Agravo de Instrumento
Agravo de Instrumento
Agravo de Instrumento
Em face da decisão de fls. 62, que deferiu o pedido de tutela de evidencia pleiteado
em ação cível e trabalhista, ajuizada em face da Fundação Roterdan.
I - DO PREPARO
Advogado da agravante:
Josephine Wilson, OAB/MG 654.321.879, endereço profissional: Av. Três, nº 360, centro, em
Belo Horizonte/MG. Endereço eletrônico: [email protected].
Amélia Shepherd, OAB/MG nº 123.456.789, endereço profissional: Rua Dois, nº 04, 8º andar,
em Belo Horizonte/MG. Endereço eletrônico: [email protected].
Cristiana Iangue OAB/MG nº 987.654.321, endereço profissional: Rua Dois, nº 04, 8º andar,
em Belo Horizonte/MG. Endereço eletrônico: [email protected].
IV – DA JUNTADA DAS PEÇAS NECESSÁRIAS (ART. 1.017 DO CPC)
Josephine Wilson
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OAB/MG 654.321.879
RAZÕES RECURSAIS
Eméritos Julgadores
Colenda Câmara
A respeitável decisão interlocutória do juízo a quo, merece ser reformada, uma vez
que a decisão deferiu o pedido de tutela de evidencia sem o preenchimento de nenhuma das
hipóteses de cabimento.
O Código de Processo Civil, em seu art. 311, versa sobre aplicação da tutela de
evidência, vejamos:
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do
direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente.
Diante das hipóteses elencadas acima, fica evidente que o pedido do agravado não se
enquadra em nenhuma, a parte agravante não apresentou contestação ainda, não podendo se
elencar no inciso I, já que o mesmo sequer apresentou uma defesa. Por se mostrar muito
difícil uma demanda judicial onde a comprovação documental é tamanha que não se abre
possibilidade para discutir o direito da parte. Deve ocorrer a reforma da decisão interlocutória
que concedeu a tutela provisória.
A tutela de evidência, por não ser considerada uma tutela urgente, tende a ser a mão
ser deferida na petição inicial por necessidade de formação do contraditório pela parte ré do
processo, como apontam os agravos de instrumento nº 2052376-02.2018.8.26.0000 e
2045221-45.2018.8.26.0000, ambos do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).
(...)
Pois bem.
Ressalta-se que a tutela de evidência será concedida com fundamento no art. 311 do
CPC, sendo que, nos termos do inciso IV, quando “a petição inicial for instruída com prova
documental suficientes dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha
prova capaz de gerar dúvida razoável” (grifos nossos).
Portanto, com base no art. 1.019, I do CPC, é possível o pleito de efeito suspensivo:
Ainda, anuncia que não há matéria do presente recurso relacionado aos incisos III e IV do art.
932, do CPC. Assim, é cabível a aplicação do inciso I do artigo citado, a fim de aplicar o
efeito suspensivo.
Art. 995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão
judicial em sentido diverso.
Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se
da imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível
reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento do recurso.
O agravante sofre com o risco de dano de difícil reparação, já que o mesmo não é o
responsável pelo aplicativo Conexão MS, aplicativo esse que ainda se encontra indisponível
para acesso, o que dificultará que o agravante cumpra o que foi estabelecido em tutela
provisória, o descumprimento lhe gerará multa, valor esse que provavelmente não lhe será
reembolsado, assim como aquele que o agravante terá que gastar para promover as campanhas
requeridas no curto prazo de uma semana.
IV – DOS PEDIDOS
b) A concessão pelo relator, na forma do art. 1.109, inciso I, do CPC, a concessão do efeito
suspensivo, considerando a presença do periculum in mora e o fumus boni iuris, para que
suspenda os autos principais até o julgamento do presente recurso;
c) Intimação da Agravada para, querendo, apresentar resposta em 15 dias (seq. art. 1.019, II
do CPC);
e) Requer, por fim, a dispensa de juntada dos documentos, nos termos do art. 1.017, § 5º do
CPC.
Josephine Wilson
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OAB/MG 654.321.879