratégia de reduzir a propagação de doenças
entre os trabalhadores, mas sem a preocupação efetiva com o seu
tratamento.

 Com a Proclamação da República em 1889, as políticas de saúde ganharam


ainda mais espaço, assumindo um papel importante na construção da
autoridade estatal sobre o território.
O sistema de saúde no Brasil antes do Sistema
Único de Saúde

 Os problemas advindos da falta de saneamento básico e do


crescimento das epidemias fizeram com que, em 1903, Oswaldo
Cruz propusesse o código sanitário que instituiu a desinfecção,
inclusive domiciliar, a notificação permanente dos casos de
febre amarela, varíola e peste bubônica e a atuação da polícia
sanitária.

 Ele também implementou sua primeira grande estratégia no


combate às doenças: a campanha de vacinação obrigatória. A
natureza autoritária dessas campanhas gerou oposição por
parte da população, políticos e líderes militares, o que resultou
na Revolta da Vacina, em 1904, movimento este contrário à
obrigatoriedade de vacinação contra a varíola.
O sistema de saúde no Brasil antes do Sistema
Único de Saúde

 A polícia sanitária tinha, entre outras funções, a tarefa de


identificar doentes e submetê-los à quarentena e ao
tratamento. Se a pessoa identificada como doente não tivesse
recurso próprio para se isolar em fazendas e pagar médicos
próprios, era enviada para hospitais gerais ou simplesmente
isolada do convívio social, sem qualquer tratamento específico,
o que significava uma sentença de morte para a maioria; tal
prática causou pânico e insatisfação na população.

 Entre 1910 e 1920 teve início a segunda fase do movimento


sanitarista com Oswaldo Cruz, e a ênfase passou a estar no
saneamento rural e no combate às endemias rurais.
O sistema de saúde no Brasil antes do Sistema
Único de Saúde

 A crise cafeeira, os movimentos populares anarquistas e comunistas


reivindicavam ações do Estado por melhorias na atenção à saúde. Foi a
partir desses movimentos que em 1923 teve início as Caixas de
Aposentadorias e Pensões que proporcionavam também assistência médica,
porém não era para todas as categorias.

 Na República Nova, que teve início em 1930, na Era Vargas, ocorreu o


fortalecimento da industrialização, surgiram as políticas de proteção ao
trabalhador e foi criado o instituto de aposentadoria e pensão, pelo qual os
trabalhadores urbanos passaram a ter a assistência médica que estava
vinculada a categorias profissionais. O Estado mantinha centros e hospitais
para a população pobre, os ricos eram atendidos por médicos particulares e,
no período, havia predomínio das doenças relacionadas à pobreza e
patologias da vida moderna.
O sistema de saúde no Brasil antes do Sistema
Único de Saúde

 Nos anos de 1950, com o processo de aceleração da industrialização, houve


crescimento no sistema de saúde para atender a massa de trabalhadores
industriais, surgindo os grandes hospitais, com tecnologia mais avançada.

 Nessa fase, instaurou-se a prática de convênios com empresas para suprir as


demandas cada vez mais crescentes.

 Com os avanços das ciências médicas e dos medicamentos, houve aumento


da expectativa de vida e a população começou a sofrer de doenças crônicas
típicas da modernidade. O modelo de saúde passa a ser centrado em
hospitais e a assistência à saúde torna-se mais cara.
 O golpe militar de 1964 trouxe mudanças no sistema de saúde, houve
ênfase na assistência médica e expansão da medicina previdenciária com a
unificação dos institutos de aposentadoria e pensão, dando lugar ao
Instituto Nacional de Previdência Social (INPS).
O sistema de saúde no Brasil antes do Sistema
Único de Saúde

 Durante todo o regime militar autoritário houve pouco investimento na área


de saúde pública, o saneamento e as políticas de habitação populares foram
negligenciados, doenças já erradicadas voltaram, surgiram surtos
epidêmicos, a pobreza e a desigualdade social foram intensificadas.

 No período houve aumento das moléstias infecto-contagiosas, com


aumento de casos de tuberculose, malária e doença de Chagas. O país foi
recordista mundial em acidentes de trabalho e teve um grande surto de
meningite.

 A atenção à saúde era caracterizada por uma separação entre saúde pública,
medicina previdenciária e medicina do trabalho.

 O cenário era marcado por uma prática curativa individual especializada,


orientado para a medicina privada, organizado para o lucro e privilégio do
O sistema de saúde no Brasil antes do Sistema
Único de Saúde

 Essa época, também conhecida como “o fim do milagre econômico”, em


1975, pode ser retratada pela presença de baixos salários, desemprego com
graves consequências sociais, como o aumento da marginalidade, das
favelas e da mortalidade infantil.

 O modelo de atenção à saúde previdenciária passou a demonstrar ser


incapaz de solucionar os principais problemas de saúde, tais como:
• As endemias, as epidemias e os indicadores de saúde (mortalidade infantil,
por exemplo);
• O aumento dos custos da medicina curativa, centrada na atenção médico-
hospitalar de complexidade crescente;
• A diminuição na arrecadação do sistema previdenciário, reduzindo as suas
receitas;
• A incapacidade do sistema em atender uma população cada vez maior de
O sistema de saúde no Brasil antes do Sistema
Único de Saúde

marginalizados que, sem carteira assinada e contribuição previdenciária, se


viam excluídos do sistema;

• Desvios de verba do sistema previdenciário para cobrir despesas de outros


setores para a realização de obras por parte do governo federal;
O não repasse pela União de recursos do Tesouro Nacional para o sistema
previdenciário, visto ser este tripartite (empregador, empregado e União).

 A assistência à saúde no Brasil era excludente, pois somente uma parcela da


população tinha o direito à assistência médica prestada pelo Instituto
Nacional de Previdência Social (INPS), e os serviços de saúde não
conseguiam atender o restante da população.
Reforma Sanitária

 A reforma no sistema de saúde teve início com o movimento


sanitário em meados da década de 1970, porém se estruturou
no período da redemocratização do país.

 O movimento sanitário buscava transformar a assistência à


saúde vigente no país

 reivindicava o direito à saúde a todo cidadão, que as ações de


saúde fossem integradas em um único sistema, que assegurasse
o acesso a toda a população em todos os serviços de saúde,
tanto preventivo como curativo;
Reforma Sanitária

 Em 1985, a ditadura militar chega ao fim e tem início a Nova


República, com movimentos populares que exigiam a
redemocratização do país e direitos à saúde e cidadania.

 O marco histórico do movimento de reforma sanitária foi a VIII


Conferência Nacional em Saúde, em 1986, que reuniu cerca de
4 mil pessoas, mobilizou intelectuais, trabalhadores de saúde e
toda a sociedade brasileira para debater e propor medidas que
reorientassem o sistema de saúde no Brasil.
Reforma Sanitária

 Essa conferência contou com a participação, pela primeira vez,


das entidades da sociedade civil organizada de todo o país,
como representantes sindicais, das associações de profissionais
de saúde, de movimentos populares em saúde, do Centro
Brasileiro de Estudos de Saúde (CEBES) e da Associação
Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (ABRASCO).
Reforma Sanitária

 Alguns itens importantes do relatório da VIII Conferência estão


listados a seguir:

• Saúde como Direito em seu sentido mais abrangente, a saúde é


resultante das condições de alimentação, habitação, educação,
renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer,
liberdade, acesso e posse da terra e acesso a serviços de saúde;
• Direito à saúde significa a garantia, pelo Estado, de condições
dignas de vida e de acesso a todos os cidadãos, sem
discriminação, às ações e serviços de promoção, proteção e
recuperação de saúde, em todos os seus níveis, a todos os
cidadãos, levando ao desenvolvimento pleno do ser humano
em sua individualidade.
Reforma Sanitária

 O Sistema de Saúde anterior ao SUS era excludente, pois apenas uma


parcela da população tinha acesso à saúde. Exemplo: Os trabalhadores com
carteira assinada tinham direito à previdência social, porém os
trabalhadores sem carteira assinada e contribuição previdenciária eram
excluídos do sistema.
• Foram muitos os problemas que deram origem à reformulação do sistema
de saúde brasileiro, os mais importantes são:
• Desigualdade no acesso aos serviços de saúde;
• Multiplicidade e falta de coordenação entre as instituições que atuavam no
setor;
• Desorganização dos recursos empregados nas ações de saúde, curativas e
preventivas;
• Baixa resolutividade e produtividade dos recursos existentes;
• Falta de integralidade da atenção;
• Escassez de recursos financeiros;
• Gestão centralizada e pouco participativa
O novo sistema de saúde: o SUS

 O novo sistema de saúde proposto pela Constituição Federal de


1988 foi denominado SUS. Esta Constituição estabeleceu que a
saúde é dever do Estado, que abrange a União, os Estados, o
Distrito Federal e os municípios.

 Este sistema trouxe uma nova concepção de saúde, não mais


centrada na ausência de doença, mas relacionada com
qualidade de vida, a qual é composta por um conjunto de bens
que engloba alimentação, trabalho, educação, meio ambiente,
saneamento básico, renda econômica, moradia, lazer, entre
outros.
O novo sistema de saúde: o SUS

 O SUS integra num único sistema as políticas de saúde, as


políticas de previdência e assistência social. Esse novo modelo
significou a formulação de uma estrutura de proteção social
abrangente, justa, com igualdade na participação e custeio, e
democrática, na qual a provisão e o dever de atenção
competem ao Estado.

 O SUS tem as seguintes características principais:


• Atender a todos, conforme suas necessidades, sem distinção;
• Atuar de maneira integral, isto é, as ações de saúde devem estar
voltadas ao indivíduo e à comunidade, englobando ações de
promoção, prevenção, tratamento e reabilitação;
O novo sistema de saúde: o SUS

• Ser descentralizado, ou seja, o poder de decisão deve ser


daqueles que são responsáveis pela execução das ações, pois
quanto mais perto do problema, mais chance se tem de acertar
sobre a sua solução;

• Ser democrático, ou seja, deve assegurar o direito de


participação de todos os segmentos envolvidos com o sistema -
dirigentes institucionais, prestadores de serviços, trabalhadores
de saúde e, principalmente, a comunidade, a população, os
usuários dos serviços de saúde.
O novo sistema de saúde: o SUS

 A gestão democrática do SUS se efetiva principalmente através das


Conferências de Saúde, de caráter propositivo e dos Conselhos de Saúde,
que são deliberativos e permanentes no SUS, em cada esfera de governo, é
um importante modelo de participação da cidadania, que se dá através da
sociedade civil organizada e da consagração do processo de controle social.

 Controle social é de vital importância para o acompanhamento do


desenvolvimento das ações e serviços, bem como da fiscalização dos gastos
públicos.

 A Conferência Nacional é um processo realizado em três etapas: Municipal,


Estadual e Nacional. Dessa forma, são realizadas inicialmente as
Conferências Municipais, onde são discutidas necessidades locais e que
serão apresentadas na Conferência Estadual, que por sua vez debatem as
proposições nos Estados que serão apresentadas na Conferência Nacional.
Sistema Único de Saúde – Princípios Doutrinários

PROF.ª Ms. Vanessa Franquini


Sistema Único de Saúde –
Princípios Doutrinários

 Os Princípios Doutrinários do SUS;

 • O Princípio da Integralidade e seus diferentes sentidos;

 • A Constituição de 1988 e a Lei Orgânica de Saúde 8.0.


Sistema Único de Saúde –
Princípios Doutrinários

 Os princípios e diretrizes do SUS são as bases para o


funcionamento e estruturação do sistema de saúde atual no
Brasil.
 Dentre os princípios, podemos classificá-los em doutrinários,
que são os valores e concepções filosóficas que fundamentam
o SUS.
 os princípios organizativos representam a forma como o
sistema é organizado, as estratégias e os meios utilizados para
garantir que os princípios doutrinários, ou seja, os valores
fundamentais do SUS, sejam assegurados. Nesse sentido, os
princípios organizativos são também denominados diretrizes,
pois por meio deles é possível alcançar os objetivos do SUS.
Sistema Único de Saúde

 A base legal do SUS é constituída fundamentalmente por três


documentos que estruturam e organizam o sistema de saúde,
são eles: a Constituição de 1988, a Lei Orgânica de Saúde nº
8.080/90 e a Lei nº 8.142/90.
Objetivos do SUS

 Segundo a Lei nº 8.080, em seu art. 5, os objetivos do atual


sistema de saúde são:
• identificação e divulgação dos fatores condicionantes e
determinantes da saúde;

• a formulação de política de saúde destinada a promover, nos


campos econômico e social, a redução de riscos de doenças e
de outros agravos, bem como a assistência às pessoas por
intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da
saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das
atividades preventivas.
Princípios Doutrinários

 Dentre todos os princípios doutrinários, temos a:

 Universalidade, a Equidade e a Integralidade.


1. PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE

 Constituição Federal, em seu artigo 196, assegura a


saúde enquanto direito de todos os cidadãos e dever
do Estado.
 O que significa dizer que a saúde é um direito e não
um serviço ao qual se tem acesso por meio de uma
contribuição ou pagamento de qualquer espécie,
como ocorria anteriormente ao SUS.
1. PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE

 Em seu art. 196, define: “a saúde é direito de todos e


dever do Estado, garantido mediante políticas sociais
e econômicas que visem à redução do risco de doença
e de agravos e ao acesso universal e igualitário às
ações e serviços para sua promoção, proteção e
recuperação”.
 A universalidade do SUS garante o direito à saúde por
meio das políticas públicas, e também a igualdade de
acesso sem distinção de raça, sexo, religião ou
qualquer outra forma de discriminação do cidadão
brasileiro.
2. PRINCÍPIO DA EQUIDADE

 Esse princípio assegura o direito a ações e serviços de


todos os níveis, de acordo com a complexidade que
cada caso exija, more o cidadão onde morar, sem
privilégios e sem barreiras.

 Mesmo considerando as desigualdades existentes,


todo cidadão é igual perante o SUS e será atendido
conforme suas necessidades.
2. PRINCÍPIO DA EQUIDADE

 o princípio da equidade tem o desafio de construir


estratégias que proporcionem o atendimento mais
justo, segundo as necessidades da população.

 O desafio imposto ao sistema de saúde por este


princípio é identificar os critérios de eleição de
distribuição de ações, serviços e insumos a favor da
equidade
3. PRINCÍPIO DA INTEGRALIDADE

 Este princípio reconhece que cada indivíduo é um ser


biopsicossocial e, portanto, necessita de atenção
integral.

 cada indivíduo vive e pertence a uma comunidade e


que as ações de promoção, proteção e recuperação da
saúde devam ser integradas e devam considerar as
necessidades individuais e coletivas.
3. PRINCÍPIO DA INTEGRALIDADE

 A Constituição afirma que a assistência integral deve


priorizar as ações preventivas, sem prejuízo das ações
de assistência, o que significa dizer que o usuário do
SUS tem o direito a serviços que atendam às suas
necessidades, desde ações preventivas a ações de
cura e reabilitação, com prioridade para o
desenvolvimento de ações preventivas.
3. PRINCÍPIO DA INTEGRALIDADE

 Ao fazer referência à atenção integral, também diz


respeito à crítica ao reducionismo biomédico,
anteriormente adotado, que fragmentava o indivíduo
em órgãos e sistemas. Assim, ao fazer uso do conceito
ampliado de saúde, compreende as diversas
dimensões que determinam a produção da saúde e da
doença, envolvendo o sujeito como um todo, suas
necessidades, incluindo suas relações com a
sociedade, o meio ambiente, o trabalho e não apenas
a dimensão biológica.
Esse princípio também é referenciado na Lei Orgânica da Saúde, Lei nº 8.080/90, em seu art. 7º, o
qual institui que ações e serviços independentemente de serem públicos ou privados devem seguir
os princípios do SUS, conforme descrito na Constituição de 1988, respeitando os seguintes princípios:

 II – Integralidade de assistência, entendida como conjunto


estruturado e ininterrupto de serviços e ações preventivas e
curativas, individuais e coletivas, segundo a necessidade de
cada caso, nos diversos níveis de complexidade do sistema.

 Em síntese, ao considerar o homem um ser integral,


biopsicossocial, este deverá ter todas as suas necessidades
atendidas por um sistema de saúde integrado, visando à
promoção, proteção e recuperação da saúde, conferindo boas
condições de vida.
As bases legais do SUS

 A Lei Orgânica da Saúde nº 8.080, sancionada em setembro de


1990, criou o SUS, que dispôs sobre as condições para a
promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o
funcionamento dos serviços correspondentes ao SUS, detalhou
os objetivos e atribuições; os princípios e diretrizes.

 Dispôs, ainda, a organização, direção e gestão, a competência e


atribuições nos três níveis (Federal, Estadual e Municipal); a
participação complementar do sistema privado; os recursos
humanos; financiamento e gestão financeira, e planejamento e
orçamento.
Essa lei, no Capítulo II, em seu art. 7 º, faz referência aos Princípios da:

 I - Universalidade de acesso a todos os serviços de saúde em


qualquer nível de assistência;
 II - Integralidade de assistência, compreendida como conjunto
estruturado e ininterrupto de serviços e ações preventivas e
curativas, individuais e coletivas, segundo a necessidade de
cada caso, nos diversos níveis de complexidade do sistema;
 III - Manutenção da autonomia dos indivíduos na defesa de sua
integridade física e moral;
 IV - Igualdade da assistência à saúde, sem nenhum tipo de
distinção;
 V - Direito à informação sobre questões relativas à saúde dos
indivíduos assistidos;
Essa lei, no Capítulo II, em seu art. 7 º, faz referência aos Princípios da:

 VI - Divulgação de informações quanto ao potencial dos


serviços de saúde e a sua utilização pelo usuário;
 VII - Utilização da epidemiologia para eleger as prioridades,
determinar as estratégias e meios, bem como a programação
de ações;
 VIII - Participação Popular;
 IX - Desconcentração de poderes e recursos do nível federal,
para o estadual e municipal:
 a) Com foco na descentralização dos serviços para os
municípios;
 b) Regionalização e hierarquização da rede de serviços de
saúde.
Essa lei, no Capítulo II, em seu art. 7 º, faz referência aos Princípios da:

 X - Agregar ações de saúde, meio ambiente e saneamento


básico;
 XI - Junção dos recursos (financeiros, materiais, humanos e
tecnológicos) da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios na prestação da assistência à saúde dos cidadãos;
 XII - Habilidade para realização dos serviços em todos os níveis
de assistência;
 XIII - Estruturação dos serviços públicos, visando evitar
repetição de meios para as mesmas finalidades.
 Posteriormente, em dezembro de 1990, foi sancionada a Lei nº
8.142, que dispôs sobre a participação da comunidade na
gestão do SUS e sobre as transferências intergovernamentais
de recursos financeiros. Instituiu também os Conselhos de
Saúde e conferiu legitimidade aos organismos de
representação de governos estaduais, Conselho Nacional de
Secretários Estaduais de Saúde (CONASS), e municipais,
Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde
(CONASEMS).
Sistema Único de Saúde –
Princípios Organizativos

PROF.ª Ms. Vanessa Franquini


Sistema Único de Saúde –
Princípios Organizativos
• Os Princípios Organizativos;

• A legislação do SUS (Leis Orgânicas de Saúde (LOS) nos


8.080/90 e 8.142 e as Normas Operacionais Básicas);

• O papel do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de


Saúde (CONASEM), Conselho Nacional de Secretários de Saúde
(CONASS), da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) e Comissão
Intergestores Tripartite (CIT).
Sistema Único de Saúde –
Princípios Organizativos

 O SUS foi construído segundo Diretrizes Organizativas,


também denominadas Princípios Organizativos. Esses
princípios direcionam a conformação do sistema para
assegurar os valores ideológicos e o bom funcionamento e
organização do Sistema

 Dentre os princípios ou diretrizes organizativas, os mais


importantes são: a Descentralização, a Regionalização e
Hierarquização, e a Participação Social.
PRINCÍPIO DA DESCENTRALIZAÇÃO

 A Constituição de 1988, no art. 198, definiu a organização do


atual sistema de saúde como descentralizada, com direção
única em cada nível de governo. Partindo do princípio da
descentralização, também denominado por alguns autores
como diretriz por ser considerado uma estratégia para a
distribuição de poder político, de responsabilidades e de
recursos do nível federal para o estadual e municipal, nos três
níveis de governo há uma direção: no governo federal, o
ministério da saúde, nos Estados e distrito federal, as
secretarias estaduais de saúde, e nos municípios, as
secretarias municipais de saúde.
PRINCÍPIO DA DESCENTRALIZAÇÃO

 As atribuições são comuns aos três níveis de governo, do


mesmo modo que o papel e as responsabilidades de cada
governo na organização e operacionalização do SUS foram
definidas na (Lei nº 8.080, de 1990), e posteriormente,
detalhadas nas Normas Operacionais Básicas (NOB).

 Para organizar e regular a descentralização do SUS, existem


mecanismos e estratégias de representação e monitoramento
das pactuações políticas e administrativas que são realizadas
entre as três esferas de governo. Essas representações são
feitas pelo CONASEM, CONASS, CIB e CIT.
Princípio da regionalização e
hierarquização

 Com este princípio se aproxima a gestão municipal das


necessidades da população, das problemáticas de saúde, das
condições de vida existentes nas diversas regiões que
compõem o município, a organização do sistema tem maior
capacidade para atender às necessidades da população,
melhorar a oferta e gerenciamento do acesso e de serviços
para a população
Princípio da regionalização e
hierarquização

 A Hierarquização ordena o sistema segundo níveis de atenção


e estabelece fluxos de assistência entre os serviços.

 A articulação entre ações e serviços deve ser realizada


oferecendo ações de promoção e prevenção até ações que
exijam equipamentos e tecnologias mais complexos, como
recursos diagnósticos, internação e cirurgias. Dessa forma, a
rede é composta por unidades simples e mais complexas, que
se articulam mediante um fluxo de referência e
contrarreferência, e essa organização é fundamental para
possibilitar a integralidade na atenção.
Princípio da regionalização e
hierarquização

 Nos casos em que o município não disponha em sua rede de


atenção serviços mais complexos, necessários ao seu
munícipe, é feita parceria com outros municípios, a fim de
atender às necessidades de seu cidadão e de toda a
população.
 A conformação dos serviços deve ocorrer de forma articulada,
hierarquizada e regionalizada, para possibilitar melhor
identificação das problemáticas de saúde de determinada
região e favorecer ações de vigilância epidemiológica,
sanitária, controle de vetores, educação em saúde, além de
possibilitar atenção em todos os níveis de complexidade.
Princípio da participação da
comunidade

 A participação da população está assegurada na Constituição


de 1988, no art. 198, e regulamentada na Lei nº 8.142 de 1990,
que dispôs sobre os espaços institucionais de participação da
população no SUS, formalizando e institucionalizando-as
como dispositivos permanentes de formulação e
acompanhamento das políticas no interior do sistema. Essas
instâncias de participação popular são os Conselhos de Saúde
e as Conferências de Saúde.
Princípio da participação da
comunidade

 Os Conselhos de Saúde estão presentes nos três níveis de governo,


representados pelo Conselho Nacional, Estadual e Municipal de Saúde.

 E são compostos: metade por representantes de usuários e o restante por


trabalhadores da saúde, representantes da gestão e prestadores privados.

 Os Conselhos de Saúde possuem caráter deliberativo e devem se reunir


permanentemente, visando influir na elaboração de políticas em suas
áreas de atuação, assim como exercer o controle social sobre a execução,
acompanhamento e avaliação das ações e políticas de saúde, inclusive em
suas dimensões financeiras e administrativas. Suas decisões devem ser
homologadas pelo gestor do SUS em cada nível de governo.
Normas Operacionais Básicas
(NOB)

 As Normas Operacionais Básicas (NOB) 01/91, 01/92, 01/93 e


01/96 compõem os principais instrumentos normalizadores
do processo de descentralização das ações e serviços de saúde
no Brasil e são um dos pilares de sustentação do Sistema
Único de Saúde. As NOB 01/91 e 01/92 impulsionaram a
descentralização, mas seu enfoque no financiamento ainda
era principalmente na assistência médica, curativa e
individual. O avanço da NOB 01/93 para as anteriores se
refere ao financiamento, à gestão semiplena, permitindo
maior autonomia sobre o pagamento dos prestadores,
favorecendo a gestão municipal.
Normas Operacionais Básicas
(NOB)

 A NOB 01/96 determinou o formato da reorientação do modelo


assistencial brasileiro, quando definiu os papéis no âmbito de governo,
principalmente relacionado à direção única; os instrumentos gerenciais
para que municípios e Estados assumissem seus respectivos papéis na
gestão do SUS; os mecanismos e fluxos de financiamento, com base em
programações ascendentes, pactuadas e integradas; o gerenciamento no
SUS, valorizando os resultados advindos de programações com critérios
epidemiológicos e desempenho com qualidade; os vínculos dos serviços
com os seus usuários, suas famílias e comunidades, estimulando e dando
condições para uma efetiva participação e controle social.

 Com a NOB 01/96 houve a consolidação da política de municipalização,


que estabeleceu a gestão plena do sistema municipal e a gestão plena da
atenção básica e redefiniu as responsabilidades da União e dos Estados.
Norma Operacional de Assistência
à Saúde (NOAS)

 A NOB 01/96 determinou o formato da reorientação do modelo


assistencial brasileiro, quando definiu os papéis no âmbito de governo,
principalmente relacionado à direção única; os instrumentos gerenciais
para que municípios e Estados assumissem seus respectivos papéis na
gestão do SUS; os mecanismos e fluxos de financiamento, com base em
programações ascendentes, pactuadas e integradas; o gerenciamento no
SUS, valorizando os resultados advindos de programações com critérios
epidemiológicos e desempenho com qualidade; os vínculos dos serviços
com os seus usuários, suas famílias e comunidades, estimulando e dando
condições para uma efetiva participação e controle social.

 Com a NOB 01/96 houve a consolidação da política de municipalização,


que estabeleceu a gestão plena do sistema municipal e a gestão plena da
atenção básica e redefiniu as responsabilidades da União e dos Estados.
Norma Operacional de Assistência
à Saúde (NOAS)

 Norma Operacional da Assistência à Saúde (NOAS-SUS 01/01) apresentou


um conjunto de estratégias que visavam promover maior equidade na
alocação de recursos e no acesso da população às ações e serviços de
saúde em todos os níveis de atenção. Por meio dessa norma, foi
estabelecido o processo de regionalização como estratégia de
hierarquização dos serviços de saúde.

 Como instrumento de ordenamento do processo de regionalização da


assistência nos Estados e no Distrito Federal, foi instituído o Plano Diretor
de Regionalização (PDR), proposto para assegurar o acesso aos cidadãos, a
ações e serviços que incluem desde a promoção e prevenção de agravos, à
assistência e acompanhamento integral a saúde, com tratamento clínico e
cirúrgico, incluindo a saúde bucal e suprimento de medicamentos básicos.
A gestão no SUS é descentralizada do tipo político
administrativa, o que significa dizer que há distribuição
de responsabilidades, poder, serviços e recursos entre os
governos Federal, Estadual e Municipal.

 No âmbito municipal, os secretários municipais são os


gestores responsáveis pelo planejamento, execução e
avaliação das ações em todos os níveis de atenção.
 Ao nível estadual, além da Secretaria de Saúde, existe o
Conselho Estadual de Saúde e a Comissão de Intergestores
Compete ao secretário estadual de saúde a responsabilidade
pela supervisão e coordenação das ações de saúde do seu
Estado
 Na esfera federal, o Ministério da Saúde (MS) tem a missão de
comandar o conjunto de ações de promoção, proteção e
recuperação da saúde, identificando riscos e necessidades nas
diferentes regiões para a melhoria de acesso
Políticas públicas em Saúde

PROF.ª Ms. Vanessa Franquini


Políticas públicas em Saúde

 Conceito de Políticas Públicas e sua importância;

 Papel do Estado nas Políticas Públicas em Saúde;

 O Poder do Legislativo, Executivo, Judiciário e da Sociedade na


Formulação e execução das Políticas Públicas em Saúde;

 A Participação Social na Formulação, Execução e Controle das


Políticas Públicas.
Política púbica em Saúde - conceito e importância

 As Políticas Públicas são um conjunto de ações realizadas pelo


Estado e seus agentes, com a participação ou não da
sociedade, visando garantir os direitos sociais previstos em lei.

 Podem ser também conceituadas como formas de prestação


de serviços públicos necessários à efetivação de direitos
sociais e fundamentais garantidos na Constituição Federal.
Política púbica em Saúde - conceito e importância

 As Políticas Públicas em Saúde integram o campo de ação


social do Estado orientado para a melhoria das condições de
saúde da população, dos ambientes natural, social e do
trabalho.

 Elas têm vital importância, pois têm o papel de organizar as


funções públicas governamentais para a promoção, proteção e
recuperação da saúde dos indivíduos e da coletividade.

Política púbica em Saúde - conceito e importância

 Com a Constituição de 1988, que instituiu a Seguridade Social


como o padrão de proteção social a ser institucionalizado no
país e a saúde como direito de todos e dever do Estado, as
políticas de saúde vêm sendo amplamente debatidas e
definidas para possibilitar o reordenamento setorial e o
cumprimento dos preceitos constitucionais.
Papel do Estado nas políticas
públicas em Saúde

 Ao analisarmos a Saúde Pública brasileira, houve períodos que


o Estado centralizava o poder, com controle das políticas e
instituições
 As Políticas de Saúde na Velha República (1889-1930)
aumentaram o poder do Estado para intervir no seu território.
Com o tempo, a Política Nacional de Saúde foi se constituindo
numa rede de instituições públicas que compartilhavam uma
concepção geral de saúde e de doença, transformando as
moléstias transmissíveis em problema político. No caso das
epidemias, o poder público federal controlava e coagia a
sociedade, com autoridade de polícia.
Papel do Estado nas políticas
públicas em Saúde

 Com o tempo, a Política Nacional de Saúde foi se constituindo numa rede


de instituições públicas que compartilhavam uma concepção geral de
saúde e de doença, transformando as moléstias transmissíveis em
problema político. No caso das epidemias, o poder público federal
controlava e coagia a sociedade, com autoridade de polícia.

 E com o Sistema Único de Saúde (SUS), houve o movimento inverso, o da


descentralização de poderes, na formulação e execução de políticas locais.

 foram criados nos anos 2000 os Colegiados de Gestão Regional (CGR), que
são espaços regionais de pactuação entre municípios e representantes
regionais das secretarias estaduais de saúde.
Política pública em saúde e os Poderes
Legislativo, Executivo e Judiciário

 A Constituição federal de 1988, no artigo 196, define a Saúde como um


direito de todos e dever do Estado, garantido por meio de políticas sociais
e econômicas que visam reduzir o risco de doença, agravos e possibilitar o
acesso universal e igualitário às ações e serviços de promoção, proteção e
recuperação à saúde.

 Partindo dessa concepção, o Estado encontra-se juridicamente obrigado a


exercer as ações e serviços de saúde, visando assegurar a saúde enquanto
direito social de cidadania, bem-estar e justiça social.
Política pública em saúde e os Poderes
Legislativo, Executivo e Judiciário

 O SUS foi construído segundo as concepções trazidas do


movimento de reforma sanitária e a Constituição de 1988
presumia um novo modelo de intervenção do Estado na saúde
com reconformação do papel das três esferas de governo.
Com as mudanças introduzidas a partir do texto constitucional
e da Lei Orgânica da Saúde nº 8.142/90, as decisões passaram
a envolver outros atores, trazendo modificações no arranjo e
na formulação das políticas de saúde.
Política pública em saúde e os Poderes
Legislativo, Executivo e Judiciário

 No âmbito do Poder Legislativo Federal, exigiu a formulação das leis


reguladoras para a organização desse sistema.

 No Poder Executivo Federal, o projeto idealizou a integração institucional


com uma política nacional de saúde única; com uma inserção da política
de saúde no âmbito das políticas públicas; novas relações entre o gestor
federal da política com outros atores governamentais (governos estaduais
e municipais) e não governamentais (atores dos setores da saúde e
sociedade civil), com mudanças no papel e nas funções federais na saúde.

 No sistema presidencialista de governo, as políticas públicas são


construídas pela interação entre os Poderes Legislativo e Executivo
Política pública em saúde e os Poderes
Legislativo, Executivo e Judiciário

 A formulação de políticas é uma atribuição das três esferas de


governo, cada uma em sua esfera de atuação, sendo
estratégica a ação dos governos federais e estaduais para a
redução das desigualdades regionais e locais. De modo geral,
a formulação de políticas tem sido compartilhada entre os
gestores do SUS, no âmbito das comissões intergestores e com
outros atores sociais, por meio dos Conselhos de Saúde,
embora isso não se dê de forma homogênea entre os diversos
temas da política.
Política pública em saúde e os Poderes
Legislativo, Executivo e Judiciário

 Criação de leis que avançam no controle sanitário e na


produção de ambientes saudáveis

 Foram criadas leis que promovem a regulamentação de áreas


estratégicas da atenção à saúde (controle das infecções
hospitalares, remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo
humano); atendem a demandas de áreas específicas da
atenção (planejamento familiar, subsistema indígena, modelo
de atenção psiquiátrico). Leis que segmentam o direito à
saúde para alguns grupos, como no caso da lei que garante o
medicamento para a aids.
Política pública em saúde e os Poderes
Legislativo, Executivo e Judiciário

 Leis que introduzem mudanças na concepção do Direito,


abrangendo o direito do consumidor, como a lei de
regulamentação dos planos de saúde, a lei de criação da
Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e a lei de
medicamentos genéricos.
 Leis como Estatuto do Idoso, lei de notificação compulsória
contra a violência a mulher, lei de renda básica de cidadania.
Política pública em saúde e os Poderes
Legislativo, Executivo e Judiciário

 Como foi exposto, a formulação de políticas públicas após a


Constituição de 1988 é uma atribuição das três esferas de
governo, cada uma em seu nível de atuação, compartilhada
entre os gestores do SUS, no âmbito das Comissões
Intergestores e com outros atores sociais, por meio dos
Conselhos de Saúde, embora isso não se dê de forma
homogênea entre os diversos temas da política.
Política pública em saúde e os Poderes
Legislativo, Executivo e Judiciário

 Assim, na esfera nacional, a Comissão Intergestores Tripartite, integrada


por representantes do Ministério da Saúde, representantes do Conselho
Nacional de Secretários Municipais de Saúde e dos Conselhos Nacionais de
Saúde, formulam estratégias e controle da Execução da Política Nacional
de Saúde.

 Na esfera estadual, a Comissão Intergestores Bipartite, representada pelos


Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde e pelos Conselhos
Estaduais de Saúde, formulam estratégias e controle da Execução da
Política Estadual de Saúde. E no âmbito municipal, o Conselho Municipal
de Saúde atua na formulação de estratégias e controle da execução da
Política Municipal de saúde.
Política pública em saúde e os Poderes
Legislativo, Executivo e Judiciário

 O Controle Social ainda enfrenta, no Brasil, muitos obstáculos


decorrentes de fatores relacionados ao baixo grau de
confiança da sociedade na ação de seus representantes
políticos, na dificuldade de compreensão da legislação pelo
cidadão, falta de participação política popular, baixo grau de
escolaridade da população, baixa divulgação dos atos
políticos, comprometendo a efetividade do Controle Social

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