Pis Cofins1926102019
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PIS E COFINS
1. INTRODUÇÃO
As contribuições ao Programa de Integração Social e ao Programa de Formação do Patrimônio do
Servidor Público (PIS/PASEP) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS), que
são de competência da União, encontram sua fundamentação legal na Constituição Federal no artigo 195.
O PIS, criado pela Lei Complementar nº 7/1970, está destinada ao financiamento do seguro-
desemprego e do abono aos empregados com média de até dois salários mínimos de remuneração mensal,
além de financiar programas de desenvolvimento econômico através do BNDES. Tal imposto incide sobre:
• Faturamento das pessoas jurídicas de direto privado;
• Folha de pagamento das entidades sem fins lucrativos;
• Importação
A COFINS, instituída pela Lei Complementar nº 70/1991, destina-se às despesas com atividades-
fim das áreas de saúde, previdência e assistência social. Incide sobre o valor do faturamento e importação.
Os produtos são tributados nas alíquotas conforme regime de apuração, os quais estão vinculados
diretamente à atividade operacional da pessoa jurídica, ou seja, dependendo da tributação da empresa no
IRPJ e CSLL.
3.
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Base de Cálculo
A base de cálculo das contribuições, a partir de 2015, de acordo com a Lei 12973/2014, que
vinculou o art. 12 do Decreto lei nº 1598/1977 e regulamentado pela IN 1.469/2014, é o faturamento da
empresa, o que alcança somente as receitas oriundas da atividade, a seguir transcrito:
Assim, caso a empresa venha a ter outras receitas e estas não estiverem integradas ao seu objeto
social, as mesmas não integrarão a base de cálculo do tributo.
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A receita deve ser tomada sem o IPI e sem dedução do ICMS destacado, que integra a receita
bruta. Quando a empresa cobrar ICMS como substituta tributária, esse valor não integra a receita bruta.
(+) Faturamento;
(-) IPI e ICMS Substituição Tributária, quando destacado em nota fiscal e cobrado pelo vendedor
dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário;
Admita-se que no mês de janeiro/20X1 uma empresa obteve receita bruta de vendas de
mercadorias e serviços (excluídos os valores relativos ao IPI, às vendas canceladas e aos
descontos incondicionais), no total de R$ 700.000,00.
a) 3% s/ R$ 700.000,00 = R$ 21.000,00
II – as pessoas jurídicas tributadas pelo imposto de renda com base no lucro presumido ou
arbitrado;
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a) (Revogada.);
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XXVII – (Vetado);
XXVIII – (Vetado);
(Lei nº 10.833/2003 , art. 10 , VII a XXX; Lei nº 10.637/2002 , art. 8º , I a XIII; Lei nº 12.375/2010 ,
art. 8º )
Alíquotas
A alíquota básica para cálculo da Cofins é de 3% e da contribuição para o PIS-Pasep é de 0,65%,
observadas, todavia, as regras específicas previstas para certos casos, conforme antes mencionado.
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Pagamento
Uma vez calculado o valor devido, poderá ser deduzido desse montante:
O valor então a ser recolhido deverá ser pago de forma centralizada pelo estabelecimento matriz
da pessoa jurídica, até o dia 25 do mês seguinte à ocorrência dos fatos geradores (art. 18 da Medida
Provisória 2.158/2001).
Caso o dia do vencimento não seja dia útil, deve haver a antecipação do vencimento para dia
útil anterior.
O recolhimento deverá ser feito por meio de Darf, com os seguintes códigos de recolhimento:
a) Cofins: 2172
b) PIS/Pasep: 8109
Definição
O tributo é não-cumulativo quando o montante do débito tributário gerado numa etapa da circulação
da mercadoria pode ser abatido do montante devido na etapa seguinte.
Essa modalidade possui diversas polêmicas, entre elas, existe em relação aos créditos permitidos,
visto que o legislador teve a liberdade de estabelecer quais créditos são vedados ou não, uma vez que a
CF apenas mencionou que as contribuições sociais poderão ser não cumulativas, sem detalhar a
operacionalização, como fez com o ICMS e IPI.
A questão é polêmica e está sendo estudada pelo STF, conforme Repercussão Geral no Recurso
Extraordinário com Agravo nº 790.928. A Ação continua pendente de julgamento.
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Base de Cálculo
É o total das receitas auferidas no mês pela pessoa jurídica, independentemente de sua
denominação ou classificação contábil, por regime de competência, exceto nos casos de venda para órgãos
públicos, os quais poderão ser tributadas por regime de caixa, ainda que esteja na não cumulatividade (Art.
8º e 15, IV da Lei 10.833/2003).
O total das receitas compreende a receita bruta decorrentes do produto da venda de bens nas
operações de conta própria, do preço da prestação de serviços em geral, do resultado auferido nas
operações de conta alheia, das receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica não
compreendidas anteriormente, bem como todas as demais receitas auferidas pela pessoa jurídica com os
seus respectivos valores decorrentes do ajuste a valor presente.
O conceito tributário de receita tem a mesma extensão dada pela contabilidade. A consequência
desse conceito é que toda receita reconhecida contabilmente será tributada por PIS/COFINS não
cumulativo, exceto nas previsões legais em contrário.
Não integram a base de cálculo da contribuição para o PIS -Pasep e da Cofins, as receitas a
seguir:
• isentas ou não alcançadas pela incidência da contribuição ou sujeitas à alíquota zero;
• decorrentes da venda de bens do ativo não circulante, classificado como investimento,
imobilizado ou intangível;
• auferidas pela pessoa jurídica revendedora, na revenda de mercadorias em relação às quais
a contribuição seja exigida da empresa vendedora, na condição de substituta tributária;
• referentes às vendas canceladas, aos descontos incondicionais concedidos, às reversões de
provisões e recuperações de créditos baixados como perda que não representem ingresso
de novas receitas, o resultado positivo da avaliação de investimentos pelo valor do patrimônio
líquido e os lucros e dividendos derivados de participações societárias, que tenham sido
computados como receita;
• decorrentes de transferência onerosa a outros contribuintes do Imposto sobre Operações
relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de S erviços de Transporte
Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS ) de créditos de ICMS originados de
operações de exportação, conforme o disposto no inciso II do § 1º do art. 25 da Lei
Complementar nº 87/1996 ;
• financeiras decorrentes do ajuste a valor presente de que trata o inciso VIII do caput do art.
183 da Lei nº 6.404/1976, referentes a receitas excluídas da base de cálculo da contribuição
para o PIS -Pasep e da Cofins;
• relativas aos ganhos decorrentes de avaliação do ativo e passivo com base no valor justo;
• de subvenções para investimento, inclusive mediante isenção ou redução de impostos,
concedidas como estímulo à implantação ou expansão de empreendimentos econômicos e
de doações feitas pelo poder público;
• reconhecidas pela construção, recuperação, reforma, ampliação ou melhoramento da
infraestrutura, cuja contrapartida seja ativo intangível representativo de direito de exploração,
no caso de contratos de concessão de serviços públicos;
• relativas ao valor do imposto que deixar de ser pago em virtude das isenções e reduções de
que tratam as alíneas "a", "b", "c" e "e" do § 1º do art. 19 do Decreto-Lei nº 1.598/1977 ; e
• relativas ao prêmio na emissão de debêntures.
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Atividade/Receita Legislação
Agências de publicidade e propaganda Art. 13 da Lei 10.925/2004
Solução de Consulta 398/2010 – SRRF/8.ª
Back to back
RF
Solução de Consulta 130/2012 – SRRF/8.ª
Bonificações
RF
Cooperativas IN SRF 635/2006
Concessionárias ou permissionárias de serviço
Art. 33 do Decreto 4.524/2002
público de transporte urbano de passageiros
Empresas transportadoras de cargas Art. 2.º da Lei 10.209/2001
Factoring Art. 10, § 3.º, do Decreto 4.524/2002
Faturamento antecipado e venda para entrega
Solução de Consulta 8/2009 – SRRF/8.ª RF
futura
IN SRF 225/2002; art. 12 da IN SRF
Importação por conta e ordem de terceiro
247/2002; art. 18 da MP 2.158/2001; art. 27
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Receitas Financeiras
Decreto 8.426/14, em seu Art. 1º, restabeleceu a incidência do PIS/PASEP e da COFINS para PJ sujeitas
ao regime de apuração não-cumulativa
De acordo com o Decreto nº 3.000/99 RIR, em seu Art. 373 e a Lei 9.718/98, Art 9º, são consideradas
receitas financeiras:
✓ Juros recebidos;
✓ Descontos obtidos;
✓ Lucro na operação de reporte;
✓ Rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa;
✓ Variações monetárias dos direitos de crédito e das obrigações do contribuinte, em função da
taxa de câmbio ou de índices ou coeficientes aplicáveis por disposição legal ou contratual.
Alíquotas
• PIS – 0,65%
• COFINS – 4%
Créditos
O direito ao crédito aplica-se, exclusivamente, em relação:
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Das contribuições não cumulativas apuradas, a pessoa jurídica poderá descontar créditos
calculados em relação a Lei nº 10.833/2003, art. 3º e Lei nº 10.637/2002 , art. 3º :
• Bens adquiridos no mês para revenda, exceto quando sujeito à incidência monofásica
e substituição tributária das contribuições;
o Quanto à base de crédito:
o Cumpre observar, também, que deve ser estornado o crédito relativo à aquisição
de bens para serem usados como insumos que tenham sido furtados ou
roubados, inutilizados ou deteriorados, destruídos em sinistro ou, ainda,
empregados em outros produtos que tenham tido a mesma destinação (art.
21 da Lei 10.865/2004).
• Encargos incorridos no mês com energia elétrica e energia térmica, inclusive sob a
forma de vapor, consumidas nos estabelecimentos da pessoa jurídica;
• Encargos com aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, pagos a pessoa
jurídica, utilizados nas atividades da empresa
• Contraprestações de operações de arrendamento mercantil (leasing) de pessoa jurídica
o SOLUÇÃO DE CONSULTA
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for optante pelo Simples. A partir do exercício da opção de compra do bem arrendado
pelo arrendatário, são cabíveis a este os créditos de Cofins (regime não cumulativo)
sobre o valor dos encargos de depreciação. Dispositivos Legais: Lei 10.637/02, art.
3.º, V e VI, § 1.º; IN SRF 404/04, art. 8.º, II, d, III, a. Processo de Consulta 211/07.
SRRF/9.ª Região Fiscal. Publicação no DOU 04.07.2007.
Observações
a. Caso a pessoa jurídica não aproveite o crédito em determinado mês, poderá aproveitá-lo nos
meses subsequentes, sem atualização monetária ou incidência de juros.
b. O valor dos créditos não constitui receita bruta da pessoa jurídica, servindo somente para dedução
do valor devido da contribuição;
c. No caso de devolução em períodos anteriores, o crédito calculado sobre a alíquota incidente na
venda será apropriado no mês do recebimento da devolução;
d. Fretes contratados para o transporte de mercadorias entre empresas da mesma pessoa jurídica,
não tem direito a crédito;
e. Conforme esclarecido pelo Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 36/2011, por falta de previsão
legal, o pagamento de taxas de administração para pessoas jurídicas administradoras de cartões
de crédito ou débito não gera direito ao desconto de créditos da contribuição para o PIS -Pasep e
da Cofins devidos no regime de incidência não cumulativa das contribuições.
f. Os créditos prescrevem com 5 anos, contados a partir do 1º dia do mês subsequente ao de sua
apuração
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Determinação do Crédito
• Observações
o Opcionalmente, o contribuinte poderá calcular o crédito relativo à aquisição de
máquinas e equipamentos destinados ao Ativo Imobilizado, no prazo de 4 anos,
mediante a aplicação, a cada mês, das alíquotas das contribuições sobre o valor
correspondente a 1/48 do valor de aquisição do bem, de acordo com
regulamentação da Secretaria da Receita Federal (Lei nº 10.833/2003, art. 3º, §
14º, com a redação dada pela Lei nº 10.865/2004, art. 21 );
o A empresa de serviço de transporte rodoviário de carga que subcontratar serviço
de transporte de carga prestado por:
▪ Pessoa física, transportador autônomo, poderá descontar crédito
calculado sobre o valor dos pagamentos efetuados por esses serviços;
▪ Pessoa jurídica transportadora, optante pelo Simples Nacional, poderá
descontar em cada período de apuração, crédito calculado sobre o valor
dos pagamentos efetuados por esses serviços.
▪ O crédito será calculado aplicando-se 75% das alíquotas de 7,6% e
1,65%: Cofins - 5,7%; PIS -Pasep - 1,24%.
Além dos créditos básicos, ainda há a existência de diversos créditos presumidos, os quais são
relacionados a seguir:
Estoque de abertura
Entre os vários créditos presumidos, cabe destacar o crédito que pode ser aproveitado quando
do ingresso na sistemática não cumulativa, uma vez que pode ser aplicado a qualquer contribuinte.
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Exemplo:
Considerando que em 2017 a empresa decida apurar o Imposto de Renda pelo Lucro Real, e
consequentemente, o PIS e a Cofins pelo regime não cumulativo, será possível apurar crédito
presumido sobre o estoque de mercadorias existente no dia 31.12.2016.
Considerando que o valor desse estoque seja de R$ 120.000,00, o valor do crédito será de:
Esse montante deverá ser apropriado em 12 parcelas mensais de R$ 65,00 (PIS) e R$ 300,00
(Cofins), a partir de janeiro/2017.
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e) a pessoa jurídica que utilizar o crédito presumido de que trata este item determinará, na
data da conclusão da obra ou melhoramento, a diferença entre o custo orçado e o efetivamente
realizado, apurados na forma da legislação do Imposto de Renda, com os ajustes previstos na letra
"b":
e.1) se o custo realizado for inferior ao custo orçado, em mais de 15% deste,
considerar-se-á como postergada a contribuição incidente sobre a diferença;
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e.2) se o custo realizado for inferior ao custo orçado, em até 15% deste, a contribuição
incidente sobre a diferença será devida a partir da data da conclusão, sem acréscimos legais;
e.3) se o custo realizado for superior ao custo orçado, a pessoa jurídica terá direito ao
crédito correspondente à diferença, no período de apuração em que ocorrer a conclusão,
sem acréscimos;
f) a diferença de custo a que se refere a letra "e" será, no período de apuração em que ocorrer
a conclusão da obra ou melhoramento, adicionada ou subtraída, conforme o caso, no cálculo do
crédito a ser descontado na forma do tópico 6, devendo ainda, em relação à contribuição
considerada postergada, de acordo com a letra "e.1", ser recolhidos os acréscimos referentes a juros
de mora e multa, de mora ou de ofício, calculados na forma da legislação que rege a cobrança da
contribuição não paga;
g) se a venda de unidade imobiliária não concluída ocorrer antes de iniciada a apuração das
contribuições na forma do tópico 4, o custo orçado poderá ser calculado na data de início dessa
apuração, para efeito do disposto nas letras "b" e "c", observado, quanto aos custos incorridos até
essa data, o disposto no subtópico 10.1;
Polêmicas
Alíquotas
Sobre a base de cálculo das contribuições serão aplicadas as alíquotas básicas de:
Prazo de Pagamento
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O recolhimento deverá ser feito por meio de Darf, com os seguintes códigos de recolhimento:
a) PIS/Pasep: 6912;
b) Cofins: 5856.
3. Substituição Tributária
Produtos abrangidos
Os produtos sujeitos atualmente à substituição tributária são:
a) Cigarros e Cigarrilhas;
b) Motocicletas.
Além desses produtos, ainda temos a previsão de substituição tributária nas operações com produtos
sujeitos à incidência monofásica quando destinados à Zona Franca de Manaus (ZFM).
Na tabela “4.3.12 – Tabela Produtos Sujeitos à Substituição Tributária da Contribuição Social (CST 05)”,
disponível em: http://sped.rfb.gov.br/arquivo/show/1642 e transcrita a seguir, é possível conhecer
detalhadamente quais são esses produtos:
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A base de cálculo do PIS/Pasep deve ser multiplicada por 3,42 e a base de cálculo da Cofins acrescida
do percentual de 291,69%. E esses valores devem ser aplicados sobre o preço de venda dos produtos
no varejo.
Considerando, portanto, que o preço de venda de determinado cigarro no varejo seja de R$ 10,00, os
valores devidos são:
3.2. Motocicletas
Nas vendas efetuadas a comerciantes atacadistas, no entanto, as contribuições são devidas em cada
uma das sucessivas operações de venda do produto, ou seja, não se aplica a substituição tributária.
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Considerando, portanto, que o preço de venda de determinada motocicleta pela indústria seja de R$
10.000,00, com alíquota de 10% de IPI, os valores devidos são:
Como contribuinte:
Como substituto:
4. Incidência Monofásica
A incidência monofásica, também conhecida por tributação diferenciada ou concentrada, abrange um grupo
de produtos que estão sujeitos à aplicação de alíquotas específicas, superiores às básicas de 0,65% e 3%
(regime cumulativo) e 1,65% e 7,6% (regime não cumulativo).
O ônus tributário de toda a cadeia de comercialização de um determinado produto recai em seu fabricante
ou importador. Assim, as alíquotas aplicáveis a essa modalidade de tributação são maiores que as gerais.
Além desses aspectos, o grande diferencial entre a substituição tributária e a incidência monofásica está
no fato das receitas desta não estarem sujeitas obrigatoriamente ao regime cumulativo, como ocorre com
a substituição tributária.
Produtos
➢ Combustíveis - Arts. 4.º e 5.º da Lei 9.718/1998; art. 2.º da Lei 10.560/2002; art. 14 da Lei
10.336/2001; art. 3.º da Lei 11.116/2005; art. 56 da Lei 11.19620/05
➢ Medicamentos e Perfumaria - Art. 1.º da Lei 10.147/2000
➢ Veículos, máquinas e autopeças - Art. 1.º da Lei 10.147/2000
➢ Bebidas Frias – Lei 13.097/2015 – Decreto 8.442/2015
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pelo regime especial, em vez de aplicar as alíquotas diferenciadas de 4,21% (PIS) e 19,42% (Cofins) sobre
a receita auferida, deverá multiplicar a quantidade de metro cúbico produzida no período por R$ 26,36 (PIS)
e R$ 121,64 (Cofins).
4.2. Créditos
Os fabricantes ou importadores de produtos sujeitos à tributação diferenciada, por exemplo, se
submetidos ao regime não cumulativo, poderão descontar créditos das contribuições, de acordo com a
legislação aplicável. As alíquotas aplicáveis no cálculo dos créditos são as mesmas aplicáveis aos
demais contribuintes, ou seja, 1,65% e 7,6%.
Com isso, um fabricante de autopeças, que para atender determinada demanda, precise adquirir
autopeças de outro fabricante, poderá descontar créditos em relação a esses produtos adquiridos para
revenda nos mesmos percentuais que foram aplicados pelo fabricante, ou seja, às alíquotas de 2,3%
para o PIS/Pasep e 10,8% para a Cofins.
5. Benefícios Fiscais
Na definição da base de cálculo das contribuições, seja no regime cumulativo ou não cumulativo, podem
ser excluídas as receitas isentas ou não alcançadas pela incidência ou sujeitas à alíquota zero.
Cabe destacar que a maior parte desses benefícios também é aplicável à importação dos referidos bens
e serviços. A Lei 10.925/2004, que relaciona diversos casos de alíquotas zero, abrange tanto o mercado
interno quanto a importação. O mesmo faz a Lei 10.865/2004, só que neste caso em artigos diferentes:
art. 8.º para a importação e art. 28 para o mercado interno.
Os benefícios fiscais, salvo previsão legal em sentido contrário, não se aplicam ao Simples Nacional. Dessa
forma, uma microempresa do regime unificado, ao vender pão comum, por exemplo, pagará o Simples
Nacional normalmente. Se estivesse no regime cumulativo ou não cumulativo, teria o benefício de redução
a zero das contribuições
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As reduções a zero das alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, são aplicáveis tanto a
contribuintes sujeitos ao regime de apuração cumulativa quanto aos sujeitos ao regime de apuração não‐
cumulativa.
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05.11.10.00, 0511.99.10
Venda de semens e embriões. e 0511.99.20 1902.19.00
1902.20.00 1902.30.00
1902.11.00, 1902.19.00,
Massas alimentícias classificadas na posição 19.02 da TIPI.
1902.20.00, 1902.30.00
Queijo do reino -
Carnes bovina, suína, ovina, caprina e de aves e produtos de origem
animal classificados nos seguintes códigos da TIPI: 02.01, 02.02, 0206.10.00,
a) 02.01, 02.02, 0206.10.00, 0206.2, 0210.20.00, 0506.90.00, 0206.2, 0210.20.00,
0510.00.10 e 1502.10.1; 0506.90.00, 0510.00.10 e
b) 02.03, 0206.30.00, 0206.4, 02.07, 02.09 e 0210.1 e carne 1502.10.1, 02.03, 02.04,
de frango classificada no código 0210.99.00; e 0206.30.00, 0206.4,
c) 02.04 e miudezas comestíveis de ovinos e caprinos 02.07, 02.09 e 0210.1
classificadas no código 0206.80.00.
03.02 (exceto
Peixes e outros produtos classificados nos seguintes códigos da
0302.90.00), 03.03 e
TIPI:
03.04
Café classificado nos códigos 09.01 e 2101.1 da TIPI. -
Açúcar classificado nos códigos 1701.14.00 e 1701.99.00 da TIPI 1701.14.00; 1701.99.00
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• Valores recebidos pelos concessionários de que trata a Lei 6.729/1979, pela intermediação ou
entrega dos veículos classificados nas posições 87.03 e 87.04 da TIPI, vendidos diretamente
ao consumidor final.
• Veículos novos montados sobre chassis, com capacidade para vinte e três a quarenta e quatro
passageiros, classificados no código 8702.10.00 Ex. 02 e 8702.90.90 Ex 02, da TIPI,
destinados ao transporte escolar para a educação básica na zona rural das redes estadual,
municipal e distrital, quando adquiridos pelos Estados, Municípios e pelo Distrito Federal.
• Embarcações novas, com capacidade para vinte a trinta e cinco passageiros, classificadas no
código 8901.90.00 da TIPI, destinadas ao transporte escolar para a educação básica na zona
rural das redes estadual, municipal e distrital, quando adquiridos pelos Estados, Municípios e
pelo Distrito Federal
• Materiais e equipamentos, inclusive partes, peças e componentes, destinados ao emprego na
construção, conservação, modernização, conversão ou reparo de embarcações registradas ou
pré registradas no Registro Especial Brasileiro.
• Veículos e carros blindados de combate, novos, armados ou não, e suas partes, produzidos no
Brasil, com peso bruto total até 30 (trinta) toneladas, classificados na posição 8710.00.00 da
TIPI, destinados ao uso das Forças Armadas ou órgãos de segurança pública brasileiros,
quando adquiridos por órgãos e entidades da administração pública direta.
• Gás natural canalizado, destinado à produção de energia elétrica pelas usinas integrantes do
Programa Prioritário de Termoeletricidade, nos termos e condições estabelecidos em ato
conjunto dos Ministros de Estado de Minas Energia e da Fazenda.
• Serviços de transporte ferroviário em sistema de trens de alta velocidade (TAV), assim
entendido como a composição utilizada para efetuar a prestação do serviço público de
transporte ferroviário que consiga atingir velocidade igual ou superior a 250 km/h (duzentos e
cinquenta quilômetros por hora).
• Receitas decorrentes da prestação de serviços regulares de transporte coletivo municipal
rodoviário, metroviário e ferroviário de passageiros, inclusive as decorrentes da prestação dos
referidos serviços no território de região metropolitana regularmente constituída.
• Receita decorrente da prestação de serviços regulares de transporte coletivo municipal
rodoviário, metroviário, ferroviário e aquaviário de passageiros, alcançando as receitas
decorrentes da prestação dos referidos serviços:
• no território de região metropolitana regularmente constituída; e
• conforme definidos nos incisos XI a XIII do art. 4.º da Lei 12.587/2012.
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citológica ou de análises clínicas, classificados nas posições 30.02, 30.06, 39.26, 40.15 e 90.18,
da NCM.
• Produtos classificados nos códigos 8443.32.22, 8469.00.39 Ex 01, 8714.20.00, 9021.40.00,
9021.90.82 e 9021.90.92, todos da TIPI.
• Calculadoras equipadas com sintetizador de voz classificadas no código 8470.10.00 Ex 01 da
TIPI.
• Teclados com colmeia classificados no código 8471.60.52 da TIPI.
• Indicadores ou apontadores – mouses – com entrada para acionador classificados no código
8471.60.53 da TIPI.
• Linhas braile classificadas no código 8471.60.90 Ex. 01 da TIPI.
• Digitalizadores de imagens – scanners – equipados com sintetizador de voz classificados no
código 8471.90.14 Ex. 01 da TIPI.
• Duplicadores braile classificados no código 8472.10.00 Ex. 01 da TIPI.
• Acionadores de pressão classificados no código 8471.60.53 Ex. 02 da TIPI.
• Lupas eletrônicas do tipo utilizado por pessoas com deficiência visual classificadas no código
8525.80.19 Ex. 01 da TIPI.
• Implantes cocleares classificados no código 9021.40.00 da TIPI.
• Próteses oculares classificadas no código 9021.39.80 da TIPI.
• Programas – softwares – de leitores de tela que convertem texto em voz sintetizada para auxílio
de pessoas com deficiência visual.
• Aparelhos contendo programas – softwares – de leitores de tela que convertem texto em
caracteres braile, para utilização de surdos/cegos.
• Neuroestimuladores para tremor essencial/Parkinson, classificados no código 9021.90.19, e
seus acessórios, classificados nos códigos 9018.90.99, 9021.90.91 e 9021.90.99, todos da
TIPI.
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• Receita decorrente da venda de bens de defesa nacional definidos em ato do Poder Executivo
efetuada por pessoa jurídica beneficiária do RETID à União, para uso privativo das Forças
Armadas, exceto para uso pessoal e administrativo.
• Receita decorrente da prestação de serviços de tecnologia industrial básica, projetos, pesquisa,
desenvolvimento e inovação tecnológica, assistência técnica e transferência de tecnologia por
pessoa jurídica beneficiária do RETID à União, para uso privativo das Forças Armadas, exceto
para uso pessoal e administrativo.
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5.2. Isenção
MERCADORIAS E SERVIÇOS
• Fornecimento de mercadorias ou serviços para uso ou consumo de bordo em embarcações e
aeronaves em tráfego internacional, quando o pagamento for efetuado em moeda conversível
(exceto querosene de aviação).
• Transporte internacional de cargas ou passageiros.
• Receitas auferidas pelos estaleiros navais brasileiros nas atividades de construção,
conservação, modernização, conversão e reparo de embarcações pré-registradas ou
registradas no Registro Especial Brasileiro (REB), instituído pela Lei 9.432, de 08.01.1997.
• Frete de mercadorias transportadas entre o País e o exterior pelas embarcações registradas
no REB, de que trata o art. 11 da Lei 9.432, de 1997.
ITAIPU BINACIONAL
• Venda de energia elétrica pela Itaipu Binacional.
COPA DAS CONFEDERAÇÕES FIFA 2013, COPA DO MUNDO FIFA 2014, JOGOS OLÍMPICOS DE
2016 E JOGOS PARAOLÍMPICOS DE 2016
• Importação de bens ou mercadorias para uso ou consumo exclusivo na organização e
realização dos referidos eventos, promovida pela Fifa, Subsidiária Fifa no Brasil,
Confederações Fifa, Associações estrangeiras membros da Fifa, Parceiros Comerciais da Fifa
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A empresa comercial exportadora que houver adquirido mercadorias de outra pessoa jurídica, com
o fim específico de exportação para o exterior que, no prazo de 180 dias contados da data da emissão da
nota fiscal pela vendedora, não comprovar o seu embarque para o exterior, ficará sujeita ao pagamento de
todos os impostos e contribuições que deixaram de ser pagos pela empresa vendedora, acrescidos de juros
de mora e multa, de mora ou de ofício, calculados na forma da legislação que rege a cobrança do tributo
não pago (Lei nº 10.637/2002 , art. 7º e Lei nº 10.833/2003 , art. 9º ).
A Portaria MF nº 348/2010, alterada pelas Portarias MF nºs 594/2010, 260/2011 e 131/2012, instituiu
o regime especial de ressarcimento de créditos da contribuição para o PIS -Pasep e da Cofins, apurados
em decorrência da exportação de mercadorias para o exterior, da prestação de serviços para pessoa física
ou jurídica residente ou domiciliada no exterior, cujo pagamento represente ingresso de divisas, bem como
da venda a empresa comercial exportadora com o fim específico de exportação. Nesse regime, a Secretaria
da Receita Federal do Brasil (RFB) deverá, no prazo máximo de 30 dias, contados da data do Pedido de
Ressarcimento dos créditos mencionados, efetuar o pagamento de 50% do valor pleiteado por pessoa
jurídica que atenda, cumulativamente, entre outras disposições, às seguintes condições
• Querosene de aviação
Não incidirão as contribuições para o PIS -Pasep e para a Cofins sobre a receita bruta auferida pelo
produtor ou importador na venda de querosene de aviação à pessoa jurídica distribuidora, quando o produto
for destinado ao consumo por aeronave em tráfego internacional.
A distribuidora pessoa jurídica deverá informar ao produtor ou importador a quantidade de
querosene de aviação a ser destinada ao consumo de aeronave em transporte aéreo internacional.
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Nas notas fiscais emitidas pelo produto ou importador, deverá constar a seguinte expressão com o
dispositivo legal correspondente: "Venda à empresa distribuidora sem incidência da contribuição para o PIS
-Pasep e da Cofins".
5.4. Suspensão
A suspensão do PIS e da COFINS consiste na não ocorrência da incidência das contribuições, no ato do
faturamento, a qual passa a ficar condicionada a evento futuro definido na legislação, podendo ser atribuída,
posteriormente, a redução à alíquota zero.
Há casos em que a legislação determina a suspensão das contribuições. Cumprindo-se todos os requisitos
determinados pela legislação, não haverá pagamento de PIS e de COFINS, que ficarão suspensos.
AGROINDÚSTRIA
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REGIMES ESPECIAIS
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• Doações em espécie recebidas por instituições financeiras públicas controladas pela União e
destinadas a ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, inclusive
programas de remuneração por serviços ambientais, e de promoção da conservação e do uso
sustentável dos biomas brasileiros, na forma estabelecida pelo Decreto n. 6.565, de
15.09.2008.
• Outras operações com suspensão.
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EXERCÍCIOS
REGIME CUMULATIVO
a) ao total do faturamento;
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c) são tributadas pelo PIS e pela Cofins, mas têm redução de base de cálculo;
d) somente sofrem tributação pelo PIS e pela Cofins se houver lucro na operação.
d) mesmo que se trate de insumos, a aquisição de combustíveis não dá direito a crédito como insumo.
6. Em relação aos créditos apurados com base no estoque de abertura, é incorreto afirmar:
d) são apurados quando o contribuinte tributado com base no lucro presumido ingressa no lucro real.
a) o contribuinte que adquire mercadorias que tenham sido tributadas à alíquota zero não pode
descontar créditos;
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8. Em relação aos créditos de energia elétrica a ser aproveitado por um hotel, assinale a
alternativa correta:
c) Não, uma vez que a incidência no regime não cumulativo está restrita ao faturamento das empresas.
10. Empresa atacadista de alimentos, tributada com base no Lucro Real, apresenta os seguintes
dados em determinado mês:
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c) Aluguel: R$ 5.000,00;
d) Depreciação: R$ 2.000,00.
QUESTÕES:
b) Calcule as contribuições devidas no regime não cumulativo, considerando que todas as despesas
permitem a apropriação de créditos.
12. Uma empresa optante pelo Lucro Real, que obtém receitas exclusivamente com transporte
rodoviário de passageiros apresenta, em um determinado mês, os seguintes valores:
SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA
1. Calcule o valor devido de PIS e Cofins na venda de 20 motocicletas pela indústria a um varejista. O
valor de venda pela indústria de cada motocicleta é de R$ 15.000,00, sobre o qual incidirá alíquota de
10% do IPI, e o valor de venda pelo varejista é de R$ 20.000,00.
2. Calcule o valor devido de PIS e Cofins na venda de 100 maços de cigarros pela indústria a um
varejista. O valor de venda pela indústria de cada maço de cigarros é de R$ 5,00 e o valor de venda
pelo varejista é de R$ 7,50.
3. Indústria de motocicletas, tributada com base no Lucro Real, apresenta os seguintes dados em
determinado mês:
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INCIDÊNCIA MONOFÁSICA
1. Com base nos dados a seguir de uma indústria de cosméticos, calcule o valor devido de PIS e
Cofins, considerando, primeiro, que a empresa está no Lucro Presumido e, sem seguida, no
Lucro Real:
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