TARO 1998 Comentado
TARO 1998 Comentado
TARO 1998 Comentado
RESPOSTA: D (Os antiinflamatórios não esteróides são úteis na sua profilaxia, por
inibirem a síntese das prostaglandinas. Basta uma dose localizada de 800cGy quando se
pretende usar irradiação como medida profilática. Tanto indometacina quanto radiação em
baixas doses são igualmente eficientes em prevenir ossificação heterotópica. Não se fala
de difosfonados nem de AR no artigo.) (JBJS)
RESPOSTA: B (As bactérias chegam ao corpo vertebral pelo plexo venoso de Batson. O
disco intervertebral tem sido identificado como o elemento vertebral mais comumente
infectado, mas evidências mais recentes apontam para metáfises e placas vertebrais
cartilaginosas como as áreas iniciais para infecções hematogênicas. O espaço discal
agora é considerado o foco primário apenas para infecções que resultam de inoculação
direta. As veias pélvicas drenam para dentro do plexo venoso de Batson da coluna. Isso
explica as freqüentes metástases de tumores e infecções pélvicos na coluna vertebral. -
CAMPBELL)
3. Homem com 25 anos de idade, sofre fratura patológica do fêmur com suspeita de
hiperparatireoidismo primário. Na avaliação laboratorial espera-se encontrar:
a) cálcio e fosfatase alcalina baixos;
b) cálcio e fosfatase alcalina elevados;
c) cálcio, fósforo e fosfatase alcalina elevados;
d) cálcio e fosfatase alcalina elevados e fósforo baixo;
e) cálcio e fósforo urinários baixos.
ASSINALAR AS INCORRETAS
20. Com relação à artrite reumatóide é incorreto afirmar que:
a) o fator reumatóide é um teste de laboratório para detectar autoanticorpos, cuja
positividade é de 80% para o teste de latex e 60% no de WALER-ROSE;
b) são sintomas característicos à rigidez matinal, o comprometimento articular simétrico e
os nódulos reumatóides;
c) o “pannus” é constituído por tecido sinovial hiperplasiado e hipertrofiado;
d) o comprometimento articular dos membros é proximal (quadris e ombros) e a
progressão ocorre de proximal para distal;
e) há aumento dos linfócitos indutores CD4 em relação aos supressores CD8.
21. Qual dos sinais abaixo não é característico da lesão do nervo interósseo
posterior ao nível da arcada de FHRÖSE ?
a) perda da extensão do polegar;
b) perda da extensão das articulações metacarpofalângicas dos dedos;
c) presença de desvio radial do punho durante sua extensão;
d) paralisia do extensor ulnar do carpo;
e) perda da extensão do punho.
RESPOSTA: E (Na SIP, não ocorre perda da extensão do punho, pois os mm extensores
radiais curto e longo do carpo são inervados pelo nervo radial antes da saída do NIP. O
nervo interósseo posterior inerva os músculos extensor longo e curto do polegar, extensor
próprio do indicador, extensor do dedo mínimo, abdutor longo do polegar, extensor
comum dos dedos e extensor ulnar do carpo. Como os extensores radiais curto e longo
ainda estão atuantes, ocorre desvio radial do punho durante sua extensão. Os pacientes
com lesão do NIP ao nível da arcada de Fhrose clinicamente podem apresentar paralisia
do extensor comum dos dedos, extensor ulnar do carpo, extensor próprio do quinto dedo,
ausência da extensão metacarpo-falangeana do terceiro, quarto e quinto dedos, na
chamada pseudo garra ulnar. - PARDINI)
RESPOSTA: E (A lesão meniscal leva a sintomas como dor, falseio, trancamento, edema,
dificuldade de movimento, estalos, desta forma os diagnósticos a serem descartados são:
osteocondrite dissecante, corpos livres, sinovites, lesões ligamentares, plicas. A Síndrome
de Sinding-Larsen-Johannsen é uma doença de distúrbio da ossificação patelar, que se
apresenta com fenômenos infamatórios locais dolorosos, diagnosticável pelo raio X:
fragmentação do pólo inferior da patela. - CAMPBELL)
ORTOPEDIA INFANTIL
ASSINALAR AS CORRETAS
26. Segundo a classificação de AITKEN (deficiência focal femoral proximal)
podemos afirmar que no tipo:
a) A, a cabeça femoral está ausente;
b) A, não há pseudartrose;
c) C, o acetábulo é muito displásico;
d) D, o acetábulo é pouco displásico;
e) B, a cabeça femoral está ausente.
29. Com relação à evolução clínica das atrofias musculares espinhais podemos
afirmar que:
a) no grupo II, ¾ das crianças desenvolvem o controle do tronco;
b) no grupo II não existe desenvolvimento muscular suficiente para manter a cabeça e
pescoço sustentados;
c) a expectativa de vida no grupo III é acima dos 45 anos de idade;
d) na doença de KUGELBERG-WELANDER, tipo IV, a maioria dos pacientes perde a
capacidade para deambular, antes dos 20 anos de idade;
e) o grupo III é de maior risco de morte na primeira década de vida.
RESPOSTA: B (O diagnóstico da apofisite de Sever é clínico uma vez que não existe
achado radiográfico diagnóstico. Numa revisão de radiografias de crianças com e sem
Doença de Sever, esclerose aparece com igual freqüência. Fragmentação da apófise,
contudo, é achado radiológico encontrado com freqüência aumentada na Doença de
Sever. A cintilografia óssea é útil na localização da doença, mas geralmente não é
necessária. Uma RNM irá diferenciar entre patologias que acometem o corpo e apofisite.
Ente tais condições estão: fraturas por estresse, osteomielite e lesões líticas. – LOVELL E
WINTER)
32. A faixa etária onde existe maior incidência de bactérias gram negativas, como
organismos causadores da osteomielite aguda hematogênica é:
a) em neonatos;
b) entre os seis e doze meses de idade;
c) entre um e três anos de idade;
d) dos três anos até a adolescência;
e) em adolescentes.
34. Um menino com 14 anos de idade, com nível de maturidade esquelética RISSER
I, tem cifose torácica de SCHEUERMANN de 70º. Queixa-se de dor nas costas e
reclama da deformidade cosmética. Com hiperextensão a cifose é reduzida para 40º.
O tratamento deverá ser:
a) colete de Milwaukee;
b) artrodese posterior da coluna;
c) artrodese anterior e posterior da coluna;
d) observação;
e) fisioterapia.
35. Uma menina com 11 anos de idade tem escoliose torácica esquerda de 44º. Há
dois anos foi avaliada na escola e nenhuma deformidade foi observada. Seu nível
de maturidade esquelética é atualmente RISSER “O” (zero) e está na pré-menarca. A
conduta deverá ser:
a) artrodese posterior da coluna com instrumentação;
b) artrodese anterior “in situ” da coluna sem instrumentação;
c) órtese tóracolombosacra;
d) seguimento radiográfico em seis meses;
e) avaliação diagnóstica adicional.
RESPOSTA: A (Em geral, as curvas torácicas com mais de 40 0 a 500 (ângulo de Cobb)
em pacientes esqueleticamente imaturos devem ser tratadas com correção cirúrgica,
enquanto, em pacientes maturos (isto é, com menor risco de progressão), a correção
cirúrgica fica reservada para curvas de 500 ou mais. – LOVELL E WINTER)
36. A técnica de KIDNER é considerada, pela maioria dos autores, como específica
para o tratamento cirúrgico do pé plano valgo devido à:
a) coalisão tarsal;
b) poliomielite;
c) artrose subtalar;
d) síndrome do pré-halúx;
e) síndrome de MÜLLER-WEISS.
37. Uma criança prematura, afebril, não aceita bem a alimentação e apresenta
aparente paralisia do membro inferior direito. A contagem de leucócitos é de 8.400
com 40% de neutrófilos, 45% de linfócitos e 5% de monócitos. Exames
radiográficos da pelve e MID são normais. A criança reage e chora ao se testar a
mobilidade do quadril direito. Recomenda-se:
a) hemocultura;
b) cintilografia com Tc 99m;
c) CT do cérebro;
d) cintilografia com GA 67;
e) punção do quadril.
38. Qual a barra tarsal que apresenta melhor prognóstico após sua ressecção ?
a) faceta mediana da subtalar;
b) faceta posterior da subtalar;
c) calcaneonavicular;
d) calcaneocubóide;
e) talonavicular.
ASSINALAR AS INCORRETAS
44. Qual das características abaixo não está relacionada à anatomia patológica do
talus no pé torto congênito?
a) ângulo de declinação diminuído;
b) colo do talus encurtado;
c) porção anterior do talus desviada medial e plantarmente;
d) faceta articular medial normal;
e) talus pequeno e deformado.
RESPOSTA: D (Na anatomia patológica, praticamente todas as estruturas do pé
apresentam anormalidades, mas a principais encontram-se no retropé. O navicular,
cubóide e calcâneo formam um complexo desviado em sentido plantar e medial em
relação ao tálus. A deformidade óssea mais importante ocorre no tálus, que apresenta a
extremidade anterior desviada medial e plantar, o colo encurtado e o corpo pequeno. O
ângulo de declinação do tálus, formado entre o colo e o corpo, está significativamente
diminuído, chegando a medir 900, enquanto o valor normal é de 150 0 e as facetas
articulares da subtalar são anormais. A posição do tálus na articulação tíbio-társica é
controversa na literatura e não há confirmação se ele está em rotação neutra ou posição
externa. O desvio medial do navicular em relação ao corpo do tálus é característico,
muitas vezes com a tuberosidade medial do navicular em contato com o maléolo medial
da tíbia. O calcâneo está rodado medialmente e em varo em relação ao tálus. – SBOT
ORTOPEDIA PEDIATRICA)
46. Qual das seguintes doenças não está relacionada com o aumento da incidência
de epifisiolistese femoral proximal ?
a) hipotireoidismo;
b) insuficiência renal;
c) escorbuto;
d) pacientes em tratamento com hormônio do crescimento;
e) displasia epifisária múltipla.
RESPOSTA: E (A causa do deslizamento da epífise da cabeça femoral é multifatorial; 4
fatores podem operar na sua patogênese: aumento da altura da fise da cabeça femoral;
alteração da geometria da fise capital e osso adjacente (isto é, alteração do ângulo de
inclinação e aplanamento da fise); carregamento anormal da placa de crescimento;
insuficiência dos componentes tênsil (colágeno) e hidrostático (proteoglicanos) da placa
de crescimento. O aumento da altura da fise pode ser causado:
Aumento da atividade do hormônio do crescimento
Hipogonadismo
Aumento da testosterona
Hipotireoidismo
Hipertireoidismo
Diminuição da vitamina D
Hiperparatireoidismo
Osteodistrofia renal
Isquemia vascular da metáfise
Ossificação endocondral deficiente
A epifisiólise na IR é devida à osteíte fibrosa, a placa de crescimento cartilaginosa é
separada da esponjosa metafisária pela remoção condroclástica da cartilagem
hipertrófica. O espaço entre a fise e a metáfise é preenchido com tecido fibroso denso, o
que proporciona um plano de deslizamento.
No escorbuto a deficiência de ácido ascórbico causa disfunção nos osteoblastos, o
resultado é uma falta na produção de tecido osteóide e na formação de osso novo. Não
há distúrbio na mineralização, as colunas de cartilagem degeneradas calcificam
normalmente, mas não são convertidas em osso. A zona de calcificação provisória é frágil
e pode ocorrer a completa separação das epífises.)
RESPOSTA: C (Paralisia alta (Erb-Duchenne), lesão da raízes C5, C6 e C7. Na lesão C5-
C6 isolada, o recém-nato com paralisia alta apresenta paralisia flácida do membro
superior com o ombro em rotação interna e adução, cotovelo em extensão e antebraço
pronado. Paralisia Baixa (Klumpke), lesão isolada das raízes de C8 e T1, é raramente
encontrada, provavelmente corresponde a uma lesão total que obteve recuperação
completa da parte alta do plexo. Klumpke, em 1885, decreveu o sinal de Horner na lesão
do plexo braquial associada a avulsão da raiz de T1.)
48. Assinale a alternativa incorreta:
a) o raquitismo carencial, raramente, se manifesta antes dos seis meses de idade;
b) o sulco de HARRISON constitui sinal radiográfico, típico do raquitismo;
c) no raquitismo o espessamento da fise não é causado pela hipertrofia das células
cartilaginosas;
d) na osteodistrofia renal ocorre a hiperplasia secundária das glândulas paratireóides;
e) o tratamento inicial do raquitismo inclui a administração de 2000 a 5000 U.I. diárias de
vitamina D.
TRAUMA
ASSINALAR AS CORRETAS
51. Numa lesão epifisária distal do fêmur, tipo II de SALTER-HARRIS, com
fragmento metafisário lateral e desvio em valgo, feita a redução anatômica e gesso
pelvi-podálico, os pais do paciente devem ser alertados da possibilidade futura de:
a) joelho em varo;
b) joelho com eixo normal;
c) joelho em valgo;
d) joelho em recurvato;
e) grande encurtamento do membro inferior.
56. Com relação ao tratamento cirúrgico das fraturas diafisárias dos ossos do
antebraço, em crianças, é correto afirmar que:
a) o insucesso freqüente das reduções incruentas justifica a indicação primária das
osteossínteses;
b) a indicação de osteossíntese com placa deve-se à grande porcentagem de retardos de
consolidação no tratamento incruento;
c) a fixação intramedular, com fios de KIRSCHNER, é desaconselhável devido à
precariedade da estabilização;
d) a fixação intramedular, com fios de KIRSCHNER, não dispensa a imobilização com
gesso, até a consolidação;
e) a recuperação da amplitude da prono-supinação, no pós-operatório, está na
dependência da fisioterapia institucional.
RESPOSTA: D (Na fixação intramedular com fios K, não se dispensa a imobilização com
gesso até a consolidação.)
RESPOSTA: C (As fraturas do côndilo lateral tipo II de Milch são de tratamento cirúrgico.
As fraturas do côndilo lateral representam 17% de todas fraturas do úmero distal,
enquanto as fraturas do côndilo medial representam < 1%. Classificação de Milch para
côndilo lateral: Tipo I: traço de fratura se estende intrarticular, atravessando o núcelo de
crescimento do côndilo larteral. Representa uma Salter–Harris IV, o cotovelo está estável
porque a tróclea está intacta, é menos comum. Tipo II: a linha de fratura poupa o núcleo
de crescimento, o traço de fratura se estende ao ápice da tróclea. Representa uma Salter-
Harris II, o cotovelo está instável porque a tróclea está fraturada, é mais comum.
Classificação de Milch para as fraturas do côndilo medial: Tipo I: traço de fratura que
penetra na articulação pelo ápice da tróclea, tipo mais comum. Tipo II: traço de fratura
envolve a fossa capitulo-troclear. - ROCKWOOD)
60. Nas fraturas do colo do rádio, em crianças, com desvio de 40º, está correto
recomendar:
a) ressecção da cabeça do rádio;
b) ressecção da cabeça do rádio e sutura do ligamento anular;
c) redução cirúrgica e fixação;
d) redução incruenta;
e) imobilização.
RESPOSTA: D (Em fraturas não complicadas com angulação de até 60 0 pode-se obter
um resultado satisfatório com redução manipulativa fechada. A chance de obter uma boa
redução quando a angulação inicial é superior a 60 0 é muito menor. Embora angulações
de até 450 possam produzir resultados aceitáveis, fraturas com mais de 30 0 de angulação
deveriam ser manipuladas. OBS: até 300 = imobilização simples. Classificação de O
´Brien: Tipo I: < 300, Tipo II: 300 a 600, Tipo III: > 600. - ROCKWOOD)
61. Com relação ao uso dos fixadores externos, nas fraturas do anel pélvico, que
não comprometem os acetábulos, é correto afirmar que:
a) está indicado como tratamento, na emergência, das fraturas que determinam
instabilidade hemodinâmica;
b) nas fraturas com instabilidade posterior, a fixação externa não permite a marcha, mas
permite o tratamento até a consolidação;
c) está contra-indicado nos pacientes com lesão de vísceras ocas, devido ao risco de
infecção osteomielítica dos ilíacos;
d) o fixador externo de GANZ (“clamp de Ganz”) embora eficiente, tem pouca aceitação
devido à complexidade na sua utilização;
e) os fixadores externos não devem ser utilizados nas fraturas do anel pélvico,
principalmente, nos quadros de emergência.
RESPOSTA: A (Em pacientes com uma fratura pélvica instável e com instabilidade
hemodinâmica depois da reposição volêmica inicial, deve-se fazer logo a fixação externa
na emergência, ainda durante o esforço de ressuscitação. B) foram desenvolvidos dois
fixadores pélvicos para ajudar no controle da pelve posterior na fase de ressuscitação: o
fixador em C de Ganz e o estabilizador pélvico desenvolvido por Browner. São utilizados
para estabilização temporária, e deverão ser removidos dentro de 5 dias, se for possível.
C) O fixador pode ser aplicado de forma que permita a realização de procedimentos
diagnósticos (TC) ou terapêuticos (laparitomias). D) Contém pinos grandes, colocados por
via percutânea sobre a região da articulação sacro-ilíaca posteriormente. - ROCKWOOD)
Letra B
Atualmente, o tratamento da ruptura total e isolada do LCA envolve reconstrução. Embora
se utilizasse anteriormente o reparo primário, a maioria das pesquisas a longo prazo
assinalou o fracasso dos reparos por suturas diretas.
Rockwood p. 1906
63. Dos fatores abaixo, qual deles contribui para um pior prognóstico,
a longo prazo, nas fraturas de calcâneo:
a) envolvimento do sustentáculo do talo;
b) envolvimento da tuberosidade medial do calcâneo;
c) alargamento do calcâneo e conseqüente compressão dos tendões
fibulares;
d) envolvimento da faceta posterior da articulação subtalar;
e) inversão do ângulo de BOHLER.
Letra D
Fatores de pior prognóstico nas fraturas de calcâneo:
1. incongruência da faceta posterior da articulação subtalar
2. alteração na altura do calcâneo (ângulo de Böhler)
3. alargamento do calcâneo
4. redução do espaço subfibular disponível para os tendões fibulares
5. desalinhamento da tuberosidade em posição de varo
6. não redução da articulação calcaneocuboídea se fraturada.
Campbell p. 423
64. Um menino sofre fratura sem desvio da metáfise proximal da tíbia, com fíbula
íntegra. A perna é gessada. A família deve ser avisada que:
a) o estímulo da epífise adjacente poderá causar discrepância de comprimento dos
membros inferiores;
b) este tipo de fratura produz, às vezes, joelho valgo, devendo-se, por isso, controlar o
paciente, periodicamente;
c) a diminuição do teor de oxigênio na área crítica pode produzir necrose avascular;
d) a marcha precoce é indispensável para a cura;
e) que se trata de caso extremamente simples e não cabem preocupações.
Letra B
As fraturas da metáfise proximal da tíbia, sobretudo as que não apresentam desvio,
podem produzir uma deformidade angular em valgo, com ou sem a presença de fratura
associada da extremidade proximal da fíbula.
Campbell p. 1526
Letra A
Deslocamento decorrente da linha de fratura medial, em relação aos ligamentos
coracoclaviculares.
Rockwood p. 1046
68. Paciente, com 30 anos de idade, foi atendido na emergência com luxação
bifacetária entre C5 e C6, sem alterações neurológicas. Após redução por tração
craniana, com 10 kg., instala-se quadro de tetraplegia. A causa dessa ocorrência
foi:
a) peso excessivo usado na tração;
b) hérnia com fragmento discal intracanal;
c) hematomielia;
d) hematoma dentro do canal;
e) edema medular.
RESPOSTA: B
Herniações de discos cervicais podem ocorrer em associação com subluxação ou
deslocamento traumático de facetas.
http://www.ejbjs.org/cgi/reprint/73/10/1555
ASSINALAR AS INCORRETAS
71. Com relação à fixação intramedular, nas fraturas expostas do fêmur, assinale a
alternativa incorreta:
a) pode ser realizada ante-rógrada, após desbridamento meticuloso;
b) tem índice de consolidação e resultado funcional semelhantes aos da fratura fechada;
c) tem indicação nos graus I, II e III A de GUSTILLO;
d) tem resultado superior à fixação externa, evitando-se a perda de redução e aderência
do quadríceps;
e) é contra-indicada.
RESPOSTA: E (Fixação intramedular do fêmur é o tratamento ideal para as fraturas
expostas grau I, II e IIIA podendo ser realizadas de forma anterógrada e retrógrada
dependendo do local da fratura. Pede ser fresada. A fixação externa do fêmur tem
limitada indicação, alto índice de não-união, infecção de trajeto dos pinos, perda de
mobilidade do joelho por comprometimento do quadríceps devendo ser usada de forma
provisória.)
RESPOSTA: D (Houve uma época em que todas as fraturas da base do quinto metatarsal
eram conhecidas como “fraturas de Jones”. Hoje sabemos que existe provavelmente três
padrões diferentes de fratura. A verdadeira fratura de Jones é aguda por natureza e
ocorre na zona 2, onde a metáfise se une à diáfise. As três zonas de fratura proximal do
quinto metatarsal: zona I: fratura por avulsão, zona II: fratura na junção metáfise-diáfise.
Zona III: fratura por estresse da diáfise proximal. As lesões da zona 2 constituem as
verdadeiras fraturas de Jones e assumem a forma de lesões agudas; são causadas por
adução do antepé. A fratura propaga-se a partir da face lateral do osso proximal,
avançando na direção da superfície articular. Esta fratura deve-se principalmente à tensão
exercida junto à borda lateral do metatarsal. Existem dois sesamóides, nesta área, que
não devem ser confundidos com fragmentos deslocados. O os peroneum fica localizado
no interior do tendão do fibular longo e pode ser visualizado na borda lateral do cubóide.
O os vesalianum localiza-se próximo à base do quinto metatarsal, medialmente em
relação à inserção do fibular curto. Tratamento: Concluiu-se que as frauras da zona I
podem perfeitamente ser tratadas por métodos fechados. As fraturas por avulsão e as
“fraturas do bailarino” poderão ser tratadas apenas sintomaticamente. Para as fraturas da
zona II, as botas gessadas e o apoio progressivo de peso, conforme tolerado, parecem
proporcionar os melhores resultados. O aparelho gessado deverá ser usado durante 8 a
10 semanas. As lesões da zona 3 podem originar problemas, em razão de sua tendência
à pseudoartrose. O tratamento destas fraturas exige uma abordagem mais agressiva que
as demais fraturas do quinto metatarsal. O tratamento inicial consiste em colocar uma
bota gessada e evitar o apoio de peso, durante 3 meses, ou em intervenção cirúrgica com
enxerto e compressão interna. A intervenção cirúrgica deverá ser limitada às
pseudoartroses sintomáticas, que ocorrem principalmente na zona 3. - ROCKWOOD)
BÁSICO
ASSINALAR AS CORRETAS
76. O teste de THOMAS positivo indica:
a) disfunção do glúteo médio;
b) retração em flexão do quadril;
c) retração de bandeleta iliotibial;
d) obliqüidade pélvica fixa;
e) retração em adução do quadril;
77. Com relação aos efeitos da ingestão de proteínas e sais minerais e sua relação
com o processo de consolidação das fraturas, é correto afirmar que:
a) a maior oferta de sais minerais é indispensável para que a consolidação ocorra;
b) a diminuição da oferta protéica não interfere na resistência do calo ósseo neoformado;
c) a oferta protéica, acima das necessidades normais, acelera o processo de formação do
calo ósseo;
d) a diminuição da oferta de sais minerais tem efeitos mais prejudiciais à formação do
calo ósseo do que a de proteínas;
e) adequada oferta protéica é fundamental para a formação do calo ósseo.
78. Quando fazemos a fixação de fratura espiralada com parafuso, pela técnica AO:
a) devemos colocá-lo em ângulo de inclinação que seja a bissetriz entre as
perpendiculares ao plano da fratura e ao eixo do osso;
b) não importa a direção do parafuso, mas sim a fixação dos fragmentos;
c) o ângulo deve ser de 90º com o longo eixo do osso fraturado;
d) a angulação muda de acordo com o tipo de parafuso a ser utilizado;
e) devemos perfurar as duas corticais com o mesmo tamanho de broca para termos
fixação uniforme.
Letra E
Os fatores que afetam a estabilidade da fixação externa incluem a distância entre os pinos
e o local da fratura (mais perto = mais estável), o afastamento entre os pinos (mais longe
= mais estável), a distância entre o osso e a barra ou barras (mais perto = mais estável,
mais barras = mais estável), as dimensões (maior diâmetro = mais estável) e o material
de conexão das barras (fibra de carbono mas rígida que aço), as dimensões (maior
diâmetro = mais estável) e o número dos pinos (mais pinos = mais estável) e a interface
osso-pinos (a zona da rosca com o fuste do pino é mais frágil).
Rockwood p. 238
Letra A
As contraturas posteriores são a cápsula posterior, o tendão de Aquiles, e os ligamentos
talofibular posterior e calcaneofibular. As contraturas mediais são o ligamento deltóide e o
ligamento calcaneonavicular plantar (sping), o tendão do tibial posterior, do flexor longo
dos dedos e do flexor longo do hálux. As contraturas subtalares são ligamento interósseo
subtalar anterior e o ligamento bifurcado.
http://www.ejbjs.org/cgi/reprint/53/3/477
Letra B
A osteopetrose ou doença de Albers-Schönberg é uma maior densidade óssea devido à
redução da atividade osteoclástica.
Revista AAOS
Letra D
Existem dois mecanismos de formação óssea e ambos envolvem a transformação de um
tecido conjuntivo preexistente em tecido ósseo. A transformação de tecido conjuntivo
primitivo fibroso em osso é chamada de ossificação intramembranosa. A substituição da
cartilagem por osso é chamada de "ossificação endocondral". Com exceção da clavícula e
dos ossos chatos do crânio, todos os ossos do esqueleto axial e apendicular formam-se
por ossificação endocondral.
Lovell & Winter p. 27
Letra C
Se uma síndrome compartimental não for tratada ou inadequadamente tratada, as
pressões intracompartimentais continuam a subir até ocorrer isquemia tecidual
irreversível. A contratura isquêmica de Volkmann é o resultado de vários graus diferentes
de lesão tecidual. Uma contratura inicial compromete o flexor profundo dos dedos, quando
é moderada compromete também o flexor longo do polegar e em seguida o flexor do
punho.
Campbell p.3744
Letra B
Teste do solavanco de Hughston quando é positivo, a tíbia lateral subluxa-se
espontaneamente para frente, na forma de um solavanco súbito, em aproximadamente
30º de flexão.
Usados para lesões do LCA, reproduz a subluxação anterior da extremidade superior da
tíbia que se reduz imediatamente pela força de tração do trato iliotibial que puxa a tíbia
para trás.
Capmbell p. 2206
85. Com relação ao eixo mecânico do membro inferior é correto afirmar que:
a) vai do centro da cabeça femoral ao centro do tornozelo, passando próximo ao centro
do joelho;
b) devido ao apoio unipodálico do joelho passa, lateralmente, à articulação;
c) durante o apoio unipodálico do joelho passa, obrigatoriamente, medialmente ao
planalto da tíbia à articulação;
d) apresenta valgismo de 9º a uma perpendicular ao solo;
e) só pode ser avaliado após a realização de artroplastias totais.
Letra A
O eixo mecânico do membro inferior estende-se do centro da cabeça femoral ao centro da
articulação do tornozelo e passa próximo ou através do centro do joelho. Ele está em 3º
de valgo do eixo vertical do corpo. O eixo anatômico do fêmur está em 6º de valgo do eixo
mecânico do membro inferior e 9º de valgo do eixo vertical verdadeiro do corpo. O eixo
anatômico da tíbia situa-se em 2º a 3º de varo do eixo vertical do corpo.
Campbell p.255
Letra B
Para fixar uma placa pré-dobrada ao osso, os parafusos internos devem ser aplicados
primeiro e os externos depois. Se os parafusos externos forem aplicados primeiro, o
córtex próximo abre-se porque a placa é demasiado longa em relação ao osso abrangido
entre os furos dos parafusos externos.
Manual AO p.42
87. Uma mulher obesa, com 65 anos de idade, é atropelada por automóvel. Sua
pressão arterial é 150/95mm Hg, pulso 90/min e respiração 20/min. Uma avaliação
completa revela lesão isolada da pelvis, consistindo de fraturas dos ramos púbicos,
unilateralmente, com desvio mínimo e fratura do sacro impactada ipsilateral. A
paciente é tratada com analgésicos parenterais e repouso no leito. Após seis dias
começa a deambular quando, subitamente, sofre dispnéia com parada
cardiopulmonar. A análise imediata dos gases arteriais revela: PO2 = 40mm Hg,
PCO2 = 35mm Hg e pH = 7.35. A causa mais provável dos sintomas é:
a) embolia pulmonar;
b) embolia gordurosa;
c) contusão miocardíaca;
d) reflexo vasovagal;
e) arritmia cardíaca.
88. Com relação aos tipos de lesão nervosa, assinale a alternativa correta:
a) neuropraxia é uma desnervação transitória que se recupera, completamente, em três
ou quatro dias;
b) axoniotmesis é uma desnervação incompleta, produzida por trauma, que pode se
recuperar;
c) neurotmesis é uma desnervação completa que se recupera com tratamento
conservador;
d) axoniotmesis é uma desnervação completa que pode se recuperar, aproximadamente,
2,5 cm. ao mês;
e) neurotmesis é uma desnervação incompleta, pois os axônios estão lesados, mas a
capa que o protege está íntegra, permitindo recuperação espontânea do nervo.
Letra B
A rigidez caracteriza a relação entre a carga aplicada e a deformidade resultante.
Resistência define o limite de estresse que um material ou estrutura pode suportar sem
romper-se.
A Ductibilidade de um material de implante caracteriza sua tolerância à deformação
plástica.
Manual AO p.33
94. Na colocação dos pinos de fixador externo, em fratura exposta, qual o fator mais
importante para evitar a soltura do pino ?
letra A
Necrose térmica pode ser o evento deflagrador do afrouxamento do pino e da infecção. A
pré-perfuração reduz a temperatura óssea em aproximadamente 50%.
Campbell p. 2712
Letra C
Estático: a tensão exercida não resulta em movimento do segmento corpóreo, e o
comprimento externo do músculo permanece inalterado.
Dinâmico concêntrico: a tensão exercida é superior à resistência e resulta no movimento
do segmento corpóreo e no encurtamento externo do músculo.
Dinâmico excêntrico: a tensão exercida é inferior à resistência e resulta em movimento de
alongamento do músculo. tem ação de desaceleração do movimento.
Isocinético: contração muscular dinâmica concêntrica, cuja característica é a velocidade
angular constante, seja qual for a força empregada no movimento.
Unifesp-EPM p.682
Letra A
O ligamento calcaneofibular resiste à inversão com o tornozelo em flexão dorsal e
estabiliza tanto o tornozelo como a articulação subtalar.
Clínica Ortopédica Vol2/2 Jun2001
ASSINALAR AS INCORRETAS
97. Na gota é incorreto afirmar que:
a) ocorre por deposição articular de sais de urato;
b) os cristais de urato levam à reação inflamatória local, com formação de panus;
c) o quadro clínico característico é de artrite dolorosa, com leucocitose no hemograma;
d) a dosagem sérica de ácido úrico, quando normal, afasta o diagnóstico;
e) na ressecção cirúrgica do tofo gotoso não é necessário o uso de antibióticos, pois a
infecção é rara.
Letra D
A gota geralmente causa uma articulação dolorosa eritematosa em homens adultos.
Depósitos maciços de cristais de urato monossódico podem ser encontrados em torno
das articulações e bainhas tendíneas, causando compressão nervosa. A presença de
hiperuricemia isoladamente não estabelece o diagnóstico de gota, bem como durante um
ataque agudo de gota o nível de ácido úrico pode estar normal. Os cristais são
birrefrigentes negativos.
Campbell p. 3692
Letra C
A matriz óssea formada pelos osteoblastos sofre mineralização logo depois de formada
conferindo resitência ao osso.
Sua composição é a seguinte:
-Substâncias orgânicas (20% do peso ósseo): proporciona forma e resistência tênsil ao
osso (a remoção da matriz óssea torna o osso quebradiço). É formada por células ósseas
e a matriz intercelular orgânica consiste de fibras colágenas (95% de colágeno tipo I),
ácido hialurônico, ácido condroitino sulfúrico, enzimas como a fosfatase alcalina
(produzidas pelos osteoblastos é importante na produção de matriz osteóide).
-Substâncias inorgânicas (70 á 80% do peso ósseo): Ca, P, Mg, Na, hidroxila, carbonato e
fluoreto. O Ca e o P são os mais abundantes e estão associados sob a forma de cristais
de hidroxiapatita. A mineralização ocorre assim que começa a produção de osteóide onde
o mineral surge no interior das fibrilas de colágeno s/ alterar sua organização. Além de
aumentar a rigidez e resistência do osso a mineralização proporciona um reservatório de
minerais necessário para homeostase corpórea. Observe que um osso desmineralizado o
torna flexível e sabendo-se que o grau de mineralização aumenta com a maturação,
ossos de crianças podem arquear-se ou empenar-se ao invés de fraturar quando sofrer
carga .
-Água (8 á 10 % do peso ósseo)
Letra E
As mais comuns complicações relatadas por infiltração local de corticóides são necrose
gordurosa subcutânea e perda de pigmentação da pele. Também são descritos menos
freqüentemente: ruptura tendinosa, osteólise, infecção, aceleração na degeneração
articular.
http://www.ejbjs.org/cgi/reprint/77/12/1902
100. Assinale a afirmativa incorreta:
a) o músculo deltóide tem três origens e uma inserção;
b) o músculo supra-espinhal se insere no tubérculo maior do úmero;
c) a porção longa do tríceps braquial situa-se, lateralmente, às suas outras porções;
d) a porção curta do bíceps braquial origina-se no processo coracóide;
e) o músculo ancôneo é inervado pelo nervo radial.
Letra C
Deltóide: Origem: clavícula, acrômio e espinha da escápula. Inserção: tuberosidade do
úmero.
Supra espinhal: Origem: Fossa supra espinhal (escápula). Inserção: Tubérculo maior
(superior).
Tríceps braquial possui cabeça longa (Origem: tubérculo infraglenoidal. Inserção: olécrano
(proximal)), cabeça lateral (Origem: parte posterior do úmero (proximal). Inserção:
olécrano (proximal)) e cabeça medial (Origem: parte posterior do úmero (distal). Inserção:
olécrano (proximal)).
Bíceps braquial: possui cabeça longa (Origem: tubérculo supraglenoidal. Inserção:
tuberosidade do rádio) e cabeça curta (Origem: processo coracóide. Inserção:
tuberosidade do rádio).
Ancôneo: Origem: epicôndilo lateral posterior). Inserção: parte proximal da ulna
(posterior). Inervado pelo n. radial.
Netter p. 66-89