O Caminho de Caim
O Caminho de Caim
O Caminho de Caim
INTRODUÇÃO
Ao escrever aos “chamados, santificados em Deus Pai, e conservados por
Jesus Cristo”, Judas eleva seus escritos além do objetivo inicial, o qual era
discorrer sobre a vida comum dos salvos. Ao que parece, Ele se encontrou
diante da necessidade de escrever, e exortar-lhes a batalhar pela fé que uma
vez foi dada aos santos. Isto se deve ao fato da intromissão de alguns
homens problemáticos no seio convivêncial da comunidade cristã, os quais,
nas palavras do remetente, já antes estavam escritos para este mesmo juízo.
Judas qualifica tais intromissores como “homens ímpios, que convertem em
dissolução a graça de Deus, e negam a Deus, único dominador e Senhor
nosso, Jesus Cristo” v.3. Além da qualificação judas afirma que tais
intromitentes, entraram pelo caminho de Caim, e foram levados pelo
engano do prêmio de Balaão, e pereceram na contradição de Coré. Jd.
11. À luz deste quadro, este trabalho traz como objeto de estudo analisar a
luz da bíblia e da teologia, a vida e atitudes destes personagens. Para tanto
de modo especifico, esta pesquisa se divide em três objetivos, a saber: Qual
foi o caminho de Caim, qual o prêmio enganoso de Balaão, e quais as
contradições de Coré.
No v.7 Deus, aconselha-o dizendo: “Se bem fizeres, não é certo que
serás aceito? E se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e sobre ti será o
seu desejo, mas sobre ele deves dominar. Na distância de sua origem o
viajante Caim se encontra com a incitação para o mal, cabendo lhe decidir
fazer o bem ou o mal. A vida de Caim é como de todos os seres humanos,
feita de escolhas, e consequências, assim no v.8 se registra que as mãos se
tornam fratricida, registra-se também o primeiro óbito (Abel) e o primeiro
assassino (Caim), assim o pecado reitera seu poder sobre os homens.
Como se não bastasse o caminho do crime, com base nos v.13 e14,
Caim vive um caminhar nebuloso e sombrio cheio de incertezas e confusões
mentais, por isto diz: É maior a minha maldade que a que possa ser
perdoada. Com isto questiona a capacidade perdoadora de Deus. Em sua
confusão mental planeja uma fuga planetária e afirma: Eis que hoje me lanças
da face da terra, e da tua face me esconderei; e serei fugitivo e vagabundo na
terra, e será que todo aquele que me achar, me matará. Como se percebe,
ele se imagina um fugitivo, vagabundo e se ver diante da possibilidade da
morte, por parte de um outro assassino.
Prevendo tais mazelas, Deus intima Caim a não se deixar dominar pelo
pecado, antes dominá-lo, (Gn 4.7. O fato de Caim não ter correspondido a essa
intimação é, sinal do constante perigo de que o pecado irrompa em maldade.
Para Pannenberg (2009), a despeito disto, pelo uso da razão e do direito os
instintos pecaminosos podem ser dominados.
ele vá, mas com instruções para dizer apenas o que ele ordenasse.
envia seu anjo para impedi-lo (Nm 22:22). No início, o anjo é visto apenas
Neste ponto, Balaão tem permissão para ver o anjo, que o informa que a
decisão da jumenta de não prosseguir no caminho errado é o único
motivo pelo qual o anjo não matou Balaão. Balaão imediatamente se
arrepende e decide votar,mas o anjo mande que ele continuei e diga a
Balaque apenas o que Deus lhe ordenar.
Por toda a Bíblia, Balaão é citado de forma negativa e tido como mau exemplo. Sua
maneira de agir e sua motivação são condenadas no nt, e sua morte é relatada, em
Números 31, como cumprimento da sentença divina sobre sua vida.
Mas Deus havia avisado Balaão para falar apenas as palavras que Deus
lhe disse para falar. Balaão obedeceu e, em vez de anunciar uma maldição
sobre Israel, anunciou uma benção (Nm 22:35,41; 23:1-12).
Decepcionado com este resultado, Balaque levou Balaão para outro lugar,
onde ele conseguiu uma visão melhor e, assim, fosse persuadido a
pronunciar uma maldição destrutiva. Mas Balaão anunciou uma bênção
sobre Israel (Nm 23:13-26).
Este plano não tinha nada a ver com benção ou maldição, mas Balaão
esperava que isso pudesse trazer destruição a Israel e assim ganhar a
recompensa de Balaque.Ele usou as mulheres estrangeiras para seduzir
homens israelitas, e logo o campo israelita era uma cena de imoralidade e
idolatria generalizadas.
Quando Deus enviou uma praga que matou vinte quatro mil, Balaão deve
ter pensado que seu plano estava funcionando, mas a ação rápida do
sacerdote israelita Fineias salvou Israel (Nm 25:1-9; 31:16) .
Doutrina de Balaão
No Novo Testamento, os escritores compararam falsos mestres de seu
tempo com Balaão. Como Balaão, tais mestres se preocupavam
unicamente com o ganho pessoal, mesmo que seus ensinamentos fossem
prejudiciais moral e religiosamente ao povo de Deus (2Pe 2:14-16, Jd 1:10-
11).
Deus assegurou aos que seguiram o caminho de Balaão que estariam indo
para a destruição, mas prometeu à aqueles que resistiam que gostariam
da recompensa que receberiam (Nm 2:15-17, compare com Nm 25:10-13).
Nesse evento, ele foi levado contra a sua própria vontade para entregar a
mensagem do SENHOR; No entanto, seu coração permaneceu inalterado, e
ele não teve uma morte honrada (Nm 31:8; Js 13:22).
IV considerações finais
Existem aqueles que acusam Deus de ter sido injusto para com Kayin. Como Kayin poderia
saber o que deveria oferecer? Se ele não sabia, por que razão Deus o puniu por isso? Minha
resposta é que Deus possui uma natureza tal que sempre concede àquele que erra uma
oportunidade de se arrepender. E isso é exatamente o que ele fez em Gênesis 4:6-7.
Infelizmente Kayin, em vez de se levantar e aproveitar a oportunidade, "levantou-se contra
Abel seu irmão, e o assassinou" (Gênesis 4:8). Foi em função desse crime deliberado que ele
foi punido (Gênesis 4:9-15), e não por ter feito a oferta errada.
REFERENCIAS