Pet 2 - 2º Ano (Só Arte)

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SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS

PLANO DE ESTUDO TUTORADO


COMPONENTE CURRICULAR: ARTE
ANO DE ESCOLARIDADE: 2º ANO – EM
PET VOLUME: 02/2021
NOME DA ESCOLA:
ESTUDANTE:
TURMA: TURNO:
BIMESTRE: 2º TOTAL DE SEMANAS:
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA: NÚMERO DE AULAS POR MÊS:

SEMANA 1

EIXO TEMÁTICO:
Conhecimento e Expressão em Artes Visuais.

TEMA/TÓPICO:
Estudo das premissas das artes visuais contemporâneas. - Movimentos Artísticos em Artes Visuais em Dife-
rentes Épocas e Diferentes Culturas: Relações entre as Artes Visuais, seu Contexto na História da Humani-
dade e a Arte Contemporânea.

HABILIDADE(S):
Entender que a relação entre as obras de arte das diferentes épocas históricas não se dá somente por linea-
ridade, mas pela herança cultural e pelo contexto atual.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Artes Visuais.

INTERDISCIPLINARIDADE:
História.

TEMA: Artes visuais em diferentes épocas culturas


Caro (a) estudante, nessa semana você vai analisar as produções de artes visuais em diferentes épocas
e culturas.
As produções de Artes Visuais sempre foram presentes em diversas culturas e em todos os momen-
tos da história da humanidade. A construção artística sempre acompanhou e foi acompanhada pelo
desenvolvimento cognitivo, social e humano das pessoas. Além disso, seu valor histórico também é
fundamental, existem civilizações hoje conhecidas, não por registros escritos que foram encontrados
e sim por peças artísticas que contam a história do lugar.
O grande escritor brasileiro Ferreira Gullar, que faleceu em 2016, já dizia que “A Arte existe porque a vida
não basta”.
Nesse contexto, as Artes Visuais exercem um grande papel na expressão, comunicação e na formação
dos indivíduos.

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Desde os primórdios a arte visual já se mostrava essencial em nossas vidas. As imagens nas paredes
das cavernas pré-históricas exemplificam a necessidade de comunicação através da imagem. Por elas
as pessoas externavam seus sentimentos, suas relações e seus modos de vida (caça, guerra, crença,
etc.).

Imagem de arte Rupestre. Disponível em: <https://conhecimentocientifico.r7.com/arte-rupestre-o-que-e-quando-onde-e-por-


quem-foi-feita/>. Acesso em: 03 mar. 2021.

Através das pinturas, esculturas e desenhos


criados no período renascentista, vemos que a
busca pelo conhecimento era algo real naquele
momento. Os estudiosos buscavam descobrir a
origem da vida, as forças que atuam nos objetos,
as melhores formas de governar, a relação entre
Deus e os homens, curas para doenças que ma-
tavam milhares de pessoas, entre outros conhe-
cimentos necessários para a evolução do mundo.
As obras do artista renascentista Michelangelo,
exemplificam como a busca pelo equilíbrio e si-
metria também era uma condição do olhar dos
novos pensadores.
Pietà- Michelangelo- sec XV. Disponível em:< https://
pointdaarte.webnode.com.br/news/a-historia-da-arte-do-
renascimento/>. Acesso em: 03 mar. 2021.

A arte africana e a arte indígena são manifesta-


ções que devem ganhar um lugar de destaque no
nosso estudo. Muitas delas deram origem a ou-
tros estilos de arte, entretanto, outras se perde-
ram pela dominação do colonizador. A exemplo
disso, podemos falar do Brasil onde, no início da
descoberta, predominava a arte indígena e que,
ao longo da história, foi sendo substituída por um
Vasos da tribo Kadiwéu| Foto: Taís Fernanda/instituto.
estilo tipicamente europeu.
cancaonova.com. Disponível em:<https://instituto.
cancaonova.com/ceramica-kadiweu-arte-indigena/>. Acesso
em: 03 mar. 2021.

No Brasil, alguns movimentos artísticos mostraram a “cara” do país para o mundo e para os brasileiros
através das imagens de artes visuais. Desde as charges produzidas no século XIX que satirizavam a
política da época, passando pelo movimento de Arte Moderna em são Paulo nos anos 20 e 30, até as

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obras feitas por artistas contra ditadura e a favor das novas tecnologias vigentes nos anos 90, o país se
mostrou muito produtivo e participativo no âmbito das artes visuais.

Charge do segundo reinado- séc XIX. Disponível em:<https://


ensinarhistoriajoelza.com.br/caricaturas-do-segundo-reinado- “Abaporu”- Tarcila do Amaral. Disponível em:<https://
critica-com-humor-e-ironia/>. Acesso 03 de março de 2021. pt.wikipedia.org/wiki/Abaporu>. Acesso 03 mar. 2021.

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ATIVIDADES
1 - Explique, com suas palavras, por que as artes indígenas brasileiras perderam força com a chegada
dos colonizadores em nossas terras.

2 - Na pré-história, a produção de arte rupestre significava:


a) Enfeitar as cavernas pensando na capacidade estética que as imagens trariam para o espaço.
b) Contar as histórias diárias vividas pelos artistas.
c) Comunicar-se através da imagem, mostrando as vivências e práticas comuns vividas pelo ho-
mem pré-histórico.
d) A construção de pinturas em forma de afrescos.

3 - A história da produção das artes visuais no brasil foi marcada, também, pelo movimento de arte
moderna em 1922 em São Paulo e os movimentos das charges do século XIX e no período ditatorial.
Você acredita que a arte contemporânea brasileira é uma evolução desses períodos citados?

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SEMANA 2

EIXO TEMÁTICO:
Conhecimento e Expressão em Artes Visuais.

TEMA/TÓPICO:
Movimentos Artísticos em Artes Visuais em Diferentes Épocas e Diferentes Culturas: Relações
entre as Artes Visuais, seu Contexto na História da Humanidade e a Arte Contemporânea.
Estudo das premissas das artes visuais contemporâneas.

HABILIDADE(S):
Saber identificar e contextualizar obras de artes visuais contemporâneas.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Artes Visuais.

INTERDISCIPLINARIDADE:
História.

TEMA: Artes visuais contemporâneas


Caro(a) estudante, nessa semana iremos estudar sobre a produção de artes visuais contemporânea.
BREVE APRESENTAÇÃO
Nessa semana, nosso trabalho é reconhecer algumas produções de artes visuais pelo mundo, entenden-
do como elas atuam na sociedade. Quais os conceitos da imagem podemos decifrar? Podemos pensar
nas linhas, nas cores, na ideia de profundidade que um trabalho oferece? Tudo isso são características
marcantes encontradas nas artes visuais. O grande objetivo é pensar como todos estes elementos da
imagem atuam mudando o ambiente onde estão inseridos.
Veja a imagem abaixo do artista australiano, Ron Mueck.

Boy (menino), 1999. Dimensões: 5m de altura. Localização: museu AROS, Haarhus, Dinamarca. Disponível em:<http://mundo-e-arte.
blogspot.com/2014/12/>. Acesso em: 08 abr. 2021.
Qual seria sua reação ao se deparar com essa escultura pela rua de sua cidade?

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Esse tipo de imagem nos faz pensar que a Arte pode transformar o ambiente, trazendo sentimento
de insegurança, instabilidade, força, inquietude, etc. Podemos dizer que uma das características mais
marcantes na produção contemporânea é a ação direta do espectador (quem observa a obra), seja ela
física ou emocional. Existem trabalhos de arte contemporânea que só se completam quando alguma
pessoa interage com eles.
Observe a imagem que se segue.

Fonte: Artista tailandesa desenvolve instalação com centenas de origamis que se movem. Disponível em: Notícias: Últimas notícias
sobre empreendedorismo, varejo, comércio, inadimplência, economia, inovação, mercado, franquias, legislação, eventos, crédito
- Pequenas Empresas & Grandes Negócios - NOTÍCIAS - Artista tailandesa desenvolve instalação com centenas de origamis que se
movem (globo.com). Acesso em: 08 abr. 2021.

A obra da artista tailandesa, Pinaree Sanpitak, é um exemplo de como o trabalho artístico contem-
porâneo se transforma quando há a presença do espectador. Ao olharmos a imagem, notamos cubos
flutuantes que, sozinhos, não transmitem por completo o esperado. Entretanto, a presença de pessoas
por baixo da instalação da obra causa uma estranha sensação de insegurança, leveza e de que tudo
pode desabar a qualquer instante.
Outro gênero artístico que nos leva a um pensamento crítico é o grafite urbano. Em muitos lugares
podemos apreciar esse tipo de arte que nos instiga a pensar sobre política, música, moda, história,
religião, ética e estética. Os grafiteiros “gêmeos” de São Paulo, viajam grafitando imagens pelo mundo.

Fonte: https://noticias.r7.com/sao-paulo/os-gemeos-criticam-politica-dos-muros-cinzas-de-joao-doria-27012017 .
Acesso em: 03 mar. 2021.

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Os diálogos com as artes visuais contemporâneas nos provoca a reflexão de como tratamos nossas
emoções e o quanto tudo isso pode influenciar em nossas relações sociais.

PARA SABER MAIS:


Visite o acervo on-line do museu de arte contemporânea da USP. Disponível em: < https://acervo.
mac.usp.br/acervo/>. Acesso em: 08 abr. 2021..

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ATIVIDADES

1 - A respeito do papel do espectador na arte contemporânea, podemos dizer que:


a) É uma peça fundamental visto que, cada olhar irá computar valores diferentes às obras.
b) É apenas uma figura despercebida no ambiente das galerias.
c) É uma peça fundamental pois não participa ativamente da obra podendo atrapalhá-la.
d) Tem sua importância, mas, nesse caso, não faz tanta diferença.

2 - As produções de arte contemporânea possuem várias características, entre elas podemos citar,
EXCETO:
a) A construção de ideias que dialogam com o ambiente e com a mente inelegível das pessoas.
b) O aspecto pronto da obra. Tudo já está consolidado e não há espaço para o externo.
c) O diálogo com o público, proporcionando novas construções.
d) O uso, também, de linguagens visuais e sonoras abstratas.

3 - As produções de artes visuais urbanas, são práticas comuns no mundo contemporâneo. Marque a
opção na qual a produção NÃO corresponde a artes visuais urbanas.
a) Escultura clássica.
b) Grafite.
c) Instalações em vias.
d) Pintura no asfalto .

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SEMANA 3

EIXO TEMÁTICO:
Conhecimento e Expressão em Artes Visuais.

TEMA/TÓPICO:
Percepção Visual e Sensibilidade Estética: Apreciação e Análise de Imagens e Objetos Artísticos.

HABILIDADE (S):
Análise e crítica de obras de artes visuais contemporâneas. Saber analisar, formal e esteticamente, obras de
artes visuais contemporâneas.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Artes Visuais.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Física.

TEMA: Leitura da arte contemporânea.


Caro(a) estudante, nessa semana você vai analisar e identificar aspectos formais e estéticos da arte
contemporânea.

Fonte: http://www.artea.com.br/wp-content/uploads/2016/04/
MIRAGENS-01.jpg . Acesso em: 03 mar. 2021.

Fonte: A arte 3D de Joe Hill.Disponível em:< https://www.


desenhoonline.com/site/a-arte-3d-de-joe-hill/ >. Acesso 03
mar.2021.
A leitura de imagem é uma habilidade construída com muito trabalho. Saber ler e identificar elementos
de uma obra contemporânea nos torna mais críticos e conhecedores dos assuntos que nos cercam.
Você já percebeu que somos “bombardeados” por imagens o tempo todo? É interessante discernir se
tudo é arte, saber qual a intenção de um trabalho é fundamental para analisá-lo. A publicidade, por
exemplo, trabalha com a incapacidade das pessoas em ler uma imagem, para vender. Porém, a mesma
mídia, usa da capacidade de outras pessoas, de ler imagens, para difundir suas ideias. É importante
entender quando a imagem entra no campo da arte e quando ela é usada somente como objeto de
manipulação. A arte carrega conceitos que, normalmente, dialogam com o sujeito, levando-o a pensar
criticamente.
Os movimentos causados pelas linhas e pelos pontos, as vibrações das cores, a composição e a profun-
didade posta imagem nos indica o caminho ao analisar uma obra. A cor, por exemplo, sempre foi usada
como maneira de mostrar valores dos elementos ou valores estéticos do trabalho.

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A linguagem da arte contemporânea não está vinculada às estéticas miméticas (imitação do real) con-
solidadas pelo neoclássico. Pelo contrário, a busca pela ação do artista, pela intensidade nos traços e
nas expressões, nos mostra que existem preocupações ideológicas que precisam ser expostas nos tra-
balhos. Além disso, fica claro que os movimentos de vanguardas europeias influenciam muito a maneira
de pensar as novas estéticas contemporâneas
Não podemos deixar de citar que o avanço tecnológico, com o uso de programas gráficos, máquinas, e ou-
tras ferramentas, também é um fator importante na criação de novas ideias para a arte contemporânea.

PARA SABER MAIS:


Leia a reportagem: O papel da tecnologia na arte contemporânea. Disponível em: <https://vi-
soesdofuturo.blogosfera.uol.com.br/2019/06/03/o-papel-da-tecnologia-na-arte-contempora-
nea/>. Acesso em: 08 abr. 2021.
Assista ao vídeo: Arte Contemporânea. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?-
v=EH0x6Yw410g>. Acesso em: 08 abr. 2021.

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ATIVIDADES
1 - Use suas ideias e comente como a arte contemporânea dialoga com os espaços por ela ocupados?

2 - A cor é um elemento muito importante na construção da imagem e das ideias que tal imagem
desenvolve. Sobre o uso da cor na arte contemporânea, podemos dizer que:
a) É usada somente como função estética das imagens.
b) Não é bem vindo pois as imagens em preto e branco costumam ser mais atrativas.
c) Possui importância relevante, somente, quando se trata de imagens grandes.
d) Deve ser bem estudado para alcançar o resultado desejado.

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SEMANA 4

EIXO TEMÁTICO:
Conhecimento e Expressão em Artes Visuais.

TEMA/TÓPICO:
Percepção Visual e Sensibilidade Estética: Apreciação e Análise de Imagens e objetos Artísticos.

HABILIDADE(S):
Análise e crítica de obras de artes visuais contemporâneas.
Saber usar o pensamento crítico a partir do conhecimento construído em arte.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Arte Visuais.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Língua portuguesa .

TEMA: Construindo o pensamento crítico a partir da arte


Caro (a) estudante, nessa semana você compreenderá como pensar criticamente a partir das produ-
ções de arte contemporânea.
O que é pensar criticamente?
Analisando a pergunta, podemos dizer que o pensamento crítico é construído quando lemos mais, escu-
tamos mais e vemos mais. Compreender um conceito não quer dizer que está preparado para julgá-lo.
Sendo assim, a análise profunda de um determinado assunto irá alimentar nosso vocabulário imagético
e de palavras. Quanto mais conhecemos, mais somos capazes de construir nossos próprios conceitos.
Vamos entender a análise crítica a partir da imagem abaixo:

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Fonte: Cartum- Mázio.Disponível em:< https://www.instagram.com/andre.mazio9/>. Acesso em: 03 mar. 2021.

Como podemos analisar a imagem acima? Existem quantas pessoas na imagem? Por que uma é bem
maior que a outra? O que cada uma representa? Eles estão em um diálogo amigável? A situação apre-
sentada de fato acontece?
Essas perguntas alimentam a criação do pensamento crítico e, às vezes, existirão respostas diferentes
para cada uma delas.
Observe a próxima imagem:

Fonte: <https://i.pinimg.com/564x/71/66/73/716673bb3177444597705db42f40f9bb.jpg>. Acesso em: 03 mar. 2021.

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A crítica empregada nesta obra está relacionada ao consumismo, ao mundo capitalista.
Acredito que você seria capaz de identificar o que está acontecendo, discutir a evolução da espécie
humana através da imagem.
Converse com seu professor ou professora de arte a respeito do assunto. Busque entender como você
pode buscar fontes que irão alimentar suas ideias, procure formar conceitos que irão ajudar a outras
pessoas na construção do pensamento crítico.

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ATIVIDADES

Analise a imagem e responda o que se segue:

Fonte: Obra do artista Paulo Ito. Disponível em: < https://namu.com.br/portal/sustentabilidade/cidades/paulo-ito-e-o-grafite-que-


incomoda/>. Acesso em: 04 mar. 2021.

1 - Qual a crítica o artista quis expor na imagem?

2 - Para você, a imagem conseguiu traduzir a ideia? Justifique.

3 - O que você faria de diferente na imagem para traduzir o tema proposto?

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SEMANA 5

EIXO TEMÁTICO:
Conhecimento e Expressão em Música.

TEMA/TÓPICO:
Os Sons em Fontes Sonoras Diversas e Contextualização da Música na História da Humanidade.

HABILIDADE(S):
Conhecer as características fundamentais dos estilos musicais em diferentes épocas de nossa história.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Música.

INTERDISCIPLINARIDADE:
História e Matemática.

TEMA: A música e sua história


Caro(a) estudante, nessa semana você vai analisar os principais caminhos históricos que trouxeram a
música até a contemporaneidade.

BREVE HISTÓRICO DA MÚSICA


A História da música é rica em conhecimentos, desde os primórdios os homens produziam diversas
formas de sonoridade. A humanidade possui uma relação longa com a música, sendo essa umas das
formas de manifestação cultural mais antigas.
A música é um tipo de arte que trabalha com a harmonia entre os sons, o ritmo e a melodia.
Todos esses elementos são importantes e podem nos transportar para outro tempo e espaço, resgatar
memórias e reacender emoções.
Vamos ver como essa linguagem artística caminhou durante os séculos até os nossos dias.
Ainda na pré-história, os seres humanos começaram a desenvolver ações sonoras baseadas na obser-
vação dos fenômenos da natureza. Os ruídos das ondas quebrando na praia, os trovões, a comunicação
entre os animais, o barulho do vento balançando as árvores, as batidas do coração; tudo isso influen-
ciou as pessoas a também explorarem os sons que seus próprios corpos produziam. Como, por exem-
plo, os sons das palmas, dos pés batendo no chão, da própria voz, entre outros.
Nessa época, tais experimentações não eram consideradas arte propriamente e estavam relacionadas
à comunicação, aos ritos sagrados e à dança.
No Egito Antigo, ainda no século 4.000 a.C., a música era muito presente, configurando um importante
elemento religioso. Os egípcios consideravam que essa forma de arte era uma invenção do deus Thoth e
que outro deus, Osíris, a utilizou como uma maneira para civilizar o mundo.
A música era empregada de forma a complementar os rituais sagrados em torno da agricultura, que era
farta na região e os instrumentos utilizados eram harpas, flautas, instrumentos de percussão e cítara -
que é um instrumento de cordas derivado de um instrumento chamado lira.
Na região da  Mesopotâmia, localizada entre os rios Tigre e Eufrates, habitavam os povos sumérios,
assírios e babilônios. Foram encontradas harpas de 3 a 20 cordas na região onde os sumérios viviam e
estima-se que sejam objetos com mais de 5 mil anos. Também foram descobertas cítaras que perten-
ceram ao povo assírio.

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Na Ásia - em torno de 3.000 a.C. - a atividade musical prosperou na Índia e China. Nessas regiões, ela
também estava fortemente relacionada à espiritualidade.
O instrumento mais popular entre os chineses era a cítara e o sistema musical utilizado era a escala de
cinco tons, pentatônica.
Já na Índia, em 800 a.C., o método musical era o de “ragas”, que não utilizava notas musicais e era com-
posto de tons e semitons.
Podemos observar que a cultura musical na Grécia Antiga funcionava como uma espécie de elo entre os
homens e as divindades. Tanto que a palavra "música" provém do termo grego mousikē, que significa “a
arte das musas”. As musas eram as deusas que guiavam e inspiravam as ciências e as artes.
É importante ressaltar que Pitágoras, grande filósofo grego, foi o responsável por estabelecer relações
entre a matemática e a música, descobrindo as notas e os intervalos musicais. Além de instigar o pen-
samento a respeito das divisões rítmicas de tempo.
Sabe-se que na Roma Antiga, muitas manifestações artísticas foram heranças da cultura grega, como a
pintura e a escultura. Supõe-se, dessa forma, que o mesmo ocorreu com a música. Entretanto, diferen-
te dos gregos, os romanos usufruíam dessa arte de maneira mais ampla e cotidiana.
Já na época renascentista, que compreende o século XIV até o século XVI, a cultura sofreu transforma-
ções e os interesses estavam voltados para a razão, a ciência e o conhecimento do próprio ser humano.
Tais preocupações se refletiram também na música, que apresentava características mais universais
e buscava se distanciar dos costumes que a Igreja obtinha. Uma característica significativa da música
nesse período foi a polifonia, que compreende a combinação simultânea de quatro ou mais sons.
A partir do século XVII, o movimento barroco promove mudanças marcantes no cenário musical. Foi
um período bastante fértil e importante para a música ocidental e apresentava novos contornos tonais,
com a utilização de outras escalas que traziam sonoridades diferentes, a saber: modo jônico (modo
“maior”) e modo eólio (modo “menor”).
No Classicismo, que corresponde ao período em torno de 1750 e 1830, a música adquire objetividade,
equilíbrio e clareza formal, conceitos já utilizados na Grécia Antiga. Nessa época, a música instrumen-
tal e as orquestras ganham ainda mais destaque. O piano toma o lugar do cravo e novas estruturas
musicais são criadas, como a sonata, a sinfonia, o concerto e o quarteto de cordas. Os artistas que se
sobressaíram são Haydn, Mozart e Beethoven.
No século XIX, o movimento cultural que surgiu na Europa foi o Romantismo. A música predominante
tinha como qualidades a liberdade e a fluidez, e primava também pela intensidade e vigor emocional.
Esse período musical é inaugurado pelo compositor alemão Beethoven - com a Sinfonia nº3 - e pas-
sa por nomes como Chopin, Schumann e sua esposa Clara Schumann, Wagner, Verdi, Tchaikovsky, R.
Strauss, entre outros.
No século XX, a música ganha nova roupagem e uma grande transformação ocorre com o surgimento
da rádio. Novas tecnologias e suportes para a gravação e divulgação musical ajudam a popularizar essa
linguagem artística e projetar cantores e compositores, já que eles não dependiam somente dos con-
certos musicais. Com uma cartela de opções mais variadas, o público começa a ter contato com outros
tipos de música.
Alguns artistas também passam a incorporar novos elementos em suas produções, como instrumentos
até então pouco explorados e objetos sonoros. Um exemplo é o multi-instrumentista brasileiro Herme-
to Pascoal, que tira sons tanto de flautas e pianos como de objetos do cotidiano como chaleiras, pen-
tes, copos d’água e brocas de dentistas. A compositora Adriana Calcanhoto também possui um projeto
de música infantil que faz uso de diversos brinquedos para produzir suas composições.
Podemos citar como grandes nomes da música do século XX o brasileiro Heitor Villa-Lobos, o russo
Igor Stravinsky, o nigeriano Fela Kuti, a pianista carioca Chiquinha Gonzaga, o norte-americano Louis
Armstrong, a francesa Lili Boulanger, o argentino Astor Piazzolla, e muitos outros.

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A música está sempre em processo de reconstrução, podemos perceber que, na atualidade, existem
várias maneiras de se fazer música combinando os três elementos principais, a harmonia, a melodia e
o ritmo. Convivemos com uma variada gama de opções que vão do samba e do funk até o jazz, a bossa
e a MPB. No Brasil, especificamente, temos uma cultura muito diversificada onde cada região do país
aprecia e produz um tipo de música.
Texto Adaptado disponível em: <https://www.todamateria.com.br/historia-da-musica/ >. Acesso em: 02 mar 2021.

PARA SABER MAIS:


Assista ao vídeo para ajudar no conhecimento: Um pouco sobre a História da Música? Disponível
em: <https://www.youtube.com/watch?v=u6xWgXTa98Y>. Acesso em: 08 abr. 2021.

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ATIVIDADES
1 - A música é uma expressão de arte que:
a) Traduz através de sons e imagens sentimentos que mexem com nossa alma.
b) Carrega conteúdos históricos, sociais, afetivos, religiosos, etc. Tais conteúdos são perceptíveis
através da harmonia, melodia e ritmo de uma música.
c) Não obteve uma evolução esperada ao longo da história visto que, as pessoas que a praticavam
não se preocupavam com o estudo musical.
d) Busca uma uniformidade no mundo para que todos possam ser capazes de ouvir e apreciar a
mesma coisa.

2 - Qual dos artistas abaixo não está ligado ao movimento musical do século XX?
a) Heitor Villa-Lobos.
b) Louis Armstrong.
c) Chiquinha Gonzaga.
d) Beethoven.

3 - Você seria capaz de relacionar a música com a matemática? Quais são os elementos comuns nas
duas ciências?

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SEMANA 6

EIXO TEMÁTICO:
Conhecimento e Expressão em Música.

TEMA/TÓPICO:
Os Sons em Fontes Sonoras.
Diversas e Contextualização da Música na História da Humanidade.

HABILIDADE(S):
Conhecer e argumentar sobre várias produções musicais com senso crítico e fundamentado.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Música.

TEMA: Música e seus sons


Caro(a) estudante, nessa semana você vai analisar os diferentes sons e produções musicais espalhadas
pelo mundo.

APRESENTAÇÃO:
Em todo momento, ouvimos diversos sons, sentimos várias vibrações e percebemos muitas frequên-
cias que nos causam sensações físicas e emocionais. Isso quer dizer que a música nos atrai transfor-
mando nossa maneira de pensar e agir. Ela tem a capacidade de nos fazer lembrar do passado, de nos
fazer alegres ou tristes, de levantar nosso astral e de nos “levar” a ambientes abstratos. Além disso,
essa manifestação artística está presente por onde andamos, seja em casa, nas ruas, em um consul-
tório médico ou em uma grande festa, nos deparamos com os vários tipos de sons. Você já parou para
pensar que a música está mais presente em nosso dia a dia do que imaginamos? Ouvimos tantos ritmos
espalhados pelo mundo carregando histórias e costumes, os quais são, muitas vezes, desconhecidos.
Mas afinal, o que é música?
Podemos dizer que a música é a combinação de dois ou mais sons organizados e que, ela está dividida
entre harmonia (notas tocadas simultaneamente), melodia (notas tocadas separadamente) e ritmo (di-
visão do tempo de cada som).
Cada povo em cada região, carrega consigo uma história musical que os conduzem. Entretanto, podemos
perceber que, nos dias atuais, existem misturas musicais que caracterizam a produção contemporânea.
Vamos conhecer um pouco sobre alguns gêneros musicais e suas atuações no cenário atual?

ROCK
Originado no Blues e na música country, esse estilo surgiu durante a década de 1950 nos EUA. Com o
passar do tempo, o Rock se desmembrou em outros sons e, atualmente, conhecemos o heavy metal, o
Pop rock, o folk rock, o blues rock, o hard rock, o alternativo, entre outros. A guitarra elétrica é o instru-
mento mais marcante no rock e alguns artistas ficaram conhecidos por praticarem esse estilo musical.
Podemos citar alguns como: Elvis Presley, a banda Beatles, o guitarrista Jimi Hendrix, e muitas outras
figuras que eternizaram o rock na história. No Brasil, figuras como: Celly Campello, Jovem Guarda, Raul

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Seixas, Secos e Molhados, RPM, Legião Urbana, Capital Inicial, Jota Quest, entre outras, fizeram o ritmo
ser bastante escutado no país.

SAMBA
“O samba foi criado no Brasil e sua origem são os batuques trazidos pelos negros escravizados, mistu-
rados aos ritmos europeus, como a polca, a valsa, a mazurca, o minueto, entre outros. O samba é uma
dança e um gênero musical brasileiro considerado um dos elementos mais representativos da cultura
popular do Brasil. Devido a sua grande presença em todo território nacional, o samba assume formas
diferenciadas em cada região, mas sempre mantendo a alegria e sua cadência envolvente.”
Disponível em:< https://www.todamateria.com.br/samba/>. Acesso em: 03 mar. 2021.

Com a diversidade típica no Brasil, vários estilos de samba se desenvolveram. A Gafieira, o Samba de
Roda, o Pagode, Samba Canção e deExaltação são os grandes exemplos. Alguns artistas marcantes
são: Noel Rosa, Dona Ivone Lara, Cartola, Fundo de Quintal, Exaltasamba, Só pra Contrariar, entre ou-
tros. Os instrumentos mais usados no samba são: O cavaquinho, tantan, repique, viola 7 cordas, banjo,
surdo, pandeiro, entre outros.

REGGAE
Gênero desenvolvido na Jamaica no final da década de 1960. Esse estilo musical se originou do Ska e
rocksteady. Ele é caracterizado pelas acentuações no tempo mais fracos, ou seja, os compassos são
acentuados na segunda e quarta batidas. O Reggae originalmente tratou de assuntos de repressão po-
lítica e da vida livre de preconceitos. Seu idealizador mais famoso é Bob Marley.

JAZZ
Originário das comunidades de Nova Orleães, nos Estados Unidos. O Jazz teria surgido por volta do final
do século XIX, tendo origem na cultura popular e na criatividade das comunidades negras que ali viviam.
O  jazz  se desenvolveu com a mistura de várias tradições religiosas, em particular a  afro-americana.
Esta nova forma de se fazer música incorporava uma variedade enorme de ritmos, harmonias e melo-
dias proporcionando muitas opções de improviso. Os instrumentos musicais básicos para o Jazz são
aqueles usados em bandas marciais e bandas de dança: metais, palhetas e baterias. No entanto, o jazz,
em suas várias formas, aceita praticamente todo tipo de instrumento. Um de seus principais nomes foi
de Louis Armstrong

FUNK
O funk é um gênero musical que se originou em comunidades afro-americanas em meados da década
de 1960, quando músicos afro-americanos criaram uma nova forma de música rítmica e dançante atra-
vés da mistura de soul, jazz e rhythm and blues. É comum associarmos o Funk aos modos de vida das
comunidades e periferias, principalmente do Rio de Janeiro. Entretanto, é importante entender que o
que é conhecido como Funk nos dias atuais, é uma variação brasileira que chamamos de Funk do Morro.
A origem do Funk nos mostra que suas características estão ligadas ao groove (ritmos), pegadas da
bateria, contrabaixo e guitarra. Uma das figuras mais marcantes do Funk foi o americano James Brown.
A música é plural e existem vários estilos que não foram abordados neste material, como a música ele-
trônica e as músicas populares de várias regiões. Aqui conhecemos uma pequena parte do que a mú-
sica pode nos oferecer. Ela é diversa, suas variações são infinitas. É muito importante estudar o maior
número possível de gêneros. Aproveite este assunto para se aprofundar ainda mais em cada um deles.

PARA SABER MAIS:


Esse vídeo pode ajudar a fixar o conteúdo e saber mais O QUE SÃO GÊNEROS MUSICAIS? | O QUE É MÚ-
SICA #6 Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=MfhtQYI1DTU>. Acesso em: 08 abr.2021.

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ATIVIDADES
1 - Qual dos ritmos abaixo foi criado no Brasil?
a) Jazz.
b) Samba.
c) Rock.
d) Blues.

2 - A partir de suas ideias, explique por que é importante a música na formação social, política, cultural
e histórica de uma pessoa.

3 - Você considera que é importante a diversidade musical ou, seria interessante que cada pessoa
ouvisse somente o que gosta? Justifique-se.

Queridos(as), estudantes, finalizamos o PET número 2 do ano de 2021, espero que tenham gostado dos
temas tratados e aprendido um pouco mais sobre a arte em nossas vidas. Desejo muita força para con-
tinuarmos e paz em tudo que formos fazer. Não se esqueçam de se cuidarem e de cuidarem das pes-
soas! Grande abraço do professor de Arte, André Mázio.

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