Metais Não Ferrosos e Suas Ligas
Metais Não Ferrosos e Suas Ligas
Metais Não Ferrosos e Suas Ligas
SÃO CARLOS
2020
--·
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS
97 5
ERRATA
Simbologia
O - Aços Carbono
O - Aço com 1, 25 Cr e O, 5 Mo
~ - Inoxidável tipo 316
- Ligas a ~ase de Ni - tratadas.
- Ligas a base de Co
- Ligas a base de No
carga- l~OQ líbras/pol2
27
His-tórico 27
Fatores que deteroinaa o se~ e$?rego ••••••••••••••••••••••••••• 28
CAPÍTULO III
O ZINCO E SUAS LIGAS. PRINCIPAIS PROPRIEDADES E EMPREGOS •••••• 53
HistÓrico • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 53
Processos de Obtenção ••••••••.•••••••••••••••••••••••••••••••• 54
Características e emprego do Zn ••••••••••••••••••••••••••••••• 58
.Defor~ação do Zn •••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• 60
Generalidades sobre as ligas de Zn •••••••••.•••••••••••••••••• 61
Condições de moldagem sob pressão ••••••••••••••••••••••••••••• 68
Usos •••••••••••••••••••••••••••••••••••••• , • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 69
CAPiTULO IV
O ESTANHO E SUAS LIGAS. PRINCIPAIS PROPRIEDADES E EMPREGOS •••• 71
:ris tóri co • .... • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • . • • • . • . • • • • • • • • • • • • . • • • • • . . • 71
Fatores que determinam o seu emprego •••••••••••••••••••••••••• 72
Minérios •.•...•.•.......•.•.... •.. • . . . . . . . . . • . • . . • • • . • • . • . . . • • 72
Redução dos minérios •••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• 73
Dados Econômicos e Propriedades do Bstanho •••••••.•••••••••••• 74
Empregos do ~stanho •••••.••••••.••••••••••••••••••••••••••••.• 75
Ligas de Estanho •••••••.•••.••..".............................. 76
~etalografia do Sn •••••••••••••.••••••••••••••••••••.••••••••• 83
CAPiTULO V
O CliUHBO E SUAS LIGAS. PRINCIPAIS PROPRIEDADES E El1PREGOS ••••• 87
HistÓrico • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 87
Fatores que determinam o seu emprego •.••.••••••••••••••••••••• 88
Minérios • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 88
Redução dos Minérios •••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• 89
Propriedades do Chumbo •••••.•••••••••••••••••••••••••••••••••• 94
Empregos do Chum'to •••••••••••••.••••••.•••••••••••••••• :...... 94
Ligas ::e Chum'to • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • . • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 97
Fusão e Vazamento do Pb ••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• 102
Metalografia do Pb •••••••••••••••••••••••••••••••••••• ~ ••••••• 102
CAP:!'~'ULO VI
O HAGN~SIO E SUAS LIGAS. PRINCIPAIS PROPRIEDADES E EHPREGOS ••• 105
HistÓrico e Obtenção •• ; •••••••••••••••••••••••••.••••••••••••• 105
-II-
?ág.
'::is tórico
'!'abela 1
[~---1-o_c_al con:.ido t
-2-~
~ANODOS DE CARBONO
b-REVESTINENTO DE CARBONO (CÁTADO)
,
C-ISOLAMENTO TERM-ICO
,
d-ISOLAMENTO ELETRICO
e-PLACA DE CONECÇAO
f- BICO DE VAZAMENTO
o~ PANELA
h-ELETROLITO FUNDIDO
i- ALUMÍNIO FUNDIDO
j- CROSTA . SOU OI FI CADA
FIG.I-1
-3-
-- ·.~
Cargas no.vas de: a·lumina são fiüt-as sempre que o teor cai abaixo
do já indicado.
O consumo médi"o· a·e ·eletricidaâe para produção de ab•::tÍnio é de
25 a 27 K'wh/k. Segundo o~tros dados· é somente iie 17 li:lõh/k.
O refino do Al~ é realiza~o em cubas elet::::-'olÍticas, pelo proces-
so desenvolvido por· Hoope:s, empregando· como anodo o Al imp-.:.ro e!õ! for
ma de liga Cu-Al- e como eletrÓli to um banho fundido constituído ~or
crioli ta; fluoretos de Al, e de :Ba e óxido' de .ll.l. O anoào fica no f~
da da cuba· e o metal puro e recolhido nà parte superior, figura 2.
-4-
~~~ cp
I
A -
B -
LIGA-MÃE
ELETRdLITO
\\\
\
\ / C - METAL REFINADO
'
\
I D
E
CATODO DE GRAFITA
RE;FRATÂRIOS DE
MAGNÉSIA
F ANTI-CADINHO
G CAMADA ISOLANTE
I
H ISOL.AçiO LATERAL.
'' J1
I I REVESTIMENTO DE
CARBONO
J ANODO
K ISOLAMENTO DO SOLO
L - RE VUTIMENTO
METÁLICO
FIG, I- i
r
t·laterial Ij I..ir1ite de
Ilesistência
k/mr:l?
I /-.loncamer:to
f:
Bscoa~ento
0,2% k/mm2
Dureza
,. Brinell
- - I
Bruto de rnsao o 15-30 4 25
Trat>alhaG.o ( 1) "
ll 5,5 10 27
::tecozido (2) 1i c;
./ ·19 1,2 17
-6-
37
N
E
~
~ 36
rn
o
:JC
::E
35
% DE IMPUREZAS
FIG. I - 3
4r+~---+--+---~~---r--+---~~
I I l l l I
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2
c
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2 "'ICADO ~9._996%
o AI PUR\r i ! I
10 20 30 40 50 60 70 80 90
HORAS
FIG. I -4
-7-
t-----w·~---..- ----------
Al~mÍnio Cowercial
Hoje em dia sao conseguidas ligas mais puras nas células eletro
lÍticas e esses elementos são adicionados posteriormente para satis-
fazer as especificações.
O Fe e o Si formam partículas de compostos definidos - FeA1 e
3
SiA1 •
3
Lm presença do Al e do Si o ferro forma também um ponstituinte
(.u Fe Si ) que se precipita em P?-rtículas, re'movendo parte do Si
6 2 3
que iria ficar em solução.
O Si tem uma ação bastante apreciável, e mesmo em baixos teores
afina o grão dando melhores propriedades ao material.
Sssas ligas são utilizadas quando as peças ~om elas fabricadas
r.ao exigem elevada resistência mecânica ou devem apresentar boa re-
sistência a corrosão, ou ainda serem fáceis e fortemente deformadas.
São trabalhadas por repuxamento, estampagem, etc., e utilizadas
sob a forma de chapas, fios, fitas, tubos e outros perfÍs.
Sntre outros empregos podemos citar: utensÍlios domésticos, pe-
ças de máquinas e const~ção civil, tubos, utensÍlios obtidos por ex
t~são por impacto. ~stes são de preferéncia produzidos com Al de
maia alta pureza- 99,7- 99,8%.
Outras ligas de Al, designada por Al comercial (3S) apresentam
a seguinte composição
-8-
material mais resistente. ~ empre~ado em cobertur~s, refletores, pe-
ças de máquinas, pequenas estruturas.
diça que aparece nessas ligas durante a solidificação (fase -Cu Al:!),
por meio de um aquecimento, seguido de resfriamento rápido.
A temreratura de tratamento precisa ser bem controlada para te~
-9-
A figura 6 mostra a variação de dureza para uwa liga com 4% Cu 9
com diferente tratamento de precipitação. As ~aiores durezas são ob-
tidas com temperaturas mais baixas, mas com tempo de tratamento mui-
to longo.
As ligas com teores de Cu acim~ de 5,65% já nao podem ser com-
pletamente solubilizadas e a variação de dureza é pequena. pois as
partículas de Cu Al não dissolvidas funcionam como nÚcleos de preci
2
pitação, não permitindo que todo o Cu forme a fase de transição. (l)
As ligas contendo Cu acima de 3% podem ser trabalhadas a frio
desde que isso seja feito com muito cuidado• pois pode ocorrer a ru~
tura da peça. As lip;as solubilizadas, com teores até 5,5% devem ser
trabalhadas _de preferência a quente. As ligas com teores acima desse
valor não são em geral trabalhadas.
As ligas podem ser deformadas a frio antes do trat~~ento de rr~
S m&terial trabalfiaCo
F - xaterial tratalhaào$ sem tratamento térmico
O rr.aterial trabalhado, precipitado ou recozido
R endurecido por encruamento
3 sorr.ente encrQado
1
I-il2 encruado l/.1 duro
-10-
800
L
o 700
c
--r-- r-- ,.._
-
:::1 600
1&1 K+L .
4111:500
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~300 L T ' I
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2 3456 78910
%EM PESO DE COBRE
-FIG. I-5
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TEMPO- DIAS
FIG. I-6
-11-
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;) 7
PORCENTAGEM DE COBRE
FIG. I -7
-1?-
El9 encruado extraduro
"'2
encruado e parcialmente recozido
.'122 encru~do 1/4 duro e recozido parcialmente
3 H - H - análogos aos casos··anteriores e recozidos parci~.l~
24 26 28
mente.
encruado e recozido completamente
H - H - H análogos aos H12 - H • etc., mas coapleta--
14
34 36 39
mente recozidos.
w solubilizados
T endureçidos por tratamento térmico
T recozido - peças moldadas
2
T solubil~zado e encruado
3
T solubilizado e envelhecido natural~ente
4
r envelhecido naturalmente, sem solubilização anterior. &Ó para
5
produtos fundidos em coquilha ou e~~=uturados
superenvelhecido e solubilizado
solubilizado, encruado e envelhecido a=';:~f:"cialmente
Ligas Alum{nio-SilÍcio
o diagrama de equilÍbrio destas l~~as - visõc ~a figuxa s. Sio
as ligas bin~rias mais importantes dsrc:s iae li~as de Cu.
São principalmente empregadas para fu:1diçí.;:o em coquilha ou sob
pressão. Apresentam grande fluidez ê sãc e~nre~adas em fundições em
areia para peças de paredes finas ou de fo~~as intrincadas. As suas
prop~iedades mecânicas são boas, com ausência de fragilidade, qual-
quer que seja o método de fundição. quando tratadas pelo processo d~
nominado de modificação. ;.).:esentam alére disso boa resistência à cor-
rosaoc
A liga eutétic;;. ,~ontém ll.6% de Si. ·A fase ~ rica em sil!cio d!
minue a ductilidade do material.
Estas ligas devem então ser rnodific&das por adições de metais
alcalinos - Na, K - ou alcalino - ferrosos Ca - ou alguns da seus
sais como fluoretos, cloretos, hidrÓxidos.
Com esta modificação a temperatura eutética e ab~ixada, o teor
de Si de ponto eutético aumentado e a estrutura da liga torna-sem~
fina, figura 9.
-13-
1500
~
1400
1300
L
I
v
v
/
(,)
1200
I /
v
o 1100
::IE v
IA!
1000 l /
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~ I
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_I / f3+L I
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900
I
X
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IA!
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800 I r·-
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600 ~
c:c+L.:
J
r--.1
I
I
500 I ~+{3
1 l 15-J
lO 20 30 40 50 60 70 80 90
% DE SILÍCIO
,
DIAGRAMA DE EQUIUBRIO DAS LIGAS AI-Si
FIG. I - 8
-14-
Há vantagens em se trabalhar com ligas de maior teor de Si pois
que a resistência e o alongam~nto sao au~entados, figura 10.
O tratamento térmico de recozimento destroi as propriedades ad-
quiridas pela modificação.
3sta para ser bem feita exige controle rigoroso na quantidade de.
modificador adicionado. Na Tabela 3 são dadas as quantidades de ~ae~
pregados e na Tabela 4 são dados os sais mais empregados, temperatu-
ras de emprego e teor a ser usado.
TABELA 3
% Si r. a Liga % Na necessária
1 0,01
2 0,02
3 0,028
4 0,035·
5 0,040 .
6 A temperatura de tratamento
0,042
tem também grande importân-
7 0,043
8 c ia. Esta é da ordem de7700C
0,044
para todas as ligas.
9 0,045
10 0,050
11 0,055
12 0,060
13 0,080
14 0,100
TAB":LA 4
1
33;; Cl!~a
9.!0° I 2
67? 1 FNa
40% FNa.
2 60')j FK 750° I 1
3 Na CE 800° 3-5
22% ?Na
15~~ CHia
4 44% FY 750° I
I
2
19~ ClK i
50S~ Cl:~a
5 50% C03Na2
900° I 2-3
6 N03Na2 5500 o/
34% ?Na
7 33% ClNa 900° I 2-3 I
33% C03Na2 I
8 13203 1100° ?
-15-
o
o
:E
ILJ 6 5o 1-t-'~---t-----t-----+~,.r--
15
/
'%DE Si LI CIO E~ PESO
-
DESLOC.AME~no DO PONTO EUTÉTlCO PELO TRATAMENTO
MODIFICAÇOES DAS
FIG_ I -9
LIGAS AI- Si
DE
a5N
ILJ -
30r-r---,-.,.......,....--r-,---r~
ll: ~ 26 ..-+--l'---+--+-----::.lo~+--1-.1--1
...J
22r+~r-+7~~~~~~
--NORMAL
ILJ
1- oo
~ 0 I 8 I!H----:I.c-+--+----4.;...-+--+-~
-MODIFICADA :i
14
o
1- 16
z
~ 12
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<!) s
z
o
...J 4
<(
o
o~ OI 3 5 7 9 11 13 15
.... % DE SILICIO
ALGUMAS PROPRIEDADES MECANICAS DAS LIGAS AI-Si
EM FUNÇAO DO TEOR DE Si
FIG. I - 10
-16-
As ligas de baixo teor de Si tem suas nropriedades menos altera
das pelo tratamento.
Quando as prescrições de temperatura, porcentagem de elementom~
dificante e.ternpo entre modificação~ vazamento não são seguidas, o
tratamento não é perfeito.
A hipomodificação ocorre quando é pequena a quantidade de modi-
ficador, a temperatura é alta e longo o tempo entre adição e vazame:!l
to. Este tempo deve ser menor do que 15 minutos.
Quando ocorre a hipomodificação, as rropried'l.des do material são
so parcialme~te melhoradas.
A hipermodificação ocorre com porcentagem elevada de agente mo-
dificador. A ductilidade neste caso é bem diminuída.
Se a peça é vazada em coquilha, e o resfriamento portanto mais
rápido, menores teores de agente modificador são necessários.
As lig~s de Al-Si ·são menos der.sas, teu: menor expansao térmica
e contração de solidificação que o Al puro.
Algumas propriedades dessas ligas são dadas nos gráficos das fi
guras 11, 12 e 13.
Algumas ligas com teor bastante elevado de Si na ordem de 20%
sao utilizados para a confecção de nistões de motores, pois, foi ve-
rificado que a existência de fase ~ em maior quantidade, melhora as
qualidades anti-fricção da liga ~rincipalmente em contato com o aço.
Estas ligas com Si são empregadas na construção de "carter" de m~
tç7ss, peças de automóvel, de máquinas de escrever, de costura,de la
var, etc., em geral fundidas sob yressão.
As principais ligas empregadas sãe as que contam 5% e 12 a 13%
de silÍcio.
Ligas Alumínio-Magnésio
Estas ligas são bem mais leves do ~ue o Al puro como pode ser
visto no gráfico da figura 14.
As ligas com teores até de 15~ podem ser solubilizadas como po-
de ser visto no diagrama de equilÍbrio des~as liRas, figura 15,e nes
se estado apresentam elevada resistência à corros?.o.
São em geral utilizadas neste estaco a>'resentando também boa re
sistência mecânica, os teores wais empregados sendo de 3,5 e 7%.
O tratame~to mecânico das li,as com mais de 3~ de Mg é difÍcil
e são raramente trabalhadas quanõo o teor está acima de 6%. São li-
gas para fundição.
-17-
I
UJ
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2,7
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o 2,6
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2,5
5 lO 15
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SILICIO
FIG. :I-11
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1,00
0,95
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0,90 "" ~
~ 1--
0,850
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0
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FIG. I -12
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%DE ,SIÚCIO
CONTRAÇAO DE SOLIDIFICA,ÇÃD DAS LIGAS AI-Si EM FUNÇÃO ::>0
TEOR DE Si
FIG . .I -13
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~ 2,6 1--------+---::!>...;;:--+-----~
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1&.1
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F!G. I - 14
-19-
% ATÔMICA DE Mg
10 20 30 40 50 60 10 80 90
700 I I r I
I
~50 F' 6S0°
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I 197:4
li I
Al % Mg
FIG.I-15
-?0--
o limite de f a. diga do Al que é de apenas da ordem de 3. 5k/mm2 a
tinge a 14 k/mm2 pare um teor de 6% de :'Ig.
As impurezas iniluem grandemente nas pro?riedades, principalme~
Ligas AlumÍnio-Cobre-SilÍcio
-21-
cia de 15 k/mm2.
Para esse mesmo fim sao em~regadas as seguintes ligas: Cu -12%;
Sn - 3%, e Cu - 4~, Xi - ~. Mg - 1,5~.
Esta Última é acontecida liga Y.- A presença de Ni modifica a ao
lubilidade do Cu, e não aparece mats a fase CuA1 livre mas a fase
2
3 CuAl Ni Al 2 •
Pode ser tratada termicamente por solubilização e precipitação.
A dureza dessas ligas é da ordem de 110 a 140 Brinell são bas--
tante empregadas também para a confecção de pistões pois tem boa re-
sistência mesmo a 200oc.
São utilizadas tanto no estado fundido como forjadas.
Outra liga complexa, muito importante é a que co·ntém Cu = 4%1
Mg - 0,5%; 11n - 0,5%; Fe - 0,5% e Si - 0,5%.* '5: a conhecida liga Du-
ralumÍnio para forjamento.
Foi a primeira liga não ferrosa tratada termicamente. t quebra-
diça no estado fundido, ~as apresenta boas propriedades quando trab~
lhadas a quente.
O tratamento térmico de solubilização é feito entre 490-500°C,a
precipitação ocorrendo a temperatura ambiente, e sendo acelerada _por
um aquecimento a 15ooc, sem grande alteração nas propriedades.
A máxima resistência alcançada é da ordem de 50k/mm2 obtida a-
pÓs precipitação e encruamento. O alon~~mento ~ da ordem de 2% com
esse tratamento. Se não for encr~ada a resistência pode ati~gir a
45 k/mm2 com alongamento de 15%.
A resistência à corrosão destas ligas é fraca e sao protegidas,
geralmente revestindo-as com finas p~lfculas de alumÍnio p~ro, cald~
adas durante o trabalho mecânico. Com esta liga são confeoci-:madaa
placas, perfís, hélices, bielas, engrenagens, rebites, com g-rande a-
plicação t~bé~ ~m várias outras nartes da construção de um avião.Ae
ligas leves mais resistentes que se conhecem hoje em dia são as que
apresentam a seguinte composição.
Zn 5,5 a 6,5ot.
Mg 2,5%
Cu l,5o/:
n~
VL o,;?%
Sem esses aois ÚltiEos elemento~ as li~as nao seriam utilizá----
veis pois são :n::i to sensÍ'-'eis a cor!"osao sob tensão, ruptura inter~
n".llar a temper;s-::CJ.ra a:ni:::.e-:te apos a aplicação da carga mesmo no vá-
4 O ?e pode SE: :r s·.;bs ti t-'li ·:o por Xi.
São obtidas em peças la~inadas,
solubilizadas e precipitadas r~
2
sistências da ordem de 62 k/mm , com li~ite 0,2 :a ordem de 50 k/mm2
e alongamentos de 8%.
A solubilização é.feita a 460-500°C, com resfriamento em aguaou
Óleo, e a precipitação é feita a· looõc. Um segundo tratamento entre
150 e 16ooc, produz ~ superenvelhecimento, melhorando a resistência
à corrosao.
A seguir sao dadas as classificações das ligas de alumÍnio tra-
balhadas e para fu~dição em areia, em coquilha e sob fusão. Tabelas
5 e 6.
Tabeh
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e) Cd- 0,10;(-0,}s% Li~ 0,9S-1,7% r) 51 45 e 6S~ do teor de Mo ol a co - o.oo1,; t~~al( ceda Cd - o.ooJ~ ,.." l1 ... o.ooo-; IIHuc
T~4 ?:.:LA 6
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108 ............ 4.0 3.0
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".".,
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-25-
CAPÍTULO II
Eistórico
-27-
TABELA 1
Minérios
-28-
dar uma noçao de como é obtido o cobre, de uma maneira bastante res~
mida e simplificada.
-29-
Propriedades do Cobre
Tabela 2
Emprego do Cobre
-50-
%DE REDUÇÃO EM ÁM.A
O !O 20 30 40 50 60 10 J0 90
R= RESISTÊNCIA
C:CONDUTIVIDADE
FI G. Ir- 1
-31-
c) I:)Xygen free 99.93
d) nativo 99.50
e) refinados a fogo 99.87
f) nativo arsenioso 99.41
.
ro, há um cuidadoso controle desse elemento, a fim de evitar que ele
entre em solução no metal. (teor máximo permitido 0,005%).
Os tipos O.F.E.C. são desoxidados pelo carbono ou ~ases reduto-
res, não absorvíveis pelo cobre ou pouco absorvíveis, figura :;.
O cobre eletrolÍtico fundido e desoxidado pelo CO (Perçagem) p~
de conter ainda 0,01 - 0,02 de oxigênio e 0,06% de impurezas totais.
No cobre denominado "T'hongh-pitch", refinado a fo{;o, o t_eor re-
sidual de oxigênio é da ords~ de 0,04%. ~sse teor oxida algumas imp~
rezas do metal, q~e não mais ficam em solução, aumentando a conduti-
vidade. O oxigênioexistenteneste tipo de cobre é suficiente para,
quando aquecido em ambiente redutor, torná-lo quebradiço. O cobreto~
na-se poroso onde há oxigênio pela formação de H 0 que se difunde me
2
nos rapidamente que o hidrogênio. O cobre que deve ser aquecido qua~
do durante o trabalho de confecção das peças, ou quando já em peç~s
Prata e Cadmio -
-32-
% ILIUIIIIIITOI
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% ELIUI!ENTOS
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-33-
elevam a resistência e a temperatura de recristalizaçãc (de 200° pa-
ra 350° no caso de prata), sem diminuir muito a condutividade.Os que
cont~m cadmio são muito utilizados em fios "trolley".
A figura.4 mostra as curvas de variação de condutividade e re-
sistência das ligas com cadmio.
Arsênio
Bismuto e Chumbo
Telúrío
Cromo
-34-
CIO
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%DE CAOMIO
FIG.ll-4
Zircônio
Outra liga que pode ser aplicada quando é desejada alta dureza,
mesmo a temperatura elevada, e alta condutividadê elétrica, é a liga
Cu-Zr com teores da orde:u de O, 2% Zr. Com 0,18~~ Zr a temperatura de
amolecimento após deformação mecânica de 50% é ·de 500°C.
As figuras 6, 7 e 8 mostram algumas propriedades dessas ligasem
comparação com algumas ligas aplicadas com as mesmas finalidades.
BerÍlio
..
presentar faiscamento. Têm largo emprego em locais em que estas fais
cas podem provocar explosões.
Serão estudadas agora as ligas de cobre com altos teores de ele
mentos de ligas, e que são as mais largamente empregadas.
-36-
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TEMPERATURA EM °C
AMOLECIMENTO DE LIGAS Cu - Zr E Cu- A g
FIG. Ir -6
-37-
DUREZA DE TRES LIGAS DE COBRE
I~<CONDUTIVIDADE.PRECIPITADA
O-AQUECIMENTO · 2 HORAS A •UI°C
X- ESFRIAMENTO 2=CONDOTIVIDADE. PRECIPITADA r
DOREZA VICKERS !=DUREZA.~ PRECIPITADA
~ cp ~ ~ ~ .~ ~ ~ ~ ~ §~~ ~ i'5 ~ 4:DUREZA. PRECIPITADA
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~ DUREZA ROCKWELL 8
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LIGAS ~E -BERILO
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-39-
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% ATOMICA DE ZINCO
FIG. li-10
0
/o Zli\ICO
l FIG. :n:- 11
-40-
Os latões podem ser divididos em dois tipos:
mole 80
meio duro 100 120
duro 130 135
mola 165 - 180
Tabela 3
-41-
.A facilidade de deformação aumenta com o tamanho dos grãos, mas
se estes tornam-se muito grandes, apÓs a deformação as peças aprese~
tam o defeito denominado de pele de laranja superfÍcie aspera,a as
pereza variando com o tamanho dos grãos.
Muitas vezes artigos confeccionados com latão, sofrem com o tem
po o fenômeno denominado "season-cracking", qu.e podemos traduzir por
"ruptura sob corrosão" ou "corrosão sob tensão".
Quando este fenômeno ocorre a peça se rompe, a fratura sendo em
(
geral não uniforme, em zig-zag.
Nos latões alfa a ruptura é sempre intercristalina e nos latões
beta é transcristalina.
O fenômeno parece ser devido a agentes do w.eio ambiente, que a-
tacam o latão quando submetido a tensão interna.
Os fatores que influem nessa ocor=ência são principalmente: a
composição qUÍmica e as tensões internas do material e o ambiente.
Os latões com baixo teor de cobre são mais susceptÍveis a essa
fratu1.:·a. Acima de 94% Cu, o latão !'arece não mais sorr·er esse tipo de
corrosão.
O chumbo, o ferro, o manganês, o nÍquel e o alumÍnio, nos teo-
res comuna encontrados nos latões parecem não exercer influências. O
fÓsforo e o estanho tem uma influência 'favorável, limitando o fenôm~
no. São no entanto adicionados em baixos teores, para não diminuir
outras propriedades do latão, como seja por exemplo, a ductilidade.
As tensões internas sejam devidas a trabalho mecânico ou origi-
nadas na solidificação, sao agentes necessários para a ocorrência do
f' -
.enomeno.
O meio em que se encontra a peça é também fator decisivo.Se nao
houver a~entes ativos nesse meio, não ocorre o fenômeno. Entre os a-
gentes ativos podew ser citados possivelmente o amoníaco, o cloreto
de sÓdio e a~inas.
Para evitar a ocorrência do fenômeno as peças devem ser aqueci-
das para alÍvio de tensões.
O tempo e a temperatura variam conforme o latão. ~Jo gráfico da
figura 12 são dadas temperaturas e tempos mais indicados nara tratar
um latão com aproximadamente 60% de cobre.
Para se verificar se a peça sofrerá ou não o fenô~eno,corpos de
prova do material devem ser tratados em uma solução aquosa ácida de
nitrato mercuroso. A concentração dessa solução pode ser variada des
de 1% a 10%. sem grande influência no resultado. A solução deve ser
-42-
acidificada com 1% de ácido nÍtrico.
Se o corpo de prova nao sofrer ruptura em ~5 minutos de exposi-
ção nesse meio, a peça não é susceptível ao fenôneno. Se houver rup-
tura,ela apresenta tensões e para evita~ ruptura devem ser tratadas
termicamente.
Latões !':sneciais
-43-
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I
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TEMPOS EM MINUTOS
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QUEBRADIÇO
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Cu 10 40 50
% DE ZINCO
FIG.li-13
-44-
de alumÍnio, etc.
A figura 14 reproduz o diagrama de equilÍbrio dessas ligas.
O estanho aumenta a resistência e dureza do cobre mas diminui a
sua ducti1idade. figura 15. A dureza dos bronzes é muito mais eleva-
da que a dos latões. Comparar figuras 11 e 15.
As propriedades desta liga variam com a temperatura de vazamen-
to, como pode ser visto na figura 16.
Dependendo então das propriedades desejadas, el_e é fundido a u-
ma mais alta ou mais baixa temperatura. ~àta varia geralmente entre
1060 e ll00°C.
Acima de 7% de estanho, devido ao fenôoeno de zonamento no res-
friamento, já começa a aparecer a fase f3 extremamente dura e quebr~
diça, impossível de ser deformada.
Na fusão do bronze usa-se mais comumente, como deaoxidante, o
fÓsforo. Quando o teor residual deste elemento ~ica acima de 0,10%
os bronzes toma~ a designação de bronzes fosforosos.
Este elemento melhora as qualidades de fundição, dando peças ma:is
perfeitas e também aumenta a dureza e a resistência a corrosao.
Os tipos mais empregados aão os seguintes:
-45-
1100
1000 ~
\\
\ \
r\~
700 ~ ~
~ ~ .........
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PORCENTAGEM ATÔMICA DE ESTANHO
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-46-
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a:
·40;:,
~ o
~
o .....1
o Cu 5 lO 200
FIG.JI -15
TEMPERATURA
FIG.lt -16
-47-
fins que o 85-5-5-5-, mas tendo rr.aior dureza.
Os bronzes também são utilizados como metais anti-fricçãooonfo~
me a tabela 4,· onde são dadas diversas composiçÕes •
DESIGNAÇ.lO
. COMP03IÇXO ~.{
0,25
B-22-46T-B 15-17 82-85 má.x. 0,25 0,25 1,0 P máx.
TA3~LA 4
~~
o ........ '.-lll"
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l
1000
...
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950
b..
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150
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650 K \
600
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550
500 \
- "!li
I \
o lO 15 20 25 30 35 40 45 50
PORCENTA&E~ ATÔMicA DE AI
FIG. II -17
-49-
li ,,
Estas ligas têm uma bela cor dourada e sao usadas em joalheria
(ligas com 5% de alumÍnio).
Li~as Cobre-NÍouel
-50-
FIG. li. -18
~~--~~~~-+--~----~--+---~--~--~
"" 800
~
I-
t---t------i~l"-+-.......
<(
111:
11.1 7'00 ~---+.:::-=--+-+++-+--+
111.
2
11.1
1-IOQ~--~---+~~--~~~~--~~~---4--~
4
%
6 8 10 12
DE SILIOO EM PESO
•
FIG. ][ -19
1500
~
..........
~1400 t-...--- r-.....
['... r--... ~
...........
:lE
IA.II300
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- L
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<+L
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~ ~
1200 --... -..........
~
~~
I
\J1 a(
-
f\) 2
I ~ 1100
10 2.0 30 40 50 00 10 80 90 IOOCu
% EM PESO DE Cu
FIG. ][ - 20
CAP1TULO III
Histórico
.
TABELA 1
-54-
FÔRNO WEDGE
FI G. .m: -1
-5~-
drometalÚrgicos de eletrÓlise.
O processo pirometalÚrgico é baseado na redução de Óxido pelo
carbono ou pelo CO
c + ZnO Zn + co
co + ZnO Zn + co
2
Sendo necessária a introdução de energia externa pois as rea-
ções são endotérmicas.
As reações se iniciam a 910-920°C. e tornam-se completas a 1300°C.
A operação deve ser realizada a·o abrigo do ar e em atmosfera ri
caem CO, e verificamos ser necessária a presença de bastante.carvão
para que se processe a reação de Boudouard.
co 2 + c .:::: 2co
-56-
CONDENSA[)(; "
POEIRAS
Df: Cd
ENTRADA DO
Zn 8PtUTO
FIG.:m:-2
-57-
No Brasil foi desenvolvido um processo para redução dos nossos
minérios,que apresentam características "especiais (processo Radino).
Características e Emprego do Zn .
Pb 2%
Cd 0,25%
Fe - 0,15%
Sn - 0,5%
outros - 0,2%
-58-
DEFLETOR
FIG.m-3
o /
~-"""'
-
L
,., 1
~
I-' ~ll
~
~ 40 I' not
o a,z...., 1.;5
a..
COMPRIMENTO DE ONDA EM jl.
FIG.llt.-4
-59-
talização - deposição por jato de metal fundido - ou por aquecimento
das reças imersas em Zn em pÓ a 34Ô-370 6 C.
Sste ú~timo processo é conhecido sob a denominação de Sherardi-
zação, e nele ocorre a formação superficial de uma liga Fe-Zn.
O melhor processo de revestim~nto é o por eletrodeposição,a ca-
mada sendo mais fina e podendo sofrer grandes deformações sem rompe~
De.formação do Zn
-60-
Pequenas quantidades de ferro elev~ a te~peratura de recrista-
lização de manei=a que o Zn deformado a temperatura ambiente podepe~
manecer encrua~o.
-61-
NE
~
o
.JJJt.
~~ 20
ca:
a:
1-
ca:
15
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......
ca: lO
o I
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<1.1.1
1-
(!')
5
c;;
1.1.1
a: o 10 20 30 410! 06070 1!10
....
R EDUÇAO DE ESPESSURA %
...
INFLUENCIA DO ENCPWA~NTO NA
PROPRIEDADE DO Zn
FIG.llt- 5
l~
o-
o(
z
i
ca:
...I
~
l~
Q-
1.1.1
a:
C5 RESISTÊNCIA A TRAÇÃO kg/mm
2
A ,J
FIG . .m.-6
-62-
.,MIO
11
Tr-t-1-"t=A~::;::~a 40
I+-+-P.....t-14-+-+-+--+--+-+-+-til20 ?/.
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OHod--+---t-+-+"'o.t--t--t-ci'"-t-+-+-ti 10 :i2
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FIG.m:-7
21
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8
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-
.........
4
o 50 100 a> 200
TEMPERATURA
INFWÊNClA DA TEM-
PERATURA NA RESIS-
TÊNCIA
FIG.M-8
n~ecidas sob a denominação de antimÔnio.
Essas ligas quaternárias são baratas, apresentam boa resistên-
cia e como já foi citado, apresentam também baixo ponto de fusão e
boas propriedades de fundição.
As propriedades introduzidas pelos elementos citados e outros
sao as seguintes:
Al - auinenta a resistência mecânica, a dureza e a fluidez, ·dan-
do então ligas que ~odem ser fundidas em peças com paredes mais fi-
nas ou desenhos mais intrincados: aumenta também a resistência à cor
rosao. Em teores acima de 4,5% aumenta a fragilidade.
A influência do Al nas propriedades mecânicas pode ser observa-
.da pelos dados do gráfico das figuras 9, 10, 11, 12.
O alumÍnio abaixa também a densidade da liga que passa para 4%
de Al de 7.2 para 6.6.
Cu - O cobre aumenta a dureza, a resistência mecânica e a reais
tência à corrosão. Teores acima de 3,5% aumentam a fragi~idade e dão
grandes variações dimensionais com o tempo.
Mg - O magnésio é adicionado principalmente para diminuir a cor
rosao intergranular. Afina o grão e aumenta a dureza das ligas, mas
reduz a fluidez, a ductilidade e a resist.ência ao choque, principal-
mente a quente.
Os teores utilizados sao em geral então bem baixos •
. Fe - O ferro é geralmente encontrado como impureza, mas em bai-
xos-teores melhora as ~ropriedades dá liga. Aumenta a resistência à
fluência do Zn, melhorando as propri.edades do Zn à trefilação.
O Pb, Cd e o Sn são mantidos nessas ligas em teores bastante
baixos, pois que influem grandemente na resistência à corrosão.
O teor de Pb não deve ultrapassar 0,007% os de Cd e Sn não de-
vem ultrapassar 0,005%.
No entanto ligas binárias de Zn e Cu (4%) podem conter até 0,7%
Pb, tornando a liga mais usinável.
são três as principais ligas denominadas de Zamak e suas compo-
sições podem ser vistas na Tabela 2.
TAB3LA. 2
--- 53
zamalc 2 921 XXI 2,3 - 3,5 3,5-4.5 0,02-0,10
zamak 903 XXIII 0,10 máx. 3.5-4.3 0,03-0,08
zamak 925 XXV 0,75-1,25 3.. 5-4,3 0,03-0,08
-64-
P = TREFILADA
S = MOLDADA SOD PRESslo
K :z IIIOLDAOA Elili COOU I LHA
40k~
fiG."DI-' fiG.Jlt-10
50
40
I
- ~
/
11'
20
,
... I_
........ 20 J
0-
/...,.
....... /_ $
-65-
As três sao equivalentes, o teor de Cu regulando suas aplica--
çoes segundo as caract~r{sticas desejadas, quando a permanênciade d!
mensões, dureza, resistência à tração e ao choque.
As ligas com baixo teor de Cu apresentam maior constância de di
mensões. Sofrem uma retração iniciàl mas com o correr do tempo apre-
sentam uma dilatação pouco sensivel como é exemplificado nas figuras
J.) e 14.
Sssas experiências sao realizadas a 95°C para aumentar a veloci
dade de transformação.
As ligas com maior teor de Cu apresentam no entanto maior reei~
Tabela 3
Resistência
km/mm 2 35-3 25.4 31.2
Alongamento
0,8 7,5 1,62
%
Dureza Brinell 115 61.1 84.3
Tabela 4
~esil1ência kF.C/cm 2
I
apos fus~o e:1vel ~ecida 3 anos
Zamak 2 6 2.2
" 3 t:.5 6.5
. 5 5.5 6.0
-66-
l~ LIGAS COM Cu
411(
....
411(
..J
Z5
+
I
?~
o.
-=:
a::
....
z
o(.)
FIG. m:-13
4
::e
o
ZAMAK 2
2 3
llJ
~~
o. ...
<
....
-=:
..J
--- - -- - ------
DIMENSAO ORIGINAL
õ o
-;!.
2
llJ
2 ZA.MAK 5
?~
Ul
....-=:-=:
..J
25
o
TEMPO EM DI AS
FIG. :m:-14
-67-
"
Tabela 5
2
~esistência à tração k/mm
envelhecida 2 anos
apos fusão
a 95 :JC
Zamak 2 30-5 ' 23.5
23.7 17 .o
."
3
5 26.5 18.0
Tabela 6
Alongamento em %
envelhecida envelhecida. .
após fusão
2 anos a '?5° C 4 anos
Zamak 2 4 1 3.5
" 3 3.5 7 5,4
c; 2 4,0
" "'
2,5
Tabela 7
Dureza Erinel1
..
apos fusão
envel~ecic a envelhecida
1 ano a 950 c 3 anos
Zamak 2 95 85 105
" 3 85 60 75
. 5 90 80 95
-68-
A estração das peças de seus moldes nao pode rambém ser efetua-
da a altas temperaturas, pois elas podem êeformar, durante a opera-
çao, principalmente as de Zamak-5, muito deformáveis a altas temper~
turas.
Para evitar porosidades na peça a pressão de injeção deve ser
suficiente, variando segundo os autores entre 90 e 110 k/cm 2 •
O peso máximo das pelas fundidas sob pressão, em ligas de Zn é
. 2
da ordem de 20 k com superfÍcie de 2000 em com espessuras mÍnimas
de paredes, para pequenas peças, da ordem de 0,5 c~.
puxadas, cunhadas, etc. Sob a forma de fios trefilados uma liga con-
tendo 0,8% Al e 0,4% c~. e ~enominada Zamak Lambda é e~pregada como
condutor de eletricidade em instalações domésticas, na Ale~anha. As
outras ligas Zamak també~ são utilizadas. Substituem os fios de Al e
Cu, elementos considerados mais nobres e deixados parê. outras aplic~
çoes.
As ligas de Zn sao empregadas tamb.ém para fundiçiío em coquilha
ou em areia. O seu baixo ponto de fusão é uma vantagem; alé~ disso ~
-69-
dee~ bem colocados·, para evitar defeitos nas peçae.
A· fim de as peças apresentarem boas propriedadea mecânicas a tem
peratura de fusão deve ser bem controlada.
·Para as ligas Zamak, fundidas em areia ou coquilha a temperatu-
ra no cadinho não deve 'ultrapassar 450oc, e na hora do vazamento ela
deve ser da ordem de 420°C~
Asaim mesmo a resistência mecânica das ligas vazadas em àreia ou
coquilha, e bem maia baixa do que aa obtidas por. moldagem aob pres-
são, ver figura 9.
Para o Zamak 5 por exemplo a resistência varia de 22 a 24k/mm 2
para fundição em areia, de 22 a 25 k/mJ para a fundição em coquilha,
comparado com oe 24-29 k/mm 2 , quando moldado sob pressão.
Ae ligas de Zn são empregadas também como metal anti-fricção,
principalmente.as denominadas Zamak-2 e Zam~k-5 e outra liga conten-
do 2-8% Al - 4-10% Cu utilizada nos USA.
Com a mesma finalidade existe ainda a liga contendo 6% Sn,ou o~
tra com 10% Al e .t% Cu. (Zamak beta).
A kilometragem realizada com eesee mancais em aplicação em es-
tradas de ferro, representam 90% do resultado obtido com metais anti
-fricção e base de Sn, ou 70% dos mancais a base de bronze.
Uma liga contendo aproximadamente 4% de Al é usada para confec-
cionar estampas de embutimento, principalmente quando o número de P!
ças a obter não é muito grande.
Servem para estampagens mesmo de chapas de aço doce, e quando o
número de peças a esta~par é grande,àe vezes compensa trabalhar com
esta liga, formando vários estampos, pela facilidade de fusão da li-
ga. São conhecidas sob a denom~nação de Kirksite.
-70-
CAPtTULO IV
HistÓrico
-71-
,,
das de são João del Rei e Aracuai o minério é enviado a Volta Redon
da, onde é retirado e refinado, na-maio~ usina de estanho do país.
Nessa usina são utilizados também minérios bolivianos.
A prodúção do estanho no :Brasil_ .é bem pequena orçando por volta
de 2.500t/anuais em 1972, de metal~rimário com um consumo de 2.800
toneladas. 6 consumo praticamente po.uco aumentou, nos Últimos anos •
sendo os dados para 1963: Importação, l.OOOt;_ produção, 1.200t.
Os dados apresentam discrepâncias; são de fontes diferentes, e
já sabemos que esses dados estatísticos no Frasil são bastante preci
rios.
As principais jazidas desse metal no Brasil são as dadas na ta-
bela 1.
Tabela 1
Minérios
-72-
Neste Último caso é bem maia puro. pois praticamente é lavado das im
purezas.
No caso de minérios de veios as impurezas mais importantes sao
S, Pb, Bi, w, Sb, Zn, Cu, Ag, As, e Fe, em forma de sulfetos e tung~
tatos e arsenietoa (W e As).
Os concentrados de minérios aluvionais podem conter até 75% de
Sn. Os de veios são bem mais pobres.
O estanho pode ser encontrado também na forma de um triplo sul-
feto de Sn, Cu e Fe, mas sem interesse comercial, hoje em dia.
-73-
tos que apresentam mais alto ponto de fusão.
O estanho a medida que vai fu~dindÔ, corre ~ara fora do forno,
deixando as_ impurezas sÓlidas,- junto com os Óxidos "formados - "dros-
ses "• que são fundidos posteriormente·.
Por esse processo é retirado ~o estanho grande parte de ferro,
do arsênico, do antimÔnio e do cobre.
Um refino posterior pode ser feito COI!I a op-eração de perçagem ou
de perchagem que consiste e~ mergulhar no metal fundido, pedaços ou
varas de madeira verde, que sofrem uma destilação e queima produzindo
vapores e gases que agitam intensamente o banho. Parte do estanho se
oxida, assim-como outras impurezas, e que são arrastadas pelos gasel!l
para a superfÍcie, onde são recolhidas.
O refino do estanho produzido nos fornos de reverbero pode ser
realizado também por processos eletrolÍticos.
A redução do minério de estanho está hoje em di"a sendo feita tam
bém em forno elétrico a arco, trifásico.
-74-
Ccmposiçõss tÍpicas do Sn
% Sn Háx. de Impurezas %
mínima
Fe Pb Cu Sb As
Zn
+Cd Bi I Ag Is Ni
+co Total
99,75 o,o1 O, lO o;o5 0,05 0,05 ·- 0,02 0,01 0,01 0,02 0,25
99,00 o,o1 0,60 0,50 0,50 0,15 0,01 0,10 0,10 0,01 0,02 1,00
Empregos do"Estanho
-75-
-~-·-- ..·------ ----------- ------
poros - evitando a modificação do gosto do alir:::ento e a perfuração
das chapas nos pontos não recobertos.
As camadas de recobrimento podem então ser bastante finas, mui-
to mais do que quando outros metais :;;ão emDregados como revestiment-.:
protetor.
Existem folhas estanhadas e:n que a camada protetors 2 de some~;-
te 0,0008 mm de espessura.
O revestimento das folhas pode ser feito por imers~o ou eletra-
litics.mente.
O revestimento por imersão em est:?_nho fundido é 't:astante antigo
e produz camadas em geral mais espessas do que com o proc~sso eletro
litico. A espessura varia entre o.oos a 0,04 mm. e com processcs~is
Ligas de :::stanho
-76-
I
-I
I
FUII. ]11[ - 1
I
-..1
O> P~TO
I
FIG. l l t - 2
Sn variam entre 40 e 5076 em peso. O diagrama destas ligas é visto na
figura 3·
Se os teores de Sn sao mais baixos que os citados as soldas cor
rem mal e tem baixa fluidez, soldas com teores mais elevadas são me-
lhores mas as ligas são caras demais.
As ligas para solda podem ser melhoradas pela adição de Sb. -tor
nando-se mais fusíveis e mais resistentes; no entanto não ~ão reco-
mendadas para soldar zinco ou latões, ~ois pode ocorrer fragilldad~
por formação de compostos Sb-Zn.
Soldas para mais altas temperaturas são cone ti tuÍdas somente- por
Sn ( 97%) e Sb (3%) • podendo trabalhar até 200oc. !:atas soldas não P!.
dem conter Pb, pois poderá ocorrer a formação de um eutético terciá-
rio, que funde a maia bai~a temperatura.
O estanho é também utilizado para a confecç~o de ligas de baixo
ponto de fusão. Na tabela 3 sao dadas algumas compos~ções, com as
respectivas temperaturas de fusão • .
Tabela 3
-
Temperatura
Bi Sn Pb Hg Cd In de oc .fueio
-79-
p
-------~----- ~··---- ~-
-80-
O Cd é adicionado em pequenas proporçoes para aumentar o limite
de fadiga (0,05 a 0,1%). Se houver chumbo a temperatura de utiliza-
ç2o é diminuída.
As composições e propriedades das ligas anti-fricção a base de
Sn são dadas nas tabelas 4 e 5.
TABELA · 4
:..::::SIGNAÇÃO COMPOSIÇÃO %
AST;.Y
SAE Sn Sb Cu Pb As Bi Fe Zn Al
I
B-23-46T-l 91 4;5 4,5 0,_35( 0,_10 0,08 0~08 0,005 0,~051
max.lmax. II'.,.?.:x. max. max. max.
I
10 90 4,0-5,0 4,0 - 5,0 0,35 0~10 0~08 o,o's!
•
cax. max. max.
na d a ·nada
i
I
B-23-46T-2 89 7,5 3;5 0,)5 0~10 0,_08 o,_oai o,~o5 o,~csj
max. max. max. max.
I
max. max. I
I I
!
llO 87,75 7,0-8,5 2,25-3,75 o. 35 o,1olo,o8 o;.oel
~3x. I máx. max. 1
nadai I nada
I I i i
11 56 6,0-7,5 5,0 - 6,5 o, 55 0;10 o 08 o 081 I. I
11, ', r:adaj nada I
max. max. max.
I I I
::'-23-46T- 3 83,3 8,3 8,3 0;.35 o~1o o~oe1o~o8 Io,~osjo.~os I
m;;x. , max ., cax ·i ·II
max
1
max. Í max.
1
I ! '
B-23-46T-4 75 12 3 10 0~15
- IOs:osjo.~oslo.~osl
I max. Jr::ax. max.
i
max. J
-81-
TABELA 3
B-23-·16'1'-1 7,34 4,56 90,9 4,52 o,o 3,08 1,85 8,99 4,86 17 ,·o 8,0 223 371 441
B-23-46T-2 7,39 3,1 89,2 7,4 0,03 4, 27 2,10 10,43 6,09 24,5 12,0 241 354 424
I
(X)
1\)
. -,-
I B-24-46T-3 7,46 8,3 83,4 8,2 b,03 4,62 2,20 12,42 6,93 27,0 14,5 240 422 491
B-24-46 T-4 7,52 3,0 75,0 11,6 10,2 3,88 1,50 11,30 4,83 24,5 12,0 184 306 377
--
B-23-4f: T-5 7,75 2,0 65,5 14,1 18,2 3,53 1,50 10,43 4,72 22,5 10,0 181 296 366
Uma outra liga anti-fricção na qual ;;r:-::::a :> Sn, bastante intere.!.
sar.te é a liga de Al contendo, 6,5% Sn, 1'3! C-u e 1% Ni. Os mancais não
neceesi tam suporte de aço, pois o Ni e c: ;_;é, e:-dureeem a -matriz e o Sn
fica livre dividido_ em partículas dando aa propriedades anti-fricçi~
~á foi citado no-estudo do AlumÍnio.
As ligas Cu-Sn sao denominadas bronzes, ou melhor bronzes ao Sn
rara diferenciá-las de outros bronzes; de Si, de Al, etc., e já fo-
ram estudadas na parte referente ao cobre.
~etalografia do Sn
'~
O estanho apresenta modificação alot:rc;·ica com a temperatura, e
portanto du~s fases; uma a , no sis-cema c:~'oico, e outra p , do si,!.
tema _tetragonal de corpo .centrado, se:-: C. o ;32.·ca a estrutura metaestá-
vel a temperatura ambiente.
Na passagem de uma fase para outra J:-,á uma grande V-firiação de den
sidade, passando de 7,3 para 5,75 e. a expansão causada pela passagem
da fase, a denominado aetanho branco, para a fase ~ denominado es-
tanho cinzento, produz a sua desintegração. Corresponde também essa
desintegração à passagem do estanho do estado me~álico para o estado
nao metálico.
~ssa desintegração é a denominada peste do estanho dos antigos,
e ocorre a baixas temperaturas.
A velocidade de transformação varia com esta, à máxima encon-
trando-se a 40°C, figura 4.
A modifi_cação alotrÓpica do Sn é evitada praticamente pela adi-
ção de Pb, Bi ou Sb,e facilitada pela adição de Zn, Al, Mg, Ca ou Mn.
A preparação do Sn ou suas ligas nara exame ao microscÓpio re-
quer uma técnica especializada e muita prática, pois a dureza desses
materiais é ~astante baixa.
O corpo de prova pode ser cortado, por um microtomo espeçial
que produza uma superfície lisa, e atacado em secuida.
O n::aterial pode também ser cortado e polido cuidn.dosa~ente em li
xas cada vez mais finas, tendo-se o cuidado de ~ergulhá-las previa--
mente em querozene ou uma solução de parafina em querozene.
O polimento deve ser feito com o mÍnimo de pressão, para dimi-
nuir o perigo de aparecimento de naterial distorcido e encruadonasu
perf{cie.
ApÓs o polimento com abrasi7os mais finos, em discos recobertos
com feltro, o ~aterial é atacado com os reativos apropriados, e nov~
110 ~. :to 41.0 so GG 70 ®~ 1,$ •,o ti
!80
300
!50
,.,. ~
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511
POftCIENTA451EM ATÔMICA D4E ~~~~
FIG. Dt- 3
o
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\~lO
3
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Gil)
,J
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co
4
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õ 2
o_J
...,
> o
-80 -60 -40 -20
TEMPERATURA
"' ..........
°C
o
t-..._
20
Fl6. D:- 4
-84-
mente, cem =uito cui~~~~ c~~c o~~reçio ~ executada virias
vezes, para afastar completa~en~~ ~2~~cial encr~ado superficial.Um
exame da peça entre as· op8r:eções -:-.:c' :·.-·"• :-~ 1':ar:do <>sse fato ocorxe.
O material pode ser polido -·t;? ~or ~recessos eletrol!ticos.
-35-
TABF.LA 4 - Reativos Microrrráficos rara o Sn e suas ligas,
-
reAtivo composiçiío emprego
H No
3
2 - 5 ~
Fec1 10 g
3
Cloreto férrico I!Cl 2 ml Metal Babitt
H0 95 ml
2
-- --
(NH4)2 S208 5
Persulfato de amonio Aço est">nhado
::20 95
::c? H3 O;> 50
Ácido acético H20 50 Juntas soldadas
H202 1 gota
'------·· ------·-·----~--· ' - - - - - ·-------·-··--
CAPÍTULO V
HistÓrico
-'37-
TABELA 1
Minério Metal
Local t
t
~inérios
-88-
jazida a jazida (200g a 4,21q\;·chumbo) 9 Cu, Fe, As, Sb, Sn, Ei; apre-
sentam algumas Au também, em proporções várias conforme a jazida.
so de obtenção do chumbo.
O eulfureto de chumbo não pode .ser reduzido pelo carbono ou o mo
nóxido de carbono, em temperaturas economicamente praticáveis, e por
isso são submetidos a uma ustulação, sendo empregados para esse fim
dispositivos com correntes forçadas de ar ou máquinas de sinteriza-
ção, como a de Dvight-Lloyd.
Neste sistema a ustulação se produz por uma corrente de ar que
atravessa a carga constituída de minério 0 fundente e combustível, de
cima para baixo, quando colocada em bandejas per$·uradas fixadas .em ~
co 2 + c 2co
-69-
(o}- PLACA SUPORTE (f}- CHAMINE
•
(b}- MINE RIO (g)- SILO
t
(c}- FORNO (h)- PORTA DE LIMPEZA
I (i)
\.0 (b)
o .• :; •:, : ,.:~, •.• ,..;,, • ~.• , ~ ., : , , ,',, : a "• ,'•,".
I
FIG. ~ -1
Um pouco de 1'b também pode se f"o:n~&r
-91-
(o)- CRISOL
(b)- VENTANEIRAS
(d}- BICA DE
VASAMENTO
- (e)- CUBA
(Q)- PLATAFORMA
ESCÓRIA
PRESSÃO
Ag e Ei; Parkers para eliminar Ag, Au, Sb; Kroll-Betterton para eli-
minar o bismuto? e muitcs outrcs~
TAB~LA 2
Especificações de Chumbo
ASTM B-·29-40
~
:s::
Pb comum
, .... 1-
.., "'· ..,
o
o
..... ql ::I
o
.
sem Ag <li ~.~
'(; ~ ã
r:>.
I
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p..
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o r:>.
E
o
o
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s o
o !
::I
C' ~
\
B -~ 'Ó~
àg + Cu max. 0,0025
-93-
Propriedades do Chumbo.
Emnregos do Chumbo
-94-
A produyão atual de baterias ou acumuladores consome uma eleva-
da porcentagem do Pb produzido. Não só as placas das comuns baterias
sãc. dGI chumbo, maa estas são alveoladas, e no interior doa alveolos
é •::olocada uma pasta que na maior parte é composta ~e li targirio e de
minio.
t tão importante a quantidade de Pb recuperada de baterias usa-
das - quase tio grande c0mo a de Pb primário - e essa socata aprese~
ta tantas impurezas, qve ~roceaaos esp~ciais de recuperação são est~
dados.
O chumbo emprega·io ::~mo munição de armas de "fogo é tambémulÍI dos
campos em que este metal tem larga. aplicação. Tanto aplicado para ar
~as de caça 1 como de ~üerra e defesa.
Em forma de placas e)e é grandemente aplicado em construções de
laboratórios, pela alta resistência que apresent~ a ação de agentes
quÍmicos. Foi como já citado, muito empregado na cobert~ra de eair!-
cios.
O chumbo é laminaco também em chapas mais fir:.a.s. denominadas P.!;
pel de chumbo, bastante empregadas ·como material de proteção como por
exemplo em filmes de raio X, onde tem também a finalidade de dar ma-
ior contraste a inagem.
Outra aplicação ~as"ante importante é na con~ecção de ligas pa-
ra solda-soldas d.sncmi!:aclss fracas - pois que ap:::-ese::1tam baixa reais
tência, mas també~ baixo ponto de fusão, como já foi citado no estu-
do do Sn.
O ch~bo ta~bém é empregado na confecção de ligas para tipos de
imprensa, co~ferindo as ~esma qualidades de precisão de contornos e
fidelida<ie, pelas sua2 boas propriedades de fus3·:>.
~ e:npregado ta:::b~m sob a forma de ligas de baixo ponto de fusão,
empreg?-ces em fusíveis elétricos, tampÕes de extintores automáticos e
alarmes c~ incêndios, tanpões de segurança de c~lindros de -gá~, como
elemento de vedação em alguns fornos, ?redução <ie modelos de preci-
sao, etc.
Tubos :»are. canalização, principa:j.mente de esgot.os e sifÕes tam-
bém são confeccionados com este metal. O processo de extrusão desses
tubos está esquematizado na figura 4 e o dos sifões na figura 5.
Como metal anti-fricção é empregado na forma de ligas, apresen~
tando muito boaa ?rcpriedades e com largo empregc.
t ~ dos.metais empregados para a confecção de tucos extrudados
por impacto de variada utilização.
-95-
Pftt:NSA V'ERTICA.L MRA RECOMIIIIIENTO
M C.UOS COM P~
fll. X -3
EXTMJSIO DE TUDO M P~
FIG. J[ -4
-96-
Em processos eletrolÍticos é enpregaào como anodos e revestime~
. .
to da cuba na produção de·cu, Zn e em cremação, cobreação, etc.
As peç,s.s de Pb ou de suas ligas podem <:er ottidas por fusão, la
minação, ou extrusão; ó material nãd ~ode ser trP.filado.
Ligas de Chumbo
-97-
EXTRuslO DE SIFlO .DE Pb
FIG. r- 5
!&00
3150
tiiOO
N~ t450
-...;;;:
ao tiOO
~
1750
c
y 1400
z
f !&I
1- 1050
Cl)
Cl) 700
w
1.11:
3!10
0
o 10 20 lO 40 ao 10
ALOMMNINTO%(EN 5~
EFEITO DO Ca NA ftESIITtMC1A DO ,..__ ENCIWADO 13% E
~ECIPIT.U.'A T Ul~ftATIJftA AMIIENTE
FUi. X -G
-98-
Uma liga com 1 a ~h ou cálcio e bário, pode apresentar uma re-
sistência até de 19,5 k/mm2, podendo-também trabalhar à temperaturas
mais elevadas do que as permitidas para outras ligas a base de chum-
bo. A temperatura máxima neste caso pode ir até a 250?C. Infelizmen-
te essas ligas são menos resistente~ à corrosao.
Como metal anti-fricção, o chumbo é empregado também ligado_ ao
Na, até 1,0%, com ou sem Mg. A resistência dessas ligas pode atingir
até a 10.5 k/mm 2 •
O chumbo pode também ser endure~ido, pela adição de Cd, que me-
lhora bastante o limite de fadiga do metal base. Este que é da ordem
de 0,28 k/mm 2, no caso do metal puro, pode ser triplicado pela adi--
ção de 0,5% Cd. Estas ligas são empregadas também no revestimento de
cabos. Outra liga • contendo 0,25% Cd, 1,5% Sn e 0,5% Sb é emprega-
da com a mesma finalidade.
As ligas anti-fricção a base de Pb mais conhecidas. são as em que
ele se ;;presenta ligado ao Sn, Sb e Cu~ ' em peque--
podendo conter ainda
nas proporções, arsênico, Fe, Zn e Al. ~istem também ligas em que
o elemento endurecedor é o arsênico.
As tabelas 3 e 4 dão as composições e propriedades dessasligss.
Elas são satisfatÓrias para pequenas cargas~ aplicadas sem cho-
que e com velocidade não muito grandes.
O chumbo é também adicionado às ligas anti-fricção à base de ea
tanho com o fito de abaixar o preço da liga.· Nestas ligas o teor é
limitado muitas vezes a 0,35% Pb, para evitar o abaixamento do ponto
de fusão e port-anto a temperatura máxima em que estas ligas podem
trabalhar.
Outro emprego do chumbo, é na fabricação de várias ligas, nas
quais se pretende uma grande usinabilidade, para serem trabalhadasem
tornos automáticos.
Podemos citar os aços de corte rápido (free-cutting st"eel_) com
Pb, que contém este elemento com teores de 0,15 a 0,35%.
O Pb não fica ligado ao aço, mas deve ficar disperso e~ forma de
pequenas rart{culas.
Com a mesma finalidade é o Pb adicionado a alguns tipos de la--
tões e bronzes. O teor empregado para esse fim, nestas ligas é da or
de:nde 2%.
Das ligas para linotipo ou ligas de imprensa como sao chamadas,
as mais utilizadas são a base de chumbo, por questões de economia,f~
cilidade e acabamento de fundição.
São ligas que contém Sn, Sb, e as vezes Cu para endurecer.
TABELA 3
DSSIGNAÇÃO COMPOSIÇXO 9b
AS M SAfo: Sn Sb Cu Pb Aa Fe Zn Al
I
i
TABELA 4
.•
I
~)')·r
I ;, 2.'(
B-;?3.-46T-l9 10,50 .....__ - 5,0 9,0 86,0 - - 10,92 4. 27 17,7 Ei,o 239 257 327
Pb Sn Sb
86 3 11
·84 ;. 11
84 4 12
70 10 20
54 li! 28
60 ?0 ?O
Fu~~o e vazamento dó Pb
Met~logrBfia do Pb
-102-
TABELA 6
.
O MAGHtSIO E SUAS LIGAS. PRINCIPAIS PROPRIEDADES E EMPREGOS
Eistórico e Obtenção
cao + co 2
-105-
DIAGRAMA SIMPLIFICADO DO PROCESSO DOW DE PRODUÇ!O DE MG
Esouema 1
Iconchas I· +
I d6 decantação
Do:rr
HCl
r
I.
DepÓsitos
lcl
forrados de
Clfi~ eva.poraà.ores-- fornos de-- cuba - . !{g em
borracha --------~~ · bandeja
.,.~ '~:!"
lodo
Esquema 2
-106-
1
ESQUE!"lA DO PROCESSO CA.RBOT~Rl-HCO (HAUSGIRG)
Esquema 3
moinho
forno
elétrico _.--------Mg---+--C_O__(_g_a_s_o_s_o_)"""""'" camara ~
a arco . de p;M3es _
resfriam. . na "&ura~s
!
compressão
fornos de
destilaç. ----------------Mg em cristais
Esquema 4
.
IDomomi ta J + (Calor)- MgO + CaO - Moinhos
IFe
'
Si 1i-________,,..... moinho
I
7
briquetes
forno da
retortas Mg sublimado condena adores
tubulares
~Mg em cristais
-107-
r____ _
+ calor MgO +
4HC1 + C + 2:flt.g0
-108-
O resfriamento é feito hoje em dia com gases·naturais. A temper~
ProDriedades do ~agnésio
o .
mag~es~o
.
cris-caliza-se no si a tema hexagcnal compacto.
o coefi.ciente de expansao e de 28 X 106, de o a lOOOC e sua den-
sidade a 20 de 1,7 g/cm3.
F,mde-se a 650°C, sendo o seu c~lor especÍfico de 0.26 kcal/K • .!
lê"",rado por"tanto 1 assim como o ca..lor late:1te de fusão\11 72 kcal/Kiil
Comparado com o Al 9 o C~ e o Fe 1 necessita de muito ~aia energia
para fundir como pode ser visto r.a figura 1.
As propriedades mecânicas são baixas como poda ser visto na taba
la 1. mas sendo o metal estrutural menos denso, industrialmente em-
pregado, a relação limite de resistência/densidade é elevada.
A corr.posiç?.:o quÍ:!:ics do l'ig camercial é um :pouco variada de acor-
do com o processo de obtenção, como pode ser visto na tabela 2.
· É encontrado no mercado sob a forma de lingotes. pÓ, fitas, fios
e peças extrudadas (ligas) pois que nã~ é empregado puro em estrutu-
-109-
l
TABELA 1
TABELA 2
I
1-'
1-'
o A1 B Ce.. Cu Fe ' Y1n
. ·-
Outro11 %
8 Tipo Máx. Máx, Máx, Máx. Máx, t1áx, Ni Pb Si Sn
9~
Cada Total
% 911 % % %
Mg2
Baixo Ma - - - o,o2 0,05 o,o1 01 0.01 o,o1 - 09 01 0,05 O, lO
Ma~
llaixo Al .0,004 - o,oo~ o,oo5 o,o, o,o1 01 001 ,o,ol 0,005 0,005 o,ol o,oe
Mg4
r:xt. J3td xo o,oo2 o,oooo7 o,oo~ o,oo4 o,oo, o,oo4 09 001 0,005 o,oo5 0,005 o,o1 o,o7
AL -
Mg5
Baixo Fe - - - o.oo, o.oo, o,oo4 01 001 o,oo5 o,oo5 o,oo5 o,o1 0,05
Sfeito de impurezas
Ligas de Magnésio
"
Vários são os elementos usados como elementos de liga ao Y~, en-
tre eles podendo ser çitados como mais import~ntes o Al, o ~~. o Zn,
o Sn, o Zr, o Cd e o Ce.
Os teores utilizados são tais que não influem grandemente na ca-
racterística maia interes.~ante do Mg, que é a sua densi!iade.
O Al é o mais importante sendo adicionado em teores de até 10 %,
as propriedades mecânicas aumentando com os teores até aproximadame~
te 8%, como pode ser visto na figura 2. Acima destes valores aparece
uma fase y frágil.
As ligas com teores acima de 2,;% até 12,6% são suscetíveis de
tratamento térmico, como pode ser visto pelo diagrama de equilíbrio,
figura ;.
Tem boas propried~des de fundição, pois que o Al aumenta a flui-
dez, figura 4, também refinando o grão.
A res'i:·s-tência dessas ligas não é mui to elevada, assim como a re-
sistência à corrosão. Esta propriedade é melhorada pela adição de
0,2 a 0,5% de Nn.
Sste elemento (Yill) nao altera Grar.demente as outras propriedades
e está praticamente presente em õodas as lig~s de Mg.
Quando só, como~emento de liga, dá as melhores propriedades de
resistência à corrosão. O teor deve ser de 1 a 2;-~.
Estas ligas podem ser extrudadas, forjadas e fundidas facilmen-
te.
Durante o refino das ligas, o ~n é adicionado sob a forma de elo
reto (que reage·com o Mg lÍquido) e fAcilita a eliminação de impure-
zas de Fe e Si.
O Zn é outro elemento mui to utilizado, principalmente em ligas teE
nárias com o Al, formando solução sÓlida com o Mg e melhorando muito
-111-
l.- Mg
2- Al
3 - FERRO fUNDIDO
4- Fe
5- Cu
FI&. n -1
f:~~~~~~~
F
~ 12~_,~~~~~~~;---~--;
110
i§
la.l
11:
la.l
1-
2
J
o 2 4 ,
ALUMINIO %
LIMITE DE RESISTÊNCIA DA
FIG. lli-2
-112-
600 ~
:;e·
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AL"
500
400
300
"'/
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% ALUMÍNIO
FIG. :n-3
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11.. 30 !I
..li
I
20
5 10 15 20 % Al
.FIG. E-4
-113-
a ductilidade; a sua desvantagem é a de aumentar muito a densidade
da liga. ::': empregada em teores 'lté 47~.
O Zr aumenta a resistência a fluência, a resistência mecânica e
a ductilidade. Diminue o perieo de apareci~ento de trincas e porosi-
dades. ~ também refinador do gr~o:
Uma liga contendo Zn e Zr, ~presenta elevada resistência mecâni-
ca (Zn-6%-Zr-0,2%).
O Cd é empregado em lir-as q•1e 1evem ser forjadas ou prensadas, ~
té teores de 8~f aumentando " d':.cti lid'!de.
O Ce é adicionado até teores de 1~. as ligas com ~n. melhorando
as propried~des e pernitinco a lamina~~o ~ frio. Melhora também as
propriedades a temperaturas elevadas.
O Si não pode ser e~?reeado em teores acima de 0,3% pois torna
frágil a liga. Uma liga com 0,1~ é usada para fundição sob pressão ,
reduzindo a retração.
Ligas com Cu estão sendo desenvolvidas para aplicação em pistões
de motores a explosão, devido as melhores características de condut!
bilidade térmica.
O Sn, só é utilizado junta~ente com outros elementos, principal-
mente o Al.
Na tabela 3 sao dadas composições e propriedades de algumas li-
gas de I'rg para fundição e nas t<tbelas 4, 5, 6, 7 e B,composic;Ões e pr~
priedades de ligas trabalhadas.
T~atamento Térmico
AM80A.,, restante 7o8 to 9.2 0.15 o., max ••• ••• o., 0,10 0,01 o.,
AM100A,. restante 9.3 to 10.7 0.10 o., IIIII.X •• o •• o o., 0,10 0,01 0.3
AZ63A·,, res tanta 5.3 to 6.7 0.15 • 2.5 to 3·5 ••• ••• o., 0.25 o.o1 0.3
AZ91C,,, restante 8,1 to 9.3 0.13 0.4 to 1,0 •• • ••• o., 0,10 o.o1 0.3
AZ92A.,, a,, 0,10 0,01 o.,
...
restante to 9.7 1.6 to 2.4 ••• • •• o., 0.25
EK30A. •. restante • •• o., mu 2.5 to 0,2 min ••• 0.10 o.o1 o.,
EK41A,., restante ... .... 0~3! max
. 4.0
,·.o to 0.40 to 1~0 • •• 0,10 0,01 0.3
5.0
l!lZ,A ... reehnh ••• • •• 2.0 to 4o0 2.5 to 0,50 to 1.0 ••• 0,10 o.ol 0.3
4.0
!11B,.,., l:'estante •• • 1,20 •• • • •• o., 0,10 o.o1 0.3
ZK51A ... reshnte ... ... •••
3, 6. to ·5· 5 0.50 to 1,0 0,10 0,01 o.,
ZK61A.,, restante ... ••• 5·5 to 6.5 ...
• ••
o·.6o to 1.0
•••
... O, lO 0,{)1 0.3 ·-
~·
. ' ~
TABELA 4
Propried~dee mecâni cu
Trate.-
Condição. lb/pol2 lb/pol2 alongamento
mento to3 103 ~m ::> " %
-·" -·
AMSOA F fundidA 23 3
T4 I titrlnb1.1lzt;.~'la 34 7 -
T6 oompl,.,tR~er.tt> trntP.d11 12 34 4
AZ63t. F fundida 24 4
T5 envelhecida artific, 11 24 2
T4 eolubilizada 34 7
T6 .completamenh tratada 16 H
'
AZ91C F
T4
fundida
oolubi l i zada
. 1834 7
T6 completamente tratada 16 34
'
continuação ~ABELA 4
AZ92A F fundida 10
T5 envelhecida artific. 11 20
T4 solubilizada ~4 6
T6 completam.• tratada 18 ~4 1
MlB F fundida 12 ~
..
c o mp o 8· i 9 ã o 76
Liga Si Cu Ni ou-
A1 Zn ?1n Th Zr E Ca ,
máx. IDRX, rr.::~x, '-E os
A~31 B 2.5-~.5 0.?-1.3
0,2
min - - - 0~04
max, 0,05 0.05 0,005 o.~
~
.....
CD
AZ6H. 5.8-7.2 '),4-1.5
0,15
min - - - - 0,05 o. :)5 .•
.~05
, o.:
0,15
I
AZBOA. 7,A-9.2 0.2-0.8 :"lin - - - - 0,05 0,05 ~.005 ')
..
7,
l!l131A - - 1.2
r.. in
?,5-3.5 - - - - - - 0.3
MlA - - 1.2
min - - - 0,04-0.14 0,05 0,05 0,01 0.3
ZK21A - 2.0-2,6 - - 0.45
.min ·- - - - - 0.3
• c o mp o ! i Q ã o %
Liga
Al Zn Zr Si Cu Ni ou
Mn Th E Ca max. max, máx. troã
AZ31D 2.5-3.~~ 0.7-1.3 0,2
min
- - - 0.04-0..14
max, 0,05 0.05 0.005 0,3
I
1.2
1--'
1--'
\0
MlA - - min - - - 0.04~0.14 0.05 0.05 0,01 0.3
I -- -- ···-- ----·-
HK31A - - o._l5
max, ?.5-4.0 0,4-1.0 - - - - - 0.;3
--·
HM21A - - O, 35-0. 8 1.5-2.5 - - - - - - 0.3
ZElOA - 1-1.5 - - - 0.12-0. 2:? - - - - 0.3
TABSLA 7
Forjados
Liga
c o m p o 8 i ç ã o 7'
Si Cu ::i -ou-
--
!o.l Zn En Th Zr s Ca
max. max. tros
I
~
m"x·
:),04
~
I
AZ31B 2.5-3.5 0,7-1.3
0,?
min - . - - max, 0,05 0.05 0,005 0.3
0.15
AZ61A 5.8-7•2 0.4-1.5 :nin - - - - 0,05 0.05 0,005 o. 3
AZ80A 7.8-9.2 0,2-0,8 0.15
min - - - - 0,05 0.05 0,005 0.3
1,2
:-:IA - - min - - - o o .}4- 0.14 o.os o.os
1 0,01 O, 3
0.45
ZK60A - 4.8-6,8 - - min - ·- - - - 0.3
-~.-·-
··---
TABZLA 8
,.--·
:ubos,per:fÍs ocos extrudad.
::star::paàos
'
:Chapa
-F
-:
-H
l 25
2f
30
i
i
I
16
17
22
16
15
8
51
59
-
Barras,redondos perfís ex- -F 3l 23 16 10
AZ6lf.
·~rudados
'C'ubos, perfís vazios extru -P
I 28 16 14 60
dados
Estampados -?
I 30
'' 18 .12 66
'·
Forjado F ~::
23 11 80
AZBOA ~àem , T5 II /.;
3~· 25 6 82
lnarras,perfJ.s extrudados F. ~Li
-'· 25 11 77
Ide:;; T5 ! 38 28 7 88
I
I
!Barras, perfÍs extrudados F 34 26 14 84
j Idem , T5 37 30 11 88
ZKGOA Tubos, per:fks vazados ex-
1 F 28 23 12 84
trudados
Ideül " T5 I 35 28 11 88
For~ados T5 I 30 21 16 77
ZZlOA
ChapéiS ':?4 ?6 :9 13 -
Icei:! -0 24 18 23 -
Chapas
HM21A Forjados
1'8 ?3 l1 10 -
T5 ?3 14 15 -
I -
Barras, tubos, perfís ;>O 23 lO
BM31A extrudados "'
-121-
As temperaturas e te~pas de tratar.ento de direrentes ligas comeE
ciais j~ est~o tabelados, e sao ~ncontr~d~s nos livros e publicações
dos fornecedores de ~r-.
-122-
Muitas delas requerem um pre-forja~ento em prensas antes do for-
jamento final.
As matrizes sao semelhantes às para forjamento do Al, mas com mai:z.
res raios de curvaturas, ;-ara facilitar o escoamento do Getal.
O Mg, como já foi citado pode tamb~m ser extrudado, como também
pode ser estampado e repuxado.
União de peças de Xg podem ser executados por solda, sendo empr~
Porcentagem
A) Cloreto de !-!agnésio 68
Cloreto de Potássio 28,5
Cloreto de SÓdio 4,5
Fluoreto de Cálcio 3,0
B) Cloreto de Magnésio 40
Cloreto de Cálcio 14
Cloreto de SÓdio 6,5
-123-
Porcentagem
C) Cloreto de Pot~ssio 20
Cloreto de 1-!agnésio 50
Fluoreto de Cálcio 15
Óxido de Y.agnésio 15
D) Cloreto de Magnésio 45
Cloreto de SÓdio e t3e Potássio 37
Fluoreto de Magnésio 18
:;:) Cloreto de r·íae.nésio 72
Fluoreto de Magnésio 28
8596
-124-
para permitir que os ga.ses esca!'em mesmo com as baixas pressões exer
cidas pelo metal lÍquido que tem baixa densidade.
A umidade dos moldes deve s<o:- baixa, pois o Hg a essa temperatu-
ra reage violentamente com a ágt.a.
Os teores usuais-são de 2.5 ~ 4%.
Além disso devem ser adicionados a areia, inibidores para evitar
a reação com a água e também com o ar contido nos moldea.
Os inibidores usuais são: enxofre, urna mistura de S e ácido bi
rico, bifluoreto de amonia, fluoreto ácido de amonio, ou silico flu~
reto de amonio .. send,. que a quantidade usada vari"a com o tamanho da
peça.
Para peças pequenas, até 12 k, pode ser empregada 4;'~ de 3 e i% de
ácido bÓrico·. sendo õumentado o teor de S até 8% para maiores pe-
ças. Os .fluoretos são empregados em teoi:"es de 1 a 3%. Alguns autores
récomeJ;tdà.lil o •J.so de are.ia contendo três inibidores citados e ainda
dietileno glicol, a.:rer1te de· absorção õ.e água para evitar que a areia
que tem baixa :uuidadeo, seque demais e esboroe.
Para fundição d.e 1•:g e:n cssca (Shell molding). deve ser adiciona-
do a areia, 10% de b~rofluoreto de amonio ou este em mistura com S
(0,5 + 0.5)%..
CAPÍTULO VII
Introdução
-127-
Forma-se um sistema fundido de sulfuretos de ~i, de Cu e de·Na,
. que se separa em duas fases na solidificação.
A parte superior contém quase a totalidade dos sulfuretos de Cu e
de Na, e R inferior o sulfureto de Ni.
O ma te q_ue contém teores de 48% Ni, 27% Cu, 2"/o F e e 22% S, à. á na
separação: as cabeças de lingote que contém 40% Cu e 4% Ni, e as ba-
ses com 9% Cu e 65% Ni.
Processam~se novos refinas, pelo mesmo método, obtendo-se sulfu-
retos co;n teor de 72% Ni.
Esse material é moÍdo, lavado, tratado coe ácidos e cloreto de so
dia para retirar o restante do cobre e outros elementos (Ag,Pd, Pt).
O produto final obtido é o chamado óxido verde de Ni que contém
até 77% Ni. Este é calcinado com carbonato de sÓdio, lavado, e dá o
Óxido negro com 77,5% Ni.
O Óxido pode ser então tr~tado com CO, a 50°C,passRndo a formar
n{quel-carbonila, volátil que -~ decomposto a 200°C, e:n outro local,
com separação do Ni.
O processo carbonila, t?..mbém d~nominado processo !1ond, produz um
~i com teor de 99,4 a 99,8%.
Os sulfuretos podem também ser oxidados, e estes por sua vez re-
duzidos em fornos reverberatÓ~ios. O metal assim obtido, impuro, e a
seguir purificado por meios eletrolÍ ticos. A eletrÓlise é feita em um
banho, continuamente purificado, de sulfato de Ni e produz um metal
com teor de 99,95% Ni.
- p
A &arnierita, oxido silicatado,. é em geral tratada com sulfureto ·
de cálcio, gesso ou sulfureto de ferro, de modo a formar sulfetos. Es
tes são tratados como anteriormente citado.
A garnieri ta pode também ser calcinada, e depois reduzida em forno
elétrico, a forma de uma liga Fe-Ni, podendo conter entre 26 e 42?~ de Ni.
O Ni no estado metálico é encontrado no mercAdo sob várias formas:
granules ou lágrimas, catodos, lingotes, placas, em pÓ, e também sob a foE_
ma de ferro ligas e sais. A pureza do Ni é bem variada. sob as di versas f o.!:
mas em que é encontrado no estado metálico, como pode ser visto na Tab.l.
A:Jlicações do Ni
-128-
TABELA 1
pompoaiçio nominal de vdria• formas do ~íguel
-
NÍquel e Ferro· Carbono Enxôfra Manganês
Cobr~ SilÍcio
Cobalto
-
% % % % % % %
1--
. -- f - - ·
maleável 94.0-99.7 ·0,03-0.1 0.05-0.25 o. 25 max o.o1-0.40 c.,oos-o.o1o 4.5 max
fl.nuclon 92.0~99.0 - - - - - -
grãos 99.2-99.5 - - - - - -
pÓ 98.7-99.0 - - - - -
---·-· ------·- .. ~~----·--··
bolas 99.5-99.9
··-------------------------·- -·-·-- ----- '------~--------~-
-130-
O magnésio é adicionado com a finalidade de produzir grafita em
nÓdulos e também como desulfurante. O teor é da ordem de 0.1%.
O manganês é adicionado como desulfurante, desoxidante e paraa~
mentar a fluidez.
O ferro, sempre !Jresente nas iigas de Ni, até teores de 1% nao
apresenta ~nfluência sensível. O mesmo acontece com o cobre, até es
ses teores.
Os refratários usados na fusão do N~ deve~ ser neutros ou bási-
cos. Tanto os refratários dos fornos, das panelas, como o material
carregado no forno devem ser secados, para evitar contaminação por
gases.
A retraÇão na solidificação é bastante grande da ordem de z% e
os canais e massalotes devem ser grandes.
O Ni é sempre fundido sob uma camada protetora de escória prep.!
rada a base de carbonato de cálcio (calcáreo).
O Ni no estado fundido apresenta um limite de resistência de 35
a 42 k/mm2 com alongamento de 1 a 2%.
Tratamentos mecânicos
-131-
3. Ligas com baixo teor de Ni
TABBLA 2
Ni
(+Co) Fe Mn Cu c Si s outros
% % % % -% % % "%
uzn 94.0 I).i 25 0.25 0.05 0.16 0.40 o .005 alw:,Llio 4. 3'-
magnésio 0.3c
"Z-B" j 9S.75jo.,lo 0.17 0.03 o. 26 0.13 o.oo5 titanio 0.3.5
-132-
r
O níquel D, com alto teor de ~n apresenta melhores propriedades
que o ti~o A, a altas temperaturas, e é resistente a at~osferas oxi
dantes, sulfurosas. É aplica.do em eletrodos de velas de ignição, p~
ças de caldeiras e de ~ornes.
O nÍquel E apresenta somente um pouco maia de Mn que o nÍquelD •.
O nÍquel L com baixo teor de carbono é mais mole do que o tipo A
e nao endurecé muito por trabalho mecânico a frio. ~ empregado na
confecção de artigos que exi~em estampagem profunda.
Os tipos Z e Z-B são susceptÍveis de receber trat~entoe tér-
micos, aumentando a tenacidade e dt~eza. São aplicados na confecção
de molas, diafragmas flexíveis, matrizes para plásticos.
TJ..B3LA 3
Liga Ni Cu ., Fe ~n Si c s Al
Monel 67 30 ?,5
max
2,0
max
0,50
max
o, 30
r.~ax
0,24 ---.
~onel
Fundido 67 30 ?,5 1,5 2,0 0,35 0,024 0,50 i
max max :nax max max
~onel R 67 29 1,4 1,0 0,05 0,15 0,035 -
Mone1 K 66 29 0,9 0,85 1,0 0,15 0,02 2,75
Monel KR 66 29 0,9 0,85 1,0 0,30 0,02 2,75
?·:o r. e l H 65 29,5 1,5 0,9 3.0 o, 30 0,02 -
i1one1 s 63 30 2,0 0,9 4,0 0,10 0,02 -
-133-
Suas propriedades mecânicas só sao alteraõas por encruamento.
t uma liga com larg-'1 aplicação onde é exigida resistência mecâ-
nica e resistincia i corros~o.
vadas na t'ibela 4.
Os moneis H e S, sao ligas para fundição, o silÍcio, melhorando
a fundibilidade.
O que contém 4% Si (monel S) é suscep-Hvel também a tratamento
térmico, podendo ser atingida uma dureza de 350 ?rinell.
As ligas de Ni com Si, conhecidas pela designação de Hastelloy
D, contém 1~ Si, 3% Cu, 1'!6 :Xn e 1% Al.
É muito dura- dureza Frinell 360- difÍcil de ser usinada,ecom
grande resistência à corrosão pelos_ ácidos sulfÚrico, acétieo, fór-
mico e fosfÓrieo.
Ligas contendo 3% dE: s;, sao :úgu:r.as vezes empregadas para a fa-
bricação de eletrodos a~ vel~s de ignição.
-134-
I"
...........
....J
350 ~
....J \
la.!
z '
\
c:: \ !
1113 300
, 11M . . .,
c
~
N
la.!
\
-....... ~
111:: 250 '-
=> r",......
o 2%NÍ~i~~iel
..... ... _
200
•
-- .
o I" o/t" ~· ~ ~4'' 1a" I
FIG. :::lO:['- 1
~
B
INFWENCIA DO Co NO DIAGRAMA SIMPLIFICADO
DA LIGA N IMONIC
FIG. ::lli -2
-135-
TABELA 4
Carga de ruptu- Limite elásti-
r~s tado r a à tração co a 0~29~ Alongamento Jureza Dureza
k.g/mm2 kg/mrn % Erinell ~ockwell c
!3arrAs l11mi.nadas a quente 84 max 25 min 240 max
Ligas c Ni Cr Co Mo w Cb Ti A1 Fe outros
Nichrome 0,25 80 20 - - - - - - 1,0 -
Hastelloy A 0,10 56 • 22 22
-·
!L1Rtel1oy B 0,10 62 - - 32 6 0,4 Va
Rastelloy c 0 1 lO 53 17 - 19 .5 - -.. - 6 -
Inconel 0,04 80 15
..
- - - -
'~
·- - 5,0
...
-
!nconel w 0,04 75
--~~--' .
15
--·~·~- ~-
- - - - 2,5 0,6 7,0
-
..,.,
!nconol X
--lnoo
0 1 03 B 15 o,6 2,3 Of9 6,5 -
550 0,03 73 15 o,6 2,5 1,1 6,5 - --
Nimonio 75
~--
0,12 76 20 - - - - ' 0,4 0,06 :?,4 - --
Nimonic 80
---
0,05 76 :?0
-
- - - - 2,, l, o o,; -
- - - -
·-~ ~--------
II
n:co 102 0,02 80 15 - - - - o.; ~.o o. ~5 -
INCO ?03 o.o8 80 10 - 2.6 - - 2.4 2.95 0,40 - i:
!NCO 709 0,10 80 9 - 3.0 - - -
2.7; 3o75 o, 40. -
INCO 7l0 0,10 77 8,25 - 3.0 - - 2.7 ~.;;c; 0,.10 -
Mu1ti-Alloy o. 25 46.5 20.5 3·3 2.7 3·5 2.9 1.2 - 19 -
Waepalloy o.oa 58 19 13 2.5 - - 2.5 1,0 3.5 -
R'.:!rractalloy 26 0,03 37 18 20 3.0 - - 3 ':'. :"5 19 -
Udimet 500 0,10 55.6 19.4 13.7 4.15 - - 2.95 2.87 0,6 -
Haetelloy R235 0,10 64 16 1.5 5.5 - - ,.o 1.5 6 0,6 Si
M252 0.12 54 19 10 10 -· - 2.5 1,0 3·5 -
• I
Entre as ligas de N1, com alto teor, ferrosas, a~resentam tam-
bém grande importância atualmente, aquelas denominadas ligas refra-
tárias.
Por ligas refratarias sao designadas aquelas que a~resentam um
conjunto de características mecânicas e fÍsicas a temperaturas ele-
vadas, que as tornam prÓprias para a confecção de peças estruturais
de motores e engenhos es~aciais, e ta~bém de aviões de grande velo-
cidade.
Por temperaturas elevadas, entenderemos temperaturas superiores
a 600°C, limite de emprego de aços ligados correntes. ·
As principais características .que nessas ligas devem ser cons·i-
deradas são:
-139-
Ti, >\1., f1b - introduzi~-:s ,...:- !H~;'~u~-::as r:..uanti"lPdes {menos do f!.Ue
3%) rroduzem o fenômeno de end~'recimento estrutural, que aumenta a
resistência à fluência.
Entre as ligas, il mais con!-·?Cida ;, a ~:ichrome com 20% a 80") Ni
com gr;mde resistência ;; oxid'lção -'lté 100~-llOOOC, boa maleabilida-
de, e grande resistência elétrica.
Procurando aumentar a sua resistência mecânica a quente, foi a
ela adicionado um pouco de W. ~ssa adição abaixa o alongamento.
Uma parte do Cr foi trocada por ferro, e assim surgiu a liga de
nominada Inconel com a seguinte composição base
Cr 14
Fe - 6
w 3
Ni restante
-140-
1000 1!500
TEMPERATURA °F
FIG. Jm:- 3
-141-
,
à oxidação, maleabilidade e resistividade elétrica.
Com essas ligas podem ser atingidos nos fornos temperaturas até
1150°C, quando a atmosfera é oxidante.
Em atmosferas redutoras não são tão resistentes, esta baixando
bastante com alternância de atmosfera oxidante e redutora.
As ligas que contém ferro, para abaixar o custo sÓ podem traba-
lhar a temperaturas até lOoooc.
A variação de resistência elétrica dessas ligas em função dat~
TABELA 6
Designação . ComposiçP.o %
Comercial Ni Cr Fe Mn Outros
Cranel P 90 10 - - -
Nicrome III 85 15 - - -
Nicrome v 80 20 - - -
Nichroloy I 75 16. 7-9 3 -
Nicrome
fundido
" 67 16 12 1 -
1,41 Al
Brightray F 36-39 17-l9 :Sal - ·1,41 cu·
-142-
I
500
FIG.Dt- 4
I. I 00 ~""T""-.,.--r---.--.--.......--,.-...----.--
l J!
TEMPERATURA °F
FIG. JDI -5
-143-
,,
Comercial
~:i 'tu F r; Fe Outros
A lica original usada para i~ans perm?.nentes era c aço com ele-
v~do teor de carbono. O Pr>arecimento dos P.ços com 5% de W, veio me-
lhorar as caracter{sticas dessa 1-ir:a, :rara essa finalidade.
C ;.; foi substi tu:Í:ào pos teriorrr:ente pelo Cr e::~ teores de 3, 5~ ,
por :::eàidas à e eco!"lomia e e:; casso à o W, se:r. ::;r~nàe alteração nas :rr-2_
pried;;.des.
A se~ir, a es~es aços de rtlto ca~bon~ foi adicionado o Co, me
-144-
lhorando grandemente as ligas anteriores.
Em 1929 apareceram as ligas Fe-Ni-Ee, c-"'"" foram substituídas p~
las ligas Alnico, consti tu.Ídas por .ferro ::.iga:io ao Al ao Ni e ao Co,
e da qual existem vários tipos, algumas cor:"'.;C?ndo ;;.inda Cu e Ti.
A compo-sição de diferentes tipos de ligo:.s Alnico é d'!da na tabe
la a.
TABELA 8
I
! Al '
Liga Ni Co outros ~lamentos
i ,_
Oi c/
:r:. o/ %
Alnico I I 12 20 5 6 Cu
f
l
..
Alnico I I i lO li 12.5
'
Alnico III 12 25
Alnico IV 12 28 5
Alnico v 8 i! 14 . 24 _,~ Cu
Outras aplicações
-145-
Muitas ligas nao ferrosas também sao confeccionadas contendoba!
xos teores de Ri.
Podemos citar entre elas, as seguintes:
Cu - 65 Zn - 17 Ni - 18
-146-
/
/
/
I
1-'
.p,.
-.J
I
FIG.JDI. -1
-
1.--- l..--'"
---
4 U.S ''~~' M,i lllá,
IWAet
2 - r--
o
u
•
........
-...
•o
2 -I"- 1--._ lo...
o
2
o
- ks
---
---
.--l..--'
~
~
52.1 h ;S4.0Ni.;
3t.S Co
u.o
-
( l'e&lli,O 1181.;.
41( ~ 4,0 e.
2 1..----
I o
"ldi.l
~
1- 2
o
- r--.. - as.s '•, 11,111 111&;
- V"' e.
I 2
o
.Ar 1
r--
---- ~
11.0
-- ---v
X
1.11 111,5 ll"e;II.S IIK;
2 .A '• ~ s.o e.
1.11
o o s:s.s ... ;10,5 fi!i,
a.o e.
z-
1.11
--- ~
1-
z .ArI.
ldi.l
o r
õ
iG:
~
2 - .Ars
:1'
l--o--
....---..... sa.s ,~ :~1.s
s.o e.
llll;
--
u
---- ---
? U Ce;.O,HII\IIII
2 - -
.Ars
~
J
o
2
o
-
-100
lltt-s
'- 40 I
o i 40 I 10 I
--- 120 I 160 I 200
S3.0 h; 31,0 lllli;
Cl,O Ce;~OII\IIII
TEMPERATURA 0C
fiG. JDX - 7
-148-
fecção de pares termo-elétricos.
Estas ligas devem apresentar características especiais (resis-
tência a oxidação, dificuldade de cont;:;minação, facilid-ade de repr~
.l,Ol.O
I llll'l!lollli ....,.,~:$
! llili~i. { IG>3VA4tl
) 4l'l!lollil<
1,00. 4 41'"111.®1ii
• 'a A .... i
1,0~
111 '!!lo li:
""
.1,004
1,002
f'IG. ::D:-1
-149-
CAP!Tl!LO VIII
Introdução
Tempe:::-atura de rellção
~laterial
14000C 1600°c 18Q00C
Grafita - na o leve
CaO - não leve
Th02 -
na o
nao
leve
leve
violenta
Al20 3
EgO leve leve violenta
:E e O - leve
leve
violenta
violenta
Zr02 não
Ti02 na o leve aci!lla do P_oE
to de fusao
Ti C - -
do Ti02
leve
.
Si C - - violenta
Zirconia - - violenta
Areia Fundida - -- violenta
Si02 - violenta
Silicato de SÓdio - - violenta
-152-
cáveis, e mesmo em pequenas quantid~de~, re~uzem grandemente a duc-
tilidade.
F'ar<l evi til r ess;;. contP.!r.i:Jaç::o dl::::-r;r:t;e ;; fusãc e .fundição, -estes
processos são realizados seja ne> v;:;"cuo, se~P. em '~;"ta atmosf"era de gás
in<?rte muito pura, e r?.pi<lar-.ente, par~ dimin~ir o temp') de contato
com os refrat?.rios.
Xuit0s são os métodos já de~en~olvi1os rara ~ssa oreração,os me
lhores sen~o os ~Yoce~sos co~ ar-o elé~rico, e de indução.
:Sm 1905 von ::9ol tcn desenvol\•e'..l = :forT'o a arco com eletrodo CO!!_
sumÍvel, mas empregando u~ c~dirho de cobre res.friado a agua.
· Kroll modificou o ~recesso: um eletrodo nao c0nsu~Ível resfria-
do a agua.
O esquema bisico de um forno :ara laboratÓri~· é visto na f!g. 1.
O emprego de eletrodos consur.Íveis, que deve~ ser do mesmo ~st~
rial que está sendo fundido traz vários inconveni~ntes tais como:ob
tenção dos eletrodos e:n for:-:a de barras, e r:ovil:!entação desses ele-
trodos a medida que vão sendo consu~idos, se~ pe~itir a entrada de
ar.
A possibilidadede escolha para o material de extre~idaàe de ele
trodo não consumível é bast:;nte reduzida, devido aos requisitos 'l.14G
-153-
ELIH~ ftiEFfti61EüDO
A ÁGUA
,
FLEXIVEL
C08EftTUftA
ESfftiADA
FÔftNO EXPE~IMENTAL
FIG.Jmi.-1
-154-
f MOVI Mlii!IINTO
-DO ~
ELETIIIOOO
ELETROOO
FORNO A ARCO
fl6. :xm- l
-155-
DO
VIIRADOR-
-...EXTRATOR
.._ I
FIG. :Jmr- 3
-156-
--. :- .. -.-
Propriedade do Titanio
~ ~- .
O titanio existe sob duas formas alotrÓpicas. O Ti a encontrado
a baixas te~reraturas, cristalizado no sistem~ r.exagonai compacto e
o Ti ~ , estável acima de + 880°-C, no siste;r.a cÚbico de corpo ceE_
trado.
O coeficiente de expansão_a 15~C é 6
de (8.35! 0.15) x 10- /°C
e a sua densidade calculada a partir dos ~arâ~etros da rede é d
4.505 g/cm3 e a medida é de 4.507 ! 0.005 g/cm 3 •
O ponto de fusão, como j ; vimos va~ia se~1ndo os autores entre
1668 ! 5°C .
até 1820°C + 100°C, e o calor especÍfico a 200 é
O ,126 cal/g/° C.
Esses valores todos ainda necessit~m de correções, pois que ne-
les devem estar influindo a presença dP. impurezas em rcquen~s q~an
-157-
LUClT er ----1<111
CABOS DE
LIGAçÃo~-+-~
FIG.Jmr-4
-158-
,.
IFOM«>
ALTA FAEOU[tr.
CIA
FORNO DE 6RAFITE
f'IG. Jmr -5
-159-
,. /TAMPA M QRAf'ITE
.AR GOMO
/ Tu ao oe: MMITE
I
-
FUSAO CIE&>eTRIFUfiADA
~
00 TITAN<O CO~
CADiNHO O€ MAFITIE
F I G. ::!lDI - 6
-160-
__._.__
Efeito de irn~urezas comuns nas -ro~ri~1ad~~ cec;nicas
-nois o~e
- vários ele=en~os e
-
levam consideravelmente~ ~esiritê;cia ~ec~r.ica do Ti, porém se es-
ses eler.:ent.os ul trapassa!'l certo teor, o material torna-se quebradi-
ço.
As impurezas no~~J~er.te prPsente~ no 7i são do tipo interstic!
al e substitucional, sendo as ?~in~ir~s as que ~aior influência e-
xercem. São o O, N, ~ e C.
o F e é o principal elemento de liga. substitucional.
...
A inflUência do o i o _}! e de " n,._s propriedades pode ser vü:to
nos gráficos d"'S figur<:s 1. 8 9. ~
-161-
%0 lll't.
) o.2 li Q.!kl a.n 1.00 :.lt ~ i() 175 U)~
14"'
- I _i
v
I
~
ILIMT REIST:L
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LMiTE RESI~,/'
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v lo"
LIWTE O,!
~ ~LIMITE
~ 0,2
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FIG. XCI- 7
-162-
o 0,1 (),2 0,3 0,4 a.s ~ 0.,7
CONCENTI\AÇI() N OI Pf:*P
FI C. :::n1: - I
-163-
CONCENTRAÇiO
o Q,5 IJl. 1.,5 2,P 2,5
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3.0 ~5
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8C
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....... / ~ ~---- -- LIMITE REIISTK1A
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""' ~ A.LONI. (I")
I
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COtiCIEDIITRAÇ~ %C EM PESO
I
EFEiTO DO C NA. PROPRIEDADE 00 Ti --VA.RIOS AUTORES
TEMPERATURA. A.dlENTE
FIG.~-9
-164-
40~--------------------------- I
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o
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t-
V)
~
Ir
tot
.....
RESISTENC!A AO IMPACTO DE LIGAS Ti- ·l-
F I G.:::liZllr- 1 O
-165-
contacinada por meio de uma decapagem.
O forjamento do ti tania e suas lig:>.s é realizado e:n te:::peratu-
ras dentro da faixa de 850-lOOOOC, na região da fase ~ • ou na pa.!:
te superior da zona de duas fases (a+~). No caso de li,c:-a~ core Al
e 3n, a teoperatura é mais elevada - llOOOC - pois nestes casos a
oxidação ~ão é tão rápida.
O forjaoe.rrto em temperaturas abaixo de 750°C, causa o encruame!!
to.
O ti tania flue ou escoa ;;;ais faciln~nte q'..le aço de baixo carbo-
no, quando forjado a temperatura conveniente, mas com o fito de man
ter a teoperatura o mais baixo possível as matrizes são desenhadas
com grandes raios de c~rvatura.
Ante a do fcr jt.;nento fir.al de acaba'"en to, as peças devem ser de-
capadas, <:1· depois de prontas, para melhorar as propriedades sao sub
õ".etid.::ts a um tratamento de ali vi·ó: de tensões a 300°C.
O titanio e suas li[as podem também ser extrudados ~ando exce-
lenteaca~amer.to. As pressões requeridas sao mais elevadas do que as
necessárias rara axtrudar o aço doce: a temperatura utilizada varia
entre 950-1000°C.
Um contato direto entre o metai é a icatriz deve ser evitado, P2_
ra nao ocorrer engripamento. A técnica mais empreGada consiste em
criar uma camada oxidada no tarugo que vai ser extrudado. Pode- a e
também lubrificar a matriz ccrn·vidro e bisulfeto à.e molibd<:!nio.
O titanic e suas ::l'ig-as podem ta:i:bém ser conformadas per estaop~
~ec e repuxa~ento das c~a,as, a lubrificação das ferraMentas ou co-
bertura das chapas sendo també~ neste caso í~port~nte para evita~en
gripamentos.
~ssas o?erações sao realizadas a altas te~rerat~ras.
-166-
les que G.ecrescem essa temperatura sac cha!'!a.dos estabilizadores da
fase p ~ os que a elevam são designados por estabilizadores da fa-
se a
;,s ligas de Ti sao classificadas e:n geral pelo tipo de fase pr.!
se~te ~ois as propriedades variam grandemente com a estrutura. As-.
si~ temos:
a) Ti comercial
b) Liga com fase a
c) liga com fase~
d) J.,igas com estrutura mista.
;, terceiro:; fase introduzida pc~ -?Eõ ~es elercentos pode causar fr~
Lig:;s Ge Ti-Al
-167-
E&fe ELEMENTO
FlG. ::Jmi - 11
0
/o ELEMENTO
DIAGRAMA ISOFORMO
FIG. Jliii - 12
-168-
As :rropriedaC.es r.-ecânicas :':essas lig?'~ poder:: ser vistas na :ig-.!!_
ra 14.
A dureza da li!ra ''aria bast,~te co!71 a orient'>ção e esta variação
é bem ínflue~ciada pelo teor de Al. ~sta rode s~= uma causa da ma
trabalhabi!Íd~de da li~a.
A resiliência del'lsas 1 ir,-as v;; ria ""uc.:> com :o temperatura em uma
larga faixa + 150°C até - ?cn°c.
~]as não podem se~ tratadas terrr.icamer.te.
A adiç2o de Sn e estas li€":; até " te":- de c:'! melhora bast"'nte
as propriedad-~s mecânicas, fie-~ -a 15.
U::ta liga comerei-'!~ evi~te co:n 5% .U e 2.5% Sn qt:e apresenta Óti
ma resistência e boa tr~cal~abi1idade (77 k/mm2 e alongftmen~o de
10%). Com 5% de estanho a resist;r.cia ;lce~-;<~ 90 k/mm2.
Li;.-as de ?i-Y.n
Cementaç~o·das ligas de ~i
Corrosão do Ti
-169-
y
a
a+y
ELEMENTO
\
FI Ci. ::EIIr - 13
EFE{TO 00 AI NO Ti 'A
TEMPERATURA. A'Ye!IENTE
-170-
LIMITE DE
RESISTÊNCIA
o 4r---------------------------~--~~
~ "" x~Z.S~
~ 2 ~ " _ _ _.. x ...... Oo/oSn
4 L-----~-~~---
~ o~--~--±2--~--~4--~--~s~~--~a
COMPOS«ÇXO AI 0/ 0 EM PESO
FI G. xm:: - 1S
-171-
--~-
r::mnre.,-os
-172-
:BIBLIOGRAFIA
-173-
15 - GRUN3::;:!1G, R. et alii - Le zinc et ses 2.lliap;es, Paris" Dunod,
1946.
1924, 419p.
-174-
31 - PR:SECE, Robert L. & BOI-rEli, K.l-í.J. - Applications :md 1.<ses of ti
tani~~ anã its a1loys. Ketallurgical Reviews, London,
~ (22): 241-278, 1961.
32 -ROLLASON~ E.C. - Meta11urgy for enPineers. London, Arnold,
1955. 339p.
33 - SA}~NS, Car1 R. - ~ngineerinç metals and their alloys. New
York, Macmillan, 1953. 913p.
34 - SINPOSIO SOBRF. HETAIS NXO FERROSOS, 1., São José dos Campos, d,!
ze=bro, 1967. - ~··· São José dos Ca~pos, Centro Bras!
leiro de Inform<>.çÕes do Cob::-e., 1967. lv.
38 - WILKIXS, ~.A. & :BU1\N, S.S. - Co une r a::.d couper b"lse allovs: the
"physica1 a~d ~ec~~~ical uroperties of con~er ~nj its commer-
cial a1lovs in wrou~bt forc.
355p.
-175-
MICROGRAFIAS
Reativos Empregados
Número 1 - FeCI
3
- 5 g
Álcool etílico 100 ml
HCI 3 ml
Número 2 - FeC 1
3 8 g
HCI 50 ml
H2 0 100 ml
Número 3 - Fe (N0 )
3 3
25 %
H20 75%
- 177 -
Determinação de tamanho de grão
em metais e ligas não ferrosos.
Método comparativo da ASTM
As dez micrografias seguintes ser-
vem para comparação de tamanho de grão,
de ligas não ferrosos, com ampliação de 75X,
diâmetros médios indicados.
- 179-
:T'
!.
I
0,090 0,068
- 180 -
0,015
- 181 -
MICRO 1 - Cobre puro - fundido - grãos de cobre e porosidades.
Aumento de SOX - reativo 2.
- 182-
•
•
....
•
1 2
,·
-··
3 4
- 183 -
MICRO 5 - Cobre e óxido de cobre - 500X - sem ataque.
- 184 -
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-~ _:_-~
..
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5 6
7 8
- 185 -
MICRO 9 - Latão 70-30 presado - fase alfa deformada - secção -
longitudinal - 50X - reativo 2.
- 186 -
9 10
- 187 -
MICRO 13 - Bronze 88-12 - bruto de fusão - cristais de fase alfa
e áreas de eutetôide alfa -t epsilon - inclusões - linhas
de deformação de solidificação - 500X. - reativo 1.
- 188 -
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...
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13 14
15 16
- 189 -
MICRO 17 - Bronze - AI (AI-10, Fe-4, Ni-2) bruto de fusão- fase
alfa clara e beta escura - 1 OOX - reativo 1.
- 190 -
·.~
17 18
- 191 -
MICRO 21 - Bronze AI-Si (AI-7, Si-2) - fase alfa clara em matriz
de fase beta transformada - 1OOX - reativo 1.
- 192-
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21 22
23 24
- 193 -
MICRO 25 - Alpaca - prensada - secção longitudinal - 1 OOX - rea-
tivo 1 +
amônia.
- 194 -
. .,
25 26
27 28
- 195 -
MICRO 29 - Duralumínio - fundido - dendritas de fase alfa (clara)
envolvidas por eutéticos ternários- 50X - reativo N. 4.
- 196-
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29 30
31
- 197 -
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32
MICRO 33 - AI- (Cu 5.5-Pb 0.5-Bi 0.5) - prensado - secção lon-
gitudinal - 500X_ Reativo 4
- 198-
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33 34
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35 36
- 199-
MICRO - 37 - Sn-Pb (60-40) - áreas claras de fase beta (rica em chumbo), e
eutético - 100X - reativo 5.
- 200 -
37 38
- 201