Encar. de Montagem PDF
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DE MONTAGEM
MECÂNICA
ELEMENTOS DE MÁQUINAS
1- 1 -
ENCARREGADO DE MONTAGEM MECÂNICA
ELEMENTOS DE MÁQUINAS
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autorização prévia, por escrito, da Petróleo Brasileiro S.A. – PETROBRAS.
63 p.:il.
3
ÍNDICE
Introdução................................................................................................................................................. 8
Elementos de máquinas........................................................................................................................... 9
Elementos de fixação ............................................................................................................................. 11
2.1 Elementos de fixação permanentes ............................................................................................ 11
2.1.1 Rebites.................................................................................................................................. 11
2.2 Elementos de fixação temporários............................................................................................... 17
2.2.1 Pinos e cavilhas.................................................................................................................... 17
2.2.2 Parafusos.............................................................................................................................. 20
2.2.3 Porcas................................................................................................................................... 26
2.2.4 Arruelas ................................................................................................................................ 29
2.2.5 Anéis elásticos...................................................................................................................... 31
2.2.6 Chavetas............................................................................................................................... 33
Mancais de apoio ................................................................................................................................... 35
3.1 Buchas ......................................................................................................................................... 35
3.2 Rolamentos .................................................................................................................................. 36
3.3 Guias............................................................................................................................................ 39
3.3.1 Réguas de ajuste.................................................................................................................. 40
3.3.2 Guias de rolamento .............................................................................................................. 41
Elementos de Transmissão.................................................................................................................... 42
4.1 Eixos e árvores ............................................................................................................................ 42
4.1.1 Tipos e características de árvores........................................................................................ 43
4.1.2 Eixos maciços....................................................................................................................... 43
4.1.3 Eixos vazados....................................................................................................................... 44
4.1.4 Eixos cônicos........................................................................................................................ 44
4.1.5 Eixos roscados ..................................................................................................................... 44
4.1.6 Eixos-árvore ranhurados ...................................................................................................... 45
4.1.7 Eixos-árvore estriados.......................................................................................................... 45
4.2 Polias e correias........................................................................................................................... 45
4.2.1 Correias ................................................................................................................................ 47
4.3 Correntes ..................................................................................................................................... 49
4.4 Cabos........................................................................................................................................... 50
4.4.1 Tipos de distribuição dos fios nas pernas ............................................................................ 51
4.4.2 Forma de medir o diâmetro dos cabos de aço..................................................................... 52
4.4.3 Fixação do cabo de aço ....................................................................................................... 52
4.5 Roscas de transmissão................................................................................................................ 52
4.5.1 Rosca com perfil quadrado................................................................................................... 53
4.5.2 Rosca com perfil trapezoidal ................................................................................................ 53
4.5.3 Rosca com perfil misto ......................................................................................................... 54
4.6 Engrenagens................................................................................................................................ 54
Lubrificação ............................................................................................................................................ 59
5.1 Tipos básicos ............................................................................................................................... 59
5.2 Características principais dos lubrificantes.................................................................................. 60
5.2.1 Óleos minerais...................................................................................................................... 60
5.2.2 Graxas minerais.................................................................................................................... 60
5.2.3 Óleos orgânicos.................................................................................................................... 61
5.2.4 Misturas de óleos minerais e orgânicos ............................................................................... 61
5.2.5 Lubrificantes sintéticos ......................................................................................................... 61
5.2.6 Lubrificantes grafíticos.......................................................................................................... 61
5.3 Escolha do lubrificante................................................................................................................. 62
5.4 Cuidados com lubrificantes.......................................................................................................... 62
Bibliografia.............................................................................................................................................. 63
4
Lista de figuras e tabelas
5
Figura 52 - Exemplo de anel siguer interno ........................................................................................... 32
Figura 53 - Exemplo de anel tridente ..................................................................................................... 32
Figura 54 - Exemplo da aplicação dos anéis elásticos .......................................................................... 32
Figura 55 - Alicate bico reto para anel externo e Alicate bico torto para anel interno. .......................... 32
Figura 56 - Chavetas encaixadas........................................................................................................... 33
Figura 57 - Chaveta plana...................................................................................................................... 33
Figura 58 - Chavetas paralelas ou lingüetas.......................................................................................... 33
Figura 59 - Chavetas paralelas ou lingüetas.......................................................................................... 33
Figura 60 - Exemplo de utilização .......................................................................................................... 34
Figura 61 - Exemplo de chavetas paralelas........................................................................................... 34
Figura 62 - Exemplo de chaveta de disco ou meia-lua .......................................................................... 34
Figura 63 - Exemplo de utilização .......................................................................................................... 34
Figura 64 - Exemplo de bucha ............................................................................................................... 35
Figura 65 - Exemplo de bucha capaz de suportar esforços axiais ........................................................ 35
Figura 66 - Exemplo de bucha capaz de suportar esforços radiais....................................................... 35
Figura 67 - Exemplo de bucha capaz de suportar ambos esforços....................................................... 35
Figura 68 - Exemplo de rolamento ......................................................................................................... 36
Figura 69 - Exemplo de rolamento fixo de uma carreira de esferas ...................................................... 36
Figura 70 - Exemplo rolamento de contato angular de uma carreira de esferas................................... 37
Figura 71 - Exemplo de rolamento autocompensador de esferas ......................................................... 37
Figura 72 - Exemplo de rolamento de rolo cilíndrico.............................................................................. 37
Figura 73 - Exemplo de autocompensador de uma carreira de rolos.................................................... 37
Figura 74 - Exemplo de rolamento autocompensador de duas carreiras de rolos ................................ 38
Figura 75 - Exemplo de rolamento de rolos cônicos.............................................................................. 38
Figura 76 - Exemplo de rolamento axial de esfera ................................................................................ 38
Figura 77 - Exemplos de guias............................................................................................................... 39
Figura 78 - Tipos e aplicações de guias. ............................................................................................... 40
Figura 79 - Exemplo de réguas de ajuste .............................................................................................. 40
Figura 80 - Exemplo de guia com rolamentos ....................................................................................... 41
Figura 81 - Exemplo de guia com esferas ............................................................................................. 41
Figura 82 - Exemplo de guia com roletes .............................................................................................. 41
Figura 83 - Exemplo de elemento de transmissão................................................................................. 42
Figura 84 - Eixo do virabrequim de um motor mono cilindro. ................................................................ 42
Figura 85 - Tipos de árvores .................................................................................................................. 43
Figura 86 - Suporte de forças axiais ...................................................................................................... 43
Figura 87 - Exemplo de eixo maciço ...................................................................................................... 43
Figura 88 - Exemplo de eixo vazado...................................................................................................... 44
Figura 89 - Exemplo de eixo cônico ....................................................................................................... 44
Figura 90 - Exemplo de eixo roscado .................................................................................................... 44
Figura 91 - Exemplo de eixo-árvore ranhurado ..................................................................................... 45
Figura 92 - Exemplo de eixo-árvore estriado ......................................................................................... 45
Figura 93 - Exemplo de polias e correias............................................................................................... 46
Figura 94 - Tipos de polias..................................................................................................................... 46
Figura 94 - Dimensões de correias ........................................................................................................ 47
Figura 95 - Montagem de uma polia trapezoidal.................................................................................... 47
Figura 96 - Correias dentadas ou sincornizadoras ................................................................................ 47
Figura 97 - Transmissão com eixos em paralelo e girando no mesmo sentido. ................................... 48
Figura 98 - Transmissão com eixos em paralelo e girando no sentido contrário. ................................. 48
Figura 99 - Transmissão com eixos cruzados ....................................................................................... 48
Figura 100 - Exemplo de corrente.......................................................................................................... 49
Figura 101 - Tipos de correntes. ............................................................................................................ 49
Figura 102 - Montagem de corrente em conjunto .................................................................................. 49
Figura 103 - Exemplo de cabo ............................................................................................................... 50
Figura 104 - Construção de um cabo..................................................................................................... 50
Figura 105 - Distribuição seale............................................................................................................... 51
Figura 106 - Distribuição filler................................................................................................................. 51
Figura 107 - Forma de medir o diâmetro dos cabos de aço .................................................................. 52
6
Figura 108 - Fixação do cabo de aço..................................................................................................... 52
Figura 109 - Tipos de roscas.................................................................................................................. 53
Figura 110 - Rosca com perfil quadrado................................................................................................ 53
Figura 111 - Rosca com perfil trapezoidal ............................................................................................. 54
Figura 112 - Rosca com perfil misto....................................................................................................... 54
Figura 113 - Exemplo de engrenagem................................................................................................... 55
Figura 114 - Engrenagem cilíndrica de dentes retos ............................................................................. 55
Figura 115 - Engrenagem cilíndrica de dentes helicoidais .................................................................... 55
Figura 116 - Engrenagem cônica ........................................................................................................... 56
Figura 117 - Engrenagem côncava ........................................................................................................ 56
Figura 118 - Cremalheira ....................................................................................................................... 56
Figura 119 - Características das engrenagens cilíndricas de dentes retos ........................................... 57
Figura 120 - Características das engrenagens cilíndricas de dentes retos ........................................... 57
Figura 121 - Características das engrenagens cilíndricas helicoidais ................................................... 58
Figura 122 - Superfície de separação entre duas peças ....................................................................... 59
7
Introdução
8
Elementos de máquinas
As máquinas são conjuntos de peças fixas e móveis capazes de realizar algum tipo de
atividade ou trabalho, transformando uma forma de energia em outra, e estão presentes em todo o
nosso dia a dia. Por tanto é fundamental conhecermos os diversos elementos que as constituem, tais
elementos podem ser classificados das mais diversas formas, dependendo do tipo, aplicação ou
forma como será utilizado:
Elementos de fixação:
Como o próprio nome diz são aqueles utilizados para fixar, prender, peças entre si ou em
conjuntos podem ser classificados em permanentes ou temporários, permanentes são aqueles que
uma vez utilizados não podem ser removidos sem que sejam danificados impedindo assim a sua
reutilização, já os temporários podem ser utilizados e reutilizados sem prejuízo da qualidade do
serviço realizado.
Elementos de Apoio:
São utilizados para suportarem cargas estáticas ou dinâmicas.
São exemplos de Elementos de Apoio:
Buchas, Guias e rolamentos.
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Figura 2 – Exemplo de elemento de apoio
Elementos de Transmissão:
São aqueles capazes de transmitir movimentos e forças entre peças ou conjuntos de peças.
São exemplos de elementos de transmissão: Eixos e árvores, Polias e correias, Correntes e
Cabos, Roscas de transmissão, Engrenagens.
Lubrificação:
Para que uma máquina ou dispositivo funcione corretamente pelo maior tempo possível, é
necessário que todas as peças ou elementos que a constituem estejam corretamente lubrificados.
Portanto, é fundamental que se conheça os diversos tipos de lubrificantes suas características e
aplicações.
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Elementos de fixação
2.1.1 Rebites
Os rebite são elemento construídos em metal, aço, cobre, alumínio etc. que possuem com
finalidade fixar uma peça em outra ou em outras, é largamente utilizado na industria e na montagem
de equipamentos e estruturas metálicas.
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Classificação dos rebites quanto ao formato da cabeça
O tamanho total “L” do rebite com cabeça cilíndrica ou redonda deve ser dado pela soma das
espessuras das chapas “S” a serem rebitadas mais 1,5 vezes o diâmetro “d” do corpo do rebite
No caso de rebites com cabeça escareada, o tamanho total “L” do rebite deve ser dado pela
soma das espessuras das chapas “S” a serem rebitadas mais 1 vez o diâmetro “d” do corpo do rebite.
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Figura 7 – Tamanho total de rebite com cabeça escareada
Para que se possa obter uma perfeita fixação utilizado rebites é necessário que este seja
deformado através de impactos, formando assim a sua segunda cabeça, para tal devemos seguir a
seqüência.
Introduzir o rebite no furo previamente feito comprimir as peças com o auxilio do repuxador e
do contra estampo.
Após deve ser feita a segunda cabeça com batidas de martelo na extremidade do rebite.
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Figura 10 – Exemplo de batidas de martelo
Após utilizando um estampo com o formato desejado para finalizar a tarefa e dar acabamento
desejado.
Defeitos de rebitagem
Má preparação das chapas a serem rebitadas, ocasionando um degrau entre as peças.
Chapas com folga, ou seja fora, mal comprimidas, o que provoca um escoamento do rebite.
14
Figura 14 – Rebitagem descentralizada
O comprimento total do rebite antes de ser rebitado era menor do que o ideal, o que faz com
que a cabeça seja menor do que o tamanho recomendado.
Remoção de rebites
Quando há necessidade de remoção de um rebite este não mais poderá ser reaproveitado,
pois será danificado durante sua remoção, há duas formas práticas de remoção de rebites.
Remoção com talhadeira, consiste em arrancar a segunda cabeça do rebite com a ponta
afiada de uma talhadeira.
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Remoção com auxilio de uma broca.
Outras formas de fixação permanentes são as soldas e os adesivos industriais, que atendem
atualmente uma gama muito grande de aplicações substituindo em alguns casos os elementos
tradicionais de fixação, é comum também encontrarmos outros elementos de fixação considerados
permanentes, pois sua utilização só pode ser feita uma única vez, é o caso de parafusos com cabeça
dupla que quando atarraxados pela primeira cabeça, que possui o formato do dispositivo de
atarrachamento esta se rompe ficando somente a segunda cabeça que em geral é redonda e lisa,
desta forma não é possível a retirada do mesmo sem danificar o próprio parafuso ou o conjunto que
está fixo, e mesmo que se consiga remover o parafuso este não poderá mais ser reutilizado para esta
função, são exemplos deste tipo de elemento os parafusos de fixação das travas de direção de alguns
automóveis e motocicletas.
16
2.2 Elementos de fixação temporários
17
Figura 20 – Exemplos de pinos
18
Cupilhas ou contrapinos
Podem ser considerados como elementos de fixação permanentes embora sua fácil remoção
e na grande maioria das vezes apresentarem condições de reutilização, não devem ser
reaproveitadas por se tratarem de elementos de segurança.
A aplicação deste elemento é feita de maneira a travar pinos ou porcas, impedindo que estes
venham a se soltar devido a vibrações.
Cavilhas
As cavilhas diferem dos pinos pelo material que são construídas pelos seus formatos e
aplicações e são assim classificadas:
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Tipo Utilização
KS 1 Fixação e junção
KS 2 Ajustagem e Articulação
KS 3 Fixação e junção de peças com esforços variáveis
KS 4 Encostos e Ajustagem
KS 6 e 7 Ajustagem e fixação de molas e correntes
KS 8 Articulação de peças
KS 9 Onde há necessidade de remoção da cavilha
KS 10 Fixação bilateral de molas
KS 11 e 12 Fixação de roletes e manivelas
Tabela 1 – Tipos de cavilhas e sua utilização
2.2.2 Parafusos
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Embora as roscas sejam diferentes em seus perfis e aplicações, todas elas possuem
elementos em comum, que estão representados de forma geral pela figura abaixo que mostra na
esquerda a ponta de um parafuso e na direita uma porca em corte.
As roscas triangulares estão divididas em três grandes grupos, que atendem diversas
necessidades, que devido a fatores históricos e geográficos são construídas de maneiras diferentes, é
ocaso da rosca Métrica, adotada pela ABNT como rosca padrão no Brasil e a rosca Whitworth
utilizada em outros paises, como Estados Unidos, por exemplo. Estes dois tipos de roscas
diferenciam-se entre si pelo formato do filete e pelas suas dimensões, a rosca métrica é toda
dimensionada em Milímetros enquanto que a Whitworth é toda em polegadas.
21
Figura 27 - Rosca Whitworth
As roscas podem ter dois sentidos diferentes, ou seja, são chamadas roscas direitas aquelas
em que o filete sobe da direita para a esquerda, apertão quando giradas no sentido horário, são as
mais comuns. Já as roscas chamadas esquerdas são aquelas em que o filete sobe da esquerda para
a direita e apertão quando giradas em sentido anti-horário.
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Figura 30 - Rosca esquerda
Alem da utilização das roscas nos elementos e fixação, parafusos e porcas, as roscas
também são utilizadas como elementos de transmissão de movimento, onde um movimento circular
pede ser transformado em um movimento retilíneo, é o caso de macacos de automóveis, morsas ou
fusos de tornos.
O formato da cabeça dos parafusos determina o tipo de dispositivo de atarraxamento que este
possui bem como o tipo de chave que pode ser utilizada para esta tarefa.
23
Figura 33 – Formatos da cabeça dos parafusos
Parafusos com cabeça sextavada, podem ser apertados com chaves estriadas, conhecidas
como chaves estrela, chaves de boca, combinadas boca-estrela,cachimbos estriados ou sextavados.
Parafusos com cabeça quadrada, devem ser apertados preferencialmente com chaves de
boca.
Parafusos com sextavado interno, Conhecidos como cabeça allem, com chaves de sextavado
externo, allen.
Parafusos com rasgo, fendas, utilizar chaves de fenda cuja a medida da pena seja um pouco
menor que o diâmetro da cabeça do parafuso.
Parafusos com fenda cruzada, conhecidos como parafusos Philips, utilizar chave de mesmo
nome onde a ponta coincida perfeitamente com a cavidade do parafuso.
Parafusos recartilhados o parafusos Borboleta, estes devem ser apertados somente com as
mãos.
24
Figura 35 - Quadro demonstrativo de alguns dos diversos tipos de parafusos existentes
25
sucumbidos, como o caso do passo da rosca e o tamanho do sextavado, estas mediadas estão
implícitas pois ao consultarmos uma tabela veremos que M8 representa métrico 8mm com passo de
1,25mm e o tamanho do sextavado é 13mm, já o número 8.8 representa a resistência máxima deste
parafuso, este número está escrito em forma de código XX.Y, e pode ser interpretado da seguinte
maneira os dois primeiros dígitos XX multiplicados por 10 representam a resistência tração deste
parafuso em kgf/mm² e o segundo número Y multiplicado pelo primeiro XX resulta no limite de
escoamento deste parafuso, desta forma o parafuso exemplo pode resistir 80kgf/mm² de tração e
64kg/mm² de limite de escoamento.
Parafusos devem ser atarraxados com o auxilio de um instrumento chamado de torquímetro o
qual mede o esforço aplicado pelo montador no braço de alavanca criado pela chave na cabeça do
parafuso esta unidade de medida pode ser dada em kgf.m ou N.m, abaixo temos uma tabela de
torques para alguns parafusos.
2.2.3 Porcas
Porcas, são elementos de que combinados aos parafusos sevem
para fixar peças ou conjuntos entre si ou em estruturas é constituída por uma hélice interna
com as mesmas características da hélice do parafuso, e obviamente com as mesmas dimensões
nominais, de tal forma que constituem uma máquina simples capas de transformar um movimento
circular em um movimento retilíneo, gerando assim uma força de união entre a cabeça do parafuso e
o corpo da porca, deve em geral ser fabricada do mesmo material do parafuso e apresenta os mais
26
diversos formatos externos afim de atender as várias necessidades de aplicações, os dispositivos de
atarraxamento seguem a mesma determinação dos parafusos.
Alguns formatos de porcas comerciais.
Porcas sextavadas: São as mais comuns de serem encontradas e utilizadas nas mais
diversas formas de montagem e fixação de elementos.
Contra porcas: São utilizadas como elemento travante da porca principal, com o objetivo de
impedir que a porca venha a se soltar devido a virações.
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Porca castelo: É utilizada juntamente com um contra pino que garante o travamento da
porca.
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2.2.4 Arruelas
Há vários tipos de arruelas para as mais diversas aplicações, que compreendem desde
acabamento até travamento.
As arruelas lisas são elementos que servem para melhorar a área de contato entre as peças a
serem fixadas, bem como proteger as peças a serem montadas dando um melhor acabamento a
montagem.
As arruelas de pressão ou estriadas, por sua vez servem para evitar que as porcas se soltem
quando submetidas a vibrações ou variações de temperaturas.
As arruelas dentadas tem a mesma finalidade das arruelas de pressão, porem empregadas
em equipamentos sujeitos a esforços menores.
29
As arruelas serrilhadas apresentam as mesmas características das arruelas dentadas, porem
podendo suportar esforços maiores.
Arruelas onduladas não possuem cantos, o que as torna ideais para serem aplicadas em
superfícies pintadas.
Arruela de travamento com orelha é utilizada em locais onde a porca não pode em hipótese
alguma afrouxar devido a vibrações.
Arruela para perfilados é utilizada para montagens de perfis, fazendo com que a porca atue
em toda sua superfície.
Existem outros tipos de arruelas não são tão utilizadas quanto as anteriores.
30
Figura 50 – Exemplo de outros tipos de arruelas
A aplicação destes elementos é justificada pela sua eficiência em suportar esforços axiais, no
sentido longitudinal do eixo, facilidade de aplicação e remoção quando necessário, existem anéis para
eixos e anéis para furos, entre os tipos existentes temos:
O Anel siguer externo, é fabricado para eixos de 4 até 1000mm.
31
Figura 51 – Exemplo de anel siguer externo
A colocação e remoção destes anéis requer alicates especiais para anéis siguer.
Figura 55 - Alicate bico reto para anel externo e Alicate bico torto para anel interno.
32
2.2.6 Chavetas
As chavetas são utilizadas entre duas peças com o objetivo de fixar uma na outra, impedindo
assim o movimento relativo entre as mesmas, são normalmente peças de forma retangular que ficam
alojadas em cavidades apropriadas nos eixos e em rasgos feitos nas polias, engrenagens, volantes
etc.
A transmissão do movimento é feita pelo ajuste de suas faces laterais as laterais do rasgo da
chaveta. Ficando uma pequena folga entre o ponto mais alto da chaveta e o fundo do rasgo do
elemento conduzido.
33
Figura 60 - Exemplo de utilização
As chavetas paralelas não possuem cabeça. Quanto à forma de seus extremos, eles podem
ser retos ou arredondados. Podem, ainda, ter parafusos para fixarem a chaveta ao eixo.
34
Mancais de apoio
3.1 Buchas
São peças que servem para apoiar peças que se movimentem umas em relação as outras ,
tais como eixos e articulações, são constituídas de materiais com baixo coeficiente de atrito, latão,
bronze ou metal patente, entre outros, podem ser de forma cilíndrica ou cônica.
35
3.2 Rolamentos
São utilizados em situações onde se necessite um coeficiente de atrito muito baixo para o
movimento de rotação de eixos.
Existem vários tipos de rolamentos para as mais diversas aplicações, os quais podem suprir
com facilidade estas necessidades.
36
Figura 70 – Exemplo rolamento de contato angular de uma carreira de esferas
37
Figura 74 – Exemplo de rolamento auto-compensador de duas carreiras de rolos
38
3.3 Guias
Guias são elementos de máquinas que capazes de permitir o movimento de peças sem que
estas sofram desvios em suas trajetórias.
No caso de se desejar movimentos retilíneos, geralmente são usadas guias constituídas de
peças cilíndricas ou prismáticas. Essas peças deslizam dentro de outra peça com forma geométrica
semelhante.
39
Figura 78 - Tipos e aplicações de guias.
São laminas paralelas as guias que podem ser ajustadas contra as próprias guias evitando
que a folga prejudique a precisão do movimento, é preciso que seja ajustada de tal forma que permita
o movimento suave sem travar o mecanismo.
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Há vários tipos de réguas para serem empregadas nas suas respectivas guias, todavia
apresentam o mesmo principio de funcionamento, diminuir a folga entre as peças e suas respectivas
guias.
As guias de rolamento geram menor atrito que as guias de deslizamento. Isto ocorre porque
os elementos rolantes giram entre as guias. Os elementos rolantes podem ser esferas, roletes ou
rolamentos.
41
Elementos de Transmissão
Existem vários tipos de elementos de transmissão, projetados para atender as mais diversas
formas de necessidade, cada um com suas características específicas, dentre eles temos, Eixos e
árvores, Polias e correias, Correntes, Cabos, Roscas de transmissão e Engrenagens.
42
4.1.1 Tipos e características de árvores
Conforme suas funções, uma árvore pode ser de engrenagens (em que são montados
mancais e rolamentos) ou de manivelas, que transforma movimentos circulares em movimentos
retilíneos.
São eixos normalmente cilíndricos escalonados para ajuste das peças montadas sobre eles.
43
4.1.3 Eixos vazados
São eixos que possuem um furo passante para redução de peso, para facilitar a fixação de
peças em suas extremidades ou permitir o funcionamento de outros eixos no interior destes.
São eixos próprios para a utilização de volantes, cubos de embreagem ou peças que
possuam grandes rotações e necessitem boa centralização e ótima fixação, normalmente é utilizado
uma chaveta meia-lua para evitar o movimento relativo entre as peças.
São eixos que possuem uma das extremidades com rosca interna, possibilitando que este
tenha peças fixas a ele ou que este seja utilizado como prolongamento de outros eixos.
44
4.1.6 Eixos-árvore ranhurados
São eixos que apresentam uma série de ranhuras longitudinais em torno de sua
circunferência. Essas ranhuras engrenam-se com os sulcos correspondentes de peças que serão
montadas no eixo. Permitem transmitem grande força, com a possibilidade de movimento relativo
axial entre as peças e o eixo, é o caso de engrenagens de caixas câmbio.
São eixos que caracterizam-se por garantir uma boa concentricidade com boa fixação, mas
que permitem ao montador escolher uma dada posição para a montagem das peças em relação ao
eixo, é o caso de cubos de direção de automóveis.
45
Figura 93 – Exemplo de polias e correias
46
4.2.1 Correias
Quando da utilização destas correias em suas respectivas polias deve-se observar que as
polias motora e movida estejam perfeitamente alinhadas, e que a correia fique alojada na polia de tal
forma a não tocar no fundo do canal nem acima das bordas da mesma, afim de garantir a maior vida
útil tanto das correias como das próprias polias, a correta montagem de uma polia trapezoidal é
representada da seguinte forma :
Há correias dentadas ou sincronizadoras, que são utilizadas nos casos em que não se pode
ter nenhum deslizamento, como no comando de válvulas do automóvel.
47
Tipos de transmissão com correias.
• Transmissão com eixos em paralelo e girando no mesmo sentido.
48
4.3 Correntes
São elementos capazes de transmitir movimentos com grandes esforços com altas
velocidades sem perder o sincronismo entre as peças movimentadas, alem de que em alguns casos
transformam o movimento circular em retilíneo ou movimento retilíneo em circular.
49
4.4 Cabos
50
4.4.1 Tipos de distribuição dos fios nas pernas
Existem vários tipos de distribuição de fios nas camadas de cada perna do cabo. Os principais
tipos de distribuição que vamos estudar são:
• normal;
• seale;
• filler;
• warrington.
Distribuição normal
Os fios dos arames e das pernas são de um só diâmetro.
Distribuição seale
As camadas são alternadas em fios grossos e finos.
Distribuição filler
As pernas contêm fios de diâmetro pequeno que são utilizados como enchimento dos vãos
dos fios grossos.
Distribuição warrington
Os fios das pernas têm diâmetros diferentes numa mesma camada.
51
4.4.2 Forma de medir o diâmetro dos cabos de aço.
Os cabos de aço não devem ser submetidos a nós ou vincos, suas pontas devem possuir
terminais colocados da seguinte forma.
Roscas de transmissão apresentam os mesmos elementos das roscas de fixação, todavia são
utilizadas os perfis que apresentam as características próprias para estes fins.
52
Figura 109 – Tipos de roscas
Esse tipo de perfil é utilizado na construção de roscas múltiplas. As roscas múltiplas possuem
duas ou mais entradas, que possibilitam maior avanço axial a cada volta completa do parafuso.
53
Figura 111 - Rosca com perfil trapezoidal
Esta rosca é muito utilizada na construção de conjuntos fuso e porca com esferas
recirculantes.
Os fusos de esferas são elementos de transmissão de alta eficiência, transformando
movimento de rotação em movimento linear e vice-versa, por meio de transmissão por esferas, são
utilizadas em máquinas CNC.
4.6 Engrenagens
Engrenagens são rodas com dentes padronizados que servem para transmitir movimento e
força entre dois eixos. Muitas vezes, as engrenagens são usadas para variar o número de rotações e
o sentido da rotação de um eixo para o outro.
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Figura 113 – Exemplo de engrenagem
As engrenagens cilíndricas de dentes retos transmitem movimento entre eixos, com a mesma
rotação ou com rotações diferentes, são as engrenagens mais comuns de serem encontradas, dada a
facilidade de fabricação, e por permitirem deslocamento laterais.
Engrenagens cônicas são utilizadas para transmissão de movimento entre eixos concorrente,
podendo ter os dentes retos, ou helicoidais.
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Figura 116 – Engrenagem cônica
Cremalheiras, são barras com dentes que engrenados em uma engrenagem, tem a finalidade
de transformar o movimento retilíneo em movimento circular e vice versa.
É importante salientar que engrenagens possuem uma padronização para a fabricação dos
seus dentes, que é o passo do dente e que uma engrenagem só pode estar engrenada em uma outra
engrenagem de mesmo passo.
Características das engrenagens cilíndricas de dentes retos
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Figura 119 – Características das engrenagens cilíndricas de dentes retos
e = espessura do dente
v = vão do dente
P = passo do dente
a = cabeça do dente
b = pé do dente
h = altura do dente.
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As engrenagens cilíndricas helicoidais possuem um passo normal Pn, uma passo circular Pc
e um ângulo do dente β.
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Lubrificação
Sempre que existe um movimento relativo entre duas superfícies em contato, estas estão
sujeitas a um atrito, que dependerá da natureza dos materiais que constituem as peças da força que é
empurrada contra a outra e da rugosidade das superfícies, mesmo que tenhamos superfícies
aparentemente lisas, quando observadas em microscópios mostram-se com rugosidades, quando se
movimentam as peças tendem a se prender umas na outra, criando uma força resistente ao
movimento, o que chamamos de atrito, caso este movimento seja realizado pequenas partes serão
arrancadas ocasionando assim o desgaste das peças. Para evitar esses problemas usam-se os
lubrificantes que reduzem são capazes de reduzir ou eliminar o atrito, formando uma película que
separa as peças fazendo com que estas deslizem na película lubrificante.
A figura acima mostra a superfície de separação entre duas peças vista com ampliação de
imagem, a função do lubrificante é preencher os espaços vazios, criando uma película de separação
entre as peças.
Os lubrificantes podem ser líquidos (óleos), pastosos (graxas) ou sólidos (grafita, parafina
etc.).
Podem ser de origem orgânica (animal ou vegetal) e de origem mineral (produtos extraídos do
petróleo).
Na lubrificação de máquinas, utilizam-se principalmente óleos e graxas minerais. Em casos
especiais, são usados outros lubrificantes, como os óleos e graxas de origem orgânica, misturas de
óleos minerais com orgânicos, óleos sintéticos e lubrificantes grafíticos. Em bombas e laminadores,
lubrifica-se, também, com água.
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5.2 Características principais dos lubrificantes
São baratos e oxidam pouco. São obtidos principalmente do petróleo e, em menor escala, do
carvão, de pedra lignita e do xisto betuminoso. Os óleos minerais podem ser classificados como
segue.
Segundo a fabricação:
• produtos de destilação, óleos obtidos do óleo cru com destilação;
• produtos refinados, que são os destilados submetidos à purificação química e física, ou que
receberam outro tratamento posterior;
• óleos residuais, formados pelos resíduos da destilação.
Segundo a aplicação:
• óleos de caixas de engrenagens, óleos para turbinas e corte.
Quando comparadas aos óleos minerais, distinguem-se pela maior consistência plástica.
Normalmente, as graxas são compostas à base de sódio ou de potássio. No entanto, se conhece
também, graxas minerais puras, como a vaselina.
As graxas minerais podem ser classificadas como segue
Segundo a aplicação:
• graxas para máquinas, veículos, rolamentos e mancais em trabalho a quente.
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Segundo as propriedades como:
• comportamento térmico, resistência ao envelhecimento, consistência (baixa ou alta),
resistência a pressões, à água e à cor.
São óleos como de oliva, de rícino, de sebo. Possuem elevada capacidade de lubrificação; no
entanto, são caros e envelhecem rapidamente (tornam-se resinosos e espessos). Por isso, são
usados somente em casos especiais.
Essas misturas são utilizadas com vantagem nos cilindros a vapor e nos eixos dos cilindros
laminadores devido à sua capacidade emulsora na água.
Além disso, são usadas nos casos em que se necessita de uma elevada capacidade de
lubrificação (óleo para alta pressão), como em redutores de parafusos sem-fim e em engrenagens
cônicas rebaixadas.
Esses lubrificantes suportam as mais diversas condições de serviço. São chamados sintéticos
porque resultam de síntese química.
Classificam-se em cinco grupos: ésteres de ácidos dibásicos, de organofosfatos e de
silicones; silicones e compostos de ésteres de poliglicol.
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5.3 Escolha do lubrificante
Todo o lubrificante deve ser manuseado com equipamentos de proteção individua, evitando-
se o contato com mucosas e olhos, a lubrificação deve ser realizada de maneira que o lubrificante
seja colocado na quantidade necessária para que o equipamento funcione com perfeição, evitando-se
desperdícios, é preferível reduzir o intervalo de lubrificação a aumentar a quantidade de lubrificante,
pois este acaba escorrendo para fora da região a ser lubrificada.
É de extrema importância que os recipientes contendo os lubrificantes a serem utilizados
sejam mantidos sempre bem fechados, evitando a contaminação destes com poeira os outros
agentes indesejados.
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Bibliografia
Hissa, Roberto, Tecnologia de graxas Lubrificantes. Rio de janeiro: Texaco do Brasil S/A 1981.
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