Independência Nacional

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REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TÉCNOLOGIA

ESCOLA DE JOAQUIM KAPANGO

HUAMBO

PROVA DO PROFESSOR DE LÍNGUA


PORTUGUESA

TEMA:

INDEPENDÊNCIA NACIONAL

O DOCENTE
________________________

HUAMBO, 2022

REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TÉCNOLOGIA

ESCOLA DE JOAQUIM KAPANGO

HUAMBO

TRABALHO DE HISTÓRIA

TEMA:

INDEPENDÊNCIA NACIONAL

Turma: 8.1

Classe: 8ª

Período: Manhã

Disciplina: História

O DOCENTE
________________________

HUAMBO, 2022
ÍNDIC
E

1. Conceito de idepedência..............................................................................................2
2. Desenvolvimento............................................................................................................3
3. Principais intervenientes (movimentos independentistas)................................5
4. Conclusão.........................................................................................................................9
Referencias Bibliografia.....................................................................................................10

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1. Conceito de idepedência

Independência é a desassociação de um ser em relação a outro, do qual


dependia ou era por ele dominado. É o estado de quem ou do que tem
liberdade ou autonomia.

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2. Desenvolvimento

A Guerra de Independência de Angola, também conhecida como Luta Armada


de Libertação Nacional, foi um conflito armado entre as
forças independentistas de Angola — UPA/FNLA, MPLA e, a partir de 1966,
a UNITA — e as Forças Armadas de Portugal. Na opinião de Angola, a guerra
teve início a 4 de Fevereiro de 1961, quando um grupo de cerca de 200
angolanos, supostamente ligados ao MPLA, atacou a Casa de Reclusão Militar,
em Luanda, a Cadeia da 7.ª Esquadra da polícia, a sede dos CTT e a Emissora
Nacional de Angola No entanto, para Portugal e para a FNLA, a data é 15 de
Março do mesmo ano, data do massacre das forças de Holden Roberto, a
UPA, na região Norte de Angola. A guerra prolongar-se-ia por mais 13 anos,
terminando com um cessar-fogo em Junho (com a UNITA) e Outubro (com a
FNLA e o MPLA) de 1974. A independência de Angola foi estabelecida a 15 de
Janeiro de 1975, com a assinatura do Acordo do Alvor entre os quatro
intervenientes no conflito: Governo português, FNLA, MPLA e UNITA. A
independência e a passagem de soberania ficou marcada para o dia 11 de
Novembro desse ano.

Depois de quatro séculos de presença em território africano, no final do século


XIX, Portugal achou-se no direito de reivindicar a soberania dos territórios
desde Angola a Moçambique, junto das outras potências europeias. Para tal,
teria lugar a Conferência de Berlim em 1884. A partir desta data, foram várias
as expedições efectuadas aos territórios africanos, às quais se seguiram
campanhas militares com o objectivo de "pacificar" as populações. A população
tentou resistir mas, dada a superioridade bélica de Portugal, rapidamente
abandonaram a resistência por meio das armas. Décadas depois, Portugal foi
colocado frente-a-frente com guerras de independência, a primeira das quais a
de Angola, que também marcou o início da Guerra Colonial Portuguesa.
Seguir-se-iam as da Guiné-Bissau (1963) e de Moçambique (1964).
Influenciadas pelos movimentos de autodeterminação africanos do pós-guerra,
o grande objectivo das organizações independentistas era "libertar Angola do
colonialismo, da escravatura e exploração", [16] impostos por Portugal. Embora
Angola fosse um território de grande riqueza de recursos naturais,

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nomeadamente em café, petróleo, diamantes, minério de ferro e algodão,
[22]
 para o Governo de Portugal, liderado por António de Oliveira Salazar, o que
era preciso defender era o regime e não a economia. Muitas vezes
incentivados pelo próprio Estado português, cerca de 110 000 imigrantes foram
para as colónias africanas, a grande maioria para Angola, nas décadas de
1940 e 1950; em 1960, dos cerca de 126 000 colonos residentes em Angola,
116 000 eram originários de Portugal.

Do ponto de vista militar, as tropas portuguesas tiveram que enfrentar uma


guerra de guerrilha não-convencional, para a qual não estavam preparadas
nem motivadas. O esforço de guerra recaiu sobre o Exército, dadas as
características do conflito, apoiado por meios navais e aéreos. Inicialmente, o
equipamento do exército português estava obsoleto (a maioria datava da
Segunda Guerra Mundial e algum era mesmo anterior, e o número de forças
era de cerca de 6 500 homens. A partir do primeiro ano, as forças portuguesas
passaram de 33 000 homens (1961) até atingir um contingente de 65 000 no
final da guerra, que reunia todos os ramos das Forças Armadas. Embora
superior em homens, estes precisavam do apoio dos meios navais e aéreos,
taticamente mais fortes. No entanto, por falta de recursos para utilizar este
meios, e pela natureza desgastante do conflito, Portugal foi perdendo a sua
superioridade ao longo do conflito. [28] Para combater a guerrilha, Portugal teve
de se adaptar com técnicas de contra-subversão a partir de 1966. Em relação à
guerrilha, esta estava completamente adaptada ao terreno e ao clima difícil de
Angola: moviam-se sem dificuldade em pequenos grupos (10 a 40 elementos),
aproveitando-se, ao nível logístico e operacional, do apoio das populações. No
entanto, uma das principais ameaças dos guerrilheiros vinha do seu interior:
disputas tribais, diferenças étnicas e culturais. Ao longo do conflito, a
UPA/FNLA, o MPLA e a UNITA, que actuavam em diferentes regiões de
Angola, por vezes defrontavam-se entre eles Estas divergências iriam
agudizar-se após a Independência de Angola, com a Guerra Civil Angolana.

Em Portugal, a guerra colonial era há muito tempo contestada: a população via


os seus familiares a morrer ou a ficarem deficientes; o país via os seus
recursos financeiros a esgotarem-se, a produção a decair e a inflação a subir; e

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surgiam vozes discordantes do regime, desde a esquerda à direita, passando
pela igreja católica, pelos movimentos estudantis e pelas associações
sindicais. Aliada a esta contestação social, e a uma pressão internacional sobre
a condução da Guerra Colonial Portuguesa, vai crescendo a influência
comunista sobre os militares portugueses. O fim da guerra em Angola
culminará com um golpe de Estado militar em Portugal, a Revolução dos
Cravos, a 25 de Abril de 1974.

3. Principais intervenientes (movimentos independentistas)

Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA)

Em Angola, o primeiro a surgir foi o Movimento Popular de Libertação de


Angola (MPLA), em 1956, apoiado pelos ambundos, várias outras etnias da
região de Luanda, Bengo, Cuanza Norte e Sul e Malange, brancos, mestiços,
intelectuais angolanos e membros da elite urbana. O MPLA era uma
organização da esquerda política, resultado da fusão do Partido da Luta Unida
dos Povos de Angola (PLUA) e do Partido Comunista Angolano (PCA). Foi
liderado por Agostinho Neto, secretariado por Viriato da Cruz e apoiado,
exteriormente, pela União Soviética e por Cuba; ainda tentou apoio junto dos
EUA mas sem sucesso visto este já estarem a ajudar a UPA/FNLA.

Ao longo da guerra, a organização política e militar do MPLA foi evoluindo a tal


ponto que, em 1970, ocupava uma grande área do país, que dividiu,
militarmente, em Regiões Militares (RM).

As forças do MPLA ascenderam a 4 500 elementos e estavam equipados com


armamento e munições soviéticos que era distribuído através da Zâmbia; era
também a partir deste país que o MPLA recebia medicamentos e alimentos
enlatados.[93] O seu armamento incluía pistolas Tokarev TT; pistolas-
metralhadora de calibres 9 mm M/25 e 7,62 mm PPSH; espingardas
semiautomáticas Simonov e Kalashnikov; metralhadoras de diversos calibres;
morteiro de 82 mm; lança-granadas-foguete (a partir de 1970) e minas anticarro
e antipessoal.

União dos Povos de Angola (UPA)/Frente Nacional de Libertação de Angola


(FNLA)

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A 7 de Julho de 1954 é formada a União das Populações do Norte de Angola,
apoiada pelo Congo, pelo grupo étnico congo, do Noroeste e Norte de Angola e
com fortes ligações ao Zaire, através do seu líder Holden Roberto, amigo e
cunhado do Presidente Mobutu Sese Seko; em 1958 passa a designar-se, de
forma mais abrangente, por União das Populações de Angola (UPA). A partir
de 1962, une-se ao Partido Democrático de Angola criando a Frente Nacional
de Libertação de Angola (FNLA), organização pró-americana e anti-soviética.
Em 1960, Holden Roberto assina um acordo com o MPLA para juntos lutarem
contra as forças portuguesas, mas acabou por lutar sozinho. A FNLA chegou
mesmo a criar um governo no exílio, o GRAE - Governo Revolucionário de
Angola no Exílio.

A facção armada da UPA/FNLA era o Exército de Libertação Nacional de


Angola (ELNA). Os seus apoios vinham do Congo e da Argélia, e as suas
tropas eram treinadas no Zaire as quais recebiam fundos norte-americanos e
armamento dos países do Leste Europeu, embora se considerassem
anticomunistas. Estavam armados com espingardas semiautomáticas Simonov
e Kalashnikov; pistolas; morteiros de 60 mm e 81 mm; e lança-granadas-
foguete.

União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA)

Em 1966, Jonas Savimbi, então membro da FNLA, entra em rota de colisão


com Holden Roberto acusando-o de cumplicidade com os Americanos e da sua
política Imperialista, e cria a União Nacional para a Independência Total de
Angola (UNITA), apoiada ocasionalmente pela Zâmbia e pela África do Sul,
com ligações à PIDE (a partir de 1969; Savimbi chegou a fazer um acordo para
combater contra o MPLA no Leste de Angola), à CIA e à China. Savimbi fez
parte do GRAE como Ministro das Relações Exteriores e representava o grupo
étnico ovimbundo, do planalto central e províncias do sul.

As forças da UNITA eram as que tinham o menor número de guerrilheiros: 500,


de acordo com os militares portugueses; cerca de 4000, de acordo com a
própria UNITA.[5] A sua área de actuação limitou-se ao Leste de Angola e o
seu armamento sempre foi de fraca qualidade.[5] As dificuldades sentidas pela
UNITA, levaram Savimbi a fazer compromissos com Portugal e a Zâmbia.[5]

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Parte da sua luta foi contra o MPLA, a favor do qual perdia terreno; as suas
acções de guerrilha limitavam-se a ataques pontuais a viaturas, raptos e
intimidações.

Depois de vários conflitos a proclamação de Independência de Angola deu-se


no dia 11 de Novembro de 1975, quando o então primeiro Presidente de
Angola, Agostinho Neto, proclamou a independência de Angola, de jure e de
facto de Portugal. Este acontecimento deveu-se, em grande parte, aos eventos
militares e políticos que ocorreram um ano antes em Portugal, aquando da
Revolução de 25 de Abril de 1974.

Pouco antes da proclamação de indepedência o controle de Angola estava


dividido pelos três maiores grupos nacionalistas — União Nacional para a
Independência Total de Angola (UNITA), Frente Nacional de Libertação de
Angola (FNLA) e Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) —, pelo
que a independência foi proclamada unilateralmente, pelos três movimentos.

O MPLA, que acabara de garantir o controle de Luanda, proclamou a


Independência da República Popular de Angola (RPA) às 23h de 11 de
novembro de 1975 no Largo da Independência (ou Primeiro de Maio), pela voz
de Agostinho Neto dizendo, "diante de África e do mundo proclamo a
Independência de Angola”, culminando assim o périplo independentista,
iniciado no dia 4 de fevereiro de 1961, com a luta de libertação nacional,
estabelecendo o governo em Luanda.

Coube a Lúcio Lara, o presidente do "Conselho Revolucionário do Povo"


(actual Assembleia Nacional), investir Neto no cargo de Presidente da
República Popular de Angola no dia 12 de novembro de 1975, quando era
cerca de meio-dia, numa cerimónia que teve lugar na Câmara Municipal de
Luanda (actual Governo da Província de Luanda). Foi investido no dia 12 com
efeitos retroativos ao dia 11, dado que já era o líder do processo revolucionário
de independência.

O Presidente Neto, relativamente a Portugal, afirmou que a luta do movimento


que liderava não era contra os portugueses: "Pelo contrário, a partir de agora,
poderemos cimentar ligações fraternas entre os dois povos.

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O Conselho Revolucionário do Povo redigiu e Lara promulgou a Constituição,
aprovando em seguida a Lei da Nacionalidade em 1975. Em sessão conjunta
com o Bureau Político do MPLA, foi votado o hino nacional, a bandeira e a
insígnia da RPA.[

Paralelamente, Holden Roberto, líder da FNLA, proclamava a Independência


da República Popular Democrática de Angola (RPDA) à meia-noite do dia 11
de novembro, no Ambriz. Nesse mesmo dia, a independência da RPDA foi
também proclamada em Huambo, por Jonas Savimbi, líder da UNITA.

O Brasil foi o primeiro país a reconhecer a independência de Angola, em 11 de


novembro de 1975. A nação recém-fundada desfrutou relações amigáveis com
a União Soviética, Cuba e República Popular de Moçambique. O país era
governado pelo Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), que foi
responsável pela sua adoção do comunismo. Um grupo de oposição,
conhecido como União Nacional para a Independência Total de
Angola (UNITA), provocou uma guerra civil com o MPLA, com o apoio da África
do Sul e dos Estados Unidos.

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4. Conclusão

Logo depois da declaração da independência reiniciou-se a Guerra Civil


Angolana (já estava em curso desde julho de 1975) entre os três movimentos,
uma vez que a FNLA e, sobretudo, a UNITA não se conformaram nem com a
sua derrota militar nem com a sua exclusão do sistema político. Assumindo
raramente o carácter de uma guerra "regular", ela se consistiu como uma
guerra de guerrilha que, nos anos seguintes, envolveu praticamente o país
inteiro. Ela custou milhares de mortos e feridos e destruições de vulto em
aldeias, cidades e infraestruturas (estradas, caminhos de ferro, pontes e
aeroportos). Uma parte considerável da população rural, especialmente a do
Planalto Central e de algumas regiões do leste, fugiu para as cidades ou para
outras regiões, inclusive países vizinhos.

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Referencias Bibliografia

1. https://pt.wikipedia.org/wiki/Independência_de_Angola
2.

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